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&E. UNIVERSIDADES & EMPREGO Este suplemento faz parte integrante do Diário Económico Nº 5844 não pode ser vendido separadamente | 20 Janeiro 2014 Há três vezes mais portugueses a irem trabalhar para o Reino Unido. P.2 PUB Empregos na área da saúde continuam a crescer em Inglaterra. P.5 Perceba que erros não deve cometer numa entrevista de emprego. P.7 Conheça os conselhos dos portugueses com careiras de sucesso no país, em vários sectores de actividade. Descubra como deve abordar o mercado e em que áreas há mais oportunidades de emprego P.2 SAIBA COMO IR TRABALHAR REINO UNIDO PARA O

Como vencer no mercado de trabalho no Reino Unido

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São centenas de portugueses que emigram à procura de melhores oportunidades profissionais e uma das condições essenciais para conseguir emprego é a língua. Para o profissional de saúde falar Inglês é multiplicar as suas hipóteses de sucesso profissional e facilitar, em muito, a sua entrada no mercado de trabalho internacional. Partilhamos este suplemento para saber um pouco mais sobre a realidade que envolve o processo de emigração no Reino Unido.

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  • &E.UNIVERSIDADES & EMPREGO

    Este suplemento faz parte integrante do Dirio Econmico N 5844 no pode ser vendido separadamente | 20 Janeiro 2014

    H trsvezes maisportugueses airem trabalharpara o ReinoUnido. P.2

    PUB

    Empregosna reada sadecontinuama crescer emInglaterra. P.5

    Perceba queerros nodeve cometernumaentrevista deemprego. P.7

    Conhea os conselhos dosportugueses com careiras de sucesso

    no pas, em vrios sectoresde actividade. Descubra como deveabordar o mercado e em que reas

    h mais oportunidadesde emprego P.2

    SAIBACOMO IR

    TRABALHAR

    REINO UNIDOPARA O

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    U&E/2 TRABALHAR NO REINO UNIDO

    Com apenas 32 anos, Sara Vicentej vice-presidente na MorganStanley. Tem o privilgio de traba-lhar no escritrio do presidente doBanco de Investimento. Chegou aLondresapensarqueiaficarapenasum ano, mas j est no estrangeiroh10anos.Entrouquandoaempre-sa foi recrutar talentos Universi-dade Nova de Lisboa. Depois foisempre a subir na carreira. Vivenumadascidadesmais internacio-nais que j conheceu. Quando co-meouestavarodeadadecolegasdetodo omundo e que ainda hoje soseusamigos.Quantoaomercadodetrabalho, emLondres, sublinhaquehmuitas oportunidadesmas no o El Dorado, tudo depende dasreas. O sector financeiro pagamuitobem,himensasoportunida-

    H imensasoportunidadesO sector financeiro paga muitobem e a progresso baseadana meritocracia.

    SARA VICENTEVice-presidente naMorgan Stanley

    Comovencernomercadode trabalhonoReinoUnido

    Emdez anos, o nmerodeportugueses que emigroupara oReinoUnidocresceuquase trs vezes.Umanova emigrao altamente qualificada queliderano sector financeiro.Os conselhos destes vencedores nopas de suamajestade, que apresentamosnesta reportagem, podemser a inspirao

    que lhe faltava se pretende ir trabalhar para opas.

    des, a progresso de carreira rpi-daeassentenameritocraciaeacur-va de aprendizagem fenomenal,sublinha. O outro lado da moeda o custo absurdo de viver em Lon-dres, chegando-se a pagar umarenda semana mais alta do quenum ms, em Lisboa. O sector dasOrganizaesNoGovernamentais(ONG) tambm tem muitas opor-tunidades. Conselhos para entrarno mercado de trabalho de Lon-dres?Conheceralgumnaempresaonde se quer trabalhar ajuda a en-tender melhor as oportunidades eobter uma possvel recomendaopara uma entrevista. Mas essencial a instituio de ensino superioronde se tira o curso. No currculoconvm, ainda, ter muitas outrasactividades,desdeodesportoaovo-luntariado, passando por associa-es ou clubes universitrios, por-que essas so as competncias quevo fazer a diferena. E depois des-de o primeiro dia do curso deve co-mearapensar-seondesequer tra-balhar. At porque hoje as oportu-nidades somuitomenores do quequando terminou o curso. Outropontoafavoraimagemdosportu-gueses que so considerados mui-to trabalhadores. Sara oexemplovivodissomesmo:temumaforanavoz invulgar e uma filha de dezme-ses. Apesar da intensa vida profis-sional,h10anos criouaONGUmPequenoGesto que ajuda crianasmoambicanas.M.Q.

    A quem quer tentar a sua sorte noReino Unido, aconselho a vir comcorao aberto e a querer conhecere aprender sobre a cultura inglesa,trabalhemcomingleses, socializemcom ingleses, divirtam se com in-gleses, no se fechem nos bairrosportugueses, onde s falam portu-gus, s vem televiso portuguesae s comem comida portuguesa.Este omaior conselho deRicardoPenaguio, comissrio de bordo daTitan Airways, a viver no ReinoUnidohseisanos.Partilha casa com um amigo, em

    Conheceroutras culturasAconselha quem chega aconviver, sem se fechar nacomunidade portuguesa.

