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1 CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 13º PLANO BIENAL DE ATIVIDADES DO SECRETARIADO NACIONAL 1996/1997 APRESENTAÇÃO Cabe-nos a gratificante tarefa de apresentar o texto do 13º Plano Bienal do Secretariado Nacional de nossa Conferência Episcopal. Somos testemunhas das muitas atividades por ele realizadas. As 24 horas do dia parecem insuficientes. E tudo isto com uma única finalidade: “Evangelizar”, atingir os objetivos propostos pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 1995-1998 e concretizar as orientações da Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente com a qual o Santo Padre nos convoca para a celebração do grande jubileu do ano 2000. Como os anteriores, também este 13º Plano Bienal, apresenta algumas áreas de interesse comum, programas globais, projetos a serem executados conjuntamente e projetos específicos, da responsabilidade maior dos setores e pastorais específicos. O conjunto dos programas e projetos não esgota toda a atividade do Secretariado e Organismos Nacionais. As áreas de interesse comum, os programas e os projetos se articulam com muitas outras atividades de pastorais e organismos anexos que têm sua programação própria. As áreas de interesse comum, primeira parte, são os grandes luminares a perpassar todas as atividades do Plano Bienal. Os programas globais, porque transcendem os objetivos específicos de uma Dimensão, de um Setor ou de uma Pastoral, exigem a participação conjunta de todos os assessores e a colaboração de muitas outras pessoas e entidades. Os projetos conjuntos, atividades assumidas conjuntamente por mais de uma dimensão e os projetos específicos tornam ainda mais rico este plano de ação. O programa da Coordenação Geral e das Assessorias Especiais garantem a organicidade de uma ação pastoral de conjunto. Oferecemos à Igreja no Brasil este 13º Plano Bienal de Atividades do Secretariado Nacional como parte de sua ação e testemunho de seu especial empenho na missão de evangelizar, com renovado ardor missionário, neste limiar do Terceiro Milênio. Brasília, maio de 1996 Dom Raymundo Damasceno Assis Secretário-Geral da CNBB 1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO 1. Para cada quadriênio, havia dois Planos Bienais de Atividades do Secretariado Nacional. 2. Na reunião da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) de dezembro de 1994, houve a decisão de prorrogar o 12º Plano Bienal, 1993-1994, para 1995, com os devidos ajustes,

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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

13º PLANO BIENAL DE ATIVIDADES DO SECRETARIADO NACIONAL 1996/1997 APRESENTAÇÃO Cabe-nos a gratificante tarefa de apresentar o texto do 13º Plano Bienal do Secretariado Nacional de nossa Conferência Episcopal. Somos testemunhas das muitas atividades por ele realizadas. As 24 horas do dia parecem insuficientes. E tudo isto com uma única finalidade: “Evangelizar”, atingir os objetivos propostos pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 1995-1998 e concretizar as orientações da Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente com a qual o Santo Padre nos convoca para a celebração do grande jubileu do ano 2000. Como os anteriores, também este 13º Plano Bienal, apresenta algumas áreas de interesse comum, programas globais, projetos a serem executados conjuntamente e projetos específicos, da responsabilidade maior dos setores e pastorais específicos. O conjunto dos programas e projetos não esgota toda a atividade do Secretariado e Organismos Nacionais. As áreas de interesse comum, os programas e os projetos se articulam com muitas outras atividades de pastorais e organismos anexos que têm sua programação própria. As áreas de interesse comum, primeira parte, são os grandes luminares a perpassar todas as atividades do Plano Bienal. Os programas globais, porque transcendem os objetivos específicos de uma Dimensão, de um Setor ou de uma Pastoral, exigem a participação conjunta de todos os assessores e a colaboração de muitas outras pessoas e entidades. Os projetos conjuntos, atividades assumidas conjuntamente por mais de uma dimensão e os projetos específicos tornam ainda mais rico este plano de ação. O programa da Coordenação Geral e das Assessorias Especiais garantem a organicidade de uma ação pastoral de conjunto. Oferecemos à Igreja no Brasil este 13º Plano Bienal de Atividades do Secretariado Nacional como parte de sua ação e testemunho de seu especial empenho na missão de evangelizar, com renovado ardor missionário, neste limiar do Terceiro Milênio. Brasília, maio de 1996 Dom Raymundo Damasceno Assis Secretário-Geral da CNBB 1. PROCESSO DE ELABORAÇÃO 1. Para cada quadriênio, havia dois Planos Bienais de Atividades do Secretariado Nacional. 2. Na reunião da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) de dezembro de 1994, houve a decisão de prorrogar o 12º Plano Bienal, 1993-1994, para 1995, com os devidos ajustes,

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2e de elaborar o 13º Plano Bienal (1996-1997) após a aprovação das Diretrizes Gerais para o quadriênio 1995-1998, sem, porém, retardar muito esta elaboração. 3. Na reunião de Subsecretários regionais e Assessores nacionais, em 24 e 25 de junho de 1995, foram levantadas as primeiras sugestões para este novo Plano Bienal, tendo como perspectiva a identificação de núcleos fundamentais comuns, a partir dos quais cada Setor e Pastoral específica fariam seus projetos próprios. Estabeleceu-se que o esboço do Plano fosse enviado aos Secretariados regionais para apreciação e complementação. A partir disso, antes de novembro, o Plano seria concluído. Na reunião de Subsecretários regionais e Assessores nacionais de novembro de 1995, com o Plano pronto, ver-se-ia como garantir sua realização. 4. Diversos fatores retardaram a publicação deste Plano Bienal. 2. A PRORROGAÇÃO DO 12º PLANO BIENAL Para garantir a documentação, o relato das atividades realizadas como prorrogação do 12º Plano Bienal para 1995 estão publicadas no Comunicado Mensal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil do ano de 1995 e constam, também, dos arquivos de cada uma das dimensões e setores de pastoral da CNBB. 3. NATUREZA DO PLANO Os Planos Bienais são o esforço do Secretariado de Pastoral para viabilizar a execução das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, através das suas Dimensões constitutivas. Pretende apresentar sua articulação em quatro pontos: 1. Áreas de Interesse Comum; 2. Programas Globais; 3. Projetos Conjuntos; 4. Projetos Específicos. I. ÁREAS DE INTERESSE COMUM Inspiradas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e na Carta Apostólica que nos convoca para a celebração do Jubileu do ano 2000 – Tertio Millennio Adveniente, são ponto de referência constante, horizonte de posicionamento para todos os projetos e programas, tanto globais como das Dimensões e Setores. Devem servir como grandes luminares a perpassar todas as atividades do Plano Bienal. Para este Plano, foram identificadas cinco. 1ª Evangelização inculturada As DGAE afirmam que “evangelizar para a Igreja nada mais é do que fazer o que Jesus fez” (68) e apresentam para sua concretização um critério geral, a inculturação, e quatro exigências intrínsecas: serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão. A evangelização inculturada enfrenta, hoje, um duplo desafio: 1) do encontro do Evangelho com as culturas indígenas, afro-americanas e mestiças e 2) com a cultura moderna e urbana. Como situações de urgência a serem evangelizadas, as DGAE destacam: a miséria de uma grande parte do povo; a necessidade de ética na vida pública; o ecumenismo e o diálogo inter-religioso; a prática religiosa dos batizados; a experiência religiosa pessoal; a vivência nas comunidades eclesiais. Especialmente desafiantes são o conflito entre tradição e modernidade e o discernimento crítico dos valores e limites da modernidade. Tudo isso sem perder de vista a missão além-fronteiras, como compromisso de todos. Ao elaborar o Projeto Rumo ao Novo Milênio, Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil em preparação ao grande Jubileu do Ano 2000, a evangelização inculturada foi levada em conta como uma meta a ser perseguida com tenacidade. 2ª Protagonismo dos leigos

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3Todos os fiéis cristãos, pelo Batismo e Crisma, estão capacitados e têm direito de participar plenamente da vida e missão da Igreja. Para uma ação realmente evangelizadora, faz-se urgente que os leigos possam assumir o exercício pleno do sacerdócio comum do Povo de Deus. É necessário, portanto, um investimento sério de toda a Igreja na sua formação, cultivo da espiritualidade e reconhecimento de seus direitos. As diversas comissões que se formarão para a celebração do Jubileu do ano 2000 serão um espaço privilegiado para o exercício do protagonismo laical. 3ª Superação da exclusão social Trata-se de um testemunho irrenunciável no processo evangelizador que exige a presença pública da Igreja, com o objetivo de colaborar na construção de uma sociedade mais justa e solidária. A solidariedade com os excluídos tornou-se cada vez mais urgente devido ao sistema econômico de corte neoliberal, que apresenta tendência hegemônica mundial. Para cumprir esta missão, a Igreja poderá privilegiar duas vertentes: a do empenho na luta contra a pobreza e a exclusão e a da contribuição para a criação de um sentido de responsabilidade na ética pública. Na ótica da Tertio Millennio Adveniente, a superação da exclusão social deve ser um dos objetivos do ano jubilar e que esta se dá “sobretudo na proteção dos fracos” (cf. TMA 13). Neste contexto, nos alerta: “O ano jubilar devia servir precisamente também para o restabelecimento da justiça social” (cf. TMA 13)1. 4ª Mística e espiritualidade inculturadas Sabendo que o êxito da evangelização depende, em grande parte, da espiritualidade e da mística de quem evangeliza, o Plano Bienal deverá cuidar para que todas as suas atividades tragam no seu bojo a preocupação com a dimensão da espiritualidade de seus agentes. A espiritualidade dos evangelizadores deve estar centralizada em Jesus Cristo, deve levar a deixar-se conduzir pelo Espírito, incentivar um profundo sentido de comunidade, concretizar a evangélica opção preferencial pelos pobres, ser sólida e capaz de dar conta da própria esperança, missionária e aberta à evangelização inculturada, perseverante diante das dificuldades e conflitos, criativa e corajosa para propor caminhos novos, profética, disponível para encarnar-se na vida concreta do povo e solidarizar-se com as suas causas, fiel aos sinais da presença do Espírito na história dos povos e nas suas culturas, acolhedora e dialogante com todas as pessoas, capaz de dar testemunho de misericórdia e de alegria. 5ª Advento do Terceiro Milênio A celebração dos 2000 anos da era cristã se reveste de fundamental importância para todos os cristãos, pois é memória do grande mistério da Encarnação de Nosso Senhor. “Na verdade, o tempo cumpriu-se pelo próprio fato de Deus se ter entranhado na história do homem, com a Encarnação” (TMA 9)2. A celebração do Jubileu está profundamente ligada à tradição da Igreja, pois, desde o Antigo Testamento, verifica-se esse costume. A Igreja no Brasil, em sintonia com os desejos do Papa João Paulo II expressos na Tertio Millennio Adveniente, elaborou um Projeto de Evangelização visando envolver a totalidade de nossas Igrejas Particulares na preparação e celebração do Jubileu do ano 2000. Esta programação será um referencial constante deste Plano Bienal. II. PROGRAMAS GLOBAIS Pela sua incidência em toda a ação evangelizadora, algumas tarefas e atividades habituais do Secretariado Nacional transcendem os objetivos específicos de uma Dimensão e Setor e, por isso, são assumidas por todos, em caráter prioritário. Exigem a participação conjunta de todos os assessores e a colaboração de muitas pessoas. Podem

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4constituir-se em um projeto concreto ou desmembrar-se em um conjunto orgânico de projetos. Este Plano Bienal terá de ir adaptando-se ao Projeto de Evangelização: RUMO AO NOVO MILÊNIO. Este projeto consiste no esforço da Igreja no Brasil de responder à proposta da Tertio Millennio Adveniente para a preparação do Jubileu do ano 2000. O Projeto assume as orientações da Carta Apostólica e as articula com as Diretrizes da Evangelização do Episcopado Nacional. Embora transcenda, até mesmo cronologicamente este Plano Bienal, é importante relacioná-lo aqui, pois, devido a sua abrangência, envolverá todos os Organismos nacionais de pastoral e todas as Dimensões. Neste período de 96-97, estaremos, portanto, envolvidos com a sensibilização para a celebração do Jubileu (1996) e com as atividades do primeiro ano do quadriênio do Projeto de Evangelização (1997). Seguem os programas globais para este biênio, já articulados com Projeto de Evangelização “Rumo ao Novo Milênio”: 1. Campanha da Fraternidade É uma atividade anual que tem como responsável geral o Secretário-Geral da CNBB. Dado que atinge todas as áreas e níveis da atuação pastoral, exige a colaboração de todos em todo o processo de elaboração e execução. Requer diversas fases: preparação do material, impressão, distribuição e realização no período da Quaresma. O material necessário consta de: texto base, manual, disco e fita, cartazes em três tamanhos, subsídios para as famílias, círculos bíblicos, celebrações e outras produções. Em todo esse processo participam muitas pessoas (assessores, autores das músicas e letras, autores das orações, catequistas, liturgistas...) e o material passa pelo crivo da CEP em diversos momentos (definição do tema, estudo do texto base, escolha das orações, cartazes, canções...). Tema de 1996: “Fraternidade e Política”, com o lema: “Justiça e Paz se abraçarão”. Para 1997, o tema é “Fraternidade e os Encarcerados”, com o lema: “Cristo liberta de todas as prisões”. 2. Implementação das Diretrizes Gerais As DGAE são eixo orientador para todas as tarefas de evangelização da Igreja no Brasil. Elas servem de orientação, pois, não só para as atividades do Secretariado Nacional da CNBB, mas também para as da CEP, do Conselho Permanente, das Assembléias Gerais, assim como para os planos de pastoral de Regionais, Dioceses, Paróquias e Organismos do Povo de Deus. Por isso, é necessário que as DGAE alcancem uma ampla divulgação e sejam conhecidas pelo maior número de agentes e em todos os campos da vida eclesial, e sejam eixo inspirador de todas as ações evangelizadoras em todos os níveis. Algumas atividades já foram pensadas: • Estudo sistemático nas reuniões do Grupo de Assessores (GA) e da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP); • Publicação de um livro com estudos sobre as DGAE (coleção “Estudos” ou pelo INP); • Estudo da possibilidade de publicação de artigos na revista “Vida Pastoral”; • Incentivar a produção de subsídios diversos: vídeos, texto em linguagem popular, transparências e outros; • Roteiro para um “Curso de Repasse”. 3. Presença pública da Igreja Diante dos desafios elencados nas DGAE, torna-se cada vez mais necessário repensar e definir a presença pública da Igreja na sociedade: como ela se coloca diante dessas

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5realidades; quais os objetivos dessa presença; quais as estratégias gerais e quais as ações concretas a realizar. A presença pública não pode ser ingênua ou ficar reduzida a responder aos ataques, nem ficar confinada a uma dimensão, mas deve perpassar todas as dimensões e atividades das comunidades. Reassumimos as três direções da presença pública da Igreja contidas no 12º Plano Bienal: 1. O pluralismo sócio-religioso da modernidade; 2. A dimensão ética da presença pública da Igreja; 3. O protagonismo laical na sociedade. Para isso, projetam-se as seguintes atividades: • Seminário sobre Pastoral Urbana, repassando os resultados dos 4 Seminários de Estudos realizados pela Pastoral Urbana, com a colaboração de três Arquidioceses (São Paulo, Belo Horizonte e Campinas) e do Instituto Nacional de Pastoral (INP). Três temas fundamentais: A cidade e a modernidade; A Pastoral Urbana; e desafios para cada Dimensão. Destinatários: Assessores e Subsecretários Regionais. • Seminário (ou estudo no GA ou na CEP) sobre Neoliberalismo e ética, a partir dos seus efeitos. • Estudo das causas e conseqüências da “apatia” nas iniciativas públicas (dos movimentos populares, entidades públicas e outros). 4. Formação: Cursos de coordenadores Os três Cursos realizados anteriormente (cf. 12º Plano Bienal) deram um ótimo resultado; isso faz ver a necessidade e o valor deles. Parece necessário que sejam regionalizados. O objetivo seria refletir sobre as experiências dos participantes e propiciar uma maior capacitação em vista de uma ação evangelizadora mais orgânica. Os coordenadores são pessoas-chave na pastoral diocesana. São eles que agilizam, organizam, coordenam e articulam a pastoral de conjunto na Diocese. Com estes cursos, eles terão oportunidade de uma reciclagem teológico-pastoral e possibilidades de assumir em conjunto programas globais de evangelização. III. PROJETOS CONJUNTOS São atividades assumidas por duas ou mais Dimensões ou Setores na tentativa de viabilizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora e as áreas de interesse comum. São atividades assumidas por duas ou mais Dimensões ou Setores na tentativa de viabilizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora e as áreas de interesse comum. PROJETO: Ministérios de Leigos (13PB/PC-01/01) OBJETIVO Articular as experiências no campo dos ministérios de leigos, a fim de favorecer uma Igreja de leigos adultos. JUSTIFICATIVA É fundamental, para que os leigos assumam seu estatuto próprio de Christifideles Laici na Igreja e no mundo, estudar as coordenadas teológicas de uma Igreja toda ministerial que propicie novas práticas evangelizadoras. Neste sentido, o Setor Vocações e Ministérios assume coordenar um seminário, contando com a parceria de outras Dimensões do Secretariado Nacional. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 1º semestre de 1996 PROJETO: Formadores e Formadoras (13PB/PC-02/02) OBJETIVO Refletir com os formadores e formadoras dos presbíteros, religiosos e religiosas a visão

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6global e integradora das Dimensões pastorais da Igreja no Brasil, para, à luz das Diretrizes preparar futuros evangelizadores que atendam aos apelos da realidade latino-americana. JUSTIFICATIVA Uma eficiente ação evangelizadora, no atual momento da vida da Igreja e da sociedade, supõe uma integração articulada de pessoas e de atividades, tendo em vista a ação orgânica do todo. Este projeto compreende passos: - reflexão com os responsáveis pelas Dimensões e organismos; - elaboração do instrumento de trabalho; - comunicação do Projeto aos formadores (as); - Seminário Nacional em duas Regiões do Brasil. RESPONSÁVEL Subsecretaria de Pastoral. Vocações e Ministérios, Missão, Catequese e Bíblia, Liturgia e Pastoral Social PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Espiritualidade (13PB/PC-03/03) OBJETIVO Oferecer à Pastoral da Juventude do Brasil (PJB) subsídios que alimentem e estimulem a espiritualidade e a mística dos jovens. JUSTIFICATIVA A Pastoral de Juventude do Brasil em sua 11ª Assembléia Nacional, decidiu encaminhar a elaboração de subsídios sobre espiritualidade, liturgias jovens, leitura orante da Bíblia e Ofício Divino das Comunidades, em parceria com a Dimensão 4 da CNBB. RESPONSÁVEL: Pastoral da Juventude do Brasil e Liturgia PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Terceira Semana Social (13PB/PC-04/04) OBJETIVO Ser um grande laboratório de idéias e possibilidades de projetos capazes de enfrentar os problemas sociais, econômicos e políticos do Brasil, de construir a cidadania e de superar a exclusão social, econômica e cultural, em nível nacional e regional. Desencadear um debate em nível nacional, envolvendo as pastorais, o clero, os religiosos, os agentes de pastoral, as comunidades, os partidos, o movimento sindical, as associações, as universidades, os centros de pesquisa, as organizações não-governamentais sobre as alternativas sociais, políticas, culturais e econômicas, capazes de apontar pistas viáveis e saídas concretas, dentro da perspectiva ética, para os problemas do País, recuperando o sentido de povo e nação. Ser um instrumento efetivo a serviço da vida e da esperança. JUSTIFICATIVA Contribuir para maior presença da Igreja na sociedade, e abrir espaços de discussão e debate em nível nacional, sobre os problemas e desafios que afetam a sociedade no seu conjunto. Participar no processo de transformação da sociedade brasileira. Obs.: A Semana Social Nacional será precedida de Semanas Sociais Regionais. Estas desenvolverão, em nível regional, a temática citada para a Semana Nacional e buscarão alcançar os mesmos objetivos. RESPONSÁVEL Setor Pastoral Social, Pastoral Universitária, Pastoral da Juventude, Comunicação e Leigos. PRAZO Preparação: 1996 Semanas Regionais: 1997 PROJETO: Encontro conjunto de estudo entre Catequese e Liturgia (13PB/PC-05/05) OBJETIVO Aprofundar a integração entre as Dimensões Bíblico-catequética e litúrgica, buscando

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7linguagem e significação comuns. JUSTIFICATIVA Catequese e Liturgia possuem uma íntima relação. Catequese e Liturgia se manifestam na comunidade que escuta a Palavra, acolhe a ação de Deus na história, aprofunda seu significado e se reúne para celebrar as maravilhas de seu amor. Através destas duas Dimensões eclesiais, as comunidades cristãs se deixam iluminar pela Palavra, abrem-se à profecia e vivem da memória de Jesus Cristo, o Cristo constituído Senhor de todos e da história. A ação conjunta entre Catequese e Liturgia trará grandes benefícios à evangelização inculturada e aos atos celebrativos das comunidades cristãs (cf. DGAE 253). RESPONSÁVEL: Dimensão Bíblico-catequética e Dimensão Litúrgica. PRAZO: Dias 27 a 28 de abril de 1996 Local: Pio XI - São Paulo-SP PROJETO: Diálogo Ecumênico e sua relação nas dimensões (13PB/PC-06/06) OBJETIVO Promover o espírito ecumênico em todas as Dimensões da ação evangelizadora da Igreja. JUSTIFICATIVA As DGAE da CNBB integram numa unidade dinâmica as seis Dimensões, com aspectos complementares e permanentes da evangelização. O ecumenismo conduz a um questionamento constante da qualidade ecumênica da catequese, da liturgia, da pregação, das pastorais específicas e dos princípios inspiradores da reflexão teológica. RESPONSÁVEL: Dimensão Ecumênica PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Religiosidade Popular (13PB/PC-07/07) OBJETIVO Formar uma equipe de assessoria que ajude a refletir sobre as manifestações da religiosidade popular nos Santuários e suas implicações na liturgia. Conhecer as manifestações e os conteúdos da religiosidade popular tem em vista a inculturação litúrgica. JUSTIFICATIVA O povo brasileiro é profundamente religioso (cf. DGAE n.157). O catolicismo brasileiro, em grande parte é constituído por devoções aos santos, transmitidas de geração em geração nas famílias, sobretudo no ambiente rural, mas pouco assistido pastoralmente por um clero escasso e mal distribuído (cf. DGAE n.166). Esta realidade pressupõe: “a atenção e o cuidado para com as práticas de religiosidade popular, que podem estabelecer ou reforçar os vínculos entre os católicos não-praticantes e a comunidade eclesial; um renovado esforço para promover ou fortalecer aquelas manifestações religiosas de massa que atraem, ao menos ocasionalmente, grandes parcelas da população” (cf. DGAE n. 230). Os Santuários são aqueles lugares que, com maior espontaneidade, celebram a piedade cristã. Por isso, para que haja acolhimento, compreensão e bom aproveitamento dessas expressões, sobretudo agora, quando se fala da inculturação da Liturgia, faz-se necessário conhecer melhor o fenômeno da religiosidade popular. Nesse sentido, a religiosidade popular é um caminho privilegiado de evangelização (cf. melhor DGAE n. 27). RESPONSÁVEL Dimensão Litúrgica e Comissão de Reitores dos Santuários, Vocações e Ministérios, Setor da Pastoral Social e Setor Cultura. PRAZO: 1997 PROJETO: IESCS e Pastoral Universitária (13PB/PC-08/08) OBJETIVO - Propiciar a troca de experiências entre os setores de pastoral das Instituições de Educação Superior Católicas - IESCs e os Setores da CNBB envolvidos no projeto. - Buscar a implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no âmbito das Universidades Católicas.

