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FICHATCNICA
Ttulo: Compilao Legislativa SEGURANA CONTRA INCNDIO EM EDIFCIOS
Edio: Autoridade Nacional de Proteco CivilMinistrio da Administrao InternaAvenida do Forte em Carnaxide2794-112 Carnaxide Portugal
Telf: + 351 21 424 71 00Fax: + 351 21 424 71 80
Coordenao: Gabinete Jurdico e Unidade de Previso de Riscos e AlertaBettina Ramos
Carlos SoutoHenrique Vicncio
ISBN: 978-989-96121-7-4
Depsito legal:
Impresso: Europress
Tiragem: 1500 exemplaresSetembro de 2009
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COMPILAO LEGISLATIVA SEGURANA CONTRA INCNDIO EM EDIFCIOS
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Introduo
No mbito das reformas empreendidas pelo XVII Governo Constitucional, areestruturao de todo quadro legislativo inerente proteco civil assumiu especialrelevo e prioridade durante a legislatura.
Desde a aprovao da nova Lei de Bases de Proteco Civil, em 2006,percorremos um longo e profcuo caminho em matria da regulamentao estruturante,
nomeadamente da actividade de proteco e socorro, bombeiros e segurana contraincndio em edifcios.
Aps um ano sobre a primeira publicao da compilao legislativa aplicvel aosector, cuja importncia e utilidade foi amplamente reconhecida, revela-se necessrioproceder respectiva actualizao atendendo ao contnuo trabalho desenvolvido.
Entre a recente legislao produzida destaca-se o novo Regime Jurdico daSegurana Contra Incndio em Edifcios que resultou de um importante e longo trabalhoconcertado entre especialistas e entidades do sector. Este regulamento, h muitoreclamado, vem estruturar de forma lgica, rigorosa e acessvel, todas as disposiesaplicveis neste domnio.
A Autoridade Nacional de Proteco Civil lana assim a 1. edio daCompilao Legislativa Segurana Contra Incndio em Edifcios e as 2.s edies dasCompilaes Legislativas Proteco Civil e Bombeiros, que certamentecontinuaro a ser ferramentas cruciais para os principais agentes e colaboradores dosector, sempre em benefcio dos cidados.
esta a postura que o Governo tem vindo a promover e, tambm estou certo,essa a linha de fora que perpassa em todos os Agentes de Proteco Civil.
Jos Miguel Abreu de Figueiredo Medeiros
Secretrio de Estado da Proteco Civil
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Breves Notas
Incumbe Autoridade Nacional de Proteco Civil, no mbito da preveno dosriscos naturais e tecnolgicos proceder, entre outras tarefas, regulamentao efiscalizao das condies de segurana contra incndio em edifcios.
Enquadra-se no cumprimento desta misso a publicao do Decreto-Lei n.
220/2008, de 12 de Novembro, que estabelece o Regime Jurdico da Segurana ContraIncndio em Edifcios, conjuntamente com as diversas Portarias Complementares.
Importa, a nosso ver, promover uma melhor concepo dos edifcios, tornando-os mais seguros, desde a fase de projecto at execuo das obras de construo e manuteno das condies de segurana durante toda a sua vida til.
Com esta publicao e sua difuso, cumpre-se mais um passo do Programa doXVII Governo Constitucional, reflectido nesta compilao que foi iniciada soborientao poltica de Suas Exas. o Ministro da Administrao Interna, Dr. Antnio Costae do Secretrio de Estado da Administrao Interna/ Secretrio de Estado da ProtecoCivil, Dr. Ascenso Simes e posteriormente prosseguida e concluda sob a tutela Suas
Exas. o Ministro da Administrao Interna, Dr. Rui Pereira e do Secretrio de Estado daProteco Civil, Dr. Jos Miguel Medeiros.
Este , pois, um contributo para o incremento de uma nova Cultura deSegurana em Portugal, garante da preservao da vida das pessoas, dos seus bens, doambiente e do patrimnio, face ao risco de incndio em edifcios.
Arnaldo Jos Ribeiro da Cruz
Presidente da Autoridade Nacional de Proteco Civil
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ndice
PginasLEGISLAO ESTRUTURANTE
Decreto-Lei n. 220/2008, de 12 de Novembro Regime Jurdico daSegurana Contra Incndio em Edifcios 11 77
Portaria n. 1532/2008, de 29 de Dezembro Regulamento Tcnico deSegurana Contra Incndio em Edifcios (RT-SCIE) 79 322
Despacho do Presidente da Autoridade Nacional de Proteco Civil n.
2074/2009, de 15 de Janeiro Critrios Tcnicos para Determinaoda Densidade de Carga de Incndio Modificada 323 343
Portaria n. 64/2009, de 22 de Janeiro Regime de Credenciao deEntidades para a Emisso de Pareceres, Realizao de Vistorias e deInspeces das Condies de Segurana Contra Incndio em Edifcios 345 354
Portaria n.610/2009, de 8 de Junho Regulamenta o funcionamento dosistema informtico previsto no n. 2 do artigo 32. do Decreto -Lei n.220/2008, de 12 de Novembro 355 358
Portaria n. 773/2009, de 21 de Julho Procedimento de Registo, naAutoridade Nacional de Proteco Civil, das Entidades que exeram aactividade de Comercializao, Instalao e ou Manuteno deProdutos e Equipamentos de Segurana Contra Incndio em Edifcios 359 364
Portaria n 1054/2009, de 16 de Setembro Fixa o Valor das Taxas pelosservios prestados pela Autoridade Nacional de Proteco Civil 365 369
LEGISLAO DIVERSA
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LEGISLAO ESTRUTURANTE
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Regime Jurdico da Segurana Contra Incndio em Edifcios
Decreto-Lei n. 220/2008, de 12 de Novembro
A legislao sobre segurana contra incndio em edifcios encontra-se actualmente
dispersa por um nmero excessivo de diplomas avulsos, dificilmente harmonizveis entre
si e geradores de dificuldades na compreenso integrada que reclamam. Esta situao
coloca em srio risco no apenas a eficcia jurdica das normas contidas em tal legislao,
mas tambm o seu valor pedaggico.
Com efeito, o actual quadro legal pautado por um edifcio legislativo heterogneo e
de desigual valor hierrquico normativo. De tudo se encontra, resolues do Conselho de
Ministros, decretos-leis, decretos regulamentares, portarias, uns com contedo
excessivamente minucioso, outros raramente ultrapassando o plano genrico.
Para alm disso, verificam-se srias lacunas e omisses no vasto articulado deste
quadro normativo. Tal deve-se parcialmente ao facto de para um conjunto elevado de
edifcios no existirem regulamentos especficos de segurana contra incndios. o caso,
designadamente, das instalaes industriais, dos armazns, dos lares de idosos, dos
museus, das bibliotecas, dos arquivos e dos locais de culto. Nestas situaes aplica-se
apenas o Regulamento Geral das Edificaes Urbanas, de 1951, que manifestamente
insuficiente para a salvaguarda da segurana contra incndio.
Perante uma pluralidade de textos no raras vezes divergentes, seno mesmocontraditrios nas solues preconizadas para o mesmo tipo de problemas,
particularmente difcil obter, por parte das vrias entidades responsveis pela aplicao da
lei, uma viso sistematizada e uma interpretao uniforme das normas, com evidente
prejuzo da autoridade tcnica que a estas deve assistir.
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populacional para as cidades, apesar da tendncia positiva resultante da entrada em vigor
dos primeiros regulamentos de segurana contra incndios em edifcios.
As solues vertidas no novo regime jurdico vo de encontro s mais avanadas
tcnicas de segurana contra incndio em edifcios. Contudo, no se prev que venham a
ter um impacte significativo no custo final da construo, porquanto muitas dessas
solues so j adoptadas na execuo dos projectos e na construo dos edifcios que
no dispem de regulamentos especficos de segurana contra incndio. Tal deve-se
largamente ao recurso regulamentao estrangeira e, por analogia, regulamentaonacional anterior, quer por exigncia das companhias de seguros, quer por deciso do
dono da obra e dos projectistas.
Importa ainda salientar que a fiscalizao das condies de segurana contra incndio
nos vrios tipos de edifcios, recintos e estabelecimentos, exercida no pleno respeito
pelos direitos que os cidados e as empresas tm a uma desejada racionalizao dos
procedimentos administrativos, de modo a simplificar, desburocratizar e modernizar
nesta rea especfica a actividade da Administrao Pblica, tanto a nvel central como
local.
Neste sentido, adequaram-se os procedimentos de apreciao das condies de
segurana contra incndios em edifcios, ao regime jurdico da urbanizao e edificao,
alterado pela Lei n. 60/2007, de 4 de Setembro.
Por ltimo, cumpre tambm referir que o novo regime jurdico o resultado de um
trabalho longo e concertado entre especialistas designados pelo Servio Nacional de
Bombeiros e Proteco Civil e pelo Conselho Superior de Obras Pblicas e Transportes,
atravs da sua Subcomisso de Regulamentos de Segurana contra Incndio em Edifcios.
Foram ainda recolhidos os contributos de todas as entidades consideradas como mais
directamente interessadas neste domnio, como o caso das diversas entidades pblicas,
no representadas na referida Subcomisso, envolvidas no licenciamento das utilizaes-
tipo de edifcios, recintos e estabelecimentos, designadamente das que careciam de
adequada regulamentao especfica na rea da segurana contra incndio.
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Foram ouvidos a Associao Nacional de Municpios Portugueses, a Ordem dos
Arquitectos, a Ordem dos Engenheiros, a Associao Nacional dos Engenheiros
Tcnicos, o Laboratrio Nacional de Engenharia Civil e os rgos de governo prprio
das Regies Autnomas.
