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Informativo Interno nº 117 - março de 2013 Uma universidade é feita de núme- ros e pessoas. Os primeiros dão a me- dida dos avanços e os demais são os atores responsáveis pela construção da instituição em todos os níveis. No dia 26, ambos foram celebrados pela UFABC. Na nona colação de grau, a Universidade ultrapassou a marca dos 1.000 formandos. Al- guns deles, como de- monstra outra matéria deste informativo, já se graduaram em até dois cursos de forma- ção específica. Eles são os capítulos consagra- dores de uma história que começou de modo modesto há seis anos. Em 2007, quando Luís Penalva veio de Franca, sua cidade natal, e colocou os pés pela primeira vez nas depen- dências da Universidade, a impressão que teve da estrutura física não foi a melhor possível. “Tínhamos que ficar indo do prédio da avenida Atlântica para os laboratórios na avenida dos Estados. Havia também muita gente saindo para universidades que até en- tão eram mais renomadas”, conta. Esse quadro durou pouco e foi pau- latinamente substituído pela pujança dos modernos blocos acadêmicos que os alunos receberam a partir de 2008. Naquele ano foi inaugurado o Bloco B e, em 2010, o Bloco A foi entregue. “Quando terminaram de erguer os prédios, a gente via mesmo que a Uni- versidade tinha vinga- do”, conta Penalva. Impressão seme- lhante teve o estudan- te Rodolfo Collins. o ramo de pneus, apro- va o modelo interdis- ciplinar da instituição e o formato do BC&T, que permite ao aluno mudar a opção da carreira durante a graduação. “É muito difícil para um jovem saber o quer com tão pouca idade”, argumen- ta. Ao final da cerimônia, o reitor He- lio Waldman projetou mais uma mar- ca histórica para um futuro próximo. “Serei o reitor das dez primeiras co- lações de grau, o que é uma grande honra para mim”, disse. Mais de 1.000 UFABC ultrapassa a marca dos 1.000 formandos em nona colação de grau A PARIDADE CERTA O futebol brasi- leiro atrai multi- dões, mostrando que é socialmen- te referenciado. Ele é também meritocrático, pois reverencia seus times e craques pelo talento e raça demonstrados no gramado. Conclui-se que é perfeitamen- te possível uma instituição ser social- mente relevante e meritocrática. Mais que possível, é também necessário, pois nenhuma instituição de excelência será prestigiada pela sociedade se não se comprometer com a sua meritocracia, especialmente a Universidade, respon- sável que é pela formação da meritocra- cia nacional. A meritocracia da UFABC é constituída pelo seu corpo docente, formado inte- gralmente por pessoas que já tiveram a oportunidade de se familiarizar com o método científico para desenvolver uma tese de doutorado. Foi pensando em valorizar essa meritocracia que a LDB estabeleceu que ela devesse ter um peso de 70% tanto nos colegiados da Universidade como na escolha do Reitor. Minha experiência de 3 anos na Presi- dência dos Conselhos, porém, me leva a crer que a Lei exagerou nessa dose, pois os 30% restantes são estreitos demais para que a sociedade se sinta protago- nista do desenvolvimento universitário. Mas discordo também da tese da pa- ridade entre docentes, servidores TA’s e alunos, de vez que ela banaliza a meri- tocracia, reduzindo-a a uma dimensão meramente corporativa. Assim sendo, entendo que a LDB de- veria ser revista para reduzir de 70 para 50% a representação dos docentes no colegiado máximo e no processo de es- colha do Reitor. Esse percentual esta- belece uma paridade entre docentes e não-docentes. Esta é a paridade que re- almente interessa para uma instituição que precisa dar igual atenção à natureza das coisas e às coisas da natureza. Ela permite aumentar a participação dos alunos, dos TA’s e da comunidade exter- na, democratizando a Universidade sem deixar de reconhecer a dimensão estra- tégica e existencial da meritocracia. HELIO WALDMAN Reitor

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Informativo Interno nº 117 - março de 2013

Uma universidade é feita de núme-ros e pessoas. Os primeiros dão a me-dida dos avanços e os demais são os atores responsáveis pela construção da instituição em todos os níveis. No dia 26, ambos foram celebrados pela UFABC. Na nona colação de grau, a Universidade ultrapassou a marca dos 1.000 formandos. Al-guns deles, como de-monstra outra matéria deste informativo, já se graduaram em até dois cursos de forma-ção específica. Eles são os capítulos consagra-dores de uma história que começou de modo modesto há seis anos.

Em 2007, quando Luís Penalva veio de Franca, sua cidade natal, e colocou os pés pela primeira vez nas depen-dências da Universidade, a impressão que teve da estrutura física não foi a melhor possível. “Tínhamos que ficar indo do prédio da avenida Atlântica para os laboratórios na avenida dos Estados. Havia também muita gente saindo para universidades que até en-tão eram mais renomadas”, conta.