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8- Sistematizar desafios e pistas para a ação evangelizadora e pastoral nas IESCs. JUSTIFICATIVA São motivos que geraram o projeto: - A desarticulação entres as ações evangelizadoras da CNBB e a dos serviços de pastoral das IESCs; - A necessidade de se ampliar ao máximo possível os campos de implementação das Novas Diretrizes; - A pouca sensibilidade do Clero para a ação evangelizadora no mundo da Universidade. RESPONSÁVEL Setor Educação Pastoral Universitária Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 1996 PROJETO: Segunda Semana Nacional de Fé e Cultura (13PB/PC-09/09) OBJETIVO - Proporcionar um espaço de formação e possível articulação de cristãos leigos inseridos no mundo da cultura acadêmica; - Oferecer condições para que estes leigos, articulados em torno de diferentes iniciativas/organizações (Pastoral Universitária, CNL, Centro Loyola de Fé e Cultura e Setor Leigos da CNBB), possam se encontrar e trocar experiência; - Ser um momento celebrativo na caminhada destes leigos; - Refletir sobre a presença da Igreja no mundo cultural acadêmico. JUSTIFICATIVA O projeto se torna necessário: - Pela importância sócio-cultural dos segmentos médios da sociedade e, nestes, daqueles que estão diretamente envolvidos como formadores de opinião; - Pelo “vazio pastoral” em que se encontra o mundo da cultura acadêmica. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Universitária; Setor Leigos PRAZO: Julho de 1996 IV. PROJETOS ESPECÍFICOS Trata-se da programação própria de cada Setor e das Pastorais específicas. PROGRAMA 1: DIMENSÃO COMUNITÁRIA E PARTICIPATIVA (PD1) No espírito das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, as conhecidas seis Dimensões da evangelização encontram seu fundamento nas exigências intrínsecas desta que é, segundo Evangelii Nuntiandi, a vocação própria da Igreja. A dimensão comunitária e participativa visa a concretização do testemunho da comunhão. Esta exige a mais ampla participação de todos os membros da Igreja para que a Koinonia seja real, eficaz, e testemunhe ao mundo o respeito a um direito elementar de todo cristão: a livre e consciente contribuição na edificação do Reino. A dimensão comunitária e participativa nasce da Trindade, fonte e modelo da Igreja toda ministerial. Esta tem, portanto, sua origem na misericórdia do Pai que abraça e humaniza, através das missões do Filho e do Espírito, Páscoa e Pentecostes presentes e atuantes na história dos homens. “Enquanto procede do Pai, o ministério é dom a ser recebido com humilde abertura. Mediado pelo Filho, o ministério é sempre um serviço filial ao Pai e fraternal aos irmãos, à semelhança da atitude de vida de Jesus Cristo, que não veio para ser servido mas para servir. Dado e recebido no Espírito, o ministério é um evento do amor que cria a comunhão entre Deus e o mundo e entre as criaturas no Amor”. É tarefa desta dimensão o incentivo e a animação dos ministérios ordenados, e não ordenados em vista de uma crescente comunhão no todo do corpo eclesial. É corpo que

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9tem Cristo por Cabeça e todos os batizados por membros, formando uma só e grande família de irmãos que têm a Deus por Pai. Fundamenta-se também na constituição da Igreja Particular, como a concebe o Concílio Vaticano II: “... porção do Povo de Deus confiada a um Bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério. Porção esta que adere a seu pastor e é por ele congregada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia” (CD 11)3. Orienta-se, ainda, pelo amor e dedicação a todas as comunidades pois acredita que, “embora muitas vezes pequenas e pobres, ou vivendo na dispersão, nelas está presente o Cristo, por cuja virtude se consorcia a Igreja una, santa, católica e apostólica” (LG 26)4. SETOR VOCAÇÕES E MINISTÉRIOS O Setor Vocações e Ministérios (SVM) abrange os ministérios ordenados e não ordenados. Ocupa-se da formação e articulação dos agentes da Pastoral Vocacional (PV), dos ministérios de leigos, e trabalha em profunda comunhão com a Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-teológicos do Brasil (OSIB), a Comissão Nacional de Diáconos (CND) e a Comissão Nacional do Clero (CNC). No início da década de 90, houve o Sínodo dos Bispos sobre a formação presbiteral nas circunstâncias atuais. A exortação pós-sinodal, Pastores Dabo Vobis, apresenta uma bela síntese da teologia do presbiterato resgatando o eixo da caridade pastoral na vida e ministério dos presbíteros. À luz desta exortação, o SVM empreendeu a atualização do DOC. 30 da CNBB, que culminou com a publicação das novas Diretrizes Básicas da Formação Presbiteral da Igreja no Brasil (Doc. 55). O SVM assume as orientações do capítulo 5 das DGAE dirigidas aos evangelizadores. Todos os batizados são evangelizadores. No entanto, “evangelizar não é, para quem quer que seja, um ato individual e isolado, mas profundamente eclesial”. A Igreja Particular, através da comunhão e participação de todos os seus membros, realiza a evangelização inculturada. A serviço desta missão, ela deve oferecer aos evangelizadores condições de formação atualizada, de articulação das responsabilidades e tarefas, de vivência de espiritualidade ou mística da evangelização. O ministério ordenado tem a função de unir as diversas categorias do Povo de Deus, pois está a serviço do sacerdócio comum dos cristãos. Por isso, sua prioridade é a formação dos leigos para que vivam sua vocação e missão de protagonistas da evangelização, através do serviço de transformação da sociedade, do diálogo religioso e colaboração com pessoas de outros credos, do anúncio missionário de Jesus Cristo, dos ministérios e serviços para construção e sustentação da comunidade cristã. A Igreja no Brasil espera dos seus evangelizadores um esforço muito especial em aprimorar o exercício do seu ministério através do cultivo de uma profunda espiritualidade e autenticidade do testemunho; da colegialidade e corresponsabilidade pastoral; da abertura e interesse por um processo de formação continuada e permanente. Atividades permanentes • Implementar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil junto aos ministros ordenados e não ordenados; • incentivar a compreensão da vocação cristã como dimensão de toda pastoral, a ser concretizada nos diversos serviços e ministérios; • trabalhar na concretização do protagonismo dos leigos na Igreja e na sociedade;

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10• contribuir com a formação e organização dos agentes da Pastoral Vocacional através de cursos, seminários, reuniões e visitas periódicas às equipes regionais de PV; • facilitar a integração da Pastoral Vocacional na Pastoral de Conjunto; • acompanhar e incentivar as publicações no campo da PV tais como o Boletim Informativo “Convocação” e a coleção “Cadernos Vocacionais”; • acompanhar a caminhada do Instituto de Pastoral Vocacional com vistas à animação das Congregações Vocacionais, ajudando-as a colocarem seu carisma a serviço de toda a Igreja; •incentivar a Jornada Mundial de Orações pelas Vocações e o mês de agosto como mês vocacional; • acompanhar a Comissão Nacional do Clero em todas as suas atividades, sobretudo na organização dos Encontros Nacionais de Presbíteros; • oportunizar a formação permanente para os presbíteros nos regionais; • aprofundar a experiência do seguimento a Nosso Senhor junto aos presbíteros no sentido de uma maior espiritualidade e mística no exercício do ministério; • acompanhar a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil animando-a nas suas atividades: cursos para formadores e orientadores espirituais, assembléias e encontros de reitores, publicação do seu boletim e outras; • acompanhar a Comissão Nacional de Diáconos apoiando a sua tarefa de animar a vocação ao ministério diaconal e garantir a formação inicial e permanente; • promover cursos para os Bispos recém eleitos e trabalhar na formação permanente do episcopado; •manter relacionamento com o Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM, mais especificamente com a Organização dos Seminários Latino Americanos, OSLAM; •buscar a soma de esforços de diversos organismos mais próximos aos interesses do Setor Vocações e Ministérios: Conselho Nacional de Leigos (CNL), Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS), Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER); • reuniões com o GAV (Grupo de Assessoria Vocacional) - março e setembro de 96 e março e setembro de 97; • reunião com a OSIB-ampliada; • reunião com a CNC-ampliada; • produção do Catálogo dos Seminários; • animação e participação nos Cursos de Formadores da OSLAM. PROJETO: Décimo Terceiro Encontro Nacional de Pastoral Vocacional (13PB/PD1-01/10) OBJETIVO Reunir os responsáveis da PV para avaliar a caminhada do biênio, delinear o perfil do jovem na pós-modernidade e encaminhar os critérios de ação para um trabalho conjunto em nível nacional. JUSTIFICATIVA Diante do crescimento populacional urbano e da complexidade do tema da pós-modernidade, é urgente traçar o perfil dos jovens de hoje para uma maior eficácia da Pastoral Vocacional. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e Grupo de Assessoria Vocacional. PRAZO: 2º semestre de 1997 PROJETO: Encontros Regionais de Pastoral Vocacional (13PB/PD1-02/11) OBJETIVO Repassar o conteúdo do 12º Encontro Nacional de Pastoral Vocacional nos 5 blocos da Pastoral Vocacional Nacional. JUSTIFICATIVA Os Encontros Nacionais são muito seletivos. O repasse de seu conteúdo visa atingir as equipes de base da Pastoral Vocacional. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e ministérios e Grupo de Assessoria Vocacional. PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Curso regional para formadores (13PB/PD1-03/12)

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11OBJETIVO Oportunizar aos formadores uma reflexão sobre a afetividade no processo formativo. JUSTIFICATIVA Diante da emergência da subjetividade, tão marcante na sociedade pós-moderna, uma verdadeira formação afetiva daqueles que pretendem consagrar sua vida, numa perspectiva celibatária, tornou-se imperativo de todo processo formativo. RESPONSÁVEL: OSIB Regional sul 3 e OSIB Nacional. PRAZO: 4 a 14 de fevereiro de 1996 PROJETO: 16º e 17º Curso para Formadores de Seminários Maiores e Institutos do Brasil (13PB/PD1-04/13) OBJETIVO Capacitar os formadores para que possam responder de maneira eficaz aos desafios da formação presbiteral no contexto da realidade atual sob o horizonte das Diretrizes Gerais, Pastores Dabo Vobis e das Novas Diretrizes para a Formação Presbiteral da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA É decisão da 9ª Assembléia da OSIB a realização destes cursos sobre o tema da “Missão, inculturação e culturas”. Os formadores necessitam de uma permanente atualização, para ajudar os novos presbíteros na evangelização inculturada. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e OSIB PRAZO: 06 a 13 de julho de 1996; fevereiro de 1997 PROJETO: 3º Encontro Nacional sobre o Curso Propedêutico (13PB/PD1-05/14) OBJETIVO Avaliar a caminhada do “Período Propedêutico” em nível nacional, trocar experiências e incentivar sua implantação em todas as Igrejas Locais do País. JUSTIFICATIVA É um processo que vai se tornando realidade na maioria das Dioceses e Congregações Religiosas. É desejo do Setor de Vocações e Ministérios da CNBB fortalecer este período da formação dos futuros presbíteros, como um tempo de discernimento vocacional e de aprimoramento dos estudos. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e OSIB PRAZO: 2º semestre de 1996 PROJETO: 10ª Assembléia Geral da OSIB (13PB/PD1-06/15) OBJETIVO Reunir os formadores para uma avaliação do processo de formação presbiteral à luz da Nova “Ratio” da Igreja no Brasil; concluir o ciclo de reflexão sobre “Missão, inculturação e culturas”; definir as atividades e programações da OSIB para o biênio seguinte e eleger a nova diretoria. JUSTIFICATIVA A Assembléia Geral da OSIB é estatutária e visa tornar a formação presbiteral no Brasil um processo mais unificado, através da implantação da nova “Ratio”. Sendo uma Assembléia Eletiva, faz-se a programação que a nova diretoria assumirá durante sua gestão. O tema da Assembléia Geral fecha o ciclo de reflexão dos 3 cursos anteriores sobre a mesma temática e culmina com a publicação de um “Cadernos da OSIB” com o resultado da Assembléia Geral e dos cursos oferecidos no biênio anterior. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e OSIB PRAZO: 19 a 21 de julho de 1996 PROJETO: 6º Encontro de Bispos do Setor Seminários nos Regionais e Diretoria da OSIB (13PB/PD1-07/16) OBJETIVO Reunir os Bispos do Setor Seminários nos Regionais e a diretoria da OSIB para encaminhar a implantação da nova “Ratio” nos seminários do Brasil.

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12JUSTIFICATIVA Na 32ª Assembléia Geral dos Bispos foi aprovada a nova versão das diretrizes básicas da formação dos presbíteros da Igreja no Brasil. Faz-se necessário, portanto, desencadear um processo de implantação da nova “Ratio” nas casas de formação do País. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e OSIB PRAZO: 13 a 15 de maio de 1996 PROJETO: Seminário para Orientadores Espirituais (13PB/PD1-08/17) OBJETIVO Capacitar os orientadores espirituais para o seu ministério no acompanhamento espiritual dos formandos, partilhando experiências e aprofundando práticas de direção espiritual. JUSTIFICATIVA Percebe-se que há um interesse muito grande de toda as casas de formação em priorizar essa importante dimensão do processo de formação presbiteral. Constata-se, também, que há muita improvisação na escolha de presbíteros para essa função. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e OSIB PRAZO: Fevereiro de 1997 PROJETO: 3ª Etapa para Orientadores Espirituais (13PB/PD1-09/18) OBJETIVO Reunir os orientadores espirituais que participaram das etapas anteriores para partilhar acertos e dificuldades, e também aprofundar a prática da orientação espiritual. JUSTIFICATIVA O perfil psico-espiritual dos jovens vocacionados evolui com muita rapidez. Por isso, os orientadores espirituais devem habilitar-se para o diálogo interpessoal com os jovens, para poder ajudá-los na experiência de Deus e no discernimento vocacional. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios PRAZO: 6 a 13 fevereiro de 1996 PROJETO: Cursos de Formação Permanente para Diáconos (13PB/PD1-10/19) OBJETIVO Capacitar os diáconos, juntamente com suas esposas, para o ministério da diaconia na família, comunidade e sociedade. JUSTIFICATIVA Com o aumento dos diáconos no Brasil, faz-se necessária a sua formação permanente, situando-os no conjunto do ministério ordenado, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral da Igreja no Brasil, capacitando-os para o exercício eficaz da diaconia. Serão realizados dois cursos por ano. Em dois anos, pretende-se atingir os diáconos de todos os Regionais. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e CND-Comissão Nacional de Diáconos. PRAZO: Fevereiro de 1996; julho de 1996; fevereiro de 1997; julho de 1997 PROJETO: Encontro de Responsáveis pelas Escolas Diaconais do Brasil (13PB/PD1-11/20) OBJETIVO Refletir sobre os currículos e metodologias das escolas diaconais do Brasil, visando dar maior consistência e articulação ao processo de formação diaconal. JUSTIFICATIVA A formação diaconal deve abranger todas as áreas da personalidade - humano-afetiva, comunitária, espiritual, intelectual e pastoral. Deve ser progressiva, global e sistemática, levando em conta os grandes desafios da realidade sócio-eclesial, no contexto de pós-modernidade que vivemos. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e CND. PRAZO: 1º semestre de 1996

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13 PROJETO: 3º Seminário para Pregadores de Retiro (13PB/PD1-12/21) OBJETIVO Articular os/as pregadores/as de retiro para o clero para que se ajudem, trocando experiências e capacitando novos pregadores para essa exigente missão eclesial. JUSTIFICATIVA Consideramos que o presbítero de hoje, para atuar com eficácia evangélica, necessita ser místico e mistagogo, o retiro deverá ajudá-lo a realizar uma profunda experiência de Deus. Além disso, é notória a dificuldade das Dioceses em conseguir pregadores de retiro para seus presbitérios. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: Fevereiro de 1997 PROJETO: 6º Encontro Nacional de Presbíteros (ENP) (13PB/PD1-13/22) OBJETIVO Congregar presbíteros representantes de todas as Dioceses do Brasil para refletir sobre uma temática relacionada aos presbíteros, a fim de compreender os desafios da realidade, apontar pistas pastorais, situar o ministério do presbítero, de modo a estimular sua realização pessoal e promover instrumentos para apoiar a vida e ministério dos presbíteros. JUSTIFICATIVA Os ENPs acontecem de dois em dois anos. Participam além da CNC, responsável pelo evento, com acompanhamento direto do Setor Vocações e Ministérios da CNBB, delegados eleitos pelos respectivos presbíteros, assessores e convidados de vários organismos como: OSIB, CND, CRB, CNL, e ainda os Bispos que acompanham as CRCs (Comissões Regionais do Clero). Os ENPs tem trazido muita riqueza para os presbíteros do Brasil, porque a preparação e o resultado dos mesmos envolvem os Regionais e as Dioceses, em encontros preparatórios e subseqüentes. Trata-se de uma verdadeira oportunidade de formação permanente. RESPONSÁVEL: CNC - Comissão Nacional do Clero e Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: 2 a 7 fevereiro de 1996 PROJETO: Cursos Regionais de Formação Permanente (13PB/PD1-14/23) OBJETIVO Apoiar com assessoria e recursos econômicos, cursos regionais de formação permanente dos presbíteros, para possibilitar uma multiplicidade de opções e uma maior participação dos presbíteros daquela área. JUSTIFICATIVA Os tempos atuais exigem uma radical e profunda formação permanente dos presbíteros, que atinja o seu ser pessoal, a sua espiritualidade, o todo de sua ação pastoral, bem como os seus múltiplos relacionamentos, quer com o seu Bispo diocesano e com seus irmãos no presbitério, quer com os religiosos e leigos. Os 6 cursos em nível nacional cumpriram a sua missão de animar os Regionais a realizarem também os seus cursos. O apoio, a cada ano, será a uns 3 a 4 cursos regionais, para que a formação permanente seja concretizada em vista dos apelos das Diretrizes Gerais (cap. V) e da Pastores Dabo Vobis (Cap. VI). RESPONSÁVEL: CRP - Comissão Regional de Presbíteros e Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: Cada ano, 3 a 4 cursos regionais PROJETO: Reunião da Equipe de Formação Permanente (13PB/PD1-15/24) OBJETIVO Reunir a equipe que acompanha a formação permanente dos presbíteros para avaliar o processo e pensar conjuntamente os projetos e atividades que contemplam esta dimensão do ministério presbiteral. JUSTIFICATIVA É importante reunir os responsáveis, os Organismos e Setores que acompanham a formação permanente; tendo em vista responder aos apelos dos próprios presbíteros e

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14das orientações da Igreja universal e local. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: De 8 a 10 de setembro de 1996 PROJETO: 7º E 8º Curso de Novos Bispos (13PB/PD1-16/25) OBJETIVO Proporcionar aos novos Bispos, no início do seu ministério, contatos com a CNBB: sua história e missão, sua sede em Brasília, serviços que oferece, contato com a secretaria geral e assessores. Possibilitar aos Bispos refletir sobre a teologia do ministério episcopal, retomar o Código de direito Canônico, a fim de que melhor possam se situar no Colégio Episcopal que começam a integrar, e colegialmente assumir a missão de pastores do rebanho. JUSTIFICATIVA Os cursos de novos Bispos já se tornaram um valor adquirido no processo de formação permanente dos Bispos. É uma contribuição aos presbíteros que são nomeados Bispos. Assim, além do ministério diário que os capacita a serem Bispos, têm a oportunidade de se encontrar com colegas que estão vivenciando a mesma experiência. Podem, assim, ampliar o horizonte de compreensão do seu ministério com os vários contatos que fazem com a CNBB e a Nunciatura; é também oportunidade de ampliar a compreensão do seu ministério a partir da eclesiologia e do Código de Direito Canônico. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios. PRAZO: Fevereiro-março de 1996, fevereiro-março de 1997 PROJETO: 5º E 6º Curso de Formação Permanente para Bispos (13PB/PD1-17/26) OBJETIVO Criar condições e oportunidades de reflexão, partilha, para melhor compreender a tarefa de animação da Evangelização nas Igrejas particulares, diante de tantos desafios da pós-modernidade, e assim, exercer de maneira colegial o Magistério da Igreja. JUSTIFICATIVA É acolhida com muita alegria a proposta da Pastores Dabo Vobis de a formação permanente se estender também aos Bispos. Pelo fato de mudarem as circunstâncias atuais em que os Bispos exercem o seu ministério de animação, coordenação e governo da Igreja, torna-se necessário o constante “aggiornamento”. RESPONSÁVEL: Setor Vocações e Ministérios e Presidência da CNBB. PRAZO: Junho de 1996 e junho de 1997 SETOR LEIGOS Preocupações • Como articular o Setor Leigos com outros mais afins, tais como o Setor Pastoral Social, Pastoral da Juventude, Pastoral Universitária, entre outros? • Como fazer a articulação com os Regionais da CNBB? Em alguns deles, o desafio da formação dos Conselhos Diocesanos ainda permanece. Continuam as discussões sobre as razões jurídicas e pastorais de sua instituição e de sua identidade. • Como definir, no nível Nacional, as atribuições próprias do Setor Leigos, excluindo as que não são de sua competência? Como definir as ações que deveriam ser operacionalizadas de forma conjunta com outras Pastorais? • Em relação à realidade da sociedade: Qual é a forma mais adequada de ação diante de um povo que passa fome, é injustiçado, recebe baixos salários, é vítima de políticos pouco interessados no bem comum? Como transformar sua tristeza em alegria? PROJETO: Encontro com os Bispos que Acompanham os Leigos nos Regionais (13PB/PD1-18/27) OBJETIVO Tratar as razões que fundamentam a implantação do Conselho Diocesano de Leigos e subsidiar suas iniciativas.

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15JUSTIFICATIVA As razões eclesiais para a constituição dos Conselhos Diocesanos encontram-se nos últimos documentos da Igreja, como Christifideles Laici, Santo Domingo, DGAE. A concretização da ação missionária do Leigo acontece no nível diocesano. RESPONSÁVEL: Setor Leigos PRAZO: 1º semestre de 1996 PROJETO: Cidadania e Ação Política (13PB/PD1-19/28) OBJETIVO Oferecer aos Cristãos Leigos dos Regionais da CNBB uma visão da realidade social pela ótica da ação política como missão que se faz presente pela sua índole secular. JUSTIFICATIVA O cristão leigo tem a missão de construir o mundo segundo o Plano de Deus, mas conforme sua índole secular. Para isto, há necessidade de formar, instrumentalizar e articular os leigos, com fundamentação em princípios bíblico-teológico-pastorais, assim como sócio-econômico-políticas. A CF/96 e as eleições municipais urgem uma participação política dos Leigos nos acontecimentos políticos da sociedade. RESPONSÁVEL: Setor Leigos da CNBB; CNL PRAZO: 1º semestre de 1996 SETOR ESTRUTURAS DE IGREJA - CEBs As CEBs podem ajudar, também, a descentralizar e articular melhor a ação pastoral da Igreja local. Radicadas nos ambientes simples, sejam elas fermento de vida cristã e de transformação da sociedade. Sejam instrumento de evangelização e primeiro anúncio, fonte de novos ministérios e, animadas pela caridade de Cristo, cooperem para a superação das divisões. Atividades permanentes • Manter contato com os Regionais; • participar de encontros sobre temas relacionados com CEBs; • assessorar encontros; • acompanhar os Encontros Regionais de e sobre CEBs; • acompanhar os Encontros Intereclesiais (preparação e realização). PROJETO: Reuniões da Ampliada Nacional (13PB/PD1-20/29) OBJETIVO: Acompanhar a preparação do 9º Intereclesial. JUSTIFICATIVA A CNBB acredita que as CEBs podem contribuir com a Nova Evangelização a partir dos pobres. RESPONSÁVEL: Ampliada Nacional e Comissão de Diálogo da CNBB PRAZO: 4 a 6/2/96; 20 a 23/2/97 PROJETO: Seminário Nacional de CEBs (13PB/PD1-21/30 OBJETIVO: Aprofundar o relacionamento CEBs - Massa, em vista do 9º Intereclesial. JUSTIFICATIVA Depois de longos anos de trabalho junto às bases, as CEBs sentem necessidade de uma articulação melhor com as Massas. RESPONSÁVEL: Ampliada Nacional e Comissão de Diálogo da CNBB PRAZO: 30/1 a 3/2/96 PROJETO: 9º Intereclesial (13PB/PD1-22/31) OBJETIVO: Celebrar a caminhada das CEBs, em nível nacional. JUSTIFICATIVA: Estes encontros servem para animar a caminhada das CEBs. RESPONSÁVEL: Ampliada Nacional

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16PRAZO: PROGRAMA 2: DIMENSÃO MISSIONÁRIA (PD-2) A comunhão exige a missão como seu dinamismo essencial. A Igreja, que se percebe como comunidade de fé, é impelida naturalmente a continuar a missão de Jesus, que a convocou, constituiu e enviou. Ela é chamada a assumir ativamente, em todos os seus membros, a mesma missão de Cristo, proclamando o Reino de Deus e testemunhando o Evangelho em todo tempo e lugar, em todas as épocas e nações, reconhecendo a riqueza evangélica das diferentes culturas. A dimensão missionária exprime, pois, um aspecto particular da única e abrangente missão da Igreja, correspondente à primeira evangelização, para despertar a fé nos não-cristãos, integrando novos membros em sua comunhão visível. No âmbito da única missão da Igreja, a Dimensão Missionária caracteriza-se como atividade missionária específica, cuja peculiaridade deriva do fato de se orientar para não-cristãos: a missão “ad gentes”. Esta tarefa especificamente missionária, que Jesus confiou e continua a confiar à sua Igreja, não deve se tornar uma realidade diluída na missão global de todo o Povo de Deus, ficando desse modo descurada ou esquecida (cf. RMi 33-34)5. A conclamação do Objetivo Geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 1995-1998 para um “renovado ardor missionário” e para uma especial atenção “às diferentes culturas” reafirma a proclamação da “Chegada da HORA MISSIONÁRIA” da Igreja no Brasil feita pelos Bispos na Assembléia Geral de 1988 (cf. Igreja: Comunhão e Missão, Doc. 40, 114)6. As prioridades e compromissos do COMLA 5 vêm reafirmar a vocação missionária de todo o Povo de Deus, chamando a atenção das nossas Igrejas para ampliarem suas fronteiras, quer geográficas, quer sócio-culturais, econômicas, políticas, sociais, ideológicas e religiosas. A Igreja no Brasil, nos últimos anos, manifestou seu dinamismo por um novo ardor missionário “ad gentes”, não apenas se preocupando com as situações missionárias presentes no País, mas ampliando seu horizonte missionário para “além-fronteiras”. O mundo precisa de uma Nova Evangelização. E não pode haver uma Nova Evangelização sem projetar-se até o mundo não-cristão (Santo Domingo 125)7. O renovado ardor missionário exige que a pregação do Evangelho responda aos novos anseios do povo, no contexto de uma sociedade marcada por rápidas e profundas mudanças. O renovado ardor missionário exige ainda dos evangelizadores uma nova disposição que leve a romper com as acomodações e a rotina na ação missionária. Superando a mera atitude de espera, é preciso ir, com coragem evangélica, às pessoas, grupos e ambientes onde o nome de Jesus não foi ainda proclamado ou onde sua ressonância perdeu o vigor. A Dimensão Missionária deve sempre enfrentar o constante desafio da inculturação da fé, procurando encarnar o Evangelho nas culturas dos povos. Os permanentes apelos da realidade e os convites para a missão encontram por parte do evangelizador e da comunidade eclesial uma resposta ativa de serviço e de diálogo; uma atitude de escuta e de seguimento de Jesus, anunciando e testemunhando sua ressurreição (cf. At 1,21-26)8 para construir o Reino. Atividades permanentes A Dimensão Missionária, na realização de suas atividades permanentes e projetos específicos, fundamenta-se e inspira-se nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, nos objetivos, conteúdos e reflexões do COMLA 5, principalmente, nas

