Como Criar Uma Ranicultura

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Srie Perfil de Projetos

Ranicultura

Vitria, Dezembro/1999

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SUMRIO

Pgina 1- Apresentao 2- Introduo 3- Enquadramento Tcnico do Negcio 4- Projeto 5- Mercado 6- Detalhamento dos Investimentos 7- Aspectos Econmicos e Financeiros 8- Resultados Operacionais 9- Incentivos e Fontes de Financiamento 10- Fontes de Referncia 3 4 5 6 14 16 20 25 29 31

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1- APRESENTAOIniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domnio da atividade que se prope a iniciar. Neste sentido, to importante quanto o conhecimento do ambiente econmico no qual est inserido, sua capacidade gerencial um fator de fundamental relevncia para o bom desempenho do negcio. A Srie Perfil de Projetos tem como objetivo suprir de informaes o empreendedor disposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxlio ao investidor na elaborao de um plano de negcios que deve ser adaptado para cada situao. E este o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas e dar as condies necessrias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bem estruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado. Este trabalho contm informaes sobre o mercado, investimentos necessrios atividade, previso de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversas informaes relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que se pretende atuar, contribuir com eficincia maior para uma tomada de deciso segura e com considerveis perspectiva de sucesso.

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2- INTRODUOAs oportunidades para se investir em um bom negcio no acontecem normalmente ao acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construdas a partir de informaes levantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, necessrio que o investidor faa os seus clculos sobre o quanto ele vai despender, imobilizar, e sobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o cerca, e conseqentemente do risco do negcio, fazer clculos sobre os ganhos esperados da aplicao dos recursos tarefa indispensvel. Esse exerccio de prospeco de um negcio chamado de projeto. Na verdade, um projeto procura sistematizar informaes, trabalh-las e analis-las de tal forma a permitir concluir se determinada deciso de investimento vivel ou no. Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo diferentes nveis de complexidade e detalhamento. A idia bsica de perfil de projeto, que servir de orientao para o presente trabalho, busca simplificar a tarefa de sistematizao de informaes e dos clculos econmicos que serviro de subsdio concluso final sobre a viabilidade do investimento. O perfil aqui apresentado, Anfigranja, Criao e Engorda de R, obedece os roteiros tradicionais de projeto, sem no entanto aprofundar detalhes tcnicos. Serve, dessa forma, como orientao metodolgica e de gesto do processo de tomada de deciso. H uma preocupao com os pr-requisitos necessrios para um bom negcio, como alguns atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a viso prospectiva, alguns aspectos dimensionais do negcio (tamanho, montante de recursos, etc.) e projeo de resultados. bom deixar claro que os nmeros refletem momentos, situaes e locais especficos, o que permite afirmar que para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso no invalida o processo de clculo e as concluses decorrentes. O perfil de projeto reflete uma situao e local genricos. O tamanho, por exemplo, definido pela tecnologia a ser utilizada pela Anfigranja, pelo capital disponvel, e pela rea mnima necessria (terreno mais edificaes) para viabilizar um empreendimento de criao e engorda de rs com as caractersticas tcnicas e operacionais aqui definidas. O presente perfil tem por finalidade mostrar a viabilidade de se estruturar comercialmente uma Anfigranja, unidade de criao e engorda de r, considerando-se os recursos necessrios, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeira parte faz o enquadramento do negcio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de orientao sobre quais variveis ou fatores a serem analisados. J a parte econmica e financeira centra ateno nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto definida pela taxa interna de retorno, pelo tempo mnimo necessrio para a amortizao do investimento e pelo valor presente lquido do fluxo de caixa do empreendimento. Considerando os 16 municpios pesquisados na primeira fase, a indicao da necessidade de uma Unidade de Criao e Engorda de R foi detectada com maior nfase no municpio de guia Branca. Isso no invalida, no entanto, a adequabilidade do projeto para outros municpios ou localidades. As adaptaes que porventura se fizerem necessrias ocorrero por conta das especificidade de cada localidade.

