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“Muitas vezes pensa-se que há decisões do dia-a-dia que não devem internalizar os impactes negativos. Mas essa foi a razão pela qual criámos uma dívida que entrou na vizinhança perigosa do insustentável. A lição que fomos aprendendo sobre a necessidade do nosso desenvolvimento ter de ser sustentável é muitíssimo verdadeira quando olhamos para as políticas e para as finanças públicas”. “A pressão económica e ambiental com que hoje somos confrontados está a gerar problemas sociais muito graves que tornam necessária a ação das empresas na sociedade. A resolução dos problemas passa por um maior alinhamento da atuação das empresas com as políticas públicas. E estas têm de reforçar o papel dos instrumentos, nomeadamente os fiscais, para que a atuação das empresas possa ganhar escala e potenciar resultados”. “A renegociação do contrato social tem de ser feita de forma racional, preventiva e previsional. Isto requer a criação de mecanismos de decisão política que têm de estar para além das exigências do curto prazo. Têm de ter lentes de ver ao longe para corrigir a miopia dos atuais sistemas de decisão democráticos”. www.bcsdportugal.org | 1/11 José Honório Presidente da Direção do BCSD Portugal Conferência Anual do BCSD Portugal/Encontro de Presidentes NOTA ABERTURA | ENCONTRO DE PRESIDENTES | ANÁLISE | MESA REDONDA | OPINIÃO DOS CEO | ENTREVISTA | NOTA DE FECHO | GALERIA Pedro Passos Coelho, Primeiro-Ministro Peter Bakker, presidente do WBCSD Vitor Bento, economista eficaz a concretização das políticas para o Desenvolvimento Sustentável. Em 2050 seremos mais de 9 mil milhões de pessoas a habitar o planeta, pelo que é determinante a forma como racionalizamos esse desafio e colocamos o interesse global no centro da discussão. Quisemos demonstrar que o BCSD Portugal está virado para a Sociedade Civil e está motivado para a responder aos problemas dos cidadãos. Queremos levar o tema da Sustentabilidade à Sociedade, colocando a tónica no papel que as empresas têm na recuperação económica e social do País, se para tal poderem trabalhar em cooperação com os restantes agentes económicos e sociais. Achámos por isso oportuno solicitar ao senhor Primeiro-Ministro a inclusão do BCSD Portugal no CNADS - Conselho Nacional para o Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, porquanto a nossa experiência (própria da organização, dos seus associados e no WBCSD), o nosso perfil e o objeto do BCSD Portugal colocam-o numa posição ímpar em Portugal para garantir uma participação ativa, construtiva e informada, naquele órgão consultivo do governo. Acredito terem sido cumpridos os objetivos. Da nossa parte, reunimos uma série de interessantes contributos e prometemos tê-los em consideração no nosso futuro. Continuaremos a trabalhar com os nossos membros e integrando novos parceiros, em estreita articulação com Reguladores e decisores políticos, sempre em prol do desenvolvimento verdadeiramente durável a que os nossos descendentes têm direito. A Conferência Anual e o Encontro de Presidentes são dois grandes momentos de interação com os nossos associados e com os stakeholders mais relevantes. Com o tema escolhido pretendeu-se construir um diálogo sobre a forma como as empresas podem ajudar a encontrar soluções para os desafios do Desenvolvimento Sustentável e, em particular, a ajudar a ultrapassar as dificuldades que a sociedade portuguesa atravessa. A presença de algumas das maiores empresas nacionais evidenciou o compromisso do nosso tecido empresarial para com a Sustentabilidade e a importância deste tema nas respetivas estratégias de negócio. Ficou particularmente claro que a adoção de práticas duráveis pode ser um fator essencial para obter vantagens competitivas para as empresas que ambicionam ter uma posição relevante nos mercados onde operam, designadamente no plano internacional. Tivemos também uma presença marcada dos mais diversos representantes do Governo e entidades públicas. Estabelecer um diálogo transparente entre estes e as empresas foi útil na medida em que as empresas têm os meios, o conhecimento e a motivação para, em parceria, acelerar de forma

Conferência Anual do BCSD Portugal/Encontro de Presidentesbcsdportugal.org/.../2013/10/News-2012-12-ESP-Encontro-Presidentes.pdf · A Conferência Anual e o Encontro de Presidentes

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“Muitas vezes pensa-se que há decisões do dia-a-dia que não devem internalizar os impactes negativos. Mas essa foi a razão pela qual criámos uma dívida que entrou na vizinhança perigosa do insustentável. A lição que fomos aprendendo sobre a necessidade do nosso desenvolvimento ter de ser sustentável é muitíssimo verdadeira quando olhamos para as políticas e para as finanças públicas”.

