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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Condutores Elétricos e Dispositivos deProteção
Conceitos básicos, aspectos construtivos, aplicações
Eletrotécnica Geral
Depto. de Engenharia de Energia e Automação ElétricasEscola Politécnica da USP
25 de maio de 2017
EPUSP Eletrotécnica Geral 1
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Condutores
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
DefiniçõesFios e cabos
O condutor elétrico é um produto metálico, com uma determinadaseção transversal geralmente circular, de comprimento bastanteelevado;
O condutor elétrico é utilizado para transportar energia elétrica outransmitir sinais elétricos. Normalmente pode ser:
Fio elétrico: produto metálico maciço e flexível, com seçãotransversal invariável, que pode ou não possuir isolação e/ouproteção mecânica; e
Cabo elétrico: produto metálico composto de fios elétricosjustapostos, que pode ou não possuir isolação e/ou proteçãomecânica.
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Condutores elétricosFios condutores e cabos elétricos
http://www.bdwires.com/
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Fios e cabos elétricosMateriais utilizados na sua construção
O processo de fabricação de fios e cabos elétricos normalmenteemprega os seguintes materiais:
Material condutor: responsável pelo transporte da energiaelétrica, ou dos sinais elétricos, da origem (fonte) para o destino(carga);
Material isolante: garante a integridade da energia elétrica, oudos sinais elétricos transportados; e
Proteção mecânica: responsável por garantir a integridade físicado material condutor e do material isolante.
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Tipos de materiaisMateriais condutores
Os materiais condutores utilizados na produção de fios e caboselétricos são o cobre e o alumínio;
O cobre utilizado é o cobre eletrolítico recozido, com pureza mínimade 99,9% e condutibilidade de 100% na escala da IACS – InternationalAnnealed Copper Standard. A sua condutividade é:
σ = 5,814 × 107 [Ω−1 · m−1]O alumínio utilizado é de alta pureza, têmpera meio-dura econdutibilidade de 61% na escala IACS.
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Tipos de materiaisMateriais condutores – Tabela de resistividade a 20C
Material Resistividade [Ω ·m] Coeficiente αPrata 1, 587× 10−8 0, 0038Cobre 1, 724× 10−8 0, 0039Ouro 2, 214× 10−8 0, 0034Alumínio 2, 820× 10−8 0, 0039Platina 1, 050× 10−7 0, 0039
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Tipos de materiaisMateriais condutores
Em instalações elétricas de baixa tensão não se pode utilizarcondutores de alumínio:
O alumínio oxida com facilidade e a superfície oxidada possuibaixa condutividade, sendo assim, conexões entre dois cabos dealumínio devem ser feitas por meio de soldas exotérmicas, quenão são apropriadas para instalações de baixa tensão;
Conexões do alumínio com outros materiais, em especial o cobre,resulta em pilhas eletrolíticas que favorecem a corrosão.
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Tipos de materiaisCaracterísticas do cobre e do alumínio
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Processo de fabricaçãoTrefilação a frio
O processo de fabricação consiste em:
Conformação mecânica do fio máquina, produzido pelo processode laminação a quente do material condutor, a partir do lingoteobtido pelo processo de fundição; ou
Conformação mecânica do vergalhão de material condutor,produzido pelo processo de extrusão a quente do materialcondutor, a partir do tarugo obtido pelo processo de fundição.
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Trefilação a frioExemplo de trefilação a frio
http://www.youtube.com/watch?v=oIFCvqDLcz0
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Cobre x AlumínioComparação entre os dois materiais
A comparação entre ambos os materiais pode ser conduzidaconsiderando aspectos elétricos e mecânicos;
Do ponto de vista elétrico, a comparação consiste em determinar arelação entre as seções transversais de um condutor cilíndrico de dealumínio e um de cobre, que possuam a mesma resistência elétrica;
Do ponto de vista mecânico, a comparação consiste em determinar arelação entre as massas desses condutores.
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Comparação do ponto de vista elétricoCobre x Alumínio
Considerando que dois condutores distintos, um de cobre e outro dealumínio, possuem a mesma resistência elétrica, têm-se:
RCu =ρCu × L
SCue RAl =
ρAl × LSAl
Onde:L Comprimento do condutor;S Área da seção transversal do condutor;ρ Resistividade do condutor.