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3- ENQUADRAMENTO TCNICO DO NEGCIO

3-1 TIPO DE NEGCIO Anfigranja (criao e engorda de rs). 3-2 SETOR DA ECONOMIA Primrio. 3-3 RAMO DE ATIVIDADE Agrcola. 3-4 PRODUTOS A SEREM OFERTADOS Carne de r. 3-5 INVESTIMENTO PREVISTO Investimento Total Investimento Fixo Capital de Giro Reserva Tcnica R$ R$ R$ R$ 140.739,06 108.000,00 30.433,39 2.305,67

3-6 FATURAMENTO ANUAL ESPERADO R$ 118.491,00 (cento e dezoito mil, quatrocentos e noventa e um reais). 3.7NDICES DE AVALIAO 31,90% R$25.407,00 18,72% 8,72 25%

Ponto de Equilbrio Valor Presente Lquido (a 15%) Taxa Interna de Retorno (anual) Tempo de Recuperao do Investimento (Pay-Back Time)- Anos ndice de Lucratividade das Vendas

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4- O PROJETO4-1 OBJETIVO O objetivo do presente perfil de projeto sistematizar e trabalhar um conjunto de informaes que permita ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantao de uma Anfigranja, unidade de produo e engorda de rs-touro, destinadas ao consumo humano. 4-2 REQUISITOS DO EMPREENDEDOR O empreendedor geralmente um agente econmico especial, as vezes sonhador, que tem a capacidade de transformar boas idias em um negcio rentvel. importante lembrar que ningum nasce com todas as habilidades desejveis de um empreendedor, ou seja, muitas das caractersticas pessoais positivas so adquiridas ou lapidadas com o passar do tempo, seja pela vivncia, seja por estudo e observao daquilo que acontece no mundo em sua volta. No entanto, sempre aconselhvel que se disponha de um mnimo de conhecimentos gerenciais e tcnicos para levar frente um empreendimento; Dentre os aspectos fundamentais da personalidade desejados de um empreendedor destacam-se: Criatividade : aceitar desafios e buscar solues viveis para o equacionamento de problemas. Liderana: capacidade de inspirar confiana, motivar, delegar responsabilidades, formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idias, ouvir , aceitar opinies, elogiar e criticar pessoas. Perseverana: capacidade de manter-se firme num dado propsito, sem deixar de enxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viveis at mesmo em situaes adversas. Flexibilidade: poder de controle os seus impulsos para ajustar-se quando a situao demandar uma mudana, rever posies estar aberto para estudar e aprender sempre. Vontade de trabalhar: dedicao plena e entusiasmada ao seu negcio com tempo e envolvimento pessoal, lembrando-se que um negcio tocado com inspirao mas tambm com muita transpirao. Auto-motivao: vontade de encontrar a realizao pessoal no trabalho e seus resultados. Formao permanente: capacidade de buscar um processo de permanente atualizao de informaes sobre o mercado no qual ele se insere, tendncias econmicas em todos os nveis, e atualizao profissional sobre novas tcnicas gerenciais.

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Organizao: compreender as relaes internas para ordenar o processo produtivo e administrativo de forma lgica e racional , entender as alteraes ocorridas no meio ambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estas mudanas. Senso crtico: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-os friamente atravs de questionamentos que levem a indicaes de possveis alternativas de soluo.

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O empreendedor necessita possuir um viso global do negcio, que implica tanto o conhecimento do mercado fornecedor, quanto do mercado final, canais de distribuio do produto e regras de convivncia com o mundo dos negcios. importante que o empreendedor defina a sua estratgia de atuao de tal modo a garantir, de um lado, o fornecimento de sua matria-prima e insumos indispensveis, e de outro, um bom convvio com os canais de comercializao. importante, que o futuro investidor no seja levado pelo excesso de otimismo e entusiasmo, com expectativas de rpido retorno financeiro, deixando de lado a real necessidade de um aprofundamento bsico do negcio que se quer atuar, e principalmente, sobre a tecnologia mais apropriada ( fundamental o apoio de um profissional especializado) para o desenvolvimento desse negcio, volume de investimento necessrio e recursos humanos necessrios para sua operacionalizao.

