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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC NATÁLIA VIEIRA DE ALENCAR SAMARA SIMÕES PADILHA CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL, NECESSIDADE DE TRATAMENTO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS DE IDADE EM MUNICIPIOS NO ESTADO DE ALAGOAS MACEIÓ-AL 2018/2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

NATÁLIA VIEIRA DE ALENCAR

SAMARA SIMÕES PADILHA

CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL, NECESSIDADE DE

TRATAMENTO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE

ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS DE IDADE EM

MUNICIPIOS NO ESTADO DE ALAGOAS

MACEIÓ-AL 2018/2

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NATÁLIA VIEIRA DE ALENCAR

SAMARA SIMÕES PADILHA

CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL, NECESSIDADE DE

TRATAMENTO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE

ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS DE IDADE EM

MUNICIPIOS NO ESTADO DE ALAGOAS

MACEIÓ-AL

2018/2

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NATÁLIA VIEIRA DE ALENCAR

SAMARA SIMÕES PADILHA

CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL E NECESSIDADE DE

TRATAMENTO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE

ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS DE IDADE EM

MUNICÍPIOS NO ESTADO DE ALAGOAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado como

requisito parcial, para conclusão do curso de

Odontologia do Centro Universitário Cesmac, sob a

orientação do professor Doutor Natanael Barbosa dos

Santos e coorientação da professora Cláudia Vivian

de Oliveira Amorim.

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AGRADECIMENTOS

Antes de tudo e acima de todos damos graças a Deus por sua infinita

bondade, nada seria possível sem o seu olhar sobre nós. Agradecemos a todos que

participaram do projeto, pois foram de extrema importância no nosso crescimento

profissional, em especial ao nosso orientador Prof. Dr. Natanael Barbosa dos Santos

pelos ensinamentos passados e pela tranquilidade em nos conduzir pelo caminho da

graduação. Agradecemos também a nossa querida coorientadora da iniciação

científica Cláudia Vivian de Oliveira Amorim, pelo apoio em todos os processos,

sendo sua dedicação um incentivo. Aos nossos colegas de pesquisa Rejane Abel e

Anderson Rocha por terem divido o peso de nossos dias mais desgastantes,

fazendo com que o trabalho fosse algo leve e alegre. Nossos agradecimentos finais

ficam para nossos pais, marido, namorado e família, pois são a razão de todo nosso

esforço.

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CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL, NECESSIDADE DE TRATAMENTO E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS DE IDADE EM

DIFERENTES MUNICIPIOS NO ESTADO DE ALAGOAS

CONDITION OF ORAL HEALTH, NECESSITY OF TREATMENT AND IMPACT ON THE QUALITY OF LIFE OF ADOLESCENTS OF 14 TO 19 YEARS OF AGE IN

DIFFERENT MUNICIPALITIES IN THE STATE OF ALAGOAS

Natália Vieira de Alencar Graduanda do Curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac

[email protected]

Samara Simões Padilha Graduanda do Curso de Odontologia do Centro Universitário Cesmac

[email protected]

Prof. Dr. Natanael Barbosa dos Santos Doutor em Odontologia Preventiva e Social, Professor do Curso de Odontologia do Centro

Universitário Cesmac [email protected]

RESUMO

A adolescência é um período de transições complexas que representam risco de desenvolvimento de

doenças bucais. O objetivo da presente pesquisa foi analisar as condições de saúde bucal,

necessidade de tratamento e o impacto na qualidade de vida de adolescentes, na faixa etária de 14 a

19 anos, em diferentes municípios alagoanos. A amostra foi composta por 528 adolescentes

matriculados em institutos federais de ensino técnico de 14 municípios alagoanos. Foram analisadas

as condições de saúde bucal através da prevalência de cárie (ICDASCPOD), fluorose dentária

(Índice de Dean), retenção de biofilme dental (IPV%) e condição periodontal (IPC). Os adolescentes

pesquisados são em sua maioria do sexo feminino (57,90%), com renda dos pais entre 1-5 salários

mínimos (65,19%). O valor médio do CPOD foi de 10,70±1,60, IPV médio foi de 31,86%±6,56,

presença de cálculo em 35,41% e escore médio de fluorose dental de 0,82±0,57. Tais condições de

saúde bucal requerem políticas públicas focadas em tratamentos mais conservadores.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde Bucal. Cárie Dentária. Doença Periodontal. Fluorose Dentária.

ABSTRACT

Adolescence is a period of complex transitions that represent a risk of developing oral diseases. The

objective of this research was to analyze the oral health conditions, the need for treatment and the

impact on the quality of life of adolescents, aged between 14 and 19 years, in different municipalities

of Alagoas. The sample consisted of 528 adolescents enrolled in Federal Institutes of Technical

education from 14 municipalities in Alagoas. Oral health conditions were analyzed through the

prevalence of caries (ICDAS/DMFT), dental fluorosis (Dean index), dental biofilm retention (IPV%) and

periodontal condition (IPC). The adolescents surveyed are mostly females (57.90%), with parents '

income between 1-5 minimum wages (65.19%). The mean DMFT value was 10,70 ± 1.60, mean IPV

was 31,86% ± 6,56, presence of calculation in 35.41% and mean dental fluorosis score of 0.82 ± 0.57. Such oral health conditions require public policies focused on more conservative treatments.

KEYWORDS: Oral Health. Dental Caries. Periodontal Diseases. Fluorosis Dental.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6

2 METODOLOGIA ..................................................................................................... 8

2.1 Tipo de estudo .................................................................................................... 8

2.2 Amostra e amostragem ....................................................................................... 8

2.3 Recrutamento dos sujeitos da pesquisa ......................................................... 10

2.4 Procedimentos .................................................................................................. 10

2.4.1 Análise da condição de saúde bucal ................................................................ 10

2.4.2 Prevalência de cárie dentária ........................................................................... 10

2.4.3 Prevalência de fluorose dentária ...................................................................... 11

2.4.4 Índice de placa visível – IPV % e índice periodontal comunitário - IPC ............ 12

2.4.5 Análise do impacto das condições bucais na qualidade de vida – OHIP 14 .... 13

2.5 Análise estatística ............................................................................................ 14

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 14

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 22

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23

APÊNDICES ............................................................................................................. 26

APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE SAÚDE BUCAL ................................................ 27

APÊNDICE B - CONVERSÃO DO ICDAS E CARS PARA CPOD ........................... 29

ANEXOS ................................................................................................................... 31

ANEXO A - PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA Nº 2.002.697 ......................................................................................... 32

ANEXO B – QUESTIONÁRIO DE IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA ............... 43

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1 INTRODUÇÃO

A atitude das pessoas acerca de sua saúde, particularmente a saúde bucal, é

moldada por suas vivências pessoais, as quais atuarão como determinantes de

comportamentos e percepções, fundamentais na adoção de hábitos de saúde bucal

e no desenvolvimento de um padrão de comportamento relacionado aos mesmos

(DAVOGLIO et al., 2009).

