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Como - urantiagaia.org · dos Povos p ela lma do F uteb ol 21 3.1 Intr o du c~ ao e A gr ade cimento. 21 3.2 F undamenta c~ ao e r az~ oes p ar a o pr ojeto. 22 3.3 O F en^ omeno

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3.8 Como se distribuiriam os re ursos? . . . . . . . . . . . 413.8.1 Projetos de ^ambito humanit�ario . . . . . . . . . 41

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Valores Humanos e a Uni~ao dos Povos

A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol

Carlos Leite da Silva

Sum�ario1 Valores unem os povos 12 Judeus, Palestinos e os valores humanos 32.1 Yussuf e a esperan� a de uni~ao . . . . . . . . . . . . . . 32.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporte . . . . . . . . . . 82.3 Projeto esperan� a de paz . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.4 Cultivando valores nas rian� as . . . . . . . . . . . . . 172.5 Futebol motivando l�agrimas de esperan� a . . . . . . . . 183 A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol 213.1 Introdu� ~ao e Agrade imento . . . . . . . . . . . . . . . 213.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projeto . . . . . . . . . 223.3 O Fen^omeno Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273.4 A Alma do Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303.5 Estandartes dos Atributos da Alma do Futebol . . . . . 323.6 Exemplos de atributos da alma . . . . . . . . . . . . . . 343.6.1 Irmandade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.6.2 For� a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353.6.3 Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353.6.4 Paz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363.6.5 O Futebol tem Alma e a Alma riou o Futebol . 363.6.6 Vis~ao de um pormenor do Campeonato . . . . . 373.7 Um jogo para a obten� ~ao dos re ursos . . . . . . . . . . 40i

4 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSest~ao dif�� eis . . . n~ao podemos lhe dar um presente. Melhores temposvir~ao. Deus �e grande". Reparou que o olhar do pai brilhou, molhado,enquanto virava a ara para se es onder. Sentiu pena do pai e repetiu:\Deus �e grande", apete endo-lhe abra� �a-lo om o amor que lhe tinha,mas j�a era um homem e, portanto, onteve-se, enquanto repetia emsua mente \Deus �e grande!"Durante aqueles quinze dias vinha dizendo para si pr�oprio que j�aera respons�avel e adulto, que era uma rian i e, que s�o um beb^e mi-mado �e que poderia � ar triste por n~ao ter um presentinho no seuanivers�ario. Mas, ao longo desse tempo, ome� ou a per eber que n~aoera essa verdadeiramente a sua tristeza. Sua pena, sua tristeza, que �asvezes era raiva e dor, revolta e zanga, era ver o on ito, a guerra e omedo impregnando as ruas de sua idade, pairando sobre a sua na� ~ao,penetrando as paredes fr�ageis de sua asa, amea� ando permanente-mente quem ele amava. N~ao havia d�uvida: Yussuf estava se tornandoadulto.Hoje, por�em, Yussuf estava radiante.Entrou de rompante em asa, hamando \Pai! Pai!". Em doispassos irrompeu na modesta sala, que era usada para as refei� ~oes no h~ao, vendo o pai in linado sobre o pequeno r�adio, onde absorvia asnot�� ias.- Diga, Yussuf - respondeu o pai, sa udido do seu torpor. - Ent~aon~ao se tiram os hinelos? - repreendeu, mas num tom divertido porquenaquele momento, de t~ao empolgado que vinha, o �lho era omo umpequeno sol que lhe entrava pelo asebre de pou as e diminutas janelas.- Ou� a, papai! Antes de mais quero dizer que vo ^e j�a me tinhaofere ido o presente de anivers�ario h�a seis meses.- Ah �e?! Como assim?!- Quando vo ^e me levou nas f�erias �a asa do tio. Primeiro, adoreia viagem, depois foi muito bom voltar a ver meus primos e, ainda

11 Valores unem os povosLISTA DE EXEMPLOSDEATRIBUTOS DA ALMA

1 Verdade 2 Salva� ~ao 3 Auto ontrolo4 Cumprimento 5 Vit�oria 6 Coordena� ~ao7 Confortamento 8 Equidade 9 Assump� ~ao10 As ens~ao 11 Logro 12 Temperan� a13 Tranquilidade 14 Obedi^en ia 15 Justi� a16 Dis ernimento 17 Unidade 18 Impessoalidade19 Altru��smo 20 Perfei� ~ao 21 For� a22 Retid~ao 23 Intui� ~ao 24 Vontade25 A�rma� ~ao 26 Amizade 27 Aspira� ~ao28 Vitalidade 29 Paz 30 A� ~ao31 Raz~ao 32 Transmuta� ~ao 33 Pa i^en ia34 Re on ilia� ~ao 35 Compreens~ao 36 Uni~ao37 Gl�oria 38 Comuni a� ~ao 39 Sabedoria40 Subministro 41 Transforma� ~ao 42 Alegria43 Consagra� ~ao

2 1 VALORES UNEM OS POVOS44 A eita� ~ao 45 Comunh~ao 46 Harmonia47 Complementa� ~ao 48 Criatividade 49 Liberta� ~ao50 Contentamento 51 Vibra� ~ao 52 Entrega53 Adora� ~ao 54 Pureza 55 Outorgamento56 Const^an ia 57 Presen� a 58 Feli ita� ~ao59 Inspira� ~ao 60 Perseveran� a 61 Fortaleza62 Considera� ~ao 63 Consuma� ~ao 64 Con entra� ~ao65 Bus a 66 Vis~ao 67 Determina� ~ao68 Valor 69 F�e 70 Toler^an ia71 Hospitalidade 72 Intelig^en ia 73 Expans~ao74 Bondade 75 Inten� ~ao 76 Conselho77 Clareza 78 Compaix~ao 79 Assist^en ia80 Entendimento 81 Piedade 82 Miseri �ordia83 Conhe imento 84 Atrevimento 85 Realiza� ~ao86 Perd~ao87 Trans end^en ia 88 Servi� o 89 Reden� ~ao90 Eleva� ~ao 91 Ultima� ~ao 92 Agrade imento93 Persuas~ao 94 Exist^en ia 95 Caridade96 Sustenta� ~ao 97 Lealdade 98 Liberdade99 Balan� o 100 Fidelidade 101 De is~ao102 Revela� ~ao 103 Aten� ~ao 104 Ordem105 Justi� a 106 Ilumina� ~ao 107 Inter ^ambio108 ^Extase 109 Igualdade 110 Cons i^en ia111 Re ep� ~ao 112 Irmandade 113 Vera idade114 B^en� ~ao 115 Sana� ~ao 116 Compensa� ~ao117 Reverbera� ~ao 118 Beleza 119 Compartilhar120 Responsabilidade 121 Esperan� a 122 Dire� ~ao123 Media� ~ao 124 Trabalho 125 Versatilidade126 Coragem 127 Progresso 128 Gra� a129 Oportunidade

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130 Congru^en ia 131 Poder 132 En ontro133 Fus~ao 134 Confraternidade 135 Mestria136 Tena idade 137 Conse u� ~ao 138 Prosperidade139 Produtividade 140 Equil��brio 141 Presen� a142 Prote� ~ao 143 Equanimidade 144 Luz145 Abund^an ia 146 Feli idade 147 Hospitalidade148 Gozo 149 Prioridade 150 Bem-Estar151 Esfor� o 152 Rendimento 153 Amor154 Submiss~ao 155 Humildade 156 Propriedade157 A�nidade 158 Firmeza 159 Loqua idade160 Habilidade 161 Destreza 162 Con�abilidade163 Verbo 164 Aud�a ia 165 Sublima� ~ao166 Arte 167 Ci^en ia 168 Honestidade169 Honra 170 Ini ia� ~ao 171 Sanidade172 Resolu� ~ao2 Judeus, Palestinos e os valores humanos2.1 Yussuf e a esperan� a de uni~aoYussuf estava radiante. Ainda nem h�a quinze dias havia a��do numatristeza t~ao profunda que lhe pare ia que os treze anos lhe tinhamapagado n~ao s�o a inf^an ia omo a luz de viver. Ansiava ser j�a umhomem, e do alto dos seus longos 13 anos j�a se a hava um homem.Era agora a brin adeira preferida dele: ser homem. Por isso at�e serevoltava um pou o ontra si pr�oprio ao per eber que sua tristeza tinha ome� ado pre isamente no seu anivers�ario. A m~ae tinha-o abra� ado om um olhar heio de amor e pena, enquanto o pai, abisbaixo, quasen~ao podendo olh�a-lo nos olhos, lhe dizia: \Filho, vo ^e sabe que perdio emprego, sabe que n~ao me autorizam a ir ao outro lado . . . os tempos

