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La Comunidad de Cristianos • Movimiento para la Renovación Religiosa Comunidándonos Nº 62 AÑO 15 Época de Pascua Pecado y Perdón “El que realmente conoce a Dios, no encontrará necesario perdonar a su hermano. Sólo necesitará perdonarse a sí mismo por no haber perdonado mucho antes” EDICIÓN A CARGO DE LA COMUNIDAD DE LIMA

Comunidandonos - Epoca de Pascua 2015

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La Comunidad de Cristianos • Movimiento para la Renovación Religiosa

Comunidándonos

Nº 62 AÑO 15

Época de Pascua

Pecado y Perdón

“El que realmente conoce a Dios, no encontrará necesario perdonar a su hermano.

Sólo necesitará perdonarse a sí mismo por no haber perdonado mucho antes”

EDICIÓN A CARGO DE LA COMUNIDAD DE LIMA

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Comunidándonos

Época de Pascua

Reflexões de Páscoa

Elaborado a partir do sermão do domingo de Páscoa, proferido em 20 de

abril de 2014, Botucatu

“Eu vos envio como cordeiros em meio a lobos” (Mt10,16) A Semana Santa é um período de intensa reflexão e interioridade. O mundo cristão entretanto acor-

da na manhã do domingo de Páscoa ao som da alegre mensagem do anjo:

Cristo Ressuscitou!Ele venceu a morte, surgindo para uma nova vida! É bom também que nos alegremos cada ano de

novo, pois assim como acontece na época da Paixão o movimento oposto, que nos leva a medi-

tar sobre o sofrimento e a dor, com o domingo de Páscoa se iniciam os quarenta dias de celebrar

a alegria! A alegria que compartilharam os discípulos ao conviverem com o Ressuscitado. Cristo,

depois deste período, os enviou ao mundo para realizar sua missão como apóstolos (palavra grega

que quer dizer “enviado”).

Sua missão é levar a Boa Nova, a alegria da ressurreição, a todos os povos, a todas as criaturas.

Sabemos, porém, que nem sempre esta missão foi fácil e alegre para os discípulos:

“Eu vos envio como cordeiros em meio a lobos”

Grandes desafios encontraram (e ainda encontram) os apóstolos de Cristo em todas as épocas.

Colheram alegrias mas também sofreram, e nos primeiros séculos do cristianismo muitos foram

martirizados, entregues às feras na arena romana. As perseguições aos primeiros cristãos ocorreram

porque eles se recusavam a negar sua fé (ou seja, a fé e a convicção de que Cristo venceu a morte)

e desafiavam assim o poder temporal do Império Romano.

Este longo período de perseguições se estendeu pelos três primeiros séculos da nossa era. Por

determinação imperador romano Constatino I (em latim Flavius Valerius Constantinus, Naisso, 272 -

22 de maio de 337), o cristianismo passou a ser a religião oficial do império.

Inicia-se então um período de maior tranqüilidade e de florescimento para os adeptos de Cristo.

Um exemplo disto é a magnífica cidade de Ravena, no norte da Itália próximo ao mar Adriático (Ra-

vena foi a terceira capital do Império Romano do Ocidente (402 - 476), depois de Roma e de Milão

(286 - 402). Entre os séculos V e VI Ravena viveu seu apogeu político-administrativo dentro do

império romano e passou por um enorme crescimento cultural e artístico.

Hoje pode-se visitar em Ravena uma das maiores e mais belas coleções de mosaicos do mundo.

Construídos em várias igrejas, representam motivos ligados a história do Cristianismo.

Uma destes mosaicos representa o Cristo Ressuscitado vestido como um guerreiro romano (ver

imagem acima, mosaico do século VI, na Capela do Arcebispo, Ravena), portando numa das mãos

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Época de Pascua

a cruz e na outra um livro aberto, o evangelho. O mais

impressionante, porém, é que Ele submete com seus pés

uma serpente e um leão.

Ele, que venceu a morte, caminha sobre feras e cobras.

Os animais ali representados não estão mortos, mas sub-

metidos àquel’Ele que venceu a própria Morte!

Ao refletir sobre as figuras destes animais era possível

remeter-se a processos imaginativos ou mesmo a aconte-

cimentos bem conhecidos aos cristãos:

Inicialmente poder-se-ia reconhecer na cobra a Antiga

Serpente que iludiu Adão e Eva no Paraíso, enganando-os

com sua astúcia!

O leão, por outro lado, representava uma ameaça mais

recente: o poder autoritário do império romano que alguns

séculos antes ainda perseguia e exterminava os Cristãos.

Esta maneira de representação artística nos mostra que

ao comemorar a Páscoa os cristãos daquele período queriam ao mesmo tempo celebrar a vitória

sobre as forças do passado e da tradição que haviam sucumbido à fascinação e à ilusão da serpen-

te como também celebravam a vitória contra o medo a e dominação pela força, uma ameaça que

estava bem mais próxima na lembrança dos cristãos destes primeiros séculos.

E hoje?No século XIX o Cristianismo também enfrenta desafios e perigos. Uma das fortes críticas se refere

ao fato de estar ligado a algo antiquado, meio endurecido e empoeirado no tempo.

Não conhecemos isto?Em especial quando os anos nos vão chegando e nos tornamos saudosistas ao dizer: “Que bom

era antes! Bem melhor do que hoje em dia!”... Achar que apenas as coisas do passado, da tradição,

foram boas ou melhores é, em verdade, uma forma de ilusão, de fascínio por algo que não mais

voltará. Disto também sofre o cristianismo atual ao não querer sair do enlevo das grandes conquistas

e desenvolvimentos passados.

A “serpente da ilusão” ergue aqui sua cabeça!

Esta forma de nostalgia não ajuda a levar a verdadeira essência do Cristianismo aos corações das

gerações mais jovens.

E os jovens?Eles vivem no presente, no agora, ligados ao que há de mais moderno em tecnologia de ponta. Mas

este mundo moderno por vezes ameaça devorá-los pela competitividade, pelo medo de não conse-

guir um bom lugar na universidade ou no mercado de trabalho.

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Comunidándonos

Época de Pascua

Também está o risco de, ao entrar na vida laboral, ter que começar a negar valores da infância,

da casa paterna. Deixar tudo isto para trás como “coisa de criança”, pois o capitalismo, o sistema

econômico é selvagem e devora quem não o aceita, não o venera nem o diviniza.

Aqui é o leão, a fera, que ergue sua cabeça!

Nossa época também enfrenta suas enormes crises, e nós, que modestamente queremos juntos

colaborar na construção da Igreja de Cristo, não estamos alheios a estas dificuldades, ao contrario

somos turbilhonados por elas!

Mas justamente esta é a mensagem da Páscoa:

“Eu vos envio como cordeiros em meio a lobos, em meio a grandes perigos”

O Ressuscitado é aquel’Ele que com seus pés caminha no meio do perigo, pisa a cabeça da ser-

pente e do leão, não lhes tem medo, nem eles lh’E podem fazer mal. Esta força sentiram os cristãos

do século VI, tanto que o expressaram neste belo mosaico em Ravena.

Que algo desta força lutadora do Ressuscitado irradie em nossas almas!

Que as alegrias da Páscoa sejam também portadoras da força e da coragem que necessitamos

para construir, para manter e para nos tornarmos hoje, na atualidade, uma Comunidade de Cristãos.

Eu vos envio como cordeiros em meio a lobos,

mas tende coragem,

Eu venci o mundo!