“A pressão económica e ambiental com que hoje somos confrontados está a gerar problemas sociais muito graves que tornam necessária a ação das empresas na sociedade. A resolução dos problemas passa por um maior alinhamento da atuação das empresas com as políticas públicas. E estas têm de reforçar o papel dos instrumentos, nomeadamente os fiscais, para que a atuação das empresas possa ganhar escala e potenciar resultados”.

“A renegociação do contrato social tem de ser feita de forma racional, preventiva e previsional. Isto requer a criação de mecanismos de decisão política que têm de estar para além das exigências do curto prazo. Têm de ter lentes de ver ao longe para corrigir a miopia dos atuais sistemas de decisão democráticos”.

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José HonórioPresidente da Direção do BCSD Portugal

Conferência Anual do BCSD Portugal/Encontro de PresidentesNOTA ABERTURA | ENCONTRO DE PRESIDENTES | ANÁLISE | MESA REDONDA | OPINIÃO DOS CEO | ENTREVISTA | NOTA DE FECHO | GALERIA

Pedro Passos Coelho, Primeiro-Ministro

Peter Bakker, presidente do WBCSD

Vitor Bento, economista

eficaz a concretização das políticas para o Desenvolvimento Sustentável. Em 2050 seremos mais de 9 mil milhões de pessoas a habitar o planeta, pelo que é determinante a forma como racionalizamos esse desafio e colocamos o interesse global no centro da discussão.

Quisemos demonstrar que o BCSD Portugal está virado para a Sociedade Civil e está motivado para a responder aos problemas dos cidadãos. Queremos levar o tema da Sustentabilidade à Sociedade, colocando a tónica no papel que as empresas têm na recuperação económica e social do País, se para tal poderem trabalhar em cooperação com os restantes agentes económicos e sociais.

Achámos por isso oportuno solicitar ao senhor Primeiro-Ministro a inclusão do BCSD Portugal no CNADS - Conselho Nacional para o Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, porquanto a nossa experiência (própria da organização, dos seus associados e no WBCSD), o nosso perfil e o objeto do BCSD Portugal colocam-o numa posição ímpar em Portugal para garantir uma participação ativa, construtiva e informada, naquele órgão consultivo do governo.

Acredito terem sido cumpridos os objetivos. Da nossa parte, reunimos uma série de interessantes contributos e prometemos tê-los em consideração no nosso futuro. Continuaremos a trabalhar com os nossos membros e integrando novos parceiros, em estreita articulação com Reguladores e decisores políticos, sempre em prol do desenvolvimento verdadeiramente durável a que os nossos descendentes têm direito.

A Conferência Anual e o Encontro de Presidentes são dois grandes momentos de interação com os nossos associados e com os stakeholders mais relevantes. Com o tema escolhido pretendeu-se construir um diálogo sobre a forma como as empresas podem ajudar a encontrar soluções para os desafios do Desenvolvimento Sustentável e, em particular, a ajudar a ultrapassar as dificuldades que a sociedade portuguesa atravessa.

A presença de algumas das maiores empresas nacionais evidenciou o compromisso do nosso tecido empresarial para com a Sustentabilidade e a importância deste tema nas respetivas estratégias de negócio. Ficou particularmente claro que a adoção de práticas duráveis pode ser um fator essencial para obter vantagens competitivas para as empresas que ambicionam ter uma posição relevante nos mercados onde operam, designadamente no plano internacional.

Tivemos também uma presença marcada dos mais diversos representantes do Governo e entidades públicas. Estabelecer um diálogo transparente entre estes e as empresas foi útil na medida em que as empresas têm os meios, o conhecimento e a motivação para, em parceria, acelerar de forma

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o consenso nacional em torno da sustentabilidade: “em Portugal tem havido, independentemente dos ciclos políticos, um consenso muito grande em torno da necessidade de criar uma perspetiva de desenvolvimento assente numa visão das empresas, que são as principais promotoras do crescimento e do desenvolvimento, numa perspetiva sustentada, com três grandes responsabilidades: uma responsabilidade económica, que lhes foi desde sempre reconhecida, uma responsabilidade social, que nos últimos anos lhes foi incutida, e uma responsabilidade mais recente, a responsabilidade ambiental”. Para o Primeiro-Ministro, esta tripla visão deve continuar a estar presente nos momentos de incerteza e dificuldade que enfrentamos: “muita gente julga que, quando o PIB encolhe e as dificuldades surgem, podemos relaxar nos objetivos de longo prazo definidos. Se perdermos a noção de longo prazo, a sustentabilidade que queremos de pouco vale. Temos de conciliar o curto e o longo prazo”. No entanto, Pedro Passos Coelho admitiu que a crise económica e financeira pode tornar “mais difícil a concretização das medidas desenhadas pela Europa no capítulo ambiental, nomeadamente a concretização dos objetivos da estratégia 2020”.

