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Concílio Vaticano II 1 Concílio Vaticano II II Concílio do Vaticano Data 11 de outubro de 1962 8 de dezembro de 1965 Aceite por Igreja Católica Concílio anterior Vaticano I Concílio seguinte Convocado por Papa João XXIII Presidido por Papa João XXIII, Papa Paulo VI Afluência cerca de 2 540 Tópicos de discussão O aggiornamento e a ação da Igreja nos tempos actuais Documentos Constituições: Dei Verbum: Revelação divina e Tradição Lumen Gentium: Igreja Gaudium et Spes: Pastoral e a relação da Igreja com o mundo moderno Sacrosanctum Concilium: Liturgia Decretos: Ad Gentes: actividade missionária Apostolicam Actuositatem: apostolado dos leigos Christus Dominus: Bispos Inter Mirifica: comunicação social Optatam Totius: formação sacerdotal Orientalium Ecclesiarum: Igrejas orientais católicas Perfectæ Caritatis: renovação da vida consagrada Presbyterorum Ordinis: vida dos presbíteros Unitatis Redintegratio: ecumenismo Declarações: Dignitatis Humanæ: liberdade religiosa Gravissimum Educationis: educação cristã e digna Nostra Ætate: relação com os não-cristãos [1] Todos os Concílios Ecuménicos Católicos Portal do Cristianismo O Concílio Vaticano II (CVII), XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica, foi convocado no dia 25 de Dezembro de 1961, através da bula papal "Humanae salutis", pelo Papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. Nestas quatro sessões, mais de 2 000 Prelados convocados de todo o planeta discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio. Apesar da sua boa intenção em tentar actualizar a Igreja, os resultados deste Concílio, para alguns estudiosos, ainda não foram totalmente entendidos nos dias de hoje, enfrentando por isso vários problemas que perduram. Para muitos estudiosos, é esperado que os jovens teólogos dessa época, que participaram do Concílio, salvaguardem a sua natureza; depois de João XXIII, todos os Papas que o sucederam até Bento XVI, inclusive, participaram do Concílio ou como Padres conciliares (ou prelados) ou como consultores teológicos (ou peritos).

Concílio Vaticano II

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Igreja

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  • Conclio Vaticano II 1

    Conclio Vaticano II

    II Conclio do Vaticano

    Data 11 de outubro de 1962 8 de dezembro de 1965

    Aceite por Igreja Catlica

    Conclio anterior Vaticano I

    Conclio seguinte

    Convocado por Papa Joo XXIII

    Presidido por Papa Joo XXIII, Papa Paulo VI

    Afluncia cerca de 2 540

    Tpicos de discusso O aggiornamento e a ao da Igreja nos tempos actuais

    Documentos Constituies: Dei Verbum: Revelao divina e Tradio Lumen Gentium: Igreja Gaudium et Spes: Pastoral e a relao da Igreja com o mundo moderno Sacrosanctum Concilium: Liturgia

    Decretos: Ad Gentes: actividade missionria Apostolicam Actuositatem: apostolado dos leigos Christus Dominus: Bispos Inter Mirifica: comunicao social Optatam Totius: formao sacerdotal Orientalium Ecclesiarum: Igrejas orientais catlicas Perfect Caritatis: renovao da vida consagrada Presbyterorum Ordinis: vida dos presbteros Unitatis Redintegratio: ecumenismo

    Declaraes: Dignitatis Human: liberdade religiosa Gravissimum Educationis: educao crist e digna Nostra tate: relao com os no-cristos[1]

    Todos os Conclios Ecumnicos CatlicosPortal do Cristianismo

    O Conclio Vaticano II (CVII), XXI Conclio Ecumnico da Igreja Catlica, foi convocado no dia 25 de Dezembrode 1961, atravs da bula papal "Humanae salutis", pelo Papa Joo XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmoextraordinrio, no dia 11 de outubro de 1962. O Conclio, realizado em 4 sesses, s terminou no dia 8 de dezembrode 1965, j sob o papado de Paulo VI.Nestas quatro sesses, mais de 2 000 Prelados convocados de todo o planeta discutiram e regulamentaram vriostemas da Igreja Catlica. As suas decises esto expressas nas 4 constituies, 9 decretos e 3 declaraes elaboradase aprovadas pelo Conclio. Apesar da sua boa inteno em tentar actualizar a Igreja, os resultados deste Conclio,para alguns estudiosos, ainda no foram totalmente entendidos nos dias de hoje, enfrentando por isso vriosproblemas que perduram. Para muitos estudiosos, esperado que os jovens telogos dessa poca, que participaramdo Conclio, salvaguardem a sua natureza; depois de Joo XXIII, todos os Papas que o sucederam at Bento XVI,inclusive, participaram do Conclio ou como Padres conciliares (ou prelados) ou como consultores teolgicos (ouperitos).

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    Em 1995, o Papa Joo Paulo II classificou o Conclio Vaticano II como "um momento de reflexo global da Igrejasobre si mesma e sobre as suas relaes com o mundo". Ele acrescentou tambm que esta "reflexo global" impeliaa Igreja "a uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o impulso vinha tambm das grandes mudanas domundo contemporneo, que, como sinais dos tempos, exigiam ser decifradas luz da Palavra de Deus".[2]

    No ano 2000, Joo Paulo II disse ainda que: "o Conclio Vaticano II constituiu uma ddiva do Esprito sua Igreja. por este motivo que permanece como um evento fundamental no s para compreender a histria da Igreja no fimdo sculo mas tambm, e sobretudo, para verificar a presena permanente do Ressuscitado ao lado da sua Esposano meio das vicissitudes do mundo. Mediante a Assembleia conciliar, [...] pde-se constatar que o patrimnio dedois mil anos de f se conservou na sua originalidade autntica".[3]

    Baslica de So Pedro, Vaticano.

    Todos os conclios catlicos so nomeados segundo o local onde sedeu o conclio episcopal. A numerao indica a quantidade de concliosque se deram em tal localidade. Vaticano II portanto, indica que oconclio ocorreu na cidade-Estado do Vaticano, e o nmero dois indicaque foi o segundo conclio realizado nesta localidade.

