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Relações com Mercado
Rua Amador Bueno, 474 – 4º andar
São Paulo SP Brasil 04752 000
Tel.: 55 11 5538 8562
Fax.: 55 11 5538 7750
Email: relacoesmercado@santander
Compromisso com a Qualidade
Relatório Anual 2002
Per f i l Co rporat ivoO Grupo Santander Banespa atua em todos os segmentos do merc a d o
f i n a n c e i ro com uma completa gama de produtos e serviços. Concentra
suas operações de varejo nas regiões Sul e Sudeste e atende todo o
País com produtos de atacado, sendo a instituição privada líder, no
interior do Estado de São Paulo e no Estado do Rio Grande do Sul.
Em 2002, o Grupo Santander Banespa consolidou sua posição no
m e rcado, com uma rede de aproximadamente 2 mil pontos-de-venda,
atendendo 6,2 milhões de clientes, dos quais 4,5 milhões são corre n t i s t a s ,
com um total de 20.805 funcionários. Nesse ano, o Grupo re g i s t ro u
um lucro de R$ 2,736 bilhões.
Em 1997-1998, o Grupo adquiriu os bancos Geral do Comércio e
N o roeste, ambos com concentração no varejo no Estado de São Paulo.
Em 1999-2000, comprou o Meridional, um importante banco re g i o n a l
de varejo do Rio Grande do Sul, e o Bozano Simonsen, um banco de
atacado com experiência em atividades de mercado de capitais.
I n c o r p o rou, em 2000, o Banespa, banco estadual com forte atuação
no varejo e uma expressiva rede de agências e clientes.
M o d e rna tecnologia, alta qualificação de pessoal e um eficiente contro l e
de risco fazem do Santander Banespa um Grupo que está pre p a r a d o
para o futuro e busca atingir a máxima qualidade para o cliente.
A p roximadamente 98% de seu capital é controlado pelo Santander
Central Hispano, instituição que administra US$ 340,3 bilhões de ativos,
possui 9.281 agências e 104.178 funcionários, tem forte atuação na
E u ropa e está presente em 40 países, sendo o maior grupo financeiro
da América Latina.
O Santander Banespa tem como missão desenvolver e consolidar a
franquia financeira líder nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com a
criação de valor para os acionistas, clientes, empregados e comunidade
com os quais opera. Procura cumprir essa missão sempre re s p e i t a n d o
os valores que norteiam sua ação empresarial, traduzidos por uma
constante busca de qualidade, transparência, equipe, eficiência,
inovação, solidez, foco no cliente e compromisso com a comunidade.
O Grupo Santander Banespa encara os desafios dos próximos anos
confiante em sua capacidade de manter o elevado padrão de re t o rn o
s o b re seus ativos e, ao mesmo tempo, prover o mercado com os
m e l h o res serviços financeiro s .
Principais Indicadores, Ratings e Prêmios recebidos em 2002
Rat ings
Pr inc ipa i s Ind i cadores
2002 2001
Resultado e Balanço Patrimonial – R$ milhões
Lucro Líquido 2.736 1.298
Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil 15.090 13.507
Depósitos de Clientes 19.095 15.604
Fundos de Investimento 14.852 15.356
Patrimônio Líquido 6.133 5.565
Índices Financeiros
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido 47,9% 26,9%
Rentabilidade sobre Ativos 4,9% 2,3%
Índice de Recorrência (1) 44,8% 32,1%
Índice de Eficiência 42,5% 67,1%
Índice de Qualidade da Carteira de Crédito (2) 87,5% 84,1%
Coeficiente de Solvabilidade (Índice de Basiléia) 15,1% 14,7%
TIER I 15,1% 14,7%
Dados Relevantes
Número de Agências 972 959
Número de Pabs 938 977
Número de Caixas Eletrônicos 7.553 7.506
(1) Receitas de Prestação Serviços / Gastos Totais.(2) Créditos classificados de AA-B sobre o total da carteira.
Ratings Grupo Santander Banespa – Standard & Poors
Entidade Legal Escala Global Escala Nacional
Moeda Local Moeda Estrangeira
Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo
Banco do Estado de Sao Paulo S.A. BB B B+ B brAA- brA-1
Banco Santander Brasil S.A. BB B B+ B brAA- brA-1
Banco Santander Meridional S.A. BB B B+ B brAA- brA-1
Prêmios recebidos em 2002
N a c i o n a i sPrêmio e-finance / Revista Executivos Financeiros
• Tecnologia e finanças
• Banespa – melhor projeto de automação de caixas
• Santander Central Hispano – C o r e de plataforma de negócios para a América Latina – Projeto Altair
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) de São Paulo
• Campanha de Comunicação Externa – “O Triunfo das Informações” (desenvolvimento da comunicaçãoe x t e rna no processo da maior privatização do sistema bancário brasileiro )
• Jornal Interno – “Jornal Conexão Santander Banespa”
• P rojetos de Cidadania Empresarial – “Desenvolver o Cidadão é Desenvolver a Sociedade” (parcerias comas comunidades mais carentes, para o seu desenvolvimento)
• Empresa do Ano – “Conjunto de Ações de Comunicação”
• Personalidade do Ano em Comunicação (São Paulo) – Miguel Jorge
Prêmio Criança 2002, da Fundação Abrinq
• Grupo Santander Banespa – Pelo apoio dado às iniciativas dessa empresa em benefício das crianças
I n t e rn a c i o n a i sPrêmio The Banker
• Melhor banco da Espanha, Portugal e América Latina
Prêmio Euromoney
• Melhor banco da Espanha, Chile, Venezuela e América Latina e Portugal
Prêmio Revista Exame portuguesa
• Melhor banco de Portugal
Prêmio Latin Finance
• Melhor banco do México
Prêmio “León de Oro”
• Recebido pelo Grupo SCH na categoria de ações (maior número de medalhas de ouro) pela coberturados mercados locais de ações na América Latina: Medalha de ouro – Peru, Argentina, Chile, Colômbia,Venezuela e área de varejo (sector Retail) / Medalha de prata – México
América Economia
• Melhor Banco na América Latina – 1º colocado: Santander Chile e Banco Santiago
• O SCH ocupou 4 posições entre os 5 Melhores Bancos na América Latina – 2º colocado: SantanderSerfín no México; 4º colocado: Santander Mexicano
(Critérios: ROE, eficiência, rentabilidade ajustada aos riscos etc.)
4 Missão e Valores
5 Principais Indicadores de Desempenho
6 Carta do Presidente
8 Comissão Executiva e Comitês
10 Qualidade
12 Tecnologia
14 Recursos Humanos
18 Banco de Varejo
29 Banco de Atacado
38 Gestão de Recursos
41 Assuntos Corporativos
48 Grupo Santander Central Hispano
50 América Latina
54 Gestão Financeira e de Riscos
65 Análise dos Resultados e
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Índice
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 2
Um Banco de pessoas
3Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
para pessoas
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 4
Missão
Desenvolver e consolidar a franquia financeira líder
na região Sul e Sudeste do Brasil, através da criação
de valor para os acionistas, clientes, empregados e
comunidades onde o Grupo opera.
Missão e Valores
Pr inc ipa i s Ind i cadores de Desempenho
R$ Milhões 2001 2002
Lucro Líquido 1.298 2.736ROE 26,9% 47,9%Eficiência 67,1% 42,5%Índice de Basiléia 14,6% 15,1%
5Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Principais Indicadores de Desempenho
Va lores
• Qualidade
• Transparência
• Equipe
• Eficiência
• Inovação
• Compromisso
• Solidez
• Foco no Cliente
• Comprometimento com as comunidades nas quais atua
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 6
Car ta do P res idente
2002 foi um ano de consolidação para o Grupo Santander Banespa. Após um período de grandes
aquisições, em que obtivemos a escala necessária para nos tornar uma instituição rentável e competitiva, foi
possível lançar as bases para a construção de uma cultura corporativa sólida. Com as pessoas certas nos
lugares certos e as equipes montadas e motivadas, pudemos trabalhar com toda nossa atenção e energia
voltadas exclusivamente para os negócios.
O Brasil atravessou, em 2002, um período de dificuldades, com aumento do risco no mercado internacional
e forte volatilidade nos mercados locais. Apesar dos desafios, nossa crença e compromisso com o País
mantiveram-se intactos. Seguimos construindo uma franquia sólida e aperfeiçoando nossa organização
comercial, ganhando maior capacidade de resposta a ameaças e a oportunidades de mercado. Ao mesmo
tempo, todas as plataformas – tecnológica, comercial, financeira e de capacitação humana – passaram a
operar de forma unificada, possibilitando maior qualidade, eficiência e excelência em nossos serviços.
Nossa área de controle de risco passou por um grande teste em 2002, suportando as turbulências que
afetaram toda a indústria, mantendo intacta a qualidade de nossa carteira de crédito e melhorando nosso
perfil de risco de mercado. Confiantes na qualidade de nossa base de clientes, mantivemos o mesmo ritmo
de expansão dos negócios, o que nos permitiu atingir resultado recorde.
O Lucro Líquido de 2002 alcançou R$ 2,736 bilhões, significando um crescimento de 110,8% em relação
ao lucro de 2001. O Retorno sobre Patrimônio Líquido atingiu 47,9%, contra 26,9% em 2001. Esses
resultados atestam o acerto de nossa estratégia e nos dão a certeza de que estamos no caminho correto.
Ainda mais do que nos anos anteriores, cliente e qualidade foram as metas desse ano. No segmento de
varejo, o aprimoramento da organização comercial e das ferramentas tecnológicas e o trabalho competente
e comprometido de nossos funcionários foram peças-chave. Hoje, conhecemos mais profundamente nossos
clientes e podemos atendê-los com produtos melhores e mais adequados.
No segmento de atacado, mantivemos o ótimo desempenho dos últimos anos, graças à habilidade já
estabelecida de entender cada cliente como um cliente único e de oferecer a ele serviços que atendam às
suas necessidades específicas.
No negócio de Administração de Recursos de Terceiros, 2002 foi um ano em que as duas áreas mais
importantes tiveram comportamentos diferenciados. A área de Fundos de Investimento sofreu com a nova
regra de marcação a mercado, que teve impacto negativo em toda a indústria de fundos, gerando aumento
de resgates. Ainda assim, conseguimos manter uma performance positiva dos recursos sob nossa gestão e,
ao findar o ano, as aplicações haviam voltado a seus níveis normais. Já a área de Previdência teve uma
performance muito bem-sucedida e viveu um ano bastante favorável. Graças à expansão da base de clientes
e à boa aceitação do produto, aumentamos de forma destacada nossa participação de mercado, absorvendo
uma parcela proporcionalmente muito maior de todo o dinheiro novo captado pela indústria.
Acreditando numa consolidação do sistema financeiro no Brasil, após os rearranjos ocorridos nos últimos anos,
continuamos, em 2002, a construir um Grupo Financeiro preparado para o longo prazo. No centro de nossas
atenções está sempre o bom relacionamento com o cliente e com as pessoas que formam nossos quadros.
Carta do Presidente
7Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Carta do Presidente
Para aumentar a qualidade do nosso relacionamento com o cliente, inauguramos, no final de 2002, a
Central de Soluções, com a missão de centralizar o atendimento de todas as manifestações dos clientes,
oferecendo soluções com agilidade, qualidade e transparência.
Iniciamos, também, um trabalho de análise de todos os processos que envolvem o contato com o cliente
para, a partir dos seus resultados, promover a reengenharia daqueles processos que foram afetados.
Para nos tornarmos um Banco de Relacionamento, temos nos preocupado com o desenvolvimento
constante de nossos talentos, e 2002 foi um ano de importantes avanços na área de Recursos Humanos.
Além de instituir um sistema mais eficiente de avaliação, criamos vários programas de incentivo aos nossos
colaboradores, intensificamos o treinamento de gerentes com uma visão de longo prazo, contratamos
profissionais trainees e colocamos em foco a necessidade do envolvimento de todos os nossos profissionais
para que se possa oferecer o Banco por inteiro ao cliente.
Ao iniciar 2003, continuamos confiantes no sucesso de um trabalho inteligente e persistente, baseado em nossas
duas bandeiras, Santander e Banespa, formando uma franquia sólida e com grande potencial de crescimento.
O sucesso da consolidação de suas aquisições coloca o Grupo Santander Banespa como líder em
rentabilidade e eficiência entre os maiores bancos privados do País. Mais do que isso, reflete a confiança de
seus acionistas, o empenho de seus funcionários e a fidelidade de seus clientes. E encoraja todos a continuar
acreditando no Brasil, superando novos desafios e perseguindo nossos ideais.
Registramos aqui os agradecimentos a todos os nossos clientes, funcionários, fornecedores e acionistas,
pelo apoio dado e pela contribuição decisiva para obter os resultados alcançados.
Cordialmente,
Gabriel Jaramillo
Presidente
São Paulo, março de 2003
Ainda mais do que nos anos anteriores, clientes e
qualidade foram as metas em 2002. O aprimoramento da
organização comercial e das ferramentas tecnológicas e
o trabalho competente e comprometido dos funcionários
do Grupo Santander Banespa foram peças-chave.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 8
Co
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Presidente
Gabriel Jaramillo
Aurelio Velo
Gustavo Murgel
José Paiva
Miguel Jorge
Vice-Presidentes Executivos
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aís
Pedro Coutinho
Ramón Camino
Vice-Presidentes
Ana Isabel Perez
Fernando Revuelta*
Henry Gonzalez
Luiz Carlos Cantídio
Mario Torós
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pli
ance
* Membro-convidado da Comissão Executiva País
Comissão Executiva e Comitês
Comissão Execut iva e Comi tê s
Comissão Executiva País
A Comissão Executiva País é responsável pelas decisões de políticas ligadas à gestão dos negócios, à
alocação de capital e aos grandes projetos de infra-estrutura tecnológica e de serviços. Todas as atividades
do Grupo no Brasil estão organizadas sob uma mesma direção. A gestão dos dois grandes eixos de negócio
é feita por intermédio das Comissões Executivas de Varejo e Comissão Executiva de Atacado.
Comissão Executiva de Riscos
A Comissão Executiva de Riscos é responsável por fixar políticas de riscos referentes aos processos de
admissão, acompanhamento e cobrança de créditos e, ainda, sobre os riscos de contrapartida e de mercado.
A admissão e o acompanhamento dos principais riscos são baseados em modelos proprietários do Grupo,
adaptados às particularidades do mercado brasileiro.
Comitê Alco (Comitê de Ativos e Passivos)
O Comitê Alco (Comitê de Ativos e Passivos) é responsável pela gestão operacional do balanço do
Grupo Santander Banespa, que inclui a gestão de riscos estruturais de taxas de juros, liquidez e taxa de
câmbio. O Alco também é o órgão responsável pela gestão do capital do Grupo.
CAR (Comitê de Acompanhamento de Risco)
O CAR (Comitê de Acompanhamento de Risco), conduzido pela Unidade de Prevenção à lavagem de
dinheiro, tem por responsabilidade instituir, cumprir e fazer cumprir as mais rigorosas políticas de combate
à lavagem de dinheiro que caracterizam o Grupo Santander no mundo. Todos os funcionários do Banco são
treinados para identificar e reportar operações suspeitas, há unidades específicas de inteligência e
investigação de contas suspeitas e há rigorosa observância do princípio de extenso e conclusivo
conhecimento das atividades de um cliente.
Comitê de Compliance
Ao Comitê de Compliance compete identificar riscos de cumprimento de normas, examinar potenciais
conflitos de interesse e fazer cumprir rigoroso código de conduta de valores mobiliários para os funcionários
das áreas do Grupo que possuem informações privilegiadas do Banco e/ou de clientes. Determina as
políticas de divulgação e treinamento de compliance para os funcionários, examina os requerimentos
especiais dos órgãos reguladores, bem como as eventuais sanções impostas por aqueles.
Comitê de Auditoria
Ao Comitê de Auditoria compete, entre outras funções, revisar as demonstrações financeiras do Grupo
Santander Banespa e as políticas contábeis estabelecidas, assim como comprovar a adequação e integridade
dos sistemas de controle interno. O Comitê encarrega-se, ainda, de avaliar os resultados de cada auditoria
realizada, e a evolução das recomendações estabelecidas.
9Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Comissão Executiva e Comitês
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 10
Qual idade
Concluído o trabalho de integração do Banespa ao Grupo, com foco
no redimensionamento físico, na padronização e na modernização
tecnológica dos pontos-de-venda, iniciou-se, em 2002, um processo
de construção da qualidade baseado num modelo de excelência no
atendimento, que priorizou as seguintes ações: reestruturação do
modelo de atendimento através do Projeto A+, criação da Central de
Soluções, um canal único de tratamento das manifestações dos
clientes, e o desenvolvimento de um novo conceito de suporte ao
usuário interno, a Central de Suporte.
Projeto A+
É um inovador programa de melhoria do atendimento ao cliente, que
une capacitação e relacionamento e conta com a assessoria da
Fundação Getúlio Vargas.
Este modelo de melhor atendimento na venda e pós-venda foi
concebido a partir dos resultados de pesquisas e levantamentos com
os clientes do Grupo e com os funcionários que os atendem.
Assim, é característica peculiar e marcante do projeto o fato de ele estar
sendo desenvolvido de forma integrada, exigindo a participação direta
dos funcionários que atendem os clientes e se relacionam com eles.
Outros pontos importantes são o foco que vem sendo dado à
capacitação e a forte ênfase em gerar ações de melhoria da forma
participativa, fazendo dos funcionários os principais parceiros e
colaboradores do Grupo neste projeto, resultando em diferenciais de
atendimento, retenção e fidelização dos clientes.
Qualidade
11Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Central de Soluções
Em 2002, foi instituído um novo conceito de central de atendimento
ao cliente, a Central de Soluções. Para promover acesso rápido e com
elevado nível de qualidade, esta área centraliza o atendimento das
manifestações de clientes (reclamações, sugestões, solicitações de
informações e elogios), procurando oferecer solução rápida, com
qualidade e transparência.
As principais inovações da Central em relação aos tradicionais SACs são a
forma de acesso e o tratamento prestado. Toda manifestação do cliente,
em qualquer um dos canais de comunicação do Grupo (agência, telefone,
Internet banking), é recebida pela Central de Soluções, que garante
atendimento personalizado ao cliente através de um agente de soluções,
profissional altamente capacitado e dotado dos instrumentos necessários
para prover a solução. Toda essa estrutura visa à satisfação e à fidelização
dos clientes.
Qualidade
Em 2002, o foco na
busca de qualidade
e excelência no
atendimento priorizou
a satisfação e fidelização
dos clientes do Grupo.
Central de Suporte
Esta área, destinada exclusivamente ao atendimento dos clientes
internos do Grupo, centraliza todo o suporte a produtos, questões
operacionais, aplicativos / sistemas e tecnologia. Os funcionários
acessam o serviço, via telefone ou Intranet, e são atendidos por um
agente de suporte, que viabilizará a solução das dúvidas no menor
prazo possível.
A Central de Suporte está organizada em células especializadas por
famílias de produto ou assuntos específicos, como, por exemplo, a
célula de atendimento para previdência, seguros e capitalização e a
célula de suporte tecnológico e informática.
Todas as informações geradas são importantes insumos para aprimorar
produtos e serviços, avaliar necessidades de treinamentos, identificar riscos
operacionais e melhorar a qualidade do atendimento final ao cliente.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 12
Tecnologia
Tecno log ia
Para oferecer melhores serviços aos clientes externos e melhores
ferramentas aos clientes internos, o Grupo Santander Banespa realiza
significativos investimentos na área de tecnologia. Além de facilitar e
viabilizar processos, esses investimentos garantem ao Grupo maior
eficiência em todas as suas operações.
Enquanto 2001 foi marcado por grandes investimentos em automação
bancária, contemplando a modernização e a ampliação dos pontos de
auto-atendimento, 2002 caracterizou-se por investimentos em sistemas
operacionais, que passaram a integrar as atividades de várias áreas,
visando oferecer uma plataforma tecnológica state of the art de
fundamental importância para a realização dos objetivos estratégicos.
Os investimentos em automação, embora menores, continuaram em
2002, com ênfase na modernização dos quiosques da Rede Especial
Banespa, permitindo ampliar o horário de atendimento.
Em 2002, deu-se continuidade ao Projeto Altair, uma plataforma
tecnológica completa e modular com aplicativos de última geração,
que possibilita total integração entre as áreas do Banco. Avançou-se na
implementação de mais seis módulos do sistema:
• Arquitetura e infra-estrutura corporativa
• Contabilidade
• Recursos Humanos
• Base única de clientes
• Depósitos a prazo
• Tarifas
13Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Os investimentos em sistemas operacionais integraram as atividades de várias
áreas do Grupo, oferecendo uma plataforma tecnológica state of the art de
fundamental importância para a realização de seus objetivos estratégicos.
Tecnologia
O avanço tecnológico também incluiu as áreas de controle de riscos,
com a evolução de uma plataforma integrada e a adoção de software
e modelo de decisão de risco para pessoas físicas, que tornam quase
imediata a concessão de crédito a esse tipo de cliente, estabelecendo
limites automáticos de acordo com a movimentação da conta.
Além disso, continuou a instalação de máquinas e terminais em
agências, que tiveram seus layouts reformulados e adaptados mais
convenientemente à prestação de serviço com maior qualidade para
o cliente.
Nesse ano, várias horas de trabalho de profissionais internos e de
consultorias contratadas foram especialmente dedicadas ao
estabelecimento e aperfeiçoamento de processos que garantam a
qualidade dos produtos e serviços aos clientes.
Alcançou-se, nesse período, uma melhoria representativa de qualidade,
atingindo-se patamares que são um diferencial para o Grupo e que
deverão ser consolidados em 2003.
