Upload
nuno-garcia
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 1/11
,
eO(:XOSL*b
OH ::Oc8
SS:
ss
s-s083
L
<U0
O
U
L
n1o3:
'SXOS
Oa:n:O
o-'UaOa~:
GSVS
i
j
Uesa
.
s
i
au
:u
e
aeS
i
es
O
Sv
\
i
O
o
3
oe
s
-eoua3o
aa
oeeaa
ol
6
3
5
I
sasne
cessg
-~
aeea
Ss
(Le0~JUau
enaoZ
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 2/11
s
a
s
ow
ees
-@oao
o3oo
ws
1aow
.
ee~s
s
-o
m
-o
wee
-o
cm
-as
ss
-
ee
ooa
oo
-a
0qoo
eO'vzo
3ope0
0as
o'oo
-o
.we
aws
aaeeo
-oowoo
-o
@@om
sa
'0o~
.
uo
s
3
oo
~'p
s'pae
S
oe
as
-aeao
s~o
eosows
sa
E
3
-rm
-asse
-ao
owenm
-
a3
eeoo.s~amwos
-s
s
aoa
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 3/11
hT O
38/39 J N F E V
1992 FISCO
(art. 20.7 e as perdas (art. 23. ), que s%o
forma casuistica, a partir de um a definiqao
objecto de uma definiq2o no art. 4 2 . q o tambCm casuistica das mais-valias, no scu
C6digo do IRC , que contkm tarnbCm para an . lo.?.
elas regras d e quantificaqgo especificas.
Neste C6digo as mais-valias comeqam
E sem qu e hajau ma definiqgo de variaq%o por ser consideradas como um categoria re-
patrimonial encontramos urna definiq%ode sidual: s% omais-valias os ganhos que n%o
mais-valia realizada,
essential
para dislin-
forem rend imentos comerciais ou industriais
guir estas de outros tipos de ganhos ou re- e que resultem das alienaqdes onerosas que a
ceitas da pessoa colectiva, embora esta de- seguir se enumeranl.
finiq%on%o resolva todos os problemas de E depois de uma previsgo gcral sobre a
delimitaq%o desta form a espccifica de re- tributaqgo de certas alienaqdes, com o as de
ceitas.
valores imobilifirios, encontramos a exclus% o
Verificarnos, p i s , a utilizaq b pelo G5digo de tributaqgo das mais-valias resultantes da
do IRC de urn duplo conceito de variaq%o
alienaq2o de alguns delcs: n%o %o ributadas
patrimonial, conceito vasto e generalizador
as mais-valias provcnientes da alienaqgo de
subjacente As fomlas d e determinaq20 do obrigaqdes, dc unidades de participaqilo em
lucro tributhvel adoptadas pelo C6digo e u m
iundos de investimcnlo e de acqdes dclidas
conceito deslinado a completar a previs% o durante um certo periodo.
normaliva sobre os ganhos da empresa. Na
E encontramo-nos no caso destas exclu-
verdade, cste scgundo conccito nada rnais $des pcrante situaqdes cuja razio de ser s6
do qu eum a concrelizaq8o do primeiro, mas a
encontra justificaq2o em razdes de politica
forma como tratado pelo C6digo nos arts.
econ6mica, em alguns casos ma1 definidos,
2.1.' e 2 4 .9 a r e c e conferir-lhe urna aulono-
ou seja, estamos neste caso perantc bene-
mia qu e na realidade n %o ern.
iicios fiscais.
E as rnais ou meno s-valias lalentes est% o Pois
s
essas razdes de p lit ic a econ6mica,
formalmentc integradas neste 6ltimo con- ainda que n% omuito claras, podem justitica r
ccito, ao serem excluidas da tributaq2o na quc se deixe por tributar as ma is-valia s que
es tat ui po relativa As variaqdes patrimoniais rcsultem eventualmentc d a alienaqiio de
que n2o intcgram o lucro tributhvel, cnquanlo obrigaqdes ou se fav ore qan ~ s <<fundo s e
as mais e mcnos-valias realizadas s50 Ira- cap italiz aq5 o~ m detriment0 dos iundos dc
tadas como uma das fom las das variaqdes dislribui(;%o.