8 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSalegre envolvimento de Yussuf ou se deveria dar ouvidos ao que talvezfosse uma vozinha long��nqua da pr�opria esperan� a da sua alma quequereria vibrar a rebate daquela \Esperan� a da Uni~ao de Todos".2.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporteYoshua sentia-se ansioso, meio alheado da grande onfus~ao sonorados alunos irrequietos que se apinhavam no sal~ao prin ipal multiu-sos da es ola de seu �lho Natanael. Relembrou, om uma pontadade ang�ustia, omo Miriam, sua �lha mais velha, tinha rebentado eml�agrimas quando Natanael, na noite anterior, dissera que os ven edo-res interes olas iriam jogar om os ven edores do \outro lado" e queele iria fazer o m�aximo para ter essa oportunidade. Sentiu o ora� ~aooprimido ao lembrar-se do grito in ontido da dor de Miriam: \Vo ^evai estar om esses bandidos, esses monstros sem ora� ~ao?", e fugiuda sala num horo onvulsivo, om a m~ae orrendo atr�as dela.H�a dois anos, o namorado de Miriam tinha morrido num ataquesui ida terrorista. Era j�a omo um �lho para eles, a dor ontinuavamuito viva. Humede eram-se-lhe os olhos enquanto pensava: \Mastamb�em �e a dor que me traz aqui . . . ou talvez que j�a hega de tantodoer . . . ome� ar�a aqui uma nova oportunidade?"Natanael entregava-lhe essa esperan� a. Sorriu para o �lho enquantopensava omo era estranho que Natanael n~ao pare ia envolvido nessa adeia de �odios sem remiss~ao. Pare ia passar ao lado, n~ao da dor,porque v�arias vezes o tinha visto horar pelos a onte imentos que osatingiram diretamente e pelos que ontinuavam a a igi-los nesse dia-a-dia t~ao arregado de perspe tivas de medo e morte. Seria talvez oresultado de Yoshua sempre ter lidado pro�ssional e pessoalmente ompalestinos e sempre ter in entivado seu �lho a brin ar om as rian� aspalestinas. De erto que isso tinha levado Natanael a sentir-se rian� ano meio de rian� as, pessoa no meio de pessoas, e n~ao um superior ouum inferior que tinha que lutar ontra o seu oponente por raz~oes que2.1 Yussuf e a esperan� a de uni~ao 5por ima, o meu tio Ibrahim ter televis~ao a abo, n~ao h�a palavras:pudemos ver a opa do mundo de futebol! N~ao onsigo pensar emmelhor presente!Hassan sorriu, om a dor e preo upa� ~ao aliviadas pela alegria do�lho. \Deus �e miseri ordioso!", pensou.- E ent~ao? O que deixou vo ^e agora t~ao alegre?- �E que na es ola o professor nos falou de uma atividade espeta ular,um projeto que vai ser feito agora em todas as es olas . . . e ele disseque vai ser feito nas es olas daqui e nas do outro lado tamb�em!Hassan perdeu o sorriso, uma leve sombra o upou-lhe os olhos.- Explique l�a isso, meu �lho . . .- Vo ^e se lembra da opa do mundo de futebol? Se lembra deque ada equipe, ada pa��s, defendia um . . . omo �e que eles diziam?. . . atributo . . . �e isso . . . um atributo da alma do futebol, que era umatributo da alma dos homens?- Sim, Yussuf . . . - disse o pai, om algum desalento, onde se es on-diam opini~oes ontradit�orias, t~ao de�nidas omo onfusas, sobre o queele tinha visto dessa hist�oria dos atributos da alma na �ultima opamundial.- Pois �e, papai, as es olas v~ao fazer uma oisa pare ida ou igual,tanto as nossas omo as de l�a, do outro lado . . .- Hm . . .- . . . e depois os ven edores das nossas es olas v~ao jogar om osven edores deles! . . .A�� a sombra nos olhos de Hassan arregou-se ainda mais, enquantobaixava o olhar ao peso de apreens~oes om que n~ao queria atalhar oentusiasmo do seu �lho.- Tretas! - soltou Ahmed, irm~ao de Yussuf, om a irrever^en ia dos

6 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSseus 15 anos militantes, saindo do seu quarto, de onde es utara a onversa.- Ah �e?! Ent~ao veja isto . . .Yussuf puxou da sa ola remendada pelo esmero da sua m~ae e retirouum pano uidadosamente dobrado. Abriu-o sa udindo-o. Era uma t-shirt verde om letras de um bran o reluzente na semiobs uridade dasala. As letras diziam:\UMA S�O NAC� ~AO: A TERRAUMA S�O RAC�A: A HUMANIDADEUMA S�O L�INGUA: O AMORUMA S�O MOEDA: O SERVIC�O"- A es ola deu-me esta t-shirt e o professor disse que elas, om estaspalavras, est~ao sendo feitas e entregues em es olas de todo o mundopara os alunos fazerem seus pr�oprios ampeonatos de futebol . . .Virou a t-shirt.- Temos aqui este espa� o para es revermos o atributo que vai sersorteado �a minha turma. Os n�umeros tamb�em somos n�os que pomos,a ima desta frase.E apontou onde dizia\O MUNDO ENTREGA A ESPERANC�A DA UNI~AO DETODOS �A PALESTINA"Ahmed, o irm~ao, interpelou-o brus amente:- Espera l�a! . . . as amisolas em todo o mundo dizem isto!? . . . istoda Palestina!? . . .Yussuf riu.

2.1 Yussuf e a esperan� a de uni~ao 7- N~ao! O professor expli ou que para quem vive na Fran� a apare eFran� a em vez de Palestina, e o mesmo a onte e em todos os outrospa��ses . . . ada um em sua pr�opria l��ngua.- Ent~ao vo ^e quer dizer que em Israel apare e \O Mundo entregaa Esperan� a da Uni~ao de Todos a Israel"? - soltou Ahmed om umagargalhada for� ada. - Oh oh, estamos bem tramados se o mundodepende de Israel . . . l�a se vai a Esperan� a . . .Yussuf n~ao esmore eu.- O professor tamb�em expli ou por que foi es olhida esta frase.Lembram-se do que dizia aquele estandarte no in�� io de todos os jogosda opa mundial?- \A Uni~ao de Todos �e a Alma do Futebol". - disse Hassan, pausa-damente, dando uma entoa� ~ao algo solene, enquanto Ahmed pare iamais a autelado nas suas rea� ~oes, ao sentir a aten� ~ao res ente e in-teressada do pai.- E lembram-se de qual era o estandarte do pa��s que ven eu a opa,o atributo que ele representava?- Esperan� a . . . - desta vez foi Ahmed quem falou, a meia-voz.- Pois �e por isso que a t-shirt fala da \Esperan� a da Uni~ao deTodos". A equipe ven edora da Ta� a da Uni~ao representava a Espe-ran� a. Por isso at�e a pr�oxima opa estes ser~ao quatro anos dedi ados�a Esperan� a da Uni~ao dos Povos. �E bonito, n~ao �e?!Hassan e Ahmed s�o onseguiram assentir om leves gestos a�rma-tivos de abe� a, � ando emude idos num omplexo de sentimentos.- Pai, o professor tamb�em disse que todos os familiares dos alunosque quisessem estavam onvidados a irem assistir a uma reuni~ao ondeexpli am o projeto, amanh~a �as nove horas da manh~a . . . vo ^e quer ir?- Vou tentar, Yussuf . . . vou tentar - Hassan estava tendo um ligeirovislumbre do al an e de tudo aquilo. Perguntou-se se seria somente o

12 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOS\O MUNDO ENTREGA A ESPERANC�A DA UNI~AO DETODOS A ISRAEL"- Lembram-se que no ampeonato mundial, nesta fa e da bola, s�oestava a primeira frase, \A Uni~ao de Todos �e a Alma do Futebol",mas, no que respeita a esta nova bola distribu��da para este projeto, foiinserida a segunda frase. Talvez alguns dos seus �lhos j�a lhes tenhamexpli ado omo surgiu esta segunda frase: a equipa ven edora da opaera portadora do estandarte que tinha o atributo da Esperan� a, e omo o ampeonato �e inspirado e dedi ado �a Uni~ao de Todos, todasas na� ~oes, todos os homens, surge esta Esperan� a da Uni~ao de Todos.Ou seja, durante estes quatro anos �e este o ideal que sustenta e dirigetodos os projetos humanit�arios da FIFA. A ins ri� ~ao tamb�em nos dizque o mundo nos entrega a n�os, Israel, esta Esperan� a da Uni~ao deTodos os Povos. Isto �e o mesmo que dizer que entrega a ada um dosisraelenses a Esperan� a da Uni~ao de todos os homens, israelenses e n~aoisraelenses. O que s~ao as na� ~oes sen~ao os homens que as onstituem?Se n~ao houvesse um israelense n~ao haveria Israel, s~ao as nossas almasque omp~oem a alma de Israel. Agora, esta entrega da Esperan� a daUni~ao que o mundo faz a Israel est�a sendo feita pelo mundo a ada umadas na� ~oes do planeta, ou seja, a ada um dos homens dessas na� ~oes.Ent~ao, se mesmo que n~ao seja poss��vel a algu�em gastar dinheiro nasapostas, de erto lhe ser�a poss��vel, se assim o de idir, ter presente emseu pensamento, nas suas emo� ~oes e suas a� ~oes tentar viver o dia-a-diano esp��rito da Esperan� a da Uni~ao de todos. Esta seria a sua maisvaliosa d�adiva ao mundo, mais que o dinheiro que possa doar no jogode apostas ou de qualquer outra forma.- Talvez se re ordem de alguns dos outros atributos da alma queforam manifestados na opa do mundo: por exemplo, a Harmonia, aPaz, a Irmandade, a Amizade, a Sabedoria. Ou seja, se n~ao tivessesido o ven edor a Esperan� a, provavelmente estar��amos agora vendo aPaz da Uni~ao de todos, ou a Sabedoria da Uni~ao de todos, n~ao �e? Uma oisa �e erta: que �e a Esperan� a da Uni~ao sen~ao a Sabedoria da Uni~ao2.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporte 9n~ao eram naturais, raz~oes das quais se tinha perdido verdadeiramenteo �o �a meada: a uns interessava pensar que a oisa tinha ome� ado noovo sendo eles a galinha, e aos outros vi e-versa. \Mas que interessaisso", pensava Yoshua, \se estes pequenos homens que ome� am agoraa vida nada t^em a ver om isso? �E uma guerra t~ao antiga e est�upidaque s�o espero que estas rian� as nos redimam e nos urem".Vinha �a reuni~ao om muita expe tativa. O que Natanael lhe haviatransmitido tinha-o entusiasmado. O projeto da FIFA j�a lhe tinhapare ido inestim�avel, h�a uns meses atr�as, quando viu a opa mundialde futebol. \N~ao h�a d�uvida: o mundo est�a doente e �e ne ess�aria eurgente qualquer perspe tiva de ura . . . " E o que se passava desde h�atanto tempo nas pr�oprias ruas e idades de Israel e da Palestina eramferidas expostas, sangrando sem parar, aparentemente sem solu� ~ao �avista.Por isso ele tinha vibrado t~ao intensamente om as mensagens da opa mundial e tinha orado para que essas mensagens viessem a de-sen adear altera� ~oes na humanidade . . . E, subitamente, surgia agoraesta hist�oria das es olas. Yoshua estava suspenso na expe tativa e ma-ravilhado om a vis~ao demonstrada pela FIFA, porque na realidadetudo ome� a na edu a� ~ao.Surgiu meia d�uzia de professores que se sentaram atr�as da mesa o-lo ada no estrado, no n��vel superior da enorme sala. Um deles avan� oupara frente da mesa, mais perto do p�ubli o, enquanto o vozerio se iaa almando at�e hegar a um sil^en io atento.- Senhoras, senhores, alunas, alunos . . . omo muitos saber~ao, o quev~ao ouvir agora nesta sala, nesta es ola, est�a sendo dito ao longodestes pr�oximos dias em todas as es olas de Israel. Mas o que muitosn~ao saber~ao �e que, tamb�em ao longo destes pr�oximos dias, isto estar�asendo transmitido por professores e agentes edu ativos em es olas detodo o mundo.- O projeto que vamos des rever �e promovido globalmente pela

