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Curso de Treinadores de FutebolUEFA “C” - Raízes / Grau I
Curso Novo Regime - 2015/2016
| Rui Pedro Lima Pinho |
Componente de Formação Geral
Aprendizagem e
Desenvolvimento Motor (1) (2)
1.1. Desenvolvimento, Maturação, Crescimento e
Aprendizagem
Curso de Treinadores de FutebolUEFA “C” - Raízes / Grau I
2º Curso Novo Regime - 2013/2014
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
CrescimentoIncremento do tamanho do corpo como um todo ou em partes específicas. Diferentes partes do
corpo crescem em momentos e a ritmos distintos, implicando alterações ao nível da
proporcionalidade (Malina et al., 2004)
Através de dois processos diferentes
1. Aumento do nº de células (Hiperplasia);
2. Aumento do tamanho das células (Hipertrofia);
MaturaçãoMomento e a cadência de um processo que leva ao estado biologicamente maturo. Processo
individualizado, que difere nas taxas de maturação (Malina, 2001; Malina et al., 2004)
Distingue-se de crescimento uma vez que todos os sujeitos atingem o mesmo estado final, o
estado maturo (Beunen, 1989; Claessens et al., 2007)
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
DesenvolvimentoInteração entre as características biológicas individuais (crescimento e maturação) com o
meio ambiente ao qual o sujeito é exposto durante a vida (Malina et al., 2009)
AprendizagemConjunto de modificações estruturais que se refletem geralmente numa alteração do
comportamento como resultado da prática do individuo (Rose, 1997)
1.2. Dimensões de análise do desenvolvimento
humano
Curso de Treinadores de FutebolUEFA “C” - Raízes / Grau I
Curso Novo Regime - 2015/2016
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
AmbienteBiológica – maturação,
crescimento, nutrição
Social – contactos e
interações sociais
Cognitiva – aprendizagens,
interação com os modelos.
Dimensões de análise do desenvolvimento humano e sua dependência
1.3. Principais fases do Desenvolvimento humano
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Curso Novo Regime - 2015/2016
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano1. Pré natalDa conceção ao nascimento;
2. InfânciaDo nascimento aos 12 anos de idade
1ª infância – 0 aos 2 anos de idade;
2ª infância – dos 2 aos 12 anos de idade;
3. PuberdadeDos 11 anos de idade (raparigas) 12 anos de idade (rapazes) aos 18 anos de idade
Inicio da puberdade – 11/13 anos de idade (raparigas); 12/14 anos de idade (rapazes)
Pós puberdade – 13/18 anos de idade (raparigas); 14-18 anos de idade (rapazes)
4. Idade AdultaA partir dos 19 anos de idade
5. SenescênciaMulheres dos 60 anos de idade até à morte; Homens dos 65 anos de idade até à morte
1.4. Caraterização geral das fases da Infância,
Adolescência, Idade Adulta e Senescência
Curso de Treinadores de FutebolUEFA “C” - Raízes / Grau I
Novo Regime - 2015/2016
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano1. Pré natal• União do óvulo ao espermatozóide;
• Mudanças embrionárias com organogénese e morfogénese;
2. Infância1ª infância – 0 aos 2 anos de idade;
• Inicia-se a relação entre o bebé e o ambiente externo;
• Funções neurológicas razoavelmente bem formadas
• Relações afetivas e sociais com os pais deverão ser fortemente estabelecidas;
• Atividade motora ativa mas desordenada e sem finalidade objetiva.