Venci a (a serpente da) ilusão e (as feras do) medo que habitam pelo mundo!

Renato Gomes

[email protected]

Pastor da Comunidade de Cristãos de Botucatu SP

El perdón y el pecado

Dos acompañantes importantes, imprescindibles para el camino

Me preguntan ¿cuál es más fácil hacer: pecar o perdonar? Para cada uno la respuesta va a ser algo

diferente, creo. En mi caso, por ejemplo, me parece más fácil pecar que perdonar, pero sé que en

general dicen que los hombres pueden perdonar más fácilmente que las mujeres. Y allí surgirá para

mí una gran inquietud para nuestra cultura: ¿qué entendemos con las palabras perdón y pecado?

En la cultura latina, impregnada con el cristianismo tradicional de nuestros países, ambos conceptos

han sufrido grandes tergiversaciones y manipulaciones en el transcurso de nuestra historia. Perdón

ha llegado a ser algo bastante fácil de recibir y dar. Unas oraciones y nuestros pecados nos son

perdonados. Perdonar ha llegado a ser casi igual a disculpar, o sea quitar la responsabilidad de uno

por lo sucedido, como si no lo hubiera pasado nunca. Y pecado tiene que ver mayormente con

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Comunidándonos

Época de Pascua

mancha (como pecas en la piel), algo que ensucia, enturbia y desfigura lo limpio e “impecable” o

lo que consideramos únicamente como una trasgresión de ley divina o la interpretación de esta ley

que una u otra iglesia nos ha puesto. Pero la verdad de las dos palabras, de los dos conceptos, es

mucho más amplia, profunda y menos prejuiciosa.

Miremos estos conceptos, como aparecen en el evangelio y en otros idiomas, para tener una idea

más completa de sus sentidos.

Hay varias palabras en el griego del Nuevo Testamento, que traducimos como pecar y pecado. Una

de ellas, me parece la más común, es “jamartía”, una palabra que tiene que ver con fallar en llegar

a la meta, un tiro errado que no llega a tocar en el blanco, como en la actividad de tirar con arco y

flecha. En este sentido, pecar es más una falta de habilidad o talento, que aún no está bien entre-

nado, pero que deja abierta la posibilidad de que con más práctica, más entendimiento, uno va a

poder, tarde o temprano, tirar mejor y tocar en el blanco, saber mejor llegar a la meta. Lo manchado,

ensuciado, desfigurado nos desanima más, “jamartía” nos da más ánimos a seguir adelante como

aprendiz de lo divino y de la vida.

La cosa se pone más interesante aún, me parece, si miramos el concepto de pecado como se lo

expresa en el alemán. “Sünde” es la palabra alemana para pecado y viene del verbo “sondern”, que

quiere decir separar. Entonces pecado en alemán no tiene tanto el peso de una mancha, sino más

bien de un movimiento de alejarse, alejarse en este caso de lo divino, de la meta divina, de la imagen

divina y primordial del ser humano. Nosotros desde la caída estamos separados de lo divino, no

por completo, pero sí viviendo una condición de separación, que en la Comunidad de Cristianos se

llama una enfermedad, la enfermedad del pecado, la enfermedad de estar separados de lo divino y

por consiguiente incompletos, enfermos. Esto también abarca en sí grandes esperanzas para la hu-

manidad. Si se trata de una enfermedad hay, tarde o temprano, la buena posibilidad de encontrar un

medicamento que puede curarla. Dejemos de considerarnos entonces pecadores fallados,indigno,

merecidos de castigos. Tornémonos pecadores con dolores de una enfermedad, pero también con

esperanza, capacidad y posibilidad de encontrar una curación de nuestra condición neurálgica.

¿Y qué de perdón y perdonar? En la palabra en

castellano ya está el sentido más profundo. Tie-

ne que ver también con un movimiento, pero este

movimiento es uno que va y viene, un tipo toma

daca, por escribirlo así. Damos y recibimos algo

en el perdonar y ser perdonados. Y como reza el

Padrenuestro, este dar y recibir, para llegar a ser

perdón de verdad, tiene que pasar por lo divino

y no solamente entre dos o más seres humanos.

Podemos pedir y esperar el perdón de Dios, pero esto está supeditado a que entremos en el mismo

proceso con el prójimo.

Así que para nosotros, ambos, tanto el perdón como el pecado, pueden parecer ahora igual de

difícil, pero con este breve ensayo, espero que tengamos más ánimos de reconsiderar lo que es el

“El que realmente conoce a Dios no en-

contrará necesario perdonar a su hermano.

Sólo necesitará perdonarse a sí mismo por

no haberlo perdonado mucho antes.”

Tolstoi

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Comunidándonos

Época de Pascua

pecado y lo que es el perdón en nuestras vidas y más aún, cuál es su sig-

nificado para nosotros y el sano desarrollo como humanos de verdad.

Es imposible vivir en la Tierra sin pecar, sin estar separados de lo di-

vino, pero al reconocer esta condición, podemos tomar acciones

de acercarnos más a lo que es sano y completo. Sólo al aceptar

el pecado como un compañero y educador (no un castigador y

trágico peso) de la vida, vamos a encontrar el camino en adelan-

te que nos lleva de nuevo a lo divino.

Es posible, pero no aconsejable y contra producente, vivir en la

Tierra sin perdonar. Hemos de intentar por todos los medios de

hacer del perdón un amigo acompañante constante día a día. Sin él

tampoco avanzamos en el camino que nos lleva de nuevo a lo divino.

Pablo [email protected]

Sacerdote de la Comunidad de Lima

El PerdónMi querida amiga:

Gracias por tu carta y la confianza que tienes en mí para contarme tus problemas y decirme lo mu-

cho que te cuesta perdonar.

Tu esposo te confesó su infidelidad y te pidió perdón. Ahora tú te sientes tan ofendida y herida que te

cuesta perdonarlo. Te ayudará ponerte en su lugar y recordar sus sufrimientos. Piensa en su infancia,

el divorcio de sus padres, la guerra, su papá en el frente, la huida a otro país, la pérdida de su casa y

la pérdida de sus amigos y su entorno social. Piensa en su mamá trabajando para sostener el hogar

y en cómo él sufrió hambre, sed, soledad y falta de cariño. Piensa en que como adolescente tuvo

que trabajar de noche para estudiar de día y como profesional buscó un trabajo que le permitiera

hacer frente a sus nuevas responsabilidades familiares.

Intenta llegar a la comprensión y la tolerancia. Tú has elegido a tu pareja en libertad, para vivir en paz

y alegría, apoyándose mutuamente. ¡En todo hay algo bueno! Piensa positivamente para que el mal

pueda conducir a lo bueno, lindo y verdadero. Para llegar a un sentimiento profundo es necesaria

la crisis. Abre tu corazón para sacrificar tu yo cotidiano con coraje. Se te van a abrir nuevos pensa-

mientos e inspiraciones de tu ser más íntimo, un manantial de sabiduría. El ser humano tiene ese

potencial a la espera de ser despertado, para elevarse a alturas superiores.

Pienso en un ejemplo reciente. El 27 de enero del 2015, el Día Internacional de la memoria de las

víctimas del holocausto, se cumplieron 70 años de la liberación del campo de concentración de Aus-

chwitz. Günther Jauch, conocido presentador de la televisión alemana, invitó a Berlín a dos sobre-

vivientes de la persecución nazi: Eva Erben, de 83 años, y Margot Friedländer, de 93 años. Ambas

“Algunos se elevan a través

del pecado. Otros caen por

medio de la virtud.”

