Como Encontrar Sentido Na Vida de Tradutor

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  • Copyright 2015 Gilmar Saint Clair Ribeiro. All Rights Reserved.

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  • Gilmar Saint Clair Ribeiro, 2015

    ADVERTNCIA

    O Autor reserva-se todos os direitos sobre o texto que segue.

    proibido: 1) reproduzi-lo, ainda que parcialmente, e seja qual for o meio ou processo de reproduo; 2) proceder memorizao ou recuperao dele em sistema de processamento de dados; 3) divulgar-lhe o contedo, parcial ou integralmente, especialmente atravs da imprensa, rdio ou televiso; 4) utiliz-los de qualquer outro modo antes de sua efetiva publicao pelo autor. A violao dos direitos autorais constitui crime, punvel com priso de trs meses a um ano e multa (CP, art. 1841, na redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003) - Lei dos Direitos Autorais2 - arts. 122, 123 e 124). __________________________ Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe so conexos: (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    Pena - deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    1o Se a violao consistir em reproduo total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretao, execuo ou fonograma, sem autorizao expressa do autor, do artista intrprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    Pena - recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    2o Na mesma pena do 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expe venda, aluga, introduz no Pas, adquire, oculta, tem em depsito, original ou cpia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violao do direito de autor, do direito de artista intrprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cpia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorizao dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    3o Se a violao consistir no oferecimento ao pblico, mediante cabo, fibra tica, satlite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usurio realizar a seleo da obra ou produo para receb-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indi-reto, sem autorizao expressa, conforme o caso, do autor, do artista intrprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente: (Redao dada pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    Pena - recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Includo pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

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  • 4o O disposto nos 1o, 2o e 3o no se aplica quando se tratar de exceo ou limitao ao direito de autor ou os que lhe so conexos, em conformidade com o previsto na Lei n 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, nem a cpia de obra intelectual ou fonograma, em um s exemplar, para uso privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto. (Includo pela Lei n 10.695, de 1.7.2003)

    Sua indevida divulgao tambm constitui crime, que se pune com priso de um a seis meses e multa (CP, art. 1533).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm

    Divulgao de segredo

    Art. 153 - Divulgar algum, sem justa causa, contedo de documento particular ou de correspondncia confidencial, de que destinatrio ou detentor, e cuja divulgao possa produzir dano a outrem:

    Pena - deteno, de um a seis meses, ou multa.

    1 Somente se procede mediante representao. (Pargrafo nico renumerado pela Lei n 9.983, de 2000)

    1o-A. Divulgar, sem justa causa, informaes sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou no nos sistemas de informaes ou banco de dados da Administrao Pblica: (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Pena - deteno, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    2o Quando resultar prejuzo para a Administrao Pblica, a ao penal ser incondicionada. (In-cludo pela Lei n 9.983, de 2000)

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    ADVERTNCIA

  • SUMRIO

    ADVERTNCIA.......................................................................................................................................................... 2

    INTRODUO........................................................................................................................................................... 5

    CAPTULO I

    UM MODELO DE TRADUO OFICIAL............................................................................................................ 7

    CAPTULO II

    GLOSSRIO DO TRADUTOR PROFISSIONAL.................................................................................................. 11

    CONCLUSO

    O SENTIDO DA VIDA DE TRADUTOR............................................................................................................... 13

    SOBRE GILMAR SAINT CLAIR RIBEIRO........................................................................................................... 15

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  • INTRODUO

    Entra ano sai ano e minha caixa de correio eletrnico contendo currculos fica cada vez mais abasteci-da.

    So pessoas com mais ou menos experincia na rea de traduo, estagirios em escritrios de advo-cacia; ex-funcionrios de agncias de traduo; recm-formados em Faculdades de Letras com especializao em traduo e at mesmo colegas tradutores de pases de fala espanhola com dvidas terminolgicas quanto ao vernculo propondo alguma forma de parceria de trabalho.

    E todos eles com a mesma preocupao de fundo: como jogar para vencer nesse mercado? Como me inserir nele com o p direito obtendo os melhores resultados? Tudo isso, enfim, denota uma avidez por trabalho e por ingressar em cheio no mercado da traduo.

    * * * O recm-formado em Letras imerge num primeiro desafio tradutrio, j como candidato a profissional, e se d conta de que seus estudos acadmicos lhe esto sendo de pouca valia, pois no contriburam para sua especializao em qualquer rea que seja do universo tradutrio. Comea a buscar avidamente na Internet por glossrios que tragam os termos de cuja traduo necessita, mas fica inseguro em sua utilizao, pois ali encontra de tudo, e esse tudo pode ser de nenhuma valia.

