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O PAPEL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO FRENTE AO PACIENTE COM
ESQUIZOFRENIA
Daniele Silva Machado1
Danielle de Arajo Silva2
Roniele Oliveira Pacfico3
Anne Heraclia de Brito e Silva4
RESUMO
Introduo: o transtorno esquizofrnico consiste em uma patologia de carter sindrmico, que
afeta diferentes etnias em quaisquer faixas etrias, possuindo elevada predisposio clnica
entre os 15-35 anos. Representando uma importante causa de perda de qualidade de vida para
o paciente e os familiares assistentes, a esquizofrenia ainda percebida com tabu pela
comunidade em geral. A doena esquizofrnica caracteriza-se por alteraes neuropatolgicas
no crtex pr-frontal, no hipocampo e nas estruturas lmbicas relacionadas, sendo manifestadas
pela presena de sintomas psicticos crnicos e deteriorao funcional, com distores
fundamentais do pensamento e da percepo, assim como ainda de afeto embotado e
inapropriado. Neste tipo de transtorno a conscincia e a capacidade intelectual no so afetadas.
O transtorno torna-se evidente com o aparecimento de distrbios senso-perceptivos, como
delrios e alucinaes, costumando evoluir em fases com sintomas positivos e negativos. Este
tipo de manifestao psictica causa grande impacto na famlia dos pacientes acometidos,
mudando sobremaneira as rotinas e costumes. A teraputica medicamentosa implementada
consiste do uso de drogas neurolpticas, que atuam tanto na fase aguda quanto na manuteno,
havendo resistncia considervel de sua utilizao pelos pacientes. Os efeitos indesejveis dos
antipsicticos acabam por conduzir os pacientes m adeso e ao consequente abandono da
terapia farmacolgica. A falta de informao aliada a questes culturais geradora de conflitos
ainda maiores na relao paciente-famlia-equipe de sade. O profissional enfermeiro atua no
transtorno esquizofrnico, como ligante da trade famlia-paciente-equipe de sade,
estabelecendo orientaes informativas e baseadas na educao em sade, possibilitando maior
compreenso e conforto ao paciente e seus familiares. O auxlio em terapias ldicas de grupo,
tendo por finalidade a informao e desmitificao de tabus, oferece maiores chances de
reinsero social, quando associadas s terapias farmacolgicas e abordagens psicoterpicas. A
importncia de abordagens multiteraputicas na esquizofrenia imperativa, dado o
desajustamento individual e familiar envolvido. A importncia do estudo da temtica
esquizofrnica dispensa muitos comentrios, medida que se propaga os danos refletidos na
comunidade como um todo. O profissional enfermeiro, dotado de formao essencialmente
assistencial e holstica, atravs do emprego de medidas sistematizadas capaz de propiciar ao
paciente e suas famlias condies de vida melhores e mais confortveis, no tocante aos efeitos
deletrios da patologia. Objetivos: este estudo prima pela conciso buscando primariamente
1 Christus Faculdade do Piau - CHRISFAPI 2 Christus Faculdade do Piau - CHRISFAPI 3 Christus Faculdade do Piau - CHRISFAPI 4 Christus Faculdade do Piau - CHRISFAPI
discorrer sobre o papel do profissional enfermeiro frente ao paciente portador de esquizofrenia,
descrevendo as principais intervenes de enfermagem, bem como intenta identificar medidas
de atuao na melhora da qualidade de vida dos pacientes e na sua reinsero em ambiente
social, assim como na possibilidade de maior conforto e segurana na reestruturao familiar
de pacientes acometidos pela doena esquizofrnica. Mtodos: este trabalho consiste de estudo
bibliogrfico, de tipo integrativo, com abordagem qualitativa dos dados, possibilitando melhor
tomada de deciso nos processos de prtica clnica, alm de servir de ponto de partida para o
desenvolvimento de novos estudos. Os estudos de referncia, constam de artigos contidos nas
bases de dados do google acadmico e Scielo, bem como de livros pertencentes biblioteca da
Christus Faculdade do Piau. Da biblioteca eletrnica, foram selecionados sete artigos, com os
descritores: papel enfermeiro, esquizofrenia, famlia. As selees constam dos perodos
compreendidos entre 2010-2015, partindo-se ento execuo das etapas previstas, a saber:
seleo de artigos; estudo e fichamento do material selecionado e consequente anlise
interpretativa e confeco propriamente dita. Com um total de 10 artigo A famlia possui papel relevante na remisso dos sintomas e melhorias na qualidade de vida dos pacientes com
transtorno esquizofrnico, estando apta juntamente com a equipe de sade, a prorrogar os
perodos latentes da doena e minorando riscos e reincidncias. A abordagem de pacientes com
esquizofrenia se d atravs de um conjunto meticuloso e planejado de aes, capazes de
fornecer apoio adequado ao elo desvinculado do meio social o paciente. O profissional
enfermeiro, utilizando-se da assistncia especializada de enfermagem, promove acolhimento,
acompanhamento e orientaes famlia, quanto a medidas de segurana adaptadas a cada
condio socioeconmica, assim como oferecendo suporte de natureza emocional e educativa,
visando um maior engajamento familiar com o paciente portador do transtorno esquizofrnico.
