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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE / SOEBRAS FERNANDO CARLOS GUZMÁN FREITAS. COMPLICAÇÕES E INSUCESSOS EM IMPLANTODONTIA Manaus, 2010

COMPLICAÇÕES E INSUCESSOS EM IMPLANTODONTIA

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  • INSTITUTO DE CINCIAS DA SADE

    FUNORTE / SOEBRAS

    FERNANDO CARLOS GUZMN FREITAS.

    COMPLICAES E INSUCESSOS EM

    IMPLANTODONTIA

    Manaus, 2010

  • FERNANDO CARLOS GUZMN FREITAS.

    COMPLICAES E INSUCESSOS EM

    IMPLANTODONTIA

    Manaus- 2010.

    Monografia apresentada ao Programa de

    Especializao em Implantodontia do ICS FUNORTE/SOEBRS NCLEO MANAUS, como

    parte dos requisitos para obteno do titulo de

    Especialista.

    ORIENTADOR: Ms. EDILBERT LEITE BRITO

  • Freitas, Fernando Carlos Guzmn. Complicaes e Insucessos em implantodontia, / Fernando Carlos Guzmn Freitas - Orientador Prof. Ms. Edilbert Leite Brito Manaus Instituto de Cincias da Sade FUNORTE/SOEBRAS Monografia (Especializao em Implantodontia) - Instituto de Cincias da Sade FUNORTE/SOEBRAS ncleo Manaus, 2010. 48 p: 1.Implantodontia. 2. Complicaes e Insucessos. 3 solues.

  • A minha famlia, pelo apoio moral e a perseverana para continuar me aperfeioando como Professional, dedico com muita gratido mais uma da minha conquista.

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  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo, em primeiro lugar a Deus, por ter me proporcionado a sade e

    sabedoria para concluir a minha especializao com timo aprendizado.

    Aos meus pais, por terem me dado vida e toda a educao necessria para

    conseguir os meus objetivos.

    A minha esposa e ao meu filho, por que, sem eles, eu no teria motivos para

    continuar estudando e me aperfeioado como profissional.

    Aos meus orientadores, professores e mestres, Dr. Johny keiji Sasahara, Dr.

    Edilbert Leite Brito, pela pacincia e pelo seu companheirismo de repassar-me os seus

    conhecimentos, e relatar principalmente sobre os seus insucessos e problemas enfrentados

    no dia-a-dia na Implantodontia.

    Aos amigos e companheiros do curso, por tudo que passamos juntos durante o

    curso.

    Aos funcionrios da FUNORTE de Manaus que tanto precisamos, mas nem

    sempre nos lembramos de agradecer.

    Enfim, a todos aqueles que direta ou indiretamente me ajudaram para mais essa

    vitoria!

  • Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

  • RESUMO

    Os estudos clnicos de fracassos encontrados na literatura nem sempre e o que se

    apresentam em conferencias, as empresas de implantes mostram que e muito fcil e rpido

    fazer cirurgia e prtese, proporcionando felicidade imediata ao paciente e ao profissional.

    Palestrantes apresentam resultados estatsticos claramente manipulados, que no condizem

    com as publicaes serias. Diante deste quadro encontramos que os profissionais no tm

    conhecimento cientfico, ou procuram vender um sistema que no tem base cientfica.

    Apesar das diversas vantagens observadas, alguns cuidados especiais so necessrios, como

    correta execuo do planejamento, das tcnicas cirrgicas, da prtese e manuteno. Esses

    fatores so fundamentais para o sucesso com implantes. Sendo assim, o objetivo deste

    trabalho monogrfico mostrar aos colegas os insucessos, para que eles aprendam com os

    nossos erros, conhecer os principais fatores de risco e possveis estratgias preventivas para

    tentar reduzir o ndice de insucessos, objetivando maior longevidade nos implantes orais.

    Palavras-chave:

    Implantodontia - Complicaes e Insucessos - solues

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  • ABSTRACT

    The clinical studies of failures found in literature nor always and what they are

    presented in you discuss, the companies of implantations show that and very easy and fast

    to make surgery and prtese, providing immediate happiness to the patient and to the

    professional. Palestrantes presents clearly resulted manipulated statisticians, who do not

    condizem with publications, would be. Ahead of this picture we find that the professionals

    do not have scientific knowledge, or look for to vender a system that does not have

    scientific base. Although the diverse observed advantages, some cares special are

    necessary, as correct execution of the planning, the surgical techniques, prtese and

    maintenance. These factors are basic for the success with implantations. Being thus, the

    objective of this monographic work is to show to the colleagues failures, so that they learn

    with our errors, to know the main factors of risk and possible preventive strategies to try to

    reduce the index of failures, objectifying bigger longevity in the verbal implantations.

    Keywords:

    Implantodontia - Complications and Failures - solutions

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  • LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA 1 - Triangulo de sucesso de Massler. 13

    FIGURA 2 - Planejamento de execuo incorreta do tratamento 15

    FIGURA 3 - Falha nas etapas cirrgica e prottica 16

    FIGURA 4- Ausncia de tecido mole e duro entre os implantes 11 e 21, contorno do

    reborde invertido e linha de sorriso alta 18

    FIGURA 5 - Equipamento de bioseguraa e tcnica de lavagem de mos 24

    FIGURA 6 - Colocao de luvas cirrgicas 24

    FIGURA 7 - Preparao do paciente 25

    FIGURA 8 - Aspecto clnico de mucosite ao redor do microparafuso 25

    FIGURA 9- Modelo experimental straumann de elemento finito simulando carga oclusal

    em implantes com inclinao 30 graus 28

    FIGURA 10- No design dos microparafusos a linha de fratura se localiza na poro entre o

    pescoo liso e o corpo. 28

    FIGURA 11 - Fratura do parafuso de fixao 29

    FIGURA 12 Remoo do parafuso de fixao 30

    FIGURA 13 - Perda ssea por periimplantite 30

    FIGURA 14 Radiografia de implantes mal posicionados, comprometimento esttico do

    caso em funo da no reconstruo do rebordo previamente 31

    FIGURA 15 - Seqncia radiogrfica e foto da perda total do implante e da prtese 33

    FIGURA 16 - Seqncia de fotos da fratura do parafuso e da coroa prottica 34

    LISTA DE QUADROS

    QUADRO 1 - Critrios para sucesso de implantes endsseos osseointegrados 35

    QUADRO 2 - Resumo dos fatores de risco endgenos e exgenos que influenciam o

    resultado clinico na terapia com implantes osseointegrados 36

    QUADRO 3 - Complicaes nas diferentes fases do tratamento com implantes

    osseointegrados 37

    QUADRO 4 - Complicaes nas diferentes fases do tratamento com implantes

    osseointegrados 38

    QUADRO 5 - Complicaes nas diferentes fases do tratamento com implantes

    osseointegrados 39

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................................................................10

    2 RETROSPECTIVA DA LITERATURA ...................................................................12

    2.1 FRACASSOS DO TRATAMENTO COM IMPLANTES

    OSSEOINTEGRADOS...........................................................................................15

    2.2 ERROS NA FASE DE PLANEJAMENTO......................................................18

    2.3 ERROS NA FASE CIRRGICA......................................................................22

    2.4 ERROS NA FASE PROTTICA......................................................................27

    2.5 ERROS NA FASE DE MANUTENO.........................................................31

    3 PROPOSIO................................................................................................................40

    4 DISCUSSO...................................................................................................................41

    5 CONCLUSO ................................................................................................................45

    REFERNCIAS BIBIOGRFICAS...............................................................................46

  • 11

    1 INTRODUO.

    A descoberta da osseointegrao pelo professor P.I Branemark, e a sua aplicao

    clinica em odontologia, nos ltimos anos, um dos mais significativos avanos no

    tratamento do edentulismo parcial, unitrios e totais. No inicio quando na indicao da

    teraputica era unicamente edentulismo completo na mandbula e maxila. O tratamento era

    simples, porque era um nico tipo de implante, um nico transmucoso, o nico protocolo

    prottico. (BERT, 1995).

