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Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência - Vol. I - trechos

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Vol. I – Orçamento, Finanças e Contabilidade Pública

Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência

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Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência

Vol. I – Orçamento, Finanças e Contabilidade Pública

Maio/2012

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2012 – ACINTAP – Apoio ao Controle

Interno da Administração Pública

Todos os direitos reservados e protegidos pela

Lei nº 9.610, de 19/02/1998 (Direitos Autorais).

Nenhuma parte deste arquivo poderá ser

reproduzida ou transmitida sejam quais forem

os meios empregados: eletrônicos, mecânicos,

fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Permitida a impressão para uso pessoal.

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No site www.apoioaocontroleinterno.com.br

estão disponíveis listas de link’s úteis para

acesso de legislações, jurisprudências, manuais,

publicações, artigos, sites de órgãos, dentre outros,

além das demais coletâneas, sobre assuntos relacionados

ao Controle (Interno, Externo e Social) e à Gestão Pública

(administração contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial).

Para contato acesse “Fale Conosco” no site ou

envie email para [email protected]

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APRESENTAÇÃO

Esta coletânea contém leis, decretos, portarias, instruções e

resoluções federais, bem como jurisprudências referentes a Orçamento,

Finanças e Contabilidade Pública.

Visa ser um instrumento de consulta para agilizar e facilitar a

obtenção de conhecimentos e as rotinas de trabalho dos servidores

públicos. É recomendada para profissionais do controle interno e das

demais áreas (como a contábil, financeira, administrativa e jurídica), de

tribunais de contas e gestores públicos.

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ÍNDICE

01 Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 (Finanças Públicas) –

Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle

dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do

Distrito Federal............................................................................

07

Jurisprudências ........................................................................ 17

02 Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (S/A) – Dispõe sobre

as Sociedades por Ações..............................................................

19

Jurisprudências ....................................................................... 78

03 Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de

Responsabilidade Fiscal) – Estabelece normas de finanças públicas

voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras

providências................................................................................

80

Jurisprudências ........................................................................ 97

04 Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003 (ISSQN) –

Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de

competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras

providências................................................................................

098

Jurisprudências ........................................................................ 106

05 Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006

(Estatuto Nacional da Microempresa e da EPP) – Institui o

Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;

altera dispositivos das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de

1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo

Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de

fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de

1990; e revoga as Leis nos 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841,

de 5 de outubro de 1999..................................................................

108

06 Decreto nº 2.829, de 29 de outubro de 1998 (Elaboração e

Execução do PPA e Orçamentos) – Estabelece normas para a

elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da

União, e dá outras providências......................................................

135

07 Decreto nº 7.185, de 27 de maio de 2010 (SISTEMA – Sistema

Integrado de Administração Financeira e Controle) - Dispõe

sobre o padrão mínimo de qualidade do sistema integrado da

administração financeira e controle, no âmbito de cada ente da

Page 6: Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência - Vol. I - trechos

Federação, nos termos do art. 48, parágrafo único, inciso III, da Lei

Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e dá outras

providências.................................................................................

137

08 Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001

(Consolidação das Contas Públicas) – Dispõe sobre as normas

gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências.

Dispõe sobre o padrão mínimo de qualidade do sistema integrado da

administração financeira e controle, no âmbito de cada ente da

Federação, nos termos do art. 48, parágrafo único, inciso III, da Lei

Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e dá outras

providências.................................................................................

139

09 Portaria nº 448, de 13 de setembro de 2002 (Naturezas de

despesas) – Divulga o detalhamento das naturezas de despesas

339030, 339036, 339039 e 449052................................................

149

10 Portaria nº 548, de 22 de novembro de 2010 (SISTEMA –

Sistema Integrado de Administração Financeira e Controle) –

Estabelece os requisitos mínimos de segurança e contábeis do sistema

integrado de administração financeira e controle utilizado no âmbito

de cada ente da Federação, adicionais aos previstos no Decreto nº.

7.185, de 27 de maio de 2010........................................................

161

11 Instrução Normativa nº 103, de 30 de abril de 2007

(Enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de

ME e EPP) - Dispõe sobre o enquadramento, reenquadramento e

desenquadramento de microempresa e empresa de pequeno porte,

constantes da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006,

nas Juntas Comerciais...................................................................

