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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SUL. ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E COOPERATIVISMO AÇÕES E RESULTADOS BIÊNIO 2001/2002

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SUL.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE AAGGRRIICCUULLTTUURRAA,,

PPEECCUUÁÁRRIIAA

EE CCOOOOPPEERRAATTIIVVIISSMMOO

AÇÕES E RESULTADOS

BIÊNIO 2001/2002

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Mesa Diretora: 2001 e 2002

Presidente: Deputado Sérgio Zambiasi (PTB) 1º Vice -Presidente: Deputado Francisco Áppio (PPB) 2º Vice -Presidente: Deputada Maria do Rosário (PT) 1º Secretário: Deputado Alexandre Postal (PMDB) 2º Secretário: Deputado João Osório (PMDB) 3º Secretário: Deputado Paulo Azeredo (P DT) 4º Secretário: Deputado Marco Peixoto (PPB)

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E COOPERATIVISMO

DEPUTADOS MEMBROS 2001/2002

Presidente Deputado Frederico Antunes – PPB

Vice-Presidente Deputado Adolfo Brito – PPB

Deputados Titulares Deputados Suplentes Adolfo Brito (PPB) Abílio dos Santos (PTB) Aloísio Classmann (PTB) Adroaldo Loureiro (PDT) Alexandre Posta l (PMDB) Cecilia Hypolito (PT) Berfran Rosado (PPS ) Érico Ribeiro (PPB)) Dionilso Marcon (PT) Elmar Schneider (PMDB) Elvino Bohn Gass (PT) Edemar Vargas (PTB) Frederico Antunes (PPB) Maria do Carmo Bueno (PPB) Ivar Pavan (PT) Paulo Odone Ribeiro (PPS) Mario Bernd (PPS) Roque Grazziotin (PT) Osmar Severo (PTB)

Giovani Cherini (PDT)

Paulo Azeredo (PDT)

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COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E COOPERATIVISMO

MEMBROS TITULARES

GESTÃO 2001/2002

Dep. Frederico Antunes

Presidente

Adolfo Brito Alexandre Postal Aloisio Classmann Berfran Rosado

Dionilso Marcon Elvino Bohn Gass Giovani Cherini Ivar Pavan

Mario Bernd Osmar Severo Paulo Azeredo

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COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E COOPERATIVISMO

ASSESSORIA:

GESTÃO 2001

Antonia de Souza – Secretária

Jeferson Santiago Chaves – Estagiário

Pedro Alberto Duran Paiani – Assessor Administrativo

Suzana Elisabete Dartora – Assessora Administrativa

GESTÃO 2002

Antonia de Souza – Secretária

Diego Detoni Pavoni - Esta giário

Jeferson Santiago Chaves – Estagiário

Pedro Alberto Duran Paiani – Assessor Administrativo

Ricardo Barbosa Brandão – Assessor Técnico

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SUMÁRIO

Mesa diretora da AL/RS 2001/2002 .......................................................... ....................02

Membros da CAPC 2001/2002 .....................................................................................03

Assessoria da CAPC 2001/2002 ...................................................................................05

Apresentação .................................................................................................................08

I – OS TEMAS DISCUTIDOS NA COMISSÃO EM 2001/2002 AGRICULTURA................................................................... .................................................12 1 Arroz irrigado .....................................................................................................................12 2 Vitivinicultura....................................................... ..............................................................17 3 MODERFROTA ...............................................................................................................20 4 Fumo .............................................................. .....................................................................22 5 Erva-Mate...........................................................................................................................23 6 Mamona .......................................... ...................................................................................24 7 Floricultura .........................................................................................................................26 8 Acacicultura .................... ...................................................................................................27 9 Banana no Litoral Norte do RS ...........................................................................................28 10 Perspectivas de Recuperação do Setor Primário ................................................................29 11 Reflorestamento .................................................................................................................30 12 Solos ..................................... ...............................................................................................31 13 Transgênicos/OGMs ...........................................................................................................32 14 Patrulhas Agrícolas ............ .................................................................................................35 PECUÁRIA ............................................................................................................................36 15 Sanidade Animal no RS/ Febre Aftosa ...............................................................................36 16 Suinocultura .......................................................................................................................40

17 Bovinocultura de Corte .......................................................................................................44 18 Cadeia Produtiva do Leite ...................................................................................................46 19 Ovinocultura ........... ............................................................................................................49 20 Cavalos da raça crioula .......................................................................................................51 21 Pesca e Piscicul tura ............................................................................................................52 22 Apicultura no Estado ..........................................................................................................54 23 Criação de Emas ..................................................................................................................55 24 Uso do Fogo nos Campos de Cima da Serra ......................................................................56 25 Crimes de abigeato ..............................................................................................................58

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POLÍTICAS PÚBLICAS.......................................................................................................59 26 Seguro Agrícola ...... ...........................................................................................................60 27 Avaliação Execução orçamentária dos projetos prioritários para a agricultura ..................61 28 Análise do desempenho da CESA, CEASA, EMATER E IR GA......................................62 29 Crédito Agrícola. ...............................................................................................................63 30 Pesquisa Agropecuária .......................................................... .............................................64 31 Assistência Técnica e Extensão Rural ................................................................................66 32 Previdência Rural....................................................................... .........................................68 A QUESTÃO AGRÁRIA ......................................................................................................69 33 Reforma Agrária ........................................................................ ........................................69 34 Devolução de Áreas Indígenas ..........................................................................................75

OUTROS TEMAS RELEVANTES ................................................................. ...................76 35 Homenagem - JOSÉ ANTONIO LUTZENBERGER . .....................................................76 36 Recursos para os Municípios Atingidos com as Chuvas ....................................................78 37 Análise do Movimento Grito da Te rra Brasil 2001 ...........................................................79 38 Apresentação, pelos Candidatos ao Governo do Estado, das propostas para o setor

primário da economia gaúcha. ..................................................................... ......................80 REUNIÕES DE GRUPOS TÉCNICOS ..................................................................................81 SUBCOMISSÕES 2001 ................................................................................................... .......82 QUADRO RESUMO 2001 .....................................................................................................82 SUBCOMISSÕES 2002 ......................................................................................................... .83 QUADRO RESUMO 2002 ......................................................................................................83 II - A IMPORTÂNCIA E AS REP ERCUSSÕES DAS AÇÕES DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRI A E COOPERATIVISMO.. .. ....................... ........................84 Os destaques da Gestão 2001/2002 ...........................................................................................85 ANEXO 1 .............................................................................................. ..................................94 ANEXO 2 ................................................................................................................................96

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APRESENTAÇÃO

Quando aceitei a incumbência de Presidir a Comis são de Agricultura,

Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa, no biênio de 2001/2002, junto com os

demais colegas deputados, o fiz motivado pela importância econômica e social do setor

primário para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, por enten der que esta Comissão pode

desempenhar um papel fundamental no encaminhamento das questões que afetam o setor e pela minha origem ligada ao meio rural e ao agronegócio. Não é de agora a minha opção pela

agropecuária, tanto que no momento de decidir a minha profissão optei pela Engenharia

Agronômica.

A importância econômica e social da agropecuária para o Brasil e para

os Gaúchos pode ser avaliada a partir da sua participação na geração de emprego, renda e

tributos e segurança alimentar em todos os momen tos da nossa história. O agronegócio

representa 32% do PIB, 36% dos Empregos e 39% das Exportações do Brasil. No caso do RS a agropecuária é uma vocação histórica, que nos deu o orgulho de, por muito tempo, sermos

chamados de “Celeiro do Brasil”. Talvez es te título esteja em desuso, mas o setor primário

ainda é o motor que impulsiona o Nosso Estado. Mais de 400 mil famílias vivem no meio

rural e, segundo a FARSUL, 35 % do PIB do Estado é proveniente do Agronegócio.

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Co operativismo, na minha

visão, é um espaço privilegiado de participação e democratização das decisões relativas às

questões ligadas ao setor primário que permite evidenciar, ainda mais, aquilo que a

agropecuária representa para o RS.

A minha formação nas C iências Agrárias, aliada à minha origem rural

e à fé na capacidade dos agricultores, pecuaristas e nas suas instituições, forneceu o estímulo

necessário para presidir a Comissão no Biênio 2001/2002 de forma a proporcionar à

sociedade gaúcha a maior partici pação possível e dar encaminhamento a todas as demandas

geradas, interna ou externamente, de maneira transparente e ágil.

Alguns princípios nortearam a nossa gestão merecendo um destaque

especial: a pluralidade , que proporcionou espaço de participação a t odas as correntes de

pensamento da sociedade; o espaço para o contraditório ; as decisões democráticas , com

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votação de assuntos polêmicos e a manutenção da decisão da maioria; o engajamento dos

membros da Comissão nos temas trazidos para o debate pela socie dade; a vigilância

permanente das questões atinentes ao setor primário e da manutenção do estado de direito; a

interiorização das ações , levando o debate para mais próximo das bases e a diversidade de

temas abordados nas pautas das reuniões.

Este relatório, além de se constituir numa prestação de contas das

ações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo no Biênio 2001/2002 a toda a

sociedade gaúcha, traz informações sobre os principais temas que tiveram destaque na

Comissão nos últimos dois ano s, fornecendo um instrumental de pesquisa e conhecimento da

realidade rural e do agronegócio do RS. No texto procura -se resgatar, de forma objetiva, as

principais ações da Comissão no Biênio 2001/2001 e dar uma visão do esforço empreendido

pelos seus membr os, produtores rurais e entidades parceiras na busca de soluções para as

dificuldades do setor primário do Rio Grande do Sul.

Foram oitenta e três reuniões, onde buscamos contemplar as propostas

de pauta dos Parlamentares Membros, bem como, as propostas do s Produtores Rurais, através

das Entidades representativas. promovendo debates, fazendo encaminhamentos e assim

solidificando ações, com resultados práticos. Foram vinte e oito reuniões interiorizadas,

aproximando a Assembléia Legislativa dos produtores ru rais e suas representações, ouvindo -

os e proporcionando oportunidades de manifestarem seus anseios e reivindicações. A Comissão não fugiu do debate nos conflitos que ocorreram no

campo, como as invasões de terras e a Febre Aftosa, que causaram sérios probl emas

econômicos aos produtores rurais e ao Estado. Com o apoio dos Produtores Rurais, Prefeitos,

Vereadores, Líderes e Entidades do setor, conseguiu -se a suspensão das vistorias feitas pelo

INCRA, nas propriedades rurais. A Comissão prestou apoio às estrat égias de controle da febre

aftosa, evitando que os produtores tivessem maiores perdas, democratizando o debate e

proporcionando uma aproximação entre Governo Federal e Governo Estadual para o bem da agropecuária gaúcha.

Nesta Comissão, deu -se o início ao debate sobre os problemas na

Cadeia Produtiva do Leite, chegando -se ao consenso da necessidade de instalação de uma

CPI, a qual colocou em discussão o preço do leite e as distorções na cadeia produtiva, que

acarretam prejuízos ao pequeno produtor.

As polít icas públicas, como o crédito rural e o endividamento dos

agricultores, o seguro agrícola, a previdência rural, a extensão rural e a pesquisa agropecuária,

proporcionaram debates que conduziram a encaminhamentos que beneficiaram os

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agricultores, suas orga nizações e aos servidores do Estado, como pode ser visto neste

relatório.

As alternativas de renda tiveram lugar de destaque nas reuniões da

Comissão neste período. Pode -se observar que diversos temas, levantados por produtores ou

técnicos, foram incluído s na pauta proporcionando a discussão e a divulgação de atividades

que podem se constituir em importantes fontes de geração de emprego e oportunidade de

trabalho no meio rural.

O relatório foi dividido em 2 capítulos. O primeiro capítulo, dividido

em cinc o partes, traz um detalhamento das principais ações da Comissão em relação aos

temas debatidos no Rio Grande do Sul nos últimos dois anos. São descritas as atividades da

Comissão: as reuniões realizadas, as pautas e os encaminhamentos dados a cada assunto. Traz

uma apresentação de cada tema para contextualizar o leitor na sua importância para o Estado e

apresentam-se sugestões referentes a cada tema abordado.

O segundo capítulo destaca alguns pontos mais relevantes da gestão,

pelo espaço ocupado na Comissã o e na mídia, bem como as repercussões dos debates

ocorridos na Comissão, durante o Biênio 2001/2002, para o setor primário e para as políticas

públicas do Estado.

Faz -se necessário um agradecimento aos colegas deputados, titulares e

suplentes, e ass essores que trabalharam na Comissão e permitiram que a produção da mesma fosse tão rica no período. Também quero agradecer aos produtores rurais, instituições

representativas dos diversos segmentos da sociedade, políticos, servidores públicos e todos

aquel es que participaram e contribuíram para a qualificação do debate sobre o setor primário e

o agronegócio na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo durante esta gestão.

A primeira avaliação é de que os objetivos propostos, quando assumi a

Presidência da Comissão, foram atingidos. Tenho a convicção que esta Comissão Permanente

teve participação significativa em todos temas relevantes para o Estado, sempre com firmeza, na defesa dos interesses dos produtores rurais. No entanto, cada cidadão gaúcho que analisar

esta publicação poderá tirar as suas próprias conclusões e a partir delas contribuir, ainda mais,

para o engrandecimento da agropecuária do nosso Estado.

Deputado Frederico Antunes

Presidente

Porto Alegre, dezembro de 2002.

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I - Os temas discutidos na Comissão Neste capítulo são descritas, detalhadamente as ações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul no biênio 2001/2002, sob a presidência do Deputado Frederico Antunes. Cada tema incluído na pauta de reuniões, seja por proposição dos membros da Comissão ou por integrantes da sociedade gaúcha, são detalhados para dar conhecimento aos gaúchos de todas as atividades da Comissão. Os temas foram divididos em cinco grupos para facilitar o seu ordenamento e entendimento: Agricultura, Pecuária, Políticas Públicas, Questão Agrária e outros temas relevantes de interesse do setor primário. Em cada tema são descritas as reuniões realizadas, as pautas e os encaminhamento s dados pela Comissão a partir do debate nas reuniões. É apresentada a situação do tema no contexto mundial, nacional e do Rio Grande do Sul, de forma a inserir o leitor na importância e realidade dos temas discutidos. São apresentados dados estatísticos, problemas, potencialidades e perspectivas de cada atividade discutida na Comissão. Por fim, são apresentadas algumas recomendações e sugestões sobre possíveis encaminhamentos, necessidades e ações futuras para a solução de questões relativas a cada tema. Desta forma, julgamos que estamos prestando contas à sociedade gaúcha das ações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo e, ao mesmo tempo, produzindo um material de utilidade para pesquisa e informação a respeito da realidade do setor pri mário, setor este, de vital importância econômica e social para o Rio Grande do Sul

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AGRICULTURA

1 Arroz irrigado O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

1.1 Mecanismos de Comercialização da Safra 2000/2001 Reunião Extraordinária - 16 -03-2001 Local : Prefeitura Municipal - Agudo – RS. Pauta: Mecanismos da Comercialização do Arroz Safra 2001/2002. Encaminhamentos: Ofício Nº 056/2001 ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento com reivindica ções do setor arrozeiro. Ofício nº 055/2001CAPC/as ao Governador do Estado, com reivindicações dos Arrozeiros.

Cerimônia de abertura da Colheita do Arroz – Agudo

1.2 Gestão de Recursos Hídricos

Reunião Extraordinária - 29/08/2001 Local: Auditório da FARS UL.- EXPOINTER Pauta: Gestão de Recursos Hídricos Encaminhamentos: Ofício nº 326/2001 à FEPAM, solicitando revisão das taxas de licenciamento para os produtores agrícolas.

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1.3 Mecanismos de Sustentação de Preços; Repercussões da Medida Provisória

09/2001 e Importações. Reunião Extraordinária - 14 -11-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural - ALEGRETE - RS Pauta: Repercussões da MP 09/2001 que trata do Alongamento das Dívidas Agrícolas. Encaminhamentos: Encaminhar sugestões para composição dos ajustes da Legislação sobre o Endividamento Agrícola.

Reunião Ordinária - 22-11-2001 Local : Biblioteca Pública Municipal - Jaguarão -RS Pauta: Perspectivas do mercado interno e externo para o setor pecuário - carne gaúcha; Repercussões da Medida Provisória n° 09/2001, que trata do alongamento das dívidas agrícolas. Encaminhamentos:

a) Ofício a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária DAS/MAPA, solicitando providências para o escoamento da carne gaúcha; b) Encaminhado a Câmara Federal, sugestões para negociaçã o das dívidas Agrícolas; c) Ofício ao DFA/MAPA, apoiando pleitos da Prefeitura Municipal de Jaguarão.

Reunião Extraordinária - 08 -03-2002 Local : Parque de Exposições Serafim Dornelles Vargas. São Borja –RS. Pauta: ARROZ - Mecanismos de Sustentação de Preços ; Repercussões da Medida Provisória 09/2001 e Importações.

1.4 Lançamento do Livro “ARROZ”, da SÉRIE CULTURAS.

Reunião Ordinária - 29/08/2002 Local: Auditório da FARSUL – EXPOINTER - Esteio – RS. Pauta: Apresentação e Divulgação do Curso Internacional de M estrado Profissional em Agronegócios - União Européia/Mercosul, em conjunto com a UFRGS/Brasil e ESA/França, com início em 2003; Lançamento do Livro “ARROZ”, da Série Culturas, editado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

1.5 Cadeia produt iva do arroz .

Reunião Ordinária - 26/09/2002 Local: Parque de Exposições Agrícola e Pastoril. - Uruguaiana. Pauta: Abertura do Mercado para a Carne Gaúcha; Mercado de Carne Ovina – Produção de Cordeiros; Cadeia Produtiva do Arroz, com ênfase em Recursos Hídricos.

1.6 Cargos de Direção do IRGA

Reunião Ordinária - 03-05-2001 Local: Sala de Reuniões CAPC Pauta: Cargos de direção do IRGA Encaminhamentos:

Ofício 193/2001/CAPC/SED , ao senhor Governador do Estado solicitando o

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que segue: o cumprimento imediat o da Lei nº 533 que determina prazo de 30 dias para escolha dos Diretores do IRGA, através de Listas Tríplices. Perspectivas de cultivo e consumo de Arroz no Brasil e no RS O arroz é um produto indispensável na dieta e um dos componentes de maior peso na cesta básica dos brasileiros. O arroz tem uma importância fundamental na geração de empregos e na arrecadação do Brasil e, especialmente, no caso do Rio Grande do Sul. Atualmente são produzidos, no mundo, aproximadamente, 560 milhões de toneladas de arroz. Segundo dados do Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz, no ano de 2025 serão necessárias, cerca de 760 milhões de toneladas para abastecer a população mundial, portanto, mais 200 milhões de toneladas. O consumo médio de arroz no mundo, atualm ente, é 87 kg/pessoa/ano (base casca). Os maiores produtores mundiais são China, Índia e Indonésia.

No caso do Brasil, a previsão é de um consumo de 16 milhões de toneladas. 5 milhões a mais do que a produção atual. Nos últimos 20 anos houve uma redução da área cultivada, mas a produção passou de 8,8 milhões de toneladas em 80/81 para cerca de 11 milhões em 2000. Segundo a CONAB a área plantada de arroz deverá sofrer um incremento de 2% em 2002/2003, devendo a produção ultrapassar 11 milhões de toneladas.

No RS o cultivo do arroz irrigado iniciou a partir de 1903. A produção gaúcha, pelo volume (mais de 40% da produção nacional nos últimos anos), produtividade e qualidade, assume uma importância estratégica na produção de alimentos no Brasil. O mercado consumidor nacional dá preferência para o arroz tipo longo fino, produzido no RS.

O maior problema enfrentado pelos orizicultores gaúchos é a comercialização da produção, uma vez em termos de produção foram atingidos níveis tecnológicos e produtividades semelha ntes aos locais mais produtivos do mundo. A abertura do mercado e a integração ao Mercosul levaram os produtores gaúchos a enfrentar uma forte concorrência do produto importado. Outro aspecto que impõe dificuldades ao produtor de arroz do RS é o diferencial de ICMS do Estado em relação a outras unidades da federação. Dados da produção de Arroz, safra 2001/2002.

Brasil RS Área plantada (ha) 3.238.900 981.700 30,8 % do Brasil Produção (ton) 10.656.100 5. 448.400 52% do Brasil Rendimento (kg/ha) 3.200 5.550 173% s/ Brasil Consumo 11.700.000 - - Exportação 22.278 - -

Fonte: Agrianual 2003. Referências: FERREIRA, Carlos Magri. Competitividade da cadeia agroalimentar do arroz de terras altas da região de Rio Verde –GO. In: Cadeias Produtivas do Brasi l. FGV/ EMBRAPA. Brasília, 2001. FNP Consultoria & Comércio Ltda. Anuário da Agricultura Brasileira 2003. São Paulo, 2002. CAPC. Série Culturas: Arroz. Porto Alegre, junho/2002.

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Outras informações sobre temas debatidos relativos ao cultivo de arroz irrigado Gestão de recursos hídricos A Assembléia Legislativa aprovou, em 2001, o projeto de lei do Executivo que

transfere para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) a gestão do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e do Fundo de Recursos Hídri cos do Estado do Rio Grande do Sul. O Setor de Planejamento e gestão de Recursos Hídricos desenvolve atividades no setor abordando as seguintes linhas: Ø Gerenciamento Ambiental e dos Recursos Hídricos . Visa estruturar Sistemas de

Gerenciamento Ambiental e de Recursos Hídricos que regulamentem e coordenem os agentes públicos e privados na apropriação dos recursos ambientais, incluindo as águas. Inclui -se, entre os trabalhos realizados, a participação em grupos encarregados de propor o aperfeiçoamento da leg islação e das metodologias de gerenciamento ambiental e dos recursos hídricos, o estudo de conseqüências econômicas e financeiras da cobrança pelo uso da água, o desenvolvimento de metodologias de outorga do uso da água e rateio de custo de investimentos d e usos múltiplos.