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17prioridades e compromissos. Busca luzes e formas de comunhão nos Documentos da Igreja, especialmente, nos do Concílio Vaticano II, Evangelii Nuntiandi, Redemptoris Missio, Diálogo e Anúncio, Tertio Millennio Adveniente e em Puebla e Santo Domingo. Intensifica os aspectos de Animação, Formação, Organização e Cooperação missionárias, em todos os níveis eclesiais, para que a Dimensão Missionária se torne, cada vez mais, o elemento primordial de toda a ação evangelizadora (cf. RMi 83)9. Estas atividades visam intensificar a integração da pastoral orgânica num crescimento de comunhão e participação e desenvolvem-se de forma integrada com os Conselhos Missionários Regionais - COMIREs - e em comunhão com as Pontifícias Obras Missionárias - POM, na assessoria do Conselho Missionário Nacional - COMINA - e, no setor de formação, com o Centro Cultural Missionário - CCM. Com as Pontifícias Obras Missionárias prepara e celebra o Mês Missionário com o Dia Mundial das Missões, no penúltimo domingo de outubro. O apoio, a articulação e a assessoria para a descoberta da identidade específica dos grupos de leigos missionários serão desenvolvidas em comunhão com o Setor de Leigos da CNBB. PROJETO: Implementação do COMLA 5 (13PB/PD2-01/32) OBJETIVO Implementar as prioridades e compromissos assumidos no COMLA 5, para uma evangelização inculturada, preparando agentes com ardor missionário tornando as Igrejas locais missionárias. JUSTIFICATIVA Os eventos tornam-se marcantes pelo tempo de preparação, pelo fato de sua realização e pelas repercussões que provocam. É necessário dar continuidade às iniciativas acontecidas na preparação do COMLA 5, firmar as prioridades e compromissos assumidos para a evangelização inculturada, espiritualidade missionária, animação, formação e organização missionárias. Elaboração e divulgação de subsídios, apoio, sustentação e desenvolvimento de iniciativas, realização de encontros nos Regionais com as coordenações dos COMIREs, com os responsáveis diocesanos da Dimensão Missionária e os participantes no COMLA 5 são exigências e urgências. RESPONSÁVEL: CNBB/Dimensão Missionária Nacional e Regional, COMINA, CIMI, POM e CCM. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Animação, Formação e Organização Missionárias (13PB/PD2-02/33) OBJETIVO Dinamizar e acompanhar os Conselhos Missionários Regionais (COMIREs), a partir de experiências de evangelização inculturada para que a Dimensão Missionária seja inserida de forma planejada e coordenada como elemento primordial de toda ação evangelizadora. JUSTIFICATIVA A ANIMAÇÃO missionária impulsiona a ação evangelizadora de forma planejada e coordenada, inserindo a “dimensão missionária como elemento primordial em toda a ação pastoral”. Compromete o povo de Deus, suscitando evangelizadores. Informa sobre a realidade missionária e dinamiza os organismos da ação evangelizadora. A ORGANIZAÇÃO missionária motiva, em todos os níveis, Comissões ou equipes, envolvendo os organismos e instituições missionárias; prepara, envia e acompanha missionários/as para regiões particularmente necessitadas no País e além-fronteiras. Este projeto exige FORMAÇÃO missionária inculturada para conscientizar o povo de Deus de sua identidade e responsabilidade com a Missão aqui e além-fronteiras. Prepara agentes específicos e privilegia a formação de leigos. Parte de experiências de evangelização inculturada, realiza o diálogo intercultural, ecumênico e inter-religioso. Insere-se no mundo cultural dos pobres e excluídos como

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18opção evangélica. Desenvolve a espiritualidade missionária e a mística necessária para a Missão. Apóia e acompanha os COMIREs para que animem missionariamente as Igrejas particulares, formem pessoas e incentivem os COMIDIs. Realiza encontros nos Regionais, com as equipes dos COMIREs para apoiar, acompanhar seus trabalhos, preparando e participando de suas assembléias. RESPONSÁVEL: CNBB/ Dimensão Missionária Nacional e Regional; COMINA, POM, CCM. PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Missão além – Fronteiras (13PB/PD2-03/34) OBJETIVO Assumir decididamente o IR para a missão além-fronteiras, no sentido mais amplo, formando, enviando e acompanhando missionários para testemunhar e proclamar Jesus Cristo - caminho de vida plena e esperança para todos os povos e culturas. JUSTIFICATIVA A Missão, antes de ser tarefa a realizar, é vida, comunhão-relação e solidariedade (Vinde, vede e anunciai). O chamado à vida, à vocação batismal, que se desdobra em carismas vocacionais específicos, no laicato, na vida consagrada e no ministério ordenado, deve ser acolhido e vivido como a presença da “Palavra que liberta e salva”, na revelação da ternura de Deus, nas renovadas relações fraternas e nas novas relações com toda a criação (cf. Texto-Base do COMLA 5, 1.2). Esta visão, fundamentada no mistério da encarnação, obriga a todos a superar os horizontes estreitos de sua cultura, de seu local geográfico, para abrir-se, corajosamente, a experiências multiculturais, multireligiosas dos povos aqui e além-fronteiras. Assumir decididamente a convocação feita pelos nossos Bispos de nos projetarmos além de nossas fronteiras é obrigação indeclinável. Apoiar, preparar, acompanhar equipes de missionários e missionárias tendo presente as exigências da missão “ad gentes”, a pedagogia do processo de inculturação e os elementos constitutivos da evangelização: o serviço ao mundo, especialmente aos pobres, o diálogo, o anúncio e o testemunho de comunhão fraterna. Incentivar o intercâmbio com os missionários, divulgando suas experiências de evangelização inculturada. Atualizar os dados dos missionários, missionárias brasileiros presentes além-fronteiras, em colaboração com a CRB Nacional, COMIREs e outras organizações missionárias. RESPONSÁVEL: CNBB/ Dimensão Missionária Nacional e Regional, CRB, COMINA, POM E CCM. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Igrejas-Irmãs (13PB/PD2-04/35) OBJETIVO Promover e articular as iniciativas concretas de entre-ajuda suscitadas e provocadas pela experiência do Programa Igrejas-Irmãs e pelo crescimento da consciência missionária de nossas Igrejas, aprofundando as motivações de intercomunhão eclesial para visibilizar a solidariedade e a corresponsabilidade do “dar e receber”. JUSTIFICATIVA A intercomunhão eclesial acontece no testemunho concreto do dar e do receber da própria pobreza. A missão fundamenta-se na fé. E esta “se fortalece quando é comunicada”. O Programa Igrejas-Irmãs acontece por meio de Projetos concretos de intercomunhão de recursos e de pessoas, leigos/as, consagrados/as e ministros ordenados. Promover estas iniciativas de comunhão missionária testemunhando a solidariedade através da distribuição eqüitativa de agentes pastorais é revelar a misericórdia de Jesus Cristo. Ele, embora sendo rico, tornou-se pobre por causa de todos, e com sua pobreza, enriqueceu a todos (cf. 2 Cor 8,9)10. RESPONSÁVEL: CNBB/ Dimensão Missionária Nacional e Regional, COMINA, CRB (GRAM), POM. PRAZO: 1996 – 1997

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19 PROJETO: Formação Missionária (13PB/PD2-05/36) OBJETIVO Atender à formação de agentes para a animação, formação e organização missionárias nos Regionais e Dioceses. JUSTIFICATIVA A formação missionária de agentes é uma exigência fundamental e permanente da evangelização. Desperta e aprofunda a identidade missionária e cristã de cada batizado e das comunidades. Garante também uma permanente atualização dos sinais dos tempos. Sua metodologia parte de experiências multiculturais da evangelização, onde os sujeitos das diferentes culturas são protagonistas de sua libertação integral em Jesus Cristo; utiliza-se das ciências antropológicas e sociais; ajuda a desenvolver uma personalidade integrada, a espiritualidade e a mística necessárias à missão que opta evangelicamente pelos pobres e excluídos e cultiva as atitudes de diálogo e respeito pelas pessoas e culturas. Este projeto promove cursos de formação em nível nacional, por blocos de regiões e em nível regional. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, CCM, COMINA, COMIREs, Institutos Missionários e POM. PRAZO: Janeiro de 1996; 1997 - Março a junho de 1996/1997 PROJETO: Formação Missionária “Ad Gentes” (13PB/PD2-06/37) OBJETIVO Oferecer aos missionários e missionárias que se destinam à missão além-fronteiras um encontro de formação missionária, experiência de vida comunitária e de espiritualidade para a evangelização inculturada além de nossas fronteiras. JUSTIFICATIVA Atender às solicitações das Dioceses, Congregações e Institutos Missionários para que os missionários e missionárias que partem em missão além-fronteiras tenham uma visão da realidade sob os aspectos sócio-antropológico e bíblico-teológico da missão para uma evangelização inculturada e uma experiência de vida em equipe e de espiritualidade missionária. A celebração de envio feita pela presidência da CNBB e a Dimensão Missionária imprime o sentido de pertença à Igreja no Brasil. Existem cursos em Brasília e São Paulo. RESPONSÁVEL: CCM, Dimensão Missionária da CNBB, COMINA. PRAZO: Dezembro (BSB), fevereiro a junho (São Paulo) de 1996/1997 PROJETO: Acompanhamento dos Missionários Além-Fronteiras e Acolhida aos que Chegam (13PB/PD2-07/38) OBJETIVO Acompanhar nossos missionários e missionárias que estão em missão além-fronteiras e acolher os que chegam de outros países e continentes, para a evangelização em nossas comunidades. JUSTIFICATIVA Os nossos missionários e missionárias sentem a necessidade de estar em comunhão com a Igreja que os enviou. Para isto, existem pequenas iniciativas de envio de alguns subsídios, publicações e circulares de informação, não excluindo visitas. Aos que chegam para conosco “evangelizar com renovado ardor missionário”, é oferecido um curso de aprendizagem do português e de primeira inculturação no CCM-CENFI. RESPONSÁVEL: CCM, Dimensão Missionária da CNBB, COMINA e POM. PRAZO: 1996 – 1997; Dois cursos anuais no CENFI 1996/1997 PROJETO: Seminário Missiológico Nacional (13PB/PD2-08/39) OBJETIVO Preparar assessores e agentes da Dimensão Missionária nos Regionais para a implementação das prioridades e compromissos do COMLA 5 e assessoria e animação

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20missionária permanente. JUSTIFICATIVA O Ano Missionário e a preparação do COMLA 5 fizeram sentir a necessidade de assessores e agentes específicos para a Dimensão Missionária nos Regionais e Dioceses. O COMLA 5 confirmou esta urgência de assessorias para concretizar as prioridades e compromissos, bem como para a missão de inserir a Dimensão Missionária em toda a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, em comunhão com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 1995-1998. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, COMIREs, POM, COMINA. PRAZO: 22 a 26 de fevereiro de 1996, em Brasília PROJETO: Equipe de Reflexão e Assessoria Missiológica (13PB/PD2-09/40) OBJETIVO Refletir, com um grupo permanente, as exigências da evangelização inculturada para realizar e acompanhar a caminhada missionária aqui e além-fronteiras. JUSTIFICATIVA Este grupo de assessoria existe há vários anos e é formado pela equipe executiva do COMINA, que é composta pelo Bispo da Dimensão Missionária, Secretário Executivo, assessores da Dimensão Missionária da CNBB, Diretor das POM, representantes dos Institutos Missionários, leigos missionários e CCM. Reúne-se quatro vezes por ano. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, POM e COMINA. PRAZO: Reuniões quatro vezes ao ano: 1996/1997 PROJETO: Assessoria e Articulação dos Grupos de Missionários Leigos (13PB/PD2-10/41) OBJETIVO Apoiar os grupos de missionários leigos na sua formação, busca de identidade e articulação, em comunhão com o Setor dos leigos da CNBB. JUSTIFICATIVA O protagonismo dos leigos na evangelização e a diversificação dos ministérios na Igreja necessitam de intensificado apoio para que cresçam as experiências destes grupos de leigos, cada vez mais inseridos no serviço, diálogo, anúncio e testemunho na evangelização. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, COMINA, POM e Setor Leigos. PRAZO: Junho de 1996 – 1997 PROJETO: Assembléia do COMINA (13PB/PD2-11/42) OBJETIVO Refletir, acompanhar, avaliar e estimular a animação missionária colocando o resultado destas atividades à disposição da CNBB ou de outros organismos, visando fazer com que a Igreja local se torne, sempre mais, sujeito da missão dentro e fora do País. JUSTIFICATIVA O COMINA reúne representantes de Instituições atuantes na animação e ação missionárias. Realiza, por Regulamento, uma assembléia anual. Esta assembléia avalia a caminhada pastoral e torna-se momento de articulação nacional, pois participam como membros integrantes, além dos representantes dos Organismos e Instituições Missionários, os coordenadores dos COMIREs e os Bispos responsáveis pela Dimensão Missionária nos Regionais. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária, COMINA e COMIREs. PRAZO: Julho e novembro de 1996/1997 PROJETO: Encontro Nacional dos Organismos e Instituições Missionários (13PB/PD2-12/43) OBJETIVO Incentivar o estudo, a reflexão, a comunhão e a partilha de experiências e esforços,

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21bem como avaliar e propor linhas de ação missionárias para a evangelização inculturada. JUSTIFICATIVA O COMINA, com apoio da Dimensão Missionária da CNBB e POM, de acordo com seu regulamento, realiza, de dois em dois anos, um Encontro Nacional de todos os Organismos e Instituições Missionários. A finalidade é reunir estas forças e juntos estudar temas missionários, repassar o resultado de eventos missionários ou prepará-los, na dinâmica da comunhão e participação, como aconteceu em relação ao COMLA 4, na preparação do Ano Missionário e do COMLA 5. Neste momento, o encontro será para a implementação das prioridades e compromissos do COMLA 5. RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, COMINA e POM. PRAZO: Novembro de 1997 PROJETO: Encontro Nacional da Infância Missionária (13PB/PD2-13/44) OBJETIVO Organizar, de forma atualizada, a Infância Missionária, apoiando e articulando as iniciativas existentes para despertar nas crianças o espírito missionário universal, desenvolvendo seu protagonismo na evangelização das crianças e dos adultos. JUSTIFICATIVA O Decreto Conciliar Ad Gentes afirma que as Obras Missionárias têm a capacidade de criar o espírito missionário universal desde a infância (cf. AG 38)11. Existem experiências novas e atualizadas de organização de crianças segundo a metodologia e pedagogia da Pontifícia Obra da Infância Missionária, que visa desenvolver o potencial evangelizador das crianças e o espírito de solidariedade: “criança ajuda e evangeliza criança”. RESPONSÁVEL: POM, Dimensão Missionária da CNBB. PRAZO: 10 a 12 de julho de 1996, Vitória, durante o XIII CEN PROJETO: Mês e Dia Mundial das Missões (13PB/PD2-14/45) OBJETIVO Celebrar o Mês Missionário e o Dia Mundial das Missões segundo os objetivos propostos pela Igreja universal para promover em todo o povo de Deus a cooperação missionária, que se concretiza na oração, sacrifício, testemunho de vida cristã e colaboração econômica. JUSTIFICATIVA Outubro missionário, com o Dia Mundial das Missões, é tempo consagrado em todo o mundo católico para despertar o compromisso das comunidades eclesiais, instituições, desenvolver em todos os batizados a vocação missionária universal e tornar as Igrejas locais sujeitos da missão. Para isso, são elaborados subsídios de reflexão e de animação para as comunidades eclesiais, grupos e Dioceses. RESPONSÁVEL: POM, Dimensão Missionária da CNBB, COMIREs e Dioceses. PRAZO: Durante o ano, especialmente no mês de outubro PROJETO: Comunhão Missionária Latino-Americana (13PB/PD2-15/46) OBJETIVO Acompanhar as programações do Departamento de Missões - DEMIS - do CELAM, participando de encontros e iniciativas e atendendo à programação das Direções Nacionais das POM. JUSTIFICATIVA O DEMIS é um Departamento que, em nível de América Latina e de Caribe, realiza encontros de Bispos, secretários da Dimensão Missionária e se relaciona com os Diretores das POM na América Latina para articulação de projetos, trocas de experiências e ações conjuntas. Além disso, os Diretores Nacionais das POM reúnem-se, ordinariamente, uma vez por ano, em Roma, por ocasião da Assembléia Geral do Conselho Superior das POM e, em outras ocasiões, principalmente para a organização, acompanhamento e realização dos

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22COMLAs. RESPONSÁVEL: DEMIS, Dimensão Missionária da CNBB e POM. PRAZO: 1996/1997. Março de 1996 em Bogotá e maio de 96/97 em Roma PROJETO: Instituto Missionário “Ad Gentes” (13PB/PD2-16/47) OBJETIVO Atender à chegada da “Hora Missionária” e responder ao cha-mado missionário “ad gentes” assumido como compromisso do COMLA 5. JUSTIFICATIVA O serviço, o diálogo, principalmente com as religiões, o anúncio aos que não receberam a pregação do Evangelho, e o testemunho de vida e vivência comunitária, “insubstituível” na evangelização (DGAE n.96), são exigências da Evangelização inculturada. “A missão além-fronteiras, pela complexidade de sua própria natureza e execução, exige uma formação cuidadosa de seus agentes e uma organização capaz de garantir a continuidade. É desejável que se dêem novos passos para concretizar um Centro Missionário Nacional, para estudos e formação permanente, e um Instituto Brasileiro de Missões além-fronteiras” (DGAE n.245). É compromisso do COMLA 5: “Estudar a possibilidade de fundar novos Institutos Missionários Nacionais ‘ad gentes’ e para isso formar grupos de trabalho, com integrantes de Sociedades e Institutos Missionários e outras pessoas, em nível nacional e latino-americano” (Compromisso 3.16). RESPONSÁVEL: Dimensão Missionária da CNBB, POM, Institutos Missionários “ad gentes” e Bispos. PRAZO: 1996 – 1997 PROGRAMA 3: DIMENSÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA (PD3) Princípios orientadores Temos dois tipos de fontes a serem consideradas como pontos de partida para o planejamento: 1. O que foi detectado no processo que vem sendo desenvolvido com os coordenadores regionais e que é explicitado na evolução dos conteúdos dos sucessivos Encontros Nacionais de Catequese. 2. A orientação geral da Igreja no Brasil neste particular momento histórico, considerando as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, o projeto de evangelização com vistas ao terceiro milênio e as prioridades e áreas de interesse assumidas em conjunto por todos e programas das Dimensões e Setores. Consideraremos, pois, o que há de mais significativo nessas duas vertentes: 1. A Continuidade do processo desenvolvido pela Catequese O processo de reflexão e animação se fez com muita interação entre a assessoria nacional e as equipes regionais. A qualidade e a intensidade dessa parceria deve ser preservada e considerada no desenvolvimento de todas as atividades a serem propostas. Viu-se como necessária uma maior valorização do aspecto bíblico, unido ao catequético. Tem sido pedida uma orientação para o trabalho de formação bíblica que ajude a criar, em relação à Bíblia, uma identidade pastoral, num processo semelhante ao que se fez a partir do documento Catequese Renovada. Já se iniciou algo nesta direção com a divulgação do documento “A Interpretação da Bíblia na Igreja” e com a publicação de um estudo, em linguagem popular, de seus pontos mais relevantes. Nesta mesma perspectiva, as avaliações do último Encontro Nacional pediram também o

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23aprofundamento de uma espiritualidade que ilumine a realidade moderna, urbana, ajudando a ler os sinais dos tempos e os apelos de Deus aí contidos e descobrindo, também no ambiente de agitação e tecnologia das cidades, motivações para o cultivo de novas formas de expressão de sua espiritualidade. Toda a reflexão feita apontou na direção de se cuidar da relação entre diálogo e anúncio, num mundo marcado pelo pluralismo cultural e religioso, para que a catequese se desenvolva num clima que articule adequadamente o respeito à alteridade e o fortalecimento da identidade da fé. Isso implica em consideração constante da dimensão ecumênica, no espírito indicado pelo Papa na encíclica UT UNUM SINT e na carta apostólica Tertio Millennio Adveniente, sem esquecer o Catecismo da Igreja Católica, como ponto de referência. A Catequese se desenvolve, se alimenta na Igreja e educa para o ser Igreja. Conseqüentemente, necessita estar bem entrosada com as outras Dimensões. Esse trabalho de aproximação e diálogo, já iniciado, não deve ser perdido de vista. Diante do caminho percorrido, aparecem como prioridades a formação bíblica, a inculturação da catequese no mundo moderno e urbano, o diálogo com as culturas e religiões e o cultivo de uma espiritualidade encarnada que alimente no catequista as razões da sua esperança, na realidade concreta do mundo de hoje. Tudo isso, evidentemente, tem como enfoque indispensável a ótica da opção pelos pobres e da promoção da justiça. 2. Orientação geral da Igreja no Brasil São evidentes as relações do exposto acima com as quatro áreas de interesse comum, inspiradas nas DGAE, que constam deste plano: evangelização inculturada; protagonismo dos leigos (a imensa maioria dos catequistas); superação da exclusão social; mística e espiritualidade inculturadas. No desenvolvimento das diferentes atividades previstas, no material a ser produzido, no enfoque dos diferentes temas e na qualidade dos relacionamentos humanos envolvidos, levar-se-ão em conta essas áreas com todas as suas conseqüências, tendo presentes as quatro exigências apontadas nas DGAE: serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão. Pelas características que lhe são próprias, estará também a Dimensão Bíblico-Catequética envolvida na tarefa de divulgação das DGAE e de outros documentos e orientações da Igreja, em linguagem popular, como parte do grande processo de formação dos catequistas e como auxílio às outras atividades eclesiais, nas quais a Dimensão Bíblico-Catequética precisa estar presente. Dentro desse espírito e levando tudo isso em consideração, além dos projetos detalhados mais adiante, são importantes as atividades permanentes que vão construindo o caminho na direção dos objetivos expostos acima. Estão previstas como atividades permanentes, indispensáveis inclusive como parte dos projetos maiores, que elas ajudam a promover: • cartas mensais aos coordenadores, responsáveis por escolas formadoras de catequistas e Bispos referenciais dos Regionais, divulgando o que é de interesse da área e incentivando o intercâmbio de materiais; • reuniões com o GRECAT e o GRESCAT, para fundamentar a reflexão de acordo com os objetivos propostos; • produção de subsídios, em linguagem acessível, para diversas finalidades: divulgação das Diretrizes; instrumentos de trabalho para preparar os encontros planejados; sistematização da reflexão que vai sendo feita nos Regionais e outras instâncias da Igreja; ajuda à formação bíblica (dando continuidade ao que foi feito no subsídio “Como a nossa Igreja lê a Bíblia”); material de apoio para assessorias pedidas pelos Regionais; material da Campanha da Fraternidade e outros projetos conjuntos e programas globais;

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24textos para animação do projeto de evangelização integrada que prepara o terceiro milênio; roteiro para celebração do dia do Catequista; • produção de textos para diversas publicações, especialmente a Revista de Catequese e a Folha Catequética; • participação nos projetos do DECAT-CELAM, do Coincat e da FEBICLA; • participação na reunião do SAB (Serviço de Animação Bíblica); • participação e apoio aos eventos promovidos pelo GREPAS (que atende aos surdos) e levantamento de grupos que atendem aos deficientes mentais; • contatos para o acompanhamento da tradução da Bíblia litúrgico-catequética; • presença nos Regionais e Sub-Regionais. PROJETO: Encontro de Professores de Pastoral Catequética dos Seminários (13PB/PD3-01/48) OBJETIVO Promover um diálogo para avaliação e integração da Dimensão Bíblico-Catequética na formação do Clero. JUSTIFICATIVA Percebe-se no contato com os catequistas em todo o País que há certos desencontros entre a reflexão feita no trabalho da catequese e as expectativas do clero. Especialmente na questão da reflexão sobre a necessidade de nova linguagem e novo espírito para a catequese do mundo moderno e urbano, o descompasso pode gerar bloqueios. É pedido geral dos catequistas e das equipes de coordenação um esforço maior na direção de uma linguagem comum e de uma melhor compreensão do momento atual vivido pela catequese. Visa-se também a troca de experiências entre professores de institutos diferentes, buscando ajuda mútua na busca de opções pastorais que respondam aos sinais dos novos tempos. RESPONSÁVEL: Assessores nacionais e GRECAT, com a colaboração do Setor Vocações e Ministérios e CNC. PRAZO: Outubro de 1996 PROJETO: Décimo Aniversário da Semana Brasileira de Catequese (13PB/PD3-02/49) OBJETIVO Recuperar a memória do que foi refletido na ocasião, do caminho percorrido a partir desse evento, e confrontar com as necessidades percebidas hoje, buscando pistas para fundamentar o trabalho dos catequistas. JUSTIFICATIVA A Semana Brasileira de Catequese foi um marco importante. Nela se começou a reflexão sobre a questão da cultura, tratou-se de princípios para uma leitura bíblica mais atualizada e se fez um grande processo de mobilização que ajudou a conhecer o Catequese Renovada e a impulsionar trabalhos que fizeram a catequese avançar, ultrapassando em certos aspectos o próprio documento. Percebemos que fazer memória é indispensável para entender o caminho e prosseguir. Por outro lado, o constante problema da rotatividade dos catequistas obriga a estar sempre buscando novas formas de resgatar para grupos iniciantes o que já foi vivido, recapitulando para integrar na caminhada quem vem chegando e dando um passo adiante sem deixar perdido quem não viveu as etapas anteriores. RESPONSÁVEL Coordenadores Regionais de Catequese, acompanhados, incentivados e assessorados pela assessoria nacional. PRAZO: Durante o ano de 1996, com os resultados sendo refletidos no VII Encontro Nacional, a ser realizado em 1997 PROJETO: VII Encontro Nacional de Catequese (13PB/PD3-03/50) JUSTIFICATIVA Os Encontros Nacionais vêm sendo momentos fortes de revisão e replanejamento, num processo participativo, contínuo e progressivo que tem conseguido motivar bastante os Regionais. Valem muito pela preparação que se faz antes, com instrumentos de trabalho que permitem a participação de amplas parcelas da base. Produzem também material

