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complexos epidermiscos tscece
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3.1 PELE
A pele é o maior órgão do corpo humano, ocupando uma área média de
2m2, o que corresponde a cerca de 10 a 15% do peso total corporal. É um
órgão de revestimento complexo e heterogêneo, composto essencialmente de
três grandes camadas de tecidos: uma superior, a epiderme; uma camada
intermediária, a derme; e uma camada profunda, a hipoderme. (LEONARDI,
2005)
A pele possui diversas funções: proteção, barreira impermeável,
regulação da temperatura corporal (conservação e dissipação do calor),
defesa do organismo, excreção de sais, síntese de vitamina D, sensorial e de
sinalização sexual. (KIERSZENBAUM, 2008)
A pele pode se distinguir em pele fina e espessa, dependendo da
espessura da epiderme. A pele espessa é encontrada na palma das mãos, na
planta dos pés e em algumas articulações. O restante do corpo é coberto por
pele fina. Abaixo e em continuidade com a derme, se encontra a hipoderme.
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
3.1.1 Epiderme
A epiderme é formada por epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado. As principais células presente são os queratinócitos, os
melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2008)
A célula mais abundante nesse epitélio é o queratinócito, assim chamado
porque seu principal produto é a queratina. Os melanócitos são células
presentes na camada basal cuja função é a produção de melanina, substância
que dá cor à pele e uma proteção natural contra os raios solares.
(KIERSZENBAUM, 2008; LEONARDI, 2005)
As células de Langerhans são bastante ramificadas e se localizam em
toda a epiderme entre os queratinócitos, sendo mais frequente na camada
espinhosa. São originadas através de células precursoras da medula óssea.
São capazes de captar antígenos, processá-los e apresentá-los aos linfócitos
T, participando da estimulação dessas células, sendo importante nas reações
imunitárias cutâneas. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
As células de Merkel existem em maior número na pele espessa,
especialmente na ponta dos dedos. Em contato com a base dessas células
existe uma estrutura em forma de disco, onde se inserem fibras nervosas
aferentes que conduzem impulsos para o sistema nervoso central. As células
de Merkel são mecanorreptores participando no processo de sensibilidade
tátil. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
A estrutura e a espessura da epiderme variam de acordo com o local
estudado, sendo mais espessa e complexa na palma das mãos, na planta dos
pés e em algumas articulações. Nesses locais atinge a espessura de até
1,5mm e são denominadas como pele espessa. Na pele espessa, podem ser
distinguidas cinco camadas da epiderme. Começando da mais profunda a
mais superficial há a camada basal, a camada espinhosa, a camada
granulosa, a camada lúcida e a camada córnea. (LEONARDI, 2005;
JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
A camada basal é formada por uma camada de queratinócitos cúbicos
sobre uma membrana basal. Apresenta intensa atividade mitótica, sendo
responsável junto com a camada espinhosa pela renovação constante da
epiderme. (KIERSZENBAUM, 2008)
A camada espinhosa, formada por queratinócitos ligeiramente achatados,
que além de atuar na renovação da epiderme, tem papel importante na
manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito.
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
A camada granulosa, é responsável pela formação uma barreira
impermeável que impede a penetração de substâncias e de água na
epiderme. (KIERSZENBAUM, 2008)
A camada lúcida, mais evidente na pele espessa, é uma camada
intermediária entre a camada granulosa e a camada córnea. No entanto,
nenhuma característica citológica distinta é aparentemente significativa.
(KIERSZENBAUM, 2008)
A camada mais superficial é a camada córnea. Essa camada possui
células ricas em queratina e não possui núcleo ou organelas. É uma eficiente
barreira, protegendo o corpo da desidratação. Os lipídios disponíveis no
estrato córneo formam membranas que retêm água, conservando a superfície
da nossa pele saudável e macia. (LEONARDI, 2005; JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2008)
A porção menos permeável da epiderme é a mais superficial (o estrato
córneo), onde as células são mais queratinizadas e o teor de lipídios é mais
elevado. Depois que uma molécula atravessa o estrato córneo, não há outra
barreira à difusão nas outras camadas da pele se a molécula não for segura
ou metabolizada no caminho. (LEONARDI, 2005)
3.1.2 Derme
A derme é o tecido conjuntivo onde se apoia a epiderme e une a pele ao
tecido subcutâneo, a hipoderme. Apresenta espessura variável, atingindo um
máximo de 3mm na planta do pé. Sua superfície externa é irregular
observando-se saliências, as papilas térmicas. Essas papilas aumentam a
área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas
duas camadas e são mais encontradas em zonas sujeitas a pressões e atritos.
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
A derme é formada por duas camadas: a papilar (superficial) e a reticular
(profunda). A camada papilar contribui para prender a derme a epiderme. A
camada reticular é responsável pela elasticidade da pele, além de estar
presente outras estruturas como: folículos pilosos, glândulas sebáceas e
glândulas sudoríparas. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
Nesta camada da pele estão presentes as raízes dos pêlos, as
glândulas, as terminações nervosas, os vasos sanguíneos e alguns tipos de
células (sendo a maioria fibroblastos) e ainda, fibras de colágeno e elastina.
Estas enzimas são produzidas em excesso quando se expõe a pele à luz
solar, promovendo o envelhecimento precoce. (LEONARDI, 2005)
3.1.3 Hipoderme
A hipoderme é constituída por tecido conjutivo frouxo, que une de
maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. É a camada
responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se
apoia. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008)
Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme
poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida,
constitui o panículo adiposo. O panículo adiposo modela o corpo, é uma
reserva de energia e proporciona proteção contra o frio. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2008)