patrimoniais em sentido amplo, uma vez cluc JP na exclus%o de tributaq5o de acqdes
as encontranlos nos arligos qu e enumeranl clelidas mais de
24
mcses, a pUtica ecoldmica
cxemplificativamente os ganhos e perdas da subjaccnle conccss2o do clemcnto bene-
empresa. S%o,em sum a, urna das fo nn as li'cio fiscal-favorccim ento de investimen-
possiveis de ganhos e perdas nas variaqdes tos de longo e medio prazo, conlra invcs-
patrimoniais detem ~ina ntes o lucro Iribul Pvel. timentos especulalivos parece mais clara-
A
articulaq2oentre asdiversas expressdes mente. E o encurtamento deste prazo para 12
de um mes mo conceito deve scr explicitada, mescs , feito pel0 Estatuto dos Bencficios
poisn %o ncontramos no C6digo do IRC um a Fiscais, urn argument0 subs idiirio a favor
definiqso de acrCscimos patrimoniais ou de desta sua caracteristica.
variaqdes patrimoniais no sentido de mais- Podem os conludo concluir que anlbos os
-valias (capital
gairz.~ ,
ersonalizadas pela C6d igos, na sua tributaq%odos acr6scimos
imputaq20 a um determinad o patrim6nio. palrimoniais, seguem, em traqos gera is, a
al
como n%oa encontram os no C6d igo concepq5o
traditional
das mais-valias como
do IRS : a este falta mesmo urna concep- o g m h o resultante da alienaq90 de unl bem
q%o mplicita de acrkscimo ou variaqiio pa- econ6m ic0, na med idaem que esta alienaq2o
trimonial, corn o recorte negativo das exclu- n90 conslitui o objecto e specifico d e uma
sdes de tributaqao a serem feitas apenas de aclividade empre sarial.
46
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 4/11
Ganho obtido pela sociedadena alienaq30 a) s mais-valias como windfall gains
de bens que desempenhavam na empresa
uma funq o instrumental, n o integrados As formas dc acrkscimo patrimonial que
directamente no fluxo produtivo desta. Ganho preenchem integralmente o conceito generic0
obtido por uma pessoa singular na alienaq o de mais-valias s3o as que se concretizam em
dos bens objecto de enum eraq o axativa por
ganhos que se devem a c irc un st ~c ia s xte-
uma pessoa singular, quando este rendimento riores, independentemente de qualquer esforqo
n30 comercial ou industrial, emb ora aqui os ou de c ompo rtamento intentional do seu
problem as de delimitaqso sejam mais com- titular.
plexos, como veremo s adiante. Estamos neste caso perante a concepq o
S odefiniqdes que nos podem servir de cldssica de m ais-valias como acrkscimos
principios ordcnadores na interpretaq30 do ocasionais dos valores dos bens, fortuit os,
complexo normativo formado pelos C6digos n oprovenientes de um esforqo ou de uma
do IRC e do IRS na sua regulan1entaq30 das actividade com vista a um fim. com c sta
mais-valias, embora esles nem sem pre a eles
ausencia de relaq oentre a desutilidade da
sc manten ham fiCis em alguns dos regimes actuaq o a ulilidade do ganho a justificar a
normativos particulares que nele podemos
tributaq2o: o Estado apropria-se atravCs do
encontrar.
impost0 de um ganho quc se n3o encontra
E uma definiq3o que lem a suaprincipal legitimado pela actividade do contribuinte.
limitaq ona opq odo C6digo do IRC, de
e~ieinploipico destas m ais-valias s3o
excluir da tribulaqiio as mais-valias emenos - asmais-vnlias prediais, em particu larqua ndo
-valias latentcs e n5o realizadas crainda que os aumentos de valor dos prtdios se devem a
expressas nacontabilidade)> alinea b) do art, factos imprevistos (obras pGblicas, urbani-
21.9 e no acentuar da realizaq odo ganho zaq oou, numa outra possibilidade, desco-
con10 prcssuposto da realizaq20 que encon-
berta de jazigos mineiros) que levam a um
tramos no art. do C6digo do IRS , com a
forte aumcnto dos valores destes bens. Em
sua principal express20 nas presunqdes de especial se o aumento do valor do bem se
realizaqao do nlimero deste artigo. deve a uma actividade pdb lica, hd uma justi-
ficaq3o supleme ntar para a Iributaqao.
