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Coleção Provas Resolvidas de Engenharia
Prova resolvida do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE/RO)
Cargo: Auditor Estadual de Infraestrutura
Cargo 6: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ESPECIALIDADE: ENGENHARIA CIVIL
Banca Realizadora: CEBRASPE
Ano:2019
Matérias abordadas: Obras Públicas
Este caderno de questões resolvidas tem como objetivo servir de suporte para aqueles que prestam
concursos públicos na área de engenharia civil. São 60 questões comentadas do Tribunal de Contas do
Estado de Rondônia para o cargo de Auditor Estadual de Infraestrutura.
O caderno possuí 37 páginas de questões comentadas, que possuem, em sua grande maioria,
referências bibliográficas, imagens e links para auxiliar a compreensão da matéria.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CARGO 6: AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ESPECIALIDADE: ENGENHARIA CIVIL
OBRAS ‐ PLANEJAMENTO, NORMAS, FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO: 1 Planejamento de projetos
e obras. 1.1 Programação e controle. 2 Viabilidade, planejamento e controle das construções. 2.1 Técnico,
físico‐ financeiro e econômico. 2.2 Normas técnicas. 3 Análise e interpretação de documentação técnica. 3.1
Editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de obras. 4 Análise e
Compatibilização de Projetos. 4.1 Edificações (arquitetônicos, complementares e especiais). 4.2
Rodoviárias (sondagem, terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, obras de arte especiais e
correntes). 4.3 Hídricas (abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, operação e manutenção). 5
Segurança e higiene do trabalho. 6 Fiscalização de obras e serviços; ensaios de recebimento da obra;
acompanhamento da aplicação de recursos (medições, cálculos de reajustamento, mudança de data-base,
emissão de fatura); documentação da obra: diários, documentos de legalização, ARTs. Recebimento
(provisório e definitivo). 7 Avaliação de custos; levantamento dos serviços e seus quantitativos; orçamento
analítico e sintético; composição analítica de serviços; cronograma físico financeiro; cálculo do benefício
e despesas indiretas (BDI); cálculo dos encargos sociais. 8 Licitação de obras públicas. 8.1 Conceito,
finalidade, princípios. 8.2 Obrigatoriedade. 8.3 Hipóteses de dispensa, de inexigibilidade e de vedação. 8.4
Modalidades. 8.5 Procedimentos. 8.6 Revogação e anulação. 8.7 Objeto da licitação, homologação e
adjudicação. 8.8 Acervo Técnico. 8.9 Anteprojeto, Projeto Básico e Projeto Executivo. 9 Contratos
administrativos de obras públicas. 9.1 Conceito, características, requisitos substanciais e formais. 9.2
Peculiaridades e interpretação. 9.3 Formalização, execução, controle, inexecução, revisão e rescisão. 10
Noções de legislação ambiental; Resolução CONAMA nº 237/1997: licenciamento ambiental (licença
prévia, licença de instalação, licença de operação); Resolução CONAMA nº 001/1986 e suas alterações:
estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental; Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (crimes
contra o meio ambiente). 11 Legislação aplicável à contratação de obras e serviços de engenharia. Lei nº
8.666/1993 e suas alterações. Lei nº 8.987/1995 e suas alterações (Lei de concessões).
Lei nº 11.079/2004 e suas alterações (Parcerias público‐privadas). Lei nº 12.462/2011 e suas alterações
(Regime Diferenciado de Contratações Públicas).
OBRAS DE EDIFICAÇÕES: 1 Projetos e especificações de materiais e serviços. 2 Análise orçamentária:
composição de custos unitários, quantificação de materiais e serviços, planilhas de orçamento: sintético e
analítico, curva ABC: de serviços e de insumos, cronogramas físico e físico‐financeiro, benefícios e despesas
indiretas (BDI), encargos sociais. 3 Programação de obras. 4 Acompanhamento de obras: apropriação de
serviços. 5 Construção: organização do canteiro de obras, execução de fundações diretas e indiretas,
alvenaria, concreto, estruturas de concreto armado e protendido, estruturas metálicas (inclusive para
coberturas), impermeabilização, cobertura, esquadrias, pisos, revestimento, pinturas, instalações (elétrica,
hidrossanitária, prevenção a incêndio etc.). 6 Fiscalização. 6.1 Acompanhamento da aplicação de recursos
(medições, cálculos de reajustamento, mudança de data‐ base, emissão de fatura etc.), análise e
interpretação de documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos,
projetos, diário de obras etc.). 7 Controle de qualidade de materiais (cimento, agregados, aditivos, concreto
usinado, aço, madeira, materiais cerâmicos, vidro etc.), controle de qualidade na execução de obras e
serviços. 8 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). Conceitos
básicos e aplicação. 9 Engenharia de Avaliações (NBR 14653). 9.1 Noções, conceitos, metodologia, graus
de fundamentação e aplicações. 10 Noções sobre gestão na produção de edificações, incluindo gestão de
projeto, gestão de materiais, execução, uso e manutenção.
OBRAS HÍDRICAS: 1 Principais estruturas hidráulicas ‐ barragens, soleiras, órgãos extravasores,
tomadas d’água, canais, condutos sob pressão, túneis, bueiros: tipos; finalidade; seções típicas; pré-
dimensionamento; aspectos construtivos. 2 Aproveitamento hidrelétrico. 2.1 Avaliação de potencial
hidráulico; estruturas componentes; turbinas (tipos e aplicação) e geradores; aspectos construtivos;
vantagens e desvantagens em relação a outras formas de geração de energia (térmica, eólica, nuclear,
biomassa). 3 Irrigação e drenagem. 3.1 Conceito, finalidade, aspectos construtivos. 3.2 Principais
condicionantes de um projeto de irrigação. 3.3 Operação e manutenção de um perímetro de irrigação. 4
Obras de saneamento. 4.1 Abastecimento d’água ‐ captação, adução, tratamento (ETA’s), recalque,
reservação, distribuição. 4.2 Coleta e tratamento de esgoto (ETE’s, lagoas de estabilização, fossas sépticas).