    Os conclios, que so reunies de dignidades eclesisticas e detelogos, so um esforo comum da Igreja, ou parte da Igreja, para asua prpria preservao e defesa, ou guarda e clareza da F e dadoutrina. No caso do Conclio Vaticano II, a necessidade de defesa se

    fez de modo universal, porque as situaes contemporneas de propores globais abalaram a Igreja. Isto fez comque a autoridade universal da Igreja, na pessoa do Papa, se encontra persuadida a convocar um conclio universal ouecumnico. A fora do Conclio no reside nos bispos ou em outros eclesisticos, mas sim no Papa, como pastoruniversal que declara algo como sendo prprio das Verdades reveladas (e, por isso, implica a obedincia doscatlicos). Fora disso, o Conclio tem apenas poder sinodal. Porm, quando o conclio est em comunho com oPapa, e se o Papa falasse solenemente (ex cathedra) de matrias relacionadas com a f e a moral, o episcopadoplenamente reunido torna-se tambm infalvel.[4]

    Antecedentes histricosDa Revoluo Francesa ao incio do sculo XX, passando por todo o sculo XIX, a Igreja Catlica foi sendo"perseguida, difamada, dessacralizada e desacreditada pelos liberais", pelos comunistas e socialistas e pelosradicais ateus. A Igreja, por outro lado, vendo tudo isso acontecer, condenou por isso as novas correntes filosficasagnsticas e subjectivistas, que esto associadas heresia modernista. Esta heresia foi fortemente condenada pelosPapas Gregrio XVI (1831-1846), Pio IX (1846-1878) e So Pio X (1903-1914). Esta atitude reaccionria foitambm o esprito do Conclio Vaticano I (186970), que definiu o dogma da infalibilidade papal.Por outro lado, floresceram tambm na Igreja tentativas de adaptao ao mundo moderno, atravs, como porexemplo, da "atitude de vrios leigos catlicos no campo poltico e social" (destaca-se Frdric Antoine Ozanam,fundador da Sociedade de So Vicente de Paulo); da publicao da encclica Rerum Novarum (1890) pelo Papa LeoXIII (1878-1903), que defendia os direitos dos trabalhadores; da criao da Aco Catlica (1922) pelo Papa Pio XI(1922-1939); e da perda gradual de popularidade da Escolstica e do consequente aparecimento da NouvelleTheologie (que diferente do modernismo). Este movimento teolgico do incio do sculo XX, que apoiado poralguns sectores eclesisticos, defendia principalmente "a valorizao da leitura das Sagradas Escrituras" (que foitambm um dos temas da encclica Divino afflante Spiritu do Papa Pio XII) e uma "volta s fontes", atravs doestudo da Bblia e das obras patrsticas. Os defensores mais ilustres da Nouvelle Theologie foram os progressistasKarl Rahner, John Courtney Murray, Yves Congar, Joseph Ratzinger e Henri de Lubac. Teilhard de Chardin eJacques Maritain tambm defenderam uma maior abertura da Igreja.

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    Ao mesmo tempo, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Cria Romana "encontrava-seem franco processo de estagnao" e vrios dos seus elementos mais tradicionais condenaram as novas tendnciasteolgicas mais progressistas. Em 1950, o Papa Pio XII, na sua encclica Humani Generis, chegou mesmo a alertarpara os possveis desvios "neo-modernistas" da Nouvelle Theologie. Enquanto que tudo isso acontea, os bispos detodo o mundo tiveram que enfrentar novos problemas originados por drsticas mudanas polticas, sociais,econmicas e tecnolgico-cientficas. neste ambiente paradoxal, quer ao nvel interno quer ao nvel externo daIgreja, que muitos catlicos sentiram a necessidade de a Igreja encontrar uma nova postura para enfrentar o mundomoderno.E tambm neste ambiente que o Papa Joo XXIII sentiu a necessidade urgente de convocar o Conclio Vaticano II.Alis, "a idia de um Conclio j havia sido pensada por Pio XI e mesmo por Pio XII, mas sem grandes sucessos emsua realizao". Joo XXIII, "temendo um novo desastre, como foi o da Reforma Protestante", decidiu realizar esteConclio a todo o custo. Esta sua inteno foi anunciada por ele no dia 25 de janeiro de 1959, causando uma grandesurpresa dentro da Cria Romana e at dentro da Igreja Catlica. Em Junho de 1960, atravs do motu proprioSuperno Dei nutu, teve oficialmente incio a preparao do Conclio. Passado apenas um ano, no Natal de 1961, JooXXIII convocou oficialmente o Conclio para o ano seguinte (1962), atravs da bula papal "Humanae salutis". Estaconvocao era "uma deciso totalmente pessoal do Papa, contrariando as opinies de alguns cardeais, quepretendiam seu adiamento, em vista de uma melhor preparao".

    Influncia de Pio XIISegundo o Papa Bento XVI, depois das Sagradas Escrituras, o Papa Pio XII o autor ou fonte autorizada mais citadanos documentos do Conclio Vaticano II. Bento XVI considera que no possvel entender o Conclio Vaticano IIsem levar em conta o magistrio de Pio XII. () A herana do magistrio de Pio XII foi recolhida pelo ConclioVaticano II e proposta s geraes crists posteriores.[5]

    Nas intervenes orais e escritas se encontram mais de mil referncias ao magistrio de Pio XII e o seu nome aparecemencionado em mais de duzentas notas explicativas dos documentos do Conclio, estas notas com freqnciaconstituem autnticas partes integrantes dos textos conciliares; no s oferecem justificativas de apoio para o queafirma o texto, mas tambm oferecem uma chave de interpretao, disse o Papa Bento XVI no discurso que dirigiuaos participantes do congresso sobre "A herana do magistrio de Pio XII e o Conclio Vaticano II", promovidopelas universidades pontifcias Gregoriana e Lateranense, no 50 aniversrio da morte de Pio XII (2008).Como por exemplo, os conceitos e as ideias expressas na encclica Mystici Corporis Christi (1943), do Papa Pio XII,influenciaram fortemente a redaco da constituio dogmtica Lumen Gentium, que trata da natureza e daconstituio da Igreja. Este documento do Conclio Vaticano II usou e defendeu o conceito de Igreja expresso nestaencclica (a Igreja como Corpo mstico de Cristo), que era baseado na velha teologia de So Paulo.