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25que sistematiza a reflexão e ajuda os catequistas mais envolvidos a se situarem no panorama das necessidades e prioridades da Igreja e da realidade do Brasil. São momentos reclamados pelas coordenações de nível intermediário, que participam indicando o teor, o enfoque do que será planejado. São importantes não como eventos, mas como alimentadores de um processo. RESPONSÁVEL: Assessores nacionais, GRECAT, GRESCAT e Coordenadores Regionais. PRAZO: Preparação em 1996; Realização em setembro de 1997, em Belo Horizonte, MG PROJETO: Encontro com os Responsáveis pelas Escolas Diocesanas (13PB/PD3-04/51) OBJETIVO Colaborar para o aperfeiçoamento de um processo de formação de catequistas afinado com o momento e as orientações da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA Há quatro anos são realizados encontros do GRESCAT e neles se percebe a necessidade de ampliar a discussão dos assuntos que dizem respeito à formação dos catequistas, envolvendo um grupo maior de escolas e transformando o GRESCAT num grupo menor, mas que seja lugar de reflexão para o processo global de formação. Esse encontro foi também pedido nas avaliações feitas pelos participantes do VI Encontro Nacional. RESPONSÁVEL: GRECAT e GRESCAT PRAZO: 2º semestre de 1997; Reunião do GRESCAT, segundo semestre de 1996 PROJETO: Seminário sobre Espiritualidade Iluminada pela Bíblia (13PB/PD3-05/52) OBJETIVO Buscar pistas para uma espiritualidade a ser vivida no mundo moderno, descobrindo a presença de Deus no secular, a partir da Encarnação como método usado na própria Bíblia. JUSTIFICATIVA A situação da Igreja no mundo moderno urbano exige repensar a forma de utilização das fontes de espiritualidade. Diante de tanta manifestação religiosa desencarnada ou, por outro lado, fria, distante das emoções da vida, é urgente buscar um caminho bem fundamentado, sereno, comprometido com a justiça, que possa ser vivido pelo homem e a mulher do mundo urbano moderno. Percebe-se a urgência de alimentar uma profunda mística que permita viver neste mundo de crises e mudanças, na aceleração da história, no ambiente onde o tecnológico substituiu a natureza, sem perder o rumo, a esperança e cultivando a intimidade com a Palavra de Deus. Com isso, se reúne dados, experiências, pistas para atender a necessidades e pedidos expressos no VI Encontro. RESPONSÁVEL: Assessores nacionais e GRECAT PRAZO: Novembro de 1996 PROJETO: Tradução da Bíblia Litúrgico-Catequética (13PB/PD3-06/53) OBJETIVO: Dar continuidade ao trabalho já em andamento. JUSTIFICATIVA O trabalho, realizado para atender a solicitação feita na 29ª Assembléia Geral da CNBB, está bem adiantado; visa respeitar o princípio da unidade de tradução nas atividades pastorais e na liturgia. RESPONSÁVEL: Dimensão Bíblico-Catequética e equipe de biblistas, coordenada por Pe. Johan Konings. PRAZO: 1996 PROJETO: Leitura Bíblica na Catequese (13PB/PD3-07/54) OBJETIVO Ajudar a discernir e estabelecer a fisionomia da leitura e do uso da Bíblia que corresponde ao projeto e aos objetivos da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA Verifica-se um grande desejo de formação bíblica e uma perplexidade diante de leituras fundamentalistas, que se difundem rapidamente. Percebeu-se que falta, em relação à

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26Bíblia, o caminho que foi feito para a catequese a partir do documento Catequese Renovada. A leitura bíblica também precisaria estar ligada às seis dimensões. A catequese, que tem na Bíblia o seu “livro por excelência”, precisa de ajuda para a formação dos catequistas nessa área. No biênio anterior, foi proposto que se começasse a produção de pequenos subsídios, em linguagem fácil, para ir orientando o caminho da leitura bíblica. O primeiro (Como a nossa Igreja lê a Bíblia) já foi publicado; os Regionais pedem que o processo não se interrompa. Ao tratar da leitura bíblica nesse biênio, deve-se levar em conta as preocupações ecumênicas, com vistas ao processo de reconciliação pedido pelo Papa e os destaques previstos para cada ano no projeto de evangelização que prepara o terceiro milênio. RESPONSÁVEL: Assessoria nacional, com a colaboração de outros organismos e especialistas solicitados a colaborar. PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Divulgação das Diretrizes e do Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil (13PB/PD3-08/55) OBJETIVO Articular os grandes objetivos da Igreja no Brasil com as aspirações e caminhos da catequese regional. JUSTIFICATIVA A catequese tem papel importante a desempenhar no desenvolvimento dos projetos maiores e precisa estar em sintonia com os caminhos da Igreja no Brasil. É preciso debater os grandes projetos para que não sejam sentidos como algo que anula o processo consistente de reflexão e orientação que já vem sendo feito. É preciso ajudar os catequistas a ler as Diretrizes e o Projeto de Evangelização que prepara o terceiro milênio, de forma que as iniciativas se somem e se harmonizem. Não se pode perder o trem da história, mas também é bom ter cuidado para não descer na estação errada. O projeto comporta uma reunião com os coordenadores regionais de catequese e a elaboração de subsídios que animem e alimentem o processo. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional PRAZO: 1996 – 1997 PROGRAMA 4: DIMENSÃO LITÚRGICA (PD4) A Igreja “como comunidade sacerdotal, organicamente estruturada pelos sacramentos, celebra os mistérios da fé. Colocando no seu centro a memória do Mistério pascal de Cristo e dos cristãos, que revela o amor do Pai para conosco e comunica o seu Espírito, a liturgia é fonte de comunhão com a Trindade e nos envia para a missão para proclamar o Mistério de Cristo até que ele volte” (DGAE 93)12. Vivendo e celebrando a presença e a ação do Senhor na história, a liturgia se insere no mundo plural da cultura, das tensões sociais, políticas e religiosas. Daí que a ação litúrgica deverá considerar a nova sensibilidade emergente que vem expressa nos anseios de valorização da pessoa, de participação e de compromisso missionário e transformador das estruturas em favor da vida. Por si só, a liturgia exerce função importante na ação evangelizadora (cf. DSD 35)13. Ela anuncia a plenitude do Evangelho, Jesus Cristo e o torna presente de modo eficaz. Anuncia as maravilhas de Deus, o próprio Deus, e as atualiza. Gera a vida divina e faz as pessoas dela participarem. A liturgia é o espaço no qual o “testemunho de comunhão eclesial” é manifestado pela comunidade cristã reunida para partilhar a sua fé, celebrar o louvor do Senhor e viver a caridade” (DG 256)14. Nesta perspectiva, é urgente vivificar e atualizar as diversas formas de celebração litúrgica, buscando formulações adequadas à rápida evolução das mentalidades e da cultura; a atenção à participação subjetiva dos fiéis, visando ao enriquecimento da experiência religiosa de cada um, e a consciência do compromisso missionário (DGAE 54, n.258)15. Igualmente importante, na liturgia, é a recuperação das dimensões da festa, da alegria, da esperança e a riqueza da espiritualidade do Ano Litúrgico (DGAE 54, n.273)16.

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27 Sendo a liturgia dimensão vital e expressão da vocação celebrativa da Igreja, urge a redescoberta do aspecto simbólico da liturgia integrando o universo simbólico das comunidades, através de uma legítima criatividade, adaptação e inculturação. A busca de uma simbologia mais adequada ao meio urbano deve ser hoje uma preocupação prioritária da pastoral litúrgica (DGAE 54, n. 273)17. Prioridades e linhas de ação 1. Inculturação litúrgica: • liturgia no mundo urbano: celebrações e a emergente cultura urbana e do mundo juvenil; • liturgia e os grupos humanos; • liturgia e Piedade Popular; • preparação e promoção do Seminário Nacional de Inculturação Litúrgica; • elaboração do subsídio base de preparação ao Seminário Nacional de Inculturação Litúrgica. 2. Formação Litúrgica: • incentivar a formação litúrgica em todos os níveis da Igreja: Leigos, Religiosos(as), Presbíteros; • trabalhar em conjunto com a OSIB e a CRB. 3. Animação da vida litúrgica nos Regionais • visita aos 16 Regionais da CNBB; • elaboração de subsídios que alimentem o serviço da animação litúrgica nos diferentes níveis. Atividades permanentes 1. De Tradução, Elaboração e Publicações 2. Do Canto e da Música: • Hinário Litúrgico Nacional - 4º Volume; • Campanha da Fraternidade; • Música para a Liturgia das Horas; • Coletânea de Músicas Litúrgicas. 3. De Assessoria: • Regionais e Dioceses; • Campanha da Fraternidade; • Congressos Eucarísticos; • Promoções ligadas à CNBB. 4. De Integração: • Com as Dimensões e Organismos da pastoral. 5. Participar de: • encontros setoriais, regionais e internacionais; • encontros de interesse da Dimensão Litúrgica; • encontros da pastoral de Santuários; • encontros da Associação dos Professores de Liturgia.

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28 6. Colaborar com: • o Centro de Liturgia ligado à Faculdade Assunção, em São Paulo; • os cursos de formação litúrgica; • o curso de formação litúrgico-musical; • a Revista de Liturgia e outros periódicos; • os liturgistas que atuam na inculturação indígena. 7. De diálogo com: • a Sé Apostólica; • o Departamento de Liturgia do CELAM; • as Comissões de Liturgia de outros países. PROJETO: Equipe de Reflexão Litúrgico-Pastoral (13PB/PD4-01/56) OBJETIVO Avaliar e alimentar o serviço de animação da vida litúrgica no Brasil. Refletir, à luz da natureza da liturgia, os desafios que a atualidade da vida brasileira levanta à pastoral litúrgica. JUSTIFICATIVA A liturgia, como expressão celebrativa da Igreja, considerará as questões emergentes das comunidades eclesiais, discutindo-as tendo por base uma sólida reflexão teológico-litúrgica. A Equipe de Reflexão Litúrgico-Pastoral auxiliará a Linha 4 no discernimento e nas opções pastorais, para responder adequadamente aos desafios emergentes da caminhada eclesial. RESPONSÁVEL: Dimensão 4 PRAZO: 1ª Reunião: 12 a 14 de 04 de 1996. Local: Pio XI - SP - 2ª Reunião: outubro de 1996 PROJETO: Dimensão Celebrativa da Vida Consagrada (13PB/PD4-02/57) OBJETIVO: Refletir, à luz da vida e da prática celebrativa, a relação entre Vida Consagrada e Liturgia; Favorecer a inserção da Vida Consagrada na ação litúrgica da Igreja Local; Fortalecer a dimensão celebrativa da Vida Consagrada a partir da realidade pluricultural do povo brasileiro. JUSTIFICATIVA É fundamental que os homens e mulheres que assumem funções ou só participam na liturgia sejam imbuídos do espírito litúrgico, tenham consciência dos mistérios que celebram e sejam capacitados para executar as suas funções; e que os irmãos e irmãs religiosos(as) tenham no programa de seu processo formativo a preocupação de transformarem a Liturgia em fonte da própria espiritualidade e se tornem animadores das celebrações das comunidades eclesiais (cf. CNBB, doc. 43, n.192). RESPONSÁVEL: Dimensão 4 e Equipe de Formação da CRB. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Inculturação Litúrgica nos Meios Afros (13PB/PD4-03/58) OBJETIVO Dinamizar o processo de diálogo e de estudo da cultura afro para atender liturgicamente e de forma inculturada a população afro-brasileira. JUSTIFICATIVA A população afro-brasileira tem uma cultura rica em valores humanos e religiosos. Essa riqueza se revela na diversidade de grupos étnicos espalhados pelo território nacional. A Igreja quer participar dos seus sofrimentos e acompanhá-los em suas legítimas aspirações em busca de uma vida justa e digna; quer apoiar os povos afro-brasileiros na defesa de sua identidade e no reconhecimento de seus valores; quer também ajudá-los a manter vivos os seus usos e costumes compatíveis com a doutrina cristã (cf. SD

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29149)18. A IV Instrução “Liturgia Romana e Inculturação” lembra que a liturgia da Igreja não deve ser estrangeira para nenhum país, para nenhum povo, para nenhuma pessoa. Deve ser capaz de se exprimir em todas as culturas humanas, conservando a sua identidade, na fidelidade à tradição recebida do Senhor (IV Inst., 18). RESPONSÁVEL: Dimensão 4 e Instituto Mariama - IMA PRAZO: Reunião preparatória: 29 de fevereiro e 1º de março de 1996; Seminário: setembro de 1996 PROJETO: Encontro Nacional de Reitores e Agentes de Pastoral de Santuários (13PB/PD4-04/59) OBJETIVO Reunir os Reitores e agentes de pastoral para intercâmbio de experiências, planejamento comum e aprofundamento da reflexão sobre a religiosidade popular e suas manifestações em vista da inculturação litúrgica. JUSTIFICATIVA O entendimento, planejamento e organização da pastoral dos santuários, bem como os desafios que daí emergem, requerem maior entrosamento de todos os agentes para a reflexão e a busca de novos caminhos, em espírito de unidade e comunhão fraterna. Faz-se necessário que as Diretrizes da Pastoral dos Santuários, elaboradas pelo Conselho de Reitores, cheguem a todas Dioceses e sejam colocadas em prática. Além do incentivo, os agentes da Pastoral dos Santuários, necessitam de orientações para que a liturgia se constitua no momento forte da vida nos Santuários, pelo fato de ser centro e ápice da romaria e de toda a vida cristã. RESPONSÁVEL: Dimensão 4 e Conselho de Reitores de Santuários do Brasil. PRAZO: 11 a 14 de março de 1996, em Trindade, Goiás PROJETO: Seminário de Inculturação Litúrgica (13PB/PD4-05/60) OBJETIVO: Dinamizar o processo de inculturação litúrgica; JUSTIFICATIVA “A inculturação do Evangelho é um imperativo do seguimento de Jesus e é necessária para restaurar o rosto desfigurado do mundo” (SD 13)19. A inculturação da fé e a evangelização das culturas promovem a vida cristã integral e se constituem num caminho de busca da santidade (cf. SD 33)20. “As formas da celebração litúrgica devem ser aptas para expressar o mistério que se celebra e, por sua vez, ser claras e inteligíveis para os homens e mulheres” (João Paulo II, Discurso à UNESCO 2.6.1980). Por isso, considerar a sensibilidade cultural do nosso povo é meta da adaptação da liturgia, num justo e sadio processo de inculturação, pedindo a introdução de novos símbolos, de novos ritos sacramentais para diversas necessidades e circunstâncias da vida, mais compreensíveis ao povo de hoje, porque criados pela piedade popular, experimentados nas CEBs e outros grupos de oração, ou ainda, provenientes das exigências da modernidade (DG 95). RESPONSÁVEL Dimensão 4 Sistemática. a. Elaboração do texto motivador e envio aos Regionais b. Estudo e debate nos Regionais c. Coleta e síntese de elementos indicadores do processo de inculturação litúrgica. d. Encontros por grandes Regiões: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste. PRAZO: 1997 PROJETO: Encontro de Bispos Responsáveis por Liturgia nos Regionais (13PB/PD4-06/61) OBJETIVO Dinamizar a caminhada da vida e ação litúrgica da Igreja no Brasil, na perspectiva da pastoral de conjunto. JUSTIFICATIVA Os desafios que emergem da realidade da ação evangelizadora inculturada no Brasil

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30requerem reflexão e ação litúrgica planejada em todos os níveis. Estas devem ser incentivadas pelos responsáveis pela Dimensão litúrgica nos Regionais. RESPONSÁVEL: Dimensão 4 PRAZO: Julho de 1996; Vitória – ES PROJETO: Encontro de Arte Litúrgica (13PB/PD4-07/62) OBJETIVO Desencadear o processo de reflexão sobre arte litúrgica. Constituir uma equipe de artistas que estude critérios artístico-litúrgicos para o espaço celebrativo. JUSTIFICATIVA “A celebração litúrgica é enriquecida com o contributo da arte que ajuda os fiéis a celebrarem, a se encontrarem com Deus e a rezarem” (IV Instrução, 43). Nas diferentes culturas se faz necessário auxiliar os fiéis, segundo sua índole, para que na oração e na vida espiritual, através das obras de arte e do espaço celebrativo, percebam a presença do mistério de Deus (IV Instrução, 44). A cultura brasileira é rica em expressões artísticas. O desafio está em descobrir e articular os artistas do povo; manifestar-lhes que seus dons podem contribuir para o bem comum da liturgia e da comunidade de fé. RESPONSÁVEL: Dimensão 4 PRAZO: Julho de 1996; Vitória - ES SETOR PASTORAL DE MÚSICA PROJETO: Curso Ecumênico de Formação e Atualização Litúrgico-Musical (13PB/PD4-08/63) OBJETIVO Conseguir uma melhor integração da música na liturgia, mediante uma adequada preparação dos seus agentes. Promover a função musical do canto e da música. Fornecer um suporte musical e litúrgico às pessoas engajadas nas ações litúrgico-musicais. JUSTIFICATIVA A falta de agentes qualificados, nesta área, levou músicos, poetas e liturgistas e demais envolvidos com as preocupações litúrgico-musicais a projetarem um curso de formação e atualização para pessoas que já trabalham com música e liturgia nas Igrejas e necessitam de um suporte teórico-musical e litúrgico. RESPONSÁVEL CNBB; Instituto Metodista de Ensino Superior (São Bernardo); Centro de Liturgia da Faculdade de Teologia Nª Sra. Assunção-SP; Faculdade Federal de Música Sta. Marcelina (SP); Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC); Coordenação Executiva do Curso. PRAZO: 5ª Etapa: 3 a 16 de janeiro de 1996 6ª Etapa: janeiro de 1997 PROJETO: Encontro Regional de Músicos (13PB/PD4-09/64) OBJETIVO Preparar uma reedição atualizada do Documento sobre a Pastoral da Música Litúrgica (nº 07). JUSTIFICATIVA Para atender à proposta dos participantes do Encontro Nacional de Músicos, realizado em 1994, e para melhorar a prática do canto litúrgico, um novo documento, com orientações concretas, será a primeira necessidade. RESPONSÁVEL: Linha 4 Setor de Música PRAZO: 1º Encontro Regional Centro/Sul, em São Paulo, nos dias 9 a 11 de fevereiro de 1996. 2º Encontro Regional Norte/Nordeste. Em Natal (RN), nos dias 9 a 13 de outubro de 1996. PROJETO: Atualização do Doc 7 – CNBB (13PB/PD4-10/65)

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31OBJETIVO: Elaborar o texto final do Doc. 07, atualizado, sobre a pastoral da música. JUSTIFICATIVA Após dois encontros regionais de preparação, o texto final deverá ser estudado e analisado num encontro nacional, para completar o Doc. 07 com as questões próprias das regiões do País. RESPONSÁVEL: Dimensão 4 - Setor de Música PRAZO: 1º semestre de 1997 PROGRAMA 5: DIMENSÃO ECUMÊNICA, DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E DIÁLOGO COM A CULTURA - EXIGÊNCIA DO DIÁLOGO NA EVANGELIZAÇÃO (PD5) O diálogo é uma exigência intrínseca da ação evangelizadora da Igreja, especialmente no contexto pluralista da sociedade. O diálogo, próprio da dimensão ecumênica, perpassa todas as Dimensões da pastoral eclesial e predispõe a Igreja Católica à busca da unidade cristã em fraterna colaboração com os irmãos de outras Igrejas e Comunidades Eclesiais. O diálogo, nas devidas proporções e formas, se estende às outras religiões e a quantos estão à procura da Verdade. Orientações para a dimensão ecumênica Todos os batizados são sujeitos da evangelização (DGAE). A divisão entre os cristãos, que tem acontecido na história, e ainda hoje acontece com o surgimento de sempre novos grupos separados, “contradiz abertamente a vontade de Cristo, e se constitui em escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa do anúncio do Evangelho a toda criatura” (UR 1)21. Todos os cristãos, obedecendo à ação do Espírito Santo, são chamados a cresceram até aquela plena comunhão que o Senhor deseja para sua Igreja e lhe oferece como dom. Assim, a partir da fé comum, da incorporação em Cristo pelo Batismo validamente administrado e de outros dons que possam ter em comum, os cristãos devem crescer em comunhão, segundo os caminhos que o Espírito abre para a Igreja, colocando-se juntos a serviço do mundo que o Senhor Jesus veio salvar. A fim de que cresçam o espírito e a ação ecumênica da Igreja, deve-se prestar especial atenção: • à presença da dimensão ecumênica em toda a ação pastoral e evangelizadora da Igreja; • ao ecumenismo espiritual ou a uma espiritualidade ecumênica, que consiste na conversão do coração, na abertura para o “outro” e na insistente busca da oração pela plena comunhão de todos os cristãos; • à formação para o ecumenismo de todos os fiéis e dos que cooperam no ministério pastoral e evangelizador. • à organização do serviço da unidade dos cristãos, com um mínimo de estrutura para a ação, não apenas em nível nacional, mas também em nível regional e diocesano; • ao fortalecimento dos organismos ecumênicos oficiais (CONIC e CESE) e à colaboração com outros organismos ecumênicos existentes no Brasil. Finalmente, deve-se levar em consideração que o Judaísmo ocupa um lugar especial na busca da unidade entre os cristãos, em razão das raízes judaicas do Cristianismo: a redescoberta destas raízes é “conditio sine qua non” para a unidade dos cristãos, ou seja, o caminho para esta unidade passa necessariamente pelo Judaísmo. Atividades permanentes Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja Católica (atividades “ad intra”):

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32• apoio à formação ecumênica dos atuais e futuros ministros ordenados, de outros ministros, agentes de pastoral e leigos (com o Setor Vocações e Ministérios da CNBB, com a OSIB e outros organismos relacionados com a CNBB); • apoio à formação de especialistas em ecumenismo; • contato com os Secretariados Regionais, em vista da criação de estrutura para a Dimensão Ecumênica; • contato com organismos da Igreja, em vista da Dimensão ecumênica de suas atividades (AEC, CIMI, CPT, Centro de Defesa de Direitos Humanos e Cáritas) e com movimentos dentro da Igreja; • estudo de possibilidades de uma Campanha da Fraternidade sobre a dimensão ecumênica e da possibilidade da Campanha da Fraternidade em comum com as Igrejas membros do CONIC; • maior divulgação da importância da Oração pela Unidade dos Cristãos, especialmente na semana em que ela acontece e no dia de Pentecostes (Semana da Unidade); • participação nas atividades da Seção do Ecumenismo do CELAM; • participação em atividades do Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos; • divulgação de publicações sobre outras Igrejas Cristãs. Atividades relacionadas com outras Igrejas e Organismos (atividades “ad extra”): • diálogo com as Igrejas da Ortodoxia; encontro dos Bispos da Presidência e CEP com autoridades das Igrejas Ortodoxas (pré-calcedonianas e as de tradição bizantina), encontro este preparado com os Bispos Católicos de ritos orientais e acompanhado pelos mesmos; • diálogo com as Igrejas Episcopal, Evangélica de Confissão Luterana, Metodista, Presbiteriana e Reformadas; • procura de diálogo com líderes de Igrejas Batistas, Pentecostais e grupos “evangelicais”; • participação em Concílios, Sínodos e Assembléias Nacionais de outras Igrejas, a título de observadores; • participação em atividades do CONIC (assembléias, comissão central, seminários); • participação em atividades da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) (diretoria, assembléia anual, seminários e encontros); • participação em encontros de Organismos ecumênicos nacionais (atividades conjuntas do CONIC e CESE); • contato com a Fraternidade ecumênica de Taizé (Alagoinha-BA), especialmente em vista de sua experiência em encontros de caráter participativo; com o Conselho Nacional do Dia Mundial de Oração das Mulheres; • colaboração com a Sociedade Bíblica do Brasil (a publicação da Bíblia completa na linguagem de hoje); • contato com organismos ecumênicos: CEDI, CEBI, CESEP, pastoral ecumênica do menor e outros; • contato com organizações de educação das Igrejas em vista de uma ação conjunta; • contato com OSIB e ASTE em vista de um entrosamento; • contato com organismos inter e transdenominacionais, como Visão Mundial e outros; • elaboração de notícias e informações de caráter ecumênico para os MCS; • contato com o Conselho Latino-americano de Igrejas (CLAI), com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI)O e com Conselhos Nacionais de Igrejas de outros países. Orientações para o diálogo inter-religioso Dentro da realidade do Brasil, a Igreja deve estar muito atenta para atuar em cooperação não somente com membros de outras Igrejas, mas também de outras Religiões e com os vários segmentos da cultura em todas as iniciativas que visam construir uma sociedade justa e solidária a serviço da vida e da esperança. Diante da crescente pluralidade cultural e religiosa, da acentuação da subjetividade, a Igreja deve estar aberta ao diálogo com as expressões religiosas e culturais contemporâneas e a aceitar os desafios que as mesmas lhe colocam.