O Grupo Santander Banespa entende a importância da qualidade de
serviços como fator de diferenciação no setor bancário, sendo a
tecnologia um dos elementos essenciais nesse processo. Em 2003, o
projeto tecnológico continuará sendo uma das prioridades.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 14
Recursos Humanos
Recursos Humanos
Após um ano de naturais ajustes decorrentes da absorção do quadro
de pessoal do Banespa, o Grupo dedicou-se, em 2002, a consolidar um dos
pilares fundamentais da organização: a área de Recursos Humanos.
Como ferramentas importantes desse processo, destacam-se a
introdução da gestão por desempenho, atrelando objetivos individuais
aos resultados do Grupo; a reavaliação de cargos e a instituição de
efetiva meritocracia; e a redefinição, com absoluta clareza, de metas
corporativas individuais.
O treinamento realizado nesse período permitiu identificar valores
dentro da organização e desenvolver sinergias por meio da unificação
de culturas antes complementares, especialmente na área comercial
de varejo.
Durante o ano, a área de treinamento investiu 721.680 horas em
atividades internas e externas para o aperfeiçoamento e a melhoria da
qualificação profissional, incluindo áreas diversas como:
• Administração de negócios
• Atendimento ao cliente
• Efetividade na comunicação
• Decisão de crédito
• Economia e finanças
• Ética
• Gestão de pessoas
• Informática
• Mercado financeiro e tendências
• Motivação
• Mudanças e cenários
• Produtos e serviços
15Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Recursos Humanos
Cerca de 600 profissionais altamente qualificados estão envolvidos no
desenvolvimento do Projeto Altair, garantindo todas as informações
necessárias para a utilização adequada dos primeiros módulos
dessa nova tecnologia. Cerca de 3 mil colaboradores contaram com
acompanhamento por meio de cursos regulares e outros 11.200
funcionários receberam treinamento à distância, por intermédio do
Netcurso realizado pela Intranet Santander Banespa.
Outra ação importante foi a de dar suporte à implantação do novo
Sistema Brasileiro de Pagamentos, que incluiu o treinamento de 1.200
pessoas em cursos tradicionais e 7 mil funcionários em treinamento a
distância, num total de 36.351 participações.
Além disso, deu-se treinamento a 13.258 funcionários e estagiários,
em curso destinado a fortalecer a Prevenção à lavagem de dinheiro.
O Grupo Santander
Banespa encerrou o
ano de 2002 com 20.805
funcionários e um total
de R$ 19,904 milhões
investidos em treinamento
de pessoal, demonstrando
seu compromisso com
o desenvolvimento
profissional de seus
colaboradores.
Foram contratados mais de mil profissionais, sendo 85% dirigidos às
áreas de Rede de Agências e Marketing de Produtos. Ocorreram cerca
de 1.500 movimentações salariais, entre méritos e promoções, das
quais 50% na área de varejo, demonstrando uma adequada política de
desenvolvimento na carreira.
O Grupo Santander Banespa encerrou 2002 com 20.805 funcionários
e um total de R$ 19,904 milhões investidos em treinamento de pessoal,
demonstrando o compromisso do Grupo com o desenvolvimento
profissional de seus colaboradores.
Para 2003, as diretrizes da gestão de Recursos Humanos concentram-se
na conclusão da padronização de todos os procedimentos e na
continuidade do treinamento e da gestão de desempenho, com o
objetivo de potencializar a capacidade do pessoal.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 16
Um Banco que busca exc
17Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
elência no atendimento
O Grupo tem sua atuação no varejo concentrada
nas regiões Sul e Sudeste, as mais ricas do País,
contando com um total de 6,2 milhões de clientes.
Banco de Varejo
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 18
Banco de Vare jo
O Grupo Santander Banespa tem sua atuação no varejo concentrada
nas regiões Sul e Sudeste, as mais ricas do País, que respondem por 76%
do PIB nacional. O Banespa atua principalmente no dinâmico mercado do
Estado de São Paulo, com posição de liderança no interior do Estado e
forte penetração na capital. O Banco Santander atua em toda a região Sul
e Sudeste, com presença destacada no Estado do Rio Grande do Sul.
Contando com 6,2 milhões de clientes, dos quais 4,5 milhões são
correntistas, e tendo como foco estratégico potencializar a realização
de negócios com seus diferentes públicos, o Banco de Varejo priorizou,
em 2002, a segmentação de sua carteira de clientes, o aprimoramento
da abordagem nos diferentes canais de contato, a adequação de sua
linha de produtos, a personalização do atendimento e a construção da
qualidade em seus diversos aspectos.
Organização Comercial
Para consolidar a estratégia de negócios, focada na construção de
relacionamentos com clientes, diversas ações foram implementadas na
organização comercial. Etapa fundamental desse processo foi o
redimensionamento das carteiras atendidas pelos gerentes de
negócios, tendo como base o aprofundamento da segmentação e da
capacidade de atendimento às necessidades e expectativas de cada um
dos segmentos de clientes – Preferenciais, Exclusivos ou Clássicos.
Como conseqüência, o atendimento nas agências foi alterado, com a
instituição do conceito de carteira de clientes por gerente de negócios.
Esse processo definiu a ampliação do número de Superintendências
Regionais, de 36 para 45, e o aumento de gerentes de negócios para
atender os segmentos mais rentáveis. Ainda nesse sentido, foram
instituídos Comitês de Negócios nos diferentes níveis da organização,
para garantir a agilidade e qualidade nas decisões.
Banco de Varejo
19Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Além disso, com a criação dos especialistas em produtos e serviços,
ganhou-se qualidade no suporte aos clientes e gerentes de negócios,
garantindo-se, também, uma uniformização do conhecimento e da
forma de abordagem nas agências.
Destaque-se, ainda, a implementação de instrumentos gerenciais de
acompanhamento de performance, não só no âmbito das carteiras
de clientes e agências, como no individual, por gerente e
por Superintendência Regional. Esses instrumentos apóiam o
acompanhamento centralizado das performances e possibilitam a
definição de regras claras de remuneração variável por desempenho.
Por fim, deu-se ênfase à revisão e à adequação da prateleira de
produtos, orientada pelo foco estratégico no relacionamento e nas
características de cada segmento de clientes.
Canais de Relacionamento
Embora o Grupo se apresente com as marcas Banespa e Santander, as
ações realizadas em 2002 iniciaram a construção de uma rede de
serviços de conveniência, que possibilite a todos os clientes usufruirem
de todos os canais de relacionamento do Grupo, indistintamente.
Como resultado desse projeto, já se pode destacar em 2002 a
realização de mais de um milhão de créditos parcelados nos canais
remotos, sem a interferência da agência bancária.
Rede de Agências
O Grupo encerrou 2002 com uma rede formada por 1.910 pontos de
atendimento, sendo 972 agências e 938 PABs.
Ao todo, foram remodelados 87 pontos de atendimento e selecionadas
33 agências, que passaram a constituir a Rede Especial de atendimento
exclusivo a clientes preferenciais.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 20
Internet
Estando entre os melhores do cenário financeiro do País, os sites do
Banespa e do Santander passaram por uma completa reformulação
estrutural e visual, para garantir o alto nível de relacionamento com os
clientes pelas diversas possibilidades de acesso aos negócios com o
Banco, tais como Internet Banking, Home Broker (compra e venda de
ações), WAP (consultas pelo celular) e serviço de acesso gratuito e
ilimitado à Internet.
Acessando ambos os sites, que operam de forma independente, os
clientes podem conhecer o atual portfólio do Grupo e acompanhar a
implementação de novos produtos e serviços. Além disso, têm acesso
a curso on-line sobre o mercado de ações, a simuladores inovadores,
às notícias e às cotações do mercado.
Contact Center
Para aumentar o relacionamento com seus clientes e oferecer produtos
e serviços integrados, o Grupo transformou o conceito de Call Center
para Contact Center, humanizando a relação entre clientes e atendentes
por intermédio das centrais. Com essa visão, foram implementados
novos serviços, como a Central Empresarial (Cash Management
Santander) e a Central de Relacionamento e Fidelização.
O Banespa, que começou a implantar um número único em seu
Contact Center, está promovendo uma profunda reformulação
tecnológica nas centrais de atendimento, introduzindo novos serviços,
como o atendimento de clientes de títulos de Capitalização, na venda
do produto, pós-venda e retenção. A implantação da Assinatura
Eletrônica na Superlinha Banespa (banco por telefone) garante a
segurança deste Canal.
Banco de Varejo
21Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Auto-Atendimento
Reforçando o foco no atendimento, o Grupo interligou as redes de
Auto-Atendimento do Santander e do Banespa, permitindo aos
clientes de ambos os bancos obter extratos e efetuar saques e
consultas em qualquer uma das redes, com garantia de maior
praticidade e agilidade.
Em 2002, começou o processo de substituição de equipamentos e
adotou-se a Chave de Segurança, para aumentar a segurança do
canal. Além disso, foram implantadas dispensadoras de folha de
cheque e novos produtos, como o Smart Card, direcionado aos
clientes de nível universitário.
A expansão da rede externa do Banespa em 94 pontos – 54 Redes
Off Premisse e 40 PAEs de Relacionamento – reforça a posição
dominante do Grupo na Grande São Paulo e no interior do Estado.
Crédito no Varejo
No final de 2002, o volume da carteira de crédito do Grupo Santander
Banespa a pessoas físicas e a pequenas e médias empresas atingiu
R$ 7,8 bilhões.
Seguimos com a ênfase no aperfeiçoamento dos controles e
instrumentos de gestão de risco de crédito destacando-se a
implantação de modelos de credit score e behavior score, no Banco
Santander. Tais ferramentas não somente garantem maior controle
sobre a carteira, em períodos de retração da atividade econômica,
como abrem caminho para a expansão dos negócios de forma rápida
e com baixo risco.
Em um cenário macroeconômico instável, a evolução dos indicadores
das carteiras demonstrou que foi assegurado o crescimento de volumes
com níveis adequados de risco, refletindo a excelente qualidade da
base de clientes, bem como os rigorosos padrões, políticas e processos
de gestão e controle de risco mantidos pelo Grupo.
Banco de Varejo
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 22
Crédito Direto ao Consumidor
No final de 2002, o crédito direto ao consumidor correspondia a 9,9%
da carteira de crédito do Grupo. A alta qualidade dos clientes pessoa
física – que têm perfil de renda e tempo de relacionamento com o
banco superiores à média do mercado – constitui uma base sólida
sobre a qual se pode expandir o crédito no varejo.
Desse modo, alguns produtos do Grupo voltados para o crédito no
varejo mereceram destaque em 2002. Passamos a disponibilizar linhas
de crédito pré-aprovadas nas modalidades de Cheque Especial, Crédito
Pessoal e Financiamento de Veículos, para clientes selecionados de
acordo com o histórico de relacionamento com o Banco. No segundo
semestre, já se atingira a marca de mais de 2 milhões de ofertas de
crédito pré-aprovadas. Os clientes também passaram a ter acesso a
esses limites por intermédio dos canais remotos.
Outro destaque foi a adequação dos limites de cheque especial e
crédito pessoal às características específicas de cada categoria de
clientes, de acordo com a nova segmentação da base de clientes
implementada em 2002.
O produto Financiamento de Veículos também destacou-se, especialmente
na rede Banespa, tendo um aumento de dez vezes na base de clientes
com financiamento e com linhas de crédito pré-aprovadas.
Crédito para Pequenas e Microempresas
A reestruturação da atuação comercial, aliada aos avanços nas
políticas e processos de análise e concessão de crédito por segmento,
realizados durante 2002, apresentou os primeiros resultados nas
principais linhas de negócios voltadas ao setor. Destacam-se, nesse
contexto, as operações de Desconto de Títulos e Comércio Exterior,
que apresentaram respectivamente taxas de crescimento de 21% e
37% no ano.
No segundo semestre de 2002, o Grupo atingiu a marca de mais de 2 milhões de
ofertas de crédito pré-aprovadas nas modalidades Cheque Especial, Crédito Pessoal
e Financiamento de Veículos.
Banco de Varejo
23Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Agronegócio
A tradicional atuação do Banespa junto às ricas comunidades rurais do
Estado de São Paulo garante ao Grupo uma forte penetração no
segmento de agronegócios. O crédito rural oferecido pelo Banespa é
absorvido quase que integralmente pelo interior do Estado de São
Paulo, onde o Banco conta com mais de 400 agências operadoras,
apoiadas por um corpo técnico capacitado e bem-estruturado.
Destaca-se aqui um grupo de agrônomos que atua dando suporte
técnico ao processo de concessão de crédito.
O apoio do Grupo ao pequeno e médio produtor rural foi marcante –
65% da carteira concentrada em créditos de valores inferiores a
R$ 40 mil – tornando expressiva a contribuição do Grupo para a
produção agropecuária, geração de empregos e renda no Estado de
São Paulo.
O Grupo Santander Banespa encerrou 2002 com um saldo em carteira
da ordem de R$ 1,34 bilhão, com participação de 29% no agronegócio.
No Estado de São Paulo, seu mercado mais relevante, os planos do
Grupo apontam para a expansão adicional dessa atividade, sobretudo
na Região Sul, pela rede Santander.
Cartão de Crédito
As iniciativas para intensificar o relacionamento com os clientes
tiveram impacto na área de cartões de credito. O volume de
faturamento por cartão aumentou 26% em relação a 2001, como
resultado do incremento de limites, promoções e estratégia de
comunicação com o cliente.
O negócio de cartões atingiu faturamento de R$ 2,4 bilhões em 2002,
com participação de mercado de 4,2%, destacando-se o faturamento da
bandeira Mastercard, que cresceu 35%. O número de cartões, no final de
2002, atingiu 2,4 milhões, um crescimento de 5% em relação a 2001.
Banco de Varejo
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 24
Banco de Varejo
Captações
Os recursos administrados pelo Grupo Santander Banespa em 2002, na
forma de depósitos de clientes e fundos de investimento, totalizaram
no varejo R$ 22,6 bilhões, sendo R$ 12,7 bilhões em depósitos de
clientes e R$ 9,8 bilhões em fundos.
No crescimento expressivo de 26,6% dos depósitos de clientes, destaca-
se a Poupança Premiada, que atingiu um volume de R$ 4 bilhões.
No produto Capitalização, o Banespa já ocupava posição de destaque
no mercado, distribuindo títulos de terceiros. Em 2002, alterou-se a
estratégia do negócio, com o Banespa distribuindo apenas a linha de
produtos da Santander Capitalização, atingindo a marca de 812 mil
títulos comercializados. Destacam-se, também, os resultados das ações
de retenção de clientes vinculados ao produto, com a marca de 63%
de redução nos cancelamentos.
Seguros
Em 2002, o Grupo Santander Banespa reforçou sua posição no setor
de seguros com uma estratégia focada nos riscos mais rentáveis – vida
e acidentes pessoais. Nos ramos em que as margens são tradicionalmente
estreitas e que demandam maiores estruturas técnicas e operacionais,
o Grupo opera cada vez mais como corretor.
Como resultados dessa estratégia, os prêmios arrecadados cresceram
R$ 24 milhões, encerrando o ano com um volume total de R$ 574 milhões.
O número de apólices atingiu 1,7 milhão.
Nos ramos Vida em Grupo e Acidentes Pessoais, a participação de
mercado do Grupo, incluindo os prêmios subscritos e intermediados,
foi de 9%, o terceiro maior no mercado. No setor de automóveis, o
Grupo é um dos líderes, atuando como distribuidor por intermédio da
rede bancária.
25Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Banco de Varejo
Cash Management
Oferecido aos clientes pessoas jurídicas pela rede de agências,
gerentes comerciais e especialistas de produtos, o Cash Management
aumentou 15% o volume transacionado, atingindo a média mensal de
R$ 8,4 bilhões.
Para se chegar a esse patamar de crescimento e sucesso, foram tomadas
medidas fundamentais em 2002, como treinamento intensivo da força
de vendas, adequação e criação de novos produtos com diferenciais e
venda de forma consultiva.
Corretora Pessoa Física
Como maior expoente do mercado na área de pessoas físicas, a
Corretora Banespa fechou 2002 com uma base de 40 mil clientes
cadastrados na Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São Paulo), dos
quais 8 mil estão ativos. O volume negociado representou 2,7% do
total de negócios realizados por investidores pessoa física na Bolsa de
Valores. Os principais motivos para esse resultado são o pioneirismo e
o atendimento diferenciado oferecido nas salas de ações de 83
agências do banco, o sistema de Home Broker e a premiada equipe de
pesquisa e suporte aos clientes.
As salas de ações instaladas nas agências do Banespa são ambientes
exclusivos para a realização de negócios na Bolsa e oferecem suporte
técnico, com acesso a informações fundamentadas e técnicas. Possuem
terminais de cotações, canal de televisão com agência de notícias
especializadas no setor financeiro e gerentes treinados para orientar os
clientes em suas decisões.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 26
Banco de Varejo
A experiência, comprovadamente bem-sucedida, será estendida às
agências do Banco Santander, que ainda não possuem esse tipo de serviço.
Aliado às salas de ações, o Home Broker do Banespa registra constante
aumento no número de operações, que já atingem mais de mil por dia.
Diretamente interligado aos sistemas da Bovespa, o Home Broker
permite ao investidor enviar, pela Internet, ordens de compra e venda
de ações.
Além disso, oferece consulta da posição financeira e de custódia,
acompanhamento da carteira de ações, acesso às cotações em tempo
real, confirmação das ordens executadas, resumo financeiro, gráficos e
notícias da Bovespa e da Banespa Ações sobre o mercado financeiro.
Há 83 salas de ações distribuídas
estrategicamente em agências Banespa
São Paulo 37Região do ABC 3Baixada Santista 4Vale do Paraíba 1Interior de São Paulo 12Santa Catarina 3Paraná 4Nordeste e Espírito Santo 5Rio de Janeiro 7Minas Gerais 4Rio Grande do Sul 3
O Santander Banespa é o primeiro grupo financeiro
privado a atuar como agente repassador de recursos
federais da Saúde e Educação para Estados e Municípios.
27Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Banco de Varejo
Nichos de Mercado
Governos
O Grupo atua no segmento de Governos com uma equipe
especializada que, em conjunto com a rede de agências, oferece um
atendimento diferenciado.
O setor público responde por cerca de 30% do PIB brasileiro, conta
com mais de dez milhões de funcionários e passa por um profundo
processo de modernização, buscando maior eficiência da gestão
pública, aumentando, assim, seu nível de exigência quanto à qualidade
na prestação de serviços financeiros.
A visão e abordagem do segmento pelo Grupo abrangem toda a cadeia
de valor, ou seja, as entidades públicas federais, estaduais e municipais,
os funcionários públicos, fornecedores, contribuintes e a comunidade.
O atendimento de forma segmentada contribuiu para a consolidação
da liderança do Grupo nos negócios com o setor público no Estado de
São Paulo, por intermédio do Banespa, destacadamente em gestão de
recursos, folha de pagamento e arrecadação de tributos, junto a mais
de mil entidades municipais. Destaca-se, também, o crescimento de
participação nos negócios de Governos nos demais Estados nos quais
o Grupo está presente com o Banco Santander.
O Santander Banespa foi o primeiro grupo financeiro privado a atuar
como agente repassador de recursos federais da Saúde e Educação para
Estados e Municípios, trazendo vantagens para o setor público, que passa
a contar com a capilaridade e a eficiência da rede Santander Banespa
para implementar projetos de desenvolvimento socioeconômico.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 28
O ano de 2002 foi chave para a consolidação do Programa
Universidades, com o lançamento do Cartão Universitário Inteligente,
na rede Banespa, e o desenvolvimento de uma cesta básica de
produtos e serviços específicos para estudantes universitários, além da
integração com o portal mundial Universia (www.universia.com.br),
voltado exclusivamente para a comunidade universitária.
No final do ano, o número de convênios com universidades brasileiras
já chegava a 42 (17, em 2001); o número de clientes do programa
atingiu 148.320, (130.673, em 2001), e o volume de negócios
realizados dentro do programa chegou a R$ 850 milhões em 2002
(R$ 709 milhões, em 2001). Em 2002 foram emitidos 40.050 Cartões
Universitários Inteligentes.
Banco de Varejo
O Banespa manteve a liderança no relacionamento com o funcionalismo
público estadual em São Paulo, graças ao foco da rede de agências no
atendimento a esse cliente, a uma oferta diferenciada de produtos e
serviços e à modernização dos Postos de Atendimento Bancário.
Também é importante ressaltar as parcerias com o Governo do Estado
de São Paulo, com projetos na área social, cultural e serviços financeiros.
Universidades
O Programa Universidades, no Brasil, integra o programa mundial
desenvolvido pelo Grupo Santander Central Hispano para dar
um tratamento diferenciado aos estudantes, professores e funcionários
universitários.
29Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Banco de Atacado
Banco de Atacado
O Banco de Atacado do Grupo Santander Banespa é um dos líderes do
mercado e um padrão de referência para seus clientes, entre os quais
estão as 1.600 maiores e melhores empresas em atuação no Brasil
– multinacionais e empresas locais com faturamento anual superior a
R$ 100 milhões.
Uma oferta universal de produtos e serviços financeiros é colocada à
disposição dessas empresas nas áreas de tesouraria, comércio exterior
e câmbio, mercado de capitais, gestão de recursos, corretora de
valores e mercadorias, custódia e arrendamento mercantil.
O Banco de Atacado do Grupo Santander Banespa conta com uma
equipe de profissionais altamente qualificada, que trabalha sempre
com foco no relacionamento com seus clientes.
Seus gerentes atuam como consultores e assessores financeiros na
formulação e implementação de soluções sob medida, para atender às
suas necessidades específicas.
Em 2002, o Grupo Santander Banespa participou ativamente em
diversas operações de atacado, destacando-se:
• O aumento de quase 100% na participação do mercado de derivativos
para clientes, com um volume de negócios realizados de US$ 5,2 bilhões
no período, incluindo, além das operações no mercado doméstico,
operações com hedge internacional e produtos estruturados.