A adolescência é um período de transições complexas que representam risco

para a evolução de doenças e é o momento onde os comportamentos com a saúde

se consolidam, destacando-se a higiene bucal e os hábitos alimentares. A

negligência com a prática de hábitos de vida saudáveis durante a adolescência é um

importante fator de risco para a saúde na vida adulta, inclusive para a saúde bucal,

devido aos métodos adequados de higiene entrarem em confronto com o estilo de

vida, posto que os adolescentes não aceitam a supervisão de adultos (LIMA et al.,

2016).

A cárie pode ser caracterizada por uma doença multifatorial, definida como

uma destruição localizada dos tecidos dentais causada pela ação das bactérias

(LEITE, RODRIGUES, GROISMAN, 2010). Ainda é considerado o mais importante e

prevalente problema de saúde bucal no Brasil, mesmo com as melhorias modestas

registradas nos dois últimos levantamentos epidemiológicos da população, feitos em

2003 e 2010 (SILVEIRA et al., 2015; SOUZA et al., 2016).

O último estudo epidemiológico sobre as condições bucais da população

brasileira mostrou uma prevalência de cárie, na faixa etária de 15 a 19 anos,

classificada como moderada. No entanto, devido as dimensões do território

brasileiro, observam-se desigualdades regionais de caráter social e econômico que

repercutem nas condições de saúde bucal da população, revelando, por exemplo,

uma prevalência de cárie alta na região nordeste do Brasil (BRASIL, 2010).

Os padrões epidemiológicos no Brasil e na maioria dos países

industrializados mostram acometimento da doença cárie dentária em cerca de 60 a

90% dos escolares e 76% dos adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos

(PETERSEN, 2003).

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Apesar da cárie dentária ser a doença mais estudada em todo o mundo,

pesquisas na faixa etária de 15 a 19 anos ainda são escassas no Brasil,

principalmente por essa fase representar um momento ideal para a promoção da

saúde bucal, uma vez que atitudes e comportamentos positivos adquiridos nesta

etapa da vida persistirão no futuro, o que ressalta a importância de estudos

epidemiológicos que investiguem a saúde bucal desse grupo etário (SANTOS,

RODRIGUES, GARCIA, 2010; SILVEIRA et al., 2015).

Apesar da doença periodontal não ser um problema bucal característico da

adolescência o seu desenvolvimento e a evolução são dependentes da resposta

imune do hospedeiro, indivíduos com início precoce de doença periodontal podem

ter doença sistêmica ou apresentar alterações no sistema imunológico (VIEIRA,

ADRIANA DE CASTRO, PÉRET FILHO, 2010). O problema periodontal pode ter

início na infância e na adolescência e progredir lentamente durante toda a vida. O

caráter cumulativo de destruição dos tecidos periodontais torna imprescindível a

compreensão das suas características epidemiológicas e clínicas (SOUZA et al.,

2013).

Doenças como a gengivite, periodontite e cárie são causadas por bactérias

que colonizam as superfícies dos dentes, formando o biofilme dental, que é o fator

etiológico primordial para o desencadeamento dos processos inflamatórios e

desmineralização da estrutura dental (GEBRAN, GEBERT, 2002; SOUZA et al.,

2013). Indivíduos com grande acúmulo de biofilme dental, resultantes de higiene

bucal deficiente, podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento cárie e

doença periodontal.

Outra condição dentária preocupante, tendo em vista a sua prevalência na

população, é a fluorose dentária que se origina da exposição do germe dentário a

altas concentrações do íon flúor durante seu processo de formação, e que

proporciona como consequência defeitos de mineralização do esmalte, com

severidade diretamente associada à quantidade de flúor ingerida. A fluorose dentária

apresenta como características clínicas a presença de manchas opacas no esmalte,

em dentes homólogos, até regiões amareladas ou acastanhadas, em casos de

alterações mais graves, e que pode gerar defeitos antiestéticos comprometendo a

qualidade de vida do indivíduo (CANGUSSU et al., 2002).

A importância da associação saúde bucal e qualidade de vida vem

aumentando uma vez que as desordens orais podem repercutir negativamente na

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qualidade de vida dos indivíduos. Instrumentos que avaliam o impacto da saúde

bucal no bem-estar das pessoas têm sido desenvolvidos e adaptados para cada

faixa-etária. O OHIP-14 é um instrumento extensamente utilizado para a avaliação

da qualidade de vida relacionada à saúde bucal, o mesmo é composto por perguntas

agrupadas em sete dimensões: limitação funcional, dor física, desconforto

psicológico, incapacidade física, psicológica e social e deficiência na realização das

atividades cotidianas (BARBOSA, GAVIÃO, 2011).

Dados produzidos por estudos epidemiológicos em saúde bucal proporcionam

uma base sólida para as estimativas das condições de saúde e necessidade de

tratamento de uma população, funcionando como um banco de dados confiável para

o desenvolvimento de programas de saúde destinados à resolução das doenças

bucais mais prevalentes na população estudada (ARAÚJO, 2003).

Diante do exposto o objetivo da presente pesquisa foi analisar as condições

de saúde bucal, necessidade de tratamento e o impacto na qualidade de vida de

adolescentes, na faixa etária de 14 a 19 anos, em diferentes municípios alagoanos.

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo

A presente pesquisa observacional e transversal, aprovada pelo Comitê de

Ética em Pesquisa do Centro Universitário Cesmac-COEPE (Parecer no 2.002.697)

(ANEXO A), foi realizada em catorze municípios de diferentes regiões geográficas

do estado de Alagoas.

2.2 Amostra e amostragem

O cálculo amostral foi baseado no número de adolescentes, na faixa etária

entre 14 e 19 anos (BRASIL, 2012), regularmente matriculados no Instituto Federal

de Alagoas - IFAL, no campus de cada município alagoano pesquisado, considerada

uma população finita, com precisão absoluta de 95% e desvio padrão de 3,44

(MOREIRA, ROSENBLATT, PASSOS, 2007), totalizando uma amostra de 528

adolescentes (Quadro 01).

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A população estudada foi oriunda do estado de Alagoas, que segundo dados

do IBGE (2017), obteve em 2016 um IDH de 0,667 classificado como o mais baixo

do Brasil. É dividido geograficamente em três mesorregiões, são elas: Agreste, Leste

e Sertão Alagoano, onde estão localizados os 14 municípios estudados. cujas

condições sociais, econômicas e de acesso à atenção à saúde apresentam grandes

desigualdades.

Quadro 01: Cálculo da amostra com base no número de adolescentes regularmente

matriculados em um instituto federal de ensino, em cada município alagoano, na

faixa etária entre 14 e 19 anos.

Município População estimada municipal

Alunos matriculados na instituição de

ensino

Alunos matriculados na faixa etária

(14 a 19 anos) Amostra

Maceió 1.021.709 8.113 1.615 43

Satuba 13.324 1.552 551 34

Palmeira dos Índios

70.049 2.263 744 45

Marechal Deodoro

51.715 1.853 494 40

Arapiraca 232.671 1.016 430 46

Penedo* 64.292 789 429 0

Maragogi 32.568 1.132 414 42

Piranhas 25.130 654 430 47

Murici 28.462 673 386 41

Santana do Ipanema

48.033 727 272 42

São Miguel dos Campos

61.204 742 110 24

Viçosa 26.176 365 191 29

Batalha 18.631 228 147 40

Coruripe 56.079 157 160 33

Rio Largo 75.688 147 78 22

Total - - - 528

* Os adolescentes do município de Penedo-AL participaram do cálculo amostral, mas foram excluídos por não participarem de todas as etapas da coleta de dados.