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33A partir dos documentos do Concílio Vaticano II, da encíclica de Paulo VI Ecclesian suam (06/08/64), da encíclica do Papa João Paulo II Redemptoris Missio (07/12/1990) e de documentos do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso (especialmente Diálogo e Anúncio (19/05/1991), a Igreja Católica tem desenvolvido uma visão de respeito das Religiões Não-Cristãs, que constitui a orientação fundamental para o diálogo inter-religioso. A Igreja abre-se ao diálogo pela fidelidade ao homem e pela sua fé. Portanto, sem diminuir o caráter próprio e único da missão que recebeu, a Igreja descobre o Deus Uno e Trino agindo nas outras Religiões, que podem ser instrumentos do seu único plano de salvação. Por esta razão, o diálogo não é estranho nem paralelo à evangelização e sim integrado nela. Nesta visão de fé, o diálogo é diálogo de salvação. Já foi lembrado o lugar todo especial do Judaísmo no diálogo, por motivos históricos e pelas raízes judaicas do Cristianismo. O Islã, outra Religião abraâmica, merece um lugar especial no diálogo inter-religiosos (cf. Nostra Aetate). O diálogo com as Religiões Tradicionais (Indígenas e Negro-brasileiras), pela sua presença histórica e a sua vitalidade atual, deve também ocupar um lugar de destaque. Grande atenção deve ser dada também ao fenômeno do espiritismo e ao multiplicar-se de novas expressões religiosas não-cristãs. Atividades permanentes Atividades relacionadas com a vida e ação da Igreja (atividades “ad intra”): • apoio à formação dos atuais e futuros ministros ordenados, dos outros ministros, agentes de pastoral e leigos (com o Setor Vocações e Ministérios da CNBB, com a OSIB e outros organismos relacionados com a CNBB); • apoio à formação de especialistas em diálogo inter-religioso. Atividades relacionadas com outras Religiões (atividades “ad extra”): • apoio à Comissão Nacional de Diálogo Católico-Judaico; contato com os Conselhos de Fraternidade Cristão-Judaica e outras formas de relacionamento com a comunidade judaica; • diálogo com líderes muçulmanos; • estímulo para um diálogo entre líderes judeus, cristãos e muçulmanos; • encontros com líderes de Religiões Indígenas, (com o CIMI) e Negro-brasileiras, (com a Dimensão 2); • encontro com líderes de Religiões Orientais antigas e novas; • encontros com líderes espirituais (espiritismo); • contato com a World Conferencie on Religion and Peace em vista do congresso mundial. PROJETO: Reflexão sobre a Situação da Dimensão Ecumênica do Diálogo Inter-Religioso e do Diálogo com a Cultura no Brasil (13PB/PD5-01/66) OBJETIVO Conhecer e avaliar a evolução da Dimensão Ecumênica e do Diálogo Inter-religioso, no contexto da pastoral, em nível nacional e regional. JUSTIFICATIVA Para acompanhar e avaliar a evolução da situação da Dimensão Ecumênica e do diálogo, em seus vários aspectos, é importante reunir anualmente os responsáveis por esta dimensão, em nível nacional e regional, com assessoria de especialistas. RESPONSÁVEL: CNBB-Dimensão 5 PRAZO: Março de 1996; Março de 1997 PROJETO: Encontro de Professores de Ecumenismo dos Seminários e Universidades (13PB/PD5-02/67) OBJETIVO Incentivar a formação ecumênica dos seminaristas e dos ministros ordenados e não

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34ordenados, através do curso normal e de cursos especiais (seminários, encontros). JUSTIFICATIVA A formação ecumênica é uma das exigências mais urgentes para o futuro do ecumenismo. A formação ecumênica foi objeto de particular atenção já desde o Concílio Vaticano II (cf. UR 10)22. A segunda parte do primeiro Diretório Ecumênico (1970) foi totalmente dedicada à formação para o ecumenismo. O Novo Diretório (1993) reserva à formação ecumênica todo o capítulo III, nn. 55-91 e afirma: “...os membros do povo de Deus empenhados na formação - superiores e professores de institutos superiores e de institutos especializados - podem prestar uma especial contribuição” (DE, 55). Também um documento de estudo da Comissão Conjunta de Trabalho entre a Igreja Católica Romana e o Conselho Mundial de Igrejas é dedicado à formação ecumênica (1993). RESPONSÁVEL: Dimensão Ecumênica CNBB PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Seminário sobre Igreja e Justificação Entre IECLB e a Igreja Católica (13PB/PD5-03/68) OBJETIVO: Receber e divulgar nas respectivas Igrejas os resultados dos diálogos bilaterais. JUSTIFICATIVA A justificação está no centro das questões levantadas pela Reforma Luterana. Os resultados alcançados até agora no diálogo teológico, segundo a encíclica Ut Unum sint, n. 80, “devem tornar-se patrimônio comum”. João Paulo II já exortou a isso muitas vezes. RESPONSÁVEL: Dimensão 5 CNBB PRAZO: 2º semestre de 1996 PROJETO: Reuniões Periódicas e Assembléia Geral da Comissão Nacional de Diálogo Católico-Judaico (13PB/PD5-04/69) OBJETIVO: Articular em nível nacional o diálogo religioso entre católicos e judeus no Brasil. JUSTIFICATIVA O Concílio Vaticano II, perscrutando o Mistério da Igreja, recordou “o vínculo pelo qual o povo do Novo Testamento está espiritualmente ligado à estirpe de Abraão” e quis “fomentar e recomendar a ambas as partes mútuo conhecimento e apreço” (NAe nº 4)23. Seguindo os rumos do diálogo internacional entre a Igreja Católica e o Judaísmo, a Comissão responde à necessidade de alicerçar em sólidos fundamentos teológicos os motivos do relacionamento entre católicos e judeus no Brasil e aprofundar o conhecimento do patrimônio comum. RESPONSÁVEL: Dimensão 5 PRAZO: Outubro, novembro de 1996; Outubro, novembro de 1997 PROJETO: Reuniões Periódicas e Assembléia Geral da Comissão Nacional de Diálogo Anglicano-Católica (13PB/PD5-05/70) OBJETIVO Estimular e orientar as nossas Igrejas para o diálogo ecumênico e incentivar a criação de novos grupos de diálogo Anglicano-Católicos em várias partes do Brasil. JUSTIFICATIVA O diálogo internacional entre a Igreja Católica e representantes da Comunhão Anglicana é muito ativo e prossegue entre avanços e impasses. Num espírito fraterno e de colaboração, as Igrejas no Brasil continuam levando adiante a caminhada ecumênica em busca de uma comunhão cada vez mais plena. RESPONSÁVEL: Dimensão 5 PRAZO: Outubro de 1966; Outubro de 1997 PROJETO: Reflexão sobre o Fenômeno do Crescimento de Movimentos Religiosos Independentes e sobre os Desafios Pastorais que o mesmo coloca

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13PB/PD5-06/71 OBJETIVO Oferecer subsídios à Igreja Católica através de pesquisas e seminários, para que conheça com mais profundidade a extensão as causas e o fenômeno do crescimento dos movimentos religiosos independentes, definindo a sua ação pastoral. JUSTIFICATIVA Entre a razões que justificam o projeto, podem ser citadas; - a preocupação com a transmissão integral da mensagem cristã; - a atração sobre um crescente número de católicos e de membros de outras Igrejas; - a pregação e atuação violentamente anti-católicas e alienantes de certos grupos, que enfraquecem a organização e a ação do povo pobre e marginalizado; - certos movimentos que constituem sério perigo à saúde física e psíquica do povo, ou causam verdadeiros atentados à identidade cultural do mesmo; - as implicações políticas (nacionais e internacionais) de certos grupos; - a necessidade de uma análise profunda da crise da sociedade (brasileira e mundial), sob todos os aspectos, e do seu relacionamento com o surgimento de expressões religiosas contemporâneas; - a necessidade de uma análise séria da vida e ação da Igreja, a fim de se descobrir fatores internos que possam favorecer o surgimento de expressões religiosas alternativas; RESPONSÁVEL: CNBB-Dimensão 5, em colaboração com organismos da Igreja e outras entidades. PRAZO: Seminário - julho de 1996 PROJETO: Diálogo com o Islã (13PB/PD5-07/72) OBJETIVO - Conhecer a realidade do Islã no Brasil e oferecer informações objetivas sobre o Islã à Igreja no Brasil; - colaborar para superar a oposição histórica entre cristãos e muçulmanos; - enriquecer-se mutuamente com a herança abraâmica presente nas duas Religiões; - estimular o diálogo entre católicos e muçulmanos em cidades com uma presença notável de muçulmanos; - buscar, numa segunda fase, canais de diálogo entre representantes das três Religiões abraâmicas: a judaica, a cristã e a islâmica. JUSTIFICATIVA - A desconfiança mútua e a oposição entre cristãos e muçulmanos, que muitas vezes no passado mas ainda recentemente levaram a lutas armadas, devem ser superadas pelo diálogo: cristãos e muçulmanos no Brasil podem dar uma contribuição positiva para um novo relacionamento; - a herança abraâmica, que marca as duas Religiões, permite uma comunicação recíproca da Fé e um enriquecimento mútuo; - o relacionamento positivo entre católicos e muçulmanos, já existente em alguns lugares, está a exigir um diálogo em nível nacional. RESPONSÁVEL CNBB - Dimensão 5 Sistemática: 1996: - Levantamento da situação da presença do Islã no Brasil e conhecimento do relacionamento existente entre católicos e muçulmanos. - criação de uma equipe de coordenação e acompanhamento; PRAZO 1º Encontro da equipe - 2º semestre de 1996; 1997 - 1º Encontro entre representantes católicos e muçulmanos PROJETO: Reflexão sobre as Novas Religiões Orientais (13PB/PD5-08/73) OBJETIVO Conhecer melhor a difusão e a influência dos novos movimentos religiosos orientais no ambiente brasileiro. JUSTIFICATIVA

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36- A presença japonesa e oriental em geral chegou a níveis elevados pelo número de imigrantes, iniciativas, integração. - O número de adeptos dos novos movimentos religiosos está crescendo rapidamente. - Para uma pastoral adequada, é urgente estudar o fenômeno de maneira mais aprofundada. RESPONSÁVEL: CNBB-Dimensão 5; Pastoral Nipo-Brasileira (PANIB) PRAZO: 1996 - Reuniões semestrais do grupo de acompanhamento 1997 - Seminário PROJETO: Reflexão sobre a Maçonaria e Atitude Doutrinário-Pastoral da Igreja Católica (13PB/PD5-09/74) OBJETIVO Oferecer subsídios pastorais sobre a Maçonaria no Brasil e sobre declarações da Congregação para a Doutrina da Fé. JUSTIFICATIVA O diálogo com maçons, iniciado nos anos 70, as declarações da Congregação da Doutrina da Fé e o fato de que muitos maçons são membros de Igrejas Cristãs exigem a continuação do diálogo e a reflexão pastoral da Igreja. RESPONSÁVEL: CNBB-Dimensão 5 PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Reflexão sobre a Atual Atitude dos Católicos Frente ao Espiritismo (13PB/PD5-10/75) OBJETIVO Sugerir pistas para uma oportuna evangelização e catequese e prosseguir com os espíritas um diálogo inter-religioso. JUSTIFICATIVA Perante um fenômeno de tanta extensão no Brasil, é necessário examinar a sua evolução e influência atual na espiritualidade e na prática católicas. Há, de fato, uma convivência cotidiana entre católicos e espíritas e uma comunicação constante de idéias e crenças. RESPONSÁVEL: Dimensão 5 PRAZO: 1997 PROGRAMA 6: DIMENSÃO SÓCIO-TRANSFORMADORA (PD-6) Embora a Igreja não seja do mundo, está presente no mundo, no meio das sociedades humanas. Por esta presença, ela deve agir como fermento na massa, contribuindo para que a sociedade se organize conforme exigências e valores do Reino. Solidarizando-se com as aspirações e esperanças da humanidade, é levada a colocar-se a serviço da causa e dos direitos da pessoa, especialmente dos mais pobres, denunciando as injustiças e violências para que assim possa surgir uma sociedade justa e solidária. Esta Dimensão da Igreja no Brasil desenvolve-se em três áreas de capital importância para a presença do Evangelho na sociedade: pastoral social, comunicação social, educação. Na atuação dessa Dimensão, a comunidade cristã situa-se e age profeticamente em áreas de fronteira do mundo das comunicações sociais, da educação e, sobretudo, no amplo espectro da realidade social do País (cf. Diretrizes da Ação Pastoral 1991/1884, n.101.104)24. SETOR PASTORAL SOCIAL O objetivo e as diretrizes gerais da CNBB inspiram o programa específico de atividades do Setor Pastoral Social. Esse programa visa colaborar com todas as demais Dimensões de atuação eclesial, para que estejam atentas e sensíveis à transformação social, econômica, política e cultural pela qual passa o povo brasileiro, atentas e atuantes para que essa transformação se realize com a participação solidária de todos, objetivando a libertação integral do homem e a construção de uma sociedade justa e fraterna, segundo o Espírito de Jesus.

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37 O Setor Pastoral Social procurará evitar paralelismos entre evangelização, promoção humana e ação organizada para a transformação de estruturas. O referencial supremo no qual vai buscar essa unidade é Cristo e seu Evangelho, a cuja luz toda a análise da realidade, reflexão e ação serão efetuadas. Verá também nas CEBs um exemplo dessa unidade entre fé e vida, oração e ação. Como procedimento metodológico, tratará inicialmente de obter uma compreensão adequada e crítica da realidade, de modo a permitir a formação de um julgamento ético sobre a situação e a formulação de linhas de ação. O Setor Pastoral Social procurará dinamizar e ampliar suas atividades através da criação de espaços para o encontro de pessoas e instituições interessadas em participar num processo de análise e reflexão global e continuada sobre o que se poderia chamar de “a sociedade que queremos”. Além de se tratar de algo importante para a vida da Igreja e do País, isso viria responder a uma necessidade sentida por muitos construtores da sociedade nova e pluralista. Um desafio para o qual se deve encontrar uma resposta é o de como manter esse processo articulado com os movimentos populares e de como divulgar os resultados desta reflexão. Será incentivada ainda a formação de pessoas que revelam dons de liderança. Busca-se uma formação mais continuada, mais exigente, tanto no aspecto de colocar questões teóricas como na atuação prática. Enfim, uma formação que siga um método progressivo e grupal. O Setor Pastoral Social atua através de vários organismos que fazem parte da sua estrutura, mas que têm vida e dinamismo próprios. Maior articulação entre esses organismos é importante. O Setor Pastoral Social quer ser um espaço onde isso possa acontecer, como quer também abrir-se para articulações com outros organismos, com objetivos afins. Procurar-se-ão formas para colocar em prática esse objetivo, contando com a criatividade e participação de todos esses organismos que já compõem o Setor Pastoral Social. Espera-se, com esse esforço, chegar a aperfeiçoar os métodos de trabalho de cada organismo, a promover ações verdadeiramente conjuntas e a elaborar um atualizado conceito de pastoral social que sirva de plataforma comum para a ação de todo o Setor e da Igreja em geral. Atividades permanentes • analisar a problemática nacional e questões sociais de atualidade e refletir, à luz da fé, sobre os resultados dessa análise; • analisar e avaliar a pastoral da Igreja no campo social, para uma renovação dessa ação; • estudar e divulgar o ensino social da Igreja universal e também das Igrejas particulares, principalmente da América Latina, Estados Unidos e Canadá; • apoiar iniciativas de Pastoral Social da Igreja, em nível regional e diocesano; • apoiar grupos e movimentos de Pastoral Social, sobretudo de caráter popular e voltados para a defesa dos interesses das classes mais necessitadas; • apoiar sistematicamente as pastorais de setores mais marginalizados da população: camponeses, peões, bóia-frias, migrantes, marítimos e pescadores, mulher marginalizada, doentes, idosos, menores abandonados, encarcerados, nômades etc; • divulgar e implementar na prática as idéias-força que a Segunda Semana Social Brasileira enfatizou: radicalização da democracia, cidadania ativa, construção coletiva e inversão de prioridades, como um meio de superação do atual quadro social de exclusão; • incentivar a articulação das pastorais sociais por meio de projetos concretos de nível nacional, como a Semana Social e o Grito dos Excluídos, e envolver também os movimentos populares e sindicais.

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PROJETO: Reuniões do Setor Pastoral Social (3PB/PD6-01/76) OBJETIVO Aprofundar a formação, animação e comunicação interna do Setor e possibilitar uma maior articulação entre as Pastorais e os Organismos, principalmente por meio de projetos concretos. JUSTIFICATIVA As reuniões gerais são momentos indispensáveis tanto para a formação e animação como também para uma maior articulação e avaliação das atividades do Setor e das Pastorais Sociais. São momentos de confrontação entre a prática desenvolvida e realidade, que é muito dinâmica. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Grupo de Reflexão (13PB/PD6-02/77) OBJETIVO Aprofundar a formação, animação, articulação e comunicação internas das Pastorais e Organismos do Setor Pastoral Social e possibilitar uma compreensão mais crítica e coerente da realidade. Prestar assessoria permanente às Pastorais e Organismos do Setor. JUSTIFICATIVA Dada a complexidade política, econômica, social, cultural e religiosa de nossa realidade, e a implicação ética de nossa ação social, se justifica a assessoria de um grupo para reflexão e elaboração de subsídios específicos, principalmente relativos à conjuntura. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Dinamização e Articulação das Pastorais Sociais nos Regionais (13PB/PD6-03/78) OBJETIVO Dinamizar, incentivar e articular as Pastorais Sociais nos Regionais, promovendo um intercâmbio de atividades e uma linha de ação comum, sobretudo por meio de projetos concretos comuns. JUSTIFICATIVA Dada a diversidade de realidades em que atuam as Pastorais, faz-se necessária uma articulação regional, que por sua vez, entre outras coisas, servirá para fortalecer a articulação nacional. Um trabalho desarticulado não é nem eficiente e nem eficaz. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: O Grito dos Excluídos (13PB/PD6-04/79) OBJETIVO Realizar, anualmente, uma grande manifestação em todo o País, numa mesma data, a fim de possibilitar que a grande massa dos excluídos possa expressar as suas reivindicações e as suas propostas para a superação do quadro de exclusão social em que o País vive. JUSTIFICATIVA Tal manifestação permite expressar a fidelidade da Igreja não só com a opção preferencial pelos pobres, mas sobretudo a fidelidade a Jesus Cristo. É um espaço onde os excluídos têm vez e voz e que permite que reavivem a sua esperança e a coragem de continuar lutando por uma sociedade mais justa e solidária. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Publicações sobre Temas Específicos (13PB/PD6-05/80) OBJETIVO

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39Elaborar textos, subsídios, estudos e análises da realidade, socializando conhecimentos e experiências para ajudar na formação dos agentes das Pastorais Sociais e assim dinamizar e tornar mais eficaz a ação pastoral junto às bases, levando em consideração as idéias da Segunda Semana Social Brasileira. JUSTIFICATIVAS As publicações, elaboradas de maneira socializada, servem para que as pastorais tenham uma visão mais crítica, coerente e uniforme da realidade, o que permite também uma ação mais eficaz e articulada diante dos principais desafios que a mesma apresenta. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 – 1997 PROJETO: Seminário sobre a Realidade Migratória (13PB/PD6-06/81 OBJETIVO Possibilitar uma maior compreensão da realidade migratória que o País atravessa, fazendo perceber as principais causas, tendências e conseqüências das migrações, bem como suas implicações na vida das populações em contínuo deslocamento dentro e fora do País. JUSTIFICATIVA O fenômeno migratório continua crescendo e apresentando novas características devido ao processo de globalização da economia. A migração apresenta sobretudo a característica da circularidade e da sazonalidade. É preciso compreender estes novos fenômenos para poder dar respostas pastorais mais adequadas à atual realidade. RESPONSÁVEL: Setor Pastoral Social PRAZO: 1996 - 1997 SETOR COMUNICAÇÃO A Comunicação, como processo de relações entre pessoas para construir a comunhão, está a serviço de todas as Dimensões do Plano Bienal. Sua função transformadora consiste em modificar o relacionamento, tanto interno quanto externo da Igreja. Por outro lado, com relação aos meios, é necessário educar a consciência crítica dos receptores e incentivar a preparação profissional no uso dos meios e da linguagem própria de cada veículo. “Devemos nos interrogar sobre a própria linguagem, que conserva traços de uma cultura em grande parte desconhecida pela modernidade e que está sobrecarregada de elementos secundários, relevantes em outras épocas, mas cujo acúmulo arrisca hoje fazer perder de vista o essencial e dificultar a comunicação” (DGAE, n.239)25. Assim será possível desenvolver uma Nova Evangelização, em vista de um novo milênio que se aproxima. “As Igrejas locais devem investir na formação de comunicadores de inspiração cristã, com boa preparação profissional e pastoral, e na própria ação pastoral junto aos comunicadores em geral” (DGAE, nº 240)26. Atividades permanentes • Promover as Equipes Regionais de Comunicação, com vistas a maior unidade pastoral da comunicação; • manter contato constante com as Organizações Católicas Internacionais: Organização Católica Internacional de Cinema (OCIC), União de Rádio Difusão Católica (UNDA), União Católica Latino-americana de Imprensa (UCLAP) e Departamento de Comunicação Social do Conselho Episcopal Latino-americano (DECOS/CELAM); • incentivar os Regionais e Dioceses, bem como outras instâncias, a celebrarem solenemente o Dia Mundial das Comunicações, oferecendo-lhes também subsídios; • ser presença junto a instituições afins, como Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (INBRAC), Rede Católica de Rádio (RCR), Rede Católica de Imprensa (RCI), Palavra Viva, e outras; • incentivar e participar da reunião anual das Editoras Católicas; • estimular a produção e divulgação de documentos e demais publicações da Igreja em linguagem popular;

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40• estimular a criação de prêmios de Comunicação em nível regional; • favorecer a “Pastoral da Amizade” entre os profissionais de comunicação; • apoiar o Projeto de Democratização da Comunicação; • acompanhar o andamento dos trabalhos do Congresso referentes à Comunicação (Lei de Imprensa); • incentivar a Comunicação popular alternativa; • apoiar e coordenar, no Brasil, o Curso de Comunicação do DECOS/CELAM. Projetos específicos PROJETOS: Curso para professores de comunicação em seminários e Casas de formação (13PB/PD6-07/82) OBJETIVO Reunir os professores que tenham preparação técnica ou certa habilidade em comunicação, a fim de prepará-los melhor, em relação à Pastoral e técnicas de comunicação, para que os futuros sacerdotes tenham um mínimo de conhecimento sobre o assunto, de acordo com o currículo sugerido. JUSTIFICATIVA Além da importância do assunto, que não deveria estar ausente na formação dos futuros presbíteros, este projeto visa atender aos apelos da Congregação para a Educação Católica, que já emanou Documento específico sobre o assunto, além dos constantes pedidos feitos por outras Congregações. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Vocações e Ministérios, Faculdades Católicas de Comunicação. PRAZO: 1º semestre de 1997 PROJETO: Encontro anual com Bispos responsáveis pela Comunicação nos Regionais (13PB/PD6-08/83) OBJETIVO Reunir os Bispos e Coordenadores Regionais de Comunicação para elaborar linhas de ação comuns a todos os Regionais. JUSTIFICATIVA É um projeto prioritário, pois dele depende a organização das equipes de Comunicação nas Dioceses, que são as executivas do trabalho. A equipe regional torna-se, também, ponto referencial para o Setor nacional. As equipes organizadas em todos os níveis, e com pontos comuns de ação, serão as formadoras da opinião pública nacional. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Subsecretários Regionais e Equipe de Reflexão. PRAZO: 1º semestre de 1996 PROJETO: Políticas de Comunicação da Igreja no Brasil (13PB/PD6-09/84) OBJETIVO Dar continuidade ao projeto já iniciado e que vem sendo aprofundado nas reuniões da Equipe de Reflexão e definir mais claramente onde a Igreja no Brasil quer chegar no que se refere à Comunicação. JUSTIFICATIVA Existem muitas pessoas e instituições trabalhando na área de comunicação, mas cada uma faz o que lhe parece melhor. Este projeto será norteador para se criar um trabalho integrado e formar, de fato, uma opinião pública nacional. A Igreja precisa explicitar melhor o que ela quer com seu trabalho em comunicação. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação e Equipe de Reflexão. PRAZO: 1996 PROJETO: Projeto de informatização da Igreja no Brasil (e universal) (13PB/PD6-10/85) OBJETIVO Criar no meio eclesial a consciência da necessidade de se entrar nesse mundo da Informática para melhor evangelizar e ao mesmo tempo tornar a Igreja mais presente

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41no mundo. As novas tecnologias devem ajudar a socializar o conhecimento, agilizar a informação em nossas comunidades e com a sociedade. JUSTIFICATIVA Diante do grande avanço da tecnologia, não pode a Igreja ignorar esse fato. Embora não deva tornar-se subserviente em relação à tecnologia, o fato é que ela está aí, e se bem utilizada, será um valioso instrumento a serviço da Evangelização. Trata-se de descobrir os modos de melhor e mais racionalmente utilizá-la. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Assessoria de Imprensa e Assessoria de Informática. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: NOVA EVANGELIZAÇÃO e Terceiro Milênio Cristão (13PB/PD6-11/86) OBJETIVO Formar agentes de Pastoral da Comunicação, em vista das muitas iniciativas previstas para esse período. JUSTIFICATIVA Somente se tivermos um bom quadro de agentes de Pastoral da Comunicação constituído e bem formado, será possível fazer acontecer, também junto aos líderes de opinião e Meios de Comunicação, a Nova Evangelização e a realização global do Projeto previsto para a Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Assessoria de Imprensa e Equipe de Reflexão. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Reuniões trimestrais da Equipe de Reflexão (13PB/PD6-12/87) OBJETIVO Congregar profissionais e estudiosos da Comunicação, com o objetivo de assessorar o Setor numa reflexão sobre por onde vai a Comunicação no Brasil e na Igreja, hoje. JUSTIFICATIVA Numa área complexa e dinâmica como a da comunicação, é necessária a assessoria de especialistas e de profissionais que fazem da comunicação o seu dia-a-dia. A presença de leigos comunicadores nessa Equipe muito tem contribuído, especialmente para a elaboração das Políticas de Comunicação da Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Encontro da Imprensa Católica (13PB/PD6-13/88) OBJETIVO Reunir os responsáveis e profissionais da Imprensa Católica no País a fim de refletir sobre sua situação, seus problemas, e acompanhar essa área tão importante da comunicação. JUSTIFICATIVA Existe um grande número de publicações, especialmente revistas e jornais; se nem todos são de circulação nacional, a maioria tem uma significativa tiragem e alcança regiões também mais distantes. Percebe-se nessa área um isolamento muito grande, cada qual com sua linha editorial e sua caminhada, com pouca integração e desconhecimento de problemas e soluções que poderiam ser refletidos em conjunto. A integração seria um elemento importante para a Evangelização, hoje. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Assessoria de Imprensa e RCI. PRAZO: 2º semestre de 1996 PROJETO: Integração das emissoras católicas de rádio e televisão (13PB/PD6-14/89) OBJETIVO Integrar as cerca de 200 Emissoras de Rádio da Igreja (2 TVs), que possuem enorme potencial evangelizador. O Setor de Comunicação, juntamente com a União de Radiodifusão Católica reunirá, por regiões, os Diretores das Emissoras, tendo em vista o Projeto em preparação ao Jubileu do Ano 2000.