• A realização de aproximadamente US$ 8 bilhões de operações de
câmbio e trade finance, incluindo operações estruturadas.
• Liderança na captação de linhas de comércio exterior oferecidas no
leilão do Banco Central, com um volume captado de US$ 170 milhões.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 30
Banco de Atacado
• A participação como assessor financeiro em um project finance no
valor de R$ 567 milhões, destinados à implantação de linha de
transmissão de 500 KW com 1.080 km de extensão.
• A coordenação e/ou participação em emissões e repactuações de
títulos de renda fixa de empresas brasileiras nos mercados local e
internacional, no montante aproximado de R$ 4,5 bilhões.
• A coordenação e/ou participação em emissões e vendas secundárias
de ações nos mercados local e externo, no montante aproximado
de R$ 5,6 bilhões.
Tesouraria
A Tesouraria do Grupo Santander Banespa atua fortemente em todos
os segmentos do mercado financeiro, com liderança entre as
instituições que operam no País. Por intermédio da Tesouraria, o Grupo
conduz transações interbancárias, operações de mercado aberto e
provê serviços aos clientes do Banco em diversos produtos, como
arbitragens de taxas de juros ou moedas, câmbio e operações de
derivativos – futuros, opções e Swaps – principalmente relacionadas
a hedge.
A Tesouraria, pela área de gestão financeira, é responsável por gerir a
liquidez do Grupo nas diversas moedas, administrar os gaps de taxa de
juros e câmbio e fixar os valores dos vários produtos em todos os
segmentos comerciais. Segue e executa as políticas estabelecidas
mundialmente pelo Grupo Santander e pelo Comitê de Ativos e
Passivos (ALCO), localmente. As áreas de Risco de Mercado e Controle
Financeiro monitoram de forma independente a execução das políticas
e limites estabelecidos.
31Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
O Banco de Atacado do Grupo Santander Banespa é um dos líderes do mercado e um
padrão de referência para seus clientes, entre os quais estão as 1.600 maiores e
melhores empresas em atuação no Brasil.
Banco de Atacado
Na área comercial, a Tesouraria é responsável pela gestão e
comercialização de produtos – ativos, passivos e derivativos – à rede de
agências e aos clientes corporate.
Em 2002, a Tesouraria do Grupo Santander Banespa completou o
processo de integração das equipes que dão suporte à rede de
agências. Hoje, a Tesouraria de clientes atende todos os segmentos do
Grupo, de pessoas físicas a grandes empresas, com processos unificados,
o que tornou possível a venda para a rede Banespa de produtos
sofisticados, até então exclusivos dos clientes Santander.
Em um ano com alta volatilidade, a Tesouraria do Grupo manteve sua
presença nos vários mercados, provendo cotações competitivas e liquidez
normal para todos os tipos de operações, notadamente no segmento
corporativo. Essa atuação destacada do Grupo permitiu um significativo
aumento de participação do mercado em produtos com alta
competitividade, com destaque para as operações de derivativos, desde
operações simples até soluções inovadoras em produtos sob medida.
Para assegurar valor aos clientes, a Tesouraria liderou discussões nos
mais variados fóruns de mercado, de associações de bancos a grupos
de produtos em contato direto com órgãos do governo. A troca de
idéias e sugestões para desenvolver novas alternativas gerou
oportunidades de operações com mais eficiência e menor risco
para banco e cliente, adequando os instrumentos financeiros a
necessidades específicas.
A presença do Grupo Santander em vários países da América Latina,
na Península Ibérica e nos grandes centros financeiros internacionais
foi fundamental para a estruturação de negócios com clientes
multinacionais, que utilizaram os mais variados produtos nos mercados
brasileiro e internacional.
Banco de Atacado
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 32
Comércio Exterior
O Grupo Santander Banespa é um dos líderes em transaçõesrelacionadas ao Comércio Exterior, com atuação destacada em todosos segmentos em que atua.
As operações internacionais do Grupo envolvem desde a sua forteatuação na captação de linhas de créditos obtidos por intermédio demais de 100 banqueiros correspondentes no exterior até a colocaçãodas mesmas junto a clientes exportadores e importadores brasileiros,por meio de vários produtos que envolvem financiamentos e serviços,como financiamento de importação, exportação (pré e pós-embarque),cartas de crédito, cobranças etc.
Essas operações são prospectadas e conduzidas por especialistas, pormeio de dez filiais localizadas nas regiões Sul e Sudeste, em cidades queconcentram as maiores empresas importadoras e exportadoras dessasregiões: São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, PortoAlegre, Caxias do Sul, Blumenau, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador.
Agências no Exterior
O Grupo Santander Banespa possui atualmente agências em Grand
Cayman (Santander e Banespa) e Tóquio (Banespa).
As agências em Grand Cayman têm como finalidade principal obter
recursos no mercado internacional para repasse a clientes com o
objetivo de financiar operações internacionais.
Já a agência localizada em Tóquio tem como objetivo principal atender
os clientes brasileiros, pessoas físicas, residentes no Japão, oferecendo-
lhes os mais variados produtos e serviços bancários. Além dos
depósitos efetuados na própria agência, esses residentes destinam
uma fração de seus rendimentos a seus familiares no Brasil,
representando, assim, uma fonte alternativa de captações de recursos
para o Grupo.
Banco de Atacado
33Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Corporate Finance
Os clientes da área de Corporate Finance do Santander Banespa
representam alguns dos maiores e mais importantes grupos industriais,
comerciais e financeiros do Brasil. A esses clientes, o Grupo oferece um
pacote diversificado de produtos de investment banking, entre os
quais assessoria no acesso ao mercado de capitais local e externo via
ações e dívida, fusões, aquisições e project finance. Essa assessoria tem
se revelado uma importante ferramenta de apoio ao crescimento e
desenvolvimento dos negócios dos clientes no Brasil.
A combinação única (i) do completo entendimento do perfil de
atividades dos clientes, (ii) da utilização das mais avançadas técnicas de
finanças corporativas e (iii) da forte experiência e presença internacional
torna-se fundamental para a estruturação de operações especialmente
desenhadas pelo Grupo para atender às necessidades dos clientes nos
projetos de investimentos e planos de expansão.
Em 2002, o Grupo Santander Banespa participou da montagem,
estruturação e distribuição ao mercado de importantes emissões de
ações e debêntures, mantendo-se numa posição destacada nos
rankings de originação e distribuição de renda fixa e variável.
• 1ª colocação no ranking da Anbid – Associação Nacional dos Bancos
de Investimentos e de Desenvolvimento para emissões de ações
tipo 2 (emissões externas).
• 1ª colocação entre os bancos estrangeiros no ranking da Anbid para
emissões de títulos de renda fixa (originação e distribuição).
• 5ª colocação no ranking da Anbid para emissões de títulos de renda
fixa tipo 2 (originação).
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 34
Banco de Atacado
Principais operações no mercado de dívida em 2002:
• Coordenador da emissão de debêntures simples da Brasil Telecom S.A.
no valor de R$ 400 milhões em dezembro.
• Coordenador da emissão de debêntures simples do Grupo Pão de
Açúcar no valor de até R$ 500 milhões em novembro.
• Coordenador da emissão de Notas Promissórias da CPFL Energia no
valor de R$ 900 milhões em outubro.
• Coordenador da emissão de Certificados a Termo de Energia Elétrica da
CESP – Companhia Energética de São Paulo no valor de R$ 250.019.832
em junho.
• Coordenador da repactuação de debêntures simples da Usiminas –
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. no valor de R$ 400 milhões
em junho.
• Coordenador da emissão de debêntures simples da Sabesp –
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo no valor
de R$ 400 milhões em maio.
• Coordenador da emissão de notas promissórias da Draft II
Participações S.A. no valor de R$ 900 milhões em abril de 2002.
• Lead Arranger do Syndicated Loan ao Grupo Ultra no valor de
US$ 60 milhões em junho.
• Coordenador da emissão de debêntures simples da Votorantim
Finanças no valor de R$ 650 milhões em fevereiro.
• Co-Manager da emissão de Short Term Notes do Banco Votorantim
no valor de US$ 150 milhões em dezembro.
35Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Banco de Atacado
Principais operações de emissão de ações em 2002:
• Joint Global Coordinator da oferta secundária de ações ordinárias da
Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
no valor de R$ 506.906.579 em maio.
• Líder da oferta brasileira de ações ordinárias da CVRD – Companhia Vale
do Rio Doce S.A. no valor de R$ 4.512.967.361 em março.
• Coordenador contratado da oferta primária de ações ordinárias
e preferenciais da Marcopolo S.A. no valor de R$ 95.454.547
em setembro.
Corretora Atacado
Entre as líderes de mercado em volume de operações, a Corretora do
Grupo Santander Banespa atua ativamente na Bolsa de Valores de São
Paulo – Bovespa e na Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F, provendo
serviços de corretagem e aconselhamento para clientes institucionais
locais e internacionais, além dos clientes de private banking.
Em 2002, suas operações na Bovespa somaram cerca de R$ 6 bilhões
e alcançaram 7ª posição no ranking de volume de contratos na BM&F,
operando em nome de seus clientes com contratos futuros e de Swaps.
A Corretora conta com uma equipe de operadores e vendedores que
atende clientes individuais, corporativos e investidores institucionais,
no Brasil, no México, na Europa e nos Estados Unidos. Todas as
atividades da Corretora são suplementadas com análises e pesquisas
providas pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Santander
Banespa, formado por uma equipe de experientes e renomados
analistas, premiados como os melhores do País. Este trabalho conta,
ainda, com o suporte de equipes internacionais, baseadas em países da
América Latina, como México, Chile e Argentina, e da Europa, como
Espanha, Portugal e Itália.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 36
Um Banco de soluç
37Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
ões personalizadas
O Grupo administra R$ 15 bilhões em fundos de
investimento e está presente em todos os segmentos:
varejo, private, corporate e institucional.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 38
Gestão de Recursos
O Grupo Santander Banespa administra R$ 15 bilhões em fundos de
investimento, prestando serviço de custódia a clientes qualificados e
atendendo clientes institucionais e pessoas físicas na intermediação de
valores mobiliários. Está presente em todos os segmentos de mercado:
varejo, private, corporate e institucionais, nacionais e estrangeiros.
Na Gestão de Recursos do Santander Banespa, há integral separação de
tarefas, atribuições e decisões em relação às demais operações do Grupo.
As áreas de riscos operacionais, riscos de mercado e riscos de crédito, por
exemplo, têm independência de critério e gestão; e as áreas de suporte
operacional estão separadas e atendem exclusivamente às atividades
fiduciárias do Grupo. Políticas de código de conduta pessoal, compliance,
chinese wall e prevenção de conflitos de interesse foram instituídas, em
concordância com os elevados padrões adotados globalmente pelo Grupo.
Fundos de Investimento
A indústria de fundos de investimento perdeu R$ 69 bilhões, em 2002,
e fechou o ano com patrimônio total de R$ 375 bilhões, revertendo
um período de dez anos de expressivo crescimento, em que os fundos
de investimento atingiram mais de 50% da poupança financeira no Brasil.
As perspectivas de crescimento são positivas. Os fundos representam
menos de 20% do PIB, estando muito abaixo do padrão internacional.
Nesse cenário, a multiplicação de alternativas e a crescente volatilidade
nos mercados financeiros tornam cada vez maior a demanda por uma
gestão profissional e independente de recursos das famílias, de
empresas e de investidores institucionais.
Gestão de Recursos
39Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Para potencializar as oportunidades do mercado e melhor atender à
demanda de serviços de gestão de seus clientes, o Grupo Santander
Banespa oferece uma ampla família de fundos, com perfis definidos
de risco e retorno, dos quais destacamos: Família Liquidez, destinada
aos investidores com baixa propensão a risco e que alcançaram
patrimônio superior a R$ 600 milhões em sete meses; Família IGPM,
que permitiu aos clientes com maior disposição de risco uma melhor
oportunidade de rentabilidade no segundo semestre de 2002; e Família
Super Gestão, de gestão discricionária, líder no seu grupo na indústria.
Atualmente, a participação de mercado do Grupo alcança 4,1%, com
destaque para o segmento de varejo, com 7% do mercado.
Vislumbramos boa perspectiva de crescimento no segmento private
banking, recém-implantado no Brasil. A tradição e a experiência global
do Grupo Santander Banespa neste segmento devem permitir
crescimentos superiores a 25% ao ano, ainda por um longo período.
Nos segmentos institucional e corporativo, o Grupo oferece fundos
com gestão diferenciada, não competindo via preço e objetivando
crescimento a longo prazo.
Apesar da queda no volume administrado, as comissões mantiveram-se
estáveis em 2002, em razão de um mix de fundos de rentabilidade
mais elevada e do recebimento de taxas de performance.
Gestão de Recursos
Gestão de Recursos
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 40
Previdência Privada
O Santander Central Hispano é um dos maiores administradores
globais de planos de previdência complementar, com uma participação
de mercado superior a 12% na América Latina.
Até 2001, a presença do Grupo no Brasil era incipiente, restringindo-
se ao estoque de planos – basicamente corporativos – oriundos dos
bancos adquiridos entre 1997 e 2000. Por se tratar de um mercado
que vem crescendo expressivamente nos últimos anos, é uma das
prioridades do Grupo para o futuro próximo. Tendências demográficas
e reformas estruturais nos sistemas de aposentadoria em todo o mundo
indicam crescente demanda por produtos de previdência complementar.
Em 2002, começaram a venda de PGBLs nas redes de varejo do Grupo
e em 12 meses foram captados mais de 6% do fluxo de novos recursos
para esse mercado, elevando a participação no mercado para 3,4%.
As reservas contabilizaram quase R$ 500 milhões, alcançando mais de
120 mil clientes, com uma recorrência de planos de contribuição mensal
que atinge 24% dos clientes.
Private Banking
O Santander Banespa é um destacado provedor mundial de serviços
financeiros destinados a clientes private banking. Dedicado à orientação
de famílias com um elevado patrimônio, o segmento apresentou uma
expansão de 65% no Brasil em 2002. O Grupo oferece um serviço
especializado de alocação de recursos, adequado a perfis de risco e
retorno definidos pelos clientes, por intermédio de fundos próprios e
de terceiros, produtos de tesouraria e ações.
Assuntos Corporativos
41Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Assuntos Corporat ivosEm 2002, a Vice-Presidência Executiva de Assuntos Corporativos
continuou construindo, fortalecendo e difundindo a imagem do Grupo
Santander Banespa como uma instituição financeira líder no mercado,
que valoriza seus acionistas, clientes, empregados e comunidade na
qual atua. Essas ações foram desenvolvidas pelas áreas que formam o
departamento – Comunicações Internas, Relações com a Imprensa,
Relações Institucionais, Relações Governamentais e Responsabilidade
Social – e estão em linha com os princípios éticos que caracterizam a
atuação do Grupo Santander Banespa.
Construindo uma Cultura
Informar as constantes transformações ocorridas em todo o Grupo,
difundir as novas políticas de trabalho e atuação, estimular a participação
efetiva dos funcionários nos diversos programas, promover a veiculação
de informações e a integração entre os diferentes setores e culturas
foram as principais tarefas de Comunicações Internas.
Para cada grande projeto conduzido no Banco, foram adotadas estratégias
específicas de comunicação. Tanto para o Projeto A+ de Atendimento com
Relacionamento como para o Projeto de Renovação Tecnológica Altair,
criaram-se identidades visuais apropriadas, com logomarcas, slogans,
veículos exclusivos de comunicação, eventos e concursos, com o objetivo
de facilitar a sua disseminação e o seu conhecimento.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 42
Assuntos Corporativos
A Vice-Presidência
Executiva de Assuntos
Corporativos continuou
construindo, fortalecendo
e difundindo, em 2002,
a imagem do Grupo como
uma instituição que
valoriza os acionistas,
clientes, empregados
e a comunidade na
qual atua.
No A+, foi construído um portal na Intranet, com cobertura integral da
evolução do projeto, recursos de interatividade e campanhas de
participação dos funcionários, sendo criado ainda um boletim mensal,
colecionável, fortemente focado na proposta de tornar o Grupo uma
referência em atendimento.
Promover a unificação dos veículos internos de comunicação dos
bancos Santander e Banespa, por meio do “Conexão“ – jornal
impresso mensal – e do “Conexão-on-line“ – informações em tempo
real – também fez parte dos desafios do Grupo no caminho de
integração de sua cultura.
Proximidade com a Imprensa
Intensificar o relacionamento com profissionais da imprensa, para que
esses formadores de opinião conheçam melhor a empresa, seus
produtos e sua importância para o sistema financeiro, foi a principal
meta de Relações com a Imprensa. Além dos contatos diários com
veículos de comunicação de todo o País e do exterior, atendendo a
uma gama variada de solicitações de informações, o Grupo promoveu
cursos para aperfeiçoamento de jornalistas que cobrem a área
financeira, e viagens ao exterior, possibilitando intercâmbio desses
profissionais com economistas, professores e empresários espanhóis,
aprofundando suas visões sobre o Brasil e a América Latina.
Pelo conjunto das ações de comunicação, interna e externa, o Grupo
Santander Banespa recebeu em 2002 o título de Empresa de
Comunicação do Ano, concedido pela Associação Brasileira de
Comunicação Empresarial – Aberje.
43Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Assuntos Corporativos
Patrocínio à Cultura
O Grupo Santander Banespa, em 2002, ratificou o seu compromisso de
ser um dos principais patrocinadores da cultura do País. A área de
Relações Institucionais esteve à frente das decisões dos investimentos
em artes visuais, música e cinema.
Em apenas um ano, o Santander Cultural, em Porto Alegre, tornou-se
Patrimônio Histórico da Cidade. Com acesso gratuito, o Santander
Cultural recebeu 208 mil visitantes, em seis exposições, entre elas a
de Amílcar de Castro, a última do artista gaúcho antes de seu
falecimento. Na programação especial de cinema, foram apresentados
61 filmes e dez mostras e, em parceria com a Prefeitura de Porto
Alegre, realizou-se o primeiro Concurso de Cinema, no qual se
concedeu o Prêmio Santander de Cinema.
Dentro do projeto Educação, o Santander Cultural contou com a visita
de mais de 30 mil alunos de 770 escolas públicas do Rio Grande do Sul.
Além de ministrar seminários, esse projeto incluía um ateliê, no qual os
estudantes faziam suas próprias pinturas a partir da compreensão das
exposições. As obras eram depois expostas no Átrio do Santander
Cultural, podendo ser vistas pelos pais nos fins de semana.
Em São Paulo, a dinâmica não foi diferente no Museu do Banespa,
instalado na Torre do prédio Altino Arantes, na Praça Antônio Prado.
Cerca de 120 mil pessoas vieram conhecer São Paulo de um de seus
mais belos mirantes e apreciar um acervo de 1.004 obras, destacando-se,
entre muitas outras, as de Manabu Mabe, Aldemir Martins e Portinari.
Em 2002, o investimento do Grupo Santander Banespa na indústria
cinematográfica foi de R$ 2,8 milhões. Pela Lei Audiovisual, 32 filmes
nacionais foram beneficiados, entre eles “Carandiru”, de Hector
Babenco, e “Desmundo”, de Allain Fresnot, nas diversas fases: captação,
desenvolvimento, produção e lançamento.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 44
Assuntos Corporativos
Uma das iniciativas mais expressivas da área de Relações Institucionais
foi participar da reconstrução da Catedral da Sé e da construção das
torres do projeto original, com um total de R$ 800 mil.
O Grupo Santander Banespa também valoriza a capacitação de jovens
por meio do esporte. Por isso, todo ano realiza a famosa Peneira de
Vôlei do Banespa, um projeto que traz adolescentes de todo o Brasil
para participar de um processo de seleção e integrar o time de vôlei do
Esporte Clube Banespa. Os meninos selecionados têm direito a estadia,
alimentação, educação e a um extenso programa de aprendizado de vôlei.
Em 2002, o Esporte Clube Banespa conquistou uma importante parceria
e passou a se chamar Banespa / Mastercard, aumentando o investimento
no esporte para R$ 4 milhões. Essa parceria foi firmada também para
fortalecer a imagem do cartão de crédito Banespa / Mastercard, lançado
em 2003. De todos os projetos culturais e esportivos, participa diretamente
a área comercial, com ações de relacionamento com clientes, captação
e venda de produtos.
A Responsabilidade Social também faz parte da missão do Grupo
Santander Banespa, que contribui para o desenvolvimento da
sociedade. Para cumprir esse objetivo, a área de Responsabilidade
Social desenvolve estímulos e cria oportunidades a fim de que os vários
públicos ligados à Organização possam participar das múltiplas
iniciativas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico e
ambiental do País.
Para esse trabalho, o Grupo promove parcerias, como a que estabelece
um acordo com suas centenas de fornecedores, que se comprometem
a não utilizar mão-de-obra infantil nos produtos adquiridos pelo
Banco, e convênios ou mesmo alianças com diversas esferas do
Governo e entidades privadas, colaborando em programas destinados
a oferecer melhor qualidade de vida às comunidades nas quais o
Grupo atua.
45Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Assuntos Corporativos
Essas ações abrangem programas de geração de renda, como os das
Padarias Artesanais e das Máquinas de Costura, resultado de uma
parceria com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Estendem-se a iniciativas como o microcrédito, produto de um
convênio com a entidade São Paulo Confia, para ceder crédito a micro e
pequenos empreendedores, a inserção digital, fruto de entendimentos
com centenas de entidades em todo o País para a doação de
microcomputadores, e muitas outras.
Graças à abrangência da política de Responsabilidade Social, o Grupo
patrocina também ações na área da saúde, como a instalação de
brinquedotecas em unidades básicas de saúde da cidade de São Paulo,
e a captação de recursos para a expansão do centro de atendimento
infantil do Hospital do Câncer. Atua na educação, oferecendo
programas complementares ao ensino fundamental e médio, como o
programa Arte & Cidadania, e atividades de empreendedorismo.
