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COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE – EFMP LONDRINA-PR TÉCNICAS DE TREINAMENTO E METODOLOGIA CIENTÍFICA Curso: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO Nome: _________________________________________________________ Nº: _____ Turma: ______ Professor Antonio C. Camargo Londrina-PR, 2010

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COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE – EFMP LONDRINA-PR

TÉCNICAS DE TREINAMENTO E METODOLOGIA CIENTÍFICA

Curso: TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

Nome: _________________________________________________________ Nº: _____ Turma: ______

Professor Antonio C. Camargo

Londrina-PR, 2010

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1- REVISÃO DA GRAMÁTICA

1.1 - DICAS IMPORTANTES PARA REDIGIR UM BOM TEXTO - Antes de escrever, pesquise o maior número possível de dados sobre o assunto para demonstrar conhecimento; - Organize os assuntos em tópicos; - Utilize-se de argumentos convincentes, não exagere e não generalize; - Seja original, evitando citações, lugares comuns e palavras desnecessárias; - Construa frases curtas, porém evite abreviar as palavras; - Amplie seu vocabulário; - Proponha ação nos verbos, evitando a voz passiva; - Evite gírias, palavras de baixo calão e palavras estrangeiras; - Seja natural na escrita, prefira o simples ao complexo; - Quanto utilizar siglas, identifique-as; - Seja cortês, respeitando o leitor; - Revise seu texto, mais de uma vez, se necessário.

1.2 - AS QUALIDADES E DEFEITOS DE UM TEXTO a) Qualidades: - Concisão: A linguagem deve ser precisa e objetiva, evitando o que é desnecessário; - Correção: Seguir a norma culta, ou seja, as regras da Língua Portuguesa; - Clareza: O texto deve ser claro, compreensível e organizado adequadamente; - Elegância: O texto deve ter boa aparência, ser escrito de forma educada e com letra legível.

b) Defeitos: - Ambigüidade: Duplo sentido – Ex.: João disse a Pedro que saiu com sua irmã. - Redundância: Repetição desnecessária de um termo (pleonasmo) Ex.: Vamos manter o mesmo time - Cacofonia: Som desagradável produzido pela união de sílabas. Ex.: Sonho em beijar a boca dela. - Eco: Repetição do mesmo som. Ex.: O resultado da eleição causou comoção na população.

1.3- CORREÇÃO – NORMA CULTA a) Grafia: Consulte o dicionário

Caçar – ato de perseguir Cassar – tornar sem efeito (mandato cassado)

Descrição – ato de descrever, contar Discrição – qualidade do que é discreto

Despensa – local da casa onde se guardam alimentos Dispensa – licença ou permissão

Acender – pôr fogo Ascender – subir

Concerto – musical (sinfonia) Conserto – arrumar, reparar

Mal – advérbio (contrário de bem) Mau – adjetivo (contrário de bom)

Mas – adversativa Mais – contrário de menos Más – feminino plural de mau.

b) Pontuação: A má pontuação causa falta de clareza e até desentendimentos. A função da pontuação é tornar as frases mais compreensíveis retirando ambigüidades e indicando a entonação.

c) Concordância verbal: O verbo sempre concorda com o sujeito. Atenção para os verbos: haver/fazer - O verbo HAVER ficará no singular quando possuir sentido de existir. Ex.: Havia várias árvores na praça. - O verbo FAZER ficará no singular quando possuir sentido de decorrência de tempo. Ex.: Faz dez anos que não os vejo.

d) Concordância nominal: Artigo, numeral, pronome e adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo. Ex.: Os documentos seguem anexos. Atenção o termo “em anexo” é invariável. Ex.: Os documentos seguem em anexo.

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e) O uso dos porquês: Por que – início de frase interrogativa ou quando puder ser substituído por um pronome relativo (pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais) Exs.: Por que você não veio? Este é o caminho por que seguiu.

Porque – usa-se para explicações ou quando equivale a “pois”, “já que”, “uma vez que” (causa). Ex.: A situação se agravou porque muitos se omitiram.

Porquê – substantivo. Quando substitui as palavras “motivo”, “razão”. Normalmente surge acompanhada pelo artigo “o” ou do artigo “um”. Ex.: Não é fácil encontrar o porquê do problema.

Por quê – final de frase interrogativa. Ex.: O patrão nos advertiu por quê? f) Fórmulas de tratamento

AUTORIDADES CIVIS AUTORIDADE POR ESCRITO PESSOALMENTE ABREVIATURA Presidente da República Excelentíssimo Senhor Presidente da

República Vossa Excelência V.Exa.

Senadores da República Excelentíssimo Senhor Senador Vossa Excelência V.Exa. Ministros de Estado Excelentíssimo Senhor Ministro Vossa Excelência V.Exa. Governadores de Estado Excelentíssimo Senhor Governador Vossa Excelência V.Exa. Deputados Federais e Estaduais Excelentíssimo Senhor Deputado Vossa Excelência V.Exa. Prefeitos Municipais Excelentíssimo Senhor Prefeito Vossa Excelência V.Exa. Embaixadores Excelentíssimo Senhor Embaixador Vossa Excelência V.Exa. Vereadores Senhor Vereador Vossa Excelência V.Exa. Cônsules Senhor Cônsul Vossa Excelência V.Exa. Reitores de Universidades Magnífico Reitor Vossa Magnificência V.M. Chefes das Casas Civis e Militares Excelentíssimo Senhor Chefe Vossa Excelência V.Exa. Diretores de Autarquias Senhor Diretor Vossa Senhoria V.Sa.

AUTORIDADES JUDÍCIÁRIAS AUTORIDADE POR ESCRITO PESSOALMENTE ABREVIATURA Desembargador da Justiça Excelentíssimo Senhor Desembargador Vossa Excelência V.Exa. Juízes de Direito Excelentíssimo Senhor Juiz Meritíssimo Juiz M.Juiz Curador Excelentíssimo Senhor Curador Vossa Excelência V.Exa. Promotor Excelentíssimo Senhor Promotor Vossa Excelência V.Exa.

AUTORIDADES MILITARES AUTORIDADE POR ESCRITO PESSOALMENTE ABREVIATURA Oficiais generais (até coronéis) Excelentíssimo Senhor... (patente) Vossa Excelência V.Exa. Outras patentes militares Senhor... (patente) Vossa Senhoria V.Sa.

AUTORIDADES ECLESIÁSTICAS AUTORIDADE POR ESCRITO PESSOALMENTE ABREVIATURA Papa Santíssimo Padre Vossa Santidade V.S. Cardeais Eminentíssimo Senhor Vossa Eminência

Reverendíssima V.Ema.Revma.

Arcebispos e Bispos Reverendíssimo Senhor Vossa Eminência Reverendíssima

V.Ema.Revma.

Abades, superiores de conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.

Reverendíssimo Senhor Vossa Reverendíssima V.Revma.

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OUTROS TÍTULOS AUTORIDADE POR ESCRITO PESSOALMENTE ABREVIATURA Reis e Imperadores Sua Majestade Real - Sua Majestade Imperial Vossa Majestade V.M. Príncipes Sua Alteza Imperial – Sua Alteza Real – Sua Alteza

Sereníssima Vossa Alteza V.A.

Dom Digníssimo Dom Vossa Senhoria V.Sa. Doutor Senhor Doutor Doutor Dr. Comendador Senhor Comendador Comendador Com. Professor Senhor Professor Professor Prof. 1.4- PADRÕES DE TEXTUALIDADE OU PRINCÍPIOS CONSTITUTIVOS Contribuem para um texto unificado: a) Coesão - Modo como os elementos lingüísticos da superfície textual se encontram interligados. - Elementos lingüísticos servem como pistas para: Ativação dos conhecimentos armazenados na memória; Ponto de partida para elaboração de inferências. - Não são garantia de coerência. - Presença altamente desejável em textos: didáticos, jornalísticos, jurídicos, científicos.

b) Coerência - Dá unidade de sentido ao texto - Ela não está no texto. Deve ser construída a partir dele. - Não depende necessariamente da coesão. Condição básica: É a continuidade de sentido entre os conhecimentos ativados. Do que depende? Do conhecimento de mundo; do conhecimento compartilhado; do modo como se combinam os elementos lingüísticos; do tipo de mundo em que o texto se insere: real ou imaginário; da capacidade dos usuários recuperarem o sentido do texto (interação); da ação conjunta dos aspectos: semântico, pragmático, estatístico que influenciam no estabelecimento do sentido do texto.

c) Intencionalidade – É o modo como alguém usa o texto para realizar suas intenções.

d) Aceitabilidade - Contra parte da intencionalidade. - O interlocutor procura calcular o sentido partindo das pistas oferecidas e) Informalidade – É o grau de previsibilidade do texto.

f) Situacionalidade – Adequação social do texto.

g) Intertextualidade – Modos como a produção e recepção de um texto dependem do conhecimento de outros textos. - Um discurso não vem ao mundo numa inocente solitude, mas constrói-se a partir de um já-dito em relação ao qual toma posição” - Todo texto é um objeto heterogêneo. 1.5- MÉTODO DE LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS

1.5.1- Que é um texto? Um texto é um meio codificado, formado por signos lingüísticos, pelo qual duas consciências se

comunicam, uma passando sua mensagem para a outra. O texto é o código que cifra uma mensagem. Quando alguém escreve um texto, está se colocando como emissor que pretende transmitir uma

mensagem para o receptor. A mensagem é pensada pelo autor, codificada através de signos e transmitida ao leitor. Portanto, ao redigir, o autor (emissor) procede à codificação de sua mensagem; o leitor (receptor), ao ler o texto, procede à decodificação da mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a. Assim se completa a comunicação.

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Na prática da comunicação, porém, o homem sofre, em todas as fases do processo, uma série de interferências subjetivas e culturais que põem em risco a objetividade da comunicação: daí se fazerem necessárias certas precauções, certos cuidados para se descontar estas alterações.

1.5.2- O que é leitura? A leitura de um texto é a decodificação da mensagem de que é portador. Trata-se, pois, de uma

etapa do processo de comunicação. Enquanto a redação é o processo de codificação da mensagem pelo autor, a leitura é o processo de decodificação da mensagem pelo leitor.

1.5.3- Condições para leitura 1.5.3.1- Domínio do código - “Para uma leitura proveitosa, é necessário o domínio do código em que está escrito o texto. Além do conhecimento de palavras, exige-se o conhecimento da língua, de modo geral, e o entendimento dos conceitos que estão em jogo”. SEVERINO, A. J. Métodos de estudo para 2º grau. 4. ed. São Paulo: CORTEZ, 1991. 1.5.3.2- Conceitos e pensamentos - O conceito é a imagem mental por meio da qual se representa um objeto e se concebe uma coisa. É, inicialmente, através de conceitos que se pensa e concebe mensagens. E isto mediante processos especiais de apreensão das coisas pela inteligência. O objeto pensado ou concebido passa a existir para a consciência. O conceito representa e substitui a coisa ao nível da consciência.

O conceito por sua vez, é simbolizado pelo termo ou palavra, ao nível da expressão lingüística, ao nível do texto. Os termos ou palavras são os sinais lingüísticos dos conceitos.

A intelecção de um conceito passa necessariamente pela leitura da palavra. Assim, os conceitos e palavras formam uma unidade do ponto de vista da lógica e da gramática.

O pensamento humano, porém, não se dá apenas através de conceitos isolados: os conceitos se unem e formam seqüências chamadas juízos que, unidos, formam conjuntos maiores chamados raciocínios. A nível lingüístico, o texto se compõe também de palavras, proposições e argumentações, correspondentes lingüísticos dos conceitos, juízos e raciocínios.

Assim, um texto é, na realidade, uma mensagem codificada sob forma lingüística de um raciocínio global. A redação é uma argumentação, um raciocínio, construído mediante o encadeamento lógico de idéias.

A leitura é a decodificação da mensagem, pela captação e acompanhamento do raciocínio do autor. A primeira fase desse processo é a decodificação das palavras.

1.5.4- Análise textual A leitura de um texto começa, pois, com a análise do texto; seu objetivo é identificar os elementos

cuja compreensão possibilita a decodificação do texto, bem como do seu contexto. Esta ainda é uma fase preparatória à leitura propriamente dita. Vários esclarecimentos devem ser levantados. 1.5.4.1- Esclarecimentos sobre o autor - Informações sobre a vida, a obra e o pensamento do autor são úteis para a elucidação das idéias expostas no texto. 1.5.4.2- Esclarecimentos sobre os conceitos básicos do texto Os conceitos fundamentais são representados pelos termos-chave do texto; por isso, devem ser entendidos de maneira única sem nenhuma ambigüidade. O sentido deles é obtido mediante consulta a dicionários, enciclopédias ou obras especializadas. A explicitação de sentido dos termos mais importantes se faz necessária quando o conceito não está devidamente esclarecido e explicado no próprio texto. 1.5.4.2.1- Níveis do vocabulário humano - Os termos e conceitos nem sempre se relacionam univocamente, ou seja, uma palavra pode representar mais de um conceito. Além disso, o vocabulário utilizado pelos homens situa-se em três grandes níveis: nível de senso-comum - é o da linguagem espontânea, da comunicação natural, nem sempre muito clara e precisa; nível técnico - usa vocabulário científico, em que cada palavra é tomada em sentido preciso e definido onde o conceito é definido de acordo com parâmetros objetivos e técnicos; nível específico aparece na linguagem filosófica e teórica, de alta especialização.

No âmbito de cada doutrina filosófica, uma palavra pode ter significado próprio, só válido em determinado contexto.

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Um exemplo simples de conceito nestes três níveis é o termo fenômeno. Na linguagem comum, significa coisa rara, estranha, exótica, impressionante; na linguagem científica, significa fato empiricamente constatável; na linguagem filosófica, Kant dá-lhe sentido próprio, diferente daquele que a palavra assume para o filósofo Husserl. 1.5.4.3- Esclarecimentos sobre fatos históricos, doutrinas e autores. Esses esclarecimentos devem ser levantados quando sua compreensão é pressuposta para a compreensão do texto como um todo. Igualmente, esses dados são encontrados em obras especializadas.

1.5.5- Como praticar a análise textual 1.5.5.1- Inicialmente, é necessário estabelecer uma unidade de leitura e dividir o texto que deve ser lido em partes que formam uma totalidade de sentido: um capítulo, uma seção ou qualquer outra subdivisão. O tamanho de cada unidade deve ser estabelecido em função da maior ou menor facilidade do texto e da familiaridade do aluno com o assunto e do tempo disponível para a leitura. Exige-se que o estudo da unidade seja realizado de maneira contínua, evitando-se intervalos de tempo muito grande entre as várias etapas. 1.5.5.2- Delimitada a unidade de texto que se vai ler, procede-se então à leitura, assinalando-se os termos que necessitam ser esclarecidos. Terminada esta leitura procurar-se-á nas fontes de pesquisa estes esclarecimentos antes de se prosseguir a leitura. 1.5.5.3- Os esclarecimentos e informações obtidos nesta fase da pesquisa devem ser transcritos em fichas de apontamentos, ou no caderno de vocabulário pessoal, quando se trata de simples definição. 1.5.5.4- A busca de esclarecimentos tem tríplice vantagem: a) A diversificação das atividades durante o estudo, torna-o menos monótono e cansativo. b) Propicia uma série de informações e conhecimentos que passariam despercebidos numa leitura assistemática. c) Torna o texto mais claro, sua leitura mais agradável e muito mais enriquecedora. Transcritos e anotados estes esclarecimentos, procede-se a uma nova leitura do texto, etapa que será encerrada com a elaboração do esquema do texto lido, que não deve ser confundido com o resumo, que se dará em outra etapa. O esquema é a visão conjunta e estruturada do texto. Todo texto tem uma estruturação geral baseada nas seguintes grandes partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada uma dessas partes, de modo particular, comporta uma esquematização interna.

1.5.6- Decodificação da mensagem pela análise temática 1.5.6.1- Sentido desta etapa da leitura. Assunto e Tema. - Na segunda leitura, o leitor já está de posse dos esclarecimentos necessários para a compreensão da mensagem do autor, domina o sentido dos termos usados e conhece as referências e alusões feitas pelo autor. Esta é a etapa da compreensão da mensagem global veiculada pela unidade, o leitor se coloca na posição de receptor, de ouvinte, dispondo-se a aprender a mensagem do autor. Dirigirá uma seqüência de indagações ao texto. A primeira questão a ser colocada ao autor: qual é o assunto tratado no texto ? Do que está tratando, a respeito do que o autor está falando neste texto? A resposta constitui o tema do texto. 1.5.6.2- Problematização do tema - Mas é preciso saber, ainda, como o assunto é problematizado, qual o problema, o que está em questão. Observe-se que toda a afirmação e, conseqüentemente, toda a redação – de um parágrafo a uma tese de doutorado – se constitui numa resposta a uma questão, ainda que esta não esteja claramente exposta. Por isso, todo o texto oculta um problema que se quer explicitar. 1.5.6.3- Idéia central - O que é que o autor fala de seu tema? Como responde ao problema ou dificuldade levantada? Que posição assume, que idéia defende, que pretende demonstrar? A resposta a essas questões dá a idéia central defendida pelo autor. Pode até haver outras idéias, mas sempre em torno de uma idéia matriz. É ela que dá o fio da meada de todo o raciocínio do autor. 1.5.6.4- Raciocínio do autor - Como o autor demonstra a sua idéia central, como a defende e justifica? A mensagem do autor, sistematizada em sua idéia central, é transmitida através da argumentação do autor: conjunto de proposições logicamente encadeadas mediante as quais o autor demonstra sua idéia. Este raciocínio constitui o arcabouço lógico do texto.

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1.5.6.5- Idéias secundárias - São posições defendidas ou assumidas pelo autor, de modo intercalado e, até certo ponto, paralelo. Não são indispensáveis ao entendimento do texto, embora possam contribuir com esclarecimentos que completam o pensamento do autor. 1.5.6.6- Elaboração do resumo - O resumo deve sintetizar em seus pontos essenciais, a mensagem do autor. Por isso, recomenda-se que seja feito ao final da análise temática. Dele fazem parte: a síntese das idéias do autor e a demonstração da idéia central.

1.5.7-.Etapa do levantamento de questões para discussão e crítica A leitura sistemática exige discussão e debate da mensagem. Trata-se de uma etapa interpretativa, durante a qual o leitor deixa de ser mero ouvinte e passa a ser interlocutor.

A interpretação e problematização da mensagem exposta pelo texto comportam vários níveis. Neste subsídio de iniciação ao estudo científico do texto, faz-se referência tão-somente ao levantamento de problemas para a reflexão e a discussão, sobretudo para o estudo feito em grupo. O texto é lido pela terceira vez, com vistas ao levantamento das questões relevantes para a reflexão pessoal e para o debate em grupo.

Esses problemas relacionam-se com o sentido das palavras ou questões de crítica e interpretação. Todos devem colaborar com experiências, associação de idéias e de fatos, comparação de posições, contraposição de proposições teóricas com situações concretas, etc.

1.5.8- Fichamento das leituras Em geral, o fichamento escolar gira em torno de um capítulo ou de um livro. Tal fichamento deve ter por base a análise temática, conforme foi dito nos itens 7 e 8. O roteiro apresentado é bastante geral, uma vez que pretende atingir qualquer tipo de texto. Um romance, por exemplo, tem características distintas de um texto científico que, por sua vez, se diferenciará também de um texto filosófico. Apesar dessas particularidades, toda redação tem uma estrutura lógica comum que possibilita o tipo proposto de análise. A familiarização com os textos das várias disciplinas e as orientações dos respectivos professores permitem ao aluno fazer as devidas adaptações e criar roteiros próprios.

Em síntese, o fichamento de capítulo, de artigo de revista ou jornal ou de um livro deve conter, além dos dados bibliográficos, um resumo da mensagem, a indicação dos principais problemas e idéias e até mesmo algum comentário e avaliação pessoal sobre o mesmo, aproveitando-se, assim, os elementos fornecidos pela leitura da análise temática.

2- RELEASE Notícia distribuída à imprensa, ao rádio, à TV, etc., para ser divulgada gratuitamente

MODELOS DE RELEASE (NOTÍCIA) - SIPAT

Segurança no trabalho O Colégio Estadual Polivalente promove, de 19 a 22 de junho, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). Durante esses dias, a partir das 19:15, haverá palestras com profissionais da cidade. Os temas abordados serão “Enxertos de acidentes de trabalho”, HIV”, “Direitos legais do trabalhador” e “Qualidade de vida”. O evento é aberto à comunidade e tem entrada gratuita. O Colégio Polivalente fica na Rua Figueira, 411, Jardim Santa Rita. Informações pelo fone 3338-5018.

Texto Publicado no Jornal de Londrina, quarta-feira, 07 de junho de 2006, (Mosaico, pág 3-Agenda) Segurança no Trabalho Londrina – A partir de segunda-feira acontece uma série de palestras sobre Segurança no Trabalho no Colégio Estadual Polivalente (Rua Figueira, 411, Jardim Santa Rita), sempre às 19h15. A realização é do Curso Técnico em Segurança do Trabalho e, entre os temas abordados, incluem-se Enxertos de Acidentes de Trabalho, Aids, Direitos Legais do Trabalhador e Qualidade de Vida.

Texto Publicado no Jornal Folha de Londrina, sábado, 17 de junho de 2006, (Cidades, pág 3-Agenda)

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III SIPAT do Polivalente foi um sucesso Foi um sucesso a III Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) do Colégio Estadual Polivalente que aconteceu de 19 a 22 de junho. Foram trazidos pelos palestrantes e debatedores, temas que além de super atualizados, são os da mais alta significância para todos os alunos e futuros Técnicos em Segurança do Trabalho. As SIPATs promovidas pelo Colégio vêm acontecendo como um instrumento de formação dos alunos concluintes do terceiro semestre, onde são eles com uma equipe de professores os principais responsáveis tanto por sua realização como pela proposição de temas, envios de convites e principalmente preparação para que tudo saia da melhor forma possível. Aproximadamente 200 pessoas estiveram presentes todos os dias na SIPAT.

Texto divulgado no Informativo do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Colégio Estadual Polivalente. POLI INFORMATIVO, Nº 01 – Ano 01 – Agosto/2006.

MODELO DE RELEASE (NOTÍCIA) – COMUNICADO DE ELEIÇÃO DE CIPA Convocação de Eleição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Conforme Edital de Convocação publicado no último dia 01 de agosto, estão convocados todos os empregados da Empresa Inácio & Silva Ltda., em condições de voto para eleição dos membros da "Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA", de acordo com a Norma Regulamentadora - NR 05, atual, baixada pelo Ministério do Trabalho, a ser realizada, em escrutínio secreto, no dia 16 de agosto, próximo, às 12:00 horas, na Sala de Reuniões e Treinamentos situada à Rua das Laranjeiras, 120, Centro de Londrina, sede da Empresa. Informações pelo fone (43) 3897-0010.

3- REDAÇÃO TÉCNICA (Redação Comercial e Oficial) A redação comercial e oficial é, cotidianamente, usada por empresas comerciais, indústrias ou prestadores de serviços – é a forma de comunicação entre pessoas jurídicas. Consta de muitos tipos de textos: carta comercial; ofício; memorial; parecer; declaração; memorando; requerimento; aviso; e-mail etc. Muitas delas vendidas em papelarias são modelos prontos em que basta o preenchimento dos espaços em branco. Contudo, seria interessante observarmos mais de perto alguns destes tipos de textos para que, se um dia precisarmos produzir um temos consciência do que estamos fazendo. Como toda redação, retomando o que destacamos anteriormente, as redações comerciais e oficiais obedecem também aos seguintes critérios: - Clareza – para que seja a mensagem corretamente compreendida deve-se escrever de maneira clara, direta e concisa, sem espaços para interpretações ambíguas;

- Correção – para demonstrar o cuidado do remetente para com o bom uso da linguagem, inclusive como forma, também, de se evitar interpretações indesejadas;

- Estética – para que o destinatário tenha boa impressão de quem a enviou e lhe dê maior atenção. Além do que, de certa forma, a redação comercial e oficial representa a empresa remetente, e uma boa imagem da empresa é fundamental nos dias de hoje.

3.1- CARTA COMERCIAL

É o meio mais tradicional de comunicação. Correspondência trocada entre empresas, indústrias ou prestadores de serviço com clientes e fornecedores, com a finalidade de se comunicar algo oficial. Uma carta bem apresentada costuma causar boa impressão em quem a recebe. Erros gramaticais, informação confusa ou falta de informação podem ser fatais. Como a carta doméstica, esta substitui o telefonema ou a conversa pessoalmente.

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A carta comercial apresenta algumas regras que a diferem da carta que costumamos escrever a nossos parentes. Vejamos: a). Papel: É, em geral, timbrado, no alto, com o nome e especialidade da firma. b)- Local e data: Após a numeração (se o papel for timbrado, não precisa mencionar o nome da cidade). c)- Destinatário: Empresa ou pessoa. O nome e o endereço do destinatário que virão à esquerda do papel, abaixo da epígrafe (localidade e data) d)- Vocativo: Deve ser impessoal: Senhor, Prezados Senhores, Caro Cliente – seguido de vírgula ou de dois pontos (:). e)- Parágrafo: O texto pode ser alinhado pela margem esquerda onde os parágrafos são indicados por um espaço entre eles ou pode-se, também, utilizar o recurso da margem. O texto deve ocupar o centro da folha e ser redigido com clareza e concisão. f)- Mensagem: Objetividade. Comece a carta com a mensagem que deseja transmitir, não perca tempo; entre direto no assunto. Evite: “Por intermédio desta solicitamos...” Prefira: “Solicitamos...” g)- Encerramento: No fim da carta não há lugar para dúvidas, mostre-se confiante para conquistar a credibilidade do leitor. Evite: “Se desejarem comprar nossos produtos, aceitaremos seus pedidos com prazer.” Prefira: “Venham conhecer nossa fábrica e tomar um cafezinho, quando poderão verificar nossos preços, qualidade e variedades.” h)- Despedida: O fecho é, em geral, padrão e consta de votos de amizade e de respeito. Usa-se Atenciosamente – Cordialmente – Atentamente (são seguidos de vírgula, por serem advérbios). Evite: “Sem mais para o momento...” “Sendo o que tínhamos a informar...” i)- Assinatura: Nome de quem vai assinar, cargo ou função, apenas as iniciais maiúsculas. Não se deve colocar o traço horizontal acima do nome.

Convém destacar que toda correspondência comercial deve ser datilografada com cópia, ou mantida em arquivo no computador. Não se devem esquecer as margens do papel. A margem esquerda será mais larga que à direita. Pode conter exposição de assunto na referência. j)- Endereçamento: (No envelope) Não sublinhar endereço ou cidade; Escolher endereço ou caixa postal; Não escrever CEP antes do número; Utilizar os campos para o CEP, sem colocar ponto entre os números. EXEMPLO DE ENDEREÇAMENTO: Evite: Indústria Frutissol S/A Prefira: Indústria Frutissol S/A

At.: Sr. Fernando Paz At.: Sr. Fernando Paz Rua das Flores, 308 Caixa Postal 8754 Caixa Postal 8754 Curitiba-PR Curitiba PR 02748-000 CEP 02748-000

MODELO DE CARTA COMERCIAL – RECOMENDAÇÃO (timbre)

Londrina, 18 de março de 2008.

ROOT Comércio e Serviços Ltda. Diretoria Comercial

Prezados Senhores:

É uma satisfação recomendar a Senhorita Mariana Mendes Rodrigues como Técnica em Segurança do Trabalho.

Infelizmente não pude continuar contando com seus serviços por que fui transferido para gerenciar a filial de Curitiba e ela preferiu Londrina.

Gostaria de acrescentar que se trata de uma excelente profissional, competente, leal e muito eficiente em sua função.

Sinceramente,

Rubem Lima Gerente Comercial

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SOLICITAÇÃO DE EMPREGO – Exemplo 1:

Londrina, 18 de março de 2008.

Prezados Senhores:

Dirijo-me a vossas senhorias com o intuito de preencher a vaga de Técnico em Segurança do Trabalho existente nessa organização.

Esclareço que me encontro preparado para o exercício da função, tendo em vista já ter trabalhado na mesma função durante cinco anos, como podem constatar no currículo anexo.

Cordiais saudações.

Mário da Silva Prado

Exemplo 2:

Londrina, 18 de março de 2008.

Prezados Senhores:

Por intermédio da Agência Respect, venho candidatar-me à função de Técnico em Segurança do Trabalho, nessa conceituada empresa.

Posso assegurar-lhes que tenho conhecimento da função, pois tenho experiência de dois anos na função e um profundo desejo de aprender mais.

Coloco-me à disposição através dos telefones (43)222-2222 ou 9999-1111.

Agradeço a atenção.

Cordialmente,

Ricardo Maurílio de Souza

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3.2- OFÍCIO É uma correspondência estabelecida entre órgãos oficiais da administração pública, ou de um órgão oficial para uma pessoa ou entidade civil. Consiste numa comunicação de qualquer assunto de ordem administrativa, como uma secretaria, prefeitura e outros.

O ofício não é elo nas relações entre autoridades unicamente, mas instrumento de comunicação do serviço público; portanto, de autoridade a autoridade ou desta para outrem. O destinatário pode ser órgão público ou um cidadão particular. O que o distingue de uma carta é o caráter oficial de seu conteúdo.

A linguagem oficial está vinculada a uma tradição de impessoalidade, usando-se espécies de pronomes de tratamento. São freqüentes os pronomes ou formas de tratamento: Vossa Senhoria (V.Sa.), Vossa Excelências (V.Exa.), e as formulas de cortesia para fechar a correspondência: Cordiais Saudações, Atenciosas Saudações, Respeitosas Saudações (que dependem do grau de distinção que se deseja atribuir ao destinatário).

São características e partes de um ofício: a) Papel: O papel utilizado é papel ofício (22 cm x 32 cm), em geral com timbre.

b)Timbre ou cabeçalho: Dizeres impressos na folha, símbolo (escudo, armas).

c) Índice e número: Número de ordem do documento, seguido da sigla do órgão que expede o ofício. O número de ordem do ofício e a sigla são separados por hífen. Exemplo: Ofício n.° 26 – SIGLA (não há necessidade de colocar o ano, pois o mesmo já vem especificado no local e data, que está na mesma linha).

d) Local e data: Na mesma altura do índice e do número. Coloca-se ponto após o ano.

e) ASSUNTO OU EMENTA: Só justificável quando o documento é muito extenso. Exemplo: Assunto: Remessa de publicações.

f) Vocativo: A invocação é sempre impessoal. É o tratamento ou cargo do destinatário seguido, preferencialmente, de dois pontos. Exemplo: Senhor Superintendente:, Senhor Professor:. Na correspondência oficial, não se deve usar o vocativo “Prezado(a) Senhor(a)”, salvo quando se trata de correspondência social da autoridade, emitida em razão de seu cargo ou função. g) Texto: exposição de assunto. Consta de uma ligeira introdução e da explanação, isto é, o corpo propriamente dito do ofício. Se o texto for longo, os parágrafos podem ser numerados a partir do segundo, que deverá receber o número 2. Se o texto ocupar mais de uma folha, escreve-se dez linhas na primeira e o restante nas demais. Nesse caso, colocam-se endereço e iniciais na primeira e o restante nas demais, acrescentando-se o número da respectiva folha. Exemplo: Ofício n.° 52 – SIGLA fl. 2

h) Fecho: Fórmula de cortesia. Pode-se alinhá-lo pelos parágrafos do texto, mas sem numerá-lo, ou posicioná-lo acima da assinatura. O fecho do ofício vem separado do texto por espaço. Contém a despedida com votos de amizade e respeito.

i) Assinatura: Nome do signatário, cargo e função. O designativo do cargo ou função deve ser separado por vírgula do nome, pois se trata de um aposto. Não se antepõe qualquer título profissional ao nome; cargo ou função que não devem ser grafados com maiúsculas.

Exemplo: Valter Moreira,

Superintendente...

j) Endereço: Na parte inferior do papel, junto à esquerda da folha, posterior à fórmula de tratamento são escritos o nome, o designativo do cargo ou função e o endereço do destinatário, seguidos da localidade de destino.

EXEMPLO:

Ao Senhor Nome, Diretor do Colégio Estadual José .............................., Endereço. Nesta Capital.

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k) Iniciais: siglas do redator e digitador, em letras minúsculas. Se o redator e digitador forem os mesmos, basta colocar iniciais após a barra diagonal: OP/MIR

Nota: Uma diagonal (/) logo acima do endereço, junto à margem esquerda, significa que o documento contém anexos, cujo número é indicado com algarismos arábicos. Exemplo: /3 (o ofício contém três anexos). Se se tratar de um anexo somente, procede-se do seguinte modo: Anexo Diploma de 3. grau. Observe-se que a palavra “anexo” deve concordar em gênero e número com substantivo a que se refere.

Os ofícios são datilografados ou digitados com cópia para os arquivos da entidade que expede.

MODELO DE OFÍCIO (Timbre)

Ofício n.° 10 Tupinambá, 17 de março de 2008. Ementa: Implantação de Curso Técnico em Segurança do Trabalho no período noturno Senhor Chefe:

A Direção do Colégio Estadual Padre José de Anchieta-EFM, através deste ofício, encaminha a Vossa Senhoria solicitação de implantação de curso Técnico em Segurança do trabalho no período noturno, em nosso estabelecimento de ensino, pelos motivos explanados em Memorial Analítico e Justificativo, anexo a este documento.

Desta forma, pedimos suas providências no sentido de protocolar, juntando seu Parecer Técnico, conforme estabelecido no roteiro de montagem de processo para análise do Departamento de Infra-Estrutura.

Respeitosamente,

Professora Maria Ângela Conceição Ribeiro RG: 000.000.000-00/ PR

Diretora Geral / Res. 0000 / 2006 Ilmo. Sr. Biário Afonso Saturnino, Chefe do Núcleo Regional de Educação de Tupinambá, Avenida das Flores, 1200 Neste Município. JL/MACR

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3.3- MEMORIAL O memorial é uma forma de correspondência em que um funcionário se dirige a uma autoridade expondo uma solicitação e alinhando as razões dessa solicitação.

MODELO DE MEMORIAL ANALÍTICO E JUSTIFICATIVO (Timbre)

Destinatário Cargo ou função Endereço Localidade

Prezado Senhor

Nos anos de 2005 e 2006, recebemos diversos pedidos de nossos alunos, bem como de alunos dos bairros vizinhos, buscando cursar o Técnico em Segurança do Trabalho noturno neste Estabelecimento de Ensino.

Com a tendência de queda de matrículas do Ensino Médio no período vespertino, verificada nos últimos três anos e também pelo fato de nossa escola não funcionar à noite, percebemos que seria interessante ofertarmos o Curso Técnico em Segurança do Trabalho, uma vez que há uma acentuada expansão populacional em nossa região, provocada pela instalação de novas empresas. Ainda fortalece nosso argumento o fato do Estabelecimento Estadual mais próximo que oferta tal Curso estar a mais de oitenta quilômetros de distância.

Em relação ao transporte coletivo, existem três linhas regulares que fazem o atendimento local e ainda prefeitos de municípios próximos, que prestam seus apoios à nossa idéia prometeram meios de transporte para os alunos de suas localidades.

