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Como o médico da Unimed deve se preparar para auxiliar nos processos judiciais - NTEP Seminário Nacional Unimed de Saúde Ocupacional e Acidente do Trabalho 2012

Como o Médico Da Unimed Deve Se Preparar Para Auxiliar Nos Processos Judiciais - NTEP

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Fala sobre o nexo tecnico causal e como deve ser a conduta do médico da Unimed

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  • Como o mdico da Unimed deve se preparar para auxiliar nos processos

    judiciais - NTEP

    Seminrio Nacional Unimed

    de Sade Ocupacional e Acidente do Trabalho

    2012

  • Perodo de 2007- 2012

    Total de

    casos

    620

    CID M 420

    CID F 29

    CID S 62

    Outros CIDs 109

    Hipertenso

    Erisipela

    Varizes

    Hrnia Inguinal

    Calos/Calosidades

  • Total de casos 620

    74 casos no contestados

    546 casos contestados

  • Histrico relativo Percia do INSS

    A Percia do INSS considerada Instncia Superior na

    hierarquia administrativa.

    A Percia do INSS sempre teve a competncia de

    julgamento do nexo tcnico entre doena do empregado,

    agravo e a sua atividade laboral.

    O julgamento do Nexo Tcnico

    envolvia uma anamnese criteriosa, exame fsico, anlise de exames complementares,

    anlise de pronturio e visita do Perito do INSS ao posto de trabalho, condio esta considerada

    essencial pelo Conselho Federal de Medicina para a deciso final.

  • O Nexo Tcnico Previdencirio

    O Nexo Tcnico Previdencirio poder ser de trs espcies:

    I - nexo tcnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas associaes

    entre patologias e exposies constantes das listas A e B do anexo II do Decreto n 3.048, de 1999.

    II - nexo tcnico por doena equiparada a acidente de trabalho ou nexo tcnico individual,

    decorrente de acidentes de trabalho tpicos ou de trajeto, bem como de condies especiais em

    que o trabalho realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos

    do 2 do art. 20 da Lei n 8.213/91.

    III - nexo tcnico epidemiolgico previdencirio, aplicvel quando houver significncia estatstica da associao entre o cdigo da Classificao Internacional de Doenas-CID, e o da Classificao Nacional de Atividade Econmica-CNAE,

    na parte inserida pelo Decreto n 6.042/07, na lista B do anexo II do Decreto n 3.048, de 1999;

  • O INSS no tem julgado em tempo hbil as defesas apresentadas pela Empresa, acumulando grande quantidade

    de Recursos Administrativos.

    A partir da criao do Nexo Tcnico Epidemiolgico

    Previdencirio III (NTEP), a Percia do INSS deixou

    de realizar as visitas de vistorias no local de trabalho

    nas Empresas e passou a emitir decises

    revertendo a condio de B31 para B91,

    obrigando o recolhimento do FGTS pelas Empresas

  • Importante:

    Os casos transformados pelo INSS em Doena Profissional,

    tero estabilidade no emprego de modo vitalcio at a aposentadoria, como fruto do acordo da

    Conveno Coletiva se os recursos interpostos forem indeferidos.

    Em outras situaes , estes casos tero estabilidade no

    emprego durante um ano, aps o retorno ao trabalho, conforme definio pela C.L.T.,

    se os recursos interpostos forem indeferidos. Se neste perodo de estabilidade ocorrer novo

    afastamento pelo mesmo motivo da doena profissional,

    ao retornar o empregado ter mais um ano de estabilidade,

    a contar da data de retorno ao trabalho.

    Sucessivamente ele poder adquirir a estabilidade

    vitalcia, bastando um dia de afastamento do

    trabalho por ano, pelo mesmo motivo, at

    alcanar o tempo para a aposentadoria

    por tempo de servio. A empresa poder requerer ao INSS, a no aplicao do NTEP

    aos agravos que repute no possurem nexo causal

    com o trabalho exercido por seus trabalhadores.

  • A anlise do requerimento e das provas produzidas

    ser realizada pela Percia Mdica do INSS

    Juntamente com o requerimento, a empresa

    dever apresentar documentao probatria,

    contendo evidncias circunstanciadas e

    tempestivas exposio do segurado,

    produzidas no mbito das Demonstraes

    do gerenciamento dos riscos fsicos,

    qumicos, biolgicos, mecnicos e

    psico ergonmicos

    A empresa dever demonstrar que gerencia

    adequadamente o ambiente de trabalho, eliminando

    e controlando os agentes nocivos

    sade e integridade fsica

    dos trabalhadores

    A Agncia da Previdncia Social APS

    mantenedora do benefcio informar ao segurado

    sobre a contestao da empresa, para,

    querendo, impugn-la, no prazo

    de 15 dias da cincia da contestao.