10 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSFIFA, em onjunto om as mais diversas institui� ~oes estatais e priva-das dentro de ada na� ~ao do planeta.- O projeto hama-se \A UNI~AO DE TODOS PELA ALMA DOFUTEBOL". De erto notar~ao a similitude om o que presen i�amosna �ultima opa mundial de futebol, a qual de orreu sob a �egide \AUNI~AO DOS POVOS �E A ALMA DO FUTEBOL".- Este projeto de orre em duas vertentes b�asi as: por um lado �eum projeto edu ativo; por outro lado �e um promotor de a� ~oes hu-manit�arias. Es olho ome� ar pela exposi� ~ao da segunda vertente: asa� ~oes humanit�arias. Para n~ao ser demasiado exaustivo e t�e ni o, desdej�a informo que temos boletins informativos �a disposi� ~ao daqueles quequeiram saber omo ser~ao entralizadas, geridas e distribu��das todasas re eitas geradas pelo projeto. Para j�a e aqui s�o digo que as re eitasser~ao geradas por jogos de apostas, �a semelhan� a do que a onte eudurante a opa mundial, e tamb�em pela venda de quaisquer artigosque os alunos queiram riar �a volta destes on eitos. Uma per enta-gem das re eitas ser�a entregue ao or� amento de ada es ola relativa �aqual foram feitas as apostas; outra parte ser�a distribu��da pelos ven e-dores das apostas e o valor restante ser�a enviado para a gest~ao entral,onde, a partir da��, ser�a analizado para os pontos do planeta mais a-rentes de re ursos, na forma de medi amentos, alimenta� ~ao e materiaisedu ativos.- Toda a omunidade est�a onvidada a parti ipar neste jogo de apos-tas. V~ao ver que, al�em de poderem preen her os boletins de apostasna pr�opria es ola, tamb�em poder~ao fazer isso em qualquer institui� ~aoban �aria, onde os pagamentos das apostas s~ao imediatamente reverti-dos para uma onta aberta para o efeito. Isto �e poss��vel gra� as a um onv^enio estipulado entre a FIFA e esses ban os.- Agora vamos l�a ver omo �e este jogo. Sr. Ezra, por favor, podeligar o retroprojetor? Espero que esteja vis��vel para todos.- Penso que muitos se lembrar~ao do jogo de apostas que foi emitido2.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporte 11em todo o mundo previamente �a realiza� ~ao da fase �nal da �ultima opa mundial de futebol. Como sabem, foram geradas re eitas sim-plesmente astron^omi as, que est~ao atualmente sendo usadas em in-terven� ~oes humanit�arias em regi~oes ne essitadas. E, meus amigos,saibam desde j�a que este projeto que agora expli o �e devido substan- ialmente a essas re eitas. Os equipamentos de futebol que os seus�lhos lhes mostraram em asa s~ao resultado direto de todo este mo-vimento. Nos asos em que os agregados familiares se defrontam omn��tidas di� uldades �nan eiras foi determinado tamb�em ofere er t^enise huteiras, al�em das t-shirts e al� ~oes que foram entregues a todos.De a ordo om a dimens~ao de ada es ola, tamb�em est~ao sendo ofere- idas aos estabele imentos de ensino as bolas da FIFA, omo esta quetenho aqui.O sr. Ezra fez apare er o primeiro diapositivo na parede do fundo,que fun ionava omo tela, enquanto o orador se dirigia �a mesa ondeoutro professor lhe entregou uma bola.- Como podem ver, �e exatamente igual �a bola usada na opa mun-dial, in lusive tem aqui as ins ri� ~oes que vimos nessa altura.Na tela, a imagem ampliada da bola mostrava a todo o audit�orio aj�a famosa ins ri� ~ao:\UMA S�O NAC� ~AO: A TERRAUMA S�O RAC�A: A HUMANIDADEUMA S�O L�INGUA: O AMORUMA S�O MOEDA: O SERVIC�O"- Sr. Ezra, por favor, passe para o segundo diapositivo. Na outrafa e da bola vemos outra ins ri� ~ao:\A UNI~AO DE TODOS �E A ALMA DO FUTEBOL"

16 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOS edores palestinos e os israelenses, omo sinal da Esperan� a dos doispara o bem-estar das gera� ~oes presentes e vindouras.\O que foi proposto pela FIFA, se ada es ola o quiser e omoentender fazer, foi que o assunto do projeto fosse interdis iplinar, isto�e, aproveitar-se esses on eitos dos atributos da alma em todas asdis iplinas que �zesse sentido os alunos aprofundarem o assunto, fosseem �loso�a, fosse no estudo das l��nguas, da religi~ao, nas dis iplinasligadas �a arte e trabalhos o� inais, en�m, onde quer que os alunospudessem explorar os seus mais profundos desejos e anseios de vidae ser. Por outro lado, h�a tudo o que diz respeito diretamente aopr�oprio ampeonato interturmas e interes olas, omo, por exemplo, a ria� ~ao e onstru� ~ao dos estandartes e logotipos, os quais seriam daresponsabilidade riativa dos alunos.\Depois de os alunos de idirem os atributos a representar, a es olaj�a estar�a em ondi� ~oes de emitir os seus boletins do jogo de apos-tas porque, omo podem ver, j�a faz parte do jogo apostar a qual dasturmas vai orresponder ada um dos atributos. Ali�as, alguns prova-velmente se lembram que tamb�em foi este o pro esso usado pela FIFAna opa do mundo, quando, na erim�onia do sorteio da distribui� ~aodas dezesseis equipes pelos quatro grupos, tamb�em se sortearam osatributos que ada uma representaria no ampeonato.\Obviamente, esta es ola j�a de idiu que avan� a om este projetoe estamos felizes por ver o entusiasmo om que as nossas rian� asreagiram a isto. A mensagem est�a passada. Que tanto os alunos omo os pais se divirtam om tudo isto, om este grande jogo que ser�aplanet�ario, e �quem desde j�a ontando que todos os anos teremos estaoportunidade, se Deus assim o quiser e se os homens assim de idiremes olher."

2.3 Projeto esperan� a de paz 13ou a Irmandade da Uni~ao? Sem a Amizade, sem a Harmonia, sema Sabedoria, n~ao h�a Esperan� a. �E maravilhoso e m�agi o, vemos quetodos os atributos existem ontidos em ada um deles. Mas ada umdeles tem um sabor e uma or diferentes e �e nesta Esperan� a da Uni~aode todos que somos agora onvidados a on entrar-nos. O mundo est�anos olhando, omo n�os estaremos olhando ada um dos que omp~oemo mundo, tentando per eber, ompreender e aprender om ada umdos outros omo se onsegue viver verdadeiramente este esp��rito daEsperan� a da Uni~ao de todos.

2.3 Projeto esperan� a de pazHassan tinha deixado de sofrer om o alor e o sufo o da pequenamultid~ao que se apinhava no sal~ao prin ipal da es ola de Yussuf, talera a sua aten� ~ao �as palavras do professor Mohamed. H�a uns bonsminutos que Mohamed estava des revendo os aspe tos do projeto \AUni~ao de Todos pela Alma do Futebol" e Hassan ia vivendo emo� ~oes ontradit�orias pelo que estava ouvindo. Compreendia e ansiava poreste esp��rito da Esperan� a da Uni~ao de todos. Vivia onstantementeisso om os vizinhos, ou melhor, quase onstantemente. Quase todosse propor ionavam sustenta� ~ao entre si, talvez por estarem irmanadosna pobreza, nas di� uldades materiais e emo ionais omuns, talvezpor esse sentido de uni~ao que liga os que se sentem oprimidos porum invasor. Mas, pre isamente por isto, era-lhe dolorosamente dif�� ilfazer a transposi� ~ao desse esp��rito da Esperan� a da Uni~ao de todospara o Esp��rito da Esperan� a da Uni~ao entre todos os povos. Haviademasiada dor e revolta para om alguns \todos" que n~ao faziam parteda irmandade, para om aqueles que tantas vezes lhe pare iam que-rer ombater o Isl~a. Mas em outros momentos os seus pre on eitosatenuavam-se ao re ordar tantos dos seus ontatos e viv^en ias ommuitos israelenses om os quais se sentia a olhido e a eito em suasdiferen� as ulturais, religiosas e de ra� a. Ele estava su� ientemente

14 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSsensibilizado para vez ou outra lhe o orrer que se tivesse nas ido isra-elense estaria do outro lado da barreira, sentindo tamb�em a revolta,o medo e a dor de ver os seus amea� ados e violentados pelas bombassui idas. Mas demasiadas vezes o dia-a-dia lhe apagava esse dis er-nimento e voltava a ser s�o um palestino esmagado pela revolta deser oprimido, inferiorizado, invadido pelo usurpador. \N~ao h�a um �mpara isto?", perguntava-se, \Ser�a para sempre olho por olho, dente pordente, vida por vida? N~ao ser�a s�o a morte o resultado desta equa� ~ao?"Estava ansado e sofria mais que tudo pelos �lhos quando imaginavaque nada mais haveria para eles sen~ao o que desde sempre lhes tinhasido garantido: dor, medo, viol^en ia, opress~ao, morte. Ah, sim, omoaquela Esperan� a lhe fazia sentido!E o professor Mohamed ontinuava a sua disserta� ~ao, om toda asala suspensa nas suas palavras:- Meus irm~aos, eu sei que pou os entre n�os ter~ao possibilidade depagar para jogar este jogo de apostas, mas, j�a lhes disse, o mais im-portante �e jogarmos todos os dias o jogo da vida om esta Esperan� ano ora� ~ao porque queremos que os nossos �lhos venham a onstruiroutra realidade, uma realidade de vida e n~ao de sangue e morte. Ent~aoque lhes entreguemos esta Esperan� a da Uni~ao, tal omo o mundo aentrega �a Palestina, entreguemo-la aos nossos �lhos e netos, porqueeles s~ao a Palestina de amanh~a. Que heran� a queremos deixar a eles,depois de partirmos?\Como, infelizmente, os nossos meios s~ao es assos, seremos daquelesque mais bene� iar~ao dos re ursos re olhidos pelo projeto da FIFA. �Asnossas rian� as ser~ao ofere idos t^enis e huteiras, al�em das t-shirts e al� ~oes, oisa que muito mais raramente a onte er�a em regi~oes omo aEuropa Central e O idental. Re eberemos medi amentos e alimentos,re eberemos livros, adernos, esferogr�a� as, e espero que muito maisde tudo o que possam imaginar para a edu a� ~ao das nossas rian� as. . . e tudo isso fruto dos jogos de apostas feitos em es olas por todo omundo.