Shakespeare.

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Comunidándonos

Época de Pascua

lograron escapar, pero perdieron a sus padres y hermanos. Una de ellas vivió más de sesenta años

en Nueva York y decidió hace poco regresar a Berlín, la ciudad donde nació.

A pesar del imborrable trauma que vivieron, estas mujeres tuvieron un aura y una emanación de

amor, gratitud, perdón y paz interior. Según Eva Erben, “era importante volver a Alemania, nuestra

patria. Tendremos que contarles a los jóvenes la realidad de la historia, para que entiendan lo que

sucedió. Algo así nunca, nunca más debe suceder en ningún lugar del mundo”.

Lo que hicieron solo fue posible porque ellas habían logrado realmente perdonar. En total libertad y

según sus fuerzas, con compasión, amor y bondad, ellas asumieron la responsabilidad de devolverle

al mundo lo que objetivamente le fue retirado por el mal.

Mi linda amiga, te abrazo y pido a Dios que te ayude. Te recomiendo el libro El significado oculto del

perdón, de Sergei Prokofieff. Espero que entiendas que el perdón no es solo un asunto entre tú y tu

esposo, sino que irradia hacia el mundo espiritual. Saber eso te va dar más fuerza y voluntad.

Eve [email protected]

Miembro de la Comunidad de Lima

Perdón y GraciaEste es el tema de nuestro encuentro (de miembros) y me toca hoy el privilegio de tratar de hablar

algo de su significado tan inmenso.

¿El perdón, dónde está ubicado, en qué ambiente se mueve? ¿Qué dimensiones puede tener y

cómo se manifiesta? ¿De qué perdón hablamos – del perdón humano?

Y la gracia – siempre me imaginé como algo parecido a una paz luminosa inesperada al final de un

largo camino.

Quiero hablar de una parte de mi vida donde siento que viví tanto el perdón como la gracia.

Mi marido y yo, a lo largo de nuestras vidas, siempre nos ocupamos de chicos que necesitaban de

una ayuda de una u otra forma. Y como no teníamos hijos propios decidimos adoptar un chico para

darle a él una mejor chance en la vida.

El departamento de protección de menores nos preguntó si nos queríamos ocupar de un chico de

7 años, separado de su madre esquizofrénica y con un padre desconocido. Él hasta ahora vivía en

un asilo en la Selva Negra lejos de una ciudad. Los chicos solamente salían juntos para paseos, si

no, vivían encerrados en el lugar

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Época de Pascua

Así llegó a nuestro domicilio el 6 de diciembre de 1975 - día de San Nicolás – Engelbert, que siempre

quería que le llamen Engel (quiere decir ángel).

Él era un pequeño ser nervioso, inteligente, lleno de miedo y agresión, que necesitaba medicación

psiquiátrica.

La vida con nosotros significaba un cambio de vida total de un día para otro. Viviendo él tan aislado,

tenía muy poca idea de la vida cotidiana y la policía, en su imaginación tenía todo el poder hasta para

distribuir la plata necesaria para vivir. No conocía la diferencia entre propiedad propia y ajena. ¡ Qué

difícil era hacer compras con él en un supermercado! Yo no tenía siempre valor para devolver choco-

lates o dulces que no figuraban en mi cuenta! Él vivía con tanta tensión, que durante más de un año

sus manos temblaban. Por ejemplo: no consiguió abrir una ventanita en el calendario de Adviento.

Tenía tanto miedo que le tenía que acompañar a todos lados. Cuando yo iba al baño él ponía todos

sus juguetes en frente de la puerta para que no me escapara y lo dejara solo

La escuela era otro desafíoAunque tomaba la medicación, casi cada 6 semanas tenía un ataque de furia dónde destruía todo

en su cuarto. Al final no le puse más las cortinas….Le gustaba hacer manualidades y construir. Pero

cada vez que terminó construyendo algo, se daba vuelta y destruía todo y después lloraba.

Compramos un canario para que tuviera algo para cuidar. Era un pájaro muy lindo y alegre y cada

tarde cerrábamos todas las ventanas para que “Hansi” pudiera volar libremente .En la noche le cu-

bríamos con un paño que sacábamos por la mañana. Y una mañana encontramos a Hansi muerto

en su jaula! ¡Qué tristeza! Y ésta fue la primera vez que noté una emoción en Ángel, que hasta ahora

había sido inmóvil. Sólo el año pasado mi marido me contó que Ángel le confesó que la muerte de

Hansi había sido su culpa. Parecía que una fuerza oscura le forzó a destruir y hasta matar sin que él

pudiera frenar

Pasaron los años y ´Ángel, cada vez más, se llenó con un odio a todo lo que era femenino. Parece

que él culpaba de su abandono a su madre y parecería que lo trasladó a los seres femeninos. Ésta

era yo en primero lugar, luego las maestras…

Mi marido, siendo ingeniero textil consultor, tenía que viajar mucho al exterior y Ángel y yo quedamos

solos. Creció el odio hacia mí y yo empecé a sentir miedo, que algo se estaba aproximando. Cuando

Ángel tuvo 17 años y mi marido estaba de viaje se acercó una tarde y me dijo: “Siempre te quise

matar, ahora lo voy a hacer”. Con todas mis fuerzas conseguí sacarlo afuera, dónde él trató de entrar

por la fuerza atacando la puerta. Pero la puerta resistió y solo cayó la plaqueta con nuestro nombre

que se usa en Alemania en las puertas. En este momento pasó mi vecina y luego sonó el teléfono y

ella me estaba diciendo:”Vi su cara, es terrible, quiere que llame la policía?”

- Pensé un momento – qué pasa – la policía lo lleva y quedamos en lo mismo; la solución es sólo

entre nosotros. Pensé que yo todavía quería vivir pero, aparentemente no era posible y estaba dis-

puesta a lo que sea. Abrí la puerta, pensando ahora se iba a avanzar sobre mí, pero vi un joven casi

quebrado con una cara de inmensa tristeza. Al mismo tiempo escuché un raro ruido que se alejaba. .

Estábamos a salvo! Pedí que entremos y él se inclinó para levantar la plaqueta que se había caído – el

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Época de Pascua

primer acto constructivo! A partir de este momento no sintió más la necesidad de destruir – parecía

que un demonio lo había dejado. ¿Gracia?

Después de este episodio estuve internada en una casa antroposófica muy linda para recuperarme.

Estaba convencida que había fracasado por completo con mi intención de educar a Ángel. ¿En qué

resultó? En un intento de asesinato…el resultado de mi educación.

Tenía la presión muy alta y no la podían bajar. Y entonces tuve un sueño: caminaba junto a otra gente

en un camino hacia arriba. Había una luz agradable que provenía de una fuente invisible. Yo era más

alta que los otros, así sabía que era yo. Al lado había un cordón de gente que nos miraba pasar; y

avanzando vi que uno de ellos era la muerte con su cara de esqueleto y su gran sombrero negro.

