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  • 8/14/2019 complemento de conhecimentos bancrios (1)

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    Central de Concursos / Degrau Cultural Conhecimentos Bancrios - 1

    Complemento de Conhecimentos Bancrios - Cd.: 0419

    1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

    Aspectos LegaisA estrutura atual do Sistema Financeiro Nacional (SFN)foi criada essencialmente pelas seguintes leis:

    Lei 4.595/64 -Lei da Reforma do Sistema FinanceiroNacional (SFN)- a qual ficou conhecida como a Lei da Reforma Bancria. Lei 4.728/65 - Lei do Mercado de Capitais- a qual disciplinou basicamente o funcionamento dasBolsas de Valores e Bancos de Investimentos.Lei 6.385/76 - Lei da Comisso de Valores Mobilirios (CVM)- a qual criou e disciplinou o funcionamento da Comissode Valores Mobilirios (CVM).

    Mercado Financeiro e Mercado de CapitaisO termo mercado pode ser entendido como umprocesso pelo qual existem pessoas interessadas emvender produtos ou servios para outras pessoas.No Sistema Financeiro Nacional (SFN) ocorre o mesmo

    processo de oferta e demanda (procura). Entretanto, importante fazermos distino, desde j, de dois tiposde intermediao financeira:

    a) Intermediao Financeira DiretaAgentes Superavitrios: depositam ou aplicam seusrecursos em uma Instituio Financeira. Exemplos:Depsitos Vista (contas-correntes), Depsitos a Prazo(CDB Certificado de Depsito Bancrio, RDB Recibode Depsito Bancrio, Letra de Cmbio,..) e Poupana.Agentes Deficitrios: tomam estes recursos na forma deOperaes de Crdito. Exemplos: Emprstimos emConta (sem destinao especfica), Financiamentos,Ttulos Descontados (Duplicatas, Cheques, NotasPromissrias,..) e Leasing, entre outros.

    b) Intermediao Financeira IndiretaAgentes Superavitrios: adquirem como um investimentoTtulos de Crdito Mobilirios (ex.: Aes e Debntures),viaBolsa de Valores (Bolsa de Valores de So Paulo - Bovespa)e Mercado de Balco (Organizado e No Organizado).Agentes Deficitrios: tomam estes recursos na forma dettulos de crdito, inclusive abrindo a possibilidade departicipao de novos acionistas no seu Capital Social.

    Definio de Mercado FinanceiroSo as Instituies Financeiras que realizam operaesde intermediao financeira direta (em mercados como:monetrio, mercado de crdito e mercado de cmbio).

    Definio de Mercado de Capitais

    So as Instituies Financeiras ou No Financeiras(Auxiliares, Equiparadas) que realizam operaes deintermediao financeira indireta.

    Conceito de Instituio FinanceiraSo as que realizam o processo de intermediaofinanceira direta.Principais tipos de instituies financeiras: BancosComerciais (BC), Bancos Mltiplos (BM), Bancos deInvestimentos (BI), Caixa Econmicas (CE), Sociedadesde Crdito, Financiamento e Investimentos (SCFI,conhecidas como Financeiras), etc.Para compensar o risco assumido pelas operaes decrdito fornecidas a terceiros, dos recursos captados deseus clientes correntistas, aplicadores e/ou poupadores,

    os bancos so remunerados por uma diferena de taxasdenominada Spread (diferena da taxa de captao derecursos fornecida pelo banco versus a taxa de aplicaodestes mesmos recursos pelo banco).

    Conceito de Sistema Financeiro NacionalConjunto de instituies financeiras ou no financeirasque utilizam instrumentos financeiros e/ou de capitaisespecficos para captao e aplicao de recursos,propiciando um fluxo regular de recursos entre agentessuperavitrios (ou poupadores, aplicadores) e deficitrios(ou tomadores) de recursos financeiros (moeda).

    Observaes:1.Ministrio da Fazenda (MF)O Conselho Monetrio Nacional (CMN), quanto oConselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e oConselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacionalso rgos vinculados ao Ministrio da Fazenda (MF).

    2.Autoridades MonetriasO Banco Central do Brasil (BACEN) e o ConselhoMonetrio Nacional (CMN) so considerados AutoridadesMonetrias porque o primeiro responsvel pelaemisso de moeda (papel-moeda e moedas metlicas)(art. 164, da CF) e o segundo, pela autorizao daquantidade a ser emitida. Quem fabrica, em carter de

    QUADRO GERAL DE INSTITUIES DO SFN Vinc/FiscalizadosNormativas (1)(s deliberam)

    - Conselho Monetrio Nacional (CMN) (Autoridade Monetria)- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)- Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN)

    MFMFMF

    Supervisoras (2)(Fiscalizadoras)(Autarquias Especiais)

    - Banco Central do Brasil (BACEN) (Autoridade Monetria)- Comisso de Valores Mobilirios (CVM) (Autoridade de Apoio)- Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP) (Autoridade de Apoio)- Superintendncia Nacional de Previdncia Complementar (PREVIC) (Idem)

    CMNCMNCNSPMPS

    Inst.Fin. Monetrias (3)(Operadoras)

    Operam a conta Depsitos Vista (Contas-Corrente de clientes).- Bancos Comerciais (BC)- Bancos Mltiplos com Carteira Comercial- Caixas Econmicas (CE) e Caixa Econmica Federal (CEF)

    - Cooperativas de Crdito (CC) e Bancos Comerciais Cooperativos (BCo)Importante: estas instituies criam, atravs de operaes crdito, novos depsitosdenominados de Moeda Escritural. Para evitar um crescimento brutal dessa moeda,o que prejudicaria o controle da inflao, o Conselho Monetrio Nacional (CMN)instituiu um recolhimento compulsrio de parte ou total dos recursos captados.

    BACEN

    Inst.Fin. No-Mon. (4)(Operadoras)

    No podem receber Depsitos Vista- Bancos de Investimentos (BI)- Bancos Mltiplos com as seguintes Carteiras: (exceto Comercial)

    - Investimentos- Desenvolvimento (s setor Pblico)- Financeiras- Crdito Imobilirio- Arrendamento Mercantil (Leasing)

    - Sociedades de Crdito ao Microempreendedor (SCM)- Bancos de Desenvolvimento (BD) (ex.: BNDES)- Sociedades do Sistema Brasileiro de Poupana e Emprstimo (SBPE): Sociedades

    de Crdito Imobilirio (SCI) Associaes de Poupana e Emprstimo (APE) eCompanhias Hipotecrias (CH)

    BACEN e CVM

    BACEN e CVMBACENBACENBACENBACENBACENBACENBACEN e CEF

    Instit. Auxiliares (5)(Operadoras)

    Auxiliam ou participam no processo de intermediao de Valores Mobilirios- Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Mobilirios (SCTVM)- Sociedades Distribuidoras de Ttulos e Valores Mobilirios (SDTVM) (inclusive deMercadorias e Cmbio)- Agentes Autnomos de Investimentos (Pessoas Fsicas ou Uniprofissionais)- Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros (Bovespa, BVRJ, BM&F,..)Outras Sociedades ou Representaes Estrangeiras- Agncias de Fomento ou Desenvolvimento (uma por Unidade Federativa)- Escritrios de Representao EstrangeiraObservaes:1. SCTVM

    - Operam com exclusividade nos preges das Bolsas (eletrnicos e viva-voz).Recentemente a Bovespa acabou com Prego Viva-Voz. Necessitam de autorizaopara o seu funcionamento do Bacen e tambm da CVM.2. Leasing (Arrendamento Mercantil) so consideradas Instituies Auxiliares,mesmo quando integrantes da carteira de um Banco Mltiplo.

    BACEN e CVM

    BACEN e CVMCVMCVM

    BACENBACEN

    Adm. Rec. de Ter. (6)(Operadoras)(

    - Fundos Mtuos de Investimentos- Clubes de Investimentos- Carteiras de Investidores Estrangeiros- Administradoras de Consrcios.

    CVMCVMCVM E BACENBACEN

    Entidades CompensaoLiquidao e Custdia(7)(Operadoras)(Participam SPB)

    Clearing Houses ou Cmaras de Compensao (exemplos)- SELIC Sistema Especial de Liquidao e Custdia- CETIP Central de Custdia e de Liquidao de Ttulos- Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia CBLC- Clearing House da BM&F (Departamento da BM&F)- Compe (Compensao de Cheques e Outros Papis) (Executor: Bco do Brasil) et.c.

    BACENBACENCVMCVMBACEN E BB

    Prev. Complementar (8)(Operadoras)

    Autorizadas e Fiscalizadas pela PREVIC (ex - SPC da Presidncia da Repblica)- Entidades de Previdncia Complementar FechadasAutorizadas e Fiscalizadas pela SUSEP- Entidades de Previdncia Complementar Abertas

    MPS

    CNSP

    Seguros, Capitalizao eResseguros (9)(Operadoras)

    Autorizadas e Fiscalizadas pela SUSEP- Companhias Seguradoras- Sociedades de Capitalizao- Sociedades Administradoras de Seguro-SadeInstituto de Resseguros do Brasil (IRB)- Resseguros, Cosseguro e Retrocesso

    CNSP

    ANSCNSP

    BNDES, CEF, BB, BASABNB (10)

    - Bco de Desenvolvimento (Ex-Autarquia Federal) (Empresa Pblica): BNDES- Autoridades de Apoio: Bco do Brasil (BB), CEF, Bco do Nordeste (BNB) e BASA

    Min.Des Ind CBACEN

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    2 - Conhecimentos Bancrios Central de Concursos / Degrau Cultural

    exclusividade, a Casa da Moeda CMB (empresapblica, criada pela Lei 5895/73).

    3.AutarquiasO BACEN, CVM, SUSEP e PREVICso Autarquias emRegime Especial.A definio de Autarquias (baseada no DL 200/67) a seguinte:Autarquias Comuns um servio autnomo, criado porlei, com personalidade jurdica, patrimnio e receitas prprias

    para executar as atividades tpicas da Administrao Pblica(Administrao Indireta), que requeiram, para seu melhorfuncionamento, gesto administrativa e financeiradescentralizada (mera vinculao).Autarquias de Regime Especial - aquela assimqualificada por sua lei de criao, em virtude decaractersticas especificas a ela atribudas, que lheconferem uma autonomia excepcional, incomum, o que,ento, nessa medida, a diferencia das autarquiascomuns. Este tipo de Autarquia de Regime Especial temsido utilizada, particularmente, com vistas possibilidade de estabelecimento, para ela, de quadroprprio de pessoal, diferenciado, melhor adaptado scaractersticas das atividades que lhes so atribudas.

    4.Sociedades AnnimasOs bancos so, por definio legal, constitudos juridicamente como Sociedades Annimas, ou seja,pessoas jurdicas cujo capital divide-se em aes delivre negociabilidade, limitando-se a responsabilidadede seus acionistas ao preo pago ou subscrito.A lei que rege as Sociedades Annimas a Lei 6.404, de15 de dezembro de 1976. a lei de direito societrio mais importante do pas.Toda empresa S.A. tem fins lucrativo e, no importandoseu objeto social, considerada como empresa mercantil.Seus atos constitutivos so registrados na Junta Comercialdo Estado, aonde pertence sede do banco.As empresas S.A. podem ter seu Capital Aberto ou Fechado.Se, a empresa for de Capital Aberto, ou seja,

    Companhia Aberta pela Lei das S.A., pode negociar suasaes (preferenciais e ordinrias) na Bolsa de Valores(Bovespa), passando, a partir da, ser credenciadas efiscalizadas pela CVM quanto s informaes divulgadasem Balanos e fatos relevantes de sua vida empresarial.A idia primordial da S.A. (e de criao da CVM) ade tentar proteger, de todas as formas jurdicas, osacionistas minoritrios, detentores em sua maioria degrande parte das aes preferenciais emitidas pelasdas empresas, seja para aumento de capital ou vendade parte de seu capital social.Toda S.A. tem que ter seu Estatuto Social aprovado oualterado pelas Assemblias Gerais, que so consideradaso poder maior da Cia. (existem os seguintes tipos deAssemblias: Geral, Ordinrias, Extraordinrias e Especiais).

    obrigatrio para a S.A. de Capital Aberto constituir umConselho de Administrao.

