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PROVA OBJETIVA ORGANIZADOR 1 CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEIMADOS PROVA OBJETIVA LÍNGUA PORTUGUESA Verão Todo nordestino fica danado da vida quando pessoas a que dá importância vêm conhecer a sua terra nos meses de verão. Não é que ele não goste do verão. O verão para o nativo é tempo muito agradável, sem chuvas nem atoleiros, o campo aberto multiplicado em caminhos, o leito dos maiores rios vadeáveis a pé enxuto, convidando ao nomadismo que ainda está tão perto de nós, já que nós mesmos ainda estamos tão perto do índio andejo. E no verão não há moscas, nem mosquitos, nem mutucas, nem muriçocas, nem friagem, nem frieiras, nem dor-d’olhos, nem papocas roxas, nem defluxos, nem reumatismo. Nem trabalho. Porque em pleno verão acabada a colheita do feijão e do algodão, virado o milho; quando ainda não se começaram os remontes de cercas, a broca e a coivara dos roçados novos, há um período intermediário em que, literalmente, não se faz nada. Lá alguma desmancha de farinha, que é mais uma festa que um serviço. Ou moagem, nas raras fazendas onde há sítio de cana. O mais são os sambas, as cantorias, as viagens de recreio, o passar uns dias em casa de parentes distantes, as romarias em pagamento de promessas a Canindé ou a Juazeiro. As novenas, os festejos dos santos, com barraquinha, leilão e foguete. E sanfona muita. Mas tudo isso em família, não para estranho ver. Estranho chega e logo vai estranhando, como é natural. Aos olhos deles o sertão está horrível, seco, cinzento, sem folha verde à vista, a caatinga virada numa floresta de garranchos. O gado fica magreirão, é claro, pois só come capim seco e o resto da palha do legume nas capoeiras. Os açudes baixam, os rios deixam de correr, as águas não são tão cristalinas, muita gente se abastece nas grosseiras cacimbas que são apenas grandes buracos rústicos cavados na areia, sem paredes de alvenaria ou quaisquer obras de arte. Tudo improvisado e perecível tudo provisório, como o próprio verão. Provisório. É essa a palavra que os estranhos não entendem. Que a secura, a falta de verde, as águas baixas, tudo é provisório e salutar. Eu por mim confesso que tinha o maior acanhamento em mostrar o sertão na quadra seca ao pessoal da Bahia pra baixo. Só depois que conheci a nudez do outono e inverno em outras latitudes foi que perdi a cerimônia. Esse negócio de mata tropical, permanentemente verde e úmida, é coisa de subdesenvolvido, que não conhece as alternativas das estações; para eles é sempre uma coisa só. Mas nas terras civilizadas da Europa e Norte-América, o ritmo é semelhante ao nosso, no Nordeste. Folha nasce e folha cai no tempo certo e ninguém na Alemanha ou na Escócia se lembraria de ter vergonha de mostrar aos de fora a nudez das árvores ou a grama queimada e morta. Aliás, foi só isso que vi nos famosos campos da Inglaterra os relvados secos, o arvoredo nu. Era o fim de outono. Também no Vermont, nos Estados Unidos, e, novembro, meu Deus, não fosse o testemunho das estrelas no céu, tão diversas, e o povo todo falando inglês, e a comida inconfundível, a gente podia jurar que aquele novembro era em pleno sertão do Quixeramobim. O chão cinzento, a mata rala desfolhada, os bichos comendo capim seco, as águas escassas depois dos calores do verão. (QUEIROZ, Rachel de. In:ANDRADE, CarlosDrummond de [e outros]. Elenco de cronistas modernos. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1984) 5 10 15 20 25 30 35 40

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LÍNGUA PORTUGUESA

Verão

Todo nordestino fica danado da vida quando pessoas a que dá importância vêm conhecer a sua terra nos meses de verão. Não é que ele não goste do verão. O verão para o nativo é tempo muito agradável, sem chuvas nem atoleiros, o campo aberto multiplicado em caminhos, o leito dos maiores rios vadeáveis a pé enxuto, convidando ao nomadismo que ainda está tão perto de nós, já que nós mesmos ainda estamos tão perto do índio andejo.

E no verão não há moscas, nem mosquitos, nem mutucas, nem muriçocas, nem friagem, nem frieiras, nem dor-d’olhos, nem papocas roxas, nem defluxos, nem reumatismo.

Nem trabalho. Porque em pleno verão acabada a colheita do feijão e do algodão, virado o milho; quando ainda não se começaram os remontes de cercas, a broca e a coivara dos roçados novos, há um período intermediário em que, literalmente, não se faz nada. Lá alguma desmancha de farinha, que é mais uma festa que um serviço. Ou moagem, nas raras fazendas onde há sítio de cana. O mais são os sambas, as cantorias, as viagens de recreio, o passar uns dias em casa de parentes distantes, as romarias em pagamento de promessas a Canindé ou a Juazeiro. As novenas, os festejos dos santos, com barraquinha, leilão e foguete. E sanfona muita.

Mas tudo isso em família, não para estranho ver. Estranho chega e logo vai estranhando, como é natural. Aos olhos deles o sertão está horrível, seco, cinzento, sem folha verde à vista, a caatinga virada numa floresta de garranchos. O gado fica magreirão, é claro, pois só come capim seco e o resto da palha do legume nas capoeiras. Os açudes baixam, os rios deixam de correr, as águas não são tão cristalinas, muita gente se abastece nas grosseiras cacimbas que são apenas grandes buracos rústicos cavados na areia, sem paredes de alvenaria ou quaisquer obras de arte. Tudo improvisado e perecível ─ tudo provisório, como o próprio verão.