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Comparação do ponto de vista elétricoCobre x Alumínio
Igualando as duas resistências, tem-se:
ρCu × LSCu
=ρAl × L
SAl
E:0, 017241
SCu=
0, 02828SAl
Portanto:
SCu = 0, 610× SAl e dCu = 0, 781× dAl
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Comparação do ponto de vista mecânicoCobre x Alumínio
A relação entre as massa de ambos os condutores, que possuem amesma resistência elétrica é dada por:
MCu = γCu × SCu × L e MAl = γAl × SAl × L
Onde:γ Densidade do condutor;S Área da seção transversal do condutor;L Comprimento do condutor;M Massa do condutor.
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Cobre x AlumínioComparação do ponto de vista mecânico
A relação entre massas pode ser obtida pela divisão de ambas asexpressões, considerando que:
SCu = 0, 610× SAl
Portanto:MCu
MAl=
8, 89× 0, 6102, 70× 1
≈ 2, 0
Sendo assim, um condutor de cobre com o mesmo comprimento docondutor de alumínio e a mesma resistência elétrica possui o dobro demassa.
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Materiais condutoresDemais materiais
Além do cobre e do alumínio, há outros materiais condutores:
Prata: alta condutibilidade e, além disso, o óxido é condutor;
Platina: possui alta temperatura de fusão e, além disso, éutilizada em contatos por ser um metal “inerte”; e
Ouro: não oxida e, portanto, pode ser utilizado para protegeroutros metais.
E ligas metálicas:
Bronze, latão, etc.
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Materiais isolantesFios e cabos elétricos
Os fios e cabos elétricos podem ser:
Nus: são fios e cabos sem isolação nenhuma, normalmenteaplicados em redes elétricas de distribuição ou de transmissão(AC – aluminum cable, AAAC – all aluminum alloy conductor,ACSR – aluminum cable steel reinforced e ACAR – Aluminumconductor alloy reinforced);
Isolados: são aqueles cujo condutor é revestido por um materialpara isolá-lo do meio que o circunda (termoplásticos: PVC –cloreto de polivinila e PE – polietileno; termofixos: XLPE –polietileno reticulado e EPR – borracha etileno propileno).
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Cabos elétricos isoladosAspectos construtivos
A seguir é apresentado um cabo isolado completo, normalmenteempregado em tensões superiores a 1000 [V]:
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Proteção mecânicaFios e cabos elétricos
Em alguns casos, os cabos isolados podem possuir uma capa externapara proteção mecânica;
Há dois tipos de capas:
Não-metálicas: geralmente externas, são escolhidas em funçãoda resistência mecânica e/ou química, e são compostas por PVC,neoprene, PC, etc.; e
Metálicas: empregadas na forma de armação, quando os cabossão solicitados mecanicamente. A armação pode ser radial (fitasde aço ou alumínio) ou tangencial (fios de aço).
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Fios e cabos elétricosSeção transversal
Fios e cabos elétricos são definidos pela seção transversal.Atualmente, as escalas em uso são:
AWG – American Wire Gauge: atualmente em desuso;
CM – Circular mil : área de seção tranversal equivalente a umcírculo com o diâmetro de um milésimo de polegada; e
Milimétrica: é a escala atualmente empregada no Brasil.
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Seção transversalEscala AWG
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro Wire_gauge_(PSF).png
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Cabos isoladosCapacidade de condução de corrente em regime permanente
Relacionada com a temperatura máxima de operação do isolante;
A passagem de corrente produz aquecimento no condutor. Parte éarmazenada no cabo e parte é transferida para a atmosfera;
produzido︷︸︸︷Wdt =
armazenado︷ ︸︸ ︷Qdθ(t) +
transferido︷ ︸︸ ︷θ(t)Rt
dt
Onde:
W calor produzido por efeito Joule(Rcond · I2) [W
m
];
Q capacidade térmica do condutor e do isolante[
JC ·m
];
θ(t) Tcabo − Tamb [C];
Rt resistência térmica do isolante e do ar[ C ·m
W
].