    A preocupao nesta poca era a obteno e manuteno da ancoragem dos

    implantes, a esttica no era uma forte preocupao. Neste contexto, as complicaes eram

    poucas e se reduziam a problemas cirrgicos e mecnicos com os componentes. Com a

    eficincia do principio bsico da osseointegrao o tratamento passou tambm para o

    edentulismo unitrio, parcial e total em todas as reas da boca, e nesse sentido, houve a

    necessidade do desenvolvimento de novas pesquisas cientificas, com o intuito de melhorar

    as metodologias de aumento sseo, a diversidade dos implantes, dos componentes

    protticos, o estabelecimento de novos conceitos biomecnicos, e o estudo das Patologias

    Periimplantares. O resultado final permitiu tratar com individualidade, situaes clnicas

    anteriormente renegadas. Com a ampliao das indicaes, da diversidade do tratamento,

    do nmero de profissionais e biotecnologias envolvidas, o nmero e a gravidade de

    fracassos e/ou complicaes aumentarem em propores significativas. A tcnica de

    osseoimtegrao apresenta resultados previsveis, reproduzveis e estveis ao longo do

    tempo, com nveis de sucesso para implantes prximos dos 90%, quando se consideram

    todos os tipos de tratamento com implantes osseointegrados (RENOUARD & RANGERT,

    1999).

  • 12

    A realidade do consultrio nem sempre e o que se apresenta em conferencias. Nos

    ltimos anos. A implantodontia, apesar desse alto percentual de sucesso das

    osseointegrao (90%), todo profissional enfrentar algum fracasso de forma inevitvel.

    Algo em torno de 5 a 10%. O profissional dever estar preparado e elucidar seu paciente

    sobre a probabilidade de fracasso e eventuais complicaes e dos mtodos que permitem

    minimiz-los. Alem das complicaes e fracassos cirrgicos, a reconstruo prottica pode

    induzir a novos problemas. Os insucessos e/ou complicaes pode gerar conseqncias

    muito desagradveis para o profissional, tanto clinica como juridicamente, por este motivo

    o profissional tem que estar capacitado para assumi-lo e de proporcionar uma soluo, por

    tanto e importante enumera-los, estudar sua freqncia e, sobre tudo, analisar as provveis

    causas e as possveis solues. Nos ltimos anos, a implantodontia teve um crescimento

    que no poderia ser calculado alguns anos atrs. O numero de congressos e cursos

    aumentaram assustadoramente e, nestes, muitas vezes h certo exagero naquilo que e

    passado para o publico (VASCONCELOS, 2006).

    Assim, o tratamento com osseointegrao e multifactorial por natureza, envolvendo

    vrias reas do conhecimento medico multidisciplinar nos procedimentos e, por tanto

    complexo. Didtica e clinicamente pode ser dividida em: Fase de planejamento, Fase

    cirrgica, Fase prottica, e Fase de manuteno. Equvocos podem ocorrer em qualquer das

    fases ou em vrias delas alterando o curso e o resultado do tratamento com diferentes

    magnitudes; que podem variar da perda isolada do implante ate a perda total do tratamento

    com conseqentes danos aos pacientes. Assim, clinicamente a estabilidade do implante e

    um parmetro essencial para o sucesso (MEREDITH, 1998; SENNERBY & ROSS, 1998).

    Por essas razes, procurou-se atravs de uma reviso da literatura apresentar as

    complicaes e insucessos em implantodontia nas diversas fases do tratamento da

  • 13

    osseointegragrao para conscientizar aos profissionais em implantodontia, a conhecer os

    insucessos e futuramente evit-los.

    2 RETROSPECTIVA DA LITERATURA.

    O doutor Branemark sempre considerou a comunicao das complicaes como o fator

    de maior importncia na evoluo cientifica de sua tcnica, que revolucionou a cirurgia

    odontolgica. Porem, e muito difcil ver os profissionais mostrarem o que deu errado. Na

    verdade, a maioria gosta de expor suas solues maravilhosas que no apresentam

    problemas, trazendo somente o que e bom e bem-sucedido (VASCONCELOS, 2006).

    A tcnica de osseointegrao apresenta resultados previsveis, reproduzveis e estveis

    ao longo do tempo, com nveis de sucesso para implantes prximos dos 90%, quando se

    consideram todos os tipos de tratamento com implantes osseointegrao (RENOUARD &

    RANGERT, 1999).

    Segundo Meredith (1998) e Sennerby & Ross (1998), clinicamente, a estabilidade do

    implante e um parmetro essencial para o sucesso, e se a estabilidade primaria no foi

    obtido durante a instalao, micro movimentos podem ocorrer e uma cpsula fibrosa poder

    se formar ao redor do implante, o que determinara o seu fracasso em perodos curtos de

    tempo. H que se considerar os casos de insucesso, que evidenciam as limitaes de cada

    uma das situaes, esses casos so frutos da falta de planejamento e de execuo precisa.

    (SENDYK, 2004).

    Conforme Naert et al (1993), alguns fatores so reconhecidos fundamentalmente

    para a obteno e manuteno da osseointegrao e esto relacionados ao paciente, ao

    sistema de implantes e a equipe de profissionais, podendo ser representados por um

    tringulo, o tringulo do sucesso de massler, (Figura. 1). Estas trs entidades esto

  • 14

    intimamente relacionadas e o grau de harmonia deste relacionamento determina o sucesso

    ou insucesso do tratamento odontolgico. Na entidade sistema de implantes, os fatores

    como a biocompatibilidade, desenho e superfcie se interagem com aqueles relacionados ao

    paciente, como a sade local e sistmica e comportamental. Os meios utilizados para

    reconhecimento desses sinais e sintomas foram a entrevista, questionrios de sade

    sistmica e odontolgica, exames fsico, modelos de estudo articulados, radiografias e

    tomografia computarizada, o plano de ocluso tambm e avaliado. Alguns dentes sofreram

    desgastes para se obter um plano de ocluso adequado, outros foram extrados e, em

    algumas situaes, foram feitas coroas, a prtese total novas, perfeitamente articulada guia

    de canino e guias anterior. (Avaliando a perda ssea e a dimenso vertical). Todo este

    planejamento serve para avaliar quatro propsitos: Esttico, Radiogrfico, Enxertia,

    instalao de implantes. (PINTO, 2004).

  • 15

    Figura 1 - O grau de harmonia deste relacionamento determina o sucesso ou insucesso da

    osseointegrao (BRITO, 2010).

    Na entidade paciente, os fatores como sade local e sistmica se interage com o

    sistema de implante como a biocompatibilidade, desenho e superfcie, e com os fatores da

    equipe multidisciplinar como curva de aprendizagem, educao continuada, domnio da

    tcnica cirrgica, condies de carga, desenho da prtese, etc. No podemos esquecer dos

    problemas e limites funcionais que os implantes apresentam. Por isso, e importante a

    seleo dos pacientes (BITTINO, 2004).