    RICARDO PENAGUIOComissrio de bordo da Titan Airways

    Stansted junto ao aeroporto, e re-solveu emigrar porque no conse-guia ver futuro em Portugal, aquiexistemmuitomais oportunidadesa todos os nveis independente-mentedosconhecimentos.O comissrio de 31 anos salientaque, no Reino Unido, do muitaimportncia health and safety,ou seja, tm uma cultura muitogrande de se protegerem contraprocessos judiciais, logofazemtudode acordo com as regras. Mas, poroutro lado, existemmuitomais leisque defendem os empregados, in-quilinos, cidados, etc. Emesmo anvel de sade um pas bastanteavanado: no se pagam as consul-tas que fazemparte doNHSe tm--sedescontos at 90%nodentista.Viaja muito e vem vrias vezes aPortugal, mas diz que o melhor doReinoUnido poder conviver e co-nheceroutrasculturasepessoas.J.M.

    N uma dcada o nmero deportugueses que partiupara o Reino Unido quaseque triplicou. De acordocom os dados do Observa-trio de Emigrao, o fluxomigratrio passou de 7900para mais de 20 mil, em 2012. Na Europa, oReino Unido parece ser actualmente o pas doque atraimais emigrantes portugueses, estimaCludia Pereira. A investigadora que analisou aemigrao contempornea portuguesa para opas, concluiu que a comunidade portugueses,residente em terras de sua majestade, chegavaaos 90 mil, representado assim a 9 pas commais estrangeiros nesta geografia. Mas nos en-fermeiros, os portugueses j representam a se-gundo grupo de estrangeiros no sistema nacio-naldesade ingls. Emdoisanos,onmerodes-tes profissionais que chegou ao pas disparou300%.

    No relatrio que resulta da sua tese de ps--doutoramento, detectou, ainda uma transfor-mao radical no retrato do portugus tpicoque vai para o pas. Antnio Horta Osrio, lderdoLoyds eAntnioSimesdoHSBCso apenasdois dos exemplos mais mediticos desta novavaga de emigrao com um nmero crescentede profissionais altamente qualificados, afirma

    a investigadora.Umquintodosportugueses quechegam j sodiplomados, trabalhando no sec-tor financeiro ou de actividades cientficas, tc-nicaseadministrativas,acrescenta.CladiaPe-reira diz, ainda, que significativo tambm ofacto de ser o 6 pas domundo de onde so en-viadasmasremessasparaPortugal.

    Metade vive na capital e a maioria chegouna ltima dcada. Mesmo depois da crise dosubprime com a recesso em 2008, a emigra-oportuguesacontinuou , sublinhanasua in-vestigao. Neste Especial trabalhar no ReinoUnido revelamos testemunhos de portuguesesque esto a dar cartas na City Londrina, nossectores das Tecnologias de Informao e noshospitais. MadalenaQueirs

    ENTRADADEPORTUGUESESNOREINOUNIDO,2007-2012O fluxo migratrio de portugueses para o pas tem vindoa crescer nos ltimos anos.Fonte: Observatrio da Emigrao; Nota: Os valores de entradas de estrangeiros e portuguesescorrespondem queles a quem foi atribudo um nmero de registo no National Insurance RecordingSystem (sistema de segurana social, Department for Work and Pension), o qual obrigatrio paraquem pretenda trabalhar.

    Anos Evoluo da entrada de portugueses2007 12.040

    2008 12.980

    2009 12.230

    2010 12.080

    2011 16.350

    2012 20.443

    No conseguiaver o futuro emPortugal e aquiexistem maisoportunidadesa todos os nveis.

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    nou o curso informou-se sobrecomo arranjar trabalho e tirar aespecialidadenacidade.Aconselhatodososquequeiramtrabalhar na capital londrina apesquisar e reunir informaosobre o trabalho que procuram.Depois falar com algum que jtrabalhenarea.Comasuaexperincia j ajudoualgumas pessoas deMedicina avirparaLondres.O maior conselho que deixa nunca desistir, ter pacincia etrabalharmuito. Depoishqueno ter medo de ultrapassarfronteiras e conquistar novoshorizontes. Pontos fortes dacidade: sentiu-se bem acolhida.Rapidamente encontrou ami-gos ingleses que a integraram eaconselharam na carreira. Ini-cialmente estranhou a comida.Mas no esquece o mimo deuma portuguesa que cozinhavaparaosdoentes equeumdia lhefez a surpresa: trouxe-me umgrande prato de bacalhau brsdelicioso que tinha cozinhadoem casa, o melhor que comi.Para esquecer o frio e as nu-vens a receita no parar nemficar isolado. Ir ao pub beberuma pint of larger com colegasou ir tomar ch com amigaspode ser uma boa receita. De-pois, ao fim de semana, h mi-lharesdeactividades.M.Q.