    5.Sociedades de Economia MistaSo entidades que tm capital pblico e privado, mas ocontrole acionrio est na mo do governo. (ex.: Bancodo Brasil, IRB Instituto de Resseguros, Banco doNordeste do Brasil BNB e Banco da Amaznia BASA)

    6. Factoring (Fomento Comercial)As Sociedades de Fomento Mercantil (Factoring) noso consideradas instituies financeiras ou auxiliares.A Factoring no pode captar dinheiro e emprest-lo a

    juros. Esta atividade tpica de Banco, sujeitando-se aFactoring a processo administrativo pelo Bacen e

    processo criminal (Resoluo 2.144/95 e art. 44 da Lei4.595/64).As Factorings prestam servios e compram crditos(direitos) da empresas mercantis (no podem comprarde pessoas fsicas) decorrentes de suas vendas a prazo. uma compra definitiva (pro soluto) em que elaassume os riscos de insolvncia dos crditos adquiridos.Constatada, porm, a fraude na compra do crdito, aFactoring tem todo o direito de agir contra a sua empresa

    cliente. Portanto, so entidades de crdito fora do mbitode fiscalizao direta do Bacen.

    7.Sigilo Bancrio x Crimes de Lavagem de Dinheiro xSonegao FiscalA Lei 9613/98 e a Lei Complementar de 105/01 disciplinarama lavagem de dinheiro e em que casos pode haver aquebra de sigilo bancrio de pessoas fsicas ou jurdicas.Para efeito destas leis, sero consideradas instituiesfinanceiras as seguintes entidades, quando houverindcios ou constatao de crimes de lavagem dedinheiro e sonegao fiscal:a) Entidades de Liquidao, Compensao e Custdiasde Valores (exemplos: Cetip, Selic, Compe, CBLC,Clearing Houses da BM&F,..);

    b) Administradoras de Cartes de Crdito;c) Bolsas de Valores, de Mercadorias e Futuros; ed) Companhias de Factoring (Fomento Comercial).

    8.Seguradoras, Capitalizao e Bolsas de ValoresO 1, art. 18, da Lei 4.595/64 estabeleceu: Alm dosestabelecimentos bancrios oficiais ou privados, dassociedades de crdito, financiamento e investimentos,das caixas econmicas e das cooperativas de crdito oua seo de crdito das cooperativas que a tenham,tambm subordinam-se s disposies e disciplinadesta lei no que for aplicvel, as bolsas de valores,companhias de seguros e de capitalizao , associedades que efetuam distribuio de prmios emimveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de

    ttulos de sua emisso ou por qualquer forma, e aspessoas fsicas ou jurdicas que exeram, por contaprpria ou de terceiros, atividade relacionada com acompra e venda de aes e outros quaisquer ttulos,realizando nos mercados financeiros e de capitaisoperaes ou servios de natureza dos executados pelasinstituies financeiras.

    9.Investidores InstitucionaisNo compem uma instituio em si, mas constituem umGrupo de Investidores que tm seus limites de aplicaesfinanceiras oriundos de captao de recursos ou paragarantir reservas tcnicas regulados pelo CMN e Bacen.So entidades consideradas como InvestidoresInstitucionais por lei: Seguradoras, Fundos Mtuos de

    Investimentos e de Previdncia Complementar.10.Agentes Autnomos de InvestimentosSo pessoas naturais (fsicas) ou jurdicasuniprofissionais, que tm como atividade principal adistribuio e mediao de ttulos, valores mobilirios,quotas de fundos de investimento e derivativos, sempresob a responsabilidade e como prepostos dasinstituies integrantes do sistema de distribuio devalores mobilirios, isto : Sociedades Distribuidoras ouCorretoras de Ttulos, Valores Mobilirios ou Mercadoriase Bancos de Investimentos ou de Administrao deRecursos de Terceiros, os denominados Fundos Mtuosde Investimento. So supervisionados pela Comisso deValores Mobilirios (Resoluo do CMN 2.838, de 2001).

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    Para o exerccio da sua atividade, o agente autnomo deve:- ser julgado apto em exame de certificao organizadopor entidade autorizada pela CVM;- distribuio e mediao nos mercados de derivativosdependem, ainda, de aprovao em outro exame maisespecfico, que avalie o respectivo conhecimento sobreo funcionamento e os riscos inerentes a esses mercados;- abster-se de receber ou entregar aos investidores, porqualquer razo, numerrio, ttulos, valores mobilirios

    ou quaisquer outros valores, que somente devem sermovimentados por meio de instituies financeiras e dosistema de distribuio de valores mobilirios.

    11. Banco do Brasil (BB) e Banco Nacional deDesenvolvimento Econmico e Social (BNDES)Conforme o art. 1, Lei 4.595/64, o Sistema FinanceiroNacional, estruturado e regulado por esta Lei, ser constitudotambm do Banco do Brasil S. A (Autoridade de Apoio, ex-Autoridade Monetria at 1986, pois emitia moeda atravsde uma conta denominada Conta-Movimento) e do BancoNacional do Desenvolvimento Econmico e Social - BNDES(Autoridade de Apoio, ex-Autarquia Federal criada em 1952e, atualmente, empresa pblica federal).Atualmente o BB rgo executor do Servio de

    Compensao de Cheques e Outros Papis (reguladopelo Bacen) e incentivador do governo para operaesde cmbio e crdito rural.

    12.Caixa Econmica Federal (CEF)Fundada em 1861, pelo Imperador Dom Pedro II, a CEFpassou a ser empresa pblica, dotada de personalidade

    jurdica de direito privado, com patrimnio prprio eautonomia administrativa, vinculada ao Ministrio da Fazendae subordinada ao CMN e Bacen pelo Decreto-Lei 759/69.O referido Decreto-Lei centralizou as 23 CaixasEconmicas Federais existentes poca na CEF.Em 1986, com extino do BNH Banco Nacional daHabitao e assuno de suas atribuies pela CEF, a CEFpassou a ser a gestora do Sistema de Crdito Imobilirio.

    A CEF uma Autoridade de Apoio e maior Banco Socialdo pas (Gestora do FGTS, Pis, Seguro Desemprego eoutros programas sociais).Por ser gestora do Sistema de Crdito Imobilirio considerada tambm uma espcie de Autarquia Financeira.

    13.Banco da Amaznia (BASA) e Banco do Nordeste doBrasil (BNB)So dois importantes bancos da regio norte e nordestedo pas, respectivamente, atuando como bancos dedesenvolvimento regionais. Eles operam programa deincentivos fiscais, como por exemplo: Finam e Finor(rgos Sudam e Sudene). Por este tipo de atuao, soconsiderados Autoridades de Apoio.

    14. Instituies Financeiras Monetrias e No MonetriasA diferena principal est em que as primeiras recebemdepsitos vista (contas-correntes) e as outras no.Instituies Financeiras Monetrias: bancos comerciais,bancos mltiplos com carteira comercial, caixas econmicas,cooperativas de crdito e bancos comerciais cooperativos.

    15. Mercado Monetrio:Guardada a importncia econmica e relevante de cadatipo de mercado, o mercado monetrio, com suaspolticas implementadas pelas Autoridades Monetrias(CMN e Bacen), sem dvida o que mais afeta asdecises, no dia a dia, de qualquer pessoa ou empresa.Muito embora no consigam interferir diretamente nocotidiano das pessoas, para aumentar ou diminuir o nvel

    de consumo das mercadorias, produtos e servios, oGoverno Federal, nestes ltimos anos, especializou-seem alguns instrumentos de controle e poltica monetria:

    Open MarketCompra e venda compromissada para recompras erevendas de ttulos pblicos (ou ttulos de emissoprpria em estoque na Instituio participante).

    Recolhimento CompulsrioRecolhimento percentual sobre VSR Valores Sujeitosa Arrecadao Compulsria (Contas de Depsitos,Arrecadao de Tributos,..)Visa diminuir o volume de operaes de crditoconcedidas aos clientes e atenuar o efeito multiplicadorda Moeda Escritural.Moeda Escritural - criada pelas simples multiplicaodas operaes de crdito, produzindo em termoseconmicos uma moeda artificial, sem lastro.

    Redescontos e Emprstimos de Assistncia LiquidezEmprstimos concedidos pelo Bacen paranecessidades urgentes de curto prazo ou situao deliquidez no muito favorvel.

    Meios de Pagamentos, Base Monetria e ConceitoAutorizado para Controle da Inflao dos Preos

    a) Meios de Pagamentos e Base Monetria: (graus deliquidez)- M1: Moeda em Circulao + Depsitos Vista (moedaescritural) (Base Monetria)- M2: M1 + Depsitos a Prazo remunerados- M3: M2 + Cotas de Fundos de Renda Fixa e Open Market(Operaes Compromissadas)-M4: M3 + Ttulos Pblicos (Federais, Estaduais eMunicipais)

    Notas:

    - o conceito M1 a M4 envolve ativos monetrios (M1) eativos no monetrios (M2 a M4).- durante o Plano Collor existiu o M5 (M4 + Cruzadosretidos no Bacen).- todos os conceitos aqui apresentados so considerados soba tica do aplicador de recursos, para evitar dupla contagem

    b) Metas Inflacionrias (Inflation Targeting) (a partir dosegundo semestre/99)Sua sistemtica foi determinada por DecretoPresidencial e serve como uma diretriz mestre dapoltica monetria a ser perseguida pelo Pas.O Banco Central, juntamente com oCOPOM, tem a obrigaode usar todos os instrumentos necessrios para obtenodo percentual destas metas de inflao, procurando

    assegurar um crescimento econmico sustentado.As metas para cada ano so definidas pelo CMN, porproposta do Ministro da Fazenda, e autorizada pelo PoderExecutivo e Legislativo (Senado).

    O ndice escolhido para referncia da inflao a sermedida o IPCA do IBGEA meta de inflao definida pelo CMN tem intervalo detolerncia de 2% para cima ou para baixo para cada ano.O estabelecimento da sistemtica de metasinflacionrias provocou mudanas no funcionamentodas reunies do COPOM: passaram de 10 para 12mensais ao ano (a partir de 2006 sero a cada 45 dias),

    j que a Autoridade Monetria tem que produzir e divulgarao pblico, a cada trs meses (trimestre civil), um

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    Relatrio sobre a Inflao.Para conseguir lograr xito nas Metas Inflacionriasplanejadas, o Governo, atravs do COPOM (ComissoConsultiva do CMN), vem usando (e s vezes atabusando) do aumento excessivo (e diminuio lenta)da taxa de juros bsica da economia.Como esta taxa a taxa utilizada para remuneraomnima de emisso dos ttulos pblicos federais (taxaSelic), podemos estar vivenciando uma espiral

    inflacionria:- aumento dos juros da economia (recesso econmica);- aumento do endividamento pblico;- maior necessidade de arrecadao;- aumento de tributos;- aumento de preos (repasse dos tributos pelasempresas);- inflao permanente e aumento da recesso.

    16. Mercado de Crdito onde se realizam operaes de crdito do tipo: (entre outras)a) emprstimos (no tm destinao especfica dosrecursos);Crdito pessoal, cheque especial, crdito rotativo paracapital de giro,....

    b) financiamentos (possuem destinaes especficaspara os recursos cedidos);Financiamento de consumo de bens durveis, rurais eagroindustriais, financiamento de cmbio de exportaese importaes, financiamentos imobilirios,....c) descontos de ttulos de crditoDuplicatas, notas promissrias, cheque pr-datados,...d) LeasingAluguel de bens de consumo durvel, imveis, entreoperaes.Para a formalizao dessas operaes, a fim de se evitaruma maior inadimplncia ou perda futura da operaode crdito, so exigidas inmeras garantias pessoais ereais (aval, fiana, penhor, alienao fiduciria, cauo,hipoteca,..) dos clientes pessoas fsicas e/ou jurdicas,

    conforme o caso.Atualmente, as Autoridades Monetrias tm regrasrgidas para concesso, acompanhamento, atualizaese provises pra crditos de liquidao duvidosa(provises de at 100%).

