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OUCAB_Subsetor A1_Relatório_ProjetoPremiado.docx CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ESTUDO PRELIMINAR PARA O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO SUBSETOR A1 NO PERÍMETRO DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA LEI Nº 15.893/2013 Relatório de análise do projeto vencedor projeto: 1º PRÊMIO PROJETO 07 Autor: Eron Danilo Costin. Coautores: Emerson José Vidigal, Fabio Henrique Faria, João Gabriel de Moura Rosa Cordeiro e Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Marcelo Miotto e Felipe Santos Gomes. Consultores: Alessandro Filla Rosanelli (Paisagismo), Eduardo Ribeiro dos Santos (Infraestrutura), Rafael Milani Medeiros (Mobilidade) e Luiz Henrique Felipe Olavo (Geotecnia). Razão Social: Estúdio 41 Arquitetura SS Ltda ME. Curitiba PR Julho 2015

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CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ESTUDO PRELIMINAR PARA O PLANO DE URBANIZAÇÃO DO SUBSETOR A1 NO PERÍMETRO DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA – LEI Nº 15.893/2013 Relatório de análise do projeto vencedor

projeto: 1º PRÊMIO – PROJETO 07 Autor: Eron Danilo Costin. Coautores: Emerson José Vidigal, Fabio Henrique Faria, João Gabriel de Moura Rosa Cordeiro e Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Marcelo Miotto e Felipe Santos Gomes. Consultores: Alessandro Filla Rosanelli (Paisagismo), Eduardo Ribeiro dos Santos (Infraestrutura), Rafael Milani Medeiros (Mobilidade) e Luiz Henrique Felipe Olavo (Geotecnia). Razão Social: Estúdio 41 Arquitetura SS Ltda – ME. Curitiba – PR

Julho 2015

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Sumário

INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................3

1. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................................................7

2. ÁREA CONSTRUÍDA ....................................................................................................................... 10

3. SISTEMA VIÁRIO ........................................................................................................................... 13

4. PASSARELA .................................................................................................................................... 15

5. GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS E BACIAS DE CONTENÇÃO ........................................................... 16

6. OUTRAS RECOMENDAÇÕES ......................................................................................................... 18

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INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo abordar, de forma resumida, alguns aspectos considerados mais

relevantes para a exequibilidade técnica e legal do Estudo Preliminar do projeto premiado oriundo do

CONCURSO PÚBLICO NACIONAL N.º 002153700.

A análise considerou-se as seguintes regulamentações:

Lei 15.893/2013 da Operação Urbana Consorciada Água Branca

Termo de Referência para o Concurso Público Nacional do Subsetor A1:

o Premissas para o desenvolvimento do projeto:

- a proposta do sistema viário;

- o alinhamento predial conforme Quadro 1A da Lei da Operação Urbana Consorciada

Água Branca;

- a faixa non-aedificandi definida a partir de Galeria de Água Pluviais (GAP) do Córrego

Água Preta em construção dentro dos limites da área de projeto;

- a Área de Preservação Permanente (APP) do rio Tietê, correspondente à Faixa 5 de

adensamento da Lei da Operação Urbana Consorciada Água Branca, estabelecida para

este Concurso como área non-aedificandi;

- a porção pública do território a norte do Rio Tietê inserida no Perímetro de Integração 2

da Lei da Operação Urbana Consorciada Água Branca (15.893/2013);

- o sistema de espaços livres públicos, conectando o Subsetor A1 com Parque Linear do

córrego da Água Branca desde a porção sul da Quadra 02;

- a existência de um corredor de ônibus na Av. Marques de São Vicente, qualificando as

estratégias de uso e ocupação a modelos similares aos “Eixos de Transformação

Urbana” contidos no Plano Diretor Estratégico;

- a definição de usos e a ocupação desta gleba deverão estrutura-se por uma proposta de

parcelamento do solo que considere o sistema viário proposto inicialmente e garanta

áreas especificas de acordo com os parâmetros definidos na Lei da Operação Urbana

Água Branca:

Art. 47. A área formada pelos imóveis situados no Subsetor A1 será objeto de plano

específico de reurbanização a ser elaborado pela SP-Urbanismo, ouvido o Grupo de

Gestão.