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42JUSTIFICATIVA O rádio, o meio mais rápido, eficaz e simples para chegar ao povo. As emissoras, apesar dos esforços feitos ultimamente, estão isoladas. É urgente a integração das emissoras e a produção de alguma programação em âmbito nacional, como forma de criar unidade e formar a opinião pública. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação, Assessoria de Imprensa e UNDA/BR. PRAZO: Março de 1996 PROJETO: Acompanhamento da Rede Vida de Televisão (13PB/PD6-15/90) OBJETIVO Acompanhar e ajudar a solidificar, nos aspectos legais, a programação e implementação da Rede Vida, frente às dificuldades que lhe são próprias. O Setor de Comunicação deverá acompanhar a Rede Vida em todos os seus aspectos, especialmente no que se refere à programação, considerando a importância de uma Rede de TV para a ação evangelizadora da Igreja. JUSTIFICATIVA Como meio apto a evangelizar grande número de pessoas, a Rede Vida precisa ainda de um acompanhamento em suas várias fases, especialmente na programação. É necessário que sua direção se mantenha em permanente diálogo com o Setor, para perceber quais são os melhores caminhos por onde andar, a fim de não decepcionar os receptores de cultivar a credibilidade junto aos telespectadores que se servem desse potente meio de comunicação e evangelização. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação e suas assessorias. PRAZO: Durante todo o período PROJETO: Escolha e entrega anual do Prêmio Margarida de Prata (13PB/PD6-16/91) OBJETIVO Estimular a produção de filmes e vídeos que promovam valores humanos, espirituais e cristãos, com arte e cultura. Reunir os profissionais dessa área de Comunicação. JUSTIFICATIVA Com esta premiação, a Igreja se faz presente no meio cinematográfico, até há pouco tempo uma área tão difícil. É um estímulo ao surgimento de novos talentos na área cinematográfica e também uma valorização de produções permeadas de valores nem sempre presentes na maioria das produções estrangeiras. É um prêmio muito valorizado no meio cinematográfico nacional. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação e OCIC/BRASIL. PRAZO: Júri em março e entrega do prêmio em maio, em São Paulo-SP PROJETO: Reunir os diretores das produtoras católicas de vídeo (13PB/PD6-17/92) OBJETIVO Reunir os diretores de Centros de Produção de Vídeo, em vista de produções evangelizadoras e pastorais a serem realizadas de forma mais integrada. Os próprios responsáveis por esses centros de produção sentem a necessidade de encontrar-se, ao menos ocasionalmente, também para refletir sobre problemas comuns. JUSTIFICATIVA Também nesta área existe um bom grupo de produtoras, a maioria em nível comercial, que têm disposição para entrar mais profundamente nos projetos de evangelização da Igreja. A maioria encontra-se dispersa, cada uma caminhando para um lado. Aqui um projeto comum pode ser proposto: a produção do spot da Campanha da Fraternidade de forma integrada, pois algumas têm mais experiência em conteúdos e outras possuem os recursos técnicos. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação e OCIC/BRASIL. PRAZO: 1º semestre de 1996 PROJETO: Encontro Nacional de Liturgia de Rádio (13PB/PD6-18/93) OBJETIVO: Continuar a reflexão e estudo sobre a linguagem da liturgia de rádio

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43JUSTIFICATIVA É uma atividade fundamental para bem levar a liturgia aos meios eletrônicos. A própria liturgia tem sua linguagem. Os veículos eletrônicos também têm sua linguagem característica. Torna-se necessário conhecê-las bem para que as transmissões sejam competentes e eficazes, sem sacrificar a liturgia nem os veículos. RESPONSÁVEL: Setor Comunicação e Dimensão 4. PRAZO: 1º semestre de 1997 SETOR EDUCAÇÃO A educação é um processo amplo, global e complexo, que envolve o ser humano em seu todo bio-psico-social por toda a vida. É um processo no qual e através do qual as pessoas se constroem e ocupam seu lugar na história. Assim, toda prática educativa, seja na escola ou fora dela, age sobre as pessoas, quer ajudando-as a se auto-afirmarem como sujeitos, quer contribuindo para mantê-las em situação de dependência, e reforçando a secular divisão da sociedade em classes antagônicas e desiguais. Estas duas posturas não existem por acaso. Cada uma delas está diretamente relacionada com uma visão de pessoa e de sociedade. Daí por que a educação requer uma reflexão profunda e contínua sobre a pessoa em seu tempo e espaço e sobre a sociedade na qual vive. Dentro deste contexto, o SETOR EDUCAÇÃO quer encaminhar toda sua ação e reflexão na perspectiva das DGAE da Igreja no Brasil, que têm como cerne a Evangelização inculturada e suas quatro exigências fundamentais: o serviço, o diálogo, o anúncio e a comunhão. 1. Como serviço, fruto da evangélica opção preferencial pelos pobres, que se efetiva no compromisso com a libertação integral do ser humano e na luta pela transformação das estruturas sociais injustas, opta-se pela educação libertadora conforme a definem Medellín e Puebla, buscando que as agências e movimentos, as estruturas e conteúdos, as relações e as práticas educativas se convertam em caminhos de libertação, e que os processos educativos, em qualquer de suas formas, favoreçam a apreensão e produção do conhecimento, numa relação dialogal, em que educador e educando possam recuperar sua situação de sujeitos e, portanto, “construtores e condutores do seu destino”. E ainda como serviço, acompanhar, apoiar e incentivar as iniciativas de pessoas e grupos comprometidos com a reeducação de jovens e adultos através de classes de alfabetização e das múltiplas formas de educação popular. 2. Assumimos o diálogo com outras religiões e culturas, sobretudo indígenas e afro-americanas, como decorrência da própria opção pela Educação Libertadora e em atitude de respeito à dignidade das pessoas e à sua individualidade. 3. O anúncio de Jesus Cristo e sua proposta torna-se imperativo na medida em que os educadores cristãos colocam os valores evangélicos como bases da nova sociedade que se propõem antecipar pela educação libertadora. 4. A comunhão fraterna requer dos educadores, a formação da comunidade educativa, onde a consecução de um projeto educativo comum seja compromisso de todos e envolva a família, a escola, os movimentos, a Igreja e a sociedade toda. Com este espírito de criar comunhão, busca-se desenvolver a consciência de pertença a uma comunidade, superando o espírito de competição e o individualismo pelo exercício da corresponsabilidade, da solidariedade, sobretudo com os mais pobres, e do serviço, onde “maior é aquele que serve”. Acentuam, ainda, as Diretrizes, a necessidade de uma espiritualidade sólida e capaz de sustentar a esperança do evangelizador. Neste sentido, o Setor se empenha para que, em todos os níveis, se organize uma Pastoral que trate do amplo e complexo “mundo da educação”, de seus problemas, desafios e esperanças, que ajude os educadores a

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44vivenciar a mística deste trabalho, e a fazer da sua profissão o lugar privilegiado da missão na e como Igreja. Com este espírito das DGAE, se quer: marcar presença no “mundo da educação”; apoiar as escolas católicas em seu esforço de fazer acontecer o Reino no e através do processo educativo; levar a presença cristã às escolas estatais, sobretudo àquelas que estão nas periferias, nos meios rurais e nas regiões mais carentes. Atividades permanentes • Incentivar e acompanhar a organização da Pastoral da Educação nos Regionais da CNBB e nas Dioceses; • assessora as equipes já existentes; • acompanhar criticamente a problemática da educação no País; • apoiar e incentivar iniciativas de educação popular e informal; • trabalhar com outros organismos de Igreja: Associação de Educação Católica do Brasil (AEC), Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Movimento de Educação de Base (MEB), Equipes Docentes e Secretarias de Estado da Educação; • acompanhar, apoiar e incentivar a ação dos educadores que se propõem assumir uma educação libertadora; • promover e acompanhar atividades conjuntas com outros Setores e Dimensões da Pastoral da Igreja no Brasil, à luz das DGAE da Igreja no Brasil; • fortalecer a experiência do Conselho Nacional de Instituições de Educação Católica (CONIEC) para articular os organismos que atuam na área da educação católica; • constituir, acompanhar e assessorar um grupo representativo de educadores para refletir as grandes questões da educação em todas as suas formas; • preparar subsídios sobre educação e Pastoral da Educação; • organizar um banco de dados sobre a educação em todas as suas formas; • participar de encontros, seminários e reuniões que interessem ao setor. Projetos específicos PROJETO: Pastoral da Educação (13PB/PD6-19/94) OBJETIVO Aprofundar a reflexão sobre a educação na atual conjuntura, à luz das exigências do Reino e com vistas à transformação das estruturas educativas para uma “nova educação”, colaborando para a formação permanente dos educadores, buscando e propondo alternativas para organizar a Pastoral da Educação em todos os níveis. JUSTIFICATIVA Todo esforço educativo interessa à Igreja, que nele se faz presente não só pelas instituições educativas, mas, de um modo especial, através da atuação dos cristãos no mundo da educação. Penetrar neste contexto, ajudando os educadores a fazer desta profissão o lugar privilegiado de sua missão na e como Igreja, é exigência que se coloca à organização do Setor Educação da CNBB. Como resposta a esta exigência, estes encontros querem contribuir para que o processo educativo seja expressão do nosso compromisso com a formação de pessoas-sujeito, capazes de construir e conduzir a própria história, solidariamente comprometidas. RESPONSÁVEL: Setor Educação, Subsecretários Regionais, Equipes locais. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Seminário Nacional de Pastoral da Educação (13PB/PD6-20/95) OBJETIVO Aprofundar a reflexão sobre a educação em todas as suas formas e modalidades, como “presença da Igreja evangelizando”, e buscar alternativas de organização de uma Pastoral da Educação integrada à Pastoral Orgânica. JUSTIFICATIVA A educação, “meio-chave de libertação, é parte integrante da missão evangelizadora da Igreja”, como o afirmam Medellín e Puebla. No entanto, ela ainda não ocupa o lugar que

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45lhe cabe. Com isto, perde a Igreja um importante espaço de evangelização, perdem os educadores a vivência da mística do seu trabalho, perdem os educandos, perde a educação e a sociedade. Este seminário quer despertar, cada vez mais, educadores cristãos a serem evangelizadores na e através da prática educativa, contribuindo, também, para que a Pastoral da Educação tenha o seu lugar na Pastoral Orgânica da Igreja. RESPONSÁVEL: Setor Educação e AEC. PRAZO: Setembro de l996 PROJETO: Seminário Nacional sobre a Dimensão Social da Educação (13PB/PD6-21/96) OBJETIVO Oportunizar o diálogo entre a educação formal e popular, abrindo espaços para a partilha e divulgação de experiências significativas que possam servir de base para novas iniciativas no compromisso com a reeducação de excluídos e buscando alternativas de integração e parcerias. JUSTIFICATIVA A crescente exclusão social desafia os educadores e as instituições a unir esforços e organizar estratégias de resgate da dignidade humana. Este encontro deverá ajudar a unir forças neste compromisso em favor da reeducação de excluídos. RESPONSÁVEL: Setor Educação e AEC - Setor de Educação Popular. PRAZO: 1997 PROJETO: Formação de Educadores Cristãos (13PB/PD6-22/97) OBJETIVO Colaborar na formação permanente dos educadores cristãos, ajudando-os a vivenciar a mística deste trabalho e a fazer dele o espaço de sua missão na e como Igreja, buscando alternativas de construção de novos processos educativos na perspectiva da educação libertadora, e de melhoria da qualidade da educação, sobretudo, das camadas populares. JUSTIFICATIVA A educação bancária que, conforme Paulo Freire, vem se solidificando em nosso País, é excludente e fragmentada, com processos educativos que reforçam as relações verticalistas e reduzem educandos e educadores a meros reprodutores. Estes encontros querem ajudar os educadores cristãos a serem criadores de novos processos educativos dentro das exigências da educação libertadora e da evangelização inculturada. RESPONSÁVEL: Setor Educação e equipes locais. PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Fórum Nacional de Educação (13PB/PD6-23/98) OBJETIVO Articular as forças vivas que, no Brasil, atuam na educação, buscando, na união de esforços, a viabilidade da educação integral como direito de cada brasileiro. JUSTIFICATIVA São muitas as forças que, hoje, no Brasil, em todos os níveis e diferentes modalidades, atuam na educação e na reeducação. A integração de todas estas forças em torno de objetivos comuns poderá ser um passo decisivo para a reafirmação da educação como processo de exercício da cidadania, de recuperação da dignidade humana e do direito de todos a uma educação integral. RESPONSÁVEL: Setor Educação, Ensino Religioso e AEC. PRAZO: 20 a 23 de maio de 1996 PROJETO: Encontros do Grupo de Reflexão sobre Educação (13PB/PD6-24/99) OBJETIVO Promover reuniões periódicas com Grupo de Reflexão, retomando a problemática da educação e do mundo da educação, intensificando a busca conjunta e buscando

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46alternativas para a construção de novos processos educativos comprometidos com a recuperação da dignidade humana e com o pleno exercício da cidadania. JUSTIFICATIVA “A educação - condição básica para o desenvolvimento pessoal e exercício da cidadania - é urgência nacional”, afirmam os Bispos na introdução do Documento nº 47, Educação, Igreja e Sociedade. Uma urgência que precisa ser repensada, buscada e assumida conjuntamente, na perspectiva da UTOPIA da nova sociedade, fundamentada nos valores evangélicos. A constituição deste grupo quer, não só garantir tal reflexão, mas também assegurar uma assessoria ao Setor Educação da CNBB no seu compromisso com a causa da educação e com a organização da Pastoral da Educação. RESPONSÁVEL: Setor Educação PRAZO: 1996 - 1997 SETOR DE ENSINO RELIGIOSO A pessoa humana, enquanto agente do seu desenvolvimento, cada vez mais, busca a perfeição, o ideal de vida, a realização, a felicidade, e questiona-se quanto ao significado de sua própria vida, procurando respostas às questões mais profundas: Quem sou? De onde venho? Para que vivo? Por que morro? Para onde vou? O Ensino Religioso (ER), compreendido como afirmação da abertura do ser humano ao transcendente e como integrante do currículo e da vida escolar, é mediação que ajuda a pessoa a encontrar respostas às suas perguntas existenciais. Neste sentido, é fundamental o respeito à liberdade religiosa dos educandos e educadores, pautada numa vivência ética. É fundamental o diálogo com as diferentes formas culturais da modernidade, na sua complexidade e diversidade. Também é importante o diálogo com grupos da mesma confissão religiosa ou Igreja, com as diferentes confissões cristãs e religiões, e com pessoas sem religião.27

Assim, o ER, aqui entendido como a educação da religiosidade que é anterior à própria religião, realiza-se num determinado contexto sócio-cultural do qual recebe influências e no qual procura interferir. Tem uma visão antropológica específica. Parte da experiência religiosa do educando, da sua busca de sentido, e necessita ser aberto, sem distinção de raça, cultura, credo religioso, sexo, idade ou classe social. Assim, o ER quer contribuir para o desenvolvimento do ser humano na sua relação consigo mesmo, com o outro, com a natureza e com Deus; colaborar com educandos e educadores para uma reflexão que lhes possibilite encontrar o sentido profundo da vida; ajudar a tornar as relações mais humanas e fraternas, favorecendo a educação personalizadora e transformadora, e recuperando no ser humano a sua dignidade de sujeito e agente da própria história. Dentro deste contexto, o Setor de Ensino Religioso da CNBB sente-se desafiado a viabilizar meios e instrumentos que favoreçam à contínua formação de educadores, de modo especial aqueles que se dedicam ao ER nas escolas da rede pública estadual e municipal. Atividades permanentes • Conhecer a realidade do Ensino Religioso no Brasil e na CNBB; • organizar o Setor de ER na CNBB; • manter o arquivo e correspondências atualizadas; • pesquisar, organizar e atualizar bibliografia, biblioteca sobre o ER; • atualizar a informação sobre as questões pertinentes à educação e ao ER; • promover e acompanhar atividades conjuntas com outros Setores e Dimensões da Pastoral da Igreja no Brasil, à luz das Diretrizes Gerais;

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47• trabalhar em conjunto com outros organismos e entidades afins, Secretarias de Educação estaduais e municipais, Instituições de 3º grau, acompanhando, apoiando e incentivando o trabalho com relação ao ER; • atualizar e editar nova versão do volume nº 14 da Coleção Estudos da CNBB sobre o Ensino Religioso nos Estados; • manter contato permanente com o Setor de Educação e a linha 5 da CNBB, bem como, a articulação, a abertura e o diálogo com outras entidades ecumênicas: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Comissão Evangélica Latino Americana de Educação Cristã (CELADEC), Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI), Movimento da Fraternidade Cristã (MOFIC), Associação Interconfessional de Educação Cristã de Curitiba (ASSINTEC), Conselho de Igrejas para Educação Religiosa (CIER), Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e outras; • participar, acompanhar e/ou assessorar: • as coordenações e organização do ER nas Secretarias de Educação dos Estados e Municípios, e nos Regionais da CNBB; • a elaboração de legislações referentes ao ER; • as reuniões do Grupo de Reflexão sobre o Ensino Religioso (GRERE) e do FÓRUM de Reflexão Nacional sobre o ER; • os cursos de formação de professores na área; • os eventos regionais e/ou estaduais que acontecem sobre ER e outros afins; • participar de encontros, seminários e reuniões, que interessam ao Setor de Ensino Religioso, promovidos pelo CONIC, CELADEC, CLAI, AEC, DEC-CELAM...; • colaborar com assessoria em cursos, encontros, seminários e outros eventos de formação na área; • colaborar na elaboração de textos e publicações de artigos que ajudem na reflexão sobre o ER. Projetos específicos PROJETO: 11º Encontro Nacional de Ensino Religioso – ENER (13PB/PD6-25/100) OBJETIVO Oportunizar reflexão para maior conhecimento das raízes culturais e religiosas no Brasil, favorecendo a abertura e diálogo com diferentes culturas e denominações religiosas. Refletir sobre conteúdos de ER desenvolvidos na escola, buscando redimensioná-los frente aos desafios do pluralismo religioso. JUSTIFICATIVA O pluralismo religioso e cultural faz parte da história do Brasil e marca significativamente a religiosidade do povo brasileiro. Como educação desta religiosidade, o ER necessita levar em conta a matriz religiosa que faz parte do substrato cultural de cada educando e educador. Neste sentido, é urgente e necessária a efetiva formação de professores e coordenadores do ER. RESPONSÁVEL Setores de Ensino Religioso e Educação da CNBB, Grupo de Reflexão sobre o Ensino Religioso (GRERE), interfaces da coordenação de Ensino Religioso de Brasília - DF, Secretarias de Estado da Educação, Fórum Nacional de Ensino Religioso e Editoras. PRAZO: 12 a 16 de agosto de 1996 PROJETO: Reunião do Grupo de Reflexão sobre o Ensino Religioso - GRERE (13PB/PD6-26/101) OBJETIVO Continuar a reflexão sobre a questão do ER na escola pública, desafios, exigências, metodologias e conteúdos. Incentivar o diálogo interdisciplinar em vista da integração cultura-fé-vida. Conhecer e partilhar experiências sobre ER, realizadas nos diferentes Estados e regiões do País. Estudar publicações sobre o ER e outras que auxiliam na formação de educandos e educadores. Estabelecer contatos com Instituições formadoras a fim de conhecer os cursos e

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48conteúdos que são desenvolvidos na formação de professores e demais agentes envolvidos com o ER. Manter intercâmbio de comunicação com coordenadores de ER dos Estados, e/ou outras entidades. JUSTIFICATIVA As reuniões do GRERE, permitem um intercâmbio de experiências e reflexão contínua sobre a caminhada do ER no Brasil, principalmente quanto aos programas e conteúdos que são desenvolvidos na formação de educandos e educadores. Favorecem também a elaboração de subsídios e assessoria aos agentes envolvidos com ER. RESPONSÁVEL Setor de Ensino Religioso da CNBB, GRERE, interfaces de Secretarias Estaduais de Educação, Regionais da CNBB, Dioceses e Editoras. PRAZO: Março, junho, agosto e outubro de 1996 e 1997 PROJETO: Encontros Regionais, Estaduais de Ensino Religioso e/ou Participação em Eventos na Área (13PB/PD6-27/102) OBJETIVO Colaborar na reflexão conjunta, na partilha de experiências e de subsídios e na formação de agentes para o ER. Conhecer a caminhada do ER no Brasil, dando o necessário acompanhamento, incentivo e assessoria ao trabalho desenvolvido pelos Estados, regiões e entidades. Dialogar com entidades e organismos envolvidos na formação de educadores. JUSTIFICATIVA Tendo em vista que o ER objetiva a formação global do educando, é de fundamental importância a efetiva formação de educadores envolvidos com este componente curricular. Neste sentido, o acompanhamento “in loco” possibilita maior conhecimento da realidade, permite a continuidade da formação e auto-formação de educadores, favorece o diálogo, a confiança, e o aproveitamento de recursos humanos e financeiros. RESPONSÁVEL Coordenação estadual e/ou regional, entidades e/ou organismos envolvidos com o ER, FÓRUM, Setor de Ensino Religioso da CNBB e Editoras. PRAZO: Março a novembro de 1996 e 1997 PROJETO: Encontro com Representantes de Instituições de 3º Grau e/ou Organismos que Promovem Cursos de Formação para Professores de ERE (13PB/PD6-28/103) OBJETIVO * Conhecer currículos e conteúdos que são desenvolvidos para formação de professores de ER, incentivando a partilha de experiências. Aprofundar reflexão sobre o ER para estabelecer pontos comuns fundamentais na efetiva formação de professores. JUSTIFICATIVA A formação dos professores é fundamental em todo processo educativo e de maneira específica no ER. Em nível nacional, não há um currículo de ER próprio, aprovado pelo MEC e CNE.2 É urgente a necessidade de se traçarem algumas linhas comuns em nível nacional, e de se estabelecer que curso ou quais cursos são considerados próprios para o ER. Também é preciso garantir a estabilidade do professor e o conseqüente direito ao plano de carreira no magistério público estadual. RESPONSÁVEL Setor de ER da CNBB, GRERE, FÓRUM, interface com Secretarias Estaduais de Educação, Instituições de 3º grau e/ou entidades promotoras de cursos de formação para o ER. PRAZO: 1996; 1º semestre de 1997 PROJETO: Atualização e Edição de Nova Versão do Volume 14 da Coleção Estudos da Cnbb, sobre a Educação Religiosa nas Escolas (13PB/PD6-29/104) OBJETIVO Publicar uma nova versão do texto.

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49JUSTIFICATIVA O volume 14 da Coleção Estudos da CNBB foi escrito em 1976, a partir de dados e experiências vivenciadas nos diversos Estados da Federação após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 5.692/71. No entanto, posteriormente, surgiram inúmeras outras experiências no campo do Ensino Religioso. A atualização e reedição do texto objetiva apresentar a panorâmica atual do ER em todos os Estados da Federação e, ao mesmo tempo, contribuir para avaliação deste componente curricular nas escolas públicas. RESPONSÁVEL: Setor de ER e Educação da CNBB, GRERE e interfaces com Secretarias de Educação dos Estados. PRAZO: 1997 PROJETO: Levantamento de “Dissertações” Produzidas sobre Ensino Religioso e/ou Educação Religiosa Escolar (13PB/PD6-30/105) OBJETIVO Conhecer as pesquisas e dissertações produzidas sobre o ER, seus respectivos conteúdos, valorizando o trabalho de estudantes e pesquisadores. Promover seminário com pesquisadores e autores de textos na área de ER, possibilitando a socialização e divulgação de seus estudos, bem como a formação de equipes docentes para cursos. JUSTIFICATIVA O ER no Brasil ainda se constitui numa questão por vezes polêmica e indefinida quanto à falta de clareza sobre: identidade, natureza, legislação, conteúdo, linguagem, espaço, formação de educandos e educadores. A questão do ER na escola pública, ultimamente, está sendo assunto de debates nos MCS e Instituições de Ensino. Tornou-se tema de domínio público da sociedade brasileira. Este fato e outros têm influenciado para que estudantes e pesquisadores se empenhem desenvolvendo pesquisas e dissertações de final de cursos em nível de pós-graduação. É de suma importância conhecer, coletar as pesquisas produzidas na área e ao mesmo tempo promover encontro entre os estudiosos do assunto, que por certo muito contribuirá para a avaliação do ER e para a formação de professores. RESPONSÁVEL Setor de ER da CNBB, GRERE, FÓRUM, interfaces com pessoas que produziram pesquisas e “dissertações” sobre o ER e Instituições de Ensino Superior. PRAZO: 1997 PROJETO: Comunicação (13PB/PD6-31/106) OBJETIVO Aproveitar espaços nos meios de comunicação escrita, falada e televisada, fazendo educação à distância, possibilitando reflexões e tornando o ER de domínio público. JUSTIFICATIVA Quase todas as famílias, independentemente de sua condição social, têm pelo menos um rádio, quando não um aparelho de TV. Neste sentido é importante o aproveitamento de espaços possíveis nos MCS, para reflexão sobre o Ensino Religioso e ao mesmo tempo, divulgação de eventos da área. RESPONSÁVEL Setor de Ensino Religioso da CNBB, GRERE e FÓRUM, interfaces de Editoras, Casas Publicadoras, Rádio e Televisão. PRAZO: 1996 e 1997 SETOR PASTORAL FAMILIAR Tendo como cenário a preparação para o III milênio, os apelos da Nova Evangelização e da inculturação do Evangelho na família, as influências que os meios de comunicação social exercem sobre a família, os grandes desafios que o mundo pós-moderno apresentam para a família neste final de milênio a Igreja deseja anunciar a Boa Nova do matrimônio e da família, pois no projeto original de Deus são instituições de origem divina e não produto da vontade humana (cf. DSD 211)28.