A lição da Sustentabilidade para as políticas e finanças públicas

Os resultados na área da ecologia industrial foram apontados pelo Primeiro-Ministro como um exemplo positivo da responsabilidade das empresas, dado que “a internalização dos impactes ambientais permite evitar custos futuros”. Segundo Pedro Passos Coelho, “os consumidores devem ter presente

que a internalização destes custos não é um facto negativo, pois estes custos têm um peso bastante considerável para o futuro. É importante que os consumidores percebam que a internalização dos impactes até pode conduzir a um aumento de preço, mas este aumento irá permitir ao consumidor tomar decisões de consumo mais corretas e ajustadas ao impacte mais alargado da atividade”. Um princípio que deve estar também presente na esfera da decisão pública: “Se nas nossas decisões não internalizarmos os impactes, as nossas escolhas serão ineficientes, e os custos para os contribuintes acabarão por surgir, com o aumento de impostos e outras consequências. Muitas vezes pensa-se que há decisões do dia-a-dia que não devem internalizar os impactes negativos. Mas essa foi a razão pela qual criámos uma dívida que entrou na vizinhança perigosa do insustentável. A lição que fomos aprendendo sobre a necessidade do nosso desenvolvimento ter de ser sustentável é muitíssimo verdadeira quando olhamos para as políticas e para as finanças públicas”.

Recentrar o papel das empresas na sociedade

Pedro Passos Coelho confirmou ainda que as recentes decisões políticas têm como objetivo permitir que Portugal “saia de uma economia fechada e ineficiente para uma economia mais aberta e competitiva”. “Temos de conseguir recentrar o papel institucional da empresa, e saber que as empresas não se confundem com os empresários, e que estes não se confundem com os patrões. Se a visão que temos das empresas se reduzir à dialética trabalho–capital, teremos progredido muito pouco ao longo destes anos de aprendizagem democrática”.

“Não podemos relaxar nos objetivos de longo prazo”

No Encontro de Presidentes do BCSD Portugal o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu o princípio da internalização dos impactes como forma de evitar custos futuros.

Consenso europeu e nacional sobre a construção do desenvolvimento sustentável

Em época de crise económica e financeira, os objetivos de longo prazo não devem ser descurados. Foi com esta mensagem que o Primeiro-Ministro abriu a sua comunicação no Encontro de Presidentes do BCSD Portugal perante uma plateia de cerca de 100 líderes empresariais. Para além de uma visão positiva sobre a Europa, que apresenta “um desempenho extremamente favorável ao aprofundamento do Desenvolvimento Sustentável”, Pedro Passos Coelho elogiou

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A virtude do equilíbrio

Segundo Vitor Bento, somos atualmente confrontados com duas linhas de previsões sobre o crescimento: uma primeira que tende a sobrevalorizar a escassez de recursos e uma segunda que defende que a tecnologia acabará por resolver o problema da finitude de recursos, face ao crescimento da população, na medida em que poderá intensificar o potencial dos recursos. O economista, que diz situar-se ao centro destas duas linhas, refere que as tendências demográficas são a variável mais relevante na realização de previsões: “Por um lado, o crescimento das necessidades vai continuar a criar pressão nos recursos naturais, nomeadamente nas soluções energéticas. O grande desafio sobre as necessidades energéticas será muito sobre o mundo em desenvolvimento, porque o catching up desses países levará a um consumo de energia com consequências ambientais muito desproporcionadas”. O economista salientou ainda que este problema necessitará

de uma resolução a nível mundial: “o que o mundo vai ter de resolver é se a liberdade de catching up deve ser limitada para bem do globo, e se esses países não têm o mesmo direito de fazer o que já fizemos”.

Sobre os impactes das tendências demográficas, Vitor Bento salienta que “o crescimento da população significa que as necessidades vão crescer, mas o facto de a estrutura etária se alterar significativamente vai fazer reduzir a componente produtiva em termos relativos face às necessidades”. Para o economista, o desequilíbrio poderá ser resolvido com “um aumento da produtividade, que compense o encolhimento da força produtiva”, o que poderá passar pelo aumento da vida laboral ativa. Se não, adianta, “a relação entre os contributos e os benefícios tem de ser alterada. Ou aumentando os contributos para um nível insustentável, que poderá levar a geração dos filhos a renegar a promessa, ou diminuindo os benefícios, o que obriga a uma alteração do contrato social”.