    Atualmente, a esttica e um fator muito considerado, coisa que no ocorria no inicio

    do protocolo de Branemark. Usavam-se pilares mais altos, permitindo uma rea de

    exposio metlica maior. Hoje em dia a paciente no aceita isso (MASSAYOSHI, 2005).

    Assim, o tratamento com osseointegrao e multifactorial por natureza, envolvendo

    varias rea do conhecimento medica multidisciplinar nos procedimentos e, por tanto

    complexo. Por isso Didtica e clinicamente pode ser dividido em: Fase de planejamento,

  • 16

    Fase cirrgica, Fase prottica e Fase de manuteno. Equvocos podem ocorrer em

    qualquer das fases ou em vrias delas, alterando o curso e o resultado do tratamento com

    diferentes magnitudes, levando o tratamento das osseointegrao ao fracasso, que podem

    variar da perda isolada do implante ate a perda total do tratamento com conseqentes danos

    aos pacientes. (Figura. 2), as complicaes estticas podem ser evitadas quando se adota

    tcnicas de alta previsibilidade de sucesso (CAMPOS, 2004).

    Figura 2 - Planejamento e execuo incorreta do tratamento. Fatores de risco do paciente

    tambm no foram considerados. (CHIAPASCO, 2004).

    2.1 FRACASSOS DO TRATAMENTO COM IMPLANTES OSSEOINTREGRADOS.

    Para que o sucesso de determinada modalidade de tratamento no seja uma

    interpretao pessoal e aleatria, critrios tm sido propostos pela comunidade cientifica

    para estabelecer uma linguagem padronizada. Ser definido como fracasso todo implante

    que no cumprir os critrios de sucesso propostos por Albrektsson et al, (1986) e revistos

    por Smith & Zarb (1989), conforme o quadro I. Num sentido mais abrangente, ser

  • 17

    considerado fracasso qualquer resultado que ficar aqum do planejado ou do esperado pelo

    paciente ou profissional, quer em nvel cirrgico ou prottico. O fracasso de um implante

    nem sempre determina o fracasso do tratamento, Assim, e possvel apontar 03 tipos de

    fracassos:

    Fracasso total, quando a perda das osseointegrao de um ou mais implantes

    impede a reconstruo prottica e a instalao de novos implantes no e vivel.

    Fracasso parcial, quando a perda das osseointegrao em um ou mais implantes

    no impede a reconstruo prottica, mesmo que a esttica ou a fonao estejam

    prejudicadas.

    Fracasso transitrio, quando e possvel a execuo de novos procedimentos

    cirrgicos e/ou protticos.

    Segundo Todescan (2004), quando ocorrer um fracasso, pode-se considerar que

    houve falha na indicao ou na execuo dos procedimentos envolvidos no tratamento de

    implantes. Para que esses resultados sejam sempre satisfatrio igual ou superior queles

    obtidos por qualquer outro tipo de prtese indicada para preposio de elementos dentrios

    perdidos, e necessrio que haja correta indicao e execuo dos procedimentos (Figura. 3).

    E necessrio que o profissional tenha conhecimento das tcnicas desenvolvidas atualmente

    e das doenas sistmicas, consciente dos riscos existentes, a fim de ter um bom prognostico

    para melhor indicar e planejar o trabalho a ser executado (TIBERIO, 2004).

    Para ter esttica em dente anterior e necessrio fazer sobre contorno, e sabemos

    que a previsibilidade da esttica do implante e uma interrogao, os limites estticos da

    carga imediata so muito crticos (BOTTINO, 2004).

  • 18

    Figura 3 Falha nas etapas cirrgica e prottica (MACHADO, 2006).

    Segundo Freitas Junior (2004), os limites so muito variveis, mas precisa ser

    estabelecido com o paciente na analise do caso. Fazendo uma analise dos ltimos anos,

    verifica-se que a maior quantidade de fracassos observados no estava relacionada

    osseointegrao em si, mas sim falta de planejamento e interveno de outras

    especialidades. O fenmeno biolgico, dependendo da resposta ssea ocorre em quase

    100% dos casos, ate mesmo em determinadas situaes, em que os implantes so colocados

    em funo imediatamente aps a cirurgia. O que temos visto, e que os fracassos esto

    relacionados, sobretudo a outros fatores, tais como diagnostico incorreto, posicionamento

    errado dos implantes, colocao de implantes na presena de doena periodontal, de

    desequilbrio oclusal, de disfuno da articulao temporomandibular e, dentio

    remanescente necessitando de ortodontia, caracterizando basicamente falta de

    planejamento. Parece vir tona aquilo que academicamente se apregoa a muitos anos, de

    que o implante e uma importante alternativa de tratamento, que deve ser includa no plano

    geral de tratamento, seja para aquele paciente que tem ausncia de apenas um elemento

  • 19

    dentrio ou para aquele que perdeu todos os seus dentes. A maioria dos pacientes procura

    os especialistas com a crena de que os implantes vo resolver todos os males. Assim, e

    nossa obrigao deixar claro que somente um profissional capacitado pode fazer

    diagnostico, plano de tratamento e execuo corretos e que saiba reconhecer e indicar outro

    especialista quando necessrio e quem pode solucionar os problemas dentrios. A

    associao entre as especialidades, esta sim e sinnimo de sucesso. Os implantes so umas

    partes importantes da historia, porem apenas uma parte dela (TODESCAN, 2006).

    2.2 ERROS NA FASE DE PLANEJAMENTO.

    Apesar de altas taxas de sucesso dos implantes dentais, falhas ainda ocorrem

    em funo de problemas mecnicos ou biolgico, decorrentes de falta de planejamento (fig-

    4), e indispensveis prevenirem o fracasso dos implantes por meio de um planejamento

    adequado que facilite o estabelecimento da osseointegrao e preserve a osseointegrao j

    conseguida. Fatores de riscos so limitaes que podem interferir no resultado do

    tratamento e mesmo contra-indic-lo. Didaticamente, esses fatores podem ser divididos em

    endgenos e exgenos: Os endgenos so referentes aos fatores locais, sistmicos,

    psicoscio-emocionais e econmico-financeiros do paciente. Os exgenos so referentes

    aos profissionais, tais como conhecimentos cientficos, experincias, domnio das tcnicas e

    educao continuada, e ao sistema de implante, como os biomateriais, e subsdios

    tecnolgicos de suporte No entanto, os limites desta diviso so difceis de distinguir j que

    muito destes fatores podem se sobrepor (ESPOSITO et al, 1999).

  • 20

    Figura 4 - Ausncia de tecido mole e duro entre os implantes 11 e 21; contorno do rebordo

    invertido e linha de sorriso alta (TREVISAN, 2004).

    O estudo retrospectivo de complicaes e fracassos na disciplina medica,

    mostraram que 80% dos problemas encontrados estavam concentrados em 20% de todos os

    pacientes. Com base nestes achados foi estabelecida a noo de paciente de risco. Uma

    analise clinica dos fatores de risco permite prever a possibilidade da ocorrncia de uma

    determinada doena e suas complicaes, ou da possibilidade de sucesso ou insucesso de

    uma teraputica. O desafio no tratamento com implantes osseointegrados est na habilidade

    em detectar os pacientes de risco e classificar a magnitude do risco de paciente em alto,

    mdio e baixo. Se diferentes fatores de risco esto associados, esta estabelecida uma

    situao de risco (RENOUARD & RANGERT, 1999).