A seleção dos voluntários foi feita através de sorteio sistematizado utilizando-

se as listas de presença de cada turma presente nos campi do IFAL, nos diferentes

municípios, numa média de 4 a 6 alunos por turma, e 30 a 50 alunos por campi, a

depender do número total de alunos por turma e por campi.

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2.3 Recrutamentos dos sujeitos da pesquisa

O recrutamento ocorreu dentro da sala de aula onde foram disponibilizadas as

informações relacionadas à pesquisa e entregue o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido – TCLE para preenchimento pelos interessados, participação de acordo

com sua vontade, podendo desistir quando quisesse. Os menores de idade

assinaram também o Termo de Assentimento do Menor e o TCLE foi assinado pelos

responsáveis.

Participaram da pesquisa estudantes, na faixa etária de 14 a 19 anos,

matriculados no IFAL, sendo excluídos estudantes: com problemas de saúde geral

ou condição física e/ou psicológica que os incapacitasse no momento da realização

dos exames, com aparelho ortodôntico fixo e estudantes que, por qualquer motivo,

deixasse de participar de algumas das etapas ou que se recusassem a participar da

pesquisa.

2.4 Procedimentos

2.4.1 Análise da condição de saúde bucal

Foram analisadas a prevalência de cárie, prevalência de fluorose dentária,

condição periodontal e retenção de biofilme dental dos adolescentes participantes da

pesquisa. Os examinadores foram submetidos a uma oficina de calibração com um

examinador experiente, utilizando-se exercícios teóricos e práticos, com o objetivo

de padronizar os exames realizados, e os examinadores foram considerados aptos

para a realização dos exames após obtenção de nível de concordância inter e intra-

examinadores (Kappa ≥ 0,8).

Os exames dos voluntários foram realizados com os adolescentes

acomodados em cadeira odontológica portátil, sob iluminação artificial de um

espelho transiluminado (Denlite®, WelchAllyn, EUA), de acordo com os padrões de

biossegurança, com o auxílio de uma espátula de madeira, sendo permitida a

secagem utilizando-se gaze. O registro das condições bucais foi feito em um

formulário de saúde bucal (APÊNDICE A).

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2.4.2 Prevalência de cárie dentária

Para análise da prevalência de cárie dentária, foram utilizados os critérios de

detecção de cárie ICDAS II - Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de

Lesões de Cárie, conforme códigos e critérios dispostos no quadro 1 (BANTING et

al., 2005; ISMAIL et al., 2007). Os escores do ICDAS foram convertidos para o

índice CPOD – Cariados, Perdidos e Obturados - Dentes (KLEIN, PALMER, 1937),

conforme Apêndice B. O índice ICDAS II possui como vantagem a avaliação de

lesões iniciais e a possibilidade de poder subdividir lesões cavitadas, de acordo com

a sua severidade, influenciando na necessidade de tratamento, fatos estes que

justificam a utilização e posterior conversão para o CPOD (CERÓN-BASTIDAS,

2015).

A situação de cárie dentária de uma determinada comunidade pode ser

classificada segundo um padrão definido pela OMS onde existe prevalência muito

baixa, quando o CPOD varia de 0 a 1,1, baixa prevalência quando esta variação é

de 1,2 a 2,6, prevalência moderada quando o intervalo é de 2,7 a 4,4, prevalência

alta quando varia de 4,5 a 6,5 e muito alta quando o CPOD é igual ou maior que 6,6

Quadro 02: Códigos e critérios utilizados durante a aplicação do ICDAS II.

CÓDIGOS E CRITÉRIOS

Restauração/selamento Cárie Dentes ausentes

0. Não selado ou restaurado 0. Hígida 97. Extraído por cárie 1. Selante parcial 1. Visível/secagem 98. Ausente por outro motivo 2. Selante total 2. Visível/úmido 99. Não irrompido 3. Restauração da cor do dente 3. Superfície descontínua

4. Restauração de amálgama 4. Sombra cinza 5. Coroa metálica 5. Cavidade distinta 6. Coroa de ouro ou porcelana 6. Cavidade extensa 7. Restauração perdida ou fraturada

8. Restauração provisória Fonte: BANTING et al. (2005); ISMAIL et al. (2007).

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2.4.3 Prevalência de fluorose dentária

A prevalência de fluorose dentária foi avaliada através do índice de Dean

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009), no qual são preconizados códigos que

representam cada grau de comprometimento, conforme quadro 3, apresentando

menor número de categorias, reduzindo a subjetividade e tornando o exame clínico

mais fácil e rápido.

Quadro 03: Códigos e condições utilizadas para a avaliação de fluorose dentária por

meio do Índice de Dean.

Índice de Dean

Normal 0 Esmalte superficial liso, brilhante e geralmente de cor branca bege pálida

Questionável

1

Esmalte apresenta leves aberrações da translucidez de esmalte normal, que podem variar desde pequenos traços esbranquiçados até manchas ocasionais

Muito leve

2

Áreas pequenas e opacas de cor branca, porosas e dispersas irregularmente sobre o dente, mas envolvendo menos de 25% da superfície dentária vestibular

Leve 3 Opacidade branca do esmalte mais extensa do que para o código 2, recobrindo menos de 50% da superfície dentária

Moderado 4 Superfície de esmalte apresentando desgaste acentuado e manchas marrons, frequentemente alterando a anatomia do dente

Severo

5

Superfície do esmalte muito afetada e hipoplasia tão acentuada que o formato geral do dente pode ser afetado. Existem áreas com fóssulas ou desgastes e manchas marrons espalhadas por toda parte; os dentes frequentemente apresentam aparência de corrosão

Fonte: Organização Mundial de Saúde (2013).

Escores classificados como moderado (4) e severo (5) podem ter indicação

para tratamento estético, tendo em vista perda de substância do elemento dental

pela gravidade da fluorose dentária.

2.4.4 Índice de placa visível – IPV% e Índice Periodontal Comunitário – IPC

Para mensurar a retenção de biofilme dental e, conseqüentemente avaliar a

condição de higiene bucal apresentada pelos adolescentes, utilizou-se o índice de

placa visível – IPV (AINAMO, BAY, 1975). O cálculo do IPV% foi obtido em

porcentagem, somando-se o número de superfícies com placa visível, dividindo-se

pelo total de superfícies examinadas e multiplicadas por 100, sendo classificados

em: muito baixo (1% a 10% de placas visível), baixo (11% a 20%), moderado (21% a

30%), alto (31% a 40%) e índice muito alto (> 40%) (SOARES et al., 2014). Neste

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índice não existiu a preocupação de quantificar o sangramento, apesar de que a sua

presença já indica a existência de doença periodontal e necessidade de tratamento.

O Índice Periodontal Comunitário – IPC (AINAMO et al., 1982) foi realizado

por meio da sondagem de seis áreas, três por vestibular e três por lingual ou

palatino, em cada um dos 10 dentes-índice (17, 16, 11, 26, 27, 37, 36, 31, 46 e 47).