Provisório. É essa a palavra que os estranhos não entendem. Que a secura, a falta de verde, as águas baixas, tudo é provisório e salutar. Eu por mim confesso que tinha o maior acanhamento em mostrar o sertão na quadra seca ao pessoal da Bahia pra baixo. Só depois que conheci a nudez do outono e inverno em outras latitudes foi que perdi a cerimônia. Esse negócio de mata tropical, permanentemente verde e úmida, é coisa de subdesenvolvido, que não conhece as alternativas das estações; para eles é sempre uma coisa só. Mas nas terras civilizadas da Europa e Norte-América, o ritmo é semelhante ao nosso, no Nordeste. Folha nasce e folha cai no tempo certo e ninguém na Alemanha ou na Escócia se lembraria de ter vergonha de mostrar aos de fora a nudez das árvores ou a grama queimada e morta. Aliás, foi só isso que vi nos famosos campos da Inglaterra ─ os relvados secos, o arvoredo nu. Era o fim de outono. Também no Vermont, nos Estados Unidos, e, novembro, meu Deus, não fosse o testemunho das estrelas no céu, tão diversas, e o povo todo falando inglês, e a comida inconfundível, a gente podia jurar que aquele novembro era em pleno sertão do Quixeramobim. O chão cinzento, a mata rala desfolhada, os bichos comendo capim seco, as águas escassas depois dos calores do verão.

(QUEIROZ, Rachel de. In:ANDRADE, CarlosDrummond de [e outros]. Elenco de cronistas modernos. Rio de Janeiro: J. Olympio,

1984)

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1) O emprego do advérbio “literalmente” (l. 13), constituindo ordem inversa da frase, indica que o produtor do texto teve o propósito enfático de:

a) afiançar a veracidade do que menciona b) salientar os tipos de trabalhos executados c) garantir a diversão após períodos de colheita d) criticar o pouco rendimento das atividades locais

2) O emprego das expressões sublinhadas em: “... logo vai estranhando, como é natural.” (l. 20) “O gado fica magreirão, é claro, ...” (l. 22) respectivamente, evidenciam, com relação ao produtor do texto:

a) ânimo e argúcia b) determinação e desapego c) boa vontade e perspicácia d) pessimismo e simplicidade

3) O produtor do texto narra sua experiência de observar paisagens, apresentando momentos de descrição que, argumentativamente, contribuem para o estabelecimento de:

a) conformidade b) comparação c) adversidade d) condição

4) Quando se escreve um texto, estabelecem-se cadeias semânticas, para que esse ganhe unidade quanto à coesão e à coerência. Na crônica, o par de palavras que exemplifica tal afirmação é:

a) nomadismo (l. 5) / reumatismo (l. 9) b) parentes (l. 16) / sanfona (l. 18) c) nordestino (l. 1) / nativo (l. 3) d) o leito (l. 4) / do índio (l. 6)

5) Para manter o paralelismo morfolexical em “O mais são os sambas, as cantorias, as viagens de recreio, o passar alguns dias em casa de parentes distantes, as romarias em pagamento de promessas a Canindé ou ao Juazeiro” (l. 14-17), o produtor do texto se vale de processo de formação de palavras muito proveitoso na produção textual e que amplia o léxico. Trata-se da:

a) sufixação b) conversão c) aglutinação d) parassíntese

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TEXTO II

A truta

O homem pediu truta e o garçom perguntou se ele não gostaria de escolher uma pessoalmente.

─ Como, escolher? ─ No nosso viveiro. O senhor pode escolher a truta que quiser. Ele não tinha visto o viveiro ao entrar no restaurante. Foi atrás do garçom.

As trutas davam voltas e voltas dentro do aquário, como num cortejo. Algumas paravam por instantes e ficavam olhando através do vidro, depois retomavam o cortejo. E o homem se viu encarando, olho no olho, uma truta que estacionara com a boca encostada no vidro à sua frente.

─ Essa está bonita... ─ disse o garçom. ─ Eu não sabia que se podia escolher. Pensei que elas já estivessem mortas. ─ Não, as nossas trutas são mortas na hora... Da água direto para a panela. A truta continuava parada contra o vidro, olhando para o homem. ─ Vai essa, doutor? Ela parece que está pedindo... Mas o olhar da truta não era de quem queria ir direto para uma panela. Ela

parecia examinar o homem. Parecia estar calculando a possibilidade de um diálogo. “Estranho”, pensou o homem. “Nunca tive de tomar uma decisão assim.

Decidir um destino, decidir entre a vida e a morte.”. Não era como no supermercado, em que os bichos já estavam mortos e a responsabilidade não era sua ─ pelo menos não diretamente. Você podia comê-los sem remorso. Havia toda uma engrenagem montada para afastar você do remorso. As galinhas vinham já esquartejadas, suas partes acondicionadas em bandejas congeladas, nada mais distante da sua responsabilidade. Os peixes jaziam expostos no gelo, com os olhos abertos mas sem vida. Inatamente, olhos de peixe morto. Mas você não decretara a morte deles. Claro, era com a sua aprovação tácita que bovinos, ovinos, suínos, caprinos, galinhas e peixes eram assassinados para lhe dar de comer. Mas você não estava presente no ato, não escolhia a vítima, não dava a ordem. Não via o sangue. “De certa maneira”, pensou o homem, “vivi sempre assim, protegido das entranhas do mundo. Sem precisar me comprometer. Sem encarar as vítimas.”. Mas agora era preciso escolher.

─ Vai essa, doutor? ─ insistiu o garçom. ─ Não sei. Eu... ─ Acho que foi ela que escolheu o senhor. Olha aí, ficou paradinha. Só

faltando dizer “me come”. O homem desejou que a truta deixasse de encará-lo e voltasse ao carrossel

juntamente com as outras. Ou que pelo menos desviasse o olhar. Mas a truta continuava a fitá-lo. Ele estava delirando ou aquele olhar era de desafio?

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“Vamos”, estava dizendo a truta. “Pelo menos uma vez na vida seja decidido. Me escolha e me condene à morte ou me deixe viver. A decisão é sua. Eu não decido nada. Sou apenas um peixe, com cérebro de peixe. Não escolhi estar neste tanque. Não posso decidir a minha vida ou a de ninguém. Mas você pode. A minha e a sua. Você é um ser humano, um ente moral, com discernimento e consciência. Até agora foi um protegido, um desobrigado, um isento da vida. Mas chegou a hora de se comprometer. Você tem uma biografia para decidir. A minha. Agora. Depois pode decidir a sua, se gostar da experiência. O que não pode é continuar se escondendo da vida e...”