2.3 Projeto esperan� a de paz 15\Olhem agora para este quadro. Estes foram os atributos da almados homens que foram representados pelos dezesseis pa��ses que parti- iparam na fase �nal da �ultima opa do mundo de futebol:ESPERANC�AVIS~AOIRMANDADECURAFORC�AAMIZADELIBERDADEORDEMBELEZAINSPIRAC� ~AOIGUALDADEVERDADEPAZCARIDADESABEDORIAHARMONIA\Pois bem, al�em destes dezesseis atributos, h�a entenas mais, eser~ao os alunos que de idir~ao em onselho de turmas quais eles que-rer~ao representar nos seus pr�oprios ampeonatos de futebol. Tamb�emfoi a ordado pelos minist�erios da edu a� ~ao da Palestina e de Israelque, pelo fato de sermos na� ~oes pequenas, om popula� ~oes reduzidasque partilham territ�orio omum, haver�a uma grande �nal entre os ven-

20 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOS- E vo ^e n~ao me viu hegando primeiro �a bola? - rugiu Natanael,vermelho de raiva.- Os meus p�es bateram num bura o no gramado . . .me des ulpa! -disse Yussuf, om um gesto apaziguador.Alguns objetos lan� ados do p�ubli o ome� aram a air �a volta deles.Natanael esfregou a abe� a om as m~aos, olhando para o h~ao, omoque tentando dispersar a irrita� ~ao. Respirou fundo, om as m~aos nasan as, e olhou nos olhos de Yussuf sentindo sua honestidade. Em si-mult^aneo ome� aram a olhar para as ban adas em redor, despertandopara a tempestade que atravessava o p�ubli o, ome� ando a per eberos insultos que hoviam e notando que estes j�a n~ao visavam Yussufmas sim a Palestina e Israel.Ent~ao, en araram-se de novo, olhos nos olhos, e a surpresa omque se espelharam um no outro dizia um mundo de oisas, era in r��vel omo tantas oisas abiam em tr^es segundos. De repente � ou t~ao laro, para um e para o outro, que eles n~ao queriam fazer parte daquelahist�oria de �odio. A�nal o que era aquele jogo?E enquanto as l��nguas amaldi� oavam e as frustra� ~oes e a raiva eramlan� adas em todas as dire� ~oes daquela massa abandonada �a rea� ~aoemo ional, Yussuf, lentamente, esti ou a sua amiseta om ambas asm~aos, frente a Natanael, para que � asse bem lara e leg��vel a palavraque a�� estava es rita: \IRMANDADE"Natanael reproduziu o mesmo gesto lento e apontou para a sua amiseta, enquanto olhava Yussuf. Na sua lia-se:\PAZ"Completamente em sintonia, viraram-se ambos para o p�ubli o, apon-tando as palavras das amisetas, os seus estandartes, os atributos quetinham vindo sentidamente defender.

2.4 Cultivando valores nas rian� as 172.4 Cultivando valores nas rian� asAquele foi um ano diferente para quase todos, pelo menos para os alu-nos, professores e pais de alunos. Todo um on erto de novas emo� ~oesse veio imis uir em suas viv^en ias di�arias. Mesmo os ilando entreemo� ~oes ontradit�orias, pare ia que de uma forma generalizada quasetodas as pessoas se iam onfrontando om novas e diferentes possibi-lidades, outras vis~oes se lari� avam deixando um travo de promessasluminosas nas mentes e no ar. Pare ia que o en adeamento dos fa-tos estranhamente n~ao era j�a t~ao determin�avel. Mas haveria alguma oisa on reta, alguma verdadeira altera� ~ao nesse en adeamento defatos? Aparentemente n~ao. Os bombistas sui idas ontinuaram que-rendo atalhar o seu aminho para o para��so, n~ao querendo per eberque estavam simplesmente a matar; o governo e ex�er ito israelense ontinuaram a destruir asas e eliminar v��rus terroristas, em uma pro-�laxia defensiva, n~ao querendo per eber que estavam simplesmentea matar. Os primeiros faziam-no pelo direito �a liberdade (entre ou-tras oisas) e os segundos faziam-no pelo direito �a vida (entre outras oisas). Entretanto, uns e outros, l�a iam seguindo sua senda de pren-derem a vida, matarem a liberdade, prenderem a liberdade, matarema vida . . . Pare ia estar omo sempre, a rotina n~ao queria desistir dese alimentar do terror.�E, por fora pare ia que tudo estava na mesma. Mas era estranho.Havia um novo sabor nas oisas, uma expe tativa inde�n��vel que es-tava res endo . . . res endo para onde? . . . vinda do qu^e? . . . Algunsj�a se perguntavam se seria o fato de os seus garotos virem da es ola om aqueles trabalhos, aquelas omposi� ~oes sobre os ideais, os taisatributos da alma que estavam explorando. Seria dos jogos de futebolonde os pais os viam a jogar, levando nas suas amisetas e nas suasinten� ~oes aquelas oisas t~ao belas, mas t~ao ut�opi as, omo a Amizade,a Beleza, a Inspira� ~ao, o Servi� o, a Sabedoria, a Pureza, o Conforto, aMiseri �ordia, o Amor, a Consagra� ~ao, a Verdade, e tantas outras queos seus pr�oprios �lhos tinham es olhido defender? Bem, mal n~ao lhes

18 2 JUDEUS, PALESTINOS E OS VALORES HUMANOSfazia, pensavam muitos pais . . . e tamb�em muitos outros pensavam:\ser�a que ser~ao os nossos �lhos a mudarem este estado de oisas?". . . e havia ainda alguns, muito pou os, que queriam pensar: \ser�a queas oisas j�a est~ao mudando? . . . ser�a esta estranha e nova sensa� ~ao opren�un io da mudan� a?" Bem, pelo menos pare ia que a Esperan� ada Uni~ao estava ada vez mais a esa para muitos, mesmo que n~ao oper ebessem. Mas os mais idealistas, os mais sonhadores, se sentiamaproximando do ume dessa Esperan� a da Uni~ao de Todos porque es-tavam na v�espera do en ontro �nal entre as suas rian� as israelensese palestinas no gramado de futebol. Seriam as rian� as a entregarem-lhes uma nova dire� ~ao? Seria amanh~a �nalmente um novo dia?

2.5 Futebol motivando l�agrimas de esperan� aA bola rolou r�apida ao longo da linha lateral, avan� ando para o ex-tremo, pare endo que se poderia perder na linha de fundo. Mas Yussufaper ebeu-se do lateral direito israelense lan� ado em uma orrida de-senfreada. Pare eu a Yussuf que era bem prov�avel que o israelense hegasse a tempo e os seus ompanheiros ainda estavam afastados dadefesa, tentando a ompanhar a r�apida deslo a� ~ao de mais dois israe-lenses a aminho da grande-�area.N~ao havia que hesitar, o israelense ia hegar �a bola. De t~ao on- entrado, n~ao ouvia a multid~ao, ujo rumor res ia om a imin^en iada jogada perigosa. Yussuf lan� ou-se deslizando pelo h~ao, om todoo ��mpeto.Natanael viu o zagueiro palestino se projetando em dire� ~ao �a bola.Tinha que tentar, era poss��vel, estava mais perto que o zagueiro, s�o umpequeno desvio e podia assistir os dois olegas que vinham mais r�apidoque os jogadores palestinos, apanhados de surpresa pelo ontra-ataqueinesperado.Natanael onseguiu dar um pequeno desvio �a bola, mas j�a n~ao2.5 Futebol motivando l�agrimas de esperan� a 19passou. Yussuf, ao deslizar, sem apa idade de reagir pela rapidezdos movimentos, viu os seus p�es se erguerem at�e meio metro depoisde terem trope� ado em uma parte irregular do gramado. Natanaelsentiu um baque violento jogando sua perna esquerda ontra a direitae perdeu-se em um torvelinho de rebol~oes in ontrol�aveis. O est�adioexplodiu.No meio da a ofonia ensurde edora desta aram-se insultos raivo-sos. Hassan � ou olado ao assento, l��vido. Notou que o israelensesentado ao seu lado deu duas fortes palmadas nas pernas e gritou\Natan!!! Filho! . . .mas que �e isto?!", enquanto se levantava omouma mola e sa udia os bra� os om os punhos fe hados. Mas Hassanj�a nem queria saber disso nem dos insultos que se multipli avam noar, � ando om os olhos presos em Yussuf que estava om uma atitude onsternada. Ele sabia que o seu �lho n~ao era um �ngido.Yussuf � ou tr^es segundos sentado, levando as m~aos �a abe� a: ti-nha sido sem querer. Natanael tinha rebolado uns bons in o metrose a pr�opria velo idade voltou a p^o-lo de p�e, notando que n~ao se tinhama hu ado. Com a irrita� ~ao disparando-lhe no peito, mal se aper e-beu das tonturas. Avan� ou �elere para Yussuf om as m~aos e dentes rispados.- Ent~ao, ara?!! - gritou Natanael, embatendo as m~aos ontra opeito de Yussuf e empurrando-o.- Filho!!! - gritou preo upado Hassan - Tenha alma!! - e olhou derelan e para Yoshua, ao seu lado, que tamb�em o mirou, surpreendido.\Essa n~ao, s~ao os nossos �lhos . . . estou ao lado do pai do outro",pensou Yoshua, onfundido pela oin id^en ia, voltando a olhar para o ampo om um ar zangado.- Des ulpa, foi sem querer!! Foi sem querer!! - ia dizendo Yussufpara Natanael, sem tirar as m~aos da abe� a e n~ao fazendo o m��nimogesto de defesa.