Foi utilizada uma sonda tipo Willians, levemente no sulco gengival, e a profundidade

da sondagem foi registrada de acordo com os códigos e critérios descritos no quadro

04. A condição mais severa de cada sextante foi anotada.

Foram excluídos os sextantes que não possuíam pelo menos dois dentes

remanescentes e não indicados para extração.

Para adolescentes com menos de 15 anos não foram feitos registros de

bolsas (códigos 3 e 4), uma vez que as alterações de tecidos moles podem estar

associadas à erupção e não à presença de alteração periodontal patológica.

Quadro 04: Códigos e critérios utilizados para o índice periodontal comunitário –

IPC.

ESCORES CONDIÇÕES ANALISADAS 0 Sextante hígido 1 Sextante com sangramento (observado com espelho após a sondagem) 2 Cálculo: qualquer quantidade, mas com toda a área preta da sonda visível 3 Bolsa de 4 a 5 mm: margem gengival na área preta da sonda 4 Bolsa de 6 mm ou mais: área preta da sonda não está mais visível X Sextante excluído: menos de dois dentes presentes

Fonte: AINAMO et al.(1982).

2.4.5 Análise do impacto das condições bucais na qualidade de vida –OHIP 14

Foi utilizado o questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14) (BARBOSA,

GAVIÃO, 2011). O referido instrumento possui 14 perguntas que proporcionam

avaliar a qualidade de vida de acordo com as seguintes dimensões: 1) Limitação

funcional; 2) Dor física; 3) Desconforto psicológico; 4) Incapacidade física; 5)

Incapacidade psicológica; 6) Incapacidade social e 7) Desvantagem social.

Para cada pergunta de autopercepção (ANEXO B) existem cinco

possibilidades de resposta: “Nunca” = 0; “Raramente” = 1; “Ás vezes” = 2;

“Repetidamente” = 3; “Sempre” = 4. Os escores totais foram obtidos mediante

somatório dos códigos das respostas, multiplicados pelos respectivos pesos das

perguntas. O método pode gerar escores que variam de zero (menor impacto

negativo na qualidade de vida) a 28 (maior impacto negativo na qualidade de vida).

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Para facilitar a interpretação o impacto geral foi classificado em: Fraco (0 a 9), Médio

(10 a 18), Forte (19 a 28). O estudo de Bastos et al. (2012) serviu como

embasamento para a análise do impacto por dimensão do OHIP-14, sendo: Fraco (≤

1,33); Médio (1,33<X<2,67) e Forte (≥ 2,67).

2.5 Análise Estatística

Os dados foram tabulados em planilhas do Excel para a realização da

estatística descritiva com os resultados expressos em média, desvio padrão e

valores absolutos e relativos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a coleta de dados pôde-se observar a participação de 528 adolescentes,

que mostraram idade média de 16,28±1,29 variando de 14 a 19 anos, e as demais

variáveis sociodemográficas estão descritas na tabela 01 abaixo.

Tabela 1–Características sociodemográficas de adolescentes dos municípios

alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas (2018).

VARIÁVEIS Amostra (n = 528) Percentual (%)

Gênero

Feminino 306 57,90

Masculino 222 42,10

Escolaridade dos pais

Não alfabetizado 30 5,61 Ensino fundamental 166 31,46

Ensino médio 213 40,33

Ensino superior 114 21,56

Não desejo responder 5 0,97

Renda familiar

Menor que 1 salário-mínimo 149 28,09 1 a 5 salários-mínimos 344 65,19 6 ou mais salários-mínimos 15 3,01

Não desejo responder 20 3,89

Os adolescentes pesquisados são em sua maioria do sexo feminino (57,90%),

com renda entre 1-5 salários mínimos (65,19%), onde o grau de escolaridade dos

pais demonstra predominância do ensino médio (40,39%).

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Os resultados apresentados na tabela 02 mostram a condição de saúde bucal

dos adolescentes dos municípios alagoanos pesquisados.

Tabela 02 – Distribuição das variáveis odontológicas que expressam a condição de

saúde bucal dos adolescentes dos municípios alagoanos pesquisados (n=14),

Alagoas, 2018.

VARIÁVEIS N Média Desvio

padrão

Mínimo Máximo

Cárie dentária (Índice CPOD) 10,70 1,60 8,55 13,55

Fluorose dentária (Índice de Dean) 0,82 0,57 0,18 1,7

Retenção de biofilme dental (IPV%) 31,86 6,56 23,56 42,2

Condição Periodontal (IPC) 1,54 0,39 2,55 1

Fonte: Dados da pesquisa.

O valor de CPOD médio foi de 10,70±1,60 que indica uma prevalência de

cárie muito alta, classificação essa encontrada em 77,60% dos adolescentes

examinados. O índice de Dean mostrou um escore médio de 0,82±0,57 que se

encontra dentro da classificação de normalidade, onde o esmalte superficial é liso,

brilhante e geralmente de cor branca ou bege pálida.

O valor de IPV médio foi de 31,86±6,56 que é considerado „alto‟; foram

classificados com índice „muito alto‟ 28,03% dos adolescentes examinados que

ultrapassaram 40% das superfícies com biofilme dental.

O IPC médio foi de 1,54±0,39 que tem por sinais clínicos a presença de

sangramento gengival após sondagem suave; 2,46% dos adolescentes

apresentaram um quadro mais severo (escores 3 e 4), com presença de bolsa

periodontal, com 6mm ou mais de profundidade.

Os resultados apresentados abaixo mostram as condições de saúde bucal e

necessidade de tratamento dos adolescentes dos municípios alagoanos

pesquisados.

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Tabela 03. Prevalência de cárie dentária (CPO-D) nos adolescentes dos municípios

alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas, 2018.

PREVALÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA - ÍNDICE CPOD

MUNICÍPIOS ALAGOANOS n Média Desvio padrão

Máximo

Mínimo

Arapiraca 46 11,85 ±5,90 26 1

Batalha 40 10,05 ±5,45 21 0

Coruripe 33 10,05 ±4,36 15 3

Maceió 43 9,53 ±5,08 22 2

Maragogi 42 13,36 ±6,41 29 2

Marechal Deodoro 40 10,61 ±5,98 24 0

Murici 41 11,84 ±5,49 24 2

Palmeira dos Índios 45 10,87 ±4,29 18

3

Piranhas 47 9,02 ±5,45 23 0

Rio Largo 22 13,55 ±5,66 27 1

Santana do Ipanema 42 8,55 ±4,10 15

0

São Miguel dos Campos 24 9,94 ±3,70 11

0

Satuba 34 8,72 ±4,14 16 0

Viçosa 29 11,88 ±5,72 23 2

MÉDIA 37,71 10,70 ±1,06 21 1,14

O município de Santana do Ipanema foi o que apresentou o menor CPOD

(8,55±4,1) e o município de Rio Largo o maior CPOD (13,55±5,66), ambos

classificados como prevalência de cárie muito alta.