11 0 s vjlrios tipo s de ma is-v alia s Nesta zona, as dificuldades de dclimi-
taq o o conceito residem apenas na quest20
As dificuldade ligadas aos contonlos
nebulosos da dcfiniq20 de mais-valias e
h
falta dc sislenlalicidade das classificaqBes
legais, que s3o em parte rcsultado da artifi-
cialidade das distinqdes cntrc mais-valias e
outros rendimentos, podem scrpa rciahn cnte
ultrapassadas se procura rmos distinguir entrc
os vdrios tipos d e m ais-valias, abandonando
os aspcctos puramente formais da definiq90,
para alender hs diferenqas substanciais que
podemos encontrar entre elas.
Isso poderd contribuirpara distinq3o entre
ganhos que se tomaram mais-valias ou s3o
de saberseaactividade do lilularfazcom que
o rendimento obtido com a alienq2o seja um
rendimenro co~ nercia lou industrial ou um
rendimento de mais-valia.
Sublinhemos apenas que aqui estamos
perante mais-valias cuja fomlaq30 se deve a
factos alheios vontade ou actividade deli-
berada do titular e que isso pode constituir
uma crilCrio dc distinq o.
Antes da reforma fiscal havia tributaq30
em contribuiqgo industrial ou em inlpo sto de
mais-valia conforme nos cncontrdssemos
perante m a ctividade de uma empresa colec-
mais-valias por ru be s formais e outros que
tada en1 colnpra e venda de terrenos c-
correspondem essencialmente ao conceito de
tividade intencional, formaqilo dc um lucro
mais-valias.
tributhvel c sujeiq o contribuiq30 industrial
E
a essa tentativa de classificaq oque
-cperanteavendade terrenosporempresas
vamos procedcr a seguir.
ou particulares com um outro object0 social.
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 5/11
87
fa
0
snan
nuo3
fci
a3
U
cwo
n
3eOs
-
OSLJiCv
13
:3ayoo
to@e
-s3
nC
s
-s
-uoo
~u
'saai~ceo
-C
3
U3.11
~OS123'2i0
:eT1OK
i~
0
S[
~OKUi
.
.
-
.:>
7:<O
t>
5
T
Kl7
'
L
AL
>~
CS
'ilW
rJ
-P
O
vg
sS'~S1g
e
3
ca>o
SVU5v
0J
C
O
1m
'm3~I>
ou
u
o
s3e
I
n
c
- s:
u
s
.1O'3:OIJ
c SS
~ ()
I
-pCm
[:abo
.IOImen
oO'ore0e33
-a@oCU3
S
n
U
-aOUaCCUO
s:oi
-3
2
a3aa
-3'a
co
oaOo3
-O1
3
O
aAoao.Q
.e~s
-1
3nUHUS
uqeacao0
-o~
r
3ne
v
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 6/11
S O
N
18,39 J A N l E V 1992
3 Em todos os exercicios distribuiu ape- s6 por si leva a u n ~ umento do factor in-
nas uma parte dos lucros que obleve, rein-
ccrtcza.
vestindo
o
excedcnte.
E num segu ndo grup o Lenlos urn c onjun to
de inveslimentos cmpresariais ou de apli-
Do ponto de vista da anhlise externa da ca ~i ie sinanceiras q uc se intcgr7irani ou per-
situ a~i io a empresa, que se traduz no valor maneceram no patrimonio da emprcsa, pela
quc pode ter para um potencial adquirente o ren6ncia dos s6cios ao direito de quinhoarem
capita l desta e vai del in iro p r e ~ oe alienaqao nos lucros, transformando assim um rendi-
das suasp arles sociais, colocando-o acinla do mento de capilal (divide ndos, lucros dis-
seu valor de aqu isi ~ii o, la esth apta para a tribuidos) nunla mais-valia
p r od u~ io e uma ma is-va lia.