24 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLLiberdade: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essitaser livre e entregar liberdade.Paz: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita serpa ��� o e riar a paz.Estes prin ��pios, se aparentam ser em es ala mi ro �osmi a ful raispara os indiv��duos, valem ma ro osmi amente para as na� ~oes e parao Planeta num todo.A Humanidade hegou a uma en ruzilhada no seu destino.O advento da \aldeia global" planet�aria, om os fen^omenos de mas-sas sendo ada vez mais poten iados pelas novas te nologias da in-forma� ~ao, traduz-se num a �umulo de for� as que, om o subja entelivre arb��trio de que o ser humano usufrui, tanto podem ser dire iona-das num sentido autoaniquilador omo num sentido autolibertador.Es usado ser�a aprofundar aqui os exemplos agrantes e di�arios dosdois sentidos em que esse poten ial �e utilizado e que embebem todasas vertentes, n��veis e aspe tos da nossa viv^en ia di�aria e rotineira.Tamb�em nos pare e es usado falar das propor� ~oes graves a que o usode determinadas te nologias (n~ao s�o as da informa� ~ao, mas tamb�emas assumidamente destrutivas, riadas originalmente para as a� ~oes deguerra) nos podem levar, levando-nos a onsiderar a infeliz possibili-dade de se ultrapassar um determinado limite que se poderia traduzirno �m ingl�orio desta \experi^en ia humana".Ent~ao, se esse poten ial �e laramente pass��vel de ser a ionado emqualquer um desses sentidos (ou o ben�e� o ou o prejudi ial), n�os es- olhemos tentar agir om intelig^en ia onstrutiva e olo ar a nossa riatividade ao servi� o do maior bem poss��vel, para o maior n�umerode pessoas poss��vel, pelo maior espa� o de tempo poss��vel.A humanidade ome� a a onseguir al� ar-se da inf^an ia da ons i^en iae pare e ome� ar a per eber que est�a em suas m~aos alterar este es-tado de oisas. S~ao muitas as for� as ben�e� as que ada vez mais

21Ouviu-se o ru��do esvaziando. Come� ou a estabele er-se um sil^en ioestranho, onde um ou outro insulto se intimidaram, esmore idos.Sil^en io total.Algu�em ome� ou a bater palmas, pausadas, ritmadas.Outros se ome� aram a juntar, sempre ritmadamente, mar ada-mente.Em dez segundos o est�adio inteiro fazia parte desse on erto uni�- ado. Pare ia que os ora� ~oes de todos pulsavam junto om o baterordenado das m~aos. Yoshua e Hassan olharam-se, sorriram e estende-ram as m~aos, que apertaram omovidos, enquanto viam os �lhos rindoe a quem se iam juntando todos os outros jogadores num abra� o.Pare ia que os homens queriam \A IRMANDADE DA PAZ". Ouser�a que era \A PAZ DA IRMANDADE"? Bem . . . n~ao �e a mesma oisa? � FIM �

3 A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol3.1 Introdu� ~ao e Agrade imentoAs p�aginas que se seguem visam apresentar o projeto A Uni~ao dosPovos pela Alma do Futebol.Este projeto foi on ebido tendo omo pal o de a� ~ao a fase �nalde todos os ampeonatos de futebol (e outros desportos), mundiaisou ontinentais, bem omo os subsequentes ampeonatos organizadospela UEFA, FIFA e outras onfedera� ~oes.Ele pode e deve ser usado nas es olas de qualquer ponto do planeta,j�a que pretende ser uma ferramenta edu adora das gera� ~oes, um passo

22 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLa mais na extensa e vasta aminhada para se materializar o reino doC�eu na Terra.Desejando que este seja um ampeonato que marque o in�� io deuma nova era para o Futebol e, prin ipalmente, para a Humanidade,agrade emos aos elementos de outras na� ~oes e outros ontinentes assuas ontribui� ~oes para o desenvolvimento desta ideia onforme se ia orpori� ando e res endo em energia e vitalidade. Sem esses elemen-tos, representando as suas na� ~oes, este projeto n~ao teria sido riadonem formulado. Eis a Uni~ao, eis a Alma omum.

3.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projetoO destino da humanidade tem sido onstru��do por todas as gera� ~oesque nos ante ederam e, no entendimento de alguns, essa onstru� ~ao ont��nua aponta em uma determinada dire� ~ao subliminar, assente emarqu�etipos do supra ons iente oletivo. Entendem que, num s�o apa-rente paradoxo, esse destino e essa dire� ~ao s~ao onstru��dos e de ididosem livre arb��trio, gera� ~ao ap�os gera� ~ao, indiv��duo a indiv��duo, dia ap�osdia, momento ap�os momento.Todas as gera� ~oes s~ao orol�ario da Hist�oria e todas dizem: \AHist�oria trouxe tudo at�e aqui, resultou nisto, aqui e agora". Mas, al�emdessa perspe tiva� ~ao e autoan�alise das gera� ~oes quanto aos fundamen-tos e pro essos que riaram o presente da sua exist^en ia, tamb�em elasdevem entregar-se a um labor vision�ario de produzir no presente e parao futuro ada vez maior Bem, ada vez mais Beleza, maior Harmonia.Todo este pro esso de gesta� ~ao ont��nua tem impli ado onstantes\dores de parto" pela persegui� ~ao de um \estado de gra� a" que ont�emos mais variados atributos. A de�ni� ~ao desse \estado de gra� a" temtantas on�gura� ~oes omo a quantidade de indiv��duos que existem �afa e do planeta, porque - embora num primeiro plano esteja direta-mente rela ionada om as ara ter��sti as dos ontextos ultural, so ial,3.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projeto 23e on^omi o, ideol�ogi o e de ren� as religiosas dos grupos onde ada serhumano est�a inserido -, em �ultima inst^an ia, reside individualizada nomais ��ntimo de ada um, om uma olora� ~ao e vibra� ~ao de espe i�- idade �uni a, porque, tal omo as impress~oes digitais s~ao diferentesembora estejam presentes em todos, tamb�em sentimos as mesmas oi-sas em graus, formas e per ep� ~oes diferentes uns dos outros: \Todosdiferentes, todos iguais".Assim, essa grande vis~ao de um labor para a unidade, paz ouperfei� ~ao humanas, pode ser hamada por uns omo \solidariedadeso ial", por outros omo \humanismo", ou, por outros ainda, omo\manifesta� ~ao da ess^en ia divina".Portanto, n~ao �e t~ao importante a forma omo ada indiv��duo ougrupo humano on ebe este labor ou este \estado de gra� a", mas, sim,veri� ar que essa ambi� ~ao est�a indelevelmente ins rita na intimidadede todos, ada qual a vivendo om maior ou menor intensidade, ommaior ou menor esperan� a, sob as mais diversas formas de ren� a.�E laro omo isto �e vis eral para o ser humano, sendo mesmo umaquest~ao de sobreviv^en ia.Ent~ao, no horizonte da realidade humana, surgem valores de taluniversalidade que pare em sobrepor-se a qualquer espe i� idade ousubjetividade. S~ao valores que deveriam abra� ar o planeta por in-teiro e onde aparentemente on uem as mais fortes ne essidades dosseres humanos e nos quais ganha onsist^en ia a ideia de que na ver-dade todos somos um s�o. Neles todas as ra� as s~ao uma �uni a ra� a,as ideologias s~ao uma s�o ideologia, os seres humanos podem rever-seem qualquer outro ser humano. Alguns, aut^enti os pilares do nossosupra ons iente oletivo, s~ao, por exemplo, os seguintes:Irmandade: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essitairmanar-se.For� a: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita darfor� a e ser fortale ido.

28 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLre ebe todos nas suas diferen� as e igualdades porque a todos deixalivres para a energia da riatividade, abra� ando em si todos os estilos,t�ati as e t�e ni as que existem e existir~ao, todas do ilmente submetidasa uma ordem omum.Porque assim pare e ser, insistimos em perguntar mais uma vez:que papel poderia o futebol assumir? Se o futebol �e um embaixador,n~ao lhe poderia aber assumir mais de�nidamente essa fun� ~ao?�E esta a nossa proposta na explana� ~ao deste projeto para a UEFA ea FIFA: imaginar que o fen^omeno futebol se possa entronizar omo umdos mais e� azes meios para ontribuir para a uni� a� ~ao dos povos, om mais ^enfase e a util^an ia do que as que j�a lhe abem por iner^en ia.A nossa proposta passa pela atribui� ~ao, a ada equipa parti ipantena fase �nal deste ampeonato, de um determinado atributo e anseioelevado da alma humana. Para isto seriam usados os valores que s~aoponte de uni~ao entre dois homens e entre dois povos, valores que inde-pendem das vis~oes, ren� as e opini~oes parti ulares porque s~ao valoresonde todos se en ontram e irmanam, porque s~ao valores da alma - e aalma n~ao tem ra� a, redo ou or.Como n~ao podia deixar de ser, estes atributos tamb�em s~ao ara -ter��sti os do futebol no seu estado mais puro, ou, pelo menos, s~ao dosmaiores anseios da pr�opria alma do futebol.Os valores propostos a t��tulo de exemplo s~ao os seguintes:IrmandadeJusti� aFor� aAmizadeRealiza� ~aoLiberdade

3.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projeto 25se estabele em, erguem e a�rmam, sensibilizando a opini~ao p�ubli a,in utindo-nos um sentido e ol�ogi o, determinando em res ente aper-fei� oamento a nossa es ala de valores, direitos e responsabilidades,que nos pare e importante dar-lhes in entivos para que vigorem aindamais omo for� as atuantes.Nesta hora grave e que pare e t~ao de isiva, todos os esfor� os quepossam ser en etados a favor da paz e uni� a� ~ao globais poder~ao serum apoio para auxiliar a humanidade a en aminhar-se para a rea-liza� ~ao do destino da sua mais bela esperan� a: o estabele imentode uma nova era de paz e de liberta� ~ao de um passado de enormesinjusti� as que teimamos em fazer persistir pelo presente e amea� ampermane er para o futuro.Talvez fosse ne ess�ario ompreendermos que as a� ~oes que possamosrealizar para ontribuir para a evolu� ~ao da humanidade estejam pro-por ionalmente ligadas, em ordem res ente e direta, �a evolu� ~ao que onsigamos imprimir na nossa interioridade. Esse pode ser o ampoprimordial de a� ~ao. Se tentarmos realizar a evolu� ~ao em n�os, ent~ao anossa proje� ~ao para uma a� ~ao externa poder�a reverberar e ter resul-tados dur�aveis ou signi� ativos.Al�em disso, n~ao �e poss��vel que qualquer um de n�os, por muito ons- iente que seja, onsiga mudar os outros de forma a mudar o mundo.A �uni a pessoa que onseguimos mudar somos n�os pr�oprios e, sendoassim, esse pode ser o nosso verdadeiro ampo de trabalho para atransforma� ~ao. Se formos bem su edidos nessa autotransforma� ~ao,a�� sim, talvez possamos onseguir de alguma forma ontribuir paramudar o mundo. Entretanto, para tentar essa transforma� ~ao interna,devemos valer-nos dos referen iais deixados e entregues por aquelesque sentimos, ou pressentimos, que a al an� aram ou que, pelo menos,possu��am uma vis~ao do aminho a per orrer para essa meta maravi-lhosa. �E ent~ao essa a pretens~ao deste projeto: sugerir referen iais e aenergia sublime desses mesmos referen iais, omo sustenta� ~ao e pistapara a tentativa da sensibiliza� ~ao, do despertar e da evolu� ~ao do maior