Informamos também que dispomos de laboratório com equipamentos de segurança, doados pelas empresas locais e espaço físico suficiente para iniciarmos com duas turmas de primeiro semestre do Curso. E, à medida que elas forem sendo aprovadas para o segundo e terceiro semestre dispomos de todas as salas de aula do prédio (6 salas).

Agradecemos a atenção.

Professora Maria Ângela Conceição Ribeiro

RG: 000.000.000-00/ PR Diretora Geral / Res. 0000 / 2006

Referência: Ofício n.° 010/2008 - E.E. Padre José de Anchieta-EFM. Assunto: Implantação de Curso Técnico em Segurança do Trabalho

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3.4- PARECER É uma informação documental de caráter oficial técnica em que uma comissão ou técnico,

especialista ou funcionário emite juízo ou aponta solução (favorável ou contrária) sobre uma questão, pedido ou processo. É a opinião sobre um ato, como conclusão de um processo. O parecer deve ser fundamentado em razões e amparado, sempre que possível, por opiniões de outros especialistas sobre o assunto e/ou em dispositivos legais e informações. Normalmente, empresas pedem um parecer sobre determinado assunto que estão iniciando. Por exemplo, querem informatizar a empresa. Contratam uma empresa especializada para dar um parecer sobre a idéia, opinar sobre a viabilidade econômica do projeto, sobre as reais necessidades de implementação dele, sobre os riscos, sobre os custos etc. Os Governos também usam deste expediente, pedem parecer técnico toda vez que desejam iniciar um projeto ou comprar algum equipamento ou material. Há empresas especializadas nesse serviço.

O Parecer é também a proposição com que o plenário, as câmaras e as comissões se pronunciam sobre qualquer matéria que lhe seja submetida.

MODELO DE PARECER TÉCNICO

(Timbre)

Parecer Nº 005/08 Referência: Ofício n.° 010/2008 - E.E. Padre José de Anchieta Assunto: Implantação de Curso Técnico em Segurança do Trabalho

PARECER TÉCNICO

Senhora Chefe do Departamento de Infra-Estrutura

A Direção da E.E. Padre José de Anchieta encaminha a este NRE solicitação de “implantação de Curso Técnico em Segurança do Trabalho no período noturno”. Ratificamos as informações contidas no Memorial Analítico e Justificativo redigido pela Direção do Estabelecimento, e relatamos as seguintes informações levantadas por este NRE: 1- A queda de matrículas no Colégio Estadual Padre José de Anchieta, EFM., no período vespertino, é significativa, porém não implica na extinção do Ensino Fundamental e Médio, nos turnos matutino e vespertino. A necessidade de implantação do Curso Técnico em Segurança do Trabalho noturno é real, uma vez que há muitos alunos com idade compatível à exigida para o seu funcionamento e carentes de formação profissional. 2- As empresas que ora se instalam no município de Tupinambá, bairro de Santa Sofia, têm previsão de início de operações para o segundo semestre do ano de 2008 e início de 2009, visto que atualmente iniciam-se obras de construção civil. Diante disso, a demanda de Técnicos em Segurança do Trabalho será inquestionável. 3- O estabelecimento estadual mais próximo do Colégio Estadual Padre José de Anchieta, EFM, que oferta o Curso Técnico em Segurança do Trabalho, está a oitenta e dois quilômetros, e o Colégio Estadual Padre José de Anchieta, EFM, além de possuir espaço físico e instalações adequadas para absorver a demanda regional atual, conta com atendimento de transporte escolar municipal local e ainda a colaboração de prefeitos dos municípios circunvizinhos. Sendo esta a nossa informação Tupinambá, 25 de março de 2008. Biário Afonso Saturnino, Chefe do NRE de Tupinambá R.G. 000.000.000 – 00 / PR/ Res. 0000 / 2002

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3.5- DECLARAÇÃO É um tipo de correspondência que visa documentar formalmente uma informação sobre alguma pessoa ou fato. Obrigando aquele que a expede a expressar a verdade.

MODELO DE DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO

Declaramos que o Senhor José Lima de Castro presta serviços, como Técnico em Segurança do

Trabalho, a nossa empresa, há 10 anos, no turno da noite. Por ser a expressão da verdade firmamos a presente datando e assinado. Londrina 20 de março de 2008. Carlos Augusto dos Campos Gerente de Recursos Humanos

3.6- CERTIFICADO

O certificado, como o próprio nome diz, é um documento, uma certidão, que comprova algo, que atesta como verdade alguma coisa. Ganhamos certificados, por exemplo, quando fazemos algum curso. Ele serve como prova de que temos os conhecimentos referentes ao curso em questão - pode ser apresentado como documento comprobatório sempre que exigido.

MODELO DE CERTIFICADO

(Timbre)

CERTIFICADO

Certificamos que o professor ............................................................................... esteve presente ao curso de capacitação profissional Educação para o Trabalho, com ......... % de freqüência, ministrado pelo Professor Doutor ................................., nos dias 12, 13 e 14 de abril deste ano, com carga horária de 40 horas. Londrina- PR, 21 de março de 2008. Professor Palestrante

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3.7- MEMORANDO È um documento bastante utilizado feito em papel de formato menor que o de carta, ofício. Usado

para comunicações breves ou nota diplomática de uma nação para outra, entre departamentos ou filiais de uma mesma empresa ou entre a matriz e suas filiais e vice-versa. Convém ressaltar que em se tratando de órgãos oficiais, para o memorando, pode ser usada a fórmula do ofício. Se representar comunicação entre duas entidades não oficiais terá o cunho de carta comercial. O memorando deverá ser numerado (à direita, acima) e pode ter a finalidade ainda de complementar uma correspondência anterior, fazer comunicações e solicitações.

MODELO DE MEMORANDO (Timbre)

MEMORANDO nº:

De: Depto.de Vendas Londrina, 18/03/2008 Para: Depto.Pessoal

Assunto: Férias

Solicito, em virtude do acúmulo de serviço, a transferência das férias do Senhor Fidel C.Sanchez, que deveriam começar no dia 25/03 para o período de 10 a 30 próximos.

Grata,

Ana Maria da Silva Supervisora do Depto.de Vendas 3.8- REQUERIMENTO É um tipo de correspondência em que se requer ou pede alguma coisa. Como geralmente é destinado à entidade ou autoridade superior, é comum o uso de formas respeitosas.

MODELO DE REQUERIMENTO

Excelentíssimo Senhor Governador do Estado:

João da Silva, funcionário público, lotado na Assembléia Legislativa deste Estado, residente na Rua Frasão, 47, nesta capital, impedindo de continuar sua prestação de serviços a esse órgão, por motivos pessoais, vem requerer de Vossa Excelência que lhe conceda licença para tratamento de interesses, por dois anos, como faculta a lei.

Nestes termos, pede deferimento.

Curitiba, 03 de março de 2008.

João da Silva

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3.9- CONTRATO É um documento que estabelece um acordo entre duas ou mais pessoas, ou entre pessoas e

empresas, ou entre empresas, que transferem entre si algum direito ou se sujeitam a alguma obrigação ou prestação de serviço. Documento que pode também quaisquer dos governos constituir uma das partes.

Todo contrato deve ser bem estudado, de preferência com assessoria de um advogado, para que, no futuro, não haja problemas. Outra observação importante é a leitura atenta de um contrato quando vamos assiná-lo. Muitas vezes, uma única cláusula, que não nos chamou atenção, pode gerar sérios transtornos. Por isso, atenção e, se possível, antes de assinar, peça uma análise de seu advogado.

MODELO DE CONTRATO CONTRATO SOCIAL CIVIL

Que entre si, fazem José Ribeiro dos Santos, brasileiro, casado, maior do comércio, residente e domiciliado à Avenida Brasil, 120, centro, nesta cidade de Maringá, Estado do Paraná, portador da identidade RG nº 5.236.420-8-SESP-PR, CPF nº 455.235.165-89 e Carmelo Barbosa Sobrinho, brasileiro, solteiro, maior, empresário, residente e domiciliado à Rua do Comércio, 452, centro, nesta cidade de Maringá Estado do Paraná portador da identidade RG nº 3.455.165-9, CPF nº 899.754.986-12, sob as cláusulas e condições seguintes:

Primeira: A sociedade civil ficará com a denominação de Escritório de Negócios Brasil S/C Ltda. E terá sua sede matriz na Rua das Flores, 150, centro, nesta cidade de Maringá Estado do Paraná. Segunda: A presente sociedade terá como finalidade explorar o ramo de Locação e Venda de Imóveis.

Terceira:

................ etc.

Maringá-PR, 25 de fevereiro de 2008

_______________________________________ _____________________________________ José Ribeiro dos Santos Carmelo Barbosa Sobrinho _______________________________________ _____________________________________ Testemunhas: Testemunha: RG: RG: V 3.10- RECIBO

Declaração, por escrito, em que alguém (pessoa ou empresa) assume ter recebido de outro o que nele estiver especificado. O recibo é a prova de que se realizou uma transação. Algumas características dele: 1. Pode conter, no alto, o timbre da firma que o fornece. Nas papelarias, encontram-se blocos de recibos já impressos. 2. Deve ser redigido com cópia para que ambas as partes possuam prova da transação. 3. É fornecido pela pessoa ou firma que recebe o dinheiro ou coisa em questão. 4. No alto do papel e no centro, escreve-se a palavra RECIBO. 5. No canto direito, depois de um espaço de separação, escreve-se o valor da transação em algarismos. 6. O corpo do recibo contém, claramente, os dados da transação. 7. Depois do espaço de separação, escreve-se o nome da pessoa que fornece o recibo sob uma linha. A assinatura se faz sobre a linha. 8. Em certos casos, é aconselhável que duas testemunhas assinem o recibo e estejam identificadas.

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9. Quando emitido por pessoa jurídica (firma), pode haver obrigatoriedade de retenção de Imposto de Renda na Fonte. Nesse caso, o fato deve ser mencionado com o respectivo valor e o líquido a receber.

MODELO DE RECIBO RECIBO

R$ 100,00

Recebi, do Sr. Paulo Salas a quantia supra de R$ 100,00 (cem reais), referente à venda de uma escrivaninha para escritório, marca Babel, modelo Q220.

Por ser a expressão da verdade firmo o presente recibo.

Londrina-PR, 03 de fevereiro de 2008 ___________________________

Marco Saliba

3.11- CIRCULAR É a correspondência oficial dirigida pela chefia aos funcionários imediatos em várias seções ou repartições, que normalmente é fixada em murais da empresa, dirigida a vários destinatários para transmitir avisos, ordens ou pedidos. Na verdade, quando a empresa quer comunicar algo do interesse de todos, ao invés de mandar correspondência individual, faz uma circular e a expõe em local apropriado, local em que todos possam ler e ficar cientes. Mas a circular também pode ser individual, principalmente em empresas pequenas – ao invés de fixá-la, é feita uma cópia para cada interessado. Contém: a) timbre da empresa; e) invocação, precedida do tratamento adequado; b) título e número (circular nº01/03, por exemplo) f) texto (explicação do assunto); c) data (sem o nome da localidade); g) despedida sucinta; d) ementa (resumo do assunto); h) assinatura com o cargo de quem assina.

MODELO DE CIRCULAR FUNDIÇÃO PAIS, FILHOS E NETOS LTDA.

CNPJ: 56.988.857/0001-03 Rua Apinagés, 930 – Jardim Industrial - 89900-000 – Londrina-PR

CIRCULAR Nº 03/08. Em 04 fevereiro de 2008. Ementa: Uso de Protetor Auricular Prezados colaboradores: Comunicamos a Vossas Senhorias que o uso do Protetor Auricular em todas as dependências do setor de fundição e solda em nossa empresa se faz absolutamente necessário a partir do próximo dia 06 de fevereiro do ano em curso, não sendo admitida qualquer tipo de justificativa pelo não uso. Os motivos são a entrada em funcionamento dos novos maquinários que adquirimos e especialmente nossa preocupação com as condições de segurança e proteção de todos. Atenciosamente. ___________________________________ José dos Santos Moura Técnico em Segurança do Trabalho

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3.12- ORDEM DE SERVIÇO É um documento com texto de uma determinação específica destinado a expedir comunicações

internas referentes ao serviço - é uma comunicação dirigida em que alguém solicita um serviço a outro funcionário dentro da própria empresa. Através da ordem de serviço seu autor expede ordens ou orientações de caráter administrativo ou especificações técnicas de procedimentos. É correspondência de caráter interno, devendo ser numerada, datada e assinada pela pessoa que o expediu. Seu texto é sucinto, direto e não inclui fórmulas de cortesia.

O original da Ordem de Serviço será entregue ao destinatário que colocará o “ciente” na cópia a ser devolvida à repartição expedidora, para arquivo em ordem numérica. Ela tem função principal de substituir ou corroborar uma ordem verbal, com a vantagem de servir de documento caso surjam dúvidas posteriores.

MODELO DE ORDEM DE SERVIÇO Ordem de Serviço nº Esta chefia comunica ao departamento de Produção que, a partir do dia 12 deste mês, será iniciada a nossa II Semana Interna de Prevenção de Acidentes-SIPAT que vai de 12 a 16 próximos. Para tanto, solicitamos que sejam revistos os turnos, e iniciada imediatamente a impressão do Material Palavra em Ação. 07 de março de 2008 ______________________________ Marcelo Roriz Gerente de Produção

3.13- PROCURAÇÃO Documento em que, legalmente, alguém transfere seus direitos a outra pessoa para que ela tome decisões em seu nome, sejam essas decisões pessoais ou profissionais. É passada em cartório. Como é um documento no qual uma pessoa lega a outro poderes para agir em seu lugar, isto é, em seu nome, deve-se tomar muito cuidado com a redação, para que não ocorram problemas. Na procuração, normalmente, especifica-se quais decisões poderão ser tomadas e em que circunstâncias, para que plenos poderes não sejam conferidos. Há dois tipos de procuração: pública (quando lavrada em cartório) e particular (quando lavrada de próprio punho). Chama-se de Constituinte aquele que delega os poderes, e de Procurador ao que irá representar o constituinte.

MODELO DE PROCURAÇÃO PROCURAÇÃO

Eu Jaime Melo de Oliveira, brasileiro, casado, comerciante, residente e domiciliado à Rua das Margaridas, 213, Jardim Esperança, nesta cidade de Londrina, Estado do Paraná, nomeio e constituo meu bastante procurador o Sr. Aníbal da Cruz Figueiroa, brasileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado à Avenida dos Mirantes, 415, Parque Brasil nesta cidade Londrina, Estado do Paraná, para fim de representar-me na assembléia do Sindicato dos Comerciante e Lojistas de Londrina, no próximo dia 13 de abril, para o que lhe concedo todos os poderes necessários para opinar, discutir e aprovar decisões em meu nome, acerca do comercio vir a abrir a partir das 08:30 da manhã. Londrina, 12 de fevereiro de 2008

___________________________ Jaime de Melo Oliveira

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3.14- AVISO É uma forma de correspondência usada em bancos, repartições, entidades comerciais. Assemelha-se ao ofício (ou edital) não trazendo, porém destinatário, fecho ou expressões de tratamento. 3.15- E-MAIL É a alternativa mais rápida e econômica para enviar um texto par um ou mais leitores. Existem, entretanto, alguns requisitos para aproveitar bem esta ferramenta. Eis alguns deles: - Um “e-mail” deve ser objetivo, claro e conciso, como exige a comunicação pela Internet; - O tema do “e-mail” deve aparecer na linha destinada ao assunto. Pessoas que recebem muitas mensagens pelo correio eletrônico costumam fazer triagens por assunto; - Evite piadas e brincadeiras. No mundo dos negócios, não há espaço para isto; - “E-mails” profissionais não são bilhetes para amigos, que estão dispostos a perdoar erros gramaticais. Releia o texto antes de enviar; - Evite saudações pomposas como “Ilustríssimo Senhor”; - O “e-mail” não é tão formal quanto a carta, mas nem por isso deve deixar de ser educado e elegante. Não se deve colocar data, porém é essencial uma despedida e a identificação do remetente. 3.16- ESTATUTO

Lei orgânica que expressa formalmente os princípios que regem a organização de um Estado, sociedade ou associação. 3.17- REGULAMENTO É o conjunto de regras que orientam a vida de uma instituição, destinadas a esclarecer e completar o texto da lei para facilitar a sua execução, podendo ser também o estatuto que contém normas e explicações para o funcionamento de determinado serviço público e que devem ser observadas.

3.18- REGIMENTO INTERNO

Regimento que regula o funcionamento e o serviço interno das câmaras legislativas, dos tribunais, dos órgãos da administração pública e, por vezes, de instituições ou organizações particulares. 3.19- RELATÓRIO

É uma exposição escrita que tem, por objetivo descrever e analisar fatos específicos que se refiram a assuntos de âmbito científico, técnico, acadêmico, administrativo, financeiro, contábil, jurídico etc. O primeiro passo para se elaborar um relatório é definir: Por que escrevê-lo, para quem será apresentado, o que escrever e como fazê-lo.

Os relatórios sendo uma descrição (às vezes pormenorizada, outras não, variando conforme o caso ou a necessidade), do que acontece durante o desenvolvimento de uma ação, seja ela reunião, assembléia, seminário, estágio, curso, aula etc, normalmente são concluídos quando se conclui uma ação.

O relatório, certamente não deve resultar num amontoado de papéis e até anexos para engrossar a apresentação. Ele deve ser claro, coerente e mostrar a capacidade em reunir os dados pesquisados, estudados e as experiências vivenciadas, colocadas numa seqüência lógica e bem elaborada.

Dependendo da abrangência do relatório e/ou daquilo que se pretende relatar, seja pelo detalhamento e/ou pela quantidade e significação de sua escrita, é importante se ater aos itens de Apresentação do Relatório, devendo constar: 3.19.1- Capa: a apresentação da capa tem a finalidade de evidenciar dados importantes como: autor, empresa ou estabelecimento de ensino, título, local e data. 3.19.2 – Página de dedicatória: É livre e aparece no trabalho somente quando o autor o desejar. Se houver, pode ser romântica ou emocional, mas evite dedicar seu trabalho a um número muito grande de pessoas. 3.19.3 – Página de agradecimento: Poderá constar do relatório, desde que haja motivos justos para tal. Não é obrigatória.

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3.19.4 – Sumário: Também chamado de índice, compreende a indicação dos assuntos de acordo com a numeração das páginas, é obrigatório. O sumário é colocado no início do trabalho, mas é o último a ser escrito. Constam dele todos os elementos, desde a introdução até a bibliografia. 3.19.5 – Introdução: É a apresentação do trabalho de forma sintética e objetiva. Quando bem feita, motiva a apreciação do trabalho. Apesar de haver variações quanto aos itens a serem abordados na introdução, para que sua finalidade seja atingida, sugerem-se os seguintes elementos: menção do local onde se desenvolveu o trabalho e dados relevantes sobre o espaço onde o mesmo aconteceu; identificação e delimitação do período em que se deu o trabalho; esclarecimento sobre os limites práticos e teóricos encontrados na realização do trabalho; justificativa argumentando sobre a importância pessoal e social para a realização do trabalho – é o momento em que o autor deverá convencer aquele que avalia seu trabalho sobre a relevância de sua realização. Apesar de ser o primeiro item no corpo do trabalho, a redação definitiva da introdução deve ser a última a ser elaborada, uma vez que esta deve antecipar ao leitor uma noção geral do trabalho. 3.19.6 – Objetivos do relatório: Em relação aos objetivos do relatório poderão ser levadas em conta as considerações do item 5-Objetivos, do conteúdo PISTAS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, PLANEJAMENTOS OU PLANOS DE AÇÃO, citado abaixo. 3.19.7 – Objeto do relatório (Desenvolvimento): Narração dos fatos em ordem cronológica. Neste item o autor deve estar atento, buscando destacar o conhecimento cientifico, sistematicamente construído, fugindo do senso comum, do achismo. Deve, portanto, apresentar as premissas e teorias nas quais está apoiado seu trabalho, dando-lhe credibilidade. Esta é uma das partes mais importantes do trabalho efetivamente a ser apresentado. 3.19.8 – Considerações finais (Conclusão/Encerramento): As considerações finais devem ser breves, claras e conter respostas às indagações acerca das dúvidas que o mesmo tinha no início do trabalho. Devem constar neste item o sentimento da tarefa cumprida e as expectativas futuras a partir do que se propôs com as fundamentações teórico/práticas de ensino. 3.19.9 - Fecho: Local, data, Responsável pelo relatório, assinatura. OBS: Há a possibilidade de inclusão de tabelas e gráficos. Se houver necessidade incluir também as referências bibliográficas.

É comum, em empresas, responsáveis por serviços terem que apresentar relatórios periódicos aos diretores, para que eles fiquem cientes do que está acontecendo e de como as coisas estão caminhando. Faz-se relatórios, também, em governos.

MODELO DE RELATÓRIO EMPRESARIAL

Empresa ........................................................................................................ Relatório da diretoria: Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatuárias, submetemos à sua apreciação o Balanço Geral, referente ao exercício de 2008, a demonstração da conta “Lucros e Perdas” e o parecer do Conselho Fiscal. No exercício que encerrou, tivemos o imenso prazer de participar na subscrição do capital inicial de R$ ............................... (.....................................................). A nossa carteira de ações alcança hoje R$ ............................. (.....................................................). O nosso capital foi aumentado de R$ ........................... (.....................................................) para R$ ........................ (............................................) com incorporação do Fundo ................................................................., passando o valor nominal das ações de R$ ........................ (.....................................................) para R$ ...................... (..............................................) e nosso patrimônio de R$ .................... (.........................................................) para R$ .................. (...............................................). Finalmente nos colocamos inteiramente à disposição de V.Sª para todos os esclarecimentos que fizerem necessários. Londrina-PR, ........... de ................ de ........................ ______________________________ Assinaturas Balanço geral em: ........................................................................................ Ativo ..................................................................... Passivo ....................................................................... etc.

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3.20- EDITAL O edital tem o objetivo de dar uma ordem ou fornecer alguma informação oficialmente, sempre

exposto em local público ou publicado em jornal, para conhecimento de todos, de alguns interessados ou de determinada pessoa cujo paradeiro desconhece-se. É um ato escrito oficial, que contém determinação, aviso, postura, criação etc. Quando alguém vai se casar, por exemplo, é necessária a publicação de um edital em um jornal para que todos tomem ciência do fato e se oponham caso haja alguma irregularidade na união pretendida.

MODELO DE EDITAL SINDICATO DOS PROFESSORES DO ESTADO DO TOCANTINS

EDITAL Nº 02/08

Convocação para Assembléia – Geral Ordinária Pelo presente Edital, ficam os senhores professores do Estado do Tocantins convocados para a Assembléia – Geral Ordinária, a realizar-se na sede do sindicato, a 5 de abril de 2008, às 20 horas em primeira convocação ou às 20h 30 em segunda e última convocação, com qualquer número de presenças.

Constam da ordem do dia: 1) Discussão de aumento salarial; 2) Eleição de novo Presidente do Sindicato; 3) Outros assuntos de interessa geral.

Palmas, 20 de março de 2008 __________________________

Maurício Santos - Presidente 3.21- ATA

Atas são registros. Documento que registra por escrito e com o máximo de fidelidade ocorrências, para fins de comprovação, inclusive legal, das discussões e resoluções havidas. É na verdade, uma narração, por escrito, do que se passou em uma sessão, em uma assembléia, em uma reunião, em uma cerimônia – faz-se atas em reuniões empresariais, de condomínios, sessões públicas ou privadas, em assembléias de sindicatos, congressos, encontros, em conselhos de classe de escolas etc. Depois de lavrada e discutida, é submetida à apreciação dos participantes da reunião e assinada por eles, para que, caso alguém tenha alguma dúvida mais tarde, possa consultá-la. Outro objetivo da ata é servir de documento comprobatório do que foi decidido pela maioria, para que os não presentes à reunião possam consultá-la e dirimir dúvidas.

Existem vários tipos de atas, desde aquelas cuja existência, formato e consistência são determinadas por lei até as mais simples feitas a mão. Uma idéia que funciona é usar um formulário simples, que contenha a essência do que foi decidido, onde constam por coluna: • Assunto: conforme agenda de convocação; • Debates/conclusão: resumo do que se debateu e o que ficou adotado como decisão em relação ao assunto;

• Responsável: quem será cobrado para que a decisão tomada seja cumprida; • Prazo: tempo dado ao responsável para implantar a decisão; • Data: da próxima reunião.

O tipo de ATA que comumente se utiliza para registrar reuniões, é escrita no momento da reunião, ao mesmo tempo em que as discussões estão acontecendo. Possui uma forma fixa: Não admite abertura de parágrafo senão na primeira linha e é assinada logo após a última linha, para evitarem-se falsificações. Deve conter dados sobre a data, local da reunião, citação da ordem do dia e relato sumário dos assuntos tratados, nomeando pessoas que se manifestam. É lavrada por um secretário, indicado em geral pelo plenário e deve ser lida e aprovada antes de ser assinada pelos presentes.

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Na ata evitam-se o mais possível os números arábicos ou romanos. Devem ser transcritos por extenso. Além de não apresentar parágrafos, como dito acima, não tem espaços em brancos e, por isso, os períodos são contínuos, sem mudança de linha - os erros que, por acaso, forem cometidos, serão corrigidos com a ressalva DIGO e a forma correta em seguida. Caso haja algum reparo a ser feito e que comprometa a ATA escrita na sua totalidade, escreve-se nova ATA e tão logo esteja pronta, acrescenta-se o aviso de que esta substitui e invalida a anterior.

MODELO DE ATA PRÉ-IMPRESSO

OBJETIVOS PREVISTOS 1- 2- 3-

OBJETIVOS ALCANÇADOS 1- 2- 3- Data / / Horário Início: Horário Término: Local: Coordenador: Participantes:

ITEM TÓPICOS TRATADOS E RESOLUÇÃO RESPONSÁVEL DATA LIMITE Observações: Registro feito por: Data de expedição: / / Assinaturas dos participantes:

Se não houver qualquer contestação quanto ao conteúdo é considerada aprovada e deve ser assinada por todos

MODELO I - ATA DE ASSEMBLÉIA ATA DA TERCEIRA ASSEMBLÉIA DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA DE TRANSPORTE VAIBEM LTDA. Aos quinze dias do mês de março de dois mil e sete, reuniram-se, às quatorze horas, os funcionários da Empresa de Transporte Vaibem, em sua sede, na Rua dos Comerciários, 1928, nesta capital, representando 100% (cem por cento) dos funcionários, conforme assinaturas lançavas, digo lançadas, sobre a seguinte ordem do dia: a) autorização para funcionários reduzirem jornada de trabalho; b) outros assuntos de interesse de todos. Comprovada a existência da totalidade dos funcionários, o Sr. Presidente do Sindicato, assumindo a direção dos trabalhos, na forma dos Estatutos Sociais, declarou instalada a presente Assembléia e apta a deliberar sobre a matéria constante da ordem do dia, convidando a mim, para secretariar os trabalhos. Assim, constituída a mesa, esclareceu o Sr. Presidente, quanto ao item “a” da ordem do dia, que era de toda a conveniência a redução da jornada de trabalho com contratação de mais funcionários, o que foi votado e aprovado por unanimidade, após declaração de José da Silva, que reafirmou a necessidade da aprovação do item a. Pedindo a palavra, que lhe foi concedida, o funcionário Mário Pereira, referindo-se ao item b, disse haver necessidade de compra de mais uniformes, o que foi votado e aprovado por unanimidade. Deram-se por encerrados os presentes trabalhos pelo tempo necessário à lavratura da presente Ata que, após a reabertura dos trabalhos, foi lida e aprovada por unanimidade e assinada por mim que a secretariei Ricardo de Jesus pelo Senhor Presidente Manoel dos Passos, pelos funcionários presentes. Londrina-PR, 15 de março de 2008. (Seguem as assinaturas)

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MODELO II – ATA DE REUNIÃO ATA DA REUNIÃO _______________________________________________________________________ Aos __________ dias do mês de ________________do ano de ________________ ás ______ horas em __________(indicar a localidade) , Estado do ___________________, reuniram-se com o propósito de ________indicar o(s) assunto(s) a ser(em) discutido(s) os trabalhadores ( nominar a repartição que se reúne ) . Iniciando os trabalhos o Senhor Coordenador (normalmente o Presidente é o coordenador) convidou a mim (nome do secretário, em caso de não ser o secretário oficial acrescentar o termo “como secretário ad hoc” e somente após isto o nome de quem

secretaria a reunião) ___ para lavrar a presente Ata, tendo participado ainda da Mesa as seguintes pessoas: (neste ponto citar nomes de pessoas importantes presentes, constando suas funções ou o por que estiveram na reunião) . Dando continuidade o Senhor Coordenador colocou o primeiro item da pauta em discussão que chegou-se à seguinte resolução _____(a partir da abertura deste parágrafo mencionar o resultado de todos os assuntos postos em debate com suas

respectivas conclusões) Como nada mais houvesse a ser tratado, o Senhor Coordenador deu por encerrados os trabalhos que eu, ___(nome do secretário) secretariei, lavrando a presente Ata que, lida e achada conforme, contém as assinaturas de todos, como prova a livre vontade de cada um ___(Local e data) . ____(Assinatura do Secretário) ____(Assinatura de todos os presentes) .

4- DOCUMENTOS RELACIONADOS À ORGANIZAÇÃO DA CIPA Mod. 1- Edital de Convocação de Eleição; Mod. 5- Requerimento à DRT; Mod. 2- Cédula de Votação; Mod. 6- Calendário de Reuniões Ordinárias da CIPA; Mod. 3- Termo de Abertura de Livro de Atas Mod. 7- Ata de Instalação e Posse; Mod. 4- Termo de Encerramento de Livro de Atas Mod. 8- Ata de Eleição.

MODELO 1 - EDITAL DE CONVOCAÇÃO (Timbre)

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NA CIPA Nº____

Ficam convocados os empregados desta Empresa para eleição dos membros da "Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA", de acordo com a Norma Regulamentadora - NR 05 atual, baixada pelo Ministério do Trabalho, a ser realizada, em escrutínio secreto, no dia .............. às ......... horas, no ...........(local)............ Apresentaram-se e, serão votados os seguintes candidatos:... (nome dos candidatos da cédula de votação).

Data...................................

(assinatura e carimbo do empregador) ou

(Comissão Eleitoral)

MODELO 2 - CÉDULA DE VOTAÇÃO (Razão Social da Empresa)

CÉDULA DE VOTAÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NA CIPA

( )? AAAAAAAAA ( )? BBBBBBBBBB ( )? CCCCCCCCCC Carimbo da Empresa

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MODELO 3 - TERMO DE ABERTURA DO LIVRO DE ATAS

TERMO DE ABERTURA DO LIVRO DE ATAS

Contém o presente Livro ......... (escrever por extenso) folhas numeradas tipograficamente que se destinarão à lavratura das Atas das Reuniões Ordinárias e Extraordinárias da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA da Empresa.....(razão social)....., situada na......(endereço completo)......

Data........................

(assinatura do empregador) ou

(Comissão Eleitoral)

MODELO 4 - TERMO DE ENCERRAMENTO DO LIVRO DE ATAS

TERMO DE ENCERRAMENTO DO LIVRO DE ATAS As ......... (escrever por extenso) folhas do presente livro, numeradas tipograficamente foram usadas na lavratura das Atas das Reuniões Ordinárias e Extraordinárias da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA da Empresa.....(razão social)....., situada na......(endereço completo)......

Data........................

(assinatura do Presidente da CIPA)

MODELO 5 - REQUERIMENTO À DRT

(Timbre)

Ilmo. Sr. Delegado Regional do Trabalho A Empresa...................., situada....(endereço)....... em ...(município)..., com atividade do ramo da construção civil, grau de risco....., vem mui respeitosamente comunicar a Vossa Senhoria a constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, de conformidade com o Artigo 163 da CLT e da NR-05 atual, e requerer protocolização dos seguintes documentos anexos: - Cópia da Ata de Eleição; - Cópia da Ata de Instalação e Posse; - Calendário Anual de Reuniões Ordinárias da CIPA;

Neste termos, pede deferimento

Data............................

(assinatura do empregador)

MODELO 6 - CALENDÁRIO DE REUNIÕES ORDINÁRIAS DA CIPA

CALENDÁRIO DE REUNIÕES ORDINÁRIAS DA CIPA ANO MÊS DIA HORA LOCAL 2009 DEZEMBRO 15 13:00 Sala de reuniões e treinamentos 2010 JANEIRO 15 13:00 Sala de reuniões e treinamentos

Presidente da CIPA Gestão 00/00

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MODELO 7 - ATA DE ELEIÇÃO

ATA DE ELEIÇÃO COMPLEMENTAR DOS REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NA CIPA DA EMPRESA (colocar a razão social por extenso) Aos ..(escrever por extenso).... dias do mês de .....(colocar por extenso)..... do ano de ..(colocar por extenso)......... no local designado no EDITAL DE CONVOCAÇÃO ...... (nº do Edital) ...., com a presença dos Senhores ....(nomes dos componentes da mesa apuradora)... instalou-se a mesa receptora e apuradora dos votos às .(colocar também por extenso).... horas. O Senhor Presidente (nome do Presidente da mesa ou da Comissão Eleitoral – CE) da mesa declarou iniciados os trabalhos. Durante a votação, verificaram-se as seguintes ocorrências:........ (quando houver registrar aqui)....... Às ....(colocar também por extenso).... horas, o Senhor Presidente da mesa apuradora ....(colocar o nome)..... declarou encerrados os trabalhos de eleição, verificando-se que compareceram .....(colocar por extenso)......empregados passando-se à apuração dos votos, na presença de quantos assim o desejassem. Após a apuração, chegou-se ao seguinte resultado: Suplente ...(colocar o nome)... com (colocar a quantidade em algarismo e por extenso) votos e Suplente ...(colocar o nome)... com (colocar a quantidade em algarismo e por extenso) votos. Após a classificação dos representantes dos empregados, por ordem de votação elegeram os Senhores .....(colocar o nome).... e ....(colocar o nome)... para o cargo de Suplente. Demais votados em ordem decrescente de votos: ...(colocar o nome).... com ...(colocar a quantidade em algarismo e por extenso).... votos, ...(colocar o nome)... com ....(colocar a quantidade em algarismo e por extenso)... voto. E para constar solicitou o Senhor Presidente da mesa (ou da Comissão Eleitoral – CE, conforme o caso), fosse lavrada a presente Ata, por mim assinada... (nome do organizador da CIPA que secretaria a mesa de votação).... pelos membros da mesa e pelos eleitos. (colocar a localidade e a data). (Assinatura do Secretário) (Assinatura do Presidente da Sessão ou comissão Eleitoral). Suplentes: YYYYYYYYYYY........................................................ BBBBBBBBBBB........................................................