E Lemos ainda uma si tu s~ 30ntermedia
e
Tal
como tem potencialidadcs para a
niais inlportanle do ponto de vista da ac-
pr od u~ iio e mais-valias parcclares atravks tuaq9o normal da emp resa: urn acr6scimo do
da
a l i e n a ~ a ode elementos do scu aciivo valor da empresa, em resullado dc lucros
corp 6reo ou inco rp6rc0, con] Lralamenlos reinvestidos dcntro del a e qu e provocaranl
fiscais niio coincidentes para os vdrios lipos um dos seus aumcntos de valor qu e pro-
dc elcnicntos ;ilien,iveis pxc cla mi ent e, conlo
cur~uilosipil'icar dcntro do pr i~n cir o rupo.
vcremos poste rionn enlc. No c a o dos invcslinlcntoc de pula fiuiq30,
Estamos assim pcrante uniamais-valia
rc:alirados no intc rior (fa cm pre sa, elcs PI
que tern para o alienante
C
o acfquirenlc uni den1 ter ulna rar,iio d c precaupiio linan ccira .
car&clerunithrio,mils que lcln na sua origcnl ma s podenr lamhCm sc r um a conscqucncia
dois com pone ntcs totalm cnte distintos. dc uni sistcrna fiscal quc favorece a nlrmutcn~ %o
Num priniciro grupo , tcmos mais-valias dos lucros da socied ade, em vcz cia sua
no ser it~ do uclear do tem io, resultantes cfo alribuiqao aos socios: alravCs de nlanulen$% o
aumento dc valor de unl co~ijuntofe bcns dos lucros dcntro da enlprcsa oblCm-sc u n ~
que, articu lados cntrc si, t21n um a valoriza- adiamcnlo e u ma rcduqiio significaliva da
$30 adicional pcla combinaqiio qu e enlrc clcs tributaq90.
i rcalizada (boni no me , clientcs, lccnolo- Ela s6 lerd lugar qu m do a emprcsa for
gia).
l i q u ~ d ad a o u ~ n a s u a p a r i cocial for alicnada
E
tcmos lan~bCnimai s-vali ar que resulfa- c, nesle liltinlo caso, corn unla taxa libera-
ram do aunienlo de valor dc bcns quc nZo
idria 111uito ab ;~ ix o a tax a n on na i tic LriOu-
cslao xujellos a qa;ilquer tlcprcciac$in l~ el a laqao.
passagem do icnnpo c que, pclo conlrhrio, sc ~ n eiaq%oa cctas pos~ihilidadcs
dt
po dc ~n alorizar coln
a
pasug eril dcslc (:er-
tra nsf onn a~i io lc rcndi nentos sujcilos a UIII
se ~~ oc ). dclcnninado regime Iiscal,
C I ~
rlnhos dc
Em
lodes
e m s casos cs la subid;i dc
cap~ lal ujcilos a
u
outlo re am e nornialmenle
valor u n ~esultado indireclo da activicfadc mai s favordvel, que encon tram os, cm alguns
cia cmpresa, cm p~incipio cslinada
a
pros-
paiscs, alg umas liniitaqiies Iegais.
s eg u ir o f i ~ n rnedialo da obtenq5o de luc ro
Pois se as mais-valias sm ulri regirnc
enquanlo fluxo de rcceilas regularcs.
fiscal nlais favorhvel, a possibilidade sis-
Ao conlrhrio do lucro em scntido estrito,
tenidtica dc transfonnar rendhnentos em mais-
resultado d e um process0 em principio -valias corne spon dc ou
ao
preenchimcnto dc
donlinado pela intcncionalidade, a ob tc n~ ii o urn objcctivo preciso dc politica ccon6niina
de mais-valias (ou mcnos-valias) esth cssen- quc
a
juslifica (incentivo ao autofinancia-
cialmente dcpendente dc faclores exrcmos mento) ou a unia dislorqgo pcrmancntc no
que a gesliio cmprcsarial niio domina e s6 sistcnia.
parcial e incomplelam enle pode prever. Entre n6s, nada cncontranios no scntido
At6 pcla correlaqgo cxistente enlrc ma is- de inipedir a transfonnaqiio de rendimento s
-valias c prazos temporais alongados, o que do lndo da tributa@o pessoal do rendimcnto,
49
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 7/11
0
-
-3O.
-ooe
cSsa
asc
ac
1Ss
~o
ss
1
e
oms3
-1o1ou
~J
-s's@s
Soa
3
sc~.