Futuro exige renegociação do contrato social

Segundo o economista, a Europa Ocidental tem sido sustentada por um contrato social que a diferencia culturalmente do resto do mundo: “o contrato social europeu foi estabelecido em condições de grande crescimento populacional e de produtividade, que possibilitava sustentar esse contrato. Como já estamos numa fase de crescimento do envelhecimento populacional, esse contrato vai ser sujeito a tensões cada vez maiores. Uma boa parte da crise que estamos a viver na Europa

é resultado desta tensão. Terá que haver uma capacidade de resolução desta tensão, resolvendo desafios económicos que são da esfera do longo prazo com processos de decisão democráticos, que são de muito curto prazo. A renegociação do contrato social tem de ser feita de forma racional, preventiva e previsional. Isto requer a criação de mecanismos de decisão política que têm de estar para além das exigências do curto prazo. Este é um desafio muito importante em termos de governance dos sistemas políticos”.

Para além do envelhecimento, foram ainda referidas como tendências demográficas a estabilização do crescimento populacional e a urbanização, que se traduzirão na construção de megametrópoles com grandes desafios de organização, gestão do ecossistema ou na área da logística. Segundo o economista, as tendências demográficas levarão à redistribuição do poder económico, com a China e a India como potências ascendentes. A alteração de poder terá também consequências ao nível da governance internacional: “o mundo terá de responder alterando pacificamente a governance, e amenizando os conflitos. Para que não tenha de ser redesenhada como sempre foi ao longo da história, através de conflitos e guerras, onde o vencedor surge como a potência que dá as cartas na distribuição do poder”.

“Vamos assistir a uma grande redistribuição do poder económico, que terá de ser acompanhada por uma nova governance mundial”

Novas tensões geopolíticas geradas pelas alterações demográficas e renegociação do contrato social foram duas das conclusões da comunicação de Vitor Bento, economista, dedicada ao contexto socioeconómico dos próximos 20 anos.

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www.bcsdportugal.org | 4/11seguinte

Sustentabilidade obriga a conciliar o curto e longo prazo

A longevidade da empresa e a criação de valor no longo prazo foram apontados como dois dos principais drivers para a adoção da sustentabilidade pelas empresas. Luís Reis, chief corporate centre officer, da Sonae, referiu que “talvez por ser de génese familiar, o nosso chairman sempre teve a ideia de uma long living company, que vive mais do que a idade das pessoas. Para o conseguirmos ser, necessitamos de utilizar lentes de grande alcance, e colocar as decisões no contexto do médio-longo prazo”. As dificuldades de tomar decisões que conciliem a criação no curto e longo prazo foram referidas como um dos principais desafios na incorporação da sustentabilidade na Sonae, sobretudo no atual contexto económico: “O que entendemos mais difícil na Sonae é conseguirmos resolver a equação de forma balanceada que a sustentabilidade nos coloca. Esse balanço é posto permanentemente em causa e

ainda mais em momentos como o que vivemos agora”. Peter Bakker, presidente do WBCSD, apresentou também a sua visão sobre os desafios impostos pelo atual contexto económico: “uma das questões que temos de ver é que não existe uma teoria económica para um ambiente onde não há crescimento. Todos os nossos problemas sempre foram resolvidos com crescimento. Onde havia desemprego, onde havia dívidas do governo ou um problema de produtividade na companhia, a solução passava pelo crescimento. Mas se olharmos para a demografia na Europa, ou se olharmos para os recursos e suas limitações, temos de ter a certeza se será o crescimento a tirar-nos desta situação, ou, se não, qual será a teoria que nos ajudará a sair desta crise”.

O papel das empresas na sociedade

As dificuldades das empresas em conciliar os princípios da gestão sustentável no atual contexto económico e o seu papel na promoção do desenvolvimento da sociedade foram alguns dos temas abordados num debate que espelhou os casos de sucesso e os desafios de algumas das maiores empresas portuguesas comprometidas com a sustentabilidade.

Peter Bakker, WBCSD

Luís Reis, Sonae

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Sustentabilidade na cadeia de valor

Os oradores convidados refletiram, ainda, sobre as novas responsabilidades empresariais e a relação com a competitividade e sobre as vantagens da extensão dos princípios da gestão responsável na cadeia de valor da empresa. Pita de Abreu, administrador da EDP, explicou que a empresa possui uma “aproximação pragmática à sustentabilidade.Procuramos ter, em cada zona da cadeia de negócio, relações win-win com os nossos diferentes stakeholders”.