4.3 Obras de defesa contra inundação e de macrodrenagem – reservatórios de cheias, bacias de acumulação,
alargamento de calhas fluviais, canalização de cursos d’água, reflorestamento da bacia hidrográfica. 4.4
Aspectos construtivos. 4.5 Operação e manutenção. 5 Obras portuárias. 5.1 Tipos de portos (genéricos e
especializados). 5.2 Obras de implantação e de manutenção. 5.3 Principais equipamentos de operação. 5.4
Estruturas de proteção e atracamento. 5.5 Canal de acesso. 5.6 Aspectos construtivos. 5.7 Operação e
manutenção.
OBRAS RODOVIÁRIAS: 1 Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens). 2 Especificações de
materiais. 2.1 Características físicas. 3 Principais ensaios técnicos de solo, de materiais betuminosos e de
agregados. 4 Especificações de serviços. 4.1 Terraplanagem (cortes, aterros, bota‐fora etc.). 4.2
Pavimentação. 4.2.1 Reforço do subleito, sub‐base, base e revestimento asfáltico. 4.3 drenagem e obras de
arte especiais. 4.4 Principais equipamentos utilizados. 5 Análise orçamentária. 5.1 Sistema de Custos
Rodoviários do DNIT (SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos. 6
Acompanhamento de obras: apropriação de serviços. 7 Construção. 7.1 Organização do canteiro de obras.
7.2 Execução de serviços de terraplanagem, pavimentação, drenagem e sinalização. 8 Principais impactos
ambientais e medidas mitigadoras. 9 Fiscalização. 9.1 Acompanhamento da aplicação de recurso (medições,
cálculos de reajustamento, mudança de data‐base, emissão de fatura etc.), análise e interpretação de
documentação técnica (editais, contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário de
obras etc.). 10 Controle de materiais. 10.1 Cimento, agregados, aditivos, materiais betuminosos. 10.2
Controle de execução de obras e serviços.
ADMINISTRAÇÃO: 1 Processo administrativo. 1.1 Processo de planejamento. 1.1.1 Planejamento
estratégico: visão, missão e análise SWOT, matriz GUT e ferramenta 5W2H. 1.1.2 Análise competitiva e
estratégias genéricas. 1.1.3 Redes e alianças. 1.1.4 Planejamento tático. 1.1.5 Planejamento operacional.
1.1.6 Administração por objetivos. 1.1.7 Balanced scorecard. 1.1.8 Processo decisório. 1.2 Organização.
1.2.1 Estrutura organizacional. 1.2.2 Tipos de departamentalização: características, vantagens e
desvantagens de cada tipo. 1.2.3 Organização informal. 1.2.4 Cultura organizacional. 1.3 Direção. 1.3.1
Motivação e liderança. 1.3.2 Comunicação. 1.3.3 Descentralização e delegação. 1.4 Controle. 1.4.1
Características. 1.4.2 Tipos, vantagens e desvantagens. 1.4.3 Sistema de medição de desempenho
organizacional. 2 Gestão de pessoas. 2.1 Equilíbrio organizacional. 2.2 Objetivos, desafios e características
da gestão de pessoas. 2.3 Recrutamento e seleção de pessoas. 2.3.1 Objetivos e características. 2.3.2
Principais tipos, características, vantagens e desvantagens. 2.3.3 Principais técnicas de seleção de pessoas:
características, vantagens e desvantagens. 2.4 Análise e descrição de cargos. 2.5 Capacitação de pessoas.
2.6 Gestão de desempenho. 2.7 Gestão por competências. 2.8 Carreira. 3 Gestão da qualidade e modelo de
excelência gerencial. 3.1 Principais teóricos e suas contribuições para a gestão da qualidade. 3.2
Ferramentas de gestão da qualidade. 4 Gestão de projetos. 4.1 Elaboração, análise e avaliação de projetos.
4.2 Principais características dos modelos de gestão de projetos. 4.3 Projetos e suas etapas. 5 Gestão de
processos. 5.1 Conceitos da abordagem por processos. 5.2 Técnicas de mapeamento, análise e melhoria de
processos. 5.3 Noções de estatística aplicada ao controle e à melhoria de processos. 5.4 BPM.
ADMINISTRAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA E ORÇAMENTO PÚBLICO: 1 Orçamento
público. 1.1 Conceito. 1.2 Técnicas orçamentárias. 1.3 Princípios orçamentários. 1.4 Ciclo orçamentário.
1.5 Processo orçamentário. 2 O orçamento público no Brasil. 2.1 Sistema de planejamento e de orçamento
federal. 2.2 Plano plurianual. 2.3 Diretrizes orçamentárias. 2.4 Orçamento anual. 2.5 Sistema e processo
de orçamentação. 2.6 Classificações orçamentárias. 2.7 Estrutura programática. 2.8 Créditos ordinários e
adicionais. 3 Programação e execução orçamentária e financeira. 3.1 Descentralização orçamentária e
financeira. 3.2 Acompanhamento da execução. 3.3 Sistemas de informações. 3.4 Alterações orçamentárias.
4 Receita pública. 4.1 Conceito e classificações. 4.2 Estágios. 4.3 Fontes. 4.4 Dívida ativa. 5 Despesa
pública. 5.1 Conceito e classificações. 5.2 Estágios. 5.3 Restos a pagar. 5.4 Despesas de exercícios
anteriores. 5.5 Dívida flutuante e fundada. 5.6 Suprimento de fundos. 6 Lei Complementar nº 101/2000 e
suas alterações (Lei de Responsabilidade Fiscal). 7 Lei nº 4.320/1964 e suas alterações. 8 Transferências
voluntárias.
ANÁLISE DE INFORMAÇÃO: 1 Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados estruturados e
não estruturados. Dados abertos. Coleta, tratamento, armazenamento, integração e recuperação de dados.