Parceria é a palavra-chave em todas as suas ações. É com essa estratégia
que a área de Responsabilidade Social, ao estimular a participação de
colaboradores internos, clientes e fornecedores, valoriza a imagem da
empresa. Embora o Grupo tenha recebido dois significativos prêmios
por sua atuação – o Projeto Cidadania, da Aberje, categoria regional,
e o Selo da Cidadania, da Prefeitura de Porto Alegre –, o maior
reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela área é a forte adesão
desses agentes nas ações promovidas pela Organização.
Parcerias Públicas
O Banco, por meio de Relações Governamentais, procura participar
ativamente das discussões públicas com órgãos governamentais
federais, estaduais e municipais, além dos poderes Legislativo e
Judiciário dessas esferas, buscando contribuir com discussões e idéias
sobre temas como fixação de linhas de crédito especiais para comércio
exterior, crédito agrícola, financiamento a pequenas e médias
empresas e demais assuntos de interesse público para o mercado, para
o setor e para o conjunto da sociedade.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 46
Um Banco que invest
47Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
e em alta tecnologia
Grupo Santander Central Hispano
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 48
Grupo SantanderCent ra l H i spanoO Grupo Santander Central Hispano é a primeira
entidade financeira da Espanha e a segunda da
região do euro, com uma capitalização de mercado,
em 31 de dezembro de 2002, de 31.185 milhões
de euros. Conta com um quadro de 104 mil
empregados, dos quais 65% estão fora da Espanha.
Sua estratégia é muito clara: ser uma entidade de
referência internacional, especializada na banca
comercial e com forte presença na Europa e na
América Latina. Para isso, combina a diversificação
geográfica com um profundo conhecimento dos
mercados onde atua e que administra localmente,
tornando-se um grupo multilocal. Conta com
elevadas cotas de mercado, que permitem obter o
máximo potencial do seu modelo de negócio.
A atividade da banca comercial gera 86% do
resultado operacional do Grupo; nela reside a sua
principal vantagem competitiva. Essa atividade
complementa-se com negócios globais: gestão de
ativos, banca privada, banca corporativa, banca de
investimento e tesouraria.
O Grupo centra sua atividade nos países com maior
potencial de negócio: Espanha, Portugal, Brasil,
México e Chile.
Na Europa, ocupa posições de liderança na Banca de
Consumo na Espanha, Alemanha, Itália e Portugal e
tem uma sólida aliança estratégica com o Royal
Bank of Scotland, assegurando posição privilegiada
no sistema financeiro europeu.
Em outros países ibero-americanos, o Grupo tem
uma presença mais seletiva, tanto geograficamente
– com menor número de filiais – como por negócios
– corporativo e institucional, banca privada ou
gestão de ativos.
Na América Latina, o Grupo assinou, em 2002, uma
aliança estratégica com o Bank of America, que o
coloca numa melhor posição para aproveitar todo o
potencial de negócio da população mexicana dos
Estados Unidos e das mais de 5 mil empresas dos
EUA existentes no México.
Trata-se de um Grupo com inquestionável vocação
para o crescimento, confiando plenamente em sua
capacidade de explorar as vantagens competitivas
do seu modelo de negócios e de criar valor
maximizando a rentabilidade da sua atual estrutura
de negócio.
Para o êxito dessa estratégia, tem sido necessário
contar com alguns princípios de gestão claramente
definidos a partir de duas exigências: eficiência
e solidez.
A melhoria da eficiência apóia-se na geração de
receitas e no controle de custos. Para gerar renda, o
Grupo redefiniu a estratégia das áreas de negócios,
com o intuito de aumentar a atividade e ganhar cota
de mercado pelo lançamento de novos produtos e
mediante programas de fidelização dos seus clientes.
Para ser um banco que oferece não só os melhores
produtos como também os melhores serviços,
garantindo vínculos com seus clientes em momento
de crescente competitividade em todos os
mercados, o Grupo conta com a melhor tecnologia
da banca espanhola. Essa estratégia tem permitido
ganhar cotas em depósitos e fundos de
investimento na Espanha e em 70 pontos básicos
em países da América Latina, onde o Grupo vem
desenvolvendo sua estratégia de expansão.
Se na geração de recursos fez-se um esforço especial
durante 2002, no controle de custos decidiu-se
manter a filosofia de austeridade aplicada há vários
anos. Os principais elementos dessa política de
controle de custos são a racionalização do quadro de
pessoal e agências e o total aproveitamento das
possibilidades que a tecnologia e a simplificação de
processos oferecem. Essa estratégia possibilitou
redução de 12,8% nas despesas.
Grupo Santander Central Hispano
49Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
O conjunto dessas ações permite que o Santander
Central Hispano se conserve entre os principais
grupos financeiros em atividade: é a terceira
entidade mais eficiente entre os maiores grupos
financeiros da região do euro, com uma taxa de
51,8%, 2,5 pontos percentuais abaixo do índice do
ano passado, sem considerar a crise na Argentina.
A solidez do seu balanço é sustentada por uma
prudente gestão de riscos e pela qualidade da sua
base de capital.
Em matéria de risco, o Grupo encontra-se em situação
privilegiada, especialmente entre as entidades de
dimensão internacional, com risco mais previsível e
de maior qualidade do que o dos competidores,
devido a dois motivos principais.
Em primeiro lugar, porque a sua política de gestão
de riscos tem sido tradicionalmente prudente, tendo
clara noção de que o crescimento não pode ser
realizado à custa de uma deterioração da qualidade
do crédito.
Por isso, durante os últimos três anos procurou-se
combinar o desenvolvimento do negócio com a
manutenção da taxa de inadimplência em torno
de 2%, apesar da deterioração da conjuntura
econômica internacional.
Em segundo lugar, por ter estrutura bem
diferenciada dos outros grupos multinacionais,
beneficia-se de diversas vantagens daí decorrentes,
atenuando muitos inconvenientes.
Como resultado da integração de bancos locais,
com bases de clientes de caráter local, a exposição
do Grupo aos riscos globais é mínima. Apesar de
terem ocorrido, em 2002, algumas das maiores
falências da história, sua taxa de créditos em atraso
no período manteve-se em 1,89%, com uma taxa
de cobertura de 140%.
Grande parte desses resultados favoráveis no controle
de risco se explica pela diversificação que o Grupo tem
priorizado, seguindo duas estratégias complementares:
a expansão para novos mercados e para novos
negócios. O efeito dessa estratégia é aumentar a
estabilidade e a recorrência dos bons resultados.
Quanto à sua base de capital, o Banco termina o
ano com alguns índices acima dos seus objetivos,
após a realização de uma série de operações que
têm permitido compensar o efeito da depreciação
das moedas latino-americanas. Com essas medidas,
o índice BIS alcançado no final do exercício foi de
12,64%, o que, somado à sua capacidade de
geração de capital via resultados e à prudente
política de saneamentos, expressa uma sólida
estrutura de balanço.
O Grupo adota modelo de negócios que assume,
por fim, a transparência, com todas as suas
conseqüências. É algo que, a longo prazo, cria valor
a partir da confiança e do fortalecimento do vínculo da
empresa com acionistas, clientes, funcionários e todos
os grupos da sociedade com os quais se relaciona.
Os resultados da aplicação das políticas expostas,
durante 2002, combinam uma boa evolução das
atividades de caráter mais recorrente com um pior
comportamento das atividades mais diretamente
relacionadas aos mercados de divisas e valores.
O efeito conjunto disso foi a diminuição do
resultado operacional em 6,4%, mas que, sem a
Argentina, aumenta em 1,5%.
Considerando somente a parte recorrente das
atividades do Grupo em 2002, isto é, excluindo
dividendos e resultados por operações financeiras, o
incremento do resultado operacional sem a
Argentina chega a 14,3%.
Os saneamentos realizados fizeram com que a queda
do lucro atribuído (9,8%) fosse superior ao registrado
pelo resultado operacional. De qualquer modo, a cifra
alcançada, 2.247 milhões de euros, é a maior no País.
Resumindo, esses resultados demonstram a grande
capacidade do Grupo de administrar situações difíceis.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 50
Amér i ca La t ina
Por conhecer os mercados nos quais atua, o Grupo
faz o que melhor sabe fazer: a banca comercial. Na
América Latina, conta com 4.183 agências, 57.358
funcionários e 13,6 milhões de clientes, dos quais
administra recursos no valor de 108.537 milhões de
euros. O Santander Central Hispano é o primeiro
Grupo bancário da América Latina em volume de
depósitos, fundos de investimento e em volume de
crédito concedido. É, também, líder da região em
lucro atribuído.
O ano de 2002 demonstrou a capacidade do Grupo de
gestão e flexibilidade para se adaptar a um ambiente
instável. Desse modo, obteve um lucro atribuído de
1.383 milhões de euros, que revela sua capacidade e
experiência para obter benefícios e conduzir-se
favoravelmente em cenários de elevada volatilidade.
O conhecimento dos mercados nos quais atua e sua
capacidade em fazer a banca comercial permitem ao
Grupo dar rentabilidade aos seus investimentos, que
nos casos do Chile, México e Venezuela oferecem um
ROI em dólares de 13%, 24% e 21%, respectivamente.
Além disso, conta com forte presença no Brasil, um dos
países-chave no desenvolvimento da América Latina,
região com elevado potencial de crescimento.
Com estratégia diferenciada nos diversos países, o
Grupo concentra sua atividade nas economias
maiores e de maior crescimento: Brasil, México e
Chile. Neles possui amplas carteiras de clientes,
equipes profissionais e técnicos necessários para fazer
o mesmo tipo de banca que mantém na Espanha.
México
Em setembro de 2002, o Grupo criou no México a
nova marca comercial Santander Serfin, após a
integração do Banco Santander Mexicano e da
Banca Serfin. Desse processo de integração resultam
vantagens por via de poupanças e sinergias,
assim como pela consecução de maior potência
e eficácia comerciais.
O Santander Serfin é o terceiro banco do México em
volume de negócios e o primeiro em rentabilidade e
solidez de balanço. Em uma única rede, são atendidos
mais de 4 milhões de clientes em mil agências, com
um complemento de quase 1.800 caixas automáticas.
Durante 2002, incrementou-se notavelmente as
participações de negócios no México, alcançando
entre 13 e 14%. O lucro atribuído foi de 681 milhões
de euros e o ROI em dólares alcançou 24%.
Destaca-se, ainda, o sucesso de produtos inovadores
como os cartões Serfin Light e Serfin Uni-k, que
aumentaram a cota do Grupo nesse segmento em
até 12,9%.
O Grupo consolidou a aliança estratégica com o Bank
of America, que adquiriu 24,9% do Santander Serfin,
demonstrando a profundidade do compromisso da
entidade com a América Latina e com o montante do
seu investimento na região.
Trata-se de uma excelente operação, que abre uma
ampla perspectiva de oportunidades de negócios na
banca corporativa – com as 5 mil filiais de empresas
dos Estados Unidos presentes no México – e de
pessoas físicas, já que aproximadamente 8 milhões
de mexicanos trabalham nos Estados Unidos.
América Latina
51Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
América Latina
Chile
Em 1º de agosto de 2002, efetivou-se a fusão do
Banco Santander Chile e do Banco Santiago, já
considerados o primeiro e o terceiro bancos do Chile,
respectivamente. O novo Banco Santander Chile é a
primeira instituição financeira desse país por volume
de negócio, rentabilidade e eficiência, contando com
mais de 350 agências e 2 milhões de clientes.
Com uma participação de 22,8% em depósitos e de
25,5% em créditos, o Banco Santander Chile está
presente também nos negócios de pensões e fundos
de investimento, com participação de mercado de
11,1% e 21,2%, respectivamente. O Grupo tem
obtido no Chile um lucro atribuído de 229 milhões
de euros.
Outros países
Em Porto Rico, o Grupo está entre as três primeiras
entidades financeiras, com uma rede de mais de
60 agências e uma participação de negócios
ponderada de 13,8%. Em um ano focado em
reestruturação comercial, obteve-se um lucro
atribuído de 12 milhões de euros.
Na Venezuela, onde se mantém uma participação
ponderada de negócios de 12,2%, o Grupo tem
ajustado suas políticas de crescimento e riscos,
obtendo, ainda assim, um lucro atribuído de
166 milhões de euros.
Na Colômbia, em 2002, finalizou-se o modelo de
reestruturação empreendido nos últimos anos, com
foco numa banca mais seletiva e especializada.
Na Argentina, foram tomadas amplas provisões para
cobrir todo o investimento de capital, o cross-border
intragrupo e as necessidades reguladoras de
dotações de risco-país com terceiros. A gestão do
Grupo está focada na qualidade do seu investimento
creditício e na manutenção da liquidez.
Os resultados da Argentina têm sido neutralizados
no processo de consolidação, sendo sua
contribuição nula em termos de benefício. Por outro
lado, o balanço foi reduzido em 39% neste
exercício, em conseqüência da desvalorização do
peso e da redução do volume de negócios.
Nos outros países em que o Grupo está presente
(Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai), naqueles em que
nem o tamanho do sistema financeiro nem as
participações do Grupo são suficientes para
desenvolver um modelo de banca universal, optou-se
por um modelo de banca mais seletiva, tanto
geograficamente, com menor número de agências,
quanto por segmentos, dirigindo-se ao corporativo e
institucional e à banca privada e abandonando a
banca massiva.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 52
Um Banco com sóli
53Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
da Gestão de Riscos
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 54
Gestão F inance i ra
Na Tesouraria, a área de Gestão Financeira é a
responsável pela gestão ativa do balanço do Banco.
Suas atribuições são localmente delegadas pelo
Comitê de Ativos e Passivos (ALCO), mas devem
também responder à área que centraliza essas
atividades na matriz.
A área tem por responsabilidade a gestão da
liquidez nas distintas moedas, a administração dos
gaps de taxa de juros e moedas e a precificação dos
diversos produtos para as demais áreas, além da
otimização da estrutura do capital e hedge de
posições estruturais de câmbio. A coordenação
dessas atividades visa manter a estabilidade dos
resultados das operações comerciais do Banco e
garantir a liquidez de acordo com as necessidades
do negócio.
Gestão dos Gaps de Taxas de Juros
A área de Gestão Financeira analisa todos os
produtos que geram riscos de taxas de juros, e todas
as posições, sejam de derivativos ou não, são incluídas
na geração da estrutura de gap. Cada indexador –
entre eles, prefixados como PTAX, IGP-M, TR etc. –
gera uma estrutura de gap de acordo com o prazo
de repactuação da taxa do contrato. A exposição a
cada tipo de risco de taxa de juros é administrada
por meio dos mercados futuros. Existe uma
metodologia para o tratamento dos depósitos sem
vencimento, que leva em consideração a variação de
valor e de margem que esses depósitos geram para
o balanço.
Gestão Financeira e de Riscos
Gestão de Liquidez
A gestão de liquidez permite financiar os ativos e o
desenvolvimento dos negócios, otimizando custos e
prazos. São feitos projetos de evolução de liquidez
com base nos planos de negócios por prazos de
doze meses, revistos a cada trimestre. Esses planos
são utilizados como subsídio para a precificação do
consumo de liquidez dos produtos.
O Banco mantém uma estrutura confortável de
liquidez com um conjunto de ativos líquidos,
basicamente papéis soberanos, e uma diversificação
de prazos de vencimento dos ativos não-líquidos,
que visa minimizar os riscos. Além disso, são
elaborados planos de contingência para o caso de
crises de mercado que afetem a liquidez do sistema.
Gestão de Capital
A gestão de capital é feita de maneira a manter um
nível confortável de capital. Internamente, o consumo
de capital é precificado para incentivar operações
que sejam menos capital-intensivas. As operações
de crédito são sujeitas à metodologia Rorac (Return
on Risk Adjusted Capital), desenvolvida na matriz
para estabelecer uma rentabilidade mínima para o
consumo do capital. As operações de derivativos
têm, também, seu consumo de capital definido por
uma metodologia coorporativa.
55Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Gestão Financeira e de Riscos
Ges tão de R i s cos
Organização das Funções de Riscos
O Grupo Santander Banespa considera a gestão de
riscos um dos pilares fundamentais para a geração
de valor, de modo sustentável ao longo do tempo.
O modelo de gestão de riscos é padrão para todas
as unidades do Grupo Santander Central Hispano.
Sendo de médio / baixo risco, o modelo tem anos de
uso e provou ser extremamente eficaz. Essa
homogeneidade facilita a admissão de novos riscos
e a comparação entre as unidades do Grupo,
embora haja freqüentes atualizações e adaptações
para cada mercado em que o Grupo opera.
O tratamento integral dos diferentes tipos de riscos
– risco de crédito, risco de mercado, risco de juros,
risco de liquidez, risco operacional etc. – permite a
identificação dos riscos e sua medição sobre bases
homogêneas, facilitando o processo de conhecimento
e administração das exposições do Grupo, em suas
várias dimensões (produtos, grupos de clientes,
segmentos, setores econômicos, negócios etc).
A Comissão Executiva de Riscos desempenha as
seguintes funções:
• Estabelece as políticas de riscos para o Grupo de
acordo com a Comissão Executiva País;
• Fixa as alçadas dos Comitês de Riscos existentes
no País;
• Aprova ou indefere operações dentro de suas
alçadas, bem como recomenda as operações
acima das alçadas para a Comissão Delegada de
Riscos na Espanha;
• Nas reuniões periódicas, realizadas pelo menos
uma vez por semana, assegura que os níveis de
risco assumidos, tanto individuais quanto globais,
cumpram os objetivos fixados;
• Recebe informação periódica, por meio de relatórios
concretos, sobre assuntos importantes que deva
conhecer ou sobre os quais deva decidir;
• Revisa sistematicamente as exposições com os
principais clientes, setores econômicos de atividade,
áreas geográficas e tipos de risco;
• Supervisiona o cumprimento dos objetivos de
riscos, as ferramentas de gestão, as iniciativas
para a melhoria da gestão de riscos e qualquer
outra ação relevante relacionada com a matéria.
As condutas acima descritas estão em sintonia com as
diretrizes sugeridas pelos foros autorizados por
ocasião da revisão do Acordo de Basiléia e garantem
a capacidade e a independência necessárias para que os
órgãos do Comitê supervisionem o desenvolvimento
da estratégia geral do Grupo, em consonância com as
decisões de sua Diretoria.
Riscos de Crédito
À gestão do risco de crédito compete a identificação,
medição, integração, controle e quantificação das
diferentes exposições, assim como da rentabilidade
ajustada ao risco, tanto na perspectiva global do
Grupo como na de cada setor de atividade.
A organização das funções de riscos do Grupo
Santander Banespa segue os princípios e a estrutura
organizacional básica estabelecidos pela Casa Matriz.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 56
Em 31 de dezembro de 2002, a carteira creditícia do
Grupo Santander Banespa estava distribuída da
seguinte forma: 38,9% Large Corporate; 15,2%
Corporate; 9,4% Médias e Pequenas Empresas;
34,9% Pessoa Física; e 1,6% Institucional.
O percentual de créditos em atraso consolidado do
Grupo Santander Banespa, em 2002, situou-se em
5,3%, apresentando sensível melhora, comparado
ao de 2001, que foi de 6,3%.
A gestão de riscos de crédito desenvolve-se de
forma diferenciada para os distintos segmentos de
clientes e características dos produtos. O tratamento
de clientes de caráter global (governos, corporações
e grupos econômicos multinacionais) é realizado de
forma centralizada para todo o Santander Central
Hispano, para que se fixem limites globais de
exposição para todo o Grupo.
O modelo de risco do Grupo Santander Banespa
divide-se em riscos de tratamento personalizado e
gestão global (grandes e médias empresas) e risco
de tratamento-padrão (pequenas e microempresas e
pessoas físicas).
Para o segmento de empresas, a gestão e o
acompanhamento dos riscos se apóiam no sistema
de vigilância especial, conhecido como FEVE (Firmas
em Vigilância), que determina qual a política de
riscos a ser adotada com o cliente (seguir, reduzir,
afiançar e extinguir). Esse sistema é adaptado para
as necessidades e características do mercado
creditício brasileiro.
Em 31 de dezembro de 2002, os riscos classificados
em vigilância especial no Grupo Santander Banespa
representavam 22,6% da carteira em vigilância,
sendo que 8,5% estavam concentrados nos graus
mais severos (reduzir, afiançar e extinguir), resultado da
austeridade na política de acompanhamento dos riscos,
em face da conjuntura econômica do País em 2002.
A gestão de riscos de crédito incorpora, na sua fase
final, a recuperação de créditos que eventualmente
estejam inadimplentes. Os créditos inadimplentes de
menor valor são recuperados por intermédio de
centrais telefônicas de cobrança. Esses centros de
cobrança são dotados de potentes sistemas de
informação e comunicação, permitindo, assim, um
alto índice de sucesso na recuperação dos créditos.
Com o contato telefônico com o cliente, em poucos
dias se efetua a renegociação ou o pagamento do
crédito. Para a recuperação de créditos de maior
valor, são utilizados gerentes especializados.
Gestão Financeira e de Riscos
Grupo Santander BanespaDistribuição carteira clientes classificados em FEVEEm R$ mil
Grau de FEVE %
Reduzir 5,1%
Afiançar 1,0%
Extinguir 2,3%
FEVE Graves 8,5%
Seguir 14,1%
Normal (não FEVE) 77,4%
Total 100,0%
57Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Gestão Financeira e de Riscos
Sistemas Internos de Rating
A gestão de riscos se dá por meio de um sistema
próprio de classificação de solvência que permite
medir o risco de cada cliente. A classificação do
cliente, obtida após a análise dos fatores relevantes
de risco na admissão, é ajustada posteriormente em
função das características concretas das operações
(prazo, garantias e tipos de operações), sendo
objeto de revisões periódicas durante a etapa de
acompanhamento do risco.