José Honório referiu que, no caso do Grupo Portucel-Soporcel, a relação direta do negócio com o ambiente é indutora da incorporação da sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de atividade: “o nosso modelo de negócio sem sustentabilidade não existe. Nós competimos no mundo, não sabemos o que é a inflação portuguesa, estamos preocupados com 119 países, e com gastar menos recursos e produzir mais, e concorrer com um produto mais sofisticado e responder a uma necessidade que a população tem, que é o papel. Estamos preocupados em ter árvores bem adaptadas, em controlar pragas fitossanitárias, em ter um bom ordenamento do território, em disseminar o nosso conhecimento e promover boas práticas de silvicultura, em levar a tecnologia ao proprietário florestal para os ajudar a terem uma boa produtividade e um bom rendimento”.

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Contributo das empresas para a sociedade

O contributo da tecnologia para o cumprimento dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável através da desmaterialização da atividade económica e da promoção dos níveis de bem-estar da sociedade foi outro dos temas presentes neste debate.

Alfredo Batista, administrador da Portugal Telecom, explicou que a sustentabilidade é o 5.º objetivo estratégico da empresa, o que é relevante não só para a criação de valor no longo prazo para a empresa, mas também para a sociedade: “a desmaterialização que o negócio da PT promove vai de encontro à sustentabilidade, porque os nossos serviços potenciam menores consumos de recursos permitindo, simultaneamente, uma maior qualidade de vida às pessoas. Um dos muitos exemplos que temos é na área da telemedicina. Através de uma parceria com uma ONG de São Tomé estamos hoje a permitir que essa comunidade usufrua de cuidados médicos em tempo real, evitando deslocações”.

Joaquim Goes, administrador do Banco Espírito Santo, referiu que, no caso do banco, o apoio ao empreendedorismo é exemplo de uma iniciativa promovida pelo BES que fomenta o desenvolvimento da sociedade e da economia portuguesa: “Temos ajudado a estimular esta dimensão na economia portuguesa há mais de 10 anos. Entendemos que, como instituição financeira, podemos e devemos ajudar a estimular, a criar condições para que as pessoas possam transformar as suas ideias em negócios. “

Alfredo Baptista, Portugal Telecom

Joaquim Goes, Banco Espírito Santo

António Pita de Abreu, EDP - Energias de Portugal

José Honório, Grupo Portucel Soporcel

“ Todos os nossos problemas sempre foram resolvidos com crescimento.(...)Mas se olharmos para a demografia na Europa, ou se olharmos para os recursos e suas limitações, temos de ter a certeza se será o crescimento a tirar-nos desta situação, ou, se não, qual será a teoria que nos ajudará a sair desta crise”. Peter Bakker, presidente WBCSD

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“o nosso modelo de negócio sem sustentabilidade não existe. Nós competimos no mundo, não sabemos o que é a inflação portuguesa, estamos preocupados com 119 países, e com gastar menos recursos e produzir mais, e concorrer com um produto mais sofisticado e responder a uma necessidade que a população tem, que é o papel”.José Honório, presidente do Grupo Portucel Soporcel

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(alterações climáticas, eficiência energética, certificação, resíduos, entre outros) e ao Relato de Sustentabilidade. A gestão de patrocínios de Responsabilidade Social e o Programa de Voluntariado empresarial serão outras das nossas prioridades.

1. A sustentabilidade empresarial promove a competitividade pela criação de valor a longo prazo para os acionistas, ao combinar resultados de hoje com a gestão integrada do risco económico, social e ambiental no longo prazo, onde os investidores seguem “boa informação” e “boas práticas”.

A sustentabilidade empresarial é pois encarada na Galp Energia como um valor crítico no sucesso da empresa na sua relação

de longo prazo com os stakeholders (colaboradores, investidores, clientes, fornecedores e comunidade em que se insere). Em resultado da ação desenvolvida, a Galp foi admitida no mais prestigiado índice global de empresas cotadas, o Índice de Sustentabilidade Dow Jones, com excelente desempenho em critérios como transparência,

Para isso, VAMOS certamente continuar a apostar nos valores que guiam a nossa actuação: a Confiança, o Humanismo, a Eficácia, a Inovação e a Ambição.

1.Os CTT entendem a Sustentabilidade, acima de tudo, como uma poderosa alavanca de criação de valor para o Grupo. Suportada num corpo relevante de Políticas, temos vindo a integrá-la na estratégia e na operação da organização, de forma muito convicta e articulada.

Esta abordagem sustentável tem-se traduzido em ganhos competitivos quantificáveis em praticamente todas as áreas de

intervenção: criação de novos revenue streams, poder de pricing, redução de custos, motivação dos trabalhadores, ganhos reputacionais e gestão de risco.