MODELO 8 - ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE

INSTALAÇÃO E POSSE DA CIPA Aos .......(escrever por extenso)... dias do mês de ...(escrever o mês)..... do ano de .(escrever o ano)......... no...... (local)...., nesta cidade, presentes, conforme o livro de presenças, reuniram-se para Instalação e Posse da CIPA desta Empresa (nome da empresa), conforme estabelecido pela Portaria nº 23/02/99, o Senhor ....(nome do representante da empresa)... representante da Empresa ...(colocar a razão social)... e o Presidente da Sessão, tendo convidado a mim.......(nome do organizador da CIPA)..... para secretário, declarou abertos os trabalhos, lembrando a todos os objetivos da reunião, quais sejam: "Instalação e Posse da CIPA". Declarando instalada a Comissão e empossados os representantes do Empregador: ..(nomes do Titular e do Suplente). Da mesma forma, declarou empossados os representantes eleitos pelos empregados: ...(nomes do Titular e do Suplente). A seguir foi designado para Presidente da CIPA o Senhor ...(nome do Presidente eleito), designado pelo empregador e o Senhor (colocar o nome do Vice) para Vice-Presidente, eleito pelos empregados. Os representantes do Empregador e dos Empregados, em comum acordo, escolheram também o Senhor (nome do secretário) para secretário da CIPA, sendo seu substituto o Senhor (o nome do segundo secretário). Nada mais havendo para tratar, o Senhor Presidente da Sessão deu por encerrada a reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA, ora instalada, será de 01 (um) ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e aprovada, vai assinada por mim, Secretário, pelo Presidente da Sessão, por todos os representantes eleitos e/ou designados, inclusive os suplentes. (colocar a localidade e a data). (Assinatura do Secretário) (Assinatura do Presidente da Sessão ou comissão Eleitoral). Titulares: ZZZZZZZZZZZZ ....................................................... AAAAAAAAAAA....................................................... Suplentes: YYYYYYYYYYY........................................................ BBBBBBBBBBB........................................................

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5- CURRÍCULO

Emprego, sem dúvida, é o tema do momento. Quer seja para conseguir um, ou para manter o que temos. Tudo começa com a procura – e nessa procura faz-se essencial convencer quem está contratando, que você é a pessoa indicada para o cargo. Por isso é importância o Curriculum Vitae, o documento de apresentação de uma pessoa para fins de concurso a vagas no serviço público ou nas empresas privadas.

Tanto para quem está há vários anos no mercado de trabalho quanto para quem está iniciando, preparar um bom currículo é fundamental na busca por uma vaga. Ele é porta de entrada para o candidato, uma peça chave que pode definir a chance de uma entrevista. Apresentar-se bem é requisito fundamental nas duas etapas. Assim, resumir suas qualificações requer saber transformá-las em oportunidades para as empresas que estão à procura de bons profissionais.

Para elaborar um bom currículo - um pequeno conjunto de dados biográficos que possa lhe auxiliar a dar um primeiro passo na escala de sua carreira profissional - é necessário ter sempre em mente alguns detalhes importantes, que fazem a diferença na opinião dos selecionadores. A primeira coisa que você tem que pensar é não torná-lo extenso - lembre-se de que as grandes empresas não têm profissionais que podem perder tempo lendo coisas inúteis. Então, o ideal é, para cada vaga pretendida, selecionar o que é importante. Na verdade, com o mesmo modelo que apresentaremos a seguir, você deve montar vários currículos, cada um com um conjunto diferente de informações, destinado a vagas diferentes. Você deve pensar: para essa vaga específica, quais informações sobre minha carreira profissional são importantes? Não coloque, de jeito nenhum, informações desnecessárias - isso, inclusive, demonstra pouca habilidade do candidato em selecionar dados pertinentes. Sendo o currículo uma fonte de informações, coloque-se no lugar de quem está lendo o seu currículo. Analise até onde ele traz informações importantes e concretas sobre você e seu histórico profissional. Onde ele gera interesses, curiosidades, brechas, dúvidas etc. Para que ele seja eficaz, dedique-se o tempo que for preciso e cuidados ao redigi-lo, até chegar à versão definitiva. Tenha em mente que seu currículo criará oportunidades para você. Seja coerente com o que você procura, dentro das exigências do mercado atual e de acordo com as expectativas do leitor que procura um profissional como você.

Em se tratando de Currículo para Internet, se você é usuário da Internet ou tem um Webcurriculum, não se esqueça de colocar o seu e-mail. Evite colocar seu endereço, apenas especifique seu e-mail ou telefone para contato, bairro e cidade. Alguns empregadores têm preferências específicas, por isso você deve colocar Bairro e Cidade no Webcurriculum. Evite colocar fotos em currículos disponíveis na internet. Eis mais algumas dicas para você construir o seu currículo:

5.1- APRESENTAÇÃO Um currículo deve ser bem apresentado, claro e objetivo. Algumas dicas:

• Faça correção de Português, procure eliminar quaisquer erros de ortografia. Na dúvida, consulte um dicionário. Não use corretivo sobre o texto, não faça rasuras ou borrões. Um texto limpo conta pontos para passar uma imagem de interesse e responsabilidade de quem o redigiu; • Releia sempre o que está escrevendo, as idéias devem estar claras e objetivas para o leitor, a fim de que ele possa captar no texto, com facilidade, as informações procuradas; • Evite escrever à mão, use uma máquina de escrever ou computador. Mas atenção, faça uma diagramação simples, nada de ilustrações ou recursos de computação gráfica - a não ser que isso seja importante para a vaga pretendida. Simplicidade é sinônimo de objetividade; • Não use a 3º pessoa (ele/ela). Procure descrever suas aptidões com expressões do tipo "início de carreira em", "curso de ....... com especialização em", fazendo uma relação de acordo com o item do currículo. • Como o currículo deve resumir um pouco de suas qualificações, procure utilizar no máximo 2 a 3 páginas, resumindo as informações de forma a condensar os dados; • Não faça o seu currículo em papel de carta ou mesmo em folha de caderno e coloque foto SOMENTE se solicitada. • Ao enviar o currículo, tome o cuidado de escrever corretamente o nome do destinatário;

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5.2- CONTEÚDO Alguns itens essenciais que devem estar relacionados no seu currículo.

a) Dados pessoais: Apresente neste item os seguintes dados: Nome; Idade; Estado civil; Endereço; Fone de contato OBS: Não há necessidade de outros dados como RG, CIC, Reservista, nome e idade dos filhos, cursos em excesso ou fora do perfil profissional, pretensão salarial, etc. Confira sempre o telefone anotado e, caso seja telefone de recado, coloque também o nome da pessoa responsável. b) Área de Interesse: Experiência Anterior - Mencione a área pretendida e especifique as mais importantes atividades desenvolvidas nas experiências anteriores, relacionando as suas qualificações. Tente ser claro e objetivo. c) Escolaridade: Histórico escolar; Formação Acadêmica - Pode-se iniciar pelo último curso realizado, colocando o ano de conclusão ou a data de início, se ainda estiver cursando. É importante não deixar de identificar o nome da Instituição de Ensino. Relacione os demais cursos sempre com o nome da escola e a data de conclusão. d) Cursos de Aperfeiçoamento: Cursos de Especialização - Quando existirem, deve-se abrir um item específico para cada um deles, definindo a área em que foi realizado o curso. e) Cursos Extracurriculares - Cursos, idiomas que aprendeu, técnicas que passou a dominar, entre outros, devem ser apresentados se pertinentes. Se algum dos cursos que realizou estiver diretamente ligado à área pretendida, procure deixá-lo em primeiro lugar e detalhá-lo também um pouco mais. f) Experiência profissional - Relacione as empresas para as quais já trabalhou. A ordem é inversa à cronológica, ou seja, deve-se mencionar o trabalho mais recente em primeiro lugar, em seguida o anterior a ele, e assim por diante. Anote data da entrada e saída, bem como o cargo ocupado. Mas lembre-se, selecione aqueles que são pertinentes ao cargo pretendido, aqueles que provem que você tem experiência suficiente para preencher satisfatoriamente a vaga em questão. 5.3- CONCLUSÃO Date seu currículo, assine e aguarde. Boa Sorte!

MODELO SIMPLIFICADO DE CURRÍCULO CURRICULUM VITAE DE MARIA HELENA ALBUQUERQUE

Dados Pessoais

Rua das Flores, 520 - apto. 17 D Fone residencial: (11) 2999-4786 Bairro: Ipiranga - Zona Sul Fone celular: (11) 9999-4786 CEP: 05555-555 - São Paulo/SP Idade: 36 anos E-mail: [email protected] Estado Civil: casada - 2 filhos

Objetivo: Secretária Bilingüe

Qualificação Profissional � Administrativo: Arquivo de documentos, envio de informações para matriz, envio e recebimento de malotes, pedido de material, conferência de notas fiscais, controle e preenchimento de planilhas, cartas, atendimento a clientes, avaliação de funcionários. � Atendimento: telefônico, fechamento de contratos com clientes e fornecedores. � Informática: Divulgação de site. Windows, Word, Excel, Internet, Power Point. � Tesouraria: Depósitos bancários, cadastro de notas fiscais, controle de cheque, contas a pagar/receber, negociações com fornecedores, acompanhamento orçamentário.

Empresas Empresa: Banco Itta S/A Empresa: Banco Byad S/A Período: 05/01/98 - 15/12/2006 Período: 25/08/94 - 09/10/97 Cargo: Secretária Bilíngüe Cargo: Secretária Senior I

Cursos de Especialização Informática: Windows, Word, Excel, Internet, HTML Superior - Secretariado Línguas - inglês, espanhol (fluentes)

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MODELO DE CURRÍCULO CURRICULUM VITAE

Nome: JOSÉ DOS SANTOS FILHO

Rua das Amoreiras, 180 Bairro: Ponto G Londrina - PR Data de Nascimento: 15/12/1970 [data de nascimento ou idade] Fone: (43) 5555-5555 [telefones para contato - móvel e fixo] e-mail: josé@hotmail.com [e-mail, se tiver]

Objetivo: Área Administrativa Área de Interesse: Gerente

Resumo das Qualificações: Mais de 5 anos de carreira em empresas de grande porte e multinacionais tendo com ênfase em gerenciamento de mudanças organizadoras, decorrentes de reestruturação de processos e da implantação de sistemas inteligentes. Sólida vivência em Planejamento da capacitação dos colaboradores impactados pelas mudanças, através da estruturação e implementação de Programas de Desenvolvimento. Desenvolvimento de Pesquisa de Clima e implementação das ações conseqüentes. Significativa experiência na implantação de equipes de trabalho multifuncionais, baseadas nas competências necessárias para seu melhor desempenho. Elaboração e implantação do Projeto Intranet da SSS Tecnologia e Serviços. Amplo domínio de microinformática (MS Office, Oracle) OBS: Relate aqui os aspectos mais importantes da sua experiência profissional. Dê ênfase às suas competências adquiridas ao longo dos anos. Relacione sempre em ordem decrescente de importância, valorizando sua experiência mais atual. Use frases curtas e parágrafos pequenos, com linguagem clara e objetiva.

Experiência Profissional - SSS Tecnologia e Serviços - 2001/2006 Evolução de Carreira: Coordenador de Projetos de Mudança Organizacional Especialista Senior em Desenvolvimento Organizacional - Mylla S/A - 1990/2000 Evolução de Carreira: Analista de Desenvolvimento de Recursos Humanos Junior Analista de Desenvolvimento de Recursos Humanos Senior - Plenitudy Ltda - 1985/1990 Evolução de Carreira: Analista de Recursos Humanos Junior Analista de Recursos Humanos Trainee OBS: Relate suas três últimas experiências, em ordem decrescente e sua evolução de carreira nestas empresas

Formação Acadêmica: Osvaldo Fygeyra de Andrady - Administração de Empresas Pós-Graduação Gerenciamento - FFM/SP OBS: Relate da mais recente até o nível de graduação do segundo grau.

Cursos e Seminários de Aperfeiçoamento Seminário Nacional de Tecnologia - SPM Hüller - 1994 Curso de informática - DDPU Informática - 1991 Seminário Internacional - Tecnologia Empresarial - 1998 OBS: Relate os mais importantes e recentes que participou, entidade e ano.

Idiomas: Inglês fluente - CCAE English - 1995 Espanhol básico - Cultura Spanõ - 2001 OBS: Mencione o idioma, grau de domínio, instituição e data de conclusão

Interesses Teatro, Internet, leitura, esportes. OBS: Relate seus principais interesses de lazer e conhecimento

Principais habilidades: Facilidade de comunicação interpessoal, visão agregadora de negócio, raciocínio lógico-analítico desenvolvido, capacidade de trabalho sob pressão, hábil na construção de equipes. OBS: Mencione aqui suas habilidades. Aquilo que você possui de melhor.

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6- TÉCNICAS DE TREINAMENTO

6.1- TREINAMENTO A preocupação em realizar treinamentos nas empresas normalmente acontece quando se recruta e seleciona novos trabalhadores. De fato nesse momento cumpre à empresa oferecer-lhe todas as condições para o bom desempenho de suas atividades, porém ao que o Técnico em Segurança precisa estar atento é que a pratica do treinamento não deve ser lembrada somente nos momentos da chegada de novos trabalhadores na empresa. É uma rotina constante que deve ser estimulada, integrando o trabalhador às mudanças no mundo do trabalho e as diferentes orientações de empresa de forma que ele próprio faça sua busca e visualize os resultados do treinamento como benefícios para a sua vida profissional. O treinamento deve existir sempre em todos os níveis organizacionais. É um elemento-chave não no desenvolvimento da cultura como também na aplicação da qualidade, independentemente de outros fatores relacionados a organização. Mediante a introdução feita é possível se concluir que há basicamente dois tipos de treinamento: o inicial, dirigido aos funcionários que começam, e o de reciclagem que visa estar sempre atualizando em algum ponto, onde se visualiza sinais de fraqueza e/ou necessidade aparente. O treinamento quando ofertado aos que estão iniciando na empresa é de extrema necessidade pois proporciona uma homogeneização de procedimentos e também faz com que tais trabalhadores sintam-se acolhidos e integrados ao ambiente da empresa. Esta ação deve normalmente ser feita de forma padronizada, diferentemente do treinamento feito aos trabalhadores que já estão na empresa. Para os trabalhadores que já fazem parte da organização o treinamento normalmente visa mudar comportamentos e sendo assim não pode ser simplesmente uma repetição daquilo que já aconteceu anteriormente mas deve ser um momento de reforço de idéias ou conhecimentos a serem construídos. Treinamento, não significa cumprir várias etapas de repetições como se estivesse sendo realizado um adestramento, nem o repasse de informações de qualquer modo e muito menos deve ser confundido com o divertimento que alguns instrutores podem proporcionar. Treinar deve ser algo prazeroso para quem é treinado e para aquele que pratica o treinamento, significa orientar e preparar pessoas para que sejam capazes de atingir mais facilmente as metas que a empresa através do seu setor de Segurança traçou como objetivos. O treinamento visa identificar e permitir que as pessoas desenvolvam suas habilidades, tornando-se mais criativas e produtivas, mas isto acontecendo de forma que não coloque em risco sua vida, de seus companheiros e do patrimônio da empresa. Infelizmente, o que se pode constatar é que o treinamento ocorre de forma descontínua. Não há atividades programadas. As decisões sobre a necessidade de treinamento são geralmente para “apagar incêndios”, ou seja, para resolver problemas imediatistas. Apesar de esta forma ser melhor do que não ter nenhuma, uma repetição desprogramada pode prejudicar o alcance de resultados.

Além da necessidade de continuidade é necessário contar com recursos para treinamento. O desenvolvimento mental ou de habilidade ocorre se o indivíduo se sente à vontade com a situação e ambiente de aprendizagem, por isso é que tocamos na questão recursos. Ruídos, locais, salas não adequadas e desconforto podem atrapalhar o desenvolvimento, só para se dar exemplos.

Convém alertar para outro fato e que é de extrema importância: o instrutor de treinamento muitas vezes conhece bem o que faz, porém desconhece técnicas adequadas para transmitir o que sabe. Sendo este o caso certamente surgirão problemas de compreensão por parte dos treinandos, e todo o esforço também é desperdiçado. Por este motivo é fundamental que o instrutor faça também um treinamento de como ensinar. Treinar é um processo que requer dedicação, objetivos claros do Técnico, paciência e acima de tudo o compromisso em se desenvolver uma atitude de educador e não repassador de normas e comportamentos. O Técnico eficiente deve estar sempre atento para alguns sinais que demonstram a necessidade de treinamento, para não desperdiçar recursos da empresa treinando pessoas sem necessidade. Algumas sugestões para treinamento são:

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a) Introdução de novos equipamentos ou processos que possam afetar a saúde ou a vida dos trabalhadores; b) Mudança nas responsabilidades, cargos ou funções; c) Verificação de atitudes de descuido, queda na produtividade de um funcionário ou na qualidade de seus resultados; d) Ocorrência de acidentes ou o crescimento do número de perguntas que os funcionários fazem a você ou a colegas de trabalho, segurança processos ou equipamentos; e) Aumento de reclamações de colegas trabalho sobre assuntos relacionados à situação da segurança. Há, porém, algumas condições que devem ser observadas ao decidir-se por efetuar treinamentos para funcionários. Uma delas refere-se aos objetivos especificados para o treinamento. Que mudanças ou resultados esperam-se desse treinamento em relação aos padrões definidos pela empresa ou o Técnico. É importante lembrar aqui, que não é apenas o treinamento a ação responsável pelo bom desempenho. Outros fatores também afetam os trabalhadores, tais como as condições que a empresa o oferece, como também o nível de relacionamento da administração com os seus subordinados. Cada vez mais estes aspectos ganham importância na gestão moderna.

Quanto a definição do subtítulo Técnicas de Treinamento, que também e o nome de nossa disciplina Técnicas de Treinamento e Metodologia Científica, podemos afirmar que Técnicas são a parte material ou o conjunto de processos, maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer algo. Será, portanto a prática utilizada para se concretizar a ação para um bom treinamento.

6.1.1 – ETAPAS DO TREINAMENTO Qualquer atividade de treinamento, minimamente, deve passar pelas etapas a seguir: 6.1.1.1 – Determinação das necessidades: Todo treinamento deve partir de uma base concreta para a sua efetivação. Devem ser sabidos exatamente que resultados são esperados com o investimento na atividade. Para isto há a necessidade de fazer inicialmente uma determinação das reais necessidades do treinamento. A determinação da real necessidade de um treinamento só é completa quando se avalia não somente o indivíduo envolvido na situação mas tudo aquilo que tem relação com a problemática visada. Sem isto, a etapa do processo de treinamento é normalmente feita de forma incompleta, pois nem sempre se atinge a meta desejada, principalmente pelo desvio de foco que pode ocorrer. Para que se faça uma análise correta das necessidades, é preciso o desenvolvimento métodos de questionamentos e análises onde estejam contemplados todos os envolvidos no processo, para só assim se chegar a uma decisão. Fazendo isto se terá um diagnóstico que às vezes nem aponta para o treinamento onde outras soluções poderão ser encontradas e apresentar resultados mais satisfatórios. Isto vale para todo o tipo de empresa: grandes, pequenas e micros, com suas devidas adaptações.

6.1.1.2 – Determinação dos objetivos: Uma vez que as necessidades ficam claras, a determinação de objetivos é uma simples conseqüência. No objetivo coloca-se aonde se quer chegar com a atividade de treinamento, sendo considerado o ponto básico para a realização e condução de programas. Isto irá determinas as necessidades do método a ser utilizado, grupos, locais de treinamento entre outras decisões da parte operacional do treinamento.

6.1.1.3 – Elaboração de programas: Os programas devem ser elaborados, como é óbvio tendo o objetivo como ponto de partida e referência. Cada programa deverá conduzido mediante o que o objetivo geral apontar e terá diferenças segundo o objetivo. Exemplos: um treinamento para agregar conhecimento teórico, terá de ser trabalhado através de aulas expositivas e práticas dos princípios apresentados; já um treinamento que pretenda desenvolver habilidades se dará mediante muito “ensaio” paras as habilidades propostas; e finalmente, o de atitudes deverá ter uma abordagem comportamental, muitas vezes com a mensagem oculta através de uma série de atividades paralelas que são realizadas posteriormente com o objetivo de “fazer a cabeça” dos treinandos e conseqüentemente, mudar-lhes a atitude e comportamento. É importante observar, aqui, que qualquer objetivo que se proponha atingir no treinamento, os métodos quanto mais práticos serão sempre os melhores.

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Dificilmente alguma profissão de cunho prático pode ser aprendida somente nos bancos escolares ou por meio de treinamentos teóricos. A prática sempre é a forma mais recomendada. Ao elaborar um programa de treinamento deve-se atentar para alguns aspectos fundamentais, que em formato simplificado estão: Título do Curso: Objetivo: A quem se destina: Duração: Local: Programa: Recursos instrucionais: Avaliação: 6.1.1.4 – Avaliação dos resultados: Uma das etapas mais difíceis é a avaliação dos resultados A dificuldade é devido a quantidade de variáveis que interferem no desempenho humano. Identificar as verdadeiras causas e efeitos do treinamento é de certa forma difícil. Como o principal efeito do treinamento é a mudança, até que ponte se percebe a mudança. Por isso, é necessário que se avaliem os seguintes aspectos: reação, conhecimento, transferência e resultados. a) A análise da reação é aquela que determina o nível de satisfação dos treinandos. É uma análise imediatista que revela se os treinandos gostaram ou não do treinamento através do preenchimento de questionários desenhados especialmente para estes propósitos. Está é a forma mais usada entre aqueles que avaliam os resultados de treinamentos, exatamente por ser a mais fácil. No entanto, é incompleta, pois não determina se realmente houve alguma mudança. b) A avaliação do conhecimento refere-se ao nível de informação que o indivíduo possui após o treinamento. Normalmente é feita por uma prova escrita ou oral para verificar se o treinando obteve aproveitamento ou não. Por isso muitas vezes alguns treinamentos testam o nível de conhecimento antes e depois do programa. A diferença revela se houve acréscimo ou não do conhecimento. Apesar de ser uma das formas mais indicadas, uma única prova no final é o método mais usado. c) A avaliação de transferência de treinamento é feita geralmente no nível de supervisão. Os encarregados pelo desempenho dos treinandos fazem avaliações periódicas para verificar a evolução do profissional. Nestes casos não somente o treinador é responsável pela continuidade do programa, mas todos os demais envolvidos com aquele que foi treinado e que exercem função normalmente de seu superior hierárquico.

É necessário para este tipo de avaliação a implementação de um método, que pode ser por análise e/ou verificação do comportamento diário do funcionário treinado; preenchimento de questionário próprio e que identificam várias atividades relacionadas ao cargo. Por serem normalmente de natureza subjetiva estas avaliações podem apresentar distorções, sendo importante algumas precauções. As distorções acontecem por interpretações errôneas das perguntas ou mesmo por antipatias pessoais entre avaliadores e avaliados.

Uma observação importante aqui é que, mesmo a empresa não tendo interesse em transferir a responsabilidade da avaliação de transferência do treinamento para os responsáveis pelos funcionários treinados, tais responsáveis devem ser treinados para que facilitem e sejam conhecedores do aprendizado, assim como entendam a aplicação dos conhecimentos obtidos. Devem ser treinados inclusive para serem avaliadores. Esta é uma condição essencial para que haja harmonia nas avaliações e o mesmo entendimento entre os avaliadores. Também o ideal é que os questionários, quando de sua utilização, sejam preenchidos em diferentes épocas e por diferentes profissionais. Há empresas que solicitam até mesmo que colegas façam a avaliação do outro. d) A avaliação de resultados compreende uma série de atividades que conduzem para tal fim. Avaliam-se nestes casos os níveis de participação dos funcionários e pontualidade no apego aos itens passados no treinamento, enfim tudo o que ocorre em se tratando daquilo que fez parte do treinamento. Acredita-se que o treinamento conforma o seu objetivo passe a demonstrar mudança no comportamento do dia-a-dia

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dos funcionários. Assim um treinamento com o objetivo de aumentar o nível de motivação do pessoal deve, para ter resultado, apresentar um comportamento melhorado quanto a pontualidade, horário que o funcionário permanece na empresa, além de outros comportamentos que revelam estas melhorias.

A avaliação dos resultados demonstra para a empresa se aquilo que investiu deu o retorno necessário.

Estas observações que apresentamos certamente auxiliarão na elaboração de programas de treinamento, porém para cada local, que sejam aplicadas, necessitam de adaptações às realidades e necessidades urgentes. O importante é tomar a iniciativa do treinamento. Posteriormente, a prática e a experiência auxiliarão a encontrar seus verdadeiros caminhos. 6.2- TIPOS DE TÉCNICAS DE TREINAMENTOS Os tipos de treinamentos mais comuns são as palestras, demonstrações práticas de usos de equipamentos de segurança, cursos, seminários, teatros, jogos, dinâmicas ou técnicas de grupos etc. É bom lembrar que as Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho-SIPAT`s, são os momentos mais comuns e fortes nas empresas, em que por meio de várias atividades e recursos formativos e informativos se devolvem os procedimentos de treinamento.

MODELO DE QUESTIONÁRIO DE REAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO – Exemplo 01 Que bom: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

Que tal: ______________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

Que pena: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

MODELO DE QUESTIONÁRIO DE REAÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO – Exemplo 02

1- Qual o seu grau de satisfação com este treinamento? ( )baixo ( )razoável ( )bom ( )muito bom ( )excelente. Comente: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

2- Há aplicação dos tópicos apresentados na sua atividade? ( ) Sim ( ) não. Comente:: ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

3- Até que ponto o instrutor (DÊ NOTA DE 1 A 5 CONFORME A ESCALA SEGUINTE): 1-Baixo; 2-razoável; 3-bom; 4-muito bom e 5-excelente. a) Apresentou o material de maneira organizada ( ) b) Tornou as atividades interessantes ( ) c) Promoveu discussões em grupo ( )

4- Mencione os pontos fortes e fracos deste evento: __________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5- Sugestões: _________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________

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7- PREPARAÇÃO DE UMA AULA

Com relação à Metodologia a ser trabalhada na ação principalmente se esta estiver relacionada com o processo de formação ou capacitação de pessoas, um Plano de Ensino precisa estar voltado para a seguinte prática:

Prática Social Inicial

Problematização Instrumentalização Catarse Prática Social Final

Levantamento e listagem de questões da vivência cotidiana do cursista sobre o conteúdo a ser trabalhado. É a demonstração do que ele já sabe e como já existe em sua prática social o conteúdo que lhe será ensinado. É a mobilização do cursista para a construção do conhecimento. É a visão dele sobre o conteúdo. Pode ser feito em forma de perguntas.

- Listagem dos tópicos e sub-tópicos dos conteúdos em suas dimensões científica, social e histórica. - De cada tópico ou sub-tópíco levantar as principais questões da prática social diretamente relacionadas ao conteúdo, levando em conta as dimensões científica, social e histórica.

- Ações didático-pedagógicas: é o momento da efetiva construção do conhecimento, através da apresentação sistemática do conteúdo, respondendo às questões da problematização. - Explicitação de como será trabalhado cada tópico/sub-tópico do conteúdo, indicando também os recursos necessários.

- É a síntese do cursista. - Momento de manifestação de efetiva aprendizagem do conteúdo, quando deverá, o cursista, ser capaz de responder às questões da problematização de forma totalmente satisfatória. AVALIAÇÃO.

- Explicitação da nova postura mental do cursista diante do novo conhecimento adquirido. - Determinação/listagem das ações concretas que o cursista executará em seu cotidiano social por ter aprendido um novo conteúdo.

Quando se tratar de um evento (curso) que não necessite de uma justificativa ou elaboração muito sofisticada no que diz respeito à forma de apresentação, o autor do Plano de Ação, sem desprezar as instruções anteriormente apontadas, poderá fazer constar apenas: O conteúdo: Aquilo que será trabalhado. Ao escolher os conteúdos é importante observar os seguintes itens: Instrumentalizam para a participação de todos? São acessíveis e organizados para garantir a sua utilização em situações concretas? Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo refletem fatos, as idéias e métodos atuais? Existe lógica interna: o saber sistematizado está ligado à experiência prática? Os conteúdos selecionados são compatíveis com o nível de preparo e desenvolvimento dos cursistas e instrutor, havendo dosagem dos conteúdos: não acima da compreensão nem muito fácil e simplificado? A metodologia: Descrição detalhada da forma como o conteúdo será desenvolvido com os seus destinatários: estratégias, recursos etc. A avaliação: Apresentação dos parâmetros e instrumentos utilizados para avaliar o trabalho; Atividades em anexo: materiais de apoio a serem utilizados.

8- PROJETOS, PLANEJAMENTOS OU PLANOS DE AÇÃO - PISTAS PARA ELABORAÇÃO

“Não se compreende todo o caminho num grande e único passo. Novas estradas se abrem quando se persiste no caminhar”. Danilo Gandin

Sabemos que toda atividade humana para atingir seus fins com maior rapidez e satisfação deve ser planejada. À atitude de visualizar antecipadamente a realização de um planejamento ou de uma ação é que chamamos de PROJETO. Projeto não é apenas um plano de trabalho ou um conjunto de atividades bem organizadas. Há muito mais na essência de um bom projeto, ali está a idéia daquilo que se pretende como algo concluído. Projetar é portanto elaborar um caminho prévio de desenvolvimento de nossas ações/atividades de forma clara, detalhada e rigorosa.

Para que um Projeto demonstre o básico em aspectos que lhe dê credibilidade, e seja o guia a ser apresentado a alguém, seja instituição ou pessoa nele interessada, ele minimamente deve ser organizado e possuir uma estrutura.

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Uma primeira situação a ser enfrentada para se organizar um Plano de Ação, é pensar na resposta para as questões do quadro abaixo, questões estas que são inerentes aos itens que serão apontados para colocarmos nosso Plano no papel.

Título da Proposta: _____________________________________________________________________ Público Alvo: ______________________________________________________________________

O que? Por quê? Quem? Quando? Onde? Como? Quanto? Descrição dos objetivos com a ação que se pretende implementar.

Justificativa da necessidade de desenvolver a ação

Caracterização dos envolvidos direta e indiretamente com a ação

Data ou o período em que acontecerá a ação.

Local onde será acontecerá a ação.

Metodologia a ser empregada para o sucesso da ação.

Custo total da ação.

Na seqüência para evidenciar a sua aplicabilidade o Plano de Ação pode ser organizado utilizando a seguinte estrutura:

1- Capa 7- Orçamento para Implantação do Projeto 2- Sumário ou Índice 8- Cronograma 3- Proposta ou Objeto 9- Termo de Responsabilidade 4- Justificativa 10- Grupo de Apoio ou Parceiros Envolvidos 5- Objetivos (Geral e Específico) 11- Monitoramento e Avaliação 6- Descrição do Projeto, Operacionalização ou Metodologia de Organização 12- Anexos 8.1 - Capa: Contém os dados principais do Projeto, como: a Instituição para o qual está sendo desenvolvido(cabeçalho); Título(centro da folha); Local e Data(rodapé). Sobre o Tema ou Título, este deve ser uma apresentação resumida do que se pretende trabalhar no desenvolvimento de uma ação. O ideal é que se consiga um título ao mesmo tempo elegante, claro, esclarecedor e delimitado. Exemplos: Adequado: O Impacto da Organização de Moradores na Concessão de Serviços Públicos de Saneamento: Um Estudo Comparativo nos Bairros A, B e C do Município X. Inadequado: O Saneamento da Política e a Política do Saneamento: Uma sociologia dos Movimentos Sociais. 8.2 - Sumário: Também chamado de índice, compreende a indicação dos assuntos de acordo com a numeração das páginas. O sumário é colocado no início do trabalho, mas é o último a ser escrito. Constam dele todos os elementos, desde a introdução até a bibliografia (livros, apostilas, experiências em vídeo entre outros materiais utilizados para a montagem do projeto); 8.3 – Proposta ou Objeto: Aqui se deve explicar o que está por trás do título ou tema do projeto. Refere-se ao que está sendo solicitado no projeto. O que vai acontecer desenvolvendo o projeto ou seja seu alvo. Dependendo da finalidade do projeto e a equipe que estiver organizando o mesmo encontrar dificuldade em se viabilizar uma colocação diferenciada entre o que deve ser constado no campo da proposta e da justificativa, poderá se juntar no campo da justificativa o comentário que deveria ser colocado no campo da proposta. 8.4 - Justificativa: É a parte em que se demonstra a realidade do local e/ou da entidade executora, onde se encaminhará o projeto, e a relevância do desenvolvimento da ação. Na justificativa de um projeto está a contribuição que este dará para sanar uma dificuldade ou apresentar uma ação transformadora para uma realidade que a comunidade está submetida. Deverá apresentar qual é o principal aspecto da ação que precisa ser implementado, por isso é que se deve constar logo no seu início a descrição da realidade que a comunidade está enfrentando. O debate a ser proposto pela justificativa deve ser tratado de forma crítica, inovadora e que desperte nos que irão apreciar o projeto a curiosidade de tomar conhecimento de todo o seu conteúdo. 8.5 - Objetivos: Na questão dos objetivos pode-se nominar um Objetivo Geral e acrescentar ainda os Objetivos Específicos ou dependendo da amplitude e teor do projeto descrever somente o Objetivo Geral ou somente os Específicos.

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8.5.1 - Objetivo Geral é aquele que vai expressar claro, resumidamente e por completo a finalidade do projeto proposto. O que se pretende com a ação, não devendo ser pretensioso como: "transformar a realidade brasileira, onde todos tenham garantidas suas necessidades mais urgentes"; mas procurar na humildade expressar o que razoavelmente se alcançará, sendo mais seguro escrever: "contribuir para o desenvolvimento de ações(descrever as ações) onde se garanta às pessoas da comunidade(acrescenta-se o nome) suas necessidades mais urgentes(descrever as necessidades)". Enfim deve expressar o resultado que se pretende alcançar. 8.5.2 - Objetivos Específicos são as pretensões individualizadas da ação, ou seja, as conseqüências que ela provocará a cada novo encaminhamento ou as respostas que ela contemplará separadamente em cada aspecto da realidade a ser transformada ou trabalhada. Num resumo pode-se dizer tais objetivos devem expressar a finalidade de cada ação proposta para o desenvolvimento do projeto. 8.6 - Descrição do Projeto, Operacionalização ou Metodologia de Organização: é necessário que todas as ações do projeto sejam descritas detalhadamente, relacionando inclusive a utilização do material a ser adquirido com o desenvolvimento das referidas ações. É a descrição dos procedimentos da ação, aqueles já encaminhados e os que serão ainda vivenciados pelo grupo. Devem estar adequados aos objetivos. São as estratégias utilizadas para alcançar os objetivos. Pode ser também, uma visão antecipada dos caminhos que serão trilhados para se alcançar os objetivos mais imediatos. Aqui se constarão as iniciativas que serão encaminhadas pelo grupo para a realização do projeto como por exemplo as reuniões que acontecerão para discussão do projeto; como o grupo se organizará; quais serão os encaminhamentos ou atribuições mais importantes e como acontecerão, isso numa determinada ordem e de preferência seqüencialmente. 8.7 - Orçamento para Implantação do Projeto: Neste campo se coloca todos os gastos que acontecerão desde o início da implementação do projeto até a realização de suas ações, como por exemplo a aquisição dos equipamentos necessários à sua condução. 8.8 - Cronograma: É um quadro, onde se descreve o tempo de duração dos principais encaminhamentos de cada etapa da ação. 8.9 - Termo de Responsabilidade: Onde se constam os responsáveis principais pela execução do projeto. Aqui deve constar a data e local em que os responsáveis se revestem da função de administrar o projeto. 8.10 - Grupo de Apoio ou Parceiros Envolvidos: Para a formação deste grupo é bom que se procure incluir pessoas com as mais variadas formações, profissões e representatividade dentro da comunidade. É interessante que estas pessoas conheçam o projeto e que não sejam as beneficiadas diretamente pelo mesmo. Em alguns casos e instituições o grupo de apoio demonstra a organização da comunidade em torno do projeto e lhe garante mais credibilidade. 8.11- Monitoramento e Avaliação: Neste item deve-se descrever de que forma serão feitos o monitoramento e a avaliação do projeto. 8.12 - Anexos: Espaço onde se distribui os documentos que comprovarão, conforme a necessidade, o que está descrito dentro do projeto, como por exemplo ata de reunião em que se concebeu a idéia do projeto; estatuto da entidade proponente ou regimento interno, orçamentos demonstrativos com os preços dos materiais ou equipamentos necessários ao empreendimento, certidões, etc. Para os anexos, dependendo da quantidade e diversidade entre eles deverá se organizar um sumário ou índice próprio.