~ao
io
11
SSJ
UQ
O1
J~S$
a
3s
.?ads
3J~3
- e
d
3
O>
:O$
GLX
~tCDO
>~tG?
3
3S~ ~
'?$>>&t3
i
J
oA
sa3as3
1sos
'o
u
o
rcos
co
G
L~~n3
o
ss
.OSav3<eLo
a
n
io'
On
-XoS1
O
-SLOU
.L.
,~IiO
03
aS
s
O
UOD
~3
l
c
~
o
i
~
3
I
;
V
O
0SS
se1
{c
srw1
1
?aav
a(
.
F
ou
oaco
cma
Fym
-e
a
oaoo@
'~oc
susaon
l~ea
-au
3
1
cuo0oo
?w
El
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 8/11
reza especifica da liq ui da ~i lo as sociedadcs ganho, ganho este que essencialmen te uma
e as dificuldades sernprc presentes na de- consequ2ncia da comparaq20 ent rc o pa-
finiq%o e mais-valias, mesmo naforma rela- trim6nio da en~ pre sa m m omentos diversos.
tivamente abrangente que Cutilizada pelo art. lucro tribulivel assim um a conse-
4 2 .V o C6digo do IRC. quCnciadeum qualqueraumenrode valordas
Enc arada com o urn process0 a liquidaq30 existtncias, do activo imobilizado, dado como
dc uma sociedade, o conjunto de actos
realizado no momcnto da l iquida~20 . por
i
realizados com o fim de dar ao patrimdnio isso h i ributa ~30 penas de valores latentes
social uma co ns til ui ~2 o ue, ressalvados os e por isso ainda nao tribul:ldos.
direitos de tcrceiros e lendo em conla as Ma s em ambos os casos h i r ibu ta~ 2o a
co nv en ~b es ntre os s6cios ou, na Palla delas,
pessoa dos s6cios (querscjarn pessoas singu-
os crit6rios legais, permita at~ ibu irndividu- lares, quer pessoas colectivas) po rte r havido
alinente aos sdcio s os elemen tos exislenles uma LransfcrEncia intcrpatrimonial, pa sa nd o
(Raul Vcntura). os bens com a liquidaqrio para a titularidade
Estamos pois perante fim de um pa- direct3 dos s6cios.
lrim6nio e a cnlrega dos scus vdrios compo- Mas que tipo de rendimentos obltm
o
nentes aos lilulares do capital da empresa, e ;bcio?
o fin1 da autonomia patrimonial da elnpresa C6digo do IRC , numa primeira andlise,
i
vai fazer surgir uma conjunto de silua~des
parcceconccbcro rcsultadociaparlilhacomo
fiscalmente rclcvantes.
urn composto de m ais-valia e dc rendimcrito
Quando sc procede ao fraccionmlcnto do
dc capital.
patrim6ni0 , podern se r encontrados lucros E isso acon tece porque. atravCs de urn
n%o ealizados, nomeadan lente sob a forma mi tod o de qualificnq30 dos ganhos contido
de mais-valias lalcntes que n30 fo ra ~n b-
num a arcgra de englobamentop), se dividcm
jecto d e qualque r lributaq90, tal com o pode-
os resultados da partilha em rendimentos de
mos encontrar uma m assa de lucros n30 capital e mais-valias.
distribuidos c que s,?o rcndirncntos que fo ra ~u Mas ,
i n
verdade, esla regra corresponde
objccto de tra ns fo na q9 0 em mais-valias.
materialmente a urna parle essential da es-
Enquanto se mant6m a autonomia do la tu i~ % o,imitando dccis ivan ~cr~tealcance
patrinldnio societArio a realizaq2o ou 1130 do cnun ciado no n." I do : rt
6 7 ~ e .
rcaliza~20 e lucros 1cm cansequ&ncias is-
Este ait igo, na sua primcirri
parte,
deter-
cais. As ~nais-v;lli?,s
os
prt dio s ond c cstA a miria clue no rcndimcnio p c s s o ~ l e cad;i
scdc social da ~~1 1> res ao uaulncnto do valor
d c i o
scjbt
englobado o
o(cva1or
clue lor atribu ido
das suas existzncias ag?iardain realiz apo. a cx la u n ~ eles cm resultado da partilha,
Con1 a passage111 (los vArios elem cnt os d o zibatido do preGo dc aquisiq2o da s cclrrespon-
patrin16nio pa ra os s6cios,loclos estcs ganhos dciltcs partcs sociais,,.