    ObjetivosO objetivo do Conclio discutir a aco da Igreja nos tempos actuais, ou seja, a sua finalidade "promover oincremento da f catlica e uma saudvel renovao dos costumes do povo cristo, e adaptar a disciplinaeclesistica s condies do nosso tempo" e do mundo moderno.[6] Por outras palavras, o Conclio pretende oaggiornamento (actualizao e abertura) da Igreja.O Papa Joo XXIII "imaginava o Conclio como um novo Pentecostes [...]; uma grande experincia espiritual quereconstituiria a Igreja Catlica" no apenas como instituio, mas sim "como um movimento evanglico dinmico[...]; e uma conversa aberta entre os bispos de todo o mundo sobre como renovar o Catolicismo como estilo de vidainevitvel e vital".[7]

    Por esta razo, ao contrrio dos conclios ecumnicos anteriores, preocupados mais em condenar heresias e em definir verdades de f e de moral, o Conclio Vaticano II "teve como orientao fundamental a procura de um papel

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    mais participativo para a f catlica na sociedade, com ateno para os problemas sociais e econmicos".[8] Alis,o prprio Papa Joo XXIII teve o cuidado de mencionar a diferena e a especificidade deste Conclio: "a Igrejasempre se ops a [...] erros; muitas vezes at os condenou com a maior severidade. Agora, porm, a esposa deCristo prefere usar mais o remdio da misericrdia do que o da severidade. Julga satisfazer melhor s necessidadesde hoje mostrando a validez da sua doutrina do que renovando condenaes".[9]

    Logo, o Conclio no visava condenar heresias nem proclamar nenhum dogma novo.[10] O Conclio apenas queriadar uma nova orientao pastoral Igreja e uma nova forma de apresentar e explicar os dogmas catlicos ao mundomoderno, mas sempre fiel Tradio.[11] O prprio Papa Joo XXIII afirmou que "o que mais importa ao ConclioEcumnico o seguinte: que o depsito sagrado da doutrina crist seja guardado e ensinado de forma maiseficaz".[12] Para satisfazer esta sua inteno, o Papa queria ardentemente que a Igreja mudasse de mentalidade, parapoder melhor enfrentar e acompanhar as transformaes do mundo moderno.Pelas palavras da constituio Sacrosanctum Concilium, o "Conclio prope-se fomentar a vida crist entre os fiis,adaptar melhor s necessidades do nosso tempo as instituies susceptveis de mudana, promover tudo o que podeajudar unio de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio daIgreja".[13]

    Inaugurao e nmero de participantes

    A abertura do Conclio Vaticano II.

    No dia 11 de outubro de 1962, o ConclioVaticano II, idealizado pelo Papa Joo XXIII,"teve seus trabalhos oficialmente inaugurados,contando com a presena de 2.540 padresconciliares ou prelados, nmero este inditopara a Histria da Igreja: 1060 europeus (dosquais 423 italianos, 144 franceses, 87 espanhis,59 poloneses, 29 portugueses), 408 asiticos,351 africanos, 416 da Amrica do Norte, 620 daAmrica Latina e 74 da Ocenia". Mas, mesmoassim, "estavam ainda ausentes do Concliomuitos bispos de dioceses que viviam sobregimes autoritrios", na sua maioria deideologia comunista. "O nmero de

    participantes variou muito de acordo com as sesses, nunca porm estando abaixo de 80% do total de padresconciliares".

    Pela primeira vez na Histria, "os peritos [...] foram ouvidos na elaborao dos textos conciliares, trazendo consigouma imensa riqueza de tradies e culturas". Estes peritos, que no tinham direito a voto, so tambm chamados deconsultores teolgicos e tinham uma grande influncia no Conclio. Vrias dezenas de observadores protestantes eortodoxos tambm foram convidados e estiveram presentes nas 4 sesses do Conclio.De acordo com Giacomo Martina, os padres conciliares "se organizavam em torno de duas alas" (conservadora e progressista), sendo que os progressistas contam com cerca de 90% dos votos. A minoria conservadora era essencialmente constituda "pela velha-guarda italiana (Ottaviani, Ruffini, Siri)", por Marcel Lefebvre, por um grupo de espanhis (entre os quais o cardeal Larraona) e "por vrios latino-americanos, representantes de escolas teolgicas de certo prestgio, especialmente na Espanha". A maioria progressista era essencialmente "constituda por um grupo da Europa central e do Norte (a que pertenciam os cardeais Frings, Dopfner, Alfrink, Knig, Suenens, Linart e Bea)", por Montini, por Lger, pelo Patriarca Melquita Mximos IV, pelos bispos africanos e asiticos e por "uma grande maioria dos bispos latino-americanos e dos Estados Unidos". Mas, mesmo assim, os progressistas

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    tiveram que, por diversas vezes, fazer vrias concesses aos conservadores, tornando por isso os documentosconciliares menos radicais.

    Resultados e respectivos documentos

    Paulo VI (no centro, com batina branca), o Papa que encerrou o II eque aplicou os seus documentos.

    Parte de uma srie daHistria da teologia crist

    Contexto

    Quatro marcas da IgrejaCristianismo primitivo Cronologia

    Histria do cristianismoTeologia Governo eclesistico

    Trinitarianismo No-trinitarianismoEscatologia Cristologia Mariologia

    Cnon bblico: Deuterocannicos e Livros apcrifos

    Vises teolgicas da histria

    De Civitate Dei Sucesso ApostlicaLandmarkismo DispensacionalismoRestauracionismo

    Credos

    Credo dos Apstolos Credo NicenoCredo da Calcednia Credo de Atansio

    Patrstica e Primeiros Conclios

    Pais da Igreja AgostinhoNicia Calcednia feso

    Desenvolvimento Ps-Niceno

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    Heresia Lista de heresiasMonofisismo Monotelismo

    Iconoclastia Gregrio I AlcunoFcio Cisma Oriente-OcidenteEscolstica Aquino Anselmo

    William de Ockham Gregrio Palamas

    Reforma

    Reforma protestanteLutero Melanchthon Calvino

    95 Teses Justificao PredestinaoSola fide Indulgncia ArminianismoLivro de Concrdia Reforma InglesaContra-reforma Conclio de Trento

    Desde a Reforma

    Pietismo AvivamentoJohn Wesley Grande Despertamento

    Movimento de SantidadeMovimento Vida Superior

    Movimento PentecostalNeopentecostalismo

    ExistencialismoLiberalismo Modernismo Ps-modernismoConclio Vaticano II Teologia da Libertao

    Ortodoxia radical Jean-Luc MarionHermenutica Desconstruo-e-religio

    Portal do Cristianismo

    Entre vrias decises conciliares, destacam-se as renovaes na constituio e na pastoral da Igreja, que passou a sermais alicerada na igual dignidade de todos os fiis e a ser mais virada e aberta para o mundo. Alm disso,reformou-se tambm a Liturgia, onde a Missa de rito romano foi simplificada e passou a ser celebrada em lnguavernacular.Foi clarificada a relao entre a Revelao divina e a Tradio e foi tambm impulsionada a liberdade religiosa, umanova abordagem ao mundo moderno, o ecumenismo, uma relao de tolerncia com os no-cristos e o apostoladodos leigos.O Conclio Vaticano II no proclamou nenhum dogma, mas as suas orientaes doutrinais, pastorais e prticas so deextrema importncia para a Igreja actual.