    17. Mercado de Cmbio onde ocorrem operaes de compra e venda demoedas internacionais conversveis.Este mercado opera com todos os agentes econmicosque realizaram transaes com o exterior, seja emdecorrncia de comrcio internacional (exportao eimportao), pagamentos de juros, dvidas, royalties,recebimentos de capitais para investimentos em capitalfixo, captaes de recursos via contratos, emisso de

    ttulos de crdito, etc.O Bacen dos grandes agentes deste mercado, seja pelocontrole do fluxo internacional de recursos, nvel dasreservas internacionais (moedas estrangeiras e ouro, onde um fiel depositrio), e controle do valor da moeda nacionalem relao ao valor de outras moedas estrangeiras.Com relao a este ltimo item de paridade cambial doReal (R$) versus outras moedas estrangeiras, diversosfatores influenciam para a valorizao ou desvalorizaoda moeda nacional, exemplos: taxa de inflao, polticainterna de juros, volume das reservas internacionais,balano de pagamentos, etc.Convm relembrar que a venda ou compra de moedaestrangeira somente pode ser realizadas pelo Bacen eseus agentes credenciados e autorizados a operar com

    carteiras de Cmbio (Bancos Comerciais, BancosMltiplos, Bancos de Investimentos, SociedadesCorretoras, Agncias de Turismo,..).

    1.1. CONSELHO MONETRIO NACIONAL (CMN)

    Autoridade Monetriargo de deliberao colegiada superior/mxima (1grau) do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

    S toma decises, no lhes cabendo funes executivasou de fiscalizao.Fixa, coordena, regulamenta e adapta as seguintespolticas traadas pelo Governo Federal: Monetria: volume dos meios de pagamentos, valor damoeda interna e externa e taxa de juros. Creditcia: disciplina o crdito sob todas as formas emodalidades. Cambial: regula o valor externo e interno da moeda e oequilbro do Balano de Pagamentos do Brasil.Regula as condies de constituio, funcionamento efiscalizao das instituies integrantes do SFN.A Secretaria-Executiva do CMN exercida pelo BancoCentral do Brasil (Bacen).

    Nota: 1 grauRegimento Interno regulamentado por Decreto do PoderExecutivo (Presidncia da Repblica)

    Composio Atual do CMN (art. 8 da Lei 9069/95) Ministro da Fazenda (Presidente do CMN, voto dequalidade); Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto; Presidente do Banco Central do Brasil.Perodo de ReuniesO CMN reunir-se- ordinariamente uma vez por ms eextraordinariamente por convocao do seu Presidente(Ministro da Fazenda).

    DeliberaesO CMN delibera (toma decises por maioria de votos) eas publica atravs de Resolues, do Bacen (publicadano D.O.U. e assinada pelo prprio Presidente do Bacen).

    Comisses Tcnicas e ConsultivasForam criadas junto ao CMN as seguintes ComissesTcnicas e Consultivas:a) Comisso Tcnica da Moeda e do Crdito (COMOC)Composta dos seguintes membros: Presidente do Bacen (Coordenador do COMOC) Presidente da CVM Secretrios Executivos do:- Ministrio da Fazenda;- Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; e

    - Tesouro Nacional. Quatro Diretores do Banco Central do Brasil indicadospelo Coordenador do COMOC.

    Compete COMOCpropor as instrues necessrias execuo dematrias de competncia do CMN manifestar-se,previamente, sobre as matrias de competncia do CMN,especialmente da Lei n 4.595/64;convidar pessoas ou representantes de entidadespblicas ou privadas para participar de suas reunies;propor ao CMN alteraes em seu regimento interno,entre outras.

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    b)Comisso Consultiva de Poltica Monetria e Cambial(COPOM)Criada em 20/06/96, atualmente a Comisso maisfamosa e falada do Pas.Basicamente, seus objetivos principais so: estabelecer as diretrizes da poltica monetria; definir a taxa de juros bsica da economia (taxa Selic eseu eventual vis); e produzir o Relatrio de Inflao (periodicidade:

    trimestre civil). conforme Decreto 3.088/99, do Executivo, o COPOMpersegue as Metas de Inflao (Inflation Targeting).As reunies ordinrias do COPOM so realizadas a cada45 dias, dividindo-se em dois dias inteiros: 3 e 4 feiras. composta por oito membros da Diretoria Colegiadado Bacen, com direito a voto. presidida pelo Presidente do Bacen, que tem o votode qualidade.Oito dias aps a reunio do COPOM so divulgados osprincipais termos da Ata de Reunio, constandoinclusive opinies diversas de cada Diretor do Bacenintegrante da Comisso Consultiva, se for o caso.c) Outras Comisses Consultivas- de Normas e Organizao do Sistema Financeiro;

    - de Mercado de Valores Mobilirios e de Futuros;- de Crdito Rural;- de Crdito Industrial;- de Crdito Habitacional e para Saneamento e Infra-Estrutura Urbana;- de Endividamento Pblico.

    Atribuies Principais do Presidente do CMN (Ministroda Fazenda):Convocar as reunies ordinrias e extraordinrias;Abrir as reunies e dirigir os trabalhos;Definir a pauta dos assuntos a serem discutidos emcada reunio;Autorizar o adiamento da votao de assuntos includosna pauta ou extrapauta;

    Convidar para participar das reunies do Conselho, semdireito a voto, outros Ministros de Estado, assim comorepresentantes de entidades pblicas ou privadas;Deliberar ad referendum do Colegiado, nos casos deurgncia e de relevante interesse, submetendo a decisoao colegiado na primeira reunio que se seguir a estetipo de deliberao;Convocar reunies extraordinrias da Comisso Tcnicada Moeda e do Crdito e das Comisses Consultivas,por iniciativa prpria ou por solicitao dos demaismembros do CMN.

    Atribuies Principais dos Conselheiros:Apresentar proposta ao CMN, na forma de Voto;Submeter ao Colegiado o exame da convenincia de

    no divulgao de matria tratada nas reunies;Solicitar manifestao da COMOC ou assessoramentodas Comisses Consultivas;Abster-se na votao de qualquer assunto;Solicitar o adiamento da votao de assuntos includosna pauta ou submetidos extrapauta.

    Participantes das Reunies do CMN: (Quem podeparticipar?)Conselheiros;Membros da COMOC;Diretores do Banco Central do Brasil, no integrantes da COMOC;Representantes das Comisses Consultivas, quandoconvocados pelo Presidente do CMN.

    Podero assistir s reunies do CMN:a) assessores credenciados individualmente pelos Conselheiros;b) convidados do Presidente do Conselho;c) funcionrios da Secretaria-Executiva do Conselho;credenciados pelo Presidente do Bacen.

    Observaes:1. ConselheirosSomente aos Conselheiros dado o direito de voto.

    2.Regimento InternoTanto o CMN quanto as Comisses Consultivas atuamconforme determinaes emanadas de seu RegimentoInterno aprovado pelo Presidente da Repblica (PoderExecutivo) (exemplo: vide Decreto 1.307/94)3.Secretaria Executiva do CMNComo o Banco Central atua como Secretaria-Executivado CMN, realiza, normalmente, os seguintes trabalhos:organizao da pauta de reunio, comunicao aosConselheiros da data, a hora e o local das reuniesordinrias ou a convocao para as reuniesextraordinrias; confeco das Atas de Reunies do CMN,devidamente assinadas pelos Conselheiros, etc.4. Deliberaes do CMNAs deliberaes do Conselho Monetrio Nacional (CMN)

    entende-se de responsabilidade de seu Presidente eobrigaro tambm os rgos oficiais, inclusiveautarquias e sociedades de economia mista, nasatividades que afetem o mercado financeiro e o decapitais.5. Instituies Estrangeiras ou Agncias de CapitalEstrangeiroO art. 52 da Constituio Federal (CF) vedou a instalaode novas agncias ou bancos estrangeiros no Pas;entretanto, uma Exposio de Motivos n. 311/95, doMinistrio da Fazenda, prope a liberao da entrada decapitais estrangeiros, devendo ser aprovada pelo CMNe sancionada pelo Presidente da Repblica.

    1.2. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

    Assim como o CMN, foi criado pela Lei da ReformaBancria, de 1964 (Lei 4.595).Autoridade Monetriae Autarquia de Natureza EspecialEntidade normativa, supervisora e fiscalizadora do SFN.rgo de Execuo das polticas monetrias, de crditoe poltica cambial traadas para o pas. por meio do Bacen que o Governo Federal intervmdiretamente no SFN e, indiretamente, na economia.Conforme dispositivos legais e/ou determinaes do CMN,o Bacen executa principalmente, entre outras atribuies:a)Emisso de MoedaPapel-moeda e metlica.b)Saneamento do Meio CirculanteTroca de moedas velhas, emisso de novas moedas,

    recolhimento de moedas falsas.c) Recolhimento CompulsrioSobre Valores Sujeitos ao Recolhimento (VSR) derecursos captados ou de servios prestados pelasinstituies juntos aos seus clientes depositantes,aplicadores ou conveniados.d) Open Market (Mercado Aberto)Compra e Venda de Ttulos Pblicos Federais.e) Redescontos ou Emprstimos de Assistncia LiquidezSuprimento de recursos junto s instituies, seja pordesencaixes momentneos ou iliquidez temporriasindesejadas.f)Servio de Compensao de Cheques e Outros PapisRegula a execuo do Servio de Compensao de

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    Cheques e Outros Papis, execuo esta realizada,diariamente, pelo Banco do Brasil, via o controle de vriasCmaras de Compensao (Locais, Regionais,Nacional) espalhas pelo nosso Pas.

    Em Resumo, o BACEN pode ser entendido como:1. Banco dos Bancos quando realiza operaes de redesconto de liquidez ouassistncia financeira de liquidez;

    quando recebe depsitos compulsrios dos bancoscomerciais e outras entidades;2. Gestor do SFN quando normaliza, autoriza, fiscaliza, intervm e liquidaextrajudicialmente instituies sob a sua gide.3. Executor Maior da Poltica Monetria quando controla os meios de pagamento e fluxo monetrio; elabora o oramento monetrio.4. Banco Emissor quando emite moeda fsica; realiza um saneamento no meio circulante e controla ofluxo de moeda fsica.5. Agente Financeiro do Governo quando ajuda ao financiar o Tesouro Nacional(colocao de ttulos);

    administra a dvida pblica (interna e externa); o gestor e fiel depositrio das reservas internacionaisdo pas (ouro e moedas estrangeiras).

    Observaes1. Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)Atualmente, o sistema de Servio de Compensao deCheques e Outros Papis (COMPE) integra o chamadoSistema de Pagamentos Brasileiro SPB, implantadoem abril/2002.2. SPB - Marco HistricoO SPB considerado um marco histrico em termos deevoluo tecnolgica, controle e liquidao dos meiosde pagamento e de gerenciamento financeiro on line ereal time do fluxo financeiro de cada instituio.