2 Banco de dados relacionais. 2.1 Conceitos básicos e características. Metadados. Tabelas, visões (views)
e índices. Chaves e relacionamentos. 3 Noções de modelagem dimensional. 3.1 Conceito e aplicações. 4
Noções de mineração de dados. 4.1 Conceituação e características. Modelo de referência CRISP-DM.
Técnicas para pré-processamento de dados. Técnicas e tarefas de mineração de dados. Classificação.
Regras de associação. Análise de agrupamentos (clusterização). Detecção de anomalias. Modelagem
preditiva. Aprendizado de máquina. Mineração de texto. 5 Noções de Big Data. 5.1 Conceito, premissas e
aplicação. 6 Visualização e análise exploratória de dados. 7 Lei nº 12.527/2011 e suas alterações (Lei de
Acesso à Informação). 7.1 Conceitos e aplicação.
AUDITORIA GOVERNAMENTAL, COMPLIANCE, GESTÃO DE RISCO E GOVERNANÇA: 1
Compliance aplicada à gestão pública: conceito, princípios e normas. 2 Auditoria governamental. 2.1
Controle interno. 2.2 Auditoria de regularidade e auditoria operacional. 2.3 Instrumentos de fiscalização:
auditoria, levantamento, monitoramento, acompanhamento e inspeção. 2.4 Planejamento de auditoria. 3
Gestão de riscos no setor público. 4 Plano de auditoria baseado no risco. 4.1 Atividades preliminares. 4.2
Determinação de escopo. 4.3 Materialidades, risco e relevância. 4.4 Exame e avaliação do controle interno.
4.5 Risco inerente, de controle e de detecção. 4.6 Risco de auditoria. 4.7 Matriz de Planejamento. 4.8
Programas de auditoria. 4.9 Papéis de trabalho. 4.10 Testes de auditoria. 4.11 Importâncias da amostragem
estatística em auditoria. 5 Execução da auditoria. 5.1 Técnicas e procedimentos: exame documental,
inspeção física, conferência de cálculos, observação, entrevista, circularização, conciliações, análise de
contas contábeis, revisão analítica. 6 Evidências. 6.1 Caracterizações de achados de auditoria. 6.2 Matrizes
de achados e matriz de responsabilização. 7 Comunicação dos resultados: relatórios de auditoria. 8
Monitoramento. 9 Documentação da auditoria. 10 Supervisão e controle de qualidade. 11 ISSAIs (30, 100,
200, 300, 400, 3000 e 3100). 12 Governança no setor público. 12.1 Papel e importância. 12.2 Governança,
transparência e accountability. 12.3 Governança e governabilidade. 12.4 Princípios da governança pública.
Prova resolvida do Tribunal de Contas do
Estado de Rondônia (TCE/RO)
Cargo: Auditor Estadual de Infraestrutura
Cargo 6: AUDITOR DE CONTROLE
EXTERNO – ESPECIALIDADE:
ENGENHARIA CIVIL
Banca Realizadora: CEBRASPE
Ano:2019
Matérias abordadas: Obras Públicas
QUESTÃO 21
O orçamento que consiste em resumo do
orçamento detalhado e que é elaborado a partir do
projeto executivo, com etapas ou valores parciais
expressos em grupos de serviços a serem
executados, é denominado orçamento
A de estimativa de custo.
B preliminar.
C estimativo.
D sintético.
E analítico.
Trata-se do orçamento sintético (resumo, ou
síntese do orçamento analítico) sendo o gabarito a
letra D. Vamos apresentar os demais orçamentos,
conforme manual do SINAPI, item 1.3.1.3:
Classificação por Grau de Detalhamento ou
Precisão SINAPI - Segundo Baeta (2012), um
orçamento de obras pode ser classificado conforme seu
grau de detalhamento ou precisão:
Estimativa de Custo - Avaliação expedita com
base em custos históricos e comparação com
projetos similares. Pode-se, inclusive, adotar
índices específicos conhecidos no mercado,
como o CUB (NBR 12.721/2006), ou o custo
por MW de potência instalada ou ainda, o
custo por km de rodovia construída. Utilizada
nas etapas iniciais do empreendimento, serve
para avaliar a viabilidade econômica do
empreendimento.
Orçamento Preliminar - Mais detalhado do
que a estimativa de custos, pressupõe o
levantamento de quantidades dos serviços
mais expressivos e requer pesquisa de preços
dos principais insumos. Seu grau de incerteza
é menor que o da estimativa de custos.
Orçamento Discriminado ou Detalhado -
Elaborado com composições de custos e
pesquisa de preços dos insumos. Procura
chegar a um valor bem próximo do custo
“real”, com reduzida margem de incerteza.
Feito a partir de especificações detalhadas e
composições de custo específicas. Depende da
existência de projetos detalhados e
especificações em nível suficiente para o
levantamento preciso de quantitativos e para o
entendimento da logística de apoio necessária
à produção.
Além desses, temos outros dois tipos de orçamentos
que podem ser alvo de cobrança em futuras provas,
confira:
Correlação Múltipla - O método de orçamentação
pelo processo de correlação múltipla, usado quando o
método de quantificação não é viável, consiste em
decompor o projeto em partes, de modo que o custo
total seja a soma dos custos de cada parte. De acordo
com Limmer (1997), em função da qualidade da
informação do projeto, ou seja, do grau de
detalhamento deste, podem ser estabelecidos dois
métodos de orçamentação: o de correlação e o de
quantificação. O segundo exige maior nível de
detalhamento do projeto que o primeiro método. O
método de correlação baseia-se na estimativa do custo
por correlação deste com uma ou mais variáveis de
medida da grandeza do produto cujo custo se quer
determinar. Este método admite dois processos:
Processo de correlação simples, no qual
produtos semelhantes e de um mesmo tipo,
porém de dimensões diferentes, têm cada um
custo proporcional à sua dimensão
característica, que pode ser considerada
como sua variável livre ou característica.
Essa variável característica pode ser o
comprimento, como em estradas e canais; a
área construída, como em edifícios; o
volume, como em reservatórios; ou, ainda, a
vazão, como em estação de tratamento de
água ou esgoto.