    IgrejaO tema da Igreja, nos seus aspectos dogmticos e pastorais, mereceram uma grande ateno dos padres conciliares,ou seja, dos participantes-eleitores do Conclio Vaticano II.

    Eclesiologia: Lumen Gentium

    O Conclio Vaticano II, reflectindo sobre a constituio e a natureza da Igreja, reafirmou vrias verdades eclesiolgicas, sendo os seus juzos registados na constituio dogmtica "Lumen Gentium". Este documento salientou que "a nica Igreja de Cristo, como sociedade constituda e organizada no mundo, subsiste (subsistit in) na Igreja Catlica".[14][15] Tambm destacou que "a Igreja sacramento de Cristo e instrumento de unio do homem com Deus, e da unidade de todo o gnero humano". Ele continua que, para atingir esta misso da Igreja, necessrio dar aos catlicos "uma "conscincia de Igreja" mais coerente, para que tambm se possam valorizar as relaes com as outras religies" (crists ou no) e com o mundo moderno. "Com esse objetivo, os padres

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    conciliares dirigiram a sua ateno para: o primado do mtodo bblico; o sacerdcio comum de todo o "Povo deDeus"; a funo proftica, sacerdotal e real de todo baptizado; a colegialidade episcopal; a misso de servio daIgreja, que deve estar voltada para toda a humanidade".[16]

    A partir de ento, a Igreja passou a ser vista no apenas como uma instituio hierarquizada, mas tambm como umacomunidade de cristos espalhados por todo o mundo e constituintes do Corpo Mstico de Cristo. Por isso, aconstituio e "as estruturas da Igreja modificaram-se parcialmente e abriu-se espao para maior participao eapostolado dos leigos, incluindo as mulheres, na vida eclesial". O clarificou tambm a igual dignidade de todos oscatlicos (clrigos ou leigos). Mas, mesmo assim, a estrutura da Cria Romana permaneceu intacta, o que permiteainda um governo da Igreja centralizado nas mos do Papa.

    Pastoral: Gaudium et spes

    Alguns temas eclesiolgicos debatidos no "Lumen Gentium", tais como a misso de servio ou o sacerdcio comumdo Povo de Deus, so tambm tratados pela constituio pastoral "Gaudium et spes", que foi aprovada somente em 8de dezembro de 1965, dia de encerramento do Conclio.Mas, este documento centra sobretudo a sua ateno nos aspectos pastorais e no-dogmticos da Igreja e nosdiversos problemas do mundo actual: "a exploso demogrfica, as injustias sociais entre classes e entre povos e operigo da guerra nuclear", entre outros problemas sociais e econmicos. Esta constituio tambm mostrou umamaior abertura da Igreja para os progressos cientficos.

    Bispos, presbteros, leigos e consagradosAlm da constituio e da pastoral da Igreja, o preocupou-se tambm de vrios assuntos sobre os diferentes membrosda Igreja: os Bispos, cuja funo e ministrio pastoral foi abordado pelo decreto "Christus Dominus", que foi aprovado no

    dia 28 de outubro de 1965. Este documento enfatizou tambm "a "communio" povo-hierarquia j expressa naLumen gentium".

    os presbteros, cujo "ministrio e vida sacerdotal" foram abordados pelo decreto "Presbyterorum ordinis", quefoi aprovado no dia 7 de dezembro de 1965. Este documento insiste no "servio que, no prprio tempo e nosambientes particulares, deve ser realizado por todo presbtero". Nesta sua anlise, superou inclusivamente "osaspectos hierrquicos para destacar antes o "corpo real" de Cristo, sacerdote e servo no mistrio da Eucaristia",que celebrada na Missa. A formao sacerdotal dos presbteros tratado especialmente pelo decreto "Optatumtotius".

    os leigos, cujo apostolado analisado pelo decreto "Apostolicam actuositatem", que foi aprovado em 18 denovembro de 1965. Este documento "reconhece o papel essencial que cabe aos leigos na vida da Igreja, a suaresponsabilidade e autonomia em funo de sua vocao especfica".

    os consagrados e a vida consagrada em geral, cujas renovaes esto expressas no decreto "Perfectae charitatis",que foi aprovado em 28 de outubro de 1965. Este documento "dirige a sua ateno para a renovao emodernizao da "vida consagrada" a Deus no exerccio dos conselhos evanglicos de castidade, pobreza,obedincia, estabelecida por meio dos votos "em ordens", "congregaes religiosas" e "institutos seculares"".

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    Igrejas Orientais CatlicasO decreto "Orientalium ecclesiarum", que foi aprovado no dia 21 de novembro de 1964, aborda a questo dasIgrejas orientais catlicas. Estas Igrejas particulares sui juris possuem caractersticas nicas e diferentes em relao Igreja Latina (a Igreja sui juris predominante), nomeadamente ao nvel histrico, cultural, teolgico, litrgico,hierrquico e de organizao territorial.Este documento afirma que, "na nica Igreja de Cristo" (que subsiste na Igreja Catlica), as Igrejas Latina eOrientais "desfrutam de igual dignidade nenhuma prevalece sobre a outra so confiadas ao governo pastoraldo Pontfice Romano". O decreto defende tambm que estas Igrejas orientais podem e devem salvaguardar,conservar e restaurar o seu rico patrimnio espiritual, nomeadamente ritual, atravs, como por exemplo, dacelebrao dos seus prprios ritos litrgicos orientais e das suas prticas rituais antigas.O documento salienta tambm o carcter autnomo das Igrejas orientais catlicas, especificando os seus vriospoderes e privilgios. Em particular, como por exemplo, afirma que os Patriarcas Orientais, "com os seus snodos,constituem a instncia suprema para todos os assuntos do Patriarcado, no excludo o direito de constituir novaseparquias e de nomear Bispos do seu rito dentro dos limites do territrio patriarcal, salvo o direito inalienvel doRomano Pontfice de intervir em cada caso. O que foi dito dos Patriarcas vale tambm, de acordo com as normas dodireito, para os Arcebispos maiores, que presidem a toda uma Igreja particular ou rito sui juris".[17] Mas, precisotambm salientar o facto de nem todas as Igrejas orientais serem Patriarcados ou Arquidioceses maiores.

    Revelao divina e TradioA constituio dogmtica "Dei Verbum", que foi aprovada no dia 18 de novembro de 1965, "aborda o tema daRevelao divina sob dois pontos de vista: a Revelao em si mesma e a sua transmisso". A relao entre estes doispontos de vista, que geram alguma confuso entre os catlicos, foi clarificada tambm por esta constituio.