    Estava h dez anos na Ogilvyquando recebeu o convite parair para Londres. Sofia Natalteve assim a oportunidade detrabalhar numa outra equipade peso, mundial, a uma outraescala como Digital Consul-tant das regies da Europa,frica e Mdio Oriente (EA-ME). No tem dvidas queLondres abre as portas aomundo. Por isso se quer apos-tar numa carreira global nadamelhor que tentar a sua sorte

    Londres abreas portasao mundoQuem quer ter uma carreiraglobal, nada melhor quetrabalhar em Londres.

    SOFIA NATALDigital Consultan para a Europa fricaeMdioOriente (EAME) , Ogilvy

    na cidade. Sublinha o custo devida elevado, mas tudo ger-vel. O respeito pela vida pes-soal um dos pontos fortes dacultura de trabalho no pas. Ej prtica permitir a quemtem filhos trabalhar algunsdias a partir de casa porque hum grande compromisso porparte dos quadros das empre-sas quanto aos objectivos.A sua maior surpresa foi aateno ao cliente. No se saide lado algum frustrado, hsempre uma ateno, uma pa-lavra que o impea de sair deuma loja descontente. Verda-deiramente impressionante,afirma. Sempre se sentiu bemacolhida e sublinha que vivenuma cidade fantstica. Ata questo do mau tempo es-quecida quando se feliz,conclui.M.Q.

    O respeito peloequilbrio entrevida pessoale profissional um ponto forte.

    U&E/3

    Enviecandidaturasespontneas

    LUS PAIS CORREIACEOdaDalkia para AtlnticoNorte,MdioOriente e sia Pacfico

    Tentar identificar nas redes so-ciais (startraking e outras) seexistemportugueses nas empre-sas que lhe interessam e pedir--lhes conselho. Enviar candida-turas espontneas para as em-presas seguidas de telefonemapara o director de Recursos Hu-manos, estes so os principaisconselhos de Luis Pais Correiaparaquemquerentrarnomerca-dodetrabalhodoReinoUnido.Oadministrador da Dalkia para oNorte daEuropa,MdioOrienteesiaPacficosublinhaqueumpas cheio de oportunidades emdiversas reas Existem muitasnecessidades nomeadamentenasreasdaEngenharia,Medici-na,Bancapeloqueummercado

    Remuneraes so maisatractivas e h possibilidadede progresso rpida.

    Terei tido alguma sorte, masno diria que difcil arranjaremprego em Londres, contaJoana Gonalves, 38 anos, quevive h perto de cinco com a fa-mlianacapitalbritnica.Com 10 anos de experincia narea editorial em Portugal, aochegar apercebeu-seque teriadese sujeitar a um emprego numgrau inferior para poder entrarno mercado de trabalho. Masvaleu a pena: Menos de doisanos depois, ofereceram-me omeu actual emprego, o que meparece uma progresso bastantejusta, conta. Da sua experinciadiz queomercadode trabalho muitoabertodiferena.

    Para um portugus, encon-trar alojamento em Londresno fcil e no nada barato,defende. O custo de vida ligei-ramente mais elevado que emPortugal, sobretudo no super-mercado. possvel encontraremprego, mas no necessaria-mente poupar dinheiro. E co-mum as mes ficarem em casacom os filhos at aos trs anos,porque uma creche pode custarmais que um salrio. O facto deos portugueses falarem outraslnguas e, geralmente, domina-remo ingls muitobemvistoeumamais-valia, explica.

    Ir ao mdico privado spara as elites ou para quemtem um bom seguro de sade.Quando sair de Londres dizque levar consigo o hbito debeber ch com leite e de des-calar os sapatos porta decasa. E ter saudades da pon-tualidade britnica. C.C.

    Sujeitei-mea um empregonum grauinferiorValeu a pena:menos de doisanos depois j tinha feito ajusta progresso na carreira.

    JOANA GONALVESForeign RightsManager, Quarto Group

    com muito potencial para os jo-vens portugueses. E as compen-saes para quem conquista umlugarsomuitoapetecveis.Are-munerao muitomais atracti-va do que em Portugal, e commaiorpotencial deprogressonacarreira, acrescenta oportugusque chegou administrao deuma empresa que factura 8,9milmilhes de euros. Encontraroportunidades pode ser fcil es-preitando osmuitos sites on-li-nedeofertasdeemprego.Ser esta uma geografia aberta aportugueses? Semdvida. ummercado muito aberto, bastanteinternacional e emque amerito-craciaumapremissadebase.Eo talento portugus apreciado.Para ultrapassar uma eventualresistncia em alguns sectores(na Banca e consultoria esta re-sistncia j no existe porque jexistemmuitos casosde sucesso) importante apoiar-se nosexemplos j existentes em em-presas similares, acrescenta.Mas hoje o mercado de trabalhoj global enahoradaescolhahoutros factores que pesam maisqueopassaporte. Anacionalida-denoimportante:umavezqueo recrutamento seja efectuado, olocal de origem e a universidadeque frequentaram deixa de serrelevante, apenas a performanceconta conclui este quadrode su-cesso na empresa europeia lderem serviosenergticos.M.Q.