    O quadro 2 (modificado de Senerby & Ross, 1998) apresenta um resumo dos

    fatores de risco endgenos e exgenos que podem influenciar negativamente o resultado

    clinico do tratamento com osseointegracao. Estes fatores no devem ser considerados

    isoladamente, uma vez que esto frequentemente sobrepostos, mas devem ser analisados

    sob a perspectiva da somatria possibilitar a potencializacao das complicaes e fracassos

    do tratamento. O reconhecimento desta situao permite optar pela indicao ou contra-

    indicao do tratamento. Se os fatores de risco forem minimizados a porcentagem de

  • 21

    sucesso da terapia est aumentada. Estima-se que 64,2% dos pacientes acima de 60 anos

    apresentam uma ou mais doenas sistmicas (UMINO & NAGANO, 1993).

    Tambm em menor proporo na populao adulta. Como exemplo, a

    depresso em suas diversas formas, exige tratamento medicamentoso com drogas

    antidepressivas, as quais podem provocar xerostomia predispondo a um maior risco para

    doena periodontal, cujo diagnostico precoce possibilita tratamento imediato e diminui o

    risco de complicaes. O tratamento destas doenas envolve medicamentos, que apesar de

    beneficiar o individuo podem trazer efeitos indesejados no tratamento com implantes. O

    paciente deve ser avaliado quanto aos seus fatores de risco, como as condies sistmicas e

    locais, os aspectos psicoemocionais, socioeconmicos e nvel intelectual de compreenso

    do tratamento. Determinada a queixa principal do paciente, analisada suas expectativas

    reais, a compreenso do limite do seu caso, o custo-benefcio financeiro e biolgico, as

    probabilidades de complicaes e mesmo de fracasso e a sua complacncia na

    disponibilidade de tempo, teremos um paciente bem selecionado. Com o paciente

    selecionado, perguntamos: os sistemas adotados tm subsdio suficiente para cumprir as

    necessidades do caso? A equipe de profissionais esta treinada e apta para executar e

    cumprir sua tarefa? Se as respostas forem positivas, um planejamento cirrgico e prottico

    ser elaborado traando o prognostico e os objetivos a serem alcanados e prevendo,

    inclusive, as possveis inter-correncias com a elaborao de um plano de contingncia,

    plano B. Definem-se complicaes como inter-correncias no previstas no planejamento

    que podem ocorrer durante todo o tratamento e que, quando solucionadas ou controladas,

    no prejudicam o resultado. Porem, quando no resolvidas satisfatoriamente podem levar

    ao fracasso total, parcial, ou transitrio do tratamento. As causas das complicaes so de

    origem biolgica, iatrognica e mecnica. As inter-correncias quando previstas no

  • 22

    planejamento deixam de serem complicaes e sero perfeitamente controladas durante a

    interveno. O planejamento deve contemplar algumas diretrizes para minimizar os fatores

    de risco exgenos, biomecnicos implantares, geomtricos, oclusais, tecnolgicos e

    parafuncionais, com o intuito de estabelecer uma reconstruo duradoura e previsvel. E

    importante que o paciente esteja informado e conscientizado de todas as fases do

    tratamento e da necessidade de manuteno. Alem disso e fundamental que o planejamento,

    o organograma, o termo de conscientizao, a avaliao medica e o contrato de custos do

    tratamento sejam todos documentados e assinados pelo paciente, pelo cirurgio dentista e

    por testemunhais, devido a possibilidade de complicaes odontolegais, (PRESTON &

    SHEPPARD, 1988).

    Segundo Pinto (2004), argumenta que Interaes e somatria das origens das

    complicaes, e uma receita para o fracasso. Os pacientes que optam pelo tratamento com

    implantes, podem apresentar fatores de risco que limitam ou precipitam fracassos e

    complicaes com a teraputica. Alem disso, muitos destes pacientes esto numa faixa

    etria acima de 60 anos de idade. Muitos pacientes trazem com a idade, a presena de

    doenas sistmicas, por isso todo paciente, so selecionados conforme a avaliao dos

    fatores de risco locais, sistmicos e comportamentais. Os meios utilizados para

    reconhecimento desses fatores foram a entrevista, questionrios de sade sistmica e

    odontolgica, exames fsico, modelos de estudo em articuladores semi-ajustaveis,

    radiografias e tomografia computarizada. O plano de ocluso tambm e avaliado. Alguns

    dentes sofreram desgastes para se obter um plano de ocluso adequado, outros foram

    extrados e, em algumas situaes, foram feitas coroas, o prtese totais novas,

    perfeitamente articuladas guias de canino e guias anterior. (Avaliando a perda ssea e a

    dimenso vertical). Enceramento de diagnostico, exames laboratoriais, guias cirrgicas,

  • 23

    guia esttica so recursos que auxiliam no planejamento para o sucesso do tratamento.

    Todo este planejamento serve para avaliar quatro propsitos: esttico, radiogrfico,

    enxertia, instalao de implantes.

    A anamnese, base importantssima de um bom planejamento deve se

    investigar a ocorrncia anterior de hemorragia e nos casos afirmativos detalhar a historia,

    (poca, localizao, durao, gravidade; assim como sua causa aparente); O aparecimento

    de hematomas ou equimoses anormais e os antecedentes familiares de hemorragias. Com

    vem pesquisar a historia de doenas adquiridas ou condies que podem prejudicar a

    hemostasia, tais como: hepatopatia crnica, lupus eritematoso sistmico, uremia, neoplasia

    hematolgica e alcoolismo, alem dos anticoagulantes, interferem na hemstase (BORDINI,

    2005).

    O exame fsico deve-se avaliar a presso arterial, investigar sinais de hemorragias

    espontneas como a presena de petequias e equimoses, verificarem a integridade dos

    tecidos e colorao de pele e mucosas, fazer uma boa analises dos fatores de riscos

    endgenos do paciente, (depresso, xerostomia, diabetes, gestantes ou suspeita de

    gravidez), com doenas sistmicas e uso de medicamentos e para minimizalos e bom

    realizar: Anamnese, questionrio de sade e avaliao medica, avaliando distrbios

    neurolgicos (estresse), distrbios endocrinolgicos, hipoglicemia (diabetes), distrbios

    respiratrios (obesidade, asmaticos), distrbios cardiovasculares (hipertenso, angina,

    arritmias, valvopatias, I.C.Congestiva, ,I.A.M.), distrbios do aparelho urinrio

    (insuficincia renal crnica), distrbios do aparelho digestivo (refluxos, ulcera pptica.),

    Idade, exames complementares pr-operatrios (hemograma completo), radiografias,

    eletrocardiograma, teste de gravidez, medicao pr-operatrio, radioterapia, doena

  • 24

    periodontal ativa, densidade ssea (tipo IV), osteoporose (disfosfonatos), tabagismo, fatores

    limitantes (musico, lutador.), distrbios mentais (SPIEKERMANN, 1995).