Processo de correlação múltipla, em que o
projeto é decomposto em partes (ou itens), de
modo que o custo total seja a soma do custo
de cada uma das partes em que tiver sido
desdobrado.
Assim, por exemplo, o custo de uma edificação é a
soma dos custos de sua fundação, da sua estrutura,
das suas paredes de alvenaria, e demais
componentes.
Parametrização (Orçamento paramétrico) - É
um orçamento aproximado, adequado às verificações
iniciais, como estudos de viabilidade ou consultas
rápidas de clientes. Se os projetos não estão
disponíveis, o custo da obra pode ser determinado por
área ou volume construído. Os valores unitários são
obtidos de obras anteriores ou de organismos que
calculam indicadores. Por exemplo, o CUB é um
indicador do custo unitário de construção (ABNT,
2006). Outros exemplos são o SINAPI
O orçamento paramétrico serve como
estimativa do custo total. Este valor é estimativo, e é
indicado para a análise inicial de viabilidade, ou seja,
permite ao proprietário ou interessado a verificação
da ordem de grandeza, adequação ao seu orçamento,
enfim, se deve ou não prosseguir na análise, já que
provavelmente as etapas seguintes necessitarão de
dispêndios financeiros (confecção de anteprojeto,
taxas, novos orçamentos, etc.).
Gabarito: D
Fonte (s):
Manual de Metodologias e Conceitos SINAPI
https://seinfra.ufg.br/up/124/o/SINAPI_Manual_d
e_Metodologias_e_Conceitos_v002.pdf
QUESTÃO 22
Assinale a opção que indica somente itens que
devem constar como custos diretos na planilha do
orçamento de uma obra pública.
A administração local; seguros; contribuição
social sobre lucro líquido (CSLL)
B administração local; instalação do canteiro de
obras; mobilização; desmobilização
C administração local; despesas financeiras;
mobilização; desmobilização
D instalação do canteiro de obras; garantias;
mobilização; desmobilização
E despesas financeiras; garantias; contribuição
social sobre lucro líquido (CSLL).
O gabarito preliminar apresentado como
correto foi a letra “B”. De todas as alternativas, é a
“menos errada”. Contudo, ao meu ver, a questão não
está correta, devendo ser anulada, não havendo custos
diretos em nenhuma das alternativas. Conforme
apresentado no Manual de Custos de Infraestrutura
de Transportes - Volume 01 - Metodologia e
Conceitos, item 2.5.2 - http://www.dnit.gov.br/custos-
e-pagamentos/sicro/manuais-de-custos-de-
infraestrutura-de-transportes/manuais-de-custos-de-
infraestrutura-de-transportes-, os itens apresentados
na alternativa “B” se referem a Custos Indiretos (e
não diretos):
2.5.2. Custo Indireto
Custo indireto de uma obra é o custo
de toda a infraestrutura necessária para a sua
execução e corresponde à soma dos custos
auxiliares de apoio, tais como instalação e
manutenção de canteiros de obras,
alojamentos, instalações industriais,
administração local, mobilização e
desmobilização de equipamentos e pessoas.
Embora não possam ser
caracterizados como custos diretos, uma vez
que não ocorrem especificamente em função
da execução de determinado serviço, as
atividades acima citadas terão tratamento
analítico e deverão compor a planilha como
itens de serviços independentes e com critério
objetivo de medição.
Nesse mesmo sentido, o Manual de
Metodologias e Conceitos do SINAPI -
https://seinfra.ufg.br/up/124/o/SINAPI_Manual_de_M
etodologias_e_Conceitos_v002.pdf-, apresenta o
conceito similar em seu item 1.2.1.6 Estrutura,
referindo-se explicitamente aos itens Administração
Local, Mobilização e Desmobilização e custos com a
manutenção do canteiro de obras como custos
indiretos, conforme apresentado abaixo:
1.2.1.6 Estrutura
Custos Indiretos
Custo da logística, infraestrutura e
gestão necessária para a realização da obra.
Corresponde à soma dos custos dos serviços
auxiliares de apoio à obra para possibilitar a
sua execução. São os custos previstos para a
Administração Local, Mobilização e
Desmobilização, Seguros e Custos
Comerciais. Compreende a equipe de
administração e gestão técnica da obra
(engenheiros, mestres de obra, encarregados,
almoxarifes, apontadores, secretárias, etc.);
equipamentos não considerados nas
composições de custos de serviços específicos
(gruas, cremalheiras, etc.); custos com a
manutenção do canteiro (água, energia,
internet, suprimentos de informática e
papelaria); mobilização e desmobilização de
ativos considerando seus locais de origem e a
localização da obra; dentre outros
Ademais, o item “seguros” corresponde à parcela
de Risco, Seguros e Garantias – localizada no BDI. Por
fim, conforme Acórdão nº 325/2007 TCU os tributos
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) não
devem integrar o cálculo do LDI (BDI), tampouco a
planilha de custo direto, por se constituírem em
tributos de natureza direta e personalística, que
oneram pessoalmente o contratado, não devendo ser
repassado à contratante.
Gabarito (preliminar): B
Gabarito definitivo: B
Fonte (s):
Manual de Metodologias e Conceitos do SINAPI -
https://seinfra.ufg.br/up/124/o/SINAPI_Manual_d
e_Metodologias_e_Conceitos_v002.pdf
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
- Volume 01 - Metodologia e Conceitos, item 2.5.2
- http://www.dnit.gov.br/custos-e-
pagamentos/sicro/manuais-de-custos-de-
infraestrutura-de-transportes/manuais-de-custos-
de-infraestrutura-de-transportes
Cronograma 6A1-I
O cronograma simplificado mostrado a seguir
refere-se à execução de uma reforma, com as
quantidades de funcionários e de dias necessários
para cada atividade.
QUESTÃO 23
A partir do cronograma 6A1-I, assinale a opção
que mostra as atividades correspondentes ao
caminho crítico da reforma e o respectivo tempo
de duração, em dias trabalhados.