Esperaba quieto como todos los otros mirándonos pasar. Cuando yo me acerqué sacó su sombrero

amablemente y me dijo: “aprobó. Puede seguir”….Para mí un gran consuelo que el mundo superior

no me consideraba un fracaso sino que me daba fuerza para seguir en paz. Otra vez, gracia

Pasaron los años. Ángel hizo sus 3 años de aprendizaje como carpintero de metal, siendo muy hábil y le gustaba el

trabajo .Pero tenía amigos medio oscuros que se movían con las drogas y también fue afectado por

la marihuana. No les dejé entrar en mi casa. Hasta que un día la policía los capturó y puso a todos

presos menos a Ángel. Después de visitar a este “dealer” en la cárcel y ver todas las consecuencias

esto lo curó de su adicción.

En su trabajo tenía que manejar coches y camiones y obtuvo el registro de conducir. Muchas ve-

ces quería ir a pasear a la tarde con nuestro coche. En una de estas tardes volvió de un restaurante

manejando demasiado rápido y chocó contra un árbol. Estaba solo, pero su amigo lo esperaba y

cuando no vino volvió y lo encontró mal herido: 2 costillas perforaron el pulmón y la clavícula esta-

ba fracturada. Llamaron el helicóptero y la ambulancia. Llegaron justo en el momento antes que se

sofocaba por la sangre que entró en el pulmón. Antes que el helicóptero se levantara para tomar

vuelo al hospital de Friburgo él escuchó que un policía decía al otro: “éste no va a llegar con vida”..

Nos avisaron del accidente a las 11 de la noche. Todas las mañanas viajé para visitarle en la estación

de terapia intensiva completamente entubado sin poder hablar con un cuidador dedicado solamente

a él. Pasaron los días sin mejorar. Con un accidente de esta dimensión estaba convencida que si él

sobrevivía era sólo con una discapacidad mental. ¿Qué significaría eso? Como era secretaria desde

hacía años en una asociación de discapacitados sabía lo que significa un cuidado – renuncia de

una vida propia total. ¿Ponerlo en un asilo? ¿Cómo decidir? En una larga noche sin dormir tomé

una decisión: Ya había dedicado 17 años de mi vida, entonces iba a seguir. Me dormí y soñé que él

iba a sobrevivir. Llegando al hospital esa mañana dos médicos me avisaron que su estado de salud

todavía era muy delicado y el pronóstico era muy incierto. Pero el mundo superior ya había decidido.

Se recuperó rápidamente a partir de mi decisión – sin discapacidad - ¿Gracia?

Hoy trabaja en Suiza como portero en un asilo de ancianos; es un ser amable y complaciente. Nos

visitó varias veces y estamos en regular contacto telefónico.

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Época de Pascua

Viví en carne propia que un ser humano puede contribuir con sus humildes pero serios esfuerzos

para que el mundo divino pueda actuar en forma significante y abarcante.

La gracia existe y nos rodea contando con nuestro perdón a las heridas recibidas.

Miembro de la Comunidad de Buenos Aires

El pecado y el perdónPecado y perdón yo los asocio como las dos caras de una misma moneda.

El pecado tiene que ver con aquello que surgió en el ser humano luego que la parte anímica fuera

separada de aquel primer ser humano completo.

Eso trajo la libertad de decir sí o no por un lado y por el otro el hecho de enfermar aun físicamente

porque la enfermedad no es otra cosa que un desequilibrio en diferentes aspectos y eso no sola-

mente atañe a una persona sino a la humanidad entera, entonces me parece que el pecado forma

parte de las leyes divinas por lo que también tiene que haber una forma de superarlo y me parece

que eso tiene que ver con el perdón.

Con la caída, penetro el error ya sea en acción, pensamiento, idea o sentimiento, aquello que nos

aparta de lo recto y lo justo, pero hoy cada ser humano tiene la posibilidad de propiciar una trans-

formación en sí mismo con la ayuda de Cristo, como lo dice el Acto de Consagración del Hombre, Él

nos ayuda a vencer la enfermedad del pecado, fortalece aquello que se arranca del peso del pecado

y lo atenúa.

Entonces me parece que la posibilidad del perdón también es una ley divina que nos la dio Cristo

aunque para ello primero es necesario tener conocimiento de la falta, de la deuda y querer restaurar

aquello errado.

Por lo que me pregunto ¿por qué nos tocó a los peruanos esta parte? y pienso que debe ser porque

a América llegó un “cristianismo” lleno de culpa y en base a la imposición lo cual perdura hasta hoy

en día, pero no tiene nada que ver con el verdadero cristianismo pues muchas veces se quiere se-

guir como en la época de los escribas y los fariseos, es decir, seguir las leyes, seguir lo establecido,

sin respetar la libertad del ser humano, y mucho menos fomentarla. Siento que la libertad es un acto

de entrega voluntaria, un camino de liberación.

Rebeca [email protected]

Miembro de la Comunidad de Cristianos de Lima

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Comunidándonos

Época de Pascua

Culpa y PerdónDolor y reparación

Causar daño o dolor a otro ser humano es parte de la vida. Querámoslo o no, por error y sin darnos

cuenta o llevados por la ira no hay quien no haya provocado una herida en el alma de otro ser huma-

no. Tampoco conozco ser humano alguno que no haya sido herido alguna vez.

En mi ejercicio profesional he decidido acompañar a personas que han sido castigadas por el sis-

tema de justicia. El daño causado a otra persona en general despierta culpa y parece que ese es el

peor castigo. Las pesadillas no son todo lo que angustia, el sentimiento de indignidad y de ser recha-

zado impiden la perspectiva de futuro. Cuando alguien dice “sentí que el mundo me había vomitado”

podemos asumir que se trata de la vivencia de haber dejado de pertenecer a la Humanidad. Un exilio

que más allá de las medidas legales como el encarcelamiento y del rechazo de los antiguos amigos

o conocidos es un sentimiento propio auto impuesto y muchas veces causante de una parálisis

existencial. Una persona que se niega a ser entrevistada para las evaluaciones correspondientes a

su postulación a la libertad condicional porque siente que aunque cumpla enteramente su condena,

privada de libertad, jamás devolverá a su víctima lo que le quitó, es un ejemplo de ello. Lo irremedia-

ble o inmodificable de los actos cometidos atrapa de peor manera que las rejas. La persona pierde

su hogar íntimo, no hay lugar para sí misma en sí misma.

Muchas personas en esta situación buscan algún tipo de religiosidad desde el anhelo de encontrar

sentido a lo que están viviendo y algo de paz interior. Si no pueden acceder al perdón de la víctima

esperan ser perdonados por Dios y hay quienes así lo experimentan en la profundidad de su ser. En

general han sentido merecerlo después de haber actuado con nobleza y coraje en beneficio de otro

ser humano. Si no es así y lo han recibido como un regalo, surge desde la gratitud, entregar tiempo,

esfuerzo y trabajo para el bienestar de otros. En el interior de cada ser humano aparece la misma

necesidad de equilibrio que se encuentra en el mundo. La paz en este sentido es el sentimiento que

da cuenta de la presencia de ese equilibrio.

Todos necesitamos perdonar y ser perdonados. La Comunidad de Cristianos, a través de los sa-

cramentos, nos ofrece el alimento para recuperar la relación con la fuerza espiritual de la Humani-

dad. Sentirse perteneciente a esa Humanidad aun habiendo sido herido o habiendo causado dolor

permite recuperar los lazos que nos unen. El perdón es un bálsamo de origen espiritual que permite

reparar ese tejido que nos une y que ha sido dañado.

Pilar Donoso

[email protected]

Miembro de la Comunidad de Santiago, Chile

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Comunidándonos

Época de Pascua

Reflexionando en el perdónEscribir algo acerca de perdonar se me antoja un poco arrogante cuando uno mismo espera ser

perdonado.