OBS: É bom lembrar que em se tratando de um projeto para ser desenvolvido por uma Instituição que tenha uma organização estrutural, em todas as páginas é bom que se conste em forma de cabeçalho os dados da entidade ou grupo proponente.

Os tópicos acima são apontamentos que julgamos necessários para a organização de um projeto, com isso não queremos tirar a liberdade de se pensar e decidir por outros caminhos. O importante neste trabalho é que se construa um projeto que apresente uma organização que demonstre a sua aplicabilidade e nela estejam presentes suas características e referenciais a quem o deseja implementar.

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9 - COMUNICAÇÃO - ORATÓRIA

Na comunicação, principalmente por meio da fala é importante de fato entrar em relação com aquele para o qual está se comunicando. A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social. Desde a pré-história a comunicação existe como uma necessidade básica. Na era das cavernas os desenhos. Os egípcios criaram a criptografia que guarda correspondência entre imagens (desenhos) e o objeto. Os indígenas usavam os ideogramas, objetos que representam uma idéia, como por exemplo o desenho de um pássaro voando, para representar a “pressa”. No dicionário Aurélio COMUNICAÇÃO que é um termo vindo do latim communicatione, possui dentre outras algumas das seguintes definições e classificações: -Ato ou efeito de comunicar(-se). -Ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual. -A capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de conversar, com vista ao bom entendimento entre pessoas. -Exposição oral ou escrita sobre determinado assunto -Participação ou aviso de fato ocorrido ou por ocorrer -Comunicação de massa: Comunicação social dirigida a uma ampla faixa de público, anônimo, disperso e heterogêneo, atingindo simultaneamente (ou a breve trecho) uma grande audiência, graças à utilização dos meios de comunicação de massa.. -Comunicação humana: Comunicação social, própria dos seres humanos, baseada em sistemas de signos (a linguagem falada, v. g.), em oposição à comunicação baseada em sistemas de instruções ou comandos, como a que se faz entre animais ou máquinas. -Comunicação interpessoal: Comunicação direta estabelecida entre dois ou mais indivíduos, por meio da fala, de carta, telefone, etc. -Comunicação não verbal: Comunicação baseada em sistemas de significação independentes da linguagem falada, como a mímica, a pictografia, a música, etc. -Comunicação social: Processo de comunicação de caráter indireto e mediato, estabelecido no seio da sociedade, por meio de jornal, revista, teatro, rádio, cinema, propaganda, etc. Atividade profissional que se ocupa dessa comunicação. Comunicação de massa. Comunicação humana. -Comunicação verbal: Comunicação através da linguagem falada ou da sua forma escrita. -Comunicação visual: Comunicação que se utiliza canal visual para transmissão de mensagens. Programação visual.

Em se tratando de ORATÓRIA, que é uma forma de comunicação, podemos afirmar que ela teve início, há aproximadamente 2500 anos, na Grécia. Sócrates, o maior filósofo da história, utilizando da oratória, discursava para a juventude até ser acusado de corromper os jovens e forçado a tomar veneno. Demóstenes, era gago, porém, graças a perseverantes exercícios, tornou-se um dos maiores oradores da história. Quem pratica a ORATÓRIA é: Orador, Comunicador, Conferencista, Palestrador, Palestrante... Aqui definimos ORATÓRIA como A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO e vamos com este subsídio, aprender e saber O QUE e COMO falar em público. A palestra, o discurso, a leitura em público etc, são práticas/instrumentos da ORATÓRIA. O que pretendemos tratar são situações vivenciadas no dia-a-dia por aqueles que necessitam de dicas de impacto e de modo rápido. Vamos trabalhar o básico, destacando em especial, o controle de adrenalina e como cada um pode administrar isso, para que se construa um discurso com segurança. A ORATÓRIA é necessária em todos os momentos de nossa vida, comunicar-se bem, hoje, é fundamental. Eis, alguns grandes oradores, entre eles, Sócrates, Demóstenes (séc. IV a.C.) e Jesus, que independentemente da crença de cada um, foi o comunicador mais completo da história, foi ao mesmo tempo fonte, meio, sinal e mensagem e a cada dia que passa ainda estamos aprendendo com Ele.

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9.1- ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO Para se estabelecer uma comunicação alguns elementos básicos são necessários: -A realidade ou situação: onde se realiza a comunicação e seu efeito. -O agente emissor: emite a mensagem, pela fala ou de qualquer outra forma. -O agente receptor: recebe a mensagem, ouve ou capta as manifestações do agente emissor. -A mensagem: o que se deseja compartilhar, transmitir. -Os signos: a forma como a mensagem se apresenta (imagens, códigos, alfabeto...) -Os meios: os recursos usados para transmitir mensagens: as mãos, a voz, o silêncio, a expressão facial, gestos, reações, inatividade, o palco, CD´s, DVD´s, TV etc.

9.2- COMUNICAÇÃO HUMANA E A INDIVIDUALIDADE A organização das palavras em frases, a escolha do meio, a intenção, o significado, a finalidade a transmissão, a compreensão a que chegamos, tudo se passa na esfera da nossa individualidade e pode sofrer variação de pessoa para pessoa. O núcleo em torno do qual gira o processo de comunicação é: Quem? Diz o que? A quem? Através de que meio?

9.3- EXPECTATIVA O orador, se tiver oportunidade, deve criar uma expectativa relacionada com o tema do discurso, até para descontração dos participantes, pode se referir ao tempo, falar da dificuldade de um fato que tenha ocorrido no trajeto até o local da palestra, enfim da simpatia das pessoas, pela cidade, tudo isso ajuda a controlar a ADRENALINA inicial.

Vejamos a seguir um exemplo de introdução, utilizando como tema a própria Oratória que agora estamos tratando:

Na década de 80, falou-se e praticou muito a QUALIDADE TOTAL. Na década de 90, foi a vez da REENGENHARIA, ou seja, repensar, redesenhar os processos organizacionais.

Já no final desta mesma década de 90, e início do século XXI, começou a ERA DA VELOCIDADE, a qual estamos vivendo hoje, basta citar o livro de BILL GATES, A Empresa na Velocidade do Pensamento, editado em vários idiomas e vendido em dezenas de países. Sabemos que a velocidade da luz é de 300 mil quilômetros por segundo, e a do pensamento?

Todo o mundo está interligado, é a globalização, estamos vivendo uma velocidade incrível, as coisas estão acontecendo muito rapidamente...

Agora, vamos verificar como está a ORATÓRIA: a comunicação por equipamentos está avançada, acelerando a cada dia, enquanto que a comunicação humana está caminhando lentamente, em passos de tartaruga, vamos provar isso daqui para frente. Veremos no histórico que a ORATÓRIA existe há mais de dois mil anos, que não existe disciplina específica de ORATÓRIA, apenas livros que ensinam técnicas para bem falar ou cursos independentes.

(...)

Um dado que precisamos ter é que a timidez e a dificuldade de falar em público ainda afeta a maioria dos seres humanos.

Duas pesquisas, uma feita pelo jornal “Sunday Times” com 3000 norte-americanos com a questão “Qual o seu pior medo?” e outra feita pela Revista Você S/A de maio de 1999 apontaram que OS CINCO TEMORES DO HOMEM são: 1º Medo de falar em público; 4º Medo de doenças; 2º Medo de fobias (altura, profundezas etc); 5º Medo da morte. 3º Medo de crises financeiras; Observe que aproximadamente 2500 anos depois de Sócrates, com toda a evolução do homem, estamos com mais medo de falar em público do que da morte! Precisamos saber que só leitura e estudos não são suficientes para preparar as pessoas, falta algo mais. Um dos maiores problemas do ORADOR está no controle da ADRENALINA, o estado de alerta necessário, mas quem em demasia prejudica o orador, principalmente no início do discurso.

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Segundo pesquisas de alguns especialistas, apenas 7% das pessoas nascem com facilidade para falar em público e 93%, a grande maioria, alteram seu estado emocional quando enfrentam o público. O excesso de adrenalina prejudica, sensivelmente, o orador, portanto, é importante o seu correto controle.

Adrenalina: Substância de um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais e que é liberado na corrente sanguínea toda vez que a pessoa estiver em situação de perigo, deixando-a em estado de alerta, como os animais, em condição de luta. Quando controlada é benéfica ao Orador, pois, o discurso com emoção convence a platéia, porém se a dose for exagerada vai provocar no orador: frio na barriga, arrepio, tremor, suor, aceleração dos batimentos cardíacos, boca seca, palidez, queda de pressão. A pessoa fica vermelha, enfim pode travar, esquecendo-se do que irá tratar. Desde já, veja algumas sugestões para o controle da Adrenalina: -Lembrar que você não é o único a ter medo de palco; -Orador não deve temer nada, usando sempre como escudo, a verdade, a simplicidade e a humildade; -Imagine que naquele momento, você é o melhor que todos que estão ali, melhor que o Presidente, o Gerente, o Juiz. Aquele espaço pertence somente a você e mais ninguém, por isso, você tem que brilhar; -Não fuja, não fique parado, enfrente a fera, e verá que Oratória é arte e não um bicho papão; -Você só consegue controlar o medo, quando descobre de onde ele vem. Descubra. -Aja com entusiasmo e terá entusiasmo – William James. Após os comentários acima, vamos àquilo que de fato está ligado ao dia-a-dia do ORADOR:

9.4- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO - Encarar o medo com naturalidade: O medo é o maior inimigo do homem. Sabemos que o orador não nasce feito. Muitos deixaram de tentar o seu aprimoramento porque “ouviram dizer” que a oratória é um dom natural de alguns privilegiados, e apenas a esses a vida conferiu o poder da comunicação. Isso é falso! Todos oradores, embora não demonstrem ou até mesmo não confessem, às vezes sentem medo. Com a prática, a utilização correta das técnicas de oratória e a boa preparação do discurso, o medo será vencido. - Controlar o nervosismo: Atitudes como fumar seguidamente, roer unhas, cruzar descontroladamente os braços e a pernas, andar de um lado para o outro, são condenáveis. Provoca mais tensão. O nervosismo normalmente deixa a voz enroscada na garganta e cada frase é pronunciada com dificuldade. Tossir, pigarrear, além de ser desagradável para os ouvintes, não resolve o problema, ao contrário pode agravá-lo. Pare! Respire profundamente, buscando o relaxamento, e então retorne. - Ter uma atitude segura: Ao caminhar para a tribuna demonstrar segurança e confiança. Com o tempo disciplina-se o corpo e a mente e esse comportamento ocorre naturalmente. - Preparar a fala: Apresentar o assunto que não foi antecipadamente preparado é o mesmo que andar por um campo minado, temendo a cada passo encontrar uma bomba. Se ocorrer novas idéias enquanto estiver falando, ótimo. Entretanto, deixar de se preparar esperando que as idéias apareçam diante da platéia, além de tirar sua tranqüilidade, é falta de responsabilidade e um risco que ninguém deve submeter-se. Conhecer bem “O QUE” se vai falar, é tão importante o “COMO” se vai falar. - Pensar positivamente: Não tirar conclusões precipitadas enquanto se está aguardando a vez de falar; não imaginar cenas pessimistas. Erros dificilmente ocorrem quando o orador está bem preparado. O otimismo é fundamental. - Evitar fugas: Durante a apresentação evitar mexer os botões da camisa, paletó, bolsos, lápis, óculos, giz, folha de papel ou fio de microfone, colocar os cotovelos sobre a mesa ou sobre a tribuna, apoiar-se na parede etc. Esses gestos desviam a atenção do auditório. São fugas e defesas que atrapalham a comunicação.

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9.5- A PRÁTICA FAZ O ORADOR A oratória pode ser comparada a aprendizagem do ato de dirigir carros: inicialmente com tantos detalhes e movimentos tão rápidos e simultâneos que chegam a assustar; com o passar do tempo todos esses esforços se tornam simples e automáticos. A segurança e o sucesso ao falar dependem de: - conhecimento do assunto; - boa preparação (cultura geral, técnicas de oratória, preparação do discurso etc.) - hábito de falar em público (aproveitar as oportunidades) - poder de concentração (pensar apenas no assunto e no momento) - dignidade (ao errar, não rir do próprio erro ou apresentar justificativas)

9.6- TÉCNICAS PARA FALAR EM PÚBLICO 9.6.1- Como se preparar para enfrentar a tribuna:

A apresentação começa antes de estar na tribuna. O auditório observa o orador desde o momento que ele aparece no ambiente, analisando detalhes da postura, roupa etc. Quando mais liberada e simpática a fisionomia mais próximos estaremos dos ouvintes. Ao chegar à tribuna, recomenda-se: a acomodação das folhas com anotações, se as tiver levado e a colocação do microfone na posição correta. Distribuir o olhar na platéia. Se o assunto permitir, sorrir para o público. - Antes de falar, ter definido claramente qual o OBJETIVO em relação ao público: Entretê-lo? Impressioná-lo? Informá-lo? Ensiná-lo? Dominá-lo? Convencê-lo? - Colocar-se de forma a ter todo o público sob o raio de visão; - Saber quanto tempo dispõe para ser ouvido; - Saber se outros oradores falarão antes ou depois e quantos; - Saber que tipo de público vai lhe ouvir; - Conhecer o lugar onde vai falar; - Escolher adequadamente o que vai usar (roupa, acessórios etc...); - Sintonizar-se com o público e procurar captar sua compreensão e seu limite; - Evitar falar quando há motivos impedidores: (cansaço, barulho externo etc.).

9.6.2- Formas de conquistar a atenção: Demonstrar claramente a utilidade e a relevância da matéria, objeto do discurso. Ao perceberem que o conteúdo da mensagem terá aplicação prática na vida social ou profissional os ouvintes, naturalmente ficarão atentos ao discurso.

Possuir ELOQÜÊNCIA – Falar bem, em alto e bom som, sendo comunicativo, persuasivo divertido, cativante, comovente...

Ter boa RETÓRICA – Técnicas, Exercícios, Treinamentos. Alguns oradores trazem a facilidade do berço, outros só adquirem com a prática de perseverantes exercícios.

“Os poetas nascem, os oradores se fazem”. Quintiliano – Prof.de Oratória

9.6.2.1- O que o orador não deve fazer a) Pedir desculpas ao auditório por: Problemas físicos ou de saúde (falar de um resfriado ou de uma rouquidão); Falta de preparo ou de conhecimento sobre a matéria (sugere-se não contar esse fato ao auditório). b) Começar com palavras vazias, desprovidas de objetividade, que são os vícios da linguagem: Palavras que não possuem significado e ficam soltas no início prejudicando a conquista do auditório e durante o assunto atrapalhando a compreensão. Eis os termos: bem..., bom..., ai então..., então..., veja bem..., né?..., ta entendendo?..., de repente..., daí..., deu pra entender?..., ta compreendendo?..., tipo..., afinal de contas..., com certeza... c) Fazer perguntas ao auditório: No início da fala aconselha-se o uso de questões que levem a platéia a reflexão. Fazer perguntas, quando não se deseja que sejam respondidas é um risco que precisa ser evitado, pois poderá ocorrer respostas inoportunas e prejudicar o assunto a ser tratado.

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d) Firmar posição sobre assunto polêmico: Temas ligados à política, religião, futebol entre outros como divórcio, aborto, pena de morte etc., dividem a opinião pública. Se o objetivo principal do comunicador não está ligado ao tema o melhor é manter posição de neutralidade. Firmar posição sobre assunto que divide opiniões, no início da fala, poderá levar o orador a perder a simpatia de boa parte da platéia, colocando-a na defensiva. e) Usar chavões ou frases vulgares: Freses desgastadas pelo uso ou vulgarizadas pelo excesso de popularidade em determinada época causam impacto negativo no auditório (“O sol nasceu para todos”, “A união faz a força” etc), prejudicando a imagem do orador. Elas não motivam o público, a não ser que sejam enfocadas sob novos ângulos. f) Imitação de outros, ou seja deve ser ele mesmo; g) Ficar andando de um lado para o outro (cansa o auditório); h) Evitar dar as costas ao público; j) Olhar fixamente para uma só pessoa, ou para a primeira fila, quando estiver falando, mas contemplar a sala toda;

9.6.2.2- O que o orador deve fazer a) Aproveitar as circunstâncias: Recomenda-se que o orador aproveite circunstâncias para fortalecer o discurso. Além de tornar a fala mais natural e espontânea, será mais instrutiva aos ouvintes, porque trata de assuntos que estão à vista e/ou na compreensão de todos: - Circunstância de lugar: São informações identificadas concretamente pela platéia. Ex.: o prédio onde ocorre o discurso, a cidade, a produção agrícola da região, o clima, os pontos turísticos etc. - Circunstância de tempo: São informações referentes a datas, períodos, ciclos. Ex.: a aniversário da cidade, do empreendimento onde acontece o evento, comemorações cívicas, dia das mães, pais, ou a lembrança de uma época etc. - Circunstância de pessoa: Trata-se da referência à pessoa querida do local, à pessoa presente ou ainda à comentários sobre informações fornecidas por orador anterior. b) Aludir a ocasião: Referencias ao acontecimento que reúne as pessoas no recinto. Ex: o motivo da reunião etc.). Esse procedimento mostra-se eficaz por envolver toda a platéia. c) Destacar o auditório: É válido destacas as qualidades reais do público, sem demagogias. Ex. cultura, comprometimento, patriotismo, realizações sociais etc. d) Permanecer no centro do auditório, se eventualmente sair, deve retornar ao centro. e) Apresentar-se trajado adequadamente; f) Praticar movimentos de mãos e braços discretos e naturais, sem exageros. Pode até parecer fácil, porém é mais difícil do que se supõe; g) Atuar sempre com o rosto expressivo, respiração controlada, gestos naturais. Seja natural nas atitudes, nos gestos e no lançamento da voz. Procure sempre transmitir sua mensagem com voz agradável e simpática na tonalidade e articulação, boa dicção e clareza nas palavras. Lembre-se: O esforço físico ou mental promove a combustão nos tecidos orgânicos, exigindo mais oxigênio para queimar as toxinas (dióxido de carbono) que dilata os vasos sanguíneos, impedindo o raciocínio claro e rápido. Portanto é respirando corretamente que se oxigena os pulmões, fazendo com que o sangue venoso transforme-se em arterial (hematose).

9.6.3- Apresentação e auto-apresentação - nome Na saudação/apresentação inicial, é importante que se faça algumas considerações sobre o

orador. Além de sua apresentação que pode ser feita por um cerimonialista o orador deve criar expectativas para atrair a atenção do seu auditório de imediato. a) Como apresentar outro orador: Preparar com antecedência a apresentação, confirmando todos os dados do tema e do expositor. Ser breve, não utilizar chavões ou ironias, não exagerar nas qualidades. Apresentar: o tema, importância do tema e o orador destacando suas qualificações. b) Auto-apresentação: Seguir as mesmas orientações, apenas dizendo em primeiro lugar seu nome, suas qualificações e trabalhos, principalmente os relacionados ao tema da exposição e sua vinculação a empresas ou associações diversas.

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9.6.4- Preparar a abertura O assunto inicial deve atrair a atenção do auditório, como já mencionamos acima. Sugere-se utilizar uma ou mais das possibilidades abaixo: a) Experiência proporia: Começar contando um fato vivenciado ou ocorrido com pessoas, ou empresas que tenha efetivamente acompanhado. Esse procedimento gera autoconfiança e conquista a atenção do auditório. b) Suspense: Citar um fato ou fazer uma pergunta que desperte a curiosidade da platéia. Exemplo: O que levou a Suíça de maior produtor mundial de relógios a uma posição inexpressiva no mercado mundial? É importante neste item não abrir espaço para respostas. A questão surge apenas como meio de gerar curiosidade para o assunto que será debatido. c) Promessa: Iniciar destacando os benefícios propostos pelo conteúdo da palestra. Exemplo: Vocês querem saber como reduzir os acidentes e os problemas de saúde do trabalho em nossa empresa? d) Susto: Provocar pequeno susto no início da palestra com fatos ligados ao tema, despertará a atenção do público. Exemplo: Notícias de Brasília dão conta de que o Congresso será fechado e que o Governo... Mas não se preocupem: será fechado por apenas dois dias para a troca do carpet. Os projetos que nos dizem respeito sofrerão pequeno adiantamento. e) Elogios: Elogiar o público presente com sinceridade e sem exageros. Exemplo: Estar aqui é motivo de muita alegria. Principalmente pelo fato de poder conversar com vocês. Amigos que estão interessados no desenvolvimento profissional e em resolver situações que julgamos importantes para a nossa empresa. f) Citações: Escolher frases coerentes com o que se quer apresentar e de bons autores. Evitar excessos.

9.6.5- O discurso (Assunto – Tema) Em relação a este item o orador deve: - Conhecer profundamente e não fugir do assunto, utilizando-se de sua experiência, ou de estudos que tenha feito. Caso o assunto seja fruto de estudo de TEMA NOVO, ler e estudar no mínimo dez vezes o que irá falar. Lembre-se que não basta facilidade de expressão e ser desinibido, se não existir conhecimento do tema; - Sentir entusiasmo pelo tema que vai abordar e falar com entusiasmo, não passando a imagem de dúvidas ou insegurança, mas sim de confiança; - Lembrar que todo Discurso precisa ser bem começado, os primeiros cinco minutos, se bem feitos, garantem o sucesso do discurso; - A duração do discurso deve ser de aproximadamente cinqüenta minutos, se passar de uma hora começará a dispersar o público; - Terminar o discurso sempre no auge, antes que o auditório deseje; - O fracasso dos demagogos está na falta de sinceridade. O bom orador deve sempre falar a verdade.

9.6.5.1- Gostar do Assunto: Se não despertar nem o interesse do orador, dificilmente prenderá a atenção do auditório. Anotar as próprias idéias, convicções, experiências, crenças, projetos e sentimentos a respeito do assunto, só depois decidir o que estudar ou pesquisar. Ao preparar a fala pensar sobre: - Para quem falar? (Que tipo de pessoa ou público?) - Para que falar? (Objetivo) - O que falar? (O texto) - Como falar? (Entonação, timbre de voz) - Que recursos utilizar? (Retroprojetor, quadro, data show, slides, DVD, vídeo, TV etc) - Em que circunstâncias falar? (Tudo que estará presente, que possa afetar a fala).

a) Montagem do discurso: Início – 15% do tempo (Saudar e atrair a atenção do público e resumir em poucas palavras sobre o que vai dizer) Meio – 75% do tempo (entrar no assunto, desenvolver na ordem, sustentar sem fugir do tema) Fim - 10% do tempo (resumir o que foi dito, reforçar alguns pontos importantes do tema e agradecer a oportunidade)

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b) Discurso decorado: É aconselhado não decorar o discurso. O ato de decorar não significa sucesso na comunicação; ao contrário: gera insegurança. É do homem a naturalidade e espontaneidade no ato de se comunicar. Decorando estará perdendo esses requisitos. Vale lembrar que não pensamos em palavras, mas sim, em idéias. E se essas idéias forem claras as palavras irão surgir naturalmente. c) Discurso rápido: Poderá ser estruturado com o apoio de um exemplo que represente a idéia central do tema, informando claramente o que se espera dos ouvintes. Apresentar um forte motivo para que o público compre a idéia. d) Discurso completo: No discurso completo as idéias carecem de apoio mais consistente. Deve-se analisar se o seu conteúdo responde às seguintes perguntas: O que? Como? Onde? Quando? E Por que? Ao apresentar as razões considere o seguinte: - Assunto limitado: Limitar o tema para se conseguir o aprofundamento da discussão; - Exemplos: Utilizar dados estatísticos, analogias, demonstrações e experiências para validar as idéias; - Pessoas: Utilizar exemplos de fatos ocorridos com pessoas, humanizando a apresentação e permitindo melhor identificação do auditório com o exposto; - Nomes: Se houver permissão e com a devida ética, utilizar nomes, endereços, profissões, datas etc., personalizando, assim o discurso. Evitar generalizações como: numa certa cidade..., uma vez um homem..., em algum lugar do mundo... - Interpretação: Dramatizar a exposição de experiências, variando o tom de voz e utilizando gestos. Colocar emoção na narrativa; - Auxílio visual: Utilizar gráficos, mapas, cartazes e lâminas transparentes, quando for necessária a fixação desses dados pelo auditório. Exibir os dados desses instrumentos somente o tempo necessário à exposição do assunto; - Imagens: Mostrar objetos para complementar as explicações. Sendo impossível, utilizar palavras concretas que se traduzem em imagens na mente dos ouvintes. Exemplo: Casa: o dobro desta; sala: a metade desta. Buscar sempre algo que seja do conhecimento de todos, para fazer as comparações e analogias.

9..6.5.2- Quando se esquece do que ia dizer: - Fique calmo, demonstre um ar de dúvida e saia com a seguinte pergunta: Vocês estão entendendo? Está claro o que estou dizendo? Vamos recordar o que dissemos até agora, dando a impressão de estar reforçando o que foi dito. Você terá chances de lembrar, além de ser elogiado por ter sido didático. - Se não conseguir retomar o que esqueceu, passe para outro tópico do assunto, e diga que logo mais você voltará ao ponto anterior. - Digamos que o esquecimento persista, neste caso, se você não consegue vencer o inimigo é melhor juntar-se a ele, então pule a parte que esqueceu e vá em frente preocupando-se com o que ainda tem para dizer, pois a maioria das pessoas nem vai perceber o que houve.

9.6.5.3- Encerramento No encerramento do discurso, reafirmar os objetivos pretendidos; pedir a ação do auditório. Por ser um momento crucial do discurso, preparar bem, mostrando algo que provoque eco na mente do ouvinte. Reflita as frases abaixo pensando nas condições de se encerrar o desenvolvimento de um trabalho que você necessitou fazer uso das técnicas da oratória. - “Aja com entusiasmo e terá entusiasmo”. (William James) - “A única coisa que permanece é o estado de mudança”. (Heráclito)

9.6.5.3.1- Discas para se encerrar o discurso de forma vibrante: - Citações famosas: utilizar uma citação, coerente com o conteúdo do discurso; - Desafio: Lançar um desafio positivo ao auditório, sobre o que se espera deles; - Lucro: Citar o principal benefício que os ouvintes obterão ao fazer o que lhes pede; - Ação: Destacar qual a ação que poderá ser tomada pelo auditório; - Reflexão: Lançar uma reflexão sobre o tema proposto para o ouvinte sair pensando;

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- Fato histórico: Citar um fato histórico que deve se evitado ou que possa ser repetido, em apoio à sua argumentação; - Síntese: Encerrar o discurso resumindo o que foi dito de forma clara; - Coerência com a abertura: Se o discurso foi iniciado com uma pergunta, é hora de respondê-la. Ou repetir a citação inicial, acabar com o suspense, cumprir a promessa etc. É importante manter a coerência entre a abertura e o enceramento.

9.6.6- Preparação da Palestra Tendo atenção a tudo o que destacamos acima é importante destacar que a preparação de uma palestra não se limita a retirar idéias de livros, ordenar palavras, decorar frases. Consiste em buscar no cérebro e no coração, convicções essenciais que a vida ali tenha depositado. Confiar no material ali depositado. Somente falando de alguma coisa sobre a qual você adquiriu o direito de falar é que você será capaz de empolgar-se pelo seu tema e apresenta-lo com sinceridade. De uma maneira geral, a preparação de uma palestra segue as mesmas regras da preparação de um bom discurso. O que difere a palestra é que ela é informativa, mais técnica, especializada e apresenta um número maior de idéias a serem desenvolvidas, exigindo um conhecimento mais profundo do orador e uma melhor preparação na organização das idéias e na utilização dos recursos audiovisuais de apoio. Para efeito prático, podemos imaginar cada idéia a ser exposta como um pequeno discurso a ser preparado, com abertura, desenvolvimento e encerramento próprios.

9.7- LEITURA EM PÚBLICO 9.7.1- Como ler em público O texto destinado a leitura precisa ser bem produzido, isento de erros gramaticais e dentro de estilo correto. O comunicador, ao ler, precisa encontrar um perfeito sincronismo entre a leitura do que foi colocado no papel e a comunicação visual com a assistência; possuir um poder excelente de teatralização para transmitir, através da inflexão da voz e dos movimentos do corpo, a emoção extraída da mensagem, segurar o papel elegantemente, não muito baixo para que possa ser lido, nem muito alto para não esconder o seu rosto dos ouvintes; gesticular apenas com uma das mãos e acompanhar as linhas com a outra, para não se perder.

9.7.2- Como preparar o texto para leitura A colocação de uma barra vertical (\) nas pausas menores, indicadas por vírgulas e/ou elementos de ligação e duas barras verticais (\\) nas pausas maiores, facilita a visualização do texto. Da mesma maneira, devemos sublinhar as palavras que mereçam maior destaque ou melhor inflexão da voz. Após termos assinalado o texto, devemos lê-lo tantas vezes quanto possível para exercitarmos as pausas e as mudanças de voz (mais alta ou baixa, mais rápido ou lenta...), isso possibilita olhar o auditório enquanto ainda pronuncia-se as palavras finais das frases. 9.8- A SAUDAÇÃO 9.8.1- Como fazer uma saudação O discurso de saudação, quando bem realizado, aumenta rapidamente o prestígio do orador, visto que normalmente é pronunciado em locais onde o relacionamento é intenso, ou seja, no trabalho para homenagear um funcionário, colega ou superior hierárquico; ou ainda, em reuniões, enaltecendo um amigo etc. a) Primeiro momento: Envolvimento do auditório. Cativar a simpatia do auditório, dizendo que está feliz em poder falar em nome de todos para prestar aquela homenagem. Exemplo: Ser escolhido para representar a todos os meus colegas é tarefa gratificante. Sinto-me honrado com esta incumbência e espero encontrar as palavras adequadas para esta justa homenagem. b) Segundo Momento: Escolha do cenário. Fazer um breve histórico do progresso e da importância da empresa onde trabalha o homenageado, ou do clube onde é associado, diretor, presidente etc. Exemplo: Há vinte anos, dois irmãos acreditaram na capacidade empreendedora que possuíam e fundaram uma empresa que passaria para a história como um modelo de desempenho.

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c) Terceiro momento: Fazer a homenagem. Menciona-se o nome do homenageado neste momento. O objetivo é criar uma expectativa no auditório. Além disso, o homenageado não ficará constrangido tendo que ouvir constantemente o seu nome, fato normalmente embaraçoso. O nome do homenageado pode ser ligado ao universo descrito anteriormente. Exemplo: Todo o progresso e desenvolvimento desta empresa só foi possível graças à dedicação e capacidade do Sr.... Ele é um exemplo de pessoa cujo comportamento junto à sua família, seus amigos e colegas sempre foi digno de todos os elogios. Receba, portanto, Sr.... esta nossa homenagem como prova de carinho e de reconhecimento da nossa admiração e amizade. d) Quarto momento. Encerramento. Ser breve. Exemplo: Fazemos votos que permaneça por muitos anos no nosso convívio e que seu progresso continue percorrendo as ascadarias do sucesso e da realização. Muito obrigado e Boa Noite. 9.8.2- Como responder uma saudação a) Agradecer a homenagem: O auditório alimenta a expectativa de ver a alegria estampada no rosto e retratada nas palavras da pessoa que recebe a homenagem. Agradeça a homenagem com palavras que traduzam seu contentamento. Exemplo: As palavras que acabo de ouvir constituem o maior prêmio que eu poderia receber.... b) Agradecer a quem saudou e às outras pessoas presentes: Agradeça o orador que fez a saudação, comentando alguma das suas qualidades, e às outras pessoas presentes pela acolhida afetuosa. Exemplo: Não podia deixar de agradecer ao amigo... que tão carinhosamente se referiu a mim, como também a todos que aqui estão. c) Elogiar os parceiros da atividade que possibilitou a homenagem: Exemplo: É claro que neste momento todos os que constituem a equipe do departamento estão comigo, sendo homenageados, pois todos merecem. O que fazemos nesta área é muito gratificante, pois ajuda as pessoas no seu dia-a-dia. d) Agradecimento final: Fale do orgulho que sente em desempenhar tão nobre função que lhe proporcionou tantas satisfações, e encerre. Exemplo: Muito obrigado. Boa noite.

9.9- COMO FAZER UMA DESPEDIDA a) Demonstrar como está sentido pela partida: A partida é quase sempre marcada por sentimento de tristeza, tanto para quem fica, como de quem parte. O auditório espera ouvir ou perceber na fisionomia do orador o desalento da partida. Exemplo: Passei por momento de muita alegria aqui... b) Renovar os elogios, dizer os motivos da partida e falar do futuro: Renove os elogios ao local onde se despede, citando agora os fatos mais concretos que possam ser interpretados imediatamente como verdadeiros. Em seguida explique os motivos da partida. Exemplo: Aqui encontrei todo o calor humano que poderia desejar... Conforme vocês sabem, estamos encerrando nossa participação com vocês... c) Demonstrar vontade de retornar: Ao concluir, demonstrar a vontade de voltar àquele convívio. Exemplo: Minha intenção é voltar o mais breve possível para rever os amigos... Muito obrigado. Boa noite.