potc nciai s se d2 o co111o realiza dos, surgi ndo
Mas , no seu n.", proccdc a uma dis t in~ 20
um lucro, euja delerminaq30 se rege pcla cntrc o que na partiha se r i tratado como
alinea
b)
do ar t. 65 .V o ClRC.
rendimento de capital e o que seri tratado
No caso de estarmos perante rendimentos com o mais-valia.
n20 tributados, que se tern por rca li~a dos o
Esta separaq20 enlrc os dois tipos de
mom cnto da liquidaq20. rcndimento obtida atravks da inter-relaqio
Pois se cstive rmo s perante rendiinentos crltre t&s valores distintos: valor dc at ri bu i~ ao
que foram tributados c nquanto lucro rcali-
a cada s6cio de uma partc do patrimdnio,
zado pcla socicdaclc, a sua entrada no pa-
preqo de aquisiq30 pelo in esino da par te que
trirn6nio dos s6cios dari apcnas origem t
h e h i a tribuida e entrada cfectiva para a
tributaq30 d estes .
rea l iza~30o capital, tudo a valores nonlinais
Ou seja, haveri tributagio da sociedadc
e sem levar em conta os efeilos da infla@o.
5
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 9/11
33
owa
3r
o
'o
,O
uooew
O'uu
e@J
ao@
.a
oe
a~e9
se
se
3ou
s
s?
1eee
~z0r
~3e1o>
lCF
FV
~~~
.
s
eoar
-o@a
coe
na
ear1
-om
-m~e0
.
-em
p
e
ue1
-e
a
ae
o@eo
I.c
e
e~s e
'S@
oaK~e
ss
s'an
3ey
.
o@ae
0aeo
-y E
-s
soo
a%wa
'o
eOas
ae'o
.e
1@
s~eu
'tme
@s
.ne
cooo
.ooo
8
a
=
3
lL
'a
S
.
o
on
a
a
o
e
ama
~oe:
a
sc
-
OCA
O
ouo
.e@
o
u
yoo
.e
0a
-'
03eeA
o'
a
0
a
-Grp
'e
oaooo
-oo
aae
oo
-we
.
a
s
-
.og
oa
.oo
y
o~eoe
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 10/11
-e
ym'o
c.rm
ae
or
-cu
a
~co
c~s
-s
a
.ELoo
O
O
ea6oo
-m ae
3a
o
u
e
c
o3n
3OEtO0CTSO3OX
-cass
i
o
s
-non
o
n
s
a~
:c
n
mo
O
-n
h
LV
s
TAs
s
f
o
'<O
K
5AC
5Y
zo
o
O
I UAOS
O
E
-s>s
3
e
0'o'
.cS~0io
souo
O
11
3
c
ce1p
1
c
O
on~v3
0
0USCU
S
~'n
FO
e~
:
-~0
SC
J
-a
mua
u
scc
sws3o
~o.ssoo3
-s
ea
-asnr
oe
ss
3
sa
-s
sss
sa
aooa
.wos
o'a
oones
ouosse
.sas
cms
7/23/2019 Conceito de Mais-Valias
http://slidepdf.com/reader/full/conceito-de-mais-valias 11/11
~ ~ 3 8 9
ANIFEV 992 ns o
naq o,mes mo que seja fei ta num curlo pcrio- combinaqdes possiveis para este possivel
o ap6s a s ua aquisiqiio, ten1 que ser con si-
aumento d e valor do patrim6ni0, que tanto sc
derado com o hz en do parte do aclivo imobi- pode dever a lucros n o istribuidos com o As
lizado e po r isso de vcndo originar niais- boas perspectivas existm tes sobre os lucros
-valia. da empres a.
En os activos financeiros a artificialidade
a ) caso dos investimentofinat~ceiro ~
tempo de detcnq o odc contudo servir
com o um critCrio suplectivo para dislinguir
entre valores mobilidrios que s90 adquiridos
apenas como forma de rentabilizar tempo-
rariamcntc ce no s exccdentes de tcsouraria c
aplicaqdcs financeiras feitas a nlCdio e io ngo
prazo.