2.Tencionamos continuar a dar uma particular atenção à identificação, mapeamento e gestão do envolvimento com stakeholders (matéria que pretendemos aprofundar), à implementação e expansão do programa ambiental dos CTT

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1.No Banif acreditamos na correlação positiva entre sustentabilidade e competitividade e na capacidade de atender às necessidades do presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

A emergência do conceito de sustentabilidade nas empresas revelou a importância do diálogo

como peça fundamental para uma estratégia de sucesso; o manancial de informação proveniente destes

novos diálogos de dimensão económica, social e ambiental, permite-nos antecipar riscos, desencadear inovações, encontrar novas oportunidades de negócio e posicionar para obter vantagem competitiva e projetar uma organização orientada para o futuro.

2.Nos próximos 10 anos, com o surgimento de novos players à escala mundial (The next 4 Billion), o Banif terá como desafio fundamental a necessidade de equilibrar desigualdades nos mercados onde opera: a educação, o empreendedorismo social e a adequação da cadeia de valor à exposição aos mercados emergentes, serão cruciais.

1. Como é que a sustentabilidade contribui para a competitividade da sua organização?2. Quais são os temas de sustentabilidade que, nos próximos 10 anos, serão determinantes para a sua organização?

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Pedimos a alguns CEO que estiveram no Encontro de Presidentes para nos darem as suas perspetivas, respondendo às seguintes duas questões:

Luís Amado,presidente do conselho de administração do BANIF

Francisco de Lacerda, presidente do conselho de administração dos CTT Carlos Costa Pina,

administrador executivo da Galp Energia

seguinte

É por isso fundamental que os gestores públicos e privados das grandes organizações dêem o exemplo na valorização dos fornecedores que investem em políticas de sustentabilidade social e ambiental. Se no processo de seleção dos seus fornecedores apenas utilizarem o critério do preço mais baixo, então estarão a colocar em causa toda o política de sustentabilidade e o investimento que muitas empresas fazem e a colocarem mesmo em risco a sobrevivência dessas organizações.

2. A sustentabilidade como conceito na minha perspetiva e no caso concreto das organizações tem a ver com a forma como gerem os recursos de maneira a contribuírem para aumentar o valor para os seus stakeholders e como interagem com a sociedade de forma a contribuir para o bem-estar assim como para a proteção do nosso planeta.Mega forças globais, como as alterações climáticas, energia, petróleo, escassez de recursos naturais, envelhecimento da população, urbanização, etc. vão exercer uma enorme pressão sobre os negócios e as sociedades. A Xerox tem investido muito em políticas sustentáveis desde há vários anos, fazendo parte do Dow Jones Sustainability Index e criado produtos como o “Go Green” que ajudam as organizações a atingirem os seus objetivos económicos e ambientais.

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desenvolvimento de capital humano, impacto social na comunidade, proteção da biodiversidade, estratégias para as alterações climáticas, segurança e saúde ocupacional e impacto ambiental dos combustíveis que produz e comercializa.

2. A Galp Energia aposta nas três dimensões da sustentabilidade referidas. Tendo hoje uma das refinarias mais modernas e eficientes da Europa, investiu montantes significativos em unidades de cogeração e melhorias ambientais. Mas está inserida no espaço europeu, cuja indústria está sujeita a desafios críticos: a redução de emissões e o seu impacto na refinação europeia em termos de competitividade industrial, comércio internacional e, consequentemente, no emprego.

Assim, como prioridades destacamos o compromisso com a melhoria da eficiência energética e a mobilidade sustentada, as energias renováveis e os biocombustíveis, a inovação e o desenvolvimento tecnológico, o ambiente, qualidade e segurança, o desenvolvimento do capital humano e a responsabilidade social e o seu impacto nas comunidades,

incluindo a criação ou preservação do emprego.

1.Estamos ativos no sector imobiliário há 70 anos e vemos quase todos os dias os ativos produzidos ao longo deste período. Temos muito presente a qualidade e longevidade necessária para vingar em mercados competitivos. Se as nossas construções não

fossem competitivas já há muito esta organização não existia.

Incorporar de maneira ativa aquilo que hoje se denomina ambiente e responsabilidade social é algo que fazemos também desde sempre. Estes três pilares incorporados com autenticidade e geridos de forma ativa contribuem para a competitividade da nossa organização.

2.Temos que coletivamente incorporar - e de maneira rápida - os efeitos e externalidades negativas do nosso modelo civilizacional. E cada país, região ou continente tem um desafio distinto. Para legar as gerações futuras um mundo em maior equilíbrio temos que atuar com prioridade nas áreas de biodiversidade, intensidade energética, poluição, resíduos, alterações climáticas e consciencialização. Estas são também as nossas prioridades.