O CPOD médio observado é superior ao encontrado na pesquisa nacional de

saúde bucal (SBBrasil, 2010), onde o nordeste apresentou um CPOD médio de 4,53,

enquanto que na capital de Alagoas o CPOD médio foi de 5,50, o que difere dos

resultados observados na presente pesquisa, para a faixa etária entre quinze e

dezenove anos (BRASIL, 2010). A diferença do CPOD pode ser explicada pela

privação socioeconômica, que causa desigualdade na prevalência de cárie, visto

que Alagoas possui IDH de 0,667 considerado médio, mas o mais baixo do Brasil. O

CPOD sofre influência do consumo freqüente de carboidratos fermentáveis,

distribuição da renda nacional e escolaridade da mãe (KITAMURA, LEITE, 2009).

Quando os dados de prevalência de doenças bucais são levantados cria-se

um anseio para elaboração de um planejamento pautado na necessidade de

tratamento, implantação de estratégias de prevenção e controle dessas doenças na

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população. Os resultados apresentados abaixo mostram a divisão do componente

cariado, classificado como lesão de esmalte e dentina, e que refletem a necessidade

de tratamento restaurador ou remineralizador nos adolescentes dos municípios

alagoanos pesquisados (Tabela 04).

Tabela 04. Média de dentes cariados (esmalte e dentina), perdidos e obturados nos

adolescentes dos municípios alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas 2018.

MUNICÍPIOS CPOD CARIADO PERDIDOS OBTURADOS

ESMALTE DENTINA

ARAPIRACA 10,13 1,17 0,09 0,24

BATALHA 5,3 2,5 0,4 0,25

CORURIPE 8,05 0,82 0,18 0,36

MACEIÓ 7,27 1,22 0,29 0,37

MARAGOGI 10,62 1,44 0,69 0,49

MARECHAL DEODORO

6,63 2,5 0,13 0,46

MURICI 8,42 2,13 0,24 0,58

PALMEIRA DOS ÍNDIOS

9,04 0,93 0,42 0,09

PIRANHAS 5,89 1,51 0,36 0,32

RIO LARGO 8,71 1,45 0,81 0,9

SANTANA DO IPANEMA

5,07 2,05 0,31 0,36

SÃO MIGUEL DOS CAMPOS

5,42 1,64 0,36 1,12

SATUBA 4,89 2,09 0,36 0,28

VIÇOSA 9,2 1,2 0,85 0,43

MÉDIA GERAL 7,47 1,62 0,39 0,45

DESVIO PADRÃO 1,96 0,55 0,24 0,27

Os resultados mostram que do CPOD total, a média de dentes cariados foi de

9,10, onde as lesões em esmalte corresponderam a 82,08% o que sugere a

necessidade de intervenção sem invasividade (remineralização ou selamento das

lesões), enquanto que 17,8% das lesões encontradas necessitam tratamento

restaurador (cárie de dentina).

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Tabela 05. Prevalência de fluorose dentária nos adolescentes dos municípios

alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas 2018.

PREVALÊNCIA DE FLUOROSE DENTÁRIA - ÍNDICE DEAN

MUNICÍPIOS ALAGOANOS n Média Desvio padrão

Máximo

Mínimo

Arapiraca 46 0,2 ±0,58 2 0

Batalha 40 0,4 ±0,81 3 0

Coruripe 33 0,38 ±0,88 3 0

Maceió 43 1,41 ±1,21 4 0

Maragogi 42 0,18 ±0,61 3 0

Marechal Deodoro 40 1,57 ±1,11 4 0

Murici 41 1,49 ±1,34 4 0

Palmeira dos Índios 45 0,22 ±0,64 2

0

Piranhas 47 0,62 ±1,05 4 0

Rio Largo 22 1,16 ±1,10 3 0

Santana do Ipanema 42 0,31 ±0,75 3

0

São Miguel dos Campos 24 0,7 ±1,13 2

0

Satuba 34 1,7 ±1,10 4 0

Viçosa 29 1,1 ±1,15 4 0

MÉDIA 37,71 0,82 ±0,96 3,21 0

Dos 528 adolescentes examinados apenas 1,89% apresentaram escore 4

(fluorose moderada) do índice de Dean, sendo esse o escore de fluorose mais alto

encontrado na pesquisa, havendo, portanto, sinais clínicos de desgaste acentuado e

manchas marrons na superfície do esmalte, alterando de forma frequente a

anatomia do dente.

Os casos de fluorose moderada foram encontrados nos municípios de Maceió

(2), Marechal (1), Murici (2), Piranhas (2), Satuba (2) e Viçosa (1). Para esses casos

é indicado tratamentos mais invasivos, como facetas diretas e indiretas, que

requerem, em sua maioria, o desgaste das áreas escurecidas. A severidade de

fluorose observada sinaliza para uma baixa necessidade de tratamento estético nos

adolescentes participantes da presente pesquisa.

Ao analisar os valores de OHIP-14 dos adolescentes com fluorose moderada,

os dados variam entre 1,64 à 5,55 (0 à 3 – nenhum impacto; 3,01 à 6 – baixo

impacto) mostrando pouca interferência da fluorose na qualidade de vida desses

adolescentes.

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Tabela 06. Nível de retenção de biofilme dental (IPV) dos adolescentes nos

municípios alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas, 2018.

NÍVEL DE RETENÇÃO DE BIOFILME DENTAL–IPV%

MUNICÍPIOS ALAGOANOS n Média Desvio padrão

Máximo

Mínimo

Arapiraca 46 30,74 ±20,46 86 2

Batalha 40 24,31 ±19,21 16 0

Coruripe 33 29,04 ±10,33 59 13

Maceió 43 35,64 ±20,54 84 2

Maragogi 42 38,06 ±19,98 85 2

Marechal Deodoro 40 42,20 ±19,63 97 15

Murici 41 27,24 ±17,60 69 2

Palmeira dos Índios 45 23,56 ±14,85 32

1

Piranhas 47 27,92 ±18,78 100 1

Rio Largo 22 37,79 ±17,19 96 8

Santana do Ipanema 42 25,63 ±15,14 70

2

São Miguel dos Campos 24 25,31 ±11,68 47

8

Satuba 34 38,56 ±15,54 71 12

Viçosa 29 40,00 ±19,44 95 17

MÉDIA 37,71 31,86 ± 17,17 71,93 6,07

O índice de placa visível (IPV) utilizado para medir a qualidade de higiene oral

dos pacientes detectou que 28,09% dos adolescentes estavam com presença de

biofilme visível em mais de 40% das superfícies dentais, evidenciando um escore

„muito alto‟, com necessidade de um controle mecânico profissional e estímulo a

escovação dental. O valor máximo de retenção de biofilme, considerando todos os

municípios, foi de 71,93% (muito alto) e o mínimo de 6,07% (muito baixo).

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Tabela 07. Condição periodontal de adolescentes dos municípios alagoanos

pesquisados (n=14), Alagoas, 2018.