    Desdepequenina sempre gos-tou de Londres e hoje trabalhana sua cidade de sonho. JoanaSantos mdica no StevenageHospital, a 25 minutos de Lon-dres. Est tirar a especialidadede GeneralPractice,equivalen-teaMedicina GeraleFamiliar,oque implica passar por diversosdepartamentosdohospital.O seu projecto de vida comeouquando escolheu uma univer-sidade que ensinava medicinaem ingls o que tornava aperspectivadetrabalharetiraraespecialidade em Inglaterramais acessvel. Depois fez doisestgios em hospitais de Lon-dres para comear a perceber osistema de sade. Mal termi-

    NuncadesistamTer pacincia e trabalharmuito, so os conselhos dajovem mdica de 28 anos.

    JOANA SANTOSMdica no StevenageHospital

    JoanaFernandes lembraque muito raro algum chegar jcom emprego a Londres. Eaconselhaquemqueiravivernacidade a ir com algum fundode maneio para se orientar en-quantonoarranja trabalho.Ligada rea da comunicao,em Portugal, praticamentepagava para trabalhar e, emLondres, ganha bastante aci-ma do que ganharia em Portu-gal nas mesmas funes. Foi ofacto de ver mais oportunida-

    Deve-se vircedo para cEm Londres, ganha bastanteacima do que ganharia emPortugal.

    JOANA FERNANDESEspecialista emQualidade de Contedosdo site Expedia

    des em Londres que a levou amudar-se h cerca de ano emeio.Com 31 anos, a especialista emQualidade de Contedos arris-cou mudar de pas procura deuma vida melhor, tambm por-que tinha amigos [na cidade]com quem viver nos primeirostempos.Hoje ainda divide casa porqueo alojamento muito caro etrabalha no centro da cidade.Continua a dizer que o maioratractivo de Londres a ofertacultural incomparvel, hcoisaspara fazer todososdias, e embo-ra sejamais carodoque emPor-tugal, no inacessvel, j quedepois os produtos de primeiranecessidade, por exemplo, somais baratos que em Portugal.No entanto, avisa: Deve-se vircedo para c, quanto mais cedomelhor. Porquequantomaioresforem as razes criadas no pasde origem, mais difcil ser aadaptao. E lembra: o climano fcil paranosadaptarmos.Parece um clich, mas estar v-rios dias, meses seguidos semverosol,no fcil. J.M.

    Encontraralojamento emLondres no fcil e nadabarato.

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    U&E/4 TRABALHAR NO REINO UNIDO

    H vrias reasonde pode tentara sua sorte se qui-ser ir trabalharpara o Reino Uni-do. A profissomais procurada pelos britnicos ade enfermeiro, em especial para blo-co operatrio e cuidados neo-natais.J h algum tempo que o pas procu-ra estes profissionais e muitos en-fermeiros portugueses tm emigra-do para l (ver texto ao lado), mascontinua ahaver vagas.

    Tambmprofissionais para traba-lhar no apoio social, engenheiroselectrotcnicos e cozinheiros quali-ficados so reas ondeoReinoUnidotem falta demo-de-obra, segundo oEures, o portal europeu damobilida-de profissional, que liga os serviosde emprego na Europa equivalentesao Instituto doEmprego eFormaoProfissional (IEFP) emPortugal.

    Numpasondeataxadedesempre-go rondaos8,4%, segundoosdadosdoDepartment for Work & Pensions(DWP) muito abaixo dos 15,5% emPortugal h aproximadamente 500mil vagas nos centros de emprego aqualqueralturanoReinoUnido.

    Alm destas reas, que so as quemais precisam de mo-de-obra, h

    Saiba emque reas deveprocurarempregono Reino UnidoPas precisa essencialmente de enfermeiros, engenheiroselectrotcnicos, profissionais de apoio social e cozinheiros.

    Pas continua interessado emcontratar enfermeiros portuguesesOs profissionais em inciode carreira recebem, emmdia, entre 1.700 e doismil euros no sector pblico.

    D epois de muitos j teremido, continuam a sair dePortugal dezenas de en-fermeiros portuguesescom destino ao Reino Unido e Ir-landa. Tm vindo a aumentar asofertas de emprego a enfermeirosportugueses por parte destes pasese prevemos que ainda venha a au-mentar e prev-se um pico da pro-cura em 2016, afirma Liliana Cos-ta, Office Manager em Portugal daBest Personnel, uma consultora derecrutamento irlandesa especiali-zada na rea da sade.

    Tambm o nmero de enfer-

    Professores,mdicos,tcnicos de radiologia,engenheiros qumicos,designers grficos soapenas algunsexemplos demais reascomoportunidades.

    meiros candidatos est a aumen-tar em Portugal, acrescenta Lilia-na Costa. Desde logo, os salriosso tentadores, j que rondam os1.700 a dois mil euros lquidosmensais em incio de carreira, quepodero ser muito mais elevadosno caso dos enfermeiros com maisexperincia, oferecendo tambm osector privado, habitualmente, va-lores mais altos.

    Mas no s o dinheiro que mo-tiva os enfermeiros portugueses,defende Liliana Costa. No caso dosmais jovens, claro que vo atrs deum emprego, no j que a carreiraem Portugal est congelada. Masmuitos enfermeiros com experin-cia vo tambm pelo reconheci-mento profissional e, mais do queisso, de reconhecimento do pblicoem geral, salienta a responsvel daBest Personnel.