4-3 CONDICIONANTES LOCACIONAIS A viabilidade da implantao de uma Anfigranja, unidade de produo e engorda de r, como de qualquer outro negcio, est condicionada a uma anlise mais detalhada dos aspectos locacionais mais importantes para esta geolocalizao. No caso especfico da Anfigranja, os fatores determinantes de uma boa escolha so aqueles que levam em considerao; primeiro, a topografia do terreno, por questes bvias de custos de implantao e manuteno; em segundo lugar, o isolamento da rea e a ausncia de barulho; em terceiro lugar, a anlise quantitativa e qualitativa da gua disponvel para abastecimento dos tanques do ranrio; e finalmente, as funes determinantes gerais. TOPOGRAFIA A anlise topogrfica indica a escolha de um terreno mais plano e menos acidentado. Estas caractersticas facilitam no s a construo como tambm o acesso virio, assim como a prpria distribuio da gua por todo o ranrio. importante contudo, que o mesmo no se situe em reas sujeitas a inundaes ou enxurradas. Em verdade, uma pequena inclinao de at 5%, seria inclusive aconselhvel, por permitir um melhor escoamento das guas. Deve-se observar um local que se possa aproveitar o mximo a luz solar e seus efeitos, assim como, deve-se tambm procurar reas protegidas de ventos fortes. Com o objetivo de se buscar um melhor posicionamento dos custos variveis, deve-se observar a distncia e a cota entre o ponto de captao de gua, e a localizao do ranrio, de modo que a captao esteja numa cota mais elevada que o ponto mximo do

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nvel de gua dos tanques, a fim de que, todo o processo de abastecimento de gua dos tanques seja feito por gravidade. desejvel que essa etapa de localizao seja acompanhada e assistida por um topgrafo para a demarcao em local ideal, das diversas reas onde sero implantadas as obras civis do ranrio.

AUSNCIA DE BARULHOS extremamente recomendvel que a rea escolhida fique longe de fontes emissoras de barulhos fortes, porque as rs so bastante susceptveis a este tipo de varivel, alterando seu comportamento inclusive reprodutivo e alimentar.

GUA Uma Anfigranja demanda gua de boa qualidade, porm no to exigente na quantidade. Uma UMP, Unidade Mnima de Produo, tem um consumo mnimo de 10.000 litros por dia. As guas para as rs no devem ser nem muito cidas nem muito alcalinas, mas com um pH entre 6,5 e 7,2 (ideal pH = 7). Para as rs o pH cido menos perigoso do que o pH alcalino. Resumindo, a gua para as rs deve ser farta, doce, limpa, com pH entre 6,5 e 7,2 , contendo 5 a 10 mg de oxignio por litro; temperatura mdia entre 22 a 30 graus Centgrados em mdia. importante lembrar que, guas de temperaturas mais frias retardam a metamorfose, que se realiza entre 3 e 4 meses com a gua a uma temperatura entre 21 e 27 graus centgrados, prolongando para algo entre 6 a 10 meses em guas de temperatura variando entre 15 e 17 graus centgrados. Muitas vezes, estes condicionantes so usados como estratgicos para retardar propositadamente um ou mais lotes de ovos e larvas em processo de metamorfose.

DETERMINANTES GERAIS Outros fatores que devem ser levados em considerao para a escolha do local de instalao de uma Anfigranja so: existncia de uma infra-estrutura mnima de rede de energia eltrica; estradas de acesso em bom estado de conservao; relativa proximidade dos mercados consumidores; condies climticas minimamente favorveis, com alta umidade relativa do ar, baixa altitude, e se possvel, ausncia de poluio de gua e ar. Este ltimo item muito importante, pois deve-se evitar a localizao de ranrios prximos de lavouras ou plantaes que sejam pulverizadas com defensivos agrcolas, inseticidas ou outros produtos qumicos que matem os insetos, ou que os contaminem, e por conseqncia, contaminem as prprias rs.