    3. Reserva Bancria Estourada (Saldo a Descoberto)A partir da criao desse sistema (abril/2002), o Bacenproibiu que os bancos estourassem (ficassem comsaldo negativo) em suas contas de Reservas Bancrias.Caso isto ocorra, o Bacen que monitora on line e realtime dever ser informado no dia. A instituio podersolicitar um Redesconto ao mesmo (de uma dia),fornecendo garantias reais (ttulos federais) parasuprimento de valor a Reserva estourada.Se o Bacen no for informado no dia e/ou ocorrer o saldonegativo na conta de Reserva, a instituio serpenalizada com multa de 20% acima da taxa Selic.4. TED Transferncia Eletrnica DisponvelO instrumento criado mais famoso, no qual se transitamrecursos superiores a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) entre

    os diferentes bancos da rede bancria, de forma on-linee real time, o TED Transferncia Eletrnica Disponvel.5 TED x DOC x OP importante no confundir o TED com o Documento deCrdito - DOC ou Ordem de Pagamento OP, ou seja:O DOC utilizado pela rede bancria para transfernciade valores inferiores a R$ 5.000,00 entre os Bancos (valoracordado e referendado pelo Bacen) via documento fsicoou magntico, enviado ao Servio de Compensao deCheques e Outros Papis, no perodo noturno, o qualpoder devolv-lo, se houver qualquer irregularidade.A Ordem de Pagamento - OP uma transferncia internade recursos entre a rede de agncia do prprio banco.Com a integrao dos sistemas de contas-correntesentre a rede de agncias do mesmo Banco, a

    transferncia de saldo entre contas correntes d-seautomaticamente (quando solicitada pelo cliente),transitando-se por outra Conta Contbil de naturezaInterdepartamental6 Integrao On-line e Real-time das Cmaras deLiquidao e CompensaoO SPB um grande sistema de teleprocessamentoeletrnico on-line e real time, englobando diversasCmaras de Liquidao e Compensao de Valores,

    como por exemplo: Cetip, Selic, Compe, Tecban, Cartesde Crditos, etc.

    Principais normativos publicados ou manuais editadospelo BacenPara operacionalizao e funcionamento do SFN (econhecimento das normas do pblico em geral), o Bacenpublica no D.O.U e/ou disponibiliza no SISBACEN Sistema de Operaes de Registro e Controle do BancoCentral (sistema eletrnico de comunicao com Bacen,onde as instituies tm micros ligados ao Bacen, doqual recebem informaes ou para o qual enviaminformaes sobre suas alteraes cadastrais,operaes financeiras, reservas e, principalmentecambiais) (dependendo do caso), os seguintes

    normativos e manuais:

    O Bacen autoriza, normatiza, fiscaliza, pode intervir ouliquidar extrajudicialmente as seguintes instituies:1. Bancos Mltiplos (BM)2. Bancos Comerciais (BC)3. Bancos de Desenvolvimento (BD) (rgo pblico)

    4. Caixas Econmicas (CE)5. Caixa Econmica Federal (CEF) (rgo pblico)6. Bancos de Investimentos (BI)7. Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimentos(SCFI) (Financeiras)8. Sociedades de Crdito Imobilirio (SCI)9. Associaes de Poupana e Emprstimo (APE)10. Companhias Hipotecrias (CH)11. Sociedades de Arrendamento Mercantil (SAM) (Leasing)12. Sociedades Corretoras de Ttulos e ValoresMobilirios (SCTVM)13. Sociedades Distribuidoras de Ttulos e ValoresMobilirios (SDTVM)14. Cooperativas de Crdito (CC) (rgos singulares:mnimo 20 cooperados)

    15. Bancos Cooperativos (BCo) (participaes decooperativas de crdito, exceto Luzzatti)16. Fundos Mtuos de Investimentos (renda fixa e rendavarivel, regulamentados pela CVM)17. Agncia de Fomento ou de Desenvolvimento (umapor Unidade Federativa) (rgo pblico)18. Administradoras de Consrcio19. Sociedades de Crdito ao Microempreendedor (SCM)(podem ser controladas por ONGs)

    1.3. COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS (CVM)

    Autoridade de ApoioAutarquia Federal de Natureza EspecialCriada pela Lei 6.385, 07/12/76 e reforado seu papel

    NORMATIVOSResolues Decises do Conselho Monetrio Nacional Assinadas pelo Presidente do BacenCirculares Normatizao/Detalhamento de Resolues Assinadas pelos Diretores do BacenCarta-Circulares Maior detalhamento das normas anteriores Assinadas pelos Chefes de DeptoComunicado-Conjunto Atos normativos conjuntos de duas Autarquias Exemplos: CVM e BACEN

    MANUAISMNI Manual de Normas e Instrues ndice Remissivo por Assuntos de todas as normasCOSIF - Plano Contbil do Sistema Financeiro Nacional Plano Contbil do Sistema Financeiro NacionalMCR Manual de Crdito Rural Normas operacionais das operaes de crdito ruralRMCCI Regulamento do Mercado de Cmbio eCapitais Internacionais etc.

    Normas operacionais das operaes de cmbio (comrcioexterior, turismo) e capitais internacionais (ingressos deinvestimentos, sadas de royalties etc.)

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    pela Lei das Sociedades Annimas (S.A.) (Lei 6.404, de 15.12.76).Suas atividades bsicas de registro, autorizao efiscalizao so para acompanhamento da (s): Emisses Pblicas de valores mobilirios deCompanhias Abertas; Distribuio, Negociao e Intermediao de valoresmobilirios no Mercado de Capitais; Negociao e Intermediao de valores no mercadode Derivativos;

    Organizao e Funcionamento das Bolsas e dosFundos Mtuos de Investimento, tanto de Renda Fixacomo de Renda Varivel.A CVM tambm cadastra e acompanha os trabalhosrealizados pelos Auditores Independentes, empresasindependentes contratadas especificamente pelasCompanhias Abertas para emisso de Pareceres sobreseus Balanos Patrimoniais publicados.

    Nota Tipos dePareceres de Auditoria de Independentesa) Sem RessalvaLimpo ou Limpo, contendo pargrafo de nfase emalguma operao ou forma de registro contbil.b) Com Ressalva

    Contabilizao efetuada em desacordo com osPrincpios Fundamentais de Contabilidade ou leis,decretos, etc.c) AdversoDemonstraes incorretas ou incompletas.d) Sem OpinioQuando ocorrer insuficincia de informaes.

    A CVM tem poderes para determinar o recesso dasBolsas de Valores (Bovespa, BVRJ, BM&F,..).

    Principais normativos ou manuais da CVMPara operacionalidade e comunicao com entidadessob a sua gide e pblico em geral, a CVM publica noD.O.U. os seguintes normativos:

    Observaes1. Valores MobiliriosConforme o artigo 2, da Lei 6.385/76 (alterada pela Lei10.303/01), podemos citar, entre outros:- Aes (menor frao do capital social);- Debntures (ttulo de crdito de renda fixa ou varivel)(dvida de longo prazo);- Bnus de Subscrio (direito ao acionista de subscrever

    uma nova ao, dentro de prazo preestabelecido);- Cupons, Recibos de Subscrio, Direitos e Certificadosdos ttulos acima;- Notas Comerciais (Commercial Papers);- Cdulas de Debntures (Pignoratcia) (bancos podememitir, desde que tenha aplicao em Debntures);- Derivativos;- Cotas de Fundos de Investimentos em valoresmobilirios;- Cotas de Clubes de Investimentos em quaisquer ativos.No so considerados valores mobilirios pela Lei esujeitos a fiscalizao da CVM:- Ttulos Cambiais (CDB, RDB, LC, LI, LH,...);- Ttulos Pblicos;

    1.4. CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMAFINANCEIRO NACIONAL

    rgo criado em 1985, julga em segunda e ltimainstncia administrativa os recursos interpostos dasdecises relativas s penalidades administrativasaplicadas pelo Bacen, CVM e Secretaria de ComrcioExterior (Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio). Infraes previstas na Lei 4.595/64 e outros

    dispositivos legais correlatos (ex.: Lei do ColarinhoBranco, Lei 7.492/86). integrado por oito conselheiros, de reconhecidacompetncia e conhecimentos especficos.

    Composio:a) Representantes do MF, Bacen, Secretaria de ComrcioExterior (MDIC) e CVM;b) Quatro representantes de entidades de classe(Abrasca, Anbid, Febraban,...), indicados por lista trplicea pedido do Ministro da Fazenda.O mandato dos membros de 2 (dois) anos, podendoser reconduzidos uma vez.O presidente do Conselho representante do Ministroda Fazenda.

    Junto ao Conselho trabalham dois Procuradores Geraisda Repblica para a observncia das leis, decretos,regulamentos e outros normativos.

    Nota rgo Colegiado de 2 GrauO CRSFN rgo colegiado de segundo grau.Conforme legislao em vigor, entende-se comohierarquia de graus administrativos para o setor Pblicoo seguinte:- 1 grau regimento interno aprovado pelo Presidenteda Repblica;- 2 grau regimento interno aprovado pelos Ministrosde Estado e Dirigentes de Autarquias ligadas pesquisacientfica e tecnologia, pura e aplicada, de alto nvel; ao

    ensino superior; ao desenvolvimento do Pas no planonacional ou regional; previdncia e assistncia socialde mbito nacional; e atividade bancria;- 3 grau - os no compreendidos nas alneas anteriores.

    1.5. BANCOS COMERCIAIS (BC)

    Seu objetivo principal proporcionar recursos de curto e mdioprazos para a indstria, o comrcio, empresas prestadorasde servios e pessoas fsicas de uma forma geral.O mercado bancrio bastante especializado, existindohoje uma infinidade de tipos de instituies financeiras(de carter formal e informal), como por exemplo: Bancos MltiplosAutorizados pelo Bacen desde 1988 (Resoluo 1524

    do CMN). Bancos de AtacadoTrabalham com poucos clientes. Bancos de VarejoTrabalham com muitos clientes e ampla rede deagncias e pontos eletrnicos. Bancos de NichoTrabalham para um determinado segmento de clientesou atividade econmica. Corporate BankTrabalham com grandes empresas/conglomerados e,em algumas oportunidades, tm como clientes bancosde menor porte. Bancos de Middle MarketTrabalham com empresas de porte mdio.

    NORMATIVOS PRINCIPAISInstrues Atos normativos conforme art. 8, da Lei 6.385/76 Assinadas pelo Presidente da CVM

    Deliberaes Consubstancia atos do Colegiado Assinadas pelo Presidente da CVMNotas Explicativas Motivos explicativos para determinadas normas Assinadas pelo Presidente da CVM

    Comunicado-Conjunto Atos normativos conjuntos de duas Autarquias Exemplos: CVM e BACENPareceres Interpretao de leis, normativos ou respostas s

    consultas de agentes de mercadoAssinadas pelo Presidente da CVM

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    Bancos de MicrocrditoAssim como os Bancos Mltiplos, o Bacen autorizou acriao de Sociedades de Crdito ao Microempreendedor(SCM), voltadas para operaes de microcrdito. Estassociedades podem ser controladas inclusive por ONGs.Alguns Bancos esto criando carteiras ou at mesmoinstituies voltadas apenas para o microcrdito para atenderpequenas empresas e pessoas com baixo nvel de renda. Private Bank

    Trabalham com clientes de altssima fonte de renda e/ou elevado patrimnio pessoal. Personal BankTrabalham com clientes pessoas fsicas de bom nvelde rendas, pequenas e mdias empresas. Bancos Virtuais/DiretosTrabalham com seus clientes, via de regra pessoasfsicas, atravs do canal telefnico somente. Bancos InternetTrabalham com seus clientes atravs do canal decomunicao Internet.

    1.6. CAIXAS ECONMICAS (CE e CEF)

    Integram o Sistema Brasileiro de Poupana e

    Emprstimo e de Habitao.Equiparam-se, de certa forma, aos bancos comerciais,pois podem captar recursos de depsitos vista (aberturade contas-correntes) e efetuar operaes de descontose emprstimos em geral, prestaes de servios tipoarrecadao e cobranas de ttulos de crditos e outrosdocumentos.Alm disto, podem realizar operaes de Crdito Diretoao Consumidor (CDC e CDCI), autorizar e administrar (viaterceiros) casas de loterias esportivas/vendas de bilhetes.So Bancos eminentemente sociais, pois alm dosrecursos da caderneta de poupana, centralizam orecolhimento de recursos sociais como FGTS e PIS.Tm o monoplio de operaes de emprstimo sobpenhor de bens pessoais (jias, ouro, diamantes,..).