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Cabos isoladosCapacidade de condução de corrente em regime permanente
A solução da equação diferencial:
W = Qdθ(t)
dt+θ(t)Rt
É dada por:
θ(t) = WRt
1− e
−tQRt
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Temperaturas de operação característicasCabos isolados
A tabela a seguir apresenta as temperaturas de operaçãocaracterísticas, em função do desempenho dinâmico de cada materialisolante
Tipo de material Regime Sobrecarga Curto-circuito
PVC 70 100 160 (1)
EPR 90 100 160 (1)
Papel (massa) 85 110 200
Papel (oleo) 85 105 250
(1): Fonte: http://www.ipce.com.br/introducao.html
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Temperaturas de operação característicasCabos isolados
Temperatura de regime permanente: maior temperatura que a isolaçãopode atingir continuamente em serviço normal (principal característicana determinação da capacidade de condução de corrente do cabo);
Temperatura em regime de sobrecarga: temperatura máxima que aisolação pode atingir em regime de sobrecarga (segundo normas defabricação, a duração desse regime não deve superar 100 horasdurante doze meses consecutivos, nem 500 horas durante a vida docabo);
Temperatura em regime de curto-circuito: temperatura máxima que aisolação pode atingir em regime de curto-circuito (segundo normas defabricação, a duração desse regime não deve superar 5 segundosdurante a vida do cabo).
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Cabos isoladosCapacidade de condução de corrente em regime permanente
A curva de aquecimento é dada por:
Instanteinicial
T(t) - [ºC]
t - [s]
(t) - [ºC]0-
Tamb
+TambWRt
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Cabo ideal e retilíneo no espaço livreResistência térmica
A resistência térmica do cabo ideal isolado e retilíneo, cuja seçãotransversal é circular, depende da resistência térmica do materialisolante e da resistência térmica do ar.
Rt = R isolantet + Rar
t
Onde:
R isolantet =
ρiso
2πln
Dcabo
Dcond; e
Rart pode ser calculado com base na norma IEC 60287.
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Cabo ideal e retilíneo no espaço livreCapacidade térmica
A capacidade térmica do cabo ideal isolado e retilíneo, cuja seçãotransversal é circular, depende da capacidade térmica do materialisolante e da capacidade térmica do material condutor.
Q = Qcondutor + Qisolante
Qcondutor = ccond ·Scond e Qisolante = ciso ·Siso = ciso ·π
4·
D2cabo − D2
cond
Onde:ccond é o calor específico do condutor; eciso é o calor específico do isolante.
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ExemploCálculo da capacidade de corrente em regime permanente
Determine a corrente máxima que pode circular por um condutorisolado ideal e retilíneo, cuja camada de isolação em PVC (70 [C])
possui 1 [mm] de espessura, e cujo elemento condutor de cobre possuiseção tranversal circular de área 2, 5
[mm2]. Dados:
ρiso = 6, 0[
C·mW
]Rtar = 4, 65
[C·m
W
]Qcondutor = 8, 625
[ JC·m
]Qisolante = 14, 84
[ JC·m
]
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ExemploCálculo da capacidade de corrente em regime permanente
O primeiro passo é calcular a resistência térmica do conjuntoisolação/ar, desta forma, tem-se:
R isolantet =
6, 02π
ln
√4 · 2, 5π
+ 1 + 1√4 · 2, 5π
= 0, 72[
C·mW
]
Portanto:
Rt = 0, 72 + 4, 65 = 5, 37[
C·mW
]
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ExemploCálculo da capacidade de corrente em regime permanente
Em seguida, calcula-se a resistência elétrica do condutor,considerando sua variação com a temperatura:
Rcond = ρ20[C]lcond
Scond[1 + α · θ (t)] = ρ20[C]
lcond
Scond[1 + α · (Tcond − 20)]
Supondo que a temperatura ambiente seja 20 [C] e que o condutortenha 1 [m] de comprimento (para o cobre: ρ20[C] = 1, 7241× 10−8 eα = 3, 93× 10−3), a resistência por metro do condutor é
Rcond = 1, 7241× 10−8 12, 5× 10−6
[1 + 3, 93× 10−3 · (70− 20)
]=
8, 252× 10−3 [Ω/m]
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ExemploCálculo da capacidade de corrente em regime permanente
A partir dos dados obtidos anteriormente, pode-se escrever a equaçãoque descreve a elevação de temperatura do condutor. Sendo assim:
θ (t) = 44, 311× 10−3 · I2(
1− e−t
126,007
)Considerando o tempo tendendo ao infinito, pode-se determinar acorrente I que é capaz de elevar a temperatura do condutor aos 70 [C]:
I =√
70−2044,311×10−3 = 33, 59 [A]
E a equação fica:
θ (t) = 50(
1− e−t
126,007
)EPUSP Eletrotécnica Geral 33
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ExemploDinâmica do sistema
A partir da equação da alevação de temperatura pode-se construir osistema dinâmico ilustrado.