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4-4 PROCESSO PRODUTIVO 4-4-1 O FLUXOGRAMA REPRODUO

ECLOSO

GIRINAGEM

ENGORDA

ABATE

EMBALAGEM/ARMAZENAGEM

COMERCIALIZAO 4-4-2 A ESCOLHA DA ESPCIE Dentre as vrias espcies de rs existentes a escolha deste perfil recai sobre a chamada r-touro gigante, Rana Catesbeiana, originria das Montanhas Rochosas da Amrica do Norte, e que possui diversas vantagens sobre as demais em exploraes comerciais. Entre estas vantagens podemos citar: o desenvolvimento rpido, a prolificidade (produzindo acima de 3.000 ovos j na primeira desova e podendo chegar at a 20.000 ovos aps trs anos), a precocidade reprodutiva (atingindo a maturidade sexual com 1 ano e 250 gramas de peso e capacidade reprodutiva de 10 anos), e sua excelente adaptao ao clima brasileiro, podendo ter at dois ciclos reprodutivos por ano. Finalmente, e de grande importncia, talvez a espcie de r que conta hoje com o maior nmero de pesquisas, em laboratrios e em campo, visando o seu melhor conhecimento para aplicao em fins comerciais.

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DESCRIO DO PROCESSO

O processo de criao e engorda de rs relativamente simples, consistindo basicamente na Reproduo, Ecloso, Girinagem, Engorda, Abate, Embalagem/Armazenagem e Comercializao. Segundo estudos da Universidade Federal de Viosa, e de acordo com o interesse, mercado, e capacidade de investimento do empreendedor em potencial, uma Anfigranja poder apresentar os seguintes aspectos (tamanhos e tipologia): Unidade Mnima de Produo, UMP; Mdulo de Produo, MP; Produo Integrada, PI; e Microunidade Produtiva, MIP. De acordo com essas mesmas pesquisas uma UMP constitui-se na infra-estrutura indicada para o pequeno criador. Uma UMP tem capacidade para abrigar

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20.000 rs at o ponto de abate, e produo de 2 toneladas de carne por ano, com rea construda de 600 metros quadrados. O MP trabalha com capacidade de abrigar 200.000 rs, 20 toneladas de carne por ano, e rea construda de 4.000 metros quadrados. Desta forma para o estudo do presente perfil optou-se com trabalhar com a Unidade Mnima de Produo - UMP. REPRODUO O setor de Reproduo de uma UMP consiste de duas reas distintas, uma de Mantena e outra de Acasalamento, compreendendo aproximadamente 42 m2. As baias de Mantena, se destinam a abrigar os reprodutores durante todo o ano. Nessas baias feita uma separao fsica entre baias para as rs machos e as fmeas. A densidade populacional tecnicamente aceita, de 10 rs por metro quadrado. Como o nmero de casais recomendado para uma UMP 10, conclui-se que esta rea deve ter 2 metros quadrados de rea. As baias de Acasalamento tem a funo de abrigar os casais por um mximo de 5 dias, prazo para o acasalamento. Em geral, no h necessidade de se manter os animais por perodo superior a esse, visto que hoje, existe tecnologia de fcil acesso que realiza a induo da desova com o uso de hormnios reprodutivos. Em uma UMP talvez no se justifique uma construo especfica para o acasalamento, podendo se for o caso, usar os tanques de girinos para realizar o acasalamento, com a manuteno apenas de uma lmina de gua de 20 a 30 centmetros de profundidade. Aps o acasalamento as rs voltam para as baias de Mantena. ECLOSO Nesta etapa as desovas so retiradas das baias de Acasalamento com uma peneira fina, colocadas em vasilha plstica bem limpa, e conduzidas para os tanques de girinos. Nesses tanques, as desovas devem ser colocadas em um quadro flutuante de madeira de medida em torno de 50 cm por 50 cm, com uma tela de nilon com malha de 2 mm. Esses quadros devem ser mantidos de maneira que, as desovas fiquem submersas, e com boa aerao, durante todo o perodo de ecloso das larvas, mais ou menos uns 10 dias. Com a ecloso, as larvas das rs comeam a sair dos quadros, e passam a povoar os tanques de girinos. Nesses primeiros dias no deve ser fornecido qualquer suplementao alimentar, visto que a larva absorve s se alimenta de seu saco vitelino. Somente quando for notado movimentao ativa dos girinos nos tanques, que se inicia sua alimentao externa. GIRINAGEM O setor de girinos semelhante queles utilizados na criao de peixes em cativeiros. formado por tanques de fibrocimento de 1.000 litros cada, ou, por tanques de alvenaria construdos dentro de tcnicas que permitam um melhor manuseio dos girinos, renovao da gua e limpeza de seu fundo. No caso de produo de Rs-touro, uma UMP necessitaria nesse setor de cerca de 30 tanques de 1.000 litros cada, com entrada e sada de gua independente, sendo que os tanques devem ser mantidos a uma altura de mais ou menos 20 centmetros do solo, preferencialmente sem contato com o mesmo, com rea total de cerca de 64 m2. importante lembrar que tecnicamente o produtor pode, e em alguns casos aconselhvel, retardar o processo de metamorfose dos girinos, dependendo de necessidades e desejos especficos, como por exemplo interromper a formao de excedentes em picos de desova. Por esse processo, os girinos que recebem o manejo especfico com gua a uma temperatura entre 15 e 17 graus centgrados, e depois so aproveitados. Depois do desaparecimento das branquias externas, o girino

