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CONCURSO TRF4
DIREITO CIVIL
Professora: Patricia Strauss
PARTE GERAL: Das pessoas naturais
Capacidade de Direito/ Personalidade Jurídica e Personalidade Civil:
Art. 2º do Código Civil: A capacidade de direito inicia com o nascimento
com vida. Contudo, os direitos do nascituro são protegidos desde a concepção.
Capacidade de fato ou exercício:
É adquirida ao completar 18 anos ou através da emancipação.
ATENÇÃO: A capacidade de direito não pressupõe a capacidade de fato,
todavia, a capacidade de fato pressupõe a capacidade de direito.
*Fim da pessoa natural:
O fim da pessoa natural se dá com a morte, sendo dividida em:
➔ Morte real: Quando há o corpo da pessoa. A morte real não é tratada pelo
Código Civil.
➔ Morte presumida: É tratada pelos artigos 6º e 7º do Código Civil, de duas
formas:
- Sem ausência: art. 7º do Código Civil: Perigo de Vida ou em caso de
Guerra.
A - No caso de perigo de vida: Certeza da morte, todavia, sem o encontro
do corpo.
@patriciastraussr
B - Guerra Declarada: após dois anos do término da guerra e a pessoa não
retorna.
Na morte presumida sem ausência é fixada em sentença a data provável
do evento morte, tal sentença possui efeito ex tunc.
- Com ausência: art. 6º do Código Civil: Abertura da sucessão definitiva –
Processo com três fases, até a abertura judicial da sucessão definitiva
Domicílio Necessário: art. 76 do Código Civil
Também chamado de domicílio obrigatório ou legal
Incapazes: domicílio de seu representante ou assistente;
Servidor Público: onde exerce permanentemente suas funções;
Militar: onde servir, se for da Marinha ou Aeronáutica, na sede do comando ao qual está subordinado;
Marítimo: Onde o navio estiver registrado ou matriculado;
Preso: Onde estiver cumprindo a sentença.
Invalidades:
Pagamento das Obrigações: Art. 304 a 333 do Código Civil.
REQUISITOS
Nulidades
Juiz de ofício/MP/Prejudicado/Ter
ceiro Interessado
Pode ser a qualquer tempo, não tem prazo
Não se ratifica ou se retifica
Ex tunc
Ação declaratória
Anulabilidades
Somente prejudicado
Sempre tem prazo
É possível ratificação ou retificação
Ex nunc
Ações desconstitutivas
Art. 171 do Código Civil.
Art. 166 + Art. 167
do Código Civil.
Quem paga;
Para quem se paga;
Qual o objeto do pagamento;
Lugar do pagamento;
Tempo do pagamento.
I - Quem paga?
Art. 304 a 307 do Código Civil.
Regra: devedor
Exceções:
▪ terceiro interessado (Exemplo: fiador caso pague, ocorre a sub-
rogação);
▪ terceiro não interessado: paga em nome próprio (tem direito ao
reembolso).
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos
direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao
reembolso no vencimento.
II - Para quem se paga?
Art. 308 a 312 do Código Civil.
Regra: credor / representante (Art. 308 do CC)
Exceções:
▪ Art. 309 do CC: credor putativo (alguém que aparenta ser, mas que
não é);
▪ Art. 310 do CC: credor incapaz.
O pagamento feito ao incapaz, em regra, não é válido.
Exceção: o pagamento será válido se o devedor comprovar que o
pagamento reverteu para o incapaz.
III - Objeto do pagamento
• Objeto do pagamento: Art. 313 a 318 do Código Civil
• Prova: Art. 319 a 326 do Código Civil
Objeto do pagamento:
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não
se ajustou.
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão
ser pagas no vencimento, em moeda
corrente e pelo valor nominal, salvo o
disposto nos artigos subseqüentes.
Art. 316. É lícito convencionar o aumento
progressivo de prestações sucessivas.
Conforme disposto no artigo 318 do Código Civil, o pagamento em moeda
estrangeira ou ouro, induz a nulidade do contrato.
Prova:
• O devedor tem várias obrigações por estar no contrato;
Princípio do nominalismo
Cláusula de escala móvel: A lei
prevê a possibilidade de um
contrato onde as prestações
sofram um aumento progressivo.
Exemplo: contrato Imobiliário.
• Mas o devedor possui ao menos um direito, que é a quitação;
• O artigo 319 do Código Civil dispõe que a retenção do pagamento é um
direito do devedor, enquanto não lhe for dada a quitação.
É perfeitamente possível comprovar o pagamento mediante outros meios além
do recibo.
→ recibo sempre poderá ser dado por instrumento particular.
IV - Lugar do pagamento
Regra: o local do pagamento será o domicílio do devedor.
Exceção:
▪ Outro lugar (Art. 78, CC) Se for estipulado lugar diverso, ele
deverá estar disposto em contrato escrito.
▪ Imóveis (Art. 328, CC)
▪ Supressio (Art. 330, CC)
deriva da boa-fé
V - Tempo
Regra: é a data do vencimento.
Exceção:
▪ Sem data de vencimento: art. 331
▪ Vencimento antecipado: art. 333
Requisitos da quitação: Art. 320 do Código Civil.
“Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor,
ou do seu representante”.
COMPRA E VENDA:
Art. 481 e seguintes do Código Civil.
Características:
Elementos da compra e venda:
• Coisa: atual ou futura.
• Preço: fixado por terceiro, índices, bolsa/mercado, costumes ou pela
outra parte.
Art. 496 do Código Civil: venda de ascendente para descendente.
→ ANULÁVEL.
→ Prazo de 02 anos.
Retrovenda:
Art. 505 e seguintes do Código Civil
Bilateral;
Oneroso;
Consensual;
Não solene.
Bens imóveis;
Prazo máximo: 03 anos;
Transfere aos herdeiros;
É oponível contra terceiros