O desenvolvimento de trabalhos dedicados reintegrao social deve acontecer com
participao ativa dos familiares prximos aos pacientes, estando devidamente informados
sobre riscos e benefcios potenciais selecionados previamente, apenas seis estavam aptos aos
critrios inclusivos da pesquisa, ou seja, contemplar o papel do profissional enfermeiro frente
ao paciente portador do transtorno esquizofrnico, detendo ainda relao com os aspectos
familiares. Resultados e Discusso: A famlia como base comum ao meio social, uma das
instituies mais atingidas pela ocorrncia de transtornos mentais graves. Na esquizofrenia, os
familiares prximos so afetados pela inadaptabilidade ao convvio social desenvolvido pelo
paciente, gerando situaes de elevado estresse para ambos. No curso de evoluo da
enfermagem psiquitrica, existem diversas tcnicas que o profissional enfermeiro pode utilizar
para abordagens interventivas na famlia dos pacientes com esquizofrenia. A interveno mais
empregada consiste na psicoeducao, que consiste no ajuste familiar em relao ao doente,
atuando sobre os familiares mais prximos de modo a conseguir maior adaptao s
necessidades do esquizofrnico. A relao interpessoal como forma teraputica, instituda pelos
profissionais de enfermagem, permitem um maior controle sintomatolgico da doena,
desonerando os cuidadores familiares e diminuindo sua sobrecarga. Esta forma interventiva tem
bastante importncia na medida em que se estabelece uma relao de honestidade e confiana
entre o profissional e o paciente esquizofrnico, auxiliando-o no processo de melhora clnica.
Sendo que o profissional enfermeiro deve manter uma postura na qual o sigilo tico deve se
manter resguardado pois por mais que o cliente tenha de certa forma este transtorno suas
confidencias devem-se manter em segredo pois ele tambm tem seu pudor e est orientando a
famlia a est oferecendo um suporte de qualidade. O adequado envolvimento familiar no
tratamento de esquizofrnicos possibilita um aumento na prevalncia e prognstico de melhora,
com menor incidncia de efeitos adversos medicamentosos e maior adeso ao tratamento,
permitindo uma gradativa reinsero social e recuperao das atividades laborais do indivduo.
Sendo de certa forma importante enfocar acerca do stress que esses familiares sofrem com esses
pacientes, devendo o profissional buscar mtodos que venham amenizar esses problemas,
traando todo um plano voltado para reeducao familiar, fazendo-se necessrio a quebrar
desses paradigmas que comeam dentro de casa o preconceito , sejam eles por meio da famlia
ou mesmo de amigos que faam parte desse meio que estejam inseridos, promovendo assim
uma relao mais atenciosa entre profissional, paciente e famlia. Os profissionais de
enfermagem esto envolvidos com todos os tipos de sentimentos sentidos pelos pacientes e pela
famlia, pois a partir do momento que esto em contato, criam um elo de confiana. de grande
importncia que o profissional garanta ao paciente e famlia a passagem da melhor forma por
todos os processos da doena, no s no mbito hospitalar mas promover uma assistncia
voltada para o paciente dentro de sua prpria casa, onde haja um ambiente harmonioso e de
segurana para o mesmo. O profissional enfermeiro tem o dever de traar uma assistncia mais
humanizada para com o cliente esquizofrnico, pois se faz necessrio uma viso mais ampla
sobre o mesmo e pelos sintomas que venha apresentar como os delrios e alucinaes, e a
importncia de estar informando os familiares sobre toda a sintomatologia da doena e como
agirem diante de determinadas situaes envolvendo o paciente, fazendo-se importante a
incluso desse paciente em grupos de apoio. O enfermeiro deve ouvir a famlia do paciente
portador de esquizofrnico, onde o mesmo est passando por um perodo de sofrimento onde o
paciente-famlia precisa ser compreendido por esse profissional para que haja o acolhimento
dessa famlia, o que ressalta a importncia de serem orientadas em educao e sade da
patologia enfrentada. Alm de saber ouvir e compreender as necessidades de cada famlia e
paciente o profissional enfermeiro deve saber lidar com o comportamento de que essas pessoas
vo apresentar, sabendo que a esquizofrenia uma doena que vai causar sintomas negativos e
positivos nos pacientes, o profissional tem que saber identificar os sinais e sintomas para que
assim saiba presta uma assistncia de qualidade. A famlia muitas vezes descrimina esse
paciente, excludo o mesmo do dia a dia e de suas tarefas, com isso o processo sade doena
dessas pessoas apresenta uma piora consideravelmente. A enfermagem entra nesse processo,
pois isso ocorre por falta de conhecimento sobre a patologia assim o preconceito que sempre
