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Conectando pessoas, tecendo redes:
a Rede como estratégia na Gestão Pública
I Ciclo de Palestras para Gestores Públicos do RN,
Secretaria de Administração e dos Recursos Humanos do RN,
Escola de Governo
Vivianne Amaral
Rede Gestão Pública RN
A partir dos anos 80, no século XX, emerge o fenômeno das redes no contexto da sociedade informacional, como padrão estrutural do processo de globalização. A emergência do padrão como suporte (rede tecnológica) e como estratégia para ações descentralizadas e coordenadas à distância tem íntima vinculação com a revolução provocadapelas tecnologias de comunicação e informática.
“A Internet não é simplesmente uma tecnologia: é um meio de comunicação e é a infra-estrutura material de determinada forma organizacional: a rede” (CASTELLS, 2003, p. 28).
Estas redes sociais, suportadas pela tecnologia, desenvolvem-se a partir de relacionamentos sociais e processos coletivos existentes e são acionadas intencionalmente por grupos de pessoas e organizações como estratégia para alcançar objetivos comuns em diversos campos da vida social, econômica, cultural e política.
O que é novo é a combinação dos dois, a inter-relação humana e a tecnologia, gerando redes híbridas de inteligência
Rede de informação
Conjunto de fontes de informação e de transmissão oferecendo serviços de comunicação.
Redes sociais
Uma estrutura de laços entre os atores de um sistema social. Os seus laços podem basear-se na conversação, afeto, amizade, parentesco, autoridade, trocas econômicas, troca de informação ou quaisquer outras coisas que constituam a base de uma relação.
A estratégia rede consiste em criar ou, na maioria das vezes, em ativar e orientar as ligações geradas pelas relações entre atores de um sistema imprimindo-lhes um conteúdo e um objetivo comum.
A noção de rede induz também à noção de projeto comum, em torno do qual se agrupam atores sociais que trabalham juntos para formar um sistema, um dispositivo inteligente
As configurações das redes
assumem diferentes desenhos,
dependendo do contexto onde são
acionadas, da cultura política de
seus participantes, da
conectividade alcançada, do uso
que fazem da comunicação e dos
objetivos. Cartão Visa Fórum Social Mundial Rede de ONGs da Mata Atlântica Rede Globo de TV Rede do software livre Rede Pão de Açúcar Rede de gestão de conhecimento
padrão rede
O padrão é imaterial, é um conjunto
de princípios que ordena os fluxos
entre os elementos de um
determinado sistema. Ele se
corporifica na estrutura, que é gerada
pelos fluxos que acontecem no
sistema.
O padrão comum
Mapa da InternetRede de proteínas numa célula
Os princípios do padrão, quando praticados, geram uma cultura particular de relações
que influenciam mudanças nas organizações
“O cultivo, a cultura (no sentido de cultivar valores e atitudes), é o que oferece a base, acalenta e cria o cenário para espaços novos, tempos novos para novas respostas. Nossas atitudes podem criar realidades novas, criar qualidade no que fazemos.” (Lia Diskin)
• comunicação multidirecionada, gerada em diferentes pontos e distribuída (potencial)
• emergência
• auto-organização (potencial)
• relações sociais sem subordinação – dominação (potencial)
• equilíbrio dinâmico.
Dinâmicas de rede:Dinâmicas de rede:
A cultura da atuação em A cultura da atuação em rederede
Transparência
Conectividade
Colaboração
Autonomia
Descentralização
Interdependência
Gestão piramidal Gestão em rede
Tomada de decisão top down
Participação de diferentes níveis
Centralizada, linear
Descentralizada, retro-alimentada
Aversão a riscos e mudanças
Admite riscos, aceita a emergência
Visão impositiva Visão compartilhada
Dentro dos limites administrativos
Através dos limites administrativos
Ator individual Parcerias, relações
Contribuições potenciais das redes aos processos coletivos
A organização em pirâmide, baseava-se em um sistema de informações também em pirâmide, concebido para controlar a execução do planejamento. Sob a forma de rede, a organização insere-se num contexto de relações entre atores e ambiente que ela transforma, transformando-se. O sistema de informações se organiza segundo uma lógica reticular que armazena, alimenta e transmite.
Marcon & Moinet
Pirâmide Rede
Redes de cooperação produtiva: uma estratégia de competitividade e sobrevivência para pequenas e médias empresas, Maria Elena León Olave; João Amato Neto.
Importância da comunicação na rede
Desafios
• Criar um sentido comum para a ação;
• Manter a comunicação fluída e
significativa;
• Desenvolver uma cultura social de
acolhimento e confiança no ambiente da
rede;
• Sair de uma cultura de adesão e
subordinação para uma cultura de
autonomia e iniciativas.
•Respeitar o tempo de maturação do
processo
Superar a visão romântica sobre o fenômeno das redes operativas:
- Se desenvolvem espontaneamente,
- Não há necessidade de dinheiro,
- Não há necessidade de coordenação,
- Todos vão colaborar,
- A auto-organização é espontânea.
Desafios
conversação conversação produção socialprodução social parceriasparcerias
conhecimento conhecimento colaboração colaboração REDESREDES
inteligência coletivainteligência coletiva afetos afetos
interaçãointeração comunicação colaborativacomunicação colaborativa
informação em fluxo informação em fluxo poderpoder redes de conversações
ação coletivaação coletiva multidãomultidão trabalho imaterial trabalho imaterial
comunidades de interesse ação política comunidades de interesse ação política
capital socialcapital social comunidades comunidades de práticade prática
CONEXÕES SOCIAISCONEXÕES SOCIAIS