Ø Otimização de Sistemas de Recursos Hídricos - desenvolve o uso de técnicas para o dimensionamento e a operação de sistemas de recursos hídricos, incorporando aspectos econômicos, políticos, sociais, legais e ambientais.

Ø Sistemas de Apoio ao Gerenciamento de Bacias Hidrográficas - o objetivo é apoiar as decisões sobre a gestão dos recursos hídricos em uma bacia hidrográfica. O Sistema Estadual de Recursos Hídricos é composto de quatro instâncias: o Conselho

Estadual de Recursos Hídricos, o Departamento de Recursos Hídricos, os Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas e as Agências de Região hidrográfica. O Estado foi dividido em 24 Bacias Hidrográficas onde os Comitês coordenam as atividades relacionadas aos recursos hídricos. Referências:

SEMA. Disponível em: www.sema.rs.gov.br

Reunião sobre Gestão de Recursos Hídricos – Expointer 2001 – FARSUL

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O Instituto Riograndense do Arroz - IRGA A história do IRGA se mescla com o próprio d esenvolvimento da cultura de arroz No

rio Grande do Sul. O Instituto foi criado a partir do Sindicato Arrozeiro do Rio Grande do Sul, entidade criada em 12 de junho de 1926 e que tinha por objetivo a defesa dos segmentos da orizicultura.

Para dinamizar a cultura no Estado, fazia -se necessário o desenvolvimento da pesquisa e assistência técnica aos lavoureiros. Em Assembléia Geral os associados do Sindicato resolveram transformá-lo no Instituto do Arroz do Rio Grande, o que o governo oficializou em 31 de maio de 1938. Em 20 de junho de 1940, foi criado o Instituto Rio Grandense do Arroz - IRGA, sendo -lhe atribuída como finalidade principal incentivar, coordenar e superintender a defesa da produção, da indústria e do comércio de arroz produzido no Estado.

Em 31 de dezembro de 1948 o IRGA foi institucionalizado através da Lei nº 533, que vigora até os dias atuais. Diz o artigo 1º: "O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), criado e oficializado pelo Decreto -lei nº 20, de 20 de junho de 1940, é uma entidade p ública, com autarquia administrativa, subordinada ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria da Agricultura." Esta Lei também criou a Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura - CDO – baseada na produção colhida pelos produt ores, sendo a principal fonte de receita da Autarquia. Recomendações e sugestões:

Revisão do índice de ICMS aplicado sobre o arroz beneficiado no RS, equiparando com outros estados para evitar a saída de arroz em casca e a conseqüente evasão de tributos . Ampliar o serviço de assistência técnica aos orizicultores, visando aspectos de gerenciamento e redução de custos.

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2 Vitivinicultura O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordiná ria - 26-04-2001 Local : Auditório da EMBRAPA –CNPUV - Bento Gonçalves -RS Pauta: Vitivinicultura. Encaminhamentos: a. Ofício 194/2001/CAPC/SED , ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento com

reivindicações do setor. b. Ofício 195/2001/CAPC/SED, ao Governador do Estado, solicitando informações sobre o

setor.

Reunião sobre vitivinicultura – Bento Gonçalves

Reunião Ordinária - 20/06/2002 Local: Sala de Reuniões da CAPC. Pauta: Efeitos da importação de vinho na vitivinicultura gaúcha. Encaminhamento: Ofíci o ao ministro da Fazenda, com cópia ao Governador do Estado, manifestando a necessidade de adotar medidas de salvaguarda no que se refere ao ingresso de vinhos oriundo de outros Países.

Reunião Ordinária - 18 -10-2001. Local : Auditório do Parque de Exposiç ões – Barra do Quaraí -RS Pauta: Pesca; Fruticultura.

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No ano de 2001 foi constituída uma Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal Sustentável, tendo como requerente e relator o Deputado Roque Grazziotin. Reunião Ordinária - 25-10-2001 Local : CRES – Encruzilhada do Sul - RS Pauta: Fruticultura Como Agente de Desenvolvimento; Vitivinicultura para a Metade Sul. Encaminhamentos:

a) Visita dos Alunos da escola na Embrapa -CNPUV, b) Ofício solicitando incluir uma Entidade da Metade Sul no Fundovit s. c) Parceria entre CRES e UVIBRA, para experimento de vitivinicultura na Escola.

A realidade da vitivinicultura A uva é a principal cultura de clima temperado do país. A cadeia produtiva da uva e do

vinho no Brasil, mesmo sendo pouco representativa no me rcado mundial, tem um alto significado na geração de emprego e renda, tanto rural como urbana nos locais onde a vitivinicultura é explorada. A vitivinicultura no sul do Brasil iniciou por volta de 1870 com a chegada de imigrantes italianos à Serra Gaúcha. A primeira empresa a produzir vinhos finos foi a Companhia Vinícola Riograndense de Flores da Cunha.

Os principais produtores mundiais são a França, Itália, Espanha e Estados Unidos. Nestes países a área plantada e o consumo de vinho vêm decrescendo nas úl timas décadas.

No Brasil e, especialmente, na Serra Gaúcha a produção de uva e vinho vem se aprimorando e se destacando em concursos internacionais permitindo vislumbrar uma perspectiva de crescimento da atividade. Com isto vem ocorrendo um aumento da pro dução em função do incremento na área e na produtividade da cultura. As exportações brasileiras, em 2001, representaram US$ 21.588.000 e as importações atingiram US$ 18.317.000. O consumo no Brasil é de aproximadamente 2 litros per capita/ano, quantidade m uito pequena se comparada com o consumo argentino (41,5 litros/percapita/ano) ou com o consumo europeu (média de 60 litros/per capita/ano).

Cerca de 95% dos vinhos brasileiros são produzidos no RS. Em 2001, o RS produziu 263 milhões de litros de vinho, sen do 34,1 milhões de litros de vinho fino (União Brasileira de Vitivinicultura – UVIBRA). O Valor da produção de uvas no RS em 2000 foi de R$ 249 milhões (FEE. Anuário Estatístico do RS - 2001).

Os maiores problemas dos agricultores estão relacionados com a c omercialização da produção, devido ao baixo poder de negociação com a indústria e o mercado restrito para venda direta da uva (dependência das indústrias locais).

Dados da produção de uvas no Brasil (2001) Brasil RS Área plantada (ha) 61.675 34.682 56,2 % s/Brasil Produção (ton) 1.012.540 498.104 49,2 % s/ Brasil Rendimento (kg/ha) 16.417 14.362 - Exportação 20.677 - - Importação 23.865 - - Fonte: Agrianual 2002. Referências: FNP Consultoria & Comércio Ltda. Anuário da Agricultura Brasileira 2003. São Paulo, 2002. SATO, Geni. A produção de vinhos no Brasil.Informações Econômicas, São Paulo, v.32, n.3, março/2002.

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FIORAVANÇO, João Caetano; PAIVA, Marília. Competitividade da fruticultura brasileira. Informações Econômicas. São Paulo, v.32, n. 7, jul/2002. Recomendações e sugestões:

O aumento do consumo de vinhos e subprodutos da uva no Brasil depende de um trabalho de marketing e da adequação qualidade/preço às exigências (produtos mais fáceis de preparar, adequados à dieta mais sadia e natu ral e sem resíduos de agrotóxicos) e poder aquisitivo da população. A colocação no mercado de maiores opções aumenta a competitividade da cadeia.

A divulgação de marcas premiadas em concursos internacionais permite um crescimento da competitividade diant e de vinhos importados.

Mecanismos tributários (redução de impostos) podem reduzir os preços ao consumidor e aumentar o consumo, uma vez que o vinho tem uma alta elasticidade -preço, que implica em substituição do produto por outras bebidas quando o preço não é adequado ao poder aquisitivo.

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3 MODERFROTA O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 29/08/2002 Local: Auditório da FARSUL – EXPOINTER - Esteio – RS. Pauta: Participação do Ministro Pratini de Moraes que falou dos programas do Ministério da Agricultura; Lançamento do Livro “ARROZ”, da Série Culturas, editado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

Reunião com Ministro Pratini de Moraes – Expointer 2002 - FARSUL

O MODERFROTA

O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colhetadeiras _ MODERFROTA tem por objetivo financiar a aquisição de tratores agrícolas e implementos associados,colheitadeiras e eq uipamentos para preparo, secagem e beneficiamento de café, isoladamente ou não. Beneficiários: • Produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas) e suas cooperativas, para o financiamento

de tratores agrícolas e implementos associados e colheitadeiras. • Adm ite-se a concessão de mais de um financiamento para o mesmo cliente neste

Programa, desde que a atividade assistida requeira e fique comprovada a capacidade de pagamento da Beneficiária.

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Taxa de Juros • 8,75% a.a para clientes com renda agropecuária brut a anual inferior a R$ 250.000,00. • 10,75% a.a. para clientes com renda agropecuária bruta anual igual ou superior a R$

250.000,00.

Nível de Participação dos agricultores • Até 100%, para clientes com renda agropecuária bruta anual inferior a R$ 250.000,00. • Até 90%, para clientes com renda agropecuária bruta anual igual ou superior a

R$250.000,00. Prazo Total

• Tratores e implementos: até 6 anos; • Colheitadeiras: até 8 anos.

Modalidade de Pagamentos

Os pagamentos do principal podem ser ANUAIS ou SEMESTRA IS, fixando -se em função da previsão de comercialização da safra, o mês de pagamento da primeira amortização. Os pagamentos dos encargos financeiros são sempre semestrais. Desembolsos do Moderfrota até junho de 2002

O Programa Moderfrota desde a sua cr iação, em março de 2000, já realizou mais de 82 mil operações, através de 28 instituições financeiras credenciadas, com desembolsos de R$ 3,5 bilhões. A importância do Programa pode ser aferida pelo aquecimento do mercado de máquinas agrícolas . As vendas de tratores agrícolas cresceram 19,9% e as de colheitadeiras 36,3% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2001.

Este desempenho vem estimulando os fabricantes, especialmente os de tratores, a fazer novos inves timentos no Brasil, com a produção de equipamentos mais modernos e competitivos, visando suprir o mercado interno e, principalmente, exportar. Fonte: BNDES

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4 Fumo - Lavouras atingidas por bactérias. O tema na Comissão de Agricultura, Pec uária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 17-04-2002 Local : Sala de Reuniões CAPC Pauta: Lavouras de fumo atingidas por bactérias. Encaminhamento: Ofício ao Sindifumo solicitando parecer e após encaminhamento do parecer às pre feituras dos municípios atingidos.

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5 Erva -Mate

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 16/08/2001 Local : Sala de Reuniões da CAPC . Pauta: Debate sobre Er va-mate e PL 38/2000 e 54/2001 A realidade da Erva Mate

A erva-mate é uma é uma planta nativa da região sul do Brasil. O uso das folhas da planta como bebida remonta aos primórdios da colonização espanhola e portuguesa. Posteriormente passou a ser utiliz ada no chimarrão, um hábito que caracteriza o povo gaúcho.

No Brasil, o parque industrial ervateiro é constituído, predominantemente por pequenas unidades. O total de unidades processadoras é estimado em 750 empresas. 80% da produção é consumida no mercad o interno. A produção de erva -mate envolve 180 mil produtores, gerando mais de 700 mil empregos.

O RS consome em torno de 70 mil toneladas de erva -mate por ano, importando mais de 40% de SC e PR. Em torno de 75% da erva -mate produzida no RS é proveniente de árvores nativas. O sistema de produção ainda é rudimentar e conduzido de forma extrativista. A cadeia não possui um sistema de coordenação, com atividades não planejadas e reduzindo a competitividade do setor.

Dados da cultura da erva -mate (2000 ) RS Área plantada (ha) 38.772 Produção (ton) 244.477 Rendimento (kg/ha) 8.613 Valor da produção (R$ mil) 49.860

Fontes: FEE (2000) Recomendações e sugestões: Ø É necessária uma diversificação da produção ( variação de sabor e variedade de erva para

chimarrão, chás, tererê, óleos essenciais, moderadores de apetite, etc) tornando o produto mais atrativo e adequado às exigências do consumidor .

Ø Incentivar avanços tecnológicos para melhoria da qualidade da produç ão. Ø Estimular a organização da cadeia produtiva. Ø Fomentar a pesquisa de novos materiais genéticos, sistemas de manejo, novos subprodutos

da erva -mate e máquinas e equipamentos para o beneficiamento da produção. Ø Revisar a legislação referente à produção e c omercialização da erva -mate.

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6 Mamona

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 18 -09-2001 Local : Sala Maurício Cardoso ALERGS Pauta: Mamona – Uma Alternativa Agrícola para os Municípios. Encaminhamentos:

Of.nº 368/2001, ao Governador do Estado solicitando apoio para a Cultura da Mamona. Reunião Extraordinária - 28-09-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural. Camaquã - RS Pauta: Endividamento Agrícola e Alternativas para a A gricultura e Cultura da Mamona. O cultivo e a importância da Mamona A mamoneira é uma planta da família das euforbiáceas, possivelmente originária do continente africano. É um arbusto cujo fruto tem largo uso como insumo industrial. O óleo é seu princip al produto em importância econômica, único na natureza solúvel em álcool, com inúmeras aplicações industriais como plásticos, fibras sintéticas, tintas e esmaltes, lubrificantes entre outros. Como subproduto, a torta de mamona que possui a capacidade de restaurar terras esgotadas. Por ser produto tóxico, não serve para alimentação animal. No Brasil, sua introdução se deu durante a colonização portuguesa, com a vinda dos escravos africanos. Possui boa capacidade de adaptação e é encontrada, em nosso país d esde o Rio Grande do Sul até a Amazônia. Por se tratar de uma planta tolerante a seca e exigente em calor e luminosidade, está disseminada por quase todo o Nordeste, cujas condições climáticas são adequadas ao seu desenvolvimento, sendo a Bahia o responsáv el por mas de 90% da produção nacional. No período de 1980 a 1999, a Índia e a China mantiveram -se, nesta ordem, como os maiores produtores mundiais de mamona em baga. Identifica-se no Brasil alguns entraves para o desenvolvimento da atividade: Ø Desorganização e inadequação dos sistemas de produção. Ø Deficiência de oferta de sementes melhoradas geneticamente, resultando em baixo

rendimento médio, baixa qualidade da produção e alta susceptibilidade às doenças e pragas.

Ø Emprego de práticas inadequadas (como espaçamento médio, época de plantio e consorciação)

Ø Desorganização do mercado interno, tanto para o produtor como para o consumidor final.

Ø Baixos preços pagos aos produtores. Ø Reduzida oferta de crédito e assistência técnica aos produtores.

Verifica-se uma tendência de declínio na produtividade no Brasil, tendo atingido o valor máximo no ano agrícola 1984/85 (835 kg/ha) e a menor produtividade ocorreu em 1997/98 (232 kg/ha). A produção de óleo de mamona sofreu grande redução. As importações também tiveram t ambém um declínio a partir de 1995. O Brasil é o segundo maior exportador de óleo de mamona, mas reduziu as exportações desse produto, a partir de 1980 (112.966 toneladas). Em 1998 exportou apenas 15% d maior quantidade já exportada (17.070 toneladas)

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Dados da cultura da mamona (2000) Brasil (1) RS (2) Área plantada (ha) 88.820 50 Produção (ton) 25,03 17 Rendimento (kg/ha) 282 340

Fonte: (1) EMBRAPA(1999); (2) FEE (2000) Referências: AZEVEDO, Demóstenes P.; LIMA, Emílio.(orgs). O agronegócio da mamona no Brasil. EMBRAPA. Brasília, 2001. Sugestões e recomendações:

Criação de um grupo técnico para estudar os resultados já obtidos, divulgando a viabilidade e potencialidade desta cultura no Rio Grande do Sul.

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7 Floricultura

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 28-09-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural. Camaquã - RS Pauta: Endividamento Agrícola e Alternativas para a Agricultura e Floricul tura.

A Floricultura no Brasil e no RS

A floricultura no Brasil iniciou -se como atividade econômica em maior escala a partir

dos meados dos anos 60. Aos poucos foi crescendo, visando, principalmente, momentos de maior demanda, provocados por datas espec iais.

A produção nacional de flores e plantas ornamentais está distribuída em 12 pólos. A maioria dos 2.500 produtores existentes no país, com uma área total plantada em torno de 10.000 hectares, está concentrada em São Paulo, responsável por quase 70% d a produção nacional, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, embora o cultivo e a comercialização de flores tropicais esteja ganhando força nos estados do nordeste como Ceará e Pernambuco. Estima -se que a produção nacional de flor es se encontra ao redor de 1,1 bilhão de dólares anuais no varejo, com um consumo interno que absorve mais de 90% do total. As taxas de crescimento estão em torno de 20% ao ano, podendo ser considerada entre as maiores de nossa economia.

As perdas variam de 30 a 60%, entre a produção e o consumo, devido a falta de organização do setor.

O Brasil já exporta para o mercado europeu e Estados Unidos. O principal importador é a Holanda, o maior produtor mundial de flores. A crise cambial tem favorecido os proj etos de exportação, dando competitividade para a flor brasileira. Na década passada, o valor exportado não passou de 15 milhões de dólares por ano. Entre os fatores que dificultam o crescimento da floricultura estão a burocracia para as exportações e as qu estões tarifárias. A parcela de exportação brasileira é de apenas 0,03% da produção mundial.

No mercado interno, onde o consumo per capita ainda é muito pequeno, em torno de 7 dólares por ano, existindo um grande potencial para a floricultura se expandir. O Brasil possui condições favoráveis para especializar -se na produção de flores, onde pode -se citar os microclimas privilegiados, a disponibilidade de terra, água, energia, mão -de -obra, tecnologias agronômicas, infra estrutura rodoviária e portuária e can ais de distribuição adequados.

O setor de produção de plantas ornamentais deve ser considerado, principalmente, no aspecto social, uma vez que absorve em média 15 trabalhadores por hectare, contribuindo para a permanência do homem no campo. Referências:

Disponível em: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/consumo/flores/flores_dois.htm

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8 Acacicultura

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 04-10-2001 Local : Plenário da Câmara Municipal - Triunfo - RS Pauta: Acacicultura. A acácia-negra na economia do RS

A acácia -negra ( Acacia mearnsii) é originária da Austrália e foi introduzida no Brasil em 1918. O primeiro plantio no RS foi feito em 1928, no município de Estrela. Em 1957 foi criada a Associação Brasileira de Acacicultura. Atualmente, a espécie é cultivada no Rio Grande do Sul , para produção de tanino, utilizado no curtimento de couro, no tratament o de efluentes, na fabricação de colas fenólicas e na clarificação de cervejas e vinhos. A casca de Acácia possui aproximadamente 28% de tanino. A acácia -negra também produz madeira utilizada para energia, papel e celulose e fabricação de aglomerados. Cada hectare cultivado produz aproximadamente 130 m³s de madeira e 4000 Kg de tanino base pó. A espécie apresenta a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico e recompõe a fertilidade do solo.

A acacicultura apresenta grande importância econômica e ecológica para a região produtora, pela fixação do homem ao campo, através da intensa demanda de mão -de-obra, tendo grande importância econômica para as pequenas propriedades da região na formação da renda agrícola.

Os principais problemas detectados no setor são a comercialização da produção e a dificuldade de controle do cascudo serrador em função da burocracia enfrentada para a queima da coivara.

Estima-se que são cultivados no Estado do Rio Grande do Sul 130.000 ha de florestas de Acácia Negra em pequenas propr iedades, representando uma atividade econômica de 40 mil famílias, com uma produção de 80 toneladas de tanino, das quais a metade é exportada .

Referências:

SETA S.A. Site disponível na Internet. EMBRAPA. Silvicultura de acácia -negra no Brasil. COMUNICADO TÉCNICO Nº

39, jun./00, p.1 -4. disponível em: www.embrapa.br. Sugestões e recomendações: Criação de um grupo técnico para estudar os resultados já obtidos, divulgando a viabilidade e potencialidade desta cultura.

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9 O Cultivo da Banana no Lito ral Norte do RS

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 13/06/2002 Local: Auditório da Prefeitura Municipal – Três Cachoeiras - RS Pauta: Análise e identificação dos problemas da cultura da ba nana no Litoral Norte do RS. Encaminhamento: a) Ofício aos Ministérios envolvidos na regulamentação da Portaria que padroniza as

embalagens para o transporte e comércio do produto. b) Esclarecimento aos municípios produtores de bananas, da possibilidade de fir mar

convênios com a Secretaria Estadual da Fazenda para habilitação na fiscalização do ICMS.

O cultivo na Banana e a economia do Litoral Norte do RS

A bananicultura é uma alternativa de emprego e renda para um grande número de

famílias rurais do Litoral Norte do RS. No entanto, as possibilidades do cultivo na região e a falta de outras alternativas provocaram um aumento da área cultivada em 25%, entre 1979 e 2001 (IBGE). Isto ocasionou uma crise, relacionada com o clima (a região é o limite meridional par a a cultura, implicando em riscos climáticos por ventos frios e geadas ocasionais) e a competição com produto proveniente de outros estados. Esta situação criou uma exigência de aumento da produtividade e aparência da fruta, visando a superar a competição. Ocorreu um avanço tecnológico no manejo e uso de insumos que elevou a produtividade do cultivo. Atualmente o principal problema identificado na cadeia é a comercialização, onde o produtor vende o produto mediante classificação e o consumidor compra sem esta diferenciação. A falta de estrutura para a industrialização obriga os agricultores a vender a produção com baixo valor agregado e pelo preço oferecido pelos atacadistas.

