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FUSES E AQUISIES

ESTRUTURAS POSSVEIS. VANTAGENS E DESVANTAGENSPaula Vianna

Programao1) Operaes de Reorganizao SocietriaFuso Incorporao Ciso Incorporao de Aes Conferncia de Ativos e Passivos a Nova Sociedade (Drop-down) Reduo de Capital com Restituio a Scio Permuta

2) Alienao de Controle/Participao Societria Compra e Venda de Aes pura e simples; Reduo de Capital com Restituio a Scio PF seguida de venda pela PF; Permuta; Ciso de Caixa

3) Alienao de Linha de Negcios Compra e Venda de Ativos e Assuno de Obrigaes; Ciso Parcial Seguida de Alienao de Aes; Drop-Down Seguida de Alienao de Aes.

4) Estruturas de Planejamento Fiscal

Tendncia do Fisco vs Princpios Legais Eliso vs. Evaso Decises Desfavorveis ao Contribuinte Decises Favorveis ao Contribuinte Decises Judiciais

1) Operaes de Reorganizao Societria

Efeitos da Fuso, Incorporao e Ciso Prejuzos Fiscais e Base Negativa de CSL Lucro Inflacionrio com Tributao Diferida e Saldo Credor CMC - Lei 8.200/91 (CM de balano cessou a partir de 1995) DIRPJ Sucesso (art. 135 CTN + art. 5 DL 1.598/77)

Prejuzos Fiscais e Base Negativa de CSL Deciso da CSRF (Ac. 01-04258, de 01.12.2002) - o limite de 30% no objetivou excluir a compensao integral dos prejuzos fiscais, mas to somente difer-la no tempo, o limite no pode ser aplicado nos perodos-base de extino das pessoas jurdicas por incorporao. 1 Cmara (n 101.94515, 17.03.2004), num caso de ciso parcial, que entendeu o seguinte: Em relao parcela proporcional ao patrimnio lquido transferido, a limitao retiraria a possibilidade de compensao. Por essa razo, no balano de ciso, a parcela de prejuzos proporcional ao patrimnio transferido pode ser compensada independentemente da limitao de 30%.

Incorporao Inversa para preservar Prejuzo Fiscalcomo a incorporadora passou a adotar a denominao e a sede da incorporada e as atividades da incorporada preponderaram, a incorporadora que deveria ser extinta Deciso reformada pelo Acrdo CRSF n 01-01.874/96: se o ato praticado era lcito, as conseqncias contrrias ao Fisco devem ser qualificadas como caso de eliso fiscal e no de evaso ilcita Acrdo n 101-81.859/91 (1 C, 1 CC): inverteu o sentido de incorporao;

Acrdo n 103-14432/93 (3 C, 1 CC): a incorporadora passou a adotar a denominao social e a sede da incorporada (operao semelhante do Acrdo n 101-81.859/91); no h proibio em adotar-se incorporao inversa para obter vantagens fiscais Acrdo CRSF n 01-01756/94: vlida a incorporao inversa, realizada sem propsito negocial, para obter vantagem financeira (preservar o prejuzo fiscal da incorporada)

Incorporao de Companhia Controlada com Aproveitamento de gio Investimentos Avaliados pelo Mtodo de Equivalncia Patrimonial (MEP) (vf. art. 385 do RIR/99 e art. 248 da Lei das S.A.)

Fundamento econmico do gio ou desgio com base (vf. art. 385 do RIR/99): (a) valor de mercado de bens do ativo da investida; (b) perspectiva derentabilidade futura; (c) fundo de comrcio, intangveis e outras razes econmicas :

Alteraes trazidas pela Lei n 9.532/97 - na incorporao, o gio deve ser registrado como ativo, observando-se a fundamentao econmica gio registrado com base na perspectiva de rentabilidade futura da investida: dever ser registrado em contrapartida conta do ativo, devendo ser amortizado nos balanos correspondentes apurao do lucro real levantados posteriormente incorporao, fuso ou ciso, razo de at 1/60, no mximo, para cada ms do perodo de apurao (art. 386, III, RIR/99) :