    LiturgiaA constituio "Sacrosanctum concilium" foi aprovado no dia 4 de dezembro de 1963, sendo por isso o primeirodocumento resultante do trabalho conciliar. Esta constituio centra-se em torno da Liturgia, que analisada pelospadres conciliares sob "uma trplice dimenso teolgica, eclesial e pastoral: a liturgia obra da redeno em ato,celebrao hierrquica e ao mesmo tempo comunitria, expresso de culto universal, que envolve toda a criao".Os padres conciliares descrevem ainda a Liturgia como "a primeira e necessria fonte onde os fiis ho-de beber oesprito genuinamente cristo".[18]

    Logo, o pretende renovar a Liturgia, para que "todos os fiis cheguem quela plena, consciente e activa participaonas celebraes litrgicas", visto que esta participao , "por fora do Baptismo, um direito e um dever do povocristo, raa escolhida, sacerdcio real, nao santa, povo adquirido (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5)". Entre outrasreformas introduzidas na Liturgia, destaca-se obviamente a reorganizao da Missa de rito romano pelo Papa PauloVI, com o uso de novos formulrios, e a consequente permisso e uso majoritrio da lngua vernacular e da posioversus populum na sua celebrao.

    Liberdade e direitos humanosA declarao "Dignitatis humanae" foi aprovada no dia 7 de dezembro de 1965 e, atravs dela, o Magistrio daIgreja Catlica mostrou grande "sensibilidade para com os problemas da liberdade e dos direitos do homem",nomeadamente da liberdade religiosa. O documento considera a liberdade religiosa como um "direito da pessoa edas comunidades liberdade social e civil em matria religiosa". Ele reconhece ainda que todos estes direitoshumanos, incluindo o da liberdade, so inerentes dignidade inalienvel da pessoa humana. Aps o , com aaplicao da liberdade religiosa, os pases oficialmente catlicos, pressionados pela Santa S, largaram essa posio,para apoiarem constitucionalmente a liberdade de cultos e de imprensa.

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    Relao com os no-cristos e EcumenismoA declarao "Nostra aetate", aprovada no dia 28 de outubro de 1965, "analisou a atitude da Igreja Catlica paracom as religies no-crists, sintetizada no pedido joanino: "Buscai primeiramente aquilo que une, antes de buscaro que divide"". Isto criou um esprito de maior tolerncia e aproximao respeitosa s outras religies no-crists etambm progressiva rejeio do anti-semitismo. Mas, isto nunca pretendeu negar a crena catlica de que s pormeio da Igreja Catlica "se pode obter toda a plenitude dos meios de salvao". Mas, isto tambm no impede aIgreja de defender que todos (mesmo os no-cristos) podem tambm ser salvos, desde que, sem culpa prpria,ignoram a Palavra de Deus e a Igreja, mas que "procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da graa, se esforampor cumprir a sua vontade".[19]

    Este esprito de abertura a outras comunidades religiosas est tambm presente no decreto "Unitatis redintegratio",que foi aprovado no dia 21 de novembro de 1964. Este documento sobre o ecumenismo e "fundamenta-se em duasidias : todo aquele que acredita em Cristo, mesmo que no pertena Igreja Catlica, encontra-se em algum tipode comunho" com a verdadeira Igreja de Cristo (que subsiste na Igreja Catlica); e "no existe ecumenismoverdadeiro sem uma converso interior que se aplica a todos, inclusive Igreja Catlica". Actualmente, a IgrejaCatlica ensina que os cristos no-catlicos so, apesar de um modo imperfeito, membros inseparveis do CorpoMstico de Cristo (ou seja, da Igreja Catlica), atravs do Baptismo. Eles dispem tambm de muitos, mas no datotalidade, dos elementos de santificao e de verdade necessrias salvao.[20]

    Educao e formao sacerdotalA declarao "Gravissimum educationis" foi aprovado no dia 28 de outubro de 1965 e, basicamente, tratou dosvrios temas sobre a educao e, mais em particular, sobre a educao crist. O documento exprimiu a necessidadede a actuao da Igreja nesta rea to importante "no se restringir s escolas catlicas". Defendeu tambm "odireito de todos os homens a receber uma educao que seja fundamentada na dignidade da pessoa".O decreto "Optatum totius", igualmente aprovado em 28 de Outubro de 1965, aborda um tipo especfico deeducao crist: a formao sacerdotal, que extremamente importante, principalmente para o aggiornamento. Estedocumento "insiste na necessidade de maior amadurecimento humano, psicolgico e afetivo dos candidatos aosacerdcio e da estruturao da formao nos seminrios vinculando a misso da Igreja s exigncias do mundomoderno".

    Missionao e comunicao socialO decreto "Ad gentes", que foi aprovado em 7 de dezembro de 1965, "reflete sobre a atividade missionria daIgreja, atitude inerente sua natureza. A atividade missionria deve comear com o testemunho, continuar com apregao e formar as comunidades valorizando as riquezas de cada cultura. Isto para, entre outras coisas,"ressaltar a afirmao de que a f catlica no se vincula diretamente a nenhuma expresso cultural em particular,mas deve adequar-se s diversas culturas dos povos aos quais a mensagem evanglica transmitida".O decreto "Inter mirifica", que foi aprovado em 4 de dezembro de 1963, "pronuncia-se sobre os meios decomunicao de massa, sem julg-los de forma moralista, mas solicitando-os a se tornarem "admirveis dons deDeus", respeitando o bem comum de "todo o homem"".

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    Natureza e interpretao

    Viso oficial (e predominante)Devido aos seus objetivos supra-mencionados, o Magistrio da Igreja Catlica reconhece que o Conclio Vaticano IItem uma natureza e um fim predominantemente pastoral, no chegando por isso a proclamar nenhum dogma novo.Mas, o Papa Bento XVI insistiu sempre que este Conclio tem a mesma autoridade do que todos os outros concliosecumnicos que o precedem. Para ele, o Conclio mais uma expresso da continuidade da Tradio catlica (aocontrrio do que afirmam os tradicionalistas e os neo-modernistas), que no permite assim um retorno saudosista daIgreja ao passado nem um salto impaciente para o futuro.[21] Segundo o Papa, os vrios temas tratados pelo Conclio"podia emergir alguma forma de descontinuidade que, de certo modo, se tinha manifestado", mas, volta a defenderque, "feitas as diversas distines entre as situaes histricas concretas e as suas exigncias, resultava [...] numprocesso de novidade na continuidade", que caracterizada como a "natureza da verdadeira reforma". O Papadefende ainda que, sob a ptica desta continuidade renovadora, "devamos aprender a compreender maisconcretamente do que antes que as decises da Igreja em relao s coisas contingentes. [...] Em tais decises,somente os princpios exprimem o aspecto duradouro, permanecendo subjacente e motivando a deciso a partir dedentro. No so, por sua vez, igualmente permanentes as formas concretas, que dependem da situao histrica epodem portanto ser submetidas a mutaes. Assim as decises de fundo podem permanecer vlidas, enquanto asformas da sua aplicao a estes novos podem mudar."[22]