    2.3 ERROS NA FASE CIRRGICA.

    O desenvolvimento de tcnicas e materiais sempre empolga os profissionais,

    pela oportunidade de resultados clnicos, diferenciao profissional e novas perspectivas

    pessoais. Dentro da implantodontia temos experimentado esta verdadeira avalanche de

    informaes, sempre sem o tempo necessrio para amadurecimento de tcnicas e

    aprendizado adequado. Neste horizonte, se esquece que a especialidade esta enquadrada

    dentro de um contexto multidisciplinar, como excelente recurso de terapia em tratamentos

    odontolgicos, uma ferramenta. Sem perder este foco, sempre me pergunto: ser que j no

    temos o bastante? Ser que j no possumos recursos e materiais suficientes para a

    resoluo da maioria dos nossos problemas clnicos do consultrio. Acredito que sim, pela

    simples observao dos profissionais que mais se destacam em nosso meio, dotado de

    grande experincia clinica. Todos apregoam a simplicidade e o reconhecimento dos limites

    biolgicos e tcnicos da osseoimtegrao. Oferecem tratamentos simplificados, mas

    acessvel de previsibilidade. Refutam modismos, tcnicas arriscadas e materiais

    revolucionrios; ao contrario, aplicam os conceitos mais sedimentados e clssicos da

    osseoimtegrao, atingindo ndices altssimos de sucesso. Contudo, no se afastam dos

    avanos e lanamentos da industria, possuem uma viso critica, baseada na investigao

    cientifica e comprovao clinica dos resultado. Mas a meu ver, exibem outra virtude, ainda

    mais importante: seu carter multidisciplinar. So profissionais que percorreram, durante

    sua formao, diversos cursos de aperfeioamento, especializao e ps-graduao. No

    so apenas implantodontistas, mas cirurgies-dentistas, na concepo mais ampla do

  • 25

    exerccio profissional, conhecedores de reas diversas em profundidade como cirurgia,

    prtese, periodontia, ocluso, ortodontia, entre outras, com grande experincia no manejo

    dos pacientes. Focam os aspectos da rotina clinica, o diagnostico e o planejamento do

    tratamento (NORY, 2006).

    Os fatores de risco Exgenos, como o sistema de implantes e a equipe de

    profissionais, devem ter conhecimentos bsicos de cirurgia como biosegurana, lavagem de

    mos (figura, 5), colocao de luvas cirrgicas (figura, 6), assepsia do paciente (figura, 7),

    etc, influenciam muito nas complicaes como embolia gasosa, deglutio e aspirao de

    instrumentos e componentes, fratura da mandbula, hemorragia iatrognia, danos aos dentes

    vizinhos, fratura intra-ossea da fresa de 2 mm, roscas expostas, estabilidade primaria

    insuficiente do implante, danos ao Hexgono externo do implante, danos as roscas internas

    do implante, perfurao da cortical basal, penetrao nas cavidades nasal e sinusal,

    introduo intra-sinusal do implante, sinusite crnica, hemorragia ps-operatrio, enfisema

    cirrgico, edema, equimose, hematoma, complicaes infecciosas, como mucosite (figura,

    8), deiscncia da ferida cirrgica, dor ps-operatrio interna, distrbios neurosensoriais,

    abscessos de sutura, exposio prematura do parafuso de cobertura, perda do implante,

    abandono ou interrupo do tratamento. Para a maioria dos sistemas de implante ainda

    faltam dados para comparaes cientificas que permitam uma concluso definitiva sobre o

    assunto. Cabe ao profissional escolher um sistema de implantes que fornea suporte no

    apenas tecnolgico, mas tambm com estudos experimentais e clnicos e, sobretudo que

    demonstre apresentar um investimento constante em pesquisa. Alem da assistncia

    tecnolgica e cientifica, as companhias de sistema de implantes devem oferecer um servio

    eficiente e constante de comercializao e manuteno dos produtos e equipamentos

    (SPIEKERMANN, 1995).

  • 26

    Figura 5 - Equipamento de bioseguranca e tcnica de lavagem de mos (VILA,2008).

    Figura 6 - Colocao de luvas cirrgicas (HERMANN & SAILER, 2003).

  • 27

    Figura 7 - Preparao do paciente (VILA, 2008).

    Figura 8 - Aspecto clnico de mucosite ao redor do microparafuso (DIAZ, 2005)

  • 28

    Recentemente Lambert et al (1997), observaram que os implantes instalados

    por cirurgies inexperientes (50 implantes). A maior percentagem de

    fracassos, no entanto, ocorreu nos primeiros nove casos tratados (inexperientes 5,92% x

    experientes 2,42%). Assim, cirurgies com pouca ou nenhuma experincia com implantes

    deveriam esperar uma definida curva de aprendizado.

    Segundo Spiekermann (1986), baseado na experincia, afirmam que o sucesso

    depende primariamente do conhecimento, experincia e educao continuada do

    profissional, da adequada seleo do paciente e estrutura da pratica dentaria, isto e,

    equipamento adequado e rotina de trabalho.

    A osteoporose e osteomalacia foram sugeridas como fator de vulnerabilidade

    para a fratura da mandbula. Outro fator proposto e que o sitio do implante ainda no

    osseointegrado representa uma rea de concentrao de tenso e fragilidade. Clinicamente a

    fratura da mandbula se manifesta com dor e edema localizado, sem histrico de trauma

    (GOODACRE, 1999).

    2.4 ERROS NA FASE PROTTICA.

    Da mesma forma que em dentes naturais, o controle de forcas oclusais tambm e de

    primordial importncia para a reabilitao oral sobre implantes. Na interface osso-implante,

    a pro pia inclinao natural dos implantes e abutments, especialmente na regio ntero-

    superior, lava ao desenvolvimento de torque (figura, 9), gerando a chamada forca-momento

    (Forca x Distancia). Um detalhe interessante e que estas foras tiveram efeito mais

  • 29

    significativo na ocorrncia de falhas dos componentes protticos do que em alteraes

    histolgicas da interface osso-implante.

    Dentre as falhas clinicas, o afrouxamento de parafusos tem sido a ocorrncia mais

    comum. Na interface implante-abutment, os implantes respondem favoravelmente as cargas

    axiais, independente do tipo de conector prottico. Este tipo de carga e transferido para a

    regio intra-ossea (figura, 10), sendo distribuda homogeneamente sobre suas espiras sem

    prejuzos a restaurao prottica. Porem, em cargas obliqua e horizontais - especialmente

    em implantes unitrios observa-se uma condio mais favorvel em conectores internos;

    Pois segundo Mollersten, quanto maior a sobreposio de suas superfcies internas, maior

    ser sua resistncia a carga horizontais. Consequentemente, menor ser a transferncia

    destas sobre o parafuso de reteno (ARITA, 2005).

  • 30

    Figura 9 - Modelo experimental straumann de elemento finito, simulando carga oclusais em

    implantes com inclinao 30 graus (ARITA, 2005).

    Figura 10 - No design dos micro parafusos, a linha de fratura se localiza na poro entre o

    pescoo liso e o corpo (DIAZ, 2005).

    A biomecnica relacionada com o desenho das prteses esta associada

    diretamente as medias de sucesso e insucesso. Assim sendo, o uso de implantes curtos e

    prteses com excessivo brao de alavanca revelam-se um fator para o insucesso. A

    estabilizao primaria determina um timo prognostico para estas alteraes; j um

    excelente planejamento prottico pode auxiliar nos resultados. (COSSO, 2004).