26 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLn�umero de pessoas poss��vel.Assim, pode ser que uma solu� ~ao, uma have pre iosa para que auni~ao global a onte� a, seja que ada indiv��duo en ontre, a�rme e mani-feste os valores humanos que s~ao omuns ao anseio de toda e qualqueralma �a fa e do planeta, os valores que possam assegurar a ponte deuni~ao entre todos por serem valores omuns a qualquer indiv��duo dequalquer religi~ao, de qualquer ren� a, de qualquer ultura, de qual-quer estatuto so ial. Estes valores s~ao muitos, mas omo exemplo ontemplamos aqui dezesseis que orresponderiam �as dezesseis equi-pas parti ipantes na fase �nal do Campeonato da Europa. Os valoreses olhidos a t��tulo de exemplo s~ao os seguintes: Irmandade, Justi� a,For� a, Amizade, Realiza� ~ao, Liberdade, Ordem, Inspira� ~ao, Vontade,Igualdade, Verdade, Paz, Sabedoria, Harmonia, Vibra� ~ao e Vis~ao (noAnexo 3 entregamos uma lista de mais de em atributos que poderiamser avaliados para o mesmo prop�osito).Esta ideia surge omo mais um refor� o e ponte para a uni� a� ~aodos Povos e Na� ~oes para a efetiva� ~ao da globaliza� ~ao planet�aria, noque este on eito ont�em de mais puro e ben�e� o para a Humanidade.Pretende-se olo ar esta ideia a um n��vel pr�ati o, dentro do ontextoda mais justa equanimidade que se desejaria no movimento de apa-rente irreversibilidade da globaliza� ~ao. Este �e um projeto que prop~oeentregar a� ~oes pr�ati as para o que poder��amos designar omo umaedu a� ~ao global, podendo portanto assumir dimens~oes planet�arias,sendo-lhe subja ente um absoluto respeito pelas espe i� idades ul-turais de ada etnia ou povo. Aqui sugerimos uma a� ~ao que refor ea integra� ~ao dos povos na per ep� ~ao de que, na realidade, somos um�uni o Povo, uma �uni a Na� ~ao, uma �uni a Humanidade, um �uni o Pla-neta.

3.3 O Fen^omeno Futebol 273.3 O Fen^omeno FutebolO fen^omeno do futebol, o desporto-rei, tem aminhado desde h�a algunsanos sob a �egide do on eito do fair-play, um nobre on eito, mas tudopare e indi ar que a fa e positiva deste desporto tem um poten ialmuito mais amplo e elevado do que aquele onde se t^em entrado asaten� ~oes.A divers~ao, para o ser humano, reveste-se de uma aura impres- ind��vel para a garantia da sa�ude f��si a, mental e ps��qui a. �E nossa onvi � ~ao que a divers~ao nos �e t~ao absolutamente ne ess�aria quantoa sa�ude e a edu a� ~ao. Ali�as, nesta trilogia, esses ampos de mani-festa� ~ao humana est~ao indissoluvelmente ligados, j�a que nenhum deles�e uma experi^en ia ompleta de vida sem os outros.Entretanto, dentro desse vasto ^ambito da divers~ao, e mais espe i-� amente no que respeita ao desporto, o futebol �e o fen^omeno quesus ita maior prazer e despertar de emo� ~oes no seio de toda a huma-nidade.Centenas de milh~oes de pessoas est~ao suspensas nos milhares dejogos que todas as semanas a onte em mundo afora. Que poten ial�e este? Que papel abe ao futebol assumir om tanta emo ionali-dade, tanta expe tativa e in lusive tanta feli idade que se desprendedesse fen^omeno? Perante as evid^en ias deste fato surpreendente, abeinsistir na pergunta: que papel aber�a ao futebol assumir?Uma oisa pare e lara: o futebol, por interm�edio das suas asso- ia� ~oes, re�une em seu amplo abra� o mais na� ~oes do que qualquer or-ganismo pol��ti o. �E uma ponte que enla� a os povos; �e, por ex el^en ia,um dos pretextos om o maior poten ial pa ��� o para o en ontro entreos povos, para o seu onhe imento e re onhe imento m�utuos.O futebol �e um embaixador dos mais s�abios. Pela sua natureza neu-tra, a eita todos em seu seio. Pela sua natureza de divers~ao, despertaas mais apaixonadas emo� ~oes. N~ao se imp~oe omo moda ou opini~ao,

32 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLmais elevados da Humanidade. Por isso, pare e fazer todo o sentidore onhe er que os prin ��pios universais assentes na estrutura das al-mas dos indiv��duos e das na� ~oes sejam a pr�opria alma do Futebol. Da��dizermos que a alma do Futebol �e omposta, entre muitos outros, dosseguintes atributos:A Alma do Futebol �e IrmandadeA Alma do Futebol �e For� aA Alma do Futebol �e LiberdadeA Alma do Futebol �e PazAproximamo-nos, assim, da ideia subja ente a este projeto.Expusemos at�e agora os pressupostos, as raz~oes e justi� a� ~oes quealimentaram o delineamento deste projeto, para que se torne minima-mente ompreens��vel o poten ial desta ideia, passando agora a des- rever a opera ionalidade, a forma om a qual esta ideia poder�a serrevestida para se orpori� ar a desej�avel ades~ao da UEFA e da FIFA,assumindo-se omo intervenientes diretos na onstru� ~ao de uma glo-baliza� ~ao que se pretende ada vez mais nivelada e equalit�aria.Sugerimos que essa seja uma das fun� ~oes desses organismos, porquen~ao os vemos omo meros �arbitros de uma qualquer onven� ~ao des-portiva, mas sim omo onsistentes e v�alidos agentes so iais impres- ind��veis nesta globaliza� ~ao. O Futebol inspira e respira uma ideia,e essa �e a ideia da uni~ao dos Povos. Essa pode ser laramente umafun� ~ao dos organismos UEFA e FIFA e, obviamente, das outras Con-federa� ~oes asso iadas.

3.5 Estandartes dos Atributos da Alma do FutebolAssim, imaginemos que a fase �nal do Campeonato Europeu de Fute-bol 2016, a ser realizada na Fran� a, seguiria o seguinte esquema:

3.3 O Fen^omeno Futebol 29OrdemInspira� ~aoVontadeIgualdadeVerdadePazSabedoriaHarmoniaVis~aoVibra� ~aoComprovado que o Futebol �e, prati amente em todo o Planeta, odesporto-rei, entendemos que poderia aber �a UEFA, �a FIFA e �asoutras Confedera� ~oes assumirem-se ada vez mais omo uma for� a di-plom�ati a global planet�aria, que poderia in uen iar os povos no sen-tido da aproxima� ~ao m�utua, por serem for� as diplom�ati as que usu-fruem de uma onota� ~ao e natureza n~ao pol��ti as. Comprovando estepoten ial do Futebol, gostar��amos de deixar aqui o registro uriosoe signi� ativo de uma a�rma� ~ao de uma diplomata portuguesa, AnaGomes, ex-embaixadora de Portugal na Indon�esia. O seguinte tre ho�e retirado da revista Vis~ao (Portugal), de 18 de Outubro de 2001:Sobre as rela� ~oes luso-indon�esias, (Ana Gomes) aponta o on-ta to entre os desportistas, em espe ial o futebol, omo umadas �areas a explorar. \A s�erio", diz, \o futebol tem aquium poten ial promo ional e ultural de primeiro plano: os in-don�esios s~ao lou os por futebol. Lu��s Figo para eles �e um her�oi.Obrigam-me a saber das traje t�orias de Rui Costa, V��tor Ba��a,Abel Xavier . . . ".

30 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLEsta de lara� ~ao �e tanto mais sintom�ati a e surpreendente quando osportugueses, obviamente, s~ao diretamente onotados om a de lara� ~aode independ^en ia de Timor-Leste.Imaginemos ent~ao que a UEFA e a FIFA de retassem que o Campe-onato Europeu de Futebol de 2016, uja fase �nal de orre na Fran� a,fosse realizado sob a �egide do seguinte estandarte:\A UNI~AO DOS POVOS �E A ALMA DO FUTEBOL"3.4 A Alma do FutebolDevido �a estrutura psi ol�ogi a do ser humano, um dos ampos de ati-vidade onde este mais se entra �e o da divers~ao. Aqui, em poten ial, ohomem retempera-se, renova as suas energias e ^animo, transformandode alguma forma, e at�e erto ponto, os dramas pessoais e oletivos.Esse �e o poder da divers~ao, a qual, quando n~ao toma os ontornos dealiena� ~ao, lhe traz regenera� ~ao, sa�ude e equil��brio a todos os n��veis:uma das re eitas simples para este ser omplexo.Dentro da vasta abrang^en ia da divers~ao, en ontramos o desporto omo das manifesta� ~oes mais saud�aveis e naturais, das que melhor umprem o des��gnio de riar harmonia: \mente s~a em orpo s~ao".Finalmente, dentro do desporto, deparamo-nos om aquele que foiglobalmente eleito, om naturalidade, omo o \desporto-rei": o Fute-bol.Este fen^omeno, que �e o fato de o Futebol representar um aglutinadorde indiv��duos e na� ~oes, pare e ser um poten ial maravilhoso para serutilizado na ria� ~ao de uma nova ordem global. �E um fen^omeno de talordem que, mesmo tendo raiz ompetitiva, �e um pa i� ador em poten- ial. Embora se en ontre nele uma na� ~ao ompetindo om outra, adauma almejando de alguma forma sobrepor-se �a outra, \ onquistando-a" e \ven endo-a", a verdade �e que de alguma forma se d�a um en ontro3.4 A Alma do Futebol 31e um abra� o entre elas, independentemente do resultado do jogo. Paral�a da rivalidade e do jogo psi ol�ogi o \superior/inferior", respira-se ummist�erio subjetivo de igualdade, por haver um en ontro no mesmo ter-reno e om as mesmas \armas". Efetivamente, s~ao duas na� ~oes quenessa hora se to am, se interpenetram, sem os poten iais desfe hos vi-olentos derivados de diferen� as ulturais e pol��ti as, talvez porque asregras do jogo imp~oem determinados limites onde se sabe que tudo seresume a uma \luta" de diferen� as pa ��� as, diferen� as essas que po-der~ao ser anuladas ou invertidas num pr�oximo en ontro. Pare e haversempre a esperan� a de realiza� ~ao subja ente, uma a eita� ~ao pa ��� ados resultados, que poder~ao sempre ser alterados no futuro.Entretanto, para l�a das mossas nos orgulhos na ionalistas, n~aohouve sangue, n~ao houve fome, n~ao houve usurpa� ~oes territoriais, n~aohouve mis�erias que exterminaram vidas e violaram almas. Sente-seque, para l�a de quaisquer \hooliganismos", a paz prevale e superior atodas essas \guerras" e que h�a omo que um es oamento de energiasde diferen ia� ~ao que se a ionaram e manifestaram, mas tamb�em, emsimult^aneo, omo que um sutil abra� o que prevale e superior a todasessas diferen� as.Poder-se-ia dizer que aqui (na manifesta� ~ao do Futebol) tamb�em se aminha sobre uma l^amina de dois gumes, porque, para todos os efei-tos, n~ao deixamos de ver nele os na ionalismos em onfronto. A hamosque o Futebol tamb�em orre, embora ino entemente, o ris o de servirde poten iador das diferen� as, dos separatismos e das desigualdades.Mas essa �e mais uma das raz~oes que justi� am plenamente a propostaque se apresenta, aqui e agora, �a UEFA e �a FIFA. A nossa propostade fazer um Campeonato Europeu de Futebol de 2016 sob a �egidedo estandarte \A UNI~AO DOS POVOS �E A ALMA DO FU-TEBOL" �e de, deliberadamente, levar o Futebol a a�rmar-se omoentidade de natureza pa i� adora e uni� adora num ^ambito globalplanet�ario. Pode ser um passo que torne a a� ~ao deste desporto omoassumidamente interventivo no desenvolvimento e defesa dos valores