9.10- QUALIDADES DO ORADOR a) Memória: O orador deve recorrer a memória a fim de recordar as idéias e ordena-las enquanto fala; lembrar-se das palavras próprias para traduzir e dar forma aos pensamentos; reproduzir as imagens observadas ao longo da vida e tão preciosas na composição dos discursos; trazer à lembrança números, datas e estatísticas que provarão ou tornarão claras as suas afirmações. b) Inspiração: É a forma como o orador cria e produz o seu discurso; a soma das energias para encontrar a melhor idéia, modificando e substituindo a mensagem, de acordo com circunstâncias que o cercam, ao sabor das emoções emanadas do ambiente; a capacidade de abandonar conceitos previamente concebidos e criar uma nova peça de oratória a partir do olhar de um ouvinte ou da manifestação do grupo; o aperfeiçoamento da presença de espírito na sua expressão máxima; c) Criatividade: A criatividade assemelha-se em muitos pontos à essência da inspiração, chegando mesmo a confundirem-se nas suas definições mais periféricas. Todos nós provavelmente, já tivemos a oportunidade de ouvir a mesma história contada por duas pessoas em épocas diferentes. É quase certo

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também que uma delas nos tenha impressionado mais que a outra. Podemos dizer que a diferença está na criatividade de quem as contou; d) Entusiasmo: Os gregos chamavam o entusiasmo de “Deus interior”. É o responsável pelas grandes façanhas da humanidade. O homem dificilmente terá êxito sem o entusiasmo. e) Determinação: Ao procurar aperfeiçoar-se, o orador pode experimentar situações desanimadoras que provocarão dúvidas e incertezas, quanto a suas possibilidades de sucesso na arte de falar. Se nesse momento render-se à impotência, será carregado pelo turbilhão de justificativas e desculpas que aparecerão para explicar a impossibilidade de continuar. f) Observação: Todos os assuntos, desde os mais simples até os mais complexos, são importantes para a expressão verbal. Uma rua deserta e sem vida pode ser transformada em uma mensagem, tudo poderá ser utilizado para enriquecer a fala. Para isto o orador deverá estar atento a todas as coisas que o cercam; deverá observar o comportamento das pessoas, a beleza da paisagem etc. Sendo observador poderá captar essas imagens e utilizá-las no momento adequado. 9.10.1 – Outras qualidades e virtudes que o bom orador deve possuir - Sinceridade, evitando a demagogia; - Possuir empatia, simplicidade, humildade, segurança, confiança, destemor, persistência, simpatia, coerência, originalidade etc; - Falar a verdade, demonstrando conhecimento e domínio do assunto; - Demonstrar crença naquilo que defende; - Conhecimento e domínio da língua, apresentando um bom vocabulário; - Conhecimento das técnicas de falar em público; - Zelo pela boa conduta moral e acima de tudo ética. 9.10.2- A importância do sorriso Já comentamos anteriormente sobre o sorriso porém ainda temos a acrescentar que: - O sorriso é tão importante que chega a quebrar as barreiras existentes entre você e o auditório. - O sorriso é contagiante, é energia, tem o poder de desarmar as pessoas. - O sorriso tem até o poder de cura, passa a imagem da felicidade e a platéia acabam percebendo e sentindo isso. - Quando você sorri, movimenta 28 músculos do rosto enquanto que, ao ficar sério, sisudo, trabalha 34 músculos, portanto, sorria, nem que seja por economia. - Ainda, segundo pesquisas, as mulheres vivem aproximadamente oito anos, mais do que os homens, porque sorriem mais. - O sorriso cura, a tristeza adoece. - O sorriso é a beleza de um rosto (Leon Tostoi)

9.11- SINTONIA COM O AUDITÓRIO a) O público: O centro de uma apresentação é o auditório. Por isso, o orador deve falar com as pessoas e não para elas. Oradores que ficam mergulhados na mensagem, ou com discursos decorados, ou com o olhar ausente, sem olhar para frente para as pessoas e conversar com eles, dificilmente conseguirão atrair o interesse do público. b) A habilidade: O auditório é quem determina o que o orador deverá fazer. Quem fala precisa ter a sensibilidade para entender as intenções dos ouvintes e ter a habilidade de adaptar o conteúdo da mensagem ao interesse da platéia. c) Vocabulário: O ideal é aquele que se adapta a qualquer auditório. Embora simples, traduz as idéias claramente, sem divagações, e facilita a compreensão. Quanto mais abundante for o vocabulário, maior será a capacidade de adaptação aos diferentes tipos de auditório. d) Atitude do orador se não souber responder questões do público: Um ouvinte formula uma pergunta por vários motivos: - dúvida: não compreende perfeitamente o que está sendo transmitido; - vontade de aprender: assimila as informações, mas deseja saber mais;

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- necessidade de destacar-se no ambiente: independente de ter entendido ou não; - provocar: deseja atrapalhar, por causa do tema ou do próprio orador; - testar os conhecimentos de quem fala: deseja certificar-se da segurança do orador sobre o assunto

Cada situação poderá ser contornada de forma diferente, desde que seja possível manter a tranqüilidade e identificar o objetivo da indagação. Em todas a situações, nunca invente respostas, pois esse artifício poderá ser percebido pelo auditório, que deixará de acreditar nas suas palavras. Por outro lado, não é conveniente dizer que não conhece a resposta, porque sua autoridade poderia ser enfraquecida.

Muitos acreditam que a franqueza de dizer “sinto muito mas não sei a resposta” é reconhecida como grande qualidade, mas quem já se defrontou com episódios semelhantes sabe que isso nem sempre é verdadeiro. Antes de utilizar o recurso da confissão que não sabe a resposta, alguns procedimentos podem ser adotados: - Se identificar que a pergunta é para destacar-se no ambiente, provocar ou testar seus conhecimentos, devolver a questão ao interlocutor. Exemplo: O que você pensa a respeito? Existe boa possibilidade de receber a resposta da própria pessoa que formulou a pergunta. Se o ouvinte não souber responder, aja de acordo com sugestão da hipótese seguinte. - Se perceber que a pergunta tem como origem a dúvida ou a vontade de aprender, poderá devolvê-la ao grupo. Exemplo: O que vocês pensam dessa questão? Também haverá chance de que alguém possa ajuda-lo com a resposta. Mesmo que ninguém tenha respondido, haverá uma divisão da responsabilidade com o grupo, e nesse momento você poderá prontificar-se a pesquisar a solução em nome de todos. e) Há conversas atrapalhando a apresentação: - Falar um pouco mais baixo: falar mais alto somente na primeira ou na segunda frase, para chamar a atenção, depois se recomenda abaixar a altura para que a voz do concorrente sobressaia no ambiente, forçando-o a ficar em silêncio.

- Falar olhando na direção de quem atrapalha: ao perceber que está sendo observado, talvez se cale. - Parar de falar: parar e continuar olhando na direção daquele que fala; - Fazer uma pergunta simples: tentar envolvê-lo através de sua própria resposta. f) Procedimento ao cometer enganos: - Informação errada: deverá ser corrigida - Pronúncia incorreta: senão provocar prejuízo no entendimento da platéia, deverá continuar falando sem interrupção. Embora não ocorra prejuízo para a platéia, os ouvintes poderão pensar que a palavra foi pronunciada incorretamente por desconhecimento do orador, assim é recomendado encontrar uma fórmula de encaixar a palavra em uma das frases seguintes, para demonstrar que se tratou de um engano.

9.12- GESTOS E POSTURAS a) Naturalidade: O público deseja ver um ser humano falando e não uma máquina de falar. Por isso, a gesticulação deve complementar a mensagem de forma natural e espontânea;

b) Postura: Atitudes do orador como: a maneira de sentar, olhar ou analisar o ambiente, já poderá estar formando, na mente das pessoas uma primeira impressão;

c) Pernas: deverão permanecer paradas a maior parte do tempo, estando o peso do corpo bem distribuído em ambas e os pés afastados aproximadamente um palmo um do outro. A movimentação, principalmente por aqueles que ministram treinamentos prolongados deve ter sempre o objetivo de melhorar a participação junto aos ouvintes, despertar o interesse e facilitar o convencimento. Quando sentado , colocar os dois pés no chão ou cruzar uma perna sobre a outra, deixando as coxas encostadas e um pé sem apoio. É uma atitude elegante.

d) Braços: No início do discurso, eles podem ficar ao longo do corpo, com as mão semi-abertas ao lado das pernas, até que se inicie a gesticulação, que acompanhará naturalmente a exposição das idéias;

e) Olhos: O olhar deve estar sempre dirigido à platéia, de maneira a permitir a cada pessoa sentir-se o receptor da mensagem, conforme citamos anteriormente;

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f) Corpo: Deve acompanhar, levemente, a direção do olhar. Se houver uma posição correta das pernas, facilmente o tronco e a cabeça ficarão na postura adequada.

9.12.1- Os erros mais comuns: Por uma questão justamente de estarmos fixando os erros mais comuns presentes na oratória, e que devem ser evitados, apesar de já havermos por toda a extensão deste texto comentado principalmente aqueles relacionados a questões comportamentais, não é demais repetir alguns, os quais são: - Mãos atrás das costas; - Mãos nos bolsos; - Braços cruzados; - Gestos abaixo da linha da cintura; - Gestos acima da linha da cabeça; - Apoiar-se; - Movimentos alheios; - Detalhes nas roupas e ornamentos que sobressaem; - Movimentação desordenada: movimentar as pernas para frente, para trás e para os lados desordenadamente. Em casos mais graves, o orador também bate os pés no chão, quase numa marcação rítmica; - Apoio incorreto: Apoiar-se jogando o peso do corpo totalmente sobe a perna esquerda ou sobre a perna direita. Ocorre ainda que alguns oradores modifiquem a posição descanso da perna esquerda para a direita e vice-versa, com tal freqüência que mais se parecem dançarinos. Abrir demais a perna como se fosse um compasso faz do orador uma figura grotesca. Também é incorreto ficar por tempo prolongado com os pés juntos. Este posicionamento retira o equilíbrio e impede a mobilidade; - Animal enjaulado: Falar andando, constantemente, de um lado para o outro do espaço disponível. Parece um animal enjaulado andando de uma ponta a outra de seu cativeiro. Muito comum entre os professores que vivem a caminhar da porta da sala até a janela, as vezes sem olhar para os alunos; - A gangorra: Movimentação de pernas em que o corpo do orador parece uma gangorra. Apóia todo o corpo nos calcanhares, levantando a ponta dos pés, em seguida inclina-se lentamente para frente erguendo os calcanhares e apoiando-se totalmente sobre as pontas dos pés, e assim, fica o tempo todo nesse vai e vem. Determinados oradores chegam a aperfeiçoar o defeito quanto encontram um apoio. Apóiam-se com as mãos possibilitando assim inclinações do corpo, tanto para frente como para trás. Em outros casos, colocam as duas mãos no bolso e continuam a se balançar; - Pêndulo: Nesta postura incorreta, os movimentos são ritmados. O corpo é inclinado para a esquerda e para a direita. Começam lentos e cadenciados e vão aumentando a velocidade à medida que o tempo passa; - A rigidez: A posição é aparentemente correta. O orador está na verdade em uma posição excessivamente rígida, o que impede sua livre movimentação. Há também aqueles que caminham com as pernas duras como se fossem de pau; - Cruzar e descruzar: Mesmo quando as pernas não estão visíveis percebe-se o que está acontecendo embaixo da mesa pela movimentação do corpo. Existem ainda alguns que vivem balançando as pernas com movimentos lentos ou rápidos; - Espreguiçadeira: Na posição sentado, orador estica o corpo todo para trás e as pernas para a frente, parecendo que está espreguiçando. É uma atitude displicente e muito inconveniente que provoca logo a antipatia da platéia; - Vaivém: Nesse caso, o movimento ocorre apenas para frente e para trás, em um desconfortável vaivém das pernas. É uma atitude que demonstra hesitação. O orador aproxima e recua da platéia e assim permanece movimentando-se para frente e para trás a maior parte do tempo.

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9.13- QUESTÕES PRÁTICAS 9.13.1– Quanto ao uso do microfone

O microfone deve ajudar a exposição. Se ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele. Se, por acaso, o microfone falhar, deixe-o de lado, altere o volume de sua voz e continue falando normalmente. Uma das primeiras atitudes ao pegar o microfone e verificar se mesmo está ligado. a) Microfone de lapela: - Deixá-lo na altura da parte superior do peito. Ao falar, evitar mexer no fio. b) Microfone de pedestal: - Verificar, antes da apresentação, o funcionamento do mecanismo da haste onde o microfone se sustenta;

- Testar a sensibilidade do microfone. Normalmente a distância da boca deve ser de 10 a 15 centímetros e de 2 centímetros abaixo do queixo (podendo variar conforme a qualidade do aparelho/forma de captação). Evitar deixá-lo na frente do rosto;

- Evite ficar segurando na haste do microfone; - Falar como se estivesse conversando com um grupo de amigos. Transmitir a mensagem com vibração sem gritar;

- Quando for preciso segurar o microfone, evitar movimentar a mão que o segura; - No caso de microfones de conjuntos musicais e em locais de muita acústica, deve-se manter o microfone bem próximo da boca (sem tocá-la, para evitar choques elétricos), em razão da reverberação ou câmara de eco.

c) Microfone de mesa: - Requer os mesmos cuidados já mencionados.

9.13.2- Retroprojetor - Conhecer o funcionamento do aparelho; - Cuidar pessoalmente da projeção para ter domínio de toda a apresentação; - Elaborar lâminas legíveis, com letras grandes. Dar atenção especial à seqüência; - Desligar o aparelho ao mudar as transparências; - Projetar um item de cada vez, colocando uma proteção, deixando fora apenas o item que quer projetar

9.13.3- O quadro a) Para escrever: - Evitar falar e escrever ao mesmo tempo; - Posicionar-se adequadamente na frente do quadro quando estiver escrevendo, colocando o corpo de lado. b) Para usar as informações do quadro: - apontar o elemento a ser informado, começar a falar e, só depois, retirar o indicador do quadro. - Quando a informação a ser destacada tem apenas relativa importância, apontar o elemento a ser informado, retirar o indicador do quadro e começar a falar. - Quando grande número de informações tem importância, usar gestos amplos, apontar todos os elementos e falar ao mesmo tempo. - Apagar o quadro começando pela parte superior - Olhar para o quadro apenas o suficiente para ler ou apontar as informações e voltar a falar, olhando para o auditório. 9.13.4 – Quanto a água para o orador e ao uso do cronômetro - Evite beber água durante o discurso, pois normalmente pelo menos 10% (dez por cento) do auditório sentirá sede, ao vê-lo beber. - O orador deve evitar consultar o relógio o que levará as pessoas também conferir as horas e saberão há quanto tempo você está falando.

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9.14 – RÁDIO E TELEVISÃO 9.14.1- Falar pelo rádio a) Evitar termos técnicos ou eruditos: falar fácil, sem ser vulgar. b) Ler como se estivesse falando: jamais falar como se estivesse lendo. O ouvinte deve ter a impressão que o entrevistado está falando com ele. Evitar o tom professoral. c) Evitar cacoetes: “Eh!”, “Ouviu?”, “Veja bem!”, “Né?”, “Hãããã...”, “Ta!”. Pronunciar todas as silabas claramente. d) Fazer referências aos ouvintes: Procurar atingir o público-alvo, no momento certo. Dizer, por exemplo: “Você, dona de casa..., Você estudante..., Você trabalhador..., etc. 9.14.2- Como apresentar-se na televisão a) Procurar conhecer o programa em que irá se apresentar: saber como ele é conduzido e como poderá ser a participação. No programa, conversar naturalmente: embora possa estar sendo visto por milhares de pessoas, comportar-se como se falasse apenas para três ou quatro. b) Dirigir o olhar para a Câmera: olhar para o entrevistador enquanto este formula as perguntas, e começar a responde-las ainda olhando na mesma direção. Só depois de proferir as primeiras palavras é que deverá voltar-se para a câmara. Este procedimento projetará um comportamento natural. Se houver várias câmeras, procurar saber qual o está focalizando. Normalmente é a que tem a luz acesa. Evitar movimentos bruscos para não prejudicar a atuação dos operadores de câmera. Em resumo, mesmo recorrendo às técnicas que destacamos procure conversar com o telespectador: falar com ele e não para ele. Existem programas de televisão onde as câmeras são colocadas estrategicamente para acompanhar a conversa mais informal entre o entrevistador e o entrevistado. Neste caso, a comunicação com a câmera deve ser praticamente desconsiderada. c) Evitar ler: as câmeras focalizam os seus olhos. Ao ler o telespectador terá a impressão que os olhos estão fechados. Caso seja necessário treinar para fazer a leitura sem perder o contato visual com o público. d) Gesticulação moderada: evitar movimentos com o corpo. Os gestos devem ser comedidos. e) Como se vestir: vestir-se de acordo com o programa de que vai participar, de maneira formal e informal, com bom gosto e respeito ao público. Na escolha das cores, além de levar em conta a cor predominante do cenário, considere: - Branco, preto e xadrez: criam problemas quanto a nitidez da imagem; - Roupas estampadas: fazem a pessoa parecer mais gorda; - Cores escuras: apesar de elegantes fazem a pessoa parecer mais velha; - Linhas finas e próximas: tanto na horizontal como na vertical, são contra-indicadas, pois perturbam a imagem;

- Linhas grossas e separadas: na vertical, tornam mais fino o perfil de quem se apresenta. Na horizontal, engordam;

- Cores indicadas: o cinza é uma cor excelente, pois mantém a elegância e não envelhece. O azul claro também.

f) Errar é humano: evitar chamar a atenção para seus erros e pedir desculpas. g) Ser objetivo: o tempo na televisão é precioso e, por isso, quase sempre escasso. Não dê atenção ao corre-corre do estúdio. h) Término da entrevista: agir de acordo com a orientação da produção do programa. 9.15 – RECURSOS DIDÁTICOS E AUDIOVISUAIS - Histórias - Piadas dentro do tema - Uso da lousa - Retroprojetor - Data Show - Vídeo/DVD - TV - Murais - Cartazes - Filmes - Documentários - Flip Chart - Slides - Microcomputador - Giz/Pincéis - Lâminas p/retroprojetor

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Lembre-se cada recurso aqui destacado possui peculiaridades próprias para o seu uso. Neste caso o orador deve adotar aquele que melhor estiver ao seu alcance, e adapte ao seu trabalho. O orador deve ter claro inclusive o domínio da técnica de funcionamento e instalação do material ou equipamento.

9.16- LINGUAGEM CULTA E POPULAR As dicas aqui seguem nos mesmos moldes do que vimos, no início de nosso material, quando tratamos das dicas, qualidades, defeitos e normas para se redigir um bom texto: - Evite as palavras complicadas e difíceis; - Deve-se evitar todo o tipo de gírias, ou palavras chulas; - Todo discurso deve ter clareza, brevidade, e ser alto e em bom tom; - Procurar impressionar a platéia, já nos primeiros minutos do discurso e manter o ritmo até o final; - Não use muitos argumentos, embora os conheça. O importante é explorar bem cada argumento; - Não decore o discurso, tenha idéias bem dispostas num esquema e improvise as palavras; - Não escreva as palestras, mas redija breves notas sobre as coisas interessantes que deseja mencionar; - O discurso lido deve ser menos longo que o improvisado; - Não seja prolixo, demasiadamente longo no discurso, tornado-o enfadonho.

9.17 – ERROS COMUNS A SEREM EVITADOS ERRADO CERTO ERRADO CERTO

A maioria foram A maioria foi Haja visto Haja vista A rigor Em rigor Impecilho Empecilho A turma foram A turma foi Ingnorância Ignorância Ad(e)vogado Advogado Largato Lagarto Ao meu ver A meu ver Lavadora Lavadeira Ao par de A par de Meio dia e meio Meio dia e meia (hora) Celebro Cérebro Menos Menos (adv.não flexiona) Doceria Doçaria Mendingo Mendigo Dotor Doutor Mortandela Mortadela Estou meia perturbada Estou meio perturbada Obrigado(a) - diz o

homem Obrigada(a) diz a mulher

Estrupo Estupro Para mim fazer Para eu fazer Eu mesmo(a) Eu mesma (para mulher) Peneu Pneu Eu próprio(a) Eu própria (para mulher) Previlégio Privilégio Germinada Geminada(casa) Propietário Proprietário 9.17.1- Outros casos: - CUIDADO com o plural/singular: real / reais - O orador deve sempre falar na primeira pessoa do plural, ou seja usar: NÓS (silepse de número = emprego de uma palavra no sentido próprio e no figurado, a um só tempo) - O maior PROBLEMA do orador (pesquisa) é a troca do R pelo L, ou vice versa. Ex.: poblema, probrema, decraração, Cleusa, Creuza, pranta, assembréia etc - EVITE USAR: Elencar, use enumerar, listar, especificar... - SEJE OU ESTEJE, o subjuntivo dos verbos SER e ESTAR é: que eu seja, que eu esteja... - Faz 10 anos, e não FAZEM, pois o verbo é impessoal quando exprime tempo. - Fazer uma colocação (expressão horrível, segundo o prof.José Milanez). Ex.: Fulano colou que eu tinha colocado que a colocação dele estava mal colocada. - PLEONASMOS devem evitados. Ex.: Subir para cima; descer para baixo; sair para fora; entrar para dentro; ver com os olhos; comer com a boca; deferimento favorável, dividir em duas metades, a mim me parece; um trio de três,; um par de dois; a ela nada lhe direi; acabamento final; adiar para depois; continuar ainda; conviver junto; inaugurar o novo; ganhar grátis; países do mundo; labaredas de fogo; pequenos detalhes (redundância). - OUTRAS... Checar (anglicismo), use verificar, confrontar... VÍTIMA FATAL (fatal foi o acidente). RISCO DE VIDA, use risco de morte. TEM GENTE, USE Há ou existem pessoas...

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- PALAVRAS COM SIGNIFICADOS DIFERENTES: Mandato – Mandado; Infringir(lei) – Infligir(impor); Infração e Inflação. - GÊNEROS MASCULINO E FEMININO QUE OFERECEM DÚVIDAS: o apêndice; o avestruz; o diabete; o dó; o cola-tudo; a bacanal; a bicama; a cal; a ioga; a alface; o champanha; a xérox; a xerox; estória e história.

9.17.2- Palavras e exercicios para exercitar a pronúncia(dicção) CATADIÓPTRICO (Cada um dos dispositivos de reflexão e refração da luz, utilizados na sinalização de vias públicas, e que devem ser instalados na parte traseira dos veículos) PARALELEPÍPEDO GASTROENTEROLOGISTA ÁCIDO ACETILSALICÍLICO INCONSTITUCIONALÍSSIMAMENTE OTORRINOLARINGOLOGISTA TRIFLUORMONOBROMETANO (Substância química) DAGUERREOTÍPICA (referente a fotografia) LITOPRISIA (máquina de quebrar cálculos renais) ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (veia do pescoço) INAMOBILIDADE (fixo) DESCRIMINALIZADORA (desclassificar o crime) PRESBIACUSIA (diminuição da audição após os 60 anos) PAPIBAQUÍGRAFO (referente a mimeógrafo) Comprei poucas capas pretas práticas perto da Praça Petropólis Num prato de trigo comiam três tigres Paralelepípedos pretos pontilham pelas portadas Três, trás, trós, trus, tris, trema, tremei, tremó Chove a chuva chata Trágica e tétrica tragédia, lúgubre repercute por bairros inteiros O leal Raul louva Laura Lava e leva a lata tal para lá Um tigre, dois tigres, três tigres Pinga a pipa pia o pinto Por que palras, pardal pardo? Neste ponto a ponte apóia a ponta pontiaguda Quando cooperamos com aqueles que cooperam conosco, conseguimos grandes resultados O político pede para a polícia prender o pipoqueiro pulando o muro para o parque privativo Um papo de pata dentro de um prato de prata O rato roeu a roupa da rainha Rita e o rei Rui rasgou o resto A gata amarrada arranha a aranha As jóias de Joana jazem na jarra jogada girando no Jacuí cheio de jacarés. Quando cooperamos com aqueles que cooperam conosco conseguimos grande conceito. Doutor Dagoberto descreve dezenas de doutrinas e dogmas. Aldeães, alemães, peões e capitães cantam madrigais aos pãezinhos da mamãe. O aldeão europeu, reuniu réus neutros no seu reino feudal.

9.18 – DICAS E METODOLOGIAS PARA ESTAR SEMPRE PREPARADO - O palestrante responde as perguntas dos participantes - Orientação e demonstração de alguns exercícios práticos, de acordo com as questões levantadas. - Exercícios práticos com participantes, se houver tempo. - Estudar 10 palavras do dicionário por dia, no ano terá estudado 3650 palavras, em 10 anos 36500. - Estude sempre este subsídio e treine bastante seus discursos, em qualquer profissão que seja, as portas vão se abrir mais facilmente e com melhor garantia de sucesso.

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- Esteja motivado para ser brilhantes no discurso e atingir o seu objetivo. A motivação é uma força que vem do coração, se faz necessário traçar metas e exercitar a vontade, é a alavanca que nos empurra para frente. Orador motivado é aquele que sonha, acredita, persiste e tem esperança. - Trabalhe com o coração, pois o envolvimento é maior, a interação ocorre mais intensamente e produtiva. Quando utilizamos o hemisfério esquerdo de nosso cérebro (o lado lógico matemático) atingimos com energia apenas um raio de trinta centímetros, enquanto que, ao utilizarmos o lado direito (o lado subjetivo emocional) podemos atingir um raio de três metros. - Lembre-se para cada tipo de público devemos utilizar uma linguagem e técnica diferente. Se mantivermos o mesmo padrão para todos estaremos sujeitos a fracassar pois as reações e realidades são diferentes, cada caso é um caso.

9.19- FRASES QUE AJUDAM E INSPIRAM O ORADOR. - Toda empresa precisa ter gente que erra, quem não tem medo de errar é que aprende com o erro – Bill Gates. - O segredo do sucesso é o próprio segredo. O maior risco é não arriscar. – Auto desconhecido - A boca fala do que está ceio o coração. Jesus - Na ausência dos bons, os maus prosperam. – Allan Kardec - Eduque o jovem no caminho a seguir, e até a velhice ele não se desviará – Prov. 22, 06. - Morte e vida dependem da língua; quem sabe usa-la , comerá do seu fruto. Prov. 18, 21 - Com a boca, a pessoa sacia o estômago e sacia com a colheita dos lábios. Prov.18, 20. - Eu digo a vocês: no dia do julgamento, todos devem prestar contas de cada palavra inútil que tiverem falado. Porque você será justificado por suas próprias palavras, e será condenado por suas próprias palavras. – Jesus. Mt 12, 36-37. - Que nenhuma palavra inconveniente saia da boca de vocês; ao contrário, se for necessário, digam boa palavra, que seja capaz de edificar e fazer o bem aos que ouvem. Ef. 4, 29. - Javé, coloca em minha boca uma guarda, uma sentinela à porta dos meus lábios. Sl 141, 3

10- COMO TORNAR AS REUNIÕES MAIS PRODUTIVAS E EFICAZES

10.1- COM QUE OBJETIVOS FAZEMOS AS REUNIÕES Pesquisas feitas no Brasil mostram que executivos gastam entre 20 e 30% de seu tempo

participando de reuniões, e um estudo realizado nos Estados Unidos indicou envolvimento de até 50% nessa atividade.

As pessoas que participam de reuniões sempre têm queixas do tipo: - Podia ter durado menos! - Acabamos discutindo o que não queríamos! - Tinha mais gente do que o necessário! - Que perda de tempo! - Esta reunião não era necessária!

Atualmente grande parte das reuniões que acontecem poderiam ser substituídas pelo avanço da tecnologia do processamento de informação, mas as hipóteses de decisão estão centradas na mão do homem. Participar de uma reunião pressupõe ser a melhor forma de se conseguir chegar a uma conclusão efetiva sobre determinado tema, decisão, superação de problema, desenvolvimento de uma nova idéias, adoção de processos de mudanças e tantos outros.

Há um significativo número de profissionais que criticam a reunião, considerando uma forma improdutiva de tomar decisões. Percebe-se que o erro das reuniões em geral, não está no evento em si, mas nas ATITUDES que são tomadas por seus participantes. É essencial que reflitamos sobre a qualidade de nossas atitudes, posturas, comportamentos antes, durante e depois das reuniões para as quais somos convidados, ou aquelas em que lideramos ou coordenamos os trabalhos.

Em muitas empresas há uma certa má vontade com relação às reuniões. As pessoas esperam tão pouco das reuniões que ficam negligentes, loucos para estar em outro lugar, com raiva de quem as convocou. Para estas empresas o prejuízo é grande, além de gerar custo alto, há perda de tempo, baixa produtividade e as pessoas ficam desmotivadas

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10.1.1 - Pontos que comprometem o desenvolvimento de uma reunião • Sua necessidade real - pode ser substituída por outra forma de decisão? • Seu objetivo - há clareza quanto o que se pretende com este tipo de instrumento? • Sua finalidade - para que serve? O que vai trazer de valor agregado ao processo produtivo? • Seu custo - o benefício gerado pelo evento justifica o investimento inicial, tempo, valor hora dos envolvidos, recursos?

• Ocorrência - qual o melhor local para se efetivar? Qual a disponibilidade de espaço que otimize o conforto e a liberdade dos participantes?

Se as questões acima forem respondidas de forma satisfatória, não havendo dúvidas que comprometam o resultado, acreditamos que a reunião pode ser realizada.

10.1.2 - Quando fazer ou não uma reunião Uma reunião pode ser uma boa idéia quando:

• Se quer obter uma resposta rápida de várias pessoas sobre um determinado assunto. • Existem problemas ou questões a serem esclarecidas, compartilhadas ou expostas com os demais participantes.

• Se pretende envolver o grupo na tomada de decisão, reconciliação de situações conflitivas ou na busca de consenso.

• Se quer trocar informações e experiências com o grupo. • Há a necessidade de se analisar, avaliar e resolver problemas que envolvam pessoas de áreas ou empresas distintas.

• Existem exigências legais da empresa ou do governo.

Por outro lado não é conveniente realizar uma reunião quando: • Outra forma de comunicação se mostrar mais rápida: via e-mail, telefone, memorando ou papo informal. • O grupo não se preparou adequadamente para a reunião, por falta de tempo, atraso na comunicação, escassez de dados, etc.

• As pessoas que realmente tomarão as decisões não poderão estar presentes. • Existem posições irreconciliáveis já conhecidas de antemão, o que pode gerar agressividade, hostilidade e ausência de resultados concretos.

10.1.3– É cultura da empresa fazer reuniões? TIPO 1 TIPO 2

A CÚPULA SE REÚNE MUITO E A GERÊNCIA INTERMEDIÁRIA SE REÚNE POUCO.

CERTAS ÁREAS FUNCIONAIS/OPERACIONAIS SE REÚNEM MAIS QUE AS OUTRAS.

Esta hipótese prevê uma CONCENTRAÇÃO DECISÓRIA grande na cúpula e uma expectativa de MERA EXECUÇÃO NOS DEMAIS ESCALÕES.

Neste caso, o estilo de liderança de cada gerente e sua habilidade para conseguir mais ou menos resultados, determinará O QUE SERÁ POSSÍVEL OBTER DE TRABALHOS DE EQUIPE

É bom lembrar que em períodos de crise, as empresas planejam e decidem a curto prazo, sendo que as reuniões não ocorrem dentro dos padrões recomendáveis, mas podem ser consideradas eficazes se gerarem resultados.

As empresas nacionais dependem mais da influência pessoal dos seus dirigentes do que de processos mais modernos de formação de opinião, através de reuniões de equipes. Nestes casos as reuniões tendem a HOMOLOGAR UMA DECISÃO OU VONTADE SUPERIOR, ao invés de funcionar com um estímulo à CRIATIVIDADE.

10.2- REGRAS BÁSICAS PARA TRANSFORMAR QUALQUER REUNIÃO A reunião é o único momento em que nos encontramos para tomar decisões conjuntas, produzir

idéias e traçar objetivos. Portanto, para ganharmos a confiança da equipe de trabalho e termos uma reunião produtiva é importante seguirmos algumas regras: • Só faça reunião quando justificar o custo dela, e só chame as pessoas necessárias. • Distribua informações sobre o assunto da reunião pelo menos com um dia de antecedência.

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• Escreva a agenda/pauta em termos de resultados, fixando o tempo para os assuntos e concentre as discussões nestes resultados.

• Conduza a reunião com normas de confiança e não normas de ordem e competição. • Registre, distribua e acompanhe todas as decisões e compromissos e verifique a execução.

10.3– PREPARAÇÃO DE UMA REUNIÃO a) Pontos a observar: estabelecer objetivos. Exemplo: Encontrar novas formas de distribuição, controle e conservação de EPIs b) Selecionar os tópicos a serem discutidos. Exemplo: Aquisição de novos EPIs, implantação de EPCs, como melhorar a situação do uso de EPIs, etc. c) Escolher os participantes - Setores envolvidos. Exemplo: Setores de Compras, Finanças e Segurança etc. d) Planejamento e divulgação da agenda: A agenda da reunião deve ser preparada pelo coordenador da mesma e distribuída aos participantes com antecipação, para que os mesmos se preparem a contento.

O prazo de quarenta e oito horas de antecedência é o mínimo recomendável, mas em reuniões de emergência isto nem sempre é possível. Neste caso, mesmo sendo informado, a agenda serve para controlar e dar senso de direção à discussão e pode ser enviada via e-mail, divulgada verbalmente ou por telefone, mesmo a poucos minutos do início da reunião.

Uma agenda de convocação deve conter os seguintes tópicos: • Data e local da realização; • Hora de início e término da reunião, e dos vários temas em discussão e intervalo se for o caso. Uma

observação em relação ao horário é que se deve dar referida atenção ao horário biológico. Logo após o almoço, a digestão provoca sonolência, a não ser para quem se limitou a um lanche leve. Só a extrema urgência justifica uma reunião no fim da tarde de sexta-feira ou na véspera de um feriado, quando a atenção já está voltada para outros assuntos;

• Tópicos expostos em seqüência do mais importante para o menos importante; • Participantes - Só aqueles que têm a ver com a reunião; • Informações, documentos e outras fontes para consultar e/ou levar para a reunião; • O responsável pela convocação; • Notificação a envolvidos, com tempo de todos se programarem e se concentrarem para o encontro.

Convocações de última hora exigem cancelamentos de compromissos e prejuízos para as tarefas que têm que ser postergadas.

• Confirmação e presença de todos; • Instalações prontas e adequadas, material disponível e de qualidade; • Secretário(a) da reunião consciente e eficaz, que pode ser nomeado(a) pelo grupo ou contratado(a) para o

trabalho.

MODELO DE AGENDA - CONVOCAÇÃO DE REUNIÃO À _________________________________________________________

Data: / / Hora Início Hora Término: Local: OBJETIVOS

1- 2-

TÓPICOS DA AGENDA TEMPO PARA CADA DEPTO./PARTICIPANTE

1. 2. 3. Considerações finais: Coordenador: Documentos a levar: Observações: Convocada por: Data da convocação: / /

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Sendo a agenda divulgada é possível preparar-se para a reunião, organizando informações, arquivos, convocando subordinados para esclarecimentos, de modo a realizar uma contribuição efetiva durante a condução da mesma. Quem for participar deve se questionar: • Onde posso contribuir melhor? • Sobre o que não entendo e não me compete, devo silenciar nestas horas? • Nos tópicos em que irei participar, o que gostaria de alcançar e o que me satisfaz se for alcançado? • Que dados ou informações devo levar para a reunião? • Preciso realizar contatos prévios? • Usarei recursos audiovisuais? A sala possui suporte para sua utilização? • Tenho que alterar agenda em conseqüência da reunião?

10.3.1 - Preparo da sala de reuniões: Reuniões devem ser realizadas em local apropriado. O IDEAL - Sala ampla, ventilada, bem iluminada, limpa e higienizada, adequada à atividade.

Quando não é possível aproveita-se o espaço que tem, menos nos corredores. • Um aviso do lado de fora, escrito “Em Reunião” – Isso evita interrupções; • Recursos audiovisuais: multimídia, retroprojetor, som, TV e vídeo, caneta a laser, tela, papelógrafo (flip chart) etc; • Canetas, lápis, borrachas e papeis para anotações suficientes; • Relógio.

10.4– CONDUÇÃO DA REUNIÃO Dirigir reuniões é uma habilidade gerencial, e portanto uma competência adquirida. Existe nesta

habilidade uma associação nítida de outras habilidades, como: trabalhar em equipe; solucionar conflitos; tomar decisões e delegar.