    A Caixa Econmica mais famosa e de maior porte aCaixa Econmica Federal - CEF, a qual atua como umaAutoridade de Apoio para o Governo Federal.

    1.7. COOPERATIVAS DE CRDITO (CC)

    So entidades que se obrigam a contribuir com bens ouservios para o exerccio de determinada atividadeeconmica, de proveito comum e sem objetivo de lucro.O lucro porventura existente distribudo de maneiraigualitria e proporcional a todos os cooperados.Juridicamente so consideradas sociedades de cartersingular.O nmero mnimo para constituio de uma Cooperativa de 20 pessoas fsicas (admite-se excepcionalmente

    pessoas jurdicas que tenha o mesmo objetivo social daspessoas fsicas envolvidas e que no visem fins lucrativos).Centras Cooperativas ou Federaes Cooperativas soconstitudas a partir de 3 (trs) Cooperativas Singulares(e, excepcionalmente, associados individuais).So equiparadas aos bancos comerciais, pois captamrecursos depsitos vista de seus cooperados,emprstimos e repasses de instituies financeirasnacionais e estrangeiras e recursos de fundos oficiais(at mesmo doaes) e podem conceder crditos, prestargarantias e servios de cobranas aos seus cooperados.

    1.8. BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS (BCo)

    Assim como os Bancos, so constitudos na forma de

    Sociedades Annimas (Lei das S.A.), entretanto seucapital social tem que ser fechado.No seu Capital Social constam exclusivamente Cooperativasde Crditos Singulares, exceto as do tipo Luzzatti (as queadmitem a participao de no cooperados) e Centrais/Federaes de Cooperativas de Crdito.Seu Patrimnio de Referncia PR dever estarenquadrado nas regras do Acordo da Basilia.

    1.9. BANCOS DE INVESTIMENTO (BI)

    O objetivo bsico de sua criao foi para propiciarrecursos de mdio e longo prazos para as empresasem operaes de emprstimos/financiamentos decapital fixo ou capital de giro.Estas operaes, por tenderem ao longo prazo, soprecedidas de cuidadosas avaliaes tcnicas e deanlise de crdito (ex.: suficincia e liquidez das garantiasenvolvidas, projeo do fluxo de caixa, balanos edemonstraes de resultados,..).Por sua especializao em Finanas, procuraramassessorar empresas e/ou grupos econmicos emoperaes de Corporate Finance (fuses, cises,aquisies, transformaes e incorporaes) (inclusive

    com a criao de Holdings) e Operaes de Underwriting(Lanamento Pblico de Aes, Debntures,..)

    1.10. BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD)

    So entidades governamentais (nvel estadual oufederal) voltadas ao desenvolvimento/fomento dasregies sobre sua jurisdio.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico Social- BNDES, o Banco da Amaznia BASA e o Banco doNordeste BNB (ambos de fomento regionais) so osprincipais agentes do governo federal para ofinanciamento de emprstimos de mdios e longosprazos em setores como primrio, secundrio e tercirio.Atualmente o BASA e o BNB, alm de bancos de

    desenvolvimento, so Bancos Mltiplos com CarteiraComercial.

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico eSocial (BNDES) subordinado ao Ministrio de Desenvolvimento,Indstria e Comrcio. uma empresa pblica federal criada em 1952. o principal rgo de poltica de investimentosem infra-estrutura no Pas.Suas funes principais so: Atenuar desigualdades regionais; Promover o desenvolvimento econmico e social do Pas; Fortalecer o setor empresarial nacional, etc.Possui duas subsidirias importantes:

    - Finame Agncia Especial de Financiamento paraMquinas e Equipamentos Industriais;- BNDESPAR Banco de Participaes;

    Nota Agncia de Fomento ou Desesenvolvimento (AF, AD)So instituies auxiliares de cunho governamental.So constitudas na forma de S.A. de Capital Fechado.Cada unida da Federao s pode constituir uma Agnciade Fomento ou Desenvolvimento.Objetivo Social: concesso de financiamento de capitalfixo e de giro em projetos de desenvolvimento do pas/estados/municpios.Podem prestar garantias e servios de consultoria e seradministradores de fundos de desenvolvimento.

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    vedado s AF/AD: ter acesso a linhas de redesconto/assistncia financeira do Bacen, captar recursos juntoao pblico (exceto oriundos de fundos e organismos dedesenvolvimento institucionais e oramentos federais,estaduais e municipais), captar CDI, transformar-seem qualquer tipo de instituio financeira e participardireta e indireta em outras instituies financeira ouempresas coligadas/controladas pela UnidadeFederativa.

    Basicamente, foi permitido pelo CMN/Bacen a criaodeste tipo de instituio em substituio aos BancosEstaduais recentemente fechados, liquidados ouvendidos iniciativa privada.

    1.11. SOCIEDADES DE CRDITO, FINANCIAMENTO EINVESTIMENTO (SCFI) (FINANCEIRAS)

    Sua funo principal financiar bens de consumo durvel,como por exemplo: eletrodomsticos, equipamentoseletrnicos e de informtica, carros, etc.Realizam operaes de:- Crdito Pessoal, inclusive Crdito Consignado(desconto em folha de pagamentos ou provento do INSSdo aposentado);

    - Crdito Direto ao Consumidor (CDC); e- Crdito Direto ao Consumidor com Intervenincia(CDCI) (Operao com Aval do Lojista).Um instrumento de captao bastante utilizado(antigamente e exclusivo de Financeiras) so as Letrasde Cmbio, que so ttulos de crditos sacados pelosfinanciados e aceitos pelas financeiras para colocao

    junto ao pblico em geral.Ao redor das Financeiras, para promoo de suas vendas,anlise de crdito, cadastro e cobrana, giram empresasautorizadas em suas atividades pelo Bacen (Resoluo562/79, do CMN) denominadas de Promotoras de Vendas.As Financeiras, alm dos recursos prprios, podem captarCDI, Repasses e Emprstimos no pas e exterior.Se o recurso utilizado para financiamento for de origem

    externa, no podem cobrar a variao cambial da moedaestrangeira contratada (diferentemente das Cias de Leasing).

    1.12. SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (SAM)

    As Companhias de Leasing ou Bancos Mltiplos comCarteira de Leasing (Arrendamento Mercantil) realizamoperaes assemelhadas a uma locao de bens mveise imveis. (Leasing Financeiro e Leasing Operacional).Referidas sociedades nasceram a partir da constataode que uma empresa pode ter lucro em sua atividadeeconmica pelo simples fato de uso de um bem e nonecessariamente de sua propriedade.A grande vantagem do Leasing Financeiro que, aofinal do contrato, atravs do pagamento de uma taxa

    residual especificada no contrato de arrendamentomercantil (Valor Residual Garantido VRG), o clientepode ficar com o bem utilizado em suas atividadesdurante um certo perodo.As empresas de leasing normalmente captam recursosde longo prazo: CDI, Emprstimos, Repasses eObrigaes Nacionais e no Exterior, DebnturesNacionais ou Estrangeiras.

    1.13. SOCIEDADES CORRETORAS DE TTULOS EVALORES MOBILIRIOS (SCTVM)

    So entidades tpicas do mercado acionrio e decolocao de Ttulos e Valores Mobilirios.So as nicas autorizadas a operar dentro do recinto

    das bolsas (Bovespa, BVRJ, BM&F,..), seja no pregoeletrnico ou viva voz.Para o exerccio de suas atividades, dependem deautorizao do Bacen e CVM.Alm das operaes no recinto das Bolsas, podem realizar:- operaes de lanamento/aquisio de aes;- administrao de carteiras e custdia de TVM (inclusivede Fundos Mtuos de Investimentos);- prestar consultoria financeira para empresas, pessoas

    fsicas e assessorar Clubes de Investimentos- realizar operaes open market;- intermediar operaes de cmbio; e- comprar ou vender mercadorias na BM&F, seja por contaprpria ou de terceiros.

    Nota Prego Viva VozEm out/05 foi extinto na Bovespa o prego Viva Voz

    1.14. SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TTULOS EVALORES MOBILIRIOS (SDTVM)

    Operam numa faixa mais restrita que das SCTVM (deCmbio e Mercadorias), j que no tm acesso ao recinto

    da Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros, exemplo:Bovespa.Suas atividades bsicas so: (entre outras)- subscrio isolada ou em consrcio de TVM para revenda;- intermediao de TVM;- prestar consultoria financeiras para empresas,pessoas fsicas e assessorar Clubes de Investimentos;- operaes de open market, quando autorizadas pelo Bacen.

    1.15. BOLSAS DE VALORES

    Associao civil sem fins lucrativos, cujos objetivosbsicos so, entre outros, manter local ou sistema denegociao eletrnico adequados realizao, entreseus membros, de transaes de compra e venda de

    ttulos e valores mobilirios; preservar elevados padresticos de negociao; e divulgar as operaesexecutadas com rapidez, amplitude e detalhadas.Basicamente, o local onde se compram e se vendemas aes e outros valores mobilirios (debntures, porexemplo) de companhias abertas.

    A Bolsa uma entidade possuidora de autonomiaadministrativa, financeira e patrimonialEstrutura da BovespaO quadro social da Bovespa integrado por SociedadesCorretoras de Ttulos e Valores Mobilirios (SCTVM) quepodem operar nos dois sistemas de negociaoexistentes e mantidos pela Bolsa de Valores:a) Prego Viva Voz; e

    b) Sistema Eletrnico de Negociao - Mega Bolsa.A corretora que no quiser negociar diretamente na Bolsacom seus clientes poder recorrer ao chamado Mercadode Balco (o qual diferente de Mercado de BalcoOrganizado), aquele negociado fora de bolsa ( vantagem mais barato).A Assemblia Geral das Corretoras Membros o rgodeliberativo mximo da BOVESPA.A Assemblia rene-se ordinariamente duas vezes porano, para deliberar sobre proposta oramentria,aprovao das demonstraes financeiras do exerccioanterior e para a eleio dos membros do Conselho deAdministrao.

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    O Conselho de Administrao integrado por 10conselheiros efetivos:- 6 representantes das sociedades corretoras membros;- 1 representante das Companhias Abertas;- 1 investidor institucional, oriundo de CompanhiasSeguradoras ou Fundos Mtuos de Investimentos ouFundos de Penso (Previdncia Complementar Abertaou Fechada);- 1 representante de pessoa fsica; e

    - 1superintendente geral.

    Do grupo dos membros das Sociedades Corretorasso eleitos: o Presidente e o Vice-Presidente doConselho, com mandatos de 1(um) ano.As principais figuras da Bolsa de Valores de So Paulo Bovespa (com a centralizao nacional, principal bolsado mercado acionrio brasileiro) so:- sociedades corretoras;- operadores de prego (que recebem ordens das mesas)(e efetuam compras/vendas eletrnicas e viva voz);- sociedades annimas (cias abertas); e- investidores (pessoas fsicas e pessoas jurdicas, tantonacionais como estrangeiras, fundos mtuos deinvestimentos e fundos de penso).

    As Resolues 2690/00 e 2709/00 disciplinaram aconstituio, organizao e funcionamento das bolsas,aumentando e flexibilizando sua operacionalidade(inclusive auto-regulao). Por estes normativos elaspodero tornar-se S.A. de capital aberto.