b
-K-
alfaCu (20ºC)
-C-
a
-K-
Variaçãode temperatura
Valorunitário
1
ResistênciaElétrica
ResistividadeCu (20ºC)
-C-
Potênciade entrada
M5M4
M3
M2M1
Inverso da seçãotransversal (m^2)
-C-
Int
1sCorrente
elétrica
EPUSP Eletrotécnica Geral 34
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ExemploCorrente alternada vs. Corrente contínua
Os gráficos a seguir apresentam a elevação de temperatura para osistema submetido a uma corrente contínua e a uma corrente alternadade valor eficaz igual à corrente contínua.
0 200 400 600 800 1000 12000
10
20
30
40
50
60
Corrente Contínua
0 200 400 600 800 1000 12000
10
20
30
40
50
60
Corrente Alternada
EPUSP Eletrotécnica Geral 35
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ExemploCorrente alternada vs. Corrente contínua
O gráfico a seguir apresenta a comparação entre a elevação detemperatura para o sistema submetido a uma corrente contínua e auma corrente alternada de valor eficaz igual à corrente contínua.
1117.325 1117.33 1117.335 1117.34 1117.345 1117.35 1117.355 1117.36
49.9988
49.9990
49.9992
49.9994
49.9996
49.9998
50
50.0002
EPUSP Eletrotécnica Geral 36
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Regime cíclico de cargaCorrente admissível para o regime cíclico
T(t) - [ºC]
t - [s]
(t) - [ºC]0-
T0
Tcond_maxt1 t2
i(t) - [A]
Iadm_ciclo
t1 : intervalo de aquecimento (I 6= 0) e t2 : intervalo de resfriamento (I = 0)
EPUSP Eletrotécnica Geral 37
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Regime cíclico de cargaDeterminação da corrente admissível para o ciclo
Quando o elemento condutor é submetido a um regime cíclico decarga, a corrente admissível durante a etapa de condução desse ciclopode ser superior à corrente admissível do condutor em regimecontínuo de carga;
Iadm_ciclo ≥ Iadm_cont
Para tanto, deve-se garantir que temperatura final durante a condução,no regime cíclico, seja inferior à máxima temperatura que o condutorpode suportar.
Tmax_ciclo ≤ Tcond_max
EPUSP Eletrotécnica Geral 38
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Regime cíclico de cargaAquecimento
No aquecimento, o condutor respeita a curva definida pela seguinteequação:
Tcond (t1) = Tcond_max = T0 +(A · I2 + Tamb − T0
)·(
1− e−t1
B
)Onde:
A = Rcond · (Rtiso + Rtar )
B = (Rtiso + Rtar ) · (Qcond + Qiso)
Obs.: esta é a expressão geral para variação de temperatura em umcondutor. A dedução para a temperatura em operação não-cíclica é umcaso particular onde T0 = Tamb.
EPUSP Eletrotécnica Geral 39
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Regime cíclico de cargaResfriamento
No resfriamento, o condutor respeita a curva definida pela seguinteequação (caso particular da expressão anterior onde I = 0):
Tcond (t2) = T0 = Tamb + (Tcond_max − Tamb) · e−t2
B
EPUSP Eletrotécnica Geral 40
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Regime cíclico de cargaDeterminação da corrente admissível do ciclo
A corrente admissível do ciclo pode ser determinada substituindo T0 daequação de resfriamento na equação de aquecimento, lembrando que:
Tcond_max − Tamb = A · I2adm_cont
O que resulta em:
Iadm_ciclo = Iadm_cont ·
√1−e−
t1+t2B
1−e−t1B
EPUSP Eletrotécnica Geral 41
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Suportabilidade de corrente do fio em curto-circuito(Hipótese adiabática)
Considerando que o fio:
se encontra operando na temperatura máxima em regime;
é aquecido rapidamente até a temperatura máxima emcurto-circuito; e
não troca calor com o ambiente nesse curto intervalo de tempo.