    Outro est paralisado pelo medo e lhe bate a dvida atroz se esse mesmo o trabalho que deseja re-alizar, e j pensa em fazer outra faculdade...

    Outro ainda: meu Deus onde procurar clientes para iniciar essa minha atividade como tradutor? Quan-do consegue fazer seu oramento para um primeiro cliente, perde o trabalho para a concorrncia, pois ofer-taram um preo aviltante pelo servio, e nesse leilo s avessas ele ficou na mo!

    Meu sonho, minha paixo sempre foi a traduo pensam uns tantos, mas sem concretizarem bem exa-tamente o que esto querendo dizer com essas frases de efeito.

    Em todos, por fim, a grande questo: dar mesmo para viver de traduo?

    * * * Quero desde logo dizer que entendo todas essas dificuldades e indagaes!

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  • Sempre vivi e vivo at hoje de traduo, sejam elas literrias, tcnicas ou juramentadas e talvez com uma dificuldade adicional: sou um autodidata.

    Muito embora concorde tambm com o que uma acadmica afirmou alhures: A instituio acadmica est engessada em si mesma e, desta maneira, acaba no contribuindo no crescimento da maior parte das pes-soas hoje, como se encontra, ela no est no mundo real.

    Razo pela qual, quando muitos colegas deixam os bancos universitrios ficam perdidos quando tm de encarar o universo tradutrio. E todos sabem tambm que os cursos de formao de tradutores so poucos, menos ainda os de qualidade respeitvel! Lembro isso, contudo, sem desmerecer em nada o que se pode haurir cursando uma excelente fa-culdade! E, particularmente, valorizando e enaltecendo os inmeros estudos acadmicos realizados por pesquisadores de peso a respeito de traduo.

    Colegas, um dia tambm tive de pr minha cara a tapa, correr atrs de parceiros, de clientes, enviando meu currculo, de forma a um s tempo exaustiva e ineficaz, naquela poca por correio, ou entregando pessoal-mente em empresas etc. E sei que no fcil! Por isso, amigo, entendo-o e lhe estendo minha mo!

    Durante anos frequentei bienais do livro com envelopes debaixo do brao com meu currculo e uma centena de cartes pessoais para entregar aos figures das editoras reunidas por l, as nacionais e as interna-cionais. No era nada fcil encontrar os figures para gerar aquela empatia e afinal entregar meu material nas mos de quem tivesse poder de deciso.

    Ralei, amigos, e muito!

    * * * Diante desse quadro, gostaria que o leitor, la main dans la main, bem ao meu lado, me acompanhasse nas informaes prticas e teis referentes aos trs passos dados por mim e que me conduziram ao sucesso.

    O primeiro passo para se encarar vitoriosamente o mercado altamente competitivo da traduo o foco na inovao, considerando os mltiplos recursos tecnolgicos que foram surgindo ao longo dos anos em apoio do tradutor para que este realize um trabalho com distino e excelncia.

    O segundo passo se refere ao respeito e muita disciplina que preciso ter no exerccio da profisso de tradutor.

    O terceiro passo, claro, como fazer-se conhecer nesse mercado.

    Esses trs passos sero amplamente tratados em minha obra: Tradutor... 03 degraus acima .

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    INTRODUO

  • UM MODELO DE TRADUO OFICIAL

    Apresento ao leitor, guisa de exemplo das inmeras dificuldades que encontramos na prtica de nossa atividade, um modelo de traduo de carta rogatria da justia brasileira com destino justia argentina, de feitura no to simples como um tradutor inexperiente talvez pudesse imaginar. Dentre essas dificuldades menciono a de se encontrar alhures ou algures terminologia jurdica con-fivel no par de idiomas espanholportugus, muito embora esteja crescendo atualmente a demanda por essas tradues envolvendo essas lnguas de partida e de chegada. Essas complexidades tradutrias sero destacadas em meus comentrios. TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SAO PAULO COMARCA DE SO PAULO FORO CENTRAL CVEL 36 VARA CVELPraa Joo Mendes s/n, 12 andar - salas n 1211/1213, Centro - CEP 01501-900, Fone:2171-6243, So Paulo-SP - E-mail: [email protected]