    Nota Poder de Auto-RegulaoA BOVESPA, por fora do disposto no artigo 8, pargrafoprimeiro, e no artigo 17 da Lei n 6.385, de 07/12/76,bem como no Regulamento Anexo Resoluo n 2.690,de 28/01/00, do Conselho Monetrio Nacional, dotadado denominado Poder de Auto-Regulao.O Poder de Auto-Regulao confere BOVESPAfaculdade para estabelecer normas e procedimentos

    (inclusive de conduta) e para fiscalizar seu cumprimento,os quais devero ser observados pelas:a) Corretoras;b) Empresas listadas;c) Investidores.O descumprimento s normas e procedimentosestabelecidos pela BOVESPA, bem como daquelas que incumbida de fiscalizar (abrangendo tambm prticasno eqitativas e quaisquer modalidades de fraude oumanipulao no mercado), sujeita o infrator spenalidades que podem ser por ela aplicadas, que so:advertncia, multa, suspenso, excluso e inabilitaopara o exerccio de certas funes na prpria Bolsa e emcorretora.A aplicao do Poder de Auto-Regulao pela BOVESPA

    leva em considerao o agente envolvido, a saber:Em relao s corretoras e prpria bolsaA Bolsa pode aplicar penalidades corretora e seusadministradores, empregados, operadores e prepostos.Tambm pode penalizar os seus prpriosadministradores e funcionrios.

    Em relao s empresas listadasA Bolsa pode suspender a negociao dos ttulos evalores mobilirios emitidos pela empresa ou cancelaro seu registro para negociao.A Bolsa no pode punir os administradores, empregadose prepostos da empresa. S a CVM pode faz-lo.

    Em relao aos investidoresCom relao aos investidores, a BOVESPA, nosmercados a termo e de opes, dispe de poderes decarter operacional, sendo-lhe facultado: proibir que suasposies excedam a determinados limites; determinaro encerramento de suas posies; ou proibir que operemnesses mercados..A Bolsa no pode punir investidores; s a CVM temcompetncia para tanto.

    Em relao s negociaesCom relao s negociaes, a BOVESPA poder:- impedir a concretizao de negociaes que estejamsendo realizadas quando existirem indcios de quepossam configurar infraes a normas legais eregulamentares, ou consubstanciar praticas noeqitativas; e- cancelar os negcios j realizados ou solicitar sentidades de compensao e liquidao de operaescom ttulos e valores mobilirios a suspenso da sualiquidao, nos casos de operaes onde haja indciosque possam configurar infraes a normas legais eregulamentares, ou que consubstanciem praticas noeqitativas, modalidades de fraude ou manipulao.

    1.16. BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS (BM&F)

    As bolsas de mercadorias e futuros so associaesprivadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo deefetuar o registro, a compensao e a liquidao, fsica efinanceira das operaes realizadas em prego ou emsistema eletrnico. Para tanto, devem desenvolver, organizare operacionalizar um mercado de derivativos livre etransparente, que proporcione aos agentes econmicos aoportunidade de efetuarem operaes de hedging (hedge,proteo) ante flutuaes de preo de commoditiesagropecurias, ndices, taxas de juro, moedas e metais,bem como de todo e qualquer instrumento ou varivelmacroeconmica cuja incerteza de preo no futuro possa

    influenciar negativamente suas atividades.Possuem autonomia financeira, patrimonial eadministrativa e so fiscalizadas pela Comisso deValores MobiliriosAs atividades de intermediao no mercado de derivativos,com a realizao e o registro de operaes nos sistemasda BM&F, so conduzidas, pelas Corretoras de Mercadorias.As instituies que sejam detentoras do ttulo patrimonial(ou aluguem a estrutura da BM&F para determinadasoperaes) como Corretora de Mercadorias e estejamdevidamente registradas na Comisso de ValoresMobilirios podem intermediar operaes em seu prprionome as chamadas operaes de carteira prpria eem nome de terceiros, seus clientes.

    Convm ressaltar outras categorias de intermedirios,com acesso a sistemas mais restritos mantidos pelaBM&F. Exemplos: (detentores de ttulo no-patrimonial)

    Corretoras de Mercadorias AgrcolasAutorizadas a operar nos mercados de commoditiesagropecurias (caf, soja,.)

    Corretoras EspeciaisPodem registrar, na BM&F, operaes realizadas nomercado de balco (ex.: swaps)

    Scios DLRealizam a operao de intermediao e registro dettulos pblicos e outros ativos financeiros.

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    Corretores de AlgodoOperaes com a commoditie de algodo.

    - Operadores EspeciaisPessoas fsicas ou firmas individuais que operam em nomeprprio ou prestam servios as Corretoras de Mercadorias.

    - Membros deCompensao (MC).Esse ttulo patrimonial legitima seus detentores (bancos

    comerciais, bancos de investimento, bancos mltiplosdetentores de uma dessas duas carteiras ousociedades corretoras e distribuidoras de ttulos evalores mobilirios) a efetuar a compensao e aliquidao de operaes realizadas ou registradas nossistemas da Bolsa.Os Membros de Compensao prestam servios sCorretoras de Mercadorias, de Mercadorias Agrcolas eEspeciais, bem como aos Operadores Especiais e deMercadorias Agrcolas, executando a liquidao dasoperaes desses participantes e de seus clientes junto Clearing Housesde Derivativos (e outras) da BM&F.

    Participantes com Liquidao Direta (PLD)Os ttulos de Membro de Compensao podem, ainda,

    ser adquiridos por instituies financeiras autorizadaspela BM&F a atuar como Participantes com LiquidaoDireta (PLD), uma possibilidade criada para aprimoraros mecanismos de administrao de risco dos agentesque operam nos mercados da Bolsa.Existem dois outros ttulos, os quais no estodiretamente ligados a atividades operacionais nosmercados da Bolsa: Scio Honorrio, pertencente Bolsa de Valores de So Paulo (Bovespa), na qualidadede instituidora da BM&F; eScio Efetivo: criado, quando do surgimento da BM&F,para atrair importantes players, aos quais foramofertados benefcios ou facilidades operacionais.Alm disto, existem tambm as Corretoras Associadas soutras Corretoras Oficiais da BM&F que podem atuar na BM&F

    So as chamadas Permissionrias Correspondentes.A BM&F a 1 Bolsa da Amrica Latina em Commoditiese 4 mundial em volume de contratos.

    1.17. SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAO E CUSTDIA (SELIC)

    O Sistema Especial de Liquidao e de Custdia (SELIC)foi criado em 1980, sob a responsabilidade do BancoCentral do Brasil e da Associao Nacional dasInstituies dos Mercados Aberto (Andima). um grande sistema computadorizado (teleprocessamentoeletrnico de dados) on line e real time, ao qual tm acessoapenas as instituies credenciadas no mercado financeiro.Por esse sistema, os negcios tm liquidao imediata.Os operadores das instituies envolvidas, aps

    acertarem os negcios envolvendo ttulos pblicos,transferem essas operaes, via terminal, ao SELIC.O computador imediatamente transfere o registro do ttulopara a instituio compradora e faz o crdito na conta dainstituio vendedora.A liquidao da ponta financeira de cada operao realizada por intermdio do Sistema de Transfernciade Reservas- STR, ao qual o Selic interligado.So registrados nesse sistema os ttulos pblicosfederais (Tesouro Nacional, Bacen,..) e ttulos pblicosestaduais e municipais, em contas especficas dosparticipantes no mercado primrio e secundrio (compra,venda, juros, resgates, renegociaes, transferncias,..).Os sistemas de Leilo Ofertas Pblica Formal Eletrnica(OFPUB) e Leilo Informal Eletrnico de Moedas e Ttulos

    (LEINF) (Go Around), isto , onde o Bacen no divulgaaos Dealers (primrios, 12, ou especialistas, 10) otamanho do lote vendido nem o preo mdio denegociao, tm seus resultados automaticamenteintegrados ao SELIC, no dia da operao.As instituies participantes deste sistema so:a) EmissoresSo o Tesouro Nacional, o Banco Central (se autorizado;desde 2003 no emite mais ttulo), os Tesouros

    Estaduais e Municipais, lanadores de ttulos pblicos.

    Observaes1. Reserva BancriaTodo emissor representado por uma instituiofinanceira, detentora de conta de Reserva Bancria.2. CustdiaParticipam do sistema, na qualidade de titular de contade custdia,- Tesouro Nacional;- Banco Central do Brasil;- Bancos Comerciais;- Bancos Mltiplos;- Bancos de Investimento;- Caixas Econmicas;

    - Distribuidoras e Corretoras de Ttulos e ValoresMobilirios;- Entidades operadoras de servios de compensao ede liquidao;- Fundos de Investimento e outras instituies integrantesdo SFN.b) LiquidantesSo considerados liquidantes, respondendo diretamentepela liquidao financeira de operaes, alm do BancoCentral do Brasil, os participantes titulares de contaReservas Bancrias, incluindo-se nessa situao,obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancosmltiplos com carteira comercial e as caixas econmicas,e, opcionalmente, os bancos de investimento.c) No-Liquidantes

    Os no-liquidantes liquidam suas operaes por intermdiode participantes liquidantes, conforme acordo entre aspartes, e operam dentro de limites fixados por eles.Cada participante no-liquidante pode utilizar os serviosde mais de um participante liquidante, exceto no caso deoperaes especficas, previstas no regulamento dosistema, tais como pagamento de juros e resgate dettulos, que so obrigatoriamente liquidadas porintermdio de um liquidante-padro previamenteindicado pelo participante no-liquidante. Osparticipantes no-liquidantes so classificados comoautnomos ou como subordinados, conforme registremsuas operaes diretamente ou o faam por intermdiode seu liquidante-padro.Os fundos de investimento so normalmente subordinados.

    As corretoras e distribuidoras, normalmente autnomas.As entidades responsveis por sistemas decompensao e de liquidao so obrigatoriamenteparticipantes autnomos.Tambm obrigatoriamente, so participantes subordinadosas sociedades seguradoras, as sociedades de capitalizao,as entidades abertas de previdncia, as entidades fechadasde previdncia e as resseguradoras locais.d) ClientesAs contas de clientes representam pessoas fsicas ou

    jurdicas, que movimentam recursos e ttulos atravs deliquidantes e no-liquidantes.Ficou convencionado:- Cliente Tipo 1So operaes realizadas entre as instituies

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    12 - Conhecimentos Bancrios Central de Concursos / Degrau Cultural

    financeiras com seus clientes.- Cliente Tipo 2So operaes realizadas por clientes de instituiesfinanceiras liquidantes com outras instituiesparticipantes.e) Contas especiaisSo desprovidas de qualquer vnculo de subordinao acustodiantes e subcustodiantes (no possuem contade Reserva Bancria) e tm objetivo especficos de

    vinculao de ttulos por conta de dispositivos legais.O Banco Central como administrador do SELIC, determinacaso a caso a conta e a finalidade da operao.

    Observao1. Taxa Referencial SelicA taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao ede Custdia (Selic), de natureza remuneratria, umataxa de juros para ttulos pblicos, fixada pelo BancoCentral do Brasil, depois da divulgao do COPOM,aplicvel pelas instituies financeiras, e reflete aremunerao dos investidores nos negcios de comprae venda desses papis.

    1.18. CENTRAL DE LIQUIDAO FINANCEIRA E DE

    CUSTDIA DE TTULOS (CETIP)Sem fins lucrativos, foi criado em conjunto com asinstituies financeiras e o Bacen (06/03/86) um sistemaeletrnico de transmisso de dados, similar ao SELIC,para garantir maior segurana e agilidade s operaesno mercado de ttulos e valores mobilirios do setorprivado e alguns ativos do setor pblico.

    Neste sistema se efetuam a custdia, registro eliquidao financeira das seguintes operaes:- ttulos de crdito privados (CDB, RDB, LC, Debntures,.....);- ttulos estaduais e municipais que ficaram fora darolagem da dvida;- ttulos representativos de dvidas de responsabilidade

    do Tesouro Nacional, de empresas extintas ou no;exemplo: Fundo de Compensao de Variao Salarial -FCVS, Programa de Garantia da Atividade Agropecuria- Proagro e Dvida Agrria (TDA).