§ 1º O plano de reurbanização deverá destinar, da área total de terreno, as seguintes

proporções:

I - sistema viário: máximo de 20% (vinte por cento);

II - áreas verdes: mínimo de 40% (quarenta por cento);

III - áreas de uso institucional: mínimo de 15% (quinze por cento);

IV - áreas para empreendimentos imobiliários: mínimo de 25% (vinte e cinco por cento);

§ 2º O plano de reurbanização poderá implicar o reloteamento da área, nele incluído o

reposicionamento de áreas atualmente destinadas ao sistema viário, áreas verdes e

institucionais;

§ 3º A totalidade dos empreendimentos imobiliários a serem implantados nas áreas

referidas no inciso IV do § 1º deste artigo deverá atender à proporção mínima de 80%

da área computável para usos residenciais e de 40% (quarenta por cento) da área

computável para Habitações de Interesse Social, conforme definido no plano específico

de reurbanização.

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- priorizar a implantação de infraestrutura que incentive deslocamentos ativos na região

(deslocamentos a pé, bicicleta e por transporte público) com ênfase às conexões com a

estação existente junto ao corredor de ônibus da Av. Marquês de São Vicente e a

implantação de uma nova passarela de pedestres sobre o Rio Tietê como descrito no

item 7.4 ;

- considerar a área verde a ser implantada como Bem de Uso Comum do Povo (de

Domínio Público), ou seja, área que pode ser usada livremente pela população, como

praça, largo, bulevar, destinada a circulação, lazer, encontro e contemplação.

- fazer a conexão/transposição com área verde localizada a norte do Rio Tietê.

o Objeto do concurso

O Plano de Urbanização deverá contemplar:

- Infraestrutura urbana e qualificação dos sistemas de mobilidade;

- Parque e Áreas Verdes, inclusive com a implantação de passarela para pedestres e

ciclistas sobre o rio Tietê;

- Equipamentos Sociais:

o Implantação de Território CEU Esportivo, Educacional, Cultural e Múltiplo uso

conforme modelo fornecido no Anexo VIII;

o Implantação de Unidade Básica de Saúde (UBS) tendo como referência o

programa e o funcionamento conforme modelo fornecido no Anexo XI;

- Equipamento Administrativo:

o Implantação do Centro de Gerenciamento e Monitoramento Integrado (CGMI);

- Habitações de Interesse Social (HIS) em edifícios de uso misto cujo pavimento térreo

possa ser utilizado por usos comerciais, serviços, produtivos ou voltados a equipamentos

públicos;

Em 27 de maio de 2015 foi realizada na Biblioteca Municipal Mario de Andrade a cerimônia de

divulgação e exposição dos premiados do Concurso Público Nacional do Plano de Urbanização do Subsetor A1

da OUC Água Branca e em 20 de junho de 2015 publicado no Diário Oficial de São Paulo a homologação do

concurso/premiado, habilitando o Estúdio 41 Arquitetura SS Ltda a prosseguir para a outra fase de

desenvolvimento conforme definido no Edital.

O projeto do Estúdio 41 Arquitetura apresentou, conforme a ATA de julgamento do Concurso Público,

qualidade e clareza em sua proposição urbanística, respondendo adequadamente às questões a seguir:

Exequibilidade;

Simultaneidade de escalas (do lugar à metrópole);

Inserção urbana;

Relação com o entorno;

Estimulo do uso do chão público, propiciando apropriações adequadas, qualificação do sistema

de espaços livres proposto no âmbito do sistema viário, áreas verdes, bem como os espaços

livres dos equipamentos institucionais e dos espaços livres condominiais;

Parque como parte de um sistema de áreas verdes maior, envolvendo a análise de potenciais

relações com o entorno da Operação Urbana Consorciada Água Branca, bem como à sua inserção

urbana previstas no atual Plano Diretor do Município de São Paulo;

Parque compreendido como situação exemplar, ambientalmente atento à sua localização de

várzea, bem como capaz de abrigar apropriação social;

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Áreas verdes de maior escala caracterizadas como áreas da cidade e da metrópole, evitando

reduzir sua apropriação apenas aos futuros moradores do Subsetor A1;

Estratégia adequada de faseamento da implantação.