A condução da reunião, normalmente cabe a quem a convocou, o que deve ser feito de forma organizada estimulando a participação de todos. Diversos nomes são usados, tais como: líder, coordenador, condutor, dirigente, facilitador, motivador etc. Algumas regras a serem respeitadas: • Iniciar e terminar na hora. Não se deve penalizar quem chegou na hora certa, e sim quem atrasa. • Nenhuma reunião deve exceder o limite de DUAS HORAS sem PAUSA. • Uma hora e meia é um bom tempo. Caso seja necessária uma reunião de três horas, faça um intervalo de dez a vinte minutos no meio do período, permitindo assim que os participantes se levantem, saiam da sala, tomem café, ou resolvam qualquer assunto pendente.

• Não aceitar interrupções externas. Qualquer mensagem externa deve chegar num pequeno papel, discretamente entregue pelo(a) secretário(a) que aguarda uma mensagem escrita e se retira.

• Chamar as pessoas pelo nome, para criar um clima de descontração. O uso do crachá com o nome e função, muito facilitará.

• Só uma pessoa deve falar de cada vez, e a palavra é concedida sempre a quem está à direita, sem pular qualquer pessoa. Se quem recebeu a palavra não tem nada a acrescentar, imediatamente chama- se o parceiro da direita e passa-lhe a palavra.

• Cada assunto é considerado totalmente DECIDIDO quando há uma rodada completa sem que haja qualquer observação.

• O coordenador estabelece no início um tempo máximo para cada um, que por sua vez procurará se disciplinar cada vez que estiver com a palavra.

• Se a reunião for no escritório do coordenador ele deve receber de pé, na porta , os companheiros que forem chegando, dando lhes boas vindas. Eles só se sentarão depois do coordenador. Como também deve encerrar a reunião depois de aprovada a ata e marcada a data da próxima reunião.

• A postura do coordenador é muito importante. Deve exercer papel motivador, ter habilidade para falar e ter tato para lidar com as pessoas. Ser MOTIVADOR é nunca ser COBRADOR. Na reunião este papel cabe à GERÊNCIA.

• O coordenador dos trabalhos senta-se no mesmo nível dos demais executivos, para não ter de olhar para cima ao falar. É por isso que empresários de baixa estatura adotem uma almofada ou estofamento mais alto em sua cadeira ficando à mesma altura dos interlocutores.

• O coordenador/líder deve ficar visível a todos os participantes, tendo assessores estrategicamente distribuídos frente a frente, facilitando o entendimento a partir do olhar.

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• Caberá ao coordenador alertar o participante quando este violar os tempos estabelecidos. No início, o procedimento de fazer a palavra circular de forma disciplinada aumentará o tempo

gasto nas reuniões, pois muitos se descontrolarão, ou terão dificuldades de se expressar sob pressão. Mas o uso contínuo desta prática se torna um excelente disciplinador das reuniões num prazo de 2 a 3 meses.

A PREPARAÇÃO - É possível que 90% das discussões em reuniões simplesmente não existiriam se os participantes tivessem se preparado melhor antes do evento.

O coordenador exercerá duas funções básicas:

Quanto ao conteúdo - O coordenador exerce: ���� Administração do tempo - Inicia e encerra a reunião na hora marcada; ���� Poder de análise: Analisa fatos, situações ou problemas com rapidez e correção; ���� Imparcialidade - Mantém uma posição neutra em situações de polarização de idéias; ���� Firmeza e delicadeza - Mantém a imparcialidade com firmeza, porém sem criar situações incontornáveis e

posições irreconciliáveis; ���� Estímulo à discussão - Promove e estimula a discussão, solicitando e fornecendo fatos, informações,

convicções e opiniões; ���� Manutenção do rumo - Evita que o debate se dirija para o campo pessoal mantendo com seu entusiasmo e

experiência a reunião focalizada nos problemas e voltadas para os objetivos traçados; ���� Encorajamento à tomada de decisão - Resume às conclusões já alcançadas e confere com o grupo decisões a

serem tomadas em face dessas conclusões; ���� Avaliação de resultados - Mede resultados obtidos, progressos alcançados e oferece projeções para o futuro

com base nesses resultados.

Quanto ao relacionamento O coordenador exerce:

���� Auxílio à expressão de idéias - Encoraja os participantes mais retraídos ou com dificuldades de verbalização a se expressar e expor suas idéias, sendo paciente, claro, resumido e objetivo;

���� Harmonização - Reduz a tensão, apóia a reconciliação quando existem discordâncias; Não permite que discussões acaloradas turvem o clima da reunião e, valoriza o diálogo e a elucidação dos fatos;

���� Criação e manutenção do clima - Evita a degeneração da discussão, consegue a participação e envolvimento de todos, desfaz o clima tenso quando este acontece, usa o humor, tato e a serenidade, colocando cada participante à vontade, compreendendo seus sentimentos, temores e dúvidas;

���� Avaliação – Reporta progressos obtidos, estimula o prosseguimento do trabalho até seu final, e apresenta os resultados como sendo obtidos através das contribuições de cada um do grupo.

10.4.1- Outros papéis da reunião a) FACILITADOR - Existe uma função na reunião, que trata da forma ou processo como transcorre a mesma. Esse papel tem sido tradicionalmente atribuído ao coordenador, e talvez seja este o motivo do descrédito das reuniões junto a muitos executivos. As funções quanto ao conteúdo e relacionamento já são bastante absorventes, não?

Assim, a reunião deve ser administrada por outro participante que não o coordenador. Vários estudiosos do assunto defendem o argumento que essas funções processuais devem caber a um FACILITADOR.

Segundo Doyle e Straus, da Interaction Associates, “quando o grupo está trabalhando bem, o facilitador pode não ter de fazer muita coisa e então deixa as pessoas falarem espontaneamente. Quando a coisa começa a esquentar ou desacelerar, entra em cena e usa seu poder com mais energia, no sentido de comandar o processo, determinando qual o próximo a falar, impedindo comportamentos agressivos e mantendo o grupo na linha de trabalho combinada.” Quanto ao facilitador tem-se pelo menos duas posições: • Pode ser um elemento neutro e não participante do conteúdo da reunião.

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• Pode ser um dos participantes da reunião. Se por um lado isto acresce funções, por outro lado se constitui numa excelente oportunidade de treinamento enquanto estiver exercendo tal função. E esta oportunidade pode ser rotativa e na próxima reunião do grupo outro participante poderá ser o facilitador.

Após cada participante ter exercido o papel em duas ou três reuniões diferentes, o facilitador tende a ser menos atuante, pois o treinamento torna esses participantes mais disciplinados em relação ao processo.

O FACILITADOR exerce as seguintes funções em relação ao processo: • Administrador do tempo - lembra aos participantes os horários de início e fim, lembra quanto tempo cada um tem para fazer uso da palavra quando a mesma lhes cabe e, alerta nos casos de não cumprimento dessa norma. Controla os tempos parciais para cada assunto, mantendo o grupo avisado acerca do uso desses tempos.

• Controle do processo - definida uma metodologia a ser seguida, o facilitador lembra aos participantes as transgressões cometidas tão logo elas ocorram, com o objetivo de manter a discussão dentro das normas estabelecidas.

• Alerta sobre indisciplina - impede que os debates se desviem dos objetivos propostos ou caiam em casos particulares, que geralmente surgem em conversas cruzadas ou paralelas.

• Estimula a tomada de decisão - utiliza as etapas definidas pela metodologia para posicionar os participantes dos avanços obtidos e o caminho que resta percorrer para a solução de cada problema.

Não se trata evidentemente do mais simpático dos papéis. Mas exatamente a sua rotatividade permite que cada um banque o “inspetor de disciplina” algumas vezes, e procure seguir a partir de então as regras e procedimentos que fez serem obedecidos quando foi facilitador.

b) SECRETÁRIO(A) - Um ponto a ser esclarecido é quem redige a ata. Assim como cada participante pode desempenhar a função de facilitador, é útil que também a ata seja feita por um dos participantes. A oportunidade de preparar a ata é também uma excelente chance de exposição e treinamento até subordinados.

Algumas empresas utilizam com sucesso esta estratégia, fazendo, por exemplo, com que reuniões de gerentes de departamento tenham suas atas feitas por um gerente de divisão. Ele não atua naquela reunião, mas prepara a ata, convive com um nível hierárquico acima do seu, e tem oportunidade de ampliar sua visão dos negócios da empresa e do ambiente gerencial.

O secretário deve estar bem atento, e de forma clara e objetiva redigir os assuntos relatados e aprovados. Só pergunta senão entender.

10.5– ETAPAS DE UMA REUNIÃO O desenvolvimento de uma reunião obedece às seguintes etapas:

• Degelo ou abertura - onde é estabelecido o clima para início real de reunião e onde são definidas as “regras do jogo” tais como: seqüência de participação, duração, intervalo etc. É uma etapa de descontração. O degelo termina com uma rápida leitura da agenda para clarificação dos objetivos.

• Acúmulo - etapa onde se identifica o problema, suas causas, e alternativas decisórias possíveis. Devem ser evitados comentários valorativos até que todas as alternativas potenciais tenham sido exploradas. Esta é uma fase em que se trocam e acumulam informações, e qualquer tentativa de atribuir valores ou qualificar ideais pode inibir a citação de alternativas não convencionais que poderiam se transformar em soluções inéditas e valiosas.

• Deliberação - Inicia-se então a avaliação das alternativas e caminha-se para uma solução. É fundamental que o coordenador da reunião exercite aqui sua função, pois quando o grupo está caminhando para uma decisão é importante evitar desvios, derrota, e se possível, que haja vencedores e vencidos.

• Acomodação - adotada uma deliberação, é importante que cada participante opine sobre a mesma tentando obter consenso do grupo. Se por um lado gasta-se mais tempo e tem-se uma tarefa nem sempre fácil, por outro lado consegue-se maior comprometimento com a solução adotada. É bem possível que não haja consenso em vários assuntos, e é exatamente na fase da acomodação que aqueles que não aprovam certas deliberações devem manifestar seus pontos de vista e opiniões.

• Decisão - obtida uma decisão, define-se O QUE, QUEM, e QUANDO ou seja, quem é responsável por que, e que prazos possui para realizar sua missão. E retorna para acumular outro assunto.

A decisão pode ser obtida por aclamação, por consenso, por negociação ou por votação.

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10.6- AS ETAPAS E O CICLO DO PROCESSO DECISÓRIO O debate de problemas tem por objetivo avaliar e escolher a melhor solução a ser dada para

aqueles problemas. Assim, o ciclo do processo decisório deve ser seguido durante o debate. O ciclo do processo decisório obedece aos seguintes passos:

• Identificação do problema; • Identificação das causas do problema; • Identificação das alternativas decisórias possíveis; • Avaliação das conseqüências de cada alternativa; • Escolha da alternativa mais adequada - passo realizado ao final da etapa de deliberação e durante a acomodação;

• Comunicação e execução da decisão; • Avaliação da decisão - este passo é objeto de uma reunião de avaliação; 10.7- ATA E AVALIAÇÃO DA REUNIÃO ATRAVÉS DE INSTRUMENTO DE AFERIÇÃO

Em relação à ATA, valem as definições, considerações e modelos apresentados no início deste material . Já a AVALIAÇÃO deve ser feita e conduzida pelo coordenador e deve ser vista como uma oportunidade de detectar e avaliar possíveis falhas a serem corrigidas no futuro. Todo esforço deve ser feito no sentido de tratar dos problemas, e não dos sintomas sob os quais muitas vezes esses problemas se encontram camuflados.

10.7.1- Lista de verificação de reuniões - (Disfunções/Problemas) O critério para atribuição de graus para cada item é o seguinte: 0 = O problema não aconteceu; 5

= O problema aconteceu e acarretou enormes conseqüências do ponto de vista de desperdício de tempo e andamento da reunião, e 1, 2, 3, 4 = Posições intermediárias.

a) Antes do início da reunião (atribuir notas de 0 a 5 para cada disfunção avaliada) DISFUNÇÃO NOTAS

Inexistência de agenda prévia com tempo predeterminado para cada tópico. Local inadequado, mal arrumado, distante de apoio infra-estrutura. Desnível entre os participantes sobre o conhecimento dos assuntos a serem tratados. Processo inadequado de escolha do coordenador da reunião (precipitação, votação etc.). Número excessivo de participantes, prejudicando o andamento. Impontualidade dos participantes para início das atividades. SubTotal

b) Durante a reunião DISFUNÇÃO NOTAS

Inexistência de participação (atuação) de determinados participantes. Participação demasiada de determinados participantes. O coordenador não orienta o andamento da reunião no sentido de seguir a agenda prefixada. Confusão quanto aos objetivos da reunião que vai do cunho decisório para o informativo e vice versa. Interrupções constantes provocadas por pessoas estranhas à reunião. Clima de disputa e não de cooperação (o importante é ganhar a discussão e não resolver o problema). Ausência de registro sistemático do andamento da reunião. Dupla coordenação de determinado trabalho, problemas de relacionamento. Participantes que procuram usar “linguagem técnica” em demasia em prejuízo da comunicação. Decisão a ser tomada aquém da competência (técnica ou hierárquica) dos participantes. Liderança “democrática” (participativa no sentido manipulativo): excesso de opiniões sem conclusão. Falta de coordenação na participação dos presentes à reunião, pessoas falando ao mesmo tempo. Comportamento de certos participantes prejudicando a atuação de outros. Participantes querendo assumir o lugar do coordenador (às vezes “disputando” a posição). Conversas paralelas. Necessidade de consultas externas a indivíduos presentes à reunião (simulando conchavo). SubTotal

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c) Após a reunião (Ao final e posteriormente) DISFUNÇÃO NOTAS

Não instituir por escrito os itens de ação: Quem? O que? Quando? que possibilitem o controle dos resultados. Falta de clareza na definição das missões atribuídas a cada participante. Não marcação da próxima reunião e/ou qualquer outra atividade, para continuidade dos assuntos. Não avaliação dos resultados da reunião (previsto X realizado). SubTotal d) Outras disfunções (Problemas não mencionados acima)

DISFUNÇÃO NOTAS SubTotal TOTAL GERAL (Sub totais a + b + c + d)

Após preenchidos os itens some todos os graus e obtenha o total geral. • Entre 0 e 7 - pontos significa que suas reuniões estão boas. • Entre 8 e 14 - suas reuniões podem ser melhoradas • Ente 15 e 22- suas reuniões começam a preocupar • De 23 em diante, suas reuniões andam MAL, há muito a ser feito para alcançar o nível

IDEAL.

É fundamental que cada um também se inclua como causador dos problemas e disfunções da lista de verificação. Não se deve julgar somente os outros, mas principalmente nós mesmos.

10.7.2- Follow-up Uma vez preenchida a Lista de Verificação de Reuniões, cada partIcipante tem em mãos um

instrumento de avaliação daquela reunião.

10.8- O QUE É POSSIVEL FAZER PARA MELHORAR SUA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES? Preencher o Analisador de Reuniões, após leitura atenta da Lista de Verificação.

Em relação os tópicos discutidos: Como foi minha participação? O que aprendi com os outros participantes? Quais as falhas que cometi? Como evitá-las? Quais os meus pontos fortes? Como melhorá-los mais ainda?

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10.9– PROBLEMAS DO GRUPO • DESLOCAMENTO de várias pessoas, consumindo tempo e recursos da organização. • DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE CONFORMIDADE - Às vezes concordar é mais importante que acertar, pois a concordância do participante o mantém membro do grupo. Tal processo inibe soluções novas, arrojadas e criativas.

• DOMINAÇÃO DO GRUPO por um só indivíduo, cujo talento e características inibem os outros participantes. • DIFUSÃO DA RESPONSABILIDADE – o produto final do grupo não tem um responsável final.

As soluções geralmente são produto do somatório de ideais, e este processo pode conduzir a boas decisões, mas também a decisões fracas e tímidas, de menor risco e menores conseqüências futuras.

10.10 – ETIQUETA PROFISSIONAL Se a reunião for no escritório do coordenador ele deve receber de pé, na porta, os companheiros

que forem chegando. Eles só se sentarão depois do coordenador. Quanto ao RITMO DOS TRABALHOS é sempre recomendável uma pausa para que mantenha

vivo o interesse dos participantes e espectadores. A mente tem um tempo para apreender informações. Segundo o livro de Boas Maneiras & Sucesso nos Negócios de Célia Ribeiro - LPM Editores,

programas muito longos são cansativos e pouco produtivos. Um bom ritmo será a cada cinqüenta minutos dê uma pausa de cinco minutos, caso a reunião se estenda por toda manhã dê dez minutos para o coffee-break. Em relação ao almoço - respeite o biológico das pessoas, almoce e depois retorne os trabalhos. Faça uma refeição leve e dê um tempo antes de voltar às atividades. Não emende e coma só um lanche, os trabalhos tornam-se improdutivos.

10.11 – TIPOS DE REUNIÕES: RELÂMPAGO – Tem por objetivo passar uma informação rápida e importante para o setor. Pode ser feita em pé no setor de trabalho, no máximo de 15 minutos a 20 minutos; INFORMATIVA – Tem por objetivo a exposição ou apresentação de fatos, dados ou informações por parte de um dos participantes, onde os mesmos dependendo de um acerto prévio poderão ter uma participação ativa, podendo fazer perguntas, ou uma participação passiva onde o participante tão somente ouve. Geralmente é feita pela manhã, no início do expediente, podendo ser realizada após o café da manhã. PREVENTIVAS - De planejamento, evitando que os problemas aconteçam EDUCATIVAS OU CONSCIENTIZAÇÃO – Finalidade de evitar problemas posteriores TOMADA DE DECISÕES – Tem por objetivo, através da troca de informações num trabalho de equipe identificar alternativas para solucionar problemas e definir a implantação das decisões adotadas nesse esforço cooperativo. VIRTUAIS – Tem por objetivo resolver os problemas virtualmente não necessitando da pessoa física no local. Normalmente acontecem através de e-mails ou teleconferência. REGULARES – Que podem ser periódicas ou intermitentes. - Periódica – quando realizada sempre em dia certo e previamente combinado, como por exemplo, reunião de diretoria e chefes de departamento todas às segundas-feiras das 14:00 às 16:00 horas. - Intermitente – aquela que mesmo que combinada depende de fatores externos. EMERGÊNCIAIS – Aquelas que se realizam sem data nem hora marcadas com necessária antecedência, e decorrem de fatores inesperados, urgentes ou críticos que não podem aguardar uma reunião regular para serem decididos. ORDINÁRIAS E EXTRAORDINÁRIAS – muito utilizadas por associações, sindicatos na forma de assembléias. Ordinária: Agenda-se previamente data, local, horário para resolução de problemas, apresentação de projetos, recebimento de visitas. Extraordinária: quando surge um fato novo que têm urgência em ser aprovado e/ou deliberado.

10.12– TIPOS PROBLEMATICOS QUE PARTICIPAM DE REUNIÕES Os maiores problemas não são de caráter cognitivo e sim de caráter comportamental. TIPOS:

• DESLIGADO – Presta pouca atenção e parece concentrado no seu próprio mundo. Como Proceder – Convém chamá-lo à ação perguntando sua opinião sobre determinado assunto, ou questiona-lo em separado se seu desligamento se deve a algum outro problema que lhe está desviando a

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atenção no momento. Dependendo das circunstância aconselha-lo a até mesmo se retirar, se achar que não devia estar presente.

• BLOQUEADOR – É negativo e teimosamente resistente, discordando com freqüência e fazendo oposição. Recomendações – Uma tática que funciona no caso é pedir para que aponte como deve ser o resolvido o problema. Ou então o coordenador pergunta para o grupo se não é melhor que a reunião seja adiada, tendo em vista os fortes argumentos apresentados pelo bloqueador. O grupo sempre dirá que NÃO, e apontará que o problema de fato é o bloqueio sistemático que está atrapalhando. Cercado, o bloqueador muda de atitude ou abandona o grupo.

• COMEDIANTE – É um crítico mordaz, e seu humor pode até ser útil para relaxar a tensão em certos casos. Mas pode se tornar um entrave à seriedade da reunião e deve ser contido quando não permite que o clima de trabalho seja mantido.

Recomendações – Agradecer sua bela performance a convidá-lo a encerrar a reunião com uma piada melhor ainda, não deixa de ser uma boa idéia.

• IMPACIENTE – Interrompe os outros no meio das frases. Conclui pelos demais quando a discussão ainda não acabou. Inicia outro assunto achando que o atual está esgotado.

Recomendações – O facilitador deve lembrar amistosamente ao impaciente a importância de ouvir os outros, mostrando que a natureza dotou-nos de “dois ouvidos e uma boca”, numa clara alusão de que devemos ouvir muito mais do que falar.

• DIGRESSIVO - Usa frases extensas, intermináveis, repete as mesmas idéias utilizando outras frases e palavras, não sabe encerrar sua fala.

Recomendações - Quando ele parar para tomar fôlego, o facilitador deve tomar imediatamente a palavra, fazer um rápido fechamento da idéia e entregar a palavra a quem couber, segundo a metodologia empregada. Agradece ao digressivo por ter permitido com suas idéias que o assunto pudesse ter seu encaminhamento conclusivo.

• CALADO – É quase sempre um interessado mas não gosta de falar por temperamento ou inibição. Recomendações – Sua participação deve ser solicitada pelo coordenador no momento certo, que pode ocorrer quando o calado conhece o assunto em questão e sentir-se-á à vontade se chamado nessa hora. Pode ocorrer através de uma pergunta direta ao mesmo, ou quando várias opiniões já foram dadas e se quer ouvir mais uma.

• TAGARELA – Não consegue permanecer calado muito tempo, mas difere do digressivo porque gosta mesmo é de conversar. Assim inicia conversas paralelas, cochicha o tempo todo com os vizinhos e tem baixo poder de concentração.

Recomendações – Uma boa tática para o facilitador é perguntar aos falantes se eles não gostariam que o restante do grupo tomasse conhecimento de suas idéias. Lembre que a acústica é ruim e que apenas uma pessoa pode ser ouvida de cada vez, ou faça um breve intervalo e diplomaticamente, diga aos tagarelas os problemas que eles estão causando ao bom andamento dos trabalhos.

• DOMINADOR – Geralmente fala alto e tenta impor idéias e dominar a reunião. É importante aqui que o coordenador explique o papel de cada participante e lembre que as decisões a serem tomadas são de responsabilidade do grupo e não apenas do dominador.

Recomendações – Tente fazer com que o grupo tome a iniciativa de reagir à postura dele, e se nada funcionar, o confronto direto deve ser provocado para que se esclareça a questão.

• QUE QUER SER COORDENADOR – Pelas atitudes que toma, parece que quer tomar o lugar do coordenador.

Recomendações - O próprio coordenador deve torná-lo um aliado, convidando-o por exemplo para secretariar e confeccionar a ata. Deixe-o falar de início, pois geralmente o grupo se encarrega de rejeita-lo, apontando que o coordenador já existe. O coordenador não deve oferecer postura defensiva para não parecer que está sendo atacado, mas até oferecer-lhe claramente a coordenação, perguntando-lhe se é isso que deseja.

• VAGAROSO – Geralmente não é objetivo, e até utiliza mal as palavras, dificultando e arrastando a compreensão das idéias que apresenta. Muitas vezes as idéias são boas e ele deve ser auxiliado.

Recomendações: O coordenador no caso deve repetir o que foi dito (ou quase dito) usando objetividade e clareza, e ao final perguntar se era isso que ele queria dizer. É importante resguardar do ridículo as participações do vagaroso, apoiando-o com intervenções positivas de suporte.

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• MULTITAREFA – leva outros trabalhos para a reunião, é interrompido a toda hora por um telefonema porque deixa o celular no vibrador ou por telefonema externo dizendo que é urgente, e por vezes chega tarde ou sai cedo da reunião, porque tem outros compromissos.

Recomendações – O coordenador deverá ser enfático nestes casos, e claramente sugerir ao multitarefa que talvez sua presença não seja necessária, pois ele é tão ocupado que os presentes não gostariam de interrompê-lo.

10.13– A EFICÁCIA NA COMUNICAÇÃO Todo comportamento tem uma intenção positiva. Nossos comportamentos têm sempre uma

motivação positiva para nós mesmos. O cérebro aprende por repetição e velocidade. Quando estamos aprendendo a dirigir carro é a repetição das ações de pisar nos pedais, passar marchas, corrigir o volante, que leva o cérebro a aprender. Quanto mais você pratica e quanto mais rápido você repete mais facilmente o seu cérebro aprende.

UMA VEZ APRENDIDO PELO SEU SUBCONSCIENTE, JAMAIS SERÁ ESQUECIDO. O SIGNFICADO DA COMUNICAÇÃO É O QUE O OUTRO ENTENDE, NÃO O QUE NÓS DIZEMOS.

Quando a outra pessoa não entende ou entende de forma diferente o que nós dizemos é muito importante sabermos que a responsabilidade da comunicação é de quem comunica. Procure perceber se o outro entendeu. FAÇA PERGUNTAS, PEÇA PARA REPETIR A INFORMAÇÃO. SABER OUVIR É TER ENVOLVIMENTO

Ouvir pela metade é como acelerar o motor com o câmbio em ponto morto: “Gasta-se gasolina, mas não se chega a lugar nenhum”.

“Ouvir é obra da natureza, tanto é que Deus nos deu uma boca e dois ouvidos”. Saber ouvir é condição para existir um bom diálogo, uma boa negociação.

10.13.1– Canais de comunicação e assimilação Cada um percebe o mundo através do seu canal principal.

• VISUAL – compreende a visão • AUDITIVO – compreende a audição. Pode ser auditivo tonal e digital • CINESTÉSICO – envolve as sensações, emoções. O sentir emocionalmente, o toque.

FORMAS DE PROCESSAR • A pessoa que preferencialmente usa o CANAL VISUAL, olhará para cima por uma fração de segundos. Contato ocular, olhará rápido pelo ambiente.

• A pessoa que preferencialmente usa o CANAL AUDITIVO, olhará para o lado, também por uma fração de segundos. Evita contato ocular. Postura em “telefone”.

• A pessoa que usa o CANAL CINESTÉSICO, olhará para baixo por uma fração de segundos. Quando estamos processando realidade e formando estruturas de experiência, damos mais

atenção, preferimos, somos mais sensíveis a um pedaço da experiência. A isso chamamos de SISTEMA SENSORIAL PREFERENCIAL.

Cada pessoa possui pelo menos um sistema sensorial preferencial. Você literalmente pode fechar seus olhos e ver claramente seu melhor amigo, porém encontra

dificuldade em sentir o cheiro de uma rosa, ou pode achar que é fácil ouvir a buzina de um carro, mas encontrará dificuldade em visualizar em sua mente a imagem do seu melhor amigo.

O sistema sensorial de cada um pode variar sutilmente ou dramaticamente. Algumas pessoas só conseguem fazer imagens mentais vagas e mal definidas, outras nem isso conseguem. Dessa forma, para alguns VER É NECESSÁRIO PARA CRER, OUTROS PRECISAM OUVIR PARA ACEITAR, ENQUANTO ALGUNS SÓ GOSTARÃO DE FAZER SE SENTIREM QUE ALGO É BOM.

As pessoas costumam “mostrar” seu sistema preferencial pelo modo como falam: • Eu não consigo me ver nessa situação; • Eu sigo ouvindo-o dizer sempre a mesma história; • Eu estou tentando enquadrar-me à situação, mas continuo me sentindo deprimido.

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Enquanto representam internamente informações, as pessoas movem seus olhos. Os movimentos dos olhos podem permitir que você saiba quando uma pessoa está representando interiormente seu mundo exterior. A representação interior do mundo exterior é o seu “MAPA” da realidade e o mapa de cada pessoa é único. EXS: Quando os olhos se baixam para a direita, a pessoa está tendo acesso à parte cinestésica de seu sistema representativo; Se os olhos vão para cima e para a esquerda, descobrirá que é capaz de lembrar rapidamente de uma informação desejada. 10.14– PECADOS MORTAIS COMETIDOS EM REUNIÕES

Erros que consomem o tempo em reuniões: • COMPAREÇA Á REUNIÃO, MESMO SEM CONHECER PREVIAMENTE A AGENDA - Esta receita é excelente para quem quer ouvir o que não deseja. A reunião começa e discute-se o orçamento do novo projeto de marketing,delibera-se sobre investimentos, fala-se da nova sede adquirida e no final você se levanta e diz para você mesmo: o que vim fazer aqui, se nenhum dos meus assuntos foi discutido?

• SÓ COMECE A REUNIÃO QUANDO TODOS CHEGAM - Esta receita penaliza àqueles que chegam no horário, premiando os atrasados. O segredo é começar a reunião no horário, com os presentes e não voltar a debater assuntos já vistos só porque alguém acabou de chegar.

• A AGENDA É APENAS UMA ORIENTAÇÃO, NÃO UM DOGMA - Este é o melhor atalho para transformar a reunião de trabalho numa reunião social. O orçamento é interrompido pelo futebol, chega-se ao final discutindo dez assuntos extras, deixando de lado assunto importante, que com certeza justificará outra reunião.

• MINHA MEMÓRIA É MEU FIEL COBRADOR - Não tomar notas e confiar exclusivamente na memória traz pelo menos dois inconvenientes: sobrecarga para sua memória com números, valores, datas e textos etc., e a responsabilidade de confiar exclusivamente nela, sem um só papel para conferir.

• CONVOQUE UMA REUNIÃO QUANDO UMA DECISÃO ENVOLVER MUITAS PESSOAS - Os especialistas não recomendam reuniões com mais de seis pessoas, pois isto aumenta as conversas paralelas, os assuntos não interessam a todos os presentes, as alçadas de decisão são diferentes. Talvez duas ou três reuniões menores tragam resultados.

• A REUNIÃO DEVE DURAR ATÉ O ASSUNTO SER ESGOTADO - Toda reunião deve ter horário de início e fim, pois o prazo determinado exercita o processo de avaliação e decisão, produzindo reuniões mais organizadas e objetivas.

• NÃO HÁ REGRAS A SEREM SEGUIDAS: AS REUNIÕES ACONTECEM NATURALMENTE - É acontece cada uma! Coloque uma bola no campo e apite: possivelmente alguém chutará, outro rebaterá com as mãos, outro sentará na bola. Como qualquer evento existem regras a serem seguidas.

• NUMA REUNIÃO TODOS PARTICIPAM DO COMEÇO AO FIM - Não há sentido em manter diversas pessoas sentadas por horas. Permita que elas entrem e se ausentem tão logo tenha dado a sua contribuição.

• TUDO DISCUTIDO, REUNIÃO ENCERRADA - Engano. Se uma reunião termina, uma ata da mesma deve resumir os tópicos discutidos: quem é o responsável porquê, que prazo tem para realizar a tarefa, como será cobrado. Só assim, a reunião está encerrada.

• VAMOS DECIDIR: CONVOQUE UMA REUNIÃO - Será que é necessário mesmo uma reunião? Muitas vezes tomamos decisões sem fazer reuniões. Colete dados e opiniões separadamente, analise e decida. Desencoraje reuniões desnecessárias e mantenha reuniões necessárias.

• CONVOQUE UMA REUNIÃO MESMO QUE VOCÊ JÁ TENHA OPINIÃO FORMADA E DECISÃO TOMADA SOBRE O ASSUNTO - É claro que existem reuniões informativas, mas os participantes devem saber disso antecipadamente, pois normalmente as reuniões que participamos são decisórias.

• O LOCAL NÃO É IMPORTANTE E SIM O QUE SERÁ DISCUTIDO - Uma sala adequada, especialmente destinada a reuniões com acesso controlado à porta. Ex: cartaz dizendo: EM REUNIÃO e sem telefonemas ou celulares interrompendo é ideal.

• PERMITA QUE AS SECRETÁRIAS TRANSFIRAM LIGAÇÕES PARA O LOCAL DA REUNIÃO - Evite interferências na reunião, só em caso de extrema urgência. Não permita que a secretária transfira ligações.

• DEIXE A SUA SECRETÁRIA ABRIR A PORTA E ANUNCIAR PARA TODOS - Sr.João, Sr.Paulo chama-no direto! Os executivos consultados confessam que este é o procedimento da maioria das secretárias. A solução é bastante simples: ela deve ser instruída para entrar no recinto, discretamente, com um bilhete dizendo quem chama, qual é o assunto, apresentá-lo, só após identificar que é urgente e que não dá para aguardar.

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• AS CONVERSAS PARALELAS DEVEM SER FEITAS COM BASTANTE DISCRIÇÃO - As conversas paralelas não devem ser feitas, pois significam uma total indelicadeza. Conversas paralelas dispersam e geram desinteresse entre os participantes.

• UMA AGENDA DE CONVOCAÇÃO E UMA ATA NO FINAL CONTRIBUEM PARA MAIS PAPEL E MAIS BUROCRACIA - É preciso acabar com a idéia de que qualquer papel adicional é aumento de burocracia. Uma ata concisa e bem feita, ao apontar o que foi decidido, quem é o responsável, quando e como será cobrado torna-se um instrumento de acompanhamento e controle, dispensando avisos, memorandos de “follow-up”.

• VAMOS COMER UM SANDUÍCHE E CONTINUAR A REUNIÃO, POIS NÃO VAI DAR PARA ALMOÇAR HOJE - Resultado: indigestão administrativa. Seu relógio orgânico não deve ser penalizado, porque seu relógio profissional está em descompasso, faça uma pausa para o almoço.

• SE O DIRETOR CHAMÁ-LO COM URGÊNCIA DURANTE UMA REUNIÃO, DIGA A TODOS: AGUARDEM, VOLTO JÁ! - Quarenta e cinco minutos depois sua secretária avisa que você vai demorar. Pense apenas isso: O que teria cada um dos seus subordinados produzido se os tivesse liberado logo que foi chamado?

• REUNIÕES NÃO NECESSITAM CONDUÇÃO NEM LIDERANÇA. AFINAL, SÃO TODOS ADULTOS E BONS PROFISISONAIS - A liderança na reunião é importante fator para o desenrolar da mesma, pois o líder coordena, modera e busca consenso.

• TEMOS COMETIDO TANTAS FALHAS EM REUNIÕES QUE RESOLVEMOS ACABAR COM ELAS DE VEZ - Nada de radicalismos. As reuniões existem porque têm valor para a administração das empresas na boa condução dos negócios.

10.15 - CHECK LIST DE UMA REUNIÃO

ANTES DA REUNIÃO • Número de participantes • Comunicação via e-mail ou telefone ou por correspondência a todos participantes • Local / Instalações:

Ar condicionado Mesas, cadeiras Banheiros

• Recursos audiovisuais: Multimídia, Data show, Telão

TV, Vídeo Fita de vídeo / CD Som 3 X 1 Banners Projetor de slides Microfone sem fio, microfone auricular Fleep-chart Quadro branco

• Material didático Material xerocado Crachá Pincel atômico caneta, lápis, clips, apontador, etc... Bloco para rascunho, pastas, papel sulfite

• Coffee-break – Horário estabelecido Água, suco, café, chá Canapés, salgadinhos, sanduíches

• Outros:

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11 - TÉCNICAS/DINÂMICAS DE GRUPO

Para as ações de treinamentos indiscutivelmente as Técnicas/Dinâmicas de Grupo são instrumentos, ferramentas apropriadas que facilitam o processo de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento, e que mais facilmente colocam os participantes pelo maior contato, descontração e envolvimento com o lúdico no clima e ambiente propício para o trabalho grupal. Elas servem: - Para levantar a prática: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem; - Para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo; - Para retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la; - Para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos. As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem autônomo, democrático e libertador porque permitem: a) Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão; b) Ampliar o conhecimento individual, coletivo enriquecendo o potencial de conhecimento; c) Possibilita a criação, formação, transformação e conhecimento, onde os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução. Uma técnica por si mesmo não é formativa, nem tem um caráter pedagógico. Para que uma técnica sirva como ferramenta educativa deve ser utilizada em função de temas específicos, com objetivos concretos e aplicados de acordo com os participantes com os quais esteja trabalhando.