• Atividade motora do recém nascido é bem ativa mas desordenada e sem finalidade objetiva;
• Inibição progressiva de reflexos involuntários devido ao amadurecimento do cerebelo e do
córtex frontal;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano2. Infância2ª infância – 2 aos 12 anos de idade;
• Entre os 3 e os 5 anos a criança começa a executar habilidades e movimentos de
complexidade crescente;
• Curvas de crescimento em estatura e peso corporal mantém-se relativamente estáveis,
importante para a aquisição e retenção;
• Desenvolvimento saudável do musculo esquelético;
• A atividade física não exerce influência na capacidade muscular porque a quantidade de
hormonas esteróides é baixa;
• Maior ênfase em aspetos coordenativos e cognitivos (tomada de decisão);
• Entre os 5 e os 10 anos ocorre uma grande evolução na coordenação e controlo motor
facilitando a aprendizagem de habilidades motoras cada vez mais complexas;
• Utilização de jogos reduzidos no processo de treino, com regras simples;
• Aumento relativamente constante da força, velocidade e resistência;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
3. PuberdadeInicio da puberdade – 11/13 anos de idade (raparigas); 12/14 anos de idade (rapazes)
• Rápidas alterações no tamanho e na composição corporal;
• Principais indicadores pubertários são o pico de velocidade de crescimento em estatura
(PVC) e a maturação biológica e muscular;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
3. PuberdadeInicio da puberdade – 11/13 anos de idade (raparigas); 12/14 anos de idade (rapazes)
Rapazes:
• PVC em estatura ocorre aproximadamente aos 14 anos de idade, sendo no entanto normal a
sua ocorrência entre os 12 e os 14 anos de idade;
• 6 meses após o PVC em estatura ocorre o pico de ganho de massa muscular, associado ao
aumento de testosterona;
• Aumento da massa muscular proporciona um aumento dos níveis de força, velocidade e
resistência;
• Em geral, os jovens que apresentam uma maturação biológica precoce (antes do 13 anos de
idade), possuem uma maior capacidade metabólica e tamanho corporal, quando
comparados com os seus pares;
• Justifica-se adaptar o processo de treino, às características individuais do atleta;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
3. PuberdadeInicio da puberdade – 11/13 anos de idade (raparigas); 12/14 anos de idade (rapazes)
Raparigas
• PVC em estatura ocorre por volta dos 12 anos de idade, podendo situar-se entre os 10 e os
14 anos;
• Após o PVC em estatura ocorre a menarca, associada à elevação da produção de estradiol,
no entanto não há um ganho acentuado da massa muscular uma vez que não há elevação
significativa da testosterona;
• Aumento da % de gordura, o que não favorece a execução de habilidades motoras;
• Ao contrário dos rapazes, as raparigas com maturação biológica precoce não
apresentam uma vantagem no desempenho desportivo;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
3. Puberdade
Métodos/Indicadores de avaliação da maturação biológica:
• Sexuais (caracteres sexuais secundários - método invasivo);
• Esqueléticos (de difícil aplicabilidade mas o melhor método de
avaliação da maturação biológica);
• Indicadores somáticos:
Estatura Matura Predita (Métodos de Khamis – Roche) –
Estatura prevista na idade adulta;
Maturity offset – distância a que um indivíduo se encontra do
PVC;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano• Indicador somático:
Estatura Matura Predita (Métodos de Khamis – Roche)
Parâmetros e procedimentos necessários:• Sexo
• Idade Cronológica (IC) =((Dia Observação-Dia Nascimento)+(Mês observação-mês
nascimento)*30,5+(Ano Observação-Ano Nascimento)*365,2))/365,2
• Estatura (E)
• Massa Corporal (MC)
• Estatura Média Parental (EMP)
• Coeficientes de Estatura (Stature), MC (Weight) e de Estatura Média Parental (Mid Parent Stature)
• Converter todos os dados que se encontram em centimetros (CM) e kilogramas (Kg) para inches(in) e pounds (lb) respetivamente
1 in = 2.54cm
1 lb = 433.59g
Estatura Matura Predita = β0+(E)(Stature)+(MC)(Weight)+(EMP)(Mid Parent Stature)
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano• Indicador somático:
Maturity offset
Parâmetros necessários:
• Sexo
• Idade Cronológica (IC)
• Estatura (E)
• Massa Corporal (MC)
• Altura sentado (AS)
• Comprimento dos membros inferiores (CMI)
Maturity offset = -9,236+ [0.0002708*(CMI*AS)] + [(-0.001663*
((IC*CMI))]+[(0.007216*(IC*AS)]+[0.02292*((MC/E)*100)]
Se o valor final for negativo, diz-nos que ainda faltam anos para que se atinja o PVC, se for
positivo, já ultrapassou o PVC
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
4. Idade AdultaA partir dos 19 anos de idade
• Saúde física atinge o seu máximo nesta altura, caindo depois ligeiramente;
• O envelhecimento inicia-se com a taxa de degradação celular a sobrepor-se à formação e
crescimento de novas células;
• Aumento do estilo de vida sedentário com as consequências que isso acarreta;
SenescênciaMulher: a partir dos 60 anos; Homens: depois dos 65 anos
• Envelhecimento é provocado pela hereditariedade, meio ambiente, dieta, estilo de vida e níveis de
atividade física;
• Alterações no sistema muscular do idoso, com atrofia muscular e consequente diminuição da força
e resistência muscular;
• Alterações no controlo e reportório de movimentos, falta de equilíbrio, flexibilidade e reação;
• Importante a adoção de estilos de vida saudáveis, e de uma atividade física regular;
1.5. A pirâmide do desenvolvimento motor
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► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Desenvolvimento motor
• Alteração contínua do comportamento ao longo do ciclo de vida;
• Interação entre a tarefa, a biologia do individuo e as condições do ambiente;
Em suma, desenvolvimento motor estuda as mudanças qualitativas e quantitativas
das ações motoras do ser humano desde a conceção até à morte.