    Implantes dentais podem apresentar desde pequenas complicaes ate o

    insucesso total com a perda do mesmo. Esta definio envolve complicaes Biolgicas

    (sangramento, hiperplasia gengival, exudato purulento, bolsas profundas, reabsoro ssea,

    etc) e complicaes mecnicas (incluindo afrouxamento e/ou fraturas de parafusos, fraturas

    de implantes e materiais de revestimento tais como resinas e porcelanas). Porem alguns

    autores considera casos de fraturas de parafusos, de conexo ou de prteses (figura, 11),

    como complicaes e no falhas, uma vez que tais ocorrncias tm condio de

  • 31

    reversibilidade assegurada e podem ser corrigidas na maioria dos casos (figura, 12). Com a

    analise da literatura foi possvel constatar que esto aumentando os ndices de fracasso nas

    reabilitaes com implantes dentais, talvez em funo de um processo de avaliao mais

    criterioso, que apontaria tais falhas. Dessa forma o objetivo desta monografia e fazer uma

    reviso da literatura buscando uma compreenso mais abrangente das possveis causas de

    falhas dos implantes dentais, bem como o seu tratamento e a forma de preveni-las

    (MACHADO, 2006).

    Figura 11 - Fratura do parafuso de fixao (NISHIOKA, 2006).

    Figura 12 - Remoo do parafuso de fixao (NISHIOKA, 2006).

  • 32

    Nesta fase prottica podem acontecer eventuais falhas como: Problemas com os

    cicatrizadores e transmucosos, Presena de mucosa inserida ou no, Temporizaco durante

    o perodo de cicatrizao (figura, 13), Implantes em posio e angulao desfavorveis para

    a reconstruo prottica (figura, 14), Assoalho da boca alto e rebordos reabsorvidos,

    Fixaes integradas e sensveis, Complicaes infecciosas com os tecidos moles,

    Problemas Biomecnicos, fratura de implantes (FELLER & GORAB, 2000).

    Figura 13 - Perda ssea por periimplantite (MACHADO, 2006).

  • 33

    Figura 14 - Radiografia de implantes mal posicionados e comprometimento esttico do caso

    em funo da no reconstruo do rebordo previamente, (MACHADO, 2006).

    2.5 ERROS NA FASE DE MANUTENO.

    Aps consideraes sobre todos os itens aqui enumerados, uma vez reabilitado o

    paciente, a equipe de osseointegracao assume a responsabilidade pela manuteno do

    tratamento realizado, por toda a vida do individuo. Os pacientes requerem educao quanto

    as suas responsabilidades nos cuidados caseiros e limites do uso da reconstruo

    (SPIEKERMANN, 1995; WORTHINGTON & BRANEMARK, 1992).

    E essencial o acompanhamento (clinico e radiogrfico) dos pacientes pelo

    profissional, e que os cuidados necessrios, inerentes ao procedimento, sejam observados

    pelos pacientes (figura, 15,A). Na higienizao, o uso de escovas interdentais e o fio dental

    so indispensveis, Os hbitos deletrios devem ser abolidos do dia a dia do paciente ou

    atenuados com uso de placas. A sade do tecido periimplantar deve ser mantida estvel. O

    cirurgio dentista deve manter sempre o controle da situao clinica e radiogrfica, a fim de

    detectar complicaes precoces, o controle radiogrfico deve ser realizado 1, 3, 5 e 7 anos

    aps a instalao dos implantes e depois a cada 3 anos, ou individualizando, conforme as

    particularidades de cada paciente. O controle radiogrfico objetiva o acompanhamento da

    altura ssea marginal (figura, 15,B). J que nem todas as complicaes que surgem aps os

    implantes podem ser consideradas uma indicao de implantes falhos (figura, 15,C). Com

    um bom acompanhamento, muitas dessas complicaes podem ser detectadas e resolvidas,

    no comprometendo a reabilitao (BRAGGER, 1998; MANZ, 1997; WORTHINGTON &

    BRANEMARK, 1992).

  • 34

    A manuteno periimplantar deve ser ajustada s necessidades de cada paciente e

    cada caso. Nestas sesses sero realizados o controle profissional da placa bacteriana e a

    educao, a instruo e a motivao continuadas do paciente (GARBER, 1991;

    QUIRYNEN et al 1992).

    Prtese mal adaptadas, contatos oclusais inadequados, defeitos em supra-estrutura (figura

    16 A, 16,B), ma-higienizao so exemplos de complicaes que podem ser revertidas com

    a interveno do profissional (figura, 16,). No quadro 3, mostra-se um resumo das

    complicaes nas diferentes fases do tratamento com implantes osseointegrados. Em

    qualquer situao, o controle do profissional e os cuidados dos pacientes so essenciais para

    o sucesso dos tratamentos reabilitadores com implantes dentais. A seguir sero fornecidas

    algumas sugestes para a manuteno prottica (WORTHINGTON & BRANEMARK,

    1992):

    * A estabilidade oclusal deve ser revista anualmente e ajustes realizados, se necessrio.

    * As placas interoclusais devem ser ajustadas ou substitudas. O aconselhamento e

    conscientizao ajudam no controle da parafuno e bruxismo.

    * Nas grandes reconstrues, a troca dos parafusos de reteno da prtese so

    recomendadas a cada cinco anos.

    * O recobrimento esttico de acrlico, em prteses parciais e totais extensas pode necessitar

    de substituio devido ao desgaste. E recomendado que os modelos de trabalho do paciente

    sejam guardados. Isto permite uma troca mais rpida e econmica do recobrimento esttico.

    * Prteses removveis necessitam de ajustes e reembasamento peridicos, bem como troca

    de componentes de reteno

  • 35

    Figura 15 A figura 15 B

    Figura 15 C

    Figura 15 A, radiografia mostrando a metade do implante dentro do seio maxilar, antes da

    reabertura. B, radiografia mostrando a coroa cimentada, porm tendo uma fixao aparente

    de 3 mm. C, perda total do implante + coroa prottica aps a perda da osseointegrao

    (MACHADO, 2006).

  • 36

    Figura 16 A figura 16 B

    Figura 16 C

    Figura 16 A, fotografia da regio, cuja coroa foi perdida por fratura do parafuso de

    reteno do pilar. B, fotografia da coroa, aps fratura acima mencionada. C, fotografia dos

    pilares, cujos parafusos afrouxaram, no mesmo paciente (MACHADO, 2006).

  • 37

    Critrios para sucesso

    1 . Cada implante no unido, quando testado individualmente, deve estar clinicamente

    imvel.

    2 . A radiografia, sem distoro, de um implante no deve demonstrar evidncia de

    radioluscncia periimplantar.

    3 . Depois do primeiro ano de servio a media da perda ssea vertical ao redor do implante

    no deve ser maior que 0,2mm anualmente.

    4 . Ausncia de dor, desconforto ou infeco persistente atribuvel ao implante.

    5 . O desenho do implante no deve impedir a instalao de coroa ou prtese, com uma

    aparncia que seja satisfatria para o paciente e o dentista.

    6 . A longevidade do implante deve apresentar uma taxa de sucesso mnima de 85% no

    final de um perodo de 5 anos de observao e, 80% no final de um perodo de 10 anos.

    Quadro 1: critrios para sucesso de implantes endsseos osseointegrados (FELLER &

    GORAB, 2000)

    PROBABILIDADE

    DE FRACASSO

    RISCO PROVADO RISCO POSSIVEL.

    ALTO Maxila severamente reabsorvida.

    Irradiao.

    Implantes de presso.