11.1 - OS ELEMENTOS DE UMA DINÂMICA: Objetivos: Quem vai aplicar a dinâmica deve ter claro o quer alcançar. Materiais-recursos: Que ajudem na execução e na aplicação da dinâmica (TV, DVD, vídeo, som, papel, tinta, pencéis....) Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retropojetor, data show, slides, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes. Ambiente-clima: O local deve ser preparado de acordo, para que possibilite a aplicação da dinâmica (amplo, fechado, escuro, claro, forrado, coberto...), onde as pessoas consigam entrar no que está sendo proposto. Tempo determinado: Deve ter um tempo aproximado, com início, meio e fim. Passos: Deve-se ter clareza dos momentos necessários, para o seu desenvolvimento, que permitam chegar ao final de maneira gradual e clara. Número de participantes: Ajudará a ter uma previsão de material e do tempo para o desenvolvimento da dinâmica. Perguntas e conclusões: Que permita resgatar a experiência avaliando o que foi visto; os movimentos; o que aprendeu; o momento da síntese final, dos encaminhamentos, permite atitudes avaliativas e de encaminhamentos.

11.2 - TIPOS DE TÉCNICAS/DINÂMICAS: Dentre os tipos de Técnicas/Dinâmicas existentes as mais comuns são: Técnica Quebra Gelo: - Ajuda a tirar tensões do grupo, desinibindo as pessoas para a atividade que se pretende desenvolver; - Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem. - Resgata e trabalha as experiências de criança. - São recursos que quebram a seriedade do grupo a aproximam as pessoas.

Técnica de Apresentação: - Ajuda apresentar uns aos outros, possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso... Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas. - Exige diálogo verdadeiro, onde se partilha o que pode o que se quer. São as primeiras informações das pessoas para o grupo. - Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração.

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- O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhada que sejam utilizadas dinâmicas rápidas e de curta duração.

Técnica de Integração: - Permite analisar o comportamento pessoal e grupal. A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo. - Trabalha a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo. - Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação grupal e como nos vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar de indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações. - Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação.

Técnicas de Animação e Relaxamento: - Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, totalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo. - Estas técnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima grupal é muito frio e impessoal. - Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade. Não para preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.

Técnica de Capacitação: - Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação grupal. - Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, realidade que os rodeia. - Amplia a capacidade de escutar e observar. - Facilita e clareia as atitudes dos coordenadores/animadores para que orientem melhor o seu trabalho grupal, de forma mais clara e livre com os grupos. - Quando é proposto o tema/conteúdo principal da atividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas.

Exemplo de Dinâmica: O exemplo a seguir pode ser caracterizado como uma dinâmica de integração e, aplicada como um meio para o grupo se conhecer mais e se entender melhor. Individualmente cada participante deverá ter a sua ficha onde anotará tanto suas escolhas pessoais (pessoas que o acompanhará) como mediante entrevista de todos, os presentes, aquelas situações em que esteja incluso nas atividades dos colegas. Ao final da dinâmica se verificará em que atividades houve a maior quantidade das citações do seu nome. Feito isso o participante poderá analisar o seu perfil: como o grupo está vendo a sua pessoa; seu temperamento; motivação; humor etc., e estabelecer uma comparação com a última questão: se seu nome foi bastante escolhido coincidindo com as opções de atividades de sua resposta. Para a coordenação desta dinâmica são necessários alguns cuidados: expor demasiadamente os participantes; destacar em excesso aqueles que tiveram poucas escolhas; exaltar características que tenham caráter conflitivo etc. Para esta dinâmica poderão ser dados outros encaminhamentos tanto no sentido do seu processamento como atribuídas outras significações para os seus quesitos e levantamentos, ficando à critério do coordenador escolher a que resultados finais pretende chegar.

QUEM VOCÊ ESCOLHERIA NESTE GRUPO PARA: Nº ATIVIDADES NOMES Nº ESCOLHAS 1 Ir a uma festa 2 Fazer uma viagem para Porto Seguro-BA 3 Ir a um cerimonial místico 4 Fazer um trabalho 5 Fazer uma viagem para um lugar exótico 6 Pedir ajuda em um momento difícil 7 Confiar um segredo 8 Animar o grupo 9 Fazer um trabalho criativo 10 Cantar uma música Você só pode optar por duas das atividades acima. Quais, você escolheria? _____________________

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12 - DESENVOLVENDO O MARKETING PESSOAL

Vimos dicas importantíssimas para um bom crescimento pessoal em toda a extensão deste apostilado, porém ainda convém estar atento para a situação de que se você não possuir um bom marketing pessoal, corre o risco de outros passarem na sua frente. Mas o que é isso? Muitas pessoas têm o hábito de falar que fizeram isso ou fizeram aquilo, que fecharam projetos aqui ou acolá, que desenvolveram a solução X ou Y e que a empresa ganhou milhões por causa dela.

Pessoas que têm tal hábito sabem fazer marketing pessoal? Dada a correria do dia-a-dia e as demais preocupações, a tendência é respondermos “sim”, mesmo porque pessoas que fazem tais coisas, geralmente são pessoas com grande carisma. Bem, então isso é marketing pessoal? Pode ser qualquer coisa, menos marketing pessoal. Algumas pessoas, inclusive, chamam isso de “publicidade pessoal” – a própria pessoa falando bem dela mesma – qual o nível de credibilidade que isso gera? Quando falamos em “publicidade” nos referimos à venda de um produto ou serviço e quando falamos em “marketing”, nos referimos à criação de uma imagem, de uma marca que possui inúmeros benefícios agregados. E para criarmos essa imagem, o que devemos fazer? Abaixo seguem algumas dicas: 1. Suas ações, suas atitudes e o seu comportamento “falam” mais sobre você, do que 1.000 palavras. As pessoas reparam nas nossas falhas e nos nossos acertos, por isso aja sempre com profissionalismo e com ética. 2. Seja educado. Cumprimente todas as pessoas que trabalham com você. Não importa se é o presidente ou a copeira, trate todos com profissionalismo e com educação. Se você for o presidente ou o dono da empresa, trate todos os seus funcionários sem distinção. 3. Dentro das suas possibilidades, procure ajudar as pessoas. Mesmo que elas não peçam, tenha a atitude de se colocar à disposição. Não espere nada em troco, ajude pelo prazer de ajudar. 4. Treine a sua fala. Está provado cientificamente que as pessoas que possuem maior facilidade de comunicação alcançam maiores vitórias. Neste ponto, um curso de oratória poderá ajudar 5. Tenha sempre um breve “discurso” de apresentação pessoal. Esse “discurso” não deve ultrapassar 15 segundos de duração – nesse tempo você deve apresentar os seus maiores diferenciais, enquanto profissional. Nota: Lembre-se que você não deve sair por aí falando gratuitamente de você mesmo, no dia-a-dia o que vale são suas atitudes. Esse “discurso” deve ser usado somente se alguém perguntar. 6. Lembre-se que você não tem “credibilidade” para falar sobre si mesmo, portanto, você deve inspirar outras pessoas a falarem bem de você. 7. Vista-se bem! Veja, vestir-se é completamente diferente de usar terno num churrasco, por exemplo. Você deve estar alinhado com cada local e cada situação. “Elegância” é a palavra-chave e, para ser elegante, o mais correto é ser discreto. Não precisa usar roupas ou acessórios de marca, basta que as roupas estejam bem passadas, os sapatos sempre engraxados e os acessórios, sem exageros. 8. Mantenha uma ótima aparência. Cabelos cortados, barba feita e unhas bem aparadas/pintadas, além de mais elegante, significam que você cuida da sua higiene. 9. Cuide da sua saúde. Neste quesito é importante cuidar da alimentação, assim como praticar algum esporte. Procure um bom nutricionista e uma boa academia. Além de uma aparência bem mais saudável, você terá energia de sobra para enfrentar o dia-a-dia – esse é o ponto principal! 10. Desenvolva o intelecto. Leia bastante. Esteja informado sobre tudo que acontece no mundo e ao seu redor. Saiba conversar (mesmo que superficialmente) sobre todos os assuntos. Nunca fique completamente alienado.

Enfim, tenha em mente que você, através de sua imagem, estará criando possibilidades, abrindo portas e ganhando o respeito das outras pessoas. O sucesso é composto por vários detalhes. Preste muita atenção em cada um deles. Não importam quais sejam seus sonhos. O que importa é sua decisão de realizá-los. Siga estas dicas. Elas farão bem para você e para as pessoas de seu convívio. Você verá que pode fazer a diferença, mesmo quando nos querem provar o contrário.

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13- ATIVIDADES

13.1- PLANO DE AÇÃO - SIPAT-Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Empresa: FUNDIÇÃO PAIS, FILHOS & NETOS LTDA. Endereço: Rua Apinagés, 930 – Jardim Industrial – 89900-000 – Londrina – PR – CNPJ: 56.988.857;0001-03 Tarefa: Construir um Plano de Ação, onde se dará a realização de uma SIPAT (na empresa acima citada), no período de 21 a 25 de maio do ano em curso. No Plano (para os 05 dias do evento) deverão constar todos os itens necessários, dentre eles: Tema Geral com os respectivos sub temas, organização de assuntos, carga horária, programação, encaminhamentos, orçamento, responsáveis, etc. Deverão ainda providenciar: - Ata de reunião do Setor de Segurança com a Direção da empresa para a exposição do Plano de Ação; - Procuração do Diretor Geral da empresa conferindo poderes ao Técnico em Segurança para a tomada de decisões nos encaminhamentos de atividades e tarefas necessárias para a realização da SIPAT (exceto naquilo que se refira aos gastos que deverão ser aprovados pela Direção). - Releases para divulgação em veículos de comunicação da região (um jornal e uma rádio); - Cartas aos respectivos veículos de comunicação solicitando divulgações dos releases; - Cartas convites para representantes ou técnicos de empresas fornecedoras e clientes potenciais; (cartas para dois fornecedores e dois clientes); - Requerimento de local para a realização das atividades; (podendo ser para escolas, clubes sociais, associações etc.); - Memorando para pelo menos dois departamentos ou setores solicitando a liberação de dois funcionários (cada) visando ajuda na limpeza e organização do local onde acontecerá o evento; - E-mail para pelo menos 3 departamentos ou setores solicitando a seus Chefes motivar os funcionários para participarem da SIPAT; - Circular comunicando aos funcionários da empresa da necessidade da participação de todos no evento; - Elaboração de um modelo de certificado de participação para os funcionários que se fizerem presentes na SIPAT; - Recibo de pagamento de locação de um data show; OBS: A equipe de no máximo cinco integrantes deve estar preparada para a exposição oral do Plano de Ação e poderá usar dos recursos que achar conveniente para melhor demonstrar sua proposta. No grupo deverá ser nominado o Diretor Geral da empresa, um Técnico em Segurança do Trabalho e três Chefes de Setores. Os demais nomes poderão ser inventados pela equipe. Além do Plano de Ação e das peças citadas acima a equipe deverá entregar o esboço, rascunho das questões implementadas e respondidas pelo grupo para a montagem do Plano de Ação. 13.2- PALESTRA/DISCURSO Construir uma atividade de conscientização (Palestra/Discurso) com duração de 05 (cinco) a 08 (oito) minutos, onde a sua frase (dica de segurança entregue pelo professor) será a motivação e o centro do seu trabalho. A frase deverá impreterivelmente ser destacada durante a atividade de apresentação do tema, exatamente como se apresenta e de forma enriquecida com os conteúdos por você produzidos. Para enriquecimento da sua apresentação (que será filmada) você poderá recorrer à melhor estratégia e recurso que achar conveniente, sabendo que não poderá desenvolver algo diferente de uma Palestra ou Discurso. OBS: Para entregar ao professor deverão ser produzidos dois subsídios: um que será o esquema do tema (frase) que será exposto durante a apresentação de sua atividade e outro um texto que poderá ser publicado tanto em um informativo da empresa, jornal da região ou na forma de cartilha conscientizando os trabalhadores sobre o assunto que lhe foi proposto.

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13.3- ESTUDO DE CASO Luiz Tamini estava preocupado com que Pedro Mendonça estava relatando pela manhã.

Mendonça, Gerente de Vendas, dizia que as faturas emitidas a partir da implantação do novo sistema de cobrança, há duas semanas estavam erradas e o prejuízo para a INELP seria imenso, afetando a credibilidade da empresa junto ao público.

Tamini, Diretor de Marketing, e seu subordinado Pedro trabalham na Indústria Elétrica Lourenço Paiva (INELP), cujo Presidente é Lourenço Paiva Júnior, filho do fundador. O pai hoje só tem assento no Conselho, e seu filho de 35 anos é quem de fato conduz a empresa, juntamente com seu cunhado Jonas Souza, diretor de Produção e casado com a filha mais velha do fundador.

A INELP fabrica componentes elétricos e eletrônicos para todo o País, através de revendedores autorizados. Ela vende diretamente apenas para uma grande indústria automobilística e para grandes fabricantes que utilizam seus componentes na montagem de equipamentos. Está instalada no Rio de Janeiro, possui fortes escritório de vendas em São Paulo e escritórios menores em Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Campinas. Emprega aproximadamente 600 colaboradores e atua no mercado de tecnologia apurada e de grande competitividade, tendo construído seu nome no passado principalmente pela qualidade e confiabilidade dos produtos que fabricava.

Contudo, seu comportamento conservador e pouco agressivo em marketing permitiu o surgimento de forte concorrência, e a entrada de Tamini , um jovem de 33 anos, faz parte de uma estratégia destinada a recuperar o antigo prestígio e liderança do setor.

Assim, justifica-se a preocupação com a falha ocorrida, e Tamini decidiu comunicá-la a Júnior. Dirigiu-se à sala do presidente, que se encontrava conversando com Augusto Mello, Gerente Financeiro, de 62 anos, que trabalha na empresa desde a sua fundação, há 40 anos. Comunicou o ocorrido, e Júnior imediatamente sentenciou:

PRECISAMOS CONVOCAR UMA REUNIÃO URGENTE!

Perguntas: 1- O procedimento de Tamini foi correto? Justifique: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2- Uma reunião seria a melhor forma de resolver o problema? Por que? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3-Quem deveria participar da reunião, caso ela fosse convocada? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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13.4 – DESCOBRINDO QUEM É VOCÊ

Você sabe quanto do seu potencial de sucesso você está utilizando? Então de acordo com a tabela abaixo, dê notas de 1 a 5 para as vinte afirmações que apresentamos a seguir.

As notas para você escolher: 1-Nunca 2-Raramente 3-Às vezes 4-Quase sempre 5-Sempre

AFIRMAÇÕES POSITIVAS

1 –( ) Eu sou uma pessoa popular 2 –( ) Eu sou inteligente 3 –( ) Meu foco está mais na solução do que no problema 4 –( ) Eu sou responsável pelos meus atos 5 –( ) Eu sou bom anfitrião 6 –( ) Eu sei o que eu quero 7 –( ) Eu sou uma pessoa agradável 8 –( ) Eu sou um bom profissional 9 –( ) Eu tenho sorte 10 –( ) Eu sou persistente

AFIRMAÇÕES NEGATIVAS

1 –( ) Eu não me acho capaz 2 –( ) Eu tenho dificuldades de falar em público 3 –( ) Eu tenho memória ruim 4 –( ) Eu me sinto culpado 5 –( ) Eu sou infeliz 6 –( ) Eu me preocupo com a opinião dos outros a meu respeito 7 –( ) Eu sou temperamental 8 –( ) Eu sou tímido 9 –( ) Eu sou pouco sofisticado 10 –( ) Eu me sinto estúpido

Total de pontos positivos ( ) x 2 = _______ Total de pontos negativos ( ) x 2 = _______

Subtraia do produto do total de pontos positivos o produto do total de pontos negativos. O resultado é a porcentagem de sucesso que você está utilizando do seu potencial. Ex.: Respostas positivas = 42 pontos, vezes 2, igual a 84. Respostas negativas = 24 pontos, vezes 2, igual a 48. 84 – 48 = 36, logo 36% é o potencial de sucesso utilizado.

0% - Quadro comprometedor para quem está nele. Há a tendência de na velhice se isolar e sofrer graves bloqueios.

1% a 25% - Gasta o tempo sofrendo por antecedência. Tem medo do novo, do questionamento.

26% a 45% - Se questionam muito, se sentem alvo. Tem dificuldades de se desenvolver para o sucesso. São questionadores do seu eu.

46% a 65% - São mais ousados, erram sem medo do erro e de recomeçar. Possui facilidade em assumir cargos.

66% a 85% - São extremamente ousadas. Não alcançam esta marca os que não querem correr riscos.

86% a 100% - Estes estão no ápice. Tem total controle de seus atos, e sabem que só acertam os que não possuem medo dos erros.

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13.5 – DESCOBRINDO SEUS ELEMENTOS DE QUALIFICAÇÃO E ATRIBUTOS DE EMPREGABILIDADE Ao fazer auto-avaliação abaixo, escolha a opção que mais lhe apropriar a respeito de sua própria personalidade, obedecendo aos seguintes critérios: (1) para Regular (2) para Bom (3) para Ótimo (4) para Excelente COMPETÊNCIAS ( ) Capacidade de estabelecer “network” (trabalho em grupo) ( ) Concentração criativa ( ) Domínio de línguas estrangeiras ( ) Multifuncionalidade ( ) Versatilidade ( ) Visão de conjunto e longo prazo ( ) História profissional ( ) Capacidade de mudar ( ) Capacidade de lidar sob pressão ( ) Capacidade de lidar com ambigüidades ( ) Capacidade de lidar com conhecimentos acumulados ( ) Capacidade de implementar ( ) Capacidade de equilibrar a vida pessoal com a profissional/acadêmica ( ) Leitura ( ) Banho internacional ATITUDES ( ) Disposição para correr risco ( ) Curiosidade e inquietação ( ) Abertura intelectual ( ) Agressividade positiva ( ) Segurança: não ter medo de perder a cadeira/oportunidade ( ) Relação adulto/adulto ( ) Habilidade de perceber e lidar com pessoas ( ) Disposição tanto para ser estrela como para carregar piano ( ) Jogar em equipe: conseguir trabalhar com pessoas de pontos de vista diferentes ( ) “Drive” energia ( ) Flexibilidade ( ) Adaptabilidade ( ) Comunicabilidade ( ) Capacidade de aprender ( ) Habilidade para o encontro de alternativas/soluções Total da soma de pontos _____________ . Confira abaixo sua classificação

De 0 a 29 pontos – Urgente necessidade de aprimorar (perigo!!!).

De 30 a 58 pontos – É uma posição mediana: sem garantias de colocação no mercado de trabalho

De 59 a 88 pontos – Sua visão e planejamento começam a atingir os requerimentos solicitados pelo mercado

De 89 a 116 pontos – Você está posicionado para atuar com competência. É preciso manter a atualização ora alcançada.

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13.6 – DESCOBRINDO SUA CAPACIDADE DE MEMÓRIA Ao fazer a auto-avaliação abaixo, marque a opção que mais lhe apropriar a respeito de sua capacidade de memória, obedecendo aos seguintes critérios: (1) Raramente (2) Às vezes (3) Com freqüência (4) Nunca 1) Você se esquece de... 1 2 3 4

... compromissos

... pagar contar

... levar suas coisas com você

... objetos pessoais em lugares públicos

... dar recados

... o caminho para chegar a lugares conhecidos

... itens da rotina diária, como higiene bucal ou banho

... atividades de manutenção da casa, como tirar o lixo, lavar louça e arrumar as camas

... desligar ou ligar utensílios domésticos, como ferro elétrico, forno

... comprar certas coisas no supermercado

... fazer tarefas em determinado lugar

... nomes de pessoas

... números de telefones

... endereços

... nomes de lugares familiares

... ocasiões especiais, como aniversários e festas

... conversas

... acontecimentos recentes, como onde jantou ontem e o que comeu no almoço

... onde guardou seus pertences

... onde as coisas são guardadas habitualmente

2) Durante uma conversa você... 1 2 3 4

... sabe a palavra que quer dizer mas não é capaz de lembrar-se

... conta uma história ou piada que já contou antes

... esquece o que acabou de dizer, perguntando: “O que eu estava falando, mesmo?”

... esquece detalhes importantes, formando confusas narrativas

3) Você tem dificuldade de... 1 2 3 4 ... aprender coisas novas, como regras de um jogo ou as instruções de uso de novos aparelhos eletrônicos ... localizar-se em lugares conhecidos ... retomar o que estava fazendo antes de ser interrompido

AVALIAÇÃO:

- Se RARAMENTE foi que mais apareceu nas suas respostas, fique descansado. Sua memória trabalha bem.

- Se você respondeu ÀS VEZES para metade das perguntas, suas falhas de memória são circunstanciais e não crônicas. Ainda não há motivo de preocupações.

- Se COM FREQÜÊNCIA foi o que você mais respondeu, é hora de pensar numa ajuda especializada.

- Se você assinalou SEMPRE em 70% das respostas converse com seu médico e procure tratamento.

(*) Teste retirado do livro “Deu Branco”, de Ana Maria Maaz Acosta Alvarez. Ele não substitui a avaliação médica pessoal.

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13.7 – QUAL É O SEU TIPO DE INTELIGÊNCIA?

Leia cada frase. Se ela expressa alguma de suas características e parece verdadeira, marque-a com “V”, caso contrário “F”. Em dúvida deixe-a em branco. ( ) 1. Prefiro desenhar um mapa a dar instruções verbais a alguém.

( ) 2. Se estou furioso ou feliz, normalmente sei o por quê.

( ) 3. Sei tocar (ou costumava tocar) um instrumento musical.

( ) 4. Posso associar a música com meus humores.

( ) 5. Posso somar ou multiplicar rapidamente de cabeça.

( ) 6. Posso ajudar um amigo a lidar com sentimentos fortes, porque lido satisfatoriamente com meus próprios sentimentos similares.

( ) 7. Gosto de trabalhar com calculadoras e/ou computadores.

( ) 8. Aprendo rapidamente novos passos de dança.

( ) 9. Tenho facilidade para dizer o que penso numa discussão ou debate.

( ) 10. Gosto de uma boa aula, de um discurso ou sermão.

( ) 11. Sempre sei onde está o norte e o sul, não importando onde esteja.

( ) 12. Gosto de reunir grupos de pessoas para festas ou eventos especiais.

( ) 13. A vida parece vazia sem música.

( ) 14. Sempre compreendo os desenhos que acompanham novas ferramentas ou equipamentos.

( ) 15. Gosto de montar quebra-cabeças e jogar.

( ) 16. Aprender a andar de bicicleta (ou patins) foi fácil.

( ) 17. Fico irritado quando ouço um argumento ou uma afirmação que parecem ilógicos.

( ) 18. Posso convencer outras pessoas a seguir meus planos.

( ) 19. Tenho boa coordenação e senso de equilíbrio.

( ) 20. Nunca tive grandes problemas com a disciplina de Matemática.

( ) 21. Gosto de construir modelos (ou esculpir).

( ) 22. Tenho facilidade em aprender outras linguas.

( ) 23. Posso olhar para um objeto e visualizá-lo de cabeça para baixo, ou em outra posição, com a mesma facilidade.

( ) 24. Sempre relaciono uma peça musical com algum evento de minha vida.

( ) 25. Gosto de trabalhar com números e valores.

( ) 26. Gosto de ficar sentado, quieto, refletindo sobre meus sentimentos.

( ) 27. Gosto de apreciar o formato e a estrutura dos prédios.

( ) 28. Gosto de cantarolar, assobiar e cantar no chuveiro, quando estou sozinho.

( ) 29. Sou bom em atletismo.

( ) 30. Gosto de escrever cartas detalhadas para os amigos.

( ) 31. Normalmente tenho consciência da expressão de meu rosto.

( ) 32. Sou sensível à expressão facial de outras pessoas.

( ) 33. Mantenho “contato” com meus humores. Não tenho dificuldade para identificá-los.

( ) 34. Sou sensível aos humores alheios.

( ) 35. Tenho uma boa percepção do que os outros pensam a meu respeito.

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PONTUAÇÃO Cada item que marcou com um V de verdadeiro. Acrescente seus totais. Um total de quatro em qualquer uma das categorias indica forte habilidade.

A B C D E F G

9 5 1 8 3 2 12

10 7 11 16 4 6 18

17 15 14 19 13 26 32

22 20 23 21 24 31 34

30 25 27 29 28 33 35

TOTAL

A = Inteligência Lingüística

B = Inteligência Lógica-Matemática

C = Inteligência Espacial

D = Inteligência Cinestésica-Corporal

E = Inteligência Musical

F = Inteligência Intrapessoal

G = Inteligência Interpessoal

SETE INTELIGÊNCIAS DISTINTAS

Lingüística - Caracteriza muitos escritores, debatedores e aqueles que aprendem idiomas estrangeiros com facilidade.

Musical - Caracteriza os que compõem ou executam músicas.

Lógica-Matemática - Caracteriza os matemáticos, cientistas e lógicos.

Espacial - Típica dos jogadores de xadrez, navegadores, artistas e certos tipos de cientistas.

Corporal-Cinestésica - Caracteriza dançarinos, atletas e certos tipos de inventores.

Intrapessoal - Caracteriza aqueles que têm uma compreensão poderosa e independente da própria vida emocional; certos tipos de escritores e poetas, terapeutas e idosos.

Interpessoal - Característica dos que percebem e sentem empatia pela vida emocional de outros indivíduos: políticos e líderes religiosos, professores e aqueles que atuam em profissões de ajuda.

Em Frames of Mind, Howard Gardner explora a teoria das “múltiplas inteligências”, definindo sete principais “inteligências”.

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13.8 – AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO PESSOAL ENTRE TAREFA E PROCESSO

Cada indivíduo tem sua própria orientação em relação à tarefa e ao processo. Responda às perguntas seguintes para identificar sua própria orientação. Lembre-se de que não existe resposta certa.

Baseie suas respostas no modo como prefere trabalhar ou que lhe é mais natural. Classifique as afirmações a e b de zero a cinco. Quanto maior a classificação, mais forte é a sua preferência. Ambas as afirmações devem somar até cinco pontos em qualquer combinação. Dê a cada alternativa apenas números inteiros.

1. a) Para repor as energias, prefiro passar algum tempo sozinho. ( ) b) Para repor as energias, prefiro estar em ação com outras pessoas. ( )

2. a) Nas reuniões, meu enfoque recai sobre a informação que está sendo discutida. ( ) b) Nas reuniões fico muito atento às reações e à linguagem corporal das pessoas ( )

3. a) Prefiro me concentrar na teoria. ( ) b) Prefiro me concentrar na aplicação da tarefa. ( )

4. a) Prefiro fazer. ( ) b) Prefiro pensar. ( )

5. a) Esforço para concluir os assuntos. ( ) b) Permito que as conclusões aconteçam quando o grupo está pronto para faze-las.( )

6. a) Tenho minhas melhores idéias em brainstormings ( ) b) Tenho minhas melhores idéias quando reflito sozinho.( )

7. a) Gosto de ser reconhecido por minha capacidade de pensar de forma crítica. ( ) b) Gosto de ser reconhecido por minha empatia. ( )

8. a) Julgo satisfatório desenvolver metas e objetivos. ( ) b) Julgo satisfatório trabalhar a partir de missões, visões e declaração de valor. ( )

9. a) Prefiro resolver problemas passo à passo. ( ) b) Prefiro resolver problemas em brainstormings, discutindo soluções. ( ) 10. a) Prefiro saber quais são as expectativas. ( ) b) Prefiro lidar com o inesperado. ( )

11.a) Resolvo problemas a partir de experiências e das orientações de outras pessoas.( ) b) Resolvo problemas com base em minha própria experiência. ( )

12. a) Sou influenciado por pessoas inspiradas, motivadas, que falam com emoção. ( ) b) Sou influenciado por pessoas que apresentam suas argumentações racionalmente, apoiadas em exemplos ou

dados concretos. ( )

13. a) Quando enfrento um problema, minha primeira reação é analisá-lo, bem como suas causas e implicações. ( ) b) Quando enfrento um problema, minha primeira reação é encontrar soluções. ( )

14. a) Prefiro ser reconhecido por minha criatividade. ( ) b) Prefiro ser reconhecido por meu pensamento lógico. ( )

15. a) Tenho facilidade em compreender o ponto de vista de outras pessoas. ( ) b) Tenho opiniões sólidas sobre o que é certo e errado; sobre o que vai ou não funcionar.( )

16. a) Prefiro trabalhar questões e problemas individualmente e depois passar adiante minha opinião. ( ) b) Prefiro trabalhar questões e problemas em grupo. ( )

17. a) Busco a melhor solução, mesmo quando não tenho apoio de ninguém. ( ) b) Busco a solução que possa ser mais bem apoiada pelo grupo. ( )

18. a) Leio muito. ( ) b) Leio o material pertinente à minha atividade/área de especialização. ( )

19. a) Prefiro tentar coisas novas. ( ) b) Prefiro usar métodos que já funcionaram antes. ( )

20. a) Prefiro coletar e considerar com cuidado todas as informações antes de tomar decisões ( ) b) Prefiro tomar decisões rapidamente, com base nas informações que estiverem nas mãos ( )

21.a) Raramente compartilho informações sobre aquilo que estou executando, a não ser que sou indagado. ( ) b) Gosto de compartilhar informações acerca do que estou executando e busco oportunidades para fazer isso. ( )

22. a) Tomo decisões com base em minhas próprias convicções e sentimentos. ( ) b) Tomo decisões com base em fatos e números. ( )

23. a) Prefiro me concentrar nos detalhes. ( ) b) Prefiro me concentrar na idéia. ( )

24. a) Prefiro pensar naquilo que poderia vir a acontecer. ( ) b) Prefiro lidar com aquilo como está. ( )

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25. a) Prefiro trabalhar a planejar. ( ) b) Prefiro trabalhar de acordo com as necessidades à medida que elas vão surgindo. ( )

26. a) Gosto de conversar com as pessoas sobre minhas experiências e sucessos. ( ) b) Nas conversas, prefiro falar sobre os outros do que sobre mim mesmo. ( ) 27. a) Julgo as pessoas Poe suas intenções. ( ) b) Julgo as pessoas pelos resultados que produzem. ( )

28. a) Gosto das responsabilidades que exigem atenção aos detalhes. ( ) b) Acho entediante lidar com detalhes. ( )

29. a) Minhas decisões são fortemente influenciadas por fatos e números. ( ) b) Minhas decisões são fortemente baseadas em meu senso sobre o que é melhor. ( )

30. a) Gosto de me ater à pauta. ( ) b) Prefiro usar pautas como orientações gerais, que podem ser modificadas quando necessário. ( )

RESULTADO DA AVALIÇÃO DO EQUILÍBRIO PESSOAL ENTRE TAREFA E PROCESSO

Independente Interativo Objetivo Sensível Visão Interna Visão Ampla Lógico Intuitivo 1. a) 1. b) 2. a) 2. b) 3. b) 3. a) 4. a) 4. b) 6. b) 6. a) 7. a) 7. b) 8. a) 8. b) 9. a) 9. b) 11. b) 11. a) 12. b) 12. a) 13. b) 13. a) 14. b) 14. a) 16. a) 16. b) 17. a) 17. b) 18. b) 18. a) 19. b) 19. a) 21. a) 21. b) 22. b) 22. a) 23. a) 23. b) 24. b) 24. a) 26. b) 26. a) 27. b) 27. a) 28. a) 28. b) 29. a) 29. b) TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL

Transfira seus totais para o quadro abaixo que mostra o perfil do equilíbrio a seguir:

Convergente Divergente TAREFA Pontos PROCESSO Pontos 5. a) 5. b) Independente Interativo 10. a) 10. b) Objetivo Sensível 15. b) 15. a) Visão Interna Visão Ampla 20. b) 20. a) Lógico Intuitivo 25. a) 25. b) Convergente Divergente 30. a) 30. b) TOTAL TOTAL

TOTAL TOTAL Interpretação

O perfil das pessoas descreve o estilo individual mais natural. Se o pólo de uma das dimensões domina, a pessoa leva à empresa uma energia particular nessa área dominante. Energia demais em um dos pólos, entretanto, resulta na fraqueza do pólo oposto, o que pode prejudicar o funcionário e a organização. Nem todas as características apresentadas sob cada pólo nas descrições das dimensões serão aplicadas, a não ser que a pessoa favoreça fortemente aquele pólo. Médias parciais

Se a média dos pontos para cada pólo de uma das dimensões varia de 14 a 16, a pessoa provavelmente pode trabalhar confortavelmente em todas as dimensões e mover-se entre os pólos de maneira apropriada.

Médias iguais ou maiores a 17 pontos indicam que há preferência por um determinado pólo. Essa preferência indica o modo como a pessoa trabalha confortavelmente e, portanto, com maior facilidade. Isso Não significa que ela seja incapaz de demonstrar características de outro pólo; no entanto, provavelmente deverá ser lembrado por isso. Quanto maior a diferença entre as médias dos dois pólos de uma dimensão (independente e interativo, por exemplo), maior a dificuldade em demonstrar os comportamentos associados ao pólo mais fraco. Resultados Totais Uma média de 80 pontos ou mais na tarefa sugere uma pessoa orientada à tarefa. 80 pontos ou mais no processo sugere uma pessoa orientada ao processo. Uma média que varie de 70 pontos na tarefa a 80 pontos no processo, ou 80 pontos na tarefa e 70 pontos no processo, indica que a pessoa é uma sintetizadora, que se movimenta à vontade e de maneira adequada entre a tarefa e o processo. Os sintetizadores correspondem às expectativas do novo mundo de trabalho mais facilmente do que os outros.

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13.9 – ESTILOS DE RELACIONAMENTO

Orientação: Assinale uma característica, por linha, que melhor descreva suas posturas ou comportamentos. Não há resposta certa ou errada. Responda rápida e sinceramente, para que o teste reflita exatamente sua percepção a respeito do seu real estilo de relacionamento.