162

12 Resolução CFC n.º 750/93 - Dispõe sobre os Princípios de

Contabilidade (PC)........................................................................

164

13 Resolução CFC nº 986/03 - Aprova a NBC TI 01 – Da Auditoria

Interna........................................................................................

166

14 Resolução CFC nº. 1.128/08 - Aprova a NBC T 16.1 Conceituação,

Objeto e Campo de Aplicação.........................................................

169

15 Resolução CFC Nº. 1.129/08 - Aprova a NBC T 16.2 – Patrimônio e

Sistemas Contábeis......................................................................

170

16 Resolução CFC Nº. 1.130/08 - Aprova a NBC T 16.3 –

Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil.............

172

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17 Resolução CFC Nº. 1.131/08 - Aprova a NBC T 16.4 – Transações

no Setor Público...........................................................................

173

18 Resolução CFC Nº. 1.132/08 - Aprova a NBC T 16.5 – Registro

Contábil......................................................................................

174

19 Resolução CFC Nº. 1.133/08 - Aprova a NBC T 16.6 –

Demonstrações Contábeis.............................................................

176

20 Resolução CFC Nº. 1.134/08 - Aprova a NBC T 16.7 – Consolidação

das Demonstrações Contábeis.......................................................

179

21 Resolução CFC Nº. 1.135/08 - Aprova a NBC T 16.8 – Controle

Interno.......................................................................................

180

22 Resolução CFC Nº. 1.136/08 - Aprova a NBC T 16.9 – Depreciação,

Amortização e Exaustão................................................................

181

23 Resolução CFC Nº. 1.137/08 - Aprova a NBC T 16.10 – Avaliação e

Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público.........

183

ANEXO

Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 (Finanças Públicas)......... 187

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LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964.

Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei;

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.

TÍTULO I

Da Lei de Orçamento

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento:

I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Govêrno;

II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do Anexo nº. 1;

III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;

IV - Quadro das dotações por órgãos do Govêrno e da Administração.

§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:

I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;

II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a 9;

III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Govêrno, em têrmos de realização de obras e de prestação de serviços.

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros .

Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá tôdas as despesas próprias dos órgãos do Govêrno e da administração centralizada, ou que, por intermédio dêles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.

Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.

Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.

§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o calculo das cotas terá por base os dados apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a transferência.

Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:

I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo 43;

II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.

§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis sòmente se incluirá na receita quando umas e outras forem especìficamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que jurìdicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.

§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento.

Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Govêrno ou unidade administrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2.

§ 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4.

§ 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo anterior os algarismos

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IV - as condições estatutárias de participação serão transcritas nos certificados das ações da companhia.

Art. 298. As companhias existentes, com capital inferior a Cr$ 5.000.000,00 (cinco milhões de cruzeiros), poderão, no prazo de que trata o artigo 296 deliberar, pelo voto de acionistas que representem 2/3 (dois terços) do capital social, a sua transformação em sociedade por quotas, de responsabilidade limitada, observadas as seguintes normas:

I - na deliberação da assembléia a cada ação caberá 1 (um) voto, independentemente de espécie ou classe;

II - a sociedade por quotas resultante da transformação deverá ter o seu capital integralizado e o seu contrato social assegurará aos sócios a livre transferência das quotas, entre si ou para terceiros;

III - o acionista dissidente da deliberação da assembléia poderá pedir o reembolso das ações pelo valor de patrimônio líquido a preços de mercado, observado o disposto nos artigos 45 e 137;

IV - o prazo para o pedido de reembolso será de 90 (noventa) dias a partir da data da publicação da ata da assembléia, salvo para os titulares de ações nominativas, que será contado da data do recebimento de aviso por escrito da companhia.

Art. 299. Ficam mantidas as disposições sobre sociedades por ações, constantes de legislação especial sobre a aplicação de incentivos fiscais nas áreas da SUDENE, SUDAM, SUDEPE, EMBRATUR e Reflorestamento, bem como todos os dispositivos das Leis nºs. 4.131, de 3 de dezembro de 1962, e 4.390, de 29 de agosto de 1964.

Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 299-B. O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Parágrafo único. O registro do saldo de que trata o caput deste artigo deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 300. Ficam revogados o Decreto-Lei n. 2.627, de 26 de setembro de 1940, com exceção dos artigos 59 a 73, e demais disposições em contrário.

Brasília, 15 de dezembro de 1976; 155º da Independência e 88º da República.

ERNESTO GEISEL Mário Henrique Simonsen

JURISPRUDÊNCIAS: - Superior Tribunal de Justiça – STJ: 1. Ação de responsabilidade. Prescrição: o entendimento dominante neste STJ é de que, para propositura da ação de responsabilidade civil contra os administradores, é necessária a prévia propositura da ação de anulação da assembléia de aprovação de contas da sociedade no prazo bienal previsto no artigo 286 da Lei 6.404/76. A partir do trânsito em julgado da sentença que acolher a anulação é que começa a fluir o prazo trienal para a ação de responsabilidade. ... Ao apreciar o tema no julgamento do REsp 256.596, o Ministro Antônio de Pádua Ribeiro consignou que: Para a solução da controvérsia há de se considerar os seguintes textos da Lei n° 6.404, de 15/12/1976, denominada de Lei das Sociedades por Ações: Art. 134, § 3°: "A aprovação, sem reserva, das demonstrações financeiras e das contas exonera de responsabilidade os administradores e fiscais, salvo erro, dolo, fraude ou simulação (art. 286). " Art. 159: "Compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio". Art. 286: "A ação para anular as deliberações tomadas em assembléia geral, irregularmente convocada ou instalada, violadoras da lei ou do estatuto, ou eivadas de erro, dolo, fraude ou simulação prescreve em 2 (dois) anos, contados da deliberação ". Art. 287, II, b, 2: "Prescreve ....................................... II - em 3 (três) anos: b) a ação contra os fundadores, acionistas, administradores, liqüidantes, fiscais ou sociedades de comando, para deles haver reparação civil por atos culposos ou dolosos, no caso de violação da lei, do estatuto, ou da convenção do grupo, contado o prazo: ....................................... 2) para os acionistas, administradores, fiscais e sociedades de comando da data da publicação da ata que aprovar o balanço referente ao exercício em que a violação tenha ocorrido". Duas são as teses jurídicas confrontadas, como bem resumiu o ilustre relator: "1) A ação de responsabilidade contra o diretor é autônoma, não depende do ajuizamento da ação prevista no art. 286 (ação de anulação de ato assemblear); sendo o prazo prescricional aplicável, na hipótese, aquele previsto no art. 287, II, b, 2 da Lei n° 6.404/76, de três anos (tese defendida pelos recorrentes - Banco do Brasil S/A e outro); 2) A ação de anulação de ato da Assembléia Geral, que encontra disciplina no art. 286 da Lei das S/A, é condição para a propositura da ação de responsabilidade prevista no art. 287, II, 'b', 2 da mencionada lei (orientação chancelada pelo acórdão recorrido). " Nesse contexto, para o deslinde da questão, devem ser consideradas as disposições do art. 286 e do art. 287, II, "b", 2, ambos da Lei 6.404/76. No cotejo destas com outras da mesma lei, há de se concluir se o ajuizamento da ação prevista em um deles depende do prévio ajuizamento da prevista no outro. O primeiro trata sobre prazo prescricional para a ação de anulação de ato jurídico. O segundo, por sua vez, dispõe sobre ação de responsabilidade civil e o prazo para se as ações competentes" (Curso de Direito Comercial, Editora Saraiva, 20a edição, 1995, pág, 176). Caso julgado procedente o pedido de anulação, ou seja, reconhecida a existência de erro, dolo, fraude ou simulação, persiste a responsabilidade do administrador, conforme a ressalva do

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PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 163, DE 4 DE MAIO DE 2001

Dispõe sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL DO

MINISTÉRIO DA FAZENDA e o SECRETÁRIO DE ORÇAMENTO FEDERAL DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vista o disposto no art. 50, § 2º, da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, e

Considerando que, para que sejam consolidadas as Contas Públicas Nacionais, em obediência ao disposto no art. 51 da Lei Complementar no 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), há a necessidade da uniformização dos procedimentos de execução orçamentária no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

Considerando que a uniformização desses procedimentos impõe, necessariamente, a utilização de uma mesma classificação orçamentária de receitas e despesas públicas;