  • Fluxo NTEP

    Incio

    Pesquisa no Site www.previdncia.gov.br Todo dia 8 de cada ms

    Levantamento dos casos que o perito confirmou nexo com o trabalho afastamentos B91

    Concordamos com NTEP

    N

    S

    Elaborao do Processo com todos os documentos (envelope lacrado).

    No constestamos

    Solicitao para envio de documentao das areas envolvidas

    Relatrio Mdico de Contestao.

    Alteramos para B91 em nosso Sistema SAP

    RH Jurdico iniciam processo de contestao,prazo 15 dias a partir da GFIP do ms de competncia

    Encaminhado ao Depto Jurdico

    Depto Jurdico protocola junto ao INSS.

    Analise de pronturio e parecer do Mdico do Trabalho.

    Recurso deferido

    RH + Jurdico Ao na Justia Federal contra INSS

    N

    S Processo encerrado

    Fim

    Fim

  • Passo a Passo para consulta junto ao INSS:

    Site www.previdncia / Empregador / Consulta a Benefcio por Incapacidade Empresa / CNPJ e a senha.

  • Consulta no Site: Consulta a Benefcio por Incapacidade Empresa / CNPJ e a senha.

  • NOME DO EMPREGADO

    Espcie B91

    Nome da empresa

  • A percia mdica do INSS poder deixar de aplicar, o

    NTEP quando dispuser de informaes ou elementos

    circunstanciados e contemporneos exposio ou

    situao administrativa do segurado que evidenciem a

    inexistncia do nexo causal entre o trabalho e o agravo.

    Mediante deciso fundamentada;

    Justificar parecer.

  • OI 200 25 setembro/2008- Art 5

    A Empresa , no ato do requerimento da no aplicao do nexo tcnico epidemiolgico,dever apresentar documentao probatria, em duas vias, que demonstre que os agravos no possuem nexo com o trabalho exercido pelo segurado

    Pargrafo 2 Sero considerados como documentao probatria as

    seguintes Demonstraes Ambientais, entre outras:

    I - Programa de Preveno de Riscos Ambientais-PPRA;

    II - Programa de Gerenciamento de Riscos-PGR;

    III- Programa de Controle de Meio Ambiente de PCMAT;

    IV- Program de Controle Mdico da Sade Ocupacional- PCMSO;

    V - Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho- LTCAT;

    VI - Perfil Profissiogrfico Previdencirio-PPP;

    VII - Comunicao de Acidente de Trabalho-CAT;

    VIII- Relatrios e Documentos Mdico-Ocupacionais.

  • Resoluo 1488 do CFM

    Artigo 2 - Para estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de sade e as atividades do trabalhador, alm do exame clinico (fsico e mental) e os exames complementares, quando necessrios, deve o mdico considerar:

    V - a literatura atualizada

    II - o estudo do posto de trabalho

    III - o estudo da organizao do trabalho

    IV - os dados epidemiolgicos

    I A histria clnica e ocupacional, virtualmente decisiva em qualquer

    diagnstico e/ou investigao de nexo causal

  • Roteiro para Elaborao de Relatrio para o auxlio do estabelecimento ou no do NTEP Identificao:

    RG; Funo; Data de nascimento; Data de admisso; Descrio de cargo/tarefas; Cpia do PPRA( relativo a funo ); Cpia do PCMSO (relativo a funo); Exame admissional - atividades anteriores (histrico ocupacional anterior); Exames ocupacionais - histrico de afastamentos; Atendimentos ocorridos na rede credenciada ou servio publico (atestados);

    Evoluo clnica

    Anlise ergonmica Concluso

  • INSPEO DO POSTO DE TRABALHO

    Descrio da atividade, ambiente de trabalho e risco

    ocupacional especifico.

    Riscos ambientais: fsicos, qumicos e biolgicos.

    Posto de trabalho, ergonomia

    Organizao do trabalho (horas extras- manuteno adequada de ferramentas, treinamento adequado)