    CARTA ROGATORIA

    Processo n: Classe - Assunto: Cautelar Inominada - Liminar Requerente: Requerido:

    O(A) Exmo(a). Sr(a). Dr(a). XXXX, MM. Juiz(a) de Direito da 36 Vara Cvel do Foro Central Cvel, Estado de So Paulo da Repblica Federativa do Brasil, na forma da lei,

    FAZ SABER s Autoridades Judiciais competentes da Justia da ARGENTINA que, perante este Juzo, se processam os atos e termos da ao em epgrafe, conforme peas que seguem anexas e desta ficam fazendo parte inte-grante. FINALIDADE: ENTREGA DO MANDADO DE CITAO DA EMPRESA xxxx e xxxx., PARA APRESENTAR A RESPOSTA EM 05 (CINCO) DIAS inscrita no CUIT n xxxx com sede na RUA XXXX, BUENOS AIRES, REPBLICA ARGENTINA.

    TRIBUNAL DE JUSTICIA DEL ESTADO DE SAOPAULO COMARCA DE SAO PAULOFUERO CENTRAL CIVIL36 JUZGADO LETRADO EN LO CIVILPraa Joo Mendes s/n., 12 andar salas n. 1211/1213, Centro C.P. 01501-900, Tel.: 2171-6243, So Paulo-SP- correo electrnico: [email protected]

    EXHORTO

    Expediente nmero:Clase-Asunto: Cautelar Innominada Interdicto provisorioDemandante: Demandado:

    El Excelentsimo Sr. Doctor XXXX, Ilustre Juez Letrado del 36 Juzgado Letrado en lo Civil del Fuero Central Civil, Estado de Sao Paulo de la Repblica Federativa del Brasil, en la forma de la ley,HACE SABER a las Autoridades Judiciales competentes de la Justicia de Argentina que, ante este Juzgado se procesan los actos y trminos de la actuacin en epgrafe, conforme piezas que siguen agregadas y de sta pasan a formar parte integrante.FINALIDAD: ENTREGA DE LA NOTIFICACIN JUDICIAL DE LA EMPRESA xxxx y xxxx., PARA PRESENTAR RESPUESTA EN 05 (CINCO) DAS inscrita en el CUIT n. xxxx con sede en CALLE XXXX, BUENOS AIRES, REPBLICA ARGENTINA.

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  • ENCERRAMENTOEm virtude de ser necessrio o presente ato, objeto da presente carta rogatria, com teor do qual ROGA que se proceda s diligncias necessrias ao seu integral cumprimento, com o que estar prestando relevantes servios Justia Brasileira e a este Juzo, garantindo a autoridade rogante reciprocidade nos limites que a legislao brasileira e os tratados permitem. So Paulo, Repblica Federativa do Brasil, 19 de maro de 2014.

    MANDADO DE CITAOO(A) Exmo(a) Sr(a). Dr(a). XXXX, MM. Juiz(a) de Direito da 36 Vara Cvel do Foro Central Cvel, Estado de So Paulo da Repblica Federativa do Brasil, no uso de suas atribuies legais,FAZ SABER a(o) Senhor(a) XXXX e XXXX, inscrita no CUIT n XXXX com sede na RUA, BUENOS AIRES, REPBLICA ARGENTINA, que por este Juzo e Cartrio tramitam os autos da Ao Cautelar Inominada, movida por XXXX contra XXXX, processo n , FICANDO Vossa Senhoria, atravs deste instrumento, CITADO(A) PARA APRESENTAR A RESPOSTA EM 05 (CINCO) DIAS dos termos da presente Ao, cuja petio inicial segue em anexo por cpia autenticada, fazendo parte integrante deste.

    ADVERTNCIA: (vide NOTA no rodap)

    Dado e passado nesta cidade e comarca de So Paulo, Repblica Federativa do Brasil, 19 de maro de 2014. (*) NOTA: Fazer constar apenas o necessrio, como prazo para contestao e defesa, mencionando a data do incio, nomeao de advogado, fixao de alimentos (se for o caso), etc.

    CIERREDebido a ser necesario el presente acto, objeto del presente exhorto, con tenor del cual EXHORTA que se proceda a las diligencias necesarias a su integral cumplimiento, con el cual estar prestando relevantes servicios a la Justicia Brasilea y a este Juzgado, garantizando la autoridad exhortante reciprocidad en los lmites que la legislacin brasilea y los tratados permiten. So Paulo, Repblica Federativa de Brasil, 19 de marzo de 2014.