1. Firme 1. Conformado 1. Suscetível 1. Amigo 2. Espontâneo 2. Apoiador 2. Gosta dos “por quês” 2. Analítico 3. Envolvido 3. Sistemático 3. Direto 3. Explorador 4. Teimoso 4. Ditatorial 4. Rebelde 4. Depressivo 5. Exigente 5. Manipulador 5. Não Cooperador 5. Calado 6. Articulado 6. Criativo 6. Convicto 6. Autoritário 7. Cauteloso 7. Afetuoso 7. Harmonioso 7. Ativo 8. Prestativo 8. Falador 8. Consistente 8. Pacífico 9. Convincente 9. Agressivo 9. Disciplinado 9. Possessivo 10. Audacioso 10. Sonhador 10. Obediente 10. Participante 11. Lógico 11. Satisfeito 11. Amistoso 11. Audacioso 12. Ambicioso 12. Imaginativo 12. Preciso 12. Popular 13. Reservado 13. Inovador 13. Incisivo 13. Otimista 14. Poder 14. Trabalho em Equipe 14. Individualista 14. Conservador 15. Falante 15. Irrequieto 15. Atento 15. Modesto 16. Líder 16. Conselheiro 16. Projetista 16. Regulador 17. Metódico 17. “Workaholic” 17. Colaborador 17. Auto-dirigido 18. Trabalhador 18. Detalhista 18. Mentalmente 18. Otimista 19. Tarefa 19. Pessoas 19. Idéias 19. Resultados 20. Emocional 20. Flexível 20. Busca reconhecimento 20. Preciso 21. Imitável 21. Rígido 21. Ressentido 21. Perfeccionista 22. Indireto 22. Franco 22. Cuidadoso 22. Exato 23. Tem sorte 23. Disponível 23. Voltado a projetos 23. Competente 24. Apressado 24. Gosta de elogiar 24. Humor “seco” 24. Discreto 25. Observa pessoas 25. Determinado 25. Sensível 25. Intimidador 26. Cauteloso nas amizades 26. Entusiástico 26. Auto-confiante 26. Minucioso 27. Arrumado e limpo 27. Sempre bem 27. “Paz e amor” 27. Sempre certo

Tabulação 1. Vermelho 1. Verde 1. Amarelo 1. Azul 2. Vermelho 2. Azul 2. Amarelo 2. Verde 3. Azul 3. Verde 3. Vermelho 3. Amarelo 4. Verde 4. Vermelho 4. Azul 4. Amarelo 5. Vermelho 5. Azul 5. Verde 5. Amarelo 6. Azul 6. Amarelo 6. Verde 6. Vermelho 7. Verde 7. Amarelo 7. Azul 7. Vermelho 8. Azul 8. Vermelho 8. Verde 8. Amarelo 9. Azul 9. Vermelho 9. Verde 9. Amarelo 10. Vermelho 10. Amarelo 10. Verde 10. Azul 11. Verde 11. Amarelo 11. Azul 11. Vermelho 12. Vermelho 12. Amarelo 12. Verde 12. Azul 13. Verde 13. Amarelo 13. Vermelho 13. Azul 14. Vermelho 14. Amarelo 14. Azul 14. Verde 15. Azul 15. Vermelho 15. Verde 15. Amarelo 16. Vermelho 16. Azul 16. Amarelo 16. Verde 17. Verde 17. Vermelho 17. Azul 17. Amarelo 18. Vermelho 18. Verde 18. Amarelo 18. Azul 19. Verde 19. Azul 19. Amarelo 19. Vermelho 20. Amarelo 20. Azul 20. Vermelho 20. Verde 21. Vermelho 21. Verde 21. Amarelo 21. Azul 22. Azul 22. Vermelho 22. Amarelo 22. Verde 23. Vermelho 23. Azul 23. Amarelo 23. Verde 24. Vermelho 24. Azul 24. Amarelo 24. Verde 25. Amarelo 25. Vermelho 25. Azul 25. Verde 26. Amarelo 26. Azul 26. Vermelho 26. Verde 27. Verde 27. Azul 27. Amarelo 27. Vermelho

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TOTAIS VERMELHO: AMARELO: AZUL: VERDE: ESTILO PREDOMINANTE ESTILO MENOS PREDOMINANTE

INTERPRETAÇÃO TÓPICOS P/ANÁLISE VERMELHO AZUL VERDE AMARELO

Estereótipo Obstinado (trator) Harmonioso (tudo

bem...) Sistemático (rabugento) Original (sonhador)

Valor Utilidade Aceitação Estabilidade Ser único Base Tarefa – falar Pessoas – falar Tarefa – perguntar Pessoas – perguntar

Palavras-chave Firme, espontâneo, líder, irrequieto, ambicioso

Prestativo, apoiador, colaborador, popular,

flexível

Lógico, analítico, disciplinado, resistente,

detalhista, rígido

Pacífico, suscetível, sonhador, cauteloso,

criativo Foco Ação Relacionamento Pensamento Intuição Causa de stress Indecisão Agressividade Instabilidade Monotonia Sob pressão Ditador Submisso Sarcástico Bloqueado Força Lutador Cooperador Estruturado Imaginativo Fraqueza Dominador Procrastinar, adiar Indecisão Impulsividade

Ação para crescer Escutar, ser humilde Ter iniciativa, brigar

mais Posicionar-se, declarar

Checar, estruturar informações

AVALIANDO A INTENSIDADE DO ESTILO DE RELACIONAMENTO

Hachure a área interna de cada coluna até a quantidade de pontos atribuída para cada estilo. Pontos VERMELHO - Obstinado AZUL - Harmonioso VERDE - Sistemático AMARELO - Original 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01

INTERPRETAÇÃO

PONTOS UTILIZAÇÃO DO ESTILO

Até 5 Acentuada resistência ao estilo. Demonstra dificuldade de relacionar-se com pessoas que adotam esse estilo.

6 a 10 Consegue conviver com pessoas que adotam este estilo, mas sente-se pouco confortável com elas.

11 a 15 Estilo preponderante na maior parte das situações, havendo, entretanto, flexibilidade para o aparecimento de estilo complementar.

A partir de 16 Forte dominância, podendo implicar rigidez. Há situações em que o relacionamento tende a cindir-se e há possibilidade de emergir relacionamentos agressivos ou hostis.

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13.10 – PROJETO DE VIDA

Agregando dados aos levantamentos que já fizemos e para que possamos acrescentar um maior teor de qualidade, e melhor organizar nossa vida vamos, neste momento, pensar num dos projetos primeiros que devemos ter em vista, pois sem ele pouco podemos fazer. O projeto que nos referimos é aquele que mais ou menos conscientemente, mais ou menos determinado e elaborado, todo mundo tem um, que é o Projeto de Vida.

Nosso objetivo é incentivar de forma séria uma reflexão, ainda maior, sobre a importância de tomarmos consciência dos valores que norteiam o projeto de vida individual. É um convite a pensar os valores que constituem nossos objetivos, além dos discursos (que podem ser tanto o discurso que utilizamos para vender nossa imagem aos outros, como o discurso que utilizamos para aquietar nossas insatisfações e nossos questionamentos mais profundos). As pessoas pensam ser mais fácil transferir para o destino e a fatalidade tudo o que no fundo lhes diz respeito. Frase como “não posso”, “não sei”, são indicativas do meu “não querer assumir”, “não querer pensar”. Portanto, será conveniente, sempre que você perceber tais reações, substituir essas palavras por “eu não desejo” ou “eu não quero”. Porque você sabe que quando diz “eu não posso”, isto estará implicando em situações variáveis e forças que fogem ao seu controle. Quando você diz “eu não sei”, você está sabendo que está se negando a pensar, a descer, a buscar as verdadeiras causas que o levam a agir desta dada maneira. A sua vida quem faz é você. Se algo está ocorrendo, e isso não lhe agrada, você é quem tem controle sobre os seus sentimentos e emoções. Leia e reflita o texto abaixo: “Há muitas maneiras de se viver. Há aqueles que suportam a vida. Os que gostariam sempre de viver melhor. Outros vivem, mas não sabem por quê. Existem os que assistem a vida passar. E há aqueles que são capazes de fazer sua forma de vida e gostam do seu próprio existir. Onde você está? A que se propõe? Viver é um ato de responsabilidade exclusivamente seu. Sua forma de vida é você quem faz. Não tente fazer a vida do outro. Faça a sua. Você pode mudar o rumo dos acontecimentos de sua vida. Você pode preferir viver irritado, entediado, tímido, sozinho, doente, alienado, saudável, sociável, querido, amando, amado... Mas só depende de você. À medida que você se torna uma pessoa que assume realmente as coisas, você se compromete. Isto é o início da maturidade da honestidade consigo próprio. Comprometer-se com sua verdade é o mínimo que você pode fazer por você mesmo. É muito freqüente o uso de palavras que, na verdade ocultam um sentimento. Procure examinar o sentido de palavras vagas tais como: “estranho”, “curioso”, “engraçado”, “interessante”, “surpreso”, “diferente”. Que sentimento é este por trás do que você se refere de forma tão vaga? Medo? Tristeza? Mágoa? Raiva? Culpa? Acumule energias e invista nelas. Não fuja pela tangente, nem fique rodando em círculos, pois isso não o leva a lugar algum. Quem não tem objetivos, e para ele não se direciona, não chega a lugar algum”.

Gestalt Frederick Perls

Para ajuda-lo na construção do seu Projeto de Vida, a seguir você encontrará questões que conduzirá sua reflexão, agora de forma prática. Procure preenchê-las com calma e a lápis para poder corrigir e alterar suas respostas com facilidade, caso haja necessidade. Por melhor que pareça no momento, um Projeto de Vida sempre pode ser ampliado e melhorado. Não tenha medo de errar ou de pensar em coisas que hoje pareçam absurdas. Um capítulo muito importante da sua vida pode estar começando aqui. Vire a página e comece a escrevê-lo, mas escreva, sem desprezar sua estratégia de vida.

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INFORMAÇÕES ÚTEIS E EXPECTATIVAS (QUEM SOU EU?)

Meu nome é: ____________________________________________________ Tenho ________ anos.

Como me chamam? Em casa: _______________________ Meus amigos: _______________________

Onde me achar? Durante o dia: ________________________ à noite: __________________________

Identificando Potencialidades Ao fazer esta atividade não se adiante ou olhe as respostas abaixo, apenas faça-o. Este é um tipo de teste aplicado pelo Departamento de Relações Humanas de grandes empresas na atualidade, pois ajuda, as mesmas, a entender melhor o que interessa aos seus empregados e a identificar aqueles com potencialidades identificadas com suas necessidades;. São perguntas simples, assim... pegue um lápis e marque as respostas. Atenção - As respostas são para identificar como você é visto AGORA pelas pessoas, por seus amigos, colegas de trabalho, etc. Não para identificar quem você foi no passado. Comece...

1. Quando você sente seu melhor? (a) pela manhã (b) durante à tarde e final de tarde (c) tarde da noite

2. Você normalmente caminha (a) bastante rápido, com passos longos, (d) menos rápido, com a cabeça para abaixo (b) bastante rápido, com passos curtos e ligeiros, (e) muito lentamente (c) menos rápido e cabeça para cima, olhando o mundo de frente

3. Ao falar com pessoas você (a) fica de pé com seus braços dobrados (d) toca ou empurra a pessoa a quem você esta falando (b) fica com suas mãos apertadas (fechadas) (e) brinca com sua orelha, toca seu queixo, ou alisa seu cabelo (c) com uma ou ambas mãos em seus quadris

4. Ao relaxar, você se senta com (a) seus joelhos dobrados juntos lado a lado com suas pernas (b) cruza suas pernas (c) com suas pernas esticadas ou abertas (d) uma perna debaixo de você

5. Quando algo realmente o fizer rir, você reage com (a) uma gargalhada, (c) um quieto riso (b) uma risada, mas não muito alta (d) um sorriso embaraçado

6. Quando você vai para uma festa ou reunião social você... (a) faz uma entrada chamativa assim todo mundo o nota (b) faz uma entrada quieta, enquanto procura conhecidos (c) faz uma entrada mais quieta, tentando ficar desapercebido

7. Você esta trabalhando muito firme, muito concentrado, e te interrompem. Você: (a) dá boa vinda a interrupção (b) fica extremamente irritado (c) varia entre estes dois extremos

8. O qual das cores seguintes você gosta mais? (a) vermelho ou laranja (c) amarelo ou azul claro (e) escuro azul ou roxo (b) preto (d) verde (f) branco (g) marrom ou cinza

9. Quando você já está na cama, nesses últimos momentos antes de ir dormir, você deita (a) reto de costas (c) em seu lado, ligeiramente curvo (b) reto de bruços (d) com sua cabeça em um braço (e) com sua cabeça debaixo das cobertas

10. Você freqüentemente sonha que você está (a) caindo (c) procurando algo ou alguém (e) você normalmente não tem sonhos (não lembra) (b) lutando ou discutindo (d) voando ou flutuando (f) seus sonhos sempre são agradáveis

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Sinto-me vítima de atitude preconceituosa quando: Considero-me praticante de atitude preconceituosa quando: Nas horas de folga gosto de:

Tenho facilidade com atividades que: _________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

Tenho dificuldades com atividades que: ________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________

Minhas maiores conquistas foram: Coisas que me interessam muito: Sonho em fazer: __________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

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Dê uma nota de 0 a 10 para cada uma das dimensões de sua vida (para a importância e para a efetividade)

Dimensões\Áreas Importância Efetividade Análise Amor Família Saúde Estado emocional Amizades Sexo Cultura Lazer Social/Comunitária Financeira Profissional Material Espiritual Conhectos./Estudos

Nas colunas abaixo , assinale com “x” os itens que melhor completar a seguinte frase: EM RELAÇÃO A MIM E AOS OUTROS, GERALMENTE EU...

( )-Diminuo os outros, para sentir-me superior ( )-Procuro valorizar a mim e aos outros ( )-Diminuo a mim mesmo, considerando-me inferior

( )-Faço com que os outras dependam de mim, assumindo responsabilidades e tomando iniciativa pelos demais.

( )-Procuro desenvolver-me e permitir que os outros se desenvolvam

( )-Dependo excessivamente dos outros, deixando que tomem iniciativas e assumam responsabilidades por mim.

( )-Detesto ser ajudado, mas gosto de resolver problemas que não são meus

( )-Ajudo e posso pedir ajuda, desde que seja necessário

( )-Perco-me em meus próprios problemas, precisando constantemente de ajuda

( )-Imponho minha opinião a qualquer custo, querendo que todos me dêem razão

( )-Sei dar minha opinião e ouvir a dos demais, buscando compreensão e enriquecimento mútuo.

( )-Acho que minha opinião não tem importância, devido a minha insegurança

( )-Humilho os outros, buscando assim algum tipo de vantagem

( )-Reconheço tanto minha capacidade Quanto a dos demais, não humilhando nem permitindo que se humilhe

( )-Permito que me humilhem, ficando assim em freqüente desvantagem

( )-Costumo fazer propaganda de meus sucessos, procurando ocultar minhas dificuldades pessoais

( )-Reconheço tanto meus acertos quanto minhas dificuldades, procurando melhorar a cada nova experiência

( )-Dou exagerada importância a meus fracassos, explorando minhas frustrações junto aos demais.

Releia todos os itens que você assinalou acima, reflita sobre como eles tem influenciado em seus relacionamentos com outras pessoas e:

a) Anote suas conclusões sobre a reflexão que acabou de fazer: ________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

b) Estou satisfeito com a forma como tenho me relacionado com os outros? Anote suas conclusões: ____________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

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c) O que devo fazer para melhorar meu relacionamento com os outros? (mesmo que se considere bem relacionado anote no mínimo cinco decisões): _________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

d) Escolha dentre as decisões citadas acima a principal, escreva-a abaixo e responda como vai cumpri-la: _______

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

Leia atentamente cada item e marque um “X” na tabela a seguir, na escala de 1 a 7, na posição que melhor descreva a sua atuação real mais freqüente. Na escala citada, 1 corresponde ao MÍNIMO e 7 ao MÁXIMO. a) Habilidade de comunicar idéias de forma clara e precisa em situações individuais e de grupo. b) Capacidade de criar uma boa primeira impressão e obter atuação, reconhecimento pessoal e respeito. c) Habilidade de ouvir e compreender o que os outros dizem. d) Capacidade de influenciar os outros, fazer com que aceitem suas idéias e sigam suas orientações. e) Dizer e fazer coisas de modo natural, expressar livremente idéias, opiniões e sentimentos na ocasião em que

ocorrem. f) Enfrentar e superar dificuldades em situações de desafio, aceitando riscos com relativo conhecimento das

conseqüências. g) Habilidade de aceitar críticas sem fortes reações emocionais defensivas (tornando-se hostil ou fechando-se). h) Capacidade de propor idéias inovadoras, de iniciar projetos e influenciar o rumo dos acontecimentos. i) Habilidade de percepção e consciência das necessidades, sentimentos e reações dos outros. j) Assumir responsabilidade, agir de acordo com suas habilidades e convicções sem dependência demasiada

dos outros. k) Habilidade de dar “fedback” aos outros de modo útil e construtivo. l) Habilidade de reconhecer, diagnosticar e lidar com conflitos e habilidades dos outros. m) Capacidade de trabalhar em situações não rotineiras, mantendo padrões de desempenho eficazes, mesmo

enfrentando falta de apoio e cooperação, resistência, oposição, hostilidade. n) Experimentar fazer coisas diferentes, conhecer novas pessoas, testar novas idéias e atividades com outras

pessoas. o) Tendência a procurar relacionamento mais próximo com as pessoas, dar e receber afeto no seu grupo. p) Estimular e encorajar os outros a desenvolverem seus próprios recursos para resolverem seus problemas. q) Capacidade de organizar e de apresentar suas idéias de forma efetiva induzindo os outros a aceitá-las. r) Procurar conhecer as idéias dos outros, disposição para receber sugestões e influências. s) Desejar vencer e ser o melhor no desempenho, superar obstáculos e conseguir reconhecimento dos outros. t) Habilidade de modificar seu ponto de vista e comportamento no grupo em função do “feedback” dos outros e

dos objetivos a alcançar.

////// 1 2 3 4 5 6 7 ////// 1 2 3 4 5 6 7 ////// 1 2 3 4 5 6 7 a h o b i p c j q D k r E l s F m t G

n

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Para ajudar em sua reflexão segue mais algumas questões para você aprofundar seu conhecimento pessoal, principalmente procurando elevar a sua capacidade empreendedora/automotivação. Marque “X” no SIM ou no NÃO.

PERGUNTAS SIM NÃO Ser profissional motivado é ter uma constante vontade ativa (esforço pessoal). É ter energia para agir, ou seja, concretizar. Eu tenho essa característica desenvolvida em minha personalidade?

De uma forma geral, minha personalidade está condizente com o tipo de profissional que desejo ser? Sei atuar sob pressão e ser firme em minhas ações? Possuo uma significativa abertura intelectual para a aquisição de novos conhecimentos? Estou receptivo para assimilar inovações? Em minha comunicação consigo transmitir seriedade ao mesmo tempo em que procuro ser simpático com os demais?

Sinto-me automotivado para o trabalho? Estimulo a mim mesmo para aperfeiçoar minha capacidade de autonomia Sou participativo, considero as pessoas de minha equipe e agrego valor aos projetos que estou inserido?

Sei fazer uma leitura do cenário organizacional e alinhar meus objetivos com a missão maior da empresa em que trabalho?

Será que a profissão que abracei corresponde aos meus verdadeiros talentos e competências? Eu normalmente assumo riscos, mesmo aqueles que oferecem uma boa margem de segurança? Sou impulsivo ao decidir ou optar por algo? Sou impaciente? Devo estabilizar meu nível de paciência? Tenho bom nível de concentração mental? Sou persistente e sei resistir aos obstáculos que se apresentarem em minha vida laboral? Sou útil e produtivo na minha experiência profissional atual? Mantenho autocontrole na expressão de minhas emoções? Minha ambição está adequada ao que desejo concretizar? Meus pensamentos tornam-se realizáveis e efetivos? Preciso multiplicar os meus talentos?

Anote as características de seres humanos triunfadores:

1: ______________________________ 2: ____________________________ 3: _________________________

4: ______________________________ 5: ____________________________ 6: _________________________

7: ______________________________ 8: ____________________________ 9: _________________________

10:______________________________ 11: __________________________ 12: ________________________

Potenciais que reconheço em mim e que usarei para vencer meus desafios:

1: ______________________________ 2: ____________________________ 3: _________________________

4: ______________________________ 5: ____________________________ 6: _________________________

7: ______________________________ 8: ____________________________ 9: _________________________

10:______________________________ 11: __________________________ 12: ________________________

1)- Mediante o que você já escreveu, antes de começar a fazer seu Projeto de Vida, para que este exercício seja ainda mais proveitoso, experimente fechar os olhos por alguns instantes e, como se estivesse assistindo a um filme, imagine o mundo, sua família e seus amigos cinco anos à frente. Pense em você, pense como você gostaria de estar daqui a cinco anos. Se você achar que alguns de seus planos não se encaixam nos itens a seguir, fique livre para incluir aqueles que você ache melhor. Tente esquecer completamente da situação que você está vivendo atualmente e pense apenas no futuro. Preparado? Descreva em seu caderno o seu futuro partindo das dimensões a seguir:

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a- Amor e- Amizades i- Social/comunitária m- Espiritual b- Família f- Sexo j- Financeira n- Educação (formal, cursos: extensão/idiomas) c- Saúde g- Cultura k- Profissional o- ___________________________________ d- Estado Emocional h- Lazer l- Material p- ___________________________________

2)- Como foi sua viagem para o futuro? Pois já está na hora de voltar para o presente e continuar o exercício. Utilizando as mesmas dimensões da questão anterior, descreva como você está vivendo hoje. Importante não esquecer a nota das dimensões que você atribuiu na área efetividade para estar fazendo suas anotações.

3)- Compare agora seus planos para o futuro (questão 1) com sua situação atual (questão 2). Em seguida, pense nas mudanças que você julga necessárias em você e na sua vida para que esses objetivos sejam atingidos. Anote para cada dimensão a mudança necessária.

4)- Se você respondeu corretamente e com seriedade às questões anteriores, deve ter na cabeça um quadro mais claro do seu Projeto de Vida. Mas por onde começar? Uma boa estratégia é fazer uma lista de objetivos prioritários e tentar implementa-los pouco a pouco. De tudo o que você escreveu até agora, escolha pelo menos três objetivos para os próximos cinco anos que você acredita serem os mais importantes e ao mesmo tempo os mais possíveis de realizar.

5)- Agora que você sabe por onde começar, estude como tornar realidade cada um de seus objetivos listados na questão anterior. Use o modelo da planilha abaixo para isso. Ela servirá como um mapa para ajuda-lo nesta caminhada. Lembre de rever suas anotações constantemente para checar se o que você projetou está sendo realmente cumprindo. Boa sorte e sucesso!

Objetivo 1

a) Descrição do objetivo:

b) Ações necessárias para colocá-lo em prática:

c) Pessoas e instituições envolvidas:

d) Fatores que podem ajudar ou prejudicar sua realização:

e) Alternativas para solucionar pontos críticos:

f) Cronograma de ações e alternativas segundo seu grau de importância para a realização do objetivo: ATIVIDADE RECURSOS NECESSÁRIOS PRAZO PARA FINALIZAÇÃO RESPONSÁVEL

6) Finalizando o seu Projeto de Vida, após conferir tudo o que você produziu, como propósito de vida, descreva como você quer ser reconhecido aos 80 anos de vida. ________________________________________________

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7) Quais foram suas principais dificuldades na elaboração do seu Projeto de Vida? Cite três:

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IDENTIFICANDO POTENCIALIDADES

Em relação a primeira atividade do seu Projeto de Vida (10 primeiras questões) proceda ao seu processamento como instruído abaixo: CONFIRA A SUA CONTAGEM: Questões a b C D e f g

1 2 4 6 - - - - 2 6 4 7 2 1 - - 3 4 2 5 7 6 - - 4 4 6 2 1 - - - 5 6 4 3 5 2 - - 6 6 4 2 - - - - 7 6 2 4 - - - - 8 6 7 5 4 3 2 1 9 7 6 4 2 1 - - 10 4 2 3 5 6 1 -

Agora some o numero total de pontos. MAIS DE 60 PONTOS: Os outros o vêem como alguém que eles deveriam tomar cuidados. Podem até admirá-lo, desejando estar mais com você, mas não confiam, evitando envolvimentos profundos e laços mais consistentes. Você e visto como vaidoso, egocêntrico, e extremamente dominante. DE 51 A 60 PONTOS: Os outros o vêem como uma pessoa animada, de personalidade altamente volátil, bastante impulsiva; um líder natural que é rápido tomar decisões, entretanto não sempre certa. Eles o vêem como tipo arrojado e aventureiro, alguém que tentará qualquer coisa uma vez; alguém que se arrisca e desfruta uma aventura. Eles gostam de estar em sua companhia por causa da excitação que você irradia. 41 A 50 PONTOS: Os outros o vêem como vivo, encantador, divertido, prático, e sempre interessante; alguém que constantemente está no centro da atenção, mas é suficientemente sensato não deixar isto subir para a cabeça. Eles também o vêem como amável, considerado, e compreensivo; alguém que sempre os animara e os ajudará. 31 A 40 PONTOS: Os outros o vêem como sensato, cauteloso, cuidadoso e prático. Eles o vêem como alguém inteligente, talentoso, ou abençoado, mas modesto... Uma pessoa que não faz amigos muito depressa ou facilmente, mas, aquele que e extremamente leal aos amigos, e que espera a mesma lealdade em retorno. Esses que realmente conseguem sabem que e difícil abalar sua confiança em seus amigos, mas igualmente que leva muito tempo para superar isto se aquela confiança foi quebrada.

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21 A 30 PONTOS: Seus amigos o vêem como diligente e nervoso. Eles o vêem como muito cauteloso e extremamente cuidadoso. Realmente os pega de surpresa, se você faz algo impulsivamente ou no afã do momento decide contra isto, contrariando-os pois esperavam que você examinasse tudo cuidadosamente de todos os lados. Eles pensam que esta reação é causada em parte por sua natureza cuidadosa. ABAIXO DE 21 PONTOS: As pessoas pensam que você é tímido, nervoso, e indeciso, alguém que precisa pensar mais. O vêem como aquele que sempre quer que outra pessoa tome as decisões e que não quer se envolver com qualquer um ou qualquer coisa. Eles o vêem como um preocupado que sempre vê problemas que não existem. Algumas pessoas pensam que você é enfadonho. Só os que conhecem bem sabem que você não é.

PERFIL

Transcreva de acordo com a questão que trabalha a escala de pontuação de 1 para o MINIMO e 7 para o MÁXIMO, na situação que destaque sua atuação real mais freqüente observando a letra atribuída para cada questão:

COMUNICAÇÃO

PONTUAÇÃO

QUESTÃO

QUESITO 1 2 3 4 5 6 7

a Comunicação efetiva

c Saber ouvir

g Reação “feedback”

k Expressão de “feedback”

q Persuasão

LIDERANÇA

PONTUAÇÃO

QUESTÃO

QUESITO 1 2 3 4 5 6 7

d Liderança efetiva

f Autoconfiança

h Iniciativa

j Independência

m Resistência a “stress”

p Apoio catalisador

s Competição

PARTICIPAÇÃO

PONTUAÇÃO

QUESTÃO

QUESITO 1 2 3 4 5 6 7

b Impacto

e Espontaneidade

i Sensibilidade

l Lidar com conflito

n Experimentação

o Relacionamento próximo

r Abertura

t Flexibilidade

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14- BIBILIOGRAFIA

BARROS, Saulo C. Rego. Manual de gramática e redação: para profissionais de segurança do trabalho. São Paulo, Ícone,1997. 123 p.

BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e desenvolvimento. 2a. ed. São Paulo.

COVEY, STEPHEN. Os sete hábitos das pessoas muito eficazes. 4. ed. Best Seller, 2000.

DOLABELA, FERNANDO. Oficina do Empreendedor. 2. ed. Cultura Editores Associados, 1999.

Doyle, Michael e Straus, David. Reuniões Podem Funcionar: O Novo Método de Interação – Summus Editorial, 1978

FERREIRA, Paulo Pinto. Treinamento de pessoal: a técnico-pedagogia do treinamento, 2a. edição. São Paulo,Editora Atlas, 1977.

FIGUEIRA, José Paulo Resende. Liderança de Reuniões

GARRIDO, LAÉRCIO M. Virei Gerente, e Agora? 1. ed. Nobel, 2000.

KERLÉSZ, ROBERTO. Análise Promocional ao Vivo. 3. ed. Summus Editorial, 1987.

KIRBY, ANDY. 150 Jogos de Treinamento. T & D, 1995.

LUFT, Celso Pedro; AVERBUCK, Ligia Morrone; MENEZES, João Alfredo de. Novo manual de português: gramática, ortografia oficial; literatura brasileira e portuguesa, redação, teste de vestibular. 3 ed. São Paulo, 1996. 590 p.

MATOS, Francisco Gomes de. Como Dirigir e Participar de Reuniões

MCKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: Estratégias bem sucedidas para a era do cliente. Editora Campus, 1993.

MOSCOVIC, FELA. Equipes do certo. 5. ed. José Olympio. SãoPaulo, 1994.

NOGUEIRA, NILBO RIBEIRO. Desenvolvendo as Competências Profissionais. 1. ed. Érica Ltda., 2001.

OPC – Material de Seminário sobre Reuniões Eficazes

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guia Médico Internacional para Navios.

RAUDSEPP, Eugene. Como Dirigir Reuniões. FGV

RIBEIRO,Célia. Boas Maneiras & Sucesso nos Negócios. LPM Editora

SILVA, Cícero Antônio. Curso de português e técnicas de redação. 191 p.

SILVEIRA NETO, Fernando Henrique – Outra reunião?

TELLES, Venícius. Curso prático de redação e gramática aplicada. 542 p.

YOZO, Ronaldo Yudi K. 100 Jogos para Grupos. 7. ed. Agora, 1996.

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SUMÁRIO REVISÃO DA GRAMÁTICA ..................................................................................................................................... 2 Dicas importantes para redigir um bom texto ...................................................................................................... 2 As qualidades e defeitos de um texto ................................................................................................................... 2 Correção – Norma culta .......................................................................................................................................... 2 Padrões de textualidade ou princípios constitutivos ........................................................................................... 4 Método de leitura e análise de textos .................................................................................................................... 4 RELEASE ................................................................................................................................................................. 7 Modelos de release (Notícia) SIPAT ...................................................................................................................... 7/8 Modelo de release (Notícia) Comunicado de Eleição de CIPA ............................................................................ 8 REDAÇÃO TÉCNICA (Redação Comercial) .......................................................................................................... 8 Carta comercial ....................................................................................................................................................... 8 Ofício ........................................................................................................................................................................ 11 Memorial .................................................................................................................................................................. 13 Parecer ..................................................................................................................................................................... 14 Declaração................................................................................................................................................................ 15 Certificado ................................................................................................................................................................ 15 Memorando............................................................................................................................................................... 16 Requerimento........................................................................................................................................................... 16 Contrato .................................................................................................................................................................... 17 Recibo ....................................................................................................................................................................... 17 Circular ..................................................................................................................................................................... 18 Ordem de Serviço .................................................................................................................................................... 19 Procuração ............................................................................................................................................................... 19 Aviso ......................................................................................................................................................................... 20 E-mail ........................................................................................................................................................................ 20 Estatuto..................................................................................................................................................................... 20 Regulamento ............................................................................................................................................................ 20 Regimento interno ................................................................................................................................................... 20 Relatório ................................................................................................................................................................... 20 Edital ......................................................................................................................................................................... 22 Ata ............................................................................................................................................................................. 22 DOCUMENTOS RELACIONADOS Á ORGANIZAÇÃO DA CIPA............................................................................ 24 Edital de convocação .............................................................................................................................................. 24 Cédula de votação ................................................................................................................................................... 24 Termo de abertura do livro de atas ........................................................................................................................ 25 Termo de encerramento do livro de atas............................................................................................................... 25 Requerimento à DRT................................................................................................................................................ 25 Calendário de reuniões ordinárias da CIPA .......................................................................................................... 25 Ata de eleição .......................................................................................................................................................... 26 Ata de instalação e posse ....................................................................................................................................... 26 CURRICULO.............................................................................................................................................................. 27 Apresentação ........................................................................................................................................................... 27 Conteúdo .................................................................................................................................................................. 28 Conclusão................................................................................................................................................................. 28 TÉCNICAS DE TREINAMENTO ............................................................................................................................... 30 Etapas do treinamento ............................................................................................................................................ 31 Tipos de Técnicas de treinamento ......................................................................................................................... 33 PREPARAÇÃO DE UMA AULA ............................................................................................................................... 34 PROJETOS, PLANEJAMENTOS OU PLANOS DE AÇÃO – PISTAS PARA ELABORAÇÃO............................... 34 COMUNICAÇÃO - ORATÓRIA ................................................................................................................................. 37 Elementos básicos da comunicação...................................................................................................................... 38 Comunicação humana e a individualidade............................................................................................................ 38

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Expectativa ............................................................................................................................................................... 38 Princípios básicos da comunicação ...................................................................................................................... 39 A prática faz o orador .............................................................................................................................................. 40 Técnicas para falar em público............................................................................................................................... 40 Leitura em público ................................................................................................................................................... 44 A saudação............................................................................................................................................................... 44 Como fazer uma despedida .................................................................................................................................... 45 Qualidades do orador .............................................................................................................................................. 45 Sintonia com o auditório ......................................................................................................................................... 46 Gestos e posturas.................................................................................................................................................... 47 Questões práticas .................................................................................................................................................... 49 Rádio e televisão...................................................................................................................................................... 50 Recursos didáticos e audiovisuais ........................................................................................................................ 50 Linguagem culta e popular...................................................................................................................................... 51 Erros comuns a serem evitados............................................................................................................................. 51 Dicas e metodologia para estar sempre preparado.............................................................................................. 52 Frases que ajudam e inspiram o orador ................................................................................................................ 53 COMO TORNAR AS REUNIÕES MAIS PRODUTIVAS E EFICAZES ..................................................................... 53 Com que objetivos fazemos reuniões.................................................................................................................... 53 Regras básicas para transformar qualquer reunião ............................................................................................ 54 Preparação de uma reunião.................................................................................................................................... 55 Condução da reunião............................................................................................................................................... 56 Etapas de uma reunião............................................................................................................................................ 58 As etapas e o ciclo do processo decisório............................................................................................................ 59 Ata e avaliação da reunião através de instrumento de aferição.......................................................................... 59 O que é possível fazer para melhorar sua participação em reuniões?............................................................... 60 Problemas do grupo ................................................................................................................................................ 61 Etiqueta profissional................................................................................................................................................ 61 Tipos de reuniões .................................................................................................................................................... 61 Tipos problemáticos que participam de reuniões................................................................................................. 61 Eficácia na comunicação ........................................................................................................................................ 63 Pecados mortais cometidos em reuniões ............................................................................................................. 64 Check list de uma reunião....................................................................................................................................... 65 TÉCNICAS/DINÂMICAS DE GRUPO ....................................................................................................................... 66 Os elementos de uma dinâmica ............................................................................................................................. 66 Tipos de técnicas/dinâmicas .................................................................................................................................. 66 DESENVOLVENDO O MARKETING PESSOAL...................................................................................................... 68 ATIVIDADES ............................................................................................................................................................. 69 Plano de Ação -SIPAT.............................................................................................................................................. 69 Palestra/Discurso..................................................................................................................................................... 69 Estudo de caso......................................................................................................................................................... 70 Descobrindo quem é você ...................................................................................................................................... 71 Descobrindo seus elementos de qualificação e atributos de empegabilidade .................................................. 72 Descobrindo sua capacidade de memória ............................................................................................................ 73 Qual é seu tipo de inteligência? ............................................................................................................................. 74 Avaliação do equilíbrio pessoal entre tarefa e processo ..................................................................................... 76 Estilos de Relacionamento ..................................................................................................................................... 78 Projeto de Vida......................................................................................................................................................... 80 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................................... 89 SUMÁRIO .................................................................................................................................................................. 90