A corrente máxima admissível em curto-circuito é tal que o calorproduzido é igual ao calor armazenado. Sendo assim:
Rcond · I2adm,cc · t = Q∆T e Iadm,cc =
√Q ·∆TRcond · t
Onde Rcond é calculada (por metro) na máxima temperatura emcurto-circuito.
EPUSP Eletrotécnica Geral 42
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Correção da capacidade de correnteFator de correção de temperatura
Caso a temperatura ambiente seja diferente de da temperatura adotadapara a obtenção da curva de aquecimento do condutor, pode-seproceder com a obtenção da nova curva, porém o usual é a utilizaçãode fatores de correção de temperatura que são tabelados (NBR5410).
EPUSP Eletrotécnica Geral 43
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Correção da capacidade de correnteFator de correção de agrupamento
Caso haja dois (ou mais) condutores próximos, o aquecimentoproduzido pela passagem de corrente em um condutor interfere com oaquecimento produzido pela passagem de corrente em um segundocondutor;
Neste caso, a curva de aquecimento comporta-se de maneira diferentee a corrente máxima que pode circular no segundo condutor é menor.
EPUSP Eletrotécnica Geral 44
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Correção da capacidade de correnteFator de correção de agrupamento
Instanteinicial
T(t) - [ºC]
t - [s]
Tamb
Top2
= Top3Top1
i (t)1
i (t)1
i (t)1
i (t)1
i (t)2
i (t)2
f = aI2I1__
EPUSP Eletrotécnica Geral 45
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Correção da capacidade de correnteFator de correção de agrupamento
Os fatores de correção para agrupamento são tabelados (NBR5410).
EPUSP Eletrotécnica Geral 46
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Dispositivos de proteção
EPUSP Eletrotécnica Geral 47
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Sistemas de proteçãoDefinições
Sistemas de proteção são sistemas que tem o objetivo de desligar aparcela do sistema elétrico de potência que se encontra defeituosa, ouoperando fora das suas condições normais;
Nesse contexto, os sistemas de proteção devem atuar rapidamentepara minimizar riscos à vida humana e danos aos equipamentos quecompõem os sistemas elétricos de potência;
Normalmente, há duas situações que podem produzir danos:
Sobrecargas de longa duração; e
Curtos-circuitos.
EPUSP Eletrotécnica Geral 48
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Condições anormais de operaçãoFalha no sistema de proteção
http://www.youtube.com/watch?v=oDLzgZdt8ZM
EPUSP Eletrotécnica Geral 49
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Componentes dos sistemas de proteçãoSistema de proteção de linhas de transmissão
Os elementos dos sistemas de proteção mais complexos estãoilustrados na figura.
de potencial
de corrente
Disjuntor
Canal deComunicação
Transformador
Transformador
DispositivoEletrônicoInteligente
EPUSP Eletrotécnica Geral 50
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Componentes dos sistemas de proteçãoDescrição dos componentes
Transformadores de instrumentação: responsáveis por adequar osvalores dos sinais de tensões e correntes, que circulam no sistemaprotegido, a valores que podem ser lidos pelos dispositivos eletrônicosinteligentes;
Transformador de corrente: responsável por adequar os valoresdos sinais de corrente;
Transformador de potencial: responsável por adequar os valoresdos sinais de tensão.
Dispositivos eletrônicos inteligentes (relés de proteção): responsáveispor avaliar se o sistema elétrico encontra-se operando normalmente ouse há alguma condição anormal de operação (sobrecarga oucurto-circuito);
EPUSP Eletrotécnica Geral 51
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Componentes dos sistemas de proteçãoDescrição dos componentes
Dispositivos eletrônicos inteligentes (cont.);
Relés de proteção eletromecânicos: são equipamentos utilizadosamplamente, cujo princípio de operação é mecânico;
Relés de proteção eletrônicos: são equipamentos utilizadosdurante um curto período, cuja operação é baseada emcomponentes eletrônicos analógicos;
Dispositivos eletrônicos inteligentes (relés numéricos ou relésdigitais): são equipamentos desenvolvidos concomitantemente aodesenvolvimento dos processadores digitais, cuja operação ébaseada em rotinas de software.
EPUSP Eletrotécnica Geral 52
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Sistemas de proteçãoDescrição dos componentes
Disjuntores: são elementos capazes de seccionar o circuito elétrico quese encontra operando fora das condições anormais de operação,mesmo quando a magnitude da corrente é elevada e há a formação dearco elétrico;
Canais de comunicação: são compostos pelo meio físico decomunicação e pelos equipamentos capazes de proporcionar a trocade informações entre os relés de proteção, de modo a melhorar odesempenho global do sistema de proteção como um todo.