Cada classificação de solvência ou rating estabelece
uma determinada probabilidade de inadimplência em
função da experiência histórica, que, combinada com
as características da operação, possibilita determinar
a perda esperada na operação, cujo custo será
incorporado ao cálculo da rentabilidade ajustada ao
risco sobre o capital exposto, o Rorac, utilizado para
os segmentos de Corporate e Empresas.
Escala Mestra
O Banco dispõe de uma Escala Mestra, cuja finalidade
é tornar equivalentes a taxa de inadimplência
antecipada e as distintas graduações dos ratings que
vêm sendo utilizadas de forma homogênea no
tratamento dos riscos. Trata-se de uma ferramenta
que permite a utilização de uma linguagem comum,
ao traduzir qualquer sistema de pontuação a uma
escala de 1 a 9. A Escala Mestra está atrelada aos
valores das agências de rating externas.
Operações de Financiamento de Pessoas Físicas
O Grupo Santander Banespa dispõe, há dois anos,
de sistemas automatizados de admissão e seleção
dos diversos produtos de financiamento de pessoas
físicas. No Banespa, eles estão em desenvolvimento,
com previsão de implantação para 2003. Esses
sistemas atribuem automaticamente o rating, isto é,
a classificação da pessoa física ou grupo de pessoas
físicas e da operação.
Essa medição botton up permite prever a taxa de
inadimplência antecipada para cada caso e, com a
medição da cobrança, uma perda estimada da
carteira, possibilitando assim calcular as provisões
de acordo com as resoluções do Banco Central do
Brasil e os preços ajustados ao risco no momento
da admissão.
Gestão Financeira e de Riscos
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 58
Rentabilidade ajustada ao Risco
O Grupo mantém sua gestão de riscos pelas
metodologias Rorac, tanto no conjunto de carteiras
como no caso de clientes concretos, com as
seguintes finalidades:
• Analise e fixação de preços no processo de
tomada de decisões;
• Estimativa do consumo de capital de cada cliente,
carteira ou segmento de negócio;
• Cálculo do nível de provisões decorrente das
perdas esperadas.
O Banco revisa periodicamente o Rorac objetivo ou
mínimo exigido em suas operações de risco, para
assegurar que as mesmas gerem valor para o
acionista. Atualmente, o Rorac objetivo está situado em
29%, percentual equivalente a, aproximadamente,
cerca de 15% de rentabilidade líquida sobre o
capital econômico, após deduzidos os custos de
transformação incorridos.
A implantação de metodologias Rorac, como as
anteriormente descritas, é considerada um dos pilares
fundamentais dos modelos internos de riscos,
segundo a próxima normativa do Comitê do Banco
Internacional de Pagamentos da Basiléia (BIS II).
Quantificação do Perfil de Risco
A política de riscos do Grupo Santander Banespa está
orientada no sentido de manter um perfil de risco
médio / baixo, tanto no âmbito do risco de crédito
como no de risco de mercado. No caso de risco de
crédito, essa definição qualitativa pode ser medida em
termos de perda esperada.
Perda esperada e Capital de Risco
A determinação da perda esperada é imprescindível
para quantificar os riscos latentes da carteira
creditícia, reconhecendo-os e provisionando-os antes
que se produza a inadimplência. Este é o sentido das
provisões estabelecidas pelo Banco Central do Brasil.
No cálculo da perda esperada, intervêm dois fatores
essenciais: a taxa de inadimplência antecipada e a
taxa média de recuperações, isoladas do efeito do
ciclo econômico.
Risco de Contraparte
O controle se realiza mediante um sistema
integrado e em tempo real, que permite conhecer,
em cada momento e em qualquer escritório do
Banco, a linha de crédito disponível com qualquer
contraparte para qualquer produto e prazo.
O risco se mede tanto por seu valor atual como
potencial (valor das posições de riscos considerando
a variação futura dos fatores de mercado subjacentes
nos contratos).
A grande maioria dos produtos derivados énegociada no Brasil na Câmara de CompensaçãoBM&F, com rígidos controles on-line de garantias eliquidez e ajustes diários de marcação a mercadodas operações de todas as contrapartes.
Riscos de Mercado
A área de riscos de mercado, operando de acordocom políticas globais e enquadrada na perspectivade risco tolerado pela Alta Direção, desenvolve suaatividade de controle visando facilitar a concretizaçãodos negócios com os clientes, otimizar os benefíciosda Instituição e melhorar constantemente o índicede Risco / Retorno.
Gestão Financeira e de Riscos
59Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
No âmbito da medição, controle e acompanhamentode riscos de mercado, incluem-se aquelas operaçõescom risco patrimonial assumido. Esse risco provémdas variações de preço de diversos fatores de risco:taxa de juros, taxa de câmbio, renda variável,volatilidade desses componentes, risco de solvênciae risco de liquidez dos diferentes produtos etambém dos mercados nos quais opera.
Em função das características do risco, as atividades
segmentam-se em:
Carteiras de Negociação:
Inclui as carteiras de renda fixa e renda variável, as
posições de risco de câmbio e a volatilidade desses
fatores de risco contabilizadas em resultados a
preços de mercado.
Gestão de Balanço:
Caracteriza-se pela utilização dos instrumentos
financeiros para imunizar o gap de ativos e passivos
derivado basicamente da operação da carteira de
clientes, assim como para a gestão da liquidez
estrutural do Grupo.
Carteiras de Investimento:
Engloba as carteiras de renda fixa contabilizadas,
principalmente, por ganhos de margem cujo objetivo
não é a obtenção de resultados por variação de preço.
Posições Estratégicas:
• Taxa de Câmbio: Posições tomadas para cobertura
de capital, de resultados, de dividendos e
cumprimentos regulatórios.
• Renda Variável: Investimentos permanentes em
empresas.
Cada uma dessas atividades é medida e analisada
com diferentes ferramentas para mostrar, de
maneira mais precisa, o perfil de risco das mesmas.
Metodologias
Atividade de Negociação
A metodologia standard, aplicada em 2002 pelo
Grupo Santander Central Hispano para a atividade
de negociação, é o Valor em Risco (VaR). Utiliza-se
como base o standard de Simulação Histórica, com
um nível de confiabilidade de 99% e um horizonte
temporal de um dia, e têm-se realizado ajustes
estatísticos que vêm permitindo incorporar de forma
eficaz e rápida os acontecimentos mais recentes que
condicionam os níveis de riscos assumidos.
Em função das necessidades do tamanho ou
natureza das carteiras, podem-se aplicar outras
metodologias, como a Simulação de Montecarlo e
os Modelos Paramétricos.
O VaR não é o único método, tendo em vista que
seu modelo não é completamente representativo,
sobretudo para mercados emergentes nos quais o
Grupo tem expressiva atuação. Esse método vem
sendo utilizado devido à sua facilidade de cálculo e
à boa referência do nível de risco em que se incorre,
mas há em curso outras medidas que nos permitem
maior controle dos riscos.
Entre essas medidas, encontra-se a Análise de
Cenários, que consiste em definir cenários de
comportamento de diferentes variáveis financeiras
para se obter o impacto nos resultados quando
aplicados sobre as carteiras. Esses cenários podem
reproduzir fatos acontecidos no passado (como
crises) ou determinar cenários plausíveis que não
tenham correspondência com eventos passados.
Definem-se, no mínimo, três tipos de cenários –
plausíveis, severos e extremos – que, junto com o
VaR, estabelecem um espectro muito mais completo
do perfil de riscos.
Gestão Financeira e de Riscos
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 60
Gestão de Balanço / Carteiras de Investimento
Risco de Taxas de Juros
O Grupo realiza análise de sensibilidade da Margem
Financeira (NIM) e do Valor Patrimonial (MVE) ante
as variações das taxas de lucro. Essa sensibilidade é
gerada pelas disparidades nas datas de vencimento
e de revisão das taxas de juros que se produzem
entre as diferentes partidas do balanço. O Comitê
de Ativos e Passivos gere os investimentos por meio
de coberturas para manter tais sensibilidades dentro
da classe objetiva.
As medidas utilizadas pelo Grupo, para o controle
do risco de juros na Gestão do Balanço, são o gap
de taxas de juros, as sensibilidades da Margem
Financeira e do Valor Patrimonial até variações nos
níveis de taxas de juros, o Valor de Risco (VaR) e a
Análise de Cenários.
Gap de Taxas de Juros de Ativos e Passivos
A análise de gaps de taxas de juros cuida da disparidade
entre os prazos de reavaliação de documentos
patrimoniais dentro das partidas de balanço (ativo e
passivo) e até mesmo fora dele. Proporciona uma
representação básica da estrutura do balanço e
permite detectar concentrações de risco de juros nos
diferentes prazos. Além disso, é uma ferramenta útil
para o cálculo de possíveis impactos de eventuais
movimentos nas taxas de juros sobre a Margem
Financeira e no Valor Patrimonial da entidade.
Todos os documentos do balanço e de fora dele
devem ser decompostos nos seus fluxos e colocados
no ponto de repreço / vencimento. No caso daqueles
documentos que não têm um vencimento contratual
definido, como por exemplo as contas à vista, em
2002 colocou-se à prova um modelo interno de
análise e estimativa das durações e sensibilidades
dos mesmos (fora dos saldos estáveis e instáveis
para efeitos de liquidez).
Sensibilidade da Margem Financeira (NIM)
A sensibilidade da Margem Financeira é um índice de
curto/médio prazo que mede as alterações nos ganhos
esperados em um prazo determinado (12 meses)
ante uma mudança da curva de taxas de juros. Seu
cálculo é realizado mediante a simulação da margem,
tanto para um cenário de movimento da curva de
taxas como para o cenário atual, sendo a sensibilidade
a diferença entre ambas as margens calculadas.
Sensibilidade do Valor Patrimonial (MVE)
A sensibilidade do Valor Patrimonial é uma medida
de longo prazo, referente a toda a vida da
operação, complementar, portanto, à sensibilidade
da Margem Financeira estabelecida no ano. Mede o
risco de lucro, implícito no Valor Patrimonial
(Recursos Próprios), sobre a base da incidência que
tem a variação das taxas de juros nos valores atuais
dos ativos e passivos financeiros.
Valor em Risco (VaR)
Para a atividade de balanço, calcula-se o Valor em
Risco com o mesmo standard aplicado à
Negociação: Simulação Histórica com nível de
confiabilidade de 99% e horizonte temporal de um
dia. Têm-se aplicado ajustes estatísticos que
permitem incorporar de forma eficaz e rápida os
acontecimentos mais recentes que condicionam os
níveis de riscos assumidos.
Analise de Cenários
Estabelecem-se os cenários do comportamento das
taxas de juros – máxima volatilidade e crise abrupta
– que, aplicados sobre o balanço, determinam o
impacto no Valor Patrimonial, assim como as
projeções da Margem Financeira para o ano.
Gestão Financeira e de Riscos
61Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Risco de Liquidez
O risco de liquidez está associado à capacidade do
Grupo de financiar os compromissos adquiridos, a
preços de mercado razoáveis, e de levar adiante seus
planos de negócio com fontes de financiamento
estáveis. O Banco realiza permanente vigilância de
perfis máximos de variação temporal. As medidas
utilizadas para o controle de risco de liquidez na
Gestão de Balanço são o gap de liquidez, os índices
de liquidez, os cenários de estresse e os planos
de contingência.
Gap de Liquidez
O gap de liquidez proporciona informação sobre as
entradas e saídas de caixa contratuais e esperadas
para um período determinado, em cada uma das
moedas em que se opera. Mede a necessidade e o
excesso líquido de fundos em uma data e reflete o
nível de liquidez mantido em condições normais
de mercado.
Realizam-se dois tipos de análise do gap de liquidez:
1.Gap de Liquidez Contratual: Todos os documentos
de balanço e de fora de balanço, sempre que
aportem fluxos de caixa, são colocados no ponto
de vencimento;
2.Gap de Liquidez Operativo: Constitui uma visão de
cenário em condições normais do perfil de liquidez,
já que os fluxos das partidas de balanço são
colocados no ponto de liquidez provável e não no
ponto de vencimento contratual. Nesta análise, a
definição de cenário de comportamento (renovação
de passivos, descontos em vendas de carteiras e
renovação de ativos) constitui o ponto fundamental.
Índices de Liquidez
O Coeficiente de Liquidez compara os ativos líquidos
disponíveis para a venda ou cessão (uma vez
aplicados os descontos e ajustes pertinentes) com o
total dos passivos exigíveis (incluindo contingências).
Mostra, por moeda não-consolidável, a capacidade
de resposta imediata que tem a entidade diante de
compromissos assumidos.
O Coeficiente de Iliquidez Líquida Acumulada é
definido pelo quociente entre o gap acumulado a
30 dias, obtido do gap de liquidez modificado, e o
importe do Passivo Exigível a 30 dias. O gap de
liquidez contratual modificado se elabora partindo
do gap de liquidez contratual e colocando os ativos
líquidos no ponto de liquidação ou cessão e não no
seu ponto de vencimento. Esse coeficiente mostra a
iliquidez no curto prazo.
Análise de Cenários / Plano de Contingência
A gestão de liquidez do Banco baseia-se na adoção
de todas as medidas necessárias para prevenir uma
crise. Nem sempre é possível prever as causas de
uma crise de liquidez e, por isso, os planos de
contingência se centram na moldagem de crises
potenciais com a análise de diferentes cenários, na
identificação de tipos de crise, nas comunicações
internas e externas e nas responsabilidades individuais.
O Plano de Contingência cobre o âmbito de direção
de uma unidade local e da matriz. O primeiro sinal
de crise especifica claras linhas de comunicação e
sugere uma ampla gama de respostas perante
diferentes níveis de crises.
Como as crises podem evoluir em uma base local ou
global, é preciso que cada unidade local prepare um
Plano de Contingência de Financiamento, indicando
a quantia que poderia ser requerida potencialmente
como ajuda ou financiamento desde a unidade
central durante uma crise.
O Plano de Contingência de cada unidade local
deve ser comunicado à unidade central (Madri) pelo
menos semestralmente, para que seja revisado e
atualizado. Entretanto, esses planos devem ser
atualizados em prazos menores sempre que as
circunstâncias dos mercados assim o indiquem.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 62
Posições Estratégicas
Devido à sua natureza, não serão permitidas flutuações
nas mesmas, a não ser que tenham sido previamente
aprovadas pelas funções locais / globais em Comitê.
Serão estabelecidos limites em posição, mas serão
medidos pelos VaR, Loss Trigger e Stop Loss.
Esses índices serão indicativos.
Taxas de Câmbio: A posição do câmbio estrutural
pode ser permanente ou temporal. A permanente
reflete basicamente o valor teórico contábil dos
investimentos líquidos do fundo de comércio inicial,
enquanto a posição temporal se gera basicamente
pelas operações de compra-venda de moeda
realizadas para cobrir o risco de câmbio. As diferenças
de câmbio que cada uma dessas posições gera se
registram contabilmente em patrimônio e em
perdas e ganhos, respectivamente.
Medidas Complementares
Medidas de Calibração e Contraste
As provas de contraste a posteriori ou back-testing
são uma análise comparativa entre as estimações do
Valor de Risco (VaR) e os resultados diários
efetivamente gerados. Essas provas têm como
objetivo verificar e proporcionar um índice de precisão
dos modelos utilizados para o cálculo do VaR.
Coordenação com outras Áreas
Diariamente, realiza-se um trabalho conjunto com
outras áreas, o que permite atenuar o risco
operacional. Isso implica a realização de conciliações
de posições.
Perfil de Vencimento de Dívida
Quinzenalmente, se realiza uma análise do perfil de
vencimentos dos títulos em carteira (negociação e
investimento), para conhecer quais os prazos de
maior concentração de fluxos de caixa.
Sistema de Controle
Definição de Limites
O processo de fixação de limites tem lugar após o
exercício orçamentário e é o instrumento utilizado
para estabelecer o patrimônio de que dispõe cada
atividade. O estabelecimento de limites se concebe
como um processo dinâmico que responde em nível
de aceitação de risco definido pela Alta Direção.
Objetivos da Estrutura de Limites
Para definir a estrutura de limites, consideram-se os
seguintes aspectos:
• Identificar e delimitar, de forma eficiente e
compreensiva, os principais tipos de risco de mercado
incorridos, para que sejam consistentes com a gestão
do negócio e com a estratégia definida;
• Quantificar e comunicar às áreas de negócios os
níveis e o perfil de risco que a Alta Direção
considera assumíveis, para evitar que se incorra
em riscos não desejados;
• Dar flexibilidade às áreas de negócio na tomada
de risco de mercado de forma eficiente e oportuna,
segundo as mudanças do mercado, e nas estratégias
de negócio, e sempre dentro dos níveis de risco
que se considerem aceitáveis pela entidade;
• Permitir aos geradores de negócios uma prudente,
mas suficiente, tomada de riscos para alcançar os
resultados orçados;
• Estabelecer alternativas de investimento, com a
limitação do consumo de recursos próprios.
Gestão Financeira e de Riscos
63Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Gestão Financeira e de Riscos
Riscos e Resultados em 2002
Atividade de Negociação
Análise Quantitativa do VaR no ano
A evolução do risco relativo à atividade de negociação
nos mercados financeiros, em 2002, quantificado
por meio do VaR, é a seguinte:
Pode-se observar como o Banco manteve um perfil
de risco médio / baixo, com grande dinamismo na
sua gestão ao longo de todo o exercício de 2002.
Esta gestão dinâmica de risco permite ao Grupo
adotar mudanças de estratégia, para aproveitar
oportunidades num meio de incertezas e altas
volatilidades. Em diferentes ocasiões, ao longo do
ano, é possível observar pronunciadas diminuições
na exposição ao risco, mostrando como o Grupo é
capaz de adaptar-se ante uma mudança nas
expectativas, modificando rapidamente o seu perfil
de risco.
No gráfico seguinte, observa-se a evolução decrescente
do VaR ante o incremento de risco e de volatilidade
evidenciado no preço do dólar ao longo do ano.
A observação da evolução do VaR, ao longo do exercício
de 2002, evidencia a flexibilidade e agilidade do
Grupo em adaptar o seu perfil de risco em função
de mudanças de estratégia provocadas por uma
percepção diferente das expectativas nos mercados.
O histograma seguinte descreve a distribuição de
freqüências do risco medido em termos de VaR
durante 2002. Assim, pode-se dizer que os níveis
máximos de risco têm sido alcançados de forma
precisa, observando-se que o VaR chegou a ser
superior a 10 MM USD em duas ocasiões.
Entretanto, os níveis mínimos têm sido mais
freqüentes, com um VaR inferior a 4 MM USD em
174 ocasiões.
Gestão de Ativos e Passivos
Análise Quantitativa de Risco da Taxa de
Juros no ano
O risco de juros na atividade de gestão de balanço,
medido pela sensibilidade a 100 bp (basis point) do
Valor Patrimonial e sensibilidade a 100 bp da
Margem Financeira em um ano, movimentou-se de
forma decrescente em 2002, reduzindo notoriamente
o risco referente a dezembro de 2001.
Ao fechar novembro de 2002, o consumo de risco
medido em sensibilidade 100 bp do Valor
Patrimonial sobre os RRPP era de 1,05%, enquanto
o risco na Margem Financeira a um ano, medido em
sensibilidade 100 bp do mesmo sobre a margem
orçada era de 0,82%. Esse perfil de risco corresponde
a uma queda de 50% em risco de margem e a uma
redução um pouco maior em valor. A situação
política e economicamente instável do Brasil
durante o ano levou o Grupo a proceder de maneira
mais conservadora.
O exercício de 2002 caracterizou-se por uma gestão
protetora da Margem Financeira ante a instabilidade
vigente no mercado.
Dez-01 Jan-02 Fev-02 Mar-02 Abr-02 Mai-02 Jun-02 Jul-02 Ago-02 Set-02 Otu-02 Nov-02
NIM 20,42 16,72 12,04 11,32 10,57 11,89 5,44 6,26 4,48 5,66 7,20 7,87
MVE 51,36 47,36 49,91 45,15 49,47 44,75 34,16 22,85 26,87 16,80 13,26 15,65
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 64
Gestão Financeira e de Riscos
Risco de Liquidez
O controle e a análise do risco de liquidez realizam-se
com o propósito de garantir que o Grupo mantenha
níveis aceitáveis de liquidez para cobrir suas
necessidades de financiamento a curto e longo prazo
em situações normais de mercado. Realizam-se,
também, diferentes análises de cenários em que se
recolhem as necessidades adicionais que poderiam
surgir perante diferentes eventos. Desse modo,
pretende-se cobrir todo um espectro de situações
em que, com maior ou menor probabilidade,
poderia se encontrar o Grupo, preparando-se para
as mesmas.
65Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Aná l i se dos Resu l tados e Demonst rações F inance i ras P ro Forma
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 66
Análise dos Resultados
67Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Aná l i se dos Resu l tados
2002 2001
Demonstrações Financeiras – R$ Milhões
Lucro Líquido 2.736 1.298
Receitas de Intermediação Financeira 13.499 11.347
Receitas de Prestação de Serviços 1.518 1.342
Balanço Patrimonial – R$ Milhões
Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil 15.090 13.507
Depósitos de Clientes 19.095 15.604
Fundos de Investimento 14.852 15.356
Patrimônio Líquido 6.133 5.565
Índices de Desempenho
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido 47,9% 26,9%
Rentabilidade sobre Ativos 4,9% 2,3%
Margem Financeira Líquida (1) 9,1% 8,4%
Índice de Recorrência (2) 44,8% 32,1%
Índice de Eficiência 42,5% 67,1%
Índice de Qualidade da Carteira de Crédito (3) 87,5% 84,1%
Índice de Cobertura 114,7% 120,7%
Coeficiente de Solvabilidade (Índice de Basiléia) 15,1% 14,7%
TIER I 15,1% 14,7%
Dados Relevantes
Número de Agências 972 959
Número de PABs 938 977
Número de Caixas Eletrônicos 7.553 7.506
Funcionários 20.805 21.318
(1) Receitas – Despesas de Intermediação Financeiras antes de provisões / total de ativos.