Assim:
Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituio, o Governo decreta o
seguinte:
CAPTULO I
Disposies Gerais
Artigo 1.
Objecto
O presente decreto-lei estabelece o regime jurdico da segurana contra incndios em
edifcios, abreviadamente designado por SCIE.
Artigo 2.
Definies
Para efeitos do presente decreto-lei e legislao complementar, entende-se por:
a) Altura da utilizao-tipo a diferena de cota entre o plano de referncia e o
pavimento do ltimo piso acima do solo, susceptvel de ocupao por essa utilizao-tipo;
b) rea bruta de um piso ou fraco a superfcie total de um dado piso ou fraco,
delimitada pelo permetro exterior das paredes exteriores e pelo eixo das paredes
interiores separadoras dessa fraco, relativamente s restantes;
c) rea til de um piso ou fraco a soma da rea til de todos os compartimentos
interiores de um dado piso ou fraco, excluindo-se vestbulos, circulaes interiores,
escadas e rampas comuns, instalaes sanitrias, roupeiros, arrumos, armrios nas paredes
e outros compartimentos de funo similar, e mede-se pelo permetro interior das paredes
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que delimitam aqueles compartimentos, descontando encalos at 30 cm, paredes
interiores, divisrias e condutas;
d) Carga de incndio a quantidade de calor susceptvel de ser libertada pela combusto
completa da totalidade de elementos contidos num espao, incluindo o revestimento das
paredes, divisrias, pavimentos e tectos;
e) Categorias de risco a classificao em quatro nveis de risco de incndio de qualquer
utilizao-piso de um edifcio e recinto, atendendo a diversos factores de risco, como a
sua altura, o efectivo, o efectivo em locais de risco, a carga de incndio e a existncia de
pisos abaixo do plano de referncia, nos termos previstos no artigo 12.;
f) Densidade de carga de incndio a carga de incndio por unidade de rea til de um
dado espao ou, para o caso de armazenamento, por unidade de volume;
g) Densidade de carga de incndio modificada a densidade de carga de incndio
afectada de coeficientes referentes ao grau de perigosidade e ao ndice de activao dos
combustveis, determinada com base nos critrios referidos no n. 4 do artigo 12.;
h) Edifcio toda e qualquer edificao destinada utilizao humana que disponha, na
totalidade ou em parte, de um espao interior utilizvel, abrangendo as realidades
referidas no n. 1 do artigo 8.;
i) Edifcios independentes os edifcios dotados de estruturas independentes, sem
comunicao interior ou, quando exista, efectuada exclusivamente atravs de cmaras
corta-fogo, e que cumpram as disposies de SCIE, relativamente resistncia ao fogo
dos elementos de construo que os isolam entre si;
j) Efectivo o nmero mximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultneo
um dado espao de um edifcio ou recinto;
l) Efectivo de pblico o nmero mximo estimado de pessoas que pode ocupar em
simultneo um edifcio ou recinto que recebe pblico, excluindo o nmero de
funcionrios e quaisquer outras pessoas afectas ao seu funcionamento;
m) Espaos as reas interiores e exteriores dos edifcios ou recintos;
n) Imveis classificados os monumentos classificados nos termos da Lei n. 107/2001,
de 8 de Setembro;
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o) Local de risco a classificao de qualquer rea de um edifcio ou recinto, em funo
da natureza do risco de incndio, com excepo dos espaos interiores de cada fogo e das
vias horizontais e verticais de evacuao, em conformidade com o disposto no artigo 10.;
p) Plano de referncia o plano de nvel, cota de pavimento do acesso destinado s
viaturas de socorro, medida na perpendicular a um vo de sada directa para o exterior do
edifcio;
q) Recintos os espaos delimitados ao ar livre destinados a diversos usos, desde os
estacionamentos, aos estabelecimentos que recebem pblico, aos industriais, oficinas e
armazns, podendo dispor de construes de carcter permanente, temporrio ou
itinerante;
r) Utilizao-tipo a classificao do uso dominante de qualquer edifcio ou recinto,
incluindo os estacionamentos, os diversos tipos de estabelecimentos que recebem
pblico, os industriais, oficinas e armazns, em conformidade com o disposto no artigo
8.
Artigo 3.
mbito
1 Esto sujeitos ao regime de segurana contra incndios:
a) Os edifcios, ou suas fraces autnomas, qualquer que seja a utilizao e respectiva
envolvente;
b) Os edifcios de apoio a postos de abastecimento de combustveis, tais como
estabelecimentos de restaurao, comerciais e oficinas, regulados pelos Decretos-Leis n.os
267/2002 e 302/2001, de 26 de Novembro e de 23 de Novembro, respectivamente;
c) Os recintos.
2 Exceptuam-se do disposto no nmero anterior:
a) Os estabelecimentos prisionais e os espaos classificados de acesso restrito das
instalaes de foras armadas ou de segurana;
b) Os paiis de munies ou de explosivos e as carreiras de tiro.
3 Esto apenas sujeitos ao regime de segurana em matria de acessibilidade dos meios
de socorro e de disponibilidade de gua para combate a incndios, aplicando-se nos
demais aspectos os respectivos regimes especficos:
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a) Os estabelecimentos industriais e de armazenamento de substncias perigosas,
abrangidos pelo Decreto-Lei n. 254/2007, de 12 de Julho;
b) Os espaos afectos indstria de pirotecnia e indstria extractiva;
c) Os estabelecimentos que transformem ou armazenem substncias e produtos
explosivos ou radioactivos.
4 Nos edifcios com habitao, exceptuam-se do disposto no n. 1, os espaos
interiores de cada habitao, onde apenas se aplicam as condies de segurana das
instalaes tcnicas.
5 Quando o cumprimento das normas de segurana contra incndios nos imveis
classificados se revele lesivo dos mesmos ou sejam de concretizao manifestamente
desproporcionada so adoptadas as medidas de autoproteco adequadas, aps parecer da
Autoridade Nacional de Proteco Civil, abreviadamente designada por ANPC.
6 s entidades responsveis pelos edifcios e recintos referidos no n. 2 incumbe
promover a adopo das medidas de segurana mais adequadas a cada caso, ouvida a
ANPC, sempre que entendido conveniente.
Artigo 4.
Princpios gerais
1 O presente decreto-lei baseia-se nos princpios gerais da preservao da vida
humana, do ambiente e do patrimnio cultural.
2 Tendo em vista o cumprimento dos referidos princpios, o presente decreto-lei de
aplicao geral a todas as utilizaes de edifcios e recintos, visando em cada uma delas:
a) Reduzir a probabilidade de ocorrncia de incndios;
b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incndios, circunscrevendo e minimizando
os seus efeitos, nomeadamente a propagao do fumo e gases de combusto;
c) Facilitar a evacuao e o salvamento dos ocupantes em risco;
d) Permitir a interveno eficaz e segura dos meios de socorro.
3 A resposta aos referidos princpios estruturada com base na definio das
utilizaes-tipo, dos locais de risco e das categorias de risco, que orientam as distintas
disposies de segurana constantes deste regime.
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Artigo 5.
Competncia
1 A ANPC a entidade competente para assegurar o cumprimento do regime de
segurana contra incndios em edifcios.
2 ANPC incumbe a credenciao de entidades para a realizao de vistorias e de
inspeces das condies de SCIE, nos termos previstos no presente decreto-lei e nas
suas portarias complementares.1
Artigo 6.
Responsabilidade no caso de edifcios ou recintos
1 No caso de edifcios e recintos em fase de projecto e construo so responsveis
pela aplicao e pela verificao das condies de SCIE:
a) Os autores de projectos e os coordenadores dos projectos de operaes urbansticas,
no que respeita respectiva elaborao, bem como s intervenes acessrias ou
complementares a esta a que estejam obrigados, no decurso da execuo da obra;
b) A empresa responsvel pela execuo da obra;
c) O director de obra e o director de fiscalizao de obra, quanto conformidade da
execuo da obra com o projecto aprovado.
2 Os autores dos projectos, os coordenadores dosprojectos, o director de obra e o
director de fiscalizao de obra, referidos nas alneas a) e c) do nmero anterior
subscrevem termos de responsabilidade, de que conste, respectivamente, que na
elaborao do projecto e na execuo e verificao da obra em conformidade com o
projecto aprovado, foram cumpridas as disposies de SCIE.
3 A manuteno das condies de segurana contra risco de incndio aprovadas e a
execuo das medidas de autoproteco aplicveis aos edifcios ou recintos destinados
utilizao-tipo I referida na alnea a) do n. 1 do artigo 8., durante todo o ciclo de vida
dos mesmos, da responsabilidade dos respectivos proprietrios, com excepo das suas
partes comuns na propriedade horizontal, que so da responsabilidade do administrador
do condomnio.
1 Portaria n. 64/2009, de 22 de Janeiro
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4 Durante todo o ciclo de vida dos edifcios ou recintos que no se integrem na
utilizao-tipo referida no nmero anterior, a responsabilidade pela manuteno das
condies de segurana contra risco de incndio aprovadas e a execuo das medidas de
autoproteco aplicveis das seguintes entidades:
a) Do proprietrio, no caso do edifcio ou recinto estar na sua posse;
b) De quem detiver a explorao do edifcio ou do recinto;
c) Das entidades gestoras no caso de edifcios ou recintos que disponham de espaos
comuns, espaos partilhados ou servios colectivos, sendo a sua responsabilidade limitada
aos mesmos.
Artigo 7.