─ Vai essa mesmo, doutor? ─ quis saber o garçom, já com a rede na mão para pegar a truta.

─ Não ─ disse o homem. ─ Mudei de ideia. Vou pedir outra coisa. E de volta na mesa, depois de reexaminar o cardápio, perguntou: ─ Esses camarões, estão vivos? ─ Não, doutor. Os camarões estão mortos. ─ Pode trazer.

(VERÍSSIMO, L. F. Disponível em http://expresso.sapo .pt/a-truta=f531920 . Acesso em 14 out 2012)

6) O fragmento de texto que revela o caráter filosófico-existencial do protagonista é:

a) “ ‘Estranho’, pensou o homem.” (l.17) b) “As trutas davam voltas e voltas, dentro do aquário, como num cortejo.” (l. 6) c) “Nunca tive de tomar uma decisão assim. Decidir um destino, decidir entre a vida e a morte.” (l. 17 - 18) d) “As galinhas vinham já esquartejadas, suas partes acondicionadas em bandejas congeladas,... .” (l. 21 - 22)

7) Os diálogos presentes na crônica reproduzem com naturalidade a língua coloquial, informal. Um exemplo para tal afirmativa se verifica em:

a) “Da água direto para a panela.” (l. 12) b) “Olha aí, ficou paradinha.”(l. 33) c) “─ Essa está bonita...” (l. 10) d) “─ Não sei. Eu ...” (l. 32)

8) O valor semântico das preposições integrantes dos segmentos sublinhados em “ao entrar no restaurante” (l. 5); “Algumas paravam por instantes” (l. 6 - 7) e “E de volta na mesa” (l. 50) é o mesmo e se refere a:

a) lugar b) modo c) tempo d) contiguidade

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TEXTO III A Rua dos Cataventos

Escrevo diante da janela aberta. Minha caneta é cor das venezianas: Verde! ... E que leves, lindas filigranas Desenha o sol na página deserta! Não sei que paisagista doidivanas Mistura os tons... acerta... desacerta... Sempre em busca de nova descoberta, Vai colorindo as horas quotidianas... Jogos da luz dançando na folhagem! Do que eu ia escrever até me esqueço... Pra que pensar? Também sou da paisagem... Vago, solúvel no ar, fico sonhando... E me transmuto... iriso-me... estremeço... Nos leves dedos que me vão pintando!

(QUINTANA, Mário. Quintana de bolso. Porto Alegre: L & PM, 1997)

9) A mudança de ideia é mote nos três textos apresentados. No texto I, lê-se essa atitude em “Só depois que conheci a nudez de outono e inverno em outras latitudes foi que perdi a cerimônia.” (l. 29-30); no texto II, “─ Mudei de ideia. Vou pedir outra coisa.” (l. 49). No texto III, o verso que exemplifica a leitura desse mesmo tema é:

a) “Escrevo diante da janela aberta.” b) “Não sei que paisagista doidivanas” c) “Sempre em busca de nova descoberta” d) “Do que eu ia escrever até me esqueço...”

10) O poema, A Rua dos Cataventos, é moldado, prioritariamente, segundo a organização textual denominada:

a) argumentação b) exposição c) descrição d) injunção

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 11) Alfred Hettner foi um geógrafo alemão (...). Publicou suas obras entre 1890 e 1910, tendo sido assim influenciado pelo refluxo das críticas francesas às colocações de Ratzel. Por essa razão, suas teorizações foram a busca de um terceiro caminho para a análise geográfica, que não fosse o do Determinismo e o do Possibilismo. Hettner vai propor a Geografia como ciência que estuda a “diferenciação de áreas”, isto é, a que visa explicar “por quê” e “em que” diferem as porções da superfície terrestre (...).

MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 2003. p.85

O caminho epistemológico seguido por Alfred Hettner, na Alemanha, e desenvolvido por outros geógrafos, como Richard Hartshorne nos Estados Unidos, deu origem a uma tradição de estudos geográficos de grande importância para o ensino da disciplina, que ficou conhecida como Geografia:

a) crítica b) regional c) teorética d) quantitativa

12) A análise de posição procedente de Varenius, e na qual Ritter explicita definitivamente os aspectos e a finalidade, comporta dois aspectos: o estudo de tudo o que depende da posição absoluta, e que explica os traços essenciais do meio; a análise das possibilidades abertas pelo jogo das posições relativas, ou situação.

CLAVAL, Paul. Epistemologia da Geografia. Florianóp olis: Editora UFSC, 2011. p.163

Como parte do processo de ensino-aprendizagem de uma turma de nono ano do ensino fundamental, os dois aspectos da posição espacial mencionados no texto podem ser eficazmente abordados através das seguintes atividades pedagógicas:

a) comparação das pirâmides etárias de países diferentes – cálculo da hora no meridiano central de um fuso a partir das diferenças de longitude em relação aos demais fusos

b) análise dos padrões de distribuição social da renda em países diferentes – exercício de cálculo de distâncias lineares com o uso da escala cartográfica

c) cálculo da densidade demográfica – comparação da estrutura fundiária de uma área de policultura com a de uma área de monocultora

d) exercícios com coordenadas geográficas – análise da localização de uma cidade em relação à rede regional de transportes

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13) O impacto dos trabalhos dedicados aos lugares centrais manifesta-se com atraso, devido à guerra, mas é considerável. A obra de Christaller sobre os lugares centrais na Alemanha do Sul foi redigida por um geógrafo (...). O texto trata do espaçamento das cidades: aborda uma questão que se colocavam, há muito tempo, os geógrafos e cobre um domínio mais amplo que o das outras componentes da teoria das localizações econômicas: tem a ver com a organização dos espaços regionais.

CLAVAL, Paul. Epistemologia da Geografia. Florianóp olis: Editora UFSC, 2011. p.192

Dentre as temáticas abordadas no ensino básico de geografia, aquela que foi mais intensamente impactada pelo desenvolvimento do trabalho comentado no texto acima está apresentada em:

a) hierarquia urbana b) cartografia escolar c) segregação intraurbana d) industrialização clássica

14) Cultura e urbano são termos profundamente relacionados. A cidade, a rede urbana e o processo de urbanização constituem-se em expressões e condições culturais. (...) É, em parte, por meio de formas simbólicas que a cidade expressa uma dada cultura e realiza o seu papel de transformação cultural, tanto em sua hinterlândia como em seu próprio espaço interno, tanto no passado como no presente e visando ao futuro.

