443
6 4 COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO JANDAIA DO SUL 2013

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

  • Upload
    vodang

  • View
    220

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

6 4

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

JANDAIA DO SUL

2013

Page 2: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

“O Projeto Político-Pedagógico busca um rumo, uma direção, é uma ação

intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido

coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um

projeto político, por estar intimamente articulado ao compromisso

sociopolítico e com os interesses reais e coletivos... (...) Na dimensão

pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da

escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,

compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as

ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem

seus propósitos e sua intencionalidade.” (Veiga)

JANDAIA DO SUL

2013

Page 3: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO........................................................................................ 082. FILOSOFIA DO COLÉGIO.......................................................................... 093. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO.............................................................. 103.1. ASPECTOS HISTÓRICOS........................................................................... 114. OBJETIVOS GERAIS................................................................................... 135. MARCO SITUACIONAL............................................................................. 145.1. DESEMPENHO ESCOLAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO...... 165.1.2. RENDA FAMILIAR..................................................................................... 185.1.3. ESCOLARIZAÇÃO DOS PAIS................................................................... 185.1.4. PROFISSÃO DOS PAIS............................................................................... 185.1.5. DE ONDE VÊM OS ALUNOS?................................................................... 195.2. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE ENSINO

FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS........................................................... 195.3. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE A EDUCAÇÃO

INTEGRAL................................................................................................. 205.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR............................. 205.4.1 CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS DE 2013............................................... 215.5. QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL......................................... 235.5.1 DIREÇÃO, PEDAGOGICO E AGENTE EDUCACIONAL I E II............. 235.5.2 QUADRO DEMONSTRATIVO DE DOCENTES..................................... 255.6. CORPO DISCENTE..................................................................................... 305.7. AGENTES EDUCACIONAIS..................................................................... 315.8. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS.................................... 325.9. RELAÇÃO DE TRABALHO..................................................................... 365.10. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS...................................................................... 365.11. PRÁTICA PEDAGÓGICA.......................................................................... 365.12. ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS.............................................................. 375.13. ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE............................................. 376. MARCO CONCEITUAL............................................................................. 386.1. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO.................................................................. 386.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE................................................................ 396.3. CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE HOMEM............................................... 396.4. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE EDUCAÇÃO....................... 406.5. CONCEPÇÃO DE ESCOLA........................................................................ 416.6. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO................................................................ 426.7. CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM........................................ 436.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................ 446.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO......................................................................... 466.10. CONCEPÇÃO DE CULTURA..................................................................... 486.11. CONCEPÇÃO DE TRABALHO............................................................... 486.12. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA............................................................. 496.13. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA............................................................ 496.14. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, ADOLESCÊNCIA E

INFÂNCIA.................................................................................................. 506.15. EDUCAÇÃO INTEGRAL........................................................................... 517. MARCO OPERACIONAL......................................................................... 51

Page 4: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

7.1. AÇÕES PEDAGÓGICAS......................................................................... 527.2. AÇÕES DESENVOLVIDAS COM PARCERIAS...................................... 537.3. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO.............................................. 537.4. RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS.................................................... 547.5. O PAPEL DA INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................ 548. AVALIAÇÃO, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO,

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO................................................................... 569. PROGRESSÃO PARCIAL......................................................................... 5910. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO................................................................ 5911. FORMAÇÃO CONTINUADA..................................................................... 6012. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................... 6113. PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR............. 6114. DESENVOLVIMENTO SOCIO EDUCACIONAL.................................... 6214.1. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS.................................. 62.114.2. VIOLÊNCIA NA ESCOLA......................................................................... 6315. INDISCIPLINA NA ESCOLA..................................................................... 6416. EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE......................................... 6417. AGENDA 21/ EDUCAÇÃO AMBIENTAL................................................ 6518. AGRINHO.................................................................................................... 6619. PROVA BRASIL.......................................................................................... 6720. PROFUNCIONÁRIO.................................................................................... 6821. OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP............................................ 6822. INCLUSÃO................................................................................................... 6823. SERVIÇO DE APOIO ESPECIALIZADO.................................................. 6923.1. SALADE APOIO À APRENDIZAGEM..................................................... 6923.2 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL (TIPO 1) PARA OFERTA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA, NAS ÁREAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL,

DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA, TRANSTORNOS GLOBAISTRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO E TRANSTORNOS

FUNCIONAIS................................................................................................. 6924. CELEM............................................................................................................ 7125. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES

EM CONTRATURNO.................................................................................... 7125.1 Atividade Complementar Periódica............................................................... 7225.2 Programa de Atividade Complementar Permanente....................................... 7226. PROCESSO DE AVALIAÇÃO SERIADA - PAS/UEM............................. 7227. TV MULTIMÍDIA E TV PAULO FREIRE.................................................. 7328. DIA DO DESAFIO........................................................................................ 7329. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL..................................................... 7430. PROINFO....................................................................................................... 7531. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA..................................... 7532. PARANÁ ALFABETIZADO........................................................................ 7533. ENEM............................................................................................................. 7634. PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS....................................................... 7635. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 7736. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 7737 ANEXOS I - PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO

Page 5: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

37.1

37.2

37.3

37.4

37.5

37.6

37.7

37.8

38

38.1

38.2

38.3

38.4

38.5

38.6

38.7

38.8

39

39.1

39.2

39.3

39.4

39.5

40

40.1

40.2

40.3

40.4

40.5

40.6

40.7

40.8

FUNDAMENTAL - BASE NACIONAL COMUM....................................

Arte.................................................................................................................

Ciências...........................................................................................................

Educação Física...............................................................................................

Ensino Religioso.............................................................................................

Geografia.........................................................................................................

História...........................................................................................................

Língua Portuguesa..........................................................................................

Matemática.....................................................................................................

ANEXO II - PARTE DIVERSIFICADA.......................................................

LEM - Inglês....................................................................................................

Leitura e Informação em Língua Espanhola...................................................

Educação Musical...........................................................................................

Literatura Infantojuvenil................................................................................

Aprofundamento Esportivo.............................................................................

Arqueologia e Patrimônio Histórico...............................................................

Atividades Experimentais...............................................................................

Iniciação ao Pensar Filosófico........................................................................

ANEXO III - COMPONENTES CURRICULARES.....................................

Recreação e Lazer...........................................................................................

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças.................................................

Expressão Corporal.........................................................................................

Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável....................................

Tecnologia da Informação e Comunicação.....................................................

ANEXO IV - PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO

BASE NACIONAL COMUM......................................................................

Arte................................................................................................................

Biologia.........................................................................................................

Educação Física............................................................................................

Filosofia........................................................................................................

Física.............................................................................................................

Geografia......................................................................................................

História.........................................................................................................

Língua Portuguesa........................................................................................

80

81

89

108

117

128

135

140

155

164

165

182

197

202

213

219

225

233

236

237

241

244

247

252

254

255

263

274

281

288

293

303

317

Page 6: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

40.9

40.10

40.11

41

41.1

41.2

42

42.1

42.2.

1

42.2.

2

42.2.

3

42.2.

4

42.2.

5

43

43.1

43.2

43.3

43.4

43.5

43.6

43.7

43.8

43.9

44

44.1

Matemática...................................................................................................

Química.........................................................................................................

Sociologia......................................................................................................

ANEXO V - PARTE DIVERSIFICADA......................................................

LEM - Inglês..................................................................................................

LEM - Espanhol.............................................................................................

ANEXO VI - PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DAS ATIVIDADES

PERMANENTES EM CONTRA TURNO:....................................................

* PERIÓDICA.................................................................................................

Preparatório para o Vestibular.........................................................................

* PERMANENTE...........................................................................................

Aprofundamento da Aprendizagem - Português..............................................

Aprofundamento da Aprendizagem - Matemática...........................................

Clube de Ciências - Experimentação e Iniciação Científica............................

Informática - Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias..

Práticas Esportivas - Esporte e Lazer..............................................................

ANEXO VII - PROJETOS E AÇÕES PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS

PELO COLÉGIO............................................................................................

Sala de Apoio - Língua Portuguesa................................................................

Sala de Apoio - Matemática...........................................................................

Aprimoramento - Espanhol............................................................................

Gincana da Solidariedade...............................................................................

Dia do Encapamento.......................................................................................

Raízes africanas e Indígenas...........................................................................

Programa de Orientação Vocacional..............................................................

Plano de Estágio Não Obrigatório..................................................................

Plano de Ação da Brigada Escolar..................................................................

ANEXO VIII - MATRIZ CURRICULAR 2013............................................

Ensino Fundamental ......................................................................................

Ensino Fundamental - Turno Único - BNC e Parte Diversificada.................

Ensino Fundamental - Turno Único - Componentes Curriculares................

Ensino Médio..................................................................................................

ANEXO IX

Calendário Escolar 2013..............................................................................

329

337

342

346

347

358

374

375

378

380

383

385

387

389

390

395

400

415

415

417

419

423

430

435

436

437

438

439

441

442

Page 7: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

44.2

44.3

44.4

45

45.1

45.2

Calendário Escolar - Celem........................................................................ 443

Page 8: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

81. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino

Fundamental e Médio é um projeto construído e vivenciado em todos os momentos e por

todos os envolvidos com o processo educativo, este projeto visa à organização do trabalho

pedagógico da escola e da sala de aula incluindo sua relação no contexto social. É importante

ressaltar que o mesmo busca a organização do trabalho pedagógico em sua globalidade, ou

seja, passando pelo caráter educativo que deve estar presente em todos os seus setores.

Este projeto foi elaborado coletivamente, possibilitando o compartilhar de

responsabilidades, a comunhão de compromissos e o desenvolvimento da autonomia dos

envolvidos, buscando a melhoria da educação desta instituição. Entendemos que este

documento tem que ter uma constante reformulação, com o apoio, análise e reflexão de todos.

O que pretendemos enfatizar nesse projeto é que devemos analisar e compreender a

organização do trabalho pedagógico no sentido de planejar uma nova organização de trabalho

e a partir dos objetivos comuns expressos através do Projeto Político-Pedagógico os

envolvidos nessa elaboração possam redefinir o papel e o compromisso de cada um diante dos

objetivos aqui definidos.

O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa é decorrente de um

processo participativo da equipe escolar que tem como objetivo o fortalecimento de uma

educação de Tempo Integral com qualidade que se preocupa em desenvolver saberes que

farão de crianças e jovens cidadãos éticos, conscientes de seus direitos e deveres, sensíveis às

causas sociais e atuantes na sociedade com senso crítico, criatividade, solidariedade e,

sobretudo, com respeito à diversidade sociocultural e aos fenômenos naturais presentes no

mundo atual.

Este Estabelecimento de Ensino pretende, em comum acordo com a comunidade

escolar redimensionar e enriquecer a estrutura organizacional com novos espaços, oferecendo

maior tempo de permanência dos alunos na escola, onde serão enriquecidos com ações

metodológicas inovadoras, novas oportunidades de aprendizagens e vivências do

conhecimento através de atividades de natureza teórico/prática.

Os profissionais que trabalham neste Estabelecimento de Ensino, sempre foram

preocupados com os rumos da educação e agora com a implantação da Educação em Tempo

Integral, com certeza, continuarão com a grande preocupação de se aprimorar no seu campo

Page 9: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

9de trabalho, aceitando a nova metodologia e filosofia da Educação em Tempo Integral, para o

atendimento pedagógico dos educando e preparando-os para o mundo.

Com a implantação desse novo nível de ensino o Estabelecimento de Ensino passou

a contar com uma nova gama de atividades em sua Matriz Curricular, contemplando, além

das disciplinas da Base Nacional Comum, as atividades da Parte Diversificada com

Atividades Experimentais, Aprofundamento Esportivo, Iniciação ao Pensar Filosófico, Leitura

e Informação em Língua Espanhola, Inglês Online, Literatura Infanto-juvenil e Educação

Musical. Oferece também aos alunos os Componentes Curriculares com as atividades de

Recreação e Lazer, Expressão Corporal, Tecnologia da Informação e Comunicação,

Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Educação Ambiental e Desenvolvimento

Sustentável.

Essa nova configuração de educação fez surgir a necessidade de estudos e debates

entre todos os profissionais da escola, com apoio do Núcleo Regional da Educação e da

Secretaria de Estado da Educação para que as discussões em torno das novas necessidades

tenham êxitos. Para garantir essas novas conquistas e consolidar as mudanças propostas e já

discutidas com a comunidade escolar será necessário mudar o conceito de escola e de

educação, rompendo com algumas características enraizadas no sistema de educação do

Brasil.

2. FILOSOFIA DO COLÉGIO

Buscamos organizar o trabalho pedagógico em sua totalidade, passando pelo caráter

educativo que deve estar presente em todos os seus setores, possibilitando assim, o

compartilhamento de responsabilidades, a comunhão de compromissos e o desenvolvimento

da autonomia dos envolvidos, pretendendo sempre o aperfeiçoamento na qualidade da

educação.

Tendo por base os princípios da Gestão Democrática, o colegiado se propõe a

trabalhar as relações interpessoais, de modo harmonioso em todos os setores, preservando o

respeito, a solidariedade, a ética e a cooperação.

Busca-se trabalhar em consonância para que o objetivo maior da educação escolar que

é a promoção do conhecimento, seja atingido, para isso prioriza-se os conhecimentos

historicamente acumulados, de modo que os educando possam assimilá-los, e assim, mudar a

forma de se relacionarem com o mundo e entre si, através de uma visão mais ampla e

Page 10: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

10profunda sobre os fatos e conhecimentos.

Priorizamos os conhecimentos científicos, a fim de instrumentalizar o alunado para

que a partir desses conhecimentos, tornem-se cidadãos emancipados e críticos, capazes de

construir novas práticas sociais.

Quanto ao conhecimento cultural, acreditamos que a escola e a cultura não podem ser

concebidas como entre dois pólos interdependentes, mas sim como universos que se

entrelaçam, como uma teia que é tecida cotidianamente, com os fios profundamente

articulados.

Acreditamos que a escola só conseguirá cumprir com sua função social que é

colaborar para a formação de sujeitos históricos, por meio de um espaço de sociabilidade que

possibilite a construção do conhecimento vivo e que se caracteriza como processo em

construção, tendo a família como parceira, ou seja, cada uma das instituições possuem

funções específicas e precisam dar conta destas.

Vemos a educação como uma chave para que o desenvolvimento da sociedade ocorra

e passe a ter cidadãos conscientes, bem como consideramos que é um poderoso argumento em

favor do desenvolvimento sustentável da democracia, da justiça, da igualdade e do

desenvolvimento socioeconômico, científico, tecnológico e cultural.

3. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO

Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio

Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125.

Tel∕Fax: (43) 3432 - 1312

Site: www.jdsruibarbosa.seed.pr.gov.br

E-mail: [email protected]

CEP 86900-000

Jandaia do Sul – Paraná

Código do Colégio: 00036

Código do Município: 1220

Dependência Administrativa: Estadual

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Código do NRE de Apucarana: 01

Localização do Colégio: Urbana

Page 11: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

113.1. ASPECTOS HISTÓRICOS

Ato de Criação e Reconhecimento da Denominação do Estabelecimento: Decreto n°

25.494 de 16-09-1959. A Escola é uma instituição criada pela sociedade constituída, em

função dela própria, para formação básica do indivíduo, que se modifica através da aquisição

de conhecimentos e modifica a sociedade na qual está inserida.

Em 1948, foi dado o primeiro passo para a fundação do Grupo Escolar de Jandaia do

Sul, hoje Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio, sendo um ponto de

referência quando se quer dizer educação em seu mais alto nível. O Grupo Escolar começou a

funcionar mais precisamente no dia 01 de junho de 1948 com a frequência de 480 alunos, em

dois turnos e com 12 professores lecionando, tendo como 1ª diretora a Sra. Francisca de Lima

Souza até o ano de 1950.

O Grupo Escolar de Jandaia do Sul foi construído no governo do Dr. Moisés Lupion

e na prefeitura o Sr. Carlos Massareto. A autorização para funcionar como complexo Escolar

“Zilda Cruz de Almeida” resultante da reorganização do Colégio Estadual de Jandaia do Sul,

Escola de Aplicação, Marechal Arthur da Costa e Silva, - Grupo Escolar “Humberto de

Alencar Castelo Branco”, obedeceu ao Decreto nº 3419, de 25/05/77. Com o decreto de 2482

de junho de 1980, passa a denominar-se Escola “Rui Barbosa” – Ensino de 1º Grau.

Através da Resolução n° 2.625/81, o Secretário de Estado da Educação, Sr. Edson

Machado de Sousa, no uso de suas atribuições, resolve em 19/11/1981 reconhecer o então

Curso de 1° Grau – Regular (Ensino Fundamental) da Escola Estadual Rui Barbosa, conforme

publicação no Diário Oficial n° 1.184 de 04 de dezembro de 1981.

Em 04 de dezembro de 2007, foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio da

então Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental, através da Resolução n° 4996/07,

publicada no D.O.E., em 28 de janeiro de 2008. Após autorização o estabelecimento de ensino

passou a denominar Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio.

De acordo com o parecer CEE/CEB Nº 407/11, foi aprovado em 26/05/11 a

Implantação do Ensino Fundamental, regime de nove (09) anos, 6º ao 9º ano, de forma

simultânea no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, sendo assim, a partir do ano letivo

2012, será aplicado a equivalência para a realização das matrículas dos alunos da etapa final,

do Ensino Fundamental.

Atendendo ao Plano Nacional de Educação 2011-2020, Lei 10.172/01, implantamos

em 2013 a Educação em Tempo Integral de forma gradativa. Legalmente a oferta de

Page 12: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

12Educação em Tempo Integral encontra respaldo na Constituição Federal, artigos 205, 206 e

207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9.089/90; LDB 9394/96, artigos 34 e 87;

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação e de Valorização dos Profissionais da

Educação, Lei nº 11.494/07, Resolução CNE/CEB nº 7/10.

A Secretaria de Estado de Educação, por meio da Coordenação do Ensino

Fundamental, vinculada ao Departamento de Educação Básica-DEB, é o órgão institucional

que responde pela implantação da oferta de Educação em Tempo Integral nas escolas da rede

pública, e tem acompanhado e orientado a referida implantação por meio do Núcleo Regional

de Educação de Apucarana.

Passaram pela Direção deste estabelecimento de ensino os seguintes professores:

Francisca de Brito Lima Souza 1948 / 1954Thereza Fabris 1955 / 1957Neide Batista de Lima 1958Francisca de Brito Lima Souza 1959 / 1960Inês Fante de Oliveira 1961Maria José Pozza 1962 / 1963Terezinha Borim 1964Inês Dias Furrier 1965 / 1967Maria Bianco de Carvalho 1968 / 1975Estephânia Pintiá 1976Angelina Ferreira Parra 1977 / 1978Maria Julieta Monfredinho 1979 / 1980Evely de Almeida Leal Ramos 1981 / 1982Maria da Penha Domingues Kahali 1983 / 1987Italo Tasso 1987Sonia Maria Moreno de Freitas 1988 / 1989Italo Tasso 1990 / 1991Maria Eugenia Domingues Maximiano 1992 / 1995Shirlene Aparecida Sonni Pupio

Sebastião Sergio Fabrício

1995 / 1999

1999 até hoje

4. OBJETIVOS GERAIS

São os seguintes os objetivos:

Reconhecer o direito de aprender do aluno como princípio fundamental que

norteia toda a ação da escola;

Page 13: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

13 Permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da realidade,

para que possa contribuir em sua transformação;

Buscar novas soluções, criar situações que exijam o máximo de exploração

por parte dos alunos e estimular novas estratégias de compreensão da

realidade;

Melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência do

aluno na escola, evitando a reprovação e a evasão escolar;

Criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na

melhoria da qualidade de ensino e com aprimoramento do processo

pedagógico;

Promover a integração escola-comunidade;

Aprimorar as ações pedagógicas, privilegiando sempre os projetos realizados

na escola, tendo em vista as mudanças não só econômicas e tecnológicas, mas

também as relações sociais e culturais, enfim todas as esferas que incidem a

vida humana;

Preocupar com adequações estruturais e metodológicas para o atendimento aos

alunos portadores de necessidades pedagógicas especiais (educação inclusiva).

Identificar e incluir o aluno que apresenta necessidades educativas especiais,

garantindo-lhes adaptações curriculares necessárias, facilidade de acesso, salas

de aulas adequadas e com número de alunos compatível;

Estabelecer, em reuniões pedagógicas, as metas de aprendizagem que se

espera que alcancem os alunos em cada série;

Garantir no processo de ensino e aprendizagem, através dos conteúdos,

metodologias, formas de acompanhamento e avaliação, que o aluno

compreenda a cidadania como participação social e políticas, assim como o

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação, respeitando o outro e exigindo para si o

mesmo respeito.

Ofertar Educação Integral com turno único e currículo disciplinar;

Estimular a integração da criança com o lugar onde mora e contribuir para o

seu melhor rendimento escolar;

Propiciar a participação dos professores e funcionários nos cursos de

Page 14: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

14aperfeiçoamento;

Intensificar a participação dos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar e

Conselho de Classe) para que haja compromisso de todos com a qualidade da

educação do Colégio.

5. MARCO SITUACIONAL

A história da educação brasileira é marcada pela aculturação, predominando

concepções e métodos pedagógicos importadas de outros países, que tinham como principal

objetivo preparar a sociedade brasileira para aceitar de forma passiva a dominação imposta

pelos países desenvolvidos. Trazido pelos jesuítas para o Brasil a educação formal era

desenvolvida na concepção tradicional, a qual predominou por quatro séculos, e somente na

década de 1930 deu lugar à concepção renovadora, destacando- se o “Manifesto dos

Pioneiros”, como principal manifestação pública sobre os anseios da sociedade sobre a

educação, neste contexto foi fundado o INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), e

iniciou- se o projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A educação pública brasileira passa a ser ofertada amparada por Lei de Diretrizes

e Bases em 1961, com a homologação de sua primeira versão, LDB 4024/61, para época

representando a conquista de avanços quanto à oferta de educação para o povo. No entanto, na

década de 70 o Brasil sofreu o Golpe Militar, e a educação passou a ser ofertada seguindo a

LDB 5692/71, a qual pretendia moldar todo ensino brasileiro por meio da pedagogia

tecnicista, na época predominando assim a concepção pedagógica produtivista, que tinha

como base a Teoria do Capital Humano. Ainda sob a vigor da concepção produtivista, a LDB

9394/96 foi homologada com ideais do neoliberalismo, assim também ocorreu com o Plano

de Educação de 2001. É importante salientar que em meio ao contexto apresentado, surgiram

as concepções contra- hegemônicas, no início do século XX, com ideais socialistas e

libertários buscam a democratização do conhecimento, desatacando- se a concepção

pedagógica libertadora, formulada por Paulo Freire, na década de 70 e a concepção

pedagógica histórico-crítica, difundida na década de 80.

Atualmente a educação brasileira foi tema de planejamento nacional, iniciada no

ano de 2009. A Conferência Nacional de Educação-2010 buscou a construção de um Sistema

Nacional Articulado de Educação, contando com a participação da sociedade civil, de agentes

públicos, entidades de classe, estudantes, profissionais da educação e pais/mães (ou

Page 15: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

15responsáveis) de estudantes, característica de uma concepção democrática de planejamento

em educação.

O Estado do Paraná, por sua vez, iniciou em 2003 a construção de suas diretrizes

curriculares, inspirado no materialismo histórico- dialético, trouxe as escolas públicas o

entendimento de que os profissionais da educação são sujeitos epistêmicos e deles devem

partir as reflexões acerca do planejamento do trabalho pedagógico, trabalho este que resultou

na publicação das Diretrizes Curriculares Estaduais- 2008, que chegaram as escolas públicas

como documento oficial, trazendo em seu bojo ideal democrático.

As conquistas alcançadas pela educação pública, no Estado do Paraná é fruto de

muitas lutas da classe trabalhadora, que utiliza do espaço escolar como lugar privilegiado do

trabalho com o conhecimento sistematizado, formando cidadãos capazes de criar novas

práticas sociais, que primem pela formação de uma sociedade justa para seu povo.

O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio de Jandaia do sul,

fundado em 1948, desde sua implantação procurou assegurar a todos à formação básica

necessária para ampliar as oportunidades de aprendizagem.

O Colégio destaca-se atualmente por desenvolver seu trabalho pedagógico

priorizando o currículo disciplinar da educação básica. Todas as esferas da instituição escolar

desenvolvem suas atividades com o objetivo de subsidiar o fazer pedagógico, sendo a

aprendizagem o cerne de todo o planejamento escolar. Priorizando o trabalho com os

conteúdos curriculares, e planejando as ações pedagógicas a serem desenvolvidas de maneira

que o aluno alcance a aprendizagem, independente de fatores sociais e econômicos

individuais, o colégio afirma seu compromisso em buscar a emancipação de todos, através de

uma educação de qualidade. Nos últimos anos o Colégio tem ofertado diversas atividades

complementares, cursos de língua estrangeira moderna, e salas de apoio à aprendizagem, no

entanto percebemos a necessidade de organizar as atividades educativas em uma modalidade

de Educação Integral, pautada no currículo disciplinar. Embora haja muitos alunos no período

da manhã, no período da tarde o Colégio possui cerca de dez salas de aula ociosas, e demais

espaços já citados, por isso, foi de interesse da comunidade escolar implantar a Educação

Integral em turno único de forma gradativa.

Com a implantação da Educação Integral em turno único, o colégio precisa de

algumas adequações no espaço físico, tais como: bibliotecas, banheiros, sala de estudos,

laboratório de ciências, sala de jogos, auditório, refeitório, cozinha, e outros. O colégio possui

ótimos equipamentos tecnológicos (computadores, data show, TVs multimídia, notebook,

Page 16: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

16televisores, DVDs, internet wireless e fibra óptica, máquina fotográfica digital, sendo que a

maioria dos professores também tem seus próprios equipamentos, tais como notebooks e

máquinas digitais, e tem grande interesse em elaborar novas práticas de sala de aula,

utilizando as tecnologias de informação e comunicação, fator este que tem melhorado o

interesse nos processos educativos e ampliado as condições para que a aprendizagem ocorra.

A comunidade escolar, principalmente as famílias participam da vida estudantil

dos alunos. Existem poucos casos em que a família não se compromete com o

acompanhamento da vida escolar das crianças, e para atendê-los buscamos auxilio do

Conselho Tutelar e Promotoria de Justiça, conforme orienta o ECA (Estatuto da Criança e do

Adolescente). Percebemos, no entanto, alto índice de comparecimento das famílias na escola,

durante o período de aulas e reuniões, isto se deve ao fato de que a comunidade se sente cada

vez mais parte indissociável da escola.

5.1. DESEMPENHO ESCOLAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

O Colégio Estadual Rui Barbosa- Ensino Fundamental e Médio, é uma instituição

que integra o Sistema Estadual de Ensino, e apresenta bons resultados com relação à

aprendizagem dos alunos. Veja os índices de Aprovação, Reprovação e Abandono, bem

como, as médias da Prova Brasil, através das tabelas abaixo:

RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2005

Média 8ª sérieLíngua

Portuguesa

216,68 Nota

Page 17: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

17Matemática 237,31 3,7

Fonte: Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

Os índices escolares tem demonstrado que houve avanços, e as médias em

avaliações externas tem melhorado. No entanto, há uma constante preocupação com os

índices de reprovação e abandono, e o colégio tem implementado ações pedagógicas para

minimizar cada vez mais esses índices. Então, direção e equipe pedagógica fazem um trabalho

direcionado para a orientação do trabalho pedagógico em todas as séries, orientando os

professores no que refere a inovações metodológicas, e possibilitando as famílias condições

para acompanhar a vida escolar dos alunos, através de reuniões, impressão de boletins

bimestrais, e atendimentos sempre que necessário.

5.1.2. Renda Familiar

Há que se considerar também, que o rendimento escolar não depende

exclusivamente do processo ensino-aprendizagem que acontece no interior da escola. Outros

fatores contribuem também, entre eles as condições socioeconômica e cultural das famílias.

Constatamos que as famílias que integram a comunidade escolar do Colégio Estadual Rui

Barbosa apresentam um perfil socioeconômico bastante variado, com predominância das

famílias que sobrevivem com um a dois salários mínimos, sendo significativos os que são

dependentes de algum tipo de benefícios do governo.

RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2007

Média 8ª sérieLíngua

Portuguesa

220,82 Nota

Matemática 240,63 4,1

RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2009

Média 8ª sérieLíngua Portuguesa 242,43 Nota

Matemática 249,65 4,4RENDIMENTO PROVA BRASIL (IDEB) – 2011

Média 8ª sérieLíngua Portuguesa 253,70 Nota

Matemática 260,90 5,0

Page 18: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

18

5.1.3. Escolarização dos Pais

A escolarização dos pais é um fator importante que pode contribuir para o

desempenho do aluno na escola. Percebe-se que quanto maior o nível de escolaridade das

famílias, maior seu interesse pelo conhecimento que a escola pode transmitir. Quanto menor a

escolarização das famílias, menor sua compreensão sobre qual é este saber, e em que ele pode

contribuir para sua vida.

5.1.4. Profissão dos Pais

Com relação à profissão dos pais dos nossos alunos, constatou-se que trabalham

com agricultura, autônomos sem renda fixa, vendedores em comércio local e cidades vizinhas,

funcionários em empresas, cooperativas, etc. Muitas mães ocupam-se das atividades

domésticas e outras complementam a renda familiar, também trabalhando fora em serviços

diversificados.

5.1.5. De onde vêm os alunos?

A comunidade escolar é formada por famílias que residem em diferentes

localidades, como na zona rural e seu principal meio de transporte é o ônibus escolar. A

grande maioria dos alunos mora na zona urbana, muitos necessitam do transporte escolar para

se locomover.

5.2. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE O ENSINO

FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, - LDBEN 9394/96, de 20 de

dezembro de 1996, admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove a matrícula no Ensino

Fundamental de nove anos de idade, sendo que em 9 de Janeiro de 2011, a Lei 10.172-

aprovou o Plano Nacional de Educação/PNE, assim, o Ensino Fundamental de nove anos

tornou- se meta progressiva da educação nacional.

Em 16 de maio de 2005, a Lei 11.114 tornou obrigatória matrícula das crianças de

seis anos de idade no Ensino Fundamental, e em 6 de Fevereiro de 2006, A Lei 11.275-

Page 19: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

19amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis

anos de idade e estabelece prazo de implantação pelos sistemas até o ano de 2010.

Dessa forma o Conselho Nacional de Educação (CNE-CEB) indicou a

nomenclatura para cada etapa de ensino, bem como a faixa etária prevista e a duração como

segue:

ETAPA DE ENSINO FAIXA ETÁRIA PREVISTA DURAÇÃO

EDUCAÇÃO INFANTIL

CRECHE

PRÉ-ESCOLA

ATÉ 5 ANOS DE IDADE

ATÉ 3 ANOS DE IDADE

4 E 5 ANOS DE IDADE

ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS INICIAIS

ANOS FINAIS

ATÉ OS 14 ANOS DE IDADE

DE 6 A 10 ANOS DE IDADE

DE 11 A 14 ANOS DE IDADE

9 ANOS

5 ANOS

4 ANOS

5.3. ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS E LEGAIS SOBRE A EDUCAÇÃO

INTEGRAL.

Legalmente a oferta de Educação Integral encontra respaldo na Constituição Federal,

artigos 205, 206, e 207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9089/90; LDB 9394/96,

artigos 34 e 87; PNE, Lei 10172/01; Fundo e Manutenção do Desenvolvimento da Educação e

de Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07, Resolução CNE/CEB nº 7/1.

A Educação em Tempo Integral é um direito da criança e do adolescente, ofertada

através da ampliação da jornada escolar como oportunidade de uma educação pública de

elevada qualidade. Traz em seu bojo a superação de políticas assistencialistas, uma vez que é

trabalhado o currículo disciplinar, bem como a formação omnilateral.

O Colégio Estadual Rui Barbosa optou pela implantação da Educação Integral em

2013, de forma gradativa, sendo que será trabalhada em turno único, com Matriz Curricular

Disciplinar. Será vedada qualquer forma de atividade de cunho assistencialista, ou que não

esteja de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

5.4. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ESCOLAR

Com a implantação da Educação Integral em turno único de forma gradativa a

Page 20: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

20partir de 2013, o Colégio ofertará diferentes organizações dos tempos escolares, de acordo

com a série.

Para o 6º Ano do ensino fundamental que funcionará a partir de 2013 em turno

único, o tempo será composto por 200 dias letivos, com atendimento em nove horas diárias,

sendo 8 (oito) horas-aula (50 minutos), mais o horário para o almoço totalizando 1800 h/a

anuais, sendo o total do curso de 7200 h/a com período de integralização de 4 (quatro) anos.

Nas séries seguintes, o tempo é composto por 200 dias letivos e distribuídos em

800 horas anuais, sendo cinco horas-aulas diárias que será cessado gradativamente até 2016.

Horário de início e término das aulas da Educação em Tempo Integral a partir do 6º ano

do Ensino Fundamental

Período Matutino – Ensino Fundamental (ETI) 7h30min às 12 horas Período de Almoço - Ensino Fundamental

(ETI)

12 horas às 12h50min,

Obs.: a família que optar por buscar seus

filhos neste horário deverá fazer a opção no

ato da matrícula. Período Vespertino – Ensino Fundamental

(ETI)

12h50min às 16h25min

O colégio funciona e atende a sua comunidade escolar nos períodos manhã, tarde

e noite, conforme tabela abaixo:

5.4.1 - Constituição de Turmas em 2013

Ensino Fundamental e Médio- Turmas- 2013

CURSOS OFERTADOS SERIES TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODOS

Ensino Fundamental

e

Ensino Médio

6° 5 132 Integral7° 01 22 Manhã7° 01 25 Tarde8° 03 92 Manhã8° 02 40 Tarde9° 02 65 Manhã9° 01 36 Tarde1º 03 83 Manhã2º 03 92 Manhã3º 02 60 Manhã

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

21Educação Especial- Turmas- 2013

CURSOS OFERTADOS TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODOSCentro de Atendimento

Especializado (SURDEZ)

01 02 Tarde

Sala de Recursos Multifuncional

– Tipo I

01 07 Manhã

Sala de Recursos Multifuncional

– Tipo I

01 05 Tarde

Sala de apoio- Turmas- 2013

CURSO OFERTADO TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODOSAtendimento 9˚ ano- Português 01 09 Manhã

Atendimento 9˚ ano- Matemática 01 12 Manhã Atendimento 9˚ ano- Português 01 06 Tarde

Atendimento 9˚ ano- Matemática 01 13 Tarde

Espanhol – CELEM- Turmas- 2013

CURSOS OFERTADOS TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODOS01 11 Manhã

Espanhol – Básico

02 38 Tarde

02 31 Noite

Espanhol – Aprimoramento 01 18 Noite

ATIVIDADES

CURRICULARES

COMPLEMENTARES

TURMAS Nº DE ALUNOS PERÍODOS/CONTRA

TURNO

Preparatório para o

Vestibular

01 34 Noite

Atividade Complementar

Permanente- 7º Ano

01 22 Tarde

Atividade Complementar

Permanente- 8º Ano

01 31 Tarde

É um estabelecimento amplo, instalado em um terreno de 11.550m2 que conta

com uma área construída de 3.018m2. O mesmo é composto por um espaço organizado de

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

22forma a propiciar um ambiente agradável e acolhedor, o que o torna favorável à aprendizagem

e integração do aluno.

Possuindo:

17 (dezessete) salas de aulas;

01 (uma) sala da direção;

01 (uma) sala de professores e funcionários, contendo 02(dois) sanitários

(feminino e masculino);

01 (uma) sala de recepção;

01 (uma) secretaria;

01 (uma) sala da equipe pedagógica;

01 (uma) biblioteca;

01 (um) Laboratório de Informática;

01 (uma) cozinha;

01 (um) refeitório;

01 (um) depósito de merenda;

02 (duas) salas de almoxarifado;

01 (uma) cantina;

01 (uma) sala de materiais desportivos;

02 (duas) quadras esportivas cobertas;

01 (um) auditório;

01 (um) estacionamento;

01 (uma) casa para o permissionário (caseiro);

02 (dois) pátios internos cobertos;

01 (um) pátio amplo gramado e arborizado;

01 (um) banheiro masculino, contendo 05(cinco) sanitários e 03(três)

bebedouros;

01 (um) banheiro feminino, contendo 05(cinco) sanitários e 03(três)

bebedouros.

A Direção tem a preocupação constante com a melhoria do espaço de modo geral,

fazendo reparos e reformas para manter este estabelecimento de ensino bem conservado.

55.5 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

235.5.1 - DIREÇÃO, PEDAGÓGICO E AGENTE ADMINISTRATIVO I E II

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃOSebastião Sergio Fabricio Diretor Matemática/Especialização em

Educação MatemáticaLéia Aparecida Conti Martins Dir.Aux. e Ag.

Educ.II

Letras/Espanhol/

Especialização em

Metodologia do Ensino de

Língua EspanholaMaria Lúcia Bassani Secretária Pedagogia/Especialização em

Psicopedagogia Institucional Ana Cláudia Jaime Alves Pedagoga PedagogiaEdilaine Aparecida da Silva Lima Pedagoga Pedagogia/ Especialização em

Psicopedagogia e em Pré-

escola e Metodologia das séries

iniciaisIoneide Xavier Ferreira Pavezi Pedagoga PedagogiaLaurizete Cassemiro da Costa Pedagoga Pedagogia/ Especialização em

Educação Especial com

enfoque em educação inclusiva

– DM-DA-DV e DFLilian Maria Ruiz Borim Pedagoga Pedagogia/ Especialização em

PsicopedagogiaMaria Aparecida Lima dos Santos Pedagoga Pedagogia/História/ Geografia/

Especialização em

Psicopedagogia e em Educação

Especial – Deficiência MentalViviane Correa Pedagoga Pedagogia/ Especialização em

Educação Especial – Formação

Integrada a apoio EspecíficoHélio Rodrigo Gil Ag. Educacional

II

Tecnólogo Agronegócio

Henrique Machado Júnior Ag. Educacional

II

Ciências Contábeis/

Especialização em

Administração, Supervisão e

Orientação EducacionalJucilene Lima de Souza Ag. Educacional Ciências Contábeis

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

24II

Karina Renata Fonseca Ag.Educacional II Educação FísicaMaria Luiza da Silva Ag.Educacional II PedagogiaAnita Ribeiro de Lima Crivelari Ag. Educacional I Ens.Fund.CompletoAntonio Lopes Ag. Educacional I Ens. Fund. IncompletoAparecida Ângela Carmona Filite

Correa

Ag. Educacional I Ens. Médio Completo

Fátima Francisco Vicente Franco Ag. Educacional I Ens.Fund. CompletoMarli Alves de Oliveira Ag. Educacional I Ens.Médio CompletoRegimar Célia Martins Peretti Ag. Educacional I Letras/EspanholRosana Mara da Silva Mochon Ag. Educacional I Ens. Médio CompletoRuceli Lopes Ferreira Cortez Ag.Educacional I Ens. Médio CompletoSirene Peres Rael Ag. Educacional I Ciências BiológicasVera Lúcia Malavasi Cardoso Ag. Educacional I Ens.Médio Completo

5.5.2 - QUADRO DEMONSTRATIVO DE DOCENTES

Nome Disciplina FormaçãoAdriana Cristina Corseti Farinazzo Matemática

Biologia

Exp. e Iniciação

Científica

Ciências Biológicas

Alessandra de Oliveira Língua

Portuguesa

Letras/Inglês/ Especialização em

Administração, Supervisão e

Orientação EducacionalAllan Marques do Rosário História História/ Especialização em

Filosofia Moderna e

Contemporânea: Aspectos Éticos

e PolíticosAmanda Claudia Barbosa Libras PedagogiaAmanda Goulart de Oliveira Educação Física

Aprof. Esportivo

Recreação e

Lazer

Educação Física

Ana Carolina Dalava Fabricio Apoio Ed. Esp.

TGD

Pré Vestibular

Matemática/ Especialização em

Pedagogia Escolar e em

Educação especial: Formação

Integrada e Apoio Específico Ana Paula Gonçalves Santos História HistóriaAna Paula Pereira de Oliveira Física Matemática

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

25Ana Paula Scandalo Arte

Exp. Corporal

Arte

Andrea Augustinho Teodoro

Gomes

História

Arte

História

ArteAparecida de Fátima Gasparello

Bin

História

Ensino Religioso

História/ Especialização em em

HistóriaDalva Aparecida da Cruz Ciências Ciências Biológicas/

Especialização em Biologia:

Morfofisiologia, Reprodutiva e

ComportamentalDiva Mara da Silva Geografia

Ensino Religioso

Geografia/ Especialização em

Educação Especial: Atendimento

às Necessidades Especiais Edmara Angela Bento Bayer Arte Arte e EducaçãoElaine Correa Soares Física QuímicaElaine de Fátima Bolzani Sala de Recursos

Mult. Tipo I

Educação Física/ Especialização

em Educação Especial: Educação

Bilíngue para Surdos –

Libras/Lingua PortuguesaElisabet Gonçalves Martins Pontara Matemática

Física

Matemática/ Especialização em

Fundamentos da Matemática e

em Metodologia e Didática do

Ensino Elisabete Pelissari Bispo Pontara Ciências

Matemática

Ensino Religioso

Sala de Apoio

Ciências Biológicas/

Especialização em

Instrumentalização para o Ensino

de Ciências Eloísa Cristina Romani Fernandes Educação Física Educação Física/ Especialização

em Avaliação e Prescrição de

Programas de Exercícios FísicosEmilene Maria Andrade Navarro Física Química/Mestrado em QuímicaFranciele Cristina Buscariolo

Nunes

Arte

Educação

Musical

Arte

Francismara Aparecida Faria Pires Líng. Portuguesa Letras/Inglês/ Especialização em

Língua Portuguesa – Descrição e

Ensino

Page 26: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

26Ivanete Pinheiro Geografia Geografia/ Especialização em

Gestão Escolar Ivanilda Souto Gonçalves Silva Promoção da

Saúde

Aprof.da Aprend.

de Matemática

Ciências Biológicas/

Especialização em Biologia:

Morfofisiologia Humana,

Reprodutiva e ComportamentalIsabel Cristina Ambrosio Marquete Exp. e Iniciação

Científica

Educação

Ambiental

Ciências Biológicas

Jackeline Mondini Tecnologia da

Informação Com.

Mídias

Ciências Biológicas

Educação Integral

Biologia Aplicada a Saúde Jorge Róbite de Almeida Física Ciências BiológicasJosé Marciano Ferreira Ciências Ciências Biológicas/

Especialização em Didática e

Metodologia do Ensino Josiani Romani Rabassi Química Química/ Especialização em

Bioquímica AplicadaJuliana Ruiz Kobayashi Geografia

Tecnologia da

Informação Com.

Mídias

Geografia

Lucilene Maria de Oliveira Boldrin Língua

Portuguesa

Aprof. da

Aprend. de

Líng.Portuguesa

Letras/Inglês/ Especialização em

Educação Infantil

Luzia Aparecida Borges Ravaneli Língua

Portuguesa

Inglês

Letras/Inglês/ Especialização em

Magistério da Educação Básica

Margarete Ferle História História/ Especialização em

História e Política Brasileira Maria das Dores Nacari Martins Filosofia PedagogiaMaria Otaciana Boschini Sanches Matemática MatemáticaMarineti Goulart Marchezini Inglês

Sala de Apoio de

Letras/Inglês/Especialização em

Língua Portuguesa e Literatura

Page 27: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

27Líng. Portuguesa

Marlete Fávaro Matemática Ciências Biológicas/

Especialização em Biologia:

Morfofisiologia Humana,

Reprodutiva e Comportamental

Nanci Domingues Alves Inglês Letras/Inglês/Especialização em

Ensino da Língua Inglesa Neide Araujo dos Reche Biologia Ciências Biológica/

Especialização em Biologia:

Morfofisiologia Humana,

Reprodutiva e ComportamentalOlair Vitório Fabrício Sociologia

Geografia

Ensino Religioso

Geografia

Paulo Henrique Valério Tecnologia da

Informação e

Comunicação

Arte

Paulo Roberto de Almeida Química QuímicaPrimo Donizete Maioli Educação Física

Aprofundamento

Esportivo

Educação Física/Especialização

em Psicopedagogia

Rosana Aparecida Ruiz Aprof. da

Aprend. de

Língua

Portuguesa

Letras/Inglês/Especialização em

Língua Portuguesa e em

Metodologia e Didática do

Ensino Rosemary Cláudia Marques Língua

Portuguesa

Letras/Inglês/Especialização em

Língua Portuguesa Sandra Proenci Silva Literatura

Infanto-juvenil

Língua

Espanhola/CELE

M

Letras/Espanhol/Especialização

em Língua Portuguesa: Leitura,

Produção Textual e Literatura

Sidnéia Aparecida Bulgarão

Pontara

Matemática

Sala de Apoio de

Matemática

Matemática/Especialização em

Fundamentos do Ensino da

MatemáticaSilvana Delli Colli Morales Língua Letras/Espanhol/Especialização

Page 28: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

28Espanhola/CELE

M

Leitura e

Informação em

Língua

Espanhola

em Língua Portuguesa: Leitura e

Produção Textual

Silvane Fortunato Furlan Matemática Matemática/Especialização em

Educação InfantilSueli Aparecida Ros Fajardo dos

Santos

Língua

Portuguesa

Letras/Inglês/Especialização em

Língua Portuguesa – Descrição e

Ensino Teresa Martins Baptistela Filosofia PedagogiaTielin Martins Waldhelm Interprete Libras

CAEs/DA

História/Especialização em

Libras e a Educação de Surdos:

Formação de IntérpreteVera Lúcia Degaspere Educação Física

Esporte e Lazer

Educação Física/Especialização

em Educação Especial – DM,

DA, DV e DFVitor Camilo Fabricio Sociologia

Arqueologia e

Patrimônio

Histórico

História/Especialização em

História Econômica

Vilma Cavalaro Janólio Química Química/Especialização em

Ensino de QuímicaWilian Aparecido da Cruz Língua

Portuguesa

Letras/Inglês/Especialização em

Língua Inglesa-Ensino

5.6. CORPO DISCENTE

O corpo discente deste Estabelecimento de Ensino é constituído de alunos que

frequentam os Períodos Manhã, Tarde e Noite.

Page 29: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

29

5.7. AGENTES EDUCACIONAIS

Os Agentes Educacionais do Colégio Estadual Rui Barbosa atuam considerando

as interações pessoais e profissionais, desenvolvendo suas atividades de forma a participar das

ações educacionais conjuntamente com professores, equipe pedagógica e comunidade.

Convergindo esforços coordenados de todos para a realização das ações pedagógicas, que é o

cerne da escola, contribuindo assim com a efetivação da gestão democrática da escola pública.

O Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública Estadual do

Paraná é integrado pelos cargos de Agente Educacional I e Agente Educacional II.

O Agente Educacional I tem suas atribuições definidas pela Lei 123 de 09 de

Setembro de 2008, e poderá realizar sua qualificação profissional em uma das seguintes áreas

de concentração:

I – Manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente;

II – Alimentação escolar;

III – Interação com o educando.

Para o ingresso no cargo de Agente Educacional I é exigido ensino fundamental

completo, sendo que a maioria dos 6 funcionários deste estabelecimento de ensino, possui a

referida escolarização, somente um funcionário não possui a devida escolarização, e uma

funcionária é acadêmica no ensino superior.

O Agente Educacional II tem suas atribuições definidas por lei e poderá realizar

sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de concentração:

Page 30: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

30I – Administração escolar;

II – Operação de multimeios escolares.

III- Biblioteconomia

Para o ingresso no cargo de Agente Educacional II é exigido ensino médio

completo, sendo que os funcionários que compõe este segmento possuem curso em nível

superior, e ainda 03 dos 05 agentes educacionais II possuem ainda pós-graduação.

A distribuição dos serviços que devem ser realizados por cada agente educacional

é definida pela direção deste estabelecimento de ensino, e será realizada de acordo com a Lei

123 de 09 de Setembro de 2008. A organização dos serviços de prestados pelos agentes

educacionais serão definidas de forma a atender a função social da escola pública, ou seja, a

aprendizagem dos alunos.

A Integração com Comunidade Escolar num contexto geral é muito boa, não

havendo grandes problemas de convivência no ambiente de trabalho, sendo que há abertura

por parte da Direção do Estabelecimento para que todos possam participar da gestão,

opinando/dialogando para a melhoria do trabalho. Inclusive participando das instancias

colegiadas do Colégio.

A Direção incentiva a participação da qualificação profissional, visando à

valorização do funcionário e à melhoria da qualidade do serviço público, com base no

levantamento prévio das necessidades do Estabelecimento, e de acordo com o processo de

capacitação (Semana Pedagógica, NRE Itinerante, Prófuncionário, etc.).

Há que se destacar que toda autonomia dos Agentes Educacionais esta vinculada

à concepção da educação pública de qualidade – aquela que expressa as necessidades

daqueles que dependem da educação escolar como via de acesso aos conhecimentos culturais,

universais, científicos, artísticos e filosóficos. Neste sentido, o trabalho dos agentes

educacionais esta inserido no Projeto Político Pedagógico expressando como este segmento

deve se organizar em torno da intencionalidade da escola pública.

5.8. EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

Possui os seguintes materiais didáticos:

02 (dois) Vídeos cassetes 4 cabeças CINERAL;

01 (um) Vídeo cassete 5 cabeças FUNDEF;

Page 31: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

31 02 (dois) Televisores coloridos de 20 polegadas CINERAL;

01 (um) Televisor colorido de 21 polegadas FUNDEF;

11 (onze) Televisores 29 polegadas tela plana c/ entrada USB CCE;

01 (um) Televisor colorido de 29(dois) polegadas;

01 (um) suporte para TV e vídeo;

01 (uma) Antena parabólica digital para TV;

01 (um) Aparelho de DVD;

03 (três) Retroprojetores;

01 (uma) Batedeira semi-industrial 12 litros FUNDEF;

01 (um) Bebedouro elétrico 110V;

02 (dois) Fogão semi-industrial 4 bocas c/ forno C. TEC;

01 (um) Freezer horizontal 310 litros;

01 (um) Freezer horizontal 152 litros usado; - 01(um) Freezer 300 litros PLC;

01 (um) Freezer 305 litros PLC;

01 (um) Freezer Horizontal 300 litros SUDE;

01 (uma) Geladeira 280 litros ELETROLUX;

01 (uma) Geladeira 270 litros FUNDEF;

36 (trinta e seis) Ventiladores de parede FUNDEF;

02 (dois) Botijões de gás vazio 13 Kg;

03 (três) Cilindros de gás P-45;

11 (onze) Racks para TV 29 polegadas;

08 (oito) Estantes aço com 6 prateleiras;

06 (seis) Estantes aço com 6 prateleiras SUDE;

01 (um) Microscópio monocular;

01 (uma) Máquina escrever eletrônica OLIVETTI;

01 (um) Multiprocessador industrial SUDE;

01 (uma) Impressora jato de tinta monocromática;

12 (doze) Mesas de informática MDF cor argila;

01 (uma) Mesa para microcomputador;

01 (um) Microcomputador Pentium–T6;

01 (um) Receptor decodificador Mpeg-2 DVB;

02 (dois) Armários aço 16 portas;

05 (cinco) Arquivos aço 4 gavetas;

21 (vinte e uma) Cadeiras estofadas fixas C-1;

24 (vinte e quatro) Cadeiras estofadas giratórias;

Page 32: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

32 35 (trinta e cinco) Conjuntos esc. FDE/4 PROEM;

70 (setenta) Carteiras universitárias SUDE;

04 (quatro) Mesas escrivaninhas com 2(duas) gavetas;

02 (duas) Mesas escrivaninhas com 3(três) gavetas;

07 (sete) Carteiras do professor verde;

02 (duas) Mesas Máquina esc. Mod. MM-FMI-1;

16 (dezesseis) Mesas p/refeitório com 2(dois) bancos;

15 (quinze) Mesas de leitura para biblioteca;

01 (uma) Mesa para reunião SUDE;

07 (sete) Armários aço 2(duas) portas;

02 (dois) Armários aço 2(duas) portas FUNDEF;

02 (dois) Armários aço 16(dezesseis) portas;

01 (um) Estadiômetro portátil;

01 (uma) Balança de plataforma s/coluna;

01 (um) liquidificador Industrial 8 litros;

02 (dois) Conjuntos sólidos geométricos;

01 (um) Conjunto barra de medida;

20 (vinte) Fantoches;

04 (quatro) Kit pancake – conj. C/05(cinco);

01 (um) TNT branco com 50 metros;

01 (um) TNT preto com 50 metros;

40 (quarenta) Baquetas madeira – par 32/39cm;

40 (quarenta) doce soprano plástico;

03 (três) Torres Hanói-1 base c/6 círculos;

08 (oito) Jogos alfabeto silábico 372 peças;

06 (seis) Jogos dominó assoc. idéias 28 peças;

06 (seis) Jogos vamos formar palavras 60 peças;

06 (seis) jogos sequência lógica 16 peças;

10 (dez) Jogos de memória c/ antônimos;

02 (dois) Conjuntos números e sinais 40 peças;

02 (dois) Conjunto dourado 611 peças madeira;

02 (dois) Conjuntos réguas numéricas 61;

02 (duas) Escalas Cuisinare c/294 barras;

50 (cinquenta) Tampo p/carteira escolar SUDE;

02 (dois) Dominós educ. subtração;

02 (dois) Dominós educ. multiplicação;

Page 33: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

33 01 (um) Bloco lógico c/48 em madeira;

02 (dois) tangram em madeira;

01 (um) Relógio didático;

01 (um) Switch de 24 portas;

01 (um) No Break APC SMART;

01 (um) Trilho para No Break;

01 (uma) Impressora Kiocera+toner;

01 (um) Servidor TP2 ITAÚ (com CPU+teclado+mouse);

01(uma) Estação de Trabalho Tp2 ITAÚ (com CPU com leitor

DVD+teclado+mouse+webcam+caixas de som+microfone+50 (cinquenta)

CDs+10(dez) DVDs;

02 (dois) Monitores 17 pol. (estação e servidor);

03 (três) Impressoras Lazer Samsung+toner;

06 (seis) Toners de impressora avulso;

04 (quatro) Estação de Trabalho TP1 POSITIVO (com CPU+teclado+mouse);

01 (um) Estação de Trabalho TP3 POSITIVO (com CPU com gravador de

CD+teclado+mouse+caixas de som;

05 (cinco) Monitores 17 pol. (estação e servidor);

18 (dezoito) Monitores 17 pol.;

01 (um) Acessórios (com 12(doze) hubs USB 2.0+18(dezoito) mouses;

01 (um) Acessórios (com 18(dezoito) teclados;

01 (um) Data-Show multimídia Epson;

01 (um) Projetor Proinfo LS-5580

04 (quatro) Balões de vidro de fundo chato;

04 (quatro) Balões volumétricos de vidro;

06 (seis) Balões de vidro;

08 (oito) Copos de becker de vidro;

06 (seis) erlenmeyers de vidro;

05 (cinco) Funis de separação;

04 (quatro) Suportes universais com haste;

04 (quatro) Garras para bureta;

04 (quatro) Garras para balão;

04 (quatro) Anéis para funil;

01 (um) Telescópio;

01 (um) Manta aquecedora;

Page 34: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

34 01 (um) Agitador magnético;

02 (dois) Balanças digitais;

01 (um) Phmetro portátil;

01 (um) Esqueleto em tamanho natural;

01 (um) Abdômen humano sintético;

01 (um) Microscópio;

01 (um) Balança de plataforma sem coluna;

01 (um) Estadiômetro Portátil;

01 (um) Telescópio;

06 (seis) Balanças de Precisão mecânica;

04 (quatro) Bicos de Bunsen;

Vidrarias Diversas.

5.9. RELAÇÃO DE TRABALHO

Dentro da uma visão de Gestão Democrática em que o Colégio se propõe a

trabalhar, as relações interpessoais, apresentam-se harmoniosas por parte dos setores,

preserva-se um clima de respeito e de cooperação. Direção, equipe pedagógica, professores,

agentes educacionais, alunos e pais trabalham em consonância para que o objetivo seja

atingido, para que o Colégio Estadual Rui Barbosa possa oferecer uma educação com

qualidade.

5.10. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A participação dos pais é feita, através do Conselho Escolar, APMF, Conselho de

Classe e Reuniões Diversas. O acompanhamento dos pais e responsáveis na vida escolar dos

alunos é satisfatório, as taxas de comparecimento em reuniões e Conselhos são de

aproximadamente 80%, e em situações onde os pais são convocados sempre comparecem.

São raros casos de não comparecimento dos responsáveis, sendo que esses são encaminhados

ao Conselho Tutelar que prontamente atua na convocação e orientação aos responsáveis.

5.11. PRÁTICA PEDAGÓGICA

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

35O Colégio valoriza e registra todos os eventos relevantes de sua história atual; o

planejamento das atividades de sala de aula é elaborado de forma integrada e por disciplina,

nas diferentes séries e entre as diferentes disciplinas.

Os desafios contemporâneos como: violência, drogas, sexualidade, entre outros,

são trabalhados de forma interdisciplinar, constando no planejamento de ensino; há uma

constante preocupação quanto às soluções para os problemas disciplinares, direção, equipe

pedagógica e professores trabalham em parceria com os pais e/ou familiares, sempre que se

julga necessário; quanto às dificuldades de aprendizagem, contamos com a Sala de Apoio de

Língua Portuguesa e Matemática, que tem por objetivo sanar as defasagens na aprendizagem;

a equipe pedagógica discute, juntamente com os professores, a melhor forma de organização

curricular da instituição; o colégio desenvolve um ótimo trabalho de acompanhamento junto

aos seus profissionais no atendimento de alunos com necessidades educativas especiais,

aspecto este só possível porque a instituição possui um CAES (Centro de Atendimento

Especializado) Área da Surdez, em necessidades especiais, em relação à surdez, possuindo

professores especializados, que dão suporte total aos professores do ensino regular; e uma

Sala de Recursos Multifuncional- Tipo I; os casos que necessitam de outras avaliações/

atendimentos o colégio encaminha para os órgãos responsáveis (Saúde, Assistência Social,

Conselho Tutelar); há também vários projetos, que são desenvolvidos, para que o educando

seja atendido em todos os aspectos: cognitivo, cultural e emocional.

5.12. ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

A organização de turmas é feita de acordo com a Resolução n° 4527/2011-

GS/SEED, sendo que também são analisadas as condições pedagógicas. Prevalecem os fatores

qualitativos necessários para que a aprendizagem do aluno seja alcançada, por isso o Colégio

organiza as turmas de forma a evitar o lotação de salas de aulas, considera os alunos com

dificuldades e distúrbios de aprendizagem, sempre com o objetivo de garantir a qualidade

pedagógica das aulas. Neste ano letivo de 2013 o Colégio conta com 18 (dezoito) turmas de

manhã e 06 (seis) turmas à tarde.

5.13. ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

LEI Nº 13807 - 30/09/2002

Page 36: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

36Publicado no Diário Oficial nº 6338 de 16/10/2002

A assembleia legislativa do Estado do Paraná aprovou, nos termos do§ 7º do

artigo 71 da Constituição Estadual, a seguinte Lei:

Art.1º fica instituído percentual de 20% de hora-atividade da jornada de trabalho

para todos os professores do estado do Paraná em efetiva regência de classe em

estabelecimento de ensino da rede pública estadual, considerando a jornada do cargo efetivo,

das aulas extraordinárias e das aulas pelo regime da CLT.

Art. 2º A hora-atividade será parte da jornada atribuída ao professor, incluída na

carga horária de trabalho, e quando o resultado do cálculo da hora-atividade for número

fracionado, igual ou superior a 0,5 eleva-se para número inteiro imediatamente superior.

Art. 3º A hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções da

docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade

escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida

integralmente no local de exercício.

Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus

efeitos a partir de 01 de janeiro de 2003.

Na organização do horário, há todo um esforço para propiciar o encontro dos

professores da mesma disciplina com hora atividade concentrada nos mesmos dias. Porém, a

falta de professores e a oferta de ampliação da carga horária e/ou professores que completam

seu(s) padrão(s) em outras escolas, não conseguem conciliar os horários e isso prejudica esta

organização.

O planejamento, execução e acompanhamento da hora-atividade dos professores

são orientados e supervisionados pela Direção e Equipe Pedagógica deste estabelecimento de

ensino.

6. MARCO CONCEITUAL

6.1. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Diante dos acontecimentos históricos em que o Brasil se constitui como país

independente, e principalmente considerando o fato de ter sido um país colonizado, sofrendo

um processo de aculturação de países “desenvolvidos”, podemos analisar que a atual da

sociedade brasileira é fruto de um processo histórico extremamente excludente para a maioria

Page 37: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

37do povo, que ainda é em sua maioria vítima de uma economia capitalista, onde a produção de

bens de consumo acaba se sobressaindo com relação aos valores humanos, neste contexto,

faz-se necessário repensar o processo ensino-aprendizagem, a fim de buscar caminhos para

que a educação possa realmente mudar a realidade social em que vivemos.

O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio tem como função

social, trabalhar com os conhecimentos historicamente acumulados de forma que os alunos

possam incorporá-los, mudando inclusive sua forma de se relacionarem com o mundo e entre

si, através da aquisição de uma visão mais ampla e profunda sobre os fatos e conhecimentos.

A educação escolar deve se ater principalmente aos saberes científicos, instrumentalizando os

alunos para que a partir destes conhecimentos, eles se tornem cidadãos emancipados e

críticos, capazes de construir novas práticas sociais.

6.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades é contribuir com conhecimentos curriculares, que venham de encontro com os

interesses sociais da classe trabalhadora, desmontando a dualidade no ensino que sempre

esteve a serviço da manutenção de uma sociedade desigual.

A Educação é indispensável à humanidade na construção da paz, da liberdade e da

justiça social. Deve ser encarada, como em uma via que conduz a um desenvolvimento social

mais harmonioso e coerente. Dessa forma, a educação torna-se mais que um direito, é a chave

para que a sociedade desenvolva cidadãos conscientes e um poderoso argumento em favor do

desenvolvimento sustentável da democracia, da justiça, da igualdade e do desenvolvimento

socioeconômico, cientifico tecnológico e cultural.

A sociedade contemporânea apresenta diferentes formas de organização familiar.

A função social da escola pública se faz cada vez mais importante e urgente, pois é comum

alunos que permanecem a maior parte das horas do dia sem a presença dos pais, e em muitos

casos dependem da formação escolar como a principal forma de aquisição de saberes

indispensáveis para sua formação e desenvolvimento. No entanto temos a preocupação de

ofertar uma educação respaldada no conhecimento, não desviando do papel da instituição

escolar, que é o trabalho pedagógico.