Dados da produção de banana (2001) Brasil RS Área plantada (ha) 511.680 ha 10.433 Produção (ton) 6.357.940 cachos 6.564

Fonte: IBGE (2000); FEE (2000)

Sugestões e recomendações: Ø Ampliar a assistência técnica no sentido de padronizar as embalagens e melhorar a

qualidade da produção para obter melhores preços no mercado. Ø Incentivar a instalação de agroindústrias que permitam a agregação de valor à

produção. Ø Estimular a organização dos agricultores em grupos ou formas associativas.

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10 Perspectivas de Recuperação do Setor Primário O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 26-10-2001 Local : Centro de Cultura e Eventos – São Francisco de Assis -RS Pauta: Endividamento Agrícola; Perspectivas de Recuperação do Setor Primário. Encaminhamento: O Sindicato Rural entr egou ofício ao Presidente desta Comissão, solicitando a criação de uma CPI, para tratar da Reforma Agrária no Estado RS. Reunião Extraordinária - 01-11-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural – Cruz Alta - RS Pauta: Reforma Agrária; P erspectivas de Recuperação do Setor Primário.

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11 Reflorestamento O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 14-11-2002 Local: Auditório da Coopames - Encruzilhada do Sul – RS Pauta: Ovinocultura; Reflorestamento.

No ano de 2001 foi constituída uma Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal Sustentável, tendo como requerente e relator o Deputado Roque Grazziotin. O Reflorestamento como opção de geração de emprego e renda no RS O reflorestamento nos anos 60 e 70 era discutido como uma questão relacionada ao meio ambiente, fruto de um debate que comparava os efeitos positivos e negativos da Revolução Verde. De um lado os avanços nos indicadores de produção e produtiv idade das principais culturas e criações da agropecuária brasileira. De outro, a redução da cobertura florestal, a degradação do solo e do meio ambiente. No Rio Grande do Sul, superada a questão do avanço da fronteira agrícola houve uma gradativa recuperaç ão da área coberta de florestas, conforme levantamento divulgado pelo Governo do Estado. No entanto, o reflorestamento, além de não perder a importância ambiental, passou a ocupar um espaço importante como alternativa econômica para as propriedades rurais, em uma combinação com atividades tradicionais como cultivos e criações. Trabalhos científicos demonstram as possibilidades de aumento do emprego e renda nas propriedades rurais com a racionalização da combinação da produção florestal com cultivos anuais e criações.

O cultivo de erva -mate, eucalipto ou pinus integrado com o cultivo de milho, feijão ou pastagens pode aumentar significativamente a renda de unidades produtivas e incorporar aspectos importantes para o meio ambiente e o rendimento de outras ati vidades: aumento da biodiversidade, proteção contra ventos, abrigo para animais, produção de madeira e lenha e melhor aproveitamento de máquinas e mão -de -obra. Referências: SEMA. Disponível em: http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/cobflor.htm . Recomendações e sugestões: Criação de programas estatais que permitam a viabilização econômica do reflorestamento, especialmente no que diz respeito aos prazos de carência para recuperação dos investimentos pelos produtores. Atualmente, muitos agricultores deixam de investir em reflorestamento em virtude do longo prazo para o início da geração de renda.

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12 Solos O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 200 1/2002 Reunião Ordinária - 11 -10-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural - Tupanciretã – RS Pauta: Meio Ambiente – Uso e Manejo do Solo; Problemas na RST 392 e sua importância para a região; Debate sobre o Setor Leiteiro.

Reunião Ordinária - 21-06-2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Correção do Solo, visando o Aumento da Produtividade; Custo do Transporte do Insumo Calcário; ICMS sobre Insumos Agrícolas; Análise do PROSOLO – Período de Disponibilidade e Prorrogação do Prazo de Carência. Encaminhamentos: a) Agendar com o Secretário da Agricultura e Abastecimento uma Audiência para reiterar o

pedido de implantação do Programa de Correção do Solo, elaborado por esta Comissão, no ano de 2000.

b) Retomada dos trabalhos da Subcomissão Mista dos Transgê nicos e Subcomissão Mista da Pesca e Piscicultura. 12.1 Plantio Direto

Reunião Ordinária - 06-12-2001 Local : Sala de Reuniões da CAPC. Pauta: Plantio Direto – Vantagens ou Desvantagens. Encaminhamentos:

- Apresentação do Projeto de Lei sobre Queimadas, o qual foi protocolado nesta Casa Legislativa. A importância da conservação e recuperação dos solos Não é possível tratar de questões relativas à agropecuária sem que isto esteja ligado ao tema solos. O solo, mesmo com avanços t ecnológicos na área da hidroponia e substratos sintéticos, ainda é o principal substrato para a produção de culturas e criações. Apesar disto, as questões econômicas, muitas vezes, são colocadas em primeiro plano e a sustentabilidade dos sistemas agropecuá rios é comprometida com o esgotamento dos solos. As diversas formas de erosão e o esgotamento dos nutrientes químicos, em muitos casos, acaba inviabilizando a exploração agropecuária.

O tema solos, pela importância que tem para a agricultura e a pecuária, também esteve na pauta da CAPC, na gestão 2001/2002. Alguns aspectos fundamentais sobre o tema foram debatidos: a correção dos solos, o manejo adequado e o sistema de plantio direto como forma de evitar a erosão e ao mesmo tempo reduzir os custos de produ ção.

O sistema de Plantio Direto no Rio Grande do Sul iniciou em 1972, com a EMBRAPA – CNPT, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a ICI – CIA IMPERIAL. A partir de 1973 alguns agricultores da região do Planalto e das Missões começaram a utilizar este novo modelo de agricultura. Até 1993 a expansão da área cultivada com Plantio Direto foi muito pequena. A partir de 1993, com a formação de uma parceria entre Extensão Rural, Pesquisa e Iniciativa Privada, ocorreu a adoção em massa desta tecnologia. Ent re 93 e 97, a área cultivada com plantio direto aumentou 628% no Estado.

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O plantio ou semeadura direta resume -se no plantio de cultivos com o menor revolvimento do solo possível. O plantio é feito em linhas, com semeadeiras especiais, sobre uma cobertura vegetal ou restos culturais de uma cultura colhida, anteriormente. Não há procedimentos de lavração ou gradagens que revolvem o solo e o deixam suscetível à erosão.

Existem algumas críticas ao uso do plantio direto em função do uso de agroquímicos para a dessecação das plantas presentes na área antes do plantio (plantas cultivadas ou não).

No entanto, estudos confirmam as perdas por erosão são reduzidas em mais de 90% e os custos de produção são menores neste sistema do que nos sistemas convencionais.

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13 Transgênicos/OGMs O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 23/08/2001 Local: Santiago - RS Pauta: OGMs Reunião Ordinária - 11-04-2002 Local: ACISAP – Santa Rosa – RS. Pauta: Transgênicos; Legislação Brasileira; Importação e Rotulagem na China; Lei Agrícola Americana - Alterações/2002; ALCA - Formatação e Subsídios Agrícolas; Suínocultura - Financiamento para Matrizes/UPL. Reunião Ordinária - 18-04-2002 Local : Sala de Reuniões da CAPC. Pauta: Debate, com a presença dos professores abaixo citados, sobre Transgênicos, com ênfase no Relatório da pesquisa elaborada no Estado do RS .

No ano de 2002 foi constituída uma Subcomissão Mista (Comissão de Agricultu ra, Pecuária e Cooperativismo, Comissão de Economia e Desenvolvimento e Comissão de Saúde e Meio Ambiente) para tratar dos Produtos Transgênicos, tendo como requerente e relator o Deputado Luiz Augusto Lara. A Engenharia Genética e o uso de OGM na produç ão agrícola

A expressão “engenharia genética” começou a ser usada nos anos 70, quando surgiu a

possibilidade de recombinar fragmentos de DNA de organismos vivos. Os produtos destas tecnologias passaram a se chamar Organismos Geneticamente Modificados (OGM s) que, genericamente, são chamados de transgênicos. O organismo transgênico é aquele que recebe genes de outro organismo por meio de técnicas de engenharia genética.

O tema passou a promover um intenso debate a respeito dos benefícios e riscos destas tecnologias. Aspectos relacionados com ganhos econômicos, bioética, riscos ambientais e a saúde humana, formataram distintas opiniões neste debate. De um lado a defesa do aumento da produtividade, uniformidade das plantas, resistência à pragas, doenças, herbi cidas e ao transporte, bem como o aumento da oferta de alimentos. Algumas qualidades buscadas pela engenharia genética também atendem à exigência de consumidores como a melhoria da aparência do produto final e adequação a princípios de saúde (menores teore s de ácidos graxos saturados). Os defensores dos OGMs propõem a liberação do uso de transgênicos por considerar que não há evidências de danos causados pelo seu uso ao meio ambiente e à saúde humana.

De outro a preocupação com os riscos à saúde, ao meio a mbiente, o desconhecimento do consumidor a respeito dos alimentos adquiridos, o controle dos bancos genéticos através da propriedade industrial (perda de autonomia dos agricultores) e a redução da biodiversidade. Aqueles que se enquadram neste campo defend e o princípio da precaução, ou seja, se não há evidências de que o uso de OGMs é seguro, aos seres humanos e ao meio ambiente, não devem ser liberados. Neste caso recomendam mais pesquisa sobre os efeitos dos OGMs sobre a saúde e meio ambiente; regulamenta ção que garanta o acesso de todos os agricultores, sem pagamento de direitos de propriedade às empresas produtoras de sementes; rastreamento e

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monitoramento de todos os alimentos produzidos a partir de produtos transgênicos para que os consumidores tenham opção na hora da aquisição.

No Rio Grande do Sul o debate concentrou -se no uso de sementes transgênicas de soja com o objetivo de facilitar o controle de invasoras com herbicidas. Mesmo havendo uma proibição do uso de OGMs houve um aumento considerável da área cultivada com semente transgênica nos últimos anos, por ser do entendimento dos agricultores que esta tecnologia aumenta a produtividade e reduz os custos de produção.

Episódios com a destruição de experimentos da Empresa Monsanto em Não -Me-Toque, durante o Fórum Social Mundial de 2001 e de lavouras em Tupanciretã foram fatos emblemáticos na disputa entre os dois campos divergentes, existentes no Estado, em relação à questão do uso dos OGMs.

Referências: Transgênicos: Associação Médica Britânica recomenda precaução. Revista

Agroecologia e Desenvolvimento rural Sustentável. ASCAR/Emater/RS. V.2, n.3, jul/set/2001. p.09 -12.

GUERRA, Miguel Pedro; NODARI, Rubens Onofre. Impactos ambientais das plantas transgênicas: as evidências e incertezas. Revista Agroecologia e Desenvolvimento rural Sustentável. ASCAR/Emater/RS. V.2, n.3, jul/set/2001. p.30 -41.

MARGARIDO, Luiz A.; BESKOW, Paulo R. Plantas transgênicas: mais uma fonte de externalidade causada pela agricultura. Informações Econômicas. São Paulo, v.31 , n.12, dez/2001. Recomendações e sugestões: Estimular os serviços de pesquisa a avaliar o comportamento e o impacto ambiental e econômico dos organismos geneticamente modificados antes da sua liberação para uso pelos agricultores. Continuar realizand o estudos de impactos sobre os produtos já em uso pelos agricultores. Implementar sistema de rotulagem que permita ao consumidor tomar conhecimento da origem do produto que está adquirindo e da existência de OGM’s nos produtos elaborados.

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14 Patrulhas Agrícolas O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

Reunião com Prefeitos da Região AMCENTRO - 02-05-200. Local: Sala de Reuniões CAPC Pauta: Patrulhas Agrícolas Encaminhamentos: a) Ofício 191/2001 /CAPC/SED, ao Senhor Governador do Estado, solicitando a Vossa Excelência o cumprimento da Rubrica destinada às PATRULHAS AGRÍCOLAS, no Orçamento do Estado.

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PECUÁRIA

15 Sanidade Animal no RS/ Febre Aftosa O tema n a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

O tema Febre Aftosa e seus desdobramentos estiveram na pauta de diversas reuniões da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002, especialmente em função d os focos da doença que fizeram o Estado perder a condição de Zona Livre, o que trouxe grandes prejuízos aos produtores rurais e à economia do Rio Grande do Sul.

A Comissão proporcionou um espaço de debate onde assuntos polêmicos foram votados e decididos c om a participação de diferentes correntes de pensamento. A aproximação da Secretaria de Estado da Agricultura e do Ministério da Agricultura dos produtores rurais foi um dos pontos altos da ação da Comissão e fator importante nos encaminhamentos da questão da Aftosa de forma democrática e conseqüente.

Reunião de debate sobre a Febre Aftosa na Comissão de Agricultura

15.1 Fiscalização da sanidade animal

Reunião Ordinária - 08 -03-2001 Local : Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Fiscalização de Sanidade Animal no R S, em especial nos municípios limítrofes com os países vizinhos do Mercosul. Encaminhamentos: a) Ofício 022/2001 -CAPC/as, ao Ministro da Agricultura, informando a decisão das Entidades;

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b) Ofício 032 -2001/CAPC/as a FARSUL e Ofício 033 -2001/CAPC/as a FETAG , comunicando o apoio da CAPC para a manutenção da não vacinação contra a febre aftosa no rebanho gaúcho ; c) Ofício 034-2001/CAPC/as a FAMURS, sugerindo a criação de Conselhos Regionais de Sanidade Animal – CRESA, para atuar na fiscalização de doenças em animais e apoio para a manutenção da não vacinação contra a febre aftosa no rebanho gaúcho.

15.2 Estratégia de Controle Sanitário na Fronteira com a Argentina

Reunião Ordinária - 29-03-2001 Local : Parque Agrícola e Pastoril do Sindicato Rural - Uruguaiana – RS. Pauta: Avaliação das estratégias de controle sanitário na fronteira com a República Argentina. Encaminhamentos: a) Ofício n º 096/2001, solicitando ao Ministro da Agricultura:

a. Que defina até dia 05 -04 , pela vacinação contra a Febre Aftosa no nosso Estad o e não pelo Rifle Sanitário em casos de ocorrências de focos da doença;

b. Que proíba, com a máxima urgência, a importação da República Argentina de produtos de origem vegetal e animal, independente da zona de origem.

b) Ofício nº115/2001CAPC/SED, ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, solicitando providências necessárias para que sejam realizadas visitas de organismos internacionais às Fronteiras do nosso País, especialmente da Organização Internacional de Epizootias – OIE, para constatar que não exis tem focos de febre aftosa no território brasileiro.

Reunião Ordinária - 05 -04-2001 Local : Sala de Reuniões desta Comissão – 4º andar. Pauta: Continuação do debate sobre: Avaliação das estratégias de controle sanitário na fronteira com a República Argenti na. Encaminhamentos: a) Ofício nº123/2001, ao Governador do Estado do RS, e Ofício nº 125/2001 ao Ministério

da Agricultura e Abastecimento, com reivindicações do setor. 15.3 Análise de Novos Focos de Febre Aftosa

Reunião Extraordinária - 12-04-2001 Local: Sala Mauricio Cardoso Pauta: Análise dos Novos Focos de Febre Aftosa. Encaminhamentos:

a) Ofício 147/2001 ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, assinado pelos representantes das Entidades, sobre o encerramento do episódio de Febre Aftosa ocorrido no Município de Jóia – RS e que solicite a OIE para que coloque, novamente, o Rio Grande do Sul no status de livre de Febre Aftosa com vacinação;

b) Criação de um Grupo Técnico para auxiliar nas decisões sobre a Febre Aftosa.

15.4 Discussão de Ações/febre aftosa (Grupo Técnico) Reunião do grupo técnico sobre Febre Aftosa - 12-04-2001 Pauta : Febre Aftosa Encaminhamentos:

a) Ofício 153/2001 ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, assinado pelos integrantes do grupo Técnico.

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15.5 Providências sobre febre aftosa ( Grupo Técnico)

Reunião com FARSUL e Governo do Estado/RS - 30-04-2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Encaminhamentos: a) Ofício 188 -2001/CAPC/as, ao senhor Ministro da Agricultura e do Abastecimento, e Ofício 189-2001/CAPC/as ao Secretário Estadual da Ag ricultura e Abastecimento solicitando providências.

15.6 Criação do Comitê de Combate Febre Aftosa

Reunião Extraordinária - 23-05-2001 Local: Sala Maurício Cardoso Pauta: Febre Aftosa - Criação do Comitê de Combate Febre Aftosa. Encaminhamentos: Reunir os Comitês já existentes e divulgar as ações, apoiando politicamente.

15.7 Circuito Pecuário Sul -Febre Aftosa Reunião Ordinária - 28-06-2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Febre Aftosa - Ações do Circuito Pecuário Sul. Encaminhamentos: a) Ofício nº 288/2001, ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, reiterando pedido de Audiência Associação Gaúcha de Criadores de Emas –AGCE. Reunião Ordinária - 31-05-2001 Local: Câmara Municipal de Santa Maria Pauta: Febre Aftosa - Palestra com Professor da UFSM.

15.8 Renovação dos Contratos Emergenciais dos Profissionais de Vigilância Sanitária/ Combate Febre Aftosa.

Reunião Extraordinária - 18-03-2002 Local: Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Renovação dos Contratos Emergenciais dos Profissionais de Vigilância S anitária/ Combate Febre Aftosa.

15.9 Barreiras sanitárias com SC, ações do Governo para a manutenção da sanidade do rebanho gaúcho e reabertura de mercado

Reunião Extraordinária - 27-03-2002 Local : Sala de Reuniões CAPC – 4º andar. Pauta: Barreiras sanitária s com o Estado de Santa Catarina; Acompanhamento das ações dos

governos para a manutenção da sanidade do rebanho Gaúcho; Negociações e previsão de reabertura de mercados para a carne gaúcha.

Encaminhamentos Of. Nº073/2002 -CAPC/ jc, de 1º de Abri l de 2002, ao Senhor Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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A Febre Aftosa e a pecuária do RS A febre aftosa é uma doença que ataca várias espécies animais, porém a bovina é mais suscetível. É uma doença extremamente contagiosa e ocorr e em animais de cascos fendidos. È causada por um vírus do gênero Aphthovirus (sete tipos distintos já foram identificados) cujos sintomas são caracterizados por febre e lesões vesiculares, úlceras na boca, focinho, tetas, área inter digital e faixa coroná ria. A doença causa baixa mortalidade (2% em animais adultos), no entanto, os prejuízos econômicos são referentes à redução da produção (carne e leite) e os custos da erradicação da doença. A transmissão ocorre por meio da ingestão de alimentos que contém o vírus, que pode ser disseminado pelo vento a distâncias de até 60 km. O homem e outros animais podem ser vetores do vírus sendo fontes de contaminação do rebanho. O controle é feito de forma preventiva, basicamente, por vacinação (de acordo o tipo ou s ubtipo do vírus) e quarentena. O Rio Grande do Sul recebeu, em 1998, o certificado de Zona Livre de Febre Aftosa com vacinação pela Organização Internacional de Epizootias –OIE por ter ficado mais de 2 anos sem registro de foco e em maio de 2000 passou a ser Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação. Em agosto de 2000 foram identificados focos da doença no município de Jóia - RS. A CAPC da AL/RS criou uma Subcomissão para tratar da Febre Aftosa devido a importância da doença para a atividade primária gaúcha . Depois de tentar manter o controle da doença sem vacinação, participantes da cadeia produtiva e representantes de Instituições, em função da ameaça de virus vindos da Argentina, optaram pelo retorno à vacinação. Mesmo com o controle da doença, os danos para a economia e, especialmente, para a pecuária gaúcha foram significativos: a exportação em 2001 foi de 40 mil toneladas, quando havia uma projeção de 100 mil toneladas. Outro aspecto é a redução do valor obtido pela carne em função das barreiras sanitá rias: os cortes normais de regiões livres de febre aftosa foram cotados entre 2,7 a 2,9 mil US$/ton, enquanto a produção originária de regiões com febre aftosa era cotada entre 1,4 e 1,8 mil US$/ton (Agroanalysis, fev/1999). Em dezembro de 2002 o Estado retornou à posição de Zona Livre de Febre Aftosa com vacinação, reabrindo possibilidades de mercado para os produtos pecuários gaúchos. Referências: CAVALCANTE, Francisco. Como combater a febre aftosa. EMBRAPA, Rio Branco, Instruções técnicas, n. 27, mar/2000. Agroanalysis. São Paulo, fev/1999. Sugestões e Recomendações: Ø Modernizar o sistema de vigilância e fiscalização sanitária da Secretária de Estado de

Agricultura. Ø Diagnosticar e fiscalizar os pontos de abate clandestino. Ø Manter sistema de vi gilância nas fronteiras e cumprir a legislação referente à

importação de derivados de carne e animais.

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16 Suinocultura O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

A cadeia de produção de suínos foi tema de uma Su bcomissão Mista na gestão

2001/2002 tendo como proponente e relator o Deputado Vilson Covatti. Esta Subcomissão proporcionou a participação dos diferentes segmentos da cadeia produtiva nas atividades da Comissão. Diversas audiências públicas foram realizad as buscando identificar as distorções e os entraves para o desenvolvimento da suinocultura no Estado. Foram produzidos documentos de grande importância para o setor, que fazem parte do Relatório Final da Subcomissão. Além do trabalho da subcomissão, aprese ntado como destaque neste relatório, houveram atividades que foram incluídas nas pautas das reuniões ordinárias e extraordinárias da comissão através de demandas específicas da cadeia produtiva da suinocultura.

Reunião da Comissão de Agricultura com o Setor Suinícola -2002

16.1 Exame do veto total do executivo ao PL 37/2001 - ICMS - suinocultura.

Reunião Ordinária - 14-03-2002 Local: Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Exame do veto total do Executivo ao PL 37/2001, que institui o crédito presumido do ICMS co mo forma de pagamento de incentivo previsto na Lei 9.675/92.

16.2 Situação da Suinocultura no RS.

Reunião Extraordinária conjunta com a Comissão de Serviços Públicos - 25/06/2002 Local: Plenarinho da ALERGS. Pauta: Situação da Suinocultura no RS.