Responsabilidade pelas condies exteriores de SCIE
Sem prejuzo das atribuies prprias das entidades pblicas, as entidades referidas nos
n.os 3 e 4 do artigo anterior so responsveis pela manuteno das condies exteriores de
SCIE, nomeadamente no que se refere s redes de hidrantes exteriores e s vias de acesso
ou estacionamento dos veculos de socorro, nas condies previstas no presente decreto-
lei e portarias complementares, quando as mesmas se situem em domnio privado.
CAPTULO II
Caracterizao dos edifcios e recintos
Artigo 8.
Utilizaes-tipo de edifcios e recintos
1 Aos edifcios e recintos correspondem as seguintes utilizaes-tipo:
a) Tipo I habitacionais, corresponde a edifcios ou partes de edifcios destinados a
habitao unifamiliar ou multifamiliar, incluindo os espaos comuns de acessos e as reas
no residenciais reservadas ao uso exclusivo dos residentes;
b) Tipo II estacionamentos, corresponde a edifcios ou partes de edifcios destinados
exclusivamente recolha de veculos e seus reboques, fora da via pblica, ou recintos
delimitados ao ar livre, para o mesmo fim;
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g) Tipo VII hoteleiros e restaurao, corresponde a edifcios ou partes de edifcios,
recebendo pblico, fornecendo alojamento temporrio ou exercendo actividades de
restaurao e bebidas, em regime de ocupao exclusiva ou no, nomeadamente os
destinados a empreendimentos tursticos, alojamento local, estabelecimentos de
restaurao ou de bebidas, dormitrios e, quando no inseridos num estabelecimento
escolar, residncias de estudantes e colnias de frias, ficando excludos deste tipo os
parques de campismo e caravanismo, que so considerados espaos da utilizao-tipo IX;
h) Tipo VIII comerciais e gares de transportes, corresponde a edifcios ou partes de
edifcios, recebendo pblico, ocupados por estabelecimentos comerciais onde se
exponham e vendam materiais, produtos, equipamentos ou outros bens, destinados a ser
consumidos no exterior desse estabelecimento, ou ocupados por gares destinados a
aceder a meios de transporte rodovirio, ferrovirio, martimo, fluvial ou areo, incluindo
as gares intermodais, constituindo espao de interligao entre a via pblica e esses meios
de transporte, com excepo das plataformas de embarque ao ar livre;
i) Tipo IX desportivos e de lazer, corresponde a edifcios, partes de edifcios e
recintos, recebendo ou no pblico, destinados a actividades desportivas e de lazer,
nomeadamente estdios, picadeiros, hipdromos, veldromos, autdromos,
motdromos, kartdromos, campos de jogos, parques de campismo e caravanismo,
pavilhes desportivos, piscinas, parques aquticos, pistas de patinagem, ginsios e saunas;
j) Tipo X museus e galerias de arte, corresponde a edifcios ou partes de edifcios,
recebendo ou no pblico, destinados exibio de peas do patrimnio histrico e
cultural ou a actividades de exibio, demonstrao e divulgao de carcter cientfico,
cultural ou tcnico, nomeadamente museus, galerias de arte, oceanrios, aqurios,
instalaes de parques zoolgicos ou botnicos, espaos de exposio destinados
divulgao cientfica e tcnica, desde que no se enquadrem nas utilizaes-tipo VI e IX;
l) Tipo XI bibliotecas e arquivos, corresponde a edifcios ou partes de edifcios,
recebendo ou no pblico, destinados a arquivo documental, podendo disponibilizar os
documentos para consulta ou visualizao no prprio local ou no, nomeadamente
bibliotecas, mediatecas e arquivos;
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m) Tipo XII industriais, oficinas e armazns, corresponde a edifcios, partes de
edifcios ou recintos ao ar livre, no recebendo habitualmente pblico, destinados ao
exerccio de actividades industriais ou ao armazenamento de materiais, substncias,
produtos ou equipamentos, oficinas de reparao e todos os servios auxiliares ou
complementares destas actividades.
2 Atendendo ao seu uso os edifcios e recintos podem ser de utilizao exclusiva,
quando integrem uma nica utilizao-tipo, ou de utilizao mista, quando integrem
diversas utilizaes-tipo, e devem respeitar as condies tcnicas gerais e especficas
definidas para cada utilizao-tipo.
3 Aos espaos integrados numa dada utilizao-tipo, nas condies a seguir indicadas,
aplicam-se as disposies gerais e as especficas da utilizao-tipo onde se inserem, no
sendo aplicveis quaisquer outras:
a) Espaos onde se desenvolvam actividades administrativas, de arquivo documental e
de armazenamento necessrios ao funcionamento das entidades que exploram as
utilizaes-tipo IV a XII, desde que sejam geridos sob a sua responsabilidade, no estejam
normalmente acessveis ao pblico e cada um desses espaos no possua uma rea bruta
superior a:
i) 10 % da rea bruta afecta s utilizaes-tipo IV a VII, IX e XI;
ii) 20 % da rea bruta afecta s utilizaes-tipo VIII, X e XII;
b) Espaos de reunio, culto religioso, conferncias e palestras, ou onde se possam
ministrar aces de formao, desenvolver actividades desportivas ou de lazer e, ainda, os
estabelecimentos de restaurao e bebidas, desde que esses espaos sejam geridos sob a
responsabilidade das entidades exploradoras de utilizaes-tipo III a XII e o seu efectivo
no seja superior a 200 pessoas, em edifcios, ou a 1000 pessoas, ao ar livre;
c) Espaos comerciais, oficinas, de bibliotecas e de exposio, bem como os postos
mdicos, de socorros e de enfermagem, desde que sejam geridos sob a responsabilidade
das entidades exploradoras de utilizaes-tipo III a XII e possuam uma rea til no
superior a 200 m2.
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Artigo 9.
Produtos de construo
1 Os produtos de construo so os produtos destinados a ser incorporados ou
aplicados, de forma permanente, nos empreendimentos de construo.
2 Os produtos de construo incluem os materiais de construo, os elementos de
construo e os componentes isolados ou em mdulos de sistemas pr-fabricados ou
instalaes.
3 A qualificao da reaco ao fogo dos materiais de construo e da resistncia ao
fogo padro dos elementos de construo feita de acordo com as normas comunitrias.
4 As classes de desempenho de reaco ao fogo dos materiais de construo e a
classificao de desempenho de resistncia ao fogo padro constam respectivamente dos
anexos I, II e VI ao presente decreto-lei, que dele fazem parte integrante.
Artigo 10.
Classificao dos locais de risco
1 Todos os locais dos edifcios e dos recintos, com excepo dos espaos interiores de
cada fogo, e das vias horizontais e verticais de evacuao, so classificados, de acordo
com a natureza do risco, do seguinte modo:
a) Local de risco A local que no apresenta riscos especiais, no qual se verifiquem
simultaneamente as seguintes condies:
i) O efectivo no exceda 100 pessoas;
ii) O efectivo de pblico no exceda 50 pessoas;
iii) Mais de 90 % dos ocupantes no se encontrem limitados na mobilidade ou nas
capacidades de percepo e reaco a um alarme;
iv) As actividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equipamentos que contm
no envolvam riscos agravados de incndio;
b) Local de risco B local acessvel ao pblico ou ao pessoal afecto ao
estabelecimento, com um efectivo superior a 100 pessoas ou um efectivo de pblico
superior a 50 pessoas, no qual se verifiquem simultaneamente as seguintes condies:
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i) Mais de 90 % dos ocupantes no se encontrem limitados na mobilidade ou nas
capacidades de percepo e reaco a um alarme;
ii) As actividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equipamentos que contm
no envolvam riscos agravados de incndio;
c) Local de risco C local que apresenta riscos agravados de ecloso e de
desenvolvimento de incndio devido, quer s actividades nele desenvolvidas, quer s
caractersticas dos produtos, materiais ou equipamentos nele existentes, designadamente
carga de incndio;
d) Local de risco D local de um estabelecimento com permanncia de pessoas
acamadas ou destinado a receber crianas com idade no superior a seis anos ou pessoas
limitadas na mobilidade ou nas capacidades de percepo e reaco a um alarme;
e) Local de risco E local de um estabelecimento destinado a dormida, em que as
pessoas no apresentem as limitaes indicadas nos locais de risco D;
f) Local de risco F local que possua meios e sistemas essenciais continuidade de
actividades sociais relevantes, nomeadamente os centros nevrlgicos de comunicao,
comando e controlo.
2 Quando o efectivo de um conjunto de locais de risco A, inseridos no mesmo
compartimento corta-fogo ultrapassar os valores limite constantes da alnea b) do nmero
anterior, esse conjunto considerado um local de risco B.