CORRÊA, R. L. e ROSENDHAL, Zeny Introdução à Geogra fia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 . pp.175-177

Um professor de Geografia do ensino fundamental que desejasse apresentar para análise de seus alunos dois exemplos, um no passado e outro no presente, desse simbolismo no interior do espaço urbano que foi apontado no texto, recorreria às situações apresentadas em:

a) padrão radial do plano urbano colonial espanhol – padrão urbano ortogonal das metrópoles globais b) localização periférica do pelourinho na vila do Brasil colonial – localização seletiva dos shoppings

centers c) centralidade da catedral na cidade medieval – centralidade dos arranha-céus na metrópole

moderna d) modelo de segregação urbana da cidade mercantilista – modelo de segregação urbana da cidade

industrial

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15) Linha Internacional de Data

Fonte: LUCCI, Elian A. et al. Território e Sociedad e no Mundo Globalizado. São Paulo: Saraiva, 2010. p .28

Considere que o tempo de duração do voo entre os pontos A e B do mapa acima é de uma hora e quinze minutos. Tendo como referência o sistema internacional de fusos horários, o horário e o dia correspondentes à chegada ao ponto B de um voo que passou pelo ponto A às 15 horas e 30 minutos do dia 10 de novembro, respectivamente, são:

a) 17 horas e 45 minutos do dia 11 de novembro b) 17 horas e 45 minutos do dia 09 de novembro c) 16 horas e 45 minutos do dia 11 de novembro d) 16 horas e 45 minutos do dia 09 de novembro

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16) Uma empresa encarregada de elaborar um plano de desenvolvimento regional de transportes para a Baixada Fluminense está na fase de produzir o mapeamento que vai orientar as iniciativas previstas no projeto. A preocupação central da empresa é que os mapas-base escolhidos tenham a propriedade de não apresentarem deformações lineares para algumas linhas em especial, isto é, que os comprimentos sejam representados em escala uniforme. Considerando essa situação específica, a projeção cartográfica adequada para esse mapeamento deve possuir a seguinte propriedade:

a) afilática b) conforme c) equivalente d) equidistante

17) Um professor do ensino fundamental organizou uma atividade de estudo do meio com os seus alunos e definiu que os resultados finais da atividade deverão gerar um relatório impresso. Os alunos conseguiram um mapa muito importante para os objetivos do trabalho, mas ele teve de ter a sua escala reduzida em 50% para que ficasse adequado ao tamanho da folha utilizada para impressão. No mapa original, a distância de 3,5 centímetros corresponde a 700 metros na superfície terrestre. A escala aproximada do mapa reduzido é:

a) 1:10.000 b) 1:20.000 c) 1:40.000 d) 1:80.000

18) Observe a tabela abaixo:

Índice de Gini – 2003

Municípios Índice São Francisco de Itabapoana 0,44 Rio de Janeiro 0,46 Varre-Sai 0,40 Niterói 0,46 Tanguá 0,39 Queimados 0,38

Fonte: www.ibge.gov.br (Acesso em 15/09/2012

Na tabela acima, o índice de Gini foi utilizado para medir a distribuição da renda da população dos municípios selecionados. A partir da análise dos índices apresentados, é possível inferir que, dentre o conjunto de municípios constantes da tabela, Queimados possui o(a):

a) maior índice de desemprego aberto b) menor renda média mensal domiciliar c) maior percentual de incidência da pobreza d) menor desigualdade social dos rendimentos

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19) Observe a imagem a seguir: Esquema de circulação geral da atmosfera

MENDONÇA, Francisco e DANNI-OLIVEIRA, Inês. Climato logia – Noções básicas e climas do Brasil. São Paul o: Oficina de Textos, 2007. p.85

A partir da análise do esquema apresentado acima, é possível associar a região equatorial à ocorrência do seguinte processo de formação de chuvas:

a) b)

c) d)

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20) Analise os dois climogramas abaixo:

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MENDONÇA, Francisco e DANNI-OLIVEIRA, Inês. Climato logia – Noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Ofic ina de Textos, 2007. pp.134 e 179

Os climogramas 1 e 2 poderiam ser utilizados em uma aula de Geografia sobre tipos climáticos. Utilizados como exercício de interpretação dos gráficos e reconhecimento da variação dos elementos do clima, poderiam ser utilizados para a identificação, respectivamente, dos seguintes tipos climáticos:

a) equatorial – temperado continental b) mediterrâneo – subtropical úmido c) desértico – tropical semi-úmido d) subártico – tropical litorâneo

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21) Observe o mapa a seguir: As Grandes Estruturas Geológicas do Território Bras ileiro

ROSS, J.L.S. (org.). Geografia do Brasil. São Paulo : EDUSP, 2008. p.47

O conhecimento da gênese da estrutura geológica brasileira é fundamental para a compreensão da geomorfologia nacional. Em uma atividade introdutória sobre essa temática, um professor de Geografia solicitou aos seus alunos que identificassem a estrutura geológica das áreas assinaladas com o número 3 no mapa acima. Os que acertaram a atividade apontaram a estrutura presente na seguinte alternativa:

a) dobramentos antigos b) cadeias quaternárias c) bacia sedimentar d) áreas cratônicas

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22) Tendo explicado o que são as metrópoles, é possível agora explicar o que são as megalópoles. É comum ouvir frases do tipo “a megalópole de São Paulo”, como se uma megalópole fosse algo assim como uma “cidade monstruosamente grande”. Isso é, para dizer o mínimo, muito impreciso.