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Reunião Ordinária - 07/11/2002 Local: Plenarinho. Pauta: Fim das restrições do comércio de suínos com outros Estados – Corredor Sanitário; Regulamentação do fornecimento de milho aos produtores pela CONAB; Normatização na liberação de créditos emergenciais de rete nção de matrizes nas propriedades;Aprofundamento na discussão entre a indústria e o comércio da carne suína, visando uma distribuição mais justa nos lucros de toda a cadeia.

16.3 Instituição da Subcomissão Mista da Suinocultura. Reunião Ordinária Conjunta com a Comissão de Serviços Públicos - 27/06/2002 Local: Sala Maurício Cardoso Pauta: - Apreciação dos Requerimentos dos Deputados Vilson Covatti e Elmar Schneider, para instituição da Subcomissão Mista da Suinocultura.

16.4 Audiência - Cadeia Produtiva da Suinocu ltura Reunião Extraordinária - 12/08/2002 Local: Auditório do Sindicato Rural - Erechim - RS Pauta: Debate sobre a Suinocultura. Reunião Extraordinária - 17/09/2002 Local: Sala João Neves da Fontoura – Plenarinho. Pauta: Audiência com a Cadeia Produtiv a da Suinocultura, com vistas à elaboração de Políticas Públicas e Análise de Medidas Emergenciais.

16.5 Apreciação do Relatório Final da Subcomissão da Suinocultura

Reunião Ordinária - 28 -11-2002 Local: Sala Mauricio Cardoso Pauta: Apreciação do Relatório F inal das Subcomissão da Suinocultura. Encaminhamentos e sugestões: 1) Realizar e/ou organizar estudos, bem como encaminhar aos futuros Governos do Estado e do País sugestões, justificativas e ações urgentes para incrementar a Produção de Milho, tornando -nos auto-suficientes e competentes, para evitar que nossas safras do produto não sejam exportadas e direcionadas para outros Estados da Federação, fator determinante para que estejamos hoje clamando pelo descalabro de reimportar o que vendemos; 2) Fazer che gar ao novo Governo do Estado a preocupação sobre a estocagem da produção do Rio Grande do Sul e, se possível, colaborar, juntamente às entidades representativas do setor primário, na confecção de estudos e projetos para a construção de uma rede de silos e stratégicos, com recursos públicos e com a indispensável parceria da iniciativa privada; 3) Buscar junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a abertura de novos corredores sanitários, bem como uma revisão das exigências dispostas quand o da chegada dos produtos suínos a esses corredores; 4) Solicitar ao Banco do Brasil e ao Banrisul dados evidentes sobre o número de produtores de suínos beneficiados e acerca do total dos valores concedidos, bem como suas destinações específicas, com um histórico desde a origem, com a decisão do Banco Central, até a presente data, ressaltando -se que a informação deve ser trazida com a realidade de cada agência bancária;

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5) Necessidade urgente do Bansicredi também operar com linhas de crédito específicas para a suinocultura e 6) Determinar a realização de estudos técnicos junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e à Fundação Estadual de Economia e Estatística, em caráter de emergência, como recurso capaz de traduzir à sociedade, de forma absolutam ente técnica e isenta, a realidade dos fatos e números apresentados nos estudos trazidos pelo SIPS e pela AGAS, constantes do material em anexo, posto que os índices diferem desde a forma como são obtidos até os números finais, muito distantes uns dos outr os. A suinocultura A produção de suínos representa um papel fundamental na economia e na área social do Rio Grande do Sul, gerando emprego, renda e produção de subsistência na maioria das unidades de produção agropecuária. A suinocultura, apesar de ser uma atividade tradicional nas unidades familiares, se consolidou como atividade econômica a partir da década de 70, a partir da implementação de um sistema de integração. Neste período ocorreu um grande aumento da produtividade e qualidade da produção em função de avanços genéticos e no manejo do rebanho. A carne suína representou 13,6% do total da carne consumida por habitante no Brasil no ano 2000. Há um desequilíbrio entre a produção e a demanda do produto o que leva à obtenção de preços baixos em nível de produtor. O preço do kg vivo de suíno baixou de 1,20 US$ em dezembro de 1994 para 0,34 US$ em setembro de 2002. Além disto, a carga tributária, os custos de transporte, armazenagem e distribuição causam uma grande distorção entre o valor recebido pelo produtor e o preço pago pelo consumidor. A deficiência na produção de alimentos, especialmente o milho, aumenta o custo de produção e reduz a margem de lucro do produtor. A produtividade do milho no RS no ano 2001/02 foi de 2.779 kg/ha enquanto que no estado de Goiás foi 4.479 kg/ha e a média nacional foi 2.894 kg/ha. O Rio Grande do Sul respondeu por 30,37 % dos abates da região Sul.

Diferentemente da avicultura há uma desarticulação entre os elos reduzindo a competitividade da cadeia produtiva.

A instalação da Subcomissão da Suinocultura da CAPC buscou apurar as causas do enfraquecimento dos produtores rurais da atividade suinícola. Outras dificuldades são apontadas pelos suinocultores: dificuldades na obtenção de crédito rural, dificuldades para o cumprimento da legislação ambiental (custo e burocracia), reflexos da febre aftosa bovina na exportação Dados da produção de suínos (2001)

Brasil RS Total % da produção Total % s/ Brasil

Rebanho: 33.022.000 cab - 5.722.853 cab 17,3 % Produção: 2.240.000 ton - 5.226.210 cab -

Consumo interno: 1.981.000 ton 88,4% - - Exportações: 266.000 ton 11,9% - - Importação: 7.000 ton 0,3% - -

Consumo per capita (kg/hab/ano):

11,5 - - -

Fonte: Anualpec 2002.

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Referências: FNP Consultoria & Comércio Ltda. An uário da Pecuária Brasileira - Anualpec 2002. São Paulo, 2002. CAPC. Relatório da Subcomissão da Suinocultura da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Dezembro de 2002. Sugestões e recomendações:

Promover o aumento da produção de mi lho através de programas de incentivo: assistência técnica, crédito, troca -troca de sementes e armazenagem.

Promover campanhas estatais e de entidades representativas para aumento do consumo da carne suína.

Intensificar a assistência técnica para a modern ização tecnológica em nível de propriedade.

Aumentar a capacidade de coordenação dentro da cadeia para reduzir os custos de transações e evitar a interferência externa na estabilidade e competitividade da cadeia.

Revisar a legislação ambiental referente à s unidades produtoras de suínos (critérios técnicos e custos para licenciamento da atividade suinícola).

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17 Bovinocultura de Corte O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

17.1 Perspectivas do Mercado Externo e Interno para a Carne Gaúcha

Reunião Ordinária - 22-11-2001 Local : Biblioteca Pública Municipal – Jaguarão - RS Pauta: Perspectivas do mercado interno e externo para o setor pecuário - carne gaúcha; - Repercussões da Me dida Provisória n° 09/2001, que trata do alongamento das dívidas agrícolas. Encaminhamentos:

d) Ofício a Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária DAS/MAPA, solicitando providências para o escoamento da carne gaúcha; e) Encaminhado a Câmara Federal, sugest ões para negociação das dívidas Agrícolas. f) Ofício ao DFA/MAPA, apoiando pleitos da Prefeitura Municipal de Jaguarão. 17.2 Conseqüências da não Renovação da Legislação que concede incentivos, via

ICMS, para o Setor de Carnes.

Reunião Ordinária - 17-05-2002 Local: Parque da FENARROZ - Cachoeira de Sul - RS Pauta: Conseqüências da não Renovação da Legislação que concede incentivos, via ICMS, para o Setor de Carnes.

17.3 Mercado de Carnes

Reunião Ordinária - 26/09/2002 Local: Parque de Exposições Agrícola e Pa storil- Uruguaiana – RS0 Pauta: Abertura do Mercado para a Carne Gaúcha; Mercado de Carne Ovina – Produção de Cordeiros; Cadeia Produtiva do Arroz, com ênfase em Recursos Hídricos.

A produção e consumo de carne bovina

A pecuária de corte no Brasil tem duas características básicas: a diversidade e a falta de coordenação na cadeia. Existe uma grande diversidade de raças, padrões tecnológicos, sistemas de criação, sistemas de abate e comercialização. Por outro lado há uma baixa estabilidade nas relações en tre os diferentes agentes da cadeia da carne bovina. Todas as relações são baseadas apenas no mercado. O setor apresenta diferenças marcantes em relação à avicultura, principal concorrente na demanda de carne nos últimos anos: a cadeia avícola tem uma coor denação, uma homogeneidade tecnológica e a produção está, praticamente, toda integrada à indústria, dando maior competitividade ao setor avícola.

No RS ainda existe deficiência na regularidade de oferta, se configurando uma safra de venda da produção. Os produtores possuem um poder de barganha baseado na possibilidade de reter o boi no pasto e há uma grande diversidade de mercados internos: grandes frigoríficos com padrões internacionais de qualidade, pequenos abatedouros legalizados e um grande número de abatedouros clandestinos. A indústria não atua no setor de pesquisa e avanços tecnológicos, tem baixa capacidade de coordenação do setor e faz diferenciação de pagamento por qualidade ou produtividade.

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Estes aspectos conferem uma baixa produtividade e co mpetitividade à cadeia da carne bovina, principalmente, se comparada a cadeia avícola. Não há um padrão de qualidade da produção (grandes diferenças de idade, peso, gordura, etc), a rastreabilidade é dificultada pela inexistência de marcas e relações estáv eis entre o produtor e a indústria. Com isto a diferenciação da produção fica na mão do varejista, levando a uma grande diferença entre o preço recebido pelo produtor e o preço pago pelo consumidor.

A baixa produtividade é demonstrada pela relação entre a produção de carne e o efetivo do rebanho. Enquanto na União Européia e EUA são obtidos em torno de 100 kg de carne por animal do rebanho, no Brasil a produção gira em torno de 20 kg/animal. A incapacidade de aumentar a produtividade e de reduzir os cust os ao longo da cadeia traduziu -se na perda de mercado para outras carnes, especialmente para o frango.

Dados da produção bovina (2001) Brasil RS Total % Total % s/Brasil Rebanho: 164.400.000 cab - 13.562.616 cab 8,2 % Produção: 37.100.000 cab - 607.474 cab 1,6% Consumo interno: 6.179.000 ton 89,2 - - Exportações: 840.000 ton 11,5 - - Importação: 49.000 ton 0,7 - - Consumo (kg/hab/ano): 35,8 - - -

Fonte: Anualpec 2002.

Recomendações sugestões: Há necessidade do setor de carnes inc orporar uma questão básica do conceito de agrobusiness: a visão sistêmica, ou seja, as diversas variáveis que interferem no mercado devem ser objeto da avaliação e incorporação na cadeia. Aspectos como abertura de mercados, mudanças de postura do consumido r, produtividade, legislação, subsídios, qualidade da produção, marcas, formas de apresentação e concorrência de outros produtos são fatores de competitividade que precisam ser contemplados pelo sistema de coordenação da cadeia da carne.

Aumento da produt ividade através da melhoria genética, alimentação e manejo adequados, reduzindo a idade de abate e o intervalo entre partos das vacas. Melhoria da qualidade da produção através de uma definição do padrão de animal a ser comercializado em função das exigên cias do mercado. Produção de novilhos precoces, certificação, desenvolvimento de marcas e novas formas de apresentação do produto podem contribuir para a ocupação de novos espaços e formação de nichos privilegiados de mercado.

Faz-se necessária uma maio r coordenação que permita uma maior estabilidade nas relações dos componentes da cadeia, a reastreabilidade da produção e ganhos em todos os elos da cadeia com a garantia de qualidade.

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18 Cadeia Produtiva do Leite O tema na Comissão de Agricultur a, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 17-05-2001 Local: Clube Comercial - Tucunduva - RS Pauta: Cadeia Produtiva do Leite; Alternativas para a pequena propriedade. Encaminhamentos: a) Ofício 239/2001, ao senhor Governador do Estado e Ofício 240/2001, ao Presidente da Comissão

de Agricultura da Câmara Federal.

Audiência Pública sobre a Cadeia Produtiva do Leite – Tucunduva

Reunião Ordinária - 13 -09-2001 Local : Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Devolução de áreas indígenas ; Cadeia Produtiva do Leite. A produção leiteira no Brasil e no RS

A produção de leite no Brasil permaneceu, de 1945 a 1990, atrelada ao controle

estatal, especialmente em relação à regulamentação de preços, o que contribuiu para a manutenção de baixos í ndices de produtividade, e para a falta de coordenação entre os diversos agentes da cadeia. Neste período foram feitos poucos investimentos no setor, os produtores não se especializaram e o mercado nacional se manteve dependente de importação de lácteos. O s produtores acostumados a reivindicar preços na esfera governamental não se organizaram para a prática da negociação dentro da cadeia. De um lado, o produtor tinha um preço, garantido pelo governo. Por outro, o preço para o consumidor era tabelado. Não ha via estímulo para a competitividade, dentro da cadeia ou com outros mercados. Isto ocasionou uma baixa adoção de tecnologia, baixa produtividade e, conseqüentemente, a perda de competitividade da cadeia produtiva.

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A partir da abertura dos mercados e da r etirada do controle estatal, a competitividade passou a ser tema central para as estratégias empresariais e governamentais relativas à produção leiteira. As mudanças no hábito do consumidor, a presença de produtos importados diferenciados, as mudanças no p adrão de renda e as políticas econômicas mudaram o perfil do mercado brasileiro de lácteos. A busca por menores custos e ganhos de produtividade estimularam os investimentos no setor e deram sustentação à queda de preços do leite e produtos lácteos. Houver am ganhos para o consumidor, ao mesmo tempo em que ocorreram fortes perdas para o produtor rural, que em 10 anos teve uma redução no valor recebido pelo leite (R$ 0,71 por litro em 1987 para R$ 0,23 por litro em 1997). O consumo aumentou significativamente de 100 litros/per capita/ano em 1994 para 136 litros per capita em 1997. A indústria de lácteos aumentou a sua participação na indústria de alimentos, passando de 10% em 1985 para 18,6 % em 1997.

No Rio Grande do Sul, a atividade leiteira é praticada com o uma atividade secundária ou complementar de renda na maioria dos estabelecimentos rurais, especialmente, nas unidades familiares, tendo um papel importante social e economicamente. A venda do leite representa um fluxo de caixa mensal para os agricultores e uma importante alternativa de geração de emprego para a população rural. A produção leiteira é caracterizada por uma grande heterogeneidade de produtores com diferentes tecnologias. Identifica-se uma dispersão e baixo volume de produção das unidades p rodutoras (média diária de 47 litros por propriedade), baixo nível tecnológico, sazonalidade da produção e baixa qualidade da matéria prima. Estes fatores implicam no aumento do custo de produção (falta de escala e ociosidade na indústria) e prejudicam a c ompetitividade industrial. Observa -se uma falta de coordenação entre os elos da cadeia produtiva com uma tendência de controle por parte da indústria e distribuição, devido à falta de organização do setor de produção. O mercado internacional apresenta dif iculdades aos produtores e à indústria brasileira em função da baixa competitividade e desorganização do setor. Além disso, os subsídios na União Européia e a forte concorrência da produção da Argentina e Uruguai, países que possuem produtividades mais el evadas e uma distância pequena dos mercados brasileiros pressionam os preços do produto nacional para baixo. Mesmo com estas dificuldades, o setor tem capacidade de aumentar a produção e de reduzir os custos de produção de forma a se tornar competitivo n o mercado internacional. A tendência mundial é de redução do número de vacas e aumento da produtividade com a seleção e concentração da produção em grandes unidades produtoras, com alta tecnologia e ganhos de escala o que leva a exclusão do mercado do pequ eno produtor não adequado a esta realidade.

O consumo de produtos lácteos no Brasil foi de 136 litros/hab/ano (1997) e está muito aquém do recomendado pela Organização Mundial da Saúde - OMS que é 216 litros/hab/ano. Dados da produção leiteira (2001 )

Brasil RS Total Total Rebanho: 34.886.152 cab 2.636.826 cab Produção: 22.580.000.000 litros 2.207.119 litros Consumo de leite fluido: 5.090.000.000 litros - Importação: 141.189 ton -

Fonte: Anualpec 2002. A produção de leite por vaca no Brasil é de 1.407 Kg/ano enquanto que na Argentina é

3.918 Kg/vaca/ano e nos Estados Unidos 8.257 kg/vaca/ano. Isto demonstra a baixa

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produtividade do rebanho, mas. ao mesmo tempo, representa a enorme possibilidade de avanço da bovinocultura de leite no Brasil. Referências FEPAGRO. Estudo da cadeia produtiva do leite. Cadeias produtivas n° 3. Porto Alegre, 1998. FNP Consultoria & Comércio Ltda. Anuário da Pecuária Brasileira 2002. São Paulo, 2002. BORTOLETO, Eloísa; CHABARIBERY, Denise. Leite e de rivados: entraves e potencialidades na virada do século. Informações econômicas. São Paulo, v.28, n.9, set/1998. FONSECA, Maria da Graça; MORAIS, Eduardo M. Indústria de leite e erivados noBrasil: uma década de transformações. Informações Econômicas. São P aulo, v.29, n.9, set/1999. Sugestões e recomendações: Ø Aumento da escala de produção (produtividade) para redução dos custos de produção

através da melhoria genética, aumento da oferta de alimentos produzidos na propriedade (todo o ano) e manejo adequa do do rebanho.

Ø Assistência técnica e capacitação dos agricultores para manejo adequado do rebanho e melhoria da qualidade da produção para aumentar a produtividade e reduzir a sazonalidade da produção. A qualidade do leite se sustenta em três pilares: a) sanidade, alimentação e manejo adequado do rebanho; b) resfriamento imediato do leite e c) transporte em tanques isotérmicos, fatores que merecem especial atenção.

Ø Crédito rural para melhoria da infra -estrutura de resfriamento e transporte (granelização) visando a melhoria da qualidade da matéria prima, bem como para a infra -estrutura de produção (animais, máquinas e equipamentos coletivos). A possibilidade de produção de lácteos de maior facilidade de estocagem, como o leite em pó, permitirá uma maior comp etitividade no mercado, necessitando de infra -estrutura inicial, mas desobrigando o produtor e a indústria da venda imediata da produção.

Ø Incentivar o consumo de produtos lácteos através de campanhas e incorporação na merenda escolar, hospitais, quartéis, etc. O potencial do mercado nacional permite um aumento significativo da produção.

Ø Estimular a produção artesanal, de produtos diferenciados, para nichos de mercado. Mesmo com alcance limitado, pode se tornar uma opção para agregação de valor e de mercado para a produção.

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19 Ovinocultura O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 08-11-2001 Local : Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Ovinocultura; Seguro Agrícola; Apresent ação e Distribuição pela AFISVEC, do GUIA DO PRODUTOR.

Reunião Ordinária - 26/09/2002 Local: Parque de Exposições Agrícola e Pastoril. - Uruguaiana - RS Pauta: Abertura do Mercado para a Carne Gaúcha; Mercado de Carne Ovina – Produção de Cordeiros; Cadei a Produtiva do Arroz, com ênfase em Recursos Hídricos. Reunião Ordinária - 14-11-2002 Local: Auditório da Coopames - Encruzilhada do Sul – RS Pauta : Ovinocultura; Reflorestamento. A produção de ovinos: uma atividade tradicional do RS A ovinocultura tem apresentado um significativo crescimento no Brasil, se apresentando como um negócio lucrativo e promissor. A atividade é tradicional no Rio Grande do Sul e no Nordeste do Brasil.

Apesar das dificuldades, o potencial do mercado de carne ovina é uma realid ade no Brasil e a demanda supera a oferta, quadro que já persiste há vários anos.

Os principais produtores mundiais são a Austrália, China, Índia e Nova Zelândia. No Brasil, a região nordeste detém 51% do rebanho ovino brasileiro. Enquanto os

uruguaios, consomem, aproximadamente, 12 quilos de carne ovina per capita, o brasileiro consome 700 gramas por ano por habitante. Mesmo assim o Brasil importou 8 mil toneladas e meia em 2000. Isto demonstra a existência de um mercado potencial interno, especialmente para a comercialização de cordeiros. O Rio Grande do Sul detinha o maior rebanho de ovinos do país em 1990 (53% do total de cabeças), com 10.648.853 cabeças. A partir de 1990 iniciou-se um processo de redução do rebanho no Rio Grande do Sul. Entre as di ficuldades enfrentadas pelo setor esta a desorganização na cadeia produtiva, a baixa produtividade, a produção sazonal e a falta de escala de produção. O rebanho de ovinos no país, de maneira geral, apresenta um baixo nível de produtividade, com criações e m sistema extensivo e uso de baixa tecnologia.

O momento atual é muito favorável ao produtor de carne ovina no Rio Grande do Sul, porque há uma demanda reprimida que os produtores não estão conseguindo suprir. Dados da produção de ovinos (2001)

Brasi l RS Total Total % s/ Brasil

Rebanho: 14.920.047 cab 4.716.227 cab 31,6% Produção: 29 mil toneladas 9 mil ton - Consumo (kg/hab/ano): 0,7 - -

Fonte: Anualpec 2002. Referências: FNP Consultoria & Comércio Ltda. Anuário da Pecuária Brasileira 200 2. São Paulo, 2002. CAPC. Ata da reunião ordinária da CAPC de 26/09/2002.

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Sugestões e recomendações: Ø Aumentar a produtividade do rebanho através de manejo, alimentação e controle sanitário.

Aspectos como a lotação, melhoria genética, pastagens e manejo ade quado podem aumentar significativamente a produtividade dos rebanhos.

Ø Capacitar o produtor para atender as exigências do mercado em termos de qualidade e regularidade da oferta da produção, bem como para o gerenciamento da atividade e redução de custos.