    As ofertasde empregoa enfermeirosportuguesestm vindoa aumentar.

    outras onde pode tentar a sua sorte,diz ainda o Eures, e encontrar umaoportunidade: professores de cin-cias e matemtica do ensino secun-drio (entre os 11 e os 16 anos), pro-fessores do ensino especial, mdi-cos (mas apenas com especialida-de), tcnicos de radiologia, enge-nheiros qumicos e engenheirosmecnicos, designers grficos, sol-dadores (com, pelomenos, trs anosde experincia), bioqumicos e bi-logos, msicos qualificados, dana-rinos e animadores.

    Se est a pensar fazer as malas epartir para este pas, saiba que parareconhecimento de qualificaesdeve contactar o NARIC (NationalAcademic Recognition InformationCentre for the United Kingdom);para aprender a lngua o The BritishCouncil; paraequivalnciasdecursosuniversitrios o Prospects (o site ofi-cial de carreiras). Se tencionaestudarno Reino Unido (quer no ensino se-cundrio, quer no superior) precisadesaber falareescreverbemingls.

    Para procurar emprego tem v-rias opes: ir ao site do Eures(www.iefp.pt/eures/) onde temmui-ta informao reunida, s feiras deemprego, aos jornais britnicos (on-line); sites das empresas, agnciasprivadas de recrutamento (muitasespecializadas por reas ), agncias esites de emprego online, e serviospblicos de emprego Departmentfor Employment & Learning / Job-centrePlus.

    Alm de ser uma boa oportunida-de para quem est desempregado,uma experincia no Reino Unido,seja em Londres ou noutra cidade,enriquece qualquer currculo, mes-mo de quem j tem emprego. Os co-nhecimentos de ingls so muitoimpulsionados por uma experinciade trabalho no pas original destalngua. CarlaCastro

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    U&E/5

    Cuidados neonatais uma dasreas de enfermagemmais

    procuradas pelo Reino Unido.

    Stoyan Nenov / Reuters

    10O que deve sabere como se preparar

    1.Domnioda lnguaOsempregadorescontamqueocan-didato tenhaconhecimentosde inglssuficientesparapermitirumacomuni-caoeficaz, anoserquenocasodealgunsempregosmenosqualificados.

    2.PontualidadebritnicaQuandosecandidataaumempregodevechegarentrevista comumaantecednciade 10a 15minutos.de suporqueoempregador cheguecedo.Nosempregosqualificadosrecomenda-se roupa formal.

    3.O quedevenegociar pouco provvel haver flexibilida-de nas condies oferecidas peloempregador, amenos que o ann-cio de emprego refira o contrrio.As negociaes aplicam-se princi-palmente no caso dos empregosaltamente qualificados emuito bempagos. Nos trabalhosmenos qualifi-cados, os salrios so,muitas vezes,apresentados em valores por hora.

    4.Regalias oferecidasAs regalias complementaresmaiscomunsoferecidas socondiesdetrabalho flexveis, assistnciamdicaprivadaousegurodesade, viagenssubsidiadas, refeies, etc.

    5.Ondepedir ajudaExisteumalinhadeapoioPayandWorkRightscomchamadasgratuitas(08009172368)cujositewww.di-rect.gov.uk/payandworkrights.TemaindaoHealthandSafetyExecutive(HSE)quedevecontactarpelo0845

    Conhea um pouco do que vai encontrar se decidir procuraremprego no Reino Unido antes de fazer as malas.

    DICAS DE EMPREGO

    3450055.PodeconsultaraindaasuaCi-tizensAdviceBureau(LojadoCidado).

    6.Quesalrio esperarOsalriomnimomdiode7,30eurosporhora. Jovalormdiodecercade15euroshorae595eurosporsemana.Osdiasdefriassohabitualmente28.

    7.Impostos apagarOs impostos tmuma taxabsicade20%para rendimentosat42mil eu-ros/ano, quepassapara40%entreos42mil eos 179mil euros.Acimadissoa taxa sobepara50%.

    8.Alugar casaAlugarumquartocusta,emmdia,en-tre200e350eurosporms.Umapar-tamento(flat)entre550e660euros.Seforumacasasobeparaos550a900euros.Masatenoquenasgrandesci-dades,comoLondres,naturalqueospreossejamacimadestesvalores.

    9.CustodevidaUmpo(de800gramas)custacercade1,40euros,umbilhetedeautocarro2,20,umbilhetedecinemapertodeoitoeuroseumcopodecerveja(568ml)3,50euros.Maisumavez,contequeocustosejamaiselevadonasgrandescidades.

    10.IraomdicoOReinoUnidotemumNationalHealthService(NHS),masatenoquenemtudoestincludo.Consultarummdi-copodersair-lhegrtis,massequiseriraodentista,porexemplo, terdepagar.CarlaCastro

    Odomnio do ingls oral e escrito uma condio para quem quercandidatar-se a estas vagas. E, nestecampo, os portugueses so muitoapreciados sendo os seus bons co-nhecimentos de ingls apontadoscomo uma das principais razesporque tantos so recrutados. Almda lngua, os portugueses so apre-ciados pela pontualidade e assidui-dade e pela vontade e motivaopara fazer um bom trabalho e des-envolverem-se continuamente,adianta amesma responsvel.