RECOMENDAÇÕES da Comissão Julgadora:

Reclassificação dos itens discriminados no parcelamento do solo.

Ruas, ainda que de pedestres, não são classificadas como áreas verdes.

A praça seca, na proposta indicada como uso institucional, deve ser incorporada no cômputo das

áreas verdes, contribuindo assim para a requalificação do parque e da várzea.

Aumentar a continuidade das áreas verdes, caracterizando melhor a escala metropolitana do

parque, ainda que, para isso, seja necessário rever a posição do CEU.

Rever o sistema de bacias de contenção, retirando-as das vias públicas e do CEU, em função da

condição de gestão das mesmas em vias e equipamentos públicos.

Coordenação Técnica do Concurso: Vinicius Hernandes de Andrade | Comissão Julgadora: Milton

Liebentritt de Almeida Braga (Presidente do Juri), Eugenio Fernandes Queiroga, José Rollemberg de Mello Filho, Renata Semin e Vladir Bartalini

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Figura 1: Projeto Premiado: Estúdio 41 Arquitetura: 5 pranchas apresentadas

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ANÁLISE TÉCNICA: Este Relatório de Análise Técnica do Projeto estrutura-se em temas de análises: Uso e Ocupação do

Solo, Área Construída, Sistema Viário, Passarela, e Galeria de Águas Pluviais e Bacias de Contenção que deverá

subsidiar o desenvolvimento da próxima fase do Plano de Urbanização do Subsetor A1 denominada

anteprojeto.

1. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Figura 2: Parcelamento | Prancha 2 | detalhe

Residencial Institucional Áreas Verdes Lotes residenciais

1.1

1.2

1.1

1.3

1.5

1.6

1.7 1.9

1.8

1.100

1.10

1.10

1.10

1.8

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Parcelamento do solo, Fruição Pública e Áreas Verdes:

1.1. O uso Residencial não é uma categoria de parcelamento do uso do solo para efeito do atingimento

das proporções exigidas pela Lei da OUCAB, mas sim utilizado para cálculo da Área Construída.

1.2. A área destinada ao CGMI foi equivocadamente categorizada como uso Institucional pelo projeto.

1.3. A área destinada à praça seca foi equivocadamente categorizada como uso Institucional pelo projeto.

1.4. A área de terreno destinada aos usos “Institucionais”, descontadas as áreas do CGMI e a praça seca,

não atingiram o mínimo de 15% da área total do parcelamento para este uso exigidos pela Lei da

OUCAB.

Quadro 1: Parcelamento | Comparativo áreas de terrenos | Projeto vencedor e Edital

1.5. Os lotes das Unidades Habitacionais não consideram a possibilidade da existência de cercas e muros

entre os condomínios.

1.6. As áreas destinadas para as quadras esportivas dentro dos condomínios não adotam estratégia clara

de compartilhamento e otimização dos seus usos já que o projeto proposto prevê quadras em 5 dos

11 condomínios.

1.7. Não estão especificadas nas pranchas apresentadas as áreas dos lotes destinadas à Fruição Pública

(Uso público de área privada pertencente ao lote localizada no pavimento térreo que não pode ser

fechada com edificações, instalações ou equipamentos)

1.8. Os caminhos de pedestres entre os lotes residenciais foram definidos equivocadamente como “Áreas

Verdes”, o que impossibilita a existência de um endereço para os usos lindeiros.

1.9. O eixo central de pedestres e ciclistas, bem como a Área Verde de frente para a Av. Marquês de São

Vicente foram considerados equivocadamente como Áreas Verdes, o que impossibilita a existência de

um endereço para os usos lindeiros.

1.10. O projeto propõe Áreas Verdes sem função definida constituindo-se em áreas residuais com

potencial de gerar usos inadequados ou abandono. São exemplos: “fundos” dos lotes residenciais ao

norte, nas áreas lindeiras à Ponte Júlio de Mesquita e Av. Nicholas Boer, no lote do Território CEU,

Lote das Habitações ao norte e na divisa com o Centro de Treinamento do Palmeiras.