Ø Aumentar a coordenação na cadeia para reduzir custos e proporcionar ao consumidor cortes adequados, regularidade de oferta, apresentação do produto e preço competitivo com outras carnes.

Ø Aumentar a escala de produção individual ou grupos, reduzindo custos de transporte e aumentando o poder de negociação do produtor.

Ø Fazer campanha de marketing para aumentar o consumo de cortes especiais. Ø Revisar a tributação da carne ovina.

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20 Cavalos da raça crioula O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 14 -05-2002 Local : Plenarinho da ALERGS Pauta: Cavalos da raça Crioula. O Cavalo Crioulo: animal símbolo do Rio Grande do Sul

O cavalo Crioulo, criado no RS, é descend ente direto do cavalo trazido à América, pelos conquistadores. Destacam -se, entre as características comuns herdadas de seus antepassados, a alçada mediana que dificilmente chega ou supera 1,50 metros, sua cabeça curta, triangular, de perfil reto ou subcon vexo, as orelhas curtas bem separadas e amplas em sua base e pouco perfiladas, o pescoço erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo, herança do bérbere, se unem a abundância de crinas e cola, o aspecto "baixo e forte" e o caráter tranqüilo de seus antepassados europeus. Pela seleção natural que sofreu, em territórios de diferentes topografias e climas, o Cavalo Crioulo adquiriu os caracteres genéticos, que os tornaram resistentes e rústicos, podendo trabalhar arduamente sem ter suplementação alimentar, vivendo somente em campo nativo.

No Brasil existe uma Associação dedicada à criação do Cavalo Crioulo: Associação Brasileira de Criadores do Cavalos Crioulos – ABCCC. ( [email protected] ).

No ano 2002 o rebanho eqüino gaúcho era de 514.089 cabeças (Anuário Estatístico do RS. FEE, 2001). Recomendações e sugestões: Revisão da tributação sobre transações com eqüinos, isentando as transações entre produtores.

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21 Pesca e Piscicultura O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

A atividade pesqueira foi tema de uma Subcomissão Mista da CAPC e da Comissão de Economia e Desenvolvimento na gestão 2001/2002 tendo como requerente e relator o Deputado Adils on Troca. A Subcomissão proporcionou a participação dos diferentes segmentos da cadeia produtiva nas atividades da Comissão e produzido documentos de grande importância para o setor, que fazem parte do Relatório Final da Subcomissão. Além do trabalho da su bcomissão, que é relatado em destaque neste relatório, houveram atividades que foram incluídas nas pautas das reuniões ordinárias da Comissão através de demandas específicas do setor pesqueiro. Reunião Ordinária - 18 -10-2001. Local : Auditório do Parque de Exposições – Barra do Quaraí -RS Pauta: Pesca; Fruticultura. Encaminhamentos: - Ofício ao DFA/MAPA solicitando agilização carteiras Pescadores. Reunião Ordinária - 11 -12-2002. Em conjunto com a Comissão de Economia e Desenvolvimento. Local : Sala Alb erto Pasqualini – AL/RS Pauta: Apreciação e votação do Relatório Final da Subcomissão Mista da Pesca e da Piscicultura. A atividade pesqueira no Rio Grande do Sul A atividade pesqueira no Brasil se caracteriza pelo caráter extrativista e uma excessiva falta de coordenação na cadeia. Os pescadores mantém uma elevada autonomia em relação à indústria, havendo um baixo grau de integração e, em conseqüência, baixa capacidade de negociação. A ineficiência da cadeia acarreta numa baixa remuneração do produtor e alto custo para o consumidor de pescado. Os governos têm procurado reduzir o grau de descoordenação interferindo na comercialização (mercados de peixe) e no estímulo à criação de peixes.

Atualmente existem no Brasil duas mil empresas atuando na captura, i ndustrialização e comercialização de pescado. O consumo de pescado no Brasil é muito baixo em relação a outros países. No RS o consumo é estimado em 3,5 kg/percapita/ano. A exportação brasileira de pescado em 2001 foi de US$ 286.694, apresentando um saldo positivo em relação à importação (US$ 267.437), graças a comercialização de crustáceos e moluscos. Em relação à peixes, o Brasil exportou US$ 94.526 e importou 118.200 ton que totalizou US$ 263.427 A piscicultura produziu aproximadamente 175 mil toneladas de peixes cultivados em 2001. No RS a pesca extrativa representou em 1998 uma produção de 33.342 toneladas de pescado de mar e 2.600 toneladas de pescado de água doce. Os peixes cultivados representaram uma produção de 15.057 toneladas.

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Sugestões e recomendações: Estimular o consumo do peixe cultivado através de campanhas publicitárias e inclusão na merenda escolar. Estimular a criação de canais de comercialização diferenciados como feiras e pesque -pague. Apoiar a organização da produç ão de peixes, colocando à disposição dos agricultores recursos para construção de açudes e para a formação de infra -estruturas coletivas para processamento e comercialização da produção.

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22 Apicultura no Estado

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 12-04-2001 Local: Sala de Reuniões CAPC Pauta: Debate sobre: Situação apícola no Estado e Projeto de Lei 212/2000.

A apicultura: uma alternativa de renda para a pequena propriedade A apicultura se apresenta como uma atividade rentável e que não altera de maneira

significativa a rotina das propriedades rurais, permitindo a integração com as atividades tradicionais das unidades produtivas. A apicultura se ini ciou no Brasil por volta de 1840 com a introdução da espécie Appis mellifera. No início dos anos 60 ocorreu a africanização da abelha. A partir daí ocorreu um aumento da produção e alguns avanços tecnológicos no sistema de produção.

O Brasil produziu de 21,8 mil toneladas de mel no ano 2000 (IBGE) . A produção de mel é espalhada por todo o território brasileiro, no entanto, a maior concentração está no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Piauí. Além do mel, a apicultura pode gerar renda a partir da produção de Pólen, Geléia Real, Própolis, Cera e Hidromel.

No Rio Grande do Sul existem mais de 500 mil propriedades rurais, das quais 76% possuem menos de 50 ha, caracterizando -se minifúndios, localizados, na sua maioria,em regiões com topografia acidentada e com uma grande variedade de flora pólen -nectarífera. O apicultor gaúcho pode ser considerado como um apicultor -agricultor, pois a apicultura é uma atividade secundária ou complementar. No Censo Agropecuário de 1995/96 (IBGE), foram identificados 76.284 a picultores, no RS, com média de 7,7 colméias por apicultor, totalizando 587.386 colméias, produzindo 5.942 toneladas de mel. No ano 2000, segundo o Anuário Estatístico do RS -2001 (FEE), foram produzidos 5.815.448 kg de mel no Estado. Referências:

ROCHA, H élio Carlos; GUARIENTI, Ivan; LARA, Angélica de Almeida. A produção de mel no Planalto Médio Riograndense. Disponível em: www.apacame.org.br/mensagemdoce/58/artigo2.htm . Acessado em : 16 /12/2002. Sugestões e Recomendações: Ø Criar programas específicos para financiamento de projetos de apicultura que contemplem ações

coletivas de construção de casas do mel e aquisição de equipamentos. Ø Incentivar a padronização de modelos de colméias para f acilitar o intercâmbio e uso

coletivo de equipamentos entre os apicultores. Ø Estabelecer programa de capacitação dos apicultores visando a melhoria da qualidade do

mel e o aumento da produtividade na atividade. Ø Estimular a produção e comercialização de outr os produtos da apicultura.

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23 Criação de Emas

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 28-06-2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Febre Aftosa - Ações do Circuito Pecuário Sul ; Regulamentação da legislação para Criação de Emas. Encaminhamentos:

- Ofício nº 288/2001, ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, reiterando pedido de Audiência Associação Gaúcha de Criadores de Emas –AGCE.

A Criação de Emas: uma opção para a prod ução de carne

A ema é uma ave que não voa do grupo das ratitas. É um animal silvestre, originário da América do Sul. Ela concorre no mercado do avestruz, produzindo carne, couro, gordura e plumas. O Brasil é o maior consumidor de penas de ema do mundo, em função do carnaval. A carne é vermelha, semelhante ao filé mignon bovino, e com menos colesterol e gordura que o frango. O Uruguai é o maior criador, seguido por Estados Unidos, Canadá e Argentina.

No Brasil, o interesse pela criação de ema é recente. A ema é considerada mais produtiva que o boi permitindo uma lotação maior por hectare. O manejo é simples. Os animais adultos ficam alojados em piquetes amplos, onde ocorre a reprodução e a postura. Os ovos podem ser incubados pelos machos, que criam os filh otes a campo, ou levados para incubadoras artificiais, permitindo maior produtividade e controle do processo. A alimentação é feita à base de forrageiras, como capim elefante picado e pastagem, complementada com ração comercial. Quanto à sanidade, a ema é resistente a doenças, mas requer cuidados constantes até os 3 meses. O abate é feito aos 12 meses, com 40 quilos. Por causa da grande procura por animais para formar novos plantéis, o mercado está aquecido e um filhote de 4 a 6 meses custa de R$ 300,00 a R $ 400,00. Para instalar o criatório, é necessário obter registro no Ibama.

Referências: Criação de ema. Disponível em: www.zooway.com.br . Acessado em 15/12/2002. Sugestões e recomendações: Criação de um grupo t écnico para estudar a regulamentação da criação de emas no Estado do RS, bem como divulgar a viabilidade e potencialidade desta criação como alternativa de renda.

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24 Uso do Fogo nos Campos de Cima da Serra

O tema na Comissão de Agricultura, Pec uária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 29-11-2001 Local : Parque Rural Davenir Peixoto Gomes - São Francisco de Paula - RS Pauta: Apresentação da Pesquisa Uso do fogo nos Campos de Cima da Serra, feita pela Universidade de Caxi as do Sul – UCS; Discussão dos PLs que tramitam na ALERGS sobre roçadas e queimadas. O uso do fogo e o manejo de pastagens: o debate entre os ecologistas e os pecuristas Antes do desenvolvimento de ferramentas agrícolas, o fogo foi a principal forma de manejo agrícola. Atualmente, visto pelos ecologistas apenas como algo destrutivo, na verdade está presente em muitos agroecossistemas como instrumento de controle e manejo da vegetação. A agricultura de queimada ou roçada foi, por centenas de anos, a princ ipal forma de produção de alimentos para a humanidade. Neste sistema é feita a roçada da vegetação arbustiva que é posteriormente queimada para permitir o plantio de culturas anuais durante 1 a 3 anos. Posteriormente, as áreas ficam em pousio recuperando a vegetação e a fertilidade dos solos naturalmente. Este sistema ainda é usado no R.S, na agricultura de subsistência, especialmente, nas regiões de topografia acidentada. O cultivo de feijão no RS é uma atividade, tipicamente, de queimada.

O uso controlad o do fogo para manejo de pastagens também é tradicional em algumas áreas de pecuária do RS. Atualmente, trava -se, no RS, um debate entre ecologistas e pecuaristas sobre esta questão. De um lado, os ecologistas, respaldados pelo Código Florestal Estadual, que no artigo 28 define o seguinte:

“É proibido o uso do fogo ou queimadas nas florestas e demais formas de vegetação natural.

§ 1º - Em caso de controle e eliminação de pragas e doenças, como forma de tratamento fitossanitário, o uso de fogo, desde que nã o seja de forma contínua, dependerá de licença do órgão florestal competente.

§ 2º - No caso previsto no parágrafo 1º, o órgão florestal competente deverá difundir critérios e normas de queima controlada, assim como campanha de esclarecimento de combate a incêndios.”

Os principais argumentos daqueles que são contra o uso do fogo na agropecuária são a

destruição da biodiversidade, a redução da fertilidade dos solos e a falta de controle do fogo durante o uso. De outro lado, os pecuaristas defendem o uso co ntrolado do fogo no manejo de pastagens, argumentando que reduz custos, diminui o uso de agrotóxicos, destrói parasitas, controla plantas indesejáveis e queima resíduos velhos (com riscos de incêndios não controlados) e o rebrote não palatável das estações anteriores.

Além das questões acima, alguns fatores positivos são atribuídos ao uso do fogo na agricultura: limpeza do terreno, adição de nutrientes ao solo (cinzas), controle de invasoras, pragas e doenças e quebra de dormência de sementes (caso da acáci a-negra).

Segundo Gliessmann (2000), “o fogo continua a ser a ferramenta mais acessível e barata para eliminar a vegetação e biomassa da superfície do solo, antes do preparo para o plantio.”

Um desafio que se apresenta é capacitar os agricultores para ap roveitar as vantagens do uso do fogo com um mínimo de impactos negativos ao meio ambiente

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Referências: SEMA. CÓDIGO FLORESTAL ESTADUAL. LEI n. 9.519 de 21 de janeiro de 1992. Disponível em: http://www.se ma.rs.gov.br/sema , Acessado em 18/12/2002. GLIESSMANN, Stephen. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Editora da Universidade – UFRGS. Porto Alegre, 2000. Sugestões e Recomendações: Foi sugerido, na reunião, que a legislação sej a revisada de forma a contemplar as diferenças regionais em relação ao uso do fogo no manejo de pastagens. Foi sugerida uma trégua de cinco anos para o artigo 28 do Código Florestal. Estimular a pesquisa do uso da queima controlada em pastagens. Capacit ar os agricultores que utilizam esta prática para obter os melhores resultados e evitar os impactos causados pelo uso inadequado do fogo.

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25 Crimes de abigeato O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativi smo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 28 -03-2001 Local : Câmara Municipal de Vereadores - Gravataí – RS. Pauta: Buscar Soluções para os Crimes de Abigeato. Encaminhamentos: - Audiência com o Secretário de Justiça e Segurança: Pedir mapeamento das regiões com

maior incidência de crimes de abigeato. - Criar Comissão com o Conselho de Desenvolvimento Rural, Câmara, Prefeitura, e

Sindicatos para acompanhamento dos crimes. Sugestões e recomendações: Ampliar a fiscalização ao abate clandestino onde deság ua o abigeato. Revisar a legislação tributária da cadeia da carne que leva à sonegação e ao abate clandestino.

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Políticas Públicas

A emergência da expressão “desenvolvimento rural sustentável”, definida no Relatóri o Nosso Futuro Comum, publicado pelas Nações Unidas em 1987, condicionou uma mudança de enfoque das políticas públicas para o meio rural. Os modelos aplicados, até então, visavam o desenvolvimento agrícola, centrado nas questões econômicas. A partir deste novo enfoque as questões ambientais e sociais passaram, juntamente com as econômicas, a pautar as políticas públicas direcionadas para o rural. O papel das políticas públicas deve estar consubstanciado no enfoque do Desenvolvimento Rural Sustentável, com uma visão macro -econômica, mas contemplando as demandas e a diversidade regional. Em linhas gerais, deve buscar contemplar, no mínimo, os seguintes pontos:

- Gerar ocupação produtiva e renda para a mão -de-obra rural; - Segurança alimentar qualitativa e quantit ativa; - Diminuir as desigualdades regionais e sociais; - Aumentar a competitividade da atividade agropecuária nos mercados; - Garantir a preservação de recursos para as futuras gerações; - Integrar as atividades agrícolas e não agrícolas; - Promover a agregação d e valor à produtos e matérias primas; - Promover a capacitação da mão -de-obra familiar; - Oportunizar acesso à infra -estrutura básica, bens e serviços à população rural; - Promover a descentralização e o fortalecimento das organizações locais; - Apoiar a organizaç ão da população rural.

Vários programas foram implementados, nos últimos anos, com o objetivo de promover o desenvolvimento rural. No Brasil destacam -se os programas de crédito rural onde se salienta o PRONAF, a Aposentadoria Rural e o Banco da Terra. A população rural também teve acesso a programas que atendem à população urbana: Comunidade Solidária, Bolsa Escola, SUS, etc. No caso do Rio Grande do Sul foram implementados os programas Pró -Rural 2000 (RSRURAL), Pró Guaíba, Mais alimentos, Assistência Té cnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária, Seguro Agrícola, troca -troca de sementes e outros. Alguns destes programas foram discutidos na CAPC na gestão 2001/2002 e são destacados a seguir: crédito rural e o endividamento dos agricultores; o segur o agrícola; a previdência rural; a extensão rural; a pesquisa agropecuária e a aplicação de recursos estatais no setor primário.

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26 Seguro Agrícola

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordi nária - 08-11-2001 Local : CAPC – 4º andar Pauta: Seguro Agrícola; Apresentação e Distribuição pela AFISVEC, do GUIA DO PRODUTOR; Ovinocultura.

Programa Estadual do Seguro Agrícola O Sistema Estadual de Seguro Agrícola foi criado pela Lei 11. 352, de 14 de julho de

1999, e regulamentado pelo Decreto 39.722, de 16 de setembro de 1999, possibilitando a implantação do Programa Estadual de Seguro Agrícola. O Sistema é integrado por entidades públicas e privadas, constituindo -se num instrumento que visa proteger os agricultores dos prejuízos causados por fenômenos naturais adversos.

O Programa foi implantado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento em 2000. Atualmente, o Seguro Agrícola Básico é oferecido a todos os agricultores que participam do Programa Troca -Troca de Sementes, o que facilita a adesão dos agricultores. Foram realizados 25.069 contratos de seguro em 227 municípios do RS em 2001/2002. O Governo do Estado subsidiou a contratação desses agricultores com um montante de R$ 1,7 milh ão, o que corresponde a 90% do custo do prêmio

A indenização, em função estiagem que atingiu a região Norte e Noroeste do estado do final de 2001 e início de 2002 até meados do primeiro semestre, foi paga aos agricultores pela seguradora Porto Seguro Comp anhia de Seguros Gerais. Foram indenizados 17.602 com um valor de R$ 4.237.500,00 em 137 municípios gaúchos. O valor médio foi de R$ 240,74 por agricultor.

O Seguro Agrícola Solidário para a Uva garante um subsídio do Governo de 50% do valor da contratação do seguro, com um limite de R$ 250 por agricultor e área de parreira segurada de até 2 hectares. O restante do parreiral pode ser segurado, porém, sem subsídio.

No dia 19 de setembro de 2002 foi anunciado o início das contratações do Seguro Agrícola para milho e uva safra 2002/2003. O programa garante 90% de subsídio no custo de contratação do seguro. Na ocasião, foi assinado o contrato com a empresa UBF Garantias e Seguros S/A para a implementação do Programa Estadual de Seguro Agrícola. Participam, também, as resseguradoras IRB Brasil Re, Swiss Re e Partner Re.

As críticas ao Sistema de Seguro Agrícola implementado no RS são a baixa abrangência, a vinculação ao programa troca -troca na cultura do milho, não contemplar outros cultivos, a discriminação de pr odutores e o limite de área cultivada com cobertura.

Recomendações e sugestões

O Programa de Seguro Agrícola deve ser ampliado para outras atividades de risco, especialmente, da agricultura familiar como o feijão, trigo, fruticultura e olericultura.

A abrangência do programa deve ter vinculação com o Zoneamento Agroclimático do Estado.

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27 Avaliação da execução orçamentária dos projetos prioritários para a agricultura O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária Conjunta com Comissão de Fiscalização e Controle - 04-04-2002 Local : Plenarinho – 3º andar. Pauta: Avaliação da execução orçamentária dos projetos prioritários da área da agricultura.

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28 Análise do desempenho da CESA, CEASA, EMATER E IRGA Reunião Extraordinária – 12-12-2002 Local : Sala João Neves da Fontoura – AL/RS Pauta: Análise do desempenho da CESA, CEASA, EMATER E IRGA, Organismos Estatais que desenvolvem as atividades junto ao setor primári o; Apreciação e votação do Relatório Final da Subcomissão da Previdência Rural.

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29 Crédito Agrícola

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 28-09-2001 Local : Auditório do Sindicato Rural – Camaquã - RS Pauta: Endividamento Agrícola e Alternativas para a Agricultura. O crédito rural Os programas de crédito agrícola são as principais formas de intervenção estatal nos processos de desenvolvimento. As fontes de recursos colocadas à disposição dos agricultores, através da rede bancária, permitem a incorporação de tecnologias e adequação da estrutura de produção às necessidades do mercado. As principais fontes de crédito rural no Brasil são controladas pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) e compreendem os créditos de Custeio de Safras e para investimentos. Nesta linha se destacam o PRONAF e o PROGER Rural. Outras formas alternativas de crédito rural são a Cédula de Produto Rural (CPR) e o Empré stimo do Governo Federal (EGF). O tema crédito rural e seus desdobramentos estiveram presentes nas discussões da CAPC em inúmeros debates sobre temas específicos, onde se salientaram as questões relacionadas ao endividamento dos agricultores, a aplicação de recursos públicos no incentivo a atividades produtivas e o MODERFROTA. Recomendações e sugestões: Em relação ao crédito rural sugerem -se alguns pontos que podem contribuir para que os recursos públicos aplicados atinjam os seus objetivos:

Ø Definir os itens a serem financiados de acordo com um zoneamento econômico e ambiental.

Ø Integrar os programas de crédito rural com programas de capacitação dos agricultores nas atividades beneficiadas pelo crédito.

Ø Integrar os programas de crédito rural a ações de As sistência Técnica. Ø Fortalecer os Conselhos Municipais e Regionais de Desenvolvimento de modo a

definir prioridades e acompanhar a aplicação e os resultados do uso dos recursos. Ø Estimular a operacionalização dos programas de crédito através de sistemas

cooperativos ou associativos para reduzir os custos operacionais das transações. Ø Criar fundos de aval e fiança solidária de modo a diminuir a burocracia e a

inadimplência nos créditos para a agricultura familiar.

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30 Pesquisa Agropecuária

A pes quisa agropecuária no Rio Grande do Sul está vinculada a quatro linhas básicas: a) Oficial Federal: EMBRAPA.