  • Modelo Avaliao Ergonomica

    OBTIDO

    1 Apoio em quina viva SIM 1 NO 0

    2 Ferramenta vibratrio SIM 1 NO 0

    3 Temperatura efetiva entre 20 30C. NO 1 SIM 0

    4 Necessita luva SIM 1 NO 0

    5 Pausa de 5 10 min/h. NAO 1 SIM 0

    6 Fora com as mos SIM 1 NO 0

    7 Pina pulpar forada SIM 1 NO 0

    8 Fora de compresso dedos e mos SIM 1 NO 0

    9 Flexo e extenso de punho SIM 1 NO 0

    10 Ferramenta leva extenso/ flexo de punho SIM 1 NO ou NA 0

    11 Desvio lateral do punho SIM 1 NO 0

    12 Ferramenta provoca desvio lateral do punho SIM 1 NO ou NA 0

    13 Flexibilidade na postura NO 1 SIM 0

    14 Elevao/ abduo dos braos SIM 1 NO 0

    15 Outras posturas foradas dos MMSS SIM 1 NO 0

    16 Regulagem na inclinao e posio dos objetos NO 1 SIM ou NA 0

    17 Altura regulvel NO 1 SIM 0

    18 Flexibilidade de posicionamento ferramenta, dispositivos NO 1 SIM 0

    19 Ciclo de Trabalho > 30 seg. NO 1 SIM 0

    20 Diferentes padres de movimentos NO 1 SIM 0

    21 Rodzio nas tarefas NO 1 SIM 0

    22 Estabilidade na pega NO 1 SIM 0

    23 Manopla de metal SIM 1 NO 0

    24 Peso > 1 Kg SIM 1 NO 0

    25 Se > 1 Kg h balancim NO 1 SIM 0

    AVALIAO PARA TRABALHOS MANUAIS

    Situaes Correlacionadas

    Bom

    SOBRECARGA FSICA

    FORA COM AS MOS

    POSTURA

    POSTO DE TRABALHO

    Status

    0RESULTADO DA OBSERVAO

    Classificao Ergonmica Grau

    2

    REPETITIVIDADE

    FERRAMENTA

    No necessita providncias 00 14

    Sob observao

    Necessita estudo

    15 18

    19 25

    Regular

    Pssimo

    1

  • 1 Posicionamento esttico do tronco em posio fletida entre 30 e 60 ? Sim 1 No 0

    2 Frequentemente tem que atingir o cho com as mos, independente da carga? Sim 1 No 0

    3 Tem que pegar coisas maiores que 10 Kg, com frequncia maior que uma vez a cada 5 minutos? Sim 1 No 0

    4 Tem que pegar coisas no cho, independente do peso, com frequncia maior que uma vez por minuto? Sim 1 No 0

    5 Tem que fazer esforo com ferramentas ou com as mos estando o tronco curvado? Sim 1 No 0

    6 H necessidade de manusear( levantar, puxar ou empurrar) com o tronco em posio assimtrica? Sim 1 No 0

    7 H necessidade de manusear ( puxar, levantar ou empurrar)cargas que estejam longe do tronco ? Sim 1 No 0

    8 Os ps esto apoiados? Sim 0 No 1

    9 H necessidade de carregar cargas mais pesadas que 20 Kg, mesmo ocasionalmente ? Sim 1 No 0

    10 H necessidade de carregar cargas na cabea ? Sim 1 No 0

    11 Ha necessidade de ficar constantemente com os braos longe do tronco em posio suspensa ? Sim 1 No 0

    12 Exige que o empregado fique com o tronco em posio esttica, sem apoio ? Sim 1 No 0

    Necessita estudo 8 12 2 Pssimo

    Sob observao 6 7 1 Regular

    Classificao Ergonmica Grau Status

    No necessita providncias 0 5 0 Bom

    RESULTADO DA OBSERVAO 0

    AVALIAO RELACIONADAS A COLUNA VERTEBRAL

  • OBTIDO

    1 Leve e tranquilo

    2 Algo pesado ; pecebe-se algum esforo

    3 Pesado; esforo ntido , porm sem mudana de expresso facial

    4 Muito Pesado, esforo ntido com mudana da expresso facial

    5 Proximo do Mximo, usa tronco e ombros

    1 Menor que 10 % do ciclo

    2 10 a 29% do ciclo

    3 30 a 49% do ciclo

    4 50 a 70% do ciclo

    5 Igual ou maior que 80% do ciclo

    1 Menor que 4 por minuto

    2 4 a 8 por minuto

    3 9 a 14 por minuto

    4 15 a 19 por minuto

    5 mais que 20 por minuto

    1 Muito Boa - neutro

    2 Boa - proxima do neutro

    3 Razovel - no neutro

    4 Ruim - desvio ntido

    5 Muito Ruim - desvios prximos do extremo

    1 Muito Lento, igual ou menor que 80%

    2 Lento, 81 a 90%

    3 Razovel, 91 a 100%

    4 Rpido, 101 a 115 % - apertado, mas ainda consegue acompanhar

    5 Muito Rpido , maior que 115% - apertado e no consegue acompanhar

    1 Menor ou igual a 1 hora por dia

    2 1 a 2 horas por dia

    3 2 a 4 horas por dia

    4 4 a 8 horas por dia

    5 Maior que 8 horas por dia