    So vrios e permanentes osanncios destes pases apedir enfer-meiros portugueses e, nalguns ca-sos, at mdicos. H muitas vagaspara hospitais do National HealthService, algunsuniversitrios, e paraas chamadas nursing homes: insti-tuies privadas que prestam cuida-dos especialmente aos idosos. C.C.

    P ara osmais distrados, h poucomais de umadcada,JimCollinspublicouumlivroderefe-rncia, considerado pela Harvard BusinessReview como um dos 10melhores legados degestode sempre:Good toGreat (deBomaExcelente).

    Na sua tentativa de compreender o que tinhamemcomum empresas que tinham passado de um pata-mar Bom para um patamar Excelente, Collinsdeu testemunho aomundo, das concluses de um es-tudo que se baseou na performance de centenas deempresas cotadas, numperodode40 anos.

    Aps os resultados, elaborou pensamentos ilus-trados em lies de ampla latitude que se aplicam aotrabalho de qualquer pessoa (independentementeda funo, da dimenso da organizao ou do setorde atividade), ou sua prpria vida pessoal. Isso si-gnifica que cada um pode ativar a ignio do Exce-lente atravs das coisas que sejam da sua prpriaresponsabilidade.

    Em Good to Great, o autor fala-nos destas liescomo princpios bsicos de transformao. Salientoaqui algumasdas reflexes que retive da leitura:

    -A humildade pessoal e a determinao dos lderes.Isto significa que o sucesso sustentvel das organiza-es de excelncia no est dependente da celebrida-de de alguns dos seus lderesmas antes de lderes queolhampara o espelho quando as coisas corremmal epara a janela (equipa) quando as coisas correm bem

    -Oparadoxo da verdade acima de tudo, encarando abrutalidade dos factos e da realidade que nos rodeia,mantendo a esperana que se acabar por vencer. Paraatingiraexcelnciaprecisoquestionarmuito,dissecarsematribuirculpas, estaralertaedialogar, semcoero.

    -Primeiro quem, depois o qu era o lema das em-presas de excelncia que embarcavam as pessoas cer-tas e afastavam as erradas antes de decidir para ondenavegavam. Isto significa que um CV s por si dizpouco, o mais importante a atitude, o carcter eaproximar os melhores das melhores oportunidadesenodosmaiores problemas.

    - Simplicidade, clareza e entendimento devem seros pilares da formulao estratgica, com apostas ematividades onde se sabe que se pode ser o melhor detodos, onde exista paixo pelo que se faz e onde sepossa depois obter retorno

    -Disciplina, comenfoquenahorade seguir osobjeti-vos estabelecidos e semdespistes ou desvios de atenocom oportunidades no compatveis com os resultados

    O segredo das grandes transformaes supe-semuitas vezes dramaticamente revolucionriomas naverdade, resulta apenas de vrios eventos conjugadose no de uma nica ao isolada, de um programa es-pecial ou de ummomento de sorte. Afinal existe, sim,um padro preditivo associado transformao e aoavanoquenos deve inspirar!

    Good to Great,as lies de Collins

    OPINIO

    RITA RESENDESDirectora daHeidrick& Struggles

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    U&E/6 TRABALHAR NO REINO UNIDO

    Stephan

    eMah

    e/Reu

    ters

    LNGUAS

    Osportugueses esto no stimo lu-gar, enquanto o primeiro ocupadopelos checos seguidos pelos alemes. frente dos portugueses esto aindaosalunosdeHongKong,daIndonsia,da Sua e da Argentina. A nvel euro-peu, Portugal est na quarta posio.Atrs dos portugueses esto italianos,espanhis e franceses, entre muitosoutros, jqueoestudofoirealizadoem28 pases. No fundo da tabela esto osalunosdaArbiaSaudita,ChileePeru.

    Os portugueses esto expostos lngua inglesa desde cedo numa baseregular, atravs dos media. umaquesto cultural, defende MathewLeaper, responsvel pelo Wall StreetInstitute em Portugal. E elogia osportugueses enquanto alunos dedi-cados e comprometidos com objecti-

    vos claros.Muitos querem aprenderparamudar de vida: emigrar ou obterum desenvolvimento profissionalque lhes permita, muitas vezes, darum salto na carreira. Tambm tmmuitos alunos jovens que frequen-tam as aulas de ingls do institutoquandoentramnauniversidade,paraaperfeioar o seu nvel de ingls,acrescentaMathewLeaper.

    A mdia dos alunos do Wall StreetInstitutevaidos20aos35anos.Nasci-dades com universidades, os centrostmmais jovens,mas no geral hmui-tos alunos at aos 35 anos e em plenavidaactiva. Onmerode jovensepes-soas commais de 30 anos equilibra-do, sublinhaoresponsveldestaesco-la do grupo Pearson que ensina inglspor todoomundo.Dos seus 12mil alu-nos emPortugal, espalhados por cincocentros,cercade5%estoaestudar in-glscomoobjectivodeemigrar.