Sin embargo ambas situaciones se presentan en algunos o varios momentos de nuestras vidas.

Desde mi experiencia fue muy difícil entender el sufrimiento de un niño. Al mismo tiempo fue muy

difícil aceptar el hecho de que una parte de lo vivido lo repetí con mis seres más amados.

Fue a través de la Antroposofía, que puso en mi camino la Comunidad de Cristianos, donde encontré

sacerdotes que me ayudaron a liberarme de culpas, el amor de mi esposo, “Un Amor que Cura”, y

mi inquebrantable fe en Dios, que pude perdonarme y perdonar a otros.

Todo esto fue posible gracias a que comprendí con un trabajo de profundo análisis, que mis viven-

cias debía yo tomarlas desde una perspectiva más objetiva. Por supuesto, gracias al amor que

encontré en mi familia, en mi iglesia, en mis empleados, en mis verdaderos amigos, ese amor que no

sólo recibí sino que fui bendecida con la posibilidad de entregarlo a otros.

Ese amor es todas las formas de amor, porque es la fuente del amor universal, Cristo.

Desde mi punto de vista y por mis experiencias de vida, desarrollar una sincera comprensión y un

agradecimiento hacia la otredad es fundamental para empezar un camino hacia la reconciliación con

uno mismo y con el otro.

Aceptar que para evolucionar muchas veces es necesario sufrir y que el dolor nos humaniza.

Entender que en nuestro destino están trazados ciertos encuentros y vínculos que pueden causar-

nos profundos sufrimientos, muchas veces con huellas imborrables, pero necesarias para nuestra

evolución. Si entendemos que el dolor es una gran oportunidad de crecimiento, entonces podremos

estar agradecidos con esos vínculos que ayudaran a tallar esa piedra que luego se convertirá en una

bella escultura.

Nadie te puede hacer más daño que el que te puedes hacer tu mismo, pues vivir con rencores mu-

chas veces nos lleva a acciones auto-destructivas.

Esperar ser perdonados aparentemente sería más difícil, porque no siempre está en nuestras manos

hacer lo que esperan de nosotros, pero para mí esto es sólo en apariencia, porque si podemos tra-

bajar activamente no sólo haciendo las cosas mejor, sino también con una permanente comunica-

ción con el mundo espiritual a través de la oración, teniendo acceso al mundo espiritual a la fuente

del amor universal que todo lo puede y todo lo sana en Cristo.

Maritza Picasso Spittler

[email protected]

Miembro de la comunidad de Lima

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Comunidándonos

Época de Pascua

El ataque del Adversario y el poder del Yo.

Conferencia ofrecida por Michael Debus en el Congreso de Pentecostés de 1997.

La transición hacia el siglo 21 requiere de nosotros que construyamos un puente que parte del siglo

20, es decir, nos pide que pensemos en lo que ha sido la esencia del siglo 20. De esa manera desa-

rrollaremos el impulso correcto y una correcta relación hacia el futuro. La esencia de la Comunidad

de Cristianos también está íntimamente vinculada al siglo 20. Es el siglo en que nació. Además,

como en un horóscopo, se puede intentar leer de la signatura espiritual de este siglo algo del carác-

ter y la tarea de nuestra Comunidad de Cristianos.

La Comunidad de Cristianos apareció como un Movimiento de Renovación Religiosa, pero no podía

ser simplemente la renovación de formas antiguas. No era cuestión de revestir con nuevo revesti-

miento algo que ya estaba existiendo y funcionando por dos mil años; no era una cuestión de una

re-forma. La Comunidad de Cristianos es algo entero y completamente nuevo. Es en sí mismo una

parte de los Misterios del Siglo Veinte, los que de hecho recién ahora están surgiendo. Es por eso

que la Comunidad de Cristianos, como el siglo 20 mismo, se manifiesta en dos imágenes: Primera-

mente, el poder del Mal ha desarrollado una nueva cualidad. Por el momento, la palabra Holocausto

es suficiente para ilustrar esto. Segundo: el siglo 20 es el siglo de los refugiados. Vastas cantidades

de personas se movilizan por todo el mundo, carentes de casa y hogar. Una humanidad sin patria:

ésa es la otra imagen del aspecto exterior del siglo 20.

En relación a estas dos imágenes se halla el aspecto oculto: el siglo 20 lleva en sí un nuevo misterio

del Mal y un nuevo misterio concerniente a la verdadera patria de la humanidad.

La relación de la humanidad con el Mal

ha cambiado fundamentalmente. Surge

ante nuestra mirada una nueva imagen

de la batalla del Arcángel Micael con el

Dragón. Nos es conocida la imagen tra-

dicional: Micael lucha contra el Dragón,

lo cual es un desafío para combatir al

mal con todas nuestras fuerzas, por pe-

queñas que éstas sean. La otra imagen,

la nueva, muestra una relación transfor-

mada con el Dragón. Lo vemos repre-

sentado en el ventanal rojo en el lado

oeste del Goetheanum: en él, Micael

no se confronta con el Dragón para lu-

char contra él, sino que lo “rodea”, lo ha

“absorbido” completamente. También

se podría decir que Micael integra en sí

mismo al Dragón, lo “digiere”.

Ventanal rojo en el lado oeste del Goetheanum

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Comunidándonos

Época de Pascua

¿Qué es lo que ocurre cuando acabamos de comer algo? En el proceso de digestión no sólo destrui-

mos, sino que transformamos las sustancias. Cuando algo ha sido digerido correctamente, se torna

la base de nuestra voluntad, nuestro futuro, y emergemos del proceso fortalecidos.

Aquí surge una nueva relación de la humanidad con el Mal que puede ser llamado digestión o, como

hemos sugerido, integración. La mayoría de las personas conocen algo de esto. A menudo deci-

mos que aprendimos algo de un error, y que ahora podemos ver claramente, pero que para llegar

a esto hemos debido pasar primero por un despertar doloroso. Uno podría también decir: hemos

empezado a diferenciar entre lo esencial de lo no esencial; pues a menudo anhelamos aquello que

consideramos de importancia vital para descubrir luego, inesperadamente, que en última instancia,

no tenía ningún significado. Nos damos cuenta que hemos vivido una ilusión. Estos son momentos

de alegría y dolor a la vez, cuando las ilusiones se diluyen por sí mismas desde afuera o porque no-

sotros mismos descorremos el velo y nos enfrentamos con la verdad. El resultado será siempre que

comprendemos más, en un nivel más profundo. Este “insight” es siempre un proceso nuevo, algo

en sus inicios. Entonces uno puede decirse: “Reconozco el error, soporto el dolor y empiezo a com-

prender nuevamente. Se hizo la luz en mí”. Pero no sólo le arrancamos la luz al error. También nos

volvemos culpables y hemos de cargar con nuestra culpa. Quisiera ilustrar esto con una imagen que

puede resultar algo inocua. Imaginemos un niño que derrama un líquido sobre una alfombra y causa

un daño irreparable. El maestro querrá tal vez que el niño repare el daño inmediatamente. Pero el

niño, en su inocencia y creatividad, dibuja formas, “pinta” con la mancha y un velo de encantamien-

to se vierte sobre el hecho. Un maestro creativo puede también sentirse impulsado a agregar algo

a la obra usando algo del líquido y hacer su aporte artístico. Puede considerar todo simplemente

materia prima para una actividad creativa. De una manera similar, podemos descubrir que el error o

culpa no deben ser simplemente lavados, borrados sino que ha de re-vivificarse la creatividad infantil

dentro de uno mismo. En el adulto esto es imaginación creativa. Desde este punto de vista el error y

la culpa no es simplemente algo que uno ha obrado “mal”, más bien es algo que está “incompleto”.