Alteraes trazidas pela ICVM n 319/99 (alterada pela ICVM n 320/99 e 349/01) O valor correspondente ao gio dever ser registrado em conta de reserva especial de gio na incorporao (art. 6, 1 da ICVM n 319/99), podendo ser capitalizada na medida do benefcio fiscal efetivo e at o valor deste. O Protocolo de Incorporao pode prever que as aes decorrentes da capitalizao da reserva de capital sejam destinadas exclusivamente aos acionistas da incorporada (controladora da incorporadora), no que corresponda economia fiscal que a amortizao do gio vier a propiciar (art. 7 da ICVM n 319/99)

Os

dividendos atribudos s aes detidas pelos acionistas no controladores no

podero ser diminudos pelo montante do gio amortizado em cada exerccio. (art. 16 da ICVM n 319/99)

Incorporao de Aes e Criao de Subsidiria Integral A incorporao de aes a operao pela qual a totalidade das aes de determinada companhia transferida a outra em realizao de capital para convert-la em subsidiria integral (art. 252 da Lei das S.A.) A empresa cujas aes so incorporadas transforma-se em uma subsidiria integral da incorporadora e as aes representativas do aumento de capital da incorporadora so atribudas aos acionistas da empresa cujas aes so incorporadas, na proporo de suas participaes no capital da mesma, observadas as classes de aes ordinrias e preferenciais Parte significativa da doutrina entende haver na incorporao de aes uma transferncia forada de bens (no caso, aes) em realizao de capital da incorporadora. A prevalecer esse entendimento, haveria a incidncia de impostos sobre o ganho de capital

Conferncia de Ativos e Passivos a Nova Sociedade (Drop Down) Conferncia de Bens em integralizao de capital - JurisprudnciaAcrdos n 104-17026/99 e n 104-18849/2002 (4 C, 1 CC): o pagamento de subscrio de aes/quotas de uma empresa com aes/quotas que o scio subscritor possui em outra empresa configura alienao de participao societria e a diferena entre o custo corrigido e o valor da alienao rendimento tributvel

Possibilidade de diferir a tributao: (i) participaes societrias - mediante a excluso do ganho registrada no LALUR (art. 36 da Lei n 10.637/2002); e (ii) imveis e outros bens - mediante o registro contbil de reserva de reavaliao (art. 439 RIR/99) Transferncia de bens tendo como contrapartida a assuno de obrigaes a diferena entre o custo e o valor de alienao tributvel Incidncia de PIS/COFINS exceto na venda de bem do ativo permanente Sucesso art. 133 do CTN ICMS

Reduo de Capital com Restituio a Scio Lei n 9.249/95 - Art. 22 + IN SRF n 84/01 - Na devoluo por valor de mercado, a diferena entre este e o valor contbil dos bens ou direitos entregues ao scio ser considerada ganho de capital tributvel da PJ investida.- Scio Pessoa Fsica - os bens ou direitos recebidos em devoluo de sua participao no capital sero informados, na declarao de bens pelo valor contbil ou de mercado, conforme avaliado pela pessoa jurdica e a diferena entre estes e o valor registrado na DIRPF no ser tributado no scio PF. - Scio Pessoa Jurdica - os bens ou direitos recebidos em devoluo de sua participao no capital sero registrados pelo valor contbil da participao ou de mercado, conforme avaliado pela PJ que esteja devolvendo o capital. A diferena entre o valor de mercado e o valor contbil da participao no ser tributada no scio PJ.

Permuta Consiste na troca de bens ou direitos, cabendo a cada uma das partes substituir o bem entregue em permuta pelo bem recebido em contrapartida da operao O bem ou direito adquirido ingressa no ativo do permutante pelo valor do bem alienado, sendo a mais-valia entre o custo do bem adquirido e seu valor de mercado ganho ainda potencial, que s se realizar quando convertido, mediante troca no mercado, em direitos que tenham liquidez As permutas no so capazes de gerar a incidncia de IR nem de CSL (entendimento cada vez mais evidenciado - ex. Lei n 8.383/91, PND)- Inicialmente, o 1 CC concluiu em sentido contrrio: (i) Acrdo n 10176.827/86; (ii) Acrdo n 101-77.958/88; e (iii) Acrdo n 101-74.490/83 - Em decises posteriores, o 1 CC entendeu que as permutas s seriam tributadas quando houvesse torna, ou seja, quando uma das partes transfere dinheiro outra, para compensar o maior valor de um dos bens tributados: (i) Acrdo n10240.751/96; e (ii) Acrdo n 104-16330/98