    NOTIFICACIN JUDICIALEl Excelentsimo Sr. XXXX, Ilustre Juez Letrado del 36 Juzgado Letrado en lo Civil del Fuero Central Civil, Estado de Sao Paulo de la Repblica Federativa del Brasil, en el uso de sus atribuciones legales,HACE SABER a XXXX y XXXX., inscrita en el CUIT n. XXXX con sede en CALLE XXXX, BUENOS AIRES, REPBLICA ARGENTINA, que por este Juzgado y Letra tramitan los autos de la Accin Cautelar Innominada, movida por XXXX. contra XXXX, expediente nmero XXXX, QUEDANDO Vuestra Seora, a travs de este instrumento NOTIFICADO PARA PRESENTAR RESPUESTA EN 05 (CINCO) DAS de los trminos de la presente Actuacin, cuya demanda sigue adjunta por copia certificada, formando parte integrante de este.AMONESTACIN: (ver NOTA al pie del documento)Expedido en esta ciudad y comarca de Sao Paulo, Repblica Federativa del Brasil, 19 de marzo de 2014.(*) NOTA: Hacer constar apenas lo necesario, como plazo para contestacin y defensa, mencionando la fecha del inicio, nombramiento del abogado, fijacin de alimentos (si fuera el caso), etc.

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    UM MODELO DE TRADUO OFICIAL

  • (*) OBS.: 1. Em caso de audincia, observar oitem 7, da Portaria n 26, de 14 de agosto de 1990, disponibilizada no site do Ministrio da Justia.

    2. Quando duas ou mais pessoas, ainda que no mesmo endereo, expedir mandados individuais.

    3 . Quando tratar-se de Rogatria Criminal, encaminhar cpia da denncia do Ministrio Pblico, bem como dos artigos nela mencionados.

    (*) OBS.: 1. En caso de audiencia, observar elrubro 7, de la Resolucin n 26, del 14 de agosto de 1990, puesta a disposicin en el sitio del Ministerio de Justicia.

    2. Cuando dos o ms personas, aunque en la misma direccin, emitan mandamientos individuales. 3. Cuando se trate de Exhorto Criminal, enviar copia de la denuncia del Ministerio Fiscal, as como de los artculos en ella mencionados.

    COMENTRIO

    Antes de qualquer outra considerao, claro que os figurantes nessa Carta Rogatria foram intencio-nalmente conservados no anonimato, pois o que nos interessa aqui so os aspectos formais e tradutrios desse texto que me foi apresentado para ser vertido do portugus ao idioma espanhol.

    Ao leitor no familiarizado com textos jurdicos, o que chama a ateno numa primeira abordagem do texto seu formalismo; o que, nesse tipo de textos, s vezes chega at mesmo a ser excessivo.

    Na Carta Rogatria que o leitor tem em mos, as mesmas ideias so sempre expressadas pelas mesmas palavras quando repetidas ao longo do texto, evitando-se qualquer emprego de sinonmia com propsitos es-tilsticos.

    Com efeito, na linguagem tcnica jurdica o emprego de sinnimos banido por ser prejudicial devido ao fato de gerar ambiguidade e inevitveis falhas de comunicao e de interpretao.

    Nada tambm de linguagem empolada, pois se deve usar nesse tipo de textos o termo exato, sem im-portar se ele simples ou de difcil entendimento.

    Ou seja, aquele termo e apenas ele, exprime de forma correta aquela ideia naquele contexto especfico, podendo at mesmo apresentar equivalncia zero nos institutos jurdicos de outros pases.

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    UM MODELO DE TRADUO OFICIAL

  • Elenco a seguir alguns vocbulos e expresses em portugus e sua respectiva verso ao idioma espa-nhol.

    vara cvel=juzgado letrado en lo civile-mail=correo electrnicocarta rogatoria=exhortoprocesso=expedienteliminar=interdicto provisoriorequerente=demandanterequerido=demandadoencerramento=cierreroga=exhortaa este Juzo=a este Juzgadoautoridade rogante=autoridad exhortantemandado de citao=notificacin judicialao cautelar inominada=accin cautelar innominadafazendo parte integrante=formando parte integranteadvertncia=amonestacinrodap=al pieo item=el rubromandados individuais=mandamientos individualesrogatria criminal=exhorto criminalministrio pblico=ministerio fiscal

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    UM MODELO DE TRADUO OFICIAL

  • GLOSSRIO DO TRADUTOR PROFISSIONAL

    A traduo da Carta Rogatria do exemplo do Captulo 1 foi o resultado de longos anos de experincia e pesquisa em traduo e de consulta ao meu glossrio jurdico pessoal, dentre diversos outros glossrios que pretendo compartilhar com meus leitores e colegas tradutores. Sua leitura flui, compreensvel porque todos os abrolhos tradutrios da Carta Rogatria foram superados.