Criada em 07 de dezembro de 1972, através da lei nº 5.851, instalou -se em 26 de abril de 1973, em Brasília, DF, a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. No Rio Grande do Sul, a EMBRAPA possui unidades em Passo Fundo (Trigo), Bagé (Pecuária), Pelotas (Fruticultura, olericultura e arroz) e Bento Gonçalves (uva e vinho).

b) Oficial Estadual: FEPAGRO e IRGA. c) Universidades púbicas e privada s. d) Iniciativa Privada: ONG’s (especialmente ligadas à pesquisa agroecológica),

Cooperativas e Empresas ligadas ao agronegócio. A pesquisa agropecuária teve presença permanente na Comissão em virtude da sua

relação com os diferentes temas abordados e a im portância da opinião dos pesquisadores nos encaminhamentos dados aos diferentes assuntos. No entanto, algumas reuniões tiveram como tema central a pesquisa agropecuária conforme relatado a seguir. O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativis mo na gestão 2001/2002

30.1 Perspectiva para a Pesquisa Agropecuária Reunião Extraordinária - 11-04-2001 Local: Sala Mauricio Cardoso Pauta: Perspectivas para a pesquisa agropecuária.

30.2 Estação Experimental de Encruzilhada Reunião Ordinária - 25-10-2001 Local : CRES – Encruzilhada do Sul - RS Pauta: Fruticultura Como Agente de Desenvolvimento; Vitivinicultura para a Metade Sul. Encaminhamentos:

a) Visita dos Alunos da escola na Embrapa -CNPUV, b) Ofício solicitando incluir uma Entidade da Metade Sul no Fundovits. c) Parceria entre CRES e UVIBRA, para experimento de vitivinicultura na Escola Agrícola – CRES.

Reunião Ordinária - 02 -05-2002 Local : Câmara de Vereadores – Encruzilha do Sul - RS Pauta: Estação Experimental de Encruzilhada; Apresentação pela Fepagro do s Projetos em

andamento e futuros. Encaminhamentos: Foi deliberado que a Câmara Municipal receberia da Comunidade, sugestões para melhor aproveitamento na Estação Experimental e posteriormente encaminharia à Fepagro, para análise e implementação. A pesqu isa oficial do RS: A FEPAGRO

A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – Fepagro é a instituição responsável

pela pesquisa científica para apoiar o desenvolvimento da agricultura no Rio Grande do Sul. Seu trabalho tem como objetivo produzir tecnologias que não agridam ao meio ambiente e que melhorem a qualidade ambiental dentro e fora das propriedades agrícolas. Busca gerar

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conhecimento, prioritariamente de caráter aplicado, pelo fomento à geração de emprego e renda.

A Fundação tem como função essencial a pesquisa, embora mantenha também setores de produção, prestação de serviços e comunicação. Sua matriz de pesquisa está organizada com base em nove Programas, 17 Centros de Pesquisa e cerca de 100 Projetos. Os Programas desenvolvidos são os seguintes: re cursos naturais e qualidade ambiental, sistemas de produção animal, sanidade animal, aquacultura e pesca, recursos genéticos e produção de grãos, sistemas de produção de frutas, sistemas de produção de hortaliças, plantas medicinais, aromáticas e ornamenta is e projetos especiais. Referências:

Fepagro. Disponível em: http://www.fepagro.rs.gov.br .

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31 Assistência Técnica e Extensão Rural O tema na Comissão de Agric ultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002

31.1 Grau de satisfação dos produtores rurais com a EMATER no Estado Reunião Ordinária - 21-03-2002 Local: Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Grau de satisfação dos produtores rurais como os serviços de assistê ncia técnica da EMATER no Estado. Reunião Extraordinária - 28/05/2002 Local : Sala de Reuniões Pauta: - Grau de satisfação dos produtores rurais como os serviços de assistência técnica da EMATER no Estado. Encaminhamento: Foram enviados Ofícios a Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados, Ao Senado Federal, a Câmara Federal e aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda, solicitando apoio para liberação de verbas para assistência T écnica e Extensão Rural, para o Estado do RS.

31.2 Demissões na ASCAR/EMATER

Reunião Extraordinária - 27 -09-2001. Local : Sala Maurício Cardoso – 4º andar Pauta: Demissões na ASCAR/EMATER. Encaminhamento: Agendar reunião com a presença de representantes do Governo do Estado. Reunião Extraordinária - 16-10 -2001 (Conjunto com a CSP e CFC) Local : Sala Maurício Cardoso – 4º andar Pauta: Demissões na ASCAR/EMATER. Reunião Extraordinária - 31-10-2001 (CSP e CFC). Local : Sala Maurício Cardoso – 4º andar Pauta: Demissões na EMATER.

O serviço oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural do RS O serviço de Extensão Rural surgiu no período Pós Segunda Guerra Mundial como um instrumento para impulsionar o desenvolvimento rural. As primeiras ações da extensão ru ral foram de difusão de tecnologias que visavam eliminar barreiras que impediam o crescimento econômico na agricultura. Posteriormente foram sendo incorporados novos componentes aos serviços da Extensão Rural, especialmente, as ações nos campos social e am biental. O Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural público é desenvolvido no Rio Grande do Sul pela ASCAR/EMATER/RS. A ASCAR foi criada em 1959 e a EMATER/RS foi criada em 1978.

A ASCAR/EMATER é a executora de vários programas estatais no meio r ural: RSRURAL (666 projetos para 26.467 famílias em 2001), Pró Guaíba, Qualificar RS, Mais Alimentos, Apoio à agroindústria, FEAPER (463 projetos em 2001), PRONAF (103 mil planos de crédito elaborados em 2001) e classificação de 4.954.057 toneladas de prod utos.

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A Instituição conta, atualmente, com aproximadamente 2.400 servidores distribuídos em um escritório central, 465 escritórios municipais, 10 escritórios regionais, 48 unidades de classificação de produtos vegetais e 17 centros de formação de agricult ores. No ano de 2001 a ASCAR/EMATER atendeu a 350.748 produtores, 285.496 mulheres e 70.652 jovens rurais distribuídos em 11.146 grupos. A importância da ASCAR/EMATER/RS na implementação das políticas públicas para o setor primário é incontestável, no entanto nos últimos anos a instituição passou a receber críticas de alguns setores da sociedade gaúcha devido à demissão de servidores(foram demitidos 83 servidores na última gestão) e a discriminação de agricultores, que deixaram de ser atendidos pelo ser viço (a instituição optou pela exclusividade de atendimento aos agricultores familiares). Em função disso foram promovidas reuniões da CAPC para avaliar as ações da ASCAR/EMATER/RS e atos praticados pela sua diretoria. Referências: ASCAR/EMATER/RS. Relató rio de atividades desenvolvidas em 2001. Porto Alegre. Abril de 2002.

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32 Previdência Rural Reunião Extraordinária – 12-12-2002 Local : Sala João Neves da Fontoura – AL/RS Pauta: Análise do desempenho da CESA, CEASA, EMATER E IRGA, Organismos Estatais que desenvolvem as atividades junto ao setor primário; Apreciação e votação do Relatório Final da Subcomissão da Previdência Rural.

No ano de 2001 foi constituída uma Subcomissão para tratar da Previdência Rural,

tendo como req uerente e relator o Deputado Elvino Bohn Gass.

A Previdência Social Rural O sistema previdenciário brasileiro existe desde o final do século XVIII, mas foi a

partir da Constituição de 1988 que os trabalhadores rurais passaram a ter os mesmos direitos que os trabalhadores urbanos aos benefícios da Previdência Social. A partir daí os trabalhadores rurais e os segurados em regime de economia familiar foram incluídos nos planos de benefícios da Previdência Social do Governo Federal. Com a nova Constituição as mulheres passaram a ter direito à aposentadoria por idade, a aposentadoria por idade dos homens passou de 65 para 60 anos e o valor das aposentadorias aumentou de meio para um salário mínimo. Com essas mudanças ocorreu um aumento significativo no número d e beneficiários e no volume de recursos pagos aos aposentados e pensionistas do meio rural pelo Sistema Previdenciário.

O número de beneficiários passou de 254.322 em 1991 para 496.349 em 1999 e o valor pago aos aposentados e pensionistas rurais passou de R$ 3.913,00 em dezembro de 1991 para R$ 68.208.767,00 em dezembro de 1999. Desta forma, a Previdência Social, em função da abrangência e dos valores pagos, passou a ser uma das principais políticas públicas para o meio rural do Rio Grande do Sul, contribuindo para melhorias nas condições econômicas e sociais das famílias beneficiárias do sistema e se constituindo em uma importante fonte de recursos que movimenta o comércio e os serviços nos pequenos municípios.

Referências

BIOLCHI, Marilza Aparecida. Os Impactos da Previdência Social Rural no Rio Grande do Sul. Disponível em: www.ufrgs.br . Acessado em 18/12/2002 .

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A questão agrária

33 Reforma Agrária

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Coop erativismo na gestão 2001/2002

33.1 Prejuízos pela Invasão do MST (Monsanto do Brasil)

Reunião Ordinária - 22 -03-2001 Local : Auditório da Expodireto - Não -Me-Toque – RS. Pauta: Avaliação dos prejuízos, causados pela invasão do MST, na propriedade da Monsan to. Encaminhamentos:

a) Moção ao Governador e Ministro da Agricultura e do Abastecimento, de apoio à pesquisa;

b) Moção ao Governador e Ministro da Agricultura, de apoio a não vacinação; c) Ofício ao Ministro da Agricultura e do Abastecimento, solicitando a prom oção de um

Fórum sobre: Reforma Tributária, Guerra Fiscal; d) Ofício ao Ministro da Agricultura alertando para eventos de protestos do MST em

17/04; e) Ofício ao Governador alertando sobre eventos de protestos do MST em 17/04. 33.2 Invasão de Fazendas pelo MST

Reun ião Extraordinária - 04-04-2001 Local : Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Audiência Pública, sobre a invasão da fazenda Santa Bárbara em São Jerônimo - RS e

da fazenda Bom Retiro em Júlio de Castilhos – RS. Encaminhamentos: - Transcrição da Reunião para o Ministério Público a pedido do doutor Antonio Carlos Bastos, Sub -Procurador Geral da Justiça.

33.3 Violência nos Assentamentos

Reunião Ordinária - 27 -09-2001 Local : Sala da CAPC – 4º andar Pauta: Violências nos assentamentos.

33.4 Vistorias Realizadas pelo INCRA nas Propriedades Rurais

Reunião Ordinária - Audiência Pública - 13-12-2001 Local : Auditório Dante Barone – AL. Pauta: Vistorias realizadas pelo INCRA nas propriedades rurais do Estado; Análise dos assentamentos realizados pelo INCRA nos últimos 15 anos. Encaminhamentos: a) Ofício ao Presidente da República (Ofício nº Of. Nº489/2001 -CAPC/); b) Elaboração de um Relatório sobre a Reforma Agrária no RS, contendo reivindicações das Entidades do Setor, Produtores Rurais, Embrapa e UFRGS, o qual foi encaminhad o ao Presidente desta Casa Legislativa, bem como aos Senadores do nosso Estado, ao Presidente da

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Câmara Federal, à Comissão de Agricultura da Câmara Federal, ao Coordenador da Bancada Federal Gaúcha e Entidades representativas do Setor Primário.

Audiênci a Pública sobre vistorias de propriedades pelo INCRA – 13/12/2001

Reunião Ordinária - 06/06/2002 Local : Clube Caixeiral – Passo Fundo - RS Pauta: Reforma agrária; Direito de Propriedade; Programa Banco da Terra; Seguro Agrícola e Crédito Agrícola. Encami nhamento: - Ofício ao INCRA, solicitando levantamento dos índices de produtividade dos

assentamentos do estado.

33.5 Escola do MST - Município de Veranópolis - RS.

Reunião Ordinária Conjunta - 21 -11-2002 Local: Sala Mauricio Cardoso da AL Pauta: Audiência Pública – Debate sobre o convênio entre o Governo do Estado e a Escola do MST do Município de Veranópolis -RS. Encaminhamentos: agendar uma reunião no município de Veranópolis -RS, para que a direção pudesse explicar ao Parlamentares, como estão sendo aplicad os os recursos financeiros destinados através do Convênio. Reunião Extraordinária Conjunta – 09 -12-2002. Comissão de Educação. Local: Câmara Municipal - Veranópolis -RS Pauta: Debate sobre o convênio entre o Governo do Estado e a Escola do MST do Municí pio de Veranópolis -RS. Encaminhamentos : foi solicitado à Senhora Diana Daros a relação dos professores e dos setenta bolsistas da escola.

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No ano de 2001 foi constituída uma Subcomissão para tratar da Política Agrária tendo como requerente e relator o Depu tado Dionilso Marcon . A reforma agrária no RS

Todos os países que hoje consideramos desenvolvidos, realizaram, em algum

momento da sua história, alterações na sua estrutura fundiária para resolver distorções no acesso à terra pela população.

A idéia de r eforma agrária no Brasil nasceu nos anos cinqüenta como reivindicação dos setores esclarecidos da classe média urbana, de setores católicos conservadores e familistas, de alguns setores católicos de esquerda e de uma fração das esquerdas laicas..

A história dos assentamentos no RS teve origem na região do Alto Uruguai em função dos conflitos entre colonos e indígenas, nos anos 70. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST tem sua raiz na expulsão dos colonos, que arrendavam terras da Funai nas reservas indígenas Kaingang em Nonoai, impedindo que os próprios índios as cultivassem. No final da década de 70 a liberação política, os impactos da modernização nas áreas rurais, a ação das igrejas e as características sócio -culturais das regiões coloniais determinaram a emergência de movimentos sociais rurais onde se destaca o MST que impulsionou a constituição dos assentamentos rurais. O MST, no Rio Grande do Sul, teve três momentos principais. Em cada momento a forma de agir, os interlocutores, a participaçã o da igreja e os locais de ação são distintos. A primeira fase, chamada de fase reativa, de 1978 a 1984, teve forte influência da igreja e teve o governo estadual como interlocutor principal. Nesta fase o movimento agiu com ações pacíficas, concentrando a s ações no Alto Uruguai. A ação do governo estadual foi comprar terras de baixa qualidade para assentamento das famílias. Na segunda fase, 1984 a 1989, chamada de fase de ação , foi renegada a ação mediadora da igreja Católica e o interlocutor principal f oi o governo federal. Nesta fase o movimento praticou ações de confronto, migrando para o centro do Estado, em áreas ocupadas por granjeiros que cultivavam soja. Nesta fase começou a ocorrer uma forte oposição da União Democrática Ruralista – UDR, bem como o desafio da viabilização econômica dos assentamentos. A sede passa para SP. Foi a fase de atuação mais estruturada do MST. Coincidiu com o I Plano Nacional de Reforma Agrária - PRNA. Foram organizados assentamentos coletivos (cooperativas). Esta fase se caracterizou pelas desapropriações de terras no Estado. Na terceira fase, 1989/97, aumentou a capacidade de pressão do MST (luta militarizada) com apoio de setores urbanos. O governo federal sai de cena. Há uma migração do movimento para o sul do Estado (Campanha) e para a região metropolitana. Ocorrem os episódios de Corumbiara e Eldorado dos Carajás. Há a criação do FUNTERRA no RS. A expansão da reforma agrária fica limitada ao mecanismo de compra de terras.

O quadro atual demonstra que apesar da grand e mobilização o percentual de áreas reformadas é muito pequeno em relação à demanda. Alguns fatores têm contribuído para frear o processo de reforma agrária: Ø A excessiva ideologização e partidarização do MST; Ø O uso de recursos públicos para invasões, incl usive com desvios de dinheiro do

PRONAF (cobrança compulsória denunciada por assentados e uso de recursos de capacitação sem a realização dos cursos);

Ø O envolvimento de pessoal urbano nos acampamentos; Ø A perda de apoio da opinião pública do MST no Estado e m função das questões acima

e das invasões (desrespeito ao direito de propriedade) e atrelamento ao Partido dos Trabalhadores e ao governo estadual;

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Ø Os conflitos internos nos assentamentos, resultando, inclusive em denúncias de desvio de recursos e falsifi cação de documentos por assentados. Está relacionado com diferenças entre os assentados (origem, cultura, raça);

Ø Descolamento entre as bases e a direção do MST. Ø Mudança de postura (do coletivo para o individualismo) após a efetivação do

assentamento; Ø O de safio da viabilização econômica dos assentamentos. Os acampados quando são

assentados tentam implantar o mesmo modelo que os excluiu (agricultura moderna) ou seja, uma agricultura intensiva em capital (máquinas e insumos comerciais), com baixo aproveitame nto da mão de obra que é o seu recurso maior, implicando em investimentos para os quais não estão preparados;

Ø Continuação permanente da dependência de recursos públicos. Muitos assentados antigos, dos anos 80, ainda não conseguiram autonomia e nem se trans formaram em agricultores familiares, dependendo sempre de subsídios diferenciados, o que demonstra que a Reforma Agrária nestes moldes não é viável, pois não emancipa os agricultores que continuam tutorados pelo Estado com um custo muito mais elevado do qu e os demais produtores.

Ø Os altos custos da reforma agrária com as desapropriações de terras produtivas (esgotamento de terras disponíveis para a reforma agrária);

Ø A inadequação da metade sul para agricultura intensiva em pequenas áreas. O MST insiste em i nvadir e exige a desapropriação de áreas de pecuária na Metade Sul que estão sendo usadas de forma adequada. Estas áreas têm solos que não resistem ao cultivo intensivo e o uso para a agricultura implica em impactos ambientais (erosão, desertificação).

Outros fatores dificultam a viabilidade dos assentamentos: o tamanho das áreas dos lotes que foram reduzidos drasticamente, o crédito condicionado para atividades inadequadas ao tamanho dos lotes e características culturais dos assentados, atividades voltad as para o mercado em detrimento do abastecimento interno que poderia utilizar melhor a mão de obra e o descolamento entre as bases e a direção do MST. Foram liberados nos últimos quatro anos R$ 20.200,00 por família assentada no RS, sendo que R$ 15.900,00 são oriundos de recursos do Governo Federal e R$ 4.300,00 do Governo Estadual. Os números referentes aos assentamentos no Estado: Total de assentamentos:250 Número de famílias assentadas: 12.000 O Banco da Terra

O programa Banco da Terra, iniciou suas atividades no RS em janeiro do ano 2000 e já foram contratados, com áreas escrituradas, 9.500 financiamentos até o final de setembro de 2002, com um valor já liberado de 224 milhões para o Estado. Isto demonstra a potencialidade deste instrumento de acesso à terra em relação aos procedimentos adotados anteriormente (desapropriação ou compra de terra pelo Estado). Em menos de dois anos foi possibilitado o acesso à terra para mais famílias do que em 20 anos dos Programas de Reforma Agrária do INCRA e d o Estado no Rio Grande do Sul. Procedimentos para a obtenção dos recursos :

1. O agricultor apresenta carta consulta ao Conselho Municipal de Agricultura (definindo a área a ser adquirida e o seu valor).

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2. O Conselho, com a participação da comunidade, analisa a s informações do beneficiário (deve atender aos requisitos onde a experiência de 5 anos na agricultura é fundamental, bem como não ter ou ter pouca terra) e da área a ser adquirida (se não vai tornar outro agricultor em sem -terra e se tem viabilidade econô mica). Se preencher os requisitos à Agência Regional do Banco da Terra.

3. A Agência Regional do Banco da Terra elabora um projeto técnico para o beneficiário. Avalia se o projeto é viável e sustentável, condição para a autorização do financiamento.

4. É feita a contratação, com o pagamento do proprietário e a escrituração da área. Condições de financiamento:

1. Valor por beneficiário: até R$ 40.000,00 2. Encargos: 6 a 10% ao ano com rebate de 50%, o que significa na prática 3 a 5% ao

ano da seguinte forma: até 15 mi l – 6% aa; de 15 a 30 mil –8% aa e mais de 30 mil – 10% aa.

3. Apoio para a manutenção do agricultor: é financiado um valor de R$ 13.000,00 do PRONAF A (idêntico aos assentamentos do INCRA) da seguinte forma:

a. R$ 12 mil para infra -estrutura e custeio das ativi dades em 2 parcelas; b. R$ 1.000,00 para assistência técnica (EMATER ou cooperativas).

Estes valores têm encargos de 1,15% ao ano e o agricultor tem direito a um rebate de 45% do capital, ou seja paga apenas R$ 7.150,00 dos R$ 13.000,00.

Referências:

MARTINS, José de Souza. Reforma agrária: o impossível diálogo sobre a história possível (ou a arte de não fazer política, fazendo).

NAVARRO, Zander; MORAES, Maria Stela; MENEZES, Raul. Pequena história dos assentamentos rurais no Rio Grande do Sul: formação e desenvolvimento. In: MEDEIROS, Leonilde Servolo de; LEITE, Sérgio. A formação dos assentamentos rurais no Brasil. Editora da Universidade. UFRGS, 1999.

Gabinete da Reforma Agrária. Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Agência do Banco da Terra Porto Alegre. Recomendações e sugestões:

Sugerem -se alguns pontos a serem considerados nos programas de reforma agrária para que atenda aos seus objetivos: Ø Respeito ao direito de propriedade, desde que cumpra a função social da terra, prevista

na constituição. Deve ser cumprida a lei, que prevê o cadastramento dos interessados na obtenção de terra e feita uma avaliação dos cadastros de forma conjunta com as instituições (MST, Conselhos Municipais e Sindicatos).

Ø O financiamento da terra, em condições viáveis de prazos e encargos, é a melhor forma de permitir o acesso amplo à terra tanto de sem -terras como de filhos de agricultores que hoje vivem em áreas muito pequenas e que não permitem a obtenção de renda compatível com as necessidades das famílias. O Banco da Terra parece ser uma boa alternativa desde que tenha recursos em quantidade suficiente e em condições de pagamento.

Ø Permitir que os assentados tenham crédito especial garantido para a formação da infraestrutura e para a produção nos primeiros 5 anos e ace sso às linhas de crédito destinadas aos demais agricultores desde que enquadrados nos programas.