Están incompletas, necesitan ser complementadas; hemos de agregarle algo para que sean plenas,

una “obra de arte”. Y así surge una nueva relación con el mundo, una relación que, espiritualmente,

tiene la cualidad del calor. Es el “calor de la creación” que surge siempre que se crea algo nuevo en

el mundo. Reconocemos, entonces, estas dos cualidades que han de ser arrancadas del Mal: de

las equivocaciones y errores, la luz de una más profunda comprensión; de la culpa y el pecado, el

calor de una nueva actividad. Empezamos a intuir el rol importante del Mal en la evolución del ser

humano. Los seres humanos podrán desarrollar autonomía no sólo evitando o rechazando el Mal,

sino cuando lidian con él y aprenden a integrarlo y hacerlo una parte de sus vidas - aún a riesgo de

sucumbir ante él y caer en error, culpa y pecado.

La nueva relación con el Mal es un aspecto de los Nuevos Misterios del siglo 20. Tendríamos que ca-

racterizar el otro aspecto diciendo: el Mal en sí se resiste a ser integrado. Lucha contra la integración

del error y la culpa; contra la luz de una mayor comprensión y contra el calor de la actividad creado-

ra. Se nos ha dado la luz de una mayor comprensión por medio del dolor del “entrar en sí mismo”, al

ver la realidad de nuestro error. La contra imagen de esto es el vasto campo de la “realidad virtual”,

el sumergirse placentero de las ilusiones conscientemente creadas. Toma la forma de la intoxicación

producida por la “nueva” música como la tecno, el viaje por el ciber espacio por medio de un yelmo

cibernético, se expresa en Disneylandia, en saltos al vacío (bungee) y mucho más. Aquí no existe la

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Comunidándonos

Época de Pascua

relación con el mundo. La consciencia humana no está iluminada por la luz de una mayor compren-

sión, sino por una luz sin sustancia. No hay integración o “digestión” de los errores en los “mundos

virtuales”; lo mismo se puede decir con lo que ha sido llamado “el calor de una actividad creadora”.

Sólo cuando el error y la culpa han sido vivenciados y sentidos como tales podrán ser integrados

y tornarse materia prima para una actividad creadora. Lo primero es darse cuenta que la alfombra

tiene una mancha. Pero no hay posibilidad de desarrollar una consciencia de culpa donde no existen

parámetros interiores; se vuelve imposible reconocer que “hay una mancha en la alfombra”. El efecto

de la pérdida de la moralidad es no diferenciar una alfombra preciosa de un piso de concreto, en el

que una mancha más o menos no importa. En este mundo de concreto, un mundo sin moralidad,

no existe el calor de una actividad creadora, sólo un calor sin sustancia.

Luz insustancial y calor insustancial son cualidades del Mal que están apareciendo recién ahora, des-

de el siglo 20. En primera instancia no pueden ser integrados por el ser humano. En esta capacidad,

el Mal lucha contra ser integrado, por lo que se le puede llamar el “malo Mal.” Sus poderes están

dirigidos a frenar la contribución del Mal hacia la evolución de la humanidad.

ViolenciaReconocemos algo de estos poderes cuando consideramos la violencia en sus nuevas formas. Es

obvio, por supuesto, que la violencia ha tomado nuevas formas en los últimos 10 a 15 años. Una

violencia “sin sentido” es llamada, justificadamente. La violencia, como la conocíamos hasta aho-

ra, estaba siempre dirigida hacia algo, en contra de algo. Los violentos querían conseguir algo. Si

conseguían lo que buscaban, la violencia se tornaba superflua. Hoy día, sin embargo, la violencia

ha tomado una nueva forma. Continúa, aún cuando el victimario ha conseguido lo que quería de

su víctima y éste está “acabado”. Sólo cuando el asaltante está exhausto, se termina la violencia.

El agresor ha perdido todo contacto con su víctima y se vivencia sólo a sí mismo. Está vivenciando

una “realidad virtual”, una “luz insustancial”. Al mismo tiempo, sus acciones son destructivas en sí ,

son puramente “calor insustancial” carente de creatividad. Los poderes de luz insustancial y de calor

insustancial están apareciendo con cada vez más fuerza en nuestra civilización presente. Son las

que condujeron al Holocausto en una parte del mundo. Como un fenómeno, tienen ahora carácter

universal.

Otra razón por la que el malo Mal, que aparece como luz insustancial y calor insustancial, no puede

ser integrado, es que hay algo “foráneo”, “extraño” en el mundo. Es extraño a la evolución del mun-

do, sin embargo es un aporte hacia él. Si hemos de alistarnos para confrontar a este Mal, necesita-

remos de poderes muy especiales. Si hemos de resistir en esto extraño, necesitamos el poder de

una nueva cualidad de “hogar”. Obviamente, en el siglo 20 no puede ser un “hogar” exterior, pues

hoy día somos todos “exiliados”, refugiados. Como refugiados, no hemos de mirar atrás, añorando

nuestra cultura, idioma, lugar al que estábamos acostumbrados. Si hemos de ajustarnos a esto de

ser extranjeros, extraños, hemos de dejar todo eso atrás y orientarnos hacia adelante. Esas cosas

que nos sostienen hoy día: seguridad, cobijo, confianza en un orden superior de existencia, el calor

de una amistad - ¿dónde podemos hallarlos? El “hogar” que buscamos está por delante, está en

el futuro. No estamos buscando la “Patria” (del Padre) sino la patria del Hijo; hemos de encontrar

nuevas palabras para describir lo que sabemos, conocemos, pero, sin embargo todavía no del todo,

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Comunidándonos

Época de Pascua

porque estamos en camino hacia ello. ¿Dónde está este “hogar” que busco en el que puedo ser ya lo

que seré en el futuro? ¿Dónde está este hogar del YO? Michael Bauer habla de este “hogar” cuando

dice: “Nada en el mundo nos es más familiar que Cristo”. Cristo es el Regente de este “hogar” del

Yo humano, este reino del futuro que puede ser presente ya. Una vez que hayamos encontrado este

hogar nada nos puede expulsar de él o quitárnoslo, pues está dentro de nosotros. Está enteramente

generado por nosotros, pero sin embargo está ya por delante de nosotros.

Acá tocamos el segundo misterio del siglo 20. El primero es la confrontación con el Mal y su integra-

ción, lo cual está siendo resistido por el malo Mal, el alienante. El segundo misterio es el del “hogar”

que no se halla en algún futuro distante, inaccesible, sino, más bien, está viniendo hacia nosotros

ahora. En nuestro tiempo, está más cerca que nunca; en realidad, está ya acá y podemos vivenciarlo

en toda su absoluta realidad. Allí, lo que es alienante en el cosmos no tiene existencia, no tiene ca-

bida. El Mal no tiene acceso al verdadero hogar de la humanidad.