    O Papa Bento XVI, em 2005, acrescentou tambm que "se [...] lemos e recebemos [o Conclio Vaticano II] guiadospor uma justa hermenutica, ele pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande fora para a sempre necessriarenovao da Igreja". E esta "justa hermenutica" (ou interpretao), em oposio hermenutica tradicionalista ouneo-modernista, consiste na "justa [...] leitura e [...] aplicao" dos documentos conciliares pelo Papa, o Chefe daIgreja Catlica. Ainda segundo Bento XVI, os catlicos devem manter-se fiis ao Magistrio do Papa e Igreja dehoje, que est precisamente expressa nos documentos deste Conclio.Por esta razo, "os cristos esto obrigados a respeitar as decises conciliares" (principalmente em matrias de f emoral), at porque "os conclios ecumnicos, quando legalmente convocados, presididos, com decises aprovadaspelo Papa e legalmente encerrados, so detentores da infalibilidade quando se trata de f e moral. No necessrioapresentar cnones dogmticos na forma de antema para que o fenmeno da infalibilidade se verifique. preciso,sim, que existam documentos com juzos definitivos sobre f e moral" (o que pode no ser dogmas ou verdades de fnovos), como as constituies dogmticas produzidas por este Conclio.[23]

    Embora o Papa Paulo VI afirmasse que "diferentemente dos outros Conclios, este no directamente dogmtico,mas mais doutrinal e pastoral",[24] ele no quis dizer que as decises conciliares referentes a matrias de f e moralsejam falveis e "de carter provisrio, sujeitas a modificaes futuras". O Papa apenas quis dizer que "o ConclioVaticano II no apresentou cnones dogmticos que expressam imediatamente a infalibilidade", mas, ele prprioressalvou que o Conclio, tal como os outros que o precedem, "conferiu a seus ensinamentos a autoridade doSupremo Magistrio da Igreja Catlica".As muitas decises de mbito pastoral e disciplinar, apesar de no serem infalveis e imutveis, devem serobedecidos tambm pelos catlicos porque elas so uma "expresso de uma vontade colegial dominante, ainda que,eventualmente, por apenas um certo perodo de tempo". Alis, as deliberaes conciliares, incluindo as de naturezapastoral e disciplinar, "j foram incorporadas ao Cdigo de Direito Cannico, ou seja, tornaram-se leis da Igreja".Estas leis merecem respeito e obedincia dos fiis, se bem que o grau de assentimento e obedincia seja inferior aodas verdades de f e dos dogmas.Alis, o prprio Papa Paulo VI, numa alocuo feita em 1966, afirmou que "o Conclio [...] ser o grande catecismo dos nossos tempos". Com isto, o Magistrio da Igreja Catlica quis declarar que os ensinamentos do Conclo Vaticano II, que esto expressos nos vrios documentos aprovados por este mesmo Conclio, so fundamentais para a transmisso da f catlica nos tempos modernos e recentes.[25] O Papa Joo Paulo II, em 1995, acrescentou

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    tambm que o Conclio "no marcou a ruptura com o passado" e at "soube valorizar o patrimnio da inteira"Tradio catlica. No ano 2000, ele disse ainda que "interpretar o Conclio pensando que ele comporta uma rupturacom o passado, enquanto na realidade ele se pe na linha da f de sempre, decididamente desviar-se do caminho".

    Viso tradicionalistaOs catlicos tradicionalistas rejeitam algumas decises e reformas abertas pelo Conclio Vaticano II, por asconsiderarem rupturas doutrinrias com o passado. De entre estas renovaes rejeitadas, destacam-se em particular aquesto da liberdade religiosa, do ecumenismo e da reforma do ritual romano da Missa. Este novo ritual, por eleschamado de "Novus Ordo", foi imposto em 1969 pelo Papa Paulo VI e por desejo do Conclio.[26]

    Os catlicos tradicionalistas dizem que a falta de clareza textual e os vrios erros doutrinais e pastorais do Conclioforam as causas para esta descontinuidade e ruptura com a Tradio catlica. Para eles, o Conclio, sendo ele decarcter pastoral, reformvel, criticvel e falvel (susceptvel de cometer erros), logo passvel de ser aceitado ourejeitado pelos catlicos. Para sustentar este ponto de vista, eles, como por exemplo, alegam que o Conclo "foireconhecido como no infalvel" por: Lumen Gentium (um texto conciliar), que afirma, na sua nota anexa, que tendo em conta a praxe conciliar e o fim

    pastoral do presente Conclio este sagrado Concilio s define aquelas coisas relativas f e aos costumes queabertamente declarar como de f. Para os tradicionalistas, no houve nenhuma declarao de f aberta deste tipo.

    Papa Paulo VI, que disse, num seu discurso proferido na Audincia de 12 de janeiro de 1966, que dado o carterpastoral do Conclio, ele evitou pronunciar de uma maneira extraordinria dogma algum, comportando a notade infalibilidade. Para os tradicionalistas, "isso significa ento que no Concilio, a Igreja no quis utilizar seugrau de suprema autoridade".

    Papa Bento XVI, num discurso seu proferido em 2005. Os tradicionalistas alegam que o Papa, de um modo"parcialmente implcita", aceitou que "um conclio, cujo objetivo primeiro e confessado foi de se adaptar ao queeste mundo presente tem de contingente, no pode seno ser ele mesmo contingente. Contingente, logoreformvel, por uma reforma que ser ela mesma o fruto de uma s crtica."

    Os tradicionalistas possuem o seguinte conceito de Tradio: segundo eles a tradio algo petrificado eimutvel.[carecede fontes?] A verdadeira concepo catlica de Tradio se expressa no Magistrio vivo da Igreja, que,conservando as verdades doutrinrias imutveis e essenciais da F Catlica , se adapta aos tempos, locais e costumesde modo a melhor comunicar o Evangelho de Cristo a todos os homens.