    A CETIP uma Cmara de Liquidao e CustdiaEletrnica administrada pela Associao Nacional dasInstituies dosMercados Aberto (Andima), de ttulospblicos (especiais, ou seja fora da rolagem da dvida,moedas podres,..) e privados, que se constitui, na prtica,numa espcie de um Mercado de Balco Organizado,para registro e negociao de ttulos e valores mobiliriosde renda fixa.Ela oferece o suporte necessrio para uma negociao online, registro e liquidao financeira das operaes, estando

    hoje inclusive interligada ao Sistema de PagamentosBrasileiro SPB, atravs da Cmara Interbancria dePagamentos CIP e a Clearing de Pagamentos daFederao Brasileira de Bancos Febraban.Na qualidade de depositria, a entidade processa aemisso, o resgate e a custdia dos ttulos, bem como,quando o caso, o pagamento dos juros e demaiseventos a eles relacionados.Com poucas excees, os ttulos so emitidosfisicamente; em sua grande maioria so apenasregistrados na forma eletrnica (os ttulos emitidos empapel so fisicamente custodiados por bancos autorizados).Todos os negcios efetuados com ttulos atravs daCETIP, para maior segurana do sistema, possuemsenhas e cdigos de acesso.

    Tanto o comprador quanto o vendedor devem lanar suasoperaes, cabendo CETIP analisar e confrontar asinformaes.

    Participantes do Sistema CETIP Bancos Comerciais; Bancos Mltiplos; Bancos de Investimentos; Caixas Econmicas;

    Sociedades Corretoras e Distribuidoras de Ttulos eValores Mobilirios.

    Sistemas Principais do CETIP Sistema de Proteo contra Riscos Financeiros;- SWAP Sistema Nacional de Debntures;- Debntures. Sistema Nacional de Ativos;- Cdulas Pignoratcias de Debntures,- CDB, CDB Rurais, Letra de Cmbio, RDB, Letras doTesouro LFTE e LFTM. Sistema de Moedas de Privatizao;- Ttulos da Dvida Agrria - TDA, Obrigaes do FundoNacional de Desenvolvimento, Crditos Securitizados.

    Sistema de Cambiais;- Export Notes Sistema de Letras Hipotecrias;- Letras Hipotecrias Sistema de Cesso de Crditos; Sistema de Cotas de Fundos de Investimentos; Sistema de Cdula Produto Rural; Sistema Financeiro de Bolsas;- Realiza a liquidao das operaes em bolsa devalores e de mercadorias. Sistema Nacional do Ouro; Sistema de Nota Promissria (Comerciais);- Commercial Papers de empresas industriais,comerciais e prestadoras de servios.

    1.19. SOCIEDADES DE CRDITO IMOBILIRIO;ASSOCIAES DE POUPANA E EMPRSTIMO (SCI e CH)

    As Sociedades de Crdito Imobilirio, alm de suasatividades bsicas de financiamento imobilirio, podemoperar em todas as modalidades de recursosdirecionados da poupana; exemplo: poupana vinculada.Integram o Sistema Financeiro da Habitao e podemcaptar, alm dos recursos prprios e poupana: LetrasImobilirias, Letras Hipotecrias, Repasses eRefinanciamentos do Pas e Exterior, DepsitosInterbancrios (CDI) e outras formas de captaopermitidas pelo Bacen.J as Cias Hipotecrias (criadas a partir de 1994) tmseus recursos direcionados para:

    - compra, venda e refinanciamento de crditoshipotecrios, prprios ou de terceiros.- financiamentos direcionados reforma, produo oucomercializao de imveis residenciais, comerciais,urbanos.- administrar crditos hipotecrios e fundos imobilirios,desde que autorizados pela CVM.No integra o Sistema Financeiro da Habitao SFH.Podem emit i r para captao: Letras e CdulasHipotecrias e Debntures, conforme autorizao doBacen e CVM.Podem obter emprstimos e financiamentos no pase exterior.

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    Observaes:1.Emisso de Debntures e Partes BeneficiriasPor determinao legal so vedados aos Bancosemitirem Debntures (exceto companhias de leasing ecompanhias hipotecrias) e Partes Beneficirias.O que so Partes Beneficirias?So ttulos estranhos ao Capital Social da empresa:- So nominativos, endossveis (negociveis), sem valornominal;- Conferem aos titulares um direito de crdito eventualcontra a cia;- Este direito consiste na participao nos lucros anuaisno superiores a 10% deste lucro;- Seu prazo de durao fixado em Estatuto (a empresa

    dever constituir Reserva especfica para tal fim);- Poder ser convertido em aes com a simplesreverso da reserva anteriormente constituda;- As empresas de capital aberto no podem emitir estesttulos, exceto de capital fechado;- As instituies financeiras no podem emitir este ttulo;- No fiscalizados pela CVM.

    2.Movimentao das Contas de PoupanaA poupana um dos produtos mais tradicionais domercado financeiro. de livre movimentao e seus rendimentos socalculados atravs de datas de aniversrios (depsitosiniciais efetuados de 1 a 28, de cada ms), conforme avariao da TR - Taxa Referencial (desde o Plano Real) e

    taxa de juros de 0, 5% a.m.Se depositados dias 29, 30 e 31 passam avaler a partir do dia 1.O que vale ressaltar que sua captao efetuada por instituies integrantes do SBPE

    Sistema Brasileiro de Poupana eEmprstimo (SCI, CH e APE), CaixasEconmicas e os Bancos Mltiplos comCarteira de Crdito Imobilirio. Conforme a

    Resoluo 3.005/02, do Bacen, 65% (sessentae cinco por cento) de seu valor captado tem queser aplicado em operaes de financiamentohabitacional e 20% em encaixe obrigatrio noBacen (espcie de recolhimento compulsrio).Para o saque da poupana proibido o usode cheques (exceto se a conta for integrada conta-corrente).

    3. Bancos MltiplosConforme a Resoluo n 1524/88 e Resoluo2099/94, a Autoridade Monetria (CMN) permitiuaos bancos realizarem suas operaesprincipais atravs de uma nica empresa.Esta empresa chama-se Banco Mltiplo (BM).

    Um BM pode ter at cinco carteiras:- Comercial.- Investimentos ou Desenvolvimento (s setorPblico).- Financeiras- Crdito Imobilirio.- Arrendamento Mercantil (Leasing).Para seu funcionamento os bancos mltiplosdevem ter, no mnimo, duas carteiras: comerciale investimento.Nota: DebnturesOs bancos mltiplos, mesmo com a Carteirade Leasing (conforme a Resoluo 2099/94,do CMN), no podem emitir debntures.

    4.Instrumentos de Poltica Monetria utilizados pelo BacenAlm do Recolhimento Compulsrio sobre os recursoscaptados para efeito de diminuio do volume de crditoofertado, o Bacen utiliza, via de regra, mais doisinstrumentos clssicos de poltica monetria:- Compra e Venda de ttulos de pblicos federais (TesouroNacional) (Operao Compromissada chamada, Open Market)- Redesconto ou Emprstimo Assistncia Liquidezde Instituies Financeiras.Para fazer este recolhimento, os bancos (inclusive deinvestimentos) abrem uma conta especial no BancoCentral (espcie de uma conta-corrente dos bancosno Bacen) para recolhimento do percentual mdiomnimo exigvel pela Autoridade Monetria para o perodo.

    5. Fundos Mtuos de Investimentos (Renda Fixa e RendaVarivel)Conforme Comunicado Conjunto n 10 do Bacen x CVM,de 03/05/02, a normatizao e fiscalizao de todos osfundos passou a ser de responsabilidade da CVM Comisso de Valores Mobilirios.Recentemente a CVM colocou em Audincia Pblica (at16/12/2005) o Plano Contbil dos Fundos deInvestimentos COFI.

    2. SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS E PREVIDNCIACOMPLEMENTAR

    2.1. CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS

    PRINCIPAIS ATIVIDADES EXERCIDAS PELAS INSTITUIES FINANCEIRAS, AUXILIARES E AFINSBANCOS

    MLTIPLOS(BM)

    Podem operar conjuntamente at 5 carteiras, dentro de uma nica instituio financeira.Carteiras: Comercial, Investimentos ou Desenvolvimento (setor Pblico), Financeira, CrditoImobilirio e Leasing.Mnimo de 2 carteiras.Obrigatoriamente, uma delas tem que ser comercial ou de investimentos.

    BANCOSCOMERCIAIS

    (BC)

    Operaes ativas bancriasOperaes de crdito (emprstimos, financiamentos, ttulos descontados), adiantamentos adepositantes, cheque especial, crdito rural e agroindustrial e aplicaes em ttulos pblicos, ttulosprivados (CDB, RDB, CDI, Aes,..) e quotas de fundos de investimento.Operaes passivas bancriasDepsitos vista, depsitos a prazo (CDB, RDB), CDI, obrigaes por emprstimos e repasses, nopas e exterior.Operaes acessrias bancrias (complementares/mandatrias)cobranas e garantias prestadas ou garantias recebidas (aval, fiana, hipoteca, penhor, alienaofiduciria e cauo de ttulos).Prestao de servios (atravs de convnios especficos)Rrecebimento de: arrecadao de tributos, taxas e contribuies (pblicas e privadas), recebimentospor conta de terceiros (carns de pagamentos, tarifas,..), custdia de valores (aes, ouro,..),recebimento de prmios, capitalizaes e seguros diversos (vida, sade,..) e cartes magnticos(dbito) e cartes de crdito.Operaes Especiais (ativas/passivas)-Open Market (compra e venda compromissada de ttulos pblicos)- Cmbio

    BANCOS DEINVESTIMENTOS

    (BI)

    No recebem Depsitos VistaSo importantes instituies para o desenvolvimento do Mercado de Capitais, pois realizamoperaes de financiamento (capital de giro ou fixo) de longo prazo (superior a 1 ano).Realizam tambm operaes de emprstimos e repasses de rgos pblicos e privados (ex.: Finame,Exim Pr Embarque,..) e operaes de prestao de servios como underwriting e de reestruturaode empresas denominadas corporate finace: ciso, incorporao, fuso e transformao (inclusivecom a criao de Holdings).Podem operar Carteira de Cmbio.Costumam ser Administradores de Fundos Mtuos de Investimentos, seja atravs de uma diretoria oudiretor especfico do Banco ou atravs unidades empresarias constitudas na forma de AssetManagement Unitis

    Assim como os bancos comerciais e mltiplos com carteira comercial podem fornecer de avais efianas para empresas, em decorrncia de licitaes pblicas, operaes na BM&F, operaes decmbio etc.Tanto o Aval como a Carta de Fiana concedida para empresas nacionais e/ou estrangeiras no

    podem ser efetuados para efeito de operaes de crdito.O total de Fianas Prestadas no pode supera a cinco vezes o PR Patrimnio de Referncia.

    CAIXASECONMICAS

    Captam depsitos vista, poupana e realizam financiamentos imobilirios. Seu maior agente, hojeem dia, a Caixa Econmica Federal CEF ( maior Banco Social da Amrica Latina)

    SOCIEDADE DECRD., FINANC.

    E INVEST.(SCFI)

    As Financeiras captam Letras de Cmbio (LC) (ou CDI- Certificado de Depsito Interbancrio, porexemplo) e realizam operaes de Crdito Pessoal e Crdito Direto ao Consumidor (CDC e CDCI).Sua operao mais famosa, atualmente, so os Crditos Consignados que permitem descontosdiretos em folhas de pagamentos (funcionrios pblicos ou privados ou nos proventos do INSS(aposentados) das parcelas de financiamentos e/ou emprstimos pessoais concedidos

    SOCIEDADE DECRD IMOB. e

    CIASHIPOTECRIAS

    As Sociedades de Crdito Imobilirio (SCI) captam recursos de Cadernetas de Poupana, LetrasImobilirias, Letras Hipotecrias, Repasses, Refinanciamentos, Emprstimos e CDI e realizamFinanciamentos Imobilirios.

    As Companhias Hipotecrias (CH) podem captar Debntures

    LEASING As companhias de arrendamento mercantil realizam, normalmente, uma operao denominadaleasing financeiro (aluguel de bens mveis ou imveis).