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Fase motora reflexiva ou reflexa (18ª semana de
gestação aos 12 meses de idade)
• Involuntariedade dos movimentos;
• Amadurecimento e desenvolvimento progressivo do córtex
passando de movimentos reflexos para movimentos
voluntários;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Fase motora rudimentar (1 a 2 anos)
• Passamos dos movimentos reflexos para os primeiros
movimentos voluntários da criança.
Divide-se em dois estágios:
Inibição de reflexo (até 1 ano):
• Inicia-se no nascimento e com a maturação do sistema
nervoso ocorre a inibição e posterior controlo dos
movimentos reflexos e primitos voluntários:
Pré-controlo (1 a 2 anos):
• Maior precisão e controlo sobre os movimentos; aprendem a
manter o equilíbrio, manipular objetos e a locomover-se pelo
ambiente
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Fase dos movimentos fundamentais (2 aos 7 anos)• Aparecimento de várias formas de movimentos como correr,
saltar, arremessar, chutar, receber…
• De extrema importância pois é onde as crianças adquirem as
habilidades que servirão de base a uma transição adequada na
aquisição de habilidades motoras especificas e mais complexas;
Estágio inicial (2 a 3 anos): primeiras tentativas de execução de
movimentos mas que são descoordenados e imperfeitos, sem
coordenação rítmica;
Estágio elementar (4 a 5 anos): maior controlo sobre os
movimentos melhorando a coordenação rítmica; ainda se verifica
falta de fluidez; muitos dos adultos permanecem neste estágio,
dado que progrediram até este somente por influência da
maturação.
Estágio maturo (6 a 7 anos): maioria das habilidades motoras
fundamentais é atingido aos 6-7 anos de idade; desempenho
coordenado e controlado;
► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Fase dos movimentos especializados (7 anos até idade
adulta)• Etapa de aperfeiçoamento dos movimentos fundamentais que são
refinados, combinados e elaborados;
Estágio transitório (7 aos 10 anos): movimentos fundamentais são
refinados e combinados;
Estágio especifico (11-13 anos): Aplicar as habilidades em situação
específica (como as modalidades desportivas, danças, etc)
Estágio especializado (14 anos até idade adulta): Adolescente
aperfeiçoa as habilidades motoras especializadas, o que permite
uma melhor participação e motivação nas atividades motoras.
Fundamentais
Especializados
1.6. Períodos sensíveis e períodos críticos de
desenvolvimento
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► Aprendizagem e Desenvolvimento Humano
Período sensível
Intervalo de desenvolvimento durante o
qual o efeito de um estímulo é maximizado.
Para estimulações adequadas serão
obtidas aquisições potenciadas.
Período crítico
Tempo a partir do qual a apresentação de
um estímulo já não produz efeito
comportamental significativo, resultando
numa organização definitivamente
empobrecida.
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Curso Novo Regime - 2015/2016
Subunidade 2O QUE É APRENDER?2.1 Aprendizagem e Desempenho
2.2 Aprendizagem e memória
2.3 Aquisição, retenção e transfer
2.4 Curvas de aprendizagem
2.5 A quantidade e a distribuição da prática
2.6 A variabilidade da prática
2.7 Demonstração e instrução
2.8 Informação de retorno sobre o resultado (IRR)
2.9 Motivação para aprender
2.1. Aprendizagem e desempenho
2.2. Aprendizagem e memória
2.3. Aquisição, retenção e transfer
2.4. Curvas de desempenho
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►O que aprender?AprendizagemConjunto de modificações estruturais que se refletem geralmente numa alteração do
comportamento como resultado da prática do individuo (Rose, 1997)
Aprendizagem motoraConjunto de processos internos que induzem alterações permanentes na capacidade individual
do desempenho motor. Ocorre em função da prática e da experiência e não devido à
maturação ou motivação(Rose, 1997).
Desempenho ou performanceResposta temporária a uma determinada tarefa, que se distingue de aprendizagem pelos
efeitos temporários ou duradouros da ação.