    Como explica a tradutora Denise Bottmann: Para o tradutor o grande desafio entender de fato o texto. Entender uma frase no significa entender as palavras e o sentido visvel em determinada construo. Significa entender as articulaes daquela frase dentro da construo geral da obra, princpios estruturais e compositivos utilizados pelo autor. Traduzir basicamente decifrar o texto original, seguindo uma ou mais chaves de leitura, e reconstituir essa decifrao num outro texto e em outra lngua.

    Meu prtico-prtico da faina tradutria precisamente este: decifrar vocbulos de sentido obscuro e especfico em determinado contexto que ao longo do tempo foram sendo validados e incorporados em meus glossrios.

    Uma que outra vez algum consulente, e este poder ser voc, quando o ajudo nessas decifraes ter-minolgicas, que agregam muito valor qualidade das tradues que fazem, me indaga: onde voc encontrou isso? E respondo: essa eu sabia, quando no, encontrei em meus glossrios pessoais, que um dia foram alfar-rbios e hoje so glossrios temticos informatizados.

    Algum se perguntar: mas como surge um glossrio?

    Mais ou menos na poca de minha posse no ofcio de tradutor pblico, as Edies Loyola de So Paulo me convidaram para traduzir do francs uma coletnea de vrios autores de 900 pginas sobre tema especial-izado, e encarei o desafio.

    Percorro o Sumrio e o Glossrio do original para identificar com exatido a rea temtica e as pos-sveis dificuldades do texto a traduzir. Logo numa primeira abordagem me deparo com neologismos criados no francs a partir do hebraico e do grego. Procuro em francs e no vernculo os melhores glossrios e di-cionrios especficos sobre o assunto na Internet e os salvo em pasta com o nome do projeto em meu navegador para ter acesso fcil a eles toda vez que puser a mo nessa massa.

    Nesse caso especfico comecei traduzindo o Glossrio que acompanhava a obra, a fim de ir me imbuin-do de todo o seu jargo especializado, dos neologismos etc. E comecei a elaborar meu glossrio bilngue sobre a obra em questo, validado por mim em sua terminologia uma vez confrontados com outros glossrios e dicionrios sobre o tema, tanto em francs como na lngua de destino da traduo; no apenas com os termos espinhosos, mas tambm com outros que notei serem recorrentes a fim de preservar a uniformidade termi-nolgica ao longo das 900 pginas.

    O mesmo procedimento sempre adotei ao longo desses 40 anos de lida tradutria, tanto traduzindo como revisando tradues de outros colegas a partir de originais em italiano, francs e espanhol. E me dei muito bem, obrigado. E convido meu leitor a me acompanhar em toda essa jornada!

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  • O SENTIDO DA VIDA DE TRADUTOR

    Houve um tempo em que uma pergunta me atormentava o esprito: que sentido faz em minha vida essa trabalheira toda como tradutor? possvel que essa pergunta tambm tenha ocorrido a quem me l, ou venha a lhe ocorrer algum dia. E estas minhas consideraes so para lhe servir de estmulo nessa longa caminhada de uma vida inteira!

    No vou me referir aqui tanto aos mais de 2.000 ttulos pessoalmente traduzidos por mim ou que revi-sei para vrias Editoras a partir do francs, do italiano e do espanhol.

    Quero me referir aqui profunda utilidade do exerccio de meu ofcio como tradutor juramentado no qual completo 15 anos e do quanto pude servir a inmeros clientes pessoas jurdicas e pessoas fsicas.

    *** Certa vez me liga uma viva de um municpio no muito distante do meu perguntando se poderia en-contrar-se comigo na rodoviria de minha cidade. Perguntei o motivo, e ela respondeu que gostaria de me dar um singelo presente e que pessoalmente me explicaria o motivo. L nos encontramos e a idosa me explicou que seu advogado estava tendo dificuldades para conseguir da Previdncia o pagamento da penso de seu falecido marido espanhol. Porm, os documentos vindos da Espanha que eu havia traduzido haviam sido decisivos para que a situao se resolvesse e ela pudesse receber o que lhe era devido, e que a primeira coisa que fez ao receber a primeira penso foi comprar meu singelo presente, o qual fazia questo de vir me entregar em mos! claro que me emocionei e ganhei meu dia...