    A vantagem desta operao que o cliente paga uma taxa de arrendamento (aluguel) mensal e, aofinal do contrato tem a opo de ficar com o bem de consumo durvel ou imvel alugado, pagandouma taxa denominada de Valor Residual Garantido VRG (usualmente de 1% sobre o valor vista do bem financiado).

    SOCIEDADECORRETORAS

    DE TVM

    Principal agente operador dentro das Bolsas de Valores (exclusivo).Participam, promovem, intermedeiam, custodiam, administram (ou organizam) Carteiras de Ttulos eValores Mobilirios. Mercadorias e Cmbio, conforme o caso.

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    14 - Conhecimentos Bancrios Central de Concursos / Degrau Cultural

    Autoridade de ApoioEntidade vinculada ao Ministrio da Fazenda, de carternormativo (deliberativo).Fixa as diretrizes e normas, bem como regula e disciplinaa constituio, organizao e funcionamento de entidadesdo mercado de seguros, seguro-sade, previdnciacomplementar aberta, capitalizao e corretoreshabilitados (pessoas fsicas e pessoas jurdicas).

    rgos subordinados ao CNSP:- Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP); e- Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).Composio atual do CNSP: Ministro da Fazenda (Presidente). Superintendente Geral da Susep. Representantes do: Ministrio da Justia, Ministrio daPrevidncia e Assistncia Social (MPS), Banco Central doBrasil (Bacen) e da Comisso de Valores Mobilirios (CVM).

    2.2. SUPERINTENDNCIA DE SEGUROS PRIVADOS(SUSEP)

    Autarquia federal de natureza especialrgo executante da poltica traada pelo CNSP.

    Fiscaliza as Seguradoras, as Sociedades de Capitalizaoe os Corretores de Seguros, fixando as condies geraisdas aplices, tarifas a serem cobradas (prmios) e dosplanos de operaes dessas companhias.Por determinao do Governo Federal, autoriza e fiscalizatambm as Entidades Abertas de Previdncia Complementar.A SUSEP administrada por um Conselho Diretorcomposto pelo Superintendente e quatro Diretores.Integram o colegiado, sem direito a voto, o Secretrio-Geral e Procurador-Geral da entidade.Principais atribuies: fiscalizar a constituio, organizao e funcionamentodas sociedades seguradoras, de previdnciacomplementar aberta, capitalizao, inclusive segurosade e corretores.

    zelar pelos interesses dos consumidores. zelar pela estabilidade, liquidez e solvncia dascompanhias e mercados envolvidos. cumprir e fazer cumprir a deliberaes do CNSP. prover, assim como o Bacen, os servios de secretariado CNSP.

    2.3. CONSELHO DE GESTO DA PREVIDNCIACOMPLEMENTAR (CGPC)

    O Conselho de Gesto da Previdncia Complementar(CGPC) rgo colegiado integrante da estrutura bsicado Ministrio da Previdncia Social; foi substitudo peloConselho Nacional de Previdncia Complementar (CNPC)(Medida Provisria 233/04) e fixar as polticas propostas

    pela Secretaria de Polticas de Previdncia Complementar(SPPC) e normatizar o sistema de fundos de penso.O Conselho Nacional de Previdncia Complementar(CNPC) ser composto por dez membros e presididopelo Ministro da Previdncia Social.Sua composio dever ser a seguinte (depende deaprovao do Regimento Interno, pelo Presidente daRepblica): Ministro de Estado da Previdncia Social (Presidente). Secretrio de Previdncia Complementar do Ministrioda Previdncia Social. Secretrio de Polticas de Previdncia Complementar Superintendente da PREVIC (Autarquia Federal deNatureza Especial). Representantes:

    - Secretaria de Previdncia Social do Ministrio daPrevidncia Social;- Ministrio da Fazenda;- Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto;- Patrocinadores e instituidores de entidades fechadasde previdncia complementar;- Entidades fechadas de previdncia complementar; e- Participantes e assistidos das entidades fechadas deprevidncia complementar.

    A Secretaria de Polticas de Previdncia Complementar(SPPC) ter estrutura enxuta e ser a ponte entre o CNPCe a PREVIC.

    2.4. SECRETARIA DE PREVIDNCIA COMPLEMENTAR (SPC)

    Recentemente foi criada (pela MP 233, de 30/12/04) aSuperintendncia Nacional de PrevidnciaComplementar(PREVIC), em substituio Secretariade Previdncia Complementar (SPC), rgo que erasubordinado Presidncia da Repblica. uma autarquia de natureza especial, responsvel pelafiscalizao e superviso das entidades de previdnciacomplementar fechada (fundos de penso de empresas

    pblicas ou privadas), instalada no Pas.Estas entidades so consideradas complementares aosistema oficial de previdncia (aposentadoria) do INSS.Por este motivo, referido rgo pblico est vinculado aoorganograma do Ministrio da Previdncia Social (MPS).Para melhor garantir a aplicao financeira de seus recursoscaptados, seja para rendimentos dos planos investidos oureserva tcnicas dos planos institucionalizados pelosFundos para seus funcionrios contribuintes, essasinstituies so obrigadas a seguir normas especficas deaplicao de recursos financeiros oriundas do ConselhoMonetrio Nacional (CMN).Convm lembrar que:- essas entidades de previdncia complementar so umadas empresas, juntamente com os Fundos de Mtuos

    de Investimentos e Seguradoras, consideradas peloGoverno Federal como Investidores Institucionais;- os fundos abertos de previdncia complementar soconstitudos por instituies financeiras e seguradoras,enquanto os fundos fechados so constitudos porempresas pblicas ou privadas para complemento deaposentadoria de seus funcionrios.

    2.5. INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL

    Sociedade de Economia Mista vinculada ao CNSP e aoGoverno Federal, o qual regula o Cosseguro (divisode riscos de seguros entre vrias companhias de seguro)e, principalmente o Resseguro (seguro de um seguro,quando uma seguradora no consegue assumir o risco

    sozinha da operao) no Brasil.Nota:1- Mercado Ressegurador Internacional RetrocessoQuando o resseguro for de valor muito alto, o IRB poderealizar junto ao mercado internacional um Ressegurodo Resseguro, denominado de Retrocesso.

    2.6. SOCIEDADES SEGURADORAS

    Sociedades seguradoras so entidades, constitudassob a forma de sociedades annimas, especializadasem pactuar contrato, por meio do qual assumem aobrigao de pagar ao contratante (segurado), ou a quemeste designar, uma indenizao, no caso em que advenha

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    Central de Concursos / Degrau Cultural Conhecimentos Bancrios - 15

    o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o prmioestabelecido.As seguradoras surgiro da necessidade das empresase pessoas fsicas se resguardarem contra determinadosriscos ou danos ao patrimnio.A forma encontrada foi uma espcie de associaocoletiva, onde atravs do pagamento de prmio parauma Aplice especfica de seguros, o cliente seresguarda de possveis perdas e/ou danos.

    A aplice de seguros contrato jurdico bilateral, ondecada uma das partes tem direitos e obrigaes.As seguradoras, para assegurar eventuais sinistros,constituem Reservas Tcnicas em suas contabilidadepatrimonial que garanta o pagamento desses sinistros.Em vista disto, tornam-se grandes aplicadores nomercado financeiro e de capitais (InvestidoresInstitucionais)

    2.7. SOCIEDADES DE CAPITALIZAO

    As Sociedades de Capitalizao so empresasautorizadas a funcionar pelo Decreto-Lei 261/67, pornormas do Conselho Nacional de Seguros Privados(CNSP) e SUSEP.

    Seu produto bsico so ttulos de capitalizao (ttulosde crdito, nominativos), um investimento de longo prazocuja caracterstica principal se assemelha a um jogo(aposta), onde o investidor pode recuperar parte ou todovalor gasto.Sem a ajuda da sorte, seu rendimento tende a ser inferiora de uma caderneta de poupana.Os sorteios podem ser semanais, mensais, etc.Os ttulos de capitalizao tm prazo de carncia pararesgate, normalmente de 12 meses.O valor aplicado ( o qual estabelecido no ttulo) pode serem parcelas mensais, trimestrais ou de uma nica vez.So atualizados monetariamente pela TR TaxaReferencial, do Bacen.Nos pagamentos efetuados dos ttulos desconta-se uma

    parte para despesas administrativas e outra (quando hsorteio) para custear as premiaes.Mesmo sendo sorteado, o cliente continua a concorrer epode adquirir quantos ttulos quiser.Estes ttulos podem ser doados, trocados, vendidos,

    sendo necessrio formalizar um termo SociedadeSeguradora.

    2.8. ENTIDADES ABERTAS E ENTIDADES FECHADAS DEPREVIDNCIA PRIVADA

    Previdncia Complementar AbertaEntidades de previdncia complementar aberta soconstitudas por entidades de previdncia complementare seguradoras, oferecendo aos seus clientes uma opo

    de aposentadoria complementar ou no.O valor da aposentadoria ser definido pelo cliente ecalculado conforme o prazo e valores aplicados.Nos planos de previdncia complementar aberta(tradicional) h duas opes:a) benefcio definido: o cliente determina quanto vaiganhar, mas suas contribuies no so fixas;b) contribuio definida: valor de contribuio fixo,entretanto o valor do benefcio futuro estimado peloadministrador do fundo de penso.Os planos, alm da Renda Vitalcia Natural porSobrevivncia, podem estipular tambm:- Renda Vitalcia por Invalidez.- Renda Vitalcia por Morte (penso beneficiados).- Peclio por Morte (pagamento de nica vez aos

    beneficirios).Alm dos Planos Tradicionais, os planos mais vendidos so: PGBL Plano Gerador de Benefcio Livre:Cliente escolhe produto que tem carteira adequada aoseu perfil de investidor.Assim como no plano tradicional, pode deduzir do IR at12% da renda bruta anual. VGBL Vida Gerador de Benefcio Livre:Plano de Seguro com caracterstica de Previdncia

    Complementar Aberta semelhante ao PGBL.Cliente escolhe produto que tem carteira adequada aoseu perfil de investidor.Possibilidade da pessoa adquirir um seguro de vidacomplementar.Benefcio fiscal: no h. PRGP Plano com Remunerao Garantida ePerformance - PRGP:Diferencial: plano corrigido por fator de atualizaomonetria (inflao), definido no incio do contrato, e umataxa de juros.

    Previdncia Complementar Fechada oferecida por empresas pblicas ou privadas aos seusfuncionrios.

    Sua contribuio vem das prprias empresas(estatutrias ou no) e dos funcionrios registrados.No aberto participao de outras pessoas que nosejam funcionrios.So obrigadas a ter um registro (cadastro, espcie deCNPJ) na PREVIC, atual rgo fiscalizador deste tipo deentidade.

    2.9. CORRETORAS DE SEGUROS

    So agentes que realizam a intermediao dacontratao de seguro, vez que a lei impe essa condio.Nos termos da lei, o corretor o representante dosegurado junto s seguradoras.Na prtica, entretanto, verifica-se cada vez mais que o

    corretor atua como representante da seguradora,apresentando somente a opo de uma nica empresa,proposta inclusive em papel timbrado dessa e carto devisita com o logotipo da seguradora.Dessa forma, para o consumidor, o corretor umrepresentante da seguradora, motivo pelo qual, nos termosdo Cdigo do Consumidor, a seguradora deve responderpela atuao desse agente.As Corretoras de Seguros tm suas atividadesfiscalizadas pelas SUSEP.O interessado em ser corretor dever prestar o ExameNacional de Corretor de Seguros promovido pela FundaoEscola Nacional de Seguros (FUNENSEG) ou obteraprovao no curso especfico promovido pela FUNENSEG.Aps a aprovao no exame ou no curso especfico e o

    recebimento do certificado, o interessado dever seencaminhar ao Sindicado dos Corretores de Seguros -SINCOR do seu estado.No SINCOR, o candidato receber a listagem dedocumentos a serem entregues no prprio SINCOR, bemcomo informaes sobre o pagamento da taxa.O SINCOR do seu estad