6.3. CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE HOMEM

Page 38: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

38Vygotsky, inspirado no principio do materialismo dialético, considera o

desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo de apropriação

pelo homem da experiência histórico-cultural. Nesta perspectiva, a premissa e de que o

homem constitui-se como tal, através de suas interações sociais, portanto, e visto como

alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada

cultura.

No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente no seu meio, faz-

se necessário que ele tenha uma formação básica, com desenvolvimento do pensamento

reflexivo e crítico, a fim de ter acesso ao mundo de trabalho, mas também vincular-se a

pratica social, na qual o exercício da afetividade, da sensibilidade, da ética se fará presentes

em suas relações.

O homem é um ser complexo, a sua formação esta intimamente ligada ao meio

sócio cultural. Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não estão

presentes desde o nascimento do individuo, nem são meras pressões do meio externo. Elas

resultam da interpretação dialética do homem e seu meio sociocultural. Ao mesmo tempo em

que o ser humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas, transforma-

se a si mesmo.

6.4. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE EDUCAÇÃO

O educando possui conhecimento adquirido através do senso comum, ou seja, o

conhecimento empírico, que é constituído no cotidiano, de forma espontânea. Ao longo do

desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar conhecimentos aprendidos

espontaneamente, mas e bem mais difícil formalizá-los ou explicá-los em palavras porque,

diferentemente da experiência escolar, não são conscientes, liberados ou sistemáticos. Já a

aquisição do conhecimento científico é trabalho da escola, através de métodos de ensino

proporcionar aos alunos a apropriação sistemática dos conteúdos curriculares da educação.

Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao conhecimento

científico. O conhecimento científico reorganiza o conhecimento espontâneo e estimula o

processo de sua abstração. Dessa forma a contextualização, um dos princípios da organização

curricular, facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão da experiência

pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos ao aproveitamento da experiência pessoal para

facilitar o processo de concreção dos conhecimentos abstratos.

Page 39: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

39Cabe a escola desenvolver o conhecimento científico, encaminhando-o a níveis

mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados, com a utilização de métodos de ensino e

recursos didáticos que desenvolvam nos alunos a compreensão de situações novas, que é a

base para soluções de problemas. Assim, a educação é um processo de desenvolvimento

físico, intelectual e moral do ser humano.

Nos termos do Art. 32 da LDB no. 9.394/96, são os seguintes os objetivos da

educação básica:

1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

2. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

3. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.

4. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;

5. O domínio de conhecimentos que levem à consciência da cidadania e facilitem

a melhor inserção do educando no ambiente social.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reitera ainda os princípios

constitucionais (Art. 2º) e, prevê a ampliação progressiva da jornada escolar do ensino

fundamental para o regime de tempo integral (Arts. 34 e 87), a critério dos estabelecimentos

de ensino. Além disso, prevê que “a educação abrange os processos formativos que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino

e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações

culturais” (Art. 1º), ampliando os espaços e práticas educativas vigentes. No entanto, é

importante ressaltar que, quando a LDB aborda a questão do tempo integral, ela o faz no Art.

34, que trata da jornada escolar, considerada como o período em que a criança e o adolescente

estão sob a responsabilidade da escola.

6.5. CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Page 40: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

40A escola é uma instituição criada pela sociedade formalmente constituída, para a

formação básica do individuo, que se modifica através da aquisição de conhecimento e

modifica a sociedade na qual está inserido. A escola é um espaço constituído de diversas

dimensões: a pedagógica, a administrativa, a política, a social e de ação. A pedagógica atende

questões pertencentes ao processo ensino-aprendizagem; a administrativa cuida de questões

de infraestrutura e de pessoal; a política, do processo decisório; a social, da relação

escola/comunidade; a cultural confere identidade social-cultural; a humana se relaciona com

sentimentos, conceitos e preconceitos de cada ser humano da comunidade escolar.

O eixo central da escola é o pedagógico e as questões administrativas são atividades-

meios para sua realização, mas para que o pedagógico tenha êxito é preciso que todas as

outras dimensões funcionem interligadas, visando a sua finalidade maior, que é a de garantir o

direito ao saber científico, para a formação básica do educando.

À escola cabe a especificação nas intenções dos conteúdos curriculares de cada

disciplina, bem como, definir suas próprias diretrizes juntamente com a classe de educadores

das escolas públicas. Dessa forma, as diretrizes definirão os caminhos a serem percorridos no

decorrer do curso, e os conteúdos, que estarão a serviço do desenvolvimento dos educandos,

numa perspectiva participativa para a formação do cidadão crítico, autônomo e atuante.

Como os conteúdos estarão a serviço do objetivo maior que é a formação do cidadão

democrático e participativo, não deverão ser tratados de maneira estanque, mesmo que os

conteúdos não apresentem possibilidade de uso imediato, porque se revestirão de sentido se

forem relacionados com questões de relevância social. Isto exige que o enfoque dos contedos

não se restrinja a fatos e conceitos, mas que envolva o tratamento de outros aspectos como

procedimentos, atitudes e valores.

A escola deve propiciar ao educando um conhecimento sistemático, possibilitando-lhe

que tenha acesso ao conhecimento científico acumulado pela humanidade o que deve ocorrer

por meio de uma organização curricular que considere os meios necessários para que a

aprendizagem ocorra de forma linear.

6.6. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O colégio trabalha com o currículo disciplinar, de forma que os conteúdos e o

tratamento que a eles devem ser dado assumem papel central, uma vez que é por meio deles

que os propósitos da escola se realizam. Dessa forma, a seleção, a organização e o tratamento

Page 41: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

41que será dado aos conteúdos devem ser precedidos de grande discussão pela equipe escolar,

levando em conta sua relevância social. Os conteúdos de natureza conceitual envolvem a

abordagem de conceitos, fatos e princípios, referem-se à construção em que esses conceitos

estejam em jogo, para poder construir generalizações parciais que, ao longo das experiências,

possibilitarão atingir contextualizações cada vez mais abrangentes. Os conteúdos

procedimentais contribuem para que os alunos construam instrumentos para analisar e criticar,

por si mesmos, os resultados que obtêm e os processos que colocam em ação para atingir as

metas a que se propõem. Por exemplo, para compreender o que vem a ser um texto

jornalístico é necessário que o aluno tenha contato com esse texto, use-o para obter

informações, conheça seu vocabulário, conheça sua estrutura e sua função social.

Os procedimentos metodológicos devem ser precedidos de decisões e planejamentos

ordenados e não aleatório, de forma que os conteúdos curriculares estejam sempre presentes

nos planejamentos de ensino, pois para realizar uma pesquisa, desenvolver um experimento,

fazer um resumo, construir uma maquete, são proposições de ações presentes nas salas de

aula.

É imprescindível que a equipe escolar adote uma posição crítica em relação aos

valores que a escola transmite, explícita e implicitamente, por meio dos recortes de conteúdos.

A consideração positiva de certos fatos ou personagens históricos em detrimento de outros é

um posicionamento de valor, pois o currículo escolar não é neutro.

6.7. CONCEPÇÃO DE ENSINO - APRENDIZAGEM

Os indivíduos constroem seus conhecimentos em interação com a realidade, com os

demais indivíduos e colocando em uso seus conhecimentos empíricos. O que uma pessoa

pode aprender em determinado momento depende em grande parte dos conhecimentos que já

construiu anteriormente e das situações de aprendizagem vivenciadas. É, portanto,

determinante o papel da interação que o indivíduo mantém com o meio social e,

particularmente, com a escola. O processo de construção de conhecimento desenvolve-se no

convívio humano, na interação entre o indivíduo e a cultura na qual vive. Situações escolares

de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais alunos e professores

dialogam, concorrendo com influência igualmente decisiva para o êxito do processo.

Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam e

devam contribuir para que a aprendizagem se realize nada pode substituir a atuação do

Page 42: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

42próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele

que vai modificar enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes instrumentos de

ação e interpretação.

Reconhecer e valorizar as diferenças e experiências dos educandos, bem como o

contexto histórico em que ele esta inserido é fundamental frente à garantia do direito de todos

à educação, pois, a diferença pode ser lançada na vala comum dos preconceitos, da

discriminação e da exclusão. Para assegurar o direito à educação, portanto da aprendizagem,

temos de estar sempre atentos de que aprender é uma ação humana criativa, individual,

heterogênea e regulada pelo aprendiz, independente de sua condição social ser mais ou menos

privilegiada.

São as diferentes ideias, opiniões, níveis de compreensão que nos enriquecem e que

clareiam o nosso entendimento. Cabe a nós professores ensinar o aluno a ter uma postura

positiva e recobrar-se diante de situações difíceis, principalmente, por sermos classe

trabalhadora, onde os alunos e profissionais da educação encontram as mesmas dificuldades

para realizar seus projetos de vida. Essa meta será alcançada mais facilmente, à medida que

propomos, para todos os alunos experiências diversificadas de aprendizagem.

Acreditamos que não somente a aprendizagem de conhecimentos é necessária para a

vida, mas também as atitudes como a cooperação, a ação positiva para a resolução de

conflitos e de problemas, a postura firme de segurança e resistência para a tomada de decisão.

Para isso, é necessário criar oportunidades para que todos participem e tenham

responsabilidade.

No processo de aprendizagem o sujeito deve ser analisado e compreendido em sua

totalidade, ou seja, aprende a partir do seu corpo, de suas emoções, de sua capacidade

intelectual e do seu esquema de referências. Ao aprender o sujeito descobre a si mesmo, ao

distinguir-se como um eu diferente dos demais e do mundo.

O professor tem um lugar importante na construção da aprendizagem, por isso a

intervenção pedagógica para a construção individual do conhecimento é necessária. É por

meio dessa relação que o professor acompanha o aluno para construir significados e dar

sentido ao que aprende.

E no cerne da relação professor-aluno que ocorrem os processos de apropriação do

conhecimento e da elaboração de novos saberes.

Concordamos com os termos de Libâneo (apud LOPES, 2001, p.108) quando estipula.

“a relação ensino-aprendizagem, revela-se através de atividades organizadas, dos professores

Page 43: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

43e dos alunos, buscando a apropriação do saber acumulado historicamente”, bem como quando

adverte que o ponto de partida dessa relação deve ser o nível atual de conhecimento,

maturidade e experiência de vida dos alunos.

Na verdade, a relação ensino-aprendizagem que visamos, depende sobretudo de um

educador comprometido com uma escolarização transformadora que, no dizer de Moyses

(1994), se expressa, pelo empenho de instrumentalizar política e tecnicamente o aluno,

ajudando-o a construir-se como sujeito social.

6.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo

parte integrante do dia-a-dia, em sala de aula. A avaliação deve ser vista como controle de

aprendizagem; deve ser contínua e centralizada no desempenho do aluno. Tem uma função

permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo pedagógico; avalia, portanto, o

educando, o educador, a escola e o sistema escolar. O resultado obtido deverá indicar o ponto

em que o conteúdo deve ser retomado e em que aspecto o processo pedagógico deve ser

reformulando.

O clima de trabalho instalado na presença de que avaliação é um instrumento para

ajudar o aluno a aprender, assegura espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-se, podem

errar. O erro, não configura, portanto, pecado ou ameaça, mas uma pista valiosa que permite

investigar quais problemas os processos de ensino- aprendizagem enfrenta e por quê. É a

partir daí que devemos nos orientar melhor e transformar eventuais erros de percurso em

situações de aprendizagem, resultando em avanços e eliminação de dificuldades. Dessa forma

atendemos o que preconiza a LDB “obrigatoriamente de estudos de recuperação, de

preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar (art. 24,

inciso V, alínea e)”.

Para avaliar é preciso ter em mente, as diretrizes curriculares estaduais, apreciando o

que está sendo avaliado. Assim, cada professor deve explicitar claramente, para si próprio e

para o aluno seus critérios de avaliação. É preciso assumir postura de constante observação e

cuidadoso registro, analisando o desempenho e o aproveitamento dos alunos no

desenvolvimento das atividades escolares. O registro em livro de classe, além de poderoso

auxiliar de memória, ajuda a organizar o pensamento e estimula a reflexão sobre a prática

pedagógica, propiciando uma visão geral do trabalho desenvolvido, direcionando a

Page 44: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

44organização da sequência do ensino para toda a sala de aula. Permite, também, avaliar o

processo de aprendizagem dos alunos e atuação do docente. Esse tipo de registro permite uma

percepção crítica da situação docente, facilitando as mudanças de encaminhamento

metodológico necessário.

Os resultados para fins de aprovação e no processo diagnóstico de ensino-

aprendizagem servirão para reformulação de novas ações em sala de aula. Cabe ao professor

ter sensibilidade ao avaliar seus alunado e ter bom senso de analisar o processo de interação e

crescimento do educando Em suma, a avaliação subsidia o professor com elementos para uma

reflexão contínua de sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho, a retomada de

aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo

de aprendizagem individual ou de todo o grupo; o aluno é o instrumento de tomada de

consciência de suas possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de

aprender; e para a escola possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos de ações

educacionais demandam maior apoio.

6.9. CONCEPÇÃO DE GESTÃO

A escola sempre tem a preocupação de desenvolver formas operacionais e ações a

serem desenvolvidas por todos os envolvidos com o processo educativo visando um ensino

com qualidade para garantir o acesso, permanência e sucesso dos alunos.

As instituições escolares vem repensando seu papel diante das transformações que

ocorrem na sociedade, as quais ocorrem em escala mundial, decorrentes de um conjunto de

acontecimentos e processos históricos, que desencadearam revolução tecnológica, exclusão

social, crise moral e ética e despolitização da sociedade. Diante destes desafios qual e o papel

da escola hoje? Qual papel dos professores e como proceder na gestão desta escola?

Aqui falaremos sobre a Gestão Escolar. Para muitos estudiosos, Gestão está

relacionada à Administração e Organização Escolar. A administração escolar tem como

objetivo: planejar, organizar, dirigir e controlar os serviços necessários à educação (Santos

1966). Organização são unidades sociais que existem para alcançar determinados objetivos

(Chiavenato, 1989).

Afirma-se que o centro da organização e do processo administrativo é a tomada de

decisão, os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a

decisão funcionar como pratica denominamos de gestão.

Page 45: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

45A organização e os processos de gestão, incluindo a direção, assumem diferentes

significados conforme a concepção que se tenha dos objetivos da educação em relação à

sociedade e a formação dos alunos. A participação é o único meio de assegurar a gestão

democrática da escola. Possibilitando o envolvimento de toda a comunidade escolar na

tomada de decisões e no planejamento da organização escolar é possível proporcionar um

maior conhecimento dos interesses públicos no que se refere à educação, definindo assim

objetivos e metas, da estrutura organizacional e das relações da escola com a comunidade.

Entre as instâncias colegiadas mais conhecidas estão: os Conselhos de Classe, os

Conselhos Escolares, APMFs, e Grêmio Estudantil, os quais ganham novo vigor a partir da

LDB 9394/96, que manifesta a necessidade de os estabelecimentos escolares terem uma

gestão democrática, referindo-se aos Conselhos Escolares como órgão máximo de deliberação

dento da escola, sendo que estes devem funcionar de forma paritária e como instancias

máximas de decisão dentro da escola no que diz respeito aos aspectos administrativos e

principalmente pedagógicos.

No Estado do Paraná a Gestão Democrática da escola pública vem sendo construída

principalmente a partir do processo de eleição para seus diretores, garantir o direito ao voto

para aqueles que fazem parte da gestão da educação pública é uma forma de possibilitar a real

participação da comunidade escolar na gestão.

Finalizando, podemos afirmar que uma Gestão Democrática só acontece com sujeitos

compromissados com uma educação cujo objetivo é a construção da cidadania e a

transformação da sociedade, para tanto é fundamental que o diretor eleito tenha clareza de que

a escola é pública, e as decisões devem ser tomadas com a participação de todos que fazem

parte da comunidade escolar. Cabe ainda ao Diretor eleito criar mecanismos, juntamente com

equipe técnico- pedagógica de incentivar a cada vez mais o comprometimento de pais, alunos,

comunidade e profissionais da educação com o ensino de qualidade.

A Lei 9394/96-LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino

público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da

escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes. (...)

Page 46: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

46Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação

básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de

gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.

Enfim, a gestão democrática apoia-se em alguns princípios:

a) desenvolvimento de uma consciência crítica;

b) envolvimento das pessoas;

c) participação e cooperação;

d) autonomia.

E é baseado nestes princípios que o Colégio Estadual Rui Barbosa sempre primou pela

transparência em todos os seus atos. Todas as ações desenvolvidas envolvem os professores,

funcionários, pais, alunos e comunidade num congregamento de esforços na tentativa de

tornar a educação uma área forte na sociedade, desenvolvendo assim sua função social. A

escola estimula e incentiva as atividades que os professores e alunos optam por realizar, por

acreditar que destas ações conjuntas resultam melhorias para a escola, alunos, pais e

comunidade.

Esta Instituição de Ensino utiliza mecanismos através do Fundo Rotativo,

APMF/Conselho Escolar, para a capacitação de recursos materiais e financeiros que visem

suprir as necessidades básicas do contexto escolar, bem como faz a prestação de contas à

comunidade interna e externa em frequentes reuniões.

A formação da cidadania tem sido o fio condutor da gestão do Colégio, e tem o aluno

como centro do processo educativo. Leva em conta que o conhecimento é construído e

transformado coletivamente, dessa forma o processo de produção de conhecimento deve

pautar-se, sobretudo, na socialização e na democratização do conhecimento.

6.10. CONCEPÇÃO DE CULTURA

Cultura é o conceito que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os

costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro de uma

determinada sociedade. A Cultura no ambiente escolar deve ser trabalhada conforme a

concepção de mundo e de homem que a escola pretende defender. Entende- se por cultura o

conjunto de conhecimentos teóricos e práticos que se aprende e transmite aos alunos. A

cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus

problemas ao longo da história, assim cultura é criação. O homem não só recebe a cultura dos

Page 47: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

47seus antepassados como também cria elementos que a renovam. A cultura é um fator de

humanização. O homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural. A

cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que

conferem sentido à vida dos seres humanos.

No âmbito escolar a cultura vivenciada deve atender a legislação vigente, bem

como os conteúdos curriculares previamente discutidos e planejados pelos professores,

conforme Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina.

6.11. CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O conceito de trabalho deve imergir do pensar, planejar e executar, driblando a

histórica divisão social do trabalho, que acaba por consolidar a divisão de classes, mantendo a

pobreza e o acumulo de riquezas por poucas pessoas. Assim destaca- se a importância de

tomá- lo como eixo articulador das propostas pedagógicas voltadas para o interesse da classe

trabalhadora.

Segundo Gramsci, 2000 faz- se necessário que a escola se constitua em espaço de

potencialização dos processos de aprendizagem vivenciados fora dela e impregnados de

saberes socialmente construídos, tal definição vai de encontro com o desafio de instituir uma

escola unitária, capaz de formar para o exercício pleno da cidadania.

6.12. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A sociedade brasileira vive no regime da Democracia, tal conceito pressupõe um

estado de direitos e deveres para o cada cidadão, sendo que a garantia de seus direitos está

totalmente ligada ao cumprimento de deveres. Assim, cidadania é o exercício pleno dos

direitos civis, políticos e sociais.

Nesse contexto a escola está para garantir ao cidadão a educação formal, ou seja,

o conhecimento dos saberes elaborados e descobertos pela humanidade. As propostas

pedagógicas escolares devem dar conta também de formar alunos capazes de interpretar a

realidade histórica e social, entendendo que são sujeitos de transformação da mesma. A escola

pública tem papel fundamental neste despertar para a cidadania, uma vez que atende a maior

parte dos alunos brasileiros, oriundos da classe trabalhadora.

Page 48: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

48

6.13. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

Tecnologia são todas ferramentas e materiais utilizados no processo ensino-

aprendizagem.

Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como o

quadro de giz e os livros didáticos, e processos mais complexos como as TICs (Tecnologias

de Informação e Comunicação), é importante salientar que a tecnologia é fundamental para

qualidade da educação escolar, pois desperta o interesse do aluno pelas atividades escolar. A

tecnologia simplifica a transmissão dos conteúdos, e possibilita maiores possibilidades de

interação do aluno com o conhecimento, melhorando assim a qualidade das aulas.

Atualmente utilização da tecnologia digital tem sido destaque no preparo das

aulas, conforme mostra os Planos de Trabalho Docente dos professores, com a utilização dos

Laboratórios de Informáticas e Tvs pen drive a demonstração dos conteúdos curriculares

através de recursos áudio- visuais amplia a qualidade na aquisição do conhecimento. As redes

de Internet também tem sido de grande valia no incentivo à pesquisa, com destaque para os

sites educacionais como Portal Dia- a- Dia Educação do Estado do Paraná.

6.14. ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, ADOLESCÊNCIA E INFÂNCIA

O ensino fundamental de nove anos trouxe a necessidade de atualizadas reflexões

acerca dos conceitos de letramento, adolescência, infância e alfabetização, considerando que

eles devem estar interligados, de forma a melhorar o entendimento da aprendizagem do aluno,

como ser único em um único processo, o ensino fundamental na educação básica.

Os sistemas de avaliação brasileiros tem comprovado que embora se tenha

garantido a matrícula dos alunos no ensino fundamental de nove anos, ainda existe o

problema da qualidade do ensino ofertado, talvez a falta de articulação entre os sistemas

municipais, estaduais e federais, ou mesmo, a simples transferência de responsabilidades pela

qualidade da aprendizagem dos alunos.

Page 49: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

49Desde os primórdios o sistema da escrita e as convenções foram e são

fundamentais para a aquisição do conhecimento e a tecnologia para o desenvolvimento da

humanidade.

O letramento é essencial para o desenvolvimento do indivíduo num todo. Não

basta apenas a aquisição da tecnologia da escrita e da leitura para nos trazer o

desenvolvimento de competências e práticas sociais, é necessário apropriar-se das formas

adequadas e eficientes, com vários objetivos, em interações nas diversas situações em que a

criança e adolescente enfrentam no dia-a-dia.

No processo de aprendizagem da criança é necessário que ela se aproprie da

tecnologia da escrita pelo processo da alfabetização, e precisa identificar os diferentes usos e

funções da escrita vivenciando as diferentes práticas de leitura e de escrita. Desta forma, para

que a criança se inteire do mundo se faz necessária à alfabetização e o letramento.

6.15- EDUCAÇÃO INTEGRAL

Legalmente, a oferta de Educação Integral encontra respaldo na Constituição Federal,

artigos 205, 206, e 207; Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 9.089/90; LDB 9394/96,

artigos 34 e 87; PNE, Lei 10.172/01; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação e de

Valorização dos Profissionais da Educação, Lei nº 11.494/07 e Resolução CNE/CEB Nº 7/10.

No ano de 2012 o Colégio iniciou a oferta de Atividade Complementar Permanente,

visando o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os

conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que está

situada, através da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas. Com os resultados

alcançados, e pela satisfação da Comunidade Escolar, verificamos que era necessário ampliar a

oferta de Educação Integral para todos os alunos, assim, o Colégio Estadual Rui Barbosa- Ensino

Fundamental e Médio optou pela implantação da Educação em tempo Integral em turno único,

com currículo disciplinar a partir de 2013.

7. MARCO OPERACIONAL

Page 50: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

50A sociedade globalizada vem sofrendo transformações, principalmente nas áreas

científicas e tecnológicas. Todos os segmentos da sociedade devem acompanhar os avanços e

a educação não pode ficar aquém desse processo.

A educação exige que se tenha uma visão democrática sobre ela, voltada para a

evolução do sistema educacional, pois só assim conseguirá acompanhar os avanços

provenientes das exigências do mundo moderno.

Há necessidade de inovar o ensino; afinal partes devem estar interligadas à

globalização a fim de criar novas qualificações para o trabalho. Essas referidas atividades das

práticas sociais e produtivas, permitem o exercício da cidadania e a atitude reflexiva em torno

da cultura que rodeia o indivíduo. O papel da escola se fundamenta pelo compromisso que

deve ter em formar um cidadão capaz de desenvolver e consolidar conhecimentos das áreas

contextualizadas, objetivando assim o homem que interage no meio sociocultural.

A escola deve assumir-se como um espaço de vivência e de discussão dos

referenciais éticos, não uma instância normatizadora, mas um local social privilegiado de

construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação.

A escola como entidade educacional, deve preparar o cidadão para enfrentar essa

sociedade, sendo assim, o cidadão deve aprender os valores de uma vida vencedora, precisa

ser incentivado a trabalhar em grupo, a valorizar a vida em família, a ser capaz de praticar

ações de solidariedade, a respeitar o semelhante, e, sobretudo necessita ter garantida a sua

segurança.

Essa visão de educação gera a necessidade de uma gestão democrática, em que

toda a sociedade deve estar envolvida no processo educacional de forma dinâmica e

participativa.

7.1. AÇÕES PEDAGÓGICAS

Na tentativa de cumprir sua missão, o Colégio Rui Barbosa procura resgatar seus

pontos fracos e reforçar seus pontos fortes. Para isso a definição coletiva de suas ações é

imprescindível.

Sabemos que a defasagem de conteúdos, a reprovação e a evasão são pontos a

serem superados, então direção, equipe pedagógica e professores buscam a implementação de

ações que tragam a superação destas dificuldades, permitindo que o processo de

aprendizagem dos alunos, se desenvolva sem muito sofrimento.

Page 51: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

51Ações a serem desenvolvidas:

Esclarecimento sobre os direitos e deveres dos educandos, educadores e

demais funcionários, (cumprimento do regimento interno);

Escolha do professor coordenador e aluno representante de turma, no início do

período letivo, para um melhor encaminhamento pedagógico na instituição;

Realização de reuniões ordinárias e extraordinárias, com os pais dos alunos do

Ensino Fundamental e Médio, para discutir possíveis ações para melhorar o

rendimento escolar, incentivando para que acompanhem juntamente com a

escola, o processo de aprendizagem dos educandos, sendo que as reuniões

ordinárias referem-se às que ocorrem no início do ano letivo, para

definição/decisão do uso do uniforme, entre outros assuntos, e às reuniões

bimestrais. As reuniões extraordinárias ocorrem sempre que necessário.

Incentivo total ao desenvolvimento de atividades educacionais;

Aquisição de livros com novos títulos para facilitar a pesquisa na Biblioteca;

Implementar novas ações de incentivo a leitura;

Orientação vocacional: palestras com profissionais de diversas áreas, visitas a

instituições de ensino superior, aos alunos do Ensino Médio;

Reestruturação do pátio interno e rampas de acessibilidade;

Promoção de Curso Básico de LIBRAS (SEED);

Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção,

as verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de

uma escola pública de qualidade;

Através de reuniões pedagógicas, estimular os professores a buscar

metodologias adequadas para a concretização do processo ensino-

aprendizagem, construindo, dessa forma, um ambiente estimulador e

agradável em sala de aula.

Implantação da Educação em Tempo Integral, de forma gradativa a partir de

2013 para os alunos do Ensino Fundamental.

7.2. AÇÕES DESENVOLVIDAS COM PARCERIAS

Page 52: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

52 Secretaria Municipal de Educação e Saúde do Município: transporte; palestras

de prevenção relacionadas à Saúde; projetos referentes ao meio ambiente,

assistência aos educandos com profissionais da saúde (psicólogos, psiquiatras,

fonoaudiólogos e assistente social);

Secretaria Municipal de Cultura e Esportes – jogos escolares municipais;

Secretaria Municipal de Obras – cortes de grama e poda de árvores;

Centro Integrado de Estágios dos Estudantes (CIEE) – alunos estagiários nas

empresas e indústrias do município;

FAFIJAN – Parceria

7.3. ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO

A Proposta Política Pedagógica, o Regimento Escolar e o Regulamento Interno

legitimam e respaldam a organização interna do colégio nas dimensões administrativas,

organizacionais e pedagógicas, tais como: Conselho Escolar, Direção, Direção Auxiliar,

Secretaria, Equipe Administrativa, Equipe Pedagógica, APMF, Professores, Alunos, Serviços

Gerais, Laboratório de Informática e Biblioteca.

A boa organização interna do colégio é fator determinante e necessário para o

sucesso do desenvolvimento do trabalho escolar.

7.4. RELAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS

A escola como instituição se relaciona com uma série de outras instituições em

termo de relações hierárquicas de poder e relações sociais e interinstitucionais que dão forma

à sua ação e gestão.

O Colégio Rui Barbosa se relaciona com:

Secretaria Estadual de Educação (SEED);

Núcleo Regional da Educação de Apucarana;

Conselho Escolar;

Comunidade;

Page 53: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

53 Secretaria de Saúde;

Família;

Conselho Tutelar.

7.5. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Além da transmissão, socialização e crítica da herança cultural acumulada, a

função social e política da escola pública, também é colaborar para a produção de um novo

saber, a fim de preparar o indivíduo para a vida da totalidade social. Isto implica em

instrumentalizar o cidadão para ler, entender e reelaborar o mundo em suas contradições e

possibilitar-se mudança na sua prática social.

Com base nesse pressuposto, a concepção de educação e projeto político-

pedagógico, do Colégio Rui Barbosa, é definida a partir das necessidades da escola e daqueles

que dela precisam, através da mobilização dos segmentos de gestão de suas instâncias.

Sendo assim, as instâncias colegiadas desse colégio terão ao mesmo tempo a

função de acompanhar o desempenho do processo educacional, pedagógico, administrativo,

financeiro e político, como contribuir para que haja definição clara do tipo de escola que

intenta, requerendo a definição de fins. Essa distinção clara entre fins e meios, é essencial

para que as instâncias rompam com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e

o fazer.

Conselho Escolar: é um órgão coletivo, consultivo e fiscalizador, e atua nas

questões técnicas, pedagógicas, administrativas e financeiras da unidade escolar. Como órgão

coletivo, adota a gestão participativa e democrática da escola, a tomada de decisão consensual

visando à melhoria da qualidade do ensino.

O Conselho Escolar deste Colégio se reúne em datas previstas no calendário

escolar, estando sujeita a alterações que visem assegurar a qualidade do trabalho escolar em

termos administrativos, financeiros e pedagógicos.

O Conselho Escolar é constituído a cada 2 (dois) anos, tendo como membros

integrantes, professores e funcionários da escola, pais, alunos, direção e equipe pedagógica.

Ações realizadas pelo Conselho Escolar:

- Colaborar com a elaboração e aprovação do Projeto Político Pedagógico;

Page 54: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

54- Aprovar o plano administrativo da escola, sobre a programação e a aplicação de

recursos financeiros, propondo sugestões e alterações;

- Ajudar na construção, alteração, realimentação do Regimento Interno da escola;

- Acompanhar as ações educativas desenvolvidas na unidade escolar com o

objetivo de identificar os problemas e propor alternativas para melhorar o

desempenho no processo de ensino e aprendizagem;

- Acompanhar as ações gerais no âmbito escolar, a fim de garantir sua

legitimidade.

Conselho de Classe: órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, em

assuntos didático-pedagógicos, com o objetivo de avaliar a apropriação dos conteúdos

curriculares, bem como para refletir a relação professor-aluno e analisar a prática pedagógica,

na busca de alternativas que garantam a efetivação do processo de ensino e aprendizagem.

O Conselho de Classe oportuniza ao professor o redimensionamento da sua

intervenção no processo de ensino, a revisão de metodologias, de alternativas de trabalho, a

criação de novos recursos didáticos, no sentido de conhecer melhor o aluno, a aprendizagem,

o ensino e a escola.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF):

É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, com o objetivo de

discutir as ações de assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e integração família-

escola-comunidade, apresentando sugestões para apreciação do conselho escolar e equipe

pedagógico-administrativa.

Busca a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,

discutindo a política educacional, visando a realidade da comunidade, bem como, gere e

administra os recursos financeiros próprios, e os que lhes forem repassados através de

convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho

Escolar, com registro em livro ata.

Colabora com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,

conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.

As eleições para Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF são

realizadas a cada 2 (dois) anos, podendo serem reeleitos por mais dois mandatos. As reuniões

acontecem periodicamente, de acordo com as necessidades, com a finalidade de atender às

atribuições que lhe competem, conforme o Estatuto.

Page 55: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

55

8. AVALIAÇÃO, OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO, CRITÉRIOS

DE AVALIAÇÃO.

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo

aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e equipe

pedagógica.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser permanente e

cumulativa, bem como, deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período

letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a

totalidade do aproveitamento escolar tomado na sua melhor forma.

O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que, ao

nortear as ações do educador, indica-lhe caminhos e possibilita-lhe reflexão dessas ações com

os educandos.

Sacristán (1998) refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou

circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática

pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são realizadas

as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização vem condicionada

por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e institucionais, ao mesmo tempo, ela

incide sobre todos os demais elementos envolvidos na escolarização, como, a transmissão de

conhecimento, as relações entre professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos

que se praticam a disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização

do indivíduo na sociedade (...) (p.295).

Considerando estas inter-relações cabe-nos analisar sistematicamente as funções

que a avaliação cumpre na prática educativa, para depois questionarmos os métodos e os

resultados.

No Colégio Estadual Rui Barbosa, a avaliação de aproveitamento escolar do aluno

tem por objetivo a verificação das aprendizagens qualitativa e quantitativa, com a

preponderância do aspecto qualitativo sobre o aspecto quantitativo.

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

Page 56: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

56É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de

atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que atendam a

pluralidade de demandas existentes na escola.

Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa garantir a

superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos alunos durante o

percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo

obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.

As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual, ou superior a 6,0

para cada disciplina, conforme Regimento Escolar.

A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a

singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não constitui-se

em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o planejamento ser avaliado e

adequado às condições, também, de quem não aprendeu.

O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é bimestral e

será composto pela somatória das seguintes avaliações:

Nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas;

Nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.

Os componentes curriculares serão avaliados através de relatórios dos

professores, e pela participação dos alunos nas atividades de aprendizagem

proposta pelo professor, as quais devem estar de acordo com a Proposta

Pedagógica do Componente Curricular.

São objetivos da avaliação:

Acompanhar e verificar o desempenho e a aprendizagem dos conhecimentos;

Verificar se o aluno transfere conhecimento na resolução de situações novas;

Avaliar se o aluno está se apropriando dos conhecimentos e se estes estão

sendo significativos e contínuos;

Detectar, analisar e retomar a defasagem no aprendizado;

Repensar novas estratégias de trabalho em classe.

Page 57: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

57

São Instrumentos de avaliação:

O Colégio utilizará diversos instrumentos no processo de avaliação e esta deverá

ser constante e continua. O aluno deve ser avaliado passo a passo.

Todo trabalho realizado com o aluno é em potencial um instrumento de avaliação.

Toda proposta de atividade deve levar o aluno a estar em contato com a construção do

conhecimento.

As verificações poderão ser informais: trabalhos, exercícios, seminários, debates,

dinâmicas, observações diárias, registros de atividades interação com a família, interação

dialógica com o aluno, auto-avaliação, atividades culturais e projetos, participação,

frequência, cumprimento de responsabilidade com tarefas e materiais, procedimento de

convívio social, fornecerão maior número de amostras.

Critérios de Avaliação:

O sistema de avaliação do Colégio Estadual Rui Barbosa compreende os critérios

de:

- Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período

letivo;

- Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período

letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.

O aluno será avaliado, continuamente, pelo seu desempenho, na sala de aula, e por

meio de provas, trabalhos e tarefas.

As notas serão de zero a dez, vírgula zero e deverão refletir o desempenho global

do aluno.

Será promovido, o aluno com 75% de frequência do total das aulas e que obtiver

média final igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

Haverá recuperação (paralela), para o aluno que não obtiver média 6,0 (seis

vírgula zero) em cada disciplina, e para todos os alunos interessados em participar do

processo de recuperação, independente do rendimento escolar, atendendo o que preconiza a

LDBEN 9394/96 “... obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelas ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar.” (Art.24, inciso V, alínea E).

Page 58: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

58

9. PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17 da Deliberação nº

09/01 – CEE.

Este Estabelecimento de Ensino não adota o Regime de Progressão Parcial. Para

os casos de recebimento de transferência de alunos com dependência em algumas disciplinas,

ou seja, com Progressão Parcial, o cumprimento das dependências será através de um plano

especial de estudos que ao término do ano letivo será arquivada na pasta individual do aluno.

No caso de transferência encaminhar a cópia do plano especial de estudos juntamente com o

documento de transferência.

10. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Segundo a Lei nº11. 788, de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato

educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à

preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular

em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação

especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e

adultos”.

O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das

diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta pedagógica do

curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito para aprovação e obtenção

de diploma. O estágio não obrigatório é atividade opcional, acrescida à carga horária regular e

obrigatória.

Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a compreensão

dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção moderna, de modo a orientar

os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente de trabalho relacionando aos

conhecimentos universais necessários para compreendê-los a partir das relações de trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos

historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se

Page 59: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

59apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para

além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se

compreender o processo de produção em sua totalidade.

11. FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada deve-se à necessidade dos profissionais da educação de

buscar novos caminhos e/ou soluções para os desafios que se apresentam ao exercício do

processo educativo, ao compromisso das instituições educacionais envolvidas com a formação

continuada dos profissionais da educação e à necessidade de aprofundar cada vez mais as

relações entre as discussões acadêmicas e as análises políticas com as práticas pedagógicas,

sejam de gestão, sejam de metodologias de ensino. Esta a razão primeira para reunir

profissionais, pesquisadores, estudantes, órgãos gestores e instituições da área da educação

para, contribuindo com a sua atualização e aperfeiçoamento, chegar a uma maior qualificação

do processo ensino-aprendizagem, o compromisso de todos aqueles que estão envolvidos com

a educação escolar.

Estes eventos que compõe a Formação Continuada são organizados e

desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), através do Núcleo Regional de

Educação (NRE) e pelo próprio colégio.

Os profissionais deste Estabelecimento de Ensino participam de cursos oferecidos

pela SEED, como: Grupos de Estudos, Formação em Ação e Semana Pedagógica.

12. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros

da atividade escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, definidos pelo

Colégio e externos, pelos órgãos colegiados.

A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe em reuniões especialmente

convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e reformulação, se necessário, dos

procedimentos pedagógicos, tendo como meta, o aprimoramento da qualidade do ensino,

sustentada por procedimentos de observação e registros contínuos, permitindo o

Page 60: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

60acompanhamento sistemático do processo de ensino e aprendizagem, de acordo com os

objetivos e metas constantes no Projeto Político Pedagógico.

Será avaliado também, o desempenho da equipe escolar, dos alunos e dos demais

funcionários, nos diferentes momentos do trabalho educacional e a participação da

comunidade escolar nas atividades propostas pelo Colégio.

A avaliação servirá como base para as mudanças no Projeto Político Pedagógico e

deverá acontecer semestralmente, a princípio com a participação da comunidade interna e

colocada à apreciação dos órgãos colegiados.

13. PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR.

A Evasão Escolar é uma realidade em nossas escolas e precisa ser combatida por toda

a sociedade e, em especial pela comunidade escolar e órgãos responsáveis por zelar pelo

direito das crianças e adolescentes de frequentar a escola e ter acesso ao saber sistematizado.

Existe uma série de fatores de ordem social que podem levar à evasão e acabam

repercutindo diretamente na escola, sendo assim, no Colégio Rui Barbosa, buscamos

amenizar, essa situação, através de contatos diários da equipe pedagógica junto aos

professores e demais funcionários, bem como através de contato com a família de alunos

faltosos e ou evadidos, por meio de telefonemas e/ou de comunicados escritos, ou ainda

utilizando o Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, através

do encaminhamento de ofício ao Conselho Tutelar.

O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida, foi

concebido pela Secretaria de Estado da Educação – SEED, em parceria com o Ministério

Público, com o objetivo maior de garantir que nenhuma criança fique fora da escola.

O instrumento para encaminhamento do aluno ausente, é um dos mecanismos

colocados à disposição da escola e da sociedade, para a sistematização de ações de combate à

evasão escolar.

No sistema de operacionalização do referido instrumento, a atuação dos

envolvidos no processo educativo é essencial, além da participação da família e das

instituições educativas.

O principal agente desse processo é o professor, na medida em que, constatada a

ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou, então, 07 (sete) alternados, sem

justificativa, no período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à

Page 61: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

61equipe pedagógica da escola, que entrará em contato com a família, orientando e adotando

procedimentos que possibilitem o retorno do aluno, conforme o Artigo 56, do Estatuto da

Criança e do Adolescente. Na escola, a direção, juntamente com a equipe pedagógica e com o

Conselho Escolar, realizará, no prazo de cinco dias, contato com o aluno e sua família,

buscando viabilizar o retorno do aluno à escola. Caso não seja solucionado o caso, a ficha será

encaminhada aos setores competentes da administração pública, serviços e programas de

proteção existentes.

Obtendo êxito com retorno do aluno à escola, a ficha é arquivada em pasta

própria.

14. DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCACIONAL

14.1. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

O uso de drogas tem sido uma prática disseminada em nossa sociedade e vem

trazendo desestruturação familiar, profissional, pessoal e social.

A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento sadio das crianças e

adolescentes, pois contribui diretamente para a formação integral dos educandos.

A prevenção ao uso de drogas e à violência é uma atitude a ser adquirida desde a

infância e promovida durante a vida. Assim, a função da escola na prevenção é colaborar para

que os educandos busquem desenvolver sua identidade e subjetividade, incentivando a

cidadania e a responsabilidade social, bem como assegurar que incorporem hábitos saudáveis

no seu cotidiano.

Dessa forma, buscamos desenvolver atividades interdisciplinares, que promovam

reflexões junto aos alunos, a fim de que percebam que a vida é prioridade absoluta e a

qualidade de vida é um direito a ser escolhido e priorizado pelo ser humano. Entre os

materiais utilizados para a fundamentação teórica, referente ao enfrentamento às drogas,

encontra-se o caderno temático dos Desafios Educacionais Contemporâneos – Prevenção ao

uso indevido de drogas.

14.2. VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Page 62: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

62

Em nossa cultura, a violência é entendida como o constrangimento físico ou

moral, o uso da força ou a coação.

Ainda, é próprio da violência, perturbar acordos e regras que pautam as relações,

o que lhe confere uma carga negativa.

Em nossos dias, têm sido crescentes as situações que expressam a violência “na” e

“da” escola, sendo, associado, principalmente aos graves problemas socioeconômicos, ao

declínio da autoridade dos pais e desprestígio à função dos professores, à violência

apresentada pelos meios de comunicação e pelos jogos eletrônicos.

Entendemos que é possível reduzir, até mesmo solucionar as situações que

revelam violência “na” e “da” escola, mas para isso é preciso promover ações que estreitem

os laços de convivência entre os atores da educação e a comunidade, pois quando a sociedade

percebe que a escola é um patrimônio que está colaborando para a construção da cidadania e

do bem comum, ela deixa de ser alvo, por exemplo, de roubo, de furto, de pichações.

Referente aos papéis desempenhados pelos profissionais que atuam no contexto escolar é

preciso ter clareza das atribuições, da função do diretor, pedagogos, professores, funcionários,

alunos e pais. Assim, o ponto central para o fortalecimento de ações para o enfrentamento à

violência, pode iniciar com a abertura da escola ao diálogo, bem como por meio da clareza

sobre nosso lugar como educadores e da instituição realizadora do direito à educação.

Para a realização de ações de enfrentamento à violência, utilizamos diversos

recursos pedagógicos, como vídeos, leituras diversas e o caderno temático dos Desafios

Educacionais Contemporâneos – enfrentamento à Violência na Escola.

15. INDISCIPLINA NA ESCOLA

Vivemos uma época de transição na educação brasileira.

Novas políticas educacionais, apontando novas visões teóricas e práticas

pedagógicas, tendo como centro a contextualização, a interdisciplinaridade, à construção da

cidadania, bem como, a apresentação de novos papéis a serem exercidos pelos educadores, e a

expectativa quanto ao desempenho dos alunos.

Nesse horizonte de mudanças desejadas, vemos um entrelaçamento de novos e

antigos desafios que instigam educadores e sistemas educacionais, entre eles, a indisciplina.

Page 63: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

63As questões referentes à indisciplina têm sido discutidas por diversos teóricos,

contudo, no Brasil, não há definição específica sobre o que é indisciplina escolar que é

considerada uma das principais inquietações dos educadores no cotidiano escolar.

A indisciplina vem afetando o contexto escolar em diversos aspectos, tais como as

relações interpessoais, em sala de aula, o desdobramento do currículo, e podem transtornar as

práticas educacionais.

Para planejar ações para superação da indisciplina na escola, é preciso uma

comunicação clara, das normas que possibilitem a compreensão pelos alunos, das atitudes de

disciplina estabelecidas através dos direitos, deveres, sanções e proibições dos alunos,

constantes no Regimento Escolar e das atribuições contidas no Estatuto da Criança e do

adolescente.

16. EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE

As lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e pelo respeito à diversidade tem

sido constantes, durante todo o século XX e inicio do século XXI, no entanto, ainda

predominam atitudes e convenções discriminatórias, em todas as sociedades, sendo que se

apresentam como uma realidade persistente e naturalizada.

Temos desafios imensos a vencer tanto do ponto de vista objetivo, como a

ampliação de acesso à educação básica e de nível médio, quanto do ponto de vista subjetivo,

como o respeito e a valorização da diversidade. As discriminações de gênero, étnico-racial e

por orientação sexual, como também a violência homofóbica, são produzidas em todos os

espaços da vida social brasileira, inclusive na escola.

Além da existência de leis que assegurem a ampliação do acesso e exercício dos

direitos aos cidadãos, é necessário promover discussões com vistas à transformação de

mentalidades e práticas, motivando assim, a reflexão individual e coletiva para que haja

superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso.

A escola, para cumprir sua responsabilidade de colaborar para a formação de

cidadãos e cidadãs, precisa oferecer mecanismo que levem ao conhecimento e respeito das

culturas, das leis e normas, de modo desafiador e criterioso para que seus atores – aprendam a

escutar, a formular argumentos; a avaliar argumentos e situações e a trabalhar em equipe.

Com base nesses pressupostos, ações diversas têm sido desenvolvidas por

Page 64: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

64professores de modo interdisciplinar, buscando abrigar, por seus propósitos, pela

obrigatoriedade legal e por abrigar distintas diversidades (de origem, de gênero, sexo, étnico-

racial, cultural), caminhos para a eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias

diversas.

17. AGENDA 21/EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências

voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

O artigo 2º, da Lei de Educação Ambiental, Nº 9795/99, defende que educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar

presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em

caráter formal e não formal.

Sendo assim, buscamos desenvolver atividades de Educação Ambiental, por meio do

que está defendido na Agenda 21 Escolar, pois os princípios da referida agenda defendem que

a escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos

momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos

respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições,

estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que

comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está

inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a

vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que

a frequenta.

A Agenda 21 Escolar, constitui um marco de referência no percurso educativo,

pois a partir de ações educativas pode colaborar com a comunidade educativa para a

promoção e desenvolvimento de estratégias, onde se potencialize a cidadania. Para que isso

seja possível, atuamos na re/organização curricular, buscando desenvolver atividades

Page 65: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

65interdisciplinares diversas gestadas no âmbito da escola, bem como participamos das

atividades promovidas e/ou oferecidas por meio de programas afins.

18. AGRINHO

O Programa Agrinho teve seu início no ano de 1995, e na ocasião priorizou-se a

temática ambiental em decorrência da necessidade de responder aos problemas de extrema

gravidade no meio rural – o da contaminação da população por agrotóxico, sendo que o

primeiro material atendeu aos alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental.

Em 1996 iniciou-se a implementação do programa de forma piloto em cinco

municípios paranaenses.

A cada ano tem sido ampliado e aprofundado os temas, desde os relativos ao Meio

Ambiente (solo, biodiversidade, água e clima) como temas relativos à Cidadania, ao Trabalho,

Consumo, Temas Locais e Civismo. O concurso é dirigido aos alunos de Ensino Fundamental

regularmente matriculado, objetivando a elaboração de redações sobre os conteúdos

determinados.

O Agrinho é um programa de responsabilidade social realizado pelo sistema FAEP

(Federação da Agricultura do Estado do Paraná) em parceria com o governo do Estado do

Paraná, com Secretarias, Ministérios entre outros, conforme explicitado em regulamento

próprio.

19. PROVA BRASIL

A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) são

avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC). Têm o objetivo de avaliar a

qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes

padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados na quarta e oitava séries

(quinto e nono anos) do ensino fundamental e na terceira série do ensino médio, os estudantes

respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com

Page 66: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

66foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem

informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho.

Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a

questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho.

A partir das informações do SAEB e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e

municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da

educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a

correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e

financeiros para áreas identificadas como prioritárias. As médias de desempenho nessas

avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.

Além disso, os dados também estão disponíveis a toda a sociedade que, a partir

dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de

governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico das

escolas públicas urbanas do país.

Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode-se

acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo.

Em 2011, as escolas rurais de ensino fundamental com mais de 20 alunos nas séries avaliadas

também farão a Prova Brasil.

20. PROFUNCIONÁRIO

O Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos

Sistemas de Ensino Público (Profuncionário) promove a formação profissional técnica em

nível médio de funcionários das instituições públicas de ensino. A formação é realizada a

distância e tem duração média de dois anos, centrada em quatro habilitações: secretaria

escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e infra-estrutura escolar. O Profuncionário

segue a Política de Formação Técnica dos Profissionais da Educação, no segmento

funcionários. É um programa do Ministério da Educação (MEC), realizado em parceria com

os estados, municípios e Distrito Federal.

Page 67: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

6721. OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBMEP

É um projeto que vem criando um ambiente estimulante entre alunos e professores de

todo o país.

Voltada para a escola pública, seus estudantes e professores, a OBMEP, tem o

compromisso de mostrar a importância da Matemática para o futuro dos jovens e para o

desenvolvimento do Brasil.

Os alunos participantes são divididos em 3(três) níveis, de acordo com o grau de

escolaridade, conforme regulamento próprio.

22. INCLUSÃO

Garantido o acesso ao Ensino Fundamental e Médio através da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, 9394/96, as escolas públicas têm como desafio atender a todo o

aluno, independente de suas diferenças individuais, de sua condição social, valorizando a

diversidade humana.

O conceito de inclusão coerente com os interesses da educação pública, considera

não só os alunos com deficiências como aqueles que por motivos diversos estão excluídos da

sociedade, ou tiveram seus direitos humanos negados em determinados tempos históricos.

Assim, a escola pública tem por dever criar condições para que todos se sintam sujeitos do

processo de ensino e aprendizagem, valorizando o currículo básico e desenvolvendo ações

educacionais que promovam a inclusão.

Partindo desse princípio, o Colégio Estadual Rui Barbosa, prima pela valorização

do currículo disciplinar, nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio, ofertando serviços

especializados, como os que se apresentam a seguir na Proposta Pedagógica Curricular, no

espaço destinado a esse fim, no corpo desse Projeto Político Pedagógico.

23. SERVIÇO DE APOIO ESPECIALIZADO

23.1. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

As Salas de Apoio à Aprendizagem foram criadas com o objetivo de atender às

defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6˚ ano e 9˚ ano do

Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas

Page 68: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

68disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, objetivando trabalhar as dificuldades

referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas

espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares, respectivamente.

A carga horária é de 4 horas aulas semanais por disciplina, sendo trabalhadas por

professores habilitados e de preferência com experiência de ensino nas séries iniciais do

Ensino Fundamental.

Os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial e/ou por

indicação dos professores inclusive de outras disciplinas. O resultado tem sido positivo, pois

alunos têm superado suas dificuldades e acompanhado seu grupo satisfatoriamente.

23.2. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL (TIPO 1), PARA OFERTA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA, NAS ÁREAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ,

DEFICIÊNCIA FÍSICA NEUROMOTORA, TRANSTORNOS GLOBAIS DO

DESENVOLVIMENTO E TRANSTORNOS FUNCIONAIS.

De acordo com a RESOLUÇÃO 4459/11, a partir do início de ano de 2012, foi

alterada a denominação dos serviços de apoio pedagógicos especializados na modalidade da

Educação Especial, autorizados a funcionar nas instituições pertencentes ao Sistema Estadual

de Ensino do Paraná, passando a denominar-se - Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1),

para oferta na Educação Básica, nas áreas da deficiência intelectual, deficiência física

neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos específicos.

A Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1), na Educação Básica é um

atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a

escolarização de alunos que apresentam deficiência intelectual, deficiência física

neuromotora, transtornos funcionais específicos, matriculados na rede Pública de Ensino.

A Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1), possui como objetivo apoiar o

sistema de ensino, com vistas a complementar escolarização de alunos que apresentam

deficiência intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos funcionais específicos,

matriculados na rede Pública de Ensino.

O alunado designado a frequentar a referida sala, são os alunos matriculados na

rede pública de ensino com - Deficiência Intelectual, Deficiência física neuromotora,

Transtornos globais do desenvolvimento e Transtornos funcionais específicos.

Quanto à carga horária, a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo 1, na Educação

Page 69: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

69Básica terá autorização para funcionamento de 20horas/aulas semanais, sendo 16 horas/aula

para efetivo trabalho pedagógico e 4 (quatro) horas-atividade do professor, de acordo com a

legislação vigente.

Referente ao número máximo de alunos é de 20 (vinte) alunos com atendimento

por cronograma, O atendimento poderá ser individual ou em grupos, de modo a favorecer o

suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, consonante a área

específica, favorecendo seu acesso ao conhecimento.

O horário de atendimento ao aluno deverá ser em período contrário ao que está

matriculado e frequentando a classe comum.

A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo 1, na Educação Básica deverá atender

os alunos matriculados da escola onde está autorizada, assim como alunos de outras escolas

públicas da região.

O aluno frequentará a Sala o tempo necessário para superar as dificuldades e obter

êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

O número de atendimento pedagógico deverá ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes

por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas/aula diárias. O professor desta sala deverá

registrar o controle de frequência dos alunos em Livro de Registro de Classe próprio do

sistema.

Questões quanto a documentação; matrícula e desligamento; critérios de

organização pedagógica (ação pedagógica, avaliação de ingresso, processos de avaliação

psicoeducacional no contexto escolar); acompanhamento; atribuições do professor da Sala e

Recursos Multifuncional Tipo1, Educação Básica e Critérios para solicitação de

autorização/renovação e/ou cessação de funcionamento da referida sala estão definidos

também na instrução Nº 016/2011 – SEED/SUED.

24. CELEM

A partir do ano letivo de 2006, o colégio passou a ofertar o CELEM (Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um ensino extracurricular,

plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino

Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e

Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes educacionais.

Page 70: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

70O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução

Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Político

Pedagógico e do Regimento Escolar.

Anexo a este Projeto Político Pedagógico segue a Proposta Pedagógica do

CELEM.

25. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM

CONTRATURNO

O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, visa à

expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola, como complementação curricular,

de forma periódica e permanente, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e

de sua realidade objetiva viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em

atividades pedagógicos do seu interesse, possibilitando maior integração à comunidade

escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.

25.1. Atividade Complementar Periódica

Macrocampo: Mundo do Trabalho e Geração de Renda.

Atividade: Preparatório para o Vestibular

Turno: Noite

Público alvo: Ensino médio

25.2- Programa de Atividade Complementar Permanente

O Estabelecimento de Ensino oferece duas turmas com Atividades

Complementares Permanentes, sendo uma para o 7º ano e a outra para o 8º ano do Ensino

Fundamental. Em cada turma é desenvolvida cinco atividades distribuídas em 20 horas- aulas

semanais, no turno da tarde.

Os alunos são matriculados de acordo com a série/ ano que estudam. As

atividades são:

Macrocampo: Experimentação e Iniciação Científica

Atividade: Clube de Ciências

Page 71: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

71

Marcocampo: Tecnologia da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias.

Atividade: Informática e Tecnologias da Informação.

Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem.

Atividade: Matemática.

Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem.

Atividade: Português.

Macrocampo: Esporte e Lazer.

Atividade: Práticas Esportivas.

26. PROCESSO DE AVALIAÇÃO SERIADO (PAS/UEM)

O Processo de Avaliação Seriado é uma modalidade de processo seletivo para

ingresso no ensino superior, destinado aos alunos matriculados regularmente no Ensino

Médio. O processo abrange todas as séries desse nível de ensino. Ao final de cada uma delas,

o aluno presta exames e a pontuação obtida nessas provas é cumulativa às demais avaliação

das séries subsequentes. Assim, ao invés do aluno fazer um só exame ao final do terceiro ano,

como ocorre no concurso vestibular convencional, ele participa de avaliações seriadas, as

quais contemplam conteúdos específicos da série em que o aluno está matriculado no Ensino

Médio.

Nesse sistema de avaliação, o candidato tem a oportunidade de acumular os

pontos obtidos em cada um dos exames prestados para a composição do escore final utilizado

para a classificação ao curso pretendido. Apesar de já ser adotado em outros países, o

Processo de Avaliação Seriada tornou-se uma nova alternativa de ingresso no Ensino Superior

no Brasil, graças às mudanças educacionais garantidas pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação n.º 9394/96, respaldada por debates e discussões a respeito de alternativas

diferentes para o ingresso no Ensino Superior.

27. TV MULTIMÍDIA E TV PAULO FREIRE

Page 72: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

72A Secretaria de Estado da Educação (SEED), desde 2003, vêm realizando diversas

ações que tem promovido a integração das mídias impressa e televisiva e a rede mundial de

computadores, a fim de estimular a produção de conteúdos educacionais e o contato de

professores e alunos com diferentes linguagens.

Nas escolas do Paraná, a inclusão digital configura uma realidade por meio da

ampliação da rede de inovações tecnológicas, que se efetiva num trabalho, que segue a

política educacional do estado e da melhoria da qualidade da educação para todos.

Os Educadores (direção, professores e membros da equipe pedagógica) do

Colégio Estadual Rui Barbosa, tem utilizado em larga escala esse valioso recurso didático,

visando o aprimoramento de sua prática pedagógica, bem como tem acessado a TV Paulo

Freire para a reflexão e o enriquecimento de suas atividades.

28. DIA DO DESAFIO

Nos anos de 2009 a 2013, alunos, professores, equipe pedagógica, direção e

demais funcionários participaram do “Dia do Desafio”.

Essa atividade propõe que as pessoas interrompam a rotina e pratiquem 15

minutos de atividade física. Nesse dia, cidades do mesmo porte estabelecem uma competição

para tentar envolver nas atividades, a maior porcentagem possível de pessoas, em relação ao

total de habitantes.

É uma disputa amiga que estimula a participação. No desafio, os vencedores são

as cidades que, além do corpo, exercitam a integração, a criatividade, a liderança, o espírito

comunitário e começam a compreender a importância de fazer da atividade física um hábito

para os outros dias do ano.

No ano de 2010, educadores da área de Educação Física do Colégio Estadual Rui

Barbosa estendeu o trabalho aos cidadãos das empresas, do comércio e demais moradores do

município de Jandaia do Sul.

29. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL

Page 73: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

73 O MINISTÉRIO DE ESTADO DA FAZENDA e o MINISTÉRIO DE ESTADO

DA EDUAÇÃO, através DECRETO Nº 1143/99 E da Portaria Interministerial nº 413, de 31

de dezembro de 2002, implementaram a Educação Tributária por Programa Nacional de

Educação Fiscal PNEF com os objetivos de promover e institucionalizar a Educação Fiscal

para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do

tributo, levar conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para

uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

O programa Estadual de Educação Fiscal promove formação continuada a

profissionais da educação para trabalhar esse tema em sala de aula. O objetivo é refletir sobre

a função dos impostos e oferecer aos educandos conhecimento de administração pública,

incentivando o acompanhamento das aplicações dos recursos públicos pela sociedade.

Vinculado ao Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF), no Paraná é representado pelo

Grupo de Educação Fiscal Estadual (GEFE/PR), composto pela Secretaria de Estado da

Educação (SEED), Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI),

Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), Centro de Treinamento da Escola de Administração

Fazendária (Centro ESAF), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela

Controladoria Geral da União (CGU).

30. PROINFO

O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) promove o uso

pedagógico da informática na rede pública de ensino de todo o país, disponibilizando para as

escolas computadores, recursos multimídia e conteúdos educacionais. A infraestrutura dos

laboratórios de informática é mantida pelas secretarias de Educação dos estados e municípios.

O ProInfo Integrado oferece cursos de formação para professores e gestores das

escolas públicas, que aprendem o uso didático pedagógico das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC). O ProInfo foi implantado em 1996 pelo Governo Federal do Brasil, com

a colaboração do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários

Estaduais de Educação (CONSED) e dos governos estaduais, por meio das secretarias de

Educação.

31. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA

Page 74: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

74O Plano de Desenvolvimento da Escola é um programa federal voltado para o

aperfeiçoamento da gestão escolar democrática e inclusiva. Ele busca auxiliar a escola a

identificar os seus principais desafios e, a partir daí, desenvolver e implementar ações que

melhorem seus resultados, oferecendo apoio técnico e financeiro para isso.

A Secretaria de Estado da Educação colabora com o Ministério da Educação

(MEC) orientando e acompanhando as escolas na elaboração de todas as etapas do Plano.

32. PARANÁ ALFABETIZADO

O Paraná Alfabetizado é uma parceria entre o Governo do Estado do Paraná e o

Ministério da Educação, Programa Brasil Alfabetizado, prefeituras municipais, demais

organizações governamentais e sociedade civil, coordenado pela Secretaria de Estado da

Educação.

O programa foi criado para buscar a alfabetização de pessoas analfabetas com 15

anos ou mais de idade. O processo de alfabetização tem duração prevista de oito meses, com

dez horas de aula por semana, e as turmas podem ser localizadas em escolas da rede estadual

ou municipal, centros comunitários e outros espaços físicos.

33. ENEM

O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos

processos seletivos das universidades públicas federais.

A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de

acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a

reestruturação dos currículos do ensino médio. As universidades possuem autonomia e

poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo

seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;

• Como primeira fase;

• Combinado com o vestibular da instituição;

• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.

Page 75: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

75

34. PROGRAMA LEITE DAS CRIANÇAS

Para milhares de pessoas o Paraná começou a mudar para melhor. O Governo do

Estado do Paraná lançou o Programa “Leite das Crianças”, iniciando a distribuição de 1 litro

de leite para cada criança que precisa, cumprindo, não como uma promessa de campanha, mas

com a sua obrigação moral de levar a esperança para milhares de pessoas que vivem abaixo

da linha da pobreza, e não tem mais com o que contar, senão com a manifestação concreta da

solidariedade paranaense através dos programas sociais do Governo.

O Programa “Leite das Crianças” é a união da sociedade civil organizada e o

Governo do Paraná.

O Programa do Leite também assume um compromisso com o agricultor

paranaense. O Governo se compromete a apoiar o produto local gerando renda, empregos e

fortalecendo a agroindústria, devolvendo assim ao Estado do Paraná à sua verdadeira vocação

de desenvolvimento.

35. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Este documento representa a construção do pensamento coletivo de professores,

equipe pedagógica, direção, pais, alunos e funcionários envolvidos no processo educativo

desta instituição. Ele tem o objetivo de definir princípios, estabelecer políticas e estratégias

que garantam a aprendizagem de todos os alunos, com formação ética e com compromisso

social. Assim como as necessidades mudam, o pensamento em decorrência desta necessidade

também muda. Portanto, este projeto acompanhará esta evolução, uma vez que o coletivo

deste colégio está disposto à reflexão e discussões visando o cumprimento da função social da

escola como espaço da construção do conhecimento, para formar o cidadão capaz de um olhar

crítico sobre a sua realidade e da sociedade em que vive.

36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARROYO, Miguel. Prática Pedagógica e currículo - Simpósio do VIII ENDIPE.

Florianópolis, INEP,1996.

Page 76: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

76BAFFI, Maria Adelia Teixeira. Projeto Pedagógico: um estudo introdutório. In.: BELLO, José

Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, 2002.

Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/gppp03.htm>. Acesso em: dia mês ano.

Leis: questão racial e educacional. Lei n° 10639, que altera a lei n° 9394-96, de 09/01/2003.

Disponível em: http://www.mec.gov.br/cne/pdf/res012004

Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=98. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. 2009.

Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/. TV Multimídia.

Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpaulofreire/. TV Paulo Freire.

Deliberação 06/2009 – CEE/PR. Normatiza a Implementação do Ensino da Língua Espanhola

no Sistema de Ensino do Estado do Paraná.

DELORS, J. Educação - um tesouro a descobrir. São Paulo/Brasília, DF: MEC/UNESCO,

2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo,

Paz e Terra, 1997.

GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São Paulo, Cortez,

1992.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. São Paulo, Cortez, 1995.

GANDIN, Danilo e Gandin, Luís Armando – Temas para um projeto político-pedagógico –

Editora Vozes: Petrópolis (RJ), 2003.

PACHECO, Eliezer e ARAUJO, Carlos Henrique. Um novo instrumento de gestão da

educação brasileira. O Globo. Dezembro 2005.

PADILHA, Paulo Roberto Padilha. Planejamento dialógico: como construir o projeto

político-pedagógico da escola. São Paulo, Cortez/IPF.

PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

Diretrizes Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental - Parecer n. 4/98 e Resolução n. 2/98.

Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação do Campo. Versão preliminar.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1999.

PERRENOUD, P. Novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.

Page 77: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

77PIMENTA, Selma G. Formação de Professores – saberes da docência e identidade do

professor. Revista da Faculdade de Educação de São Paulo, SP, v. 22, n. 2, p. 72-89, jul. /

dez. 1996.

VEIGA, Ilma P. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 23. ed.

Campinas: Papirus, 2001.

_______ . Escola: espaço do projeto político-pedagógico. 4. ed. Campinas: Papirus, 1998.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio.

Lei de Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Resolução CNE/CP n° 1,

junho de 2004.

Resolução n° 1, de 15 de maio de 2009 – Introduz a Sociologia e a Filosofia no Currículo do

Ensino Médio.

Lei do Ensino de História do Paraná.

INSTRUÇÃO 006/2009 – SUED/SEED-PR. Orienta os procedimentos do Estágio dos

estudantes da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, do Ensino Médio, da Educação

Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na Modalidade da Educação de Jovens e

Adultos.

Lei que institui a Hora-Atividade no Estado do Paraná – Lei n° 13.807 de 30 de setembro de

2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de

Políticas e Programas Educacionais. Cadernos Temáticos – Desafios Educacionais

Contemporâneos. Curitiba: SEED-PR. 2008.

Gênero e Diversidade na Escola. Formação de Professores em Gênero, Sexualidade,

Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais.

Page 78: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

78

ANEXO I

BASE NACIONAL COMUM

Page 79: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

79

ENSINO FUNDAMENTAL

37. PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL.BASE

NACIONAL COMUM

37.1 - ARTE

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: ARTE /ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: ANDREA AUGUSTINHO T. GOMES

FRANCIELE CRISTINA B. NUNES

EDMARA ANGELA B. BAYER

II APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas expressões.

A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir,

articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e

a sociedade.

A Arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage

nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são

construções históricas que influenciam e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

Page 80: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

80O Senso estético é uma maneira permanentemente válida de apreender o mundo e atuar sobre

ele, através de uma atividade dotada de sentido. Isto é especialmente válido quando

consideramos como objetivos da educação a realização das potencialidades do ser humano e

sua preparação para a cidadania.

Através da Arte e Educação é possível a prática verdadeira de respeitar, valorizar e

garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência. A Arte

humaniza.

Segundo Luzia de Maria (1998),p.59) , o que a arte busca é justamente preservar a

integridade dos homens, prover casa “SER” do alimento necessário para que ele se concretize

no sentido de “HUMANO”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo será unir arte

e educação para que nosso mundo seja melhor.

Na maioria das vezes, a escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato com o

conhecimento sistematizado em arte, razão pela qual, deve ter acesso aos conteúdos

específicos desta área.

- Haverá a apresentação de dinâmicas com música, teatro, dança, pintura, artes manuais.

Formação estética de artes manuais.

- Industrialização – arte centrada em técnicas e habilidades.

- Livre expressão, inspiração, expressão individual.

- Escolinhas de arte – O ensino da arte como domínio de materiais, artes manuais.

- Humanização dos sentidos, fazer artístico e conhecimentos históricos.

III. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

-Instrumentalizar o aluno como conjunto de saberes em arte que lhe permita utilizar o

conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.

-Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de

modo criativo.

-desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu conhecimento,

segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando o ver, o pensar, o fazer e

o criar.

-Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus

posicionamentos e tomadas de atitudes.

Page 81: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

81-Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e

reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.

-Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos movimentos

artísticos, patrimoniais e seus precursores.

IV CONTEÚDOS

ÁREA-MÚSICA

Elementos Formais:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição:

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico, instrumental, etc.

Movimentos e Períodos

Grego romana

Oriental

Ocidental

Africana

Música Popular e Étnica

Indústria Cultural

Eletrônica

Rap, rock, tecno, etc.

ÁREA-ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto

Page 82: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

82Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Figurativa

Geométrica

Simétrica/Assimétrica

Técnicas: pinturas, escultura, colagem, etc.

MOVIMENTOS E PERIODOS:

Arte Grego Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-história

Arte Indígena

Arte Popular

Arte Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

Indústria Cultural

Arte no séc.XX

Arte Contemporânea

Realismo

Vanguardas

ÁREA-TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem

Page 83: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

83Expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO

Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.

Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara,

mímica, formas animadas.

Gêneros: tragédia, comédia, circo, rua arena, caracterização, monólogo, direção, etc.

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica, etc.

Sonoplastia

Figurino

Iluminação

Cenografia

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Comédia Dell ‘Arte

Teatro Popular

Brasileiro e paranaense

Teatro Africano

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Teatro Engajado

Teatro Oprimido

Teatro Pobre

Teatro Absurdo

Vanguardas

ÁREA-DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento Corporal

Tempo

Page 84: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

84Espaço

COMPOSIÇÃO:

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Movimentos:

Articulares

Fluxo (livre e interrompido, conduzido)

Rápido e lento

Formação:

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões (pequeno e grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero:

Circular

Indústria Cultural

Espetáculo

Sonoplastia

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Musicais

Page 85: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

85Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Contemporânea, etc.

V - METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da percepção,

identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação de signos verbais e não

verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais.

Buscar-se-á formas originais de expressar ideias com o grupo, promovendo

observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não

só com as formas de linguagens técnicas, mas também com ideias e reflexões propostas pelas

diferentes linguagens artísticas.

Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização

pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação; o trabalho

artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um

sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação

de conceitos artísticos.

Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção artística,

mas também compreender o que faz e o que fazem pelo desenvolvimento da percepção

estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história,

política e social, e com o conjunto das relações.

Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da aprendizagem que

proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Tal percepção

possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais ampla a respeito da sociedade

em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece relações.

Elementos da pratica pedagógica a serem utilizados.

Os conteúdos estão organizados de forma que compõem uma unidade. Para isso foram

selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série para todas as áreas, Neste sentido,

os trabalhos com a 8ª série e 1º ano do Ensino Médio, prosseguem aprofundando conteúdos

vistos na série anterior, sendo agora oportuno relacionar o conhecimento com formas

artísticas populares e com o cotidiano do aluno.

Page 86: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

8611645/08 – altera a lei (9349 de 20 de dezembro de 1946) que estabelece as diretrizes

da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-Brasileira”.

VI - AVALIAÇÃO

A Avaliação da disciplina de arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a

referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o

desenvolvimento das aulas e auto-avaliação do aluno.

A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediação a apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. A ser

processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute dificuldades e

progressos de cada um a partir da própria produção. Assim verifica-se o pensamento estético e

leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

O método de avaliação proposto nas diretrizes inclui observação e registro do processo

de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O professor

deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com

os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve

elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,

com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção com os colegas,

sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de arte.

Critérios de Avaliação- Com este critério pretende-se avaliar se o aluno é capaz de

observar e apreciar as diversas formas de teatro, espaços cênicos distintos (bonecos, sombras,

circo, manifestação regional).

Diferentes instrumentos de avaliação e recuperação: Os alunos serão avaliados através

de prova escrita e oral os conteúdos básicos para a série estudados no bimestre e todo o

empenho na busca da apropriação destes conteúdos (pranchas de atividades de cada aula,

caderno-empenho, responsabilidade, pontualidades-tarefa de casa).

VII - BIBLIOGRAFIA

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.

MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano

Editorial.

Page 87: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

87OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.

_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.

_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

Versão preliminar, julho 2006.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.

PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de

janeiro, Editora Ática.

37.2 - CIÊNCIAS

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: CIÊNCIAS /ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: DALVA DA CRUZ

ELISABETE PELISSARE BISPO PONTARA

JOSÉ MARCIANO FERREIRA

II -APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao

ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo

Page 88: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

88assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-

la e se apropriar dos seus recursos.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída,

que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas

(KNELLER, 19809; ANDERY et al.,1998).

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir

da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995),

modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de

fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõem a

Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas

também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o

produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980).

CONCEPÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos necessários para

compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por isso,

estabelece relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos

cenários estão os problemas reais, a prática social. Pode-se dizer que esse olhar para o objeto

de estudo tornou-se mais amplo e privilegia as relações e as realidades em estudo (SANTOS,

2005, p.58).

Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a

dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e

incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, de modo a

dar prioridade á sua função social.

A Ciência é uma construção humana e coletiva e, como toda construção humana, o

conhecimento científico está em permanente transformação. As afirmações científicas são

provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definidas.

O ensino de Ciências deve atender as necessidades cotidianas das pessoas comuns e, ao

mesmo tempo alargar seus horizontes e suas criatividades. Busca-se então, um ensino de

Page 89: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

89ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais, de construir

conhecimentos sobre a natureza mais próxima do conhecimento científico que de senso

comum. De qualquer forma, procura-se como ponto inicial para o ensino- aprendizagem de

Ciências os problemas com as quais os alunos se defrontam.

Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu

de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico,

apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos

científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômenos da natureza.

Para esse autor existem três grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento

científico:

Estado pré-científico

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este estado

representa a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas observações

empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos

conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.

Essas publicações representam a busca por superação dos modelos explicativos

produzidos sob a influência do pensamento mítico e teológico.

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

Entretanto, esses modelos encontravam-se disseminados em meio a crenças essenciais

da magia e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista.

Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir

de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis e

indivisíveis, os átomos (RONAN, 1997a; ANDERY et al, 2004). Pelo modelo atomista, os

átomos podem se mover e se combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade

de sistemas maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas

(PONCZEK, 2002).

Aristóteles (século III a.C) propôs um modelo de Universo único, finito e eterno que

serviriam de base para o modelo geocêntrico. E, somente com Nicolau Copérnico (1473-

1543) retomou-se o modelo heliocêntrico proposto por Aristarco de Samos (século III a.C)

Page 90: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

90 Em meio a este contexto de superação do modelo geocêntrico, pensadores como Tycho

Brahe (1546-1601), Johannes Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René

Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1643-1727) e outros, deixaram contribuições

importantes para o entendimento científico do modelo heliocêntrico. Este novo modelo

rompia com toda a síntese da física aristotélica que fundamentava o modelo geocêntrico.

O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos do

corpo humano (modelo organicista). Esse modelo organicista passou a sofrer interferências

das relações provenientes do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a

mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do

organismo (modelo mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do século

XVI, entre eles, o médico Willian Harvey (1578-1657).

Estado científico

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo

estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da

Natureza. O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em

leis ou teorias.

Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram

questionados, pois no estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o

Universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as

evidências de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a

transformação da matéria e a conservação de energia.

Dentre as inúmeras publicações, destacam-se Traité élémentaire de chimie (1789),

de Lavoisier; On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of

Favoured Races in the Struggle for Life, de Charles Darwin (1859); obras que podem

representar este período em que o conhecimento resultava da aplicação de um único método.

Estado do novo espírito científico

O estado do novo espírito científico configura-se como um período fortemente

marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a

tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos. Segundo Sevcenko

(2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos

Page 91: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

91últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca

de setenta por cento de todos os cientistas, engenheiros, técnicos e pesquisadores formados

desde o início do século XX ainda estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e

produzir conhecimento científico.

O ENSINO DE CIÊNCIAS NO BRASIL

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na

socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes

profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades

contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).

Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições como as

universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a consolidação e

institucionalização das ciências naturais no país ao longo do século XIX.

Na Primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que existiam

nas cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros

dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo. Aos filhos da classe

trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um ensino em que os professores não

tinham formação especializada, trabalhavam em várias escolas e ensinavam conhecimento

científico com caráter informativo (GHIRALDELLI JR., 1991).

A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas brasileiras

com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir conhecimentos

científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência já consolidadas no

currículo escolar brasileiro.

Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino objetivava a preparação de

uma “elite condutora” e para tal, “a legislação era clara: a escola deveria contribuir para a

divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças de chances de aquisição cultural,

dirigentes e dirigidos” (GHIRALDELLI JR., 1991, p.34).

O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial exigia uma qualificação de

mão-de-obra. Nesse contexto de modernização e industrialização, instituíram-se escolas de

formação profissional paralelas ao ensino secundário público.

Page 92: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

92Em meados da década de 50, o contexto mundial acompanhava uma tendência em

que ciência e tecnologia foram reconhecidas como atividades essenciais no desenvolvimento

econômico, cultural e social (KRASILCHIK, 2000). Esses movimentos, tanto internacionais

quanto nacionais, refletiram diretamente no ensino de Ciências interferindo, no caso

brasileiro, nas atividades realizadas pelo IBECC.

Na década de 60 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para a

defesa do progresso, da ciência e da tecnologia nacionais surge concepção de educação

científica centrada em aulas que procuravam reproduzir os modelos científicos por meio da

experimentação.

As decisões políticas instituídas na LDB n. 4024/61 apontaram para o fortalecimento

e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos avanços em relação às

reformas educacionais de décadas anteriores foi a ampliação da participação da disciplina de

Ciências Naturais no currículo escolar.

Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de direcionar o ensino

como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos científicos para a formação do

trabalhador, “considerado agora peça importante para o desenvolvimento econômico do país”

(KRASILCHIK, 2000, p. 86).

Na década de 80 o ensino de Ciências orientava-se por um currículo centrado nos

conteúdos e atrelado a discussões sobre problemas sociais que se avolumaram no mundo, o

que mudava substancialmente os programas vigentes. Isso ocorreu porque as crises

ambientais, o aumento da poluição, a crise energética e a efervescência social, manifestada

em movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial, ocorridas entre

1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das disciplinas científicas

em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).

O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação do

futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à

análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer ao cidadão

elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização iniciado em 1985.

Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado

do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1°

grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica.

Ainda sob a LDB n. 5692/71, houve avanços consideráveis para o ensino de

Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento

Page 93: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

93histórico vigente, pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três

eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino

Fundamental, a saber: 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de Matéria e

Energia; e 3. Saúde - Melhoria da qualidade de vida.

Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a

Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que

propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O Secretaria de Estado da

Educação do Paraná Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído

pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de

Ciências, pois, nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina e sua

constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.

Com os PCN, os conteúdos escolares das Ciências Naturais foram reorganizados em

eixos temáticos, a saber: 1. Terra e Universo; 2. Vida e Ambiente; 3. Ser humano e Saúde; e,

4. Tecnologia e Sociedade. No entanto, o ensino desses conteúdos sofreu interferência dos

projetos curriculares e extracurriculares propostos por instituições, fundações, organizações

não-governamentais (ONGs) e empresas que passaram a intervir na escola pública nesse

período histórico de orientação política neoliberal.

Neste momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas, como por

exemplo, a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da sexualidade, do meio

ambiente, entre outros. Entretanto, os conceitos científicos escolares que fundamentam o

trabalho com esses temas não eram enfatizados. A ênfase no desenvolvimento de atitudes e

valores, bem como no trabalho pedagógico com os temas transversais, esvaziaram o ensino

dos conteúdos científicos na disciplina de Ciências.

Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e

estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir

novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o

ensino de Ciências com sua versão final editada em 2008.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes nesta Proposta Pedagógica Curricular são:

• Astronomia

Page 94: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

94• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a

evolução do Universo. Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários

para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da

disciplina de Ciências são:

• universo;

• sistema solar;

• movimentos celestes e terrestres;

• astros;

• origem e evolução do universo;

• gravitação universal.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos

que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como

objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994).

Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos são:

• constituição da matéria;

• propriedades da matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do

organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os

componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que

Page 95: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

95constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e

a respiração.

• níveis de organização;

• célula;

• morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• mecanismos de herança genética.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito

de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade.

• formas de energia;

• conservação de energia;

• conversão de energia;

• transmissão de energia.

Biodiversidade

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a

compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados.

• organização dos seres vivos;

• sistemática;

• ecossistemas;

• interações ecológicas;

• origem da vida;

• evolução dos seres vivos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS

6º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURA

NTES

ASTRO

NOMIAMATÉRIA SISTEMAS

BIOLÓGICOS

ENER

GIA

BIODIVERSID

ADE

CONTEÚDOS Univers Constituiçã Níveis de Formas

Page 96: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

96

BÁSICOS

o

Sistema

solar

Movime

ntos

terres

tres

Movime

ntos

celestes

Astros

o

da matéria

organização de

energia

Convers

ão de

energia

Transmi

ssão

de

energia

Organização dos

seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos

seres vivos

7º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURAN

TES

ASTRO

NOMIA

MATÉRI

A

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

ENER

GIA

BIODIVER

SIDADE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Astros

Movime

ntos

Terrestre

s

Movime

ntos

celestes

Constituiçã

o

da matéria

Célula

Morfologia e

fisiologia dos

seres vivos

Formas

de

energia

Transmi

ssão

de

energia

Origem da vida

Organização dos

seres vivos

Sistemática

8º ano

CONTEÚDOS ASTRO MATÉRIA SISTEMAS ENER BIODIVER

Page 97: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

97ESTRUTURAN

TES

NOMIA

BIOLÓGICOS

GIA SIDADE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Origem e

evolução

do

Universo

Constituiçã

o

da matéria

Célula

Morfologia e

fisiologia dos

seres vivos

Formas

de

energia Evolução dos

seres vivos

9º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURAN

TES

ASTRO

NOMIA MATÉRIA SISTEMAS

BIOLÓGICOS

ENER

GIA

BIODIVER

SIDADE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Astros

Gravitaç

ão

universal

Propriedade

s

da matéria

Morfologia e

fisiologia dos

seres vivos

Mecanismos de

herança

genética

Formas

de

energia

Conserv

ação de

energia

Interações

ecológicas

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Esta Proposta Pedagógica Curricular propõe para o ensino de Ciências uma prática

pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num único

método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam tão somente à

comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos estudantes.

Selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências tendo como

referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto

Político Pedagógico da escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está

Page 98: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

98inserida; a análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e

informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente Ciências refletir a respeito das

abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e

específicos e também, a respeito das expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos

a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em

sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,

químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira (Lei

10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei

9.795/99).

AGENDA 21/EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências

voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

O artigo 2º, da Lei de Educação Ambiental, Nº 9795/99, defende que educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar

presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em

caráter formal e não-formal.

Sendo assim, buscamos desenvolver atividades de Educação Ambiental, por meio do

que está defendido na Agenda 21 Escolar, pois os princípios da referida agenda defendem que

a escola é uma comunidade que tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos

momentos de instrução a seus alunos, mas também em toda a comunidade formada pelos

respectivos familiares e moradores de seu entorno. A escola, em suas novas atribuições,

estabelecidas passo a passo por técnicos do ensino, pode ser considerada o cérebro que

comanda um corpo maior, constituído pelos lares dos alunos e pela comunidade em que está

inserida, extrapolando em muito as estreitas divisas de seus muros e afetando diretamente a

Page 99: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

99vida de um volume de pessoas extremamente maior do que o mero número de estudantes que

a freqüenta.

A Agenda 21 Escolar, constitui um marco de referência no percurso educativo, pois a

partir de ações educativas pode colaborar com a comunidade educativa para a promoção e

desenvolvimento de estratégias, onde se potencialize a cidadania. Para que isso seja possível,

atuamos na re/organização curricular, buscando desenvolver atividades interdisciplinares

diversas gestadas no âmbito da escola, bem como participamos das atividades promovidas

e/ou oferecidas por meio de programas afins.

EDUCAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE

As lutas pela igualdade de gênero, étnico-racial e pelo respeito à diversidade tem

sido constantes, durante todo o século XX e inicio do século XXI, no entanto, ainda

predominam atitudes e convenções discriminatórias, em todas as sociedades, sendo que se

apresentam como uma realidade persistente e naturalizada.

Temos desafios imensos a vencer tanto do ponto de vista objetivo, como a

ampliação de acesso à educação básica e de nível médio, quanto do ponto de vista subjetivo,

como o respeito e a valorização da diversidade. As discriminações de gênero, étnico-racial e

por orientação sexual, como também a violência homofóbica, são produzidas em todos os

espaços da vida social brasileira, inclusive na escola.

Além da existência de leis que assegurem a ampliação do acesso e exercício dos

direitos aos cidadãos, é necessário promover discussões com vistas a transformação de

mentalidades e práticas, motivando assim, a reflexão individual e coletiva para que haja

superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso.

A escola, para cumprir sua responsabilidade de colaborar para a formação de

cidadãos e cidadãs, precisa oferecer mecanismo que levem ao conhecimento e respeito das

culturas, das leis e normas, de modo desafiador e criterioso para que seus atores – aprendam a

escutar, a formular argumentos; a avaliar argumentos e situações e a trabalhar em equipe.

Com base nesses pressupostos, ações diversas tem sido desenvolvidas por

professores de modo interdisciplinar, buscando abrigar, por seus propósitos, pela

obrigatoriedade legal e por abrigar distintas diversidades (de origem, de gênero, sexo, étnico-

racial, cultural), caminhos para a eliminação de preconceitos e de práticas discriminatórias

diversas.

Page 100: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

100Aspectos importantes para a formação do professor e atividade pedagógica.

A história da ciência

Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de ciências

porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares, prioritariamente sob

duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e como fonte de estudo que

permite ao professor compreender melhor os conceitos científicos, assim, enriquecendo suas

estratégias de ensino (BASTOS, 1998).

O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e

registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua própria

formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois

sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos efetivamente

observados, propostos e discutidos em certas épocas. “Ensinar um resultado sem a

fundamentação é simplesmente doutrinar e não ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p. 04).

A divulgação científica

Um importante papel da divulgação científica é servir de alternativa para suprir a

defasagem entre o conhecimento científico e o conhecimento científico escolar, permitindo a

veiculação em linguagem acessível do conhecimento que é produzido pela ciência e dos

métodos empregados nessa produção. Também, tem o papel de oportunizar ao professor de

Ciências o contato com o conhecimento científico atualizado contribuindo desta forma para

sua própria formação continuada (LINS DE BARROS, 2002).

O professor, ao optar pelo uso didático de materiais de divulgação científica como

revistas, jornais, documentários, visita a Museus e Centros de Ciências, entre outros, deve

considerar que este tipo de material não foi produzido originalmente para ser utilizado em sala

de aula e, por isso, requer uma adequação didática. Observando observar a qualidade

Na utilização de um texto de divulgação científica, por exemplo, o professor precisa

identificar os conceitos e/ou informações mais significativas, fazer recortes e inserções, além

de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais.

Elementos da prática pedagógica

As atividades experimentais

As atividades experimentais estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem

e são estratégias de ensino fundamentais. Podem contribuir para a superação de obstáculos na

aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões e

confrontos de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza investigativa.

Page 101: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

101Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a

observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como

vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos, a depender do

tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para sua realização.

Alguns elementos da prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências,

tais como:

A Abordagem Problematizadora

A ação de problematizar possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo

dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar, evidenciando-se

duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações

significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, o professor

problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico.

A Relação Contextual

Contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas

sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no âmbito

pedagógico, se estabelece por meio de abordagens que fazem uso, necessariamente, de

conceitos teóricos precisos e claros, voltados para as experiências sociais dos sujeitos

históricos produtores do conhecimento.

A Relação Interdisciplinar

Em Ciências, as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o professor busca,

nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto

de estudo de Ciências e o conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.

A Pesquisa

.A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os

objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do

próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar idéias e

explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na

apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a

compreensão crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.

A Leitura científica

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os

estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos. Cabe ao

Page 102: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

102professor analisar o material a ser trabalhado, levando-se em conta o grau de dificuldade da

abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.

A Atividade em grupo

No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de

equipe e atitude colaborativa.

A Observação

A utilização desse elemento estimula, no estudante, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos.

Elementos da prática pedagógica

A Atividade Experimental

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma

importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a

desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de

conceitos. Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que

podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais

alternativos aos convencionais.

Os Recursos instrucionais

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na

análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da

aprendizagem.

Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de aula porque

se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor em seu trabalho com

o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação,

das atividades experimentais, das relações contextuais e interdisciplinares, entre outros.

O Lúdico

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais

como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente pelo professor,

entre outros.

Page 103: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

103

AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento fundamental para se obter informações sobre o

processo ensino-aprendizagem e precisa ser considerada como parte integrante no conjunto da

mediação didática, articulada com as estratégias utilizadas para o ensino dos conteúdos

específicos para cada série.

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua,

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação deve fornecer ao professor informações sobre que foi aprendido pelos

alunos. Ela possibilita verificar se seus objetivos alcançados e informam o aluno sobre seu

desempenho, avanço e dificuldades. Essas informações tornam claras as expectativas de

aprendizagem e apontam as experiências educativas tidas como essenciais para o

desenvolvimento e socialização dos alunos. Assim, a avaliação é um mecanismo orientador,

com vistas aos constantes e necessários ajustes ao planejamento que deve nortear o trabalho

do professor, mas também instrumento de reformulação dos procedimentos didáticos a serem

realizados por ele.

Além de ser um processo contínuo e cumulativo, a avaliação precisa ser também

diagnóstica, funcional e integral. Como avaliação diagnóstica, deve possibilitar ao professor

verificar o que o aluno já sabe informação essa necessária como ponto de partida para o

aprofundamento dos conceitos a serem construídos: como funcional, deve verificar se estão

sendo alcançados os objetivos pretendidos; integral, deve analisar os aspectos cognitivos, os

comportamentais e as habilidades psicomotoras, elementos que se inter-relacionam e se

complementam.

São várias as formas possíveis para avaliar o aluno e pode-se utilizar de vários

instrumentos, podendo ser entre eles:

• Provas (não classificatória);

• Pesquisa bibliográfica;

• Pesquisa de campo;

Page 104: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

104• Seminários;

• Produção de texto;

• Interpretações;

• Análise de textos, mapas e documentos;

• Produção de narrativas históricas;

• Construção de tabelas e gráficos;

• Pesquisa bibliográfica;

• Relatórios em aula de laboratório;

• Dinâmicas em grupo;

• Debates;

• Júri simulado;

• (Re) criação de jogos;

• Trabalho em grupo;

• Desenhos;

• Auto-avaliação;

• Elaboração de painéis, murais;

Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passa a ter

significado real para o estudante e, por isso, interage “com ideias relevantes existentes na

estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p. 56).

A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou

mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de

recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas

propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. As questões da prova

precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de

aula.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos que são critérios gerais em

Ciências estão sendo compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a

necessária retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

Page 105: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

105científicos escolares e do objeto de estudos de Ciências, visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

REFERÊNCIAS:

CARAZAS, R.G.R. A escola como poder (artigo). Revista Profissão Docente On-line.

Disponível em http://www.Uniube.br/institucional/proreitoria/propep/revista/vol03 Último

acesso em 25/01/2006.

CARVALHO, A.M.P. e GIL-PÉRES, D. Formação de professores de ciências. São Paulo:

Cortez, 2001.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado

Educação/Superintendência da Educação. -2008.

Documento de inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira.

SANTOS, W.L.P. e MORTIMER, E.F. Uma análise de pressupostos teóricos da

abordagem C-T-S (Ciência, Tecnologia e Sociedade) no contexto da educação brasileira.

Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências. V.02, n.2, dez. 2002. Disponível em

http://www.fae.ufmg.br.PDF. Ultimo acesso em 05/10/2006.

VALE, J.M.F. Educação científica e sociedade. In: Questões atuais no ensino de ciências

(Educação para a ciência).Roberto Nardi (org). Educação São Paulo: Escrituras Editora, 1998.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa- 2009.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental e Médio

Page 106: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

106

37.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA/ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: PRIMO DONIZETE MAIOLI

ELOÍSA CRISTINA R. FERNANDES

VERA LÚCIA DEGASPERE

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a

escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas

diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar

a importância ao intelecto e ao físico do homem detinha-se a função higienista. Com a

tentativa de buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com a ditadura militar, a

educação baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais, e como meta a

eficiência e produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.

Na sociedade hodierna a Educação Física Escolar, entendida como área de

conhecimento que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como

máxima proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,

contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar

as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,

cognitivas, sociais e econômicas.

Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser

reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas

aulas de Educação Física.

Page 107: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

107Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores

conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,

orientação sexual e relações de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para

o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que ela ratifique-se e assuma-se

como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da

educação formal.

A Educação Física Escolar, nesse PPC tem a intenção que sua práxis busque a

formação de indivíduos dotados de capacidade crítica e que esse por sua vez ajam de forma

autônoma e crítica no mundo da cultura corporal de movimento e que sua vez possa

transformá-la conforme as necessidades e entendimentos políticos, histórico, sociais,

econômicos e filosóficos.

III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL

Os conteúdos estruturantes “são os conhecimentos de grande amplitude conceito e ou

práticas que identificam e organizam os campos de estudos”. DCE (2008)

6º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Esporte Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleirosJogos dramáticosJogos cooperativos

Page 108: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

108Ginástica ginástica geral

Ginástica circenseGinástica rítmica

Lutas CapoeiraDança Danças criativas

7ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Esporte Coletivos

Individuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleirosJogos cooperativos

Ginástica ginástica geral

Ginástica rítmicaLutas CapoeiraDANÇA Danças criativas

8ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Esporte Coletivos

Individuais

____________________________________________

RadicaisJogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiros

Jogos cooperativos

Page 109: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

109Ginástica Ginástica geral

Ginástica rítmicaLutas Lutas que mantêm a distância Dança Danças de rua

Danças criativas ou circulares

9ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDO BÁSICO

Esporte Coletivos

Radicais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares (Jogos Dramáticos)

Jogos de tabuleiros

Jogos cooperativosGinástica ginástica geral

Ginástica rítmicaLutas Lutas que mantêm a distância (Capoeira).Dança Danças

Criativas

IV- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Visando romper com o modo tradicional com que os conteúdos de Educação Física

tem sido tratados, torna-se necessário a integração e interligação das práticas corporais de

uma maneira mais reflexiva e contextualizada, o que se tornará possível por meio dos

elementos articuladores.

A Educação Física procurando a integração com o trabalho desenvolvido na escola,

coloca o seu programa curricular de forma séria e compromissada com a produção de

conhecimento que conduz o processo de ensino e aprendizagem.

Page 110: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

110Este processo será caracterizado pela participação efetiva do aluno e do professor com

trocas de experiências, conduzindo-os ao desenvolvimento do processo educativo que tem por

finalidade levar o aluno a autonomia do mundo da cultura corporal.

O professor de Educação Física será o mediador para sistematizar,organizar e produzir

uma cultura de conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o

diálogo com as diferentes culturas.Todos estes elementos,de forma direta ou indireta estão

pautados na corporalidade , entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de

manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a

interação do sujeito com o outro, com seu meio social e natural.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em

conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as

estratégias prática social, problematização, instrumentalização.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção

do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,

2002, p.53).

ESTRATÉGIAS DE ENSINO A SEREM DESENVOLVIDOS:

propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido..

expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens

centradas na motricidade.

construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes

e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.

adicionar a inclusão.

superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”.

demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.

Page 111: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

111 Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama

Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes

Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi

proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já naturalizadas de

preconceitos, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.

utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar

conceitos próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-

los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas

de educação física e associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de

análises próximas e suas relações com o mundo globalizado.

aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o

coletivo.

Desenvolver atividades que construa junto aos alunos uma consciência

ecológica autônoma que saia do senso comum e seja rica em criticidade,

buscando a superação da visão positivista e neoliberal.

Buscar a desconstrução do processo de naturalização das diferenças étnico-

raciais, de

gênero ou de orientação sexual, utilizando para tal os aspectos que envolvem

o mundo do movimento humano.

Refletir sobre a violência praticada pelos sujeitos sociais, dentro e fora da

escola, utilizando para tal, as situações que ocorrem no dia-a-dia escolar e

principalmente nas aulas de educação física.

Desenvolver projetos que leve os alunos a construírem conhecimentos em

relação as consequências do uso de drogas, levando-os a perceber o prejuízo

físico, social, econômico e cultural.

ELEMENTOS ARTICULADORES

• O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas;

• O desenvolvimento corporal e construção da saúde;

• A relação do corpo com o mundo do trabalho;

• O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida;

Page 112: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

112• A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo

esportivo;

• A mídia e sua influência no esporte-espetacular.)

V - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual

ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão

registradas no Livro Registro de Classe.

A avaliação é um instrumento para ajudar o aluno a aprender, assegurando

espaço para os alunos arriscarem. E, ao arriscar-se, podem errar. O erro, não configura,

portanto, pecado ou ameaça, mas uma pista valiosa que permite investigar quais problemas os

processos de ensino- aprendizagem enfrenta e por quê. É a partir daí que devemos nos

orientar melhor e transformar eventuais erros de percurso em situações de aprendizagem,

resultando em avanços e eliminação de dificuldades.

A avaliação assume uma função formadora, uma vez que, o fim desse processo é a

aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação

da prática pedagógica.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o

processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas

manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.

A avaliação dará prioridade aos aspectos de participação, cooperação,

responsabilidade, respeito mútuo.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO DAS AVALIAÇÕES:

A recuperação será feita de forma paralela a avaliação. Sendo assim toda avaliação

será seguida, caso necessário de uma recuperação.

Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

Page 113: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

113A recuperação de estudo ocorrerá paralelamente ao processo de ensino aprendizado e

terá na sua intencionalidade, buscar que o aluno construa através de métodos diferenciados,

conhecimentos relacionados ao conteúdo proposto.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Trabalhos e pesquisas;

Avaliação teórica;

Avaliação prática nas atividades de desenvolvimento técnico e tático.

Avaliação da participação nos atividades propostas, considerando os aspectos:

colaboração, respeito e companheirismo.

Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT, Valter, A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos

CEDES, v.19 n.48. Campinas, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São

Paulo: Scipione, 1989.

GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO. Visão didática da Educação Física: análises

críticas e exemplos práticos de aulas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1991.

GUILHERMETI, Paulo. Considerações sobre o entendimento da crise da Educação Física

Escolar. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v.2, n.1, p. 14-5, 1991.

GHIRALDELLI JR., Paulo. Educação Física Progressista. São Paulo: Loyola, 1989.

HILDEBRANDT, Reiner & LAGING, Ralf. Concepões abertas no ensino da Educação

Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.

KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.

______, Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.

Page 114: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

114LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista da Associação

Nacional da Educação - ANDE. São Paulo, ano 3, n.6, 1983.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do

estado do Paraná. Curitiba- SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, julho 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. 2008.

Introdução às diretrizes curriculares. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde (Org) Curitiba- Pr.

Projeto Político Pedagógico -

Page 115: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

11537.4 - PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO RELIGIOSA/ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número cada vez

maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir essa função, que

historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de

discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para

o país.

A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-se de formas

muito diferenciadas. Da perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões

que se apresentam são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que

referências sociais e culturais trazem para a escola? Um sujeito é fruto de seu tempo histórico,

das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo

a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.

Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para

determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre

currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político.

Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de

construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.

No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da Religião

Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme determinava a Constituição

de 1824. Após a Proclamação da República o ensino passou a ser laico, público, gratuito e

obrigatório, rejeitando a hegemonia católica que exercia até então o monopólio do ensino. A

partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na

escola pública, porém, com matrícula facultativa. Passou por reformulações no decorrer da

Page 116: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

116história e em meado da década de 60, surgiram grandes debates, retomando a questão da

liberdade religiosa devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada

que partiu de diferentes manifestações religiosas.

O Ensino Religioso, legalmente perdeu sua função catequética, nesse contexto, pois

com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo curricular

centrado na doutrinação passou a ser intensamente questionado. Contudo, as aulas ainda

continuaram a ser ministradas por professores leigos e voluntários e culminava com o objetivo

de converter outros para sua própria religião.

A LDB 4024 / 61 determinava no Art. 97 que o Ensino Religioso seria de matricula

facultativa, sem ônus para o poder público, devia ser ministrado de acordo com a confissão

religiosa do aluno.

Em decorrência da Lei nº 5692 / 71 o Ensino Religioso foi implantado como disciplina

escolar em 1972 no estado do Paraná, a partir da criação da Associação Interconfessional de

Curitiba (ASSINTEC), sendo que a idéia dessa associação era arrecadar donativos para a

criança pobre com o objetivo de promovê-lo na escola pública, mas justificavam que não

bastava atender a criança carente em suas necessidades de alimentação, mas também

favorecer sua dimensão religiosa. O Ensino Religioso, de acordo com os princípios dessa

associação era formado por um pequeno grupo de caráter ecumênico.

Com a promulgação da nova LDBEN 9394 / 96, foi elaborada uma nova concepção do

Ensino Religioso, visando superar o caráter proselitista que marca a disciplina historicamente,

conforme ficou expresso no artigo 33. Porém, o texto da Lei, em sua redação original, não

contemplou todas as demandas da sociedade civil organizada, fazendo com que fosse

alterado. A lei nº 9475 / 97 dá nova redação ao artigo 33 e reza que o Ensino Religioso é de

matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina

dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurando o respeito à

diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo.

“Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação

brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de

impedir qualquer forma de prática catequética nas salas de aula públicas. A

perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos

assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da

religião na educação brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela

Page 117: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

117disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica

sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a

metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então, oriundas

dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que

pretendiam, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o

Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas.” (DCE.p.41)

Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a deliberação 03 / 02

que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do

Paraná e a SEED elaborou a Instrução Conjunta nº 001 / 02 do DEF / SEED que estabeleceu

as normas para esta disciplina na rede pública estadual.

No final de 2005, a SEED aprovou a Deliberação nº 01 / 06, em 10 / 02 / 2006, que

visa instituir novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual do Ensino do Paraná.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da humanidade, o

Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes expressões religiosas e

pretende contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas

advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes

fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.

III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de identificação e

entendimento sobre as diferentes manifestações religiosas presentes na Sociedade, de tal

forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve

favorecer o respeito a diversidade religiosa, em suas relações éticas e morais, relacionando-as

com as identidades culturais manifestadas pelos povos. A disciplina deve permitir que aos

educandos as diferentes formas culturais e suas relações com o Sagrado.

Um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino Religioso é efetivar uma

prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também,

desprender-se do seu histórico confessional catequético, construção e consolidação do

respeito à diversidade cultural e religiosa. Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve

oferecer subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem

culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer

Page 118: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

118relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.

O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o

direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, o direito à

liberdade individual e política e o desenvolvimento da cidadania.

É necessário, superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um

determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma doutrinação

religiosa ou moral impõe um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e

excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de

criação de novos valores.

Propõe-se então um ensino e aprendizagem que estimule a construção do

conhecimento pelo debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida – real e

metódica –, do confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição

competente de conteúdos formalizados. Opõe-se, portanto, a um modelo educacional que

centra o ensino tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as

possibilidades de participação do aluno e não atende a diversidade cultural e religiosa.

IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 6º ANO:

1. Organizações Religiosas

As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundamentais legitimando a

intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem fundamentos, normas e

funções a fim de compor elementos mais ou menos determinados que unem os adeptos

religiosos e definem o sistema religioso.

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo

institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais características,

estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de

compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser destacados:

• os fundadores e/ou líderes religiosos;

Page 119: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

119• as estruturas hierárquicas.

Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as implicações

da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de mundo, atitudes,

produções escritas, posições político-ideológica, etc.

Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus respectivos

líderes estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo), confucionismo

(Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.

2. Lugares Sagrados

Lugar é o espaço familiar para o sujeito, é o local onde se dão suas relações diárias.

Constrói-se o entendimento de lugar na relação de afetividade e de identidade onde o

particular e histórico acontecem. O que torna um lugar Sagrado é a identificação e o valor

atribuído a ele, ou seja, onde ocorreram manifestações culturais religiosas. Assim, os lugares

Sagrados são simbolicamente onde o Sagrado se manifesta. Destacam-se:

• lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;

• lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.

No processo pedagógico, professor e aluno podem identificar lugares Sagrados para as

diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes, tais como morte,

nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso. A peregrinação,

a reverência, o culto e as principais práticas de expressão religiosa também consagram

porções do espaço e as tornam lugares Sagrados. Os templos, as sinagogas, as igrejas, as

mesquitas, os cemitérios, as catacumbas, as criptas e os mausoléus, assim como elementos da

natureza quando consagrados, constituem igualmente lugares Sagrados. Para as culturas

indígenas e aborígines, por exemplo, os rios, montanhas, campos, etc são extensões das

divindades e, por essa razão, são Sagrados.

3. Textos Sagrados orais ou escritos

São ensinamentos Sagrados, transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas,

orações, pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contadas pelos mais

Page 120: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

120velhos, escritas cuneiformes, hierógrifos egípcios, etc. Entre eles, destacam-se os textos

grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o Al Corão e também

os textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.

4. Símbolos Religiosos

Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel

relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo.

Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode

ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação

matemática, cores, textos e outros que podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:

• dos ritos;

• dos mitos;

• do cotidiano.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os

paramentos, os objetos, etc.

6º ANO.

• Diferenciação entre aulas de religião e Ensino Religioso;

• Identificação da diversidade religiosa para promoção do respeito à mesma;

• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira como

asseguradora da liberdade religiosa;

• Direito a professar a fé enquanto expressão e opinião individual e coletiva;

• Direito à reunião e associação religiosa pacífica;

• Direitos humanos e sua vinculação com a espiritualidade;

• Ensinamentos orais e escritos transmitidos pelas diferentes culturas religiosas;

• Caracterização dos lugares e templos sagrados, sendo eles naturais ou construídos pela

comunidade religiosa;

• Identificação das instituições religiosas, abrangendo os sistemas, estrutura, dinâmica

social, fundadores, líderes e estruturas hierárquicas;

Page 121: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

121

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O 7º ANO

1. Temporalidade Sagrada

O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de homogeneidade e

continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana, experimenta a passagem do tempo

em que, basicamente, um momento é igual ao outro, na vida religiosa, o homem experimenta

momentos qualitativamente diferentes. Os momentos das atividades ordinárias como o

trabalho, a alimentação e o estudo são – apesar da possibilidade de serem sacralizados –, de

maneira geral, semelhantes e podem seguramente ser substituídos uns pelos outros. O tempo

da revelação do Sagrado constitui, por outro lado, o momento privilegiado em que o humano

se liga ao divino.

Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento especial que

pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos são,

predominantemente, periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca ser

recuperado, pois é entendido segundo a ideia de uma sucessão de “agoras”. O passado nunca

pode ser, nesse sentido, revivido. Ele dá lugar constantemente ao presente em que se está.

O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana. Inicia-se com o

nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do divino está, por outro lado,

além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza geralmente pela ideia

de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a possibilidade de parar a duração

temporal profana e, por meio de ritos e celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa

ideia de tempo Sagrado é justamente no que fundamenta a perspectiva de vida após a morte

que marca, essencialmente, as religiões.

Pode-se trabalhar a temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de Ensino Religioso

o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos Sagrados

(nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas, dias da semana,

calendários religiosos). Entre os exemplos podemos citar o Natal (cristão), Kumba Mela

(hinduísmo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.

2. Festas Religiosas

Page 122: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

122Festas Religiosas são os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivo da reatualização de um acontecimento primordial: confraternização, rememoração

dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles, destacam-se:

• peregrinações;

• festas familiares;

• festas nos templos;

• datas comemorativas.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista),

Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica),

Natal (cristã).

3. Ritos

Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um

encontro interpessoal. Essas celebrações são formadas por um conjunto de rituais. Podem ser

compreendidas como a recapitulação de um acontecimento Sagrado anterior; servem à

memória e à preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas, e

podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas. Os

ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços Sagrados. Dentre as

celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:

• os ritos de passagem;

• os mortuários;

• os propiciatórios, entre outros.

Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki

(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, etc.

4. Vida e morte

As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da morte, as

respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o

Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: o sentido da vida nas tradições

e manifestações religiosas; a reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos

antepassados que se tornam presentes, e outras; ressurreição; apresentação da forma como

Page 123: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

123cada cultura/organização religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam com o

culto aos mortos, finados e dias especiais para tal relação.

7º ANO

• Os diferentes símbolos religiosos e o reconhecimento de seus significados;

• Os rituais religiosos evidenciando as estruturas de culto e as transformações

apresentadas pelas mesmas no decorrer da História;

• Preservação das diferentes identidades religiosas, suas tradições e manifestações;

• As festividades religiosas: confraternização, culto dos símbolos, períodos e datas

importantes;

• Peregrinações pelos locais sagrados;

• Conhecimento das diferentes manifestações religiosas quanto a vida e a morte,

estabelecendo compreensão da reencarnação, ressurreição, além morte

ancestralidade e outros.

V - METODOLOGIA

O Ensino Religioso deve ter por fundamento o constante repensar sobre as formas

metodológicas. Assim, esta disciplina deve ser utilizada pelo professor a fim de valorizar o

respeito às diversas manifestações religiosas. Propor encaminhamento metodológico para a

disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais

a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam

esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a

novos métodos de investigação, análise e ensino.

A disciplina conduz ao rompimento do que seria uma aula de religião, propondo o

conhecimento das várias visões sobre a espiritualidade, proporcionando o respeito ao outro.

O Ensino Religioso propõe a integração das demais ciências sociais, mas sem deixar de lado o

foco, ou seja, o Sagrado.

A interdisciplinariedade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo,

pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,

assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.

Page 124: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

124Pretende-se evitar o estudo hegemônico de determinadas religiosidades. O que se

espera é a maior quantidade possível de análises sobre a vasta gama de religiosidades

existentes.

Assim, os conteúdos devem visar a diversidade, não a imposição de uma crença. Dessa

forma, gera-se a diminuição do preconceito e discriminação de qualquer expressão religiosa.

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os

instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo

específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação

pode revelar também em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do

respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui para a transformação social.

Deve-se elaborar “ferramentas” que auxiliem o registro contínuo de como o aluno está

apropriando as diferentes formas de ver o Sagrado, identificando o quanto os conteúdos

passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações religiosas.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas

como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada

grupo social?

• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do

Sagrado?

Instrumentos de avaliação:

• Fórum de discussão;

• Trabalhos sobre vários temas contemporâneos;

• Pesquisa;

O que se pretende com o Ensino Religioso é o respeito à diversidade cultural. Assim, o

Page 125: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

125professor deve perceber os avanços nesta relação de integração social. Caso isto não venha

ocorrer, muda-se o processo metodológico respeitando as diretrizes curriculares.

Mesmo que a disciplina não haja aferimento através de notas ou conceitos que impliquem a

aprovação ou reprovação do aluno, requer-se o registro formal do processo avaliativo,

demonstrando a verificação dos progressos obtidos através da disciplina.

VII - BIBLIOGRAFIA

ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

COSTELLA, Domenico. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: Junqueira,

Sérgio, Wagner, Raul. O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Tratado de História

das Religiões. trad N. Nunes & F. Tomaz, Lisboa:Cosmos, 1977

Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental – versão preliminar.2009

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso do Ensino Fundamental – versão preliminar.

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental.

BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, 1934.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1967.

BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.

BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL, Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997.

CALLAI, H. C. Estudar o lugar para compreender o mundo. in: CASTROGIOVANNI,

A. C. (org.) Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto

Alegre: Mediação, 2003.

CLASTRES, P. A fala sagrada: mitos e cantos Sagrados dos índios guarani.

Tradução Nícia Adan Bonatti. Campinas, SP: Papirus, 1990.

ESPINOSA, B. Tratado Teológico-Político. Brasília: Imprensa Nacional.

PARANÁ, . Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes c

Curriculares Estaduais - de Geografia. 2008.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa- 2009.

Regimento Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa, Ensino Fundamental e Médio.

WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.

Page 126: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

12637.5 - PROPOSTA CURRICULAR – GEOGRAFIA

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: IVANETE PINHEIRO

JULIANA RUIZ KOBAYASHI

OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,

estabelecendo-se entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a

rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto da verdade atemporal dado

a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para as críticas às

contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade

contemporânea e propicie compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação

artística nos contextos em que elas se constituem”. (DCEs/PR.2008). Nestas Diretrizes

Curriculares, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o

espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-

relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –

relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996). .

Estabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência dos

grupos, que através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica

dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o

movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que o ajudaram numa relação

maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio. Os Mesopotâmicos e Egípcios, por

exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios Tigre, Eufrates e Nilo respectivamente,

associado aos estudos de geometria, para demarcar áreas de cultivo já que as cheias desses

rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas agricultáveis.

Page 127: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

127As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também

necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo

Conhecido até a Antiguidade clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e

econômicas.

Dessa forma a apropriação dos conhecimentos geográficos é muito mais que um saber

escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,

pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente

social do Mundo no qual se insere.

“Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em

sociedade, em particular para o desempenho das funções de cidadão. Cada cidadão ao

conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como as de

outros lugares, pode comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que

diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram com a natureza na construção de seu

espaço geográfico.”

O papel da Geografia escolar e, portanto, a visão que os alunos têm dela vem sofrendo

mudanças no sentido de se construir uma Geografia que dialogue com o espaço mais próximo

do aluno, que pode variar do local ao global.

A abordagem adotada, natureza e sociedade devem estar interligadas, proporcionando

condições para investigações e entendimento. Espera-se com este enfoque conscientizar o

aluno, que a natureza é transformada em produto através do trabalho humano e que seu

relacionamento com ela é que assegura sua própria existência.

Dessa forma, o estudo da Geografia promoverá a construção da cidadania tornando o

aluno crítico participativo, atuante, responsável e comprometido com os valores humanos e

com a sociedade onde está inserido.

Paralelo aos conteúdos de Geografia, serão trabalhados também, conteúdos de

Geografia do Paraná.

III - CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES

A disciplina de geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si

e com outras áreas de conhecimento, priorizar o desenvolvimento de conteúdos

cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes.

Page 128: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

128Os conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem

hierarquizados.

“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do

conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam e

articulam o que é próprio do conhecimento geográfico” (DCEs/PR).

Os mesmos são:

-Dimensão econômica do espaço geográfico.

-Dimensão política do espaço geográfico.

-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

-Dimensão socioambiental do espaço geográfico

6º ANO:

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração produção.

-A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a re (organização) do espaço geográfico.

-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

7º ANO:

-As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

-Movimentos migratórios e suas motivações.

Page 129: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

129-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8ºANO:

-As diversas regionalizações do espaço.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-O comércio em suas implicações socioespaciais.

-A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.

-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

-Os movimentos migratórios e suas motivações.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-A formação, localização e utilização dos recursos naturais.

9ºANO:

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-A revolução tecno-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

-A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

Page 130: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

130-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização

do espaço geográfico.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

-O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento

geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um

planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação. (CAVALCANTI,

1998).

É importante o aluno perceber que as informações sobre o mundo podem ser

registradas por meio de diferentes linguagens, e que um mesmo assunto pode ser tratado sob

diferentes pontos de vista.

As atividades serão realizadas de modo que permitam a compreensão da integração

existente entre o mundo físico e o social, coordenado, para que os educando consolidem seus

conhecimentos.

O estudo da Geografia tem como meta oferecer ao aluno os estímulos para que eles

desenvolvam sua capacidade de análise crítica sobre a realidade que o cerca. Para isso é

necessário que a Geografia forneça ferramentas, que são conceitos e definições sobre os

fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. É preciso que o aluno aprenda a manipulá-la

na observação do problema e adquira uma habilidade específica na sua resolução.

Portanto, entende-se na abordagem acima que os métodos utilizados nas aulas de

geografia são: Método Expositivo, Método Analítico, Problematização, Método de Ensino

Socializado, Método de Ensino Individualizado, Método Dialógico.

Para alcançar os objetivos propostos pretende-se utilizar diferentes recursos como:

estudos de textos, confecções e leituras de mapas (cartografia), exposições de temas,

relatórios de filmes, estudo de caso, pesquisas individuais ou em grupos, resoluções de

exercícios, apreensão de conceitos, debates, elaboração de sínteses e interpretação de gráficos

e tabelas, jogos diversos, exposições orais, etc. As tecnologias que serão utilizadas são: TV,

Page 131: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

131pen drive, rádio, quadro-de-giz, jogos online, hipertexto, PPT, recortes colagens, pesquisas,

fotografias, leitura de imagens, DVD, CD, etc.

Pretende-se contemplar na disciplina de geografia o que consta na legislação vigente,

quanto às ações de inclusão dos Desafios Educacionais Contemporâneos e através de

atividades diversas oportunizar a implementação da Lei nº 11.645/08-História e Cultura dos

Povos Indígenas, Lei nº 10.639- História e Cultura Brasileiras e Africanas e Lei 9795/99-

Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal,

Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

V - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a

avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual.

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do

processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática

pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão

sobre a ação da prática pedagógica.

A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno uma

classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mas sim tem o intuito da

formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadoras para retomada da

prática pedagógica adotada pelo docente.

A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação cabe ao professor

uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da sala de aula.

Cabe ao professor utilizar a avaliação em geografia, como instrumento de aprendizagem que

permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as

manifestações de aprendizagem de seus alunos, examinar a validade de sua prática

pedagógica e, ainda, a sua atuação docente a fim de respeitar as diferentes formas de

expressão que um grupo heterogêneo de alunos apresenta, o professor pode se valer de vários

instrumentos de avaliação.

Page 132: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

132Toda avaliação deve ser registrada através de testes objetivos e subjetivos, pesquisas,

relatórios, empenho e criatividade. O professor deverá também verificar de forma reflexiva

todo o seu trabalho pedagógico se houve ou não assimilação e compreensão dos alunos em

relação ao que foi trabalhado. Neste processo também será necessário, diversificar as

técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o

professor pode usar técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos

alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, estudos de texto,

confecção e leitura de mapas, exposição de temas, relatórios, estudos de casos, pesquisa em

livros e revistas, resolução de exercícios, elaboração de sínteses, elaboração e interpretação de

gráfico e tabelas, provas escritas e orais.

A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os

encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.

VI - REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso – Geografia e Participação – Volume 4, Editora Scipione.

GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia –

- Diretrizes curriculares da educação inclusiva.

- Diretrizes curriculares de Geografia para o ensino fundamental – Versão 2008.

- Diretrizes curriculares para a educação das relações étnica – raciais.

GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia –

Lei nº 10.609 de 09 de janeiro de 2003.

Projeto Araribá – 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série – Obra coletiva, desenvolvida e produzia pela Editora

Moderna.

Page 133: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

13337.6 - PROPOSTA CURRICULAR – HISTÓRIA

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA/ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: ALLAN MARQUES DO ROSÁRIO

APARECIDA DE FÁTIMA GASPARELLO BIN

MARGARETE FERLE

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História, enquanto disciplina escolar terá como espaço de tempo abordado os anos

de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características

do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da

produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os conteúdos

estruturantes devem privilegiar campos da investigação da historia cultural, social, econômica

e política, com significativa tematização dos esmos e à luz da Nova História Cultural,

inserindo, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.

A intenção e objetivo da história é o aluno desenvolva a capacidade de observar,

extrair informações e interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo

relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos

os vastos conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração

cronológica dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História.

Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno como cidadão,

construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que assuma a

participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma atitude crítica da

realidade na qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir sobre os seus valores e suas

práticas cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas, proporcionando, por sua

vez, uma interligação entre passado e o presente.

Paralelo aos conteúdos de História, serão trabalhados, conteúdos de História do

Paraná.

Page 134: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

134III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para seleção dos conteúdos a serem trabalhados no Ensino Fundamental, deve-se levar

em conta que os conceitos utilizados na disciplina de história são historicamente construídos,

tendo por sua vez, uma forte relação com o processo de surgimento e constituição das

diversas formações sociais. Estes conceitos são instrumentos que permitem ao professor e ao

aluno refletir sobre a prática, construindo assim, a percepção da formação da consciência

histórica nesses sujeitos.

Os conteúdos estruturantes apontam para o estudo das ações e relações humanas

que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico, e por meio deles o professor

discorrerá sobre os problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas.

Destacando-se entre elas, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-

Brasileira, da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história do

nosso país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino.

- Relações de trabalho;

- Relações de poder;

- Relações culturais.

Os mesmos deverão ser trabalhados dentro de uma perspectiva que permitirá a

abordagem da história em diferentes épocas e espaços físicos, mas com relações reflexivas

semelhantes no processo de conhecimento histórico. É importante destacar que tais dimensões

visam a busca de grandes sínteses.

CONTEÚDOS BÁSICOS 6ºs ANOS:

* A experiência humana no tempo;

* Os sujeitos e suas relações com outro no tempo;

* As culturas locais e a cultura comum.

CONTEÚDOS BÁSICOS 7º ANO:

* As relações de propriedade;

Page 135: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

135* A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

* As relações entre o campo e a cidade;

* Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

CONTEÚDOS BÁSICOS 8º ANO:

* História das relações da humanidade com o trabalho;

* O trabalho e a vida em sociedade;

* O trabalho e as contradições da modernidade;

* Os trabalhadores e as conquistas de direito.

CONTEÚDOS BÁSICOS 9º ANO:

* Constituição das instituições sociais;

* A formação do Estado;

* Sujeitos, Guerras e revoluções.

IV - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e

definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de

Historia, elaboradas por uma equipe de professores da SEED, possuem como fundamentação

teórico-metodológicas suporte na historiografia intitulada Nova Historia Cultural ou Nova

Esquerda Inglesa, que realizam as críticas aos modelos das “verdades”, das generalizações e

dos determinismos. Essa nova proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de

história para que aborde com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história

“vista de baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre o macro

e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e pré-estabelecidos.

Na investigação histórica, considera-se importante a utilização de fontes documentais

expressas em gravuras, desenhos, gráficos, mapas, fotografias, filmes e discursos orais

pesquisados nos trabalhos de campo, que ajudam a buscar informações sócio-econômicas e

culturais no passado e as relacionar com o presente, identificando as permanências e as

Page 136: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

136transformações no desenvolvimento da humanidade como um todo e não de forma

centralizadora (europeia).

A interdisciplinaridade da História com as demais Ciências Humanas deve ser

encarada como forma de contribuição para pó saber histórico, essas ciências auxiliares, tais

como a geografia, sociologia, antropologia, etc; ajudam o aluno a uma maior compreensão da

diversidade cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História

trabalha.

É importante ressaltar também, a valorização da Cultura Indígena e seus saberes, que

se faz com conteúdos que se relacionam à sua formação e organização no território brasileiro,

que instrumentalize os alunos a compreenderem o mundo em que vivem.

Será de grande importância trabalhar conteúdos de História do Paraná, voltados para a análise

dos fatos históricos que se estendem desde as primeiras expedições exploradas, no século

XVI, até os dias atuais.

Referente à Cultura Afro-brasileira, o ensino de História procura demonstrar a

possibilidade do convívio pacífico dos diversos grupos étnico-raciais, reforçando a auto

estima dos alunos negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a

formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir o mito

da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção e o ensino da

história do negro no Brasil.

V - AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das

atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla

escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensino-

aprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.

Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar

todos os educando e não apenas aqueles que possuem facilidade e memorização, minimizando

a competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.

Page 137: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

137VI - BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares:

o que diz as leis. Lei nº. 10.639. Brasília, 2003.

HISTORIA DO PARANÁ – Cadernos Pedagógicos, SEED – PR, 2008

PARANÁ. Diretrizes curriculares: Ensino Médio – História. Curitiba: SEED, 2006

PROJETO ARARIBÁ – Obra Coletiva – Ed. Moderna.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA

Page 138: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

13837.7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA - LÍNGUA PORTUGUESA

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: LUCILENE MARIA DE OLIVEIRA

LUZIA APARECIDA BORGES RAVANELI

ROSEMARY CLÁUDIA MARQUES

SUELI APARECIDA ROS FAJARDO DOS SANTOS

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito

organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa

disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino

da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino,

seja pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção da proposta.

A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em

outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de

comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e

com os outros.

Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente

perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que

geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem

garante sua própria existência e significação.

Page 139: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

139Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos

histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de

uma língua significa também apreender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da

cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o

sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz,

na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da

predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade

de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes

visões de mundo.

A concepção sociointeracionista da linguagem contrapõe-se às visões

conservadoras da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem

interferência de elementos sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em

sua produção linguística, que realiza um trabalho que é resultado da exploração,

consciente ou não, dos recursos formais e expressivos que a língua coloca à disposição do

falante. Além disso, também considera a presença do outro, ou seja, percebe que a

linguagem não é um ato individual, o outro se inscreve tanto no ato de

recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua emissão/codificação, pois no

momento em que a mensagem está sendo construída pelo emissor, o outro é condição

necessária para a existência do texto. À medida que o produtor imagina leituras não-

desejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar em sua produção.

O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como

um sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu

trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a

linguagem se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações

que encontra em seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as

produções, há um levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com

discussões que possibilitem argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em

decorrência desse trabalho, aparece nos textos a heterogeneidade de vozes, que não

reproduzem simplesmente a palavra dita pela escola ou as palavras alheias, mas a palavra

do próprio aluno.

Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como

sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca

Page 140: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

140reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do

aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos

mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de

sentido proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um

processo, como um trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos

sociais.

III - OBJETIVOS

Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,

conhecimento e informação.

Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.

Melhorar as condições de expressão oral e escrita.

Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas

especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.

Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.

Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções

gramaticais.

IV - CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM

TRABALHADOS - 6ºANO

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ESCRITA,

LEITURA E ORALIDADE. - ANÁLISE

LINGUÍSTICA

Adivinhas

Anedotas

• Tema do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Finalidade do texto;

Page 141: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

141

Bilhetes

Cantigas de roda

Cartão

Convites

Aviso

Biografias

Autobiografia

Contos de fadas

Tirinhas

Lendas

Cartazes

Músicas

Piadas

Quadrinhas

Receitas

Trava-língua

Poemas

Cartum

Tiras

Classificados

Regras de jogo

Rótulos/embalagens

Fábulas

História em Quadrinho

Narrativas de Enigmas

• Argumentos do texto;

• Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos e outros;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala.

• Variações linguísticas;

• Contexto de produção;

• Informatividade;

• Divisão do texto em parágrafo;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica/ortografia;

• Concordância verbal/nominal;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos,

função das classes gramaticais, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem.

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM

TRABALHADOS - 7ºANO

PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,

ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA

Page 142: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

142

Narrativa de aventura/

fantásticas/míticas

Narrativas de humor

Crônica de ficção

Fábulas

Músicas/Letras de Música

Paródias

Lendas

Diário

Exposição oral

Debate

Causos

Comunicado

Provérbios

Notícia

Reportagem

Horóscopo

Manchete

Manchete

Classificados

Fotos

Placas

Pinturas

Propagandas/slogan

Histórias em quadrinhos

Bulas

Tema do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Intertextualidade;

Ambiguidade;

Informações explícitas e implícitas ;

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Contexto de produção;

Informatividade;

Divisão do texto em parágrafo;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ortografia;

Concordância verbal/nominal;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

repetição, gírias, recursos semânticos,

função das classes gramaticais, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem.

Semântica.

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM

TRABALHADOS - 8ºANO

PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,

ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA

Page 143: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

143 Contos populares

Contos

Memórias

Resumo

Debate

Palestras

Pesquisa

Relatório

Exposição oral

Mesa redonda

Abaixoassinado

Entrevista (oral e escrita)

Seminário

Carta ao leitor

Carta do leitor

Depoimento

Artigo de opinião

Cartum

Charge

Classificados

Anúncios

Crônica jornalística

Diálogo/discussão argumentativa

Cartazes

Comercial para TV

Filmes

Resenha crítica

Sinopses de filmes

Vídeo Clip

Blog

Chat

Fotoblog

Conteúdo temático

Papel do locutor e interlocutor;

Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Ambiguidade;

Informações explícitas e implícitas ;

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Contexto de produção;

Informatividade;

Divisão do texto em parágrafo;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica/ortografia;

Concordância verbal/nominal;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

repetição, gírias, recursos semânticos,

função das classes gramaticais, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem.

Papel sintático e estilístico dos pronomes

na organização, retomadas e sequenciação

do texto.

Semântica.

Page 144: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

144- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

- significado das palavras;

- expressões que denotam ironia e humor no

texto.

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM

TRABALHADOS - 9ºANO

PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,

ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA

Crônicas de ficção

Literatura de cordel

Memórias

Pinturas

Romances

Poesias

Músicas

Resumo

Paródias

Relatório

Cartazes

Resenha

Seminário

Texto de opinião

Diálogo/discussão argumentativa

Carta ao leitor

Editorial

Entrevista

Notícia/reportagem

E-mail

Carta de reclamação

Carta de solicitação

Depoimentos

Conteúdo temático

Papel do locutor e interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Argumentos do texto;

Conteúdo de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos e outros;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala.

Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódias entre outras)

Relação de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Divisão do texto em parágrafo;

Processo de formação de palavras;

Page 145: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

145 Ofício

Procuração

Leis

Requerimento

Telejornal

Telenovela

Teatro

Acentuação gráfica/ortografia;

Concordância verbal/nominal;

Sintaxe de regência;

Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos,

função das classes gramaticais, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito), figuras de linguagem.

Semântica

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia

Adequação da fala ao contexto (uso de

gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso

oral e escrito. Observação: Os gêneros textuais servirão como ponto de partida para o trabalho com a

Literatura.

- Utilização das novas tecnologias de informação e de comunicação: televisão, rádio,

informática, as formas de uso dessas tecnologias e as relações existentes entre elas e o

homem.

- Inclusão do tema: CULTURA AFRO-BRASILEIRA nas aulas de Língua Portuguesa,

trabalhando-se com diversos tipos de textos, filmes e músicas que abordem esse tema.

Proposição de debates sobre os textos lidos, produção de textos sobre temas como: o racismo

no Brasil, cotas nas universidades para afrodescendentes, mercado de trabalho, etc.

Discussões, pesquisas e outras atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a

sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, o espaço dos afrodescendentes e

de sua cultura nos meios de comunicação em massa, interpretação de letras de músicas

relacionadas à questão racial, acesso aos gêneros musicais do samba e rap, produção de

poemas referentes ao povo afro descendente e sua cultura.

- No âmbito da educação do campo, o objetivo é de que o estudo tenha a investigação corno

ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que

Page 146: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

146possa valorizar as singularidades regionais e localizar as características nacionais, tanto em

termos da identidade social e política dos povos do campo, quanto em termos da valorização

da cultura construída nos diferentes lugares do país. É uma educação que deve ser no e do

campo - No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do, pois “o

povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,

vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.” (CALDART, 2002, p. 26).

- Com relação à temática do Gênero e da Diversidade na Escola, temos como desafio

provocar as/os diferentes sujeitos da comunidade escolar a perceber, questionar e interpretar,

por meio de conhecimentos específicos, as relações de preconceito existentes no seu interior e

na sociedade e construir coletivamente encaminhamentos metodológicos para essas questões

na escola, por meio de ações de enfrentamento a esse preconceito e à discriminação por

identidade de gênero e orientação sexual. Os conhecimentos de relações de gênero,

sexualidade e relações étnico-raciais incluídos no currículo da escola são fundamentais. São

conhecimentos que contribuem para a promoção da igualdade de condições de acesso e

permanência dos diferentes sujeitos na medida em que promovem o respeito à diversidade

cultural. O trabalho com esses conhecimentos no cotidiano da sala de aula instrumentaliza a

reflexão e desnaturaliza a exclusão social. Reconhecer a sociedade, suas relações e a

historicidade das mesmas é um passo importante na busca de um posicionamento crítico e

transformador diante da realidade.

V - METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,

baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar

atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.

Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos

estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e

significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas

coisas podem acontecer.

A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística

sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros

textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse,

Page 147: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

147utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à

interdisciplinaridade e à contextualização.

O trabalho com a Literatura no Ensino Médio segue os pressupostos teóricos

apresentados no Método Recepcional, elaborado pelas professoras Maria da Glória Bordini

e Vera Teixeira Aguiar, o qual é sugerido pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica

do Estado do Paraná como encaminhamento metodológico.

O método recepcional está alicerçado na Estética da Recepção, que valoriza o papel do

leitor como parte do processo de produção da obra, isto é, o leitor passa a ser encarado como

co-autor, uma vez que vem dele a possibilidade real de interpretação e de constituição do

significado dos mais diversos textos. O autor fornece índices para que o leitor possa

desenvolver bem o seu papel, mas não apresenta nenhuma resposta pronta. É por meio da

experiência do leitor, estimulada pelo próprio texto, que o efeito da obra se fará sentir no

leitor, dando-lhe condições de atribuir sentido ao que lê; daí a leitura apresentar-se como uma

relação dialógica. Desse modo, fundem-se os horizontes trazidos pela obra e os horizontes

trazidos pelo leitor, efetivando-se, assim, a concretização da obra ou dos sentidos dela, já que

o sentido do texto é construído pela consciência imaginativa do leitor que é quem pode

atualizá-lo; todavia, não se pode pensar que o leitor é livre para imaginar qualquer coisa.

Para a Estética da Recepção, a atividade de leitura é aquela que insistentemente

desafia a compreensão do leitor, por fundar seus pressupostos no alargamento do seu

horizonte de expectativa, ou seja, levar o leitor a uma nova consciência crítica de seus códigos

e expectativas habituais. Por então consolidar suas bases no leitor, a Estética da Recepção

deixa ainda um legado muito significativo: faz cair por terra a ideia de uma única leitura

possível. Se há diferentes leitores, há, portanto, diferentes leituras para um mesmo texto, e

cada leitura, por consequência, torna-se objeto para outras leituras.

Como método de abordagem do texto literário, a estética da recepção exige que por um

lado o professor esteja preparado para selecionar textos referentes à realidade do aluno e, ao

mesmo tempo, romper com ela; e, por outro, aponta para a importância do desenvolvimento

da capacidade de refletir sobre a literatura e seus fatores estruturais. Tendo em vista que a

Estética da Recepção tem o leitor como elemento atuante no processo de leitura, o método

recepcional de ensino firma-se na atitude participativa do aluno em contato com os mais

diferentes textos.

Partindo do horizonte de expectativa do grupo, em termos de interesses literários, o

professor oferece, num segundo momento, leituras que propiciem o questionamento desse

Page 148: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

148horizonte, incitando-o assim a refletir e instaurando a mudança através de um processo

contínuo. Nesse sentido, o método recepcional de ensino da literatura enfatiza a comparação

entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço.

Os critérios de avaliação a serem empregados pelo professor abrangem a dinâmica do

processo e cada leitura do aluno, que deve evidenciar a capacidade de comparar e contrastar

todas as atividades realizadas, questionando a sua atuação e a do grupo. A resposta final deve

ser uma leitura mais exigente que a inicial, em termos estéticos e ideológicos.

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar

ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do

rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua,

porque deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem,

como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática

educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.

Os procedimentos relacionados a seguir podem ser usados para efetivar o processo

de avaliação.

Auto-avaliação: os alunos, no final de cada unidade ou de cada atividade, podem registrar

seu desempenho nos trabalhos realizados, suas dificuldades e progressos em atividades

consideradas importantes. Assim, aos poucos, pretende-se que o próprio aluno tome

consciência do que sabe, do que deve aprender, do que precisa fazer para aprender,

controlando, dessa forma, sua própria aprendizagem. Essas auto-avaliações constituem, por

outro lado, instrumento diagnóstico de grande valor pedagógico para o professor.

Avaliação longitudinal: o professor pode, no final de um determinado período, comparar

os textos (ou diferentes versões de um mesmo texto) produzidos por um mesmo aluno e

verificar os avanços e problemas que apresentam. Assim, o professor, se for o caso, poderá

reorganizar suas estratégias de abordagem ou procedimentos em relação a determinados

conteúdos.

Avaliação tradicional: a avaliação tradicional, a “prova” individual, deve ser considerada

como apenas mais um dentre os vários instrumentos de diagnóstico. Mais do que atribuir

notas, é importante que tal avaliação permita, ao aluno, ser informado qualitativamente

Page 149: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

149sobre o que precisa aprender. Anotações e comentários do professor devem oferecer

indicações claras que possibilitem progressos efetivos.

Avaliação formativa: considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e

o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar

caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa

perspectiva, pode ser realizada levando em consideração os seguintes aspectos:

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,

numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e

isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a

participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor

suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao

defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de

textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas

televisivos, e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado

esperado.

Espera-se que o aluno:

− Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal)

− Reconheça a intenção do discurso do outro

− Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.

− Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

oral.

Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram

em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua

resposta ao texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de

leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor

questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a

reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Espera-se que o aluno:

- Identifique o tema e a finalidade do texto

- Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos

Page 150: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

150- Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que

tratam do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção.

- Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas,

infográficos, fotos...).

- Identifique informações implícitas nos textos

- Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca

como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de

sua produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de

avaliação devem estar bem claros para o professor e definidos para o aluno, que precisa

estar inserido em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto

escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o

aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu

próprio.

É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos

avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da

prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais

eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.

Espera-se que o aluno:

− Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,

finalidade...)

− Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal

− Elabore argumentos consistentes

− Produza textos respeitando o tema

− Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições

- Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la

Análise Linguística:

Espera-se que o aluno:

- Distinga o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos

- Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes.

− Identifique marcas de coloquialidade em textos que usem a variação linguística como

recurso estilístico.

Page 151: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

151− Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de

comparação etc.).

− Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas.

- Amplie o horizonte de expectativas.

É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos

avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da

prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais

eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.

Quanto à recuperação de conteúdos, será realizada de modo paralelo aos estudos, sempre que

houver necessidade.

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições

Loyola, 1999.

BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara

Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.

_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),

1986.

_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,

1993.

BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do

discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.

CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –

Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.

ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,

1989.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.

Repensando a língua portuguesa).

Page 152: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

152_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua

Portuguesa – 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno

Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade

Sexual na Escola. 2009.

37.8 - PROPOSTA CURRICULAR – MATEMÁTICA

I - IDENTIFICAÇÃO

Page 153: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

153DISCIPLINA: MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE RESPONSÁVEL: ADRIANA CRISTINA C. FARINAZZO

ELISABETE PELISSARI B. PONTARA

MARIA OTACIANA B. SANCHES

MARLETE FÁVARO

SIDNÉIA APARECIDA BULGARÃO

SILVANE FORTUNATO FURLAN

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Fundamental de matemática é uma das mais importantes ferramentas da

sociedade moderna e tem como objetivo apropriar-se dos conceitos e procedimentos

matemáticos básicos para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do

trabalho, das relações sociais, culturais e políticas; exercendo assim plenamente a cidadania.

A Ciência Matemática desenvolveu-se desde os tempos antigos como uma criação

humana construída por diferentes culturas, em diversos momentos históricos, para, assim,

estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do

presente.

O alto nível de abstração matemática de algumas culturas antigas leva o aluno a

compreender que o avanço tecnológico de hoje não seria possível sem a herança cultura de

gerações passadas. Dessa forma é possível entender as razões que levam alguns povos a

respeitar e a conviver com práticas antigas de calcular ao lado de computadores de última

geração.

O objeto de estudo da matemática ainda está em construção, porém está centrado na

prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático, aprender matemática não é apenas aprender a resolver problemas, é preciso então

apropriar-se dos significados dos conceitos e procedimentos matemáticos, para saber aplicá-

los em novas situações e no cotidiano. Assim, é fundamental que tais conceitos e

procedimentos sejam trabalhados com a total compreensão de todos os significados

associados a ele, clareando as idéias, ajudando a pensar e a construir conhecimentos, isto é

fundamental para compreender o mundo a sua volta e nele se situar.

Page 154: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

154

III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Números e Álgebra

Propõe-se o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da

aritmética, a resoluçãode problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao

conceito de quantidade e com o cotidiano dos alunos.

Grandezas e Medidas

Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os conteúdos de

numeração e os conteúdos de geometria; a ideia principal é a de que medir é comparar.

Geometrias

Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e analisa-lo,

percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los, através da construção de

formas e medições.

Tratamento da Informação

(Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar

dados, que permitem ler e compreender uma realidade).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 6° ANO

Números e Álgebra

Sistema de Numeração

Números Naturais

Múltiplos e divisores

Potenciação e radiciação

Números fracionários

Números Decimais

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento

Page 155: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

155Medidas de massa

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de tempo

Medidas de ângulos

Sistema monetário

Geometrias

Geometria plana

Geometria Espacial

Tratamento de Informação

Dados, tabelas e gráficos

Porcentagem

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 7° ANO

Números e Álgebra

Números Inteiros

Números Racionais

Equações e Inequações do 1º Grau

Razão e Proporção

Regra de três simples

Grandezas e Medidas

Medidas de temperatura

Medidas de ângulo

Geometrias

Geometria plana

Geometria espacial

Geometria não-euclidiana

Tratamento da Informação

Page 156: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

156Juros simples

Pesquisa estatística

Média Aritmética

Moda e mediana

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICO - 8° ANO

Números e Álgebra

Números Racionais e Irracionais

Sistema de equações do 1º Grau

Potências

Monômios e Polinômios

Produtos Notáveis

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de ângulo

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria analítica

Geometrias não-euclidianas

Tratamento da Informação

Gráfico e informação

População e amostra

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS - 9° ANO

Números e Álgebra

Números reais

Propriedades dos radicais

Page 157: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

157Equação do 2° grau

Teorema de Pitágoras

Equações Irracionais

Equações biquadradas

Regras de três composta

Grandezas e Medidas

Relações métricas no triângulo retângulo

Trigonometria no triângulo retângulo

Funções

Noção intuitiva de Função Afim

Noção intuitiva de Função Quadrática

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

Tratamento da Informação

Noções de Análise combinatória

Noções de probabilidade

Estatística

Juros compostos

IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para que o ensino da Matemática contribua para a formação global do aluno, a qual

tem como objetivo maior à conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de fato

encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o

aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida.

Page 158: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

158Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas permitirão

que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de conhecimento. Os

temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que valorizem o

conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiando a

criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas.

No decorrer dos conteúdos serão utilizados materiais manipuláveis, que permitem ao

aluno o desenvolvimento do raciocínio lógico, a construção e a generalização de conceitos e o

aprendizado significativo. Também será utilizado como recursos pedagógicos o livro didático,

livros paradidáticos, recortes de jornais, revistas científicas, TV Pen Drive, computadores,

DVD, etc, e atividades diversificadas objetivando a integração entre o saber e o fazer.

O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da

tecnologia, máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia. A

tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso didático. A

calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode

ser uma excelente ferramenta, é bom lembrar que tão importante quanto realizar cálculos

corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas propostos. As

pesquisas liberam os alunos dos cálculos, conseguindo se concentrar melhor nos dados.

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para que,

na exploração das ideias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar,

fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

Ressaltamos que a matemática deverá trabalhar com os desafios educacionais

contemporâneos, tais como: História e Cultura dos povos indígenas, história e cultura afro-

brasileira e africana, educação ambiental, cidadania e direitos humanos, educação fiscal,

violência na escola e prevenção das drogas; nos momentos adequados trabalhando através da

porcentagem, tratamento da informação, entre outros.

A autora Beatriz D’ Ambrósio (1989) elege algumas tendências metodológicas que

procura alterar a maneira pela qual se ensina matemática, como: Resolução de Problemas,

Modelagem Matemática, Uso das Mídias Tecnológicas, Etnomatemática e a História da

Matemática. E faremos algumas considerações a seguir:

Resolução de Problemas

Uma das razões de se ensinar matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir

da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar

Page 159: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

159conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de problemas, o

estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a soluções.

Etnomatemática

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem conhecimento matemático.

Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários

saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As manifestações matemáticas são

percebidas através de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos

ambientes culturais. Sendo assim prioriza um ensino que valoriza a historia dos estudantes

através do reconhecimento e respeito de suas raízes.

Modelagem Matemática

Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da matemática

podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano.

A modelagem matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de

vida.

De acordo com Barbosa (2001, p.6) a modelagem matemática é entendida como sendo

“um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar,

por meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas constituem

como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia;os seus atributos e dados quantitativos

existem em determinadas circunstâncias”.

Para Bassanezi (2002, p.16), “a modelagem matemática consiste na arte de

transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas

soluções na linguagem do mundo real”.

Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagem oriunda da

modelagem matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar

maneiras pelas quais os conteúdos de matemática sejam abordados na prática docente, cujo

resultado será um aprendizado significativo.

Page 160: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

160

Mídias Tecnológicas

No contexto da educação matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por

aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de

ensino e da aprendizagem.

Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a TV Pendrive, as calculadoras, os

aplicativos da internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,

potencializando formas de resolução de problemas. O trabalho realizado com as Mídias

tecnológicas são formas diferenciadas de ensinar e aprender e valoriza o processo de produção

de conhecimento.

História da Matemática

Considera-se a História da Matemática como elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações - problema, na fonte de busca, na compreensão e como

elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão

das razões para aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte do estudante.

Elaborar, problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno

conhecer a matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e pensar

em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados. É uma

possibilidade de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da

Ciência Matemática.

Agir reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções

para os mais diversos problemas.

V - AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo

realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor conhecer e

analisar o resultado do seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho.

A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico tornando-se um

instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, que realmente o aluno

aprenda, portanto, é preciso avaliar o conhecimento matemático, ou seja, sua capacidade de

Page 161: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

161usar a informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvê-

los e refletir corretamente sobre eles.

Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e deram

sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que requeiram raciocínio e

pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para comunicar ideias em

suas tomadas de decisões.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, de modo a

propiciar aos alunos múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do

conteúdo trabalhado e acontecerá através provas, trabalhos e atividades individuais e em

grupos, simulados, pesquisas, utilização de jogos, entre outros.

A recuperação será processual, ou seja, dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se

apropriou e será através de teste escrito, atividades, trabalhos e/ou pesquisas, não sendo

pontual.

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BONJORNO, José Roberto, Regina Azenha Bonjorno. Matemática: fazenda a diferença. São

Paulo: FTD, 2006.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed.Ática, 2004.

GIOVANNI, José Rui, Benedito Castruci, José Rui Giovanni Júnior. A Conquista da

Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD, 2002

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e realidade. São Paulo:

Atual Editora, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento

da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba,

2008.

Page 162: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

162

ANEXO II

PARTE DIVERSIFICADA

ENSINO FUNDAMENTAL

38. PROPOSTAS CURRICULARES PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Page 163: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

16338.I - PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS

I. IDENTIFICAÇÃO: LEM – INGLÊS

DOCENTE RESPONSÁVEL: MARINETI GOULART MARCHEZINI

NANCI DOMINGUES ALVES

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino das línguas estrangeiras modernas teve início com a chegada da Família Real

Portuguesa ao Brasil, em 1808. Mais tarde, em 1937, é instituída a primeira Escola Pública de

nível secundário, fundada por D. Pedro II, em que apresentava um currículo nos moldes

franceses e em seu programa constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de alemão, que se

manteve até 1929.

Em 1942, com a Reforma Capanema, a educação ficou centralizada no Ministério da

Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas, sendo privilegiadas: o

inglês, o francês e o espanhol, em substituição ao alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica com os Estados Unidos

intensificou-se, tornando maior a necessidade de se aprender inglês.

Em 1986, no Paraná, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM –

no Colégio Estadual do Paraná que oferecia o ensino de vários idiomas e expandiu-se por todo

o Estado.

Com a publicação da LDB (Lei nº. 9.394), em 1996, foi determinado a obrigatoriedade

de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, escolhida pela comunidade escolar, já no

Ensino Médio, além de uma LEM como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar, teria uma segunda, em caráter optativo, dependendo da disponibilidade da instituição.

Em 2005, foi criada a Lei nº. 11.161, que decreta obrigatoriedade para a escola, a

oferta da língua espanhola, sendo facultativa para o aluno, e os estabelecimentos de ensino

têm 5 anos para implantá-la, a partir da data de sua publicação.

Page 164: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

164Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena

participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação,

expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz

conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e

cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o

acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania - direito inalienável

de todos.

Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornou-se indispensável, seja

dentro e/ou fora do ambiente escolar pois contempla as relações com a cultura, o sujeito e a

identidade. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na experiência

de aprender outras línguas na escola.

Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa no ensino fundamental

fundamenta-se na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio técnico das

formas lingüísticas, mas também em capacitá-lo a desempenhar competentemente seu papel

de usuário da língua.

Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos suficientes a

fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos, utilizando não

apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também seu conhecimento

de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso, pretende-se um aluno ativo e

participante que possa utilizar a língua como instrumento de acesso a informações e a outras

culturas e grupos sociais. Desta forma, espera-se que o aluno: use a língua em situações de

comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação

que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que

os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na

sociedade; reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Nesta perspectiva, é preciso trabalhar a língua objeto de estudo dessa disciplina como

discurso, entendida como prática social significativa (oral e/ou escrita), para que seja

compreendida num contexto preciso, percebendo sua significação em uma enunciação.

Língua e cultura são indissociáveis, é algo que se constrói e é construído percebendo a

diversidade cultural contrastando outras culturas com a sua própria.

Page 165: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

165O desenvolvimento da língua ocorre com a interação social, que leva em conta fatores

sociais, comunicativos e culturais, que, agregando aos estudos linguísticos do falante e o uso

efetivo que ele faz da língua criando condições que permitem interpretar e para isso é preciso

que o interfira criticamente na sociedade.

Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo de

maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de

proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo,

de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no

mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da

diversidade cultural e o processo das identidades transformadoras.

A LEM no Ensino Fundamental deverá ser articulada com as demais disciplinas da

grade curricular, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários

conhecimentos, para que o estudante perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem

muitas vezes estar relacionadas.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante é o DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL, a língua

entendida como interação verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e

contextuais de poder, realizada por meio de práticas discursivas que envolvem, a

compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal

como processo comunicativo.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS TEXTUAIS:

• Bilhetes

• Cartão Postal

• Álbum de família

• Cartazes

Page 166: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

166• Receitas

• Letras de música

• Diálogo/Discussão Argumentativa

• Sexualidade

• Meio Ambiente

• Conversa no Chat

• Guia com programação de TV

• Hyperlinks

• Textos de opinião

• Entrevistas

• Comic strips

• Bibliografia

• Cartas conselho

• Script de teatro

6º ano

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível

decomplexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

Page 167: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

167• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

Page 168: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

168• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º ano

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

Page 169: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

169• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

8º ano

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

Page 170: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

170

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto. Léxico.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

Page 171: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

171• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Page 172: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

172• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ano

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, como a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequado a cada uma das séries.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

Page 173: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

173• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

Page 174: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

174• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um

espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto

instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a

transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios

necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o

processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre

os fenômenos Linguísticos e Culturais como realizações discursivas, as quais se revelam

na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso

efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Portanto, o trabalho com a análise

linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados

Page 175: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

175possíveis das estruturas apresentadas, devendo ser decorrente das necessidades específicas dos

alunos a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a sua

cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente constituído e,

assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação a escrita, não podemos

esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e significativa.

O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O ensino

da língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo objetivando

relacionar os vários conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que conteúdos com

disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si mesmo que não haja

obrigatoriedade no desenvolvimento de projetos envolvendo inúmeras matérias.

Ao desenvolver o trabalho com as práticas discursivas descritas acima serão utilizados

livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD,

CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua

e a cultura.

Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão

trabalhados ainda temas como sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que

possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.

LEITURA

• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considerar os conhecimentos prévios dos(as) alunos(as);

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;

• Proporcionar análises para estabelecer referência textual;

• Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

Page 176: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

176• Relacionar o tema com o contexto atual;

• Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;

• Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expres-

sões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e hu-

mor;

• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

ESCRITA

• Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, intenções, inter-

textualidade,

• aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;

• Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhar a produção do texto;

• Acompanhar e encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos /das idéias, dos ele-

mentos que compõe o gênero;

• Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor;

• Estimular produções em diferentes gêneros;

• Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu

uso;

• formal e informal;

Page 177: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

177• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralin-

güísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de dese-

nhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,

deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um elemento de

reflexão contínua do professor sobre a sua prática educativa e revela aos alunos seus avanços,

progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensino-aprendizagem.

Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e

dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que

poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos

que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71). Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p.

69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da

aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da

apreensão de conteúdos. Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação

do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas,

bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização

textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc.

Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao avaliar o

desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no Regimento

e no Projeto Político-Pedagógico da escola que deixa claro que temos de aplicar pelo menos

04 tipos de instrumentos de avaliação. Serão utilizados os seguintes instrumentos: provas,

testes, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), exercícios orais e escritos,

produção orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática.

Faz-se importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os

devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim,

buscar a superação das suas dificuldades.

Page 178: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

178A recuperação se dará por meio de recuperação de conteúdo. Todo o aluno terá direito

a recuperar o que lhe foi ensinado e esta avaliação é representada por um valor numérico de

10,0, então a expressão dos resultados desse processo será feita conforme o previsto no

Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação, ou seja a

recuperação total do valor numérico que é de 10,0.

Os critérios de avaliação na leitura, escrita e oralidade serão as seguintes:

LEITURA

Realização de leitura compreensiva do texto; localização de informações explícitas e

implícitas no texto; posicionamento argumentativo; ampliação do horizonte de expectativas;

ampliação do léxico; percepção do ambiente no qual circula o gênero; identificação da idéia

principal do texto; análise das intenções do autor; identificação do tema; dedução dos sentidos

de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreensão das diferenças decorridas do

uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; reconhecimento de

palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;

ESCRITA

Expressão de idéias com clareza; elaboração de textos atendendo:- às situações de

produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);- à continuidade temática;

diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; uso de recursos textuais

como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilização adequada dos

recursos linguísticos como:pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo,etc;

emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de

expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

ORALIDADE

Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

apresentação de ideias com clareza; compreensão de argumentos no discurso do outro;

exposição objetiva de argumentos; organização da sequência da fala; respeito aos turnos de

fala; participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna, etc; utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.

Page 179: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

1796. REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental,

Curitiba-2009.

PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.

REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.

38.2 - DISCIPLINA: LEITURA E INFORMAÇÃO EM LÍNGUA ESPANHOLA

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: SILVANA DELLI COLLI MORALES

Page 180: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

180II. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de língua estrangeira moderna no Brasil, desde a sua colonização com a

chegada da família real em 1808, sofreu muitas mudanças devido à organização social,

política e econômica. No inicio era privilegiado o ensino do latim e grego, pois primavam

pelo pensamento e pela literatura. Contudo, com o passar do tempo e com as transições

ocorridas na educação brasileira outras línguas tiveram seu espaço como: inglês, francês,

italiano, alemão, espanhol.

Tais idiomas tiveram espaço com a criação do Centro de Línguas Estrangeiras pelo

Colégio Estadual do Paraná em 1982, em que foi quebrada uma hegemonia que só ensinava a

língua inglesa nas escolas públicas do Paraná, dando a opção dos alunos estudarem outro

idioma no contra turno. A partir deste Centro e da diversidade de línguas estrangeiras

ofertadas pelos vestibulares, veio o reconhecimento da importância de se ensinar vários

idiomas nas escolas públicas. Para suprir a necessidade de se ensinar e aprender outras

línguas, o CELEM foi criado em agosto de 1986 “como forma de valorizar o plurilinguismo e

a diversidade étnica que marca a história paranaense” (DCE, p.46, 2009).

A LDB n. 9.394 determinou que fosse ofertado pelo menos uma língua estrangeira

moderna nas escolas públicas de todo país e outra que fosse optativa pela comunidade escolar.

Já a lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 tornou obrigatório a oferta do ensino de Língua

Espanhola no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras com matrícula facultativa para o

aluno. Esta lei veio ao encontro dos interesses socioeconômicos e políticos do Brasil e dos

países que fazem parte do MERCOSUL.

Na LDB 9394/96 a Educação em Tempo Integral recebe menção no Artigo 34 que diz:

“A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho

efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na

escola”.

§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de

organização autorizadas nesta Lei.

§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a

critério dos sistemas de ensino.

Page 181: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

181Então, nossa proposta pedagógica para o Ensino Fundamental – Tempo Integral tem

como embasamento a concepção sociointeracionista de linguagem, pois aprender uma língua

na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.

A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande

importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas

também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em

especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua

materna, através de comparações entre os dois idiomas.

Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o

conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas

também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do

novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.

Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante

os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a

linguagem, suas renovações e alterações. Portanto, é no espaço social que a linguagem

garante sua própria existência e significação.

A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de

aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender uma

nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá desenvolver

uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sociopolíticos da

aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, por meio da aprendizagem de outra língua

os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes

Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.

A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um

direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a

oportunidade de aprender uma nova língua. Uma vez que se sabe que um adolescente que tem

contato com outro idioma certamente terá mais facilidade para se adequar ao “mundo

moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um passaporte para o ingresso na sociedade da

informação e do conhecimento. É o ensino centrado na cidadania e na inclusão social.

Page 182: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

182Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao

homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também

entender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura,

como valores, normas e atitudes.

Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma

época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicar-

se sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua

do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.

Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância

cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o

Mercado das Nações do Cone Sul (MERCOSUL).

Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como

objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América

Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser

significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.O

objeto de estudo desta língua deve contemplar as relações com a cultura, o sujeito e a

identidade de cada aluno em contato com mundo linguisticamente constituído. Espera-se que

o aluno use a língua em situações reais de uso em comunicação oral e escrita e que vivencie

na aula de língua estrangeira formas de participação que possam estabelecer relações entre

ações individuais e coletivas e, acima de tudo, reconheça e compreenda a diversidade

linguística e cultural em situações de comunicação.

III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O aluno deverá tomar ciência da importância da disciplina Leitura e Informação em

Língua Espanhola, para que ele aprenda a usar esses conhecimentos adquiridos por meio da

leitura, das práticas discursivas e da escrita, possibilitando a expansão de suas capacidades

críticas.

Page 183: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

183Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às

particularidades regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Sendo assim é

fundamental que o aluno adquira condições para compreender e ser compreendido na LEM.

Dessa maneira, os educandos com a disciplina de Leitura e Informação em Língua

Espanhola deverão ter a oportunidade de ampliar a visão de mundo por meio das habilidades

oral e escrita; conhecer e valorizar as diferentes culturas e suas manifestações; usar os

conhecimentos adquiridos para a interpretação da realidade; avaliar as diferenças

socioculturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano-América; conscientizar-se da

importância de saber outro idioma para seu crescimento intelectual e fazer da escrita e da

leitura um momento de prazer, nos dois diferentes idiomas.

Segundo as Diretrizes Curriculares, a língua materna deverá estar presente nas aulas

de LEM, por se tratar de uma fase inicial de aprendizado.

IV – CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS

Segundo a DCE (2009) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,

são legitimados socialmente”. (p.61). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação

verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.

Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das

práticas discursivas que envolvem a oralidade, a leitura de mundo, a prática escrita nas

múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo

Seguem os possíveis conteúdos básicos para o Ensino Fundamental em Tempo

Integral em Leitura e Informação da Língua Espanhola, tendo como base os gêneros

discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação e em consonância com as Práticas

Discursivas de leitura, oralidade e escrita. Essa diversificação de textos pode ser propiciada

mediante os diferentes gêneros que compõem os jornais disponíveis por meio impresso e/ou

virtual. Desta forma os alunos se familiarizam com a leitura a partir desse meio de

comunicação, e podem adquirir o hábito da leitura que vai além da recepção de informações

que são diariamente veiculadas pelos meios de comunicação.

Espera-se que a disciplina proponha um trabalho que colabore para a formação do leitor

crítico. Para tanto, sugere-se que o aluno seja inserido em diferentes oportunidades de leitura e,

gradativamente, crie-se uma rotina de leitura e possibilite-se o desenvolvimento da criticidade. Ao

Page 184: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

184longo dos quatro anos objetiva-se que o aluno tenha condições de posicionar-se criticamente

diante das informações e no contexto social no qual está inserido. Este trabalho possibilitará o

aprendizado da língua estrangeira na perspectiva sociodiscursiva, pois o trabalho com a

diversidade de gêneros textuais em língua espanhola disponibilizados nos meios de comunicação,

principalmente nos jornais disponíveis on line, viabiliza o contato com o contexto de produção da

língua estrangeira e ainda, as discussões sobre a realidade do contexto no qual o aluno está

inserido. Para isso, a seleção dos gêneros textuais e dos suportes precisa ser criteriosa,

considerando o nível de complexidade dos textos e ainda os temas abordados. A partir dos

gêneros trabalhados, o professor pode aprofundar o trabalho relacionado ao aspecto linguístico-

gramatical.

A disciplina será desenvolvida a partir de textos que, gradativamente, envolvam os alunos

com o processo da leitura. Inicialmente, o professor pode utilizar gêneros textuais como tirinhas,

quadrinhos e textos publicitários e, na sequência, possibilitar o reconhecimento de que tais textos

também estão presentes nos meios de comunicação impressa e também virtual, permitindo assim a

aproximação dos educandos com a leitura informativa;

- Primeiramente o professor deve apresentar aos alunos do sexto ano os gêneros textuais que

podemos encontrar nos jornais, mas que são de fácil compreensão pelos alunos desta série/ano,

como as tirinhas, por exemplo. Não é preciso que o jornal seja apresentado logo no início do

trabalho, mas espera-se que o aluno perceba, ao longo da disciplina, que os jornais apresentam

uma diversidade de textos que podem ter relação com seu contexto;

- Ao trabalhar com o gênero tirinha, ou outros gêneros selecionados pelo professor, é possível

explorar as características do gênero e também as funções linguístico-gramaticais. Deve-se criar

uma rotina de leitura que intercale a leitura em língua estrangeira com possibilidades de leitura em

língua materna. Como exemplo, destacamos as tirinhas publicadas diariamente no jornal espanhol

El País como uma oportunidade para exploração do gênero e acompanhamento das temáticas

trabalhadas por cada um dos autores das tirinhas;

- O professor pode criar estratégias para que o aluno sinta-se interessado pelas publicações diárias.

Assim, quando encaminhados ao laboratório para acesso aos jornais, além do direcionamento feito

pelo professor, o próprio aluno tenha interesse em buscar as publicações. Desta forma, espera-se

que o aluno passe a familiarizar-se com a leitura dos jornais disponibilizados para leitura on line;

- O envolvimento do aluno com as práticas de leitura precisa ser gradativo e contextualizado,

para que a disciplina não se torne uma oficina de leitura, mas que seja uma oportunidade para

formação do aluno para a criticidade.

Page 185: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

185Conteúdos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º e 7º Ano

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e Coerência;

Funções das classes gramaticais presentes no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas;

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Condições de produção;

Informatividade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Page 186: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

186 Elementos semânticos;

Recursos estilísticos;

Marcas linguísticas;

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

8º e 9º Ano

LEITURA

Identificação do tema

intertextualidade

Intencionalidade

Vozes sociais presentes no texto

Léxico

Coesão e coerência

Funções das classes gramaticais no texto

Elementos semânticos

Discurso direto e indireto

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto

Recursos estilísticos

Marcas linguísticas

Variedade linguística

Page 187: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

187 Acentuação gráfica

Ortografia

ESCRITA

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Intencionalidade do texto

Intertextualidade

Condições de produção

Informatividade

Vozes sociais presentes no texto

Discurso direto e indireto

Emprego no sentido denotativo e conotativo no texto

Léxico

Coesão e coerência

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos;

Marcas linguísticas

Variedade linguística

Ortografia

Acentuação gráfica

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos

adequação do discurso ao gênero

Turnos da fala

Vozes sociais presentes no texto

Variações linguísticas

Marcas linguísticas

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

Adequação da fala ao contexto

Page 188: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

188 Pronúncia

Análise linguística

Já aparecem alguns conteúdos de análise linguística nesta PPC com o intuito de dar

um norte para a elaboração do PTD. Contudo, deve ficar claro que a necessidade de se

trabalhar com tais conteúdos será definida a partir do trabalho com os textos escolhidos para

leitura. Tanto é que poderá ser abordado algum conteúdo aqui não elencado, desde que o texto

exija.

V - METODOLOGIA

Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos

pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível

(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do Discurso organizam nossa fala, e de que

aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é

fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.

Portanto, o objetivo deste projeto será de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar

ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional do aluno,

sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de

discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as

relações sociais e as relações de poder.

Os conteúdos específicos para o ensino da leitura e informação em língua espanhola

serão desdobrados a partir do trabalho com gêneros textuais (verbais e não verbais),

considerando seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos

e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade). Portanto, os

gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos básicos e específicos,

bem como as praticas discursivas a serem trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°.

10.639/03, que trata das Relações étnico-raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e

Page 189: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

189Africana na escola e ainda a Lei nº 11.645/08 que trata da História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena em seu Art. 26-A:

Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e

privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e

indígena.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história

da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no

Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação

da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

Esta temática será trabalhada através de ações que propiciem o contato com a cultura

africana e afrodescendente, dentro da Língua Espanhola, culminando em exposições de obras

literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e

preconceito, procurando destacar a contribuição da cultura dos povos negros e indígenas no

Brasil e na América Latina.

Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos

não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à

abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos

alunos. Vale ressaltar, a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus

de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e

no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das

escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é

fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da

compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,

filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão

desenvolvidas visando o crescimento do aluno.

Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes

níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer

peculiaridades que venham a ser detectadas.

Page 190: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

190 Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico,

os elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.

Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do

tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema

proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do

interlocutor/ locutor e outros.

Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e

semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender

que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto

e numa situação real de comunicação.

Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na

construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a

relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber.

Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns

aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de

alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como

agente ativo no processo de aprendizagem.

O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como

material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o

trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão

de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um

novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a

partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o

objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.

Durante a prática da oralidade, será desenvolvido um trabalho gradativo, que permita

ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade

desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá usar o

dialeto que lhe é peculiar.

A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e

não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,

olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam

identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,

Page 191: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

191subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e

estabelecer relações intertextuais.

Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários

gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto

exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição

de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os

elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O

ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode

abandoná-la.

É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma

intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível

que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o

uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.

Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como

textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua

grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no

processo de aprendizagem.

Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre

interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser

humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por

natureza”.

Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo

menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações

com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem

as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.

Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a

elaboração de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas,

filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as

formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis

e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é

utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma

sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte

integrante do processo de ensino-aprendizagem.

Page 192: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

192Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para

que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um

texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a

aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá

observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa

cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.

Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para

não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.

Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e

não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de

aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,

discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual

em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.

VI - RECURSOS DISPONÍVEIS

Para o curso básico em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen drive,

laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,

sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.

VII - AVALIAÇÃO

Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a

diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.

Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica

porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajuste ou mudanças da

prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas principalmente ao

ensino que se oferece.

A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos

pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação

deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.

Page 193: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

193Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades

básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no

processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua

prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.

Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente

de uma média. Sendo as avaliações divididas em oralidade, leitura, escrita, pesquisas em sala

de aula, trabalhos em grupos ou individuais, para progressão dos alunos de acordo com o

estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.

Na escrita será avaliada a clareza na qual o educando expressa suas ideias, organiza

textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e

consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,

adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as

informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que

são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a

coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os

diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. Será avaliada também a maneira como o

educando consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em

sala.

A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de

conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor.

VIII - BIBLIOGRAFIA

BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,

dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.

GONÇALVES, A S. Reflexões sobre educação integral e escola de tempo integral. Artigo

publicado no “Cadernos Cenpec” n.o 2 – Educação Integral – 2o semestre 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução

Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Curitiba, 2009.

Page 194: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

194PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira

Moderna – Ensino Médio.

PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.

23-6. Set.1998.

www.presidenciadarepublica.com.br/lei11.641

38.3 - DISCIPLINA: EDUCAÇÃO MUSICAL

Page 195: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

195I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE: RESPONSÁVEL: FRANCIELE CRISTINA B. NUNES

A música compõe um conjunto de conhecimentos importantíssimo para a formação

humana. Além de ajudar no desenvolvimento da sensibilidade, de ser um elemento agregador

e de motivar o aprendizado, a música em si é também veículo de conteúdo cultural próprio.

A recomendação do Ministério da Educação – MEC através da lei 11.769, de 18 de

agosto de 2008, é que o ensino de música aborde noções básicas de música, cantos cívicos

nacionais e sons de instrumentos de orquestra. Além disso, os alunos deverão aprender cantos,

ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos, representativos da diversidade

cultural brasileira. As próprias diretrizes curriculares nacionais da educação básica já

estabelecem que os currículos tenham uma dimensão nacional e uma dimensão regional

específica, de acordo com o espaço em que eles estão inseridos. Isso é um princípio

das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

O ensino de música precisa estar articulado com as demais áreas e disciplinas. A

música é uma forma de comunicação e de despertar para a reflexão. No entanto, sozinha, ela

não vai fazer isso tudo. Ela vai conseguir realizar esse papel na medida em que estiver

integrada ao currículo e à proposta pedagógica da escola com clareza e com papel e objetivos

definidos.

Na educação, o ensino da música amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas expressões.

A dimensão social das manifestações musicais revela modos de perceber, sentir,

articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e

a sociedade.

A música não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage

nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Page 196: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

196-Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o

movimento artístico no qual se originam a música e sua relação com o movimento artístico no

qual se originaram.

-Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

-Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

-Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social e

ideológica de veiculação e consumo.

-Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias;

relacionadas à produção, divulgação e consumo.

-Compreensão da musica como fator de transformação social.

-Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Escalas

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos.

Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico.

Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Improvisação.

Page 197: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

197MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Grego romano

Oriental

Ocidental

Africana

Música Popular Brasileira e étnica

Indústria Cultural

Eletrônica

Rap, rock e tecno.

Música Engajada

Música Contemporânea

METODOLOGIA

Como encaminhamento metodológico pode-se trabalhar a apreciação e análise de

produções musicais, tendo como objeto de análise a organização dos elementos formais do

som, da composição e de sua relação com os estilos e gêneros musicais; seleção de músicas de

vários gêneros para compor trilha sonora, observando sua entonação emocional.

O trabalho é direcionado para a estrutura e organização da música em suas origens e

outros períodos históricos. Prossegue o aprofundamento dos conteúdos de acordo com as

séries seguintes; Como instrumento musical pode-se utilizar a flauta doce e o caderno de

musicalização: canto e flauta, que a acompanha, por ser um recurso disponível nas escolas

públicas e por ser um instrumento acessível aos alunos, o teclado pode ser usado como

acompanhamento para o coral e treinamento de voz. Podemos organizar algumas abordagens

metodológicas para abordar algumas expectativas de aprendizagem, como:

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música;

Audição de diferentes ritmos e escalas musicais;

Produção e execução de instrumentos rítmicos;

Prática coral e cânone rítmico e melódico;

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais;

Page 198: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

198 Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da

paisagem sonora;

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias;

Teorias sobre música e indústria cultural;

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos;

Percepção dos modos de fazer música e sua função social;

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com

enfoque na Música Engajada;

De acordo com SWANWICH, o professor deve ser capaz de trabalhar com música de

diferentes culturas e, ao mesmo tempo, que seja um educador sistemático, estando certo de

que cada aluno está engajado num currículo de música integrado, em um nível desafiante. O

professor também deverá desenvolver o papel de diretor musical, para os concertos de final de

semestre, shows e outros eventos públicos.

No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada

qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.

Na musica erudita, as formas musicais estão relacionadas aos movimentos da historia

da música, principalmente com as composições do período entre 1750 e 1840, quando estas

formas musicais adquiriram importância.

A música, então, é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de

fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou

indireta interfere na vida da humanidade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

De acordo com Swanwick, qualquer modelo de avaliação válido e confiável precisa

levar em conta duas dimensões: o que os alunos estão fazendo e o que eles estão aprendendo.

A compreensão musical reside numa dimensão diferente das atividades musicais por meio das

quais esse entendimento pode ser revelado e desenvolvido – compondo ou improvisando,

tocando a música de outras pessoas ou respondendo quando ouvimos música. Muitas vezes o

aluno pode compreender a prática e demorar um pouco mais na compreensão do conteúdo

teórico. Algumas atividades poderão revelar mais ou menos compreensão. As propostas

Page 199: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

199podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir

sua produção e a dos colegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Beyer, Esther. Kebach, Patrícia. Pedagogia da musica. Experiências de apreciação musical.

(2009) Porto Alegre. Mediação.

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de

educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental- Arte.

_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.

MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano

Editorial.

PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de

janeiro, Editora Ática.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2013.

Swanwick, Keith (2003) Ensinando Música musicalmente. Tradução de Alda Oliveira e

Cristina Tourinho. São Paulo, Moderna, 2003.

TEIXEIRA, Walmir Marcelino. Caderno d Musicalização: Canto e Flauta Doce. Secretaria de

|Estado da Educação Departamento de Educação Básica. Curitiba. 2008.

38.4 - DISCIPLINA: LITERATURA INFANTO JUVENIL

Page 200: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

200

1 - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: SANDRA PROENCI SILVA

2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A literatura infantojuvenil, como é de conhecimento de todos nós, profissionais da

leitura, tem carregado, ao longo dos anos, o estigma de sobrepor o caráter pedagógico ao

literário, uma vez que a produção da literatura para crianças e adolescentes guarda, em certa

medida, estreito vínculo com a escola.

Provavelmente em decorrência dessa questão, temos nos deparado com um quadro

bastante comum na Educação Básica: é possível constatar, com certa facilidade, que nos anos

iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º) existe a preocupação em aproximar as crianças dos

textos literários, por meio de um trabalho pedagógico que se beneficia com a ludicidade que a

literatura infantil possibilita, conforme poetiza José Paulo Paes: "brincar com palavras". Da

mesma forma, no Ensino Médio, constatamos uma tradição curricular que abriga o tratamento

sistematizado do ensino da literatura (ainda que a partir da historiografia literária), garantindo

o contato do aluno com um ou outro texto literário, na maioria das vezes pertencente ao

cânone da literatura nacional.

No entanto, percebemos uma lacuna no trabalho com a literatura nos anos finais do

Ensino Fundamental, quando os textos literários aparecem nos livros didáticos normalmente

em fragmentos e muitas vezes com a finalidade de desencadear menos a fruição do texto, que

a apreensão dos recursos estéticos que o compõem, quando não como mote para atividades

gramaticais. Assim, fica a critério de cada professor a seleção e proposição de leituras de

obras literárias completas, o que pode ser um processo difícil se consideramos para a leitura

as obras normalmente produzidas ou indicadas para a faixa etária dos alunos, uma vez que a

vasta produção de literatura infantojuvenil, publicada nas últimas décadas, dificulta o

conhecimento, por parte do professor, de obras de qualidade literária que possibilitem uma

ampliação da competência leitora dos alunos.

Sendo assim, a proposta de uma disciplina escolar com o objetivo primeiro de

possibilitar a leitura de textos literários de diferentes gêneros: poemas, contos, romances,

Page 201: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

201crônicas, texto dramático e outros, para os anos finais do Ensino Fundamental, vem ao

encontro da necessidade de instituir um programa de leitura voltado aos alunos do 6º ao 9º

ano, com a proposta de preencher a já citada lacuna no trabalho com a literatura nesse nível de

ensino.

Não se pretende com a disciplina de Literatura Infantojuvenil, logicamente, apenas a

leitura da produção específica para o público dos anos finais do Ensino Fundamental no que

tange à adequação etária, mas leituras que possibilitem aos alunos a fruição de “obras

variadas, com alto potencial simbólico, de modo a corresponder ao anseio por outras respostas

possíveis, ainda que efêmeras, a questões diversas sobre si e sobre o mundo, que convocam o

entendimento e o sentimento de um sujeito em formação.” (CADEMARTORI, 2009. p. 65.)

e, também, que aumentem gradativamente a compreensão estética do trabalho realizado com a

linguagem nos textos literários.

CADEMARTORI, Ligia. O professor e a literatura: para pequenos, médios e grandes.

Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

Nessa perspectiva, e de acordo como Documento de Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica para a Rede estadual de Ensino – Língua Portuguesa, a

disciplina de Literatura Infantojuvenil fundamenta-se teoricamente na Estética da Recepção,

cuja proposta, formulada por H.R.Jauss, defende que a leitura literária deve considerar, em

primeira instância, a recepção do texto pelo leitor, que, assim como o crítico literário, atualiza

a obra e redefine seu valor estético e seu lugar na história da literatura. Para Jauss, conforme

Zilberman, o “conceito de leitor baseia-se em duas categorias: a de horizonte de expectativa,

misto de códigos vigentes e da soma de experiências sociais acumuladas; e da emancipação,

entendida como a finalidade e efeito alcançado pela arte, que libera seu destinatário das

percepções usuais e confere-lhe nova visão da realidade.” (ZILBERMAN, 2009. p. 49.).

Ainda como aporte teórico para ensino de Literatura, as DCE indicam a Teoria do

Efeito, cuja proposta desenvolvida por Wolfgang Iser baseia-se, também, na recepção da obra

literária. Para Iser, o leitor tem um papel fundamental na apreensão estética da obra, papel que

o autor antecipa ao construir seu texto, deixando espaços para serem preenchidos durante a

leitura, implícitos e pistas que deverão ser seguidas, impossibilitando, dessa forma,

compreensões equivocadas do texto, ainda que a obra seja aberta a diferentes interpretações.

Partindo desse referencial teórico, as DCE de Língua Portuguesa orientam que o

ensino de literatura deve privilegiar metodologias que respeitem o contato pessoal do leitor

com o texto literário, partindo de suas expectativas iniciais, de seu horizonte de expectativas,

Page 202: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

202para a ampliação de sua compreensão do texto, do contexto de produção da obra e de sua

autoria. Para tanto, o documento de Diretrizes sugere o Método Recepcional, desenvolvido

por Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar como uma possibilidade de trabalho com

a literatura em sala de aula. É importante frisar que além do Método Recepcional há outras

possibilidades de abordagem metodológica que podem ser desenvolvidas para o ensino da

literatura a partir deste aporte teórico, desde que se considere a recepção pessoal do texto, o

estudo do tratamento estético dado à obra e as questões relacionadas ao seu contexto de

produção, questões de ordem ideológica, social, política e, por fim, de autoria do texto.

3. OBJETIVO

Com a finalidade de ampliar o repertório de leitura dos alunos no que diz respeito à

leitura de textos literários de diferentes gêneros - cuja linguagem simbólica busca aproximar o

leitor de diferentes modos de ver e compreender a realidade - a disciplina de Literatura

Infantojuvenil deverá, sempre que possível:

- Relacionar os textos lidos (poemas, contos, romances, crônica, textos dramáticos...) a

outras linguagens (ilustração, música, cinema, televisão...);

- Acontecer em espaços alternativos, com o objetivo de preservar a fruição dos textos

(biblioteca, sala de leitura, pátio da escola, biblioteca municipal...);

- Proporcionar a leitura do mesmo título para toda a turma, a fim de realizar momentos de

troca de experiências de leitura de um mesmo livro, bem como de atividades de ampliação da

compreensão leitora dos alunos;

- Desenvolver trabalhos em parceria com outras disciplinas do currículo como, por exemplo,

buscar o auxílio do professor de Arte na montagem de peças de teatro após leitura de textos

dramáticos;

- Possibilitar momentos de leitura (roda de leitura) dos textos produzidos pelos próprios

alunos;

- Organizar saraus, sessões de cinema, conversas ou entrevistas com escritores (por meio de

contato com as editoras ou vídeos da Internet), exposições dos textos dos alunos (após

atividade de reescrita) e outros.

Page 203: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

203

4. METODOLOGIA

Ensinar Literatura Infantojuvenil implica pensar nas ações pedagógicas,

fundamentadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na

realidade, privilegiando a relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes

formas do saber.

Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares a abordagem metodológica

seguirá alguns aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o

número de alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno

como agente ativo no processo de aprendizagem.

O ensino da Literatura, deve ter o texto como material linguístico articulador da

metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o trabalho com o texto, entendido

como um material verbal, produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de

um momento de produção, para que o aluno desenvolva um novo pensar sobre o que está

aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a partir de temáticas que exploram os

diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de

linguagem – leitura, oralidade e produção textual, para tanto serão utilizados textos como:

poema, fábula, conto, crônica, texto dramático, narrativa infanto-juvenil, romance, entre

outros gêneros passíveis de trabalho.

Durante a prática da oralidade, o professor deve desenvolver um trabalho gradativo,

que permita ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a

necessidade desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá

usar o dialeto que lhe é peculiar.

Para atingir as estratégias específicas da oralidade os alunos serão expostos a textos

orais, de diferentes discursos enfatizando a abordagem discursiva da oralidade que vai além

do uso funcional da língua aprendendo a expressar ideias adequando a variedade linguística

para as diferentes situações.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as

atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da

produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. Para atingirmos um objetivo

Page 204: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

204claro é preciso que o aluno produza um diálogo sócio-histórico-ideológico, fundamental para

a construção do seu texto e de sua coerência.

A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e

não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,

olfativa, tátil, visual, gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam

identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,

subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e

estabelecer relações intertextuais.

Como vimos nas aulas de Literatura Infantojuvenil deverão ser abordados vários

gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto

exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição

de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os

elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O

ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode

abandoná-la.

É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma

intenção. É imprescindível que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que

enfatize a reflexão sobre o uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo

inserido.

Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos dentro

das variadas esferas sociais de circulação, por sua grande importância para o trabalho na

escola e desenvolvimento de seus interlocutores no processo de aprendizagem.

Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre

interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser

humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por

natureza”.

Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de

pelo menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja

relações com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso

constituem as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação

verbal.

Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a

elaboração de atividades diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas,

Page 205: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

205filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as

formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis

e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é

utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma

sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte

integrante do processo de ensino-aprendizagem.

Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para

que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um

texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a

aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá

observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa

cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.

Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para

não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.

Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e

não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de

aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,

discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual

em que o aluno produzirá seu texto com ajuda do professor.

Na Análise linguística é importante ressaltar a diferença entre o ensino de gramática

e a prática da análise linguística, pois no ensino da gramática a língua é concebida como

sistema e na Análise Linguística como ação sujeita às interferências dos falantes, a palavra, a

frase e o período na primeira é privilegiada e na segunda o texto. Na gramática há preferência

pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções

morfossintáticas e correção e na Análise há preferência por questões abertas e atividades de

pesquisa, que exigem comparações e reflexões sobre adequações e efeitos de sentidos.

Através da leitura, pretendendo-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de

produzir/construir sentidos, perpassando a visão tradicional da leitura condicionada à

interação de informações alargando suas possibilidades de entendimento de mundo.

Na escrita, utilizar a língua em situações de comunicação escrita na produção de

textos verbais e não verbais as atividades de produção textual definindo em seu

encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve o que se escreve em

situações reais.

Page 206: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

206Pela oralidade, os alunos expressarão suas ideias adequando a variedade linguística

para as diferentes situações do dia-a-dia.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de

discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as

relações sociais e as relações de poder.

A Lei 9795/99, afirma que “ A Educação Ambiental é um componente essencial e

permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os

níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.” Sendo assim,

serão adotadas metodologias diversificadas para despertar em todos a consciência de que o ser

humano, lembrado que faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais

refletem com consequências que atingem a todos nós.

É necessário, dentro da possibilidade da disciplina, trabalhar conteúdos referentes ao

Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento à

violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental. Lembrando que faz

parte da diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar

indígena; Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

4.1. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Segundo a DCE (2008) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,

são legitimados socialmente”. Por isso, a língua deve ser entendida como interação verbal e

produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder. Desse modo,

o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das práticas

discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática escrita nas

múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos

pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível

(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que

aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é

fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.

Portanto, o objetivo será de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a

infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Page 207: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

207

4.2 CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de

circulação.

Gêneros textuais

6º ano

Poema

Fábula

Conto ( Fantástico e de Aventura)

Crônica

Texto Dramático

Narrativa Infantojuvenil

7º ano

Poema

Conto

Crônica

Texto Dramático

Narrativa Infantojuvenil.

4.3. RECURSOS DISPONÍVEIS

Para o ensino da disciplina de Literatura Infantojuvenil, no Colégio Estadual Rui

Barbosa, município de Jandaia do Sul, os recursos disponíveis serão o quadro-negro, giz,

aparelho de rádio, DVD, TV pendrive, Laboratório de Informática, Livros literários, gibis,

textos midiáticos, literários, jornais, revistas e filmes.

Todos estes materiais estarão disponíveis na escola para a base do trabalho escolar

com os discentes.

Page 208: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

208

4.4. AVALIAÇÃO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo

aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores e equipe

pedagógica.

O processo avaliativo deve ser entendido como uma prática pedagógica que, ao

nortear as ações do educador, indica-lhe caminhos e possibilita-lhe reflexão dessas ações com

os educandos.

Sacristán (1998), refere-se à prática de avaliar, como uma ação esporádica ou

circunstancial dos professores e do âmbito escolar, mas algo muito presente na prática

pedagógica, e afirma que a prática da avaliação é explicitada pela forma como são realizadas

as funções que a instituição escolar desempenha e, por isso, sua realização vem condicionada

por numerosos aspectos e elementos pessoais, sociais e institucionais, ao mesmo tempo, ela

incide sobre todos os demais elementos envolvidos na escolarização, como, a transmissão de

conhecimento, as relações entre professores/as e alunos/as, as interações no grupo, os métodos

que se praticam, a disciplina, as expectativas de alunos/as, professores/as e pais, a valorização

do indivíduo na sociedade(...) (p.295).

Considerando estas inter-relações cabe-nos analisar sistematicamente as funções que

a avaliação cumpre na prática educativa, para depois questionarmos os métodos e os

resultados.

No Colégio Estadual Rui Barbosa, a avaliação de aproveitamento escolar do aluno

tem por objetivo a verificação das aprendizagens qualitativa e quantitativa, com a

preponderância do aspecto qualitativo sobre o aspecto quantitativo.

É necessário assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de

atividades de recuperação, por meio de ações significativas e diversificadas que atendam a

pluralidade de demandas existentes na escola.

Tendo em vista que a recuperação se constitui num mecanismo que visa garantir a

superação de dificuldades e/ou defasagens específicas encontradas pelos alunos durante o

percurso escolar, deve ocorrer nas formas contínuas e paralelas.

Page 209: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

209Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo

obrigatória sua anotação no Livro Registro de classe.

A avaliação, compreendida como parte integrante da prática educativa, não pode

ancorar-se em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do

rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua, porque

deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem, como

finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa;

dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.

A avaliação poderá ocorrer:

* por meio do relacionamento de textos lidos, como, poemas, contos, romances, crônicas,

textos dramáticos, a outras linguagens, como, ilustração, música, cinema, televisão;

* em espaços alternativos, com o objetivo de preservar a fruição dos textos, como biblioteca,

sala de leitura, pátio da escola, biblioteca municipal, bem como, será proporcionado

momentos de troca de experiências de leitura de um mesmo título de livro, além de atividades

de ampliação da compreensão leitora dos alunos;

* desenvolvimento de trabalhos em parceria com outras disciplinas do currículo como,

montagem de peças de teatro após leitura de textos dramáticos

* organização de saraus, entre outros

Para o sucesso do trabalho pedagógico e do processo avaliativo serão utilizados o

acervo da biblioteca escolar, o Portal Dia a Dia Educação (Página de Língua Portuguesa), a

TV Paulo Freire (Programa de incentivo à leitura: Desfolhando); adaptações cinematográficas

de obras literárias; áudios com leitura dramatizada ou declamações de poemas.

4.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Dialogismo e

construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997;

BRASIL. Lei n.º 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de

Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afrobrasileira e Africana. Ministério da

Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004;

LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas:

APLIESP, n.º 4, p. 13-24, 1999;

Page 210: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

210PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Língua Portuguesa. Curitiba, 2008;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa de Jandaia do Sul.