RECOMENDAÇÕES:

Revisar as áreas projetadas respeitando o art. 47 da lei da OUCAB - Parcelamento do Solo respeitando

as seguintes proporções da área total de terreno:

I - Sistema Viário: máximo de 20% (vinte por cento); - Considerar o “Eixo de Travessia” (via de pedestres e ciclistas no centro do projeto) como

Sistema Viário" em seu trecho ao sul da Av. Marquês de São Vicente;

II - Áreas Verdes: mínimo de 40% (quarenta por cento); - Considerar a "praça seca" e os espaços verdes ao seu redor como "Áreas Verdes”;

- Dinamizar e qualificar os usos da área verde na divisa com o Centro de Treinamento do

Palmeiras

- Abolir os “fundos” dos lotes residenciais ao norte, nas áreas lindeiras à Ponte Júlio de

Mesquita e Av. Nicholas Boer e no lote do Território CEU.

Áreas Verdes Viário

Parcelamento PROJETO VENCEDOR 61.887 18.288

145.211 EDITAL (mín) 58.084 29.042

m² Diferença 3.803 -10.754

Uso específico CGMI CEU UBS

Área 4.383 14.081 4.38641.904

18.467

21.782

-3.315

Outros usos

46.287

36.303

9.984

Institucional

HIS

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III - Áreas de Uso Institucional: mínimo de 15% (quinze por cento); IV - Áreas para Empreendimentos Imobiliários: mínimo de 25% (vinte e cinco por cento);

- Considerar a categoria "Residencial" como “Área para Empreendimentos Imobiliários“,

conforme art. 47 da lei da OUCAB;

- Considerar a área definida para o CGMI como "Outros Usos“ dentro da Categoria

“Empreendimentos Imobiliários”, conforme exigência do Edital;

- Garantir que todos os usos habitacionais, comerciais, de serviços e institucionais tenham

endereço, ou seja, uma rua lindeira de acesso final a estes usos.

- Rever os desenhos dos lotes de forma a:

a. Repensar o parcelamento possibilitando a criação de lotes que possam ser empreendidos em etapas e com racionalidade nas áreas de uso condominial, minimizando os custos de manutenção.

b. Repensar o parcelamento possibilitando a criação de lotes que adotem a Fruição Pública, garantindo no mínimo 10m de largura e promovendo caminhos que dialoguem com os usos do térreo e que articulem os espaços públicos e privados.

c. Otimizar e providenciar o compartilhamento dos equipamentos comunitários como, por exemplo, as quadras poliesportivas, caso estas sejam de propriedade, responsabilidade e gestão de somente uma parte da totalidade dos condomínios

d. Evitar os espaços residuais sem função definida ou áreas dúbias em termos de definição e domínio

Os lotes das Unidades de Habitacionais devem prever uma estratégia de desenho fundiário que coíba a existência de muros de divisa ou gradis entre lotes. A possibilidade futura da implantação de cercamentos deverá ser calculada.

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2. ÁREA CONSTRUÍDA

2.1 A área construída computável total apresentada, de 139.834m², é inferior a permitida, de 145.215m².

Quadro 2: Área Construída | Prancha 2 | Detalhe

2.2 HIS: Os números apresentados pelo projeto referentes às unidades habitacionais por lote e consequentemente suas respectivas áreas construídas divergem dos números dos desenhos.

Quadro 3: Comparativo | Unidades Habitacionais

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2.3 CGMI: A área construída do CGMI computada como uso institucional

Figura 3: Área Construída | Prancha 2 | detalhe

RECOMENDAÇÕES:

Revisar os quadros de áreas destinando cada uso conforme art. 47 da lei da OUCAB.

Respeitar o Art. 47, § 4º da Lei da OUCAB que diz que a área computável de todos os edifícios do

projeto, incluindo os habitacionais, não deve, portanto, ultrapassar 145.215m²

A lei da OUC Água Branca, Artigo 47,§ 1º define para o parcelamento do solo no Subsetor A1 um

mínimo de 25% de sua área para projetos residenciais e não residenciais, sendo 80% da área total

construída computável para uso residencial (1.360 unidades para HIS e o restante para mercado,

configurando os lotes para cada fim). Os 20% restantes devem ser destinados ao CGMI, que entra na

categoria “Áreas Para Empreendimentos Imobiliários”.