3 Os locais de risco C, referidos na alnea c) do n. 1, compreendem, designadamente:
a) Oficinas de manuteno e reparao onde se verifique qualquer das seguintes
condies:
i) Sejam destinadas a carpintaria;
ii) Sejam utilizadas chamas nuas, aparelhos envolvendo projeco de fascas ou
elementos incandescentes em contacto com o ar associados presena de materiais
facilmente inflamveis;
b) Farmcias, laboratrios, oficinas e outros locais onde sejam produzidos, depositados,
armazenados ou manipulados lquidos inflamveis em quantidade superior a 10 l;
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c) Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para confeco
de alimentos ou sua conservao, com potncia total til superior a 20 kW, com excepo
das includas no interior das habitaes;
d) Locais de confeco de alimentos que recorram a combustveis slidos;
e) Lavandarias e rouparias com rea superior a 50 m2 em que sejam instalados aparelhos,
ou grupos de aparelhos, para lavagem, secagem ou engomagem, com potncia total til
superior a 20 kW;
f) Instalaes de frio para conservao cujos aparelhos possuam potncia total til
superior a 70 kW;
g) Arquivos, depsitos, armazns e arrecadaes de produtos ou material diverso com
volume superior a 100 m3;
h) Reprografias com rea superior a 50 m2;
i) Locais de recolha de contentores ou de compactadores de lixo com capacidade total
superior a 10 m3;
j) Locais afectos a servios tcnicos em que sejam instalados equipamentos elctricos,
electromecnicos ou trmicos com potncia total superior a 70 kW, ou armazenados
combustveis;
l) Locais de pintura e aplicao de vernizes;
m) Centrais de incinerao;
n) Locais cobertos de estacionamento de veculos com rea compreendida entre 50 m2 e
200 m2, com excepo dos estacionamentos individuais, em edifcios destinados
utilizao-tipo referida na alnea a) do n. 1 do artigo 8.;
o) Outros locais que possuam uma densidade de carga de incndio modificada superior
a 1000 MJ/m2 de rea til, associada presena de materiais facilmente inflamveis e,
ainda, os que comportem riscos de exploso.
4 Os locais de risco D, referidos na alnea d) do n. 1, compreendem, designadamente:
a) Quartos nos locais afectos utilizao-tipo V ou grupos desses quartos e respectivas
circulaes horizontais exclusivas;
b) Enfermarias ou grupos de enfermarias e respectivas circulaes horizontais
exclusivas;
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c) Salas de estar, de refeies e de outras actividades ou grupos dessas salas e respectivas
circulaes horizontais exclusivas, destinadas a pessoas idosas ou doentes em locais
afectos utilizao-tipo V;
d) Salas de dormida, de refeies e de outras actividades destinadas a crianas com idade
inferior a 6 anos ou grupos dessas salas e respectivas circulaes horizontais exclusivas,
em locais afectos utilizao-tipo IV;
e) Locais destinados ao ensino especial de deficientes.
5 Os locais de risco E, referidos na alnea e) do n. 1,compreendem, designadamente:
a) Quartos nos locais afectos utilizao-tipo IV no considerados na alnea d) do
nmero anterior ou grupos desses quartos e respectivas circulaes horizontais exclusivas;
b) Quartos e sutes em espaos afectos utilizao-tipo VII ou grupos desses espaos e
respectivas circulaes horizontais exclusivas;
c) Espaos tursticos destinados a alojamento, incluindo os afectos a turismo do espao
rural, de natureza e de habitao;
d) Camaratas ou grupos de camaratas e respectivas circulaes horizontais exclusivas.
6 Os locais de risco F, referidos na alnea f) do n. 1, compreendem, nomeadamente:
a) Centros de controlo de trfego rodovirio, ferrovirio, martimo ou areo;
b) Centros de gesto, coordenao ou despacho de servios de emergncia, tais como
centrais 112, centros de operaes de socorro e centros de orientao de doentes
urgentes;
c) Centros de comando e controlo de servios pblicos ou privados de distribuio de
gua, gs e energia elctrica;
d) Centrais de comunicaes das redes pblicas;
e) Centros de processamento e armazenamento de dados informticos de servios
pblicos com interesse social relevante;
f) Postos de segurana, definidos no presente decreto-lei e portarias complementares.
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Artigo 11.
Restries do uso em locais de risco
1 A afectao dos espaos interiores de um edifcio a locais de risco B acessveis a
pblico deve respeitar as regras seguintes:
a) Situar-se em nveis prximos das sadas para o exterior;
b) Caso se situe abaixo das sadas para o exterior, a diferena entre a cota de nvel dessas
sadas e a do pavimento do local no deve ser superior a 6 m.
2 Constituem excepo ao estabelecido no nmero anterior os seguintes locais de
risco B:
a) Espaos em anfiteatro, onde a diferena de cotas pode corresponder mdia
ponderada das cotas de nvel das sadas do anfiteatro, tomando como pesos as unidades
de passagem de cada uma delas;
b) Plataformas de embarque afectas utilizao-tipo VIII.
3 A afectao dos espaos interiores de um edifcio a locais de risco C, desde que os
mesmos possuam volume superior a 600 m3, ou carga de incndio modificada superior a
20 000 MJ, ou potncia instalada dos seus equipamentos elctricos e electromecnicos
superior a 250 kW, ou alimentados a gs superior a 70 kW, ou serem locais de pintura ou
aplicao de vernizes em oficinas, ou constiturem locais de produo, depsito,
armazenagem ou manipulao de lquidos inflamveis em quantidade superior a 100 l,
deve respeitar as regras seguintes:
a) Situar-se ao nvel do plano de referncia e na periferia do edifcio;
b) No comunicar directamente com locais de risco B, D, E ou F, nem com vias
verticais que sirvam outros espaos do edifcio, com excepo da comunicao entre
espaos cnicos isolveis e locais de risco B;
4 A afectao dos espaos interiores de um edifcio a locais de risco D e E deve
assegurar que os mesmos se situem ao nvel ou acima do piso de sada para local seguro
no exterior.
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Artigo 12.
Categorias e factores do risco
1 As utilizaes-tipo dos edifcios e recintos em matria de risco de incndio podem
ser da 1., 2., 3. e 4. categorias, nos termos dos quadros I a X do anexo III e so
consideradas respectivamente de risco reduzido, risco moderado, risco elevado e risco
muito elevado.
2 So factores de risco:
a) Utilizao-tipo I altura da utilizao-tipo e nmero de pisos abaixo do plano de
referncia, a que se refere o quadro I;
b) Utilizao-tipo II espao coberto ou ao ar livre, altura da utilizao-tipo, nmero
de pisos abaixo do plano de referncia e a rea bruta, a que se refere o quadro II;
c) Utilizaes-tipo III e X altura da utilizao-tipo e efectivo, a que se referem os
quadros III e VIII, respectivamente;
d) Utilizaes-tipo IV, V e VII altura da utilizao-tipo, efectivo, efectivo em locais
de tipo D ou E e, apenas para a 1. categoria, sada independente directa ao exterior de
locais do tipo D ou E, ao nvel do plano de referncia, a que se referem os quadros IV e
VI, respectivamente;
e) Utilizaes-tipo VI e IX espao coberto ou ao ar livre, altura da utilizao-tipo,
nmero de pisos abaixo do plano de referncia e efectivo, a que se refere o quadro V;
f) Utilizao-tipo VIII altura da utilizao-tipo, nmero de pisos abaixo do plano de
referncia e efectivo, a que se refere o quadro VII;
g) Utilizao-tipo XI altura da utilizao-tipo, nmero de pisos abaixo do plano de
referncia, efectivo e carga de incndio, calculada com base no valor de densidade de
carga de incndio modificada, a que se refere o quadro IX;
h) Utilizao-tipo XII espao coberto ou ao ar livre, nmero de pisos abaixo do
plano de referncia e densidade de carga de incndio modificada, a que se refere o quadro
X.
3 O efectivo dos edifcios e recintos corresponde ao somatrio dos efectivos de todos
os seus espaos susceptveis de ocupao, determinados de acordo com os critrios
definidos no regulamento tcnico mencionado no artigo 15.
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4 A densidade de carga de incndio modificada a que se referem as alneas g) e h) do
n. 2 determinada com base nos critrios tcnicos definidos em despacho do presidente
da ANPC. 2
Artigo 13.
Classificao do risco
1 A categoria de risco de cada uma das utilizaes-tipo a mais baixa que satisfaa
integralmente os critrios indicados nos quadros constantes do anexo III ao presente
decreto-lei.
2 atribuda a categoria de risco superior a uma dada utilizao-tipo, sempre que for
excedido um dos valores da classificao na categoria de risco.
3 Nas utilizaes de tipo IV, onde no existam locais de risco D ou E, os limites
mximos do efectivo das 2. e 3. categorias de risco podem aumentar em 50 %.
4 No caso de estabelecimentos com uma nica utilizao-tipo distribuda por vrios
edifcios independentes, a categoria de risco atribuda a cada edifcio e no ao seu
conjunto.
5 Os edifcios e os recintos de utilizao mista so classificados na categoria de risco
mais elevada das respectivas utilizaes-tipo, independentemente da rea ocupada por
cada uma dessas utilizaes.
Artigo 14.
Perigosidade atpica
Quando comprovadamente, as disposies do regulamento tcnico a que se refere o
artigo 15. sejam desadequadas face s grandes dimenses em altimetria e planimetria ou
s suas caractersticas de funcionamento e explorao, tais edifcios e recintos ou as suas
fraces so classificados de perigosidade atpica, e ficam sujeitos a solues de SCIE que,
cumulativamente:
a) Sejam devidamente fundamentadas pelo autor do projecto, com base em anlises de
risco, associadas a prticas j experimentadas, mtodos de ensaio ou modelos de clculo;
2Despacho do Presidente da Autoridade Nacional de Proteco Civil n. 2074/2009, publicado no Dirio daRepblica, 2. srie N. 10 15 de Janeiro de 2009
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b) Sejam baseadas em tecnologias inovadoras no mbito das disposies construtivas ou
dos sistemas e equipamentos de segurana;
c) Sejam explicitamente referidas como no conformes no termo de responsabilidade do
autor do projecto;
d) Sejam aprovadas pela ANPC.
CAPTULO III
Condies de SCIE
Artigo 15.
Condies tcnicas de SCIE 3
Por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da proteco civil, aprovado
um regulamento tcnico que estabelece as seguintes condies tcnicas gerais e
especficas da SCIE:
a) As condies exteriores comuns;
b) As condies de comportamento ao fogo, isolamento e proteco;
c) As condies de evacuao;
d) As condies das instalaes tcnicas;
e) As condies dos equipamentos e sistemas de segurana;
f) As condies de autoproteco.