    Viso neo-modernistaOs "neo-modernistas", afirmando tambm que o Conclio apresentou uma ruptura em relao Tradio catlica,propuseram uma hermenutica ou interpretao liberal dos documentos conciliares, levando ao excesso oaggiornamento proposto por Joo XXIII. Segundo a sua interpretao divergente dos documentos conciliares e daprpria Tradio catlica, os neo-modernistas afirmam, como por exemplo, que a misso da Igreja no devia ser asalvao eterna do homem, mas sim, que a sua misso haveria que ser de ordem preferentemente temporal.Estes afirmam que "os textos do Conclio como tais ainda no seriam a verdadeira expresso do esprito doConclio", sendo por isso "preciso ir corajosamente para alm dos textos, deixando espao novidade em que seexpressaria a inteno mais profunda, embora ainda indistinta, do Conclio. Em sntese: seria necessrio seguir noos textos do Conclio, mas o seu esprito", que cria assim um grande espao de manobra, de incerteza e deinconstncia. Segundo o Magistrio da Igreja Catlica, tudo isto viola e desvirtua o verdadeiro "esprito conciliar"proposto por Joo XXIII.Estes liberais, ainda em nome de um pretenso e desvirtuado "esprito conciliar", causaram no mundo eclesisticocatlico uma crise de fundo "neo-modernista" e de ruptura, com vrias prticas contrrias doutrina e disciplina daIgreja, em desacordo com os documentos do prprio Conclio. Esta crise j est actualmente mais ou menosresolvida, apesar da corrente neo-modernista ainda persistir em alguns sectores catlicos.

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    Actualidade

    O Papa Bento XVI.

    O Beato e Papa Joo Paulo II.

    Apesar da crise "neo-modernista" (apresentado na subseco Visoneo-modernista) estar j actualmente mais ou menos resolvida, existemainda vrios problemas ps-conciliares que perduram at aos nossosdias,[27] porque, segundo alguns estudiosos, este Conclio ainda no foitotalmente compreendido. Esta posio foi defendida pelo Snodo dosBispos de 1985, que constatou uma "ignorncia no pequena de grandeparte dos cristos para com os contedos conciliares". Este snodo tambm"afirmou que em muitos contextos o Conclio estava sendo usado de formamanipulada, conforme as necessidades das situaes, ou seja, estariasendo esvaziado de seu sentido original, perigo este no desprezvel".Logo, na Carta Apostlica " Tertio milennio adveniente [28]" (1994), o PapaJoo Paulo II convidou a Igreja a "um irrenuncivel exame de conscincia,que deve envolver todas as componentes da Igreja, [e que] no pode deixarde haver a pergunta: quanto da mensagem conciliar passou para a vida, asinstituies e o estilo da Igreja?".

    Por estas razes, os efeitos do Conclio so ainda vistos de formacontroversa por alguns sectores catlicos, principalmente pelo catolicismotradicionalista, que se ope a vrios pontos (ou at maioria) das decisesdo Conclio Vaticano II, nomeadamente em questes como a reformalitrgica, a liberdade religiosa e o ecumenismo.[29]

    Os catlicos tradicionalistas acusam o Conclio de, em vez de trazer umalufada de ar fresco para Igreja, ser uma das causas principais da actual"crise na Igreja", que caracterizado, como por exemplo, na "corrupoda f e dos costumes",[30] no declnio do nmero das vocaes sacerdotais ede catlicos praticantes e na perda de influncia da Igreja no mundoocidental. Sobre esta mesma crise eclesial, alguns telogos modernistas,como Andrs Torres Queiruga (que nega a ressurreio real de Cristo [31])alegam que a sua causa principal " a infidelidade ao Conclio Vaticano II eo medo das reformas exigidas".[32]

    O Papa Joo Paulo II, em 1995, afirma que no h ruptura:

    Graas ao sopro do Esprito Santo, o Conclio lanou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele no marcou a ruptura com opassado, mas soube valorizar o patrimnio da inteira tradio eclesial, para orientar os fiis na resposta aos desafios da nossa poca. distncia de trinta anos [do Conclio], mais do que nunca necessrio retornar quele momento de graa

    Em 2000, Joo Paulo II afirmou tambm que:

    A "pequena semente", que Joo XXIII lanou [no Conclio], cresceu e deu vida a uma rvore que j alarga os seus ramos majestosos efrondosos na Vinha do Senhor. Ele j deu numerosos frutos nestes 35 anos de vida e ainda dar muitos outros nos anos vindouros. Umanova estao abre-se diante dos nossos olhos: trata-se do tempo do aprofundamento dos ensinamentos conciliares, o perodo da colheitadaquilo que os Padres conciliares semearam e a gerao destes anos cuidou e esperou. O Conclio Ecumnico Vaticano II constitui umaverdadeira profecia para a vida da Igreja; e continuar a s-lo por muitos anos do terceiro milnio h pouco iniciado. A Igreja,enriquecida com as verdades eternas que lhe foram confiadas, ainda falar ao mundo, anunciando que Jesus Cristo o nico verdadeiroSalvador do mundo: ontem, hoje e sempre!

    Em 2005, o Papa Bento XVI defendeu tambm a mesma ideia do seu predecessor, dizendo que:

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    Quarenta anos depois do Conclio podemos realar que o positivo muito maior e mais vivo do que no podia parecer na agitao porvolta do ano de 1968. Hoje vemos que a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce todavia, e cresce tambm assim anossa profunda gratido pela obra realizada pelo Conclio. [...] Assim podemos hoje, com gratido, dirigir o nosso olhar ao ConclioVaticano II: se o lemos e recebemos guiados por uma justa hermenutica, ele pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande fora para asempre necessria renovao da Igreja.

    [1] Verbete Conclio (http:/ / www. ecclesia. pt/ catolicopedia/ ) da "Enciclopdia Catlica Popular"[2] DISCURSO DO PAPA JOO PAULO II NO ENCERRAMENTO DO CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE A ACTUAO DOS

    ENSINAMENTOS CONCILIARES (http:/ / www. pcf. va/ holy_father/ john_paul_ii/ speeches/ 2000/ jan-mar/ documents/hf_jp-ii_spe_20000227_vatican-council-ii_po. html) (2000)

    [3] Palavras de Joo Paulo II sobre o Conclio (http:/ / www. cleofas. com. br/ virtual/ texto. php?doc=NOVIDADE1& id=ni11285), do site daClofas

    [4] Catholic Encyclopedia, General Councils (em ingls) (http:/ / www. newadvent. org/ cathen/ 04423f. htm)[5] Zenit (http:/ / www. zenit. org/ article-20029?l=portuguese) Visitado em 19.11.2008.[6] Papa Joo XXIII, bula Humanae salutis[7] George Weigel, A Verdade do Catolicismo, Bertrand Editora 2002 ISBN 972-25-1255-2; cap. 3, pgs. 45-46[8] "Catolicismo e mundo moderno" (http:/ / orbita. starmedia. com/ ~hyeros/ catolicnomundcont007. html), do site Hieros[9] Discurso de Sua Santidade Papa Joo XXIII na Abertura Solene do SS. Conclio (http:/ / www. vatican. va/ holy_father/ john_xxiii/ speeches/