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Ø O local dos assentamentos deve levar em conta as características locais: culturais e ambientais para evitar conflitos com as comunidades e impactos indesejado s no meio ambiente

Ø A inserção dos agricultores nas comunidades deve ser precedida de uma discussão prévia do MST com os Conselhos Municipais e Lideranças onde sejam apresentados os dados de aumento de renda, geração de impostos e empregos, aumento da renda por hectare nos municípios, etc. A formação dos pretendentes a terra para o convívio com as novas comunidades é fundamental para a aceitação e inserção do novo grupo dentro da comunidade.

Ø Núcleos menores organizados em agrovilas compostas de famílias de mesma origem, etnia e valores culturais podem reduzir os conflitos internos e aumentar a solidariedade dentro do grupo. Em assentamentos menores (10 a 20 famílias), a agrovila se apresenta como uma forma de reduzir custos, dar imediatamente melhores condições de infra estrutura a todos ( luz, água, telefonia, escola, saúde e estradas), aumenta a possibilidade de ações coletivas que não venham a reproduzir a situação original que excluiu este contingente de pessoas do meio rural.

Ø Os recursos públicos devem ser aplicados de forma parcimoniosa, evitando desvios e beneficiando os, efetivamente, agricultores sem -terra e nas mesmas condições dadas aos demais agricultores familiares (com exceção do período de consolidação do assentamento, ou seja, nos primeiros 5 anos).

Ø A partir de 5 anos os assentados devem receber o mesmo tratamento dos demais agricultores familiares.

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34 Devolução de Áreas Indígenas O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 04-09-2001 Local : Sala Maurício Cardoso - 4º andar Pauta: Devolução de Áreas Indígenas. Encaminhamentos: Formação de um Grupo para acompanhar e intermediar as negociações entre as partes. Reunião Ordinária - 13 -09-2001 Local : Sala da C APC – 4º andar Pauta: Devolução de áreas indígenas; Cadeia Produtiva do Leite.

As áreas indígenas

A ocupação das terras indígenas no Brasil teve seu início com a chegada dos europeus. A ocupação das terras, originalmente, habitadas por índios, tem se da do historicamente de forma violenta. No RS esse processo fez restar, atualmente, 0,37% do território gaúcho às comunidades indígenas.

A Constituição Federal em 1988 previu que a União deveria indenizar todas benfeitorias das famílias de agricultores, resid entes em áreas indígenas e caberia ao Estado indenizar as terras ocupadas ou reassentá -las em outras áreas.

No RS há duas etnias de índios: Guarani e Kaingang. Em 1916 o Estado demarcou 12 áreas para os Kaingang onde havia uma população total de 2.904 habi tantes. Em 1940 havia 90.278 hectares de terras indígenas e em 1950 só havia 53.512 hectares (redução de 40% em 10 anos).

Atualmente no RS existem quatro áreas Kaingang em processo de desocupação pelo Estado: Ventarra, Monte Caseiros, Serrinha e 4ª Seção Planalto. Estas quatro áreas totalizam 16.186 há, com um total de 1.567 famílias de agricultores já cadastradas pelo Estado. Destas, 1.165 são proprietárias e 402 são famílias de agricultores sem terra com direito adquirido de serem reassentadas. Além dest as quatro áreas restam pendências em relação a ocupação de terras indígenas dos toldos Inhacorá, Nonoai, Vicente Dutra e Borboleta.

A população Kaingang no RS é de, aproximadamente, 12.000 pessoas em 2.850 famílias vivendo em agrupamentos grandes, sendo o maior deles na reserva do Guarita, com aproximadamente 900 famílias. Os Guaranis totalizam, aproximadamente, 800 pessoas, em 200 famílias, estando em aldeias em diversos municípios ou são itinerantes . Referências:

Gabinete de Reforma Agrária do Governo d o Estado do RS. Disponível em; http://www.ra.rs.gov.br/conferencia/volume1/problemas.html

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OUTROS TEMAS RELEVANTES

35 Homenagem - JOSÉ ANTONIO LUTZENBERGER O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Extraordinária - 25/06/2002 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Cerimônia de nomeação da Sala de Reuniões da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da ALRS, em homenagem ao ilustre ambientalista e engenheiro agrônomo José Antônio Lutzenberger, que passará a denominar -se Sala JOSÉ ANTONIO LUTZENBERGER.

Homenagem a José Lutzenberger – Sala José Lutzenberger/AL – 2002

José Antônio Lutzemberger – Um pioneiro no ambientalismo gaúcho

O ambientalista José Antônio Lutzenberger nasceu, em 17 de setembro de 1926, e faleceu, em 24 de maio de 2002 no Estado do Rio Grande do Sul. Realizou dezenas de conferências, palestras, simpósios, cursos e debates no Brasil e no e xterior sobre a questão ambiental Recebeu dezenas de distinções e homenagens especiais, tendo sido agraciado com troféus, medalhas, títulos e placas em diferentes países Recebeu o Prêmio Nobel Alternativo pelas ações em favor do meio ambiente. Foi Secretá rio Especial do Meio Ambiente da Presidência da República, de 1990 a 1992. Em 1970, Lutzenberger inspirou a criação da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan –, entidade que presidiu de 1971 a 1983, depois de estudar nos Estados Unidos. Foi o idealizador da Fundação Gaia, que dirigiu desde que foi criada, em 1987, até os seus últimos dias de vida. Alertou para os riscos

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sociais e ambientais que poderiam advir da utilização das sementes transgênicas, bem como da perda da diversidade de cu ltivares e da autonomia do agricultor familiar.

Como forma de homenageá -lo a CAPC nomeou a Sala de Reuniões da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da ALRS de Sala JOSÉ ANTONIO LUTZENBERGER.

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36 Recurs os para os Municípios atingidos pelas chuvas O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 09/08/2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: Recursos Para Os Municípios Atingidos Com As Chuvas.

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37 Análise do Movimento Grito da Terra Brasil 2001

O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 07-06-2001 Local: Sala de Reuniões da CAPC Pauta: - Discussão sobre o Movimento GRITO DA TERRA BRASIL 2001.

O Grito da Terra Brasil O Grito da Terra Brasil é uma ação coordenada pela CUT e a CONTAG em conjunto

com o MAB, CAPOIB, MONAP e CNS. Participarão também a CPT, CIMI, Fase, Faser, Inesc, Deser e Rede Bras il. É articulada nacionalmente entre entidades que atuam no campo, em que se combina a pressão popular organizada com a negociação, junto aos governos municipais, estaduais e federal. O Grito da Terra Brasil, pretende através dessa ação articulada, inverte r as políticas agrícola e agrária do governo brasileiro, para que os 4 milhões de pequenos produtores, os 4 milhões de assalariados rurais e de 3 a 4 milhões de trabalhadores sem terra, tenham melhores perspectivas de vida, desencadeando, consequentemente, melhores condições de vida para os trabalhadores urbanos. A pauta de reivindicações inclui: Salário mínimo; Aposentadorias; Terra para a reforma agrária; Recursos do Orçamento da União para as famílias já assentadas e Política agrícola para os pequenos produtores rurais.

O 4º Grito da Terra Brasil ocorreu em todo o Brasil, nos dias 22 e 23 de maio de 2002.

Referências :

CUT/RS. Disponível em: http://www.cut.org.br/a30208.htm . Acessado em: 18/12/2002.

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38 Apresentação, pelos Candidatos ao Governo do Estado, das propostas para o setor primário da economia gaúcha.

Participaram os Candidatos Celso Bernardi, Germano Rigotto, Júlio Flores e Aroldo

Medina que falaram dos seus projetos para o Esta do do Rio Grande do Sul na Gestão 2003/2006. O tema na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na gestão 2001/2002 Reunião Ordinária - 01/08/2002 Local: Auditório Dante Barone – 1º andar. Pauta: - Apresentação, pelos Candidatos ao Governo do Estado, das Propostas para o setor primário da economia gaúcha.

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REUNIÕES DE GRUPOS TÉCNICOS

1. 16/07/2001 - Reunião em Santana do Livramento, sobre: corredor sanitário do RS para

outros estados e situação dos frigoríficos d a região. 2. 13/11/2001 – I º Encontro das comissões de agricultura e congêneres, realizada pela

UNALE em Brasília com a seguinte pauta: Transgênicos, Seguro Agrícola e Biotecnologia.

3. 12/04/2001 - Reunião do grupo técnico para elaborar sugestões ao combate da Febre Aftosa.

4. 30/04/2001 - Reunião com a FARSUL e GOVERNO do Estado do RS, para analisar as propostas de combate à Febre Aftosa.

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SUBCOMISSÕES 2001

Em 2001 foram aprovados todos os pedidos de subcomissões propostos nesta

Comissão, totalizando sete: 1. Subcomissão de Política Agrária 2. Subcomissão da Previdência Rural 3. Subcomissão da Citricultura (prazo de 120 dias, conforme art. 74 do RI) 4. Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal

Sustentável 5. Subcomissão Mista para tratar da Pesca e da Piscicultura no Estado. 6. Subcomissão Mista para tratar dos Produtos Transgênicos. 7. Subcomissão Mista para tratar da Revitalização da Cultura do Trigo.

QUADRO RESUMO 2001

REUNIÕES Ordinárias: 28 Extraordinária: 17 TOTAL: 45 TOTAL DE PROPOSIÇÕES : Convênios: 351 Projeto de Resolução: 01 RDI: 07 Veto PL: 02 Ofícios Expedidos: 495 Memorandos: 210 Moções: 04

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SUBCOMISSÕES 2002

1. Subcomissão de Política Agrária 2. Subcomissão da Previdência Rural 3. Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal

Sustentável (Arquivada - Não aprovada na Comissão de Saúde) 4. Subcomissão Mista para tratar da Pesca e da Piscicultura no Estado. 5. Subcomissão Mista para tratar dos Produtos Transgênicos. 6. Subcomissão Mista para tratar da Revitalização da Cultura do Trigo. 7. Subcomissão da Suinocultura

QUADRO RESUMO 2002 Reuniões Ordinárias: 16 Reuniões Extraordinárias: 11 Reuniões Interiorizadas: 10 Total de Reuniões: 37 Nº Ofícios expedidos: 314 Nº Memorandos expedidos: 140 Nº Convênios para Conhecimento: 577 Nº de Subcomissões em andamento: 07 Publicações (02): Arroz e Commodities

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II - A importância e as repercussões das ações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo

A importância da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pode ser avaliada tanto em relação à participação do agronegócio na formação do PIB, na arrecadação de tributos e geração de empregos do Estado, como pela sua efetiva participação nas decisões dos caminhos da agropecuária Gaúcha. O agronegócio participa com 35% do PIB e 50% dos empregos gerados no Estado estão relacionados ao setor. Mais de 400 mil famílias rurais vivem diretamente da produção primária e milhares de em pregos urbanos são gerados à jusante é à montante da agricultura na produção de insumos, máquinas, equipamentos e no beneficiamento e distribuição da produção. Estes dados, por si só, demonstram a importância social e econômica da agropecuária no cenário G aúcho.

No entanto, as novas relações, conflitos, demandas se apresentam a cada dia como desafios para o desenvolvimento do setor. Foi neste contexto e com esta visão que a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo se inseriu e desenvolveu suas at ividades no Biênio 2001/2002.

A busca de soluções para os problemas, o espaço privilegiado para a discussão dos mais diferentes temas de forma democrática, a aproximação de idéias divergentes para a solução de conflitos e o encaminhamento dos mais variado s pleitos do setor constituíram a base das ações da Comissão na gestão 2001/2002, presidida pelo Deputado Frederico Antunes.

Sem a pretensão da exclusividade ou paternidade dos resultados e avanços, obtidos em diversos campos da atividade primária Gaúcha, a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo tem a convicção de ter contribuído para a obtenção dos mesmos. Isto se evidencia a partir do andamento e desdobramentos de algumas questões cruciais que passaram pela Comissão e pelo depoimento de atores envolvidos nos diferentes debates que pautaram as reuniões durante a Gestão 2001/2002.

A seguir apresentamos alguns pontos considerados como destaques da Gestão, algumas das repercussões das ações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, bem como depoimentos de pessoas ligadas a diferentes segmentos da sociedade gaúcha que se manifestaram a respeito das ações da Comissão no período abrangido pelo presente relatório. A análise é apresentada por tema, de forma sucinta, para complementar as in formações relativas às ações realizadas que são apresentadas na primeira parte deste relatório.

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Os destaques da Gestão 2001/2002

A participação do Ministro da Agricultura Pratini de Moraes na Comissão

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, no dia 29 de agosto de 2002, proporcionou aos gaúchos ligados ao setor primário e ao agronegócio a oportunidade de um encontro diferenciado com o Ministro da Agricultura Marcus Vinicius Pratini de Moraes, durante a Expointer. O Ministro da Agricultura falou de três importantes programas que beneficiaram o Estado: o MODERFROTA, o Programa de Reflorestamento para a Metade Sul do Estado e o Programa de Apoio às Cooperativas. Salientou a importância do agronegócio para a geração de emprego e na sustentação da balança comercial brasileira.

A reunião da Comissão colocou o Ministro da Agricultura muito mais próximo daqueles que vivenciam as questões do agronegócio Gaúcho, dando a oportunidade de ouvir, em primeira mão e de forma privil egiada, as informações do Sr. Ministro sobre os programas do Ministério da Agricultura e de questionar e debater, diretamente com o Ministro, temas que, normalmente, são conhecidos apenas através da mídia.

O debate da Reforma Agrária

A Comissão promo veu um amplo debate da Reforma Agrária e dos conflitos

vinculados à invasão de propriedades no Estado buscando formas de conciliar a necessidade de acesso à terra de uns com o direito de propriedade de outros.

Foi defendida na Comissão a utilização do Banc o da Terra como instrumento mais adequado para permitir o acesso à terra , sem conflitos e com melhores resultados para toda a sociedade. A divulgação dos resultados do Programa Banco da Terra, contribuiu para que prefeitos e entidades representativas de pr odutores rurais tomassem conhecimento deste instrumento e da sua importância na solução dos conflitos agrários no Estado.

O debate na Comissão permitiu a retomada da discussão de indicadores para avaliação da produtividade da terra . Técnicos de notório sab er estiveram na Comissão debatendo a adequação dos índices adotados pelo INCRA e as diferenças regionais que não permitem a utilização de índices únicos para todas as situações. Ficou clara a necessidade da adoção de padrões diferenciados para as diversas regiões do Estado, respeitando as vocações, a capacidade de carga de cada tipo de solo e as peculiaridades regionais.

Uma repercussão importante das ações da Comissão, em relação à Reforma Agrária, foi a suspensão das vistorias de propriedades no Estado em função do desrespeito ao direito de propriedade nas invasões pelo MST. A portaria nº 62 de 27 de março de 2001, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, proibiu a realização de vistorias e avaliação de imóveis invadidos pelo prazo de dois anos, atendendo a uma reivindicação do setor produtivo.

Em audiência pública, promovida pela Comissão em 13 de dezembro de 2001, todos os segmentos vinculados à questão agrária tiveram oportunidade de se manifestar. Na ocasião foram avaliados os efeitos sociais e econômi cos do modelo de Reforma Agrária adotado no Estado, os entraves para o acesso à terra, a adequação das políticas públicas existentes e a insegurança gerada pela ação do MST junto aos proprietários rurais.

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A opinião de Vulmar Silveira Leite, gerente do B anco da Terra no Rio Grande do Sul:

“A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo tem papel importante, na realização de debates das questões ligadas ao setor primário. O Deputado Frederico Antunes soube cumprir esta função de maneira muito competente, sempre com posição clara e firme, fazendo com que sua gestão obtivesse destaque. Ouviu as Entidades, concedendo espaço para que todas participassem, tornando esse Órgão Técnico num Centro de Debates. Evidenciou carências, su geriu e enfatizou propost as para os problemas do setor agropecuário e com isso contribuindo direta ou indiretamente no encaminhamento de soluções. Em relação ao Programa Banco da Terra, sempre foi um grande incentivador e divulgador dos resultados, pois acredita que através deste Programa podemos viabilizar o acesso à terra para os trabalhadores rurais sem terra que possuem vocação para a agricultura.”

A participação no episódio da Febre Aftosa No momento crucial em que a pecuária Gaúcha perdeu a condição de Zona Livre da

Febre Aftosa e, conseqüentemente, se instalou um clima de pessimismo na cadeia produtiva de carne, a Comissão da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo assumiu uma posição de vanguarda na solução dos problemas advindos da doença, proporcionando um espaço de debate democrático e propositivo onde todas as questões foram analisadas e votadas de forma a atender aos anseios da maioria dos atores envolvidos.

Entre os destaques das ações da Comissão, em relação à Febre Aftosa, enfatizamos o amplo debate sobre a reto mada da vacinação , onde sempre prevaleceu a decisão de maioria, através do voto. A oportunidade de aproximação de campos divergentes na questão da vacinação e das indenizações , especialmente, o Ministério da Agricultura e a Secretaria Estadual de Agricultu ra. O aprofundamento do debate técnico sobre a melhor forma de controle da doença e da prevenção de novos focos .

A Comissão defendeu a renovação dos contratos emergenciais dos profissionais da Vigilância Sanitária para o combate à Febre Aftosa, tendo o Go verno do Estado, efetivamente, mantido os profissionais na atividade e contribuindo para o controle da doença.

A Comissão evidenciou a importância da pecuária para a economia Gaúcha e contribuiu para a retomada da condição de Zona Livre de Febre Aftosa que reabre as portas do mercado internacional para a nossa produção de carne bovina.

Arroz

A Comissão da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo proporcionou um amplo debate sobre a produção orizícola do Estado. A importância da atividade ficou evidenciad a pela participação do Estado na produção nacional e na geração de empregos e tributos da atividade para o Estado.

Questões importantes foram debatidas na Comissão visando eliminar entraves que afetam o desenvolvimento da cadeia do arroz.

A gestão dos r ecursos hídricos foi debatida visando a redução das taxas de licenciamento, uma das preocupações dos orizicultores. Foi encaminhado à FEPAM uma solicitação para a revisão das taxas de licenciamento.

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As questões referentes a preços, tributação, importações e o endividamento dos orizicultores foram motivos de encaminhamentos ao Ministério da Agricultura e Deputados Federais, buscando criar condições de maior competitividade para a orizicultura Gaúcha.

A Comissão lançou uma publicação específica sobre o Arroz em parceria com a EMBRAPA: o livro ARROZ da Série Culturas da Comissão da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

Opinião de André Barbosa Barre tto, Diretor-Presidente da FEARROZ:

“Ao findar a gestão do nobre e ilustre deputado Frederico Antunes c omo Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de nosso Estado, a FEARROZ - Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul, Ltda. deseja registrar seu reconhecimento pelo excelente trabalho desenvol vido à frente da importante Comissão, que nada mais foi do que o reflexo da capacidade e do esforço que seu Presidente dedicou ao Setor. Aproveitamos a oportunidade para, mais uma vez, desejar -lhe um profícuo novo período legislativo que lhe foi concedido por nós, povo deste Estado, com a segurança de que continuará envidando todos seus esforços para nos ajudar a conseguir o grau de desenvolvimento que tanto almejamos.”

Opinião de Artur Oscar Loureiro de Albuquerque, Presidente da FEDERARROZ:

“FEDERARROZ – Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul, que congrega cerca de 13.000 arrozeiros espalhados pelo Estado, produziu quase a metade de todo o arroz produzido no Brasil e mais de 90% do arroz irrigado produzido no nosso país, através da sua presidência, infra -signatária, vêm respeitosamente, perante Vossas Excelências dizer da importância da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa. Nos últimos anos, a referida Comissão, sob a presidência do deputado Frederico Antunes , superou-se em esforços no sentido de bem atender aos anseios da agropecuária gaúcha. Sua presença sempre foi sentida nos momentos mais graves e seu tino político sempre se destacou nas horas mais necessárias. Sem maiores delongas podemos afirmar, sem med o de errar, que a Comissão de Agricultura tornou -se, paulatinamente, uma das moradas mais essenciais a quem vivia da agropecuária e, no nosso caso específico, do arroz. Duas palavras, por mais que singelas que possam parecer, expressam um sentimento sincer o: muito obrigado e meus parabéns.”

A interiorização das ações da Comissão

Visando ficar mais próxima dos atores envolvidos nos processos de desenvolvimento a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo buscou, na Gestão 2001/2002, interiorizar as ações levando a discussão das questões do setor à diferentes regiões do Estado. Foram 28 reuniões interiorizadas atendendo à demandas de várias comunidades do Rio Grande do Sul.

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As subcomissões

Em nenhum momento da história da Comissão de Agri cultura, Pecuária e

Cooperativismo tantas subcomissões trabalharam concomitantemente. Foram propostas sete subcomissões em 2001: Subcomissão de Política Agrária, Subcomissão da Previdência Rural, Subcomissão da Citricultura, Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal Sustentável , Subcomissão Mista para tratar da Pesca e da Piscicultura no Estado, Subcomissão Mista para tratar dos Produtos Transgênicos e Subcomissão Mista para tratar da Revitalização da Cultura do Trigo. Em 2002, no vamente, sete subcomissões desenvolveram atividades ligadas a temas

relevantes para o setor primário do Rio Grande do Sul: Subcomissão de Política Agrária, Subcomissão da Previdência Rural, Subcomissão Mista para tratar do Desenvolvimento Florestal Sustent ável, Subcomissão Mista para tratar da Pesca e da Piscicultura no Estado, Subcomissão Mista para tratar dos Produtos Transgênicos, Subcomissão Mista para tratar da Revitalização da Cultura do Trigo e Subcomissão da Suinocultura. A ação das subcomissões pe rmitiu o aprofundamento de questões relativas a assuntos

específicos, julgados relevantes pelos membros da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

A discussão de alternativas para o setor primário

Nunca na história da Comissão de Agricultu ra, tantos temas diferentes foram

discutidos nas reuniões, por sugestão dos membros da Comissão e outros agentes da sociedade, interessados em oferecer aos produtores rurais outras alternativas de geração de emprego e renda . Além das culturas e criações tr adicionais do Estado, atividades pouco conhecidas ou específicas de algumas regiões do Estado tiveram espaço para discussão da sua viabilidade e para buscar apoio político para uma maior visibilidade no cenário Gaúcho: Pesca, Piscicultura, Apicultura, Cria ção de Emas, Reflorestamento, Fruticultura, Fumo, Palmito, Acácia -Negra, Banana, Floricultura, Erva -mate, Vitivinicultura e Mamona .