Esse quadro durou pouco e foi pau-latinamente substituído pela pujança dos modernos blocos acadêmicos que os alunos receberam a partir de 2008. Naquele ano foi inaugurado o Bloco B e, em 2010, o Bloco A foi entregue. “Quando terminaram de erguer os prédios, a gente via mesmo que a Uni-

versidade tinha vinga-do”, conta Penalva.

Impressão seme-lhante teve o estudan-te Rodolfo Collins. o ramo de pneus, apro-va o modelo interdis-ciplinar da instituição e o formato do BC&T,

que permite ao aluno mudar a opção da carreira durante a graduação. “É muito difícil para um jovem saber o quer com tão pouca idade”, argumen-ta.

Ao final da cerimônia, o reitor He-lio Waldman projetou mais uma mar-ca histórica para um futuro próximo. “Serei o reitor das dez primeiras co-lações de grau, o que é uma grande honra para mim”, disse.

Mais de 1.000UFABC ultrapassa a marca dos 1.000 formandos em nona colação de grau

A PARIDADE CERTA

O futebol brasi-

leiro atrai multi-dões, mostrando que é socialmen-te referenciado. Ele é também meritocrático,

pois reverencia seus times e craques pelo talento e raça demonstrados no gramado. Conclui-se que é perfeitamen-te possível uma instituição ser social-mente relevante e meritocrática. Mais que possível, é também necessário, pois nenhuma instituição de excelência será prestigiada pela sociedade se não se comprometer com a sua meritocracia, especialmente a Universidade, respon-sável que é pela formação da meritocra-cia nacional.

A meritocracia da UFABC é constituída pelo seu corpo docente, formado inte-gralmente por pessoas que já tiveram a oportunidade de se familiarizar com o método científico para desenvolver uma tese de doutorado. Foi pensando em valorizar essa meritocracia que a LDB estabeleceu que ela devesse ter um peso de 70% tanto nos colegiados da Universidade como na escolha do Reitor. Minha experiência de 3 anos na Presi-dência dos Conselhos, porém, me leva a crer que a Lei exagerou nessa dose, pois os 30% restantes são estreitos demais para que a sociedade se sinta protago-nista do desenvolvimento universitário. Mas discordo também da tese da pa-ridade entre docentes, servidores TA’s e alunos, de vez que ela banaliza a meri-tocracia, reduzindo-a a uma dimensão meramente corporativa.

Assim sendo, entendo que a LDB de-veria ser revista para reduzir de 70 para 50% a representação dos docentes no colegiado máximo e no processo de es-colha do Reitor. Esse percentual esta-belece uma paridade entre docentes e não-docentes. Esta é a paridade que re-almente interessa para uma instituição que precisa dar igual atenção à natureza das coisas e às coisas da natureza. Ela permite aumentar a participação dos alunos, dos TA’s e da comunidade exter-na, democratizando a Universidade sem deixar de reconhecer a dimensão estra-tégica e existencial da meritocracia.

HELIO WALDMANReitor

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Informativo Interno da Fundação Universidade Federal do ABC nº 117 – março de 2013

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Votação recente definiu, no dia 05 de março, os novos representantes de alunos, técnicos administrativos e professores para mandato até 2015.O ConsUni é o órgão deliberativo final da UFABC, responsável pela tomada de decisões para execução

da política geral, enquanto o ConsEPE é órgão superior deliberativo da UFABC em matéria de ensino, pesquisa e extensão.As chapas eleitas foram:

ConsUni e ConsEPE elegem representantes

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Entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro, ocorreu em São Paulo a Campus Party, o maior evento de tecnologia do mundo, com pa-lestras, debates e oficinas sobre as mais modernas tendências em tecnologia da informação.

Neste ano, o professor Francis-co Isidro Massetto, docente da UFABC, esteve presente e minis-trou palestra sobre overclock e como essa técnica como pode ser utilizada em dispositivos android, como tablets e celulares.

O Overclock é uma técnica ge-ralmente utilizada em computa-dores e videogames, para alterar a frequência de processadores, fazendo com que ele funcione de forma mais rápida e tenha um de-sempenho maior que o esperado.

Confira a participação da UFA-BC, por meio da palestra do pro-fessor Francisco, no maior evento de tecnologia do mundo, dispo-nibilizada no Canal da UFABC no YouTube.

Acesse:

www.youtube.com/ufabcvideo

Canal da UFABC no YouTube traz palestra do professor Francisco Isidro Massetto na Campus Party 2013

O “Fale Conosco”, serviço adminis-trado pela Pró-reitoria de Planejamen-to e Desenvolvimento Institucional, é um dos atuais canais de comunicação da Universidade Federal do ABC com a comunidade interna e externa. Com acesso pelo portal da UFABC, o ser-viço está ativo desde o dia 19 de no-vembro de 2010 e já recebeu cerca de 6.820 mensagens.

O canal está aberto para sugestões, reclamações, críticas, elogios e dúvi-das. Porém, do total de mensagens recebidas até agora, em torno de 90% referiam-se a consultas (informação e dúvidas), provenientes principalmente do público externo. Dentre as dúvidas mais constantes estão as referentes ao início das aulas, oferta de cursos, trans-

Em pouco mais de 2 anos de funcionamento, Fale Conosco se aproxima das 7.000 mensagens recebidas

Olá amigos!