    De 3,0 a 7,0 RegularDuvidoso

    Maior que 7,0 PssimoRisco

    Menor que 3,0 BomBaixo Risco

    RESULTADO DA OBSERVAO 0

    StatusClassificao Ergonmica Grau

    1,50

    F D T - FATOR DE DURAO DO TRABALHO

    1,00

    1,50

    2,00

    3,00

    F R T - FATOR DE RITMO DE TRABALHO Multiplicador

    0,75

    1,00

    Multiplicador

    0,25

    0,50

    1,00

    1,00

    1,00

    1,00

    1,50

    2,00

    1,50

    2,00

    3,00

    F P M P - FATOR DE POSTURA DA MO - PUNHO Multiplicador

    Multiplicador

    0,50

    F F E - FATOR DE FREQUENCIA DO ESFORO

    1,00

    1,00

    1,50

    2,00

    3,00

    13,00

    F D E - FATOR DE DURAO DO ESFORO Multiplicador

    0,50

    AVALIAO DE MOORE E GARG

    Situaes Correlacionadas

    F I E - FATOR DE INTENSIDADE DO ESFORO Multiplicador

    1,00

    3,00

    6,00

    9,00

  • 1 O corpo ( tronco e cabea ) est na vertical Sim 0 No 1

    2 Os braos trabalham na vertical ou prximos da vertical Sim 0 No 1

    3 Existe alguma forma de esforo esttico Sim 1 No 0

    4 Existem posies foradas do membro superior Sim 1 No 0

    5 As mos tem que fazer muita fora Sim 1 No 0

    6 H repetividade frequente de algum tipo especfico de movimento Sim 1 No 0

    7 Os ps esto apoiados Sim 0 No 1

    8 Tem que se fazer esforo muscular forte com a coluna ou outra parte do corpo Sim 1 No 0

    9 H possibilidade de flexibilidade no trabalho Sim 0 No 1

    10O colaborador tem a possibilidade de pequena pausa entre um ciclo e outro ou h um perodo definido de

    descanso aps um certo nmero de horasSim 0 No 1

    AVALIAO SIMPLIFICADA - ERGONOMIA

    Grau Status

    RESULTADO DA OBSERVAO

    Bom

    Sob observao 4 5

    0

    Classificao Ergonmica

    1 Regular

    No necessita providncias 0 3 0

    Necessita estudo 6 10 2 Pssimo

  • Status

    Bom

    Regular

    Pessimo

    Avaliador: Data:

    AVALIAO SIMPLIFICADA - ERGONOMIA

    Necessita estudo 6 10 2 Pssimo

    Grau Status

    No necessita providncias 0 3 0 Bom

    Necessita estudo 8 12 2

    Grau

    Classificao Ergonmica

    Baixo Risco

    Duvidoso

    Risco

    De 3,0 a 7,0

    Maior que 7,0

    Pssimo

    0 Bom

    Sob observao 6 7 1

    ESTUDO DA AVALIAO DE MOORE E GARGClassificao Ergonmica

    Menor que 3,0

    Grau

    0

    Classificao Ergonmica

    No necessita providncias 0 14

    0ESTUDO DA AVALIAO RELACIONADA A COLUNA VERTEBRAL

    Status

    Regular

    No necessita providncias 0 5

    15 18Sob observao

    Pssimo

    0 Bom

    1

    ESTUDO DA AVALIAO DO TRABALHO MANUAL 0

    AVALIAO ERGONMICA DE POSTOS DE TRABALHO

    RESULTADO FINAL

    Necessita estudo 19 25 2

    Classificao Ergonmica Grau Status

    Regular

    Sob observao 4 5 1 Regular

  • Dever ser demonstrado que a empresa gerencia adequadamente o ambiente de trabalho ,

    eliminando e controlando os agentes nocivos sade e a integridade fsica dos trabalhadores

    pela comprovao com documentao apresentada de que existe controle mdico e ambiental, atravs de comprovao estatsticas e registros mdicos e que os agravos no possuem nexo com o trabalho exercido pelo trabalhador.

  • CONCLUSO

    - No ha evidncias/ indcios de exposio a riscos ergonmicos (biomecnicos e de organizao do trabalho);

    - No h evidncias/ indcios de exposio a

    riscos qumicos, riscos biolgicos, riscos fsicos; - No h evidncias especfico de acidentes de

    trabalho - Tempo entre o incio da funo/ trabalho e incio

    da doena insuficiente para gerar a molstia de origem ocupacional;

  • - O trabalhador informou que a leso no ocorreu no trabalho; - Toda a ateno para as patologias multicausais; - Estudo epidemiolgicos permanentemente mostrando a realidade da empresa; - Dispor de registros que permitam esclarecer/

    contestar;

  • Unimed Vale do Paraba

    Federao Intrafederativa das Cooperativas Mdicas

    [email protected]

    www.federacaounimedsvale.srv.br

    Auro Fabio Bornia Ortega [email protected]