SOUZA, M.L. ABC do Desenvolvimento urbano. 2ª ed. R io de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. p.36

A distinção entre as duas formas urbanas abordadas no texto está adequadamente apresentada em:

a) ocorrência de conurbação nessas aglomerações b) tipologia das atividades econômicas desses espaços c) diferença da escala espacial desses sistemas urbanos d) qualidade das redes técnicas nessas áreas urbanizadas

23) Leia as descrições dos biomas a seguir: 1 – São os ecossistemas nos quais se concentra a maior biomassa terrestre, com altas taxas de produção primária e de degradação de detritos. A biomassa é, em grande parte, responsável pela temperatura uniforme de 21ºC a 31ºC dessas regiões, devido ao resfriamento que a grande quantidade de água transpirada pelas folhas promove. 2 – São florestas não perenes que ocorrem em climas estacionais com períodos frios e quentes bem marcados. As temperaturas no inverno podem ficar abaixo do ponto de congelamento. As quedas das folhas nas estações secas equilibram as plantas para que elas, transpirando menos, consigam atravessar os períodos de escassez de água. 3 – Ocorrem nas latitudes acima de 45º. São formadas por várias espécies de pinheiros, abetos e alicerces, quase sempre perenifólias. São muito úmidas e frias no inverno. As folhas muito finas, em forma de agulha (acículas), regulam o metabolismo da transpiração quando há escassez de água.

Adaptado de ROSS, J.L.S. (org.). Geografia do Brasi l. 5ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008. p.140-150.

As florestas que correspondem, respectivamente, às descrições apresentadas acima são:

a) Boreal – Subtropical com Araucárias – Cerradão b) Tropicais úmidas – Temperada decídua – Boreal c) Subtropical com Araucárias – Cerradão – Tropicais úmidas d) Temperada decídua – Boreal – Subtropical com Araucárias

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24) Analise a imagem abaixo:

Fonte: New York Times News Service Syndicate. Dispo nível em: https://www.nytsyn.com/cartoons/cartoons/ 718767.html (Acesso em 21/08/2012)

Na charge acima, a primeira-ministra da Alemanha demonstra aflição com o fato de que o plano alemão para enfrentar a atual crise no bloco europeu esbarra no desajuste entre os trilhos da união fiscal e os trilhos da união política, supostamente em direção a uma possível entidade político-administrativa, denominada como Estados Unidos da Europa. Essa situação de crise vivida pela União Europeia e ironizada na charge demonstra uma diferença marcante entre esse bloco econômico e os demais, já que os países participantes do bloco europeu:

a) integraram a cidadania política dos países europeus e generalizaram o direito ao voto nas eleições em todos os níveis, independentemente de sua origem nacional

b) lançaram mão de um sistema tributário padronizado para os países comunitários e conseguiram com isso igualar a competitividade das economias do bloco

c) abriram mão de uma parcela expressiva de suas soberanias política e econômica e as compartilham através de instituições comunitárias

d) igualaram as políticas públicas e os direitos sociais e trabalhistas de todos os países do bloco e eliminaram as diferenças regionais

25) Nessa escala local de urbanização mais restrita, sem que o rural deixe de existir, embora muito transformado, seriam identificadas as urbanidades no rural, como as denominamos. Urbanidades no rural seriam todas as manifestações materiais e imateriais com caráter inovador (nem sempre de origem urbana ou metropolitana, embora influenciadas por essa origem) em áreas rurais, sem que, por isso, fossem identificados tais espaços como urbanos.

RUA, João. As crises vividas pelo estado do Rio de Janeiro e a emergência de novas territorialidades e m áreas rurais. In: MARAFON, Glaucio, et al (orgs). Abordagens teórico-metodológ icas em geografia agrária. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2007. p.272

Um exemplo dessas urbanidades no rural mencionadas pelo autor e que poderia ser utilizado para a contextualização desse tema nas aulas de geografia do ensino básico está apresentado em:

a) elevação do índice de fecundidade b) desenvolvimento da atividade turística c) prática frequente da rotação de culturas d) implantação da função político-administrativa

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26) A partir da análise dos dados da tabela abaixo, é possível reconhecer que a rede urbana do estado do Rio de Janeiro é marcada pela seguinte característica:

Fonte: SANTANA, Fabio T. e DUARTE, Ronaldo G. Rio d e Janeiro – Estado e Metrópole. São Paulo: Ed. do B rasil, 2009. p.91

a) coesão b) simetria c) cristalização d) macrocefalia

27) Na realidade, não se pode representar cidadãos sem representar ao mesmo tempo o lugar que habitam, com suas histórias, suas atividades e suas preferências. A engenharia política que estabelece a composição dos Congressos nas democracias modernas é uma demonstração de que o território, como continente da base material da sociedade, não pode ser ignorado.

CASTRO, Iná Elias de. Geografia e Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p.171

Distribuição Regional da População e dos Deputados Federais

(em % sobre o total) - 2004

Norte Centro-Oeste Nordeste Sudeste Sul

População 7,9 7,0 27,8 42,6 14,7 Deputados 12,7 8,0 29,4 34,9 15,0

CASTRO, Iná Elias de. Geografia e Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p.180

Considerando as características legais do sistema territorial de representação política no Brasil, a macrorregião na qual se verifica, de forma mais intensa, o fenômeno da super-representação e a correspondente justificativa para esse fato é:

a) Norte – mínimo constitucional de deputados por unidade federativa b) Nordeste – ampliação da bancada como política de desenvolvimento regional c) Sudeste – grande dimensão dos colégios eleitorais dos estados componentes d) Centro-Oeste – número reduzido de unidades federativas que compõem a região

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28) Observe o mapa a seguir:

MUNDO MUÇULMANO

Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com.br/20 12/03/ataque-de-israel-ao-ira-o-tragico.html (Acesso em 27/08/2012)

O mapa destaca os países do mundo nos quais a população muçulmana é expressiva, ou mesmo majoritária. Uma característica comum à maior parte da população do mundo islâmico está corretamente apresentada em:

a) estar localizado no Oriente Médio b) ser seguidor do rito sunita c) adotar o alfabeto cirílico d) pertencer à etnia árabe

29) Há mais de duas décadas o Afeganistão não tem sequer um momento de paz. (...) Primeiro foi a luta contra a invasão soviética (1979-1989) e depois a interminável guerra civil (...). Os atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos colocaram novamente em evidência o Afeganistão. A mais poderosa máquina de guerra do mundo varreu do mapa, em questão de meses, o regime Taliban.