A A-B-E-G: 7 dias
B A-B-E-G: 8 dias
C A-B-C-F-G: 8 dias
D A-B-D-F-G: 8 dias
E A-B-D-F-G: 10 dias
Vamos traçar a rede PERT-CPM, como apresentado
na imagem a seguir:
Observe que o caminho crítico está destacado em
vermelho, sendo formado pela sequência de atividades
A-B-D-F-G: 1+4+3+2 = 10, sendo o gabarito a letra
“E”.
Gabarito: E
QUESTÃO 24
Imprevistos podem ocorrer durante a execução de
obras e reformas, mas, ainda assim, em algumas
situações, é possível manter o tempo total do
serviço a ser entregue ao cliente. Com base no
cronograma 6A1-I, assinale a opção que apresenta
um imprevisto que, se ocorrer, não alterará o
tempo de duração do serviço.
A redução em 1 dia na execução da atividade C-F
B redução em 2 dias na execução da atividade D-
F
C atraso de 4 dias na execução da atividade E-G
D atraso de 3 dias na execução da atividade B-C
E atraso de 1 dia na execução da atividade F-G
Com base no diagrama apresentado na figura da
questão anterior, vamos analisar cada uma das
alternativas:
A redução em 1 dia na execução da atividade C-
F
Alternativa correta. A redução em 1 dia na execução
da atividade C-F não alterará os 10 dias do caminho
crítico A-B-D-F-G.
B redução em 2 dias na execução da atividade
D-F
Alternativa errada. A alteração da atividade D-F
alterará o caminho crítico de 10 para 8 dias.
C atraso de 4 dias na execução da atividade E-
G Alternativa errada A alteração da atividade E-G
criará um novo caminho crítico de 11 dias:
A-B-E-G: 1+3+4+3 = 11
D atraso de 3 dias na execução da atividade B-
C Alternativa errada. O atraso de 3 dias na execução da
atividade B-C criará um novo caminho crítico de 11
dias
E atraso de 1 dia na execução da atividade F-G Alternativa errada. O atraso de 1 dia na execução da
atividade F-G alterará para 9 dias do caminho crítico
A-B-D-F-G.
Gabarito: A
QUESTÃO 25
Um procedimento que permite nivelar recursos em
uma obra consiste em ajustar o cronograma para
reduzir o pico da quantidade total de funcionários.
Nesse sentido, é possível adotar procedimentos
que ajustem o cronograma 6A1-I, de modo a
reduzir a quantidade total máxima de funcionários
por dia ao longo dessa reforma, mantendo-se a
mesma duração total do serviço. Um desses
procedimentos consiste em atrasar o início da
atividade
A D-F em 1 dia.
B B-C em 2 dias.
C B-D em 3 dias.
D E-G em 3 dias.
E B-E em 1 dia.
Observe que temos no máximo 11 funcionários
trabalhando simultaneamente, nos dias 5 e 6. Assim,
naturalmente teremos que mexer nas atividades desses
dias para reduzirmos o número de funcionários, sem
alterar o caminho crítico A-B-D-F-G de 10 dias.
Vamos analisar cada uma das alternativas:
A D-F em 1 dia. Alternativa errada. Estaríamos mexendo no caminho
crítico, alterando-o de 10 para 11 dias.
B B-C em 2 dias. Alternativa errada. Aumentaríamos o número de
funcionários de 11 para 12 no dia 5
C B-D em 3 dias. Alternativa errada. Estaríamos mexendo no caminho
crítico, alterando-o de 10 para 13 dias.
D E-G em 3 dias. Alternativa correta. Não estaríamos mexendo na
duração do caminho crítico, que ficaria, também, com
10 dias para o trecho A B E G: 1+3+3+(3). A
quantidade de funcionários, por sua vez, seria reduzida
de 11 para 7 nos dias 5 e 6.
E B-E em 1 dia. Alternativa errada. Não reduziríamos o número de
funcionários nos dias 5 ou 6.
Gabarito: D
QUESTÃO 26
Uma empresa executou a obra de construção da
sede de um órgão público pelo valor de R$ 1
milhão. Foram formalizados R$ 300 mil em
termos aditivos de acréscimo e R$ 100 mil em
termos aditivos de supressão. Nessa situação
hipotética, a empresa obedeceu à legislação no que
diz respeito aos
A aditivos de acréscimo em obras, cujo limite
previsto é de 50% do valor do contrato.
B aditivos de supressão em obras, cujo limite
previsto é de 50% do valor do contrato.
C aditivos de acréscimo e de supressão em obras,
porque o saldo dos aditivos corresponde a menos
de 25% do valor do contrato.
D aditivos de acréscimo em obras, cujo limite
previsto é de 25% do valor do contrato.
E aditivos de supressão em obras, cujo limite
previsto é de 25% do valor do contrato.
Trata-se de questão acerca de aditivos e
supressões de Contratos Administrativos. De acordo
com §1º do Inciso II do Art.65 da Lei 8666/93, “ O
contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
condições contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do
contrato, e, no caso particular de reforma de edifício
ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por
cento) para os seus acréscimos, sendo a alternativa
correta a letra E.”
Entretanto, com a situação hipotética
apresentada, é importante destacar alguns pontos:
BASE DE CÁLCULO DE 25% (ou 50%) -
Conforme consolidado na jurisprudência do
TCU, o limite de 25% (ou 50% para reformas
de edifícios ou equipamentos) refere-se
individualmente aos acréscimos e às
supressões, sendo vedada a possibilidade de
compensação entre aditivos e supressões (ressalvada a hipótese expressamente prevista
no §2º, inciso II - supressões resultantes de
acordo celebrado entre os contratantes).
Como exemplo, caso um contrato seja
celebrado por R$100.000,00, em que haja
supressões e de R$15.000,00 (15%) e
acréscimos de R$30.000,00 (30%), totalizando
R$115.000,00 (15%), o TCU considera que
houve extrapolação dos limites de acréscimos,
mesmo que o contrato seja majorado
globalmente em 15%.