CONDIÇÃO PERIODONTAL – IPC

MUNICÍPIOS ALAGOANOS N Média Desvio padrão

Máximo

Mínimo

Arapiraca 46 1,37 ±1,92 3 0

Batalha 40 1,40 ±1,22 4 0

Coruripe 33 1,54 ±1,67 3 0

Maceió 43 1,71 ±1,81 4 0

Maragogi 42 1,58 ±1,94 4 0

Marechal Deodoro 40 1,72 ±1,11 4 0

Murici 41 1,42 ±1,59 4 0

Palmeira dos Índios 45 1,00 ±1,13 4

0

Piranhas 47 1,28 ±1,04 4 0

Rio Largo 22 1,29 ±0,94 3 0

Santana do Ipanema 42 1,98 ±2,42 4

0

São Miguel dos Campos 24 1,09 ±0,98 3

0

Satuba 34 2,55 ±2,70 4 0

Viçosa 29 1,65 ±1,39 4 0

MÉDIA 37,71 1,54 ±1,56 3,71 0

Dos 528 adolescentes examinados 19,50% apresentaram sangramento

gengival, com necessidade de controle mecânico profissional e escovação, presença

de cálculo dental em 35,41%, podendo ser tratado através de raspagem supra e

subgengival, controle mecânico profissional e escovação; e bolsas rasas e

profundas totalizaram 11,92% da amostra analisada, com necessidade de

tratamento periodontal avançado.

As necessidades de tratamento baseadas nos escores do IPC mostram que:

escore 1, classificado como sangramento gengival, revela acúmulo de biofilme e

indicação de melhora da escovação dental ou controle mecânico profissional; Escore

2 mostra a necessidade de raspagem de cálculo dental e 3 e 4 mostram a

necessidade de tratamento periodontal especializado, por se tratar de presença de

bolsa periodontal rasa e profunda.

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Esses números indicam uma necessidade de motivação quanto a higiene oral

dos adolescentes, com métodos simples e eficientes para remoção do biofilme

dental e prevenção das doenças periodontais (TOASSI, PETRY, 2002).

Tabela 08 – Classificação do impacto da saúde bucal na qualidade de vida (OHIP-

14) dos adolescentes nos municípios alagoanos pesquisados (n=14), Alagoas, 2018.

MUNICÍPIOS ALAGOANOS

OHIP nenhum impacto

OHIP baixo impacto

OHIP moderado

OHIP elevado

Arapiraca 55,17% 34,48% 6,90% 3,45%

Batalha 40,91% 22,73% 27,27% 9,09%

Coruripe 44,12% 41,18% 8,82% 5,88%

Maceió 48,78% 34,15% 14,63% 2,44%

Maragogi 45,45% 30,30% 24,24% 0,00%

Marechal Deodoro 42,50% 32,50% 20,00% 5,00%

Murici 55,81% 30,23% 9,30% 4,65%

Palmeira dos Índios 50,00% 35,71% 11,90% 2,38%

Piranhas 64,44% 26,67% 6,67% 2,22%

Rio Largo 50,00% 32,61% 15,22% 2,17%

Santana do Ipanema 51,06% 31,91% 14,89% 2,13%

São Miguel dos Campos

42,50% 45,00% 7,50% 5,00%

Satuba 52,38% 26,19% 11,90% 9,52%

Viçosa 41,67% 41,67% 8,33% 8,33%

MÉDIA 48,91% 33,24% 13,40% 4,45%

Diante das respostas das perguntas sobre relação da saúde bucal com a

qualidade de vida, 48,91% dos adolescentes relataram não sentir impacto da sua

condição bucal na qualidade de vida, mesmo a prevalência de cárie sendo

classificada como muita alta em todos os municípios pesquisados. Os adolescentes

do município de Satuba relataram impacto elevado da saúde bucal na sua qualidade

de vida (9,52%).

Altos valores de prevalência de cárie, nível de retenção de biofilme dental e a

presença de sangramento gengival, nos adolescentes pesquisados, no estado de

Alagoas podem ser reflexos do baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), com

uma menor valorização da saúde bucal.

Programas que incentivem a higiene oral dos adolescentes, através da

escovação assistida, palestras educacionais acerca da saúde bucal e a possibilidade

de realização de exames clínicos, nas unidades dos Institutos Federais de Alagoas,

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são algumas das sugestões plausíveis para a melhoria da saúde bucal dos

adolescentes. O convênio junto as faculdades com o intuito de realizar ações em

saúde, também é uma forma de possibilitar um maior número de adolescentes

assistidos, onde haja troca de conhecimento de ambas as partes, bem como, a

detecção de patologias bucais.

4 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que os adolescentes apresentaram prevalência de cárie

muito alta, percentual expressivo de acúmulo de biofilme dental, presença de cálculo

dental e ausência de fluorose dentária, independente do município analisado. Tais

condições de saúde bucal requerem políticas públicas focadas em tratamentos mais

conservadores, que utilizem estratégias de educação em saúde bucal e uso

adequado de fluoretos, para a doença cárie dentária; e tratamento periodontal

básico, seguido de motivação, para manutenção da saúde do periodonto.

As respostas emitidas pelos adolescentes alagoanos mostraram que a

condição de saúde bucal não apresenta impacto na qualidade de vida.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE SAÚDE BUCAL

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FORMULÁRIO DE SAÚDE BUCAL

1. DADOS GERAIS Data da coleta: ___/____/____

Nome........................................................................ N° Prontuário______ Localidade...................................................Gênero.............. Idade........ anos

2. ÍNDICE DE PLACA VISÍVEL (AINAMO, BAY, 1975)

3. ÍNDICE DE CÁRIE – ICDAS (ISMAIL et al., 2008)

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APÊNDICE B – CONVERSÃO DO ICDAS E CARS PARA CPOD

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Fonte: BANTING et al., 2009.

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ANEXOS

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ANEXO A – PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA Nº 2.002.697

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PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: VIGILÂNCIA DOS TEORES DE FLÚOR NA ÁGUA DE

ABASTECIMENTO E DOS FATORES DE RISCO DE CÁRIE E FLUOROSE

DENTÁRIA EM ADOLESCENTES DE DIFERENTES MUNICÍPIOS NO ESTADOS

DE ALAGOAS.

Pesquisador: Cláudia Vivian de Oliveira Amorim

Área Temática:

Versão: 2

CAAE: 65472817.0.0000.0039

Instituição Proponente:Centro de Estudos Superiores de Maceió - CESMAC

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.002.697

Apresentação do Projeto:

A Lei Federal nº 6.050/74, determinou que os sistemas públicos de abastecimento

de água onde haja estação de tratamento – ETA devem incluir planos de

fluoretação, que consiste na adição controlada de um composto de flúor, conforme o

teor natural de flúor existente e a viabilidade financeira da medida, objetivando

elevar a concentração do íon a um teor predeterminado. Apesar do uso do flúor

isoladamente não impedir o desenvolvimento da cárie, tendo em vista que esta

medida necessita do acompanhamento de outras ações, como por exemplo, a

higiene bucal, a utilização do íon é apontada como a medida de maior impacto para

o controle do desenvolvimento da doença, uma vez que reduz a sua progressão, o

que tem contribuído para o declínio mundial da patologia, que tem sido atribuído ao

emprego abrangente de uma ou mais formas de sua aplicação. Porém, estudos

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afirmam que a ingestão excessiva e prolongada de flúor durante a odontogênese

pode levar à fluorose dentária, que consiste na hipomineralização do esmalte

dentário, cuja severidade está ligada à quantidade de flúor ingerida. Sendo assim,

apesar dos riscos inerentes à medida, considerando que no Brasil apenas uma

pequena parte da população, normalmente de maior poder aquisitivo, tem acesso a

outras fontes de flúor, o processo de fluoretação da água garante os benefícios de