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50 Mais do que nunca será necessário oferecer às famílias do Brasil elementos de reflexão, projetos eficazes, empreendimentos bem pensados, coragem de testemunho, para reverter o atual quadro em que vive a família. O Magistério da Igreja considera a família como fronteira decisiva da Nova Evangelização, Igreja Doméstica, santuário da vida, célula vital da sociedade e da Igreja, primeiro espaço de evangelização e engajamento social, coração da civilização do amor. O Papa João Paulo II afirma que “o futuro da humanidade passa pela família”; e mais: “a família deve ser a vossa grande prioridade pastoral! Sem uma família respeitada e estável não pode haver organismo sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial”. Atividades permanentes • Intensificar e aprimorar a Pastoral Familiar em nível nacional e regional; • com os Regionais da CNBB, suscitar a organização sistemática da Pastoral Familiar em nível regional, diocesano e paroquial, sempre tentando entrosamento entre movimentos, serviços e institutos familiares e a Pastoral Familiar; • intensificar os trabalhos de Pastoral Familiar, objetivando a evangelização da família, levando em consideração a inculturação do Evangelho na realidade familiar pós-moderna, buscando novos métodos, nova expressão e agindo com um renovado ardor; • especial atenção deverá ser dada às famílias das classes menos favorecidas; • intensificar encontros e dias de estudo nos regionais da CNBB, principalmente por ocasião da Semana Nacional da Família; • reuniões regulares da Comissão Nacional de Pastoral Familiar; • instrumentalizar os agentes de Pastoral Familiar com publicações específicas sobre assuntos de família e Pastoral Familiar, colocando-os a par do que acontece no Brasil e no mundo sobre família e Pastoral Familiar, através do Boletim Informativo; • dinamização da Semana Nacional da Família em nível nacional, regional, diocesano e paroquial; • estimular a pastoral dos casos difíceis, na linha de acolhimento e da atitude do Bom Pastor; • intensificar o trabalho com outras pastorais dentro de uma visão de Pastoral de Conjunto; • continuar o diálogo e a reflexão com movimentos, serviços e institutos familiares, participando de seus encontros, a fim de estabelecer sempre melhor entrosamento com a Pastoral Familiar em nível nacional, diocesano e paroquial; • continuar apoiando o Instituto de Pastoral Familiar da Arquidiocese de Curitiba, sobretudo através de sua atividade de cursos de formação de agentes de Pastoral Familiar à distância; • realizar Congressos nacionais e regionais de Pastoral Familiar com o objetivo de refletir e aprofundar conteúdos e fundamentos de Pastoral Familiar e animar os vários níveis da Igreja para o desenvolvimento organizado da Pastoral Familiar; • continuar realizando os Encontros Nacionais de Assessores de Pastoral Familiar, objetivando proporcionar formação específica aos assessores de Pastoral Familiar; • ajudar na preparação, organização e divulgação do II Encontro Mundial da Família com o Papa, no Brasil em 1997, tornando este evento um momento forte de evangelização e fortalecimento da família. Projetos específicos PROJETO: Reunião da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (13PB/PD6-32/107) OBJETIVO Reunir periodicamente os membros da Comissão Nacional de Pastoral Familiar para: - pesquisar, estudar, refletir, posicionar-se e criar subsídios e eventos que promovam os valores da família diante dos atuais desafios que antecedem o 3º milênio; - articular, animar e assessorar a Pastoral Familiar nacional através dos Regionais;

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51- dar à Pastoral Familiar uma visão orgânica do conjunto, voltada para a evangelização nesse final de milênio, em preparação ao ano 2000; - preparar diretrizes para a atuação dos agentes de Pastoral Familiar; - organizar eventos e atividades de intercâmbio e compartilhar experiências de Pastoral Familiar; - criar subsídios em diversos níveis. JUSTIFICATIVA A Comissão Nacional de Pastoral Familiar vem conseguindo, através de sua atuação nos Regionais da CNBB, estruturar e dinamizar a Pastoral Familiar em todos os níveis da Igreja. Representa o braço executivo do Setor Família da CNBB, que presta apoio e oferece serviços aos Regionais e Dioceses. Sua missão é promover a vida familiar segundo os valores do Evangelho, animando a reflexão, organização, desenvolvimento e integração da Pastoral Familiar na Igreja no Brasil, buscando promover os valores da família diante dos atuais desafios nesse final de milênio. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar. PRAZO: 16 e 17 de março de 1996 (em São Paulo-SP); 6 de setembro de 1996 (em Belém-PA); Março e setembro de 1997 (em São Paulo-SP) PROJETO: Semana Nacional da Família (13PB/PD6-33/108) OBJETIVO • Valorizar a família pelo fortalecimento da fé; • criar oportunidades de diálogo na fé; • transformar este evento num forte momento de evangelização, favorecendo a transformação da família em Igreja Doméstica; • tornar a Semana Nacional da Família uma atividade pastoral intensa, com repercussões mais sólidas em termos catequéticos; • estimular a vida eclesial em família; • envolver um número crescente de famílias em celebrações comunitárias e domésticas; • promover uma melhor convivência familiar e comunitária estimulando o diálogo. JUSTIFICATIVA A família não só é fundamental para a sociedade, como célula básica; o é principalmente para a Igreja, sendo o primeiro núcleo de evangelização, constituindo uma Igreja Doméstica. Nesse sentido, estimular a vida eclesial e a convivência comunitária em famílias constitui um dos grandes objetivos da Semana Nacional da Família, para que ela seja efetivamente célula fundamental da Igreja e da sociedade. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar; Comissões Regionais de Pastoral Familiar; Regionais da CNBB; Arqui/Dioceses; Paróquias PRAZO: 11 a 18 de agosto de 1996; 10 a 17 de agosto de 1997 PROJETO: Congressos Nacionais de Pastoral Familiar (13PB/PD6-34/109) OBJETIVO • Animar os vários níveis da Igreja para o desenvolvimento e organização da Pastoral Familiar; • refletir e aprofundar conteúdos e fundamentos de Pastoral Familiar; • aprofundar a integração e animação dos agentes que trabalham no campo Pastoral Familiar; • tornar a Pastoral Familiar sempre mais esclarecida e eficaz no âmbito da pastoral de conjunto; • conhecer cada vez melhor a realidade da família e do casamento no Brasil, tendo em vista os desafios pastorais colocados pela Nova Evangelização neste final de milênio; • informar e tomar eventualmente posição diante das grandes questões familiares mundiais e nacionais do momento; • trocar e conhecer experiências concretas de organização e desenvolvimento da Pastoral Familiar. JUSTIFICATIVA

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52É importante a busca constante de formas concretas para que a Pastoral Familiar seja efetivamente transformada em grande prioridade pastoral da Igreja, para tornar a família uma verdadeira comunidade eclesial. O Congresso de agentes de Pastoral Familiar, a despeito das grandes dificuldades por que passa a família, serve para que não desanimem em seu trabalho, porque representam as esperanças da Igreja no processo da Nova Evangelização, inculturação da fé e da promoção humana. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar; Regional Norte 2; Arquidiocese de Belém-PA. PRAZO: 6 a 8 de setembro de 1996 (Belém-PA) PROJETO: Congressos de Pastoral Familiar nas Macroregiões (13PB/PD6-35/110) OBJETIVO • Acolher, proclamar e celebrar as luzes e as sombras da família na macroregião; • informar, divulgar e mobilizar as família usando o que o congresso celebra; • fortalecer o trabalho dos agentes de Pastoral Familiar nos regionais e Dioceses do Brasil; • analisar em conjunto a realidade da família, do casamento e da preparação para a vida de amor; • motivar uma ampla discussão sobre o papel e os valores da família no mundo contemporâneo, especialmente diante dos desafios deste final de milênio; • buscar soluções para uma melhor qualidade de vida da família brasileira; • mobilizar os meios de comunicação social para a valorização e promoção da família e da vida familiar. JUSTIFICATIVA Atendendo aos apelos do Papa na preparação do 3º milênio, dando respostas à Nova Evangelização e às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e em preparação ao II Encontro Mundial do Papa com as Famílias, os Regionais da CNBB estão sendo convocados a organizarem Congressos em nível de macroregião, objetivando o aprimoramento da Pastoral Familiar, ajudando as famílias a serem verdadeiramente Igrejas Domésticas, fronteira decisiva da Nova Evangelização, pois “sem uma família respeitada e estável não pode haver organismo social sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial” (João Paulo II). Apesar da grave crise moral que se abate, de muitos modos, sobre a família brasileira, provocando o esfacelamento familiar, os Congressos, além de debater estes aspectos, procurarão mobilizar os meios de comunicação social para valorizarem a família e a vida familiar, promovê-la em seus valores e, ao mesmo tempo, fortalecer o trabalho dos agentes de pastoral. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar; Comissões Regionais de Pastoral Familiar; Arqui/Dioceses sedes PRAZO: 5 Congressos Regionais de Pastoral Familiar, 1996, 1997 PROJETO: Boletim Informativo da Pastoral Familiar (13PB/PD6-36/111) OBJETIVO • Informar e noticiar as atividades de Pastoral Familiar em nível de Brasil e de mundo; • divulgar subsídios e diretrizes para organização e desenvolvimento da Pastoral Familiar no Brasil; • intercambiar experiências e notícias de Pastoral Familiar; • iluminar sempre mais a Pastoral Familiar com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. JUSTIFICATIVA O Boletim Informativo da Pastoral Familiar vem se constituindo num excelente veículo de animação dos agentes de Pastoral Familiar. Através dele recebem informações, subsídios e diretrizes para sua atuação, conhecem experiências exitosas de Pastoral Familiar e dão vitalidade a uma linha pastoral que enfrenta muitos desafios e dificuldades, este boletim se constitui em um útil e prático instrumento de comunicação, comunhão e entre-ajuda dos agentes de Pastoral Familiar, no âmbito da pastoral de conjunto.

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53RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: 6 números anuais em 1996 (bimensal); 6 números anuais em 1997 (bimensal) PROJETO: Instituto de Pastoral Familiar (13PB/PD6-37/112) OBJETIVO • Formar Agentes de Pastoral Familiar para a Igreja no Brasil; • apoiar com estudos, documentos, experiências, cursos e conferências, o desenvolvimento da Pastoral Familiar no País. JUSTIFICATIVA A família brasileira, assim como a do resto do mundo, está em crise. Esta crise é agravada pelos problemas econômicos, sociais, políticos, culturais e religiosos que envolvem o País; • a Igreja, há muito, vem proclamando a urgente necessidade de promoção da família. Sabe e proclama que o futuro da humanidade e da própria Igreja passa pela família; • é grande a carência, em nível nacional, de agentes de Pastoral Familiar devidamente preparados; • existem esforços de formação de agentes, mas são atividades locais e às vezes parciais e não sistemáticas, dada a escassez de recursos humanos, técnicos e materiais; • é para minorar esta carência que a Comissão Nacional de Pastoral Familiar, com o apoio do Setor Família, propôs a criação do Instituto de Pastoral Familiar da Arquidiocese de Curitiba, que oferece formação orientada, à distância, para agentes de todo o País, como serviço à Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Arquidiocese de Curitiba; Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Encontro de Lideranças Nacionais de Movimentos Serviços e Institutos Familiares (13PB/PD6-38/113) OBJETIVO • Valorizar e preservar o carisma dos movimentos, serviços e institutos que atuam com famílias colocando-os em favor da Pastoral Familiar em um trabalho conjunto; • discutir e propor estratégias de integração da ação dos movimentos, serviços e institutos familiares na pastoral orgânica da Igreja; • discutir e propor ações concretas para uma ajuda eficaz às famílias cristãs, nas diferentes culturas neste final de milênio; • desenvolver esforços intensos de Pastoral Familiar nas camadas menos favorecidas, despertando e formando agentes nas mesmas; • preparar uma atuação mais integrada dos movimentos, serviços e institutos familiares para a preparação do 3º milênio e para o Encontro Mundial das Famílias que acontecerá com a vinda do Papa ao Brasil, em 1997. JUSTIFICATIVA Muitos dos agentes de Pastoral Familiar fazem parte ou estão integrados aos movimentos, serviços e institutos familiares, representando assim a força da Igreja neste campo da família e do casamento cristão. A valorização e integração destas formas agregativas dos leigos é essencial para a Pastoral Familiar, não somente para uma ação mais solidária e responsável na missão da Igreja, como também para uma ação mais eficaz, de ajuda às famílias mais necessitadas. Estes encontros pretendem, por isto mesmo, estimular a autenticidade eclesial dos movimentos, serviços e institutos familiares, ao mesmo tempo que destacar sua razão eclesiológica no campo da família e do casamento, especialmente tendo em vista o Encontro Mundial do Papa com os Famílias em 1997, no Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: 1996 PROJETO: Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Familiar (13PB/PD6-39/114) OBJETIVO

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54• Proporcionar formação específica aos assessores da Pastoral Familiar; • oportunizar intercâmbio sobre o serviço específico de Pastoral Familiar; • desenvolver conteúdos que ajudem e dinamizar a Pastoral Familiar; • refletir sobre as luzes e sombras da família neste final de milênio, objetivando uma eficaz evangelização dessas famílias através da Pastoral Familiar. JUSTIFICATIVA A prioridade que a Igreja hoje dá à família torna necessária a formação específica desse ministério de assessores de Pastoral Familiar. É grande a importância desse serviço de assessores à Pastoral Familiar. A realidade nos mostra que existe ainda uma grande carência de assessores de Pastoral Familiar com formação específica. RESPONSÁVEL: Setor Família.; Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: 4 a 6 de setembro de 1996 (Belém-PA); Setembro de 1997 PROJETO: Desenvolvimento da Pastoral Familiar nos Regionais (13PB/PD6-40/115) OBJETIVO • Organizar e/ou desenvolver a Pastoral Familiar nos Regionais; • estimular e promover a criação de estruturas de Pastoral Familiar nos Regionais da CNBB e Dioceses; • tornar a Pastoral Familiar uma prioridade pastoral nos Regionais; • implementar as diretrizes de Santo Domingo sobre a família; • promover e apoiar a realização de cursos de Pastoral Familiar, formação de agentes de Pastoral Familiar, mobilizações em torno da família, conscientização sobre a missão da família. JUSTIFICATIVA Em preparação para o 3º milênio, atendendo aos apelos para uma Nova Evangelização inculturada se faz necessário promover ações concretas nos Regionais da CNBB e nas Dioceses para dinamizar a Pastoral Familiar no Brasil. No âmbito dos Regionais, das Dioceses, dos movimentos, serviços e institutos familiares e outras formas de organização da Igreja, deverão ser propostas ações concretas que permitam à Pastoral Familiar ser mais eficaz, no contexto da pastoral orgânica, segundo as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar Comissões Regionais de Pastoral Familiar; Movimentos, serviços e institutos familiares PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: Publicações (13PB/PD6-41/116) OBJETIVO • Oferecer subsídios para a atuação dos agentes de Pastoral Familiar; • favorecer a reflexão teológica e pastoral no campo da família e do casamento; • documentar a caminhada da Pastoral Familiar no Brasil; • oferecer reflexões sobre a realidade das famílias brasileiras, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil; • oferecer subsídios para a formação de agentes de Pastoral Familiar. JUSTIFICATIVA Os agentes de Pastoral Familiar apresentam, constantemente, solicitações no sentido de se publicar subsídios, diretrizes e elementos para sua atuação. Para que se possa efetivamente aprimorar e desenvolver a Pastoral Familiar, objetivando a eficaz evangelização da família é necessário produzir publicações e subsídios que venham instrumentalizar os agentes e clarificar assuntos relacionados com a família, a pastoral e a evangelização. RESPONSÁVEL: Setor Família; Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: 1996 - 1997 PROJETO: II Encontro Mundial das Famílias (13PB/PD6-42/117) OBJETIVO • Ajudar na preparação, organização e divulgação do II Encontro Mundial das Famílias

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55com o Papa que será realizado em 1997, no Brasil; • tornar o II Encontro Mundial das Famílias um momento forte de evangelização e fortalecimento da família. JUSTIFICATIVA Sendo um encontro mundial das famílias, o Setor Família e a Comissão Nacional de Pastoral Familiar se sentem convocados a prestar serviços na preparação, organização e divulgação deste evento. Levando em conta a importância da família como fronteira decisiva da Nova Evangelização, este evento traz uma oportunidade única para manifestar visivelmente e colocar em evidência o crescimento, o fortalecimento e os valores da família como célula vital da Igreja e da sociedade no limiar do 3º milênio. RESPONSÁVEL Setor Família Comissão Nacional de Pastoral Familiar PRAZO: Ao longo de 1996 – 1997 SETOR CULTURA A evangelização das culturas e a concomitante inculturação do Evangelho constituem-se no grande desafio da atividade missionária/evangelizadora da Igreja. Hoje, o tema volta a ser frisado com ênfase e, em primeiro lugar, pelo próprio Papa, no contexto da chamada “Nova Evangelização”. João Paulo II afirma que a inculturação é “centro, meio e objetivo da Nova Evangelização” (Disc. ao Conselho Internacional de Catequese, 26.09.92). No seu discurso de abertura da IV Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, em Santo Domingo (1992), ele dizia: “A evangelização das culturas representa a forma mais profunda e global de evangelizar uma sociedade, porque, através dela, a mensagem de Cristo penetra nas consciências das pessoas e se projeta no ‘ethos’ de um povo, nas suas atitudes vitais, nas suas instituições e em todas as suas estruturas” (DSD, n.20)29. Este esforço de inculturar o Evangelho deve dirigir-se tanto à cultura “emergente”, (pós) moderna e urbana, quanto às culturas anteriores remanescentes, no caso brasileiro, em especial, às culturas indígenas e afro-brasileiras (cf. o mesmo discurso de abertura, n.20 e 22)30. O apelo do Papa, especialmente aos Bispos, é vigoroso: “Convido-vos, pois, queridos irmãos, a que, com o ardor da Nova Evangelização, animados pelo Espírito do Senhor Jesus Cristo, torneis a Igreja presente na encruzilhada cultural do nosso tempo, para impregnar com os valores cristãos as próprias raízes da cultura emergente e de todas as culturas remanescentes” (ibidem, n. 22)31. De fato, em Santo Domingo, os Bispos assumiram esta conclamação de João Paulo II, dedicando ao assunto um longo e precioso capítulo no documento final da Conferência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (1995-1998), da CNBB, assumem por sua vez este desafio, dizendo entre outras coisas: “Atualmente, na América Latina e no Brasil, a evangelização é desafiada a tornar-se ‘inculturada’ principalmente por dois processos que estão em ato, distinta mas simultaneamente: 1) o encontro do Evangelho com as culturas indígenas, afro-americanas e mestiças; 2) o encontro com a cultura moderna particularmente no meio urbano.” (n.179)32. A verdadeira inculturação nem destrói nem prejudica a cultura evangelizada. Ao contrário, a transforma, a partir de dentro, fazendo-a chegar à sua real plenitude, na medida em que a enriquece com os valores cristãos, a purifica de seus aspectos negativos e a leva à plenitude. Esta plenitude tem sua fonte na encarnação do Filho de Deus: “Quando Jesus Cristo, na encarnação, assume e exprime todo o humano, exceto o

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56pecado, então o Verbo de Deus entra na cultura. Assim, Jesus Cristo é a medida de todo o humano e portanto também da cultura. Ele, que se encarnou na cultura de seu povo, traz para cada cultura histórica o dom da purificação e da plenitude” (Doc. de Santo Domingo, n.228)33. Assim, a Igreja tem um mandato missionário em relação a todas as culturas, como se mostrou também no evento de Pentecostes (At 2, 1-11)34, onde vemos os apóstolos anunciar o Evangelho de Jesus Cristo a uma grande multidão de pessoas, provenientes de diversos povos e culturas, e, no entanto, cada uma entendeu o anúncio em sua própria língua. Manifestou-se assim que o Evangelho não se confunde com uma cultura, mas pode ser entendido e vivido nas muitas culturas diferentes. Projetos específicos PROJETO: Encontro Nacional de Estruturação do Setor (13PB/PD6-43/118) OBJETIVO Reunir um grupo de pessoas representativas e estratégicas no que se refere à área cultural e à inculturação do Evangelho para refletir sobre a estruturação do Setor Cultura da CNBB; Refletir sobre a área específica de atuação e os modos de ação do Setor Cultura da CNBB. JUSTIFICATIVA Sendo o Setor Cultura um setor novo na CNBB e, simultaneamente, sendo a evangelização da cultura e a inculturação do Evangelho assuntos importantes e atuais na Igreja, impõe-se um estudo prévio, uma discussão e uma conscientização de pessoas que queiram e possam contribuir para o bom encaminhamento do Setor. RESPONSÁVEL: Setor Cultura PRAZO: 12 (à tarde) até 14 (ao meio-dia) de fevereiro de 1996 PROJETO: Estruturação do Setor Cultura nos Regionais da CNBB (13PB/PD6-44/119) OBJETIVO Conscientizar os Regionais da CNBB sobre a importância do Setor Cultura e motivá-los a constituir um Setor regional; Refletir com os Subsecretários regionais da CNBB sobre a constituição do Setor Cultura nos Regionais. JUSTIFICATIVA O Setor Nacional de Cultura da CNBB tem como uma de suas tarefas estimular e ajudar os Regionais a constituírem, por sua vez, o Setor Cultura. Só assim poderá haver um amplo trabalho em todo o País. RESPONSÁVEL: Setor Cultura PRAZO: Durante a Assembléia Geral da CNBB, em abril de 1996, e na reunião dos Subsecretários Regionais, em Brasília, de 21 a 23 de junho de 1996 PROJETO: Constituição e reunião da Comissão Nacional de Evangelização da Cultura (13PB/PD6-45/120) OBJETIVO O Setor Cultura da CNBB constituirá uma Comissão Nacional de Evangelização da Cultura, que reuna pessoas e entidades (p. ex. Centros de Cultura) representativas e estratégicas para ajudar a Igreja na específica tarefa de evangelizar a cultura e inculturar o Evangelho. Esta Comissão Nacional a ser constituída não interferirá na estrutura interna da CNBB, mas colaborará com o Setor Cultura para realizar as finalidades do Setor. Será como que um grupo de trabalho qualificado do Setor Cultura. Ao mesmo tempo, os membros desta comissão, sendo representativos e estratégicos no que se refere à evangelização da cultura e à inculturação do Evangelho, serão agentes articuladores e animadores nas suas respectivas bases e/ou entidades. Será um grupo de voluntários. RESPONSÁVEL: Setor Cultura

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57PRAZO: Reuniões semestrais PROJETO: Encontro de Bispos e Empresários (13PB/PD6-46/121) OBJETIVO Estabelecer bases para a confiança mútua que permitam, a partir do Encontro, um diálogo mais fácil e franco entre as partes. JUSTIFICATIVA Através da ADCE (Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa), empresários têm manifestado o desejo de encontrar na hierarquia da Igreja uma interlocutora para a realidade empresarial. Em especial, os empresários católicos solicitam maior diálogo e convocação da parte de sua Igreja. RESPONSÁVEL: Setor Cultura ADCE e FIDES (Fundação Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social) PRAZO: março de 1996; 2º Encontro: 1º semestre de 1997 PROJETO: Seminário Nacional sobre Inculturação do Evangelho na Cultura Afro-Brasileira (13PB/PD6-47/122) OBJETIVO Abrir horizontes e debater o problema da inculturação do Evangelho, em particular na cultura afro-brasileira; Motivar teólogos e pastoralistas a aprofundar o assunto e assessorar a Igreja no setor. JUSTIFICATIVA Parece necessário ampliar o horizonte da discussão da inculturação do Evangelho na cultura afro-brasileira para que o estudo e as experiências concretas envolvam a Igreja toda no Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Cultura (e INP?) PRAZO: 2ª quinzena de julho de 1996 ou entre 11 e 15 de novembro de 1996 Duração: 4 dias PROJETO: Encontro Nacional de Católicos com projeção no campo cultural (13PB/PD6-48/123) OBJETIVO Valorizar e mobilizar forças católicas ainda não convocadas para participar da Nova Evangelização e colaborar na realização do objetivo do Setor Cultura. NB.: O projeto poderia ser dividido em sub-projetos: para artistas, para cientistas, para comunicadores etc. JUSTIFICATIVA Nos grandes centros urbanos, vivem católicos com presença expressiva na cultura brasileira, nas artes, na literatura, na ciência, na alta tecnologia, na administração... que nunca receberam um apelo da sua Igreja para oferecer-lhe uma colaboração específica. O projeto visa conscientizá-los do quanto a Igreja espera deles. RESPONSÁVEL: Setor Cultura PRAZO: 2º semestre de 1996; 2º semestre de 1997 PROJETO: Seminário Nacional sobre Pastoral Urbana (13PB/PD6-49/124) OBJETIVO Reunir agentes de pastoral com ampla experiência de atuação nos centros urbanos, junto com teóricos (teólogos, filósofos, sociólogos, peritos em realidade urbana). JUSTIFICATIVA A nova cultura é a cultura urbana. É nos grandes centros urbanos que se trava, ou deve travar, o diálogo da fé e da modernidade. O seminário deve ser o momento de conscientização da importância do apoio ao Setor Cultura da CNBB. É nos grandes centros urbanos que são tomadas as grandes decisões que influenciam a vida e a cultura nacional. RESPONSÁVEL: Setor Cultura (e INP?) PRAZO: Um em 1996 e outro em 1997

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58 PASTORAL DA JUVENTUDE DO BRASIL (PPE-1) Introdução A Pastoral da Juventude é a ação organizada dos jovens que são Igreja, junto com seus Pastores e com toda a comunidade, para aprofundar a vivência de sua fé e evangelizar outros jovens. Promove seu encontro pessoal com Cristo e seu Projeto Libertador para que se transformem em homens e mulheres novos, pela vivência do Evangelho, comprometidos na comunidade de fé e na construção da sociedade justa e fraterna. Tendo o jovem como sujeito e como “apóstolo dos outros jovens”, a Pastoral da Juventude busca realizar no meio deles o Objetivo Geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e assume suas Diretrizes. Quer ser uma pastoral inserida na realidade e que responda às aspirações e necessidades dos jovens. Por isso é, ao mesmo tempo, “diferenciada e orgânica”, articulando as diversas experiências e organizações específicas: grupos paroquiais (PJ), de Estudantes Secundaristas (PJE), do Meio Popular (PJMP), Rural (PJR) e Universitários (PU). Enfrenta o desafio de integrar os diversos Movimentos. Articula-se nos vários níveis com coordenações, planejamento e acompanhamento e se integra nas comunidades e com as demais pastorais na construção de uma Pastoral de Conjunto. Projeto da PJ do Brasil O Setor juventude da CNBB tem a missão de organizar e animar a Pastoral da Juventude do Brasil (PJB), que é formada pela Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) e Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP). É ainda função do Setor Juventude aprofundar o diálogo com Movimentos de jovens, Congregações Religiosas que trabalham com jovens e com organizações da Sociedade que se preocupam com os jovens. O Setor Juventude da CNBB, por este serviço amplo que exerce, tem relações e articulação também com o Cone Sul, América Latina e Caribe e em nível de Conselho Pontifício para os Leigos. I. - A Pastoral da Juventude do Brasil, em sua 11ª Assembléia Nacional, de 9 a 16 de julho de 1995, definiu projetos de ação, formação e espiritualidade para os anos de 96, 97 e 98. A ação tem como princípios inspiradores: 1. A PJ do Brasil, no seguimento de Jesus Cristo, assume evangelizar e se deixar evangelizar a partir das diferentes realidades e culturas, privilegiando a juventude empobrecida. 2. A PJB quer resgatar e construir a cidadania como meio de superação da opressão e exclusão social. 3. A PJB se propõe valorizar e reconhecer a pessoa humana em todas as suas dimensões, fazendo emergir a nova mulher e o novo homem. 4. Os jovens da PJB devem ser sujeitos de ação sócio-transformadora que gere o novo. A ação tem dois projetos: um voltado mais “para dentro” e outro mais “para fora”.