    Quantas vezes, como intrprete, estive ao lado do Juiz de Paz em cartrios participando do casamento de algum estrangeiro(a) de fala espanhola tornando-lhes compreensvel em seu prprio idioma as explanaes do Juiz e o teor da documentao que iriam assinar.

    Mas tambm tornando possvel a homologao em Braslia de sentenas de divrcio oriundas de pases estrangeiros para que se pudesse efetuar a partilha, s vezes, de muitos bens imveis.

    Recentemente preparei a documentao de duas famlias inteiras que foram morar no Mxico em razo do trabalho dos maridos. Documentos universitrios dos cnjuges, escolares dos filhos, certides de casamen-to, de nascimento, diversos atestados, enfim o que mais fosse mister para atender o que o governo mexicano exigia.

    Para no mencionar a documentao de profissionais brasileiros indo se doutorar ou ps-graduar no estrangeiro e depois de algum tempo a documentao em espanhol que traziam ao retornar para o Brasil. De passagem menciono a fidelizao que existe em tudo isso: pode passar o tempo que for, se algum desses clientes necessitar de traduo, sempre voltar a procur-lo!

    E isso gratificante no exerccio do ofcio.

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  • E o que dizer da documentao corporativa de multinacionais envolvendo dgitos e mais dgitos de numerrio como a daquela espanhola participando de licitao da Caixa Econmica Federal para a confeco de modernssimos cartes magnticos. E voc, como tradutor, fazendo parte de todo esse processo.

    E os bancos e instituies financeiras e de auditoria com interesses no estrangeiro, ou dos estrangeiros com interesses no Brasil, e mais uma vez, voc traduzindo, traduzindo e traduzindo...

    Cada vez mais medida que o globo terrestre se transforma na bolinha de pingue-pongue de que tanto se fala com o termo globalizao, o tradutor profissional responsvel e capacitado exercendo cada vez mais sua influncia e atuando alm-fronteiras!

    Esse nosso sentido de vida como tradutor, meu sentido, e o seu, amigo leitor e tradutor, a quem convi-do a aprofundar todas essas reflexes com minha obra: Tradutor... 03 degraus acima ! O que, para muitos, ser um verdadeiro desafio!

    Aguardem.

    VDEO COMPLEMENTAR

    Clique aqui e saiba quando disposicin em espanhol no disposio em portugus nem aporte aporte: https://www.youtube.com/watch?v=5u7UmhPlHIo

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    O SENTIDO DA VIDA DE TRADUTOR

  • SOBRE GILMAR SAINT CLAIR RIBEIRO

    Sou tradutor h mais de quarenta anos; e autodidata, com muito orgulho e muita ralao!

    No estranhe o leitor, mas possvel chegar onde se quer sendo autodidata! Que o digam o polimato Leonardo da Vinci, Jos Saramago, Machado de Assis, Ray Bradbury, o msico Jimi Hendrix...

    Alis, no meu ramo de atividade, o criador do mais antigo blogue sobre traduo no Brasil, Danilo Nogueira, tambm um autodidata de renome.

    Com a experincia adquirida nesta altura de minha vida, quero ser um otimizador, facilitador e trans-formador de leitores que possam estar passando pelas dificuldades tradutrias por que passei, compartilhando as solues terminolgicas por mim encontradas depois de muito estudo e pesquisa ao longo de todos esses anos.

    Hoje conto com mais de 2.000 ttulos que traduzi ou revisei a partir do francs, do italiano e do es-panhol para diversas Editoras de So Paulo e do Rio de Janeiro, dentre os mais recentes as Palavras do Papa Francisco no Brasil, aquelas que o pontfice aqui pronunciou na lngua de Cervantes.

    Tambm me aventurei a escrever uns tantos livros: 1.001 palavras da comunicao religiosa, Os Anjos e eu, 26 questes sobre indulgncias, Jos, Maria luz do Vaticano II.

    Em 28 de julho do ano 2000 fui empossado em So Paulo, no Palcio dos Bandeirantes, pelo ento governador Mario Covas no ofcio de Tradutor Pblico e Intrprete Comercial do idioma espanhol (matrcula Jucesp 952).

    http://www.tradutor-juramentado-gilmar-ribeiro.com

    [email protected]

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