    Liliana Costa, OfficeManager emPortugal da Best Personnel, umaagncia irlandesa especializada emrecrutamento na rea da sade, con-firma tambm que os bons conheci-mentos de ingls so apontados comouma das principais razes porquetantos enfermeiros so recrutadospara ir trabalhar para o Reino Unido,Irlandaeoutrospases. CarlaCastro

    A facilidade com as ln-guas destacada comouma das principais ra-zes porque os portu-gueses so apreciadosquandovo trabalharparaoutrospa-ses.Nocasodo inglsmais ainda, por-que uma lngua a que esto habitua-dos desde muito cedo, comparativa-mente, por exemplo, com os espa-nhis que vem televiso com as s-riese filmesdobrados.

    Os empregadores internacionaiscostumam citar essa facilidade dosportugueses quando comparada, porexemplo, com os espanhis, os italia-nos e at os franceses, que tm maisdificuldadecomlnguas.

    Amndio da Fonseca, administra-dor do grupo de recrutamento Egor,confirma: , sem dvida, uma gran-de vantagem para a contratao deportugueses. um dado adquirido aquantidade de portugueses que falamingls. Os espanhis, por exemplo,esto habituados a ouvir o Frank Si-natraa falarespanhol, ironiza.

    UmestudodoWall Street Institu-te vem confirmar esta ideia, ao con-cluir que os portugueses esto notop ten dos alunos com melhor n-vel de ingls entre os 30 pases ondea escola est presente.

    Bom ingls dos portugueses elogiado no estrangeiroPortugueses esto entre os melhores no domnio da lngua, diz estudo do Wall Street Institute.

    M uito se tem escrito e dito sobre osresultados do PISA, na sequnciada divulgao dos resultados doPISA2012nofinaldoanopassado.Esta edio centrou-se na Matemtica, emboraincluindo avaliao da leitura, das cincias e deresoluodeproblemas.

    Doisaspetostmsidorealadosnosresultadosde2012enacomparaocomosde2003,quandoospasesparticiparamnessa anterior edio cen-trada naMatemtica. O primeiro so os bons re-sultadosdospases asiticos.O segundoaperdade posio da Finlndia, pas visto por muitoscomoumexemplodesucessoeducativo.

    Alguns artigos que li questionam a educaodospasesasiticos,muitocentradanodesempe-nhoemtesteseexames.Estapodeserumaexpli-cao para os bons resultados. possvel treinaros jovens para ter bomdesempenho em testes, oque no omesmoque umaboa educao. Cria--se o que os franceses chamambtes concours.

    Devemos ficar satisfeitos pelos resultadosportugueses terem melhorado, sobretudo por-que os anteriores erammuito fracos.Mas, comoli num artigo que no consegui reencontrar, se20pasesdefiniremcomoobjetivoestarentreos5 melhores para o prximo PISA centrado naMatemtica, o resultadonosermelhoreduca-o, mas uma competio com 15 perdentes. Etransforma-se os jovens em atletas daMatem-tica, descurando todas as outras dimenses daeducao, no smatrias como a histria ou asartes, mas tambm dimenses de cidadania,criatividade, iniciativa,etc.

    Os testes so teis e, se forem bem concebi-dos como os do PISA, so importantes para afe-rir odesempenhodo sistemaeducativo segundoaquelasdimenses especficas queavaliam.Coi-sa diferente erigi-los em finalidade nica e to-m-losporumaavaliaoglobal.

    Acrticaquemuitosfazemeducaodepasesasiticos precisamente o excesso de competioe a focagememresultados de testes e exames, emdetrimento de uma educao mais global dos jo-vens.umproblema idnticoaodos rankingsdasuniversidades. Alguns pases, pretendendo teruniversidades bem colocadas nesses rankings,concentramrecursos emumaoualgumas, procu-rando ter universidades ditas world-class, em de-trimentodorestodossistemasdeensinosuperioredaformaodageneralidadedoscidados.

    comoaquelaspessoasqueseconvencemdeque o produto X timo para um aspeto da sa-de e que abusam de tal forma que acabam porprovocaroutrosproblemasdesade.

    Uso e abusode testes

    OPINIO

    PEDRO LOURTIEProfessor aposentado do Instituto Superior Tcnico

    Os portugueses estoexpostos lnguainglesa desde cedonuma base regular,atravs dos media. uma questocultural, defendeMathew Leaper, doWall Street Institute.

  • Dirio Econmico Segunda-feira 20 de Janeiro 2014

    U&E/7

    CAPITAL HUMANO

    Quais os erros a evitarnuma entrevista de empregoImpressionar nos primeiroscinco minutos e mostrarconhecimento sobre aempresa so essenciais.

    Como negociar um pacotesalarial e como construirumbomcurrculos. Estesso alguns dos temas dassesses gratuitas que aempresa CV DNA est a promover. Aprxima sesso j dia 22 de Janeirodedicada a Comportamentos a ter eevitar em contexto de entrevista.Para participar pode inscrever-se [email protected] Umaoferta explicada numa entrevista oCapital Humano, do ETV, por JosQuezada , director geral da CV -DNA.