(2) Receitas de Prestação Serviços / Gastos Totais.
(3) Créditos classificados de AA-B sobre o total da carteira.
Grupo Santander Banespa – Pro Forma Demonstrações do Resultado – (R$ mil)
Demonstrações do Resultado Acumulado Acumulado
2001 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre 2002
Receitas de Intermediação Financeira 11.347.035 2.523.720 3.028.772 5.073.442 2.873.080 13.499.014
Operações de Crédito 3.349.798 836.218 1.003.446 1.271.829 782.258 3.893.751
Operações de Arrendamento Mercantil 723.048 87.300 114.025 131.350 89.106 421.781
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 7.029.961 1.531.142 2.501.056 3.931.308 2.633.242 10.596.748
Resultado com Instrumentos Financeirose Derivativos - - (735.407) (853.340) (215.747) (1.804.494)
Resultado de Operações de Câmbio 167.904 28.883 (28.883) 6.883 61.356 68.239
Resultado das Aplicações Compulsórias 76.324 40.177 174.535 585.412 (477.135) 322.989
Despesas de Intermediação Financeira (7.235.253) (1.366.821) (2.458.249) (3.775.167) (1.540.777) (9.141.014)
Depesas de Captação no Mercado (5.226.778) (1.017.615) (1.814.953) (2.937.082) (1.414.300) (7.183.950)
Operações de Empréstimos e Repasses (945.830) (95.159) (365.934) (579.516) 68.532 (972.077)
Operações de Arrendamento Mercantil (578.392) (76.494) (86.865) (95.900) (82.825) (342.084)
Resultado de Operações de Câmbio 0 - (26.581) 0 26.581 -
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (484.253) (177.553) (163.916) (162.669) (138.765) (642.903)
Resultado Bruto de Intermediação Financeira 4.111.782 1.156.899 570.523 1.298.275 1.332.303 4.358.000
Outras Receitas (Despesas) Operacionais (2.959.371) (529.463) 143.953 682.647 (1.337.757) (1.040.620)
Receitas de Prestação de Serviços 1.303.038 358.377 373.770 360.543 366.966 1.459.656
Resultado de Seguros e Previdência Privada 38.825 9.909 (4.134) 715 52.341 58.831
Despesas de Pessoal (2.637.967) (408.395) (465.934) (653.738) (332.164) (1.860.231)
Outras Despesas Administrativas (1.415.528) (327.267) (338.565) (347.929) (386.169) (1.399.930)
Despesas Tributárias (378.237) (97.687) (76.345) (183.826) (155.526) (513.384)
Resultados de Participacões em Coligadas 31.623 9.766 18.685 4.942 21.496 54.889
Outras Receitas (Despesas) Operacionais 98.875 (74.166) 636.476 1.501.940 (904.701) 1.159.549
Resultado Operacional 1.152.411 627.436 714.476 1.980.922 (5.454) 3.317.380
Resultado Não Operacional 128.823 (3.648) 18.832 47.325 105.701 168.210
Resultado antes da Tributação sobre o Lucro 1.281.234 623.788 733.308 2.028.247 100.247 3.485.590
Imposto de Renda e Contribuição Social 94.266 (90.629) 14.978 (777.750) 250.484 (602.917)
Participações Estatutárias (57.688) - - (201) (92.497) (92.698)
Resultado do Período antes da
Participação dos Minoritários 1.317.812 533.159 748.286 1.250.296 258.234 2.789.975
Participações de Acionistas Minoritários (20.279) (9.881) (10.178) (28.745) (5.609) (54.413)
Lucro Líquido 1.297.533 523.278 738.108 1.221.551 252.625 2.735.562
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 68
Análise dos Resultados
Grupo Santander Banespa – Pro Forma Demonstrativos Financeiros – (R$ mil)
Ativo 31-dez-01 31-mar-02 30-jun-02 30-set-02 31-dez-02
Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 55.999.497 55.364.567 57.259.129 60.421.216 53.914.721
Disponibilidades 2.490.451 2.986.717 3.645.180 816.372 860.810
Aplicações Interfinaceiras de Liquidez 2.848.298 1.584.630 1.623.024 7.390.515 4.097.235
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos
Financeiros Derivativos 27.097.279 24.870.750 25.388.669 21.831.239 21.834.997
(Provisões para Desvalorizações) (432.807) (356.033) - - -
Relações Interfinanceiras e Relações Interdependências 1.284.635 2.622.424 2.033.843 3.290.319 3.212.393
Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil 11.286.483 11.095.374 12.189.445 12.407.465 12.082.227
(Provisão para Operações de Crédito) (1.016.019) (1.093.734) (1.151.421) (1.072.796) (957.254)
Outros Créditos 10.447.285 11.673.275 11.839.384 14.155.165 11.279.761
Carteira de Câmbio 1.946.389 2.717.638 3.273.467 5.667.404 4.402.057
Outros Créditos 8.500.896 8.955.637 8.565.917 8.487.761 6.877.704
Outros Valores e Bens 545.066 531.397 539.584 530.141 547.298
Permanente 1.577.407 1.589.494 1.582.286 1.536.358 1.547.081
Investimentos 78.856 84.034 70.288 72.301 75.669
Imobilizado de Uso 804.038 775.270 739.725 691.822 663.793
Diferido 694.513 730.190 772.273 772.235 807.619
Total do Ativo 57.576.904 56.954.061 58.841.415 61.957.574 55.461.802
Passivo 31-dez-01 31-mar-02 30-jun-02 30-set-02 31-dez-02
Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 51.971.234 50.830.929 52.628.695 55.760.240 49.291.158
Depósitos 15.639.904 15.320.077 16.951.605 18.337.313 19.157.593
Depósitos à Vista 3.130.337 2.621.968 2.932.866 3.267.522 3.455.086
Depósitos de Poupança 3.416.675 3.462.510 3.693.843 4.072.826 4.234.695
Depósitos Interfinanceiros 35.722 27.298 65.707 64.781 62.591
Depósitos a Prazo 9.057.170 9.208.301 10.259.189 10.932.184 11.405.221
Captações no Mercado Aberto 7.668.777 4.543.608 4.342.705 6.309.929 5.802.465
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 2.631.372 2.700.551 2.346.739 2.974.662 1.824.031
Relações Interfinanceiras e Relações Interdependências 275.483 1.195.472 768.279 1.139.277 363.217
Obrigações por Empréstimos 8.152.705 8.280.083 10.046.719 6.234.198 5.060.039
Obrigações por Repasses no País – Instituições Oficiais 1.384.287 1.362.921 1.331.517 1.506.981 1.495.878
Instrumentos Financeiros Derivativos - - 637.675 832.556 832.567
Outras Obrigações 16.218.706 17.428.217 16.203.456 18.425.324 14.755.368
Carteira de Câmbio 1.095.726 2.168.264 2.404.792 4.893.726 3.278.223
Diversas 15.122.980 15.259.953 13.798.664 13.531.598 11.477.145
Resultado de Exercícios Futuros 41.043 41.951 42.697 37.109 37.436
Participação dos Minoritários nas Controladas 138.877 146.406 133.122 121.558 136.322
Patrimônio Líquido Administrado pelo Controlador 5.564.627 6.081.181 6.170.023 6.160.225 6.133.208
Total do Passivo 57.576.904 56.954.061 58.841.415 61.957.574 55.461.802
69Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Análise dos Resultados
O Patrimônio Líquido administrado pelo controlador atingiu R$ 6.133 milhões
– 10,2% superior ao do mesmo período no ano passado.
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) passou de 26,9% em 2001
para 47,9% em 2002, um incremento de 21 pontos percentuais; e o ROA
(Retorno sobre Ativos) atingiu 4,9%, contra 2,3% no ano anterior.
As receitas de prestação de serviços, incluindo seguros e previdência, tiveram
crescimento bastante expressivo: 13,1% no ano. Esse crescimento influiu
positivamente no índice de recorrência (receitas de prestação de serviços /
gastos totais), que passou de 32,1% em 2001 para 44,8% em 2002.
Ambiente Macroeconômico
Em um contexto marcado pela escassez de recursos internacionais, a
desvalorização cambial da ordem de 52,3% em 2002 afetou diretamente
as principais variáveis macroeconômicas do País. Entre elas, os destaques
foram para a reversão dos saldos da conta corrente e a aceleração
da inflação.
O principal custo da desvalorização foi a alta da inflação. O IGP-M fechou
2002 com variação de 25,3%. A inflação ao consumidor foi menor
(IPCA de 12,5%), mas mesmo assim foi a mais alta para o IPCA desde
1995. Por conta do crescimento da inflação, que se desviou
significativamente da meta oficial, a taxa de juros teve altas sucessivas
desde setembro, passando de 18% a.a. para 25% a.a. Se, por um lado, a
desvalorização cambial pressionou a inflação, por outro a elevação do
superávit da balança comercial provocou queda significativa do déficit em
conta corrente, diminuindo a dependência externa do País.
Mesmo nesse ambiente de taxas de juros mais elevadas, o crescimento do
PIB, em 2002, superou as estimativas do início do ano, liderado pelo setor
exportador e por áreas mais estimuladas pela substituição de importações.
A demanda interna foi fraca.
Do ponto de vista fiscal, a evolução dos números surpreendeu
favoravelmente: em 2002 o resultado primário consolidado foi de
US$ 52,4 bilhões (3,96% do PIB), superando os US$ 50,3 bilhões da meta
acertada com o FMI.
Análise de Resultado Pro Forma – Grupo Santander Banespa
O Grupo Santander Banespa encerrou o exercício de 2002 com um Lucro
Líquido de R$ 2.736 milhões, um crescimento de 110,8% com relação
a 2001.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 70
Análise dos Resultados
Patrimônio Líquido
6.133
5.565
Dez 01 Dez 02
R$ milhões
10,2%
Lucro Líquido
2.736
1.298
2001 2002
R$ milhões
110,8%
Receita de Prestação de Serviços
1.518
1.342
2001 2002
R$ milhões
13,1%
71Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Análise dos Resultados
Créditos em Atraso
6,3%
5,3%
Dez 01 Dez 02
O índice de eficiência também apresentou evolução muito positiva,
resultado tanto do incremento das receitas como da redução de gastos,
fechando o exercício em 42,5%, 15 pontos percentuais inferior a 2001.
O saldo da carteira de créditos no final de 2002 somava R$ 15.090 milhões,
com crescimento de 11,7%. Convém ressaltar o nível elevado da qualidade
da carteira de créditos do Grupo, mantido durante o ano. Apesar do
cenário de alta volatilidade e do menor crescimento da economia, o
percentual de créditos em atraso mostrou-se decrescente, passando de
6,3% em 2001 para 5,3% em 2002.
O total de recursos de clientes administrados – depósitos e fundos de
investimento – subiu 9,7% com relação a 2001. O volume de depósitos
mostrou um crescimento de 22,5%, sobressaindo-se os depósitos
de poupança e a prazo, que apresentaram crescimento de 23,9% e
25,9%, respectivamente.
O índice de Basiléia atesta a solidez do Grupo no período, finalizando o
exercício em 15,1% – constituído totalmente por capital TIER I.
Índice de Basiléia
15,1%
14,7%
Dez 01 Dez 02
Recursos de Clientes Captados e Administrados
34.009
30.996
Dez 01 Dez 02
R$ milhões
9,7%
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 72
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Grupo Santander Banespa – Pro Forma Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro – Pro Forma – (R$ mil)
Ativo 2002 2001
ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 53.914.721 55.999.497
DISPONIBILIDADES 860.810 2.490.451
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 4.097.235 2.848.298
Aplicações no Mercado Aberto 2.675.457 593.613
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 1.421.978 2.254.885
(Provisões para Perdas) (200) (200)
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DERIVATIVOS 21.834.997 27.550.918
Carteira Própria 11.418.654 14.179.854
Vinculados a Compromissos de Recompra 4.898.991 8.493.025
Vinculados ao Banco Central 2.233.820 1.268.193
Vinculados à Prestação de Garantias 2.177.862 2.974.188
Instrumentos Financeiros e Derivativos 1.105.670 635.658
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 3.201.265 1.279.550
Pagamentos e Recebimentos a Liquidar 7.359 8.480
Créditos Vinculados:
Depósitos no Banco Central do Brasil 3.160.329 1.264.742
Sistema Financeiro da Habitação – SFH 32.323 4.277
Correspondentes 1.254 2.051
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 11.128 5.085
Recursos em Trânsito de Terceiros 64 1.606
Transferências Internas de Recursos 11.064 3.479
OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO MERCANTIL 12.082.227 11.286.483
Operações de Crédito:
Setor Público 152.552 128.601
Setor Privado 12.886.929 12.173.901
(Provisão para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa) (957.254) (1.016.019)
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
73Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Ativo 2002 2001
OUTROS CRÉDITOS 11.279.761 9.993.646
Créditos por Avais e Fianças Honrados 126 187
Carteira de Câmbio 4.402.057 1.946.389
Rendas a Receber 62.382 62.493
Negociação e Intermediação de Valores 459.916 918.292
Créditos Específicos 1.336 55.199
Diversos 6.433.226 7.106.204
(Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) (79.282) (95.118)
OUTROS VALORES E BENS 547.298 545.066
Investimentos Temporários 316.375 316.486
(Provisões para Perdas) (21.818) (21.461)
Outros Valores e Bens 343.336 385.537
(Provisões para Desvalorizações) (208.894) (206.114)
Despesas Antecipadas 118.299 70.618
PERMANENTE 1.547.081 1.577.407
INVESTIMENTOS 75.669 78.856
Participações em Coligadas e Controladas:
No País 9.115 17.150
Outros Investimentos 97.399 92.568
(Provisões para Perdas) (30.845) (30.862)
IMOBILIZADO DE USO 663.793 804.038
Imóveis de Uso 458.932 651.108
Outras Imobilizações de Uso 830.155 866.034
(Depreciações Acumuladas) (625.294) (713.104)
DIFERIDO 807.619 694.513
Gastos de Organização e Expansão 1.151.778 940.231
(Amortizações Acumuladas) (344.159) (245.718)
TOTAL DO ATIVO 55.461.802 57.576.904
As Notas Explicativas anexas são parte integrante destes balanços.
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 74
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Grupo Santander Banespa – Pro Forma Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro – Pro Forma – (R$ mil)
Passivo 2002 2001
PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 49.291.158 51.971.234
DEPÓSITOS 19.157.593 15.639.904
Depósitos à Vista 3.455.086 3.130.337
Depósitos de Poupança 4.234.695 3.416.675
Depósitos Interfinanceiros 62.591 35.722
Depósitos a Prazo 11.405.221 9.057.170
CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO 5.802.465 7.668.777
Carteira Própria 4.551.342 7.623.434
Carteira de Terceiros 1.251.123 45.343
RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS 1.824.031 2.631.372
Recursos de Letras Hipotecárias 2 80.646
Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior 1.824.029 2.550.726
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 87.911 54.919
Recebimentos e Pagamentos a Liquidar 14 47
Repasses Interfinanceiros 83.837 52.633
Correspondentes 4.060 2.239
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 275.306 220.564
Recursos em Trânsito de Terceiros 271.827 207.750
Transferências Internas de Recursos 3.479 12.814
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS 5.060.039 8.152.705
Empréstimos no País – Outras Instituições - 70
Empréstimos no Exterior 5.060.039 8.152.635
OBRIGAÇÕES POR REPASSES NO PAÍS – INSTITUIÇÕES OFICIAIS 1.495.878 1.384.287
Tesouro Nacional 41 1.125
BNDES 516.443 514.730
CEF 89.389 100.253
FINAME 820.192 768.179
Outras Instituições 69.813 -
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
75Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Passivo 2002 2001
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS 832.567 828.598
Instrumentos Financeiros Derivativos 832.567 828.598
OUTRAS OBRIGAÇÕES 14.755.368 15.390.108
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 21.819 38.096
Carteira de Câmbio 3.278.223 1.095.726
Sociais e Estatutárias 97.579 60.079
Fiscais e Previdenciárias 2.156.928 4.916.115
Negociação e Intermediação de Valores 429.040 805.450
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento - 120
Provisão para Operações de Seguros, Fundos de Pensão e de Capitalização 623.427 295.420
Diversas 8.148.352 8.179.102
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 37.436 41.043
Resultados de Exercícios Futuros 37.436 41.043
PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS NAS CONTROLADAS 136.322 138.877
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO CONTROLADOR 5.996.886 5.425.750
Capital: 5.413.290 12.136.502
De Domiciliados no País 194.993 561.349
De Domiciliados no Exterior 5.218.297 11.575.153
(Capital a Realizar) - (1.581)
Reservas de Capital 9.484 6.342
Reservas de Reavaliação 2.439 3.526
Reservas de Lucros 140.097 2.540
Ajuste ao Valor de Mercado – TVM e Derivativos (1.333.238) -
Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.764.814 (6.721.579)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ADMINISTRADO PELO CONTROLADOR 6.133.208 5.564.627
TOTAL DO PASSIVO 55.461.802 57.576.904
As Notas Explicativas anexas são parte integrante destes balanços.
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 76
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Grupo Santander Banespa – Pro Forma Demontrações do Resultado para o Semestre e Exercícios Findos em 31 de dezembro – Pro Forma – (R$ mil)
2002 Exercício
2º Semestre 1º Semestre 2002 2001
RECEITAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 7.973.103 5.552.492 13.499.014 11.347.035
Operações de Crédito 2.054.087 1.839.664 3.893.751 3.349.798
Operações de Arrendamento Mercantil 220.456 201.325 421.781 723.048
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 6.564.550 4.032.198 10.596.748 7.019.198
Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos (1.069.087) (735.407) (1.804.494) 10.763
Resultado de Operações de Câmbio 94.820 - 68.239 167.904
Resultado das Aplicações Compulsórias 108.277 214.712 322.989 76.324
DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (5.342.525) (3.825.070) (9.141.014) (7.235.253)
Operações de Captação no Mercado (4.351.382) (2.832.568) (7.183.950) (5.226.778)
Operações de Empréstimos e Repasses (510.984) (461.093) (972.077) (945.830)
Operações de Arrendamento Mercantil (178.725) (163.359) (342.084) (578.392)
Resultado de Operações de Câmbio - (26.581) - -
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (301.434) (341.469) (642.903) (484.253)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.630.578 1.727.422 4.358.000 4.111.782
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS (655.110) (385.510) (1.040.620) (2.959.371)
Receitas de Prestação de Serviços 727.509 732.147 1.459.656 1.303.038
Resultado de Seguros e Previdência Privada 53.056 5.775 58.831 38.825
Prêmios Retidos 45.978 48.990 94.968 85.758
Sinistros Retidos (24.052) (24.452) (48.504) (33.299)
Receitas (Despesas) com Seguros e Previdência Privada 31.130 (18.763) 12.367 (13.634)
Despesas de Pessoal (985.902) (874.329) (1.860.231) (2.637.967)
Outras Despesas Administrativas (734.098) (665.832) (1.399.930) (1.415.528)
Despesas Tributárias (339.352) (174.032) (513.384) (378.237)
Resultados de Participações em Coligadas e Controladas 26.438 28.451 54.889 31.623
Outras Receitas (Despesas) Operacionais 597.239 562.310 1.159.549 98.875
Outras Receitas Operacionais 2.172.167 1.202.241 3.374.408 2.215.386
Outras Despesas Operacionais (1.574.928) (639.931) (2.214.859) (2.116.511)
RESULTADO OPERACIONAL 1.975.468 1.341.912 3.317.380 1.152.411
Resultado Não Operacional 153.026 15.184 168.210 128.823
RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO
E PARTICIPAÇÕES 2.128.494 1.357.096 3.485.590 1.281.234
Imposto de Renda e Contribuição Social (527.266) (75.651) (602.917) 94.266
Participações Estatutárias no Lucro (92.698) - (92.698) (57.688)
RESULTADO DO PERÍODO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
DOS MINORITÁRIOS 1.508.530 1.281.445 2.789.975 1.317.812
Participações de Acionistas Minoritários (34.354) (20.059) (54.413) (20.279)
LUCRO LÍQUIDO 1.474.176 1.261.386 2.735.562 1.297.533
As Notas Explicativas anexas são parte integrante destes balanços.
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
77Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Grupo Santander Banespa – Pro FormaNotas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2002 e 2001 (R$ mil)
1. Contexto OperacionalO Grupo Santander Banespa, controlado pelo Santander Central Hispano, opera por meio de suas instituições financeiras e desenvolve suas operações
através das carteiras comercial, de câmbio, de investimento, de crédito e financiamento, de crédito imobiliário e de arrendamento mercantil. As operações
são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro.
2. Apresentação das Demonstrações ContábeisAs demonstrações contábeis do Grupo Santander Banespa foram elaboradas em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, associadas às normas
e práticas contábeis do Banco Central do Brasil (Bacen), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Cosif.
3. Demonstrações Contábeis ConsolidadasAs demonstrações contábeis consolidadas foram elaboradas de acordo com os princípios de consolidação estabelecidos pela Lei nº 6.404/76.
Conseqüentemente, todos os investimentos em controladas, balanços, receitas e despesas foram eliminadas. O resultado e o patrimônio líquido atribuídos
aos acionistas minoritários estão demonstrados separadamente. As demonstrações contábeis, consolidadas em 31 de dezembro de 2002, incluem os
balanços dos Bancos e subsidiárias diretas e controladas, estão abaixo demonstradas:
NOTA: O GRUPO SANTANDER BANESPA É FORMADO PELOS BANCOS: BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. – BANESPA, BANCO SANTANDER BRASIL S.A., BANCO SANTANDER MERIDIONAL S.A.,
BANCO SANTANDER S.A. OS DADOS AQUI APRESENTADOS REFEREM-SE À CONSOLIDAÇÃO PRO FORMA DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS DAS INSTITUIÇÕES QUE CONSTITUEM O GRUPO.