OLIC, Nelson B e CANEPA, Beatriz. Oriente Médio e a Questão Palestina. São Paulo: Moderna, 2003. p.38

Ainda nos dias de hoje prossegue o conflito no Afeganistão, ocupado por tropas da OTAN lideradas pelos Estados Unidos. Existe um governo local apoiado pelo Ocidente, mas que não consegue exercer plenamente o controle sobre o território e a população do país. Uma importante explicação para esse quadro de instabilidade político-militar no Afeganistão é a:

a) fragmentação étnico-religiosa da população b) disputa pelas imensas jazidas petrolíferas do território c) política de controle dos solos férteis pelo governo nacional d) abundância de recursos hídricos concentrados no norte do país

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30) Pirâmide Demográfica da Espanha – 2007

Fonte: http://www2.mncn.csic.es/LBI/Enlaces_Tematic a.htm (Acesso em 27/09/2012)

A análise da pirâmide demográfica espanhola permite identificar um “estrangulamento” na faixa etária entre 60 e 64 anos. A explicação para esse fenômeno está relacionada à seguinte alteração de indicador demográfico ocorrida no período da Segunda Guerra Mundial:

a) diminuição do índice de emigração b) elevação da taxa de mortalidade c) aumento do índice de imigração d) redução da taxa de natalidade

31) O paradigma do século XX foi uma espécie de contrato social firmado entre governantes e seus eleitores: um crescimento de 2% ao ano nos empregos, contínuo, firme, não importa o que houvesse. A promessa era: enquanto vocês tiverem emprego, o salário crescerá de 3% a 4% ao ano, aconteça o que acontecer. Esse contrato satisfez a maioria da população. Tal paradigma morreu e não ressuscitará. O paradigma do século XXI é um crescimento negativo de empregos e salário.

Entrevista do matemático e economista Jon Moynihan à revista Época, em 17/09/2012. Fonte: http://edicao-epoca.globo.com/reader/pages/1 14752.pdf?disposition=attachment (Acesso em 29/09/2012)

O paradigma do século XX ao qual faz referência o economista foi o resultado da combinação dos seguintes aspectos do capitalismo naquele século, especialmente entre 1945 e 1975:

a) Neofordismo – Estado Neoliberal b) Toyotismo – Estado de Compromisso c) Fordismo – Estado de Bem-Estar Social d) Taylorismo – Estado Desenvolvimentista

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32) Os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, Colômbia, Juan Manuel Santos, México, Felipe Calderón, e Peru, Ollanta Humala, subscreveram uma aliança para acelerar a integração entre os países de maior abertura comercial da América Latina, estreitar laços com a Ásia-Pacífico e resistir ao protecionismo de outros blocos da região. O bloco, que pretende avançar para uma livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas, espera que a Costa Rica se una a eles em curto prazo. A Aliança do Pacífico, que soma 215 milhões de habitantes entre as quatro nações, representa cerca dos 35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina, uma região principalmente exportadora de matérias-primas, como petróleo, minerais e alimentos.

Fonte: http://www.elguialatino.com.br/site/2012/06/ chile-colombia-peru-e-mexico-assinam-a-alianca-do-p acifico/ (Acesso em 15/07/2012)

A partir das informações do texto, é possível afirmar que a proposta de constituição da Aliança do Pacífico tem como objetivo futuro atingir o seguinte nível de integração econômica:

a) União Aduaneira b) Mercado Comum c) Zona de Livre Comércio d) União Econômica e Monetária

33) O modelo da agropecuária dos Estados Unidos é marcado pelo predomínio das médias e grandes propriedades, pelo alto índice de inovação tecnológica e pelo cultivo comercial especializado de produtos, originando grandes áreas nas quais ocorre o predomínio do cultivo de um produto ou atividade principal. Dentre essas áreas, conhecidas historicamente como cinturões (belts), aquela na qual se verifica uma estrutura agrária que destoa desse padrão, sendo marcada pelo predomínio das pequenas e médias propriedades rurais, é aquela dedicada à produção de:

a) laticínios b) algodão c) milho d) trigo

34) A África tem uma sub-região bem conhecida. Essa foi a área mais distante, a oeste, atingida pelo islamismo em sua expansão. Os países da região foram colônias francesas até meados do século XX. Em termos geográficos, são cortados pela cadeia do Atlas, um conjunto montanhoso de formação geológica recente. Na faixa litorânea, estão as principais cidades e a maior parte da população.

Adaptado de: OLIC, Nelson B e CANEPA, Beatriz. Áfri ca – Terra, sociedades e conflitos. São Paulo: Mode rna, 2004. p.72

O continente africano é marcado pela extrema diversidade socioespacial, o que resulta em múltiplas possibilidades de regionalização. A sub-região africana que corresponde à descrição acima é denominada:

a) Chifre da África b) Golfo da Guiné c) Subsaariana d) Magreb

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35) Analise a imagem abaixo:

A partir da interseção com outros campos científicos, como a Sociologia, a Geografia Urbana adotou, ao longo do século XX, a metodologia de procurar entender a cidade a partir de modelos de sua organização interna, segundo a renda, o status dos grupos sociais e a espacialização das atividades econômicas. O autor do modelo acima, o país e a década em que ele foi proposto estão corretamente apresentados, respectivamente, em:

a) Von Thünen – Alemanha – 1890 b) Ulmann – Suécia – 1980 c) Hoyt – Inglaterra – 1950 d) Burguess – EUA – 1920

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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 36) Para Cipriano Luckesi, a avaliação da aprendizagem é um “recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida.” Neste sentido, avaliar um educando implica:

a) praticar a avaliação da aprendizagem para dar siginificado aos exames b) aplicar o exame, de modo a favorecer a análise sobre o trabalho do professor c) acolher o educando no seu ser, como está, para, a partir daí, decidir o que fazer d) medir sua capacidade de aprendizagem mediante instrumentos objetivos de avaliação

37) A lei 9394/96 prevê que os diferentes sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

a) aperfeiçoamento profissional continuado, sem licenciamento periódico remunerado para esse fim b) período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho c) progressão funcional baseada na avaliação dos resultados de aprovação dos alunos d) férias de dois meses e meio ao ano