36 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLquer livre para que se possa manifestar e, omo bem sabemos, tantasvezes fazer a diferen� a devido a esse movimento em liberdade.3.6.4 PazSem estabele er a paz, a humanidade n~ao se realizar�a. Eis um dosgrandes anseios da alma, um dos maiores anseios de ada homem, mu-lher, rian� a. Enquanto estivermos dispostos a levantar armas ontraaqueles que n~ao partilham das nossas vis~oes, opini~oes, ren� as, esta-mos impedindo a possibilidade de uni� a� ~ao das inevit�aveis diferen� ase obstruindo a paz que tanto ne essitamos para todos os ampos danossa vida.A Alma de ada um e da humanidade �e Paz.O Futebol �e PazA alma do Futebol �e feita de paz. �E sempre uma sensa� ~ao de pleni-tude que � a de um jogo que foi bem disputado, sem asos violentos,em que se viu os jogadores o upados em jogar e desenvolver as suast�e ni as individuais e de equipe e n~ao em impedir agressivamente osadvers�arios de fazerem o mesmo, olo ando-lhes em ris o a integridadef��si a e at�e toda uma arreira aso a onte� a uma maior infeli idade.O tempo �util de jogo �e logo bem mais ampliado do que num jogo ondeessa paz n~ao se fez sentir, e, quase de erteza (ou omo maior proba-bilidade), o jogo dever�a ter sido muito mais belo e inspirado do quequalquer um onde tenha a onte ido uma \guerra tribal".3.6.5 O Futebol tem Alma e a Alma riou o FutebolNesta disserta� ~ao quisemos demonstrar a ponte e analogia entre a almahumana e a alma do futebol. Quisemos mostrar omo uma mergulhana outra, omo uma se vale da outra, omo t^em anseios e naturezas omuns. �E interessante ver que ada um dos atributos da alma que3.5 Estandartes dos Atributos da Alma do Futebol 33Por sorteio, a ada uma das na� ~oes presente nessa fase �nal �e en-tregue o estandarte de um dos 16 atributos espe i� ados no ap��tuloanterior (para outras possibilidades ver o Anexo 3). Esse sorteio po-deria o orrer em simult^aneo om o sorteio de de�ni� ~ao das equipas de ada grupo. A ideia �e que ada equipa tenha ins rito na sua amiseta oatributo (valor) que lhe foi assignado por sorteio pr�evio, fun ionandonos seus jogos omo paladino desse atributo da alma, desse anseiopara todo o homem, toda a alma, toda a na� ~ao, todo o planeta. Em ada jogo, as duas equipes, om os seus estandartes, jogariam por ummotivo da alma, ontido no anexo e tamb�em sorteado.Por exemplo, a Portugal poderia ter sido sorteado o estandarte daInspira� ~ao e �a Fran� a poderia ter sido atribu��do o estandarte daEsperan� a. Entretanto, teria � ado deliberado que Portugal jogaria om a Fran� a. Assim, esse jogo seria designado da seguinte forma:Jogo Estandartes em Jogo (em En ontro)Portugal x Fran� a Inspira� ~ao na Esperan� a naEsperan� a Inspira� ~aoDerivado de Na� ~ao EstandartePortugal Inspira� ~aoeNa� ~ao EstandarteFran� a Esperan� aO sorteio tamb�em teria ditado que o motivo do en ontro seria aVerdade, ou seja, al�em de ter sido atribu��do um Estandarte a adana� ~ao, daria passo �a ria� ~ao de um Estandarte para o pr�oprio jogo, onferindo um valor mar adamente simb�oli o ao en ontro dessas duasna� ~oes.

34 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLPare e-nos extremamente importante que seja passado o sentidodo en ontro e n~ao do onfronto, ou seja, n~ao dir��amos que Portu-gal joga ontra a Fran� a, mas sim que Portugal se en ontra om aFran� a, e vi e-versa. Da�� n~ao podermos dizer que �e um jogo em quea Inspira� ~ao vai ompetir om a Esperan� a, mas um jogo om umatributo muito espe ��� o (Inspira� ~ao na Esperan� a ou Esperan� ana Inspira� ~ao) que nas e da on u^en ia do atributo Inspira� ~ao omo atributo Esperan� a, do en ontro dos dois atributos.Entretanto, o jogo entre estas duas na� ~oes e a jun� ~ao dos seus res-pe tivos atributos produziria o lema do en ontro, o qual, no exemplo,�e onstru��do om o atributo da Verdade. Ter��amos ent~ao:O en ontro da Inspira� ~ao om a Esperan� a para o en ontrar daVerdade.Neste aso, o lema ins rito no estandarte do jogo em quest~ao po-deria ser o seguinte:\A VERDADE DA ESPERANC�A E DA INSPIRAC� ~AONA UNI~AO DOS POVOS"3.6 Alguns exemplos de omo os atributos da Alma Hu-mana se adequam aos da Alma do Futebol3.6.1 IrmandadeTodos somos �lhos da mesma Vida que nos riou, portanto, todossomos irm~aos.A Alma de ada um e da humanidade �e Irmandade.O Futebol �e Irmandade

3.6 Exemplos de atributos da alma 35A alma do Futebol �e feita de fraternidade, onde primeiro se irma-nam os elementos que omp~oem a pr�opria equipa e, aos pou os, v~aoextravasando esse sentido para os elementos das outras equipas.3.6.2 For� aA for� a �e a fonte da energia vital. Sem ela nada seria feito. Al�em deser a fonte dessa energia de vida �e tamb�em a onstante sustenta� ~aodessa vida.A Alma de ada um e da humanidade �e For� a.O Futebol �e For� aA alma do Futebol �e feita de for� a. Tanto ada jogador omo adaequipa ne essitam de for� a para a tentativa de realiza� ~ao do seu anseio,sendo essa for� a tanto f��si a omo psi ol�ogi a.3.6.3 LiberdadeNo que diz respeito a este glorioso atributo, a liberdade, o registrodo movimento hist�ori o fala por si. Multid~oes e gera� ~oes t^em-se en-tregado para a onse u� ~ao deste valor inestim�avel. Ainda est�a quasetudo por fazer porque, embora os homens tenham vindo a onseguirnovas onquistas nesta senda, os egos, nos seus automatismos, v~aoen ontrando e refazendo, em renovados ontextos e manifesta� ~oes, ou-tras pris~oes. Mas nesse en ar eramento as almas v~ao lamando pelasua liberta� ~ao. Nenhuma riatura �e feliz se n~ao tiver liberdade.A Alma de ada um e da humanidade �e Liberdade.O Futebol �e LiberdadeA alma do Futebol �e feita de liberdade. Isto quase que pare esurgir em oposi� ~ao �a ordem, mas n~ao �e assim porque, para al�em daobedi^en ia �as diretrizes pr�e-estabele idas, h�a o g�enio individual que se

40 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLDesportivamente, uma das Na� ~oes ser�a a ven edora, mas seja elaqual for, o on eito e o en ontro j�a ven eram inevitavelmente.O ter eiro estandarte, aquele que simboliza o en ontro, �e trans-portado pela equipe de arbitragem, o ponto neutro que permite a ma-nifesta� ~ao do atributo em gesta� ~ao, apli ando as regras do jogo que,ao serem umpridas, revelam o pr�oprio estandarte de ada equipa.Neste aso, estamos assistindo ao en ontro da Liberdade om aPaz e os �arbitros trouxeram o estandarte da Harmonia. A Harmo-nia do jogo ser�a uma resultante imediata dos atributos Paz e Liber-dade das duas equipas, ao n~ao infringirem as suas leis e a arbitragemdelas de orrente.Est�a dado o primeiro passo para que a uni� a� ~ao ganhe onsist^en iae se venha a realizar em a� ~oes on retas.Pensamos que nesta breve dramatiza� ~ao se onsegue ter um levepren�un io das propor� ~oes que este on eito poder�a sus itar. Seriamimagens que valeriam por milhares de palavras.

3.7 Um jogo para a obten� ~ao dos re ursosTendo em vista que este projeto tem omo prop�osito a abertura a umanova ons i^en ia do papel do futebol para a Uni~ao dos Povos e aexe u� ~ao de programas de apoio, a n��vel mundial, para a evolu� ~ao dohomem em �areas aren iadas, e que tal se dar�a pela a� ~ao do projetoa ima explanado, propomos que, para a obten� ~ao dos re ursos ne- ess�arios �a sua implementa� ~ao e para que outras re eitas sejam apura-das e geradas para a� ~oes on retas ao n��vel da edu a� ~ao, da sa�udee da alimenta� ~ao, pelas vias que adiante sugeriremos, se desenvolvaum jogo, parte do grande entretenimento que �e o ampeonato de fu-tebol, no qual parti ipariam todos os adeptos e que faria reverberartodo este novo movimento para uma nova ons i^en ia.