Artigo 16.
Projectos e planos de SCIE
1 A responsabilidade pela elaborao dos projectos de SCIE referentes a edifcios e
recintos classificados na 3. e 4. categorias de risco, decorrentes da aplicao do presente
decreto-lei e portarias complementares, tem de ser assumida exclusivamente por um
arquitecto, reconhecido pela Ordem dos Arquitectos (OA) ou por um engenheiro,
reconhecido pela Ordem dos Engenheiros (OE), ou por um engenheiro tcnico,
reconhecido pela Associao Nacional dos Engenheiros Tcnicos (ANET), com
certificao de especializao declarada para o efeito nos seguintes termos:
3Portaria n. 1532/2008, de 29 de Dezembro
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a) O reconhecimento directo dos associados das OA, OE e ANET, propostos pelas
respectivas associaes profissionais, desde que comprovadamente possuam um mnimo
de cinco anos de experincia profissional em SCIE;
b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e ANET, propostos pelas respectivas
associaes profissionais, que tenham concludo com aproveitamento as necessrias
aces de formao na rea especfica de SCIE, cujo contedo programtico, formadores
e carga horria tenham sido objecto de protocolo entre a ANPC e cada uma daquelas
associaes profissionais.
2 A responsabilidade pela elaborao dos planos de segurana internos referentes a
edifcios e recintos classificados na 3. e 4. categorias de risco, constitudos pelos planos
de preveno, pelos planos de emergncia internos e pelos registos de segurana, tem de
ser assumida exclusivamente por tcnicos associados das OA, OE e ANET, propostos
pelas respectivas associaes profissionais.
3 A ANPC deve proceder ao registo actualizado dos autores de projecto e planos de
SCIE referidos nos nmeros anteriores e publicitar a listagem dos mesmos no stio da
ANPC.
Artigo 17.
Operaes urbansticas
1 Os procedimentos administrativos respeitantes a operaes urbansticas so
instrudos com um projecto de especialidade de SCIE, com o contedo descrito no anexo
IV ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.
2 As operaes urbansticas das utilizaes-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e
XII da 1. categoria de risco, so dispensadas da apresentao de projecto de
especialidade de SCIE, o qual substitudo por uma ficha de segurana por cada
utilizao-tipo, conforme modelos aprovados pela ANPC, com o contedo descrito no
anexo V ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.
3 Nas operaes urbansticas promovidas pela Administrao Pblica, nomeadamente
as referidas no artigo 7. do Decreto-Lei n. 555/99, de 16 de Dezembro, devem ser
cumpridas as condies de SCIE.
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4 As operaes urbansticas cujo projecto carea de aprovao pela administrao
central e que nos termos da legislao especial aplicvel tenham exigncias mais gravosas
de SCIE, seguem o regime nelas previsto.
Artigo 18.
Utilizao dos edifcios
1 O pedido de autorizao de utilizao de edifcios ou suas fraces autnomas e
recintos, referido no artigo 63. do Decreto-Lei n. 555/99, de 16 de Dezembro, deve ser
instrudo com termo de responsabilidade subscrito pelos autores de projecto de obra e do
director de fiscalizao de obra, no qual devem declarar que se encontram cumpridas as
condies de SCIE.
2 Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos artigos 64. e 65. do Decreto-Lei n.
555/99, de 16 de Dezembro, ou em virtude de legislao especial em matria de
autorizao de funcionamento, nas mesmas deve ser apreciado o cumprimento das
condies de SCIE e dos respectivos projectos ou fichas de segurana, sem prejuzo de
outras situaes previstas na legislao especfica que preveja ou determine a realizao de
vistoria.
3 As vistorias referidas no nmero anterior, referentes s 3. e 4. categorias de risco,
integram um representante da ANPC ou de uma entidade por ela credenciada.
Artigo 19.
Inspeces
1 Os edifcios ou recintos e suas fraces esto sujeitos a inspeces regulares, a
realizar pela ANPC ou por entidade por ela credenciada, para verificao da manuteno
das condies de SCIE aprovadas e da execuo das medidas de autoproteco, a pedido
das entidades responsveis referidas nos n.os 3 e 4 do artigo 6.
2 Exceptuam-se do disposto no nmero anterior os edifcios ou recintos e suas
fraces das utilizaes-tipo I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1. categoria de
risco.
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3 As inspeces regulares referidas no n. 1 devem ser realizadas de trs em trs anos
no caso da 1. categoria de risco, de dois em dois anos no caso da 2. categoria de risco e
anualmente para as 3. e 4. categorias de risco.
4 As entidades responsveis, referidas nos n.os 3 e 4 do artigo 6., podem solicitar
ANPC a realizao de inspeces extraordinrias.
5 Compete s entidades, referidas nos n.os 3 e 4 do artigo 6., assegurar a regularizao
das condies que no estejam em conformidade com o presente decreto-lei e sua
legislao complementar, dentro dos prazos fixados nos relatrios das inspeces
referidas nos nmeros anteriores.
Artigo 20.
Delegado de segurana
1 A entidade responsvel nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo 6. designa um delegado
de segurana para executar as medidas de autoproteco.
2 O delegado de segurana age em representao da entidade responsvel, ficando esta
integralmente obrigada ao cumprimento das condies de SCIE, previstas no presente
decreto-lei e demais legislao aplicvel.
Artigo 21.
Medidas de autoproteco
1 A autoproteco e a gesto de segurana contra incndios em edifcios e recintos,
durante a explorao ou utilizao dos mesmos, para efeitos de aplicao do presente
decreto-lei e legislao complementar, baseiam-se nas seguintes medidas:
a) Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de preveno ou planos
de preveno, conforme a categoria de risco;
b) Medidas de interveno em caso de incndio, que tomam a forma de procedimentos
de emergncia ou de planos de emergncia interno, conforme a categoria de risco;
c) Registo de segurana onde devem constar os relatrios de vistoria ou inspeco, e
relao de todas as aces de manuteno e ocorrncias directa ou indirectamente
relacionadas com a SCIE;
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d) Formao em SCIE, sob a forma de aces destinadas a todos os funcionrios e
colaboradores das entidades exploradoras, ou de formao especfica, destinada aos
delegados de segurana e outros elementos que lidam com situaes de maior risco de
incndio;
e) Simulacros, para teste do plano de emergncia interno e treino dos ocupantes com
vista a criao de rotinas de comportamento e aperfeioamento de procedimentos.
2 O plano de segurana interno constitudo pelo plano de preveno, pelo plano de
emergncia interno e pelos registos de segurana.
3 Os simulacros de incndio so realizados com a periodicidade mxima, definida no
regulamento tcnico mencionado no artigo 15.
4 As medidas de autoproteco respeitantes a cada utilizao-tipo, de acordo com a
respectiva categoria de risco so as definidas no regulamento tcnico a que se refere o
artigo 15.
Artigo 22.
Implementao das medidas de autoproteco
1 As medidas de autoproteco aplicam-se a todos os edifcios e recintos, incluindo os
existentes data da entrada em vigor do presente decreto-lei.
2 As alneas d) e e) do n. 1 do artigo anterior no so aplicveis s utilizaes-tipo I
referidas na alnea a) do n. 1 do artigo 8., salvo em caso de risco significativo
devidamente fundamentado, de acordo com os critrios definidos no regulamento tcnico
a que se refere o artigo 15.
3 Na fase de concepo das medidas de autoproteco, podem ser solicitadas ANPC
consultas prvias sobre a adequao das propostas de soluo para satisfao das
exigncias de segurana contra incndio.
Artigo 23.
Comrcio e instalao de equipamentos em SCIE
1 A actividade de comercializao de produtos e equipamentos de SCIE, a sua
instalao e manuteno feita por entidades registadas na ANPC, sem prejuzo de outras
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licenas, autorizaes ou habilitaes previstas na lei para o exerccio de determinada
actividade.
2 O procedimento de registo definido por portaria conjunta dos membros do
Governo responsveis pelas reas da proteco civil, das obras pblicas e da economia. 4
Artigo 24.
Fiscalizao
1 So competentes para fiscalizar o cumprimento das condies de SCIE:
a) A Autoridade Nacional de Proteco Civil;
b) Os municpios, na sua rea territorial, quanto 1. categoria de risco;
c) A Autoridade de Segurana Alimentar e Econmica, no que respeita colocao no
mercado dos equipamentos referidos no regulamento tcnico referido no artigo 15.
2 No exerccio das aces de fiscalizao pode ser solicitada a colaborao das
autoridades administrativas e policiais para impor o cumprimento de normas e
determinaes que por razes de segurana devam ter execuo imediata no mbito de
actos de gesto pblica.
CAPTULO IV
Processo contra-ordenacional
Artigo 25.