S z
as aplicaqGes s30 feiras numa pcr spec-
liva dc curto prazo, v o roporcionar um ga-
nho constituido pclo scu rcndirnenro, em
espccial se
o
sc u prazo de v c ~ ~ c i m e ~ ~ t ooubcr
inteiramenlc dentro do excrcicio anual
d a
empresa.
Mas see las 520 fei tas nu ma pc rs pc c t i ~~ de
imobilizaq20 financcira, a sua veiida ter
lugar, cm principio, num excrcicio distinto
daquela em que foram adquiridas.
Mas a distinqiio fundancntal provCm
necessar iamcnte do ob.jectivo da emprcsa na
aquisiq o o s litulos: se cles lem urn fim dc
imobilizaqiio podem proporcion aruma mais-
valia, al6m de clue, em principio, as apli-
caqdes de tci;ouraria crn titulos negoci5ilcis
1i.m
uln c:ir:icrcr exccpcional.
Sc a ernpresa n3o qe dcdica ao comC ~ci o
de Lilulos, a aquisiq30 dcstc s coiirlituirA nor-
ia7almcnrc urn2 imobili7aq30 finan ccira .
E
nesle caso, o objectivo da e m p rc u na
a q u i s i ~ bo aclivo financciro tern urn c;irdcler
dccisivo, pois a mais-valia que pode cslar
ligada a urn a ctivo financeiro
6
scmpre unia
mais-valia indirecta.
A subida do valor dc uma acqiio indicia
uln auu cn to do valor do patrim6nio hanprcsa
de que ela uma parte do capital, cm todas as
das
dis tinq ks entre rendimcntos fonte e ganhos
de cap ital surge con1 particular nitidez.
Tomemos, por exemplo, o caso de uma
obrigaq3o conv cnive l em acq o: a remu -
neraciio do prestaniisla conlkm um juro
rcmuncraq o ccrta
o
direito de vir a
adqui rir ac ~ 6 esa empresa por um p r q o quc
pode cstar bastante abaixo do seu valor conta-
bil istico ou tfa sua co la ~ o.
4
brigar; o assa assim a com porta r urn
clemcnlo d c risco e a sua valorizaq3o no nio-
nlcnto cia convcrs2o dcpcnde dos mcsnios
Sacrores :jue in flucnciam a valorizaq30 (Ins
ncqdes da emp resa.
E loma-se assim, 110 ordcnanento i'rlscal
portuguEs, a forma mais favor8vel dc fina n-
ciar uma emp resa.
Consl ituindo os juros u n ~ usto para a
empresa o conlr81io do dividend0 -- os
scus rcndirnentos cscapam ao iniposto sobrc
os lucros das socicdatics.
Sc for dctidapor umapcsso a individual, a
possibilidade dc s er triburada corn ulna taxa
Liberaihria assegura ulna tribu ta ~r io claliva-
~il cn tc aixa para seu rcntliillcnto, e caso
venha a c;bler:i~na ubida d valoriraq3o p?r
u r n
qualqucr ruotivo, a mais-valia propor-
cionada pcla sua alicnaq8o laiiib6m n o
[ribulacia.
3 poi110 de vicra fiscal, a obrigaqao
aparccc assim com seguras valtagcns fis-
cdis sobrc as acqiies para o invcstidor in-
dividual, o que, numn amb icnlc ~n a i scnsivel
exploraqiio dc qualquer vantagcm fis-
cal, podcria Lcr maiores consequtncias ctn
rclnpiio i s cscolhas financeiras das empre-
sas.
NOTA:
Esre trobalho consrirui umasi'r i tesc de unia inves figa ~6 0liais longa sobre
o
concr i ro r ie nrais-val ia
que, com as respccrivas nolas e biblio p-ufia , serd puD licadofirtr iramen tc. Ncssa in\ estigac6o nos propornos
rrafar qucsrdes corn as mnis -~lal ia sio IRS, o qrrc n6o pod ~~m osfa zrr1(3r~[rooprcsrn re [ rabnlh o, d drnlnsicldo
longo para um a revista conlo a Fisco.
54