1.Numa época como a atual penso que a sustentabilidade económica é o pilar mais importante do conceito, dado que a sobrevivência das organizações é uma condição necessária para que possam atuar nas áreas sociais e ambientais. A questão de saber se a sustentabilidade contribui para a competitividade das empresas, é uma resposta

que tem que ser dada pela sociedade e pelas organizações porque se não valorizam

conceitos como a cidadania empresarial, responsabilidade social e políticas amigas do ambiente então estas políticas podem vir a ser consideradas como um custo e a eliminar para aumentar a competitividade das organizações.Gilberto Jordan,

presidente do conselho de administração da Planbelas

Pedro Quintela, diretor geral da Xerox Portugal

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Maior integração e cooperação entre as empresas e a sociedade estão no topo das prioridades de muitas empresas. Como é que avalia o compromisso das empresas e as suas iniciativas de apoio à sociedade?

No meu ponto de vista, a colaboração entre stakeholders tem de integrar o governo, bem como as empresas e a sociedade, para que possamos alcançar os nossos objetivos. As empresas não serão bem sucedidas se os governos não fornecerem um enquadramento político que lhes permitam operar de forma sustentável. A sociedade civil tem de mudar a maneira como se comporta de forma a tornar a sustentabilidade numa norma exigida a todos os agentes económicos.

As empresas estão a chegar aos consumidores, para educá-los sobre como usar os produtos que compram de forma sustentável. Um exemplo impressionante é o Plano de Sustentabilidade da Unilever. Ele aplica-se a toda a cadeia de valor e assume a responsabilidade não apenas para as suas próprias operações diretas, mas também junto dos fornecedores, distribuidores e, crucialmente, na forma como os seus consumidores utilizam as suas marcas.

O WBCSD tem uma impressionante rede de associados com impactos económicos, sociais e ambientais significativos. Como é que o WBCSD promove a partilha de conhecimento entre os seus membros regionais?

Temos mais de 60 parceiros regionais em todo o globo. Eles são uma aliança voluntária de líderes de organizações de negócios que partilham a nossa visão de um mundo sustentável.

Trabalhamos de perto com todos os nossos parceiros regionais, promovendo a partilha de conhecimento e experiência. Fazemos isso, por exemplo, desenvolvendo eventos em conjunto. A reunião de Membros do Conselho deste ano será realizada em Seul, e estamos a trabalhar em estreita colaboração com o BCSD Coreia neste evento. Certificamo-nos que os nossos parceiros recebem as nossas mais recentes publicações e ferramentas, para que as traduzam, adaptem e difundam regionalmente. Trabalhamos ainda com eles para criarem plataformas para lançar iniciativas conjuntas, influenciar os líderes políticos e chegar às PME’s.

Durante a última década o BCSD Portugal tem desempenhado um papel crucial na promoção de práticas sustentáveis de negócios em Portugal. Como é que vê o BCSD Portugal nos próximos 10 anos?

O BCSD Portugal é, entre os membros da Rede Regional, aquele que está mais alinhado com o WBCSD. Adotou a estrutura do nosso programa de trabalho e traduziu e adaptou meticulosamente os nossos materiais e ferramentas.

À medida que avançamos, os membros da Rede Regional, incluindo o BCSD Portugal, vão desempenhar um papel

ainda mais importante na concretização do nosso objetivo comum - a Visão 2050, que visa acelerar a mudança rumo ao desenvolvimento sustentável. Uma área será na ampliação de soluções de negócios, que devem ganhar uma maior escala. O seu conhecimento e poder de influência local são cruciais para que uma verdadeira mudança possa acontecer, e os nossos parceiros da Rede Regional estão numa posição ideal para ajudar a implementar esta mudança.

A Conferência Rio +20 merece uma menção particular na agenda da sustentabilidade deste ano. As empresas assumiram um papel muito ativo nesta Conferência. Tendo em mente as conclusões alcançadas na Rio +20, quais são os temas que provavelmente serão fundamentais para um futuro sustentável para o negócio?

Em primeiro lugar, gostaria de me debruçar um pouco sobre as conclusões do evento. Desta Conferência saiu um documento com conclusões, e, na minha opinião, acho que devemos estar contentes por haver um texto que mereceu o acordo de todos. Este documento confirma que o mundo ainda tem uma plataforma para tentarmos identificar soluções comuns. Sem isso, a mensagem muito importante para o público de fora, ou seja, todos os não presentes no Rio+20, sobre a urgência de sustentabilidade e a necessidade de mudanças necessárias, teria sido muito difícil fazer.

Em termos das áreas em que temos de nos concentrar, isso é simples: precisamos de acelerar; de ampliar a escala e de aumentar o volume. Estamos num momento crítico e a mudança em larga escala tem de acontecer agora, se quisermos estabelecer um rumo para um mundo sustentável.