    1962/ documents/ hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council_po. html) (1962); cap. VII, n. 2[10] "Vatican II gave us no new dogmatic definitions...". Citao retirada do "Tablet" (2 de Maro de 1968)[11] "The substance of the ancient doctrine of the Deposit of Faith is one thing, and the way in which it is presented is another". Citao retirada

    do "Discurso de Abertura do Conclio Vaticano II", feito pelo Papa Joo XXIII (11 de Outubro de 1963)[12] Discurso de Sua Santidade Papa Joo XXIII na Abertura Solene do SS. Conclio (http:/ / www. vatican. va/ holy_father/ john_xxiii/

    speeches/ 1962/ documents/ hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council_po. html) (1962); cap. V, n. 1[13] Sacrosanctum Concilium, n. 1[14] Compndio do Catecismo da Igreja Catlica, n. 162[15] Lumen Gentium, n. 8[16] "O Conclio Vaticano II" (http:/ / web. archive. org/ web/ 20091019090205/ http:/ / br. geocities. com/ worth_2001/ segundo. html), do site

    Doutrina Catlica[17] "Orientalium eclesiarium" (http:/ / www. vatican. va/ archive/ hist_councils/ ii_vatican_council/ documents/

    vat-ii_decree_19641121_orientalium-ecclesiarum_po. html), decreto do II[18] Constituio Sacrosanctum concilium, n. 14[19] CCIC, n. 171[20] Compndio do Catecismo da Igreja Catlica, n. 163[21] "The Ratzinger Report, San Francisco: Ignatius, 1985, 28-29, 31" (http:/ / doutrinacatolica. trix. net/ Downloads/ bento. htm)

    Texto: It must be stated that Vatican II is upheld by the same authority as Vatican I and the Council of Trent, namely, the Pope and theCollege of Bishops in communion with him, and that also with regard to its contents. Vatican II is in the strictest continuity with both previouscouncils and incorporates their texts word for word in decisive points. [...] Whoever denies Vatican II denies the authority that upholds theother two councils and thereby detaches them from their foundation. [...] To defend the true tradition of the Church today means to defend theCouncil. It is our fault if we have at times provided a pretext (to the 'right' and 'left' alike) to view Vatican II as a 'break' and an abandonmentof the tradition. There is, instead, a continuity that allows neither a return to the past nor a flight forward, neither anachronistic longings norunjustified impatience. We must remain faithful to the today of the Church, not the yesterday or tomorrow. And this today of the Church is thedocuments of Vatican II, without reservations that amputate them and without arbitrariness that distorts them.

    [22] Discurso de Bento XVI, no dia 22 de Dezembro de 2005 (http:/ / www. vatican. va/ holy_father/ benedict_xvi/ speeches/ 2005/ december/documents/ hf_ben_xvi_spe_20051222_roman-curia_po. html)

    [23] "Syllabus vs Gaudium et Spes" (http:/ / web. archive. org/ web/ 20091019091648/ http:/ / br. geocities. com/ worth_2001/ silabo. html) e"Magistrio Supremo" (http:/ / web. archive. org/ web/ 20091019103124/ http:/ / br. geocities. com/ worth_2001/ magisterordinaro. html), dosite da "Doutrina Catlica"

    [24] Citao retirada da "Audincia Geral Semanal" (6 de Agosto de 1975) do Papa Paulo VI[25] Ligouri Publications, Handbook for Today's Catholic (em portugus: Catecismo do Catlico de Hoje, traduzido pelo Pe. Jos Raimundo

    Vidigal), subseco "A tradio, o Vaticano II e os Santos Padres" (http:/ / www. geocities. com/ heartland/ Acres/ 5581/ doutrina. htm#Atradio, o Vaticano II e os Santos)

    [26] " Pode-se criticar o Conclio Vaticano II? (http:/ / www. fsspx-brasil. com. br/ page 05-2ja. htm)", da Fraternidade Sacerdotal So Pio X[27] George Weigel, A Verdade do Catolicismo; pgs. 45, 68 e 69[28] http:/ / www. vatican. va/ holy_father/ john_paul_ii/ apost_letters/ documents/ hf_jp-ii_apl_10111994_tertio-millennio-adveniente_po. html[29] "Tradio Catlica vs Vaticano II" (http:/ / www. fsspx-brasil. com. br/ page 05. htm) e "Missa Tradicional vs Missa Nova'"" (http:/ / www.

    fsspx-brasil. com. br/ page 03. htm), do site da Fraternidade Sacerdotal So Pio X[30] "Concluso: Voltar verdadeira doutrina ou perecer" (http:/ / www. fsspx-brasil. com. br/ page 05-2i. htm), da Fraternidade Sacerdotal So

    Pio X

  • Conclio Vaticano II 14

    [31] 05 Parresa: Repensar a Ressurreio? (http:/ / padrepauloricardo. org/ audio/ 05-parresia-repensar-a-ressurreicao/ )[32] "Crise e crtica na Igreja" (http:/ / dn. sapo. pt/ inicio/ opiniao/ interior. aspx?content_id=1205395& seccao=Anselmo Borges& tag=Opinio

    - Em Foco), de Anselmo Borges (no Dirio de Notcias; edio de 18 de Abril de 2009)

    Ligaes externas

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    artigo/ o-concilio-vaticano-ii) Evento: A Modernidade e o Conclio Vaticano II 50 anos - do Centro Loyola de F e Cultura / PUC-Rio em

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    Ligaes contra o Conclio Vaticano II

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    O Valor do Conclio Vaticano II - O Conclio visto pelo nico critrio: o Sangue de Nosso Senhor. (http:/ /gustavocorcao. permanencia. org. br/ Artigos/ concilio. htm)

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  • Fontes e Editores da Pgina 15

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    Conclio Vaticano IIAntecedentes histricos Influncia de Pio XII

    Objetivos Inaugurao e nmero de participantes Resultados e respectivos documentos Igreja Eclesiologia: Lumen GentiumPastoral: Gaudium et spes

    Bispos, presbteros, leigos e consagrados Igrejas Orientais Catlicas Revelao divina e Tradio Liturgia Liberdade e direitos humanos Relao com os no-cristos e Ecumenismo Educao e formao sacerdotal Missionao e comunicao social

    Natureza e interpretao Viso oficial (e predominante) Viso tradicionalistaViso neo-modernista

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