EPUSP Eletrotécnica Geral 53
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Formação do arco elétricoSeccionamento de rede de 500 [kV]
http://www.youtube.com/watch?v=6GiIVze2Tac
EPUSP Eletrotécnica Geral 54
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Funções de proteçãoTipos de função de proteção
Existem diversas funções de proteção, que foram desenvolvidas para aproteção dos equipamentos dos sistemas elétricos de potência(geradores, transformadores, linhas de transmissão, alimentadores dedistribuição, etc.);
Dentre as diversas funções de proteção pode-se destacar as funçõesde sobrecorrente, largamente empregadas em instalações elétricas debaixa tensão:
Sobrecorrente instantânea e temporizada (ANSI 50/51);
Sobrecorrente direcional instantânea e temporizada (ANSI 67).
EPUSP Eletrotécnica Geral 55
Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Proteção de sobrecorrenteExemplo
A figura ilustra o exemplo de um dispositivo de proteção desobrecorrente.
FonteDispositivoEletrônicoInteligente
Carga
Corrente de carga
FonteDispositivoEletrônicoInteligente
CargaCurto-circuito
Corrente elevada
(a) Situação normal
(b) Situação de sobrecorrente
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Proteção de instalações elétricas de baixa tensãoComponentes do sistema de proteção
Sistemas de proteção para instalações elétricas de baixa tensãonormalmente são mais simples e apresentam um custo menor do queos sistemas de proteção para instalações elétricas mais sofisticadas;
Nesse caso, os dispositivos que discernem as situações normais dassituações de sobrecarga e/ou curto-circuito (relés de proteção)confundem-se com os dispositivos que efetuam o desligamento docircuito (disjuntores);
Os dispositivos de proteção que encontram-se nessa categoria são:
Elos fusíveis;
Disjuntores (quicklags).
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Corrente nominalDefinições
É o máximo valor eficaz da intensidade de corrente que pode circularpelo dispositivo de proteção (elo fusível ou disjuntor quicklag) semcausar seu desligamento automático;
É uma característica técnica do dispositivo de proteção em questão e,portanto, é parâmetro de projeto quando da seleção do dispositivo deproteção mais conveniente para os diversos circuitos da instalaçãoelétrica;
Fonte Carga(pode variar)
I = Corrente de carga
Inominal < max I Dispositivode proteção
nas condições da instalaçãocorrente suportada pelo condutor
Normalmente é a máxima
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Corrente nominalDefinições
O dispositivo de proteção (elo fusível e/ou disjuntor) se comportasegundo as equações:
I < Inominal → não ocorre o desligamento;
I > Inominal → ocorre o desligamento em ∆t = f
I−1O tempo para seccionamento do circuito elétrico, que é protegido pelodispositivo de proteção, é dado por:
∆t = tinício curto − textinção
Esse tempo é inversamente proporcional à magnitude da corrente desobrecarga ou curto-circuito, isto é, quanto maior essa corrente, menoro tempo para o dispositivo de proteção desligar o circuito.
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Curva “Tempo vs. Corrente”Característica de atuação dos dispositivos para proteção contra sobrecorrente
A curva “Tempo vs. Corrente”, ilustrada na figura, descreve ocomportamento descrito pelas equações apresentadas anteriormente.
Corrente máxima
tem
po -
[s]
corrente - [A]
t mínimo
de carga
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Capacidade disruptivaDefinições
É o máximo valor eficaz da corrente que pode ser interrompida pelodispositivo de proteção;
Assim como a corrente nominal, também é uma característica técnicado dispositivo de proteção em questão e, portanto, é parâmetro deprojeto quando da seleção do dispositivo de proteção mais convenientepara os diversos circuitos da instalação elétrica;
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Capacidade disruptivaDefinições
Normalmente é expressa em termos de corrente máxima ou depotência aparente máxima que o dispositivo de proteção é capaz deinterromper: Sdisruptiva =
√3Vnominal · Idisruptiva → circuito trifásico;
Sdisruptiva = Vnominal · Idisruptiva → circuito monofásico.
Onde:Vnominal Tensão eficaz nominal de linha [V ];
Idisruptiva Corrente disruptiva [A];
Sdisruptiva Capacidade disruptiva [VA].