Contra-ordenaes e coimas
1 Sem prejuzo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar, constitui contra-
ordenao:
a) A subscrio dos termos de responsabilidade previstos no n. 2 do artigo 6.,
verificando-se a execuo das operaes urbansticas em desconformidade com os
projectos aprovados;
b) A subscrio de estudos e projectos de SCIE, planos de segurana interna, emisso
de pareceres, relatrios de vistoria ou relatrios de inspeco, relativos a condies de
4Portaria n. 773/2009, de 21 de Julho
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segurana contra risco de incndio em edifcios, por quem no detenha os requisitos
legais;
c) A obstruo, reduo ou anulao das portas corta-fogo, das cmaras corta-fogo, das
vias verticais ou horizontais de evacuao, ou das sadas de evacuao, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
d) A alterao dos meios de compartimentao ao fogo, isolamento e proteco, atravs
da abertura de vos de passagem ou de novas comunicaes entre espaos, que agrave o
risco de incndio, em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no
regulamento tcnico referido no artigo 15.;
e) A alterao dos elementos com capacidade de suporte de carga, estanquidade e
isolamento trmico, para classes de resistncia ao fogo com desempenho inferior ao
exigido, que agrave o risco de incndio, em infraco ao disposto nas normas tcnicas,
publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
f) A alterao dos materiais de revestimento e acabamento das paredes e tectos
interiores, para classes de reaco ao fogo com desempenho inferior ao exigido no que se
refere produo de fumo, gotculas ou partculas incandescentes, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
g) O aumento do efectivo em utilizao-tipo, com agravamento da respectiva categoria
de risco, em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento
tcnico referido no artigo 15.;
h) A alterao do uso total ou parcial dos edifcios ou recintos, com agravamento da
categoria de risco, sem prvia autorizao da entidade competente;
i) A ocupao ou o uso das zonas de refgio, em infraco ao disposto nas normas
tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
j) O armazenamento de lquidos e de gases combustveis, em violao dos requisitos
determinados para a sua localizao ou quantidades permitidas, em infraco ao disposto
nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
l) A comercializao de produtos e equipamentos e produtos de SCIE, a sua instalao e
manuteno, sem registo na ANPC, em infraco ao disposto no artigo 23.;
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m) A inexistncia ou a utilizao de sinais de segurana, no obedecendo s dimenses,
formatos, materiais especificados, a sua incorrecta instalao ou localizao em infraco
ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo
15.;
n) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento, ou manuteno, dos
equipamentos de iluminao de emergncia, em infraco ao disposto nas normas
tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
o) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento, manuteno dos
equipamentos ou sistemas de deteco, alarme e alerta, em infraco ao disposto nas
normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
p) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos ou sistemas de controlo de fumos, a obstruo das tomadas de ar ou das
bocas de ventilao, em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no
regulamento tcnico referido no artigo 15.;
q) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
extintores de incndio, em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no
regulamento tcnico referido no artigo 15.;
r) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos da rede de incndios armada, do tipo carretel ou do tipo teatro, em
infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no
artigo 15.;
s) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos da rede de incndios seca ou hmida, em infraco ao disposto nas normas
tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
t) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno do depsito
da rede de incndio ou respectiva central de bombagem, em infraco ao disposto nas
normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
u) A deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos hidrantes, em infraco
ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo
15.;
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v) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos ou sistemas de controlo de monxido de carbono, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
x) A existncia de extintores ou outros equipamentos de SCIE, com os prazos de
validade ou de manuteno ultrapassados, em infraco ao disposto nas normas tcnicas,
publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
z) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos ou sistemas de deteco automtica de gases combustvel, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
aa) A inexistncia ou a deficiente instalao, funcionamento ou manuteno dos
equipamentos ou sistemas fixos de extino automtica de incndios, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
bb) O uso do posto de segurana para um fim diverso do permitido, em infraco ao
disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
cc) A inexistncia de planos de preveno ou de emergncia internos actualizados, ou a
sua desconformidade em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no
regulamento tcnico referido no artigo 15.;
dd) A inexistncia de registos de segurana, a sua no actualizao, ou a sua
desconformidade com o disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento
tcnico referido no artigo 15.;
ee) Equipa de segurana inexistente, incompleta, ou sem formao em segurana contra
incndios em edifcios, em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no
regulamento tcnico referido no artigo 15.;
ff) Plantas de emergncia ou instrues de segurana inexistentes, incompletas, ou no
afixadas nos locais previstos nos termos do presente regime, em infraco ao disposto nas
normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo 15.;
gg) No realizao de aces de formao de segurana contra incndios em edifcios,
em infraco ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico
referido no artigo 15.;
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hh) No realizao de simulacros nos prazos previstos no presente regime, em infraco
ao disposto nas normas tcnicas, publicadas no regulamento tcnico referido no artigo
15.;
ii) A falta do registo a que se refere o n. 3 do artigo 16.;
jj) O incumprimento negligente ou doloso de deveres especficos que as entidades
credenciadas, previstas no n. 2 do artigo 5. e no artigo 30., esto obrigadas a assegurar
no desempenho das suas funes.
2 As contra-ordenaes previstas nas alneas c), g), i), o), p), r), t), u), aa) e cc) do nmero
anterior so punveis com a coima graduada de 370 at ao mximo de 3700, no caso
de pessoa singular, ou at 44 000, no caso de pessoa colectiva.
3 As contra-ordenaes previstas nas alneas a), b), d), e), f), h), j), q), s), v), z), bb), dd),
ee), gg), hh) e jj) do n. 1 so punveis com a coima graduada de 275 at ao mximo de
2750, no caso de pessoa singular, ou at 27 500, no caso de pessoa colectiva.
4 As contra-ordenaes previstas nas alneas l), m), n), x), ff) e ii) do n. 1 so punveis
com a coima graduada de 180 at ao mximo de 1800, no caso de pessoa singular, ou
at 11 000, no caso de pessoa colectiva.
5 A tentativa e a negligncia so punveis, sendo os limites referidos nos nmeros
anteriores reduzidos para metade.
6 O pagamento das coimas referidas nos nmeros anteriores no dispensa a
observncia das disposies constantes do presente decreto-lei e legislao
complementar, cuja violao determinou a sua aplicao.
7 A deciso condenatria comunicada s associaes pblicas profissionais e a outras
entidades com inscrio obrigatria, a que os arguidos pertenam.
8 Fica ressalvada a punio prevista em qualquer outra legislao, que sancione com
coima mais grave ou preveja a aplicao de sano acessria mais grave, qualquer dos
ilcitos previstos no presente decreto-lei.
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Artigo 26.
Sanes acessrias
1 Em funo da gravidade da infraco e da culpa do agente, simultaneamente com a
coima, podem ser aplicadas as seguintes sanes acessrias:
a) Interdio do uso do edifcio, recinto, ou de suas partes, por obras ou alterao de
uso no aprovado, ou por no funcionamento dos sistemas e equipamentos de segurana
contra incndios;
b) Interdio do exerccio da actividade profissional, no mbito da certificao a que se
refere o artigo 16.;
c) Interdio do exerccio das actividades, no mbito da credenciao a que se referem o
n. 2 do artigo 5. e o artigo 30.
2 As sanes referidas no nmero anterior tm a durao mxima de dois anos,
contados a partir da deciso condenatria definitiva.
Artigo 27.
Instruo e deciso dos processos sancionatrios
A instruo e deciso de processos por contra-ordenao prevista no presente decreto-lei
compete ANPC.
Artigo 28.
Destino do produto das coimas
O produto das coimas repartido da seguinte forma:
a) 10 % para a entidade fiscalizadora;
b) 30 % para a ANPC;
c) 60 % para o Estado.
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CAPTULO V
Disposies finais e transitrias
Artigo 29.
Taxas
1 Os servios prestados pela ANPC, no mbito do presente decreto-lei, esto sujeitos
a taxas cujo valor fixado por portaria conjunta dos membros do Governo responsveis
pelas reas das finanas e da proteco civil. 5
2 Para efeitos do nmero anterior consideram-se servios prestados pela ANPC,
nomeadamente:
a) A credenciao de pessoas singulares ou colectivas para a realizao de vistorias e
inspeces das condies de SCIE;
b) A emisso de pareceres sobre as condies de SCIE;
c) A realizao de vistorias sobre as condies de SCIE;
d) A realizao de inspeces regulares sobre as condies de SCIE;
e) A realizao de inspeces extraordinrias sobre as condies de SCIE, quando sejam
solicitadas pelas entidades responsveis a que se referem os n.os 3 e 4 do artigo 6.;
f) As consultas prvias referidas no n. 3 do artigo 22.;
g) O registo a que se refere o n. 3 do artigo 16.;
h) O processo de registo de entidades que exeram a actividade de comercializao de
produtos e equipamentos de SCIE, a sua instalao e manuteno;
i) O registo a que se refere o n. 2 do artigo 30.
3 As taxas correspondem ao custo efectivo dos servios prestados.
Artigo 30.
Credenciao
1 O regime de credenciao de entidades para a emisso de pareceres, realizao de
vistorias e de inspeces das condies de SCIE pela ANPC, nos termos previstos no
5Portaria n. 1054/2009, de 16 de Setembro
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presente decreto-lei e nas suas portarias complementares definido por portaria do
membro do Governo responsvel pela rea da proteco civil. 6
2 As entidades credenciadas no mbito do presente decreto-lei e legislao
complementar devem fazer o registo da realizao de vistorias e de inspeces das
condies de SCIE no sistema informtico da ANPC.
Artigo 31.
Incompatibilidades
A subscrio de fichas de segurana, projectos ou planos em SCIE incompatvel com a
prtica de actos ao abrigo da credenciao da ANPC no exerccio das suas competncias
de emisso de pareceres, realizao de vistorias e inspeces das condies de SCIE.
Artigo 32.
Sistema informtico
1 A tramitao dos procedimentos previstos no presente decreto-lei realizada
informaticamente, com recurso a sistema informtico prprio, o qual, entre outras
funcionalidades, permite:
a) A entrega de requerimentos e comunicaes e documentos;
b) A consulta pelos interessados do estado dos procedimentos;
c) O envio de pareceres, relatrios de vistorias e de inspeces de SCIE, quando
solicitados ANPC;
d) A deciso.