2) Alienao de Controle/Participao Societria

Compra e Venda SimplesNo caso de alienante A pessoa fsica:

ganho de capital tributado alquota de 15% (art. 142 do RIR/99) pagamento do IR sobre ganho de capital at o ltimo dia til subseqente ao do recebimento (art. 852 do do RIR/99) regime de caixa - pagamento a prazo v. art. 31 da IN SRF n 84/2001No caso de alienante A pessoa jurdica:

incluso nas bases de clculo de IRPJ e CSLL (alquota total 24% ou 34%), inclusive no lucro presumido. Lucro Real ou Estimado = permite compensao com perdas correntes. venda de bem integrante do ativo permanente no est sujeita ao PIS e COFINS

Alternativas: Reduo

de Capital com Restituio a Scio Pessoa Fsica - ITBI (exceto devoluo de imvel); prazo para oposio de credores (90 dias Limitada - 60 dias SA); Permuta - sociedade caixa/ativos lquidos vs sociedade com imvel/bens ou operacional = Risco Fiscal Ciso - ciso de caixa = Risco Fiscal

Exemplos de decises administrativas sobre ciso de caixa:Acrdo n 106-09.343/97 (6 C, 1 CC): considerou regular operao de aumento de capital, com emisso de aes com gio, seguido de ciso de caixa, realizada com evidente objetivo de substituir a alienao de participaes societrias e evitar a incidncia de imposto sobre o ganho de capital que dela resultaria. O entendimento de que no caso ocorreu eliso lcita foi influenciada por: (a) o preo de emisso das aes atendeu ao disposto no art. 170 da LSA, posto que no foi questionado pelo fisco; e (b) o recorrente no teria auferido acrscimo patrimonial, j que teria ocorrido apenas a substituio das aes, sem que lhe tivesse sido repassado qualquer parcela do gio pago. Acrdo n 103-21227/2003 (3 C, 1 CC): considerou ilegtimo planejamento fiscal consistente na realizao de aumento de capital seguido de ciso de caixa. Neste caso foi verificado a prtica de preo de emisso ilgico, fixado com o evidente objetivo de elevar o custo dos investimentos de seus acionistas.

3) Alienao em Linha de Negcios

Estrutura Bsica: Compra e Venda de Ativos e Assuno de Obrigao Ganho de capital dever ser includo na base de clculo de IR e CSLL (alquota total de24% a 34%), inclusive no lucro presumido

possibilidade de compensao do ganho de capital com

outros prejuzos

auferidos pela pessoa jurdica no mesmo ano, se a pessoa jurdica for tributada com base no lucro real recolhido por estimativa, ou no mesmo trimestre se a pessoa jurdica for tributada pelo lucro real com recolhimento definitivo trimestral

Alternativas:Dvidas civis e comerciais: pode limitar sucesso ver art. 229, p. 1, LSA; Sucesso tributria, trabalhista e previdenciria.

Ciso Parcial Seguida de Alienao de Aes -

Drop Down seguido de Alienao de Aes -

Sucesso tributria, trabalhista e previdenciria; ICMS; PIS e COFINS; Ganho de capital tributvel: (i) bem x capital social, possibilidade de diferimento (art. 36 da Lei 10.637/02, art. 439 do RIR/99); (ii) bem x assuno de obrigao; (iii) venda de aes da Newco para B

4) Estruturas de Planejamento Fiscal

Tendncia do Fisco em desconsiderar a prtica lcita de atos que afastam a incidncia de tributos = entende certas operaes estranhas ao normalmente utilizado como simulao em razo da falta de fundamentao econmica direito do contribuinte planejar e executar seus negcios de maneira que lhe seja mais vantajosa, dentro dos limites da legislao Princpio da legalidade: o Poder Pblico somente pode impor obrigaes quando autorizado por lei Reserva da lei: somente ato legislativo pode instituir ou majorar tributo ou definir fato gerador, sujeito passivo e base de clculo = no admitida a analogia

ELISOPrtica de ato de natureza lcita, antes da ocorrncia do fato gerador, visando economia fiscal mediante a utilizao de alternativas menos onerosas, permitidas pela legislao (= Planejamento Tributrio lcito)

EVASOPrtica de ato omissivo ou comissivo de natureza ilcita, aps a ocorrncia do fato gerador, visando diminuir ou eliminar a carga tributria, ocultando o verdadeiro ato ou real situao jurdica do contribuinte (= operao fraudulenta)