acaba taxando o paciente como louco. Assim sendo a enfermagem tem que atuar junto com a famlia atravs de educao em sade sobre a patologia, quebrando essa falta de conhecimento
e esse preconceito, ajudando assim na melhora e na eficcia do tratamento da esquizofrenia. De
acordo com Cordeiro et al (2012) os familiares falam que se preocupam na presena dos
sintomas psicticos, citam alucinaes e delrios que causam mudanas na qualidade de vida
das pessoas com esse sofrimento psquico, alm de mudanas na prpria famlia. A educao
em sade pode ser feita pelo profissional enfermeiro ou como uma ao coletiva a outros
profissionais para essas pessoas que se encontram com essa patologia e suas famlias, com o
intuito de melhora a autonomia dessas pessoas. cabvel ao enfermeiro realizar orientaes
sobre essa patologia para o paciente e a famlia, ajudando os mesmo a identificar os sintomas e
estimular o autocuidado, diminuindo assim as recadas e a gravidade da patologia, cabendo
orientar sobre medicaes e suas importncia a frente do tratamento. O termo educao em sade como a psicoeducao dentro da ordem dos enfermeiro que visa melhoria de qualidade nos cuidados na rea em sade mental, mostrando que de competncia do profissional a
fornecer respostas adaptativas do cliente sobre sua sade. Esse sistema de psicoeducao
tambm est ligada a famlia dos pacientes com esse transtorno pode ser feita a psicoeducao
para a finalidade da famlia se adaptar a doena, pois a mesma afeta a integridade em quatro
modos: fisiolgico, autoconceito, desempenho de papel, interdependncia. Consideraes
Finais: no trabalho pode-se concluir que a esquizofrenia uma doena complexa, pois alm de
poder afetar qualquer pessoa, traz consigo sintomas positivos e negativos como delrios e
alucinaes. Adoecendo no s o paciente mas tambm o meio em que ele vive, como: famlia,
amigos e a sociedade. Os objetivos do mesmo em Discorrer o papel do enfermeiro frente ao
paciente com esquizofrenia mostrado como ser realizado as atividades inerentes ao
profissional enfermeiro na assistncia de pacientes com esquizofrenia, e mostra como o
profissional pode estar atuando junto com a famlia para a insero do paciente na sociedade,
foram alcanados. O enfermeiro tem papel em contribuir em presta conhecimento sobre a
doena, melhorar a vida tanto social como familiar. Acompanhar de perto seu tratamento, pois
as medicaes causam muitos efeitos e muitos desses pacientes acabam abandonando o
tratamento medicamentoso. Sendo assim o enfermeiro pode estar atuando na avaliao da
capacidade do paciente de realizar atividades cotidianas, na manuteno de um meio ambiente
seguro, com reduo de estmulos, Proporcionando explicaes realistas para situaes
distorcidas e estabelecendo limites para inadequaes no comportamento; oferecer explicaes
simples sobre segurana e frmacos, associado ao Estabelecimento de confiana atravs da
honestidade, consistem de abordagens interventivas adequadas e eficientes. De certa forma
tambm se mostrou de grande importncia a atuao do profissional enfermeiro junto a famlia
para a reabilitao e insero do cliente esquizofrnico em meio a sociedade, tendo como base
as intervenes que a famlia poderia est fazendo juntamente com o enfermeiro sendo elas: a
facilitao de aprender mais sobre a doena, a educao h cerca do tratamento e farmacologia,
limitaes do paciente, estratgias de reabilitao e insero desse paciente na sociedade e o
suporte emocional relacionado a sobrecarga familiar, tendo em vista tambm as crticas
implacveis que muitas vezes esses familiares sofrem por conta mesmo do preconceito, temos
tambm as competncias do profissional enfermeiro como criar ambientes favorveis tanto para
a famlia e o paciente onde possam desenvolver atividades, agentes de socializao sendo a
participao nas atividades de grupo, educao em sade desenvolvimento nas atividades
educativas e aconselhamento ao paciente e famlia, docncia e aspectos tcnicos como as
atividades inerentes ao papel clinico da enfermagem, como sinais vitais e nvel de conscincia.
De toda forma, ainda se faz necessria uma ateno diferenciada sobre a doena esquizofrnica,
visto que representa importante fator de dissenso familiar, problemas conjugais, mudanas
drsticas no estilo de vida individual e social, com implicaes diretas sobre a famlia e indiretas
sobre a comunidade como um todo. Indivduos mais informados esto mais capacitados a lidar
com o aparecimento desta patologia, possibilitando ao paciente maior segurana e conforto, de
modo a auxiliar no restabelecimento da sade mental alterada dos indivduos esquizofrnicos,
assim como de uma maior adeso s terapias farmacolgica e psicoterpica.
Palavras-Chave: Papel Enfermeiro. Esquizofrenia. Famlia.