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inicia a fase de crescimento (G1), movimentando-se de forma acentuada nos tanques, a procura de alimento. Inicia-se a o suprimento alimentar dos mesmos, que deve acompanhar os dados do quadro 01 abaixo, obtidos a partir de pesquisas realizadas na Universidade de Viosa, com a r-touro e em sistema de Anfigranja. Quadro 1 ndices tcnicos de consumo alimentar de 1.000 girinos de rs-touro Peso (g) Consumo dirio (g) Proporo Mnimo Mximo Consumo % Mnimo Mximo Mdio Larva 6 10 ----G1 10 200 10 0,6 20 10,3 G2 200 1.000 8 20 80 50 1.000 2.000 7 80 140 110 2.000 3.000 6 140 180 160 G3 3.000 4.000 5 180 200 190 4.000 5.000 4 200 200 200 5.000 -3 150 -75 G4 5.000 -----Fonte : A Criao de Rs, Samuel Lima e Cludio Agostinho, Ed. Globo. Fase

ENGORDA No processo de criao intensivo de r, chamado Anfigranja, o setor de engorda de fundamental importncia. Os animais devero ali permanecer at atingir o peso mnimo de abate, ou seja 110 gramas. So observadas trs distintas fases nesse setor: a fase inicial, a fase de crescimento e a chamada fase de terminao. A fase inicial, classificada abrangendo os animais de imagos at alcanar 30 gramas. Nessa fase registrado acelerado processo de crescimento, consumindo por dia cerca de 10% de sua massa corporal. Na fase de crescimento, que compreende de 30 a 80 gramas, as rs crescem muito porm engordam menos. Nessa fase gradativamente reduzida o arraoamento, at que a relao entre consumo de alimento e massa corporal, chegue a 5%. A ltima fase, chamada terminal, as rs tanto crescem quanto ganham peso, sendo caracterstico de animais com peso superior a 80 gramas, conforme quadro 02. Para uma UMP o setor de engorda deve medir aproximadamente 400 m2.

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Quadro 2 ndices tcnicos de consumo alimentar de rs-touro Fase Peso (g) Consumo dirio (g) Proporo Mnimo Mximo Consumo % Mnimo Mximo Mdio Inicial 2 10 12 0,2 1,2 0,7 10 20 11 1,2 2,2 1,7 20 30 10 2,2 3 2,6 Crescimento 30 50 0 3 4 3,5 50 65 8 4 5,2 4,6 65 90 7 5,2 6,3 5,75 Terminao 90 110 6 6,3 6,6 6,45 110 150 5 6,3 7,5 6,9 Reprodutor 150 -