38) Segundo Libâneo (1996), a tendência progressista libertadora de educação critica tanto a educação tradicional que denomina de “bancária” quanto a educação renovada porque pretenderia uma libertação psicológica individual. Ambas seriam domesticadoras e em nada contribuiriam para desvelar a realidade social de opressão. O autor desta tendência pedagógica propõe uma educação que questione concretamente a realidade das relações do homem com a natureza e com os outros homens, visando à transformação. Tais ideias têm como inspirador e mentor, o educador brasileiro:

a) Paulo Freire b) Miguel Arroyo c) Anísio Teixeira d) Fernando Azevedo

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39) As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (Resolução CNE/CEB nº 07/10) preveem que o currículo deste nível de ensino integre uma base nacional comum e uma parte diversificada que, juntas, formam um todo integrado, que não pode ser considerado em blocos distintos. Segundo o documento, tal articulação possibilita:

a) fortalecer a política curricular, de modo a garantir a ação do Estado sobre as escolas b) a comunicação entre diferentes conhecimentos sistematizados e entre estes e outros saberes, de

modo a privilegiar os saberes locais c) que os conteúdos curriculares que compõem a parte diversificada do currículo sejam definidos por

cada professor, a partir do seu planejamento individual d) a sintonia dos interesses mais amplos de formação básica do cidadão com a realidade local, as

necessidades dos alunos, as características regionais da sociedade, da cultura e da economia e perpassa todo o currículo

40) Segundo as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica, modalidade Educação Especial (Resolução CNE/CEB nº 04/09), são considerados público-alvo do AEE alunos com:

a) defasagem de alfabetização; alunos que apresentam dislexia; alunos com autismo clássico b) deficiência; alunos com transtornos globais do desenvolvimento; alunos com altas

habilidades/superdotação c) deficiência de aprendizagem leve; alunos indisciplinados; alunos com deficiência de aprendizagem

oriunda de problemas sociais d) déficit de aprendizagem; alunos com síndrome de Asperger; alunos com deficiência de

aprendizagem oriunda de problemas sociais 41) Na relação entre currículo e avaliação, é necessário que alguns princípios e critérios sejam considerados de forma especial, uma vez que implicam e afetam decisões e caminhos da vida dos sujeitos envolvidos, como estudantes, professores, diretores, coordenadores, pais e responsáveis. A avaliação escolar, nesta perspectiva, é parte de um trabalho coletivo que envolve toda a equipe da escola. Logo, novas práticas avaliativas devem vir acompanhadas de:

a) uma orientação clara e centralizada a partir da secretaria municipal da educação sobre como proceder com as novas práticas avaliativas na escola

b) mudanças na organização das turmas e no tratamento individual das necessidades dos alunos, valorizando mais aqueles que alcançam melhores resultados em sala de aula

c) autonomia da unidade escolar, um currículo dinâmico, flexível e contextualizado, formação continuada dos professores, valorização do trabalho coletivo na escola e a continuidade das propostas pedagógicas

d) um planejamento detalhado de todas as ações que o professor trabalhará em sala, a ser desenvolvido individualmente e de acordo com uma didática e métodos de ensino que garantam a aplicabilidade das novas práticas avaliativas

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42) Na relação entre currículo e diversidade, o grande desafio é “desenvolver uma postura ética de não hierarquizar as diferenças e entender que nenhum grupo humano e social é melhor do que outro.”. (BRASIL, 2007). Mas, é preciso compreender que a luta pelo reconhecimento e pelo direito à diversidade não se opõe à luta pela superação das desigualdades sociais. Portanto, a inserção da diversidade nas políticas educacionais, nos currículos, nas práticas pedagógicas e na formação docente implica compreender:

a) os processos de colonização e dominação, valorizando-os como práticas de desenvolvimento regional e nacional

b) que falar de diversidade e diferença não significa que estejamos falando de relações de poder e que este não é um campo político

c) que a escola deve abordar a discussão da diversidade e diferença, mas que isto não deve implicar mudanças nos projetos pedagógicos

d) as causas políticas, econômicas e sociais de fenômenos como desigualdade, discriminação, etnocentrismo, racismo, sexismo, homofobia e xenofobia

43) Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire (2011) afirma que “ensinar exige pesquisa”. A perspectiva de pesquisa que o autor desenvolve, a partir desta concepção:

a) se relaciona apenas a uma investigação rigorosa da realidade do aluno b) indica que o professor deve se ocupar em organizar laboratórios dentro da escola que possibilitem

as experiências científicas na sua área de conhecimento c) faz parte da natureza da prática docente a partir da indagação e da busca. Em sua formação

permanente, o professor deve se perceber e se assumir como professor pesquisador d) afirma que o professor, além de exercer seu papel no processo de ensino e aprendizagem,

também necessita ser um pesquisador vinculado a grupos oficiais de pesquisa acadêmica, como uma forma de validar seu conhecimento e sua profissão docente

44) De acordo com Libâneo; Oliveira; Toschi (2006), a organização do sistema de ensino de um país pode ser considerada em três grandes instâncias: o sistema de ensino como tal, as escolas e as salas de aula. De acordo com esta definição, as escolas situam-se:

a) como formas organizativas do sistema de ensino e entre as ações da sala de aula b) como o espaço de realização dos objetivos de aprendizagem, mas não os objetivos do sistema de

ensino c) como independentes em relação ao sistema de ensino, podendo estabelecer com autonomia suas

diretrizes curriculares d) entre as políticas educacionais, as diretrizes curriculares, as formas organizativas do sistema e as

ações pedagógico-didáticas na sala de aula

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45) Para Candau (2008), o processo de ensino-aprendizagem precisa ser compreendido e planejado a partir da multidimensionalidade, ou seja, a articulação das dimensões técnica, humana e política. Isso significa que a:

a) competência técnica e o compromisso político se exigem mutuamente e se interpenetram b) dimensão técnica da prática pedagógica é pensada fora de um projeto ético e político-social que a oriente c) articulação da dimensão humana deve prevalecer sobre as demais, para que se alcance um

processo de ensino-aprendizagem capaz de desenvolver a emancipação humana d) dimensão política da prática pedagógica deve ser enfatizada em relação às demais, pois somente