Patrimônio LucroLíquido Total Líquido / Participação
Controladas Ajustado Ativos (Prejuízo) %
Setor Financeiro
Banco Santander Brasil S.A. 755.409 26.662.016 3.216 95,92
Banco Santander S.A. 4.329.427 9.811.567 2.672.403 99,99
Banco do Estado de São Paulo S.A. – Banespa 4.305.652 28.244.612 2.818.149 98,18
Banco Santander Meridional S.A. 860.620 3.111.537 77.250 96,91
Santander Banking Limited 19.189 19.189 1.385 100,00
Santander Brasil S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários 71.057 83.298 8.589 100,00
Banespa S.A. Corretora de Câmbio e Títulos 53.031 334.739 30.449 99,99
Santander Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 10.975 15.712 1.255 99,99
Santander Brasil Arrendamento Mercantil S.A. 46.735 453.362 (10.620) 99,99
Santander Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil 27.488 215.165 3.419 99,99
Santander Banespa S.A. – Arrendamento Mercantil 343.105 517.989 41.505 99,99
Setor Seguros
Santander Seguros S.A. 161.309 734.456 49.646 98,97
Santander Capitalização S.A. 57.159 176.748 27.576 100,00
Santander Brasil Investimentos e Serviços S.A. 62.705 67.841 8.720 100,00
Banespa S.A. – Serviços Técnicos, Administrativos e de Corretagem de Seguros 35.676 564.986 176.863 99,99
Outros Setores
Banco Santander Central Hispano S.A. 2.101 4.870 (1.963) 100,00
Santander de Negócios S.A. 27.008 41.335 3.511 100,00
Norchem Participações e Consultoria S.A. 19.523 76.289 265 50,00
Santander Asset Management Ltda. (1) 40.952 41.348 15.328 100,00
Santander Brasil Participações e Empreendimentos S.A. 16.751 20.083 3.098 100,00
Santander Brasil Participações e Serviços Técnicos Ltda. 263.092 269.816 8.587 100,00
Santander Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros 203.889 208.591 10.167 100,00
Santander Banespa Asset Management Ltda. 28.718 29.635 13.356 99,96
Universia Brasil S.A. 4.294 4.583 (1.681) 99,99
Bozano, Simonsen UK Limited 1.294 3.829 (1.839) 100,00
Bozano, Simonsen Latin American S.A. 150 150 (106) 99,99
Setor de Agricultura
Agropecuária Tapirapé S.A. 4.154 4.250 174 98,61
(1) Atual denominação da Santander Brasil Administração de Cartões e Serviços Ltda.
4. Principais Práticas Contábeis
a) Apuração do Resultado
O regime contábil de apuração do resultado é o de competência.
b) Ativos e Passivos, Circulante e a Longo Prazo
São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos, encargos e variações monetárias ou cambiais auferidos e/ou
incorridos até a data do balanço, calculados pro rata dia e, quando aplicável, o efeito dos ajustes para reduzir o custo de ativos ao seu valor de mercado
ou de realização. As provisões para operações de crédito são fundamentadas nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e não vencidas);
na experiência passada, expectativas futuras e riscos específicos das carteiras; e na política de avaliação de risco da Administração do Banco na
constituição das provisões, inclusive, exigidas pelas normas e instruções do Bacen.
Os saldos realizáveis e exigíveis em até 12 meses são classificados no ativo e passivo circulante, respectivamente.
A partir de 30 de junho de 2002, com efeitos retroagindo a 1º de janeiro de 2002, conforme estabelecido pelas Circulares nos 3.068/01 e 3.082/02 e
alterações posteriores, as carteiras de títulos e valores mobiliários e os instrumentos financeiros derivativos estão demonstrados pelos seguintes critérios
de registro e avaliação contábeis:
Títulos e Valores Mobiliários
I – Títulos para negociação;
II – Títulos disponíveis para venda;
III – Títulos mantidos até o vencimento.
Na categoria títulos para negociação estão registrados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente
negociados. Na categoria títulos disponíveis para venda, os que não se enquadram nas categorias descritas I e III. Na categoria títulos mantidos até o
vencimento, aqueles para os quais existe intenção da Instituição de mantê-los em carteira até o vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados
nas categorias I e II estão demonstrados pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, quando aplicável, calculados
pro rata dia, ajustados ao valor de mercado, computando-se a valorização ou a desvalorização decorrentes de tal ajuste em contrapartida:
(1) da adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos
para negociação;
(2) da conta destacada do patrimônio líquido, quando relativa a títulos e valores mobiliários classificados na categoria títulos disponíveis para venda. Os
títulos e valores mobiliários classificados na categoria mantidos até o vencimento estão demostrados pelo valor de aquisição acrescido dos
rendimentos auferidos até a data do balanço, calculados pro rata dia, os quais estão registrados no resultado do período, sendo registradas provisões
para perdas sempre que houver perda permanente no valor de realização de tais títulos e valores mobiliários.
Instrumentos Financeiros Derivativos
Os instrumentos financeiros derivativos são registrados pelo seu correspondente valor de mercado, computando-se a valorização ou desvalorização
decorrente de tal ajuste ao valor de mercado em adequada conta de receita e despesa. Os instrumentos derivativos designados como parte de uma
estrutura de proteção contra riscos (hedge) podem ser classificados como:
I – Hedge de risco de mercado;
II – Hedge de fluxo de caixa.
Os instrumentos financeiros derivativos destinados a hedge e os respectivos objetos de hedge são ajustados ao valor de mercado, observado o seguinte:
(1) para aqueles classificados na categoria I, a valorização ou a desvalorização são registradas em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa,
no resultado do período;
(2) para aqueles classificados na categoria II, a valorização ou desvalorização são registradas em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido.
c) Permanente
Demonstrado pelo valor do custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, e sua avaliação considera os seguintes aspectos:
c.1) Investimentos
Os ajustes dos investimentos em sociedades coligadas são apurados pelo método de equivalência patrimonial e registrados em Resultado de Participações
em Controladas. Os Outros Investimentos estão avaliados ao custo, reduzidos ao valor de mercado, quando aplicável.
c.2) Imobilizado
A depreciação do imobilizado é feita pelo método linear, com base nas seguintes taxas anuais: edificações – 4%, instalações, móveis, equipamentos de uso
e sistemas de comunicação e segurança – 10%, sistemas de processamento de dados e veículos – 20%.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 78
Demonstrações Financeiras Pro Forma
79Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
c.3) Diferido
Os gastos classificados no ativo diferido são amortizados pelo prazo máximo de cinco anos quando se referem à aquisição e desenvolvimento de logiciais
e dez anos para os demais gastos, observando-se os prazos de utilidade da despesa e o vencimento dos contratos de locação.
O ágio na aquisição de investimentos está sendo amortizado pelo prazo de dez anos, observada a expectativa de resultados futuros. No exercício findo
em 31 de dezembro de 2002, o ágio relacionado com a aquisição de investimento totalizava R$ 327.275 e sua respectiva amortização acumulada R$
140.778, o ágio relacionado com eventos de incorporação e as respectivas provisões para manutenção de integridade do patrimônio líquido dos acionistas
minoritários montavam R$ 6.148.466, e a amortização do ágio e a reversão da provisão para manutenção de integridade do patrimônio líquido dos
acionistas minoritários montavam R$ 1.524.192.
d) Imposto de Renda e Contribuição Social
O encargo do imposto de renda é calculado à alíquota de 15% mais adicional de 10% e a contribuição social à alíquota de 9%, após efetuados os ajustes
determinados pela legislação. Os créditos tributários e passivos diferidos são calculados basicamente sobre determinadas diferenças temporárias entre o
resultado contábil e fiscal, sobre prejuízos fiscais e sobre os ajustes a valor de mercado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros
derivativos classificados na categoria de disponível para venda, levando em consideração a situação fiscal específica de cada empresa do conglomerado,
razão pelo qual o Banespa deixou de registrar os créditos tributários sobre as diferenças temporárias geradas a partir de 2001, bem como sobre o benefício
fiscal do ágio na aquisição de investimento, os quais serão reconhecidos na medida da sua realização, inclusive os decorrentes da marcação a mercado
dos títulos e valores mobiliários e de instrumentos financeiros derivativos.
5. Efeito de Mudança de Prática Contábil para Títulos e Valores Mobiliários eInstrumentos Financeiros DerivativosAté 31 de dezembro de 2001, os títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos eram registrados pelo valor de custo, acrescido dos
rendimentos e/ou encargos auferidos e/ou incorridos até a data do balanço e, quando aplicável, provisões para desvalorizações eram constituídas sempre
que este valor superava o correspondente valor de mercado ou realização.
A partir de 1º de janeiro de 2002, tal prática contábil foi alterada, passando a ser adotada conforme descrito na Nota 4(b). Neste sentido, a Instituição
registrou como ajuste de exercícios anteriores os efeitos decorrentes da aplicação dos critérios descritos nas Circulares nos 3.068/01, 3.082/02 e
alterações posteriores, aplicáveis aos saldos em 31 de dezembro de 2001, que podem ser resumidos como segue:
Estes efeitos foram apurados considerando o disposto na Carta Circular nº 3.026/02, que determina a sua aplicação apenas aos títulos e valores mobiliários
e instrumentos financeiros derivativos, existentes em carteira em 30 de junho de 2002 e que tenham sido adquiridos antes de 1º de janeiro de 2002.
A adoção da nova prática contábil de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos causou os seguintes efeitos no exercício findo em
31 de dezembro de 2002:
Carteira
Disponível para Venda
Negociação Hedge Fluxo de Caixa Total
Ajuste a Valor de Mercado de Títulos de Renda Fixa e Renda Variável 369.11 (248.154) 120.961
Ajuste a Valor de Mercado de Derivativos 61.468 (22.715) 38.753
Ajuste a Valor de Mercado de Elementos Cobertos por Derivativos – Hedge de Fluxo de Caixa - 41.449 41.449
Total 430.583 (229.420) 201.163
Saldo publicado (após a Participação dos Minoritários) 2.735.562
Ajuste a Valor de Mercado de Títulos Disponíveis para Venda (1) (1.135.556)
Ajuste a Valor de Mercado de Títulos para Negociação (2) 8.724
Ajuste a Valor de Mercado de Derivativos (3) 67.888
Saldo conforme critérios anteriores 1.676.618
(1) A marcação a mercado negativa dos títulos disponíveis para venda registrada no patrimônio líquido seria registrada no resultado
do exercício.
(2) Refere-se à reversão da marcação a mercado positiva efetuada como ajustes de exercícios anteriores e constituição de menos-valias
em TVM que não seriam provisionadas devido ao ajuste líquido das carteiras.
(3) A marcação a mercado positiva e negativa de instrumentos derivativos não seria objeto de registro de acordo com as práticas
contábeis anteriores.
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 80
Demonstrações Financeiras Pro Forma
6. Índice de BasiléiaAs instituições financeiras estão obrigadas a manter um patrimônio líquido compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos, ponderados por
fatores que variam de 0 a 300%, conforme Resolução nº 2.099/94 do Conselho Monetário Nacional e disposições complementares. Em 31 de dezembro
de 2002 o Grupo Santander Banespa, cuja instituição líder é o Banco Santander Brasil, está enquadrado no referido limite operacional, apresentando um
índice de 15,08% (2001 – 14,66%) de patrimônio em relação aos ativos ponderados.
7. Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Evolução dos Ativos Ponderados Operacional (1)
31.12.2002 31.12.2001
Fator de Ponderação:
Risco Reduzido: 20% 116.959 741.648
Risco Reduzido: 50% 3.936.654 2.116.297
Risco Normal: 100% 20.732.820 20.598.035
Risco Normal: 300% 10.793.418 9.485.223
Total do Ativo Ponderado pelo Risco 35.579.851 32.941.203
Percentual Atribuído para Cálculo da Basiléia x 11% x 11%
3.913.784 3.623.532
Risco de Crédito de Swap 45.178 17.728
Risco de Taxa de Câmbio - -
Risco de Taxa de Juros Pré 357.227 426.818
Patrimônio Líquido Exigido 4.316.189 4.068.078
Patrimônio Líquido Ajustado 5.919.374 5.422.004
Margem 1.603.185 1.353.926
Índice 15,08 14,66
(1) Índice calculado com base nas Demonstrações contábeis consolidadas das instituições financeiras.
2002 2001
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 4.097.235 2.848.298
Aplicações no Mercado Aberto 2.675.457 593.613
Posição Bancada 1.358.596 548.270
Letras Financeiras do Tesouro 1.089.581 433.530
Letras do Tesouro Nacional - 17.166
Notas do Tesouro Nacional - 2.002
Notas do Banco Central 239.009 18.014
Outros 30.006 77.558
Posição Financiada 1.316.861 45.343
Letras do Tesouro Nacional 1.250.735 32.833
Letras Financeiras do Tesouro 66.076 12.510
Notas do Tesouro Nacional 50 -
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 1.421.978 2.254.885
Moedas Estrangeiras 683.210 1.486.964
Moeda Nacional 738.768 767.921
Provisão para perdas (200) (200)
81Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
8. Títulos e Valores MobiliáriosA carteira de títulos e valores mobiliários compõem-se como segue:
O valor de mercado dos títulos e valores mobiliários é apurado considerando o seu fluxo de caixa estimado, descontado a valor presente conforme as
correspondentes curvas de juros aplicáveis, consideradas como representativas das condições de mercado por ocasião do encerramento do balanço.
As principais curvas de taxas de juros são extraídas dos contratos futuros e Swaps negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F, sendo que
ajustes a tais curvas são efetuados sempre que determinados pontos são considerados ilíquidos ou que, por motivos atípicos, não representem fielmente
as condições de mercado.
9. Relações InterfinanceirasO saldo da rubrica Relações Interfinanceiras é composto por Pagamentos e Recebimentos a Liquidar, representado, basicamente, por cheques e outros
papéis remetidos ao serviço de compensação (posição ativa e passiva) e Créditos Vinculados representados, basicamente, por depósitos efetuados no
Bacen para cumprimento das exigibilidades dos compulsórios sobre depósitos à vista, depósitos de poupança, operações de câmbio e outras.
2002 2001
Valor de Valor de Valorização Valor de
Tipos de Títulos Custo Mercado (Desvalorização) Custo
Ações 1.234.778 811.473 (423.305) 1.626.836
Bônus do Tesouro Nacional 15.436 14.858 (578) -
Bradies 127.758 126.646 (1.112) 1.220.017
Certificado de Depósito Bancário 38.812 38.812 - -
Certificado Financeiro do Tesouro 1.967.333 2.005.426 38.093 1.616.648
Cotas de Fundo de Investimento 1.648.457 1.645.691 (2.766) 355.104
Crédito Securitizado 227.042 242.761 15.719 64.016
Debêntures 485.559 463.450 (22.109) 161.027
Eurobonds / CD's 51.188 31.559 (19.629) 194.949
Letras do Tesouro Nacional 10.622 10.373 (249) 2.766.524
Letras Financeiras do Tesouro 627.778 626.284 (1.494) 3.590.312
Letras Hipotecárias 186.712 186.712 - 190.669
Notas do Banco Central 9.389.573 8.152.383 (1.237.190) 9.705.625
Notas do Tesouro Nacional 6.517.845 6.326.388 (191.457) 5.610.841
Outros 26.489 22.096 (4.393) 66.354
Samurai Bonds 24.030 22.764 (1.266) 14.210
Títulos Estaduais e Municipais - - - 160.800
Títulos da Dívida Agrária 1.651 1.651 - 4.135
Total 22.581.063 20.729.327 (1.851.736) 27.348.067
Provisão para Desvalorização - (432.807)
Instrumentos Financeiros e Derivativos 1.105.670 635.658
21.834.997 27.550.918
Resumo da classificação da carteira de títulos e valores mobiliários por categoria:
Títulos e Valores Mobiliários 20.729.327
Títulos para Negociação 2.967.481
Títulos Disponíveis para Venda 11.957.936
Títulos Mantidos até o Vencimento 5.803.910
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 82
Demonstrações Financeiras Pro Forma
10. Carteira de Créditos e Provisão para Perdas
a) Composição da Carteira de Créditos
b) Composição da Carteira de Créditos por Setor de Atividades
c) Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
2002 2001
Composição da Carteira de Créditos 15.089.566 13.506.790
Operações de Crédito 12.497.171 11.607.193
Empréstimos e Títulos Descontados 6.191.194 5.227.931
Financiamentos 4.163.540 4.296.413
Financiamentos Rurais e Agroindustriais 1.345.007 1.214.389
Financiamentos Imobiliários 745.975 796.232
Financiamentos de Títulos e Valores Mobiliários - 14.220
Financiamentos de Infraestrutura e Desenvolvimento 51.455 58.008
Operações de Arrendamento Mercantil 542.310 695.309
Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (1) 1.718.913 939.318
Outros Créditos (2) 331.172 264.970
(1) Os adiantamentos sobre contratos de câmbio estão classificados como redução de Outras Obrigações.
(2) Outros créditos compreendem créditos por avais e fianças honrados, devedores por compra de valores e bens, títulos e créditos
a receber, rendas a receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de contratos de exportação.
2002 2001
Composição da Carteira de Créditos por Setor de Atividades 15.089.566 13.506.790
Setor Privado 14.875.812 13.378.189
Indústria 4.400.886 3.120.665
Comércio 1.646.912 1.334.994
Instituições Financeiras 38.426 104.790
Serviços e Outras Atividades 2.708.902 2.822.127
Pessoas Físicas 3.989.697 3.989.666
Habitacional 747.146 793.887
Agricultura 1.343.843 1.212.060
Setor Público 213.754 128.601
Governo Federal 98.522 68.170
Governo Estadual 61.216 -
Governo Municipal 54.016 60.431
2002 2001
Saldos em 1º de janeiro 1.111.137 1.406.925
Constituições 642.903 484.253
Baixas (773.321) (807.817)
Transferência por incorporação 15.224 -
Variação Cambial / Outras Movimentações 40.593 27.776
Saldos em 31 de dezembro 1.036.536 1.111.137
Créditos Recuperados 178.102 161.792
83Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
d) Composição da Carteira de Créditos e da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa distribuída pelos
correspondentes níveis de risco (Res. CMN Nº 2.682/99)
e) Do total da carteira de créditos, R$ 13.733.698 correspondem a operações em curso normal, R$ 391.546 a operações com atraso inferior a 15 dias e
R$ 964.322 com atraso igual ou superior a 15 dias.
f) Concentração de Crédito
11. Cobrança e Arrecadação de Tributos
2002 2001
% Provisão
Nível de Mínima Provisão Provisão
Risco Requerida Saldo Requerida Saldo Requerida
AA - 6.759.031 - 4.992.423 -
A 0,5 5.536.201 27.681 2.908.408 14.542
B 1 905.588 9.056 3.458.841 34.587
C 3 281.636 8.449 584.937 17.548
D 10 513.718 51.372 404.567 40.456
E 30 169.941 50.982 81.303 24.390
F 50 84.237 42.119 76.102 38.050
G 70 121.229 84.860 252.907 177.034
H 100 717.985 717.985 747.302 747.302
Totais 15.089.566 992.504 13.506.790 1.093.909
Provisão Adicional 44.032 17.228
Provisão Contábil 1.036.536 1.111.137
% Total % Total
2002 Carteira 2001 Carteira
20 Maiores Devedores 4.595.085 30,45 2.079.445 15,39
50 Maiores Devedores 2.063.094 13,67 3.179.013 23,54
100 Maiores Devedores 1.291.073 8,56 3.995.321 29,58
Demais Devedores 7.140.314 47,32 4.253.011 31,49
Total 15.089.566 100,00 13.506.790 100,00
2002 2001
Passivo 21.819 38.096
IOF a Recolher 1.789 1.357
Recebimentos de Contribuição Sindical 48 40
Recebimentos de Contribuições Previdênciárias 6 15.188
Recebimentos de Tributos Estaduais e Municipais 9.059 10.135
Recebimentos de Tributos Federais 10.076 9.983
Recebimento do FGTS 841 1.393
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 84
Demonstrações Financeiras Pro Forma
12. Carteira de Câmbio
13. Negociação e Intermediação de Valores
2002 2001
Ativo 4.402.057 1.946.389
Câmbio Comprado a Liquidar 2.999.715 1.504.650
Direitos sobre Venda de Câmbio 2.207.725 495.137
Adiantamentos em Moeda Estrangeira Recebidos (656.767) -
Adiantamentos em Moeda Nacional Recebidos (186.538) (95.417)
Cambiais e Documentos a Prazo em Moedas Estrangeiras 545 10.479
Rendas a Receber de Adiantamentos Concedidos 37.330 31.381
Rendas a Receber de Importações Financiadas 47 159
Passivo 3.278.223 1.095.726
Câmbio Vendido a Liquidar 2.132.029 471.902
Obrigações por Compras de Câmbio 2.915.412 1.557.661
Adiantamentos em Moedas Estrangeiras Concedidos (60.052) -
Obrigações por Vendas Realizadas 1.915 155
Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (1.718.913) (939.318)
Rendas a Apropriar de Adiantamentos Concedidos 259 -
Importação Financiada – Câmbio Contratado - (164)
Valores em Moedas Estrangeiras a Pagar 7.573 5.490
Contas de Compensação
Créditos Abertos para Importação 105.475 151.596
Créditos de Exportação Confirmados 8.064 27.613
2002 2001
Ativo 459.916 918.292
Bolsas – Depósitos em Garantia 361.064 592.485
Caixas de Registro e Liquidação 1.227 9.992
Devedores – Conta Liquidações Pendentes (a) 36.133 41.616
Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias a Liquidar 39.070 272.491
Aplicações Interfinanceiras de Terceiros a Resgatar 97 97
Outros Créditos 22.325 1.611
Passivo 429.040 805.450
Caixas de Registro e Liquidação 1.302 144
Comissões e Corretagens a Pagar 1.857 1.528
Credores – Conta Liquidações Pendentes (a) 25.836 56.750
Operações com Ativos Financeiros e Mercadorias a Liquidar 90.448 34.183
Credores por Empréstimos de Ações 309.594 630.303
Outras Obrigações 3 82.542
(a) Saldos a receber (pagar) decorrentes de compra (venda) de ativos financeiros.
85Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
14. Outras Contas
a) Outros Créditos – Diversos
b) Outros Valores e Bens
Outros valores e bens referem-se, principalmente, a bens não de uso próprio, composto, basicamente, por imóveis e veículos recebidos em dação de
pagamento no valor de R$ 130.105 (2001 – R$ 161.155) e despesas antecipadas no valor de R$ 118.299 (2001 – R$ 70.618) e investimentos temporários
R$ 294.557 (2001 – R$ 295.025).
c) Outras Obrigações – Diversas
2002 2001
Outros Créditos – Diversos 6.433.226 7.106.204
Créditos Tributários de Impostos e Contribuições 3.688.668 3.182.240
Impostos e Contribuições a Compensar 345.931 940.810
Adiantamentos e Antecipações Salariais 22.052 26.612
Adiantamentos para Pagamentos de Nossa Conta 20.466 33.925
Créditos Decorrentes de Contrato de Exportação 50.293 1.533
Devedores por Compra de Valores e Bens 135.542 38.009
Devedores por Depósitos em Garantia
Para Interposição de Recursos Fiscais 1.163.185 1.610.663
Para Interposição de Recursos Trabalhistas 377.194 499.871
Outros 107.686 130.217
Imposto de Renda a Recuperar 4.198 3.071
Opções por Incentivos Fiscais 17.426 299
Pagamentos a Ressarcir 39.947 174.895
Títulos e Créditos a Receber 389.055 349.784
Devedores – Diversos no Exterior 7.078 5.176
Devedores – Diversos no País 64.505 109.099
2002 2001
Outras Obrigações – Diversas 8.148.352 8.179.102
Cheques Administrativos 4.131 7.494
Credores por Recursos a Liberar 8.071 6.742
Contratos de Assunção de Obrigações 50.678 40.326
Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos 159.714 69.119
Obrigações por Convênios Oficiais 34.426 31.541
Obrigação por Prestação de Serviços de Pagamento 3.184 2.528
Provisão para Pagamentos a Efetuar (Férias e Outros) 472.053 664.426
Provisão para Outros Passivos Contingentes 935.939 831.021
Provisão para Contingências Trabalhistas 1.744.136 1.152.885
Plano de Benefícios de Aposentadoria 4.170.644 4.382.930
Recursos do FGTS para Amortização 2.060 2.956
Credores Diversos – Exterior 8.383 6.547
Credores Diversos – País 554.933 980.587
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 86
Demonstrações Financeiras Pro Forma
d) Outras Obrigações – Provisão para Operações de Seguros, Fundos de Pensão e de Capitalização
e) Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias
Compreendem os impostos e contribuições a recolher e valores questionados judicialmente, assim resumidos:
2002 2001
Outras Obrigações – Provisão para Operações de Seguros,
Fundos de Pensão e de Capitalização 623.427 295.420
Provisões Não Comprometidas 576.747 257.153
Prêmios Não Ganhos 5.763 5.278
Riscos Não Expirados 309 7
Riscos Decorridos - 795
Oscilação de Riscos 200 29
Benefícios a Conceder 469.376 206.379
Benefícios Concedidos 467 -
Títulos de Capitalização – À Vista 20.391 96
Títulos de Capitalização – A Prazo 80.241 44.569
Provisões Comprometidas 46.680 38.267
Sinistros a Liquidar 25.277 18.251
Previdência 1.024 1.824
Seguros 19.259 17.109
Cosseguro Aceito - 78
Retrocessões 462 589
Títulos de Capitalização Vencidos 658 -
Títulos de Capitalização – A Prazo - 416
2002 2001
Outras Obrigações – Fiscais e Previdenciárias 2.156.928 4.916.115
Impostos e Contribuições a Pagar 132.574 150.823
Provisão para Riscos Fiscais (1) / (2): Impostos e Contribuições sobre Lucros 1.289.261 4.027.448
Impostos e Contribuições sobre Salários 57.735 76.074
Outros 285.574 482.581
Provisão para Impostos e Contribuições sobre Lucros 30.794 57.483
Provisão para Imposto de Renda Diferido 360.990 121.706
(1) As provisões para contingências decorrentes de riscos fiscais, trabalhistas e outros passivos são dimensionadas com base na
opinião de nossos consultores jurídicos e de escritórios técnicos especializados e consideradas suficientes para cobrir eventuais
perdas decorrentes de decisões judiciais.
(2) Conforme fato relevante publicado em 28 de setembro de 2002, o débito de R$ 2.109.987 referente à dedução fiscal de despesas
com obrigações de complementação da aposentadoria, integralmente provisionado, foi pago nos termos do artigo 20 da Medida
Provisória nº 66, mediante utilização de R$ 1.244.030 de depósito administrativo e parcela de R$ 865.957 em dinheiro.
87Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
f) Receitas de Serviços
g) Despesas de Pessoal
h) Outras Despesas Administrativas
2002 2001
Receitas de Serviços 1.459.656 1.303.038
Serviços de Conta Corrente 441.400 382.983
Operações de Crédito 238.700 227.336
Seguros 214.700 210.889
Receita de Administração de Fundos 246.841 209.368
Receita de Cobrança 81.263 88.017
Anuidade – Cartões de Crédito 67.800 48.729
Corretagens de Operações em Bolsas 22.341 37.760
Rendas de Garantias Prestadas 19.340 18.351
Outras 127.271 79.605
2002 2001
Despesas de Pessoal 1.860.231 2.637.967
Remuneração 1.205.532 1.953.851
Encargos 384.355 347.598
Benefícios 247.790 312.858
Treinamento 19.904 20.803
Outras 2.650 2.857
2002 2001
Outras Despesas Administrativas 1.399.930 1.415.528
Depreciações e Amortizações 252.878 182.538
Serviços do Sistema Financeiro 44.731 47.764
Serviços Técnicos Especializados e de Terceiros 358.295 266.347
Propaganda e Publicidade 66.910 95.943
Aluguéis 74.748 74.949
Comunicações 125.663 130.011
Transportes e Viagens 76.871 93.413
Processamento de Dados 141.955 177.156
Água, Energia e Gás 37.872 31.260
Material 15.076 25.315
Segurança e Vigilância 54.506 67.446
Manutenção e Conservação de Bens 48.390 59.196
Promoções e Relações Públicas 39.779 47.409
Outras 62.256 116.781
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 88
Demonstrações Financeiras Pro Forma
i) Resultado Não Operacional
15. Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no ExteriorSão representados por recursos captados, através da colocação de títulos no exterior para aplicação local com vencimento até o ano de 2005 (2001 –
2007), sujeitos a encargos financeiros que variam de 2,75% a 10,67% a.a. (2001 – 1,51% a 11,60% a.a.), assim discriminados:
16. Obrigações por Empréstimos no ExteriorSão representadas por recursos captados junto a banqueiros no exterior, destinados à aplicação em operações comerciais de câmbio para compra e venda
de moedas estrangeiras, relativas a desconto de letras de exportação, pré-financiamento a exportação, importação e outros empréstimos, cujos
vencimentos vão até o ano 2010, e estão sujeitas a encargos financeiros, correspondentes à variação cambial acrescida de juros que variam de 1,80% a
9,84% a.a. (2001 – vencimento até o ano de 2007 e encargos financeiros correspondentes à variação cambial acrescida de juros que variam de 0,70 a
8,50% a.a.), assim discriminadas:
2002 2001
Resultado Não Operacional 168.210 128.823
Ganhos de Capital 2.672 92.734
Rendas de Aluguéis 6.985 4.882
Lucro na Alienação de Investimentos 1.360 547
Lucro na Alienação de Valores e Bens 206.835 72.654
Lucro na Alienação de Participações Societárias 2.831 1.988
Reversão de Provisões não Operacionais 63.056 80.979
Perdas de Capital (32.353) (16.131)
Provisão para Perdas em Outros Valores e Bens (45.992) (62.568)
Provisão para Perdas em Incentivos Fiscais (14.920) (41.703)
Provisão para Outras Perdas (10.773) (11.945)
Outras Receitas ou Despesas (11.491) 7.386
2002 2001
Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior 1.824.029 2.550.726
Certificados de Depósitos 104.362 485.894
Notes (Bonds) 1.719.667 2.064.832
2002 2001
Obrigações por Empréstimos no Exterior 5.060.039 8.152.635
Obrigações em Moedas Estrangeiras 2.371.252 3.309.724
Exportação 913.055 445.482
Importação 1.126.034 918.746
Outras Linhas de Crédito 168.615 814.428
Outras Obrigações – Taxas Flutuantes 163.548 1.131.068
Empréstimos no Exterior 2.688.787 4.842.911
89Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
17. Capital SocialO capital social, inteiramente realizado, é composto de ações nominativas escriturais, sem valor nominal, assim demonstradas:
18. Plano de Benefícios de Complementação de Aposentadorias e Pensões
Conglomerado Santander Brasil
A partir de 16 de julho de 98, o Conglomerado Santander Brasil passou a patrocinar um plano de benefícios previdenciais a seus funcionários, através da
Sanprev – Santander Associação de Previdência, entidade fechada com a finalidade de conceder aposentadorias e pensões complementares às concedidas
pela Previdência Social, de acordo com a Lei Complementar nº 109/2001. O plano de benefícios tem as seguintes características:
Patrocinadores: Banco Santander Brasil S.A., Sanprev – Santander Associação de Previdência, Santander Brasil Investimentos e Serviços S.A.,
Santander Brasil Arrendamento Mercantil S.A., Santander Brasil S.A. – Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, Santander Seguros S.A. (em processo
de alteração da razão social), Santander de Negócios S.A. em processo de retirada de patrocínio, Santander Brasil Participações e Empreendimentos S.A.,
Santander Asset Management Ltda. e Santander Brasil Participações e Serviços Técnicos Ltda.
Tipos de Planos: Plano II, que oferece coberturas de riscos, abrangendo todos os funcionários que optaram pelo plano e custeado, exclusivamente,
pelos patrocinadores, através de contribuições mensais correspondentes a 1,34% sobre as respectivas folhas de pagamento, sendo este plano estruturado
na forma de “benefício definido”; Plano I e III, que oferece cobertura de prazo programado e renda mensal vitalícia de aposentadoria, abrangendo os
funcionários e dirigentes que fizeram a opção de contribuir, estando estruturado na forma de “contribuição definida” para o plano III e benefício definido
para o plano I, onde as contribuições são livremente definidas pelos participantes, a partir de 2% para o plano III. O plano I, em processo de extinção,
não vem recebendo contribuições.
Regimes Financeiros e Atuariais: Plano II – capitalização (suplementação da aposentadoria por invalidez), repartição de capital de cobertura
(suplementação da pensão temporária e pecúlio por morte) e repartição simples (suplementação do auxílio-doença e auxílio-natalidade); Plano III –
capitalização (renda mensal vitalícia de aposentadoria). O percentual das contribuições dos patrocinadores em relação ao total das respectivas receitas é
de 30,36% (2001 – 38,93%) e o dos demais participantes é de 69,64% (2001 – 61,07%), tendo o Banco Santander Brasil S.A. contribuído com R$ 2.403
no exercício (2001 – R$ 3.068).
Em Milhares de Ações
Banco Santander Brasil S.A. Ordinárias Preferenciais Total
De domiciliados no País 55.272 107.644 162.916
De domiciliados no Exterior 1.788.423 1.477.461 3.265.884
Total 1.843.695 1.585.105 3.428.800
Em Milhares de Ações
Banco Santander S.A. Ordinárias Preferenciais Total
De domiciliados no País 81.342 81.342 162.684
De domiciliados no Exterior 2.397.290 2.397.290 4.794.580
Total 2.478.632 2.478.632 4.957.264
Em Milhares de Ações
Banco Santander Meridional S.A. Ordinárias Preferenciais Total
De domiciliados no País - 483.277 483.277
De domiciliados no Exterior 9.965.459 5.197.186 15.162.645
Total 9.965.459 5.680.463 15.645.922
Em Milhares de Ações
Banco do Estado de São Paulo S.A. – Banespa Ordinárias Preferenciais Total
De domiciliados no País 19.372.691 19.357.027 38.729.718
De domiciliados no Exterior 1.229 16.893 18.122
Total 19.373.920 19.373.920 38.747.840
Relatório Anual 2002 | Grupo Santander Banespa 90
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Conforme Deliberação CVM nº 371/00, que determinou novos critérios de contabilização para reconhecimento de benefícios a empregados, os resultados dos
planos de benefícios, segundo laudo de atuário independente, apresentaram a seguinte posição:
Em atendimento ao disposto no artigo 49, item “g” da Deliberação CVM nº 371, nenhum ativo atuarial foi consignado nas demonstrações contábeis das
patrocinadoras como decorrência do superávit apresentado no plano.
Conglomerado Banespa
a) Desde 1962, o Banespa mantém um plano de benefícios de complementação de aposentadorias e pensões que são concedidos aos funcionários
admitidos até 22 de maio de 1975. Para constituição do fundo contábil, a partir de 1987, os encargos decorrentes desse plano são apurados com base
em estudo atuarial realizado por atuário independente, que observaram neste exercício o disposto na Deliberação CVM nº 371, cujo cálculo foi elaborado
com taxa real de juros de 12% a.a., coerente com a remuneração dos títulos mantidos em carteira (Nota 6.1), taxa de rotatividade esperada igual a 0,15
/ (tempo de serviço + 1) e demais premissas descritas abaixo.
Os efeitos atuariais são reconhecidos no próprio exercício. Os encargos de complementação de aposentadoria, pensões e benefícios de plano de saúde
estão contabilizados em Outras Obrigações – Diversas. A atualização mensal do plano de benefícios está sendo contabilizada em Outras Despesas
Operacionais, com total de R$ 449.078 (R$ 624.822 em 2001). Os pagamentos efetuados no exercício de 2002 totalizaram R$ 554.397 (R$ 538.427 em 2001).
b) Para os funcionários admitidos a partir de 23 de maio de 1975, o Banespa e suas controladas patrocinam o Banesprev - Fundo Banespa de Seguridade
Social, com a finalidade de conceder aposentadorias e pensões complementares às concedidas pela Previdência Social, conforme definido no regulamento
básico de cada plano. O plano Banesprev I, integralmente custeado pelo Banco, abrange os funcionários admitidos após 22 de maio de 1975,
denominados Participantes Destinatários, e aqueles admitidos até 22 de maio de 1975, denominados Participantes Agregados, aos quais foi concedido o
direito ao benefício de pecúlio por morte.
A partir de 27 de julho de 1994, com vigência do novo texto do Estatuto e Regulamentação Básica do Plano II, conforme Portaria nº 1.266/94, publicada
no D.O.U. de 27 de junho de 1994, os participantes que optaram pelo novo plano passaram a contribuir com 44,94% da taxa de custeio estipulada pelo
atuário para cada exercício.
Em função do processo de privatização foi criado o Plano de Complementação de Aposentadorias e Pensão do Banespa, gerido pelo Banesprev e oferecido
somente para os empregados admitidos até 22 de maio de 1975, obtendo a adesão de 851 funcionários já atendidos pelo fundo interno de pensão.
2002 2001
Ativos Líquidos do Plano 329.213 257.704
Valor presente das obrigações, por planos: 273.710 196.106
Benefício definido 102.763 48.763
Plano I 65.071 28.697
Plano II 10.611 1.122
Plano III 27.081 18.944
Contribuição Definida 170.947 147.343
Plano III 170.947 147.343
Superávit técnico 55.503 61.598
Despesa reconhecida na demonstração de resultado do exercício
Custo do serviço corrente líquido 2,65 milhões
Custo do juros sobre obrigações atuariais 6,44 milhões
Total 9,09 milhões
Premissas Atuariais Adotadas nos Cálculos
Taxa de juros para cálculo do valor presente 10% a.a.
Taxa de rendimento esperado sobre os ativos 10% a.a. + INPC
Tábua de Mortalidade IBGE – 1999, com margem de segurança de 20%
Taxa de crescimento dos benefícios INPC
Regime Financeiro Capitalização
91Grupo Santander Banespa | Relatório Anual 2002
Demonstrações Financeiras Pro Forma
Ainda como parte das medidas preparatórias para a privatização, foi implementado o Plano Banesprev III, sob a forma de um Plano de Contribuição
Definida, oferecido aos empregados do Conglomerado Banespa admitidos a partir de 23 de maio de 1975.
As contribuições efetuadas no exercício de 2002 totalizaram R$ 42.019 (R$ 57.614 em 2001).
Conforme a Deliberação CVM nº 371 e o resultado da avaliação atuarial efetuada por atuário independente, o Banesprev apresenta a seguinte situação:
Conforme disposto no artigo 49, alínea “g” da Deliberação CVM nº 371, o superávit acima apresentado não foi consignado nas demonstrações contábeis
do Banespa.
Conciliação dos Ativos e Passivos 2002 2001
Valor presente das obrigações atuariais (1.641.302) (1.548.767)
Valor justo dos ativos do plano 2.388.280 1.564.208
Diferença entre valor presente das obrigações e valor justo dos planos 746.978 15.441
Ajustes por diferimentos permitidos:
Ganhos atuariais não reconhecidos 686.665 -
Ativo / (Passivo) atuarial líquido no final do ano (Superávit do Plano) 60.313 15.441
Premissas Atuariais Adotadas nos Cálculos 2002 / 2001
Taxa de desconto nominal para a obrigação atuarial (10% + 5,5% de inflação) 15,50%
Taxa de rendimento nominal esperada sobre ativos do plano 15,50%
Índice estimado de aumento nominal dos salários 5,00%
Índice estimado de aumento nominal dos benefícios 5,00%
Tábua biométrica de mortalidade geral UP84 com um ano de agravamento
Tábua biométrica de entrada em invalidez Tábua Mercer de Entrada em invalidez
Tábua de rotatividade esperada 2,00%
Probabilidade de ingresso em aposentadoria 100% na primeira elegibilidade
Movimentação do Ativo (Passivo) Atuarial Líquido
Ativo / (Passivo) atuarial líquido no início do ano 15.441
Receita / (Despesa) reconhecida na demonstração do resultado do ano anterior 2.853
Contribuições da patrocinadora vertidas no ano 42.019
Ativo / (Passivo) atuarial líquido no final do ano 60.313
Receita / (Despesa) a ser reconhecida na demonstração de resultado do exercício
Custo do serviço corrente (com juros) (36.044)
Juros sobre as obrigações atuariais (204.307)
Rendimento esperado dos ativos do plano 213.420
Total da receita (despesa) bruta a ser reconhecida (26.931)
Contribuições esperadas de participante para o próximo ano 29.783
Total da receita (despesa) líquida a ser reconhecida 2.852
Despesa administrativa esperada para o próximo ano (2.652)
Total 200
Os rostos que ilustram este Relatório Anual
são o retrato fiel dos colaboradores do
Grupo Santander Banespa.
A todos vocês, o nosso muito obrigado.
Conceituação, Projeto Gráfico e Coordenação de Textos
Ana Couto Branding & Design
Fotos
Ricardo Cunha
Arquivo Grupo Santander Banespa
Fotolito e Impressão
Laborgraf Artes Gráficas Ltda.
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Relações com Mercado
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Compromisso com a Qualidade
Relatório Anual 2002
Per f i l Corporat ivoO Grupo Santander Banespa atua em todos os segmentos do mercado
financeiro com uma completa gama de produtos e serviços. Concentra
suas operações de varejo nas regiões Sul e Sudeste e atende todo o
País com produtos de atacado, sendo a instituição privada líder, no
interior do Estado de São Paulo e no Estado do Rio Grande do Sul.
Em 2002, o Grupo Santander Banespa consolidou sua posição no
mercado, com uma rede de aproximadamente 2 mil pontos-de-venda,
atendendo 6,2 milhões de clientes, dos quais 4,5 milhões são correntistas,
com um total de 20.805 funcionários. Nesse ano, o Grupo registrou
um lucro de R$ 2,736 bilhões.
Em 1997-1998, o Grupo adquiriu os bancos Geral do Comércio e
Noroeste, ambos com concentração no varejo no Estado de São Paulo.
Em 1999-2000, comprou o Meridional, um importante banco regional
de varejo do Rio Grande do Sul, e o Bozano Simonsen, um banco de
atacado com experiência em atividades de mercado de capitais.
Incorporou, em 2000, o Banespa, banco estadual com forte atuação
no varejo e uma expressiva rede de agências e clientes.
Moderna tecnologia, alta qualificação de pessoal e um eficiente controle
de risco fazem do Santander Banespa um Grupo que está preparado
para o futuro e busca atingir a máxima qualidade para o cliente.
Aproximadamente 98% de seu capital é controlado pelo Santander
Central Hispano, instituição que administra US$ 340,3 bilhões de ativos,
possui 9.281 agências e 104.178 funcionários, tem forte atuação na
Europa e está presente em 40 países, sendo o maior grupo financeiro
da América Latina.
O Santander Banespa tem como missão desenvolver e consolidar a
franquia financeira líder nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com a
criação de valor para os acionistas, clientes, empregados e comunidade
com os quais opera. Procura cumprir essa missão sempre respeitando
os valores que norteiam sua ação empresarial, traduzidos por uma
constante busca de qualidade, transparência, equipe, eficiência,
inovação, solidez, foco no cliente e compromisso com a comunidade.
O Grupo Santander Banespa encara os desafios dos próximos anos
confiante em sua capacidade de manter o elevado padrão de retorno
sobre seus ativos e, ao mesmo tempo, prover o mercado com os
melhores serviços financeiros.