38.5 - DISCIPLINA: APROFUNDAMENTO ESPORTIVO

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: AMANDA GOULART DE OLIVEIRA

Page 211: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

211 PRIMO DONIZETE MAIOLI

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica do Estado do Paraná

da disciplina de Educação Física, propõe uma forma de tematizar o ensino através da cultura

de movimento, onde a metodologia utilizada contribui para que o aluno seja capaz de

visualizar os componentes sociais que influenciam todas as ações socioculturais do campo

esportivo, com possibilidades de ampliação nos conteúdos, questionando o verdadeiro sentido

dos esportes.

O ensino de esportes por meio da transformação didático pedagógica, sempre pautada

nas teorias progressistas da Educação Física (pedagogia crítico-superadora e crítico-

emancipatória), tem como objetivo transformar o ensino escolar em uma educação voltada

para as competências crítica e emancipatória (AZEVEDO; SHIGUNOV, 2000). Por

intermédio dessa visão crítica, pode-se analisar e transformar o ensino do esporte a fim de

superar a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas corporais,

buscando romper com paradigmas tradicionais, como a esportivização, o desenvolvimento

motor, a psicomotricidade e a aptidão física.

Segundo Kunz (1994), compreender o esporte em todos os seus sentidos para

conseguir agir com liberdade e autonomia requer, além da prática do esporte, a capacidade de

interação social e comunicativa, o que implica em estudar o esporte, e não somente praticá-lo.

Ainda segundo esse autor, para se obter a transformação do fenômeno social esporte, é

preciso:

1. Ter a capacidade de saber se colocar na situação de outros participantes no esporte, espe-

cialmente daqueles que não possuem aquelas “devidas” competências ou habilidades para a

modalidade em questão;

2. Ser capaz de visualizar componentes sociais que influenciam todas as ações socioculturais

no campo esportivo (a mercadorização do esporte por exemplo);

3. Saber questionar o verdadeiro sentido do esporte e por intermédio desta visão crítica poder

analisá-lo. (KUNZ, p. 28, 1994).

Nesse sentido, não se pretende com a disciplina de Aprofundamento Esportivo

incumbir a tarefa de fornecer "a base" para o esporte de rendimento nem mesmo revelar

Page 212: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

212“atletas” na instituição escolar. Busca-se garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão

sobre as práticas esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar. Isso também não significa

que se deve contrapor o ensino de técnicas e de táticas, pois estas compõem elementos que

constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais. Portanto, não se

trata de negar a importância do aprendizado das diferentes técnicas e elementos táticos, mas,

sim, de conceber que o conhecimento sobre essas práticas vai muito além. Do contrário,

corre-se o risco de reduzir ainda mais as possibilidades de superar as velhas concepções sobre

o corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de habilidades motoras e no

treinamento físico, por meio das conhecidas progressões pedagógicas (PARANÁ, 2008).

Além disso, pretende-se também trabalhar o esporte através de várias possibilidades de

abordagem metodológicas, como, por exemplo, o uso da tecnologia como ferramenta

pedagógica (laboratório de informática, TV Multimídia, multimídias ou outros) e o acesso ao

aprendizado dos esportes por meio de objetos de aprendizagem (simuladores, imagens,

infográficos, vídeos).

Portanto, a disciplina Aprofundamento Esportivo vem a contribuir com aporte teórico

para a produção de uma cultura escolar de esporte que procura sobrepor a reprodução das

práticas de esporte hegemônicas na sociedade, tendo como objetivo auxiliar o aluno a

compreender melhor o fenômeno esportivo por meio da investigação, avaliação e, muitas

vezes, pelo questionamento sobre as mudanças históricas.

CONTEÚDOS

6° Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoEsporte Coletivo Voleibol, Handebol, Basquetebol e

FutsalIndividual Modalidades do atletismo e tênis de

mesa e xadrez.Ginástica Ginástica geral Jogos gíminicos; movimentos

gíminicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante,

ponte)

Ginástica Circense Malabares.Lutas Capoeira Regional

7° Ano

Page 213: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

213Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoEsporte Coletivo Voleibol, Handebol, Basquetebol e

Futsal.Individual Atletismo e tênis de mesa e xadrez.

Ginástica Ginástica geral Jogos gíminicos; movimentos

gíminicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante,

ponte)

Ginástica Rítmica Fitas, arcos, maças e bolas.

Ginástica Circense Malabares, acrobacias.Lutas Capoeira Regional e Angola

8° Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico Esporte Coletivo Voleibol, Handebol, Basquetebol,

Futsal, Punhobol.

Individual Atletismo e tênis de mesa,

badminton e xadrez.Ginástica Ginástica geral Jogos gíminicos; movimentos

gíminicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante,

ponte)

Ginástica Rítmica Fitas, arcos, maças e bolas.

Ginástica artística SoloLutas Capoeira Regional e Angola

9° Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoEsporte Coletivo Voleibol, Handebol, Basquetebol,

Futsal, Punhobol.

Individual Atletismo e tênis de mesa,

badminton e xadrez.

Page 214: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

214Ginástica Ginástica geral Jogos gíminicos; movimentos

gíminicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela,

rodante, ponte)

Ginástica Rítmica Fitas, arcos, maças e bolas.

Ginástica artística SoloGinástica de

condicionamento

Alongamentos; ginástica aeróbica;

ginástica localizada; pilates,

treinamento funcional.

Lutas Capoeira Regional e Angola

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo metodológico se caracterizará pela interação professor – aluno, assim,

conduzindo ao conhecimento mais aprofundado dos esportes e suas praticas.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em

conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as

estratégias prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno à prática

social.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção

do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,

2002,p.53).

O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico

na perspectiva histórico-crítica, é quando o aluno(a) demonstra no seu dia-a-dia que

incorporou o conhecimento construído e que o mesmo, agora, faz parte de sua prática social.

OBJETIVOS:

Page 215: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

215

• Despertar o interesse à pratica desportiva com o intuito de socializar os

alunos, vivenciando na prática o respeito ao coletivo.

• Proporcionar experiências com o esporte e através desse, trazer o aluno

à realidade já o preparando para uma vida em sociedade.

• Apresentar ao aluno os diferentes esportes e suas praticas.

• Desenvolver as capacidades físicas tanto como as habilidades, através

do esporte.

• Ampliar o conhecimento do aluno em relação aos esportes suas regras

e suas praticas.

AVALIAÇÃO:

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual

ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão

registradas no livro de classe (PPP).

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o

processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas

manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.

A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os

aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e

companheirismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio-

Jandaia do Sul -Pr., 2012

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.

Curitiba, 2012.

Page 216: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

216AZEVEDO, E S de; SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em

Educação física. GEMH – Grupo de Estudos do Movimento Humano, F

lorianópolis, v. 1, n. 1, dez. 2000.

A Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

A Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de

seus povos.

A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;

Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos

Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência;

Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei); e a

Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;

Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed.

Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

38.6 - DISCIPLINA: ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: VITOR CAMILO FABRÍCIO

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo abordado os anos

de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características

do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da

Page 217: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

217produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os conteúdos

estruturantes devem privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica

e política, com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural,

inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.

Nesse contexto, a intenção e o objetivo da inserção da disciplina de Arqueologia e

Patrimônio Histórico (CULTURAL) na grade curricular da Educação Integral (parte

diversificada) é que o aluno desenvolva a capacidade de observar, extrair informações e

interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo relações entre as

conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos os vastos

conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração cronológica

dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História. Sendo assim,

pretende-se desenvolver a consciência histórica dos jovens do ensino fundamental. Isso leva a

pressuposição de que a arqueologia (relativa às comunidades indígenas, jesuíticas e as rurais e

urbanas no Paraná, Brasil e no mundo) e o patrimônio cultural (material ou imaterial, ambos

entendidos como lugares de memória) possibilitam a produção de formas de narrar que

expressem a consciência histórica dos estudantes.

Dessa forma, o ensino de Arqueologia e Patrimônio Histórico favorece a formação do

aluno como cidadão, construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, posteriormente,

que ele assuma a participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma

crítica da realidade na qual esta inserido, além de possibilitar ao mesmo, refletir sobre os seus

valores e suas práticas cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas,

proporcionando, por sua vez, uma integração entre o passado e o presente.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

Conteúdos Estruturantes:

Relações de Trabalho, Poder e Cultura.

Conteúdos Básicos / Específicos

Introdução aos estudos arqueológicos

- O Trabalho do arqueólogo;

- O tempo e a arqueologia.

- A Cultura Material e a Arqueologia.

Page 218: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

218- A Paleontologia e o estudo dos fósseis.

- Sítios arqueológicos.

- Pinturas Rupestres.

Do Patrimônio Histórico para o Cultural

- O que é Patrimônio Cultural?

- O uso público do Patrimônio Cultural.

- O Patrimônio Cultural Jandaiense.

A cidade de Jandaia do Sul e seus Patrimônios – reconhecendo os espaços.

- O Pássaro Jandaia.

- Breve história de Jandaia do Sul e os monumentos ao Café.

- Estudo sobre a Bandeira Municipal de Jandaia do Sul.

- O Hino de Jandaia do Sul.

- Quem foi o professor João Welter Júnior?

- A lenda da Jandaia.

- Quem foi Rui Barbosa de Oliveira?

- A história do Colégio Estadual Rui Barbosa.

As origens arqueológicas do ser humano

- A evolução do ser humano – a teoria de Darwin.

- A arqueologia e o estudo do paleolítico – a pedra lascada.

- A arqueologia e o estudo do neolítico e da revolução agrícola – a técnica da cerâmica.

- A revolução dos metais e a arqueologia – cobre, bronze e ferro.

- O surgimento das primeiras cidades – as civilizações fluviais.

- A datação dos vestígios arqueológicos – a estratigrafia e o carbono – 14.

- O Museu como lugar de Memória.

O povoamento da América

- Os caminhos para a América – Estreito de Bering

- Clovis: armas de 11.200 anos.

- Monte verde: casas de 13.500 anos.

Page 219: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

219- Como viviam os primeiros americanos (nômades / caçadores / coletores – agricultores /

sedentarismo).

- Sítios arqueológicos brasileiros: Lagoa Santa, São Raimundo Nonato.

- O trabalho da arqueóloga Niéde Guidon.

- Uma história contada pelos sambaquis.

− O milho, da América para o mundo.

3. METODOLOGIA

Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e

definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de

História possuem como fundamentação teórico-metodológica o suporte na historiografia

intitulada Nova História Cultural ou Nova Esquerda Inglesa, que realiza a crítica aos modelos

das “verdades”, das generalizações e dos determinismos. Essa nova proposta metodológica

norteia o trabalho dos professores de história para que abordem com maior ênfase, em sala de

aula, a história cultural, a história “vista de baixo para cima”, a utilização de documentos

históricos, tematização entre a macro e a micro história, amenizando, desta forma, os modelos

eurocêntricos e pré-estabelecidos.

A interdisciplinaridade da História comas demais Ciências Humanas, no caso específico,

Arqueologia e Patrimônio Histórico (CULTURAL), deve ser encarada como forma de

contribuição para o saber histórico, ajudando o aluno a uma maior compreensão da

diversidade cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História

trabalha.

Serão usados os elementos da cultura do aluno, tais como música, jornais, revistas,

filmes, videoclipes, fotos, textos diversificados e o livro didático. As seguintes técnicas de

ensino poderão ser empregadas: aulas expositivas, TV USB e pendrive, seminários para

apresentação de trabalhos, confecção de painéis, estudos dirigidos em sala de aula, atividades

escritas e orais diversificadas em grupo ou individual, e dentro das possibilidades, visitas as

entidades públicas e patrimônios culturais.

Para que o aluno se sinta sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação

constante entre as teorias e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa

prática permitirá que os conteúdos estruturantes dialoguem entre si e também que o

Page 220: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

220conhecimento dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que

compõem a grade curricular do Ensino Fundamental.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das

atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla

escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensino-

aprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.

Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar

todos os educandos e não apenas aqueles que possuem facilidade de assimilação,

minimizando a competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.

A recuperação dos estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo de ensino aprendizagem através da retomada de conteúdos a partir dos

diagnósticos oferecidos pelos instrumentos de avaliação utilizados.

Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a instituição

escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões práticas e

discursivas e principalmente em seus princípios políticos com qualidade e a

democracia.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos

escolares: o que diz a lei. Lei nº 10.639. Brasília, 2003.

BRASIL. História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de

seus povos. Lei 11.645. Brasília, 2008.

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795. Brasília, 1999.

O saber histórico na sala de aula. Organizado pela professora Circe Maria Fernandes

Bittencourt. 2a ed. São Paulo, Contexto, 1998.

PROUS, André. Arqueologia brasileira. Brasília: Editora da UnB, 1992.

Page 221: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

221PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

História. Curitiba: SEED, 2008.

BRASIL. Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos. Lei Federal 3924.

Brasília, 26/7/1961.

Projeto Araribá: história – 6 ano / organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida,

desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Maria Raquel

Apolínário. – 3. Ed. – São Paulo : Moderna, 2010.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.

Curitiba, 2012.

Vídeos

Arqueólogos encontram tesouros nas obras da Usina de Mauá. Mp4. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=2n_sIAkOGaQ>.

Alerta sobre a devastação nos sítios arqueológicos de sambaquis na baia de Guaratuba.

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2lilq_ExMQ4>.

Fantástico 1991 - Patrimônio Histórico em Paranaguá. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=yIZ4fXyxqik&feature=related>.

Meu Paraná - Pinturas Rupestres. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?

v=IQidblVG8jk>.

SILVA, Rodrigo. Um dia de arqueólogo. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?

v=rCetViXHqqs.

Filme artístico

Pinturas Rupestres (Valêncio Xavier) parte I. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=9bmfG5rcNco>.

Pinturas Rupestres (Valêncio Xavier) parte 2. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=61pAhzDckm4>.

Page 222: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

222

38 7.DISCIPLINA: ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL:

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

De acordo com as Diretrizes curriculares Orientadoras da disciplina de Ciências as

atividades experimentais "estão presentes no ensino de ciências desde a sua origem e são

Page 223: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

223estratégias de ensino fundamentais". A atividade experimental proporciona ao aluno

problematizar e questionar sobre as causas e explicações acerca dos fenômenos naturais,

possibilitando formular indagações que podem tornar-se em hipóteses do que está sendo

analisado. Além disso, esta atividade pode ser desenvolvida a partir de questionamentos

semelhantes (ou iguais) que problematizaram a formação dos conhecimentos científicos – o

que possibilita uma contextualização histórico-social da Ciência, como também abordar

questões que dizem respeito a sua gênese.

A atividade experimental possibilita despertar, no aluno, a importância e a relação

teoria e prática tão evidente quando o conhecimento científico é percebido sob uma

perspectiva prática, ou seja, a sua utilização numa prática social; mas também, evidencia a

diversidade de saberes - que é algo inerente ao próprio conhecimento científico. Sendo assim,

é possível perceber que a disciplina de Ciências é influenciada e pode sofrer interferência de

relações entre conceitos da mesma área ou de diferentes e que também sempre pertence a um

dado contexto histórico. Esta visualização mostra ao aluno que a Ciência faz parte e está

sujeita a um momento histórico e que não é uma verdade absoluta nem tão pouco neutra.

Entende-se por atividade experimental toda atividade prática cujo objetivo inicial é a

observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de recursos como

vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou de materiais alternativos, a depender do

tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para sua realização.

A interdisciplinaridade com a disciplina de Ciências podem ser estabelecidas quando

os conceitos, as teorias ou as práticas forem chamadas à discussão e auxiliarem a

compreensão do conteúdo ou de um recorte do conteúdo, bem como pode estabelecer-se com

outras disciplinas, com vistas a buscar promover uma abordagem mais abrangente do objeto

de estudo em questão.

Estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a uma

readequação metodológica curricular, trata-se de uma questão epistemológica e está na

abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo.

A disciplina de Ciências, tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao

ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Page 224: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

224Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo

assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-

la e se apropriar dos seus recursos.

É preciso ressaltar aqui que esta disciplina tem como foco despertar no aluno a

inquietação e a busca por respostas aos seus questionamentos mediadas pelo professor, que

tem função primordial nesta iniciação a investigação.

III. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:

SÉRIES CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS8º ANO

*Astronomia

* Matéria

*Sistemas Biológicos

* Energia

* Biodiversidade

*Universo

* Sistema Solar

*Movimentos terrestres

* Astros

*Movimentos celestes

*Origem e evolução do

Universo

*Gravitação Universal

*Constituição da

Matéria.

*Propriedades da matéria

*Níveis de organização

*Célula

*Morfologia e fisiologia

dos seres vivos

*Mecanismos de herança

genética

*Formas de energia

*Conversão de energia

*Transmissão de energia

*Conservação da energia

*Introdução à Atividade

Experimental

*Etapas da Pesquisa

*Introdução ao Trabalho

por Investigação

*Coleta de dados –

conceito, formas de coleta e

registro dos dados

*Formas de registro –

escrito e o uso da imagem e

do vídeo como fonte de

registro

*Divulgação das

Atividades Experimentais

em ambiente virtual (blog,

microblog, vlog, podcat,

redes sociais...)

*Estudo sobre minerais,

rochas e solos

*Formação dos solos

Page 225: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

225

*Organização dos seres

vivos

*Ecossistemas

*Evolução dos seres

vivos

* Origem da vida

* Sistemática

*Evolução dos seres

vivos

*Interações ecológicas

*Relação entre Solos, Flora

e Fauna

*Solos e Fósseis

*Minerais presentes no

cotidiano

*O uso do solo na arte –

tintas feitas a base de solos

*Formas de contaminação

do solo (chorume,

necrochorume, agrotóxicos

e agroquímicos)

*Deslocamento de massas,

erosão, voçoroca

*Solo e Mata Ciliar

9º ANO

* Astronomia

* Matéria

*Sistemas Biológicos

* Energia

* Biodiversidade

* Universo

* Sistema Solar

* Movimentos terrestres

* Astros

* Movimentos celestes

* Origem e evolução do

Universo

* Gravitação Universal

* Constituição da matéria

* Propriedades da matéria

* Níveis de organização

* Célula

* Morfologia e fisiologia

dos seres vivos

* Mecanismos de herança

genética

* Formas de energia

* Conversão de energia

* Transmissão de energia

* Introdução à Atividade

Experimental

* Etapas da Pesquisa

* Introdução ao Trabalho

por Investigação

* Coleta de dados –

conceito, formas de coleta e

registro dos dados

* Formas de registro –

escrito e o uso da imagem e

do vídeo como fonte de

registro

* Divulgação das

Atividades Experimentais

em ambiente virtual (blog,

microblog, vlog, podcat,

redes sociais...)

* Estudo sobre a ação

humana de transformação

Page 226: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

226* Conservação da energia

* Organização dos seres

vivos

* Ecossistemas

* Evolução dos seres

vivos

* Origem da vida

* Sistemática

* Evolução dos seres

vivos

* Interações ecológicas

do meio

* Impacto ambiental

causado pelo ser humano

* Poluição (ar, água, solo,

visual, sonora,)

* Conforto Térmico

* Estudo sobre o espaço e o

entorno escolar

* Fauna e Flora local

(espécies nativas e

exóticas)

* Espécies invasoras

* Resíduos e Reciclagem

IV. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

As aulas de atividades experimentais precisam acontecer em espaços pedagógicos

diferenciados e com um recorte diferente do que o realizado na disciplina de ciências, pois

nessa disciplina o professor precisa trabalhar também a contextualização, a investigação e

discutir a Ciência como um processo histórico-social e como uma produção humana.

Na disciplina de Atividades Experimentais o trabalho pedagógico envolve a:

introdução às etapas que compõe uma pesquisa; como acontece o trabalho investigativo; o que

é uma investigação; porque existe a necessidade de ser levantadas hipóteses; porque é preciso

ter objetivos e justificar uma pesquisa; como são feitas as coletas de dados e como estes dados

podem ser utilizados; como registrar e fazer as referências de dados e fontes; o que é um

registro e como a imagem e o vídeo podem ser utilizados como fonte de registro.

É possível dizer que a partir do momento que o aluno entende que a atividade

experimental é realizada em vários espaços e que, portanto, não fica restrita ao laboratório:

que ele se percebe inserido nestes espaços, onde se discute e ensina Ciências, e que também

está próximo dele.

A utilização, tanto de equipamentos e materiais do laboratório escolar junto a

materiais alternativos, mostra que é possível demonstrar que tanto a produção como o

Page 227: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

227processo que resultam na Ciência faz parte do cotidiano e estão próximos da realidade do

aluno.

Essa disciplina tem como foco os conteúdos que envolvem a metodologia e as etapas

de uma pesquisa, o uso dos espaços pedagógicos onde a pesquisa pode ser desenvolvida, e

como a coleta de dados é feita, de que maneira as fontes, na forma de imagem e de vídeo,

podem ser utilizadas e como este trabalho pode ser registrado e divulgado.

Entre os recortes, que esta disciplina possibilita, destacam-se os que estão relacionados

com o aporte teórico das áreas de metodologia, geologia e meio ambiente.

Para incorporar a linguagem virtual no cotidiano da disciplina é necessário o uso de

ambientes que vão desde a pesquisa em bibliotecas físicas e virtuais o uso da fotografia e do

vídeo para registro das atividades realizadas nos espaços pedagógicos, até a utilização de Role

Playing Games – RPG online para discutir questões biológicas e problemas ambientais. Mas

também, utilizar meios como: blog, microblog, vlog, podcast, redes sociais, entre outros

ambientes virtuais, para divulgar as atividades feitas pela disciplina. Estes ambientes virtuais

podem e devem estar integrados, para que, além da divulgação das atividades experimentais

realizadas, seja possível a troca com outras turmas e/ou instituições de ensino.

O blog pode hospedar textos (com a possibilidade do uso de hipertextos), vídeos,

áudios, fotos, que podem funcionar como um diário de trabalho e/ou atividades. Os vídeos e

fotografias necessitam tratar a imagem com cuidado e focando no objetivo da atividade

realizada. Os ambientes virtuais servem para divulgar as atividades experimentais, realizadas

na disciplina, nos mais diferentes espaços pedagógicos, que vão desde o laboratório à aula de

campo.

Cabe ressaltar que esta disciplina deve trazer a pesquisa e suas etapas, relacionando o

teórico com o prático, bem como que os espaços pedagógicos são ambientes para a pesquisa,

através da qual se pensa e planeja a disciplina para a introdução aos conceitos fundamentais.

Pesquisa:

* Biblioteca Escolar e/ou Biblioteca Pública e Biblioteca Virtual;

* Páginas eletrônicas de artigos científicos.

Divulgação:

* Apresentação das atividades em Feiras e Mostras de Ciências;

Page 228: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

228* Postagem das atividades na forma de: trabalho científico em periódicos; História em

Quadrinho,

* Fotonovela, Diário, Scrapbook (físico e virtual), Banner...; e em ambiente virtual (blog,

microblog, vlog, podcast, redes sociais...).

Atividades:

Introdução à disciplina: Etapas de uma pesquisa; Pesquisa e discussão sobre:

Investigação, Pesquisa e Metodologia; Formas de coleta e registro de dados e

fontes; Meios de divulgação das atividades em ambiente virtual; Ambiente virtual:

ambientação e uso;

Utilização do ambiente escolar e seu entorno como espaço pedagógico para a

disciplina: Registro digital da paisagem da escola e de seu entorno: Fotos da fauna e flora

local; Fotos das questões ambientais (resíduos, saneamento, mobilidade,

acessibilidade,...),Pesquisa – classificação do solo, da fauna e flora; Pesquisa geográfica e

histórica do local;

Registro Fotográfico e Montagem de um Arquivo Digital sobre a Escola e o espaço

em que está inserida;

Montagem de um Arquivo Fotográfico Digital: um Arquivo Fotográfico sobre a escola

e seu entorno; um Herbário Digital;

Práticas de laboratório escolar para analisar as questões ambientais do entorno escolar;

Montar uma História em Quadrinho, e/ou Fotonovela, e/ou Diário, e/ou Scrapbook

e/ou Banner, e/ou Storybird, e/ou ZooBurst Alpha;

Júri simulado sobre as hipóteses trabalhadas durante a disciplina.

V. AVALIAÇÃO:

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo

Page 229: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

229aluno e redimensionar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores por meio do

trabalho pedagógico.

Por meio da avaliação pode-se verificar se os objetivos foram alcançados, além de

informar ao aluno sobre seu desempenho, avanço e dificuldades. Essas informações tornam

claras as expectativas de aprendizagem e apontam as experiências educativas tidas como

essenciais para o desenvolvimento e socialização dos alunos. Assim, a avaliação é um

mecanismo orientador, com vistas aos constantes e necessários ajustes ao planejamento que

deve nortear o trabalho do professor, mas também instrumento de reformulação dos

procedimentos didáticos a serem realizados por ele.

São várias as formas possíveis para avaliar o aluno se utilizando dos instrumentos

como:

• Provas (não classificatória);

• Pesquisa bibliográfica;

• Pesquisa de campo;

• Seminários;

• Produção de texto;

• Interpretações;

• Análise de textos, mapas e documentos;

• Produção de narrativas históricas;

• Construção de tabelas e gráficos;

• Pesquisa bibliográfica;

• Relatórios em aula de laboratório;

• Dinâmicas em grupo;

• Debates;

• Júri simulado;

• (Re) criação de jogos;

• Trabalho em grupo;

• Desenhos;

• Auto-avaliação;

• Elaboração de painéis, murais;

Page 230: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

230VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado

Educação/Superintendência da Educação. -2008.

Ementários e propostas pedagógicas das disciplinas da parte diversificada - (Educação em

Tempo Integral em Turno Único - Documento 2 - Curitiba, dezembro 2012 - páginas 49 a 56.

Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de

seus povos.

Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa- 2009.

Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos

Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência;

Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei); e a

Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;

Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

38 8 - DISCIPLINA: INICIAÇÃO AO PENSAR FILOSÓFICO

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL:

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Iniciação ao Pensar Filosófico na educação integral traz em seu bojo o

exercício do filosofar, que expressa uma dimensão essencial do homem, pois em todas as fases

das vida dos sujeitos históricos, impera a necessidade de fornecer respostas, individuais ou

coletivas, aos desafios e conflitos que se apresentam ao longo da vida. Segundo Maria Lúcia de

Page 231: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

231Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)”... é importante para a formação

integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a

filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição do

amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos

permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si mesmo e

sobre o mundo. (ARANHA,2002,pg 01).

III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

8º ANO:

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

9º ANO:

Ética e Política Estética

Conteúdos Básicos:

8º Ano:

Saber mítico

Saber filosófico

Relação Mito e Filosofia

Atualidade do mito

O que é Filosofia?

Possibilidade do conhecimento

As formas de conhecimento

O problema da verdade

A questão do método

Conhecimento e lógica

Ciência e ética

9º Ano:

Ética e moral

Pluralidade ética

Page 232: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

232Ética e violência

Razão, desejo e vontade

Liberdade: autonomia do sujeito e necessidade das normas

Relações entre comunidade e poder

Liberdade e igualdade política

Política e Ideologia

Esfera pública e privada

Cidadania formal e/ou participativa

IV- METODOLOGIA

Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositivas com a

utilização de variados instrumentos tecnológicas, como internet, multimídia, TV etc., garantir

o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do

pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e

da interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que o

trabalho do Professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,

tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.

Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim

livres pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e

lógicos.

V- AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções

diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece

subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também

classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o

resultado obtido pelo educando.

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto

não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças

quantitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é representada por

Page 233: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

233seminários, debates, painéis, entre outro, e conforme estabelecido no projeto político

pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação escrita

bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates, relatórios,

murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando no inicio

de cada período bimestral.

VI – BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2* Edição SP. Ed

Moderna, 1993.

CHAUÍ, M. 2000. Convite a Filosofia. São Paulo, Ática.

CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,

1999.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva 1996.

Diretrizes Curriculares de Filosofia, Secretária de Estado de Educação, versão 2009.

FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.

HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em discussão (I): Platão.

Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.

MODIM, Battista, Introdução a Filosofia, 2*Edição Edições Paulinas São Paulo. 1980.

ANEXO III

Page 234: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

234

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

CURRICULARES

COMPONENTES CURRICULARES

ENSINO FUNDAMENTAL

39. PROPOSTAS CURRICULARES DOS COMPONENTES CURRICULARES DO

ENSINO FUNDAMENTAL

39 1 - ÁREA: Esporte e Lazer

COMPONENTE CURRICULAR: Recreação e Lazer

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: AMANDA GOULART DE OLIVEIRA

CONTEÚDOS

6° ANO

Page 235: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

235Conteúdo estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoJogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras

populares

Amarelinha, 5 marias, bets,

peteca, bola queimada, rouba

bandeira, pega-pega, pega o rabo,

estafetas, alerta.

Brincadeiras e cantigas de

roda

Escravos de Jô, dança da cadeira,

gato e rato, caranguejo, lenço

atrás.Jogos de tabuleiro Dama e resta um.Jogos cooperativos Nunca 4, pega-pega da corrente,

câmbio, futpar, salve-se com um

abraço.

7° ANO

Conteúdo estruturante Conteúdo Básico Conteúdo EspecíficoJogos e brincadeira Jogos e brincadeiras

populares

Estafetas, Amarelinha, 5 marias,

bets, peteca, bola queimada,

rouba bandeira, pega-pega, pega

o rabo, estafetas, salada de fruta,

gincanas, corrida de sacos, stop.

Brincadeiras e cantigas de

roda

Escravos de Jô, dança da cadeira ,

lenço atrás.

Jogos de tabuleiro Dama e trilha.Jogos cooperativos Nunca 4, pega-pega da corrente,

câmbio, futpar, salve-se com um

abraço, volençol, caranguejobol,

dança da cadeira cooperativa.

OBJETIVOS

• Despertar a ludicidade, resgatando brinquedos e brincadeiras.

• Promover a socialização entre os colegas em momentos lúdicos.

• Despertar o companheirismo e a cooperação entre os alunos.

• Ensinar as crianças a brincar conhecendo seu próprio corpo e seus limites.

Page 236: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

236• Fazer com que os alunos absorvam a importância do respeito às diferenças, dificulda-

des e limitações de cada um.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

O processo metodológico se caracterizará pela interação professor – aluno, assim,

conduzindo ao conhecimento mais das atividades de recreativas e de lazer em suas praticas.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a

construção do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,

2002,p.53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que

assimilou.

O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo

pedagógico na perspectiva histórico-crítica, é quando o aluno(a) demonstra no seu dia-a-dia

que incorporou o conhecimento construído e que o mesmo, agora, faz parte de sua prática

social.

RESULTADOS ESPERADOS:

Espera-se que no decorrer do ano, o aluno absorva o conhecimento transmitido

pelo professor assim como, com as vivência durante as aulas. Que ele conheça e reconheça

brinquedos e brincadeiras, resgatando a infância, e valorizando os momentos de lazer.

Espera-se também que aprenda com a vivência dentro da sociedade escolar, a

socializar-se em diferentes ambientes, respeitando as diferenças as opiniões e reconhecendo

valores que agreguem e enriqueçam o seu dia-a-dia.

AVALIAÇÃO:

Page 237: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

237O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser

individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, em forma de portfólios que serão

registradas no livro de classe, conforme previsto no Projeto Político Pedagógico.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o

processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas

manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras.

A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os

aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e

companheirismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO, E S de; SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em

Educação física. GEMH – Grupo de Estudos do Movimento Humano, Florianópolis, v. 1,

n. 1, dez. 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem.

Curitiba, 2012.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio-

Jandaia do Sul -Pr., 2012

A Lei 10.639/03 - História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

A Lei 11.645/08 - História e Cultura dos Povos Indígenas; valorizando a história e cultura de

seus povos.

A Lei 9795/99, Política Nacional de Educação Ambiental;

Temáticas referentes ao Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e Direitos

Humanos(Educação Fiscal e Programa Saúde na Escola); Enfrentamento à Violência;

Prevenção ao uso indevido de Drogas e Educação Ambiental (já citada-Lei); e a

Diversidade: Relações Étnico-Raciais e Afro-descendência; Educação Escolar Indígena;

Relações de Gênero e Diversidade Sexual e Educação do Campo.

Page 238: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

238

.

39 2 - PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

I - IDENTIFICAÇÃO:

DOCENTE RESPONSÁVEL: IVANILDA SOUTO GONÇALVES SILVA

ÁREA: Temas Sociais Contemporâneos

COMPONENTE CURRICULAR: Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças

CONTEÚDOS.

ESTRUTURANTES: Sistemas Biológicos

BÁSICO: Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

ESPECÍFICO: Higiene corporal; Primeiros socorros.

ESTRUTURANTE: Biodiversidade

BÁSICO: Organização dos Seres Vivos.

ESPECÍFICOS: Vírus (doenças de inverno)

Bactérias: (doenças de inverno)

Page 239: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

239 Fungos (micoses, frieras)

ESTRUTURANTE: Matéria e energia

BÁSICO: Acidentes domésticos.

ESPECÍFICOS: Eletricidade, fogo, produtos químicos.

OBJETIVOS

− Estender o aprendizado levando para casa e para a comunidade a importância de cuidar

do ambiente, para assim evitar doenças, como a dengue.

− Aplicar os conhecimentos teóricos na pratica, cuidando da higiene corporal, bucal e

ambiental

− Conhecer as doenças de inverno.

− Saber os cuidados necessários para evitar de contrair doenças de inverno.

− Conscientizar da importância de estar em dia com a vacinação.

− Prevenir os acidentes domésticos.

− Saber como dar atendimento, quando necessário as vítimas de acidentes domésticos.

− Identificar as características dos diferentes tipos de fungos.

− Observar o desenvolvimento de fungos decompositores.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Os conteúdos serão abordados por uma linguagem simples, mais precisa,

estabelecendo assim um diálogo com o aluno.

Na abordagem dos conteúdos busca-se estabelecer relações com o cotidiano do

aluno,com intuito de atrair a atenção e, consequentemente o seu interesse. Serão trabalhados

materiais manipuláveis: Arcada dentária, escova, etc, cartazes, jogos e atividades diversas,

como teatro para motivá-los.

RESULTADOS ESPERADOS:

É objetivo de estudo do Componente Curricular: Promoção da Saúde e Prevenção de

Doenças o fenômeno vida em toda a sua diversidade de manifestação, deste modo espera -se

Page 240: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

240do educando que ele passe a conhecer as doenças e a assim a cuidar de seu corpo e do

ambiente em que vive.

AVALIAÇÃO:

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o

objetivo não é verificado através de uma medição a quantidade de informações retidas pelo

aluno ao longo de um determinado período. Ela deve servir como instrumento de diagnóstico

do processo de ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de

todos os componentes desse processo.

O conhecimento é construção humana e social e o nosso não é construído de um dia

para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo

trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar , na

avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta

do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.

Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e

extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento

do mesmo servirá como um diagnóstico do processo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

ARROYO, M.G. O Direito a Tempos – Espaços de Um Justo e Digno Viver. 2011.

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.

MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano

Editorial.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.

_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.

_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

Versão preliminar, julho 2006.

Page 241: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

241PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de

janeiro, Editora Ática.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.

39.3 - EXPRESSÃO CORPORAL

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: ANA PAULA SCANDALO

ÁREA: Cultura, Arte e Educação Patrimonial

COMPONENTE CURRICULAR: Expressão Corporal

II - APRESENTAÇÃO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Elementos Formais

CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimento Corporal, Tempo, Espaço

Page 242: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

242CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Composição.

CONTEÚDOS BÁSICOS: Kinesfera, Eixo; Ponto de Apoio; Movimentos articulares;

Fluxo (livre e interrompido); Rápido e lento; Formação níveis (alto, médio e baixo);

Deslocamento (direto e indireto); Dimensões (pequeno e grande); Técnica: improvisação;

Gênero: circular; Rotação; Coreografia; Salto e queda; Peso (leve e pesado); Fluxo (livre,

interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado; Níveis (alto, médio e baixo);

Formação; Direção; Gênero: folclórica, popular e étnica; Giro; Rolamento; Saltos;

Aceleração e desaceleração; Direções (frente, atrás, direita e esquerda); Improvisação;

Coreografia; Sonoplastia; Gênero: Rolamentos; Extensão (perto e longe); Deslocamento;

Gênero: performance e moderna; Peso; Fluxo; Quedas; Saltos; Giros.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Movimentos e Períodos

CONTEÚDOS BÁSICOS: Pré-história; Greco-Romana, Renascentismo; Dança Clássica;

Dança Popular; Brasileira; Africana; Indígena; Hip Hop; Musicais; Expressionismo;

Indústria Cultural; Dança Moderna; Vanguardas; Dança Moderna e Dança Contemporânea.

OBJETIVOS:

Reconhecer e explorar as várias formas de movimento em diferentes contextos;

Adquiri conhecimento por meio de movimento corporal, tempo e espaço;

Criar trabalhos com dança utilizando varias formas de composição;

Compreender a dança e a relação com formas artísticas populares a partir do cotidiano de cada

indivíduo;

Adaptarem-se as práticas e a teoria da dança;

Entender as diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias e sua função social.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

O ensino da Dança deve se voltar para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos

ligados aos processos mentais, possibilitando uma melhor compreensão estética artística da

dança. Buscar como foco o sentir e perceber o movimento corporal.

Page 243: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

243 Para entender a Dança como expressão e entendê-la é necessário compreender a época

que foi criada e a que classe artística era pertencente. Atividades práticas: improvisação,

expressão corporal, criação e execução de sequências coreográficas, uso de adereços e

figurinos.

RESULTADOS ESPERADOS:

Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos teóricos e práticos da Dança, melhor

desenvolvimento psicomotor e melhora no desempenho acadêmico geral.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o objetivo não é

verificado através de uma medição quantitativa de informações retidas pelo aluno ao longo

de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de ensino –

aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes

desse processo.

O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia para o

outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo constrói

progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação, não

somente o seu resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a consideração

conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.

Deste modo o aluno será avaliado através das atividades, trabalhos em classe e

extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento

do mesmo servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem

desenvolvidas, com vistas a apropriação do conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.

Page 244: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

244Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

Manual de Orientações para implantação da Educação em Tempo Integral em Turno Único-

2012 Curitiba, SEED- PR.

MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano

Editorial.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte-Paraná, 2008.

_______. Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.

_______. Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

Versão preliminar, julho 2006.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa – 2012.

PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de

janeiro, Editora Ática.

39.4 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO CULTURAL

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: ISABEL CRISTINA AMBROSIO MARQUETE

II - APRESENTAÇÃO:

ÁREA: Temas Sociais Contemporáneos

COMPONENTES CURRICULARES: Educação Ambiental e Desenvolvimento

Sustentável.

CONTEÚDOS:

ESTRUTURANTE: Astronomia

Page 245: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

245BÁSICO: Sistema Solar

ESTRUTURANTE: Matéria

BÁSICO: Constituição da Matéria

ESPECÍFICO: Atmosfera (Ar- poluição e Medidas de Conservação) e crosta,

solo(constituição, preservação e conservação e poluição do solo e erosão), rochas, minerais,

manto e núcleo. Água (estados físicos, ciclo da água,reaproveitamento e poluição).

ESTRUTURANTE: Sistemas Biológicos

BÁSICO: Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ESPECÍFICO: Microrganismos

ESTRUTURANTE: Energia

BÁSICO:Formas de Energia; conversão de Energia; Transmissão de Energia

ESTRUTURANTE: Biodiversidade

BÁSICO:Ecossistema,

ESPECÍFICO: biomas (fauna e flora), cadeias alimentares, mata ciliar, desequilíbrios

ecológicos e sustentabilidade

BÁSICO: Organização dos Seres Vivos,

ESPECÍFICO: Seres vivos e não vivos (Ar), Cadeia Alimentar

OBJETIVOS:

Reconhecer o papel transformador e emancipatório da Educação Ambiental, tornando-

se cada vez mais visível o atual contexto nacional e mundial quanto a preocupação com as

mudanças climáticas, a degradação da natureza, a redução da biodiversidade, os riscos sócio

ambientais, locais e globais.

Sensibilizar o educando quanto a necessidade de preservação dos diferentes ambientes dos

quais desenvolvemos nossas atividades diárias.

Conhecer os componentes e os mecanismos que regem os sistemas naturais.

Fortalecer a participação da juventude na implementação da Política Nacional de Educa-

ção Ambiental e incentivá-la a contribuir com a solução dos problemas socioambientais.

Page 246: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

246 Entender que o ser humano é o principal protagonista em tudo o que se refere ao meio

ambiente.

Desenvolver a cidadania, participando ativamente, resgatando direitos, promovendo

uma nova ética capaz de conciliar ambiente e sociedade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

É fundamental a discussão e a reflexão sobre como nós, professores de Educação em

Tempo Integral, podemos relacionar a temática Educação Ambiental, contribuindo para a

sensibilização dos alunos frente à problemática ambiental, tornando a instituição de ensino um

local de mudanças concretas na realidade social, sob a ótica da sustentabilidade, sendo assim

um dever de todos.

O ensino de Educação Ambiental abrange diferentes conhecimentos, sendo

contemplados e articulados no processo de ensino e de aprendizagem.

Para que essa perspectiva de currículo se efetive na escola é preciso que os

participantes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem dessa concepção como

construção humana, atendendo as demandas da atualidade.

É importante que o professor reconheça que existem conhecimentos científicos:

físicos, químicos e biológicos, que precisam ser abordados, respeitando-se o nível cognitivo

dos estudantes. Adotando uma linguagem coerente com a faixa etária, aumentando

gradativamente o aprofundamento desses conteúdos.

O estudo realizado referente à educação ambiental envolverá atividades diferenciadas,

aulas práticas com atividades experimentais e a pesquisa, considerando-se coerência entre a

teoria e prática, podendo acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela. Nas

atividades pedagógicas há um envolvimento direto do educando, como: leitura científica,

análise e interpretação de dados, imagens através da utilização de computadores, TV

pendrive, DVDs, vídeos, gravuras, desenho e pintura. O professor pode utilizar-se de músicas,

poesias, jogos didáticos, painéis, murais, exposições e outros meios que achar necessário para

enriquecimento de seu trabalho metodológico.

Desenvolver trabalhos com os temas: reciclagem, lixo orgânico(separação do lixo em reciclá-

veis e orgânicos), compostagem (para utilização em canteiros ou em floreiras); importância

Page 247: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

247da Ecologia; preservação da natureza; riscos dos agrotóxicos; lixo eletrônico: ameaça ambien-

tal e social; energias renováveis.

Desenvolver atitudes sustentáveis: na escola, dever de cada um (separação do lixo, manu-

tenção da limpeza da escola, não deixar lâmpadas, ventiladores e computadores ligados sem

necessidade, servir-se dos alimentos que vai comer – sem deixar sobras, etc.); como aplicá-las

em casa; sustentabilidade econômica, ecológica e empresarial.

Destaca-se a importância dos registros que os estudantes fazem no decorrer das

atividades, pois através destes o professor poderá analisar a própria prática e realizar uma

intervenção pedagógica coerente no processo educativo e divulgar a produção de seus

estudantes com o intuito de promover a socialização dos saberes e a interação dos mesmos

com a produção científica- tecnológica.

RESULTADOS ESPERADOS:

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência

harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a

analisar criticamente as atitudes que tem levado à destruição inconsequente dos recursos

naturais e de várias espécies. Portanto, espera-se que:

O aluno consiga assimilar conceitos que venham melhorar o desempenho acadêmico e

principalmente mudanças de atitudes com relação ao meio em que se vive, respeitando cada

ser, membro constituinte e parte integrante desse ambiente.

Quanto à escola, a busca pela preservação dos recursos naturais já existentes,

incentivando trabalhos que venham enriquecer a qualidade do ambiente ofertado, envolvendo

a comunidade escolar em práticas que despertem no aluno a importância do meio ambiente

para sua vida e a vida de todos que o cercam.

AVALIAÇÃO:

A avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa, ocorrerá ao longo do

processo ensino aprendizagem, através da interação professor x estudantes, servindo de

parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho docente, onde haverá

verificação, à medida que os estudantes se apropriam dos conhecimentos específicos. A

Page 248: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

248avaliação se dará também na forma em que os estudantes se expressam, interpretam,

produzem, discutem, relacionam, analisam, justificam, argumentam, como sujeitos do

processo.

REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da

Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

BARROS, Carlos.; PAULINO, Wilson Roberto. Ciências: Os seres vivos. 4. ed. São Paulo:

Ática, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação

ambiental na escola. Departamento de Educação Ambiental : Unesco, 2007.

Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Estabelece a Política Nacional de Educação Ambiental.

Lei n. 17.505, de 11 de janeiro de 2013. Estabelece a Política Estadual de Educação

Ambiental e o Sistema de Educação Ambiental e adota outras providências.

Resolução n. 2, de 15 de junho de 2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Ambiental.

Page 249: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

249

39.5 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

I - IDENTIFICAÇÃO

ÁREA: Comunicação e Uso de Mídias

COMPONENTE CURRICULAR: Tecnologias da Informação e Comunicação.

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: PAULO HENRIQUE VALÉRIO

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Conteúdo: Digitação; Formatação de textos; Confecção de tabelas; Formatação de tabelas;

Montagem de slides, Montagem de imagens; Edição de fotos; Internet; E-mail; Segurança na

Internet.

Page 250: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

250

Objetivos:

Proporcionar aos alunos a aquisição do conhecimento sobre os meios da informática,

para que os mesmos possam utilizar o laboratório de informática deste estabelecimento de

ensino para realização de estudos, bem como preparar os alunos para uma sociedade

informatizada.

Encaminhamento Metodológico:

O trabalho será iniciado pela digitação, seguido da formatação de textos, utilizando

textos selecionados pelos alunos, considerando seu dia a dia, exemplo: relatos dos alunos,

reportagens de jornais, revistas e poemas. A confecção e formatação de tabelas trará dados

relevantes para os alunos, com situações vivenciadas pelos mesmos (informações da vida

escolar, do Município e Estado em que moram, e outros). A montagem de slides, edição de

fotos e imagens será feita com imagens educativas e significativas para os alunos. No

conteúdo Internet será abordado questões como segurança na internet, e ética nas relações

interpessoais.

Avaliação:

A avaliação será contínua, mediante o acompanhamento e verificação do desempenho

e aprendizagem dos conhecimentos relativos a área de informática. A recuperação será

paralela, (ou seja, o conteúdo que o aluno não aprender será imediatamente retomado, com

uso de estratégias de trabalho diferentes da usada no primeiro momento.

Será utilizado variados instrumentos avaliativos, como digitação e formatação de

textos; construção de tabelas; edição de imagens; montagem de slides, e troca de e-mails.

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Apropriação das novas tecnologias de informação e comunicação.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação

ofertada.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Page 251: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

251

Referências Bibliográficas:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná, 2009. Curitiba.

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

ANEXO IV

Page 252: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

252

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

CURRICULARES

BASE NACIONAL COMUM

ENSINO MÉDIO

40. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO

40.1 - ARTE

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: ARTE

DOCENTES RESPONSÁVEIS: ANA PAULA SCANDALO

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na educação, o ensino da arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos e artísticos contextualizados, aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas expressões.

Page 253: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

253A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir,

articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre o indivíduo e

a sociedade.

A Arte não é uma produção fragmentada, é uma área de conhecimento que interage

nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são

construções históricas que influenciam e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.

O Senso estético é uma maneira permanentemente válida de apreender o mundo e

atuar sobre ele, através de uma atividade dotada de sentido. Isto é especialmente válido

quando consideramos como objetivos da educação a realização das potencialidades do ser

humano e sua preparação para a cidadania.

Através da Arte e Educação é possível a prática verdadeira de respeitar, valorizar e

garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência. A Arte

humaniza.

Segundo Luzia de Maria (1998), p.59) , o que a arte busca é justamente preservar a

integridade dos homens, prover casa “SER” do alimento necessário para que ele se concretize

no sentido de “HUMANO”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo será unir arte

e educação para que nosso mundo seja melhor.

Na maioria das vezes, a escola é o primeiro espaço formal onde o aluno tem contato

com o conhecimento sistematizado em arte, razão pela qual, deve ter acesso aos conteúdos

específicos desta área.

III - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Instrumentalizar o aluno como conjunto de saberes em arte que lhe permita utilizar o

conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.

- Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a arte de

modo criativo.

- Desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu

conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando o ver, o

pensar, o fazer e o criar.

Page 254: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

254- Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus

posicionamentos e tomadas de atitudes.

- Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção, imaginação e

reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-la.

- Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos movimentos

artísticos, patrimoniais e seus precursores.

IV- CONTEÚDOS

ÁREA- MÚSICA

Elementos Formais:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Composição:

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular, étnico, instrumental, etc.

Movimentos e Períodos:

Grego romana

Oriental

Ocidental

Africana

Música Popular e Étnica

Indústria Cultural

Eletrônica

Rap, rock, tecno, etc

Page 255: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

255ÁREA- ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Figurativa

Geométrica

Simétrica/ Assimétrica

Técnicas: pintura, escultura, colagem, etc.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Arte Grego Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré – história

Arte Indígena

Arte Popular

Arte Brasileira e Paranaense

Renascimento

Barroco

Indústria Cultural

Arte no séc.XX

Arte Contemporânea

Realismo

Vanguardas.

Page 256: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

256

ÁREA- TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem

Expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.

Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara,

mímica, formas animadas.

Gêneros: tragédia, comédia, circo, rua arena, caracterização, monólogo,direção, etc.

Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica, etc.

Sonoplastia

Figurino

Iluminação

Cenografia

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Comédia Dell ‘Arte

Teatro Popular

Brasileiro e paranaense

Teatro Africano

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Teatro engajado

Teatro Oprimido

Teatro Pobre

Teatro Absurdo

Vanguardas

Page 257: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

257ÁREA -DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Movimentos:

Articulares

Fluxo (livre e interrompido, conduzido)

Rápido e lento

Formação:

Níveis (alto, médio e baixo)

Deslocamento (direto e indireto)

Dimensões( pequeno e grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero:

Circular

Indústria Cultural

Espetáculo

Sonoplastia

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Page 258: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

258Africana

Indígena

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Contemporânea, etc

V - METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da percepção,

identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação de signos verbais e não

verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais.

Buscar-se-á formas originais de expressar ideias com o grupo, promovendo

observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não

só com as formas de linguagens técnicas, mas também com ideias e reflexões propostas pelas

diferentes linguagens artísticas.

Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização

pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação; o trabalho

artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um

sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a formação

de conceitos artísticos.

Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção artística,

mas também compreender o que faz e o que fazem pelo desenvolvimento da percepção

estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história,

política e social, e com o conjunto das relações.

Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da aprendizagem que

proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Tal percepção

possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais ampla a respeito da sociedade

em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece relações.

Page 259: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

259VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a

referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o

desenvolvimento das aulas e auto-avaliação do aluno.

A avaliação em artes supera o papel de mero instrumento de mediação a apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. A ser

processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute dificuldades e

progressos de cada um a partir da própria produção. Assim verifica-se o pensamento estético e

leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

O método de avaliação proposto nas diretrizes inclui observação e registro do processo

de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O professor

deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com

os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve

elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,

com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção com os colegas,

sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de artes.

VII - BIBLIOGRAFIA

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de

educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental- Arte. Curitiba, 2004.

_______.Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira e

africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.

_______Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

Versão preliminar, julho 2006.

Page 260: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

260MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano

Editorial.

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento

de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte- Paraná, 2008.

PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de

janeiro, Editora Ática.

40.2- BIOLOGIA

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: BIOLOGIA

DOCENTE RESPONSÁVEL: NEIDE ARAUJO RECHE.

II – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

O objeto de estudo da Biologia é o FENÔMENO DA VIDA. Observa-se que em cada

momento da história da humanidade ocorreram diferentes concepções do Fenômeno Vida.

Na antiguidade, vemos o Pensamento Biológico descritivo, influenciado pela religião.

Nesse período, correu o desenvolvimento da zoologia, botânica e medicina. O conhecimento

Page 261: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

261estava voltado para a compreensão da natureza, surgem então as primeiras universidades. Os

nomes que se destacaram foram Aristóteles e Liné.

A vida é vista como “expressão da natureza idealizada pelo sujeito racional“.

O pensamento Biológico Mecanicista é observado no século XV.

Destacam Descartes, Redi e Newton. O foco da discussão era a origem da vida.

Período que se inicia o fracionamento dos organismos para estudar e compreender.

No século XVIII e XIX, influenciado pelas idéias de Erasmus Darwin, Lamark,

Charles Dawin, Mendel, Schleiden e Schwan, surge o Pensamento Biológico Evolutivo. A

descoberta de fósseis, coleta de animais, estudo da anatomia e embriologia trazem maior

interesse pela evolução.

No século XVIII e XIX, o uso da Biologia na medicina e na agricultura estimulou a

pesquisa, principalmente na área de bioquímica, biofísica e biologia molecular. Surge o

Pensamento Biológico da Manipulação da Genética. Com o desenvolvimento aumenta a

preocupação das implicações sobre o Fenômeno da Vida. Dentro desta perspectiva temos a

história do currículo escolar brasileiro.

Em 1838, abre no Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro o primeiro curso de Ensino

Médio no Brasil. O ensino era pautado no Pensamento Mecanicista descritivo, com livros

importados da França. Em 1930 os primeiros cursos superiores de Ciências Naturais

priorizam o ensino descritivo, livresco, teórico e memorístico. Em 1946, pós-guerras

mundiais, ocorreram muitas produções científicas. As aulas práticas eram meramente

ilustrativas.

Em 1946, o Instituto, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC)

se preocupou com a qualidade de ensino. Nesse ano teve a produção de materiais didáticos.

Com a corrida espacial em 1950 o interesse pelas ciências aumentou.

Em 1960, o Biological Sciences Curriiculum Study (BSCS) construiu o material

curricular com conteúdos de bioquímica, ecologia e biologia celular, com a intenção de

formar os futuros cientistas . No Brasil a escola era elitista.

Ainda em 1960, ocorreram mudanças no ensino. Em 1961, a LDB 4024 apresentou a

ciência como fator de desenvolvimento. Em 1970, as questões ambientais, as implicações de

desenvolvimento tecnológico e científico começaram a se destacar no cenário mundial.

Com a reformulação do Ensino Básico, com a Lei 5692/71, as escolas deixaram de

formar o futuro cientista ou profissional liberal para formar o trabalhador. Em 1980, ocorreu a

Page 262: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

262redemocratização do Brasil e dos movimentos pedagógicos. Uma década após a influencia do

construtivismo, ainda se observava, em sala de aula características tradicionais.

Nas décadas de 80 e 90, a Secretaria da Educação do Estado do Paraná iniciou um

programa de reestruturação do ensino de 2º grau.

Embasada na teoria histórico-crítica, a nova proposta estabelece seis temas:

1- Relações dos seres vivos e seu meio ambiente.

2- Organização dos seres vivos.

3- Classificação dos seres vivos.

4- Hereditariedade e ambiente.

5- Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia.

6- Saúde humana.

Com o objetivo de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-

crítica em 1998, temos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)

com estudos em áreas de conhecimento em Biologia- Ciências da Natureza, Matemática e

suas tecnologias. Nos PCN temos uma tendência neoliberal, focalizando as competências e

habilidades dos alunos, na qual os projetos são vistos como necessários para a vida do aluno.

Os conteúdos são apresentados de forma reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e

omissão do seu processo de produção histórica. As DCEs fundamentam-se na concepção

histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência. Nesta perspectiva, são

definidos os Conteúdos Estruturantes e encaminhamentos metodológicos, a partir da

dimensão histórica da Biologia e de marcos conceituais da construção do pensamento

biológico.

A Biologia como parte do processo de construção científica deve ser entendida e

compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano e

determinada pelas necessidades matérias deste em cada momento histórico. Sofrendo a

influencia das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao

mesmo tempo em que nelas interfere.

É objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade de

manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um saber neutro, mas sim, um

conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente

determinada. Com crescente valorização do conhecimento e a capacidade de inovar exige

pessoas capazes de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a

compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural,

Page 263: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

263étnico-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a

conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.

III - OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver no educando o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma

postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de

hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ética

científica.

Reconhecer o ser humano como agente de transformação internacional por ele

produzidas em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico é fruto do estudo e

tecnologias de cada época histórica.

Desenvolver no aluno o espírito de conhecimento da história da Biologia no

desenvolvimento da humanidade. Igualmente conhecer a organização, a classificação e a

distribuição dos seres vivos, bem como os mecanismos biológicos e funcionamento dos

sistemas biológicos.

Promover o domínio do conhecimento relativo à biodiversidade e as relações

ecológicas. Da mesma forma, estabelecer ma visão analítica referente à variabilidade

genética, a origem e evolução dos seres vivos e, das implicações dos avanços biológicos no

fenômeno da vida.

Elaborar uma análise crítica sobre a pesquisa científica, dos avanços científicos e

tecnológicos. Desta forma poderá ter clareza sobre as transformações sociais e da bioética.

Estabelecer ideais sobre a Educação Ambiental e o desenvolvimento humano, social,

político e econômico sem esquecer a saúde pública escolar, orientação sexual, embriologia,

formação humana e medidas preventivas contra as doenças mais comuns.

IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Page 264: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

264A disciplina de Biologia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e

com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente

produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais conceitos em

decorrência de questões emergentes.

Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem se seriados nem

hierarquizados.

1- Organização dos Seres vivos:

Conhecer modelos teóricos.

Compreender e conhecer a diversidade biológica de maneira a agrupar e caracterizar

as espécies extintas e existentes.

Descritivo.

Classificação, estudos microscópicos, avanços no campo da Biologia Celular, no

funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva,

ecológica e da Biologia Molecular. Este Conteúdo Estruturante parte do pensamento

biológico descritivo para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica

existente, sem no entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos

estruturante, introduzindo-se o estudo das características e fatores que as determinam.

2- Mecanismos Biológicos:

Analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos dos seres vivos.

Estuda a locomoção, digestão, respiração, componentes celulares e suas funções.

Faz uma comparação evolutiva.

Visão mecanicista do pensamento biológico, macroscópica, descritiva e fragmentada

da natureza.

3- Biodiversidade:

Possibilita o estudo a análise e a indução par a busca de novos conhecimentos.

Organização natural dos seres vivos.

Pensamento biológico evolutivo.

Entende a Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos,

interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade

genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e

coma natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido

transformações.

4- Manipulação genética:

Page 265: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

265Conceito biológico Vida como fato natural, independente da ação do homem.

Implicação dos conhecimentos de biologia molecular.

Aplicação do conhecimento biológico, este que interfere e modifica o contexto de vida

e da humanidade, e requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela Vida.

V - CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos estão articulados aos conteúdos estruturantes, tendo em vista

uma abordagem teórico-metodológica que atinja as expectativas de aprendizagem as quais

estão atrelados. DCEs 2008.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

VI - METODOLOGIA

A Ciência sempre esteve presente nas relações sociais da história, transformando a

sociedade, os valores, ideologias e as necessidades matérias do homem.

A Biologia, como elemento de construção e conhecimento científico deve ser

entendida como processo do próprio desenvolvimento humano, sofrendo a influencia do meio

social e que está sempre em construção.

Page 266: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

266No ensino da Biologia, recomenda-se que se adote o método experimental como

recurso de ensino, considerando os aspectos éticos. A aula experimental pode ser muito rica,

revelando aos alunos muitas contradições, levantando hipóteses e dando ênfase ao

conhecimento científico, podendo haver reflexão teórica, superando os modelos tradicionais.

Dentro do Ensino de Biologia valoriza-se também a construção histórica dos

conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica. Vê-se a necessidade de formar

sujeitos críticos, reflexivos e analíticos, produzindo saberes científicos e compreendendo a

valorização do fenômeno VIDA.

Apresenta a articulação entre os meios e os conteúdos, na perspectivas de retomada

histórica e da disciplina escolar, seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.

Selecionar conteúdos específicos e relacioná-los com outros conteúdos, com outras

áreas do conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em

decorrência de questões emergentes.

Dentro do conhecimento biológico temos quatro paradigmas metodológicos que são o

descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética. De cada um desses

paradigmas definem-se os conteúdos estruturantes.

Um mesmo conteúdo específico pode ser estudado em cada um dos conteúdos

estruturantes.

Conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias dos alunos é

fundamental, pois são esses elementos, se são trabalhados adequadamente, poderão gerar

obstáculos para a aprendizagem.

Os debates em sala oportunizam a análise e formação de um sujeito investigativo e

interessado. Este procedimento deve ser utilizado a fim de conhecer e compreender a

realidade ao qual os alunos estão inseridos.

Os conteúdos de Biologia necessitam apoiar em um processo pedagógico:

• Prática social;

• Problematização;

• Instrumentalização;

• Catarse;

• Retorno à prática social;

PARA CADA CONTEÚDO ESTRUTURANTE, PROPÕE-SE TRABALHAR OS SEGUINTES ASPECTOS:

Page 267: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

267ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

• Metodologia descritiva;

• Observação e descrição dos seres vivos;

• Discussões;

• Metodologia que permita ma abordagem na tentativa de conhecer e compreender a di-

versidade biológica, considerando a história;

• Pensamento biológico evolutivo.

MECANISMOS BIOLOGICOS

• Paradigma mecanicista para explicar os MECANISMOS biológicos (como os sistemas

biológicos funcionam).

BIODIVERSIDADE

• Paradigma evolutivo;

• Parte das contribuições de Lamark e Darwin para superar as idéias fixistas;

• Relaciona os conceitos da genética, evolução e ecologia para explicar a diversidade

dos seres vivos.

MANIPULAÇÃO GENÉTICA

• Paradigma manipulação genética;

• Análise sobre as explicações dos avanços biológicos;

• Ênfase na problematização, em provocações e na mobilização do aluno por busca de

conhecimentos necessários para resolver problemas;

• Leituras críticas;

• Imagens em vídeo transparências fotos, textos de apoio;

• Aulas dialogadas, experimentação, demonstrações, estudo do meio, jogos didáticos

podem ser algumas metodologias para todos os conteúdos.

• Essas metodologias deverão ser aplicadas no decorrer do ano letivo em todos os conte-

údos trabalhados.

• Resguardando as leis 10639/03 e 11645/08, a história da cultura afro-brasileira e afri-

cana bem como as dos povos indígenas serão oportunamente trabalhados em concor-

dância com os conteúdos específicos.

Page 268: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

268• Em relação a lei 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, a

mesma deve estar cotidianamente incorporada aos conteúdos específicos.

• Os desafios contemporâneos, ou seja, as diversidades no ambiente escolar serão meto-

dologicamente analisadas para uma correta adequação de abordagem.

VI- AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações necessárias

sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e reformular os processos

de aprendizagem é indispensável uma vez que permite ao professor recolher, analisar e julgar

dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de

seu trabalho.

A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua (LDB 9394/96), onde se analisa a

participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas pelo professor.