saúde pública para os cidadãos menos favorecidos economicamente, contribuindo

para diminuir a desigualdade social em relação à incidência da cárie. Dados obtidos

em estudos, demonstram que, em 2005, 17 capitais brasileiras (63,0%) fluoretaram

as águas de abastecimento público e 10 (37,0%) não o fizeram. Destas últimas, 9

localizavam-se no Norte e Nordeste do país. Em Alagoas, dos seus 102 municípios,

apenas 11 realizam a fluoretação. As 2 maiores cidades do estado, Maceió e

Arapiraca, não adicionam flúor na água para consumo público, sendo Maceió uma

das poucas capitais do Brasil a não realizar a medida. Essa baixa cobertura da

fluoretação de águas na região Nordeste, especificamente no estado de Alagoas, é

um exemplo concreto de omissão do poder público local, considerando a

obrigatoriedade da medida desde 1974. Diante do exposto, para que os benefícios

da fluoretação da água sejam disponibilizados à população alagoana de forma

eficiente e segura, torna-se imprescindível a análise dos teores de flúor, natural e

artificial, na água de abastecimento dos municípios alagoanos, e dos fatores de risco

de cárie e fluorose dentária, em conjunto com a compreensão do conhecimento dos

indivíduos sobre saúde bucal e uso do flúor. O estudo será do tipo transversal,

observacional, descritivo e analítico. A pesquisa será realizada nos municípios

alagoanos que possuem Campus do IFAL: Arapiraca, Batalha, Coruripe, Maceió,

Maragogi, Marechal Deodoro, Murici, Palmeira dos Índios, Penedo, Piranhas, Rio

Largo, Satuba, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Viçosa. A amostra

será constituída de 644 adolescentes regularmente matriculados no IFAL, com idade

entre 14 e 19 anos. Serão realizados os seguintes exames: análise da prevalência

de cárie (ICDAS), análise da prevalência de fluorose dentária (DEAN), entrevista

estruturada sobre saúde bucal e análise da concentração de flúor na água de

abastecimento da rede pública. Os participantes da pesquisa serão identificados e

convidados nos campus do IFAL em cada município. Anteriormente ao momento da

coleta de dados, o pesquisador responsável entrará em contato com os campus

para que a pesquisa seja publicizada para os adolescentes estudantes, onde serão

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disponibilizadas as informações relacionadas à pesquisa e os dados referentes ao

dia, local (no próprio campus) e hora da coleta dos dados, e para entrega aos

interessados do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, baseado nas

diretrizes da resolução CNS/MS 466/12, para assinatura. No caso dos menores de

idade, a assinatura deve ser dos responsáveis. Os interessados que comparecerem

ao local da coleta de dados no dia e hora programados e apresentarem o TCLE

assinado por eles ou pelos responsáveis (para os menores de idade) serão inclusos

na pesquisa e receberão do pesquisador todas as informações necessárias quanto à

realização do estudo em todas as suas etapas, ficando ciente de que sua

participação será de acordo com sua vontade, podendo desistir quando lhe

aprouver. Segundo as diretrizes da resolução, será solicitado também o

assentimento dos próprios adolescentes menores de idade em participar da

pesquisa, mediante assinatura do Termo de Assentimento. Metodologia: COLETA

EANÁLISE DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO: As amostras de água serão coletadas

em duplicata, naquantidade de 2mL, em dez pontos de localidades/bairros

diferentes, de cada um dos municípios alagoanos que possuem campus do IFAL,

incluindo o próprio campus, no período de uma semana. As coletas serão realizadas

em pontos finais da rede de distribuição, diretamente de torneiras, e/ou nos poços e

outras fontes, quando a água utilizada seja in natura. As amostras serão coletadas

em eppendorf, alfanumericamente codificadas, armazenadas em sacos plásticos em

temperatura ambiente e enviadas ao laboratório de Cariologia da Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal de Alagoas - FOUFAL para as referidas

análises. O resultado das análises será obtido através da média de duas leituras das

concentrações de flúor encontradas em cada local de investigação. A metodologia

utilizada para mensuração do teor de flúor na água será a de dosagem direta dos

íons flúor livres, com o uso de um eletrodo íon seletivo para flúor, em conjunção com

um potenciômetro. Para tal, será utilizado um analisador de íons acoplado a um

potenciômetro 720 A. As leituras das amostras de água seguirão a metodologia,

partindo da leitura de soluções-padrão de flúor: 0,00; 0,10; 0,25; 0,50; 1,00; 1,50;

2,00; 2,50 mgF-/L e curva de calibração para análise das amostras. Tanto as

soluções-padrão de flúor quanto às amostras de água serão tamponadas na

proporção de 1:1 com o Tampão Ajustador da Força Iônica Total – TISAB II (0,50 mL

de solução-padrão de flúor ou amostra de água para 0,50 mL de TISAB II), sendo as

amostras de água analisadas em duplicata, obedecendo o tempo de 5 minutos para

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cada leitura. ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA: A prevalência de

cárie dentária será avaliada através do índice ICDAS, um acrônimo que advém de

International Caries Detectionand Assessment System, isto é, sistema internacional

de detecção e avaliação de lesões de cárie, convertido para o índice CPOD,

considerando que este último

possui certas limitações como não considerar lesões de cárie nos estágios de pré-

cavitação, subestimando assim a experiência de cárie da população. O índice

ICDAS possui como vantagem a avaliação de lesões iniciais e a possibilidade de

poder subdividir lesões cavitadas de acordo com a sua severidade, fato este que

justifica a sua conversão para o ICDAS. Serão utilizados os critérios de detecção de

cárie ICDAS II, e, para a sua adequada aplicação, dois acadêmicos de odontologia

serão submetidos a uma oficina de calibração com um examinador experiente,

utilizando-se exercícios teóricos e práticos, com o objetivo de padronizar os exames

a serem realizados. O exame será considerado adequado se os participantes

obtiverem bons níveis de concordância inter e intraexaminadores (Kappa> 0,8).

ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE FLUOROSE DENTÁRIA: A prevalência de

fluorose dentária será avaliada através do índice de Dean, no qual são preconizados

códigos que representam cada grau de comprometimento, apresentando menor

número de categorias, reduzindo a subjetividade etornando o exame clínico mais

fácil e rápido.

ENTREVISTA SOBREAUTO PERCEPÇÃO,

CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE BUCAL E USO DO FLÚOR:

A auto percepção e o conhecimento acerca de saúde bucal e uso do flúor

serão avaliados através de entrevista estruturada com os voluntários, adaptada de

estudos, de forma individual e privativa, no momento anterior à realização do exame

de saúde bucal. Serão abordados questionamentos em relação aos hábitos de

higiene bucal, conhecimento sobre flúor, e auto percepção da saúde bucal. Critério

de Inclusão: Adolescentes regularmente matriculados no IFAL, com idade entre 14 e

19 anos. Critério de Exclusão: Estudantes com problemas de saúde geral ou

condição física e/ou psicológica que os incapacite no momento para realização dos

exames; Estudantes que utilizem aparelho ortodôntico fixo. A pesquisa será

interrompida caso não haja anuência por parte da população alvo em participar da

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pesquisa e/ou situações outras que inviabilizem a constituição de uma amostra

estatisticamente viável.