Simulao: Art. 167 do Novo Cdigo CivilArt. 167. nulo o negcio jurdico simulado, mas subsistir o que se dissimulou, se vlido for na substncia e na forma: 1 - Haver simulao nos negcios jurdicos quando: I aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas s quais realmente se conferem ou transmitem; II contiverem declarao, confisso, condio, ou clusula no verdadeira; III os instrumentos particulares forem ante-datados ou ps-datados;

Lei Complementar n 104/2001:- introduo de dispositivo no Cdigo Tributrio (art. 116, pargrafo nico) que autorizasse o Fisco a desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria. - efeito: reconhecimento de que a legislao em vigor no oferece ao Fisco armas para combater os planejamentos fiscais - o dispositivo necessita lei ordinria para ter aplicao; tentativa por meio da Medida Provisria n 66/2002, com o objetivo de atingir atos que, embora lcitos, tenham sido praticados com abuso de forma ou falta de propsito negocial, que j vinham sendo desconsiderados pelo fisco. Tais normas no foram consideradas na converso da MP 66/02 em lei, mas parecem ter sido editadas com o objetivo bsico de validar os procedimentos que o fisco vinha adotando, ora sendo rejeitados por nossos tribunais, ora no.

Decises Administrativas Desfavorveis ao Contribuinte:Acrdo n 103-05942/84 (3 C, 1 CC): seria simulada a criao de oito empresas para dividir entre elas o total das receitas da atividade e, com isso, possibilitar a tributao de seus resultados pelo lucro presumido.Tais empresas no possuiam empregados ou instalaes prprias. A empresa autuada quem assumia os gastos com comisses de venda e tratava com os compradores. Aps a encomenda, vendia os produtos para uma das 8 empresas criadas por valor inferior ao contratado, a qual realizava a venda final pelo valor contratado. Acrdo n 101-93.209/2001 (1 C, 1 CC) (cont):Entre as circunstncias que levaram caracterizao da simulao, no caso, estavam: (a) a existncia de um segundo contrato, assinado somente pelo adquirente das aes, prevendo a compra direta das mesmas da investidora; (b) a contabilizao efetuada pelo adquirente no sentido de o valor ter sido pago investidora, e no emissora das aes; e c) a existncia de contrato assinado 2 anos antes da operao questionada, prevendo o compromisso de a investidora alienar ao adquirente as aes da sua investida. Ou seja, no caso havia fortes indcios de simulao.

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Decises Administrativas Desfavorveis ao Contribuinte: (cont.)Acrdo n 101-93.209/2001 (1 C, 1 CC): considerou simulada operao em que acionista, para evitar a incidncia de imposto sobre o ganho de capital que decorreria da alienao direta de aes a terceiros, alienou ditas aes prpria emitente para que ela, em seguida, alienasse a terceiros as aes em tesouraria (o ganho na venda de aes em tesouraria pela empresa emitente no tributado). Acrdo CSRF n 01.02.107/1997: na incorporao de empresa operacional e rentvel por empresa de papel, com prejuzos fiscais, as quais, to logo consumada a operao, assumiam o nome da incorporada e passavam a exercer suas atividades. Por maioria de votos (6 conselheiros vencidos), concluiu a CSRF ter havido extino da empresa apresentada como incorporadora (empresa de papel) e no da empresa efetivamente incorporada (a operacional e rentvel). Neste recurso, discutiu-se hiptese em que determinado grupo financeiro adotou, por 4 anos seguidos, procedimento consistente na aquisio de empresa sem patrimnio e com prejuzos fiscais elevados para que a mesma incorporasse empresas rentveis do grupo, cujos lucros eram absorvidos pelos citados prejuzos. A repetio sistemtica dessa operao desprovida de qualquer sentido econmico, com o bvio e nico objetivo de evitar a incidncia do IR, certamente pesou na deciso da CSRF.