    Quimioterapia ativa.

    Terapia com disfosfonatos.

    Displasia ectodermica.

    Lquen plano erosivo.

    MEDIO Tabagismo.

    Curva de aprendizado.

    Ausncia de antibiticos.

    Pr-operatorio.

    Infeco dos stios de extrao.

    Implantes posteriores: 1,2 ou mais

    implantes curtos versus longos.

    Diabete tipo II.

    Carga imediata.

    Cirurgia em um estagio.

    BAIXO Tcnica de inciso.

    Condies operatrias.

    Angulao do implante.

    Roscas expostas.

    Doena sistmica ou

    medicao.

    Instalao imediata de

    implantes no sitio de

    extrao.

    Um estagio cirrgico.

  • 38

    COMPLICAes FASE

    PLANEJA

    MENTO

    FASE

    CIRURGICA.

    1ra ETAPA

    FASE

    CIRURGICA.

    2da EATAPA

    FASE

    PROTE

    TICA

    FASE

    MANUTEN

    AO

    1. Historia clinica incompleta. X

    2. Modelos de estudo no articulados e/ou no

    realizados.

    X

    3. Guia cirrgicos no confeccionadas. X

    4. Embolia gasosa. X

    5. Deglutio e aspirao de instrumentos e

    componentes.

    X X X X

    6. Fratura da mandbula atrofia. X X X X

    7. Hemorragia iatrognica X

    8. Danos aos dentes vizinhos X

    Instrumentao inadequada:

    9. Fratura intra-ossea da fresa de 2 mm

    X

    10. Rosca exposta. X X X X

    11. Estabilidade primaria insuficiente do implante. X

    12. Danos ao hexgono externo do implante. X X X X

    13. Perfurao da cortical basal. X

    14. Penetrao nas cavidades nasal e sinusal. X

    15. Introducao intra-sinusal do implante. X

  • 39

    Quadro 2: resumo dos fatores de risco endgenos e exgenos que influenciam o

    resultado clnico na terapia com implantes osseointegrados (FELLER & GORAB,

    2000).

    Quadro 3 : complicaes nas diferentes fases do tratamento com implantes

    osseointegrados (FELLER & GORAB, 2000).

    COMPLICAes FASE

    PLANEJA

    MENTO

    FASE

    CIRURGICA.

    1ra ETAPA

    FASE

    CIRURGICA.

    2da EATAPA

    FASE

    PROTE

    TICA

    FASE

    MANUTEN

    AO

    17. Enfisema Cirrgico

    X

    18. Edema

    X

    19. Equimose

    X

    20. Hematoma

    X

    21. Complicaes infecciosas.

    X X

    22. Deiscncia da ferida cirrgica

    X X

    23. Dores importantes

    X X X X

    24. Distrbios neurosensoriais.

    X

    25. Abscesso de suturas.

    X X

    16. Hemorragia pos-operatoria

    X

  • 40

    26. Sinusite Crnica.

    X

    27. Exposio prematura do parafuso de cobertura.

    X

    28. Perda do implante.

    X X X X

    29. Abandono ou interrupo do tratamento.

    X X X X

    30. Problemas com os cicatrizadores e transmucosos.

    X X X X

    31. Presena de mucosa inserida ou no.

    X X X X

    32. Temporizao durante o perodo de cicatrizao.

    X X

    Quadro 4 : complicaes nas diferentes fases de tratamento com implantes

    osseointegrados (FELLER & GORAB, 2000).

    COMPLICAes FASE

    PLANEJA

    MENTO

    FASE

    CIRURGICA.

    1ra ETAPA

    FASE

    CIRURGICA.

    2da EATAPA

    FASE

    PROTE

    TICA

    FASE

    MANUTEN

    AO

    33. Implantes em posio e angulao desfavorveis

    para a reconstruo prottica.

    X

    34. Prejuzos funcionais e estticos.

    X

    35. Assoalho da boca alto e rebordos reabsorvidos.

    X X X

    36. Importncia das prteses temporrias sobre os

    implantes

    X

    37. Fixaes integradas e sensveis.

    X X X X

    38. Complicaes infecciosas com os tecidos moles.

    X X X X

    39. Problemas biomecnicos.

    X X

    40. Fratura de implantes.

    X X

  • 41

    3 PROPOSIO

    O presente trabalho monogrfico de complicaes e insucesso em implantodontia

    visa diferenciar e/ou mostrar os principais problemas e fatores de riscos encontrados

    durante a reviso da literatura, sugerindo formas de reduzir o ndice de insucesso.

    Nestes exemplos de sucessos e insucessos seja, para nortear nossa formao, para

    conduzir nosso exerccio profissional e proporcionar melhor qualidade de vida para nossos

    pacientes. O estudo ciente da nossa especializao e a compreenso dos fatores de risco so

    necessrios para maior longevidade dos implantes dentrios e para isso e fundamental mais

    estudos longitudinais com pesquisas cientificas.

    O propsito principal desta monografia fazer que a maioria dos colegas fique

    ciente de nossa responsabilidade profissional como especialistas da rea da sade bucal,

    respeitando as normas e regras nas diferentes fases do tratamento da osseointegrao.

  • 42

    4 DISCUSSO

    Aps intensa pesquisa, em trabalhos cientficos, revistas e livros, com a finalidade

    de explorar o que existe a respeito de complicaes e insucesso em implantodontia,

    possvel que a tcnica de osseointegrao apresenta resultados previsveis, reproduzveis e

    estveis ao longo do tempo, com nveis de sucesso para implantes prximos dos 90% ,

    (RENOUARD & RANGERT, 1999).

    Segundo Vasconcelos (2006), os insucessos e/ou complicaes pode gerar

    conseqncias muito desagradveis para o Professional, tanto clinica como juridicamente,

    por este motivo o profissional tem que estar capacitado para assumi-lo e proporcionar uma

    soluo, por tanto e importante enumera-los, estudar sua freqncia e, sobre todo, analisar

    as provveis causas e as possveis solues. Nos utimos anos a implantodontia teve um

    crescimento que no poderia ser calculado alguns anos atrs, o numero de congressos e

    cursos aumentaram assustadoramente, e, neste, muitas vezes h certo exagero naquilo que e

    passado para o publico, e muito difcil ver os profissionais mostrarem o que deu errado. Na

    verdade, a maioria gosta expor suas solues maravilhosas que no apresentam

    problemas, trazendo somente o que e bom e bem-sucedido. A realidade do consultrio

    nem sempre e o que se apresentam em conferencias, as empresas de implantes procuram

    mostrar que e muito fcil e rpido fazer cirurgia e prtese e que o resultado proporciona

    felicidade imediata ao paciente e ao profissional. Palestrantes, por sua vez, apresentam

    resultados estatsticos claramente manipulados, que no condizem com as publicaes

    serias. E o pior e que muitos fazem isto por pura inocncia ou por desconhecimento dos

    mtodos cientficos de uma boa publicao. Diante desse quadro, acho que esta na hora de

    demonstrarmos aos colegas que eles aprendam com os nossos erros, mais do que nunca,

  • 43

    esta na hora de discutirmos complicaes que, com certeza, muitos tem mas no gostam de

    apontar.

    H que se considerar os casos de insucessos, que evidenciam as limitaes de cada

    uma das situaes, esses casos so fruto da falta de planejamento e de execuo precisa

    (SENDYK, 2004).