REPACTUAÇÃO - Não incidência do limite
de 25% estabelecido no §1º do art. 65 da Lei
8.666/93. A repactuação nada mais é que uma
forma de se promover a adequação dos preços
contratados aos valores de mercado, diante da
variação dos custos do contrato. Não se
referindo à alteração ou modificação da
dimensão do objeto do contrato, mas tão
somente à adequação do preço contratado aos
valores de mercado, não há que se aplicar a
repactuação o limite de 25% estabelecido no
§1º do artigo 65 da Lei 8.666/93.
Esse é o mesmo entendimento do
Tribunal de Contas do Estado de Minas
Gerais, que ao ser consultado pelo Presidente
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
sobre a incidência da limitação de 25% às
repactuações dos contratos, assim se
pronunciou:
“Tanto as alterações
realizadas para manter o equilíbrio
econômico financeiro do contrato
propriamente dito, quanto os
decorrentes de reajuste, não devem
obedecer aos limites dos 25% dos
valores inicias devidamente
atualizados, prescritos no § 1º do
artigo 65 da Lei nº 8.666/93. O limite
de 25% é para as situações em que se
acresce o objeto”
Da mesma sorte, a não incidência do
limite de 25% sobre os reajustes de preços
também foi reconhecida pelo TCU, através do
Acórdão 1.862/2003, em que restou acatada a
justificativa da parte envolvida quanto a não
observância de tal limite nos casos de
reajuste/recomposição de preços
Por fim, observe que a questão discursiva
desta mesma prova cobrou esse mesmo entendimento
em seu item 1: percentual limite para concessão do
reajuste; [valor: 8,00 pontos]:
“O percentual e a data estavam de acordo com
o estabelecido no edital e no contrato, contudo
o pagamento foi negado pela fiscalização,
segundo a qual o reajuste solicitado, quando
somado aos 24,5% formalizados em termos
aditivos de acréscimos já assinados,
ultrapassava o limite estabelecido em lei
(fragmento do texto da discursiva) ”.
Resposta:
A empresa estava correta ao solicitar o
reajuste após um ano da data-base constante
do contrato de acordo com índice previamente
estabelecido, pois o percentual de reajuste não
é limitado a 25%
Gabarito: E
Fonte (s):
Data Base - Acórdão nº 2554/2017-TCU-Plenário
Ministro Relator: André de Carvalho
Repactuação. Não incidência do limite de 25%
estabelecido no §1º do art. 65 da Lei 8.666/93.
Base de cálculo para acréscimo do objeto
contratual. Valor original do contrato atualizado e
revisto
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Ar
tigos/36352/repactuacao-nao-incidencia-do-
limite-de-25-estabelecido-no-1o-do-art-65-da-lei-
8-666-93-base-de-calculo-para-acrescimo-do-
objeto-contratual-valor-original-do-contrato-
atualizado-e-revisto Prova discursiva TCE RO
https://cdn.cebraspe.org.br/concursos/TCE_RO_19/ar
quivos/487_TCERO_DISC_006_01.PDF
Prova discursiva TCE RO - padrão de resposta
https://cdn.cebraspe.org.br/concursos/TCE_RO_19/ar
quivos/TCERO487006A05E3042_PADRAORESPOS
TA.PDF
QUESTÃO 27
No contrato administrativo de execução de uma
reforma, em geral, é prevista a recomposição do
equilíbrio na equação econômico-financeira
contratual por intermédio de algum índice geral ou
específico do setor de construção. Essa situação
configura a aplicação do instrumento denominado
A reequilíbrio econômico-financeiro por termo
aditivo.
B repactuação por apostilamento.
C reajuste por apostilamento.
D revisão por apostilamento.
E repactuação por termo aditivo.
Trata-se de s reajuste, feito por meio de apostilamento,
que dispensa termo aditivo, sendo o gabarito a letra C.
Conforme apresentado no §8o do inciso II do Art.65 da
Lei 8666/93:
§8o A variação do valor contratual para
fazer face ao reajuste de preços previsto no
próprio contrato, as atualizações, compensações
ou penalizações financeiras decorrentes das
condições de pagamento nele previstas, bem
como o empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido,
não caracterizam alteração do mesmo, podendo
ser registrados por simples apostila, dispensando
a celebração de aditamento.
Vale destacar que, de acordo com o §1º do Art. 3º da
Lei nº 10.192/2001, a periodicidade anual nos
contratos será contada a partir da data limite para
apresentação da proposta ou do orçamento a que essa
se referir, sendo admitida a estipulação de correção
monetária ou de reajuste por intermédio de algum
índice geral ou específico do setor de construção:
“Art. 2º É admitida estipulação de correção
monetária ou de reajuste por índices de preços
gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos
custos de produção ou dos insumos utilizados
nos contratos de prazo de duração igual ou
superior a um ano.
Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão
ou entidade da Administração Pública direta
ou indireta da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, serão reajustados
ou corrigidos monetariamente de acordo com
as disposições desta Lei, e, no que com ela não
conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de
1993.
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de
que trata o caput deste artigo será contada a
partir da data limite para apresentação da
proposta ou do orçamento a que essa se
referir. ”
Gabarito: C
Fonte (s): Lei nº 10.192/2001 - Dispõe sobre medidas
complementares ao Plano Real e dá outras
providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l1
0192.htm
Lei nº 8.666/93 - Regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666c
ompilado.htm
QUESTÃO 28
Considerada elemento fundamental para definição
do projeto básico, das medidas mitigadoras e,
consequentemente, do custo do empreendimento,
a licença ambiental exigida como requisito para
licitação é a licença
A de operação.
B de instalação.
C prévia.
D de funcionamento.
E de projeto.