assim é possível alcançar a conscientização que levará à transformação social

46) Em Escola e Democracia, Dermeval Saviani (2008) classifica as teorias educacionais em dois grupos no que diz respeito à questão da marginalidade e das diversas formas de entender as relações entre sociedade e educação. No primeiro grupo, estão “aquelas teorias que entendem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. No segundo, estão as teorias que entendem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização”. Surgem assim, as teorias não críticas e as teorias críticas. Em relação ao primeiro grupo, a sociedade e a educação são concebidas, respectivamente, como:

a) produtora da marginalidade e harmoniosa, cabendo-lhe a função de produzir a superação da divisão de classes. A marginalidade é, portanto, produzida pela sociedade / o mecanismo de sua superação, através de uma proposta pedagógica crítica que produza a coesão social

b) sociedade de classes, onde a marginalidade é um processo que atinge a alguns de seus indivíduos, independentemente de sua vontade / o caminho de superação, tanto da marginalidade quanto da estrutura social, reforçando a divisão social da sociedade, incapaz de se tornar igualitária

c) essencialmente harmoniosa, tendendo à integração de seus membros. A marginalidade é um fenômeno acidental que pode e deve ser corrigido e à educação cabe este papel / uma força homogeneizadora e de superação da marginalidade, que deve reforçar os laços sociais, promover a coesão e garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social

d) sendo marcada pela divisão entre grupos ou classes antagônicas que se relacionam à base da força, a qual se manifesta fundamentalmente nas condições de produção da vida material. A marginalidade é inerente à própria estrutura da sociedade / inteiramente dependente da estrutura social geradora de marginalidade, cumprindo a função de reforçar a dominação e legitimar a marginalização

47) Na abordagem do projeto político-pedagógico como organização do trabalho da escola, Veiga (1995) propõe princípios norteadores que fundamentam a escola democrática, pública e gratuita. Estes princípios são:

a) experiência extraescolar, gratuidade, autonomia, gestão democrática e igualdade b) igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade e valorização do magistério c) valorização do magistério, qualidade, paridade, isonomia e gestão democrática d) autonomia, equidade, gratuidade, gestão democrática e igualdade

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48) Ao pensar o papel da escola, a Tendência Progressista Crítico-Social dos Conteúdos delega como principal função da escola o(a):

a) difusão de conteúdos vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais b) adequação das necessidades individuais ao meio social e, para isso, ela deve se organizar de

forma a retratar a vida c) formação de uma consciência política da realidade, para que os alunos possam nela atuar no

sentido da transformação social d) investimento na preparação dos alunos, tanto nos aspectos intelectuais quanto morais, para

assumir sua posição na sociedade 49) Dentre outras, são consideradas como despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, na atual LDB, as que se referem a:

a) programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social

b) levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando, precipuamente, ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino

c) formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive, diplomáticos

d) pagamento do pessoal docente e demais trabalhadores da educação, mesmo em desvio de função 50) Para a LDB 9394/96, a educação especial é a modalidade de educação escolar, oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Em relação à educação especial, está previsto em lei que:

a) é assegurada a oferta de professores do ensino regular capacitados para a integração dos educandos portadores de necessidades especiais nas classes comuns, negando-se qualquer tipo de atendimento especializado

b) é assegurada terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências

c) devem ser oferecidos métodos, técnicas e recursos educativos que atendam às necessidades dos alunos com deficiência, a partir de um currículo único

d) a oferta é dever constitucional do Estado e tem início aos quatro anos de idade, a partir da pré-escola até o ensino médio

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INSTRUÇÕES

Você recebeu o seguinte material:

- Uma PROVA OBJETIVA contendo 50 (cinquenta) questões¹, à cada qual correspondem 4 (quatro) alternativas: A, B, C e D; - Um CARTÃO RESPOSTA personalizado.

1) Após a ordem para o início da prova, confira o material recebido, verificando se a sequência da numeração das questões e a paginação estão corretas. Caso contenha alguma irregularidade, comunique a um dos fiscais.

2) Confira, no CARTÃO RESPOSTA, se seu nome e número de inscrição estão corretos.

3) O CADERNO DA PROVA OBJETIVA poderá ser utilizado para anotações, mas somente as respostas assinaladas no CARTÃO RESPOSTA serão objeto de correção.

4) Ao final do CADERNO DA PROVA OBJETIVA, está disponível o GABARITO RASCUNHO, que poderá ser levado pelo candidato após 1 (uma) hora do início da prova.

5) O CADERNO DA PROVA OBJETIVA só poderá ser levado pelo candidato faltando 1 (uma) hora para o seu encerramento.

6) Leia atentamente cada questão e assinale no CARTÃO RESPOSTA a alternativa que mais adequadamente responde a cada uma das questões.

7) Observe as seguintes recomendações relativas ao CARTÃO RESPOSTA:

- Não poderá ser dobrado, amassado, rasurado, manchado ou conter qualquer registro fora dos locais destinados às respostas. - A maneira correta de marcação das respostas no CARTÃO RESPOSTA é cobrir fortemente, com caneta esferográfica tinta azul ou preta, o espaço correspondente à letra a ser assinalada, conforme modelo abaixo:

NÃO SERÁ PERMITIDO O USO DE BORRACHA OU CORRETIVO DE QUALQUER ESPÉCIE NO CARTÃO RESPOSTA. Outra forma de marcação diferente da que foi determinada acima implicará em rejeição do CARTÃO RESPOSTA pela leitora ótica. A leitora ótica não registrará também questões em que houver:

- falta de nitidez na marcação; - mais de uma alternativa assinalada. 8) A prova terá duração de 04 (quatro) horas. Os 03 (três) últimos candidatos só poderão deixar o local de prova depois que o último entregar seu CARTÃO RESPOSTA.

Após o término da prova, entregue ao Fiscal:- O CARTÃO RESPOSTA, devidamente assinado. O candidato que não devolvê-lo será eliminado do concurso.

¹Todos os casos e nomes que, por ventura, tenham sido utilizados nessa prova são fictícios e qualquer semelhança com casos reais é mera coincidência.