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Decises Administrativas Favorveis ao Contribuinte:Acrdo n 101-77837/88 (1 C, 1 CC): negcios efetuados sob formas que proporcionam maior economia tributaria e tm finalidade econmica e empresarial verdadeira caracterizam eliso fiscal e no evaso ilcitaAcrdo n 101-91.376/97 (1 C, 1 CC): considerou vlida operao em que empresa com reserva de reavaliao, prejuzo fiscal acumulado e dvida com controlada efetuou dao em pagamento do bem reavaliado referida controlada, apropriando a receita para realizar a reserva e compensar o prejuzo, sendo, em seguida, incorporada por sua controlada, a qual, no mesmo ato, adotou a sua denominao social Acrdo n 101-94.340/2003 (1 CC): julgou favoravelmente ao contribuinte hiptese em que, antes da alienao de determinados investimentos, o adquirente subscreveu aumento de capital (da empresa que pretendia adquirir) representado por aes emitidas com gio, para elevar o valor contbil das aes que o alienante pretendia vender e reduzir seu ganho de capital tributvel

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Decises Administrativas Favorveis ao Contribuinte: (cont.)Acrdo n 103-15107/1994 (1 CC): entendeu ser legtima a constituio de segunda empresa com o mesmo objeto social da primeira, com o objetivo de possibilitar a tributao de resultados da atividade com base no lucro presumido, se no houvesse prova de que apenas uma delas que efetivamente desenvolvia as atividades relacionadas ao referido objeto social. Acrdo CSRF n 01-874/1995: Simulao na Incorporao - Para que possa se materializar indispensvel que o ato praticado no pudesse ser realizado, fosse por vedao legal ou por qualquer outra razo. Se no existia impedimento para a realizao da incorporao tal como realizada e o ato praticado no de natureza diversa daquele que de fato aparenta, isto , se de fato e de direito no ocorreu ato diverso da incorporao, no h como qualificar-se a operao como simulada.Os objetivos visados com a prtica do ato no interferem na qualificao do ato praticado, portanto, se o ato praticado era lcito, as eventuais conseqncias contrrias ao fisco devem ser qualificadas como casos de eliso fiscal e no de evaso ilcita.

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Decises Judiciais: Processo n 120/I/88, in "Revista de Direito Tributrio", ano 12, n 44, pg. 180 e seguintes. Juiz da 12a Vara Federal de Minas Gerais, SACHA CALMON NAVARRO COELHO, assim se pronunciou: Ocorre que em Direito Tributrio, to marcado pelo princpio dalegalidade, no deve o intrprete aplicador, mesmo em caso de eliso, superpor-se lei. A funo de reprimir a evaso em razo de lacunas do legislador nunca do administrador. Dar razo ao Fiscoadministrao no particular cometer-lhe a funo de a todos controlar, sem apego s frmulas e formas de trfego jurdico, estruturadas para dar certeza e segurana aos cidados.

guisa de intrito, para bem vincar a posio do juzo, no tenho a menor dvida quanto ao fato de estarem as empresas de "leasing" e suas contratantes tirando as vantagens econmicas e fiscais possveis da insuficiente regrao da espcie. Todavia, penso que as lacunas da lei, "loop-holes" como dizem os americanos, s DEVEM SER SUPRIMIDOS POR LEI, para o bem de todos. Ainda que alguns estejam levando vantagem prefervel manter o princpio da legalidade do que estender ao Administrador poderes que amanh se tornariam muito difceis de controlar, alm de impor ao Judicirio, como PODER REVISOR DO ATO ADMINISTRATIVO, a obrigao de estar a verificar, caso a caso, a RAZOABILIDADE FISCAL DOS CONTRATOS. .................................................................................................................. No sou "legalista" por amor lei. Penso, sobretudo, na segurana dos justiveis quando do lado de l est o Estado."

Apelao em Mandado de Segurana n 1414-PB, (publicada na ntegra na "Revista do Tribunal Regional Federal - 5 Regio", abril/junho 1990, vol. 2, n 1, pgs. 159 e segs.). Deciso unnime de segunda instncia, proferida em 29.03.1990 pela 1 Turma do Tribunal Regional Federal (5 Regio)"Nas operaes de ciso, no ocorre lucro ou dividendo distribudo, sujeito tributao na fonte ou na declarao de rendimentos dos scios, acionistas ou do titular da pessoa jurdica. irrelevante a ocorrncia de duas ou mais cises subseqentes. Inteligncia dos artigos 375, 377 e 379 do Regulamento de Imposto de Renda aprovado pelo Decreto n 85450/80. Se a lei permite soluo tributariamente menos onerosa, no se pode impor ao contribuinte a utilizao de solues outras, que impliquem maior nus tributrio."