Trata-se da primeira licença, a licença prévia,
necessária para a licitação, sendo o gabarito a letra
“C”. Conforme apresentado no Art. 8º da Resolução
CONAMA nº 237/97:
Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua
competência de controle, expedirá as seguintes
licenças:
I - Licença Prévia (LP – 5 anos máximo) -
concedida na fase preliminar do planejamento
do empreendimento ou atividade aprovando
sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua
implementação;
II - Licença de Instalação (LI– 6 anos máximo)
- autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante;
III - Licença de Operação (LO 4 a 10 anos) -
autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para
a operação.
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser
expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a
natureza, características e fase do empreendimento ou
atividade.
Gabarito: C
Fonte (s):
Resolução nº 237, DE 19 DE dezembro DE 1997
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/r
es23797.html
QUESTÃO 29
Nas composições de custos de serviços do Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil (SINAPI),
A os acréscimos de custos devidos ao trabalho
noturno são considerados nos encargos sociais.
B estão previstos os adicionais de periculosidade
ou insalubridade.
C os encargos complementares não cobrem custos
relacionados aos equipamentos de proteção
individual.
D apenas o percentual de lucro deve ser
acrescentado ao valor da composição de custos na
estimativa do custo de venda de um serviço.
E os encargos sociais incidentes sobre a mão de
obra do horista são superiores aos encargos
incidentes sobre a mão de obra do mensalista.
Trata-se de questão de Custos do Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil (SINAPI). Vamos analisar cada
uma das alternativas:
A os acréscimos de custos devidos ao trabalho
noturno são considerados nos encargos sociais. Alternativa errada. De acordo com Manual de
Metodologias e Conceitos do SINAPI, não são
considerados os adicionais de trabalho noturno e de
periculosidade ou insalubridade:
“Os encargos sociais adotados no SINAPI não consideram acréscimos de custos devidos
ao trabalho noturno, cabendo ao
orçamentista realizar os ajustes aplicáveis.
Nestes casos o orçamentista deve considerar
as disposições do Artigo 73 do Decreto Lei
5.452/43 (Consolidação das Leis de
Trabalho), o qual determina que a hora
noturna seja computada pelo tempo de 52
minutos e 30 segundos e tenha remuneração
superior ao trabalho diurno em pelo menos
20%. Considerando essas disposições legais,
deve ser adotado um coeficiente de utilização
da mão de obra noturna majorado em
37,15%, referente à ponderação da hora de
52 minutos e 30 segundos (ou seja, acréscimo
de 14,29% em relação à hora diurna), bem
como o acréscimo de 20% sobre a
remuneração.
Nas composições do SINAPI também não são
previstos adicionais de periculosidade ou
insalubridade, que deve ser avaliado pelo
orçamentista e adicionado à referência, se for
o caso. ”
B estão previstos os adicionais de
periculosidade ou insalubridade. Alternativa errada, conforme justificativa
apresentada no item anterior.
C os encargos complementares não cobrem
custos relacionados aos equipamentos de
proteção individual. Alternativa errada. De acordo com Manual de
Metodologias e Conceitos do SINAPI, os EPIs - equipamentos de proteção individual, estão incluídos
nos Encargos Complementares:
Os Encargos Complementares são custos
associados à mão de obra como alimentação,
transporte, equipamentos de proteção
individual, ferramentas manuais, exames
médicos obrigatórios, seguros de vida e
cursos de capacitação, cuja obrigação de
pagamento decorre das convenções coletivas
de trabalho e de normas que regulamentam a
prática profissional na construção civil. Os
valores decorrentes dessas obrigações não
variam proporcionalmente aos salários
(remuneração da mão de obra).
Nota: Os encargos complementares já foram objeto de
questão discursiva do CEBRASPE na prova do
Tribunal de Contas do Paraná, em 2016:
http://www.cespe.unb.br/concursos/TCE_PR_16_
ANALISTA/arquivos/270TCEPR_DISC_006_01
D apenas o percentual de lucro deve ser
acrescentado ao valor da composição de custos
na estimativa do custo de venda de um serviço. Alternativa errada. Não somente o Lucro deverá ser
acrescentado, mas também as demais parcelas que
compõe o BDI. O BDI é aplicado sobre o custo direto,
de forma percentual, para se chegar ao preço de
venda. É muito importante decorar os cinco itens que
compõe o BDI:
1. AC = Administração Central
2. SRG = Seguros, Riscos e Garantias
3. DF = Despesas Financeiras
4. L = Lucro
5. I = Impostos (Tributos) – PIS, COFINS e ISS
Observe a definição de BDI de acordo com o próprio
TCU: “percentual aplicado sobre o custo para chegar
ao preço de venda a ser apresentado ao cliente”. PV
= CD x (1 + BDI)
Por fim, apresento o item 1.4. Formação do Preço, do
Manual de Metodologias e Conceitos do SINAPI, que
explicita o processo de formação de preços:
“1.4. Formação do Preço Para entender o processo de formação de
preço de uma obra e da composição e
aplicação do BDI nos orçamentos é
necessário compreender a diferença entre
custo, despesa e preço.
Custo é informação que importa,
primordialmente, ao produtor e compreende
o gasto correspondente à produção de
determinado bem ou serviço. No caso da
construção civil, pode ser conceituado como
todo o valor investido diretamente na
produção de determinada obra.
Despesas são gastos que decorrem da
atividade empresarial e podem ser fixas ou
variáveis em função do volume de produção.
Como exemplo de despesa fixa, há a
manutenção da sede da empresa (imóveis,
remuneração de diretores e equipe
administrativa etc.) e de despesa variável,
cita-se a tributação sobre o faturamento.
Por sua vez, o preço é a quantia financeira
paga pelo comprador por determinado bem
ou serviço. No caso da construção, é o valor
contratual acordado para a obra, inclusos
todos os custos da própria obra, as despesas
e o lucro da empresa executora.
A formação do preço de uma obra depende
da correta estimativa de custos e despesas e
da definição da margem de lucro que se
espera auferir ao final do contrato.
