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Comerciais para quatroAproveitando uma homologação europeia prevista para os veículos inseridos na categoriaNl, algumas marcas estão a comercializar variantes de quatro lugares como comerciais quevão permitir às empresas que os adquiram receber o IVA de volta. Mas será mesmo assim?
Deacordo com o Decreto-Leí n°
198/2007 de 16-05-2007, um veículode categoria N 1é um "veículo con-
cebido e construído para o transporte demercadorias com massa máxima não supe-rior a 3,5 1". Até aqui nada de novo. Todosos veículos comerciais ligeiros à venda em
Portugal estão inseridos nesta grande ca-
tegoria de automóveis. Ainda não foi assim
há tanto tempo que esta categoria abrangiaoutras categorias nas quais se dividiam os
próprios veículos comerciais, todavia eram
categoria e segmento de homologaçãoespecificamente portugueses, já que esta
homologação N 1é europeia e as instâncias
responsáveis em Portugal têm apenas de a
aceitar. Quem não se lembra dos derivadosde turismo que tinham a benesse de não
pagar ISV ou, até mesmo, os veículos mistos
(para carga e passageiros) que pagavam ape-nas uma pequena parte do imposto. Tudoisto terminou com a avassaladora vontade
do Governo de ganhar dinheiro através do
setor automóvel. Atualmente não existembenesses em termos de ISV. Ou seja, qualquerveículo comercial tem um preço semelhante,ou até mais elevado que o de um veículo
ligeiro de passageiros. Até os famosos deri-vados de turismo, os conhecidos dois lugares,deixaram de ser apetecíveis, pois são tãocaros como qualquer automóvel de cinco
lugares. A única benesse que ainda existe, é
para as empresas. Ou seja, se comprarem um
veículo comercial podem reaver o IVA pago
no preço final desse automóvel. Começouentão uma procura incessante por estratégias,
principalmente da parte dos importadores
que precisam de vender e de ter motivos para
vender, numa tentativa de cativar, neste caso,
as empresas.Há relativamente poucos meses começaram a
surgir no mercado utilitários de quatro luga-
res que são vendidos como veículos comerciais
e que permitem às empresas serem ressarcidas
do IVA pago. A estratégia parece ser simples.
Aproveitando uma homologação Europeia
para veículos da categoria NI, que mediante
uma determinada capacidade de carga sobre
o eixo traseiro e 4 lugares de lotação máxima,
equipara os veículos a Comerciais Ligeiros,
a Opel, a Fiat e a Peugeot já comercializam
propostas neste sentido. Ou seja, se se retirar
o encosto de cabeça e o cinto central traseiro
e desde que a carga admissível sobre o eixo
traseiro seja superior a 900 kg, o carro passa a
ser um Comercial. E, como tal, o IVA é dedutí-
vel. As empresas, como é sabido, não podem
deduzir o IVA nos carros de passageiros mas
podem fazê-lo nos comerciais. Os veículos não
sofrem qualquer transformação pois o facto
de ser uma homologação europeia, existem
alguns construtores que já os produzem adap-
tados a esta homologação.Todavia, ainda existe muita desconfiança
em relação a esta homologação pelo facto
de se saber se é possível ou não receber o
IVA. Ainda ninguém conseguiu prová-10,
mas o certo é que os automóveis estão a ser
vendidos. Ou seja, na hora de receber o im-
posto veremos se os importadores não vão
ter problemas com as suas vendas... Fique
atento. Saiba primeiro se pode receber o IVA
e compre depois.
A Opel tem
quase acertada a
comercializaçãode uma versão de
"quatro lugares"do Corsa. Mais
uma vez a
vantagem está na
possibilidade dereceber o IVA
A Renault estavaa estudar uma
estratégia idêntica
para o Clio, masabandonou o projeto