A soma das áreas para usos institucionais (Território CEU e UBS) devem ser descontadas da área do

Subsetor A1 para o cálculo da “Áreas para Empreendimentos Imobiliários”, que abrangem a HIS e o

CGMI.

2.3

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HIS:

- Ajustar a área construída das Habitações para o máximo permitido lembrando que 80%, no

máximo, da área computável de “Áreas Para Empreendimentos Imobiliários” será reservada para

este programa.

- Revisar os números de HIS por lote e recalcular os respectivos índices de Área Computável,

Coeficiente de Aproveitamento e Cota parte por lote.

- Considerar 200 Unidades Habitacionais Autônomas (UHA) como o número máximo de unidades

por condomínio, com as áreas destinadas a cada uso claramente definidas em projeto, com

acessos à via facilmente identificados e com entradas de energia, água etc, lixeiras,

independentes para cada condômino habitacional e seus sub-condomínios referentes aos usos do

térreo (comercio e de serviços).

CGMI:

- Ajustar a área construída do CGMI para o máximo permitido lembrando que 20%, no máximo, da

área computável de “Áreas Para Empreendimentos Imobiliários” será reservada para este

programa.

Território CEU e UBS

- Otimizar e potencializar a ocupação no território CEU e UBS (Taxa de Ocupação baixa).

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3. SISTEMA VIÁRIO

3.1 Eixo central apresenta dubiedade na representação do projeto, ora mostrado como via, ora como área verde.

3.2 Não atende ao fluxo advindo da Marginal Tietê em direção à Av. Marquês de São Vicente, função exercida hoje pela alça existente a ser desafetada (Av. Nicholas Boer).

Figura 5: Sistema Viário | Prancha 2 | detalhe

Ciclovia

3.1

3.2

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RECOMENDAÇÕES:

Respeitar o máximo de 20% da área do Subsetor A1 para Sistema Viário, conforme art. 47 lei da

OUCAB.

Considerar as vias de acesso ao CGMI como internas e, portanto, fora do cômputo dos 20% máximos

reservados para o Sistema Viário (art. 47 da lei da OUCAB).

Alça Urbana e demais movimentos viários. É importante considerar, para a próxima fase do projeto, as

diretrizes e análises ocorridas com os diferentes interlocutores da Prefeitura, neste caso a SMT – CET,

concomitantemente com o Concurso Público, sendo que para o sistema viário foi estabelecido:

- Recuo de 8,00m (oito metros) no perímetro da gleba para alocação de via com duas faixas de

tráfego unidirecionais, junto à Ponte Júlio de Mesquita Neto, com faixa de desaceleração na Av.

Presidente Castelo Branco com largura igualmente de 8,00m (oito metros) e raio de giro mínimo

de 45m (quarenta e cinco metros) até o bordo interno da curva. Essa via deverá ser classificada

como "Coletora" e projetada para velocidade de 40 km/h (quarenta quilômetros por hora) e terá

a função de permitir acesso dos fluxos vindos da Av.Presidente Castelo Branco para as avenidas

Marquês de São Vicente e Pompéia, bem como ao próprio Subsetor A1 da referida Operação

Urbana.

- Recuo lindeiro ao perímetro da gleba , junto às avenidas Nicolas Boer e Marquês de São Vicente,

para a acomodação de, além das faixas de tráfego geral existentes, duas faixas de rolamento

unidirecionais adicionais, que cumprirão as funções de alça da Ponte Júlio de Mesquita Neto para

a Marginal Tietê, sentido Penha, atendendo os fluxos oriundos da Zona Norte em direção à Zona

Leste, como alternativa de acesso à Marginal Tietê dos fluxos oriundos da Av.Marquês de São

Vicente no sentido Barra Funda - Lapa, bem como ao acesso aos empreendimentos localizados no

Subsetor A1. Este trecho de via terá a mesma classificação das vias que acompanha, com

recomendação de regulamentação de velocidade máxima de 40 km/h (quarenta quilômetros por

hora) naquelas faixas.