A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz

necessário para uma retomada da ação pedagógica, favorecendo a uma reflexão crítica de

idéias e comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO,

2001).

Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem que

permita fornecer em feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos e subjetivos,

pesquisas, relatórios.

É assim que o professor verificará de forma reflexiva todo o seu trabalho pedagógico

se houver ou não assimilação e compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado.

As avaliações serão bimestrais e as médias deverão ser igual ou superior a 6,0 para

cada componente curricular no bimestre, conforme Regimento Escolar.

O sistema de avaliação adotado por este Estabelecimento de Ensino é bimestral e será

composto pela somatória das seguintes avaliações:

• Nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades diversificadas;

• Nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de prova(s) escrita ou oral.

Page 269: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

269A recuperação paralela é, assim, um mecanismo que assegura o respeito e a

singularidade de cada sujeito, e ao mesmo tempo do grupo social. Portanto, não se constitui

em um “favor dado”, mas em um direito assegurado, devendo o planejamento ser avaliado e

adequado às condições, também, de quem não aprendeu.

A recuperação será contínua as avaliações, processo tendo direito a mesma todos os

alunos que não atingirem a nota máxima no processo.

VII- CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:

Espera-se que o aluno:

Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais

e animais, e dos vírus;

Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo

de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autó-

trofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfologia, estrutural e molecu-

lar) dos seres vivos;

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos

(digestores, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,

excretor, sensorial e nervoso);

Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes

nos sistemas biológicos (histologia ).

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das es-

pécies;

Page 270: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

270 Reconheça a importância da estrutura genética para a manutenção da diversidade dos

seres vivos;

Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres

vivos;

Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações

existentes entre estes;

Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para a manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e deste com o meio

ambiente em que vivem;

Identifiquem algumas técnicas de manipulação de material genético e os resultados de-

correntes de sua aplicação/utilização;

Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas só-

cio-ambientais;

Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na

diversidade biológica;

Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos étnicos e bioéticos da pes-

quisa científica que envolvem a manipulação genética.

VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GASPARIN, J. L. - Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas: Autores

associados, 2002.

SAVIANI, D. - Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores

Associados, 1997.

SEED, GOVERNO DO PARANA. Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba. 2008.

Page 271: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

271

40.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA

I - IDENTIFICAÇÃO

DOCENTES RESPONSÁVEIS: ELOISA CRISTINA ROMANI FERNANDES

PRIMO DONIZETE MAIOLI

VERA LÚCIA DEGASPERE

Page 272: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

272

I – Apresentação da Disciplina

A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento e a

escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas

diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar

a importância ao intelecto e ao físico do homem detinha-se a função higienista. Com a

tentativa de buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com a ditadura militar, a

educação baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais, e como meta a

eficiência e produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.

Na sociedade hodierna a Educação Física Escolar, entendida como área de

conhecimento que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como

máxima proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,

contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar

as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,

cognitivas, sociais e econômicas.

Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser

reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas

aulas de Educação Física.

Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de valores

conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,

orientação sexual e relações de trabalho e consumo.

Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para

o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que ela ratifique-se e assuma-se

como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da

educação formal.

A Educação Física Escolar, nesse PPC tem a intenção que sua práxis busque a

formação de indivíduos dotados de capacidade crítica e que esse por sua vez ajam de forma

autônoma e crítica no mundo da cultura corporal de movimento e que sua vez possa

transformá-la conforme as necessidades e entendimentos políticos, histórico, sociais,

econômicos e filosóficos.

II - Conteúdos Estruturantes

Page 273: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

273

Os conteúdos estruturantes “são os conhecimentos de grande amplitude conceito e ou

práticas que identificam e organizam os campos de estudos”. DCE (2008)

ENSINO MÉDIO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: CONTEÚDOS BÁSICOS:Esporte Coletivos;

Individuais;

Radicais.Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

Jogos cooperativos.Dança Danças folclóricas;

Danças de salão;

Danças de rua.Ginástica Ginástica artística/olímpica;

Ginástica de condicionamento físico;

Ginástica geral.Lutas Lutas com aproximação;

Lutas que mantêm à distância;

Lutas com mediador mediador;

Capoeira.III. – Metodologia da disciplina

A disciplina de Educação Física busca, por meio dos conteúdos estruturantes: esporte,

jogos e brincadeiras, dança, ginástica e lutas, contribuir para que os educandos se tornem

sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente, sendo capaz de refletir criticamente sobre as práticas corporais.

Ao trabalhar os conteúdos propostos, pretende-se que analisar a possível relação entre

o Esporte de rendimento X qualidade de vida; a diversidade dos esportes no contexto social e

econômico.

Em relação a dança busca-se analisar e vivenciar atividades que representem a

diversidade e seus diferentes ritmos, bem como compreendê-la como mais uma possibilidade

de dramatização e expressão corporal.

Page 274: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

274Quanto aos jogos e brincadeiras, há a possibilidade de recorte histórico delimitando

tempo e espaço, possibilidade de fruição nos espaços e tempos de lazer.

Referente a ginástica é possível pesquisar a interferência da mesma no mundo do

trabalho (ex. laboral); estudar a relação entre ginástica X sedentarismo e qualidade de vida

Sobre as lutas, pode-se propor pesquisas, estudos e vivências históricas, filosóficas,

características das diferentes artes marciais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta

pela Indústria Cultural, além de estudo histórico sobre capoeira, a classificação e estilos da

diferença de classificação e estilos de capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e

ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda, etc.

Serão contemplados também, conteúdos

sócioeducacionais:

* Cidadania e Direitos Humanos ( Programa Bolsa Família, Educação Fiscal, Programa de Er-

radicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola).

* Educação Ambiental – Lei 9795/99

* Enfrentamento à violência ( Programa de Educação nas Universidades Socioeducativas –

PROEDUSE.

* Prevenção ao uso indevido de drogas.

Diversidades:

* Educação do Campo

*Gênero e Diversidade Sexual

* História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 10639/03.

* História e Cultura dos Povos Indígenas- Lei 11645/08.

Todos os elementos citados, de forma direta ou indireta estão pautados na

corporalidade, entendida como expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações

Page 275: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

275culturais, políticas, econômicas e sociais, possibilitando a comunicação e a interação do

sujeito com o outro, com seu meio natural e social. Dessa forma a educação escolar estará

cumprindo com sua função social, oportunizando a reelaboração de ideias que ampliem a

compreensão do educando sobre os valores produzidos pela humanidade e suas implicações

pela vida.

A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção

do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,

2002,p.53).

ESTRATÉGIAS DE ENSINO A SEREM DESENVOLVIDOS:

• propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido..

• expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens

centradas na motricidade.

• construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e

estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.

• adicionar a inclusão.

• superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”.

• demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo.

• Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama

• Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes

• Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi

proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já naturalizadas de

preconceitos, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.

• utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar conceitos

próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-los com clareza

Page 276: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

276e coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de educação física e

associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de análises próximas e

suas relações com o mundo globalizado.

• aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.

• Desenvolver atividades que construa junto aos alunos uma consciência ecológica

autônoma que saia do senso comum e seja rica em criticidade, buscando a

superação da visão positivista e neoliberal.

• Buscar a desconstrução do processo de naturalização das diferenças étnico-raciais,

de gênero ou de orientação sexual, utilizando para tal os aspectos que envolvem o

mundo do movimento humano.

• Refletir sobre a violência praticada pelos sujeitos sociais, dentro e fora da escola,

utilizando para tal, as situações que ocorrem no dia-a-dia escolar e principalmente

nas aulas de educação física.

• Desenvolver projetos que leve os alunos a construírem conhecimentos em relação

as consequências do uso de drogas, levando-os a perceber o prejuízo físico, social,

econômico e cultural.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas;

O desenvolvimento corporal e construção da saúde;

A relação do corpo com o mundo do trabalho;

O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida;

A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo esportivo;

A mídia e sua influência no esporte-espetacular.

VI – Critérios de Avaliação

O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser individual

ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que serão

registradas no livro de classe (PPP).

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para registrar o

processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e propor

Page 277: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

277outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas

manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes e danças.

A avaliação será contínua, permanente e cumulativa e terá como prioridade os

aspectos de participação, cooperação, responsabilidade, respeito para com o outro e

companheirismo.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E RECUPERAÇÃO DAS AVALIAÇÕES:

A recuperação será feita de forma paralela a avaliação. Sendo assim toda avaliação

será seguida, caso necessário de uma recuperação.

Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

A recuperação de estudo ocorrerá paralelamente ao processo de ensino aprendizado e

terá na sua intencionalidade, buscar que o aluno construa através de métodos diferenciados,

conhecimentos relacionados ao conteúdo proposto.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

• Trabalhos e pesquisas;

• Avaliação teórica;

• Avaliação prática nas atividades de desenvolvimento técnico e tático.

• Avaliação da participação nos atividades propostas, considerando os aspectos:

colaboração, respeito e companheirismo.

Os instrumentos de avaliações terão como máxima os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

VII – Referências Bibliográficas

BRACHT, Valter, A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos

CEDES, v.19 n.48. Campinas, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do

estado do Paraná. Curitiba- SEED, 1990.

Page 278: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

278PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar, julho 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

curriculares da Educação Física para o Ensino Médio. 2008.

Introdução às diretrizes curriculares. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde. (Org) Curitiba- Pr.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Marques de Caravelas - Ensino Fundamental e

Médio- Arapongas -Pr., 2006.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São

Paulo: Scipione, 1989.

GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO. Visão didática da Educação Física: análises

críticas e exemplos práticos de aulas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1991.

GUILHERMETI, Paulo. Considerações sobre o entendimento da crise da Educação Física

Escolar. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v.2, n.1, p. 14-5, 1991.

GHIRALDELLI JR., Paulo. Educação Física Progressista. São Paulo: Loyola, 1989.

HILDEBRANDT, Reiner & LAGING, Ralf. Concepções abertas no ensino da Educação

Física. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1986.

KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.

----. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.

LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. Revista da Associação

Nacional da Educação - ANDE. São Paulo, ano 3, n.6, 1983.

40.4 - FILOSOFIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA

I – IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: MARIA DAS DORES NACARI MARTINS

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Page 279: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

279A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos

escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo do

General Emilio Garrastazu Médici, a lei 5692/71 substitui essa disciplina por outras que

interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de cidadãos não

questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia oficial.

O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e

redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980, não conseguiu

reconduzir a disciplina de Filosofia a grade curricular de nível básico, apesar da compreensão

por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da democracia era necessária

uma reforma educacional.

Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A

Filosofia)”... é importante para a formação integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a

elaboração do pensamento abstrato, a filosofia ajuda a promover a passagem do mundo

infantil ao mundo adulto. Se a condição do amadurecimento esta na conquista da autonomia

no pensar e no agir, muitos adultos permanecem infantilizados quando não exercitam desde

cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo. (ARANHA,2002,pg 01).

A discussão sobre a constituição que a Filosofia podia dar a construção do Brasil do

século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque Zimmerman

propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade, proposta que

estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Aos

governantes parecia cômodo “silenciar a critica dos pensadores, a fim de garantir a obediência

passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves reapresentou o projeto, com

algumas alterações, ao Congresso Nacional, como medida paliativa. O CNE publicou em

2006 resoluções orientando as redes estaduais de educação a oferecer Filosofia no ensino

médio, enquanto a LDB, no art. n°36, determina que, no final do Ensino Médio, o estudante

deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...) necessários ao exercício da cidadania”, na

pratica, no entanto, a filosofia é tratada como tema transversal retirando-lhe o caráter de

disciplina.

Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca deveria ter

perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não conseguiu

garantir. A sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta de resgatar tais

valores e leis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como disciplina obrigatória

para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de junho de 2008 o presidente em exercício,

Page 280: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

280José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do parágrafo 1* do artigo 36 da

LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o aluno deveria demonstrar “domínio

dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao “exercício da cidadania”, agora se “lê” IV

– serão incluídas a Filosofia e a (...) como disciplinas obrigatórias em todas as séries do

ensino médio”. Conferindo obrigatoriedade legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em

caráter de parecer. Entendemos ser esta uma grande conquista para a educação brasileira que

precisa urgentemente se repensada para atender as lacunas que se verifica na formação

humana. A Filosofia contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a

atividade profissional futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da

reflexão filosófica para o alargamento da consciência critica, para o exercício da capacidade

humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive, além de

um posicionamento fundamentado diante dos novos problemas que o mundo tecnológico

apresenta. É Necessário dar à reflexão ética a mesma velocidade que as transformações

cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas da convivência e

tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e integra diversidades.

O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades deste

momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na formação

acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema educacional um

filosofar de qualidade. “Quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-la com uma

filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos

pela estagnação de todos os esforços. O caráter de uma civilização é enormemente

influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade.

O ensino de Filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando fundamentação

teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a leitura de mundo como

sujeito e agente de transformação.

III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Ética

Filosofia Política

Filosofia da Ciência (ou epistemologia)

Page 281: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

281 Estética (ou Filosofia da Arte)

Conteúdos Básicos:

O que é Filosofia

Importância do Estudo da Filosofia

A Mitologia e o aparecimento da Filosofia

Mitologia e Religião

Nascimento da Filosofia

Períodos históricos da Filosofia Ocidental

Filosofia Antiga

Filosofia no Período Medieval

Filosofia da Renascença

Filosofia Moderna

Filosofia Iluminista

Filosofia Contemporânea

Grandes Temas da Filosofia

Ontologia ou Metafísica

Lógica

Epistemologia ou Filosofia da Ciência

Teoria do Conhecimento

Ética

Filosofia Política

Filosofia da História

Filosofia da Arte ou Estética

Filosofia da Linguagem

Filosofia da Religião

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento

O conhecimento e os primeiros filósofos

O problema do conhecimento no período Moderno.

Racionalismo

Page 282: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

282Descartes

Empirismo

John Locke

David Hume

Kant e a teoria do conhecimento

A METAFÍSICA

Cosmogonia e metafísica

Nascimento do problema Metafísico

Pré-socráticos

Platão

Aristóteles

Metafísica no Mundo Cristão

Santo Agostinho

Santo Tomas de Aquino

Decadência do Problema Metafísico

Metafísica na filosofia contemporânea

LÓGICA

O nascimento da Lógica

Elementos da Lógica

A lógica simbólica

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Atitude cientifica

A ciência na História

O Ideal científico e a razão instrumental

FILOSOFIA DA ARTE OU ESTÉTICA

Arte entre os Gregos

Arte na Idade Média

Arte no Renascimento

Page 283: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

283 Arte no mundo contemporâneo

ÉTICA

Senso Moral e consciência moral

Ética e Violência

Moralidade no Período Clássico da Filosofia Grega

Moral Iluminista

A liberdade em Jean Sartre

Bioética

O PROBLEMA POLÍTICO

Política na Grécia Clássica

Sofistas

Platão

Aristóteles

O PROBLEMA POLITICO NA IDADE MODERNA

Tomás Hobbes (1588-1679)

Pensamento Político de John Locke

Nicolau Maquiavel

Jean Jaques Rosseau

IV- METODOLOGIA

Diante do desafio de resgatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino Médio

propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo tempo

domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão sobre os

problemas que perpassam sua própria existência. Pra tanto entendemos que se faz necessários

abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica, primeiro compreendendo os

temas em seu tempo para posteriormente contextualizá-lo; é necessário ir ao texto filosófico

ou a história da filosofia sem contudo tratar os conteúdos como a única preocupação do

ensino de filosofia.

Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a

utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, TV etc., garantir

Page 284: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

284o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do

pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da analise e

da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos. Entendemos que

o trabalho do Professor é o de propor problematizações, leituras filosóficas e analise de textos,

tomando o cuidado de não interferir na construção de autonomia de pensamento ao educando.

Ao educador é necessário compreender que ele não esta criando discípulos, mas sim livres

pensadores com capacidade argumentativa e domínio dos pressupostos metodológicos e

lógicos.

V- AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções

diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando fornece

subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem e também

classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita quantificar o

resultado obtido pelo educando.

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para tanto

não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças

quantitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é representada por

seminários, debates, painéis, entre outro, e conforme estabelecido no projeto político

pedagógico da escola corresponderá a um percentual de avaliação formal, avaliação escrita

bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa, seminários, debates, relatórios,

murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem estar claros ao educando no inicio

de cada período bimestral.

VI – BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2* Edição SP. Ed

Moderna, 1993.

CHAUÍ, M. 2000. Convite a Filosofia. São Paulo, Ática.

Page 285: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

285CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,

1999.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva 1996.

Diretrizes Curriculares de Filosofia, Secretária de Estado de Educação, versão 2009.

FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.

HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em discussão (I): Platão.

Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.

MODIM, Battista, Introdução a Filosofia, 2*Edição Edições Paulinas São Paulo. 1980.

40 5 - FÍSICA

DISCIPLINA: FÍSICA - ENSINO MÉDIO

I – IDENTIFICAÇÃO:

DOCENTES RESPONSÁVEIS: JORGE RÓBITE DE ALMEIDA

II – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Page 286: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

286

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso,

como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo

Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalta-se que os conhecimentos de

Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria

natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa

natureza. (DCE, 2009)

Desde a Antiguidade, a humanidade interessa-se por conhecer a natureza, desvendar

seus mistérios e utilizar seus recursos para suprir suas necessidades. Suas motivações iniciais

teria sido a curiosidade, o simples prazer de conhecer; o medo das doenças ou dos fenômenos

da natureza, a necessidade de obter alimentos e materiais para a construção de abrigos, o feitio

do vestuário, a preparação para a guerra etc... Hoje as pesquisas feitas no campo da física

estão situadas na fronteira do conhecimento e muitos dos novos equipamentos usados por nós

são a materialização destas pesquisas. Desde a constituição das partículas elementares ate a

própria formação do universo, do eletromagnetismo e a fissão nuclear, a física continua

ampliando suas áreas de pesquisa, passando pelo uso do raio x, do chip de computador e no

tratamento de doenças através da energia nuclear.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, o conhecimento da

Física tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. Entende-se que a

física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a cidadania e isso se faz

considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e

a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

III – Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje

compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.

Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo

que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas

“conteúdos estruturantes”. Os conteúdos estruturantes devem permear todas as séries.

Page 287: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

287A lei no 10.639/2003; a deliberação no 04/06 CEE e a instrução no 017/2006 SUED que

estabelece a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira”

MOVIMENTO: No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de

conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis de

conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia.

TERMODINÂMICA: No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a

partir das Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor

(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de energia,

sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs.

ELETROMAGNETISMO: Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga

elétrica, o que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas,

ao estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo leva à

ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo magnético, o que

leva às equações de Maxwell. O trabalho sobre o eletromagnetismo enseja, ainda, tratar

conteúdos relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da

eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em

nossas casas. Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à

tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas. Ao serem

abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas mudanças econômicas e

sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis para todos.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento - Momentum e inércia

- Conservação de quantidade de movimento

(momentum)

- Variação da quantidade de movimento = Impulso

- 2ª Lei de Newton

- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

- Energia e o Princípio da Conservação da energia

- GravitaçãoTermodinâmica Leis da Termodinâmica:

- Lei Zero da Termodinâmica:

- 1ª Lei da Termodinâmica

Page 288: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

288- 2ª Lei da Termodinâmica

Eletromagnetismo - Carga, corrente elétrica, campo e ondas

eletromagnéticas

- Força eletromagnética

- Equações de Maxwell: Lei de Gauss para

eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de

Gauss magnética, Lei de Faraday.

- A natureza da luz e suas propriedades

V – Metodologia da Disciplina

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico

historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não estão

totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os

diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.

Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas

com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem da sua vivencia

cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento

metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário

proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma

linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos físicos.

A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que

contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor

interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no

ambiente escolar. Além da experimentação, podemos citar como metodologias de ensino a

resolução de problemas; uso da história no ensino de Física; leituras científicas; modelos

científicos; as tecnologias no ensino de Física e a informática na educação.

Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas

relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente

devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.

Page 289: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

289As ações pedagógicas podem ser auxiliadas por recursos como leitura de textos

diversificados (jornais, revistas, livros didáticos, livro didático público, manuais de instalação,

tc) como elemento motivador para a aprendizagem da Física, contribuindo para a criação do

hábito da leitura; utilização de material áudio-visual; sites disponíveis na internet;

demonstrações experimentais que propiciem aos alunos uma reflexão sobre a teoria e a

prática, visando a construção e elaboração dos conceitos.

Serão desenvolvidos alguns temas que contemplem as relações étnico-raciais da

cultura afro-brasileira e africana.

VI – Avaliação

A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se, de forma que seja contínua

e sistemática. É importante não apenas diagnosticar o que o educando aprendeu sobre teorias,

fatos e conceitos, mas sobre tudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na

resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas situações, se ele é

capaz de analisar situações complexas, de chegar a soluções apropriadas, de criticar hipóteses

e teorias.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

− A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

− A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

− A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

− A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as

leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

Não podemos deixar de considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado menos

favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais do que outro que apresentou um

resultado melhor.

Alguns instrumentos de avaliação que serão utilizadas no decorrer do processo de

aprendizagem:

−Atividades desenvolvidas em sala de aula.

−Provas escritas, testes e simulados

Page 290: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

290−Relatórios

−Elaboração de painéis, cartazes e murais.

−Leitura e interpretação de textos, produção de textos

−Exercícios, pesquisas.

−Tarefas de casa

−Trabalhos

A recuperação de estudos ocorrerá bimestralmente e todos os alunos poderão fazê-la.

Antes da avaliação de recuperação o conteúdo será revisado em sala.

VII – Referências Bibliográficas

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT,

R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático

Público de Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física, 2008

GONÇALVES FILHO, Aurélio & TOSCANO, Carlos. Física. Volume Único. Ensino Médio.

Scipione. 2007.

40.6 - GEOGRAFIA

I – IDENTIFICAÇÃO:

DISCIPLINA: GEOGRAFIA

DOCENTE RESPONSÁVEL: DIVA MARA DA SILVA

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Page 291: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

291

Somente cidadãos conscientes da realidade que os cerca têm condições de atuar de

forma participativa na busca de mudanças. Mudanças que melhorem as condições

socioeconômicas e ambientais de grandes parcelas da população excluída dos benefícios que

o desenvolvimento tecnológico das últimas décadas tem proporcionado.

“Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é algo importante para a vida em

sociedade, em particular para o desempenho das funções de cidadão. Cada cidadão ao

conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, bem como as de

outros lugares, pode comparar, explicar, compreender e especializar as múltiplas relações que

diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram com a natureza na construção de seu

espaço geográfico.”

Para entendermos necessitamos de conhecimentos de geografia e também de todas as

outras disciplinas escolares e áreas do conhecimento cada vez mais articulado, mais

interdisciplinar.

É importante aprender a pesquisar, selecionar as informações necessárias, desenvolver

espírito de trabalho em equipe e estimular cada vez mais a criatividade. É isso que lhes

permitirá enfrentar como cidadãos um mundo em constante mudança.

A abordagem adotada, natureza e sociedade devem estar interligadas, proporcionando

condições para investigações e entendimento. Espera-se com este enfoque conscientizar o

aluno, que a natureza é transformada em produto através do trabalho humano e que seu

relacionamento com ela é que assegura sua própria existência. Dessa forma, o estudo da

Geografia promoverá a construção da cidadania que é também o sentimento de pertencer a

uma realidade onde as relações entre sociedade e natureza formam um todo integrado do qual

o aluno também faz parte e precisa agir de modo participativo, atuante, responsável e

comprometido com os valores humanísticos.

“Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,

estabelecendo-se entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a

rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto da verdade atemporal dado

a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para as críticas, às

contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade

contemporânea e propicie compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação

artística nos contextos em que elas se constituem”. (DCEs/PR.2006).

Page 292: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

292O objetivo do estudo de geografia é o planeta Terra, bem como, as alterações

provocadas por fatores naturais, e, principalmente pelo homem.

Estabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência dos

grupos, que através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica

dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o

movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que o ajudaram numa relação

maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio. Os Mesopotâmicos e Egípcios, por

exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios Tigre, Eufrates e Nilo respectivamente,

associado aos estudos de geometria, para demarcar áreas de cultivo já que as cheias desses

rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas agricultáveis.

As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também

necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo

Conhecido até a Antiguidade clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e

econômicas.

Dessa forma a apropriação dos conhecimentos geográficos é muito mais que um saber

escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,

pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente

social do Mundo no qual se insere. Paralelo aos conteúdos de Geografia, serão ofertados

também, os conteúdos de Geografia do Paraná.

III - OBJETIVOS GERAIS

1- Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas,

etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou

espacializados.

2- Desenvolver no educando a capacidade de observação do senso crítico e da participação,

através da contextualização dos conteúdos, elementos e fatos existentes em sua realidade,

identificando como a Geografia pode relacionar-se com as diferentes áreas do conhecimento.

3- Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográfica, como formas de

organizar e conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e

humanos.

4- Compreender o que é Geografia e a importância de seu estudo nas sociedades atuais, a fim

de adquirir uma visão global e diferenciada da superfície terrestre, com suas características e

Page 293: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

293problemas próprios, entendendo que o homem é um ser social e participa do processo de

organização do espaço.

5- Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre a preservação e degradação da

vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos

fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos, e políticos que

Incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

6- Desenvolver a capacidade de observação do espaço, visando compreender, descrever e

representar de forma organizada o mundo e m que vivemos.

7- Compreender os desníveis econômicos entre os povos de diferentes etnias, culturas e

regiões.

8- Desenvolver o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma postura crítica,

reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de hábitos e

atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e manutenção de seu

habitat.

10- Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais por ele produzidas

em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico é fruto do estudo e tecnologia de

cada época histórica.

11- Estabelecer ideias sobre a educação ambiental e desenvolvimento humano, social, político

e econômico.

12- Identificar as relações entre problemas ambientais e situação geopolítica.

13- Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda a

humanidade. Este, porém, é um assunto que deve ter um tratamento interdisciplinar, pois

ultrapassa o âmbito da geografia.

14- Compreender as mudanças que ocorreram e ocorrem no espaço geográfico no decorrer do

tempo histórico.

IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A disciplina de geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si

e com outras áreas de conhecimento, priorizar o desenvolvimento de conteúdos

cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes.

Page 294: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

294Os conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem

hierarquizados.

“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do

conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam e

articulam o que é próprio do conhecimento geográfico” (DCEs/PR).

Os mesmos são:

1. Dimensão econômica do espaço geográfico

Deve-se possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de produção

capitalista, para que ele reflita sobre as questões socioambientais, políticas, econômicas e

culturais, materializadas no espaço geográfico.

2. Dimensão política do espaço geográfico.

Possibilitar que o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das relações estabelecidas

entre os territórios institucionais e os territórios que a eles se sobrepõem como campos de

forças sociais e políticas.

3. Dimensão Cultural e demográfica do Espaço Geográfico.

Perceber a construção cultural singular e também a coletiva, que pode caracterizar se tanto

pela massificação da cultura quanto pelas manifestações culturais de resistência.

4. Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico

Compreender a gênese da dinâmica da natureza bem como as alterações nela causadas pelo

homem, abordar também as questões da pobreza, da fome, do preconceito, materializadas no

espaço geográfico.

V- CONTEÚDOS BÁSICOS - CONTEÚDOS POR SÉRIE - 1º ANO

1. Fronteiras naturais: a questão ambiental

2. Espaço geográfico, lugar e paisagem

3. A representação do espaço geográfico

4. A formação do espaço natural: placas tectônicas e estrutura geológica

5. A evolução geológica da Terra

Page 295: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

2956. A formação do espaço natural: dinâmica interna e externa

7. O espaço brasileiro: relevo e estrutura geológica.

8. A erosão a contaminação dos solos:

9. As fronteiras naturais do mundo:

10. As fronteiras naturais do Brasil:

11. Impactos ambientais em biomas brasileiros:

12. A atmosfera e a poluição do ar atmosférico

13. O espaço natural brasileiro: clima

14. Água: escassez e poluição

15. O espaço brasileiro: a hidrografia

16. Desenvolvimento sustentável: problema global

17. Fronteiras políticas: Estado-nação

18. Estado-Nação, território e fronteiras políticas

19. Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas

20. Fronteiras políticas: O Estado-nação

21. Terrorismo, religião e soberania

22. Oriente Médio: território e territorialidade

23. A formação do território brasileiro

24. O território brasileiro: posição geográfica e territorialidade

25. Organização político-administrativa e divisão regional do Brasil

CONTEÚDOS POR SÉRIE - 2º ANO

1. Fronteiras humanas: A população do Brasil e do mundo

2. Crescimento demográfico

3. Características da população mundial

4. A globalização da pobreza: desigualdades e novas migrações

5. Características da população brasileira

6. Brasil: migrações internas e internacionais

7. O processo de urbanização no mundo e no Brasil

8. Urbanização e crescimento urbano: metrópoles, megalópoles e megacidades

9. Fronteiras econômicas: As marcas das desigualdades

10. O capitalismo e a divisão internacional do trabalho (DIT)

11. O mundo bipolar: a guerra fria

Page 296: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

29612. A economia-mundo

13. O subdesenvolvimento

14. América Latina

15. África

16. As economias em transição e os últimos socialistas

17. China: potência de século XXI?

18. Austrália e Nova Zelândia

19. Estados Unidos, a superpotência mundial.

CONTEÚDO POR SÉRIE - 3º ANO

1. Fronteiras tecnológicas: progresso e exclusão

2. A evolução da atividade industrial no mundo

3. A indústria nos países desenvolvidos: Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Canadá e

Japão

4. Países subdesenvolvidos industrializados

5. Brasil, país subdesenvolvido industrializado

6. A indústria no Brasil

7. Uso da energia no mundo

8. O problema energético no Brasil

9. Os recursos minerais do Brasil e do mundo

10. A agricultura, a pecuária e os sistemas agrários.

11. A agricultura e a pecuária no Brasil: estruturas fundiárias

12. Fronteiras supranacionais: um novo poder

13. Os organismos internacionais e as transnacionais

14. O comércio multilateral e os blocos regionais

15. O comércio exterior brasileiro

16. Europa: o continente dos blocos econômicos

17. A CEI e a herança da URSS

18. Outros blocos econômicos

19. Os transportes e as telecomunicações

20. Transportes e telecomunicações no Brasil

Page 297: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

297VI - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo da Geografia tem como meta oferecer ao aluno os estímulos para que eles

desenvolvam sua capacidade de análise crítica sobre a realidade que o cerca. Para isso é

necessário que a Geografia forneça ferramentas, que são conceitos e definições sobre os

fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. É preciso que o aluno aprenda a manipulá-la

na observação do problema e a habilidade específica na sua resolução. Nesta perspectiva, ele

poderá compreender as relações entre as diferentes sociedades humanas, os diversos grupos

no interior de cada uma dessas sociedades e principalmente as relações entre cada um desses

grupos e o meio ambiente. Para isso, o aluno deverá inteirar-se sobre as regiões do mundo, do

Brasil e do estado do Paraná, através de estudos de textos, confecções e leituras de mapas,

exposições de temas, relatórios de filmes, estudo de caso, pesquisas individuais e/ou em

grupos, resoluções de exercícios apreensão de conceitos, debates, elaboração de sínteses e

interpretação de gráficos e tabelas, exposições orais, etc.

A geografia é uma ciência que se ocupa da análise da formação das diversas

configurações espaciais, distinguindo-se das demais ciências na medida em que se preocupa

com a localização de processos espaciais.

Realiza, portanto o estudo da sociedade pela organização espacial.

Todo conteúdo, ao ser trabalhado, deve levar em conta sua conexão, ligação com os

outros fatos, fenômenos e conteúdos que lhe dizem respeito.

Deve-se trabalhar, na medida do possível, a sociedade, a economia, a política, a

natureza de forma articulada, considerando, que cada conceito geográfico se constitui em

diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e

econômicas.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento

geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um

planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação. (CAVALCANTI,

1998).

O conteúdo ao ser trabalhado deverá proporcionar a elaboração dos conceitos básicos

da disciplina por parte do aluno, mas considerando que esse é um processo que não se encerra

a cada final de bimestre e a cada final de conteúdo.

Page 298: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

298É importante o aluno perceber que as informações sobre o mundo podem ser

registradas por meio de diferentes linguagens, e que um mesmo assunto pode ser tratado sob

diferentes pontos de vista.

As atividades serão realizadas de modo que permitam a compreensão da integração

existente entre o mundo físico e o social, coordenado, para que os educandos consolidem seus

conhecimentos.

A metodologia utilizada pretende contemplar a legislação vigente e assim oportunizar

a implementação da Lei nº 11.645/08-História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639-

História e Cultura Brasileiras e Africanas e Lei 9795/99- Política Nacional de Educação

Ambiental; Cidadania e Direitos humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na

Escola; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, acompanhando e fortalecendo as ações de

inclusão dos Desafios Educacionais Contemporâneos nas escolas da rede pública estadual.

VII - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno uma

classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mas sim tem o intuito da

formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadoras para retomada da

prática pedagógica adotada pelo docente.

A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação cabe ao professor

uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da sala de aula.

A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a participação do aluno

em sala de aula e o interesse nas atividades propostas pelo professor.

Conceber e utilizar a avaliação em geografia, como instrumento de aprendizagem que

permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

Através da avaliação o professor pode acompanhar as manifestações de aprendizagem

de seus alunos, examinar a validade de sua prática pedagógica e, ainda, a sua atuação docente

a fim de respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo heterogêneo de alunos

apresenta. O professor pode se valer de vários instrumentos de avaliação para acompanhar a

aprendizagem dos alunos e o seu trabalho pedagógico para que ambos percebam seu grau de

envolvimento no processo ensino aprendizagem e o acompanhamento de sua dinâmica. .

Page 299: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

299O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, os

conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-

natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global.

A avaliação é um processo contínuo e sistemático que visa verificar em que medida os

objetivos pedagógicos estão sendo atingidos e deve ser vista não como um fim, mas como um

meio de o professor identificar os avanços e as dificuldades do seu trabalho e reorientar sua

prática pedagógica em processo diagnóstico e contínuo.

Em consonância com Luckesi, acreditamos que a avaliação da aprendizagem deve ser

um “ato amoroso”, tendo dois objetivos principais: contribuir para o desenvolvimento pessoal

do educando, a partir do processo de ensino – aprendizagem, e responder pelo seu mandato

social de educar as novas gerações.

Pode-se considerar a participação do aluno no trabalho didático, seu desenvolvimento

em debates, discussões em sala de aula, sua habilidade no uso de novas tecnologias,

frequência, pontualidade, higiene, apresentação de registros e sua capacidade de apreensão de

informações. Toda avaliação deve ser registrada também através de testes objetivos e

subjetivos, pesquisas, relatórios, empenho e criatividade. O professor deverá também verificar

de forma reflexiva todo o seu trabalho pedagógico se houve ou não assimilação e

compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado. Neste processo também é preciso

levar em conta os estudos de texto, confecção e leitura de mapas, exposição de temas,

relatórios, estudos de casos, pesquisa em livros e revistas, resolução de exercícios, elaboração

de sínteses, elaboração e interpretação de gráfico e tabelas, provas escritas e orais.

A avaliação deve ser encarada como uma das etapas do processo ensino-

aprendizagem.

A aprendizagem entendida dessa forma é dinâmica e se dá entre essas três categorias:

o sujeito, a realidade e os outros. Ao se considerar a avaliação como uma etapa do processo de

ensino-aprendizagem, destaca-se o conhecimento e a formação do aluno, assim como os do

professor, que estará preparado para reformular seus projetos educativos. Esta é a avaliação

formativa. O sujeito deixa de ser somente o indivíduo aluno. Acresce-se a ele o grupo de

alunos, e o professor,

A avaliação, entendida assim, inicia-se com a investigação do conhecimento prévio de

cada aluno, suas experiências vividas, a próxima etapa será elaborar desafios maiores,

propondo atividades que necessitem de trocas mais significativas entre o professor, o aluno e

o grupo-classe.

Page 300: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

300A avaliação formativa é permanente e continuada, devendo abordar conteúdos

conceituais, procedimentais e atitudinais para que os alunos consigam atingir uma gama maior

de habilidades e competências, segundo suas reais possibilidades. Na avaliação dos conteúdos

conceituais através de provas escritas os conceitos devem ser utilizados como elementos que

apontem soluções para problematizações ou conflitos propostos.

Os conteúdos procedimentais representam a incorporação, pelos alunos, dos

procedimentos utilizados pela geografia tais como: observação, descrição, comparação, leitura

e compreensão de textos e de diferentes tipos de imagem: mapas, gráficos, tabelas, e outras

fontes, relações, análises e sínteses, que auxiliam a interpretação da realidade vivida. Para a

avaliação dos conteúdos atitudinais o professor deverá observar o comportamento de cada um

dos alunos e estimular a solidariedade, o respeito, o cumprimento de compromissos, o repúdio

à discriminação racial e cultural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de – Geografia geral e do Brasil – Volume único,

Editora Ática, 1ª Edição, São Paulo, 2008.

GUIMARÃES, Raul Borges – Construindo a Geografia – Diretrizes curriculares de Geografia

para o ensino fundamental – Versão 2008.

Diretrizes curriculares da educação do campo do Estado do Paraná.

Diretrizes curriculares para a educação das relações étnica – raciais

Diretrizes curriculares da educação inclusiva.

Diretrizes curriculares da educação do campo do Estado do Paraná.

Lei nº 10.609 de 09 de janeiro de 2003.

40.7 - HISTÓRIA

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

DOCENTE RESPONSÁVEL: ALLAN MARQUES DO ROSÁRIO

Page 301: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

301II- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar uma

genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular nitidamente

eurocêntricas, partindo da Antiguidade clássica como berço do cristianismo, da formação das

nações européias: desde as primeiras monarquias à história política e biográfica moderna e

contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil.

Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu a se voltar

mais para o estudo da história política européia e brasileira, desconsiderando os movimentos

de resistência popular. Refletindo assim a política da República das Oligarquias, na qual a

questão social foi tratada como caso de polícia.

Já nas décadas de 1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado

varguista em todos os setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia

racial” expressa principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta

tese, proposta por alguns intérpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na

constituição sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de

preconceitos raciais e étnicos.

No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960), com o fim da

ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de debates quanto as

suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale lembrar que foi também

um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40, de se pensar

o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos ciclos

econômicos.

Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas,

Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos históricos da

economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e mecânica a análise dos

ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a história factual, linear e

política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas ficaram

gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década de 1960.

Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço, mesmo

tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o contexto era de

grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das ligas camponesas, do

Page 302: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

302movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno das reformas sociais

propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda continuava tradicional, factual e

linear.

Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de 1964, houve

uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura. Neste momento, o

povo foi retirado da cena política brasileira, e o ensino de história, que tímida e pontualmente,

procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar da ordem, do

civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueista da guerra fria. Em decorrência

disto várias reformas educacionais foram implementadas com um caráter tecnicista, em

conformidade com a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho da década de 60 e

70 enquanto economia primário-exportadora. Nesse sentido, a partir da década de 1970, o

ensino de história e de geografia foi preterido em nome da implementação da generalidade

dos Estudos Sociais, bem como de uma formação profissional superficial, que acabou

causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O ensino de Estudos Sociais e de Educação

Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via círculos concêntricos (do local para o

universal), a história patriótica, tradicional, excluindo o aprofundamento dos conflitos de

classes sociais, ao longo da História Geral e do Brasil, principalmente mais recente.

A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o início do

processo de redemocratização da sociedade brasileira, o ensino de Estudos Sociais, que já era

radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia, quanto pela sociedade

organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de História.

Agora, procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da

sala de aula.

Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990 crescem os debates

em torno das reformas democráticas na área educacional, que acabam estimulando propostas

de revisões no ensino de História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e

positivistas do tradicionalismo na área. Essa discussão entre a academia de História e o ensino

foi resultado da restauração das liberdades individuais e coletivas no país, levando à produção

diferenciada tanto de materiais didáticos, paradidáticos e principalmente de novas propostas

curriculares na área. Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e

particularmente de História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na

pedagogia histórico-crítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a

partir da sua interpretação do materialismo histórico e dialético.

Page 303: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

303Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio apontava para a

organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental

e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada. A disposição mantinha, contudo, a

linearidade e a cronologia através de um recorte histórico voltado ao aluno (a) que na sua

grande maioria, entendia-se, já estava incorporado ao mundo do trabalho. Objetivando o aluno

(a) compreender a formação social do capitalismo ocidental e intervir na sua realidade, enfim

tornando-se um sujeito histórico.

Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM),

especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e

paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram o mérito de

incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História e, mais

especificamente à Nova História Cultural. Valorizou, assim, problemáticas referentes ao

cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e

individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e

habilidades da Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição, pois apontam

para que a disciplina seja somente um instrumento de uma interdisciplinaridade sem uma

história nem referenciais teóricos definidos, causando o esvaziamento de seus conceitos e

conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão desarticulados entre si fazendo com que

o ensino de História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu caráter de produção do

conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e professores [as]).

A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da superação em

relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o conhecimento histórico é

selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos (acontecimentos,

comportamentos, apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir da utilização rigorosa

de conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam compreender os

espaços de atuação social destes agentes históricos. Entenda-se que este rigor deve estimular a

criação de novas significações ou sentidos no universo da disciplina de História através da

produção de narrativas históricas.

A partir da definição teórico-metodológica que norteou o ensino da História no

Paraná, iniciou-se o processo de elaboração das diretrizes curriculares, processo esse que teve

a participação de todos os professores do Estado. Através de cursos, capacitação e formação

continuada e discussão entre todos os profissionais da educação tivemos uma contribuição

democrática nessa construção.

Page 304: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

304Destina-se ainda, a inclusão nas diretrizes curriculares a Lei 106397/03, trazendo a

valorização da Cultura afro-brasileira, contemplando a diversidade cultural. O novo

documento também apresenta a obrigatoriedade do ensino de História do Paraná,

regulamentado pela Lei 13381/01.

Paralelo aos conteúdos de História, serão trabalhados também, História do Paraná.

III – OBJETIVO GERAL

O objetivo de ensino de História no Ensino Médio é facilitar aos alunos a compreender

e a apreender as formas de produção desses conhecimentos através da abordagem dos

conteúdos estruturantes dessa disciplina. Partindo do princípio de que a História é um

conhecimento construído socialmente, que tem como objeto de estudo os processos históricos

construídos pelas ações e pelas suas relações humanas no trabalho, na sua dimensão de poder

e culturas praticadas no tempo. Através de um método científico que possibilite a construção

de uma narrativa histórica bem como, sua problematização, interpretação, investigação e

questionamento dos acontecimentos que cercam a sua realidade e em diferentes

temporalidades, para que os alunos possam perceber-se como sujeitos históricos que estão

inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho e dessa forma combater

preconceitos.

IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações de Trabalho (Este conteúdo permite aprofundar a compreensão das relações

no mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se

constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-

classes).

• Relações de Poder (Este conteúdo estruturante permite ao aluno aprofundar a

compreensão sobre como as relações de poder encontram-se em todos os espaços

sociais, e também permite identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos

que a constituíram).

Page 305: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

305• Relações culturais (Este conteúdo estruturante permite ao aluno reconhecer a si e aos

outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de

cada sociedade e as relações entre elas. E, ainda, entender como se constituíram as

experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e

mudanças nas diversas tradições e costumes sócias)

HISTÓRIA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Tema 1

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Tema 2

Urbanização e industrialização

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

histórica.

Page 306: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

306• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

históricas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Tema 3

O Estado e as relações de poder

Tema 4

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA:

• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

Page 307: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

307• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

históricas.

• Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

• deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

• os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

• os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

• o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

históricas.

AVALIAÇÃO:

A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da

abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas

e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos; os

Estados na antiguidade clássica; o poder descentralizado e a Igreja Católica na sociedade

medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles europeias, as relações de poder

sobre as colônias na expansão do capitalismo; o Iluminismo e os processos de independência

da América Colonial; o Paraná no contexto da sua emancipação; o Estado e as doutrinas

sociais (anarquismo, socialismo, positivismo); o nacionalismo nos Estados ocidentais; o

populismo e as ditaduras na América Latina; o Estado e as relações de poder na segunda

metade do século XX; o Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado

ideologia e cultura; a independência das colônias africanas e asiáticas.

Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos

avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

Page 308: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

308No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,

inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes

naturezas.

A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da

abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas

e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de dominação e

resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: (mulheres, crianças, estrangeiros e

escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma; relações de

dominação e resistência na sociedade medieval: (camponeses, artesãos, mulheres, hereges e

doentes); as relações de resistência na sociedade ocidental moderna; as revoltas indígenas,

africanas na América portuguesa; os quilombos e comunidades quilombolas no território

brasileiro; as revoltas sociais na América portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no

século XVII e XIX; [...]

Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos

avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,

inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes

naturezas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

Tema 5

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Tema 6

Cultura e religiosidade

Page 309: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

309

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA:

* Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

*deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

*os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

*os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

*o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

históricas.

*Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como temas

históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

* deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da América Latina,

África e Ásia;

*os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

* os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

* o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas

históricas.

AVALIAÇÃO:

* A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da

abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas

e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

Page 310: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

310* Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções democrática-liberais no

Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no século XX; As revoluções

socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos de resistência no contexto das

ditaduras da América Latina; os Estados africanos e as guerras étnicas; a luta pela terra e a

organização de movimentos pela conquista do direito a terra na América Latina; a mulher e

suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas

* Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

* No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive

os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

* A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes, além da

abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas

e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.

* Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e imaginários dos

povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a arte greco-romanos e a

formação das grandes religiões( hinduísmo, budismo, confuncionismo, judaísmo,

cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo

para o capitalismo; o modernismo brasileiro; representação dos movimentos sociais, políticos

e culturais por meio da arte brasileira; as etnias indígenas e africanas e suas manifestações

artísticas, culturais e religiosas; as festas populares no Brasil : congadas, cavalhadas,

fandango, folia de reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo e outras;

* Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos

capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.

* No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive

os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Partindo do princípio de que a concepção histórica não se apresenta pronta e

definitiva, mas é resultado de debates entre várias vertentes teóricas que serão as referências

para a construção do pensamento histórico. Tratar o conhecimento histórico como resultado

Page 311: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

311do processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de reflexão e

superação de uma visão unilateral dos fatos históricos que se tornam mais abrangentes.

A metodologia do Ensino Médio a ser utilizada no ensino da História, tem a finalidade

de fazer o educando sentir-se o agente transformador da própria história.

Objeto de estudo da disciplina esta vinculado aos processos históricos relativos às

ações e relações humanas praticadas mo tempo, o método baseia-se na explicação e

interpretação dos fatos do passado, sendo a problematização constituída a partir de

documentos históricos e da experiência do historiador com vistas à produção de uma narrativa

histórica. A disciplina tem por finalidade a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos

sujeitos por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento ( consciência

histórica)

Este trabalho norteia-se pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas

como Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referencias teóricos das

Diretrizes Curriculares de História. As correntes historiográficas apontadas permitem que o

princípio defendido por este documento seja colocada em prática, pois as mesmas fazem uma

critica aos modelos de ¨verdades¨, de explicações globalizantes e deterministas. Entendem de

forma dialética o processo e o conhecimento histórico, buscando uma explicação da História

que leve em conta a diversidade,, a polissemia, a totalidade, e excluem a verdade como algo

pronto e definido.

Considerou-se a importância das discussões dessa produção historiográfica e suas

contribuições para o ensino de história na Escola.

Contribuições:

O estudo da História Cultural;

A análise das experiências dos sujeitos e dos sentidos que o mesmo dá a elas;

A sua síntese apresenta a ideia de consciência histórica (construção do sentido da

experiência histórica)

Supera modelos pré-estabelecidos de evolução/etapismo do processo histórico;

A utilização de um conceito amplo de documento histórico; o resgate da história dos

diferentes sujeitos, possibilitando a história vista de baixo¨

A articulação entre a macro e a micro-história;

VI - AVALIAÇÃO:

Page 312: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

312

A avaliação da aprendizagem está associada ao Projeto Político Pedagógico da escola,

no entanto, entende-se como coerente, dentro desta concepção de Diretriz Curricular, que a

avaliação seja colocada a serviço da aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não

constituí-la como um elemento externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de

caráter classificatório, autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas,

em que a mesma venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade,

que se quer superar.

É importante lembrar que o aprendizado e a avaliação são entendidos aqui como um

fenômeno compartilhado entre professores e alunos, de modo contínuo, processual e

diversificado, em que o trabalho de ambos (professor e aluno) possa ser constantemente

ressignificados. Tal forma de avaliar permite o trabalho em grupo, enfatiza a responsabilidade

social e a solidariedade, a experiência de aprendizado entre os educandos e a dinâmica da

democracia participativa.

A avaliação do ensino de História considera três aspectos importantes: a apropriação

de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos

específicos. Esses aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. Para tanto,

o professor deve utilizar diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisa

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre

outras.

VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e

metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de

François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar, 2002

BOBBIO, Norberto, MATTEUCCI, Nicola, PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de

política. São Paulo: Imprensa Oficial, 2000.

Page 313: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

313BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1996.

BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da história. Campinas:

Campus, 1997.

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas. São Paulo: Companhia das Letras,

2001.

CERRI, Luis Fernando (org.). O ensino de história e a ditadura militar. Curitiba: Aos

Quatro Ventos, 2003.

CHARTIER, Roger. Leituras e leitores na frança do Antigo Regime. São Paulo: UNESP,

2004.

CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, 1995.

DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos. São Paulo: Graal, 1986.

DAVIS, Natalie Zemon. Culturas do povo: sociedade e cultura no início da França moderna.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

DOSSE, François. A História à prova do tempo: da História em migalhas ao resgate do

sentido. São Paulo: Unesp, 2001.

DUBY, Georges. O domingo de Bouvines: 27 de julho de 1214. . Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1993.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes. V. 1. São Paulo: Zahar,

1993a.

_____. O processo civilizador: formação do Estado e da civilização. V. 2. São Paulo: Zahar,

1993b.

FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. São

Paulo: Martins Fontes, 1989.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte: Autêntica,

2003.

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e epistemológicas do

conhecimento escolar. Porto Alegre: Artmed, 1993.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 1996.

_____. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004a.

_____. A microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2004b.

_____. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004c.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Page 314: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

314GRAMSCI, Antônio. Escritos Políticos, v. I e II. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2004.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

HARTOG, François. Os antigos, o passado e o presente. Brasília: Unb, 2003.

HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: ideias radicais durante a Revolução Inglesa

de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

HOBSBAWN, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000a.

_____. Mundos do trabalho: novos estudos sobre a história operária. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 2000b.

HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 2002.

CADERNOS TEMÁTICOS-LEI Nº 10.639/03-A inserção dos conteúdos de História e

cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares.

40.8 - LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

I – IDENTIFICAÇÃO:

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

Page 315: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

315

DOCENTES RESPONSÁVEIS: FRANCISMARA APARECIDA FARIA PIRES

WILIAN APARECIDO DA CRUZ

II - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito

organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa

disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino

da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja

pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção da

proposta.

A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em

outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de

comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e

com os outros.

Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante

os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a

linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem garante sua

própria existência e significação.

Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos

histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de

uma língua significa também apreender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da

cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o

sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz, na

atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da

predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade

Page 316: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

316de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes

visões de mundo.

A concepção sociointeracionista da linguagem contrapõe-se às visões conservadoras

da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem interferência de elementos

sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em sua produção linguística, que

realiza um trabalho que é resultado da exploração, consciente ou não, dos recursos formais e

expressivos que a língua coloca à disposição do falante. Além disso, também considera a

presença do outro, ou seja, percebe que a linguagem não é um ato individual, o outro se

inscreve tanto no ato de recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua

emissão/codificação, pois no momento em que a mensagem está sendo construída pelo

emissor, o outro é condição necessária para a existência do texto. À medida que o produtor

imagina leituras não-desejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar

em sua produção.

O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como um

sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu

trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a linguagem

se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações que encontra em

seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as produções, há um

levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com discussões que possibilitem

argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em decorrência desse trabalho, aparece

nos textos a heterogeneidade de vozes, que não reproduzem simplesmente a palavra dita pela

escola ou as palavras alheias, mas a palavra do próprio aluno.

Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como

sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca

reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do

aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos

mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de sentido

proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um processo, como um

trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos sociais.

II - OBJETIVOS

Page 317: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

317 Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,

conhecimento e informação.

Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.

Melhorar as condições de expressão oral e escrita.

Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas

especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.

Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.

Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções

gramaticais.

III – CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM

TRABALHADOS NO ENSINO

MÉDIO

PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA,

ORALIDADE. - ANÁLISE LINGUÍSTICA

Page 318: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

318

Contos

Crônicas

Contos de fada contemporâneos

Textos dramáticos

Narrativas em Geral

Romance

Sinopses de Filmes

Charge

Cartum

Tiras

Novela Fantástica

Poemas

Fábulas

Textos argumentativos

Diários

Testemunhos

Biografia

Artigos de opinião

Carta de leitor

Carta ao leitor

Reportagem/Notícia

Manchete

Editorial

Letras de Música

Paródia

Propaganda/Slogan

Carta de emprego

Carta de reclamação

Carta de solicitação

Curriculum Vitae

Resumo

Resenha

− Conteúdo temático

− Papel do locutor e interlocutor;

− Intencionalidade do texto;

− Finalidade do texto;

− Informatividade;

− Referência textual;

− Argumentos do texto;

− Conteúdo de produção;

− Intertextualidade;

− Discurso ideológico no texto;

− Vozes sociais presentes no texto;

− Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, expressões facial, corporal e gestual,

entre outros;

− Discurso direto e indireto;

− Elementos composicionais do gênero;

− Contexto de produção do texto literário

− Progressão referencial;

− Léxico;

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Variações linguísticas (lexicais, semânticas,

prosódias entre outras)

− Relação de causa e consequência entre as

partes e elementos do texto;

− Partículas conectivas do texto;

− Progressão referencial do texto;

− Divisão do texto em parágrafo;

− Processo de formação de palavras;

− Acentuação gráfica/ortografia;

− Concordância verbal/nominal;

− Sintaxe de regência;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

Page 319: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

319 Relatório Científico

Debate regrado

Diálogo/discussão argumentativa

Júri simulado

Telejornal

Teatro

Blog

Chat

Fotoblog

E-mail

Vídeo Clip

repetição, recursos semânticos, função das

classes gramaticais no texto, conectores,

pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de linguagem.;

− Semântica

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia

− Adequação da fala ao contexto (uso de gírias,

repetições, conectivos, etc.);

− Diferenças e semelhanças entre o discurso

oral e escrito;

− Vícios de linguagem;

− Elementos semânticos.

Observação: Os gêneros textuais servirão como ponto de partida para o trabalho com a

Literatura.

- Utilização das novas tecnologias de informação e de comunicação: televisão, rádio,

informática, as formas de uso dessas tecnologias e as relações existentes entre elas e o

homem.

- Inclusão do tema: CULTURA AFRO-BRASILEIRA nas aulas de Língua Portuguesa,

trabalhando-se com diversos tipos de textos, filmes e músicas que abordem esse tema.

Proposição de debates sobre os textos lidos, produção de textos sobre temas como: o racismo

no Brasil, cotas nas universidades para afrodescendentes, mercado de trabalho, etc.

Discussões, pesquisas e outras atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a

sua família em diferentes contextos sociais e profissionais, o espaço dos afrodescendentes e

de sua cultura nos meios de comunicação em massa, interpretação de letras de músicas

relacionadas à questão racial, acesso aos gêneros musicais do samba e rap, produção de

poemas referentes ao povo afro descendente e sua cultura.

- No âmbito da educação do campo, o objetivo é de que o estudo tenha a investigação corno

ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que

possa valorizar as singularidades regionais e localizar as características nacionais, tanto em

Page 320: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

320termos da identidade social e política dos povos do campo, quanto em termos da valorização

da cultura construída nos diferentes lugares do país. É uma educação que deve ser no e do

campo - No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”. Do, pois “o

povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,

vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais.” (CALDART, 2002, p. 26).

- Com relação à temática do Gênero e da Diversidade na Escola, temos como desafio

provocar as/os diferentes sujeitos da comunidade escolar a perceber, questionar e interpretar,

por meio de conhecimentos específicos, as relações de preconceito existentes no seu interior e

na sociedade e construir coletivamente encaminhamentos metodológicos para essas questões

na escola, por meio de ações de enfrentamento a esse preconceito e à discriminação por

identidade de gênero e orientação sexual. Os conhecimentos de relações de gênero,

sexualidade e relações étnico-raciais incluídos no currículo da escola são fundamentais. São

conhecimentos que contribuem para a promoção da igualdade de condições de acesso e

permanência dos diferentes sujeitos na medida em que promovem o respeito à diversidade

cultural. O trabalho com esses conhecimentos no cotidiano da sala de aula instrumentaliza a

reflexão e desnaturaliza a exclusão social. Reconhecer a sociedade, suas relações e a

historicidade das mesmas é um passo importante na busca de um posicionamento crítico e

transformador diante da realidade.

IV – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,

baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar

atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.

Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos estruturantes e

encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e significativa para o aluno,

considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas coisas podem acontecer.

A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística sendo

necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros textuais,

aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse, utilizando assim

estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à interdisciplinaridade e

à contextualização.

Page 321: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

321O trabalho com a Literatura no Ensino Médio segue os pressupostos teóricos apresentados

no Método Recepcional, elaborado pelas professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira

Aguiar, o qual é sugerido pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do

Paraná como encaminhamento metodológico.

O método recepcional está alicerçado na Estética da Recepção, que valoriza o papel do

leitor como parte do processo de produção da obra, isto é, o leitor passa a ser encarado como

co-autor, uma vez que vem dele a possibilidade real de interpretação e de constituição do

significado dos mais diversos textos. O autor fornece índices para que o leitor possa

desenvolver bem o seu papel, mas não apresenta nenhuma resposta pronta. É por meio da

experiência do leitor, estimulada pelo próprio texto, que o efeito da obra se fará sentir no

leitor, dando-lhe condições de atribuir sentido ao que lê; daí a leitura apresentar-se como uma

relação dialógica. Desse modo, fundem-se os horizontes trazidos pela obra e os horizontes

trazidos pelo leitor, efetivando-se, assim, a concretização da obra ou dos sentidos dela, já que

o sentido do texto é construído pela consciência imaginativa do leitor que é quem pode

atualizá-lo; todavia, não se pode pensar que o leitor é livre para imaginar qualquer coisa.

Para a Estética da Recepção, a atividade de leitura é aquela que insistentemente desafia a

compreensão do leitor, por fundar seus pressupostos no alargamento do seu horizonte de

expectativa, ou seja, levar o leitor a uma nova consciência crítica de seus códigos e

expectativas habituais. Por então consolidar suas bases no leitor, a Estética da Recepção deixa

ainda um legado muito significativo: faz cair por terra a ideia de uma única leitura possível.

Se há diferentes leitores, há, portanto, diferentes leituras para um mesmo texto, e cada leitura,

por consequência, torna-se objeto para outras leituras.

Como método de abordagem do texto literário, a estética da recepção exige que por um

lado o professor esteja preparado para selecionar textos referentes à realidade do aluno e, ao

mesmo tempo, romper com ela; e, por outro, aponta para a importância do desenvolvimento

da capacidade de refletir sobre a literatura e seus fatores estruturais. Tendo em vista que a

Estética da Recepção tem o leitor como elemento atuante no processo de leitura, o método

recepcional de ensino firma-se na atitude participativa do aluno em contato com os mais

diferentes textos.

Partindo do horizonte de expectativa do grupo, em termos de interesses literários, o

professor oferece, num segundo momento, leituras que propiciem o questionamento desse

horizonte, incitando-o assim a refletir e instaurando a mudança através de um processo

contínuo. Nesse sentido, o método recepcional de ensino da literatura enfatiza a comparação

Page 322: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

322entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço.

Os critérios de avaliação a serem empregados pelo professor abrangem a dinâmica do

processo e cada leitura do aluno, que deve evidenciar a capacidade de comparar e contrastar

todas as atividades realizadas, questionando a sua atuação e a do grupo. A resposta final deve

ser uma leitura mais exigente que a inicial, em termos estéticos e ideológicos.

V – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar

ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do rendimento

dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua, porque deve

ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem, como finalidade,

detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa; dialógica,

porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.

Os procedimentos relacionados a seguir podem ser usados para efetivar o processo de

avaliação.

Auto-avaliação: os alunos, no final de cada unidade ou de cada atividade, podem registrar

seu desempenho nos trabalhos realizados, suas dificuldades e progressos em atividades

consideradas importantes. Assim, aos poucos, pretende-se que o próprio aluno tome

consciência do que sabe, do que deve aprender, do que precisa fazer para aprender,

controlando, dessa forma, sua própria aprendizagem. Essas auto-avaliações constituem, por

outro lado, instrumento diagnóstico de grande valor pedagógico para o professor.

Avaliação longitudinal: o professor pode, no final de um determinado período, comparar os

textos (ou diferentes versões de um mesmo texto) produzidos por um mesmo aluno e verificar

os avanços e problemas que apresentam. Assim, o professor, se for o caso, poderá reorganizar

suas estratégias de abordagem ou procedimentos em relação a determinados conteúdos.

Avaliação tradicional: a avaliação tradicional, a “prova” individual, deve ser considerada

como apenas mais um dentre os vários instrumentos de diagnóstico. Mais do que atribuir

notas, é importante que tal avaliação permita, ao aluno, ser informado qualitativamente sobre

o que precisa aprender. Anotações e comentários do professor devem oferecer indicações

claras que possibilitem progressos efetivos.

Page 323: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

323Avaliação formativa: considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a

intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e o aluno acerca do ponto

em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar caminhos para que todos os

alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa perspectiva, pode ser realizada

levando em consideração os seguintes aspectos:

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa

entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso

deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a

participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor

suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao

defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos

orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de

suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.

Espera-se que o aluno:

− Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal)

− Reconheça a intenção do discurso do outro

− Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias.

− Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

oral.

Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram em

seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao

texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de leituras de

mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor questões abertas,

discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto.

Espera-se que o aluno:

- Identifique o tema e a finalidade do texto

- Estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos

- Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam

do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção

Page 324: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

324- Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas,

infográficos, fotos...)

- Identifique informações implícitas nos textos

- Identifique informações em textos com alta complexidade linguística.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como

produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua

produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação

devem estar bem claros para o professor e definidos para o aluno, que precisa estar inserido

em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto escrito será avaliado

nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar

como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu próprio.

É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos

avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da

prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais

eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.

Espera-se que o aluno:

− Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor,

finalidade...)

− Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal

− Elabore argumentos consistentes

− Produza textos respeitando o tema

− Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições

- Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la

Análise Linguística:

Espera-se que o aluno:

- Distinga o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos

- Utilize adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos

pronomes.