2 O sistema informtico previsto neste artigo objecto de portaria dos membros do
Governo responsveis pela proteco civil e pela administrao local. 7
3 As comunicaes so realizadas por via electrnica, nas quais deve ser aposta
assinatura electrnica, que pelo menos, satisfaa as exigncias de segurana e fiabilidade
mnimas definidas para a assinatura electrnica avanada.
6Portaria n. 64/2009, de 22 de Janeiro7Portaria n. 610/2009, de 8 de Junho
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4 O fornecimento de informao por parte das diferentes entidades com competncia
no mbito do presente decreto-lei e legislao complementar ser concretizado de forma
desmaterializada, por meio de disponibilizao de acesso aos respectivos sistemas de
informao.
Artigo 33.
Publicidade
As normas tcnicas e regulamentares do presente regime tambm so publicitadas no
stio da ANPC.
Artigo 34.
Norma transitria
1 Os projectos de edifcios e recintos, cujo licenciamento ou comunicao prvia
tenha sido requerida at data da entrada em vigor do presente decreto-lei so apreciados
e decididos de acordo com a legislao vigente data da sua apresentao.
2 Para efeitos de apreciao das medidas de autoproteco a implementar de acordo
com o regulamento tcnico referido no artigo 15., o processo enviado ANPC pelas
entidades referidas no artigo 6., por via electrnica, nos seguintes prazos:
a) At aos 30 dias anteriores entrada em utilizao, no caso de obras de construo
nova, de alterao, ampliao ou mudana de uso;
b) No prazo mximo de um ano, aps a data de entrada em vigor do presente decreto-
lei, para o caso de edifcios e recintos existentes quela data.
Artigo 35.
Comisso de acompanhamento
Por despacho conjunto dos membros do Governo que tiverem a seu cargo a proteco
civil e as obras pblicas, criada uma comisso de acompanhamento da aplicao deste
regime, presidida pela ANPC e constituda por um perito a designar por cada uma das
seguintes entidades:
a) Instituto da Construo e do Imobilirio, I. P. (InCI, I. P.);
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b) Laboratrio Nacional de Engenharia Civil (LNEC);
c) Associao Nacional de Municpios Portugueses (ANMP);
d) Ordem dos Arquitectos (OA);
e) Ordem dos Engenheiros (OE);
f) Associao Nacional dos Engenheiros Tcnicos (ANET);
g) Associao Portuguesa de Segurana Electrnica e Proteco contra Incndios
(APSEI);
h) Um representante de cada um dos Governos Regionais das Regies Autnomas dos
Aores e da Madeira.
Artigo 36.
Norma revogatria
So revogados:
a) O captulo III do ttulo V do Regulamento Geral das Edificaes Urbanas, aprovado
pelo Decreto-Lei n. 38 382, de 7 de Agosto de 1951;
b) A Resoluo do Conselho de Ministros n. 31/89, de 15 de Setembro;
c) O Decreto-Lei n. 426/89, de 6 de Dezembro;
d) O Decreto-Lei n. 64/90, de 21 Fevereiro;
e) O Decreto-Lei n. 66/95, de 8 Abril;
f) O Regulamento das Condies Tcnicas e de Segurana dos Recintos de Espectculos
e Divertimentos Pblicos, anexo ao Decreto Regulamentar n. 34/95, de 16 de
Dezembro, com excepo dos artigos 1. a 4., dos n.os 1 e 2 do artigo 6., do artigo 13.,
do artigo 15., dos n.os 1, 2 e 4 do artigo 24., dos artigos 53. a 60., dos artigos 64. a
66., dos n.os 1, 3 e 4 do artigo 84., do artigo 85., dos n.os 1 e 4 do artigo 86., do artigo
87., dos artigos 89. e 90., das alneas b) e d) do n. 6 do artigo 91., do n. 1 do artigo
92., dos artigos 93. a 98., do artigo 100., do artigo 102., do artigo 105., dos artigos
107. a 109., dos artigos 111. a 114., do artigo 118., dos artigos 154. a 157., do artigo
173., do artigo 180., do artigo 257., do n. 1 do artigo 259., do artigo 260., das alneas
e), p) e v) do artigo 261. e do artigo 264.;
g) O n. 3 do artigo 10. do Decreto-Lei n. 167/97, de 4 de Julho;
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h) A Portaria n. 1063/97, de 21 Outubro;
i) O Decreto-Lei n. 409/98, de 23 de Dezembro;
j) O Decreto-Lei n. 410/98, de 23 de Dezembro;
l) O Decreto-Lei n. 414/98, de 31 de Dezembro;
m) O Decreto-Lei n. 368/99, de 18 Setembro;
n) As alneas g) e h) do n. 2 e o n. 3 do artigo 3. da Portaria n. 1064/97, de 21 de
Outubro;
o) A Portaria n. 1299/2001, de 21 de Novembro;
p) A Portaria n. 1275/2002, de 19 de Setembro;
q) A Portaria n. 1276/2002, de 19 de Setembro;
r) A Portaria n. 1444/2002, de 7 de Novembro;
s) O artigo 6. da Portaria n. 586/2004, de 2 de Junho.
Artigo 37.
Regies autnomas
O presente decreto-lei aplica-se a todo o territrio nacional, sem prejuzo de diploma
regional que proceda s necessrias adaptaes nas Regies Autnomas dos Aores e da
Madeira.
Artigo 38.
Entrada em vigor
1 O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2009.
2 Para efeito de emisso de regulamentao, exceptua-se do disposto no nmero
anterior o artigo 32., que entra em vigor 180 dias aps a entrada em vigor do presente
decreto-lei.
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ANEXO I
Classes de reaco ao fogo para produtos de construo, a que se refere o n. 3 do
artigo 9.
A classificao de desempenho de reaco ao fogo para produtos de construo a
constante dos quadros seguintes e atende aos seguintes factores, dependendo do produto
em questo:
T aumento de temperatura [C]; m perda de massa [%]; tf tempo de presena da chama durao das chamas persistentes [s]; PCS poder calorfico superior [MJ kg-1, MJ kg-2ou MJ m-2, consoante os casos]; FIGRA taxa de propagao do fogo [W s-1]; THR600s calor total libertado em 600 s [MJ]; LFS propagao lateral das chamas comparado com o bordo da amostra [m]; SMOGRA taxa de propagao do fumo [m2 s-2]; TSP600s produo total de fumo em 600 s [m2]; Fs propagao das chamas [mm]; Libertao de gotculas ou partculas incandescentes; Fluxo crtico fluxo radiante correspondente extenso mxima da chama s para
pavimentos.
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Quadro I
Classes de reaco ao fogo para produtos de construo, excluindo pavimentos
Classe Factores de classificao Classificao complementar
A1 T, m, tfe PCS
A2T, m, tf, PCS, FIGRA,
LFS e THR600s
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
B FIGRA, LFS, THR600s e Fs
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
C FIGRA, LFS, THR600s e Fs
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
D FIGRA e FsProduo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
E FsGotculas ou partculas incandescentes
aprovao ou reprovao
F Desempenho no determinado
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Quadro II
Classes de reaco ao fogo para produtos de construo de pavimentos, incluindo
os seus revestimentos
Classe Factores de classificao Classificao complementar
A1FL T, m, tf e PCS
A2FLT, m, tf, PCS e Fluxo
crticoProduo de fumo s1 ou s2
BFL Fluxo crtico e Fs Produo de fumo s1 ou s2
CFL Fluxo crtico e Fs Produo de fumo s1 ou s2
DFL Fluxo crtico e Fs Produo de fumo s1 ou s2
EFL Fs
FFL Desempenho no determinado
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Quadro III
Classes de reaco ao fogo de produtos lineares para isolamento trmico de
condutas
Classe Factores de classificao Classificao complementar
A1L T, m, tfe PCS
A2L
T, m, tf, PCS, FIGRA,
LFS e THR600s
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,d1 ou d2
BL FIGRA, LFS, THR600s e Fs
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
CL FIGRA, LFS, THR600s e Fs
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
DL FIGRA, THR600s e Fs
Produo de fumo s1, s2 ou s3 e
gotculas ou partculas incandescentes d0,
d1 ou d2
EL FsGotculas ou partculas incandescentes
aprovao ou reprovao
FL Desempenho no determinado
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ANEXO II
Classes de resistncia ao fogo padro para produtos de construo, a que se refere
o n. 3 do artigo 9.
A classificao de desempenho de resistncia ao fogo padro para produtos de
construo a constante dos quadros seguintes e atende aos seguintes parmetros,
dependendo do elemento de construo em questo:
aa)) R capacidade de suporte de carga;bb)) E estanquidade a chamas e gases quentes;cc)) I isolamento trmico;dd)) W radiao;ee)) M aco mecnica;ff)) C fecho automtico;gg)) S passagem de fumo;hh)) P ou PH continuidade de fornecimento de energia e ou de sinal;ii)) G resistncia o fogo;jj)) K capacidade de proteco contra o fogo.