    Os pacientes so selecionados conforme a avaliao dos fatores de risco locais,

    sistmicos e comportamentais. Todo este planejamento serve para avaliar quatro

    propsitos: Esttica, Radiogrfico, Enxertia e Instalao de implante (PINTO, 2004).

    Segundo Bottino (2004), diz que no podemos esquecer-nos dos problemas e limites

    funcionais que os implantes apresentam, por isso, e importante a seleo dos pacientes.

    Atualmente, a esttica e um fator muito considerado, coisa que no ocorria no inicio

    do protocolo Branemark. Hoje em dia a paciente no aceita isso (MASSAYOSHI, 2005).

    Por isso didtica e clinicamente, o tratamento com osseointegracao, pode ser divida

    em: fase de planejamento, fase cirrgica, fase prottica, fase de manuteno, equvocos

    podem ocorrer em qualquer das fases ou em varias delas, alterando o curso e o resultado do

    tratamento com diferentes magnitudes e danos aos pacientes (CAMPOS, 2004).

    Todescan (2004) argumenta que quando ocorre um fracasso, pode-se considerar que

    houve falhas na indicao ou na execuo dos procedimentos envolvidos no tratamento de

    implantes.

    Tibrio (2004) diz que e necessrio que o profissional tenha conhecimento das

    tcnicas desenvolvidas atualmente e das doenas sistmicas, consciente dos riscos

    existentes, a fim de ter um bom prognostico para melhor indicar e planejar o trabalho a ser

    executado.

  • 44

    Para ter esttica em dente anterior e necessrio fazer sobre contorno (BOTTINO,

    2004).

    O limite muito varivel, mas precisa ser estabelecido com o paciente na analise do

    caso (FREITAS, 2004).

    Segundo Pinto (2004), diz que as interaes e somatrias das origens das

    complicaes, receita para o fracasso.

    Alem disso e fundamental que o planejamento, organograma o termo de

    conscientizao, avaliao medica, e o contrato de custo do tratamento sejam todos

    documentados e assinados pelo paciente, pelo cirurgio dentista e por testemunhas, devido

    a possibilidade de complicaes odontolegais (PRESTON & SHERPPARD, 1988).

    Bordini (2006) argumenta que a anamnese e a base importantssima de um bom

    planejamento.

    Nory (2006) fala que so profissionais os que percorreram durante sua formao,

    diversos cursos de aperfeioamento, especializao e ps-graduao. No so apenas

    implantodontistas, mas cirurgies-dentistas, na concepo mais ampla do exerccio

    profissional, conhecedores de reas diversas em profundidade como cirurgia, prtese,

    periodontia, ocluso, entre outras, com grande experincia no manejo dos pacientes. Focam

    os aspectos da rotina clnica, o diagnostico e o planejamento de tratamento.

    A biomecnica relacionada com o desenho das prteses esta associada diretamente

    as medias de sucesso e insucesso. Assim sendo, o uso de implantes curtos e prtese com

    excessivo brao de alavanca revelam-se um fator para o insucesso. A estabilizao primaria

    determina um timo prognostico para estas alteraes, j um excelente planejamento

    prottico pode auxiliar nos resultados (COSSO, 2004).

  • 45

    Aps consideraes sobre todos os itens aqui enumerados, uma vez reabilitado o

    paciente, a equipe de osseointegracao assume a responsabilidade pela manuteno do

    tratamento realizado, por toda a vida do individuo. Os pacientes requerem educao quanto

    as suas responsabilidades nos cuidados caseiros e limites do uso da reconstruo

    (WORTIGTON & BRANEMARK, 1992).

    Em resumo, a seleo das principais complicaes que podem acontecer nas

    diferentes fases de tratamento da osseointegracao e o respeito aos pacientes antes da

    cirurgia e a obedincia a certos princpios nas etapas cirrgica e prottica, assim como uma

    boa manuteno dos trabalhos executados so medidas imprescindveis para prevenir

    complicaes mecnicas e biolgicas nas reabilitaes com implantes. E indispensvel

    prevenir o fracasso dos implantes por meio de um planejamento adequado que facilite o

    estabelecimento da osseointegracao, bem como a preservao da osseointegracao j

    conseguida. Atualizar para crescer tem sido a base para conquistas e vitrias do ser humano

    em qualquer tempo. Hoje, alm de necessrio, vital (JUNQUEIRA, 2004).

    Vale a pena refletir sobre a valorizao de nossa profisso: Todos esto liberados

    para colocar em seus folhetos, cartes, sites, comerciais de televiso, etc, que so os

    melhores, que usam melhores implantes, que usam tcnicas cientficas de ltima gerao,

    as vezes ainda nem inventadas. No se pode esquecer de que somos profissionais da sade

    e que nossa misso prevenir danos e promover o bem-estar dos pacientes. Antes de ser

    especialista em qualquer rea, no se pode esquecer a formao bsica do cirurgio-

    dentista. A melhor forma de valorizarmos a nossa profisso , em primeiro lugar, fazer

    muito bem-feito o bsico e, depois, oferecermos o altamente especializado. Aprender a

    ouvir e compreender as necessidades e desejos dos pacientes, isso qualidade de vida.

  • 46

    Precisamos estar preparados para ajudar os pacientes e no submete-los aos nossos

    caprichos e demostraes de competncia. O simples muitas vezes o melhor caminho a

    seguir, mas nem sempre o mais fcil.

    Deixo por fim a velha frase aprendida com o antigo e inesquecvel mestre: Antes

    de realizar um tratamento, reflita se faria o mesmo na sua me. Se a resposta for sim, isso

    qualidade de vida (LAURIA DIB, 2006).

  • 47

    5 CONCLUSO.

    Pelo estudo realizado neste trabalho monogrfico, pde-se concluir que existem

    vrios mtodos, regras e/ou protocolos para identificao e preveno de futuros insucessos

    em implantodontia:

    5.1 Nos implantes dentrios, a preocupao do profissional no se deve restringir ao

    planejamento, mas tambm estender seu envolvimento no controle e manuteno, para que

    se possa detectar complicaes precoces, fazer intervenes e, assim, obter maior

    longevidade nas reabilitaes com implantes dentrios;

    5.2 O tratamento com implantes osseointegrados est repleto de complicaes, mas

    a maioria pode ser evitada, utilizando os recursos de uma boa anamnese, planejamento e

    execuo adequada, respeitando as fases do tratamento com implantes;

    5.3 Conscientizar os pacientes para que leiam, entendam e assinem documentos,

    hoje so essenciais e necessrios como meio de prova em possveis processos judiciais,

    manter um bom relacionamento com o paciente para evitar muitos processos judiciais, e

    nunca prometer o que julgar impossvel de realizar;

    5.4 Dentro do contedo atual da osseointegrao, as taxas de fracassos e bastante

    baixas. Sugere-se que os resultados de alta taxa de sucessos em implante dentrios, se

    complementem com o resultado de casos de insucessos, assim como a analise das

    potenciais causas etiolgicas para os fracassos. Os estudos detalhados dos Insucessos

    podem fazer possvel, que o profissional se garanta com taxas de sucessos maiores,

    independentemente da presena de fatores de risco do paciente ou defeitos dos implantes;

    5.5 O sucesso do tratamento previsvel quando um planejamento elaborado,

    avaliando-se e analisando-se cuidadosa e criteriosamente as trs entidades: paciente,

    sistema de implantes e equipe de profissionais.

  • 48

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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