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Capacidade disruptivaDimensionamento incorreto
http://www.youtube.com/watch?v=ZhFY7wepItQ
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elos fusíveisDefinições
Elos fusíveis são dispositivos de proteção constituídos por elementocondutor, de composição especial, dimensionado de modo a fundir comintensidade de corrente especificada;
O processo de fusão ocorre em um intervalo de tempo bemdeterminado;
O calor para a fusão provém da corrente que o atravessa, por efeitoJoule;
Os tipos de fusíveis mais comuns, utilizados em instalações elétricasde baixa tensão, são: tipo rosca; cartucho (faca ou virola); diazed; eNH, que possui alta capacidade disruptiva.
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Elos fusíveisTipo rosca
A figura a seguir ilustra um fusível do tipo rosca.
http://hifusi.com.br
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elos fusíveisFusível cartucho do tipo virola
A figura a seguir ilustra um fusível cartucho do tipo virola.
http://hifusi.com.br
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elos fusíveisFusível cartucho do tipo faca
A figura a seguir ilustra um fusível cartucho do tipo faca.
http://hifusi.com.br
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elos fusíveisTipo diazed
A figura a seguir ilustra um fusível do tipo diazed.
http://portuguese.alibaba.com
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Elos fusíveisTipo NH
A figura a seguir ilustra um fusível do tipo NH, que possui altacapacidade disruptiva.
http://www.eletricapaulista.com.br/
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Fusível tipo NHPrincípio de funcionamento
http://www.youtube.com/watch?v=ZhFY7wepItQ
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Característica de operação dos fusíveisCurva “Tempo vs. Corrente”
A curva “Tempo vs. Corrente”, ilustrada na figura, descreve ocomportamento genérico de um dispositivo de proteção do tipo fusível.
Corrente máxima
tem
po -
[s]
corrente - [A]
t mínimo
de cargaEPUSP Eletrotécnica Geral 71
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DisjuntoresDefinições
Disjuntores de baixa tensão (quicklags) são dispositivos do tipo nofuse, pois interrompem o circuito pela abertura de uma chave;
Possuem dois elementos que “percebem” a ocorrência desobrecorrente devido à sobrecarga ou curto-circuito:
Elemento térmico: responsável pela detecção de eventos desobrecarga de longa duração;
Elemento magnético: responsável pela detecção de eventos decurto-circuito.
Além desses elementos, os disjuntores possuem uma chave e umacâmara de extinção do arco elétrico que se forma durante a abertura dachave.
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Aspectos construtivosArranjo típico
A figura ilustra o arranjo de um disjuntor de baixa tensão.
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Circuitbreaker.jpg
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Ilustração das atuações térmica e magnética"Manual de instalações elétricas", Julio Niskier
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elemento térmicoPrincípio de funcionamento
http://www.youtube.com/watch?v=AEkX6GEm06g
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Elemento magnético e extinção do arcoPrincípio de funcionamento
http://www.youtube.com/watch?v=AEkX6GEm06g
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Condutores Capacidade de condução de corrente Dispositivos de proteção Elos fusíveis Disjuntores Coordenação
Característica de operação dos disjuntoresCurva “Tempo vs. Corrente”
A curva “Tempo vs. Corrente”, ilustrada na figura, descreve ocomportamento genérico de um dispositivo de proteção do tipodisjuntor.
Corrente máxima
tem
po -
[s]
corrente - [A]
t mínimo
de cargaCorrente mínimade curo-circuito
Sobrecarga Curto-circuito
Atuação pelo elemento térmico Atuação pelo elementomagnético
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Coordenação da proteçãoExemplo
Circuito "n"
I = Corrente de carga total
Inominal < max I Disjuntor
nas condições da instalaçãocorrente suportada pelo condutor
Normalmente é a máximaQuadro de Medição
Quadro de Distribuição
Circuito 1
1I
nI
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OBRIGADO!
Este material é resultado da modernização dos materiais elaborados pelosprofessores do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elé-tricas da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para as diversasdisciplinas da área de Eletrotécnica Geral e foi desenvolvido pelo profes-sor Giovanni Manassero Junior, com a colaboração da professora MilanaLima dos Santos e de Ronald Adrian Poma Fuentes, com a coordenaçãodo professor Hernán Prieto Schmidt.
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