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Quadro I
Classificao para elementos com funes de suporte de carga e sem funo de
compartimentao resistente ao fogo
Aplicao: paredes, pavimentos, cobertura, vigas, pilares, varandas, escadas,
passagens
Normas EN 13501-2; EN 1365-1, 2, 3, 4, 5, 6; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2;
EN 1994-1.2; EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2Classificao Durao em minuto
R 15 20 30 45 60 90 120 180 240 360
Quadro II
Classificao para elementos com funes de suporte de carga e de
compartimentao resistente ao fogo
Aplicao: paredes
Normas EN 13501-2; EN 1365-1; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2; EN 1994-1.2; EN 1995-
1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2
Classificao Durao em minuto
RE 20 30 60 90 120 180 240
REI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
REI-M 20 30 60 90 120 180 240
REW 20 30 60 90 120 180 240
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Aplicao: pavimentos e coberturas
Normas EN 13501-2; EN 1365-2; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2; EN 1994-1.2; EN 1995-
1.2; EN 1999-1.2
Classificao Durao em minuto
RE 20 30 60 90 120 180 240
REI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
Quadro III
Classificao para produtos e sistemas para proteco de elementos ou partes de
obras com funes de suporte de carga
Aplicao: tectos sem resistncia independente ao fogo
Normas EN 13501-2; EN 13381-1
Classificao Expressa nos mesmos termos do elemento que protegido
Nota. Se tambm cumprir os critrios relativamente ao fogo semi-natural, o smbolo
sn acrescentado classificao.
Aplicao: revestimentos, revestimentos exteriores e painis de proteco contra o
fogo
Normas EN 13501-2; EN 13381-2 a 7
Classificao Expressa nos mesmos termos do elemento que protegido.
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Quadro IV
Classificao para elementos ou partes de obras sem funes de suporte de carga
e produtos a eles destinados
Aplicao: divisrias incluindo divisrias com pores no isoladas
Normas EN 13501-2; EN 1364-1; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2; EN 1995-1.2; EN 1996-
1.2; EN 1999-1.2
Classificao Durao em minuto
E 20 30 60 90 120
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
EI-M 30 60 90 120
EW 20 30 60 90 120
Aplicao: tectos com resistncia independente ao fogo
Normas EN 13501-2; EN 1364-2
Classificao Durao em minuto
EI 15 30 45 60 90 120 180 240
Nota. A classificao complementada por ab, ba ou ab indicando se o
elemento foi ensaiado e cumpre os critrios para o fogo de cima, de baixo ou para ambos.
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Aplicao: fachadas e paredes exteriores incluindo elementos envidraados
Normas EN 13501-2; EN 1364-3, 4, 5, 6; EN 1992-1.2; EN 1993-1.2;
EN 1995-1.2; EN 1996-1.2; EN 1999-1.2
Classificao Durao em minuto
E 15 30 60 90 120
EI 15 30 60 90 120
EW 20 30 60
Nota. A classificao complementada por io, oi ou io consoante cumpram
os critrios para o fogo interior, exterior ou para ambos.
Onde aplicvel, estabilidade mecnica significa que no h partes em colapso passveis de
causar danos pessoais durante o perodo da classificao E ou EI.
Aplicao: pisos falsos
Normas EN 13501-2; EN 1366-6
Classificao Durao em minuto
R 15 30
RE 30
REI 30
REW 30
Nota. A classificao complementada pela adio do sufixo f, indicando resistncia
total ao fogo, ou do sufixo r, indicando exposio apenas temperatura constante
reduzida.
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Aplicao: vedaes de aberturas de passagem de cabos e tubagens
Normas EN 13501-2; EN 1366-3, 4
Classificao Durao em minuto
E 15 30 45 60 90 120 180 240
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
Aplicao: portas e portadas corta-fogo e respectivos dispositivos de fecho
incluindo as que comportem envidraados e ferragens
Normas EN 13501-2; EN 1634-1
Classificao Durao em minuto
E 15 30 45 60 90 120 180 240
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
EW 20 30 60
Nota. A classificao I complementada pela adio dos sufixos 1 ou 2 consoante a
definio do isolamento utilizada. A adio do smbolo C indica que o produto satisfaz
tambm o critrio de fecho automtico ensaio pass/fail (1)
(1) A classificao C deve ser complementada pelos dgitos 0 a 5, de acordo com a
categoria utilizada. Os pormenores devem ser includos na especificao tcnica relevante
do produto.
Aplicao: portas de controlo do fumo
Normas EN 13501-2; EN 1634-3
Classificao S200 ou Sa (consoante as condies de ensaio cumpridas).
Nota. A adio do smbolo C indica que o produto satisfaz tambm o critrio de
fecho automtico ensaio pass/fail (1)
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(1) A classificao C deve ser complementada pelos dgitos 0 a 5, de acordo com acategoria utilizada. Os pormenores devem ser includos na especificao tcnica
relevante do produto
Aplicao: obturadores para sistemas de transporte contnuo por correias ou carris
Normas EN 13501-2; EN 1366-7
Classificao Durao em minuto
E 15 30 45 60 90 120 180 240
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
EW 20 30 60
Nota. A classificao I complementada pela adio dos sufixos 1 ou 2 consoante a
definio do isolamento utilizada. A adio do smbolo C indica que o produto satisfaz
tambm o critrio de fecho automtico ensaio pass/fail (1)
(1) A classificao C deve ser complementada pelos dgitos 0 a 5, de acordo com a
categoria utilizada. Os pormenores devem ser includos na especificao tcnica relevante
do produto.
Aplicao: condutas e ductos
Normas EN 13501-2; EN 1366-5
Classificao Durao em minuto
E 15 20 30 45 60 90 120 180 240
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
Nota. A classificao complementada por io, oi ou io consoante cumpram
os critrios para o fogo interior, exterior ou para ambos. Os smbolos ve e ou ho
indicam, alm disso, a adequao a uma utilizao vertical e ou horizontal.
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Aplicao: chamins
Normas EN 13501-2; EN 13216
Classificao G + distncia mm; por exemplo, G50
Nota. Distncia no exigida aos produtos de construo de encastrar.
Aplicao: revestimentos para paredes e coberturas
Normas EN 13501-2; EN 13381-8
Classificao K
Nota. Ensaio pass/fail
Quadro V
Classificao para produtos destinados a sistemas de ventilao excluindo
exaustores de fumo e de calor
Aplicao: condutas de ventilao
Normas - EN 13501-3; EN 1366-1
Classificao Durao em minuto
E 30 60
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
Nota. A classificao complementada por io, oi ou io consoante cumpram
os critrios para o fogo interior, exterior ou para ambos, respectivamente. Os smbolos
ve e ou ho indicam, alm disso, a adequao a uma utilizao vertical e ou horizontal.
A adio do smbolo S indica o cumprimento de uma restrio suplementar s fugas.
Aplicao: registos corta-fogo
Normas EN 13501-3; EN 1366-2
Classificao Durao em minuto
E 30 60 90 120
EI 15 20 30 45 60 90 120 180 240
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Nota. A classificao complementada por io , oi ou io consoante cumpram
os critrios para o fogo interior, exterior ou para ambos, respectivamente. Os smbolos
ve e ou ho indicam, alm disso, a adequao a uma utilizao vertical e ou horizontal. A
adio do smbolo S indica o cumprimento de uma restrio suplementar s fugas.
Quadro VI
Classificao para produtos incorporados em instalaes
Aplicao: cabos elctricos e de fibra ptica e acessrios; tubos e sistemas de
proteco de cabos elctricos contra o fogo
Norma EN 13501-3
Classificao Durao em minuto
P 15 30 60 90 120
Aplicao: cabos ou sistemas de energia ou sinal com pequeno dimetro menos
de 200 mm e com condutores de menos de 2,5 mm2
Normas EN 13501-3; EN 50200
Classificao Durao em minuto
PH 15 30 60 90 120
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ANEXO III(Quadros referidos no n. 1 do artigo 12.)
Quadro I
Categorias de risco da utilizao-tipo I Habitacionais
Categoria
Valores mximos referentes utilizao-tipo I
Altura da UT INmero de pisos ocupados pela UT I
abaixo do plano de referncia
1. 9 m 1
2. 28 m 3
3. 50 m 5
4. > 50 m > 5
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Quadro II
Categorias de risco da utilizao-tipo II Estacionamentos
Categoria
Valores mximos referentes utilizao-tipo II, quando
integrada em edifcio
Ao ar
livreAltura da
UT II
rea bruta
ocupada pela UT
II
Nmero de pisos
ocupados pela UT II
abaixo do plano de
referncia
1.- Sim
9 m 3 200 m2 1 No
2. 28 m 9 600 m2 3 No
3. 28 m 32 000 m2 5 No
4. > 28 m > 32 000 m2 > 5 No
Quadro III
Categorias de risco da utilizao-tipo III Administrativos
Categoria
Valores mximos referentes utilizao-tipo III
Altura da UT III Efectivo da UT III
1. 9 m 100
2. 28 m 1 000
3. 50 m 5 000
4. > 50 m > 5 000
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Quadro IV
Categorias de risco da utilizao-tipo IV Escolares e V Hospitalares e lares de
idosos
Categoria
Valores mximos referentes s utilizaes-tipo IV
e V
Locais de risco D
ou E com sadas
independentes
directas ao
exterior no plano
de referncia
Altura da
UT IV ou V
Efectivo da UT IV ou V
Efectivo Efectivo em locais derisco D ou E
1. 9 m 100 25 Aplicvel a todos
2. 9 m 500 * 100 No aplicvel
3. 28 m 1 500 * 400 No aplicvel
4. > 28 m > 1 500 > 400 No aplicvel
* Nas utilizaes-tipo IV, onde no existam locais de risco D ou E, os limites
mximos do efectivo das 2. e 3. categorias de risco podem aumentar em 50%
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Quadro V
Categorias de risco das utilizaes-tipo VI Espectculos e reunies pblicas e
IX Desportivos e de lazer
Categoria
Valores mximos referentes s utilizaes-tipo VI e
IX, quando integradas em edifcioAo ar livre
Altura da
UT VI ou IX
Nmero de pisos
ocupados pela UT VI
ou IX abaixo do plano
de referncia
Efectivo da