− Identifique marcas de coloquialidade em textos que usem a variação linguística como

recurso estilístico.

− Estabeleça relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de

comparação etc.)

Page 325: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

325− Reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas.

- Amplie o horizonte de expectativas.

É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos

avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da

prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais

eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora.

Quanto à recuperação de conteúdos, será realizada de modo paralelo aos estudos,

sempre que houver necessidade.

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições

Loyola, 1999.

BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara

Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.

_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),

1986.

_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,

1993.

BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do

discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.

CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –

Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.

ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,

1989.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.

Repensando a língua portuguesa).

_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.

Page 326: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

326PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua

Portuguesa – 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno

Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade

Sexual na Escola. 2009.

40. 9 - MATEMÁTICA

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

Page 327: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

327

DOCENTE RESPONSÁVEL: MARIA OTACIANA B. SANCHES.

SIDNÉIA APARECIDA B. PONTARA

I - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A matemática surgiu da necessidade do homem interferir na sua realidade, seja ela

social, econômica, afetiva, cultural etc. Isso garantiu uma utilidade prática por muitos anos,

seguida por uma fase de grande sistematização que teve seu auge na Grécia com “Os

elementos” de Euclides.

Na sequência a matemática passou por um período de grande progresso científico.

Dentro os destaques citamos: Descartes, Leibniz e Newton. Por volta de 1850, surgiram as

primeiras geometrias não euclidianas, o que serviu de base para futuras teorias científicas

(teoria da relatividade), apesar de um excessivo formalismo, levando a matemática a ser vista

como uma verdade absoluta.

No início do século XX surgiu movimentos como o construtivista e a tendência sócio-

cultural que não foram bem recebidas. Na década de 50 predominou a chamada “matemática

moderna”, que se caracterizou pela forma expositiva, centrada no professor e com alunos

reproduzindo fielmente o que foi exposto.

Com o fracasso da matemática moderna toma corpo a tendência de disponibilizar aos

alunos de classes menos favorecidas a escola tradicional, a chamada tendência

sócioetnocultural.

Nos dias atuais a matemática é vista como uma ciência essencial para o desenvolvimento da

humanidade. Porém, nota-se que a maioria dos conteúdos são desinteressante para o aluno e

sem uma aplicação imediata. O ensino centrado em conteúdos fragmentados e sem

significado, leva os alunos a não estruturarem seus pensamentos.

É claro que a abstração não está presente apenas em matemática e sim nas várias áreas

da ciência fazendo parte do processo. Assim precisamos na medida do possível utilizar no

ensino da matemática a sua aplicabilidade, dependendo principalmente do contexto que se

está inserido.

Page 328: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

328O objeto de estudo da matemática ainda está em construção, porém, está centrado na

prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático.

Como educadores devemos contribuir com a formação crítica de nossos alunos,

intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e os conhecimentos matemáticos

aplicáveis.

É importante a demonstração matemática, através de teoremas e métodos que levam os

nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade, porém não devemos exigir o rigor dessas

abstrações.

Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a matemática não deve ser

vista como um instrumento de forma isolada nas outras áreas da ciência, mas sim, “ser

inserida num contexto mais amplo: auxílio importante na formação de capacidades” (Adilson

Longem - autor Coleção Nova Didática Matemática - Ensino Médio).

É através da história das civilizações que os primitivos conhecimentos matemáticos

vieram compor a Matemática de hoje. As ideias eram provenientes de observações dentro das

condições humanas de reconhecer configurações físicas e geométricas, compararem formas,

tamanhos e quantidades.

Enfim, devido à necessidade de se romper com as atuais práticas pedagógicas e propor

novas teorias e metodologias que levem o aluno a compreender conceitos, estabelecer

relações e resolver problemas.

II - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS

Números e Álgebra

A matemática não possui apenas aplicação prática, mas também desenvolve a

abstração. Essa abstração, ao longo da história, recebe o nome de álgebra e sofre influências

egípcia, babilônica, pré-diofantica, chinesa, hindu, árabe, entre outras. Cada cultura expressa a

álgebra de sua maneira, porém todas à utilizam para resolver problemas de alta complexidade.

O conhecimento algébrico não pode ser concebido como conceito de variável ou

conceito de incógnita, isso ocorre quando no seu desenvolvimento e dado grande atenção na

manipulação de regras e macetes, deixando de lado sua significação.

Page 329: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

329Paralelo a álgebra os conteúdos estruturantes apresentam os números. Presentes desde

tempos remotos, ela surge da necessidade do homem contar a natureza. Lentamente surgem

símbolos para representar a contagem e que foram evoluindo até chegar a um sistema de

numeração.

Grandezas e Medidas

Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à

realização de negócios no mundo do comércio e, devido às dificuldades entre as relações

comerciais surgiu a necessidade de uma padronização entre os povos.

Com Grandezas e Medidas é possível trabalhar com marcações de tempo (dia, noite,

mês, hoje, amanhã, hora, etc) e com as medidas de massa, capacidade, temperatura, etc, sendo

que, estes conteúdos podem ser associados facilmente no cotidiano do aluno.

Funções

É um instrumento que pode ser utilizado em várias áreas do conhecimento humano,

modelando situações que passam a ser resolvidas pela matemática. O conceito de funções leva

o aluno a constatar regularidades e generalizações, desenvolvendo a capacidade de leitura e

interpretação de linguagem.

Geometrias

A observação de formas geométricas na natureza, influência o desenvolvimento do

homem. Os povos mais antigos utilizavam a geometria na medição de terrenos, construções

de canais para irrigação e construções como as pirâmides no Egito.

O conhecimento geométrico recebe grande desenvolvimento quando Euclides

sistematizou todo o conhecimento acumulado pela humanidade através de axiomas e

teoremas. Essa sistematização influencia a geometria até o século XVII, quando surge a

geometria analítica que passa a resolver problemas complexos na área da astronomia e da

mecânica.

No final do século XVIII uma nova maneira de conceber o conhecimento geométrico e

apresentado por Lobachevsky, Riemann e outros. Surgia assim a geometria não euclidiana

que derruba conceitos, até então imutáveis, da geometria de Euclides.

Page 330: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

330Nos dias atuais, a geometria deve ser trabalhada de forma a contemplar a aritmética e a

álgebra. Ela deve permitir que o aluno desenvolva a percepção visual, o raciocínio e a

linguagem geométrica.

Tratamento da Informação

Ao longo do desenvolvimento humano, o homem busca resolver problemas através de

leituras críticas de fatos e da interpretação de informações coletadas através de gráficos,

tabelas, indicadores e na ocorrência de eventos.

Com a estatística é possível, quantificar, qualificar, selecionar, analisar e

contextualizar informações, incorporando-as ao dia a dia. A probabilidade apresenta a

possibilidade ao aluno de ter várias visões de um mesmo problema, sem a exatidão

tradicional. A matemática financeira surge como conteúdo com a ideia de auxiliar nas

decisões pessoais e da sociedade em geral.

Hoje, o momento vivido, caracteriza-se pela grande quantidade de informação, pela

rapidez e facilidade com que ela é absorvida pelos alunos. Portanto o espírito crítico e a

capacidade de analise é fundamental para tomada de decisões.

Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar

dados, que permitem ler e compreender uma realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Números e Álgebra

Números reais

Números complexos

Sistemas lineares

Matrizes e Determinantes

Polinômios

Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares

Grandezas e Medidas

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de grandezas vetoriais

Page 331: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

331 Medidas de informática

Medidas de energia

Trigonometria

Geometria

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não-euclidianas

Funções

Função Afim

Função Quadrática

Função Polinomial

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Trigonométrica

Função Modular

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

Tratamento de Informação

Análise Combinatória

Binômio de Newton

Estudo das Probabilidades

Estatística

Matemática Financeira

III. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o desenvolvimento dos conteúdos propostos o docente deve fazer uso das mais

Page 332: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

332diversas metodologias disponíveis para a aula ou até mesmo fora dela. O docente deve

permitir e estimular a interação dos alunos uns com os outros, que sejam participantes ativos

de todo o processo da construção do conhecimento matemático e, ao mesmo tempo deve

haver lugar para a exploração individual quando se fizer necessário. Devemos propor

atividades que estimulem o raciocínio lógico propondo questões com intenção de estimular os

alunos a refletirem sobre seus próprios pensamentos e seus próprios argumentos,

No processo de desenvolvimento dos conteúdos deve-se explorar diversos recursos

pedagógicos e/ou tecnológicos tais como livro didático e paradidático, recortes de jornais e

revistas, revistas científicas, tv pendrive, DVD, laboratório de informática, etc.

O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de

cada conteúdo específico, garantindo, através das tendências da modelagem, etnomatemática,

resolução de problemas, uso das tecnologias e história da Matemática o crescimento de

possibilidades da aprendizagem sem fragmentações, levanto a autoconfiança.

Essas tendências fundamentam a prática docente, onde uma completará a outra, pois

todas têm um único fim, aprendizagem.

A prática docente, de acordo com cada conteúdo poderá utilizar de diversas

abordagens, como:

- Resolução de Problemas: Não consiste na resolução automática de exercícios,

mas, questões desafiadoras que levem o aluno a buscar várias alternativas que

almejam soluções;

- Etnomatematica: As manifestações matemáticas são percebidas através de

diferentes teorias e práticas que emergem dos ambientes culturais;

- Modelagem Matemática: Busca a problematização de situações do cotidiano,

transformando problemas reais em problemas matemáticos;

- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, sejam eles os softwares, a tv

pendrive, as calculadoras, a internet, entre outros, favorecem as experimentações

matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas;

- História da Matemática: Não se trata de apenas retratar curiosidades ou um

conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, vincular a matemática

aos fatos sociais e políticos e as circunstancias históricas para melhor compreender

seus conceitos.

Page 333: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

333IV - AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser planejada como parte do processo ensino aprendizagem,

permitindo utilizar-se de entrevistas, discussões, trabalhos em grupos, maquetes, construções

de material facilitador da aprendizagem matemática, resolução com cálculos de atividades

aplicativas, integração da abstração quando possível com o cotidiano e caso contrário, saber

que por muitas vezes a abstração é presente nas várias áreas científicas.

A avaliação fará parte integrante do processo do ensino aprendizagem permitindo

continuidade ou uma nova abordagem, com alternativas na forma de encaminhar a

aprendizagem como um todo.

Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do ensino da matemática com

oportunidade de análise pedagógica da metodologia utilizada e através de erros constatados,

possibilitar o aluno novas formas de estudo, ou seja, avaliação será instrumento de medida na

aquisição de conhecimento, tornando o aluno responsável e interessado pelo que deve

aprender.

Antes de mais nada, a avaliação deverá ser uma orientação para o professor, como

ponto de partida, para a continuidade de sua prática docente levando o aluno a organizar suas

ideias, relacionar conceitos e tomar decisões, ou seja, contínua diversificada. Considerando

não somente uma formação matemática dirigida para o desenvolvimento social intelectual do

aluno, como também seu esforço individual, sua cooperação com os colegas, a construção de

sua personalidade.

Assim quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como

um meio para analisar se juntamente com os alunos está conseguindo alcançar os objetivos

propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os sonhos

e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno comunica-se

matematicamente, oral ou por escrito; compreende, por meio da leitura, o problema

matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos

para a resolução de um problema matemático e ainda, se realiza o retrospecto da solução de

um problema.

Page 334: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

334A recuperação dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e

aprendizagem, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e será através

de teste escrito e/ou oral, trabalhos ou pesquisas.

V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gueli, Oscar - Matemática série Brasil - 1ª edição - São Paulo: Ed. Ática, 2003

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação

Básica. Curitiba, 2008.

Longen, Adilson, Matemática- Coleção Nova Didática - Ensino Médio - 1ª edição Curitiba:

Ed.Positivo, 2004

Marcondes, C; Gentil N; Greco S - Matemática - São Paulo: Ed.Ática, 2000

Paiva. Manoel – Matemática - 2ª edição - São Paulo: Ed.Moderna

Barreto, Benigno; Silva, Claudino - São Paulo: Ed. FTD

Dante, Luis Roberto – Matemática: Contexto e Aplicações – Volume Único –São Paulo:

Ática, 2000

Santos, C.H. Matemática: In Kuenzer. A.Z.(org) - Ensino Médio: construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho - São Paulo: Cortez, 2002

Youssef, Antonio Nicolau; Soares, Elizabeth; Fernandez, Vicente Paz – Matemática de

olho no mundo do trabalho - Ensino Médio - Volume Único – São Paulo: Scipione, 2005

Walter, Spinelli; Souza, M. Helena S. - Matemática Comercial e Financeira Volume Único

- São Paulo: Ática, 1998

Marcondes, Carlos Alberto dos Santos; Gentil, Nelson; Greco, Sérgio Emílio -

Matemática - Novo Ensino Médio - Volume Único - São Paulo: Àtica, 2003.

Page 335: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

33540. 10 - QUÍMICA

I – IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: QUÍMICA

DISCIPLINA: QUÍMICA/ENSINO MÉDIO

DOCENTES RESPONSÁVEIS: JOSIANI ROMANI RABASSI

PAULO ROBERTO DE ALMEIDA

VILMA JANÓLIO CAVALARO

II – Apresentação da disciplina

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e

presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades humanas, tais

como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de

cozimento.

Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos

unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser

classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações

e procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século

XVII.

No século XVIII, por Lavoisier, deu início à fase moderna dessa ciência. A química

ganhou não só uma linguagem universal, mas também conceitos fundamentais.

Os conhecimentos e as práticas dessa ciência estão presentes no nosso cotidiano,

através da procura de novos produtos nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos:

biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos.

O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) encontra-s sustentado pela tríade

Composição, Propriedades e Transformações.

A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se

ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os benefícios

Page 336: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

336que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu equilíbrio. Para tanto

a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um contexto em que os

alunos terão a possibilidade de compreende-los como um todo, para analisar criticamente a

sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.

Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o

desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto, os

problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais, sanitários,

ambientais,... O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a discussão da

função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento científico.

III – Conteúdos Estruturantes

Os conteúdos estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que

fossem representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.

Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza;

Biogeoquímica e Química sintética.

MATÉRIA E SUA NATUREZA: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da

matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.

BIOGEOQUÍMICA: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e

atmosfera.

QUÍMICA SINTÉTICA: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos

farmacêuticos, indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes),

fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais

que podem substituir os naturais

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Matéria e sua natureza

CONTEÚDOS BÁSICOS:

MATÉRIA

SOLUÇÃO

LIGAÇÃO QUÍMICA

REAÇÕES QUÍMICAS

Page 337: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

337

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Biogeoquímica

CONTEÚDOS BÁSICOS:

RADIOATIVIDADE

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Química Sintética

CONTEÚDOS BÁSICOS

GASES

FUNÇÕES QUÍMICAS

EQUILÍBRIO QUÍMICO

V – Metodologia da Disciplina

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico

historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não estão

totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os

diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.

Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas

com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem da sua vivencia

cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento

metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário

proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma

linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.

É importante salientar que a química possui um caráter experimental e interdisciplinar.

A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e compreensão de

conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas vezes, para a

assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras ciências.

Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas

relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente

devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.

Page 338: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

338As ações pedagógicas podem ser auxiliadas por recursos como: filmes, TV

multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio, leitura de

textos diversificados, que podem constituir elemento motivador para a aprendizagem da

Química contribuindo para a criação do hábito da leitura; demonstrações experimentais que

propiciem aos alunos uma reflexão sobre a teoria e a prática, visando a construção e

elaboração dos conceitos.

Serão desenvolvidos alguns temas que contemplem as relações étnico-raciais da

cultura afro-brasileira e africana, história e cultura dos povos indígenas e educação ambiental.

VI – Avaliação

A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se, de forma que seja contínua

e sistemática. É importante não apenas diagnosticar o que o educando aprendeu sobre teorias,

fatos e conceitos, mas sobre tudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na

resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas situações, se ele é

capaz de analisar situações complexas, de chegar a soluções apropriadas, de criticar hipóteses

e teorias.

Não podemos deixar de considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado menos

favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais do que outro que apresentou um

resultado melhor.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o

contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção

acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos

conceitos químicos.

Dentre os instrumentos de avaliação utilizados, podemos citar: provas escritas,

relatórios, simulados, exercícios, tarefas de casa, trabalhos, atividades em sala, leitura e

interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre

outras.

VII - Referências Bibliográficas:

Page 339: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

339

- AXT,R. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências, In: Moreira, M.A.

- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro

Didático Público de Estado do Paraná: Química. Curitiba: SEED, 2006.

- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química, 2008.

- FELTRE, Ricardo, Química, São Paulo, Moderna, 2004.

- FONSECA, Martha Reis Marques da. Completamente Química. São Paulo: FTD, 2001

- SARDELLA, Antonio. Química: série Novo Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 2003.

40.11 - SOCIOLOGIA

I – IDENTIFICAÇÃO

Page 340: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

340

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA

DOCENTE RESPONSÁVEL: OLAIR VITÓRIO FABRÍCIO

VITOR CAMILO FABRICIO

II- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças

estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista.

Essas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais, políticas, culturais,

econômicas e ecológicas as quais devem ser estudadas em sua especificidade e historicidade.

Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua dinâmica,

assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que implica em novas

formas de olhar, compreender e atuar socialmente.

A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica para uma melhor

compreensão e atuação no mundo em que vivemos, como também das formas de dominação

da sociedade, Ideologias e preconceitos. Os conteúdos fundamentam-se em teorias com

diferentes tradições sociológicas: os clássicos, a saber Comte, Karl Marx, Émile Durkheim e

Max Weber.

Contemporaneamente, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre

outros, que também buscam responder as questões surgidas nos diferentes contextos das

sociedades, pensando as relações sociais e políticas .

É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas

sociais concretas e contextualizadas, refletindo as pré-noções e pré-conceitos que dificultam

o desenvolvimento da autonomia intelectual e ações políticas direcionadas à transformação

social.

II - Conteúdos Estruturantes / Básicos da disciplina

1ª ANO

• O surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas / Formação e consolidação da

sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas

Page 341: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

341clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx Weber; O desenvolvimento da sociologia

no Brasil.

• Processo de Socialização e as Instituições Sociais / Processo de socialização;

Instituições Sociais: Familiares, Escolares e Religiosas; Instituições de Reinserção:

prisões. Manicômios, educandários, asilos, etc.

2ª ANO

• Cultura e Indústria Cultural / Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e

sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural;

Identidade; Indústria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade de

consumo; Indústria cultural no Brasil; Questões de gênero; Cultura afro-brasileira e

africana; Culturas indígenas.

• Trabalho, Produção e Classes / O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais; Organização do

trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e

Neoliberalismo; Relações de trabalho; trabalho no Brasil.

3ª ANO

• Poder, Política e Ideologia / Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia, Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões de

violência nas sociedades contemporâneas.

• Direito, Cidadania e Movimentos Sociais / Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos

Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos sociais; Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONGS.

III- Metodologia da disciplina

Page 342: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

342Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir nas diversas instâncias

sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e participativa. O ensino da Sociologia

pressupõe metodologia que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa

se o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, analise de filmes, imagens

ou charges, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria

com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

IV – Avaliação:

O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar todas as

atividades relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva, ou seja seus critérios devem ser discutidos por todos os envolvidos na disciplina.

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados com a pratica social, a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição

das ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no

decorrer do ano letivo.

A mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como a iniciativa e a

autonomia de tomar atitudes diferentes e criativas que rompam com a acomodação e o senso

comum, informarão aos professores , o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano

de seus alunos

As formas de avaliação em Sociologia acompanham as praticas de ensino e da

aprendizagem disciplina, sendo garantida ao longo do processo a recuperação concomitante

dos conteúdos.

Reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, participação nas

pesquisas de campo, produção de textos.

Devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática. Podem ser

diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao seleciona-las, a clareza dos

objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos

conteúdos pelo aluno.

Por fim, entendemos que não só o aluno mas também os professores e a instituição

escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões praticas e discursivas e

principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

Page 343: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

343

V - Bibliografia

MEUCCI, Simoni. A Institucionalização da Sociologia no Brasil: os primeiros manuais e

cursos. Campinas ; Ed. UNICAMP, 2000.

MORAES, Amaury César. GUIMARÃES, Elizabeth da Fonseca.

OLIVEIRA, Pérsio Santos – Introdução à Sociologia. Ática – SP – 2000.

TOMAZI, Nelson Dácio, Orientações Curriculares de Ensino Médio- Sociologia- MEC-

SEB- Departamento de Políticas de Ensino Médio, 2000.

Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio – versão atualizada.

Livre Didático Público para o Ensino Médio- Secretaria do Estado da Educação

Page 344: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

344

ANEXO V

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

CURRICULARES

PARTE DIVERSIFICADA

ENSINO MÉDIO

41 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PARTE DIVERSIFICADA DO

ENSINO MÉDIO.

41.1 - INGLÊS

Page 345: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

345

I - IDENTIFICAÇÃO: LEM – INGLÊS

DOCENTE RESPONSÁVEL: NANCI DOMINGUES ALVES

II. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino das línguas estrangeiras modernas teve início com a chegada da Família

Real Portuguesa ao Brasil, em 1808. Mais tarde, em 1937, é instituída a primeira Escola

Pública de nível secundário, fundada por D. Pedro II, em que apresentava um currículo nos

moldes franceses e em seu programa constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de

alemão, que se manteve até 1929.

Em 1942, com a Reforma Capanema, a educação ficou centralizada no Ministério

da Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas, sendo privilegiadas:

o inglês, o francês e o espanhol, em substituição ao alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica com os Estados Unidos

intensificou-se, tornando maior a necessidade de se aprender inglês.

Em 1986, no Paraná, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas –

CELEM – no Colégio Estadual do Paraná que oferecia o ensino de vários idiomas e

expandiu-se por todo o Estado.

Com a publicação da LDB (Lei nº. 9.394), em 1996, foi determinado a

obrigatoriedade de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, escolhida pela

comunidade escolar, já no Ensino Médio, além de uma LEM como disciplina obrigatória,

escolhida pela comunidade escolar, teria uma segunda, em caráter optativo, dependendo da

disponibilidade da instituição.

Em 2005, foi criada a Lei nº. 11.161, que decreta obrigatoriedade para a escola, a

oferta da língua espanhola, sendo facultativa para o aluno, e os estabelecimentos de ensino

têm 5 anos para implantá-la, a partir da data de sua publicação.

Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena

participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à

informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo,

Page 346: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

346produz conhecimento... Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização

social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus

alunos o acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania - direito

inalienável de todos.

Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornou-se indispensável,

seja dentro e/ou fora do ambiente escolar pois contempla as relações com a cultura, o

sujeito e a identidade. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional formativo na

experiência de aprender outras línguas na escola.

Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa no ensino fundamental

fundamenta-se na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio técnico das

formas lingüísticas, mas também em capacitá-lo a desempenhar competentemente seu

papel de usuário da língua.

Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos

suficientes a fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos,

utilizando não apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também

seu conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso,

pretende-se um aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como instrumento de

acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. Desta forma, espera-se que o

aluno: use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua

Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações

individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior

consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e compreenda a diversidade

linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Nesta perspectiva, é preciso trabalhar a língua objeto de estudo dessa disciplina

como discurso, entendida como prática social significativa (oral e/ou escrita), para que seja

compreendida num contexto preciso, percebendo sua significação em uma enunciação.

Língua e cultura são indissociáveis, é algo que se constrói e é construído

percebendo a diversidade cultural contrastando outras culturas com a sua própria.

O desenvolvimento da língua ocorre com a interação social, que leva em conta

fatores sociais, comunicativos e culturais, que, agregando aos estudos linguísticos do

Page 347: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

347falante e o uso efetivo que ele faz da língua criando condições que permitem interpretar e

para isso é preciso que o interfira criticamente na sociedade.

Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo de

maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de

proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o

mundo, de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir

sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da

diversidade cultural e o processo das identidades transformadoras.

A LEM no Ensino Fundamental deverá ser articulada com as demais disciplinas da

grade curricular, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários

conhecimentos, para que o estudante perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem

muitas vezes estar relacionadas.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante é o discurso como prática social, a língua entendida como

interação verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais

de poder, realizada por meio de práticas discursivas que envolvem, a compreensão

auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como

processo comunicativo.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS TEXTUAIS

• Website

• Blooper report

• Speech

• Movie plot summary

• Movie reviews

Page 348: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

348• Feature article

• Poem

• Panel

• Timeline

• Interview

• Short story

• Life rules

• Interview

• News article

• Survey

• Lyrics

• Headline

• Opinion discussion

• Analysis

• Radio Ad

• Website

• Homepage

• Quiz

• Blog Post

• Game description

• Instructions

• Opinion article

• Guide

• Lecture

• Advice letters

• Label

• Jokes

• Comic strip

• Internet Page

• Radio news report

• Guidance spot

Page 349: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

349• Newspaper article

• Print ads

• Play script

LEITURA

Identificação do tema

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto

• Polissemia

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

• Léxico

ESCRITA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

Page 350: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

350• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto

• Polissemia

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações lingüísticas

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc)

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito

• Pronúncia

Page 351: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

351

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como

um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento

enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e

democrática para a transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de

prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto

resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua

transformação.

Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e

reflexão sobre os fenômenos Linguísticos e Culturais como realizações discursivas, as

quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso

efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Portanto, o trabalho com a análise

linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados

possíveis das estruturas apresentadas, devendo ser decorrente das necessidades específicas

dos alunos a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao

contrastar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e

socialmente constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação a

escrita, não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e

significativa.

O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O

ensino da língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo

objetivando relacionar os vários conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que

conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si

mesmo que não haja obrigatoriedade no desenvolvimento de projetos envolvendo inúmeras

matérias.

Page 352: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

352 Ao desenvolver o trabalho com as práticas discursivas descritas acima serão

utilizados livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas,

internet, DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a

interação com a língua e a cultura.

Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão

trabalhados ainda temas como sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que

possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.

LEITURA

• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• Considerar os conhecimentos prévios dos(as) alunos(as);

• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

• Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ;

• Proporcionar análises para estabelecer referência textual;

• Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;

• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilizar textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

• Relacionar o tema com o contexto atual;

• Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;

• Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam

ironia e humor;

• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de dife-

rentes gêneros;

ESCRITA

• Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, inten-

ções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

Page 353: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

353• Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a refe-

rência textual;

• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;

• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

• Acompanhar a produção do texto;

• Acompanhar e encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos /das

idéias, dos elementos que compõe o gênero;

• Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor;

• Estimular produções em diferentes gêneros;

• Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e nor-

mativos.

ORALIDADE

• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consi-

deração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;

• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralida-

de em seu uso; formal e informal;

• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recur-

sos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e ou-

tros;

• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,

portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um

Page 354: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

354elemento de reflexão contínua do professor sobre a sua prática educativa e revela aos

alunos seus avanços, progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensino-

aprendizagem.

Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e

dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que

poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros

encaminhamentos que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71). Segundo Luckesi (1995,

apud DCE, 2009, p. 69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve

subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples

instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Para que isso se efetive, o professor

deverá observar a participação do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua

durante as atividades propostas, bem como a capacidade que ele demonstra para levantar

hipóteses a respeito da organização textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu

autor, etc.

Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao

avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no

Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola que deixa claro que temos de

aplicar pelo menos 04 tipos de instrumentos de avaliação. Serão utilizados os seguintes

instrumentos: provas, testes, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), exercícios

orais e escritos, produção orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre

teoria e prática.

Faz-se importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os

devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim,

buscar a superação das suas dificuldades.

A recuperação se dará por meio de recuperação de conteúdo. Todo o aluno terá

direito a recuperar o que lhe foi ensinado e esta avaliação é representada por um valor

numérico de 10,0, então expressão dos resultados desse processo será feita conforme o

previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação ou

seja a recuperação total do valor numérico que é de 10,0.

Os critérios de avaliação na leitura, escrita e oralidade serão as seguintes:

LEITURA

Page 355: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

355Realização de leitura compreensiva do texto; localização de informações explícitas e

implícitas no texto; posicionamento argumentativo; ampliação do horizonte de expectativas;

ampliação do léxico; percepção do ambiente no qual circula o gênero; identificação da idéia

principal do texto; análise das intenções do autor; identificação do tema; dedução dos sentidos

de palavras e/ou expressões a partir do contexto; compreensão das diferenças decorridas do

uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; reconhecimento de

palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;

ESCRITA

Expressão de idéias com clareza; elaboração de textos atendendo:- às situações de

produção

propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);- à continuidade temática; diferenciação

do contexto de uso da linguagem formal e informal; uso de recursos textuais como: coesão e

coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilização adequada dos recursos

linguísticos como:pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo,etc; emprego de

palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.

ORALIDADE

Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

apresentação de ideias com clareza; compreensão de argumentos no discurso do outro;

exposição objetiva de argumentos; organização da sequência da fala; respeito aos turnos de

fala; participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua

materna, etc; utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

6. REFERÊNCIAS

PROJETO POLÍTICO E PEDAGÓGICO do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.

REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Rui Barbosa, 2011.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO (PR). Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira para o Ensino Fundamental, Curitiba-2009.

Page 356: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

356

41.2 - LEM - CELEM - ESPANHOL

I-IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: CELEM

DOCENTES RESPONSÁVEIS: SILVANA DELLI COLLI MORALES

SANDRA PROENCI SILVA

COORDENADOR: LILIAN MARIA RUIZ BORIM

II-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A nossa proposta pedagógica para o CELEM – curso básico de Língua Espanhola tem

como embasamento a concepção sócio-interacionista de linguagem, pois aprender uma língua

na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.

A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande

importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas

também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em

especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua

materna, através de comparações entre os dois idiomas.

Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o

conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas

também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do

novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.

Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante

os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a

Page 357: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

357linguagem, suas renovações e alterações. Sendo assim, é no espaço social que a linguagem

garante sua própria existência e significação.

A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de

aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender uma

nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá desenvolver

uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sócio-políticos da

aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de outra língua os

alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes

Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.

A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um

direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a

oportunidade de aprender uma nova língua. Uma vez que se sabe que um adolescente que tem

contato com outro idioma certamente terá mais facilidade para se adequar ao “mundo

moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um passaporte para o ingresso na sociedade da

informação e do conhecimento. É o ensino centrado na cidadania e na inclusão social.

Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao

homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também

entender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da

cultura, como valores, normas e atitudes.

Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma

época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicar-

se sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua

do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.

Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância

cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o

Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).

Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como

objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América

Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser

significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.

III-OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Page 358: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

358

O aluno deverá tomar conhecimento da importância da Língua Estrangeira Moderna,

para que ele aprenda a usar esses conhecimentos adquiridos através das habilidades de

compreensão, produção oral e escrita, possibilitando a expansão de suas capacidades críticas.

Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às particularidades

regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Sendo assim é fundamental que o

aluno adquira condições para compreender e ser compreendido na LEM.

Então, quando o aluno terminar o Curso Básico deverá ter tido a oportunidade de

ampliar a visão de mundo através das habilidades oral e escrita; conhecer e valorizar as

diferentes culturas e suas manifestações; usar os conhecimentos adquiridos para a

interpretação da realidade; avaliar as diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e

Espanha e Hispano-América; conscientizar-se da importância de saber outro idioma para seu

crescimento intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer, nos dois

diferentes idiomas.

Segundo as Diretrizes Curriculares, a língua materna deverá estar presente nas aulas

de LEM, por se tratar de uma fase inicial de aprendizado.

IV- CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS

Segundo a DCE (2006) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,

são legitimados socialmente”. (p.37). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação

verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.

Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das

práticas discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática

escrita nas múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos pela

primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin,

1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que aprendemos a

moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é fundamental que se

apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.

Portanto, o objetivo deste projeto será de proporcionar ao aluno a possibilidade de

interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar

ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

Page 359: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

359informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional do aluno,

sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de

discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as

relações sociais e as relações de poder.

Os conteúdos específicos para o CELEM serão desdobrados a partir do trabalho com

gêneros textuais (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos

(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas

(leitura, escrita, oralidade). Portanto, os gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico

definirão os conteúdos básicos e específicos, bem como as praticas discursivas a serem

trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°. 10.639/03, que trata das Relações étnico-

raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Esta temática será trabalhada

através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da

Língua Espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros,

documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros.

Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos

não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à

abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos

alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus

de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e

no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das

escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é

fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da

compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,

filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão

desenvolvidas visando o crescimento do aluno.

Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes

níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer

peculiaridades que venham a ser detectadas.

Sabemos que no curso do CELEM temos alunos de diferentes faixas etárias e,

consequentemente, séries educacionais, o que torna o trabalho de seleção de material mais

Page 360: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

360rigoroso e difícil, pois atendemos alunos que estão cursando desde a 5ª série até o ensino

Médio e, também, da comunidade local que nem sempre concluíram o Ensino Médio. Por

isso, para o 1º e 2° anos do CELEM serão trabalhados os gêneros discursivos que estão dentro

das esferas sociais de circulação que são: cotidiana, literária e artística, científica, escolar,

imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e consumo e midiática, mas sem “seguir”

exatamente série a série como está dividido o quadro dos conteúdos básicos do Departamento

de Educação Básica (DEB), pois como foi citado acima temos alunos de diferentes níveis de

escolaridade e idade. E, ainda, o curso básico do CELEM é de apenas dois anos, sendo que

para trabalhar os conteúdos de modo seriado, teríamos que ter o curso básico do CELEM com

quatro anos de duração, ou seja, o mesmo tempo correspondente ao Ensino Fundamental (5ª a

8ª séries) e mais três anos para corresponder ao Ensino Médio.

Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico, os

elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.

Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do

tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema

proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do

interlocutor/locutor e outros.

Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e

semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender

que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto

e numa situação real de comunicação.

Seguem os possíveis conteúdos básicos programados para a 1ª e 2ª séries do Curso

Básico de língua espanhola, tendo como base os gêneros discursivos, conforme suas esferas

sociais de circulação e em consonância com as Práticas Discursivas de leitura, oralidade e

escrita.

Conteúdos para o 1º ano de língua estrangeira moderna

Esfera cotidiana de circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Page 361: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

361Convite

Letra de música

Receita culinária

Álbum de família

Cartão postal

Trava línguas

Rótulos

Exposição oral

Adivinhas

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio

Comercial para radio e TV

Folder

Placas

Publicidade Comercial

Slogan

Esfera produção de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera jornalística de circulação:

Anúncio classificados

Anúncio de emprego

Cartum

Charge

Entrevista

Horóscopo

Reportagem

Page 362: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

362Sinopse de filme

Tiras

Esfera artística de circulação:

Autobiografia

Biografia

Contos

Fábulas

História em quadrinhos

Narrativas

Poemas

Letras de música

Esfera escolar de circulação:

Cartaz

Diálogo

Exposição oral

Mapas

Resumo

Esfera literária de circulação:

Conto

Crônica

Fábula

História em quadrinhos

Poema

Esfera midiática de circulação:

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Telejornal

Telenovela

Videoclipe

Page 363: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

363Desenho animado

Filme

Esfera científica de circulação:

Pesquisa

Resumo

Verbetes

Conteúdos para o 2º ano de língua estrangeira moderna

Esfera cotidiana de circulação:

Comunicado

Curriculum Vitae

Exposição oral

Ficha de inscrição

Lista de compras

Piada

Telefonema

Adivinhas

Anedota

Provérbios

Parlendas

Quadrinhas

Receitas

Trava línguas

Convite

Exposição oral

Carta pessoal

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio

Comercial para televisão

Folder

Inscrições em muro

Page 364: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

364Propaganda

Publicidade Institucional

E-mail

Esfera produção de circulação:

Instrução de montagem

Instrução de uso

Manual técnico

Regulamento

Esfera jornalística de circulação:

Artigo de opinião

Boletim do tempo

Carta do leitor

Entrevista

Notícia

Reportagem

Esfera jurídica de circulação:

Boletim de ocorrência

Contrato

Lei

Ofício

Procuração

Requerimento

Regras escolares

Esfera escolar de circulação:

Aula em vídeo

Exposição oral

Palestra

Resenha

Texto de opinião

Page 365: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

365

Esfera literária de circulação:

Narração de história

Conto

Peça de teatro

Romance

Poema

Fábula

Lendas

Historias em quadrinhos

Esfera midiática de circulação:

Aula virtual

Conversação chat

Correio eletrônico (e-mail)

Videoclipe

Blog

Chat

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,

números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no

título, subtítulo, legendas e textos

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

Page 366: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

366·Concordância verbal e nominal.

Fatores de textualidade centrada no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centrada no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Page 367: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

367

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,

números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no

título, subtítulo, legendas e textos

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

V-METODOLOGIA

Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na

construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a

relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber.

Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns

aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de

alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como

agente ativo no processo de aprendizagem.

O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como

material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o

trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão

Page 368: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

368de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um

novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a

partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o

objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.

Durante a prática da oralidade, o professor deve desenvolver um trabalho gradativo,

que permita ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a

necessidade desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá

usar o dialeto que lhe é peculiar.

A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e

não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,

olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam

identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,

subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e

estabelecer relações intertextuais.

Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários

gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto

exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição

de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os

elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O

ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode

abandoná-la.

É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma

intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível

que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o

uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.

Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como

textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua

grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no

processo de aprendizagem.

Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre

interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser

humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por

natureza”.

Page 369: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

369Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo

menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações

com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem

as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.

Fazendo uso dos mais variados textos para uma real aprendizagem recomenda-se a elaboração

de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos, músicas, filmes, entre

outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos perceberá que as formas

linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado, isto é, são flexíveis e

variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso, entendido como fala, é

utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos que fazer uma

sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se sintam parte

integrante do processo de ensino-aprendizagem.

Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para

que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um

texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a

aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá

observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa

cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.

Quanto à variedade linguística e a análise linguística devemos tomar o cuidado para

não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.

Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num todo e

não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como formas de

aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto,

discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção textual

em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.

RECURSOS DISPONÍVEIS

Para o curso básico em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen drive,

laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,

sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.

Page 370: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

370

VI-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a

diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.

É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação diagnóstica, contínua e

dialógica. Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem;

diagnóstica porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou

mudanças da prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas

principalmente ao ensino que se oferece.

A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos

pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação

deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.

Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades

básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no

processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua

prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.

Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente

de uma média. Sendo as avaliações divididas em oralidade, audição, leitura, escrita, pesquisas

em sala de aula, trabalhos em grupos ou individuais para progressão dos alunos de acordo

com o estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.

Na escrita será avaliado a clareza em que o educando expressa suas ideias, organiza

textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e

consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,

adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as

informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que

são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a

coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os

diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. E na audição será avaliada a maneira como o

educando consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em

sala.

Page 371: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

371Dessa maneira, as notas serão divididas em quatro avaliações: escrita valor 4,0 (quatro

vírgula zero), audição valor 2,0 (dois vírgula zero), leitura e oralidade valor 2,0 (dois vírgula

zero) e trabalhos valor 2,0 (dois vírgula zero), totalizando uma escala de 0 a 10 (zero a dez).

Para a promoção e certificação a média final mínima exigida será de 6,0 (seis vírgula zero).

A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de

conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a

progressão e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento).

BIBLIOGRAFIA:

BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,

dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.

DIRETRIZES CURRICULARES, Educação Básica, LEM, Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução

Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Fevereiro/2006

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira

Moderna – Ensino Médio.

PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.

23-6. Set.1998.

Page 372: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

372

ANEXO VI

42. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS DAS

ATIVIDADES PERIÓDICAS E

PERMANENTES EM CONTRA TURNO

Page 373: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

373

42.1 - PERIÓDICA

PREPARATÓRIO PARA VESTIBULAR

Macrocampo: Experimentação e iniciação científica

Turno: Noite

Conteúdos:

Serão abordados no programa os conteúdos estruturantes, básicos e específicos de

todas as disciplinas da matriz curricular do Ensino Médio, cobrados em concursos

vestibulares e demais concursos, bem como aqueles que compõem substancialmente as

propostas do ENEM e de outras avaliações oficiais. Esses conteúdos serão explicitados no

decorrer do programa.

Objetivos:

Minimizar a desigualdade educacional no preparo de alunos da Rede Pública de

Ensino quanto à sua participação em concursos vestibulares e no Exame Nacional do Ensino

Médio. Potencializar os conhecimentos dos alunos para que tenham as condições necessárias

e adequadas para realizar os exames do ENEM e o vestibular. Complementar o currículo do

Ensino Médio, explorando e reforçando conteúdos de todas as áreas do conhecimento,

inclusive com a criação de grupos de estudos para a troca de experiências e maior interação

dos educandos, sempre com a mediação do professor. Viabilizar o acesso, permanência e

participação dos educandos da Rede Pública Estadual em atividades pedagógicas de seu

interesse, ofertadas pelo estabelecimento de ensino onde estão vinculados.

Encaminhamento Metodológico:

O Projeto Político Pedagógico da Escola incentiva diversas formas de políticas

educacionais voltadas para a "formação integral do educando". Nesse intuito, a Escola tem

tentado direcionar esforços no sentido de estimular a complementação dos estudos, em

horários extra-classe, oferecendo atividades de pesquisa, palestras, aulas diferenciadas e

programas que priorizem o conhecimento como um meio de envolver os participantes para

Page 374: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

374incentivá-los a dar continuidade a seus estudos e possam ingressar numa instituição de ensino

superior. As Diretrizes Curriculares para a Educação Pública do Estado do Paraná traça

estratégias que buscam garantir a apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede

pública, e esta atividade é uma forma de se efetivar o compromisso com a qualidade do ensino

ofertado a eles, caracterizando-se como mais um esforço para que estes tenham condições

plenas de enfrentar os desafios do mundo fora da escola.

No processo ensino-aprendizagem, é importante partir do conhecimento prévio

dos educandos, ou as concepções espontâneas, para que, desse modo, possa ser elaborado o

conhecimento científico. Considerando o exposto, pretende-se trabalhar com aulas

expositivas, experimentação, debates, valorização da pesquisa como instrumento de interação

e e ensino dos educandos, resolução de exercícios, aplicação de simulados, questões de

vestibulares, provas do ENEM, trabalho com diversos gêneros textuais de circulação na

mídia. Uso de Internet, TV Pendrive, utilizando-se também do material produzido pelo

Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação, como o Programa

Eureka (Apostilas e DVDs), TV Escola, TV Paulo Freire, entre outros. Produção de material

de apoio das diversas disciplinas.

Avaliação:

A avaliação será processual, pois será realizada durante todos os momentos da

prática pedagógica.

Servirá de parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho docente,

bem como o direcionamento da atividade por parte do Colégio.

Resultados Esperados:

Alunos:

Participação efetiva e responsável nas avaliações oficiais: ENEM, Olimpíadas de

Matemática e de Português e outras. Participação efetiva e comprometida dos professores

envolvidos. Ingresso nas Universidades (PROUNI). Aprovação em concursos vestibulares.

Melhora no rendimento escolar. Desenvolvimento intelectual e cultural. Obtenção de bons

resultados no ENEM e em concursos diversos.

Escola:

Page 375: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

375Aumento da qualidade de ensino, e melhora nos serviços prestados a comunidade.

Comunidade:

Oferta do curso preparatório para vestibular, aumento de aprovação em

vestibulares e concursos.

Referencias Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná para o Ensino Médio- 2009

Page 376: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

376

42.2 - ATIVIDADES PERMANENTES

42.2.1 - Núcleo: Apucarana

Município: Jandaia do Sul

Colégio Estadual Rui Barbosa

Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contraturno

Atividade: Português

Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem

Turno de ensino: Tarde

Conteúdo:

Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos: Identificação do tema; Intertextualidade; Léxico; Coesão e Coerência;

Funções das Classes Gramaticais no Texto; Elementos Semânticos; Recursos Estilísticos;

Marcas Linguísticas; Variedade Linguísticas; Acentuação Gráfica; e Ortografia.

Objetivos:

Desenvolver práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita, permeadas pela análise

linguística.

Encaminhamento Metodológico:

Será utilizado o laboratório de informática, biblioteca, materiais impressos

(revistas, jornais, livros, panfletos, cartões), e também jogos pedagógicos. Atividades:

Cantinho da Leitura; Literatura de Cordel; Apresentações Teatrais (construção prévia de

textos; leitura e interpretação prévia); Teatro de Fantoches; Poesias (Escrita e Declamação);

Page 377: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

377Produção de cartões e cartazes para exposição em mural; cartas; e- mail; jogos: vamos formar

palavras, jogo dominó associação de ideias, sequência lógica trânsito, e alfabeto silábico.

Avaliação:

A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o

objetivo não é verificado por meio de uma medição quantitativa de informações retidas pelo

aluno ao longo de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de

ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os

componentes desse processo.

O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia

para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo

constrói progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação,

não somente o seu resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a

consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações

significativas.

Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e extraclasse,

participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento do mesmo

servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem desenvolvidas, com

vistas a apropriação do conhecimento.

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Desenvolver a leitura, escrita e oralidade.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada;

participação em olimpíadas, e concursos de língua portuguesa.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Referências Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Língua Portuguesa- 2009

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

Page 378: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

378

42.2.2 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno

Atividade: Matemática

Macrocampo: Aprofundamento da Aprendizagem

Turno de ensino: Tarde

Conteúdo:

Conteúdo Estruturante:Números e Álgebra; Grandezas e Medidas; e Geometrias.

Conteúdos Básicos: conjuntos numéricos e operações; equações e inadequações; polinômios;

proporcionalidade; sistema monetário; medidas de comprimento; medidas de massa; medidas

de tempo; medidas derivadas: áreas e volumes; medidas de ângulos; medidas de temperatura;

medidas de velocidade; trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações

trigonométricas; geometria: plana, espacial, analítica; noções básicas de geometrias não-

euclidianas.

Objetivos:

Reconhecer e explorar os números naturais em diferentes contextos;

Retomar e ampliar os conhecimentos sobre as operações fundamentais com números

naturais,seus significados e aplicações na resolução de problemas;

Identificar o conceito de múltiplo e de divisor de um número natural e sua relevância na

Matemática e em problemas do cotidiano;

Reconhecer e interpretar números racionais na forma fracionária em diferentes

contextos,aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e resolver situações-

problema;

Estender as regras do sistema de numeração decimal para representar números racionais na

forma decimal,compreendendo esses registros;

Page 379: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

379Reconhecer a forma decimal dos números em diferentes contextos,aplicando -os na

representação e na resolução de situações – problema.

Encaminhamento Metodológico:

O ensino da Matemática deve se voltar para o desenvolvimento dos processos

cognitivos superiores, promovendo assim a aquisição de conhecimentos matemáticos

importantes para aprendizagem e desenvolvimento global do aluno. Será utilizadas as

seguintes tendências metodológicas: resolução de problemas; etnomatemática, modelagem

matemática, e modelagem matemática.

Para se alcançar a aprendizagem em matemática é necessário que seja utilizados

recursos diversificados, sendo eles: Atividade extra – classe; Pesquisa em panfletos e revistas

de preços de produtos; Aulas no laboratório de informática; Atividades práticas; Material

concreto: ábaco material dourado, embalagens diversas, palitos de sorvete, tampinha de

garrafa,panfletos; e Jogos Matemáticos.

Avaliação:

A avaliação é parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o objetivo

não é verificado através de uma medição quantitativa de informações retidas pelo aluno ao

longo de um determinado período. Ela é instrumento de diagnóstico do processo de ensino –

aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes

desse processo.

O conhecimento é construção humana e social, não é construído de um dia para o

outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo constrói

progressivamente o conhecimento, daí a necessidade de se considerar , na avaliação, não

somente o seu resultado isoladamente, mas principalmente o processo. Só a consideração

conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.

Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e extraclasse,

participação ativa nas atividades propostas e, principalmente , o desenvolvimento do mesmo

servirá como um diagnóstico para programação das atividades a serem desenvolvidas, com

vistas a apropriação do conhecimento.

Page 380: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

380

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos matemáticos;

desenvolvimento do raciocínio lógico e melhora no desempenho acadêmico geral.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Referências Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em de Matemática- 2009

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

Page 381: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

381

42.2.3 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno

Atividade: Clube de Ciências

Macrocampo: Experimentação e Iniciação Científica

Turno de ensino: Tarde

Conteúdo:

Conteúdos estruturantes: Matéria; Energia; Astronomia; Sistemas Biológicos e

Biodiversidade.

Conteúdos Básicos: Universo; Sistema Solar; Movimentos Celestes e Terrestres; Astros;

Origem e Evolução do Universo; Gravitação Universal; Constituição da Matéria;

Propriedades da Matéria; Níveis de Organização; Célula; Morfologia e Fisiologia dos Seres

Vivos; Mecanismos de Herança Genética; Formas de Energia; Conservação de Energia;

Conversão de Energia; Transmissão de Energia; Organização dos Seres Vivos; Sistemática;

Ecossistemas; Interações Ecológicas; Origem da Vida; Evolução dos Seres Vivos.

Objetivos:

Incentivar os estudos e pesquisas científica; desenvolver práticas em laboratório e

experimentação; possibilitar o entendimento sobre as coisas perceptíveis como também sobre

sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

Encaminhamento Metodológico:

Os estudos realizados no clube de ciências privilegiará atividades experimentais,

abordagem problematizadora, a relação contextual, pesquisa, observação e atividades em

grupo. Os conteúdos serão entendidos em sua complexidade de relações conceituais , não

dissociados do conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem

integradora.

Page 382: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

382 Serão utilizados recursos instrucionais, materiais lúdicos, recursos áudio – visuais

(computador, tv pen- drive), e equipamentos de laboratório científico.

Avaliação:

A avaliação será processual, pois será realizada durante todos os momentos da

prática pedagógica. Servirá de parâmetro para o direcionamento da organização do trabalho

docente, bem como o direcionamento da atividade por parte do Colégio.

Será utilizado como instrumentos avaliativos: pesquisa e atividades experimentais

de laboratório, por meio dos relatórios apresentados.

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos científicos; melhora no

desempenho acadêmico; divulgação e valorização de estudos científicos.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada,

participação em feiras e mostras científicas.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Referências Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de Ciências- 2009

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

Page 383: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

383

42.2.4 - Proposta Pedagógica de Atividade Complementar em Contra turno

Atividade: Informática

Macrocampo: Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias

Turno de ensino: Tarde

Conteúdo: Digitação; Formatação de textos; Confecção de tabelas; Formatação de tabelas;

Montagem de slides, Montagem de imagens; Edição de fotos; Internet; E- mail; Segurança na

Internet.

Objetivos:

Proporcionar aos alunos a aquisição do conhecimento sobre os meios da

informática, para que os mesmos possam utilizar o laboratório de informática deste

estabelecimento de ensino para realização de estudos, bem como preparar os alunos para uma

sociedade informatizada.

Encaminhamento Metodológico:

O trabalho será iniciado pela digitação, seguido da formatação de textos, utilizando

textos selecionados pelos alunos, considerando seu dia a dia, exemplo: relatos dos alunos,

reportagens de jornais, revistas e poemas. A confecção e formatação de tabelas trará dados

relevantes para os alunos, com situações vivenciadas pelos mesmos (informações da vida

escolar, do Município e Estado em que moram, e outros). A montagem de slides, edição de

fotos e imagens será feita com imagens educativas e significativas para os alunos. No

conteúdo Internet será abordado questões como segurança na internet, e ética nas relações

interpessoais.

Avaliação:

Page 384: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

384A avaliação será contínua, mediante o acompanhamento e verificação do desempenho

e aprendizagem dos conhecimentos relativos a área de informática. A recuperação será

paralela, ou seja, o conteúdo que o aluno não aprender será imediatamente retomado, com

uso de estratégias de trabalho diferentes da usada no primeiro momento.

Será utilizado variados instrumentos avaliativos, como digitação e formatação de

textos; construção de tabelas; edição de imagens; montagem de slides, e troca de e- mails.

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Apropriação das novas tecnologias de informação e comunicação.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Referências Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Língua Portuguesa- 2009, Curitiba. SEED-PR

Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

Page 385: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

385

42.2.5 - Pedagógica de Atividade Complementar em Contraturno

Atividade: Práticas Esportivas

Macrocampo: Esporte e Lazer

Turno de ensino: Tarde

Conteúdo:

Conteúdo estruturantes: Esportes; Jogos e brincadeiras.

Conteúdos Básicos:

Esporte Individual- tênis de mesa: regras do jogo, equipamentos: mesa, rede e seus

acessórios, bola, raquete; e jogos de tabuleiro: dama, trilha e xadrez.

Esporte Coletivo- Futsal: domínio da bola, condução da bola, passe, finalização,

goleiro, fixo, alas, pivô, sistemas táticos do jogo, regras e penalidades do futsal ; Voleibol:

saque, toques de bola, cortada, bloqueio, sistema tático básico, sistema tático ofensivo, regras

e penalidades do voleibol; Handebol: recepção, passe, tipos de passe, progressões com a bola,

arremesso, tática individual, sistema tático defensivo, sistema de defesa, sistema tático

ofensivo, regras e penalidades do handebol.

Objetivos:

Propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política,

possibilitando o entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser

tratadas de forma ampla, isto é,desde sua condição técnica, tática,seus elementos básicos, até

o sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural

como fenômeno de massa.

Encaminhamento Metodológico:

Page 386: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

386Inicialmente será levado em conta o que o aluno traz como referência do conteúdo

proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza- se como

preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar.

Após o mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o professor

passará a problematizar o tema, levantando questões que propiciem ao aluno uma reflexão

sobre regras e competitividade. Posteriormente o professor apresentará aos alunos o conteúdo

sistematizado , para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo,

desenvolvendo assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática.

As atividades serão realizadas em sala de jogos, e quadra esportiva.

Avaliação:

A avaliação será contínua, permanente e cumulativa, pois será realizada durante todos

os momentos da prática pedagógica. Servirá de parâmetro para o direcionamento da

organização do trabalho docente, bem como o direcionamento da atividade por parte do

Colégio.

O principal instrumento avaliativo será o comprometimento e envolvimento dos

alunos, durante a realização das atividades propostas pelo professor, considerando se houve

assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno

consegue resolver de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do

outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; e o

envolvimento do aluno nas atividades práticas e relatórios.

Resultados Esperados:

Para o Aluno: Aprendizagem dos conceitos e conhecimentos esportivos; melhora no

desempenho físico; e valorização do trabalho em grupo.

Para a Escola: Melhora nos índices de desenvolvimento, e qualidade da educação ofertada.

Para a Comunidade: Diminuição de crianças em situação de vulnerabilidade social.

Referências Bibliográficas:

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná em Educação Física- 2008

Page 387: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

387Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno-2012, Curitiba. SEED-PR.

ANEXO VIII

AÇÕES PEDAGÓGICAS A SEREM

REALIZADAS NO COLÉGIO EM

2013

Page 388: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

388

43. PROJETOS E AÇÕES PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO

43.I – IDENTIFICAÇÃO: SALA DE APOIO

DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA / SALA DE APOIO

CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE: FRANCISMARA APARECIDA FARIAS

MARINETI GOULART MARCHEZINI.

MESES: FEVERIRO, MARÇO, ABRIL, MAIO, JUNHO, JULHO, AGOSTO, SETEMBRO,

OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO.

PERÍODO: FEVEREIRO A DEZEMBRO

COORDENADOR: MARIA APARECIDA LIMA DOS SANTOS

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito

organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa

disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino

da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino,

seja pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção da proposta.

A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em

outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de

comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e

com os outros.

Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente

perante os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que

Page 389: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

389geram a linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem

garante sua própria existência e significação.

Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos

histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de

uma língua significa também apreender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da

cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o

sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz,

na atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da

predominância do trabalho linguístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade

de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes

visões de mundo.

A concepção sociointeracionista da linguagem contrapõe-se às visões

conservadoras da língua, que a tem como um objeto autônomo, sem história e sem

interferência de elementos sociais. Tal concepção reconhece um sujeito que é ativo em

sua produção linguística, que realiza um trabalho que é resultado da exploração,

consciente ou não, dos recursos formais e expressivos que a língua coloca à disposição do

falante. Além disso, também considera a presença do outro, ou seja, percebe que a

linguagem não é um ato individual, o outro se inscreve tanto no ato de

recepção/decodificação da mensagem, como no ato de sua emissão/codificação, pois no

momento em que a mensagem está sendo construída pelo emissor, o outro é condição

necessária para a existência do texto. À medida que o produtor imagina leituras não-

desejadas pelos eventuais leitores, mais clareza e pistas tende a deixar em sua produção.

O professor adepto da concepção sociointeracionista não concebe a língua como

um sistema fechado, portanto, não tenta fazer com que seus alunos se apropriem dela, seu

trabalho é possibilitar aos alunos o contato com diversos textos/contextos em que a

linguagem se faz necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações

que encontra em seu dia-a-dia, situações formais e informais, orais e escritas. Para as

produções, há um levantamento de ideias relacionadas ao assunto proposto, com

discussões que possibilitem argumentações a favor ou contra as ideias enfocadas. Em

decorrência desse trabalho, aparece nos textos a heterogeneidade de vozes, que não

reproduzem simplesmente a palavra dita pela escola ou as palavras alheias, mas a palavra

do próprio aluno.

Page 390: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

390Desse modo, o professor se coloca como um interlocutor, encarando o aluno como

sujeito de seu discurso. Com esse procedimento, o professor questiona, sugere, provoca

reações, exige explicações sobre as informações ausentes no texto, contrapõe à palavra do

aluno uma contra-palavra, refutando, polemizando, concordando e negociando sentidos

mediante as pistas deixadas no texto. Tudo isso para que o texto alcance o efeito de

sentido proposto pelo autor. O texto não é visto como um produto, mas como um

processo, como um trabalho que deve ser explorado, valorizado e vinculado aos usos

sociais.

III - OBJETIVO GERAL

* Desenvolver práticas discursivas: oralidade, leitura e escrita, bem como análise linguística.

* Mostrar a importância do domínio da língua padrão para o acesso a todo tipo de saber,

conhecimento e informação.

* Sensibilizar o educando sobre a importância do ato de ler.

* Melhorar as condições de expressão oral e escrita.

* Possibilitar a interpretação de textos com a identificação das ideias básicas, de suas

especialidades, com reconhecimento das intenções e objetivos.

* Criar condições para a montagem de textos com coerência, fluência de ideias e logicidade.

Fornecer subsídios para uma correta ortografia, pontuação e emprego de noções gramaticais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Proporcionar condições para que as dificuldades de aprendizagem sejam superadas.

IV-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

* O discurso como prática social.

* Oralidade, leitura e escrita.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Page 391: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

391* As diferenças básicas entre a oralidade e a escrita;

* Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, ritmo (leitura com relativa fluência);

* Noções básicas de argumentação, atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor;

* Linguagens culta e coloquial, adequação vocabular, considerando o contexto de uso e as

variantes lingüísticas.

V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura segue os princípios de interação,

baseando-se nas Diretrizes Curriculares apresentando maneiras possíveis de se trabalhar

atendendo assim a uma perspectiva sociointeracionista, baseada nas teorias de Bakhtin.

Dessa forma, busca-se trabalhar a clareza de objetivos dos seus conteúdos

estruturantes e encaminhamentos necessários para uma prática contextualizada e

significativa para o aluno, considerando que a sala de aula é um laboratório onde muitas

coisas podem acontecer.

A prática de ensino está baseada na oralidade, leitura e escrita e análise linguística

sendo necessário trabalhar com temas a partir de leituras e estudos de diferentes gêneros

textuais, aproveitando o conhecimento intuitivo de maneira a despertar o interesse,

utilizando assim estratégias com o propósito de atingir uma meta determinada visando à

interdisciplinaridade e à contextualização.

O ensino de língua portuguesa deverá promover o amadurecimento do domínio

discursivo da oralidade, leitura, escrita e análise linguística, para que os estudantes

compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista,

desenvolvendo a emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de

linguagem imprescindíveis ao convívio social. Para isso será utilizado o laboratório de

informática, biblioteca, materiais impressos (revistas, jornais, livros, panfletos, cartões), e

também jogos pedagógicos.

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Page 392: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

392A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar

ancorada em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do

rendimento dos alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua,

porque deve ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem,

como finalidade, detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática

educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece,

em suma, buscamos acima de tudo a superação da(s) dificuldade(s) do educando.

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 2. ed. São Paulo: Edições

Loyola, 1999.

BAKHTI N, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Trad. Yara

Frateschi Vieira. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 2002.

_____ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec (original russo de 1929),

1986.

_____ Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 3.ed. São Paulo: Hucitec,

1993.

BARROS, Diana Luz Pessoa de. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do

discurso. In Diálogos com Bakhtin. Editora da UFPR: Curitiba, 1998.

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral. Campinas: Pontes, 1991.

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – Projeto Político Pedagógico – Versão 2009.

CRUZ, R. L. Trindade da e HELLOU, Giórgia. Coleção Mosaico do Conhecimento –

Língua Portuguesa. 1ª. ed. São Paulo. IBEP, 2006.

ILARI, Rodolfo. A linguística e o ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,

1989.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 8 ed. São Paulo: contexto, 1996. (Col.

Repensando a língua portuguesa).

_____ e TRAVAGLIA, Luiz Caos. Texto e coerência. 5 ed. São Paulo: Cortez, 1997.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares da Língua

Portuguesa – 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação - Caderno

Temático de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005

Page 393: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

393PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Caderno Temático – Gênero e Diversidade

Sexual na Escola. 2009.

IDENTIFICAÇÃO: SALA DE APOIO - MATEMÁTICA

I - IDENTIFICAÇÃO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA / SALA DE APOIO

CURSO: ENSINO FUNDAMENTAL

DOCENTE: ELISABETE PELISSARI B. PONTARA.

SIDNÉIA APARECIDA B. PONTARA.

MESES: FEVEREIRO, MARÇO, ABRIL, MAIO, JUNHO, JULHO, AGOSTO,

SETEMBRO, OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO.

PERÍODO: FEVEREIRO A DEZEMBRO.

COORDENADOR: MARIA APARECIDA LIMA DOS SANTOS

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No momento atual, valoriza-se uma nova visão de Matemática e de Educação

Matemática, a qual conduz ao entendimento de que o conhecimento matemático não está

restrito à esfera acadêmica, mas também às práticas cotidianas dos diversos grupos culturais,

conforme os preceitos da Etnomatemática. Trata-se de uma visão considerada muito mais

ampla, pois a valorização de aspectos sociais e culturais no ensino de Matemática resulta em

mudanças de concepções de ciência, de ensino, de aprendizagem, de currículo, de práticas

pedagógicas e valores, logo, a Matemática tratada na escola não pode estar alheia a esta

abordagem,isto é deve conceber essa ciência como atividade própria do ser humano e fruto

espontâneo das relações sociais e políticas do meio, no qual o indivíduo está inserido.