“Estamos num momento crítico e a mudança em larga escala tem de acontecer agora, se quisermos definir um rumo para um mundo sustentável”.

Peter Bakker, presidente do WBCSD, fala sobre a cooperação das empresas com a sociedade e sobre o papel do BCSD Portugal na próxima década.

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Portugal, Francisco Parada, da REN, Catarina Vaz, da Brisa, Gina Vara, da EDP e Teresa Nabais, da Solvay, partilharam os resultados do trabalho e os benefícios profissionais e pessoais decorrentes da sua participação no YMT. Um melhor reconhecimento dos riscos e das oportunidades do desenvolvimento sustentável, a experiência no desenvolvimento e gestão de projetos com equipas multidisciplinares, bem como o contacto privilegiado com os “pensadores” da sustentabilidade e a criação de uma rede de ligações entre funções, setores e geografias foram os principais benefícios referidos.

Desenhado para líderes empresariais promissores, o programa Young Managers Team (YMT) do BCSD Portugal ensina a gerir temas complexos, problemas e conceitos que terão uma influência importante no futuro das empresas. Em 2013, o programa YMT terá, para além de 4 workshops e do projeto em equipa, um projeto individual para cada participante, possibilitando o desenvolvimento de projetos de acordo com as necessidades das empresas. O programa, que decorre desde 2005, já abrangeu 169 participantes de 49 empresas e quase 30.000 horas de formação. Na conferência anual do BCSD

Inovações na edição 2013 do Young Managers Team

para sermos mais eficientes e produtivos, e provavelmente sermos activos até mais tarde nas nossas vidas.

Ter trabalho é bom, significa que temos objetivos definidos e que estamos a correr para eles, com a expectativa de atingir bons resultados. Isto é Desenvolvimento Sustentável, a perspetiva de que estamos a construir coisas que se vão manter além da nossa geração, cumprindo a ambição de sermos perenes.

Mas o curto prazo, muito difícil para muitas pessoas em Portugal, está a impedir que se consiga ver mais além.

É por isso que vamos, de forma consequente, mudar o rumo e olhar para aquilo que as empresas podem fazer pela sociedade, nos temas que lhe são essenciais, com enfoque nas várias vertentes do Desenvolvimento Sustentável, com a dimensão económica a assumir o seu papel basilar, mas sem esquecer o plano social e, igualmente, o ambiental, sem o qual não conseguiremos de facto passar um bom testemunho para as próximas gerações.

O BCSD Portugal, não preciso dizê-lo, está à frente deste grande desafio. Conto com todos os membros para o concretizar.

Muito e bom trabalho pela frente. Esta poderia ser a principal conclusão dos trabalhos do BCSD Portugal do passado dia 27, quando se realizaram a nossa Conferência Anual e o Encontro de Presidentes.

Ouvimos vários testemunhos que apontam nessa direção. O presidente do BCSD Portugal, José Honório, explicou como as empresas são essenciais para construir o futuro que queremos que seja melhor do que o presente; o presidente do WBCSD, Peter Bakker, deixou claro que é urgente sermos consequentes nas nossas ações em defesa do planeta, antes que seja tarde demais, o que implica que as empresas devem caminhar no sentido de remunerar/respeitar todos os recursos que utilizam, e não apenas os financeiros; o economista Vitor Bento mostrou que, num horizonte de 20 anos, temos que nos preparar

Fernanda Pargana, Secretária Geral do BCSD Portugal

Francisco Parada, RENMobilidade urbana sustentável - O impacte das empresas e dos trabalhadores

Catarina Vaz, BrisaSimbioses industriais

Gina Vara, EDP Crossroads, cross people - Mobilidade sustentávelVeja aqui o vídeo

Teresa Nabais, SolvayPapel das empresas no desenvolvimento sustentável

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Stand do BCSD Portugal no Greenfest

Imagens Conferência Anual BCSD Portugal/Encontro de Presidentes

Susana Azevedo, Francisco de La Fuente Sanchez, António Pita de Abreu e António Neves de Carvalho

Audiência estimada de mais de 400 pessoas

José Honório, Álvaro Santos Pereira e Pedro Passos CoelhoJoão Bento, Carlos Costa Pina, Pedro Queiroz Pereira

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EDIÇÃO REDAÇÃO E DESIGN

Duarte Calheiros e Ricardo Salgado José Guimarães e José Luís SimõesFernanda Pargana e Carlos Costa Pina

José Benoliel, Francisco de Lacerda, Miguel Teixeira de Abreu eMarcel Engel

Luís Amado e José HonórioPedro Norton de Matos, Fernanda Pargana, José Honório, Pedro Passos Coelho e Carlos Carreiras

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