Y así, el siglo 20 tiene dos aspectos: uno aparente y uno oculto. Cada uno de estos aspectos tiene

dos caras. El aspecto exterior se manifiesta en el Holocausto y en el mar de refugiados. El aspec-

to oculto, el ámbito de los misterios del siglo 20, tiene inicialmente un aspecto que tiene que ver

con el Mal. Hemos de reconocer que el Mal es un hecho en el mundo de hoy. Podremos emerger

fortalecidos del encuentro con el Mal si superamos la resistencia que surge del malo Mal. Para ello

necesitamos de las fuerzas que proceden de nuestro futuro hogar, - de los otros aspectos ocultos

del siglo 20. Aquí lo más importante es que no hemos de llorar, anhelando el pasado, aquellas formas

que hacían la vida más fácil para nosotros, incluyendo las formas religiosas. Hemos de aprender a

mirar hacia adelante y así poder ver el futuro que se nos acerca. Miremos hacia el futuro, hacia el

lugar donde la imagen arquetípica resplandece, en donde lo que hemos de llegar a ser ya es una

plena realidad. No está lejos - al contrario, nunca ha estado más cerca. El ser de la Comunidad de

Cristianos viene de allí.

Michael Debus

Sacerdote de la Comunidad de Cristianos

Justicia restaurativaÚltimamente en el mundo y en el Perú está surgiendo una nueva forma de impartir justicia y rehabi-

litación social para jóvenes que delinquen. Esta consiste en evitar que éste pierda su libertad y más

bien se busca su rehabilitación a campo abierto (sin privación de libertad). De esta manera se evita

la estigmatización del joven ante su medio social y se procura su reinserción a través de trabajos

para la comunidad y reparando material o simbólicamente el daño hecho a la víctima. Esta nueva

modalidad de justicia se llama “Justicia Restaurativa”.

Según la Fundación Tierra de Hombres, esta se puede definir como “una forma de hacer justicia

a través de un mecanismo de resolución de conflictos basado en la voluntariedad y participación

de las partes. A través de él, la víctima, el adolescente y la comunidad, participan para resolver las

consecuencias de la infracción y sus implicancias para el futuro”.

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Comunidándonos

Época de Pascua

Esta justicia no se dirige al castigo a la infracción cometida, sino se dirige más al tema de restaura-

ción del vínculo social. Considera que cuando sucede un delito se daña una relación en la sociedad

y busca que esta se restaure.

Por ejemplo si un joven robó a una persona, más importante que la devolución del dinero o del objeto

robado es que se recupere la confianza social entre las personas.

Tal vez el ofensor no podrá devolver el dinero u objeto porque ya lo gastó o vendió. Con un proceso

de interiorización asistida y buscando que éste realmente se dé cuenta del daño cometido a la vícti-

ma, el joven buscará reparar el daño hecho.

Existen varias formas de reparar este daño y algunas son pedir disculpas, ayudar o hacer un trabajo

para la víctima, o un trabajo social con niños o ancianos, o para la comunidad.

Pero hay una parte importante en este proceso que es a la vez muy difícil para ambas partes, esta

consiste en un trabajo por un tiempo con el agresor y la víctima por separado. Luego viene el en-

cuentro personal entre las dos partes, en este momento la víctima podrá decirle al joven ofensor

todo lo que le pasó, sintió y siente por lo que sucedió. Tal vez le contará que el dinero que le fue

robado era para pagar el colegio de su hijo, o que ahora tiene mucho miedo de salir a la calle, que

desconfía de la gente, etc. El joven ofensor posiblemente cuente los motivos del delito cometido y

como es su contexto de vida. Contará quizás que no va a la escuela, que ha sido echado de la casa,

que hay violencia en su casa y tiene que buscarse el sustento, etc.

Entonces las dos partes podrán darse cuenta de lo que vivió cada uno o vive en ese momento. De

esta forma llega la comprensión hacia el otro y se logra entender por qué se cometió tal acto y como

sufrió la otra parte.

La justicia restaurativa busca llegar a este encuentro, lo cual toma tiempo y no es fácil. Se necesita

preparación y valor para ponerse frente al otro. Puede ser que la víctima diga, -ya no me interesa que

me devuelvas el dinero, a mi me alegraría mucho que regreses a la escuela y seas buen alumno.

Entonces en estos ejemplos vemos un aspecto de pecado, una trasgresión social. Pero después de

un proceso voluntario, asistido, de interiorización y deseo de reparar el daño cometido, es posible

reunirse con la otra persona y pedir las disculpas del caso. Y por otro lado también la víctima con

un proceso de interiorización, con un esfuerzo de comprensión y amor hacia el otro puede llegar a

perdonar. De esta manera se restaura el daño social. Las dos personas quizás podrán verse en la

calle en algún momento y tal vez saludarse y no quedarse con el pensamiento, “este es el maldito

que me robó”, sino se podrá pensar, “allí está el chico o chica que me robó, pero decidió cambiar

para bien.”La justicia juvenil restaurativa propone no llegar a estos casos extremos, sino prevenir

con acciones restaurativas en la familia, en el colegio, con los colegas del trabajo. Siempre habrá

errores (pecados) que cometamos consciente o inconscientemente, pero con un trabajo interior, con

un deseo verdadero de cambio y con el pedir perdón y el perdonar, podemos lograr que el vínculo

social dañado sea restaurado.

Carlos [email protected]

Miembro de la Comunidad de Lima

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Comunidándonos

Época de Pascua

Acerca del pecado y del perdónDurante las últimas doce Noches Santas, partiendo de una idea de mi colega Pablo, trabajamos

sobre el significado de doce palabras: amor, fe, gracia, paz, pecado, perdón, etc. Nos convocaba

la intención de tomar esas palabras que usamos cotidianamente para indagar sobre su contenido,

revitalizar su sentido, descubrir qué se oculta detrás de ellas, volver a “encenderlas” en nuestro co-

razón a fin de que renovadas den calor y conciencia a nuestro escuchar y hablar. La experiencia fue

muy interesante y nos motivó a continuar con esta idea en Comunidándonos, a lo largo de este año.

No por casualidad el que propone empieza…y no por casualidad el Ángel de nuestra Comunidad

ofrece a Lima el meditar y reflexionar sobre qué es para nosotros, hoy,” pecado” y “perdón” .

Cuando una persona se acerca a conversar con un sacerdote, con el interés de tornarse miembro,

existe la costumbre de dar dos textos para que los lleven como oraciones y como camino de me-

ditación: el Credo y el Padrenuestro.

En el Credo afirmamos:

“…obra del Espíritu Santo que, para sanar espiritualmente la enfermedad del pecado en lo

corporal de la humanidad, preparó al hijo de María como envoltura del Cristo.”

“Tiempo vendrá en que Él se una para la evolución del mundo con aquellos, a quienes por

su comportamiento pueda arrancar a la muerte de la materia”

“A través de Él puede obrar el Espíritu sanador”

“Las Comunidades, cuyos miembros sienten en sí a Cristo….pueden confiar en la supera-

ción de la enfermedad del pecado…”

En el Padre Nuestro, decimos juntos con Cristo, como hermanos, las palabras que Él nos

enseñó:

“Y perdónanos nuestras deudas, como nosotros perdonamos a nuestros deudores”

“Y no nos induzcas a la tentación”

En el Credo así como en el Padrenuestro al referirse al “pecado” y al “perdón” se habla de nosotros,

utilizando el plural, pues ambos acontecen en el “entre”, en la relación con nuestros próximos o con

nosotros mismos.

En cada Acto de Consagración del Hombre escuchamos ambos textos.