- Supressão do trecho de via previsto, evitando a conexão do tráfego local interno com a Av.Nicolas

Boer e conflitos de fluxos que adviriam da sobreposição desse fluxo com o entrelaçamento dos

demais fluxos advindos da alça e da ponte.

- Classificação da via interna , como "Local”, projetada como via bidirecional, com 12,0m (doze

metros) de largura do leito corroçável e entroncamento em "Rotatória" com leito carroçável de,

no mínimo, 5m (cinco metros) de largura e raio de 45,0m (quarenta e cinco metros) para

viabilizar o retorno dos veículos e a circulação de caminhões e ônibus de porte médio (entregas,

mudanças, serviços, acesso ao CEU, etc.).

- Prever em projeto a travessia de pedestres em desnível para o acesso à UBS, de maneira a

garantir melhores condições de segurança aos pedestres e evitar a instalação de semáforo na via

que servirá como alça de saída da ponte para a Marginal Tietê e principal via de acesso a todo

Subsetor A1.

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Figura 6: Sistema Viário em processo de validação pela CET

4. PASSARELA

4.1 Não considerou equipamentos para dar apoio ao Parque como sanitários, vestiários, quiosques e etc.

4.2 Em princípio, a passarela em um único piso atende função de travessia para pedestres e ciclistas desde

que sejam tomadas medidas de segurança que compatibilizem os usos simultâneos em um mesmo

nível

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Figura 7: Passarela | Prancha 3 | detalhes

RECOMENDAÇÕES:

Implantar sanitários, vestiários e quiosque sob a marquise da passarela em seu lado sul.

A solução em dois níveis para a passarela deve ter justificativas quanto ao custo/benefício do partido

adotado dentro das questões estruturais, urbanas e funcionais.

5. GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS E BACIAS DE CONTENÇÃO

5.1. A proposta de abertura de cava para expor o lençol freático é inviável em função da baixa transmissividade hidráulica dos aquíferos sedimentares e de possíveis inconvenientes à paisagem e ao meio ambiente.

5.2. O armazenamento de águas pluviais de escoamento está previsto em áreas abertas o que pode gerar contatos insalubres dos usuários com a poluição difusa.

5.3. Não foi prevista estação de tratamento das águas pluviais captadas e tampouco unidade de operação e manutenção acoplada a ela.

4.2

4.1

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Figura 7: Galeria de Águas Pluviais e Bacias de Contenção | Prancha 2 | detalhe

RECOMENDAÇÕES:

Utilizar os conceitos de medidas de controle na fonte indicados no Manual de Drenagem e Manejo de

Águas Pluviais da Prefeitura (SMDU, 2012), vol. II, capítulo 5. Prever sempre que possível pavimentos

permeáveis, poços ou valas de infiltração, telhados verdes, trincheiras de infiltração etc.

A proposta de abertura de cava para expor o lençol freático deverá ser avaliada após resultado da

sondagem.

5.1

5.2

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Dimensionar os volumes passíveis de serem captados de águas pluviais para chuvas médias anuais.

Cotejar esse volume com as necessidades de água para utilização em irrigação das áreas verdes,

limpeza das vias e utilização em fontes ornamentais, bem como outros usos que forem definidos em

projeto.

Repensar a implantação de fontes ornamentais devido aos desafios de gestão e manutenção que estes

sistemas possam requerer.

Caso se opte por instalações para tratamento das águas pluviais deve-se prever unidade de operação

e manutenção acoplada à estação de tratamento, com pequena oficina, garagem para caminhão pipa,

instalação para armazenagem de produtos químicos, guarda de ferramentas e instrumentos de apoio

para serviços gerais.