III - OBJETIVO GERAL

■ Reconhecer e explorar os números naturais em diferentes contextos.

■ Retomar e ampliar os conhecimentos sobre as operações fundamentais com

números naturais, seus significados e aplicações na resolução de problemas.

Page 394: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

394■ Identificar o conceito de múltiplo e de divisor de um número natural e sua

relevância na Matemática e em problemas do cotidiano.

■ Reconhecer e interpretar números racionais na forma fracionária em diferentes

contextos, aplicando os conhecimentos sobre frações para representar e

resolver situações-problema.

■ Estender as regras do sistema de numeração decimal para representar números

racionais na forma decimal, compreendendo esses registros.

■ Reconhecer a forma decimal dos números em diferentes contextos, aplicando-

os na representação e na resolução de situações – problema.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Efetuar adição, subtração, multiplicação e divisão envolvendo números

naturais, reconhecendo elementos e aplicando as ideias associadas a

cada operação.

Reconhecer e utilizar propriedades das operações.

Relaciona adição e subtração, multiplicação e divisão como operações

inversas.

Estabelecer e registrar estratégias para resolver problemas por meio das

operações com números naturais.

Desenvolver o cálculo mental.

Ler e calcular potências.

Determinar raízes quadradas de número natural

Resolver expressões envolvendo as operações com números inteiros.

Reconhecer e escrever os múltiplos e divisores de um número natural.

Determinar o M.M.C de dois ou mais números naturais.

Representar partes especiais de um todo e certos resultados de medida

por meio de frações.

Ler e escrever frações, identificando e dando significado ao numerador

e ao denominador.

Conhecer o contexto histórico ligado à criação das frações.

Calcular uma fração de uma quantidade.

Operar com frações.

Page 395: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

395 Resolver problemas envolvendo frações e suas operações.

Escrever frações decimais na forma de número decimal e vice-versa.

Ler números decimais.

Operar com números decimais e estimar resultados.

Resolver problemas envolvendo números decimais.

IV-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números naturais.

Múltiplos e divisores.

Frações.

Números decimais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Compreensão da tabuada

Adição e subtração de números naturais

Problemas envolvendo adição e subtração de números naturais

Multiplicação de números naturais.

Problemas envolvendo a multiplicação de números naturais

Divisão de números naturais.

Potenciação e radiciação de números naturais

Problemas envolvendo a divisão de números naturais.

Revisando as operações envolvendo números naturais.

Inteiro e partes do inteiro.

Frações de uma quantidade.

Números mistos e frações impróprias.

Frações equivalentes.

Comparação de frações.

Operações com frações.

Potenciação e raiz quadrada de frações.

A notação decimal.

Adição e subtração de números decimais.

Page 396: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

396 Multiplicando e dividindo por 10,100,1000.

Multiplicação e divisão de números decimais.

V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O ensino da Matemática deve se voltar para o desenvolvimento de competências

habilidades, promovendo assim a aquisição de conhecimento .Para se alcançar é necessário

que seja utilizados todos os recursos disponíveis .Criando assim momentos de interação entre

educador e educando. Diante disso, propõem – se várias possibilidades de trabalho.

− Aula expositiva

− Atividade extra-classe

− Pesquisa em panfletos e revistas de preços de produtos

− Aulas no laboratório de informática

− Atividades práticas

− Material concreto: ábaco material dourado, embalagens diversas, palitos de

sorvete, tampinha de garrafa, panfletos.

− Jogos

VI - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino – aprendizagem, em que o

objetivo não é verificado através de uma medição a quantidade de informações retidas pelo

aluno ao longo de um determinado período. Ela deve servir como instrumento de diagnóstico

do processo de ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de

todos os componentes desse processo.

O conhecimento é construção humana e social e o nosso não é construído de um dia

para o outro, de uma situação para a outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo

trabalha e reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar, na

avaliação, não somente o produto, mas principalmente o processo. Só a consideração conjunta

do resultado e do processo nos permite estabelecer interpretações significativas.

Page 397: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

397Deste modo o aluno será avaliado através de debates, trabalhos em classe e

extraclasse, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, o desenvolvimento

do mesmo servirá como um diagnóstico do processo

VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

CARACOL - ENSINO FUNDAMENTAL – Matemática 4 série – Maria Tereza , Maria do

Carmo , Maria Elisabete , Armando coelho. Editora Scipione. 2009

PRATICANDO MATEMÁTICA 5 SÉRIE – Andrini Álvaro, Vasconcellos Maria José

.Editora do Brasil.2006.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS _ SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

Departamento de Ensino Fundamental. 2005.

MATEMÁTICA. ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR – SAEB/Prova Brasil.2009.

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – Orientações Pedagógicas para os Anos

Iniciais _ Secretária de Estado da Educação do Paraná. 2010.

Page 398: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

398

43.3 IDENTIFICAÇÃO: - ESPANHOL APRIMORAMENTO

I – IDENTIFICAÇÃO

DOCENTE RESPONSÁVEL: SILVANA DELLI COLLI MORALES

COORDENADORA: LILIAN MARIA RUIZ BORIM

II - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de língua estrangeira moderna no Brasil, desde a sua colonização com a

chegada da família real em 1808, sofreu muitas mudanças devido à organização social,

política e econômica. No inicio era privilegiado o ensino do latim e grego, pois primavam

pelo pensamento e pela literatura. Mas com o passar do tempo e com as transições ocorridas

na educação brasileira, outras línguas tiveram seu espaço como: inglês, francês, italiano,

alemão, espanhol.

Tais idiomas tiveram espaço com a criação do Centro de Línguas Estrangeiras pelo

Colégio Estadual do Paraná em 1982, em que foi quebrada uma hegemonia que só ensinava a

língua inglesa nas escolas públicas do Paraná, dando a opção dos alunos estudarem outro

idioma no contra turno. A partir deste Centro e da diversidade de línguas estrangeiras

ofertadas pelos vestibulares, veio o reconhecimento da importância de se ensinar várias

línguas nas escolas públicas. Sendo assim, o CELEM foi criado em agosto de 1986 “como

forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a historia paranaense”

(DCE, p.46, 2009), porque o ensino de línguas deve ir além, deve-se o lugar propicio para

aprender novas culturas.

A LDB n. 9.394 determinou que fosse ofertado pelo menos uma língua estrangeira

moderna nas escolas públicas de todo país e outra que fosse optativa pela comunidade escolar.

Page 399: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

399Já a lei 11.161 de 5 de agosto de 2005 tornou obrigatório a oferta do ensino de Língua

Espanhola no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras com matrícula facultativa para o

aluno. Esta lei veio ao encontro dos interesses socioeconômicos e políticos do Brasil e os

países que fazem parte do Mercosul.

A nossa proposta pedagógica para o CELEM - Curso de Aprimoramento em Língua

Espanhola - tem como embasamento a concepção sócio-interacionista de linguagem, pois

aprender uma língua na escola é muito mais que aprender regras ou memorizar

nomenclaturas. Neste sentido, o Aprimoramento vem para enriquecer o que já foi estudado no

curso básico com mais ênfase na oralidade.

A língua espanhola, sendo a segunda língua de comunicação no mundo, tem grande

importância nas escolas brasileiras. Essa importância, não é só de saber outro idioma, mas

também, de contribuir para o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em

especial a espanhola, ajudará o aluno a entender o funcionamento de sua própria língua

materna, através de comparações entre os dois idiomas.

Além da compreensão do português, a língua estrangeira proporcionará aos alunos o

conhecimento de outras culturas, e isso, irá enriquecê-los não somente como alunos, mas

também como seres humanos, dando-lhes a oportunidade de responderem as exigências do

novo mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.

Sabemos que linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a

linguagem que possibilita ao homem perceber o mundo e posicionar-se criticamente perante

os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que suscitam a

linguagem, suas renovações e alterações. Sendo assim, é no espaço social que a linguagem

garante sua própria existência e significação.

A aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a possibilidade de

aumentar a auto-percepção do aluno como ser humano e também como cidadão. Aprender

uma nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá

desenvolver uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sócio-

políticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de

outra língua os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as

Diretrizes Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de

identidades.

A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é um

direito de todo cidadão, sendo assim, é de suma importância que os alunos tenham a

Page 400: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

400oportunidade de aprimorar seus conhecimentos em língua espanhola uma nova língua. Uma

vez que se sabe que um adolescente que tem contato com outro idioma certamente terá mais

facilidade para se adequar ao “mundo moderno”, isto é, conhecer outro idioma é ter um

passaporte para o ingresso na sociedade da informação e do conhecimento. É o ensino

centrado na cidadania e na inclusão social.

Então, concebemos língua como um sistema de signos histórico-social que permite ao

homem a (re) construção da realidade. Assim, apropriar-se de uma língua significa também

entender seus significados culturais.

É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da

cultura, como valores, normas e atitudes.

Atualmente, além do interesse particular que o espanhol pode despertar, vivemos uma

época de relações político-comercial que nos convida a este encontro. Entender e comunicar-

se sem idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial, posto que, saber a língua

do outro é ir muito além, é se reiterar-se de uma nova cultura e até mesmo da nossa.

Além disso, deve-se considerar também o papel da língua espanhola, cuja importância

cresce em função da ampliação das trocas econômicas entre os países que integram o

Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).

Podemos notar que a língua espanhola não está presente na sala de aula somente como

objeto de ensino, mas também, como um idioma que está aproximando países da América

Latina, tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser

significativas para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive.

O curso em questão tem por finalidade, por meio da oralidade e da escrita, possibilitar que o

aluno possa fazer uso da língua estrangeira em seu real uso como em viagens, trabalho e

traduções para empresas. Por isso, a necessidade de se aprimorar constantemente, buscando

novos caminhos para aprender e usar o idioma espanhol de forma expressiva e eficaz. Sendo

assim, o objeto de estudo desta língua para o Aprimoramento deve contemplar as relações

com a cultura, o sujeito e a identidade de cada aluno em contato com mundo linguisticamente

constituído. Espera-se que o aluno use a língua em situações reais de uso em comunicação

oral e escrita e que vivencie na aula de língua estrangeira formas de participação que possam

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas e, acima de tudo, reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural em situações de comunicação.

Page 401: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

401

III – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Sabe-se que toda língua está em constante transformação devido à história e

principalmente a cultura que a envolve. Sendo um mecanismo de transformação a língua é

dinâmica, dialógica, heterogênea, plural e opaca.

Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre

interlocutores e diálogos entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser

humano precisa de outro para comunicar-se, portanto a vida é dialógica por natureza. Sendo

assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo menos dois

interlocutores, e para haver diálogo entre discurso é necessário que haja relações com outros

discursos, (entendidas como textos). Para Bakhtin, o sujeito surge de seu conhecimento e é

fundamental no discurso que produz então esse sujeito não está acabado, pois busca novas

perspectivas. Dessa maneira, o dialogismo age dentro de uma sociedade e em qualquer

produção cultural, porque não há produção cultural fora da linguagem.

Por isso, através de uma visão crítica e social esse aluno deverá tomar conhecimento

da importância da Língua Estrangeira Moderna no seu cotidiano, porque todo discurso está

vinculado à história e ao mundo social de que somos parte integrante.

Para uma aprendizagem significativa é importante que o aluno saiba usar seus

conhecimentos adquiridos por meio de atos de compreensão, produção oral e escrita,

possibilitando assim a expansão de suas capacidades críticas.

Os objetivos que permeiam as diretrizes curriculares são flexíveis devido às

particularidades regionais, mas específicos em um direcionamento comum. Devem primar

pela aprendizagem expressiva, isto é, que os educandos possam realmente fazer uso da língua

em estudo em momentos reais de comunicação. Sendo assim é fundamental que o aluno

adquira condições para compreender e ser compreendido em LEM.

O objetivo do Curso de Aprimoramento é, portanto, de oportunizar e de ampliar a

visão de mundo através das habilidades oral e escrita; conhecer e valorizar as diferentes

culturas e suas manifestações; usar os conhecimentos adquiridos para a interpretação da

realidade; avaliar as diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano-

Page 402: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

402América; conscientizar-se da importância de saber outro idioma para seu crescimento

intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer, nos dois diferentes idiomas.

No Aprimoramento o objetivo é que os alunos possam se comunicar de maneira

fluente tanto na escrita como na fala, com auxílio de diferentes mecanismos de comunicação e

estudo como: textos, músicas, filmes, revistas e jornais em língua espanhola. Por meio dessas

atividades os educandos farão debates, seminários, testes com questões de vestibulares,

simulações de conversas impessoais e comerciais utilizando estritamente o idioma espanhol.

IV - CONTEÚDO ESTRUTURANTE E CONTEÚDOS BÁSICOS

Segundo a DCE (2009) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,

são legitimados socialmente”. (p.61). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação

verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.

Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio

das práticas discursivas que envolvem a oralidade, a leitura de mundo, a prática escrita nas

múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.

Seguem os possíveis conteúdos básicos programados para do Curso de Língua

Estrangeira, tendo como base os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de

circulação e em consonância com as Práticas Discursivas de leitura, oralidade e escrita.

Esfera cotidiana de circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

Letra de música

Receita culinária

Álbum de família

Cartão postal

Page 403: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

403Trava línguas

Rótulos

Exposição oral

Adivinhas

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio

Comercial para radio e TV

Folder

Placas

Publicidade Comercial

Slogan

Esfera produção de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera jornalística de circulação:

Anúncio classificados

Anúncio de emprego

Cartum

Charge

Entrevista

Horóscopo

Reportagem

Sinopse de filme

Tiras

Esfera artística de circulação:

Autobiografia

Page 404: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

404Biografia

Contos

Fábulas

História em quadrinhos

Narrativas

Poemas

Letras de música

Esfera escolar de circulação:

Cartaz

Diálogo

Exposição oral

Mapas

Resumo

Esfera literária de circulação:

Conto

Crônica

Fábula

História em quadrinhos

Poema

Esfera midiática de circulação:

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Telejornal

Telenovela

Videoclipe

Desenho animado

Filme

Esfera científica de circulação:

Pesquisa

Page 405: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

405Resumo

Verbetes

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,

números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no

título, subtítulo, legendas e textos

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

Fatores de textualidade centrada no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Page 406: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

406

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centrada no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas,

números, substantivos próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no

título, subtítulo, legendas e textos

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centrada no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Page 407: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

407·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,

gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

V- METODOLOGIA

Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, seria necessário que criássemos

pela primeira vez no processo da fala, ou a comunicação verbal seria quase impossível

(Bakhtin, 1998). Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que

aprendemos a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é

fundamental que se apresente ao aluno diferentes textos textuais, mas sem categorizá-los.

Portanto, o objetivo do aprimoramento será de proporcionar ao aluno a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Apresentar ao aluno textos pertencentes aos vários gêneros: publicitários, jornalísticos,

literários, informativos, de opinião, etc., de suma importância para o crescimento educacional

do aluno, sempre aproveitando o conhecimento prévio que o aluno já possui.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama de

discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam as

relações sociais e as relações de poder.

Os conteúdos específicos para o CELEM serão desdobrados a partir do trabalho com

gêneros textuais (verbais e não-verbais), considerando seus elementos linguístico-discursivos

(fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas

(leitura, escrita, oralidade). Portanto, os gêneros escolhidos para o trabalho pedagógico

definirão os conteúdos básicos e específicos, bem como as praticas discursivas a serem

trabalhadas. Dessa maneira será trabalhada a Lei n°. 10.639/03, que trata das Relações étnico-

raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Esta temática será trabalhada

através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afrodescendente, dentro da

Língua Espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros,

documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros.

Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise linguístico-discursiva dos elementos

não só de natureza linguística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando à

Page 408: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

408abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos

alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os gêneros textuais, com diferentes graus

de complexidade da estrutura linguística, pois os mesmos estarão presentes no aprendizado e

no desenvolvimento dos alunos como cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das

escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto é

fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita, da oralidade e da

compreensão auditiva. Além disso, os textos trabalhados serão enriquecidos por músicas,

filmes, debates, pesquisas, jogos, teatros, danças entre outras atividades que serão

desenvolvidas visando o crescimento do aluno.

Para o desenvolvimento deste diferenciados textos serão observados os diferentes

níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, considerando quaisquer

peculiaridades que venham a ser detectadas.

Será trabalhada a leitura no que diz respeito ao tema dos textos, a finalidade, léxico, os

elementos de composição de gênero, a aceitação do tema, repetição de palavras e outras.

Sendo que, as práticas de leitura devem propiciar um entendimento e contextualização do

tema com os conhecimentos prévios de cada aluno. Na oralidade será trabalhado o tema

proposto e sua finalidade, seus elementos extralinguísticos, coerência e coesão, o papel do

interlocutor/ locutor e outros.

Dentro da oralidade, da escrita e da leitura serão trabalhados conteúdos gramaticais e

semânticos dentro dos textos por meio de análise linguística, para que o aluno possa entender

que cada palavra exerce uma função diferente, dependendo, de como é empregada num texto

e numa situação real de comunicação.

Ensinar Língua Estrangeira implica pensar nas ações pedagógicas, fundamentadas na

construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a

relação teoria-prática, na busca do entendimento das diferentes formas do saber. Deve-se

considerar o aluno como agente ativo no processo de aprendizagem.

Visando a nova versão das Diretrizes Curriculares, a metodologia seguirá alguns

aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por exemplo, o número de

alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. Deve-se considerar o aluno como

agente ativo no processo de aprendizagem.

O ensino da Língua Estrangeira, assim como a língua materna, deve ter o texto como

material linguístico articulador da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o

Page 409: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

409trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão

de mundo, de uma intenção e de um momento de produção, para que o aluno desenvolva um

novo pensar sobre o idioma que está aprendendo. Dessa forma, considera-se a linguagem a

partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o

objetivo de analisar as práticas de linguagem – leitura, análise linguística e produção textual.

Durante a prática da oralidade, será desenvolvido um trabalho gradativo, que permita

ao aluno conhecer e usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade

desse uso e determinados contextos sociais, tendo o entendimento de que poderá usar o

dialeto que lhe é peculiar.

A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e

não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors), cinética (sonora,

olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam

identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,

subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e

estabelecer relações intertextuais.

Como vimos nas aulas de Língua Estrangeira Moderna deverão ser abordados vários

gêneros textuais, em atividades diversas, para que seja analisada a função de que cada texto

exerce. Para que haja uma efetiva aprendizagem deve-se levar em consideração a composição

de cada texto, a distribuição de informações, o grau de informação, a intertextualidade, os

elementos coesivos, a coerência e por último, mas não menos importante, a gramática. O

ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o texto, mas também, não pode

abandoná-la.

É importante ressaltar que não adianta disponibilizar textos aos alunos sem uma

intenção, isto é, levar texto por levar para a sala de aula não é o bastante. É imprescindível

que o professor saiba provocar a imaginação de seus alunos, que enfatize a reflexão sobre o

uso de cada um deles e avalie o contexto em que está sendo inserido.

Por esse motivo é importante que sejam privilegiados os gêneros discursivos como

textos jornalísticos, literários, informativos, instrucionais entre outros em sala de aula, por sua

grande importância para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus interlocutores no

processo de aprendizagem.

Bakhtin traz a heterogeneidade, o dialogismo (entenda-se por diálogo entre

interlocutores e diálogo entre discursos). Ele afirma que a linguagem é dialógica, pois o ser

Page 410: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

410humano precisa de outro para comunicar-se, ainda segundo Bakhtin “a vida é dialógica por

natureza”.

Sendo assim, o discurso não é individual, porque para haver diálogo precisa-se de pelo

menos dois interlocutores, e para haver diálogo entre discursos é necessário que haja relações

com outros discursos, entendidas aqui como textos. Então, os gêneros do discurso constituem

as falas e se organizam historicamente a partir de novas situações de interação verbal.

No Aprimoramento será feito uso dos mais variados textos para uma real

aprendizagem como a elaboração de tarefas diversificadas como: leitura de poemas em jogral,

jogos, músicas, filmes, entre outras, pois quando esse aluno interagir com textos diversos

perceberá que as formas linguísticas não são idênticas e não assumem o mesmo significado,

isto é, são flexíveis e variam de acordo com o contexto e situação em que o discurso,

entendido como fala, é utilizado. Sendo assim, para que haja uma aprendizagem eficaz temos

que fazer uma sondagem e assim levar textos significativos para os alunos para que eles se

sintam parte integrante do processo de ensino-aprendizagem.

Em cada texto escolhido deverá levar em consideração o gênero, ou seja, onde e para

que cada tipo de texto é utilizado, para que ele serve. Por exemplo, uma noticia de jornal é um

texto informativo, uma reportagem, um texto midiático? Enfim, caberá ao professor mostrar a

aplicabilidade de cada texto e em que contexto ele está inserido. Além do gênero deverá

observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui qual sua influência na nossa

cultura e de outros países, para quem foi escrito, quem escreveu, com qual objetivo, etc.

Quanto à variedade lingüística e a análise lingüística, devemos tomar o cuidado para

não transformar o texto em pretexto para ensinar gramática que não é o objetivo das mesmas.

Analisar linguisticamente um texto é produzir significados por meio das palavras num

todo e não palavra por palavra ou frase por frase como a gramática “pede”. Ainda como

formas de aprendizagem podem fazer pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o

assunto, discussões para aprimoramento do idioma e valorização da pesquisa feita e produção

textual em que o aluno produzirá seu texto em língua estrangeira com ajuda do professor.

VI - RECURSOS DISPONÍVEIS

Page 411: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

411Para o Aprimoramento em língua espanhola serão utilizados Rádio, DVD, TV Pen

drive, laboratório de informática, Livro Didático Público, textos midiáticos, literários e outros,

sempre que houver a necessidade de uma adequação a aula ministrada.

VII - AVALIAÇÃO

Quanto às avaliações é recomendável considerar as diversas formas, como a

diagnóstica, a somativa, contínua e a dialógica de acordo com a situação específica.

Contínua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica

porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajuste ou mudanças da

prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mas principalmente ao

ensino que se oferece.

A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos

pela escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos formatos da avaliação

deve oferecer oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.

Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades

básicas: apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no

processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua

prática em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.

Serão feitas avaliações nos quatro bimestres, com atribuição de notas e posteriormente

de uma média. Sendo as avaliações divididas em audição, leitura, escrita, pesquisas em sala

de aula, trabalhos em grupos ou individuais para progressão dos alunos de acordo com o

estabelecido pelo projeto político pedagógico da escola em acordo com a DCE.

Na escrita será avaliado a clareza em que o educando expressa suas ideias, organiza

textos com coerência e coesão atendendo as situações propostas como gênero, interlocutor e

consiga utilizar adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, substantivos,

adjetivos, verbos, pronomes, etc. Na leitura será avaliada a compreensão do texto lido, as

informações implícitas e explicitas no texto, a ideia principal do texto e todas as formas que

são pertinentes ao uso do discurso. Na oralidade será avaliada a entonação, pausas, gestos, a

coerência em que apresentará sua ideia, a utilização da linguagem formal ou informal, os

diálogos, gêneros orais trabalhados entre outros. Será avaliada a maneira como o educando

consegue entender os recursos sonoros de uma música, filme ou um diálogo em sala.

Dessa maneira, as notas serão divididas em quatro avaliações: escrita valor 4,0 (quatro

vírgula zero), audição valor 2,0 (dois vírgula zero), leitura e oralidade valor 2,0 (dois vírgula

Page 412: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

412zero) e trabalhos valor 2,0 (dois vírgula zero), totalizando uma escala de 0 a 10 (zero a dez).

Para a promoção e certificação a média final mínima exigida será de 6,0 (seis vírgula zero).

A recuperação será oferecida de forma contínua a todos os alunos com revisão de

conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a

progressão e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% (setenta e cinco

por cento).

VIII - BIBLIOGRAFIA

BARROS, Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. In: Bakhtin,

dialogismo e construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMP, 1997.

DIRETRIZES CURRICULARES, Educação Básica, LEM, Curitiba, 2009.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Superintendência da Educação. Instrução

Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Orientações Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna – Ensino Médio. Fevereiro/2006

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação; Livro Didático Público – Língua Estrangeira

Moderna – Ensino Médio.

PAZ, Rodriguez Luz. La Expresión en la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha.

23-6. Set.1998.

Page 413: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

413

43.4. GINCANA DA SOLIDARIEDADE

A Gincana da Solidariedade terá no ano de 2013 a sua 8ª versão, sendo que

inicialmente era denominada de Gincana da Pátria, porque ocorria na Semana da Pátria.

Desenvolve atividades culturais, recreativas, artísticas, educativas, acadêmicas e

solidárias com os educandos dos períodos da manhã e tarde.

O ponto culminante da gincana ocorre com a apresentação de todas as provas,

sendo que a principal atividade é a arrecadação de caixas de leite longa vida, óleo e papel

higiênico; que são doadas ao Hospital do Câncer de Londrina.

Esta ação comunitária e solidária mobiliza diversos segmentos da sociedade que

ao colaborar com a doação de caixa de leite, expressam grande satisfação e ressaltam que esta

é uma atividade nobre e digna de apreço.

.

43.5 DIA DO ENCAPAMENTO

Pioneiros, são pessoas que abraçam uma ideia ainda que em fase inicial e levam-

na a prática. Para isso, é necessária iniciativa e compromisso.

Esse propósito deu origem ao trabalho que prioriza, sobretudo a conscientização

do aluno e da família quanto a conservação do livro didático, para que se perceba ativo no

mundo que o rodeia.

São vários os caminhos, várias possibilidades, muitos programas novos. Mas o

objetivo é único: lutar contra a desigualdade, promovendo uma educação digna e de qualidade

para todos.

Para a conquista de um ensino melhor e mais igualitário, são imprescindíveis bons

professores, boas escolas e bons livros. O Ministério da Educação está enfrentando esse

desafio de diversas formas: ao investir na valorização e na formação de professores, ao

ampliar o atendimento escolar, ao avaliar e distribuir livros didáticos e de leitura às escolas

públicas.

Page 414: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

414É certo que o livro didático não é, e não poderia ser o único material didático de

apoio do trabalho pedagógico. Na verdade, nenhum material, por melhor que seja, é por si

mesmo, um instrumento suficiente para subsidiar o trabalho pedagógico

O cotidiano em sala de aula, o empenho do professor, estes sim, são inestimáveis

e indispensáveis. Mas o livro didático é um importante aliado para que o professor por meio

de uma boa escolha e uso possa lutar para reduzir os índices de baixo aproveitamento escolar

que ainda hoje ocorre.

Encarar o livro didático como auxiliar do trabalho docente implica especial

atenção ao manual do professor. Assim, este manual não pode ser simplesmente o livro do

aluno com as respostas aos exercícios. Deve explicitar a proposta curricular e metodológica,

como contribuem para que sejam atingidos os objetivos do ensino, além de se preocupar com

o aperfeiçoamento profissional do professor e em particular, diante da inquietação atual sobre

as modalidades de avaliação da aprendizagem.

Para que o livro didático seja um bom auxiliar do professor, procedimentos,

informações e conceitos devem estar corretos do ponto de vista das áreas do conhecimento a

que se vinculam. Além disso, tais procedimentos, informações e conceitos devem ser

apreciados à situação didático-pedagógica a que servem.

Também é importante que o livro contribua para a construção da ética necessária

ao convívio social democrático, o que obriga ao “respeito à liberdade” e ao “apego a

tolerância” (LDB, Título II, art. 3º, IV).

Com isso, entendemos que o livro didático pode construir referência importante

para as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem, trazendo conteúdos e

apresentando técnicas para o desenvolvimento do aprendizado.

A atividade do “Dia do Encapamento” é um dia destinado à entrega dos Livros

Didáticos aos alunos, acompanhados pelos seus pais, orientando-os e auxiliando-os sobre o

procedimento de como encapá-los, para melhor conservação.

No início do ano letivo, reúne-se direção, equipe pedagógica e administrativa,

professores, pais e alunos para realizar o encapamento dos livros didáticos, nos turnos,

matutino, vespertino e noturno, sendo que, por meio dessa atividade, consegue-se maior

aproximação junto às famílias dos educandos.

Por meio dessa atividade pretende-se proporcionar melhor relacionamento

Professor/Aluno, Família/Escola, bem como, conscientizar pais e alunos sobre a importância

da conservação do livro didáticos.

Page 415: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

415Para a realização da atividade do Dia do Encapamento é necessário, mesas,

cadeiras, plástico, tesoura e durex.

43.6 RAÍZES AFRICANAS E INDÍGENAS:

A ação pedagógica - Raízes Africanas e indígenas ocorrem de modo interdisciplinar e

vem atender os propósitos expressos na indicação CNE/CP 06/2002, bem como regulamentar

a alteração trazida à Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei 11.645

de 10 de março de 2008, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena na Educação Básica, como vertente de estudos em

Língua Portuguesa - Literatura Brasileira e Literatura Afro-brasileira.

Uma atividade que propõe uma discussão sobre a identidade cultural entre

culturas diferentes, construindo uma reflexão acerca do homem, tanto no que abrange a sua

individualidade, quanto a sua posição no âmbito social e coletivo, além de proporcionar a

pesquisas sobre a cultura afro-brasileira em suas mais variadas manifestações, dentro de uma

perspectiva abrangente, ou seja, de modo a entrelaçar as diversas linhas do conhecimento:

Língua Portuguesa, História, Geografia, Artes, Ciências, Educação Física etc.

Por meio dessa atividade, pretende-se trabalhar a questão da diversidade cultural

entre a África e o Brasil e o povo indígena, na busca de uma identificação com as nossas

raízes culturais, no intuito de resgatar a cidadania e buscar entender os aspectos da cultura

afro-brasileira e indígena em nosso meio.

Objetiva-se, ainda através desse trabalho, desenvolver e divulgar, na escola e na

comunidade, estudos que propiciem o resgate da cultura afro-brasileira e indígena.

Demais objetivos desta atividade:

- Identificar e analisar de forma crítica os elementos geradores das diferenças,

objetivando o combate ao preconceito, ao racismo, fatores de exclusão do

educando;

- Incentivar a pesquisa para a divulgação da cultura afro-brasileira e indígena e da

sua importância na formação histórica, cultural, étnica e econômica.

- Possibilitar a construção de um “nós” entre a cultura africana e a brasileira, a

cultura indígena e a brasileira, de uma história e de uma identidade, possibilitando

Page 416: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

416a releitura e a valorização da cultura afro-brasileira, dos afrodescendentes e dos

indígenas.

- Promover a valorização da análise dos textos literários afro-brasileiros e a

reflexão sobre conceitos e estereótipos acerca do negro e do indígena.

- Promover a formação de opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os

cidadãos para a consciência étnico-racial.

- Trabalhar a autoestima no educando, para que o mesmo possa fazer suas

considerações positivas no relacionamento social com os seus semelhantes.

- Trabalhar no educador, a postura, a educação e a construção de uma autoestima

positiva.

O ápice desse trabalho ocorre no dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra,

dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

Nessa data ocorre a apresentação de atividades artístico-culturais, como recitação

de poesias, danças, teatros, bem como, expõe-se em murais os cartazes, poesias e gráficos

referentes ao estudo realizado.

Temas de estudos:

Cultura Africana: memória, valores e tradições; A participação dos africanos e de

seus descendentes na formação histórico-cultural do Brasil; A Literatura Afro-brasileira e suas

expressões significativas; O preconceito racial no Brasil; O negro na África; A religiosidade;

Os quilombolas: a força e a resistência cultural dos negros; O cotidiano dos descendentes

afro-brasileiros; A diversidade cultural, o multiculturalismo e o racismo.

Áreas de interdisciplinaridade:

Língua Portuguesa - História - Geografia - Arte - Educação Física - Ciências -

Matemática.

Obs.: As atividades pedagógicas desenvolvidas pelos docentes das diversas

disciplinas, referentes à cultura indígena ocorrerão durante o ano letivo, sendo que será

intensificada no mês de abril, devido ao Dia do Índio e do Descobrimento do Brasil.

Page 417: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

41743.7. PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

A Psicologia Escolar é uma área da Psicologia que tem acendido inúmeras

cogitações acerca da identidade dos profissionais que nela atuam especialmente a necessidade

de uma redefinição do papel do psicólogo na escola e de reestruturação da formação

acadêmica.

Uma das possibilidades de atuação da psicologia escolar se refere ao trabalho de

Orientação Profissional para alunos. O programa utilizado para intervenção no Colégio

Estadual Rui Barbosa fundamenta-se nos postulados do livro Orientação Profissional sob o

enfoque da Análise do Comportamento, no qual, a autora Cyntia Borges de Moura, o elaborou

a partir de pesquisas realizadas que obtiveram como resultados avanços significativos no

processo de tomada de decisão profissional dos adolescentes participantes.

Embora problemas com decisões profissionais sejam comuns ao longo de toda a

vida do individuo, é na adolescência que essas dificuldades ganham ênfase, pois é o momento

em que o jovem se depara com a necessidade de escolher um curso para preparação

profissional. Dessa maneira, além do enfrentamento das mudanças corporais, psicológicas e

sociais, o adolescente ainda se confronta com o problema da decisão profissional.

Importante se faz destacar a diferença entre orientação profissional e testes

vocacionais, salientando que a orientação é um processo de aprendizagem de fazer escolhas.

O programa, para isso, definiu o problema da escolha profissional como sendo de

aprendizagem de tomada de decisão, e não apenas de escolha de uma profissão.

MOURA (2008) lembra que escolher ou tomar uma decisão são comportamentos

operantes que podem ser ensinados, e também aprendidos. A autora cita a definição de

Skinner (1989), onde aprender a manipular uma decisão significa aprender a manipular

variáveis:

Segundo ele, o comportamento de decidir é, essencialmente, um

processo de criar condições que tornem um dado curso de ação mais

provável do que outro. (...) Assim, “decidir-se” é, para Skinner, antes de

tudo, um processo de manipulação de classes especificas de estímulos

que pode ser efetuado pela própria pessoa que está se decidindo.

(MOURA (2008), p. 33/34).

Page 418: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

418No contexto da orientação profissional, o tomar uma decisão pode ser entendido

como o resultado de um processo de aprendizagem de habilidades de resolução de problemas.

Toda decisão envolve dificuldade por implicar escolhas. Conhecer-se é um requisito essencial

para a escolha ideal.

Após definir o problema da decisão, e identificar os fatores que dificultam a

escolha, se faz necessário que os adolescentes discriminem suas características pessoais antes

de analisar qualquer alternativa profissional. MOURA (2008) ressalta que a atividade de

identificar e descrever as características pessoais, interesses e as habilidades, promove um

aprofundamento do autoconhecimento, o que facilita a escolha das opções profissionais.

Ampliando seu repertório de autoconhecimento, e conhecendo quais são os seus

reforçadores atuais, certamente os adolescentes farão escolhas que impliquem na presença de

tais reforçadores no futuro. Dessa forma, há a tendência da satisfação com o envolvimento

nos estudos preparatórios, e o sentimento de segurança quanto à escolha realizada.

Objetivos:

• Analisar junto aos adolescentes as variáveis controladoras implicadas na esco-

lha de uma carreira profissional;

• Levar o adolescente a observar e discriminar as relações existentes entre esco-

lha profissional e historia de vida, e ainda como a escolha de uma profissão

está diretamente ligada às escolhas que aprendemos a fazer ao longo da vida;

• Desenvolver habilidades necessárias para a escolha, a partir do fortalecimento

das respostas que compõem o comportamento de tomada de decisão.

• Definir o problema de escolha profissional do cliente.

• Identificar fatores que estão dificultando sua tomada de decisão profissional.

Assim sendo, a sessão objetiva discriminar os fatores pessoais relacionados às

dificuldades apresentadas. De forma que o cliente discrimine a que controles

está respondendo e como isso está dificultando sua tomada de decisão.

• Identificar e descrever características pessoais, habilidades e atividades de in-

teresse.

• Discutir a relação entre interesses, habilidades e potencial de aprendizagem e

suas implicações para o desempenho de qualquer atividade profissional.

• Relacionar características, capacidades e habilidades das pessoas frente ás exi-

gências das profissões e áreas de atuação selecionadas;

Page 419: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

419• Discutir a relação entre as profissões (profissão - profissão e individuo -profis-

são) e as diversas formas de classificação e combinação das profissões;

• Refletir sobre os critérios para a seleção de alternativas profissionais, e tomada

de decisão;

• Selecionar as profissões de interesse para investigação e busca de informação.

• Realizar leituras, em material informativo, sobre as profissões de interesse.

• Discutir a importância da pesquisa e da informação profissional sobre a sele-

ção de critérios de tomada de decisão.

• Aprofundar o conhecimento das profissões, desfazendo informações incorretas

ou distorcidas sobre cursos e carreiras, por meio da realização e dramatização

de entrevistas com profissionais de diversas áreas.

• Tomar consciência de quais variáveis da realidade profissional devem compor

os critérios individuas de escolha profissional.

• Proporcionar a vivencia para que o cliente aprenda a colocar-se no lugar do

outro, vivenciando mesmo que de forma artificial, a condição de profissional

de uma determinada área. Essa experiência pode proporcionar uma analise da

condição de exercer essa profissão a partir da própria perspectiva, o que facili-

ta o processo de incluir e excluir profissões.

• Identificar ou definir valores pessoais que comporão os critérios envolvidos na

tomada de decisão (definir o que conta mais na hora de decidir).

• Definir metas pessoais ligadas ao alcance de metas profissionais a médio e

longo prazo.

• Discutir alternativas de resolução dos problemas relacionados a tomada de de-

cisão: como operacionalizar as informações obtidas em comportamentos dire-

cionados à meta de escolha profissional.

Justificativa:

Num contexto onde os jovens procuram sua profissionalização através de cursos

superiores é natural que existam dúvidas relacionadas a sua escolha, uma vez que isso envolve

inúmeros fatores que culminam na decisão final.

Page 420: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

420Sendo assim, entende-se que o processo de realizar uma escolha envolve

comportamentos que são frutos dos níveis de seleção ontogenético e cultural. Considerando a

magnitude da tomada de decisão urge a necessidade do autoconhecimento, compreendendo

habilidades e potencialidades que serão pilares para o sucesso no mundo profissional e na

vida propriamente dita.

Diante da solicitação de trabalho realizada pela escola, considerando a demanda

encontrada no campo do estágio, a maneira mais plausível para intervir, é a formação de um

grupo de adolescentes para a execução de um trabalho de intervenção direcionado para um

programa de Orientação profissional sob o enfoque da análise do comportamento.

Metodologia:

Este programa de orientação profissional então se subdivide em três etapas. A

primeira denominada Autoconhecimento, que visa aumentar a reflexão dos adolescentes sobre

si mesmos. A segunda, objetiva promover os conhecimentos das profissões existentes pelos

materiais informativos. E a terceira etapa refere-se à integração das informações obtidas nas

etapas anteriores, com o objetivo de restringir as opções profissionais selecionadas e favorecer

a tomada de decisão.

O programa está organizado em oito sessões planejadas para o formato de

orientação em grupo, somado a duas sessões (a primeira e a ultima) oferecendo atendimentos

individuais. O publico enquadra adolescentes que se encontram no momento de fazer sua

primeira opção profissional.

Referências bibliográficas:

MOURA, C. B. Orientação Profissional Sob o Enfoque da Análise do Comportamento.

Campinas: Editora Alínea, 2008.

Page 421: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

42143.8. PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Apresentação:

Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio

Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 – Centro

Jandaia do Sul – Paraná

NRE de Apucarana

Identificação do curso:

Professor orientador:

Justificativa:

Levando em consideração os preceitos legais da Lei 11.788/2008 e da Instrução

006/2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do estágio dos

estudantes, as Instituições de Ensino da rede estadual, obrigatoriamente, deverão prever o

estágio não-obrigatório, assumido pela instituição a partir da demanda dos alunos,

desenvolvido como atividade opcional para o aluno, com idade mínima de 16 anos, acrescida

a carga horária regular e obrigatória, não interferindo na aprovação e reprovação do aluno.

Considerando que o “estágio é o ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências

pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a

prevalecer sobre o aspecto produtivo” (Instrução nº 006/2009 SUED/SEED), o

desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção do estudante,

considerando os riscos decorrentes de fatores relacionados ao ambiente, condições e formas

de organização do trabalho.

Page 422: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

422O estágio não-obrigatório contribuirá assim para a formação do aluno no

desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-

lo como ato educativo.

Objetivos do estágio:

- Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a

formação profissional;

- Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,

propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando.

- Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo do

trabalho.

- Oportunizar experiência profissional diversificada

- Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das

experiências realizadas.

- Ampliar a formação profissional, através da vivência em situações reais de vida

e de trabalho em instituições públicas e privadas.

Carga-horária e período de realização de estágio não obrigatório:

O Estágio será realizado em horário compatível com o escolar, não podendo

exceder a 6 horas diárias e 30 horas semanais.

A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:

- 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de

educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade

profissional de educação de jovens e adultos;

- 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do

ensino médio.

Atividades de estágio:

Atividades devem possibilitar:

Page 423: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

423

- A integração social;

- O uso das novas tecnologias;

- Produção de textos;

- Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

- Aperfeiçoamento da oralidade;

- Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa,

documentação comercial e rotinas afins.

Atribuições da instituição de ensino:

- Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio

estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio, no Termo de Compromisso

e no relatório sobre a avaliação dos riscos.

- Observar se o número de horas estabelecidas compromete ou não o rendimento

escolar do estudante;

- possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a

formação profissional;

- Solicitar ao responsável pela supervisão de estágio na parte concedente, sempre

que necessário, subsídios que permitam o acompanhamento e a avaliação das

atividades desenvolvidas pelo estagiário.

- Solicitar à parte concedente o Relatório de Avaliação de Riscos.

- Comunicar à parte concedente quando o estudante interromper o curso.

- Indicar professor orientador (pedagogo), responsável pelo acompanhamento e

avaliação das atividades de estágio.

Atribuições Professor orientador de Estágio:

O Professor Orientador precisa analisar em que medida o Plano de Estágio está

sendo cumprido:

Page 424: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

424a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-

obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não

para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa

ter acesso a três documentos do aluno:

- rendimento e aproveitamento escolar;

- relatório elaborado pelo aluno;

- relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às

instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de

funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade.

Caso o professor orientador constate descumprimento da legislação, deve

comunicar a irregularidade à parte concedente para adequação imediata. Quando a parte

concedente não cumprir a legislação, a instituição de ensino deve registrar em relatório,

comunicar ao aluno e seu responsável e aconselhar o estagiário para procurar outro local de

estágio.

Compete ao professor orientador:

- Solicitar da parte concedente relatório, que integrará o Termo de Compromisso,

sobre a avaliação dos riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas pelo

estagiário, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e

químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as

operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

- Exigir do estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em

prazo não superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades

desenvolvidas nesse período.

- Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na elaboração de

relatório das atividades.

- Esclarecer à parte concedente do estágio o Plano de Estágio e o Calendário

Escolar;

- Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Page 425: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

425- Responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades, aferir mediante

relatório, as condições para realização do estágio firmados no termo de Convênio

e Plano de Estágio.

Atribuições da parte concedente:

Proporcionar ao estagiário, atividades de aprendizagem social, profissional e

cultural.

Proporcionar à Instituição de Ensino, sempre que necessário, subsídios que

possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do Estágio.

Para estágio não-obrigatório, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no

valor/hora referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário,

auxílio transporte e eventual concessão de benefícios relacionados à saúde e

outros na forma da legislação vigente.

Conceder ao estagiário recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente

durante suas férias escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou

superior a 12 meses, ou de maneira proporcional, quando se tratar de Estágio

não-obrigatório.

Por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do

estágio (certificado) com indicação resumida das atividades

desenvolvidas,com especificação dos períodos e da avaliação de desempenho.

Fornecimento de equipamento de proteção, toda vez que as circunstâncias o

exigirem.

Contratar em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja

apólice seja compatível com a cumprida pelos valores de mercado.

Encaminhar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses,

relatório das atividades, com vista obrigatória ao estagiário(a).

Encaminhar à instituição de ensino o relatório sobre a avaliação dos riscos do

local de estágio.

Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente:

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente

Page 426: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

426 e a instituição de ensino;

Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

Estágio;

Preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

Manter contato com o Professor orientador da escola;

Propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social,

profissional e cultural dos alunos;

Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do

estagiário, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

Atribuições do estagiário:

A jornada de trabalho deve ser compatibilizada com as atividades escolares, para não

comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares.

Cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu

estágio, comunicando à parte concedente, em tempo hábil se houver

impossibilidade de fazê-lo.

Elaborar e entregar à Instituição de Ensino, relatórios sobre seu estágio;

Observar e obedecer às normas internas da parte concedente e da Instituição

de ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia

imediata e/ou pelo supervisor e ajustadas entre as partes.

Responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas

internas ou das constantes no presente Termo.

Respeitar as normas internas referentes à segurança.

Considerando a Concepção de Estágio:

Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte

concedente como na instituição de ensino;

Page 427: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

427 Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição

de ensino;

Respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;

Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;

Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas

não previstas no plano de estágio;

Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;

Avaliação do estágio:

Avaliação do estágio pela instituição de ensino são instrumentos imprescindíveis à

garantia do estágio como ato educativo.

A cada seis meses o estagiário deverá apresentar ao Professor Orientador a Ficha

de Avaliação – Aluno Professor Orientador, indicando as atividades que realizou na parte

concedente, e o Professor Orientador vai analisar se o plano de estágio e Termo de

compromisso está sendo cumprido. No mesmo período o Supervisor de estágio da parte

Concedente deve encaminhar ao Professor Orientador o relatório de atividades realizadas pelo

estagiário, bem como, relatar o desempenho, assiduidade, pontualidade, iniciativa,

conhecimento, responsabilidade, cooperação e demais considerações que julgar pertinentes.

A avaliação do estágio também será efetivada através do Termo de Compromisso

firmado entre a Parte Concedente, o Estudante ou seu representante legal, e a Instituição de

Ensino, o qual descreve as condições do estágio e o que compete a cada segmento.

Page 428: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

428

43.9. PLANO DE AÇÃO DA BRIGADA ESCOLAR

O Programa Brigada Escolar - Defesa Civil na Escola visa construir na rede estadual

de ensino uma cultura de prevenção, com a formação de brigadas escolares em todas as

escolas, e adequar as edificações escolares às normas de prevenção contra incêndio e pânico.

O programa é inédito no País e foi criado através do Decreto nº 4.837/2012 e

beneficia mais de 5,8 milhões de pessoas direta e indiretamente, entre profissionais da

educação, estudantes e comunidade escolar

A brigada escolar é de grande importância no ambiente escolar para prevenção e

proteção de alunos e profissionais que trabalham neste ambiente, desta forma para que isso

ocorra de maneira correta e eficaz é necessário que algumas precauções sejam tomadas. Além

da reparação e da manutenção preventiva e corretiva periódica, há necessidade de: adequações

importantes por meio de melhorias e ampliações, para a padronização das edificações quanto

ás normas e resoluções vigentes relacionadas á acessibilidade na Escola, Vigilância Sanitária,

Corpo de Bombeiros e Códigos de Postura, conforme citações a seguir: a Norma Brasileira

9050/2004 (ABNT NBR 9050 2ed., 2004), que estabelece critérios e parâmetros técnicos a

serem observados quando o projeto, construção, instalação e adaptação de edificações,

mobiliário, espaços de acessibilidade é relativamente recente e apenas 87 prédios escolares do

Estado (o que corresponde a 4,06%) foram construídos há menos de 10 anos . No contexto

atual, 4,06% dos prédios escolares atendem á NBR 9050, enquanto os outros 95,94 %

precisam ser adequados dentro dos critérios e parâmetros técnicos da resolução.

A Resolução Estadual SESA nº 318/2002, que dispõe sobre a normatização da

estrutura física e do funcionamento de forma padronizada e os critérios sanitários mínimos

para funcionamento das instituições de ensino fundamental, médio e superior no Estado do

Paraná, também demanda atendimento específico em quase todos os estabelecimentos de

ensino.

Norma Brasileira 9077/2011 (ABNT NBR 9077, 2001), que fica requisitos para as

saídas de emergência em edifícios e a Portaria do Comando do Corpo de Bombeiros do

Estado do Paraná nº 001/2009 que regulamenta a vistoria por parte do Corpo de Bombeiros

em edificações, inclusive escolares, determinam adequações de segurança urgentes.

Page 429: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

429A execução deste eixo do Programa visa verificar a adequação das unidades

escolares ás normas legais do Corpo de Bombeiros quanto à prevenção de incêndio e pânico.

O início do trabalho se dá por meio de diagnóstico das unidades escolares quanto á prevenção

de riscos a ser elaborado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, em parceria com a

SUDE-SEED e equipes diretivas das escolas.

CRONOGRAMA

PROFISSIONAIS DA ESCOLA ENVOLVIDOS NO PLANO DE AÇAO

Diretor – Sebastião Sergio Fabricio

Pedagoga – Viviane Correa.

Agente Administrativo II – Léia Aparecida Conti Martins

Professora – Aparecida de Fátima G. Bin

Professora – Vera Lucia Degaspere. (Professora de Educação Física).

1º SEMESTRE FEVEREIRO A JULHO DE 2013

Verificação de Todos os itens abaixo relacionados e providências

para que as mesmas sejam executadas.

Saídas de Emergência

Brigada de Incêndio

Iluminação de Emergência

Sinalização de Emergência

Sistema de Proteção por extintores de incêndio

- Instalar corrimãos, guarda-corpos, fitas antiderrapantes nos degraus das escadas.

- Formar, Implantar e treinar brigadas escolares de emergência com objetivo de orientar os ocupantes das edificações para a correta desocupação em caso de emergência e ainda para iniciar o combate inicial aos princípios de incêndio.

- Instalar blocos autônomos de iluminação de emergência em todas as rotas de fuga com distanciamento entre os mesmos e não superior a 15 metros, garantindo um nível mínimo de iluminação.

Instalar placas fotoluminescentes de sinalização de emergência com o objetivo de orientar as ações de combate e facilitar a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio.

- Prever a instalação de extintores de incêndio, tipo ‘’ PÓ ABC’’, em número e capacidade extintora, adequadas ao risco a proteger, localizados em pontos estratégicos possibilitando o combate inicial aos princípios de incêndio pelos integrantes da brigada escolar.

Page 430: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

430

2º SEMESTRE DE AGOSTO A DEZEMBRO DE 2013

- Palestra para os alunos: com profissionais da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros com explicação detalhadas sobre todo processo do programa brigada escolar e abandono escolar.

- Preparação dos professores e funcionários sobre abandono escolar:Orientação da equipe da brigada escolar explicando todas as mudanças realizadas na escola e de como agir caso necessite sair da escola em caso de urgência.

- Simulação de princípio de incêndio: disponibilizar um dia da semana para simulação de urgência na escola para orientação dos caminhos a serem seguidos, conforme indicação das setas.

- Reconhecimento de todos os espaços físicos da escola: Acompanhar alunos e professores para reconhecer todas as partes físicas da escola e os ajustes que foram realizados no ambiente escolar.

JUSTIFICATIVA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta

em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera aliviar os impactos, promovendo mudanças

de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a

uma transformação cultural e potencialmente capaz de influenciar pessoas, atuando como

multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas

da rede pública estadual tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender

as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou

de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do

Paraná para ações e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como, o

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança

dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um

grande contingente da população civil do Estado do Paraná.

Page 431: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

431

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levar os Estabelecimentos de Ensino do Estado do Paraná a construírem uma

cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

Proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergências no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender ás recomendações legais consubstanciadas nas vistorias

do Corpo de Bombeiros;

Preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações

de Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com

vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, desta-

cando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de

incêndio;

Articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo

de Bombeiros, da Policia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Nú-

cleos de Educação;

Adequar às edificações escolares estaduais ás normas mais recentes de preven-

ção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Pa-

raná, acompanhamento os avanços legais e tecnológicas para preservação da

vida dos ocupantes desses locais.

ESTRATÉGIAS

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos

específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra para a

Brigada Escolar.

O Coordenador Local do Programa será o Diretor do Estabelecimento de ensino.

Page 432: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

432Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento

que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:

Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade esco-

lar;

Garantir a implementação do plano de abandono, que consiste na retirada de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,

por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo por um semestre, a

ser registrado em calendário escolar;

Promover revisões periódicas do plano do plano de abandono;

Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na con-

duta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para dis-

cussão de assuntos referentes à segurança do Estabelecimento de Ensino, com

registro em livro Ata Especifico ao Programa;

Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o diretor para as providen-

cias necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na Modalidade de Ensino á Distancia- EAD e Presencial.

Page 433: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

433

ANEXO VIII

MATRIZ CURRICULAR 2013

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Page 434: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

434

44. MATRIZES CURRICULARES – ANO 2013

44.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 01-APUCARANA MUNICÍPIO: 1220- JANDAIA DO SULEstabelecimento: 00036 - Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 TELEFONE: (43) 3432-1312ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º AnoTURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ ANOS6º

Ano

Ano

Ano

9º Ano

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3Educação Física 2 2 2 2Ensino Religioso* 1 1 0 0Geografia 2 3 3 3História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5Subtotal 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394 / 96.

*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Jandaia do Sul, 01 de Agosto de 2013.

Page 435: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

43544.2.MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS -

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL - TURNO ÚNICO

NRE: 01 - APUCARANA MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul

ESTABELECIMENTO: 00036 – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio

ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125

TELEFONE: (43) 3432-1312

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4040 ENS. FUNDAMENTAL: 6º AO 9º ANO

TURNO: ÚNICO MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: GRADATIVA

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINA/ANOS 6º 7º 8º 9º

ARTE 3 3 3 3

CIÊNCIAS 3 3 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3

ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - -

GEOGRAFIA 3 3 3 3

HISTÓRIA 3 3 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 6 6 6 6

MATEMÁTICA 6 6 6 6

SUBTOTAL: 28 28 28 28

** P

AR

TE

DIV

ER

SIF

ICA

DA

LEM - INGLÊS ** 3 3 3 3

LEITURA E INFORMAÇÃO EM

LÍNGUA ESPANHOLA

3 3 3 3

EDUCAÇÃO MUSICAL 2 2 2 2

LITERATURA INFANTOJUVENIL 2 2 - -

APROFUNDAMENTO ESPORTIVO 2 2 2 2

ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO

HISTÓRICO

2 2 - -

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS - - 2 2

INICIAÇÃO AO PENSAR FILOSÓFICO - - 2 2

COMPONENTE CURRICULAR*** 3 3 3 3

SUBTOTAL 17 17 17 17

GERAL TOTAL 45 45 45 45

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9396/96.

* Ensino Religioso – Disciplina de Matricula Facultativa

** Definida pela comunidade escolar.

*** Componente Curricular a ser definido conforme Proposta Pedagógica Curricular do

Estabelecimento de Ensino.

Jandaia do Sul, 20 de dezembro de 2012.

Page 436: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

43644.3. MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL - SÉRIES FINAIS – EDUCAÇÃO

EM TEMPO INTEGRAL - TURNO ÚNICO

NRE: 01 - APUCARANA MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul

ESTABELECIMENTO: 00036 – Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio

ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125

TELEFONE: (43) 3432-1312

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4040 ENS. FUNDAMENTAL: 6º AO 9º ANO

TURNO: ÚNICO MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: GRADATIVA

**

* C

OM

PO

NE

NT

ES

CU

RR

ICU

LA

RE

S ÁREA 1

ESPORTE E

LAZER

ÁREA 2

CULTURA, ARTE E

EDUCAÇÃO

PATRIMONIAL

ÁREA 3

TEMAS SOCIAIS

CONTEMPORÂNE

OS

ÁREA 4

COMUNICAÇÃO E

USO DE MÍDIAS

RECREAÇÃO E

LAZER

EXPRESSÃO

CORPORAL

1)PROMOÇÃO DA

SAÚDE E

PREVENÇÃO DE

DOENÇAS

2)EDUCAÇÃO

AMBIENTAL E

DESENVOLVIMENT

O SUSTENTÁVEL

TECNOLOGIAS

DAINFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO

OBS: O ALUNO CURSARÁ TRÊS COMPONENTES CURRICULARES DISTINTOS, SENDO

UM DE CADA ÁREA.

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9396/96.

* Ensino Religioso – Disciplina de Matricula Facultativa

** Definida pela comunidade escolar.

*** Componente Curricular a ser definido conforme Proposta Pedagógica Curricular do

Estabelecimento de Ensino.

Jandaia do Sul, 20 de dezembro de 2012

Page 437: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

43744.4 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 01 – Apucarana MUNICÍPIO: 1220 – Jandaia do Sul

Estabelecimento: 00036 - Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio

ENDEREÇO: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 – BAIRRO: Centro – CEP: 86.900 – 000

FONE: (43) 3432-1312

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Curso: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: Manhã

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS

SÉRIES

1ª 2ª 3º

Base

Nacional

Comum

Arte 2 - -

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 4 4

Matemática 4 3 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Sub-Total 25 23 23

Parte DiversificadaLEM – Espanhol * 4

LEM – Inglês - 2 2

SUB -TOTAL 4 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

TOTAL CARGA HORÁRIA (horas-aula) 1000 1000 1000

Observações:

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº. 9394/96.

* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Jandaia do Sul, 27 de junho de 2011.

_______________________

_______________________

Conselho Escolar

Page 438: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

438

ANEXO IX

CALENDÁRIO ESCOLAR 2013

Page 439: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

43945. CALENDÁRIOS

45.1 CALENDÁRIO ESCOLAR – 2013

Page 440: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

440

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2013

Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio

Endereço: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 Fone/Fax: (43) 3432-1312

Município: Jandaia do Sul Curso: Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio

Turno de Funcionamento: Matutino e Vespertino

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 16 3 4 5 6 7 8 9 20

6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23

20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 2829 30

27 28 29 30 31 31 1 - Dia Mundial da Paz 11 a 13 - Carnaval 29 - Paixão

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1

7 8 9 10 11 12 13 22 5 6 7 8 9 10 11 19 2 3 4 5 6 7 8 19

14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30 21 - Tiradentes 1 - Dia do Trabalho 09- Formação Continuada 4 - OBMEP

10 -Conselho de Classe 22- Replanejamento 12 - Brigada Escolar

30 - Corpus Christi 24 - Feriado Municipal

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 8 1 2 3

7 8 9 10 11 12 13 dias 4 5 6 7 8 9 10 20 1 2 3 4 5 6 7 21

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

21 22 23 24 25 26 27 5 18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 2128 29 30 31 dias 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28

29 30 07- Dia do Funcionário de Escola 7 - Independência 14 - OBMEP - 2ª Fase

07- C. de Classe 21 - Reunião Pedagógica 19 - Formação Continuada

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 1 2

6 7 8 9 10 11 12 20 3 4 5 6 7 8 9 20 1 2 3 4 5 6 7 12

13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 2127 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28

29 30 31 12 - N. S. Aparecida 2 - Finados 6 - Brigada Escolar 17 - Conselho de Classe

14 - Dia do Professor 15 -Conselho de Classe 15 - Proclamação da República 19 - Emancipação Política do PR

16 - Reunião Pedagógica 18 a 22 - JOGOS 25 - Natal

Início/Término das aulas 20 - Dia Nacional da Consciência Negra

Planejamento Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Férias Janeiro 31 janeiro/férias 30 Recesso fevereiro 13 janeiro/julho/recesso 15 Semana Pedagógica julho 18 dez/recesso 13 Feriado Municipal dezembro 13 outros recessos 2 Conselho de Classe Total 75 Total 60 Formação Continuada/ SEED e NRE

Reunião Pedagógica/ReplanejamentoJandaia do Sul, 12 de dezembro de 2012.

Semana Integração escola/comunidade - JOGOS

Brigada Escolar

__________________________________________

__________________________________________

Conselho Escolar

Calendário aprovado pelo Conselho Escolar conforme Ata

nº 08/2012, na página 71 do Livro do Conselho Escolar.

Page 441: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

44145.1. CALENDÁRIO CELEM

Page 442: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

442

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

CALENDÁRIO ESCOLAR CELEM / LÍNGUA ESPANHOLA - 2013

Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio

Endereço: Rua Clementino Schiavon Puppi, 1125 Fone/Fax: (43) 3432-1312

Município: Jandaia do Sul Curso: Ensino Fundamental 6º ao 9º e Ensino Médio

Turno de Funcionamento: Matutino e Vespertino

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2

1 2 3 4 5 3 4 5 6 7 8 9 16 3 4 5 6 7 8 9 20

6 7 8 9 10 11 12 10 11 12 13 14 15 16 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

13 14 15 16 17 18 19 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23

20 21 22 23 24 25 26 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 30

27 28 29 30 31 31

1 - Dia Mundial da Paz 11 a 13 - Carnaval 29 - Paixão

Abril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1

7 8 9 10 11 12 13 22 5 6 7 8 9 10 11 19 2 3 4 5 6 7 8 19

14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

21 - Tiradentes 1 - Dia do Trabalho 09- Formação Continuada 4 - OBMEP

10 -Conselho de Classe 22- Replanejamento 12 - Brigada Escolar

30 - Corpus Christi 24 - Feriado Municipal

Julho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 8 1 2 3

7 8 9 10 11 12 13 dias 4 5 6 7 8 9 10 20 1 2 3 4 5 6 7 21

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

21 22 23 24 25 26 27 5 18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 21

28 29 30 31 dias 25 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28

29 30

07- Dia do Funcionário de Escola7 - Independência 14 - OBMEP - 2ª Fase

07- C. de Classe 21 - Reunião Pedagógica 19 - Formação Continuada

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2

6 7 8 9 10 11 12 20 3 4 5 6 7 8 9 20 1 2 3 4 5 6 7 12

13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

12 - N. S. Aparecida 2 - Finados 6 - Brigada Escolar 17 - Conselho de Classe

14 - Dia do Professor 15 -Conselho de Classe 15 - Proclamação da República 19 - Emancipação Política do PR

16 - Reunião Pedagógica 18 a 22 - JOGOS 25 - Natal

Início/Término das aulas 20 - Dia Nacional da Consciência Negra

Planejamento Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Férias Janeiro 31 janeiro/férias

30

Recesso fevereiro 13 janeiro/julho/recesso

15

Semana Pedagógica julho 18 dez/recesso

13

Feriado Municipaldezembro 13 outros recessos

2

Conselho de Classe Total 75 Total 60

Formação Continuada/ SEED e NRE CELEM/L.Espanhola

Reunião Pedagógica/Replanejamento CELEM/L.Espanhola

Semana Integração escola/comunidade - JOGOS

Brigada Escolar

Jandaia do Sul, 12 de dezembro de 2012.

__________________________________________

__________________________________________

Conselho Escolar

Calendário aprovado pelo Conselho Escolar conforme Ata

nº 08/2012, na página 71 do Livro do Conselho Escolar.

Page 443: COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL ... Ensino Fundamental e Médio é um projeto construído ... rompendo com algumas características

443