Considerando, também, que, além da necessidade referida no item precedente, a unificação das mencionadas classificações trará incontestáveis benefícios sobre todos os aspectos, especialmente para o levantamento e análise de informações em nível nacional;

Considerando, por outro lado, que, de acordo com o art. 52, incisos I, alínea “b”, e II, alínea “b”, da Lei Complementar no 101, de 2000, a demonstração da despesa constante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária far-se-á por grupo de natureza;

Considerando que, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que cabe ao órgão central de contabilidade da União a edição das normas gerais para a consolidação das contas públicas, enquanto não for implantado o Conselho de Gestão Fiscal, previsto no art. 67 da referida Lei Complementar;

Considerando, ainda, que, de acordo com o art. 4º do Decreto no 3.589, de 6 de setembro de 2000, o órgão central do Sistema de Contabilidade Federal é a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda;

Considerando, finalmente, que, nos termos do art. 13 do Decreto no 3.750, de 14 de fevereiro de 2001, compete à Secretaria de Orçamento Federal - SOF do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP dispor sobre as classificações orçamentárias, resolvem:

Art. 1º Para as consolidações mencionadas no art. 51 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão encaminhar suas contas à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda - STN/MF, órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, nos prazos previstos no § 1º do referido art. 51.

Art. 2º A classificação da receita, a ser utilizada por todos os entes da Federação, consta do Anexo I desta Portaria, ficando facultado o seu desdobramento para atendimento das respectivas peculiaridades.

Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:

I - categoria econômica; II - grupo de natureza da despesa;

III - elemento de despesa; § 1º A natureza da despesa será complementada

pela informação gerencial denominada “modalidade de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

§ 2º Entende-se por grupos de natureza de

despesa a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.

§ 3º O elemento de despesa tem por finalidade

identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.

§ 4º As classificações da despesa por categoria

econômica, por grupo de natureza, por modalidade de aplicação e por elemento de despesa, e respectivos conceitos e/ou especificações, constam do Anexo II desta Portaria.

§ 5º É facultado o desdobramento suplementar

dos elementos de despesa para atendimento das necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.

Art. 4º As solicitações de alterações dos Anexos I

e II desta Portaria deverão ser encaminhadas à STN/MF, que, em conjunto com a SOF/MP, terá o prazo máximo de trinta dias para deliberar sobre o assunto.

Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3o a

estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de Governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:

a) “c” representa a categoria econômica;

b) “g” o grupo de natureza da despesa;

c) “mm” a modalidade de aplicação;

d) “ee” o elemento de despesa; e

e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento

de despesa.

Parágrafo único. A discriminação das naturezas de despesa, de que trata o Anexo III desta Portaria, é apenas exemplificativa, podendo ser ampliada para atender às necessidades de execução, observados a estrutura e os conceitos constantes do Anexo II desta Portaria.

Art. 6º Na lei orçamentária, a discriminação da

despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.

Art. 7º A alocação dos créditos orçamentários na lei orçamentária anual deverá ser feita diretamente à unidade orçamentária responsável pela execução das ações correspondentes, ficando vedada a consignação de recursos a título de transferência para unidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

Art. 8º A dotação global denominada Reserva de

Contingência, permitida para a União no art. 91 do

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Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência Vol. I – Orçamento, Finanças e Contabilidade Pública

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RESOLUÇÃO CFC n.º 750/93

Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no

exercício de suas atribuições legais e regimentais,

CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

RESOLVE:

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de

Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade

há situações concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

CAPÍTULO II

DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 3º São Princípios de Contabilidade:

(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

I) o da ENTIDADE; II) o da CONTINUIDADE; III) o da OPORTUNIDADE; IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;

V) (Revogado pela Resolução CFC nº.

1.282/10)

VI) o da COMPETÊNCIA; e

VII) o da PRUDÊNCIA.

SEÇÃO I

O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE

reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à

ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

SEÇÃO II

O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO III

O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e

tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

SEÇÃO IV

O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem

ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados

pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

II – Variação do custo histórico. Uma vez

integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:

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Coletânea de Legislação Federal e Jurisprudência Vol. I – Orçamento, Finanças e Contabilidade Pública

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ANEXOS