O Orçamento Federal é parte inte-grante do planejamento do governo, considerando seus objetivos, metas, atividades, recursos necessários, meios de avaliação e de controle. Esse planejamento é constituído

de três instrumentos: o Plano Plu-rianual (PPA), que define diretrizes, objetivos e metas para implantação e gestão das políticas públicas, pelo período de quatro anos; a Lei de Di-retrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece, dentre outras coisas, orientações para elaboração da LOA e; a Lei Orçamentária Anual (LOA) que estima receitas e fixa despesas.Nossa Constituição inovou ao di-

zer que o orçamento anual deve

estar alinhado ao PPA e à LDO. O PPA do governo atual teve início em 2012 e estará vigente até 2015, primeiro ano de uma nova gestão, visando garantir a continuidade da atuação estatal.As políticas de enfrentamento aos

problemas sociais são organizadas em programas, com seus objetivos, metas e recursos orçamentários, previstos no PPA.Vale lembrar que o PPA, a LDO e

a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo, devendo ser aprovadas pelo Poder Legislativo, que também é o responsável por fiscalizar a exe-cução dos programas e ações de go-verno.Curtiram o assunto? Falando em

curtir, não deixem de conferir a mi-nha página no Facebook:

https://www.facebook.com/pages/Auditorito/432791053466942

Até breve!

UFABC

ferências de cursos, concursos públicos para a contratação de técnicos administrativos, bolsas assistenciais, pós-bacharelados interdisciplina-res, listas de espera, matrículas e trancamento de matrículas.

Do total dos 6.820 contatos realizados, a grande maioria, 97,82%, ou 6.671 contatos, foi respondida pelos servidores da PROPLADI, com o auxílio das áreas responsáveis pelos da-dos solicitados.

Um pouquinho mais sobre orçamento público!

Vanessa Ferreira e Gilberto Gusmão

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Informativo Interno da Fundação Universidade Federal do ABC nº 117 – março de 2013

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ProduçãoAssessoria de Comunicação e Imprensa

Edição, Redação e Revisão• Alessandra de Castilho • Denilson R. de Oliveira - MTb: 54421 • Maria Eunice R. do Nascimento • Marcela dos Santos • Mariella Mian • Vanessa do Carmo• Stephanye Stoppa de Sá

Editoração• Edna Atsué Watanabe • Isabel B L Franca • Rodrigo Müller • Sandra Felix Santos

Expediente

Mais do que um filme sobre os desdobramentos diplomáticos da Revolução Iraniana de 1979, Argo é uma ode ao cinema. O oscarizado longa de Ben Afleck revela os bastidores da indústria hollywoodia-na ao mostrar o trabalho de pré-produção de um filme de ficção científica. Estão lá produtores, fi-gurantes, maquiadores e todo tipo de profissional necessário para rodar uma superprodução.

A película (Argo), no caso, não passa de um ar-dil para resgatar seis fun-cionários da embaixada

americana em Teerã após a queda da monarquia pró-Estados Uni-dos de Reza Pahlevi. No novo contexto sociopolítico, a cidadania americana representava um risco de vida. Ser um cidadão ameri-cano a serviço do governo, praticamente uma sentença de morte.

Descartando soluções mais ortodoxas para o resgate, o agente da CIA Tony Mendez, vivido por Afleck, opta por fazer dos burocratas membros de uma equipe de cinema que estaria no país pesquisando locações para o filme. As incertezas quanto à verossimilhança da farsa montada por Mendez crescem até atingir o clímax no mo-mento em que a falsa equipe finge perscrutar locações pela cidade.

Vencedor de três Oscar, Argo continua em circuito comercial em São Paulo e está disponível também em DVD e Blu-ray.

O dia em que a arte salvou vidas

Mesmo se desenvolvendo lentamente, tu-mor pode ser detectado pelo exame Papa-nicolaou

Também conhecido como câncer cervi-cal, o câncer de colo de útero acomete principalmente mulheres acima dos 25 anos. Ele se desenvolve lentamente e an-tes de se tornar maligno, o tumor causa-dor da doença passa por diferentes fases que variam de acordo com a gravidade do caso. Esse tipo de câncer está direta-mente relacionado à infecção pelo HPV. Entre os fatores que colaboram para a contaminação estão o início precoce da atividade sexual, vida sexual promíscua, baixa imunidade, cigarro e más condições de higiene.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de úte-ro é o segundo mais comum entre mu-lheres, atrás apenas do câncer de mama. Ele é também o quarto câncer mais letal. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apre-senta 18.430 novos casos. Ainda segundo o INCA, 70% dos casos diagnosticados na década de 90 estavam no estágio mais agressivo da doença. Atualmente, 44% dos casos são diagnosticados precoce-mente. O exame Papanicolaou é a forma mais segura de prevenir a doença.

Lento e traiçoeiro