A opinião de Jose Fernando da Silva Protas, Chefe Geral Embrapa Uva e Vinho:

“Relativamente às questões pertinentes as c adeias produtivas vitivinícola e das fruteiras de clima temperado entendemos que a atuação na CAPC da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, durante a gestão do Deputado Frederico Antunes, foi caracterizada por uma atuação atenta, objetiva e focada n os principais pontos/problemas das mesmas. A estratégia de reuniões itinerantes pelas regiões produtoras, facilitou a participação de todos os atores envolvidos nestas cadeias produtivas possibilitando uma discussão democrática e abrangente. Nas diversas oportunidades a Embrapa Uva e Vinho foi chamada a participar de reuniões promovidas pela Comissão, duas delas como sede e outras tantas na Assembléia Legislativa, foram tratados assuntos de grande importância para os interesses dos produtores e empresários da uva e do vinho e das fruteiras de clima temperado, como: a questão das importações de vinhos finos, a questão da política tributária dos vinhos e derivados, o Programa de desenvolvimento da fruticultura PROFRUTA/ MAPA entre outros. Também cabe o registr o quanto a prestação de contas relativamente aos encaminhamentos dados aos temas e propostas definidas no âmbito daqueles fóruns. Bento Gonçalves, dezembro de 2002.”

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Políticas Públicas

A avaliação das políticas públicas e proposição de caminhos mais apro priados à

realidade dos diferentes setores da sociedade, também foram objeto das ações da Comissão na Gestão presidida pelo Deputado Frederico Antunes. Temas como Seguro Agrícola, Avaliação Execução orçamentária dos projetos prioritários para a agricultura , Crédito Agrícola, Pesquisa Agropecuária, Previdência Rural, Assistência Técnica e Extensão Rura l ocuparam espaços nas reuniões da Comissão e motivaram audiências públicas que redundaram em benefícios para todos os Gaúchos.

A Comissão cobrou a execução d o orçamento do Estado para a Agricultura, em consonância com a Comissão de Fiscalização e Controle e Comissão de Serviços Públicos. No caso do Seguro Agrícola foi cobrada uma maior abrangência em relação ao número de agricultores e atividades cobertas pelo seguro subsidiado pelo Estado, bem como a efetiva implantação do projeto de seguro agrícola do Governo Estadual . A comissão debateu com a FEPAGRO as linhas de pesquisa para a agricultura do Estado e evidenciou a importância da Aposentadoria Rural na forma ção da renda das famílias rurais e na geração de tributos nos pequenos municípios Gaúchos. Foi proposta pelo Deputado Elvino Bon Gass uma subcomissão para discutir a Previdência Rural.

As audiências públicas na Comissão em conjunto com a Comissão de Serv iços Públicos tiveram papel preponderante na sustação do processo demissionário na EMATER/RS . Ficou evidenciado que não havia critérios técnicos para a demissão dos servidores da Extensão Rural e que o processo demissionário era prejudicial aos servidores e à agricultura do Estado.

Opinião de Aldo Fossa, Presidente da Associação dos Servidores da ASCAR/EMATER:

“A Comissão de Agricultura concedeu um espaço de debate fundamental para que fosse esclarecido o processo demissionário deflagrado na ASCAR/EMATER e denunciado pela Associação dos Servidores. Não havia outra forma de sustar o processo de demissões sem que houvesse apoio externo, uma vez que as instâncias internas de debate haviam sido esgotadas e as demissões continuavam ocorrendo. As audiências púb licas e reuniões da Comissão permitiram aos demitidos e aos representantes dos servidores discutir com os deputados e dirigentes da Instituição as razões do desligamento de alguns servidores, ficando clara a falta de critérios objetivos e transparentes. A partir da ação da Comissão o processo foi sustado e, desta forma, retomada a tranqüilidade dos servidores para continuar levando informações às famílias rurais.”

Cadeia da Carne

O debate da cadeia da carne bovina ocupou muitas reuniões da Comissão, se ja em função da Febre Aftosa, seja em consequência das dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas no mercado interno. Questões importantes ficaram evidenciadas nas ações da Comissão, modificando a visão da cadeia em relação à competitividade no mercado mun dial. A importância e a viabilidade da rastreabilidade foi enfatizada em reuniões com técnicos e produtores , demonstrando ser este um caminho para a inserção do produtor gaúcho em maiores espaços no mercado mundial de carnes, uma vez que se constituí, atua lmente, em uma exigência internacional.

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A Comissão de Agricultura também participou do debate com o Governo Estadual a respeito da tributação da carne Gaúcha, buscando incentivos via tributação para aumentar a competitividade do setor. A Comissão propôs ao Governo Estadual a retroatividade dos incentivos tributários por ocasião da implantação do Programa Agregar Carnes RS . A comissão também discutiu as conseqüências do atraso na renovação da legislação que concede incentivos, via ICMS, para o setor.

A opi nião de Francisco Renan Proença, presidente da FIERGS:

"A Comissão cumpriu um papel importante no debate democrático das principais questões do setor de agronegócios do Rio Grande do Sul e de suas vinculações no âmbito federal. Portanto, esse trabalho - no conceito moderno de cadeias produtivas que integram a agropecuária, a indústria e o comércio - colaborou para o conhecimento dos problemas e de suas soluções, e para a adoção de ações visando o desenvolvimento da economia gaúcha como um todo."

Cadeia do Leite

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo desempenhou um papel fundamental para evidenciar as distorções na Cadeia Produtiva do Leite. O trabalho da Comissão e, especialmente, a audiência pública realizada em Tucunduva estimularam a instalação da CPI do Leite que demonstrou a diferença de lucro do elo produtor para o elo distribuição na Cadeia, que inviabiliza o setor produtivo familiar. Foi discutido na Comissão a formação do preço do leite e as formas de viabilizar o setor leiteiro G aúcho.

Suinocultura

A suinocultura ocupou um lugar de destaque na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo na Gestão presidida por Frederico Antunes.

Na Comissão se iniciou a discussão da situação da Suinocultura no Estado que culminou co m a criação de uma Subcomissão Mista da Suinocultura, em conjunto com a Comissão de Serviços Públicos.

O trabalho desta Subcomissão levou para a grande mídia questões cruciais para a suinocultura Gaúcha: a falta de milho, o alto preço dos insumos, as dist orções existentes nos elos da cadeia produtiva, a baixa lucratividade dos suinocultores e o problema do financiamento para o setor.

Como resultados práticos da ação da comissão resultou um relatório consistente com a situação da suinocultura do Estado e or ientações para encaminhamento das dificuldades do setor. Foi sugerida a Instalação de uma CPI das Carnes para investigar as distorções na cadeia produtiva de carnes do Estado.

Fruto da visibilidade os problemas da suinocultura em função das ações da Subcomissão o Banrisul abriu uma linha de Crédito emergencial de 10 milhões de reais para o setor, o Governo Federal aumentou a oferta de milho no balcão através da CONAB e foram abertos dois novos corredores sanitários permitindo a comercialização da produção em outros mercados.

Outras questões importantes foram apontadas no trabalho da Subcomissão: a necessidade da modernização do parque industrial do Estado, a necessidade da rastreabilidade na produção de suínos, a necessidade de intensificar a ação do Depar tamento de Produção

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Animal da Secretaria da Agricultura e Abastecimento no Controle Sanitário e uma política governamental efetiva para aumento da produção de milho no Estado.

Opinião do Médico Veterinário Gilberto Moacir da Silva,Presidente da ACSURS:

“Em nome da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, ACSURS, manifestamos o nosso reconhecimento pelo excelente trabalho desenvolvido na qualidade de Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativ a do Estado do Rio Grande do Sul, na gestão 2001/2002. Participamos de inúmeros encontros promovidos pela Comissão e verificamos o quanto Vossa Excelência e seus pares devotavam interesse e empenho no sentido de se encaminhar a melhor alternativa possível para os temas em análise. Temos certeza, que o incansável trabalho desenvolvido pelos deputados membros da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, bem como pelos seus assessores, muito contribuíram para o engrandecimento da agropecuária gaúcha . Valemo -nos da oportunidade para renovar agradecimentos e desejar a todos um Abençoado Ano Novo.”

Opinião de Leodegar Jost, Superintendente Regional da CONAB no Rio Grande do Sul :

“Ao encerrar o ano, queremos cumprimentar essa Comissão pelo excelente t rabalho realizado em 2002 em prol de vários segmentos do setor agropecuário. Testemunhamos, em especial, a atuação na cadeia produtiva do milho/suínos e aves, com audiências públicas em diversos setores produtivos. Está de parabéns o seu Presidente, Deputa do Frederico Antunes, pela excelente condução dos trabalhos, o relator da Subcomissão, Deputado Vílson Covati, pela sua extraordinária atuação e os demais membros pela sua efetiva participação. Esse trabalho permitiu o diálogo e entendimento entre os diver sos segmentos do setor produtivo na busca de soluções para essa importante atividade geradora de renda para significativo contingente da população rio -grandense.”

Opinião de João Picolli, Presidente do Sindicato Rural de Erechim: “O Sindicato Rural de E rechim, através de sua Comissão de Suinocultura e Núcleo de Criadores de Suínos do Alto Uruguai, bem como a FARSUL através de sua Comissão de Suinocultura e Coordenadoria das Comissões agradecerem ao Deputado Frederico Antunes pelos trabalhos prestados ao setor de Suinocultura do RS, tão sofrido neste momento, Só temos a agradecer a Vossa Senhoria pelo pronto atendimento a nossa solicitação para a Audiência Pública, realizada no Sindicato Rural de Erechim a qual desencadeou urna série de ações, que visaram ajudar o setor bem corno esclarecer a opinião pública e deflagrar o pedido para uma CPI das Carnes.Aproveitamos a oportunidade para agradecer o Deputado Wilson Covatti, Presidente da Subcomissão da Suinocultura pela sua dedicação e trabalho desde o início não tendo hora nem dia para trabalhar em nossa defesa, e mais se vão alcançamos todos os nossos objetivos temos certeza de que plantamos idéias que trarão benefícios para este importante setor da. economia gaúcha. Sendo o que tínhamos para o momento estend emos ainda nossos agradecimentos a todos os membros da referida comissão.”

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Pesca

O trabalho da Comissão da Agricultura em conjunto com a Comissão de Economia e Desenvolvimento na subcomissão Mista da Pesca e Piscicultura proporcionou à sociedade Gaúcha um relatório de alta qualidade onde foi feito um diagnóstico completo do setor, os dados foram sistematizados de forma nunca antes organizada, foram identificados os problemas, demandas e potencialidades do setor e feitas recomendações para a organização da cadeia produtiva de Pescado no RS .

Com este documento caminhos foram indicados para que a produção de pescado possa se constituir em uma fonte efetiva de renda para os produtores gaúchos.

Publicações

Um destaque da Gestão 2001/2002 foi as duas nova s publicações da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo:

- Livro Arroz da Série Culturas e - Livro Comodities.

Opiniões que gratificam o trabalho O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, Deputado

Frederico Antunes, a o final da sua gestão, recebeu diversas manifestações a respeito do trabalho da Comissão no Biênio 2001/2002. Além das opiniões sobre questões específicas, inseridas nos destaques apresentados acima, destacam -se algumas opiniões abrangentes sobre o trabalh o desenvolvido e que merecem serem citadas por virem de parceiros nos trabalhos da Comissão durante a Gestão:

Opinião de Carlos Rivaci Sperotto, Presidente da FARSUL:

“À frente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, o

Deputado Frederi co Antunes, sem dúvida teve destacada atuação voltada para os interesses do setor primário. Na missão institucional de fiscalizar os atos do Executivo soube, com maestria invulgar, colaborar para o gerenciamento de crises, que, aliás, não foram poucas. Hom em com posições definidas, entrou em campo nas questões da aftosa, transgênicos, invasões de propriedades pelo MST, abigeato, vistorias do INCRA, sem olvidar a orizicultura, o leite e o fumo com pronunciamentos fortes visando agregar valor aos produtos. En genheiro Agrônomo, com especialização no Brasil e exterior, abusou da vitalidade de sua juventude, competência e coragem para desfraldar a bandeira em favor do setor produtivo e da cadeia do agronegócio. A expressiva votação obtida no último pleito é sinto ma e respostada sociedade rio -grandense que soube fazer a lição de casa, com extremada competência. O que mais posso acrescentar que o Rio Grande não conhece? Que este líder nascido a 25 de outubro, segue a predestinação de seu signo: os escorpianos aceitam desafios, são ousados, combativos e capazes de muitos feitos, inclusive o de percorrer milhas e milhas, mesmo com o tanque na reserva. Dezembro de 2002.”

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Opinião de Benami Bacaltchuk, Chefe Geral Embrapa Trigo:

“Uma comissão de agricultura de assemblé ia legislativa tem por objetivo identificar, analisar e sugerir legislações que suportem as necessidades de sustentação do agronegócio. O cumprimento desta missão depende da clareza que sua mesa diretora enxerga a agricultura do estado. A Comissão de Agric ultura e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no seu ultimo mandato foi liderada pelo Deputado Frederico Antunes que com visão empreendedora e coragem direcionou as discussões relativa aos interesses do agronegócio gaúch o, principalmente, oportunizando uma discussão ampla e transparente, todos os assuntos que trouxeram risco, assim como os que estão trazendo oportunidades para nossa mais importante fonte de emprego e renda. Uma comissão de agricultura, deve ter sempre em foco uma única bandeira, a bandeira do Rio Grande do Sul, estado líder em tecnologia, líder em produção, líder em exportação de produtos do agronegócio, líder em inovação tecnológica.”

Opinião de Maria de Lourdes S. Villela, Diretora do Câmpus – PUCRS,Uru guaiana/RS:

“O Câmpus Uruguaiana da PUCRS entende que a Comissão de Agricultura,Pecuária e Cooperativismo, da ALERGS, desempenhou papel importante na gestão agrícola do Estado, que, tendo vocação centrada na produção animal e vegetal, ocupa posição de relevância no contexto nacional, na produção de alimentos tanto para a comunidade interna do país quanto para exportação.Por outro lado, orgulha -se pelo fato de o Deputado Engenheiro Agrônomo Frederico Antunes, formado pela PUCRS, ter sido presidente da Comis são com a competência que todos reconhecem.”

Opinião de Luiz Belarmindo e José Francisco Pereira, EBRAPA Clima Temperado:

“Pela primeira vez a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo atuou como única e vigorosa instituição de defesa da liberd ade e da justiça no campo, mas também foi dinamizadora das novas tecnologias e participou de todas as iniciativas e projetos estratégicos para o progresso e futuro da agropecuária Gaúcha. Para tal, foi determinante a reconhecida virtuosidade política e a e xcelência de liderança do Deputado Frederico Antune s.”

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ANEXO 1

Reuniões da CAPC em 2001

Nº Assunto Local Data 1 Fiscalização de Sanidade Animal no RS CAPC 02/03 2 Votação de Proposições CAPC 15/03 3 Mecanismos de Comercialização d o Arroz Safra 2000/2001 Agudo 16/03 4 Prejuízos pela Invasão do MST (Monsanto do Brasil) Não-Me-Toque 22/03 5 Crimes de abigeato CAPC 28/03 6 Estratégia de Controle Sanitário na Fronteira com a Argentina Gravataí 29/03 7 Invasão de Fazendas pelo MST CAPC 04/04 8 Controle Sanitário na Fronteira com a Argentina AL 05/04 9 Perspectiva para a Pesquisa Agropecuária AL 11/04

10 Situação Apícola no Estado CAPC 12/04 11 Análise de Novos Focos de Febre Aftosa CAPC 12/04 12 Vitivinicultura Bento Gonçalves 03/05 13 Cargos de Direção do IRGA CAPC 03/05 14 Análise da Cadeia Produtiva do Leite Tucunduva 17/05 15 Criação do Comitê de Combate Febre Aftosa CAPC 23/05 16 Reunião Administrativa CAPC 24/05 17 Febre Aftosa Santa Maria 31/05 18 Análise do Moviment o Grito da Terra Brasil 2001 CAPC 07/06 19 Correção do Solo e ICMS sobre Insumos Agrícolas CAPC 21/06 20 Circuíto Pecuário Sul -Febre Aftosa e Criação de Emas CAPC 28/06 21 Recursos para os Municípios Atingidos com as Chuvas CAPC 09/08 22 Erva-Mate CAPC 16/08 23 OGMs Santiago 23/08 24 Gestão de Recursos Hídricos Esteio 29/08 25 Devolução de Áreas Indígenas AL 04/09

26 Devolução de Áreas Indígenas e Análise da Cadeia Produtiva do Leite

CAPC 13/09

27 Mamona Uma Alternativa Agrícola AL 18/09 28 Demiss ões na ASCAR/EMATER AL 27/09 29 Violência nos Assentamentos CAPC 27/09

30 Alternativas para o Setor Primário – Mamona, Reflorestamento e Floricultura

Camaquâ 28/09

31 Suinocultura AL 03/10 32 Acacicultura Triunfo 04/10 33 Meio Ambiente, Setor Leiteir o e RST 392 Tupanciretã 11/10 34 Demissões na ASCAR/EMATER AL 16/10 35 Pesca e Piscicultura Barra do Quaraí 18/10

36 Fruticultura e Vitivinicultura para a Metade Sul Encruzilhada do

Sul 25/10

37 Perspectivas de Recuperação do Setor Primário S. Francisc o de

Assis 26/10

38 Demissões na ASCAR/EMATER AL 31/10

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39 Perspectivas de recuperação do setor Primário Cruz Alta 01/11 40 Ovinocultura e Seguro Agrícola CAPC 08/11

41 Repercussões da MP 09/2001 -Alongamento das Dívidas Agrícolas.

Alegrete 14/11

42 Perspectivas do Mercado Externo e Interno p/ Carne Gaúcha Jaguarão 22/11

43 Uso do Fogo nos Campos de Cima da Serra S. Francisco de

Paula 24/11

44 Plantio Direto CAPC 06/12 45 Vistorias Realizadas pelo INCRA nas Propriedades Rurais 46

47

48

CAPC – Sala de reuniões da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo. AL – Reuniões realizadas em outras salas da Assembléia Legislativa do Estado.

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ANEXO 2

Reuniões da CAPC em 2002

Nº Assunto Local Data 1 Reestruturação das pautas da CAPC para 2002 CAPC 21/02 2 ARROZ - Mecanismos de Sustentação de Preços; Repercussões da

Medida Provisória 09/2001 e Importações. São Borja 08/03

3 Exame do veto total do executivo ao PL 37/2001 - ICMS - suinocultura.

CAPC 14/03

4 Renovação dos Contratos Emergenciais dos Profissionais de Vigilância Sanitária/Combate Febre Aftosa.

CAPC 18/03

5 Grau de satisfação dos produtores rurais com a EMATER no Estado; CAPC 21/03 6 Barreiras sanitárias com SC; ações do Governo para a m anutenção da

sanidade do rebanho gaúcho; reabertura de mercado. CAPC 27/03

7 Avaliação Execução orçamentária dos projetos prioritários para a agricultura

CAPC 04/04

8 Transgênicos; Lei Agrícola Americana; ALCA - Subsídios Agrícolas; Suinocultura - Financ iamento para Matrizes/UPL.

Santa Rosa 11/04

9 Lavouras de fumo atingidas por bactérias. CAPC 17/04 10 Transgênicos, CAPC 18/04 11 Estação experimental de Encruzilhada . CAPC 02/05 12 Cavalos da raça crioula: AL 14/05 13 Conseqüências da não Renovação da Legislação que concede

incentivos, via ICMS, para o Setor de Carnes. Cachoeira do

Sul 17/05

14 Grau de satisfação dos produtores rurais com a EMATER no Estado. CAPC 28/05 15 Reforma Agrária; Seguro Agrícola; Crédito Agrícola. Passo Fundo 06/06 16 Banana no Litoral Norte do RS, Três Cachoeiras 13/06 17 Vitivinicultura Gaúcha. CAPC 22/06 18 Situação da Suinocultura no RS. CAPC 25/06 19 Homenagem - JOSÉ ANTONIO LUTZENBERGER. CAPC 25/06 20 Instituição da Subcomissão Mista da Suinocultura. CAPC 27/06 21 Apresentação, pelos Candidatos ao Governo do Estado, das propostas

para o setor primário da economia gaúcha. AL 01/08

22 Debate sobre a Suinocultura. Erechim 12/08 23 Lançamento do Livro “ARROZ”, da SÉRIE CULTURAS. Esteio 29/08 24 Audiência - Cadeia Produtiva da Suinocultura; AL 17/09 25 Mercado de Carnes; carne ovina; cadeia produtiva do arroz. Uruguaiana 26/09 26 Suinocultura CAPC 07/11 27 Ovinocultura; Reflorestamento Porto Alegre 14/11 28 Escola do MST - Município de Veranópolis – RS. AL 21/11 29 Relatório Final da subcomissão da suinocultura. AL 28/11 30 Escola do MST Veranópolis 09/12 31 Apreciação do relatório final da Subcomissão Mista da Pesca e da

Piscicultura AL 11/12

32 Análise do desempenho de organismos estatais; Apreciação do relatório final da Subcomissão da Previdência Rural

AL 12/12

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