Exemplo: O treino e a motivação induzem alterações ao nível do desempenho. Se um
individuo realiza um programa de melhoria da capacidade aeróbia durante dois meses vai
melhorar o seu desempenho aeróbio. No entanto, se deixar de o fazer a sua performance
baixa novamente. Tal facto não acontece quando uma habilidade é aprendida.
►O que aprender?Aprendizagem versus Desempenho/Performance
Aprendizagem Desempenho/Performance
Não observável (observável
indiretamente através da
performance)
Observável
Efeitos duradouros Efeitos momentâneos
Traduz-se em transformações
internas
Resulta em manifestações
externas
Resulta da prática É uma execução
Processo de transformação Alteração de estado
►O que aprender?Avaliação da aprendizagem
• Resulta de alterações comportamentais;
• Só se consegue avaliar através do nível de desempenho;
No entanto, nem sempre melhor performance significa mais aprendizagem. A fadiga ou o
uso de substâncias dopantes podem alterar pontualmente a performance, sem que o nível de
desempenho atingido reflita qualquer aprendizagem.
►O que aprender?MemóriaProcesso dinâmico que consiste na codificação, armazenamento e recuperação de
conteúdos mnésicos ou de informação. Adquirimos e armazenamos informação para a
utilizarmos nas mais diversas situações de vida.
Relação entre aprendizagem e memória
• Aprendizagem determina o nosso pensamento, a nossa linguagem, as nossas ações;
• No entanto só a memória nos possibilita reter o que aprendemos para, para utilizarmos
posteriormente
• Só aprendemos quando aquilo que adquirimos é retido e passível de recuperação
(memória).
• Com efeito, a aprendizagem é uma mudança relativamente estável no comportamento como
resultado da prática e da experiência.
►O que aprender?Fases de análise da aprendizagem: aquisição, retenção e transfer
Aquisição• Conjunto de ensaios ou sessões de prática numa habilidade motora.
• O nível de desempenho nesta fase corresponde à performance, ou seja, aos efeitos
temporários da prática.
RetençãoCapacidade do sujeito em reter uma determinada competência, no caso, a performance no
movimento adquirido em resultado da prática na fase de aquisição.
No teste de retenção é solicitada a repetição do movimento anterior, sendo esta:
• Separada da fase de aquisição;
• Precedido por um período de repouso
É frequente observar-se uma diminuição da performance no teste de retenção face à
demonstrada na fase de aquisição, em consequência da dissipação por esquecimento dos
efeitos temporários da prática anterior.
►O que aprender?Transfer
• Capacidade do sujeito transferir a competência adquirida para uma situação diferente, ou
seja, a capacidade de realizar movimentos novos
• No teste de transfer é requerida a produção de um movimento semelhante ao anterior mas
diferente por alterações das suas características temporais ou de intensidade.
Para se analisar o progresso do desempenho durante a prática, isto é, para medir a
aprendizagem utilizam-se curvas de desempenho ou performance, que representam
graficamente a evolução da performance ao longo da prática
►O que aprender?Tarefas:
Construa os seguintes exercícios tendo em consideração as diferentes
fases de aprendizagem:
1. Desenvolvimento de uma habilidade motora;
2. Desmarcação ofensiva de apoio ou de rutura;
2.5. A quantidade e a distribuição da prática
2.6. A variabilidade da prática
2.7. Demonstração e instrução
2.8. Informação de retorno sobre o resultado (IRR)
2.9. Motivação para aprender
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►O que aprender?Quantidade e distribuição da prática
Como distribuir e quantificar a prática para uma ótima aprendizagem?
Prática distribuída Prática massivaProporção
prática/repouso
Tempo de recuperação entre
execuções ou séries de
execuções igual ou superior
ao tempo de prática motora
Não existem pausas entre as
repetições ou quando o tempo
de repouso é inferior ao
tempo de prática.
• Não existe uma unanimidade no melhor tipo de prática, encontrando-se sujeita a factores
como os requisitos energéticos e a fadiga.
• Nas fases iniciais de aprendizagem deve-se privilegiar a distribuição quantitativa da
prática em sequências de exercícios espaçados e numerosos.
►O que aprender?A variabilidade da prática
Que tipo de prática deveremos utilizar nas nossas sessões de treino?
Prática variada Prática constante
Repetição de variantes da mesma
tarefa, ou seja, variações da mesma
habilidade
Prática da mesma tarefa sempre nas
mesmas condições de realização,
experimentando apenas uma
variação da tarefa motora.