Objetivo da Pesquisa:

Objetivo Primário:

Analisar os teores de flúor na água de abastecimento (in natura e artificial) de

municípios alagoanos, correlacionando-os com os fatores de risco de cárie e

fluorose dentária dos adolescentes regularmente matriculados no IFAL destes

municípios.

Objetivo Secundário:

Analisar a concentração de flúor nas águas de abastecimento público, in

natura e artificial, dos municípios pesquisados;

Avaliar a necessidade de implantação da fluoretação da água de

abastecimento nos municípios que ainda não realizam o procedimento;

Avaliar a necessidade de adequação da fluoretação dos municípios que

apresentem teores acima ou abaixo dos adequados para prevenção de cárie e

fluorose dentária;

Analisar a prevalência de cárie dos adolescentes pesquisados;

Analisar a prevalência de fluorose dentária dos adolescentes pesquisados;

Analisar a auto percepção e o conhecimento dos adolescentes pesquisados

sobre saúde bucal e uso do flúor

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Riscos:

Os riscos da pesquisa estão relacionados ao constrangimento que possa

incorrer aos adolescentes, decorrente da possibilidade de terem informações íntimas

acerca de sua saúde bucal expostas. Para que este risco seja minimizado, as

análises das prevalências de cárie e fluorose dentária, assim como a entrevista

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sobre auto percepção a respeito de saúde bucal e flúor serão realizadas

individualmente, numa sala separada, preparada para efetuação das análises [...].

Benefícios:

Os participantes da pesquisa serão beneficiados já que, após as análises das

prevalências de cárie e fluorose dentária, obterão conhecimento quanto à situação

de sua saúde bucal, podendo, a partir dos resultados, serem encaminhados aos

profissionais da odontologia do IFAL [...] para tratamento, quando necessário, assim

como receberão orientação com relação à saúde bucal e um kit contendo escova e

creme dental.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

O presente estudo se encontra de acordo com a Resolução 466/12.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Sem Considerações.

Recomendações:

Seus relatórios parciais e final devem ser apresentados ao sistema

CEP/CONEP na forma de NOTIFICAÇÃO, disponível pela Plataforma Brasil.

Inicialmente sempre apos os primeiros 30 dias da aprovação e ao término do estudo.

A falta de envio de, pelo menos, o relatório final da pesquisaPágina 06 de

implicará em não recebimento de um próximo protocolo de pesquisa de vossa

autoria.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Sem pendências.

Considerações Finais a critério do CEP:

Ilmo. (a) Prof. (a) Cláudia Vivian de Oliveira Amorim, lembre-se que, segundo a Res.

CNS 466/12:

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39

O Sujeito da pesquisa tem a liberdade de recusar-se a participar ou de retirar

seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem

prejuízo ao seu cuidado e deve receber cópia do

TCLE, na íntegra, por ele assinado, a não ser em estudo com autorização de

declínio;

V.Sª. deve desenvolver a pesquisa conforme delineada no protocolo aprovado e

descontinuar o estudo somente após análise das razões da descontinuidade por

este CEP, exceto quando perceber risco ou dano não previsto ao sujeito participante

ou quando constatar a superioridade de regime oferecido a um dos grupos da

pesquisa que requeiram ação imediata;

O CEP deve ser imediatamente informado de todos os fatos relevantes que

alterem o curso normal do estudo. É responsabilidade do pesquisador assegurar

medidas imediatas adequadas a evento adverso ocorrido e enviar notificação a este

CEP e, em casos pertinentes, à ANVISA;

Eventuais modificações ou emendas ao protocolo devem ser apresentadas ao

CEP de forma clara e sucinta, identificando a parte do protocolo a ser modificada e

suas justificativas. Em caso de projetos do Grupo I ou II apresentados anteriormente

à ANVISA, o pesquisador ou patrocinador deve enviá-las também à mesma, junto

com o parecer aprovatório do CEP, para serem juntadas ao protocolo inicial;

O cronograma previsto para a pesquisa será executado caso o projeto seja

APROVADO pelo Sistema CEP/CONEP, conforme Carta Circular nº.

061/2012/CONEP/CNS/GB/MS (Brasília-DF, 04 de maio de 2012).

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicas

do Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P

ROJETO_867714.pdf

31/03/2017

13:26:24

Aceito

Outros CartarespostaCEP.pdf 31/03/2017

13:24:23

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Projeto Detalhado /

Brochura

Investigador

Projetoalteradoposparecer.pdf 31/03/2017

13:23:29

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

TCLE / Termos de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

Termoassentimentomenorposparecer.pd

f

31/03/2017

13:21:34

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

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40

TCLE / Termos de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

TCLEresponsavelposparecer.pdf 31/03/2017

13:20:46

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

TCLE / Termos de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

TCLEestudanteposparecer.pdf 31/03/2017

13:19:55

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Folha de Rosto Folhaderostoposparecer.pdf 31/03/2017

13:18:11

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Orçamento 5ORCAMENTO.pdf 15/02/2017

23:13:03

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Cronograma 4CRONOGRAMA.pdf 15/02/2017

23:12:51

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Projeto Detalhado /

Brochura

Investigador

Projetodepesquisa15_02_17_21h.pdf 15/02/2017

23:01:04

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

DeclaracaoInfraestLabCariologiaufal.pdf 15/02/2017

22:58:46

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Outros Declaracaopublicacaodosresultados.pdf 15/02/2017

22:15:02

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Manuseio Material

Biológico /

Biorepositório /

Biobanco

Declaraaoodestinacaomateriais.pdf 15/02/2017

22:13:29

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Vicosa1.pdf 15/02/2017

22:11:26

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Satuba1.pdf 15/02/2017

22:08:30

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Página 08 de

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

SaoMigueldosCampos1.pdf 15/02/2017

22:08:15

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

SantanadoIpanema1.pdf 15/02/2017

17:56:23

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

RioLargo1.pdf 15/02/2017

17:52:36

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

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41

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Piranhas1.pdf 15/02/2017

17:51:20

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Penedo1.pdf 15/02/2017

17:50:11

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

PalmeiradosIndios1.pdf 15/02/2017

17:49:02

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Murici1.pdf 15/02/2017

17:48:11

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

MarechalDeodoro1.pdf 15/02/2017

17:47:07

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Maragogi1.pdf 15/02/2017

17:44:19

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Maceio1.pdf 15/02/2017

17:43:46

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Coruripe1.pdf 15/02/2017

17:42:40

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Batalha1.pdf 15/02/2017

17:42:09

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

Arapiraca1.pdf 15/02/2017

17:41:46

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

TCLE / Termos de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

TermoAssentimentoMenor.pdf 15/02/2017

17:40:13

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

TCLE / Termos de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

TCLE.pdf 15/02/2017

17:39:00

Cláudia Vivian de

Oliveira Amorim

Aceito

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

MACEIO, 05 de Abril de 2017

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Assinado por:

Alice Cristina Oliveira Alves

(Coordenador)

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ANEXO B - QUESTIONÁRIO DE IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA (Oral Health

Impact Profile)

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