Recomenda-se que a microdrenagem da área seja projetada de maneira convencional, utilizando-se os

parâmetros indicados no Manual op. cit., com rede coletora que preserve a vazão de pré

desenvolvimento (25 l/s/ha). Os volumes excedentes à vazão de pré desenvolvimento podem ser

armazenados temporariamente em tubos reservatório (supertubos) situados abaixo da superfície ou

em tanques. Evitar propagação de águas de escoamento superficial direto ou seu armazenamento em

áreas abertas em função da poluição difusa. Enviar as águas da microdrenagem para galerias que se

conectam aos sistemas de micro e macrodrenagem existentes.

6. OUTRAS RECOMENDAÇÕES

Incluir todas as recomendações descritas neste Relatório de Análise do Projeto no desenvolvimento da

próxima fase do Plano de Urbanização do Subsetor A1 denominada anteprojeto.

Desenvolver e aprovar com a Contratante, na fase de anteprojeto, os Planos de Trabalhos específicos

contendo os respectivos cronogramas das atividades:

o Na primeira semana: Plano de Trabalho para a fase de desenvolvimento do anteprojeto e

o Na última semana: Plano de Trabalho (revisão) para a fase de desenvolvimento do projeto

básico considerando a) a descrição do Escopo detalhado – Anexo 1 neste documento e b) os

prazos para as revisões ora da Gerenciadora a ser contratada pela Contratante, ora da

Contratante e ora da Projetista contratada.

o O Plano de trabalho deverá conter:

- Metas: o resultado do projeto a ser atingido;

- Premissas: quaisquer fatores assumidos como verdadeiros ao se definir o escopo do

projeto e consequentemente o seu planejamento;

- Agentes: pessoas ou organizações cujas validações serão necessárias para alcançar os

resultados durante a execução e término do projeto e seus respectivos impactos

prováveis;

- Escopo: descrever objetivamente o que faz parte do escopo do projeto de forma a

compor produtos/entregáveis específicos;

- Fora do Escopo: descrever o que não faz parte do escopo do projeto;

- Cronograma de trabalho/atividades detalhadas;

- Milestones e Entregáveis: qualquer saída que será produzida como resultado da

execução do projeto; associadas às respectivas datas de entrega;

- Hierarquia para as tomadas de decisões no projeto;

- Riscos: riscos identificados, o plano de mitigação com a avaliação do impacto e

probabilidade do risco ocorrer.

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CGMI - É importante considerar, para a próxima fase do projeto, as diretrizes e análises ocorridas com

os diferentes interlocutores da Prefeitura, neste caso a Secretaria de Governo Municipal - SGM e

Companhia de Engenharia de Tráfego - CET, concomitantemente com o Concurso Público, sendo que o

CGMI está em processo de definição nos seguintes termos:

o O programa do edifício e a área de implantação

o O lugar de implantação. No caso da permanência do CGMI na área proposta, transferir as

Unidades Habitacionais do Lote 5 para os lotes 1, 2, 3 e 4, para que a área do CGMI seja

ampliada para toda a respectiva quadra.

o A área construída computável para o edifício foi estabelecida em 25.000M2 , sendo que parte

vai abrigar o CGMI e parte usos privados ainda não definidos

HABITAÇÕES:

o Definir 1360 das unidades habitacionais para HIS 1 (renda familiar de até 3 salários mínimos)

e para HIS 2 (renda familiar de até 6 salários mínimos) e o restante do saldo da proposta para

HMP (renda familiar de até 10 salários mínimos) com o objetivo de atingir-se diversidade

urbanística e social através da valorização da convivência entre as diversas classes.

o Os condomínios de HIS e HMP devem ser separados, ocupando edifícios em lotes

independentes.

ESTACIONAMENTOS

o Atender 1/3 do numero de unidades com vagas

TERRITÓRIO CEU junto ao Parque:

o Reiteração da recomendação do juri: “aumentar a continuidade das áreas verdes,

caracterizando melhor a escala metropolitana do parque, ainda que, para isso, seja

necessário rever a posição do CEU”.

_________________________________ Equipe SPUrbanismo: Gustavo Partezani: Diretor de Desenvolvimento Carla Poma: Superintendente de Desenvolvimento José Alves: Coordenador do Projeto e Coordenador de Desenvolvimento do Núcleo de Projeto C Rafael Giorgi Costa: Arquiteto _________________________________