A prática variada produz efeitos positivos na retenção e no transfer de aprendizagem,
embora dificulte ou interfira com a performance durante a aquisição (Barreiros, 1992)
►O que aprender?Demonstração e instrução
Qual o papel da demonstração e instrução no processo de treino?
Instrução Demonstração
Reporta-se às informações sobre o
objetivo, a especificação (o que
fazer) e o modo de execução (como
fazer) da tarefa.
Refere-se à imagem, ou seja, à
apresentação visual da tarefa
motora a realizar
• A transmissão de informações verbais (instrução) contribui para a correta execução e
para a capacidade de detetar e corrigir os erros efetuados.
• Um dos efeitos da observação de um movimento demonstrado (demonstração) é o de
conduzir o sujeito a extrair informações relevantes para a organização e execução da
ação motora.
►O que aprender?Informação de retorno sobre o resultado (IRR)
• Mecanismo de retroalimentação de qualquer sistema processador de informação.
• No treino desportivo produz-se maioritariamente sob a forma de feedbacks – toda a
informação recebida durante ou depois da execução da habilidade motora.
Informação de retorno
ExtrínsecaIntrínseca
►O que aprender?Informação de retorno sobre o resultado intrínseca
• Conjunto de informações sensoriais (propriocetiva, sensoriais, auditiva) usadas pelo
indivíduo para avaliar o que se passou (informação intrínseca).
Informação de retorno sobre o resultado extrínseca
Informação do resultado medido da performance, que é a resposta dada ao executante por
algum meio artificial, seja visual, ou verbal.
Frequência relativa de IRR - Representa a relação entre o total de ensaios e o nº de ensaios
efetuados com IRR;
IRR diferida – quando se fornece informação ao individuo referente a um ensaio após um
intervalo de tempo em que a tarefa é repetida um certo nº de vezes;
IRR compactada ou sumariada – informação condensada referente a um conjunto de ensaios de
cada vez
►O que aprender?
Redução da Frequência relativa de IRR
Provoca efeitos nulos ou com tendência
negativa em termos temporários, ou seja,
durante a prática propriamente dita
No entanto, nas fases de retenção e
transfer, a redução desta variável parece
provocar efeitos positivos
Uma diminuição da frequência relativa de IRR parece produzir um
efeito positivo na fase de retenção
►O que aprender?
IRR diferida IRR compactada ou sumariada
IRR diferida e sumariada levam o sujeito a utilizar e privilegiar a informação intrínseca na
fase de aquisição, favorecendo o processo de aprendizagem.
• Necessidade de se dar mais informação de retorno ao indivíduo na prática, em fases
iniciais de aprendizagem;
• Reduzir progressivamente a IRR favorecendo a concentração do atleta nas sensações
próprias da ação realizada.
►O que aprender?Informação de retorno sobre o resultado e performance
• A performance é influenciada positivamente pelo aumento da IRR:
• No entanto, são nulos efeitos do aumento da precisão de IRR em termos duradouros.
• Em suma, um excesso ou um deficit informacional podem produzir efeitos semelhantes, e,
em ambos os casos contrários ao desejável em termos de aprendizagem.
• O deficit informacional impede o atleta de elaborar as correspondências adequada;
• O aumento exagerado produz uma sobrecarga informacional que interfere provavelmente
nas operações de comparação com o objetivo e as sensações intrínsecas.;
►O que aprender?Motivação para aprender
Para Magill (1993), a motivação desempenha um papel determinante na iniciação, manutenção e
intensidade do comportamento, através do estabelecimento de objetivos apropriados ao nível de
aspiração
O treinador tem que determinar o ambiente apropriado de instrução para
produzir no atleta um desejo de aprender a habilidade motora que está a ser
ensinada
►O que aprender?Fatores que influenciam positivamente a motivação para aprender
• Um bom ambiente de aprendizagem, através do ganho e da manutenção da atenção dos
atletas por parte do treinador;
• Saber que o desempenho ótimo de uma habilidade motora requer um nível apropriado de
estimulação;
• Estabelecer metas objetivas, significativas e viáveis de serem alcançadas;
• Reforço positivo do comportamento do atleta;
• Variabilidade nas situações e objetivos da sessão de treino;
• Colocar aplicação futura no que vai ser aprendido, pois dá objetivo e propósito ao que vai
ser aprendido;
Pelo contrário a motivação para aprender é afetada quando o nível de dificuldade da tarefa é
demasiado grande ou pequeno.
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