    Quaisoserroquenosepodemco-meternumaentrevistadeempre-go?Osgrandes erros sono ir preparadoenosabernadasobreareadeneg-cio da empresa. Devemos preparar anossa entrevista em casa e trabalharas respostas para perguntas difceiscomo: Onde que queremos estardentro de trs e cinco anos?. Estapergunta clssica e que temos que sa-ber responder. Importante tambmsaber identificarosnossospontos for-tese fracos.Muitasvezesnodizemososnossospontos fracos.Depois, temos que ter muito cuidadocomaimagem,devemos irvestidosdeacordo coma funo a que nos vamoscandidatar, mas tambm de acordocom a empresa. . importante nochegar atrasado, o ideal chegar dezminutos antes. Porqueoprimeiro im-pacto sempre decisivo e temos quecriarumaempatiapositiva.

    Truquesparaoconseguir?Um ponto importante respondersempre s perguntas que nos fazem etentar inserir sempre um ponto im-

    portante para demonstrar qual o nos-so valor e porque que somos dife-rentes, em relao aos outros candi-datos? Muitas vezes o candidato estnervoso e ansioso e responde a coisasqueningumlheperguntou.

    H um elevator pitch inicial, querondaosdois a cincominutos, emquetemosquecausarbomimpresso.

    Logodesdeo incioodiscursodevecomea a fluir e contar a nossa hist-ria, dando nfase aquiloqueonossovalor.

    Jos Quezada, director geralda CV - DNA em entrevista ao

    Capital Humano do ETV.

    Pau

    loFigueired

    o

    A procura de empregodeve ser activae focada. Devoprocurar em todasas empresas da reaem que me formei.

    Queconselhosdariaaos muitosjovensdesempregadosparaen-contraremprego?Trabalhar. O que passa por procurarestruturadamente, aceitando est-gios, que muitas vezes no so remu-nerados, mas so essenciais para ocurrculo.H 40 anos, s alguns eram licencia-do e hoje ser diplomado j muitocomum, assim como ter ummestra-do. O meu valor acadmico muitoimportante, mas no chega. Tenhoque procurar solues, tenho queme propor a estgios, oferecer sempresas para que me possam darconhecimento.Deve ser umaprocu-ra activa e focadas. Se estudei numadeterminada rea vou procurar to-das as empresas dessa rea, ondepossa aprender qualquer coisa, e te-nho que me propor e procurar por-que existem imensos programas deestgios e com apoios do Estado. Ojovem no pode ficar espera quealgum o v buscar a casa e levar empresa. M.Q.

    AAgricultura est namoda. E como todasasmodas corre o risco de ser passagei-ra. Encar-la como uma rea de negciopode levar recuperao de ideias queestavamadormecidasecriaodenovosprojetos.Para serem bem sucedidas, estas ideias tm de serconcretizadas,plasmadasempapel, emestudos,deformaaavaliarasuasustentabilidade.

    Emdilogo com agentes do sector agrcola e daindstria agroindustrial, constatmos existir umalacuna na oferta de formao para empresrios,gestoresedirigentes;nofundo,destinadaarespon-sveisqueoperamnesteterrenofrtil.Eassimsur-ge uma nova proposta da AESE, que se apresentacomo umparceiro, oferecendo uma plataforma deaprendizagem integrada e de compromisso na Di-recodeEmpresas.

    O GAIN Direco de Empresas agrcolas eagro-industriaisassentanumolharparadentrodasempresas, da suaconstituio, reorganizaoe,ob-viamente, sustentabilidadeestratgica, semesque-ceromeioenvolventeeacautelandotodasasvari-veisexgenas.Comoempresasquevendemprodu-tos, importapensareatuirdeformaaoperacionali-zar processos, colocar a tecnologia certa ao serviodonegcioesuscitar inovaofrutuosa,quepoten-cieumcrescimentoeconmicodaempresa,dosec-toredoPas.

    Umaempresa apresentaumproduto aomerca-do e precisa de vend-lo. Como faz-lo de forma adisponibiliz-loaoclientenasmelhorescondies,de forma a satisfazer uma necessidade, em tempooportuno? A resposta reside num conjunto de to-mada de decises constantes, que a AESE propecultivar e aperfeioar, atravs doMtodo do Caso,celebrizado pela Harvard Business School. Deci-ses fundamentadas combaseeminformaocre-dvel, empartealavancadapelacontabilidade, con-troloefinanas.Seresteocaminhoparamanteramoda, promovendoo emprego e a riqueza tone-cessriosaPortugal.

    Um dos traos distintivos do GAIN da AESEconsisteemproporaatenospessoas.umcon-viteaosdirigentesparaencararemosseusclientes,fornecedorese colaboradorese,no limite, aolha-rempara simesmosno s comocapital geradorde riqueza, mas como portadores de um projectodevida.

    A agricultura: umnegcio de moda?

    OPINIO

    FRASTO FERREIRADiretor do ProgramaGAIN da AESE

    Em dilogo com agentes dosector agrcola e da indstriaagroindustrial, constatmosexistir uma lacuna na ofertade formao

    CapitalHumanoSegunda-feira e Quinta-feira s 14h45

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