Os custos diretos e indiretos de um orçamento
são estimados com base em dados extraídos
do projeto e do planejamento da obra, e são
expressos em valor monetário (quantitativos x
preços unitários). As demais parcelas da
formação do preço são estimadas como um
percentual a incidir sobre os custos, formado
pelo lucro (B – bonificação) e pelas despesas
indiretas (DI), conforme Tabela 1.1.
Tabela 1.1: Formação de Preço
A estimativa dos componentes do BDI é
obtida por meio de cálculos que levam em
conta características da obra, do contrato, da
empresa contratada e da tributação incidente.
O Decreto 7.983/2013, ao disciplinar a
matéria, faz referência em seu Artigo 3º aos
itens que compõem os custos de uma obra e
em seu Artigo 9º àqueles que somados aos
custos determinam o seu preço de referência.
Para as obras públicas, o BDI vem sendo
balizado por seguidas decisões do Tribunal
de Contas da União. O Acórdão mais
recente a tratar do tema, na época desta
publicação, é o 2.622/2013 - Plenário, que
apresenta, em planilhas diferenciadas por
tipo de obra, alíquotas médias, além
daquelas localizadas no primeiro e no
terceiro quartil da amostra estudada.
Para as demais obras, empregam-se as
referências já citadas, fazendo as
apropriações devidas nos casos de tributação
simplificada.
Cabe ressaltar que, conforme o Decreto
7.983/2013, assim como as parcelas de custo,
os componentes do BDI de uma obra podem
ser praticados e aceitos mesmo quando se
apresentam superiores à referência, desde
que haja justificativa técnica coerente por
parte do profissional habilitado responsável
pelo orçamento. ”
E os encargos sociais incidentes sobre a mão de
obra do horista são superiores aos encargos
incidentes sobre a mão de obra do mensalista.
É o gabarito da questão. Observe que os encargos
sociais são divididos em 4 grupos, conforme item 5.2.
Memória de Cálculo dos Percentuais Adotados do
SINAPI:
“Grupo A – Encargos Sociais Básicos,
derivados de legislação específica ou de
convenção coletiva de trabalho, que
concedem benefícios aos empregados, como
Previdência Social, Seguro Contra Acidente
de Trabalho, Salário Educação e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço; ou que
instituem fonte fiscal de recolhimento para
instituições de caráter público, tais como
INCRA, SESI, SENAI e SEBRAE;
Grupo B – Encargos Sociais que recebem
incidência do Grupo A e caracterizam-se por
custos advindos da remuneração devida ao
trabalhador sem que exista a prestação do
serviço correspondente, tais como o repouso
semanal remunerado, feriados e 13º salário;
Grupo C – Encargos Sociais que não recebem
incidência do Grupo A, os quais são
predominantemente indenizatórios e devidos
na ocasião da demissão do trabalhador, como
aviso prévio, férias (quando vencidas) e
outras indenizações;
Grupo D – Reincidências de um grupo sobre
outro. ”
Resumidamente, o total dos encargos sociais sobre o
salário horista é de 117,66% e para mensalista de
73,44%.
Gabarito: E
Fonte (s):
Manual de Metodologias e Conceitos do SINAPI -
https://seinfra.ufg.br/up/124/o/SINAPI_Manual_d
e_Metodologias_e_Conceitos_v002.pdf
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
- Volume 01 - Metodologia e Conceitos, item 2.5.2
QUESTÃO 30
No recebimento do caminhão betoneira em uma
obra, deve-se considerar o ensaio de controle de
recebimento e aceitação do concreto, conhecido
por abatimento de tronco de cone ou slump test.
Nesse caso, se o resultado do slump test, em
comparação ao valor máximo admitido na nota
fiscal de entrega do concreto, for
A igual ou superior, o concreto está adequado para
ser recebido.
B inferior, o concreto está com excesso de água em
sua composição.
C superior, significa possível aumento de
resistência característica à compressão do
concreto.
D inferior, a consistência do concreto não foi
alterada, e o concreto está adequado para ser
recebido.
E superior, pode significar aumento do fator
água/cimento do concreto.
O ensaio de consistência da massa de concreto fresco
é feito através do teste de abatimento de tronco de
cone, ou “slump test”, normatizado pela ABNT NBR
NM 67.
O abatimento do concreto é determinando pela
diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do
corpo-de-prova, que corresponde à altura média do
corpo-de-prova desmoldado, aproximando aos 5 mm
mais próximos, conforme apresentado nas imagens a
seguir:
Observe que quanto maior for o valor do teste, mais
fluido será o concreto. Assim, vamos analisar as cada
uma das alternativas:
A igual ou superior, o concreto está adequado
para ser recebido. Alternativa errada. Caso o valor seja superior ao
especificado pelo projetista, tratear-se-á de um
concreto mais fluido, o que pode representar uma
maior relação de água/cimento, reduzindo a sua
resistência característica.
B inferior, o concreto está com excesso de água
em sua composição. Alternativa errada. Ao contrário, um valor inferior
implica em uma mistura mais seca, com menor relação
de água cimento, ou seja, menos trabalhável.
C superior, significa possível aumento de
resistência característica à compressão do
concreto. Alternativa errada. Com já informado, o valor superior
indica um concreto mais fluido com possível aumento
de água em sua mistura, ou aditivo superfluidificante.
D inferior, a consistência do concreto não foi
alterada, e o concreto está adequado para ser
recebido. Alternativa errada. O Slump inferior indica um
concreto mais fluido, com consistência alterada.
E superior, pode significar aumento do fator
água/cimento do concreto. Alternativa correta. Com já informado, o valor
superior indica um concreto mais fluido com possível
aumento de água em sua mistura, ou aditivo
superfluidificante.
Gabarito: E
Fonte (s):
NBR NM 67 - Determinação da Consistência pelo
Abatimento do Tronco do Cone
CONCRETOS - o concreto no estado fresco -
Professora: Mayara Custódio (imagem)
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/adm
in/arquivosUpload/17310/material/03.%20Slump,
%20Massa%20espec%C3%ADfica,%20Moldage
m%20e%20cura%20de%20CPs,%20Capeamento