3.6 Exemplos de atributos da alma 37foram es olhidos ont�em todos os outros. Ou seja, por exemplo, n~ao�e dif�� il per eber que a Harmonia ont�em e �e feita de Vibra� ~ao,For� a, Inspira� ~ao, Justi� a, Paz, et . N~ao �e dif�� il per eber que aIrmandade ont�em e �e feita de Esperan� a, Amizade, Sabedoria,ou outros, e que sempre assim se veri� a om todo e qualquer atributo.Todos os outros atributos que n~ao s~ao aqui men ionados (ver outraspossibilidades no Anexo 3) poderiam ter sido exempli� ados e tamb�emneles se veri� aria que todos os outros est~ao ontidos.Este fen^omeno vem refor� ar o sentido de unidade e uni~ao almejadopela alma de ada ser para om as outras almas, pela alma de adana� ~ao para om as outras na� ~oes, por todo o planeta, por toda ahumanidade. E o futebol pode ser um belo e e� az meio a servi� odeste glorioso prop�osito de uni� a� ~ao.3.6.6 Vis~ao de um pormenor do CampeonatoPara tornar as oisas mais intelig��veis e de alguma forma imaginarat�e onde se pode levar o on eito aqui explanado, vamos fazer umaproje� ~ao, uma des ri� ~ao de omo, na nossa vis~ao, tudo se poderiapro essar.Assim nos en ontramos, ent~ao, no in�� io de mais um jogo. Vamosolhar e ver o que est�a a a onte er.\A multid~ao est�a ao rubro. As laques v~ao antando e expressandoa sua alegre expe tativa. A vibra� ~ao tudo preen he, a todos ontagia.Est�a em perspe tiva um dos jogos da primeira fase, um jogo de umdos quatro grupos das primeiras eliminat�orias. Todas as possibilida-des ainda est~ao em aberto e, dentro em pou o, algumas se de�nir~aono ret^angulo verde que, para j�a, permane e l�a em baixo vazio de jo-gadores. Vazio de jogadores, mas heio do som das emo� ~oes que nelese vertem, bem omo das oreogra�as e m�usi a que se ouve.No quadro eletr^oni o pode ler-se:

38 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOL(Na� ~ao X) Liberdade x Paz (Na� ~ao Z)O en ontro da Liberdade om a Paz para o en ontrar daHarmonia\A Harmonia da Liberdade e da Paz na Uni~ao dos Povos"Os paladinos da Liberdade (a Na� ~ao X) v~ao en ontrar-se om osportadores do estandarte da Paz (a Na� ~ao Z). H�a um grande prop�ositoneste jogo, neste en ontro: o jogo est�a dedi ado �a Harmonia. Estejogo �e o en ontro da Liberdade om a Paz para o en ontrar daHarmonia, e tem omo a� ~ao on reta riar meios e energia a todosos n��veis para entregar a pr�opria Harmonia do Alimento, da Sa�ude eda Edu a� ~ao ao Mundo. O mesmo se ir�a passar om todos os outrosjogos deste ampeonato, om os seus respe tivos s��mbolos.Entretanto, tamb�em esta mensagem est�a expressa em artazes ima-ginativos no relvado e nas oreogra�as que a�� se desenvolvem.Grande parte do p�ubli o adquiriu amisetas onde, al�em da bandeirada sua na� ~ao, est�a ins rita a mesma mensagem que se l^e no grandepainel eletr^oni o. Com a oordena� ~ao da UEFA/FIFA, h�a alguns ele-mentos da organiza� ~ao dos jogos que, posi ionados no n��vel das a-deiras mais baixas do p�ubli o, ome� am a desdobrar imensos artazes(onde se l^e a mesma mensagem) que obrem entenas de pessoas emsimult^aneo, passando-os aos espe tadores mais pr�oximos, os quais osv~ao passando sempre para os espe tadores mais a ima, at�e atingiremo topo das ban adas. Ainda �e dado um efeito mais belo pelo fato deestes artazes n~ao estarem sendo transportados ao mesmo tempo, s�ose ome� ando a desdobrar o pr�oximo quando o anterior hega a umter� o do seu per urso as endente, o que faz om que todo o p�ubli o onsiga apre iar o espet�a ulo inusitado.Enquanto isto o orre, nas diversas televis~oes de todo o mundo, oslo utores e omentaristas, al�em dos pormenores desportivos, v~ao dis- orrendo sobre todo este novo on eito implementado pela UEFA e3.6 Exemplos de atributos da alma 39FIFA: as pontes entre as almas do futebol, das pessoas e do mundo.Debru� am-se tamb�em sobre os planos e projetos de todo este mo-vimento se materializar em a� ~oes on retas na tentativa deminorar a fome e a doen� a mundiais, bem omo providen iarmeios para apoiar a edu a� ~ao mundial.�A mesma hora, nas programa� ~oes de outros anais de outros pa��ses,outros jogos est~ao sendo vistos (aqui v^e-se o en ontro da Inspira� ~aox Sabedoria, ali v^e-se o en ontro da Justi� a x Igualdade) mas emtodos os en ontros se projeta a ideia entral: os estandartes de adaequipa que se en ontram para dedi ar o momento �a manifesta� ~ao deum ter eiro atributo, o qual de�ne o prop�osito do jogo e que ser�ain orporado, na sua espe i� idade pr�opria, �a\A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol"A festa, a expe tativa, a emo� ~ao avan� am para um l��max. Pressente-se a qualquer momento a entrada t~ao ardentemente esperada dos jo-gadores no gramado.E n~ao se espera mais: eles ome� am a surgir do t�unel de a esso dosbalne�arios. A multid~ao explode em uma s�o a lama� ~ao.Como desde h�a uns anos, a partir de uma bela e inspirada ideia, ada jogador traz uma rian� a pela m~ao (uma das imagens que vale pormil palavras). Mas desta vez h�a uma novidade. Conforme os jogadoressaem do a esso estreito, as duas �las, ada uma orrespondendo a adaequipe, afastam-se e os jogadores deixam o p�ubli o per eber que entreas duas �las eles seguram os seus estandartes. Uma das m~aos estendida�a rian� a e a outra segurando o estandarte. Cada estandarte tem abandeira da na� ~ao e o atributo que ela vem entregar. Mas mais belo�e ver que as duas equipas seguram em simult^aneo os dois estandartes,as duas bandeiras, os dois atributos da alma, Liberdade e Paz, omose as duas fossem uma s�o, enquanto a equipe de arbitragem arrega oter eiro estandarte, o fruto deste en ontro, a Harmonia.

3.8 Como se distribuiriam os re ursos? 41Pare e-nos que �e uma f�ormula que se pode traduzir em re eitasvolumosas para apli a� ~ao em programas nas �areas anteriormente de-�nidas.A ideia �e a da ria� ~ao de um jogo de apostas (no Anexo 4 �e entregueum poss��vel esquema desse jogo), o qual poderia ustar in o euros.Este baixo usto �e pensado de forma a garantir a ades~ao ma i� a daspopula� ~oes, j�a que os formul�arios deste jogo seriam distribu��dos emtodo o mundo, tendo as pessoas onhe imento laro e objetivo de queas re eitas do jogo seriam empregues em a� ~oes de assist^en ia so ial.Como se pode veri� ar, �e um jogo de somas de par elas onde seriampremiados os apostadores que atingissem as pontua� ~oes mais elevadas.Deveria haver um pr^emio �xo per entual em rela� ~ao �as re eitas, o qualseria dividido pelos apostadores que viriam a obter as tais pontua� ~oesmais elevadas, ou algum outro sistema de pr^emios j�a experimentado.Uma sugest~ao interessante para a distribui� ~ao dos formul�arios seriafaz^e-la por interm�edio da m��dia, em jornais e revistas, ou por meio dosagentes de apostas e loterias espalhados pelo mundo, ou outros meiosde distribui� ~ao aos quais se poderiam asso iar agentes de diversos tiposque quisessem ontribuir para esta a� ~ao de unho so ial.A partir da apli a� ~ao de todo este on eito aqui apresentado po-deriam ser riados todos os produtos a omer ializar antes, durantee ap�os a realiza� ~ao da fase �nal deste Euro 2016 e dos posteriores ampeonatos.3.8 Como se distribuiriam os re ursos?3.8.1 Projetos de ^ambito humanit�arioFinalmente, ap�os esta abordagem a um projeto que pode ter ontor-nos, desdobramentos e impli a� ~oes enormes, hegamos ao momento daexempli� a� ~ao da apli abilidade dos re ursos obtidos om esta a� ~ao.

42 3 A UNI ~AO DOS POVOS PELA ALMA DO FUTEBOLUma possibilidade �e a distribui� ~ao destes re ursos poder ser feitaposteriormente mediante on urso p�ubli o, por meio do qual se pro-poriam as Organiza� ~oes N~ao Governamentais (ONG) para o usufrutoe apli a� ~ao desses dinheiros. A ondi� ~ao b�asi a poderia ser que essasONG's operassem nos ^ambitos fo ados no projeto: nutri� ~ao, sa�ude,edu a� ~ao (por exemplo: Legi~ao da Boa Vontade, UNESCO, CruzVermelha, M�edi os Sem Fronteiras, et ., et ., et .).Pare e-nos importante a possibilidade da ria� ~ao de uma omiss~aoque faria a gest~ao e �s aliza� ~ao de todo este pro esso. Esta omiss~aopoderia ser onstitu��da, por exemplo, por elementos da UEFA/FIFA,da So iedade Civil, do Gabinete da Presid^en ia da Rep�ubli a, e outros.Dois exemplos de poss��veis projetos:COMBATE �A FOME:A t��tulo de exemplo, na �area de ombate �a fome, alguns re ursospoderiam ser utilizados para se riarem meios de re olha, transportee distribui� ~ao, em pa��ses mais aren iados, dos ex edentes agr�� olasmundiais, em uma tentativa de se a abar ou minimizar o fato de to-neladas e toneladas de bens alimentares serem despejados nas lixeirasou destru��dos.EDUCAC� ~AO:Queremos deixar um s�o exemplo de omo este on eito dos atributosda alma poderia ter ontinuidade mesmo no tempo que medeia entre ada ampeonato:Todos os anos, na maioria dos estabele imentos de ensino, s~ao feitos ampeonatos de futebol interturmas, e em alguns asos mesmo inte-res olas. Seria altamente ben�e� o e edu ativo se este on eito tamb�ema�� fosse apli ado (a pequena hist�oria � ionada presente no in�� io dotexto do presente projeto d�a algumas indi a� ~oes e pistas do poss��velfun ionamento desses ampeonatos).O prin ��pio \A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol" de-3.8 Como se distribuiriam os re ursos? 43veria permear a distribui� ~ao de todos os re ursos que adviessem daexe u� ~ao deste projeto e que deveriam ser dis utidos em momentooportuno, aso haja uma ades~ao dos respons�aveis da UEFA e da FIFA,de uja on ord^an ia depende obviamente o desenvolvimento de todaesta proposta.O esp��rito do projeto �e altru��sta, ut�opi o e de unho evolu ion�arioe �e om esse esp��rito que gostaria que a sua insigne Organiza� ~ao fa� aparte deste projeto.