En relación a estas dos palabras en el Acto de Consagración del Hombre, durante el Ofertorio, se

dice que hacia el Fundamento del mundo fluyen nuestros errores, negaciones y debilidades. Luego

en la parte central (Canon), se escuchan palabras que refieren acerca de que queremos vencer el pe-

cado por medio de Cristo. En la Comunión hablamos de sacar el peso del pecado, sacar el poder de

la enfermedad del pecado, para poder unirnos a Él, que vino al mundo sin la enfermedad del pecado.

Pedimos que Él sea nuestra sanación, nuestra medicina, nuestro pan de vida que sane nuestra alma.

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Comunidándonos

Época de Pascua

“El que de vosotros esté sin pecado, que arroje la primera piedra…”Jn 8,7

Cuando hablamos de enfermedad del pecado, somos impulsados, como ante cualquier otra enfer-

medad, a buscar el remedio para recuperar la salud. Sabemos que a veces los síntomas no son tan

claros, pero allí están, si los sabemos reconocer.

En Marcos, 7,20 Cristo dice que no es lo que entra por la boca, sino lo que sale del corazón del

hombre lo que lo contamina. Luego enumera una larga lista de males que la humanidad padece, y

que se originan en el corazón de cada hombre. Esto es: la enfermedad del pecado.

Estar enfermos nos quita libertad. Tampoco nuestro egoísmo nos da libertad. Está allí sólo para

decirnos lo importantes que somos. Podemos afirmar que nuestro egoísmo se rinde ante la enfer-

medad del pecado. Sabemos que el reconocer la enfermedad, es el primer paso para su cura, pues

si no estamos enfermos, tampoco precisamos medicina.

Cada acto de nuestra voluntad es como una piedra arrojada a un lago. Siempre genera ondas, tiene

siempre una consecuencia, un “efecto mariposa”. Nuestros pensamientos también son actos, tam-

bién generan ondas. Hay actos que rompen un vidrio, metafóricamente hablando. Quizás no haya

sido nuestra intención pero a veces hay situaciones de las que nos sentimos responsables, culpa-

bles, en deuda. La culpa en su justa medida es un dolor del alma que nos lleva a tratar de re-parar,

a pagar nuestra deuda.

En el Antiguo Testamento, la ley buscaba equilibrar, era el ojo por ojo. Cristo profundiza y sana la ley

mosaica y trae la ley del Amor. Ya no es sólo lo que viene de afuera, sino lo que nace del corazón del

hombre. En el diálogo con la mujer adúltera, que iba a ser lapidada, vemos una imagen de lo que

cada vez sucede con nuestra alma enferma de pecado: Cristo inclinándose hacia la tierra, inscribe

nuestras “deudas”, las toma sobre sí y nos ofrece la posibilidad de volver a erguirnos.

En el corazón de cada hombre se libra la batalla entre la luz y la oscuridad, entre lo que nos lleva a

erguirnos desde nuestro Yo y así unirnos con el Yo-Soy de Cristo. Reconocer que nuestro ego solo

no puede, es sanador. Es un paso necesario para que Él pueda brillar en nosotros.

Hay una tarea para cada hombre que quiere ser un moderno discípulo de Cristo. Hay un camino que

nace en libertad desde el corazón de cada ser humano. Reflexionar sobre “Enfermedad del pecado”

y ”Perdón” permite que el corazón se transforme. Una “metanoia” para que la Luz brille.

Fernando Chevallier Boutell

[email protected]

Sacerdote en Lima

Grupo de jóvenes “Caminantes”El grupo de jóvenes “Caminantes”, realizó una pequeña encuesta un domingo después del Acto de

Consagración del Hombre, con la pregunta:

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Comunidándonos

Época de Pascua

¿Alguna vez tuvo que perdonar? ¿Cómo fue?

Las que siguen son algunas de las respuestas:

-“Sí, varias veces, empezando por perdonarme a mi misma porque me autoexijo demasiado, porque soy muy crítica”

-“Sí, fue un encuentro entre mi padre y yo. Después de 37 años tu-vimos una conversación profunda, de conocer, de saber, de aclarar preguntas de toda mi vida, etc. Al final me sentí en paz, sentí ale-gría, como si me hubiera sacado una espina del corazón.”

-“Aun no. Sigo trabajando en ello”

-“Sí, es difícil el proceso para llegar al perdón. Es necesario un buen tiempo “

-“No, porque nunca me pidieron. Siempre he pensado que más que perdonar hay que pedir perdón”

-“Sí, a cada momento, pero al final la vida continúa y se debe se-guir viviendo. Sólo espero que la persona a la que perdone cambie de actitud, pero eso casi nunca pasa.”

-“Sí, perdoné a una tía en su ataúd. Fui a su velorio para despedir-me de ella y que se pueda ir tranquila.”

-“Sí, pero no fue fácil decir te perdono. Pasó buen tiempo para analizar, pensar, reflexionar. Fue como un encuentro conmigo mis-mo y pude darme cuenta porqué me costó tanto. Tuve heridas in-ternas, quizás eso fue lo difícil. Pero me di cuenta que no hay que juzgar tan rápido”

- “No es fácil diferenciar entre perdonar, disculpar, comprender, confiar… A veces al mirar más los aciertos que los errores, estamos perdonando…”

Los “Caminantes” agradecemos desde aquí a quienes acepta-

ron cordialmente responder a nuestras preguntas.

Cuando surgió la pregunta en nuestro grupo, acerca de qué es el perdón y el pecado y lo primero que nos vino como respuesta es que es un tema muy difícil…..

Uno de nosotros se animó a escri-bir algo y otra a colaborar con una pintura.

“Perdonar no es olvidar, no es justifi -car, no es minimizar, ni reconciliarse. Perdonar es un proceso personal sin esperar nada del otro. Es un acto que hacemos por nosotros para no que-dar estancados al pasado. Perdonar es avanzar y no dejar que lo malo del pasado nos afecte en el presente”

Bernardo Stamateas

Reflexiones sobre el pecado

Por otra parte no me gusta la idea de poner reglas, de limitar la vida hu-mana. Pero si lo pensamos todas las leyes van hacia el mismo objetivo. Por ejemplo, ¿por qué no se permite ro-bar? Porque eso podría llevar al odio, a la venganza o a una posible muerte.

O por ejemplo ¿qué buscan las leyes de tránsito? Respetar la vida, evitar accidentes, evitar muertes. Hay por lo tanto reglas, que buscan como las “reglas naturales” respetar la Vida, y se puede pensar que pecado es aten-tar contra estas “reglas naturales”, no cuidar la Vida.

Patricio ChevallierBoutell

(16 años)

Jaqueline Rodriguez grupo de jóvenes de Lima

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Comunidándonos

Época de Pascua

Revista Editada por la Comunidad de Cristianos de LimaParque El Ovalo de San Isidro 250, Lima 27 Perú.

La Revista se edita cuatro veces al año para cada festividad.

Próxima edición: Época de Juan.

Correo: [email protected]

Nuestra página web: www.lacomunidaddecristianos.org

CorrecciónAugusta Pérez

DiseñoMarcela Ploetz

Responsable de EdiciónChari Yi

ArgentinaBuenos Aires

Mario Castro

Cordoba

Marcela Ploetz

Colombia

Cali

Angela Tello Javier Concha

Perú

Lima

Chari Yi

Brazil

Sao Paulo

Eliana Montel Stella Turriani

Corresponsales