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591. Missão Jovem “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os extremos da terra” (At 1, 8)35. “Os jovens devem tornar-se sempre mais sujeitos ativos, protagonistas da evangelização e artífices da renovação social” (DGAE 233)36. Este projeto, Missão Jovem, convida os jovens de cada paróquia ou escola deste País a irem a outra comunidade ou escola e ali realizarem uma Missão Jovem, no estilo da Missão Popular com pré, missão e pós-missão. 2. Cidadania Este projeto convida os grupos de jovens a participar do momento político que o País vive, voto aos 16 anos e campanha da cidadania contra a fome e a miséria. É o serviço para superar a exclusão social. Fundamenta-se no Sl 85, 1137: “Justiça e paz se abraçarão”, e no nº 19238 das DGAE: “A solidariedade com todos os seres humanos é, para os cristãos de hoje, uma exigência igualmente irrenunciável, intrínseca à própria fé no Deus, Pai de Todos”. A Formação tem como princípios inspiradores: 1. A PJB enfatiza o gestar da nova mulher e do novo homem, vivenciando as diferenças e valorizando o que é próprio de cada um. 2. A PJB tem nos jovens empobrecidos, em particular nos excluídos, o seu referencial na formação de agentes de transformação. 3. A PJB, a partir do projeto e da Pessoa de Jesus Cristo, tem o jovem como protagonista e agente libertador, tornando-o sujeito da história a partir do seu meio. 4. A PJB assume a originalidade da juventude nas diferentes realidades e experiências. A formação tem 2 projetos: 1. Formação humana, que quer refletir sobre afetividade e sexualidade, à luz de Jesus Cristo, para que o jovem possa concretizar seu projeto de vida pessoal. Este projeto se fundamenta em Lc 2, 5239: “E Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens”; e nas DGAE, nº 23440: “A atuação pastoral visará ajudar também no crescimento humano-afetivo e tornar estes jovens evangelizadores, protagonistas da evangelização”. 2. Formação para a cidadania. Este projeto quer oferecer aos jovens formação para participarem na sociedade e na política, como cristãos e se fundamenta em Mt 6, 3341: “Em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais vos será dado por acréscimo”; e nas DGAE, nº 20442: “que todos procurem estender e fortalecer a ativa participação na cidadania, em todos os níveis da vida social...”. O projeto de espiritualidade tem como princípios inspiradores: 1. A espiritualidade da PJB deve levar o jovem a experimentar e a vivenciar o sentido pascal na própria vida. 2. Considerando que os valores da paz, da justiça, do amor e da vida são valores universais, a PJB se propõe a aprofundar uma espiritualidade ecumênica e aberta ao diálogo inter-religioso. 3. À maneira de Jesus Cristo, que se encarnou e resgatou os valores da cultura de seu povo, a PJB se propõe a cultivar uma espiritualidade inculturada nas diversas realidades do jovem latino-americano. 4. A PJB, com seu testemunho, pode ajudar a concretizar a proposta de Jesus Cristo na realidade atual.

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60Este projeto de espiritualidade quer oferecer subsídios sobre: espiritualidade, ofício divino das comunidades, leitura orante da bíblia e liturgias jovens, para estimular e alimentar a mística dos jovens cristãos. II. - Nos dias 18 a 20 de setembro de 1995 o Setor Juventude promoveu o 1º Encontro com Congregações e Movimentos Juvenis onde se decidiu que: 1. Congregações e Movimentos se propõem a assumir e divulgar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. 2. Propõem-se a assumir, na medida do possível, e divulgar os projetos de ação, formação e espiritualidade da PJB. 3. Deve juntar forças para formar e liberar assessores para serviço aos jovens. 4. Será aprofundado o diálogo entre o Setor Juventude, Congregações e Movimentos. III. - O Setor Juventude mantém relações com várias organizações da sociedade civil que têm trabalho específico e direto com os jovens. As atividades permanentes que se seguem têm, resumidamente, três objetivos: 1. Organizar e animar a Pastoral da Juventude do Brasil. 2. Aprofundar o diálogo com Congregações e Organizações da sociedade civil. 3. Manter e aprofundar a articulação da PJB com o Cone Sul, América Latina e Caribe e em nível de Conselho Pontifício para os Leigos. Projetos Específicos PROJETO: 2º E 3º Encontros de Assessores Regionais e Específicas (13PB/PD6-50/125) OBJETIVO Clarear qual a função do Assessor Regional e da específica dentro da PJ do Brasil e aprofundar a questão da identidade e mística da assessoria. JUSTIFICATIVA A PJ do Brasil tem nova organização definida em julho de 95 e por isso é fundamental clarear qual a função e mística da assessoria nesta nova conjuntura. RESPONSÁVEL: Setor PJ e Secretaria Nacional PRAZO: 25 a 27 de janeiro de 1996; 21 a 24 de janeiro de 97 PROJETO: 16º Seminário Nacional da PJB (13PB/PD6-51/126) OBJETIVO Aprofundar a temática da atuação político-partidária na construção da cidadania. JUSTIFICATIVA A PJB definiu em sua 11ª Assembléia assumir o projeto de cidadania e este seminário é a primeira atividade do mesmo. RESPONSÁVEL: Setor PJ e Comissão Nacional de Assessores da PJB PRAZO:28 de janeiro a 2 de fevereiro de 1996 PROJETO: Reunião da Comissão Nacional da PJB (13PB/PD6-52/127) OBJETIVO Refletir e encaminhar as decisões da 11ª Assembléia Nacional da PJB e as ações permanentes da PJB. JUSTIFICATIVA: Estes são os 23 jovens que coordenam as ações da PJB em todo o Brasil. RESPONSÁVEL: Setor Juventude e Secretaria Nacional da PJB.

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61PRAZO: 14 a 17/ 3/96; 17 a 20/10/96; 1º e 2º semestres de 1997 PROJETO: Reunião da Comissão Nacional de Assessores da PJB (13PB/PD6-53/128) OBJETIVO: Ajudar na reflexão e no encaminhamento das principais atividades da PJB JUSTIFICATIVA É o grupo mais próximo ao Assessor Nacional e que ajuda a pensar os rumos da PJB. RESPONSÁVEL: Setor Juventude PRAZO: 11 a 14/3/96; 10 a 13/10/96; 1º e 2º semestres de 1997 PROJETO: 4º E 5º Encontros Nacionais da PJ (13PB/PD6-54/129) OBJETIVO: Clarear e definir os rumos da PJ. JUSTIFICATIVA: Diante da nova organização de toda a PJB são fundamentais estes encontros. RESPONSÁVEL: Setor Juventude, Secretaria Nacional e Equipe de Organização PRAZO: 21 a 24 /7/96 2º semestre de 1997 PROJETO: 1ª Reunião Ampliada da PJB (13PB/PD6-55/130) OBJETIVO: Encaminhar as decisões da 11ª Assembléia Nacional e as ações normais da PJB. JUSTIFICATIVA: É a primeira vez que se reunirá a Comissão Nacional de Jovens na nova organização, agora paritária, da PJB. RESPONSÁVEL: Setor Juventude e Secretaria Nacional PRAZO: 25 a 28 de julho de 1996 PROJETO: 11º Encontro Latino-Americano de PJ (13PB/PD6-56/131) OBJETIVO Aprofundar e garantir uma caminhada comum da PJ na América Latina e Caribe. JUSTIFICATIVA De 2 em 2 anos, são realizados os Encontros Continentais reunindo Bispos, assessores nacionais e 2 jovens de cada país, com o objetivo de garantir uma caminhada comum da PJ no novo Continente. RESPONSÁVEL: Setor Juventude e CELAM PRAZO: 1 a 8 de junho de1996 PROJETO: 2º E 3º Encontros com Congregações e Movimentos (13PB/PD6-57/132) OBJETIVO Aprofundar o diálogo e o trabalho comum com Congregações e Movimentos Juvenis. JUSTIFICATIVA PJB, Congregações e Movimentos trabalham com jovens. Com este encontro, se quer um trabalho mais orgânico, respeitando o específico de cada um. RESPONSÁVEL: Setor Juventude PRAZO: 12 a 15 /9/96; 2º semestre de 1997 PROJETO: Dia Nacional da Juventude (13PB/PD6-58/133) OBJETIVO Atingir jovens e organizações da sociedade civil, trabalhando em parceria e tornando pública a proposta da PJB. JUSTIFICATIVA Teve início com o Ano Internacional da Juventude em 1985. É um evento de massa que torna pública a proposta da PJB. RESPONSÁVEL: Setor Juventude, Secretaria Nacional, CN e CNA PRAZO: 27 de outubro de 1996; 26 de outubro de 1997

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62 PROJETO: 2º Retiro da PJB (13PB/PD6-59/134) OBJETIVO Alimentar a espiritualidade dos jovens e assessores da PJB, com uma experiência vivencial. JUSTIFICATIVA É uma das atividades previstas no projeto de espiritualidade aprovado pela 11ª Assembléia Nacional. RESPONSÁVEL: Setor Juventude e CNA PRAZO: 25 a 30 de janeiro de 1997 PROJETO: 3º Encontro de PJ do Cone Sul (13PB/PD6-60/135) OBJETIVO Aprofundar e garantir a caminhada comum da PJ no Cone Sul. JUSTIFICATIVA: A realidade em que vivem os jovens no Cone Sul é muito parecida e exige ações conjuntas da PJ. RESPONSÁVEL: CELAM e Setor Juventude PRAZO: 11 a 18 de maio de 1997 PROJETO: 12º Fórum e Jornada Mundial da Juventude (13PB/PD6-61/136) OBJETIVO: Buscar pistas comuns para o trabalho com os jovens em todo o planeta. JUSTIFICATIVA De 2 em 2 anos, o Pontifício Conselho para os Leigos organiza este encontro, com representantes de todos os países. RESPONSÁVEL: Pontifício Conselho para os Leigos e Setor Juventude PRAZO: 14 a 24 de agosto de 1997 SETOR DA PASTORAL UNIVERSITÁRIA A época atual apresenta-se cada vez mais rica e delicada. Delicada porque se encontra em momento de crises. Por um lado, uma crise de estruturas: o Estado moderno, permeado pela corrupção nos mais diferentes países, tendendo a ser menos representativo; o sistema produtivo que exclui através do desemprego mesmo nas economias chamadas desenvolvidas; referenciais culturais nos aspectos ético-morais, religiosos e científicos que vão se fragmentando e perdendo sentido. Por outro lado, crise subjetiva: todas essas crises estruturais estão diretamente relacionadas com as crises das pessoas: como manter a esperança numa sociedade que não promete futuro; como construir uma identidade sadia numa cultura fragmentada; enfim, que segurança pode haver num mundo tão bárbaro, onde o valor da vida tende a ser relativizado. Mas, justamente pelo fato de o “velho” modelo que prometia felicidade e libertação para todos no Ocidente, já não responder às necessidades e desejos, e por não haver ainda outro modelo que possa substituí-lo, há necessidade de criatividade, de capacidade para se experimentar novas alternativas. E é essa demanda pelo novo que faz viver numa época de grande potencial sócio-cultural; nisto reside sua riqueza. Trata-se de uma realidade com grandes desafios à Igreja. Como instituição de forte tradição no Ocidente, a Igreja é desafiada a caminhar afirmando seu ardor missionário e buscando novos meios para apresentar sua mensagem de salvação através de Jesus Cristo, como apontam as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Dentro desse quadro e no sentido da evangélica opção pelo pobres, destacam-se os cuidados evangelizadores e pastorais junto aos segmentos médios da sociedade. Em primeiro lugar, pela importância de tais segmentos em toda a dinâmica social: deles vêm os gerentes da organização social em suas instâncias de decisão, e neles estão os principais agentes formadores de opinião.

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63Em segundo lugar, tais segmentos, seja por serem integralmente urbanos, seja por serem mais suscetíveis aos meios de comunicação - tendo acesso à impressa escrita e ao cinema, por exemplo - são os que sofrem de modo mais imediato e direto as principais repercussões da crise cultural: a família da classe média passa por um sério processo de desestruturação; há relativização dos valores; as tradições autóctones perdem sentido diante da invasão cultural dos países economicamente mais desenvolvidos; há uma super-oferta de “caminhos” religiosos; acentua-se a tendência ao subjetivismo, inclusive o moral. Em terceiro lugar, pelos “vazios pastorais” junto a esses segmentos. Nas últimas décadas a opção por uma pastoral nos meios populares tendeu a um esquecimento do trabalho com a classe média, deixando-a com pouco ou nenhum espaço para vivenciar sua fé numa perspectiva libertadora, desde sua realidade existencial. Os estudantes, professores, pesquisadores, enfim, aquelas categorias sociais presentes no mundo da cultura acadêmico-científica, materializam bem o quadro rapidamente descrito acima. Em primeiro lugar, pela importância social e histórica que possuem. Mesmo em crise, o mundo universitário é responsável por grande parte da dinâmica social: dele saem os engenheiros, jornalistas, médicos, professores... advogados e economistas; nele se tem a oportunidade de refletir e sistematizar a realidade em suas várias dimensões. Em segundo lugar, o mundo da cultura acadêmico-científica apresenta de modo muito direto os principais sintomas das crises enfrentadas: o “consumo” da literatura e religiões de tendência esotérica; a subjetivação da moral; a acirrada competição entre as pessoas (desde a sala de aula) e a própria crise de identidade da instituição universitária, que vem perdendo seu caráter de centro de produção de difusão de conhecimento e se tornando tão somente centro de (re)produção tecnológica. Por último, vem a pouca sensibilidade demonstrada pela Igreja em seu conjunto, mas principalmente pelo clero, em relação a este meio - o número de sacerdotes e religiosos com atuação PASTORAL tem diminuído a cada ano, sendo que pesquisas recentes com seminaristas em todo o Brasil, indicaram um alto grau de rejeição dos mesmos em relação ao meio intelectual. Frente a esta realidade, o Setor de Pastoral da universidade quer ser instrumento de evangelização e pastoral no mundo da cultura acadêmico-científica. Isto significa enfrentar desafios apresentados por ele e pelo meio eclesial, na perspectiva de marcar uma presença pública da Igreja no meio universitário, buscando canais de diálogo, oferecendo-se como serviço à formação complementar dos estudantes, anunciando explicitamente o nome de Jesus Cristo como Senhor e propiciando a formação de comunidades onde os estudantes (prioritariamente) possam vivenciar sua fé comunitariamente. Em relação ao meio eclesial, é preciso sensibilizarmos Bispos, padres, religiosos(as) e leigos engajados para a importância de um trabalho pastoral no meio universitário. Neste sentido, nosso Setor quer ser referencial para as Igrejas particulares, os Regionais da CNBB e para os organismos que congregam o clero no Brasil, a fim de subsidiá-los e animá-los, de oferecer espaços e estabelecer parcerias para ação evangelizadora e pastoral. Nossos objetivos têm como meio prioritário para sua concretização a Pastoral Universitária - PU (historicamente protagonizada pelos estudantes). Através dos grupos da PU e de suas estruturas organizativas, procurar-se-á atingir o meio universitário, na nucleação e consolidação de novos grupos, propiciando a estes uma formação sistemática nas áreas de leitura e interpretação da realidade social e nas áreas teológicas, animando-os a serem cada vez mais uma presença eclesial na Universidade. Busca-se ainda como meios, as instituições de ensino superior católicas - principalmente seus serviços de pastoral - os Regionais da CNBB e as Dioceses, assim como outros setores da CNBB - como a Pastoral da Juventude - PJ (e nesta a Pastoral da Juventude Estudantil - PJE), o Setor Educação, o Setor Leigos e o Setor Vocações (este último como meio para a sensibilização de universitários à vocação sacerdotal) e outras instituições

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64eclesiais presentes no mundo acadêmico como o Centro Loyola de Fé e Cultura do Rio de Janeiro. Além dos estudantes, dada a demanda que vem surgindo nos últimos anos, trabalharemos também com os profissionais cristãos egressos da Universidade e estudantes em níveis de pós-graduação e doutorado. O objetivo é favorecer a formação de comunidades referenciais para a partilha de vida e celebração da fé, a fim de que estes profissionais possam afirmar sua identidade religiosa, testemunhando-a em seu ambiente de trabalho. Deles e dos estudantes universitários, é de se esperar uma contribuição ímpar no que se refere à construção de presença pública da Igreja. Atividades permanentes 1. Em nível de Pastoral Universitária (PU) • Acompanhar a PU dos Regionais, através de visitas a grupos, participação e assessoria nos encontros, incentivando assim seu crescimento quantitativo e enfatizando a dimensão formativa; • assessorar a Coordenação Nacional da Pastoral Universitária (CNPU), participando de todas as suas atividades, dando ênfase às dimensões formativa (oferecendo subsídios escritos e promovendo estudos), celebrativa e espiritual; promover a articulação dos grupos existentes; • promover a inserção eclesial da PU em nível dos Regionais da CNBB e junto ao episcopado, através de comunicações e visitas, buscando junto aos mesmos parceria para o trabalho, através da realização de eventos regionais, principalmente onde a PU não estiver articulada; • articular os assessores existentes, incentivando-os a perseverarem no trabalho, apoiando-os com comunicações e subsídios e promovendo encontros para troca de experiências e capacitação dos mesmos; • intensificar a articulação em nível de América Latina com o Departamento de Educação do CELAM e com o Secretariado Latino-americano do Movimento Internacional do Estudantes Católicos - Juventude Estudantil Católica Internacional (MIEC - JECI). 2. Em nível de Pastoral da Universidade (PdU) • Buscar contato com os movimentos eclesiais presentes no meio universitário, a fim de propiciar uma maior integração eclesial dos mesmos; • procurar articulação com a ABESC - Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas em vista a estabelecer parcerias para iniciativas comuns no campo da pastoral institucional nas Universidades e Faculdades católicas; • buscar articulação com as instituições eclesiais que atuam na área da cultura acadêmica em vista de parcerias. 3. Em nível de Organismos, Pastorais e Regionais da CNBB • Intensificar a articulação com a PJ, mais particularmente com a finalidade de criar canais que facilitem a passagem dos estudantes desta para a PU; • construir projetos comuns com os Setores afins na CNBB, em busca da intercomplementaridade; • enviar comunicações escritas e fazer visitas aos Regionais da CNBB, principalmente onde a PU não esteja articulada ou reconhecida. 4. Em nível dos Profissionais Cristãos • Articular pessoas e grupos interessados na consolidação de um trabalho nesta área, através de comunicações e encontros. Projetos específicos

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PROJETO: Reunião de Lideranças Nacionais da Pastoral Universitária (13PB/PD6-62/137) OBJETIVO Realizar quatro reuniões por ano com representantes das cinco grandes regiões do País (blocos), tendo em vista a implementação de projetos nacionais para a articulação, formação e nucleação de novos grupos, servindo assim de apoio ao trabalho da assessoria nacional. JUSTIFICATIVA São fatores que motivam estes projetos: - A dispersão dos estudantes universitários pelo País, dificultando uma presença efetiva da assessoria nacional. - A necessidade de, respeitando as diversidades, manter um trabalho com unidade em nível nacional. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da PU PRAZO: 1996: fevereiro/junho setembro dezembro 1997: fevereiro/junho setembro dezembro PROJETO: VIII Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Universitária. II Curso de Capacitação para Assessores Da PU (13PB/PD6-63/138) OBJETIVO Propiciar um momento para troca de experiência e reflexão, em nível de assessoria, sobre o projeto da PU, tendo como referência as demandas da realidade, dentro do contexto eclesial do País; aportar trabalho da assessoria nacional.; oferecer capacitação e/ou reciclagem para novos e antigos assessores; publicar as atas do encontro. JUSTIFICATIVA O projeto se torna necessário: - Pela importância dos assessores na PU em termos de reflexão sobre a caminhada e como continuadores de uma pastoral onde os quadros estão sempre sendo renovados. - Pela falta de instrumental sistematizado para a capacitação de assessores. - Pelo isolamento de muitos assessores. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da PU PRAZO: Junho de 1996 PROJETO: VI Encontro Nacional da Pastoral Universitária (13PB/PD6-64/139) OBJETIVO Propiciar um momento visível de unidade nacional da Pastoral Universitária, através da reflexão sobre os objetivos, métodos e desafios da PU; realizar um momento celebrativo pelos 10 anos de caminhada; formular um projeto mínimo, em termos de método e de áreas prioritárias, para a PU; renovar a equipe e assessoria nacional; apontar pistas para os próximos 2 anos. JUSTIFICATIVA - A necessidade de se manter a unidade da PU nacional. - As mudanças constantes no mundo em que vivemos, o que demanda constantes reflexões. RESPONSÁVEL: Assessoria e Equipe Nacional PRAZO: Janeiro de 1997 PROJETO: II Seminário de Assessores de Pastoral Universitária do Cone Sul (13PB/PD6-65/140) OBJETIVO Participação no II Seminário de Assessores de PU do Cone Sul, promovido pelo Secretariado Latino-americano do Movimento Internacional dos Estudantes Católicos - MIEC; procurar integração com as diversas experiências de Pastoral na Universidade dentro do contexto latino-americano. JUSTIFICATIVA - A necessidade de uma maior integração com a cultura e a Igreja da América Latina torna importante esta participação.

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66RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da Pastoral Universitária PRAZO: Março de 1996 PROJETO: Reunião dos Profissionais Cristãos (13PB/PD6-66/141) OBJETIVO Apoiar a articulação de profissionais, principalmente daqueles egressos da Pastoral Universitária, em vista de construir, no futuro, um espaço objetivo de continuidade do trabalho com os universitários em nível de graduação, iniciado na PU. JUSTIFICATIVA São importantes motivações deste projeto: - O vazio em termos de evangelização e pastoral junto aos profissionais egressos da Universidade. - A falta de perspectivas eclesiais para recém formados que passaram pela PU. - A continuidade do processo iniciado em 1996. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional da PU mais equipe de referência dos profissionais cristãos PRAZO: Julho de 1997 PROJETO: Parceria com os Regionais da CNBB (13PB/PD6-67/142) OBJETIVO Sensibilizar Bispos e agentes pastorais para a evangelização do meio universitário; articular e propiciar o surgimento da PU em Regionais da CNBB. JUSTIFICATIVA São fatores que levam a este projeto: - A desarticulação entre PU e (sub) secretariados em alguns Regionais. - A inexistência da PU e mesmo de contatos em alguns Regionais. - A necessidade de ações em parceria. RESPONSÁVEL: Assessoria Nacional, Presidência e Subsecretárias Regionais. PRAZO: 1996 – 1997 COMISSÕES PASTORAIS COORDENADAS PELO SETOR PASTORAL SOCIAL COMISSÃO PASTORAL DA TERRA Objetivos 1. Luta pela terra e na terra 2. Luta pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras do campo 3. Protagonismo da Mulher 4. Formação e Informação 5. Fé, Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso 6. Solidariedade Internacional. Atividades permanentes FORMAÇÃO • Curso em duas etapas de duas semanas. Cursos de uma semana em cada uma das 5 grandes regiões e encontros para levantar alternativas de vida para os lavradores dentro das condições de cada região: floresta (Amazônica), semi-árido (NE), cerrado (Centro-Oeste), MERCOSUL (Sul). Cursos para agentes pastorais e trabalhadores nos respectivos Regionais; • realização da X Assembléia Nacional da CPT em agosto de 1997; • documentação da realidade agrária do Brasil: convênios com universidade e cientistas para aprimoração do trabalho e divulgação na sociedade. Relatório anual sobre os conflitos. Tentar mobilizar a sociedade para a solução destes conflitos. Trabalho jurídico para vencer a impunidade dos assassinos de lavradores;

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67• assessoria a pequenos proprietários e assentamentos para encontrar modelos agrícolas e de comercialização que favoreçam sua permanência e melhoria de vida da terra, promovendo a organização em associações; • assessoria metodológica aos agentes da CPT e outros que trabalham no campo, sobretudo visando um bom planejamento e avaliação contínua; • assessoria pastoral e ao ecumenismo: ajudar os Regionais a fazer evangelização mais profunda no campo, partindo das religiões dos lavradores e visando a inculturação; • trabalhar a sociedade brasileira em vista de reconhecer os direitos dos lavradores, com suas diferenças culturais e sociais, mas com plena cidadania (luta por melhores leis e também por transformações na opinião pública); • desenvolver um processo de mobilização da sociedade civil em torno de ações que visem a democratização da terra; • a luta pela terra e pelos direitos dos trabalhadores será o eixo unificador da ação da CPT no Brasil. Em todos os Regionais e também em nível nacional serão desenvolvidas ações para concretizar essa diretriz básica. COMISSÃO PASTORAL OPERÁRIA - CPO Objetivo geral A Pastoral Operária, fiel à missão de Cristo Trabalhador e à luta da classe trabalhadora, propõe-se a servir e celebrar a vida e esperança dos trabalhadores (as) e contribuir na construção da nova sociedade, sinal e antecipação do Reino. Atividades permanentes A 10ª Assembléia Nacional da CPO, realizada em dezembro de 1993, identificou um grande desafio e indicou pistas para o Plano de Ação da Pastoral, para os anos seguintes. 1. Desafio: 1.1. Reforçar o trabalho de base da PO, solidariamente com os excluídos do mercado de trabalho, participando da sua luta organizativa. 2. Pistas de Ação: 2.1. Incentivar a criação de alternativas de produção, buscando saídas para os excluídos; 2.2. Buscar parcerias com as pastorais e outros movimentos, valorizando a arte e a cultura popular; 2.3. Trabalhar a formação nos grupos de base e em outras instâncias da PO, no sentido de entender: - o mundo dos desempregados; - a necessidade de mudanças estruturais na economia; - as alternativas de produção; - o fortalecimento da mística da luta. 3. Atividades: São atividades permanentes da PO as reuniões da Coordenação Nacional a cada 2 meses, 1 reunião anual do Conselho Nacional e as Assembléias Nacionais bienais. Todas as nossas atividades estarão voltadas para: • apostar na radicalização da democracia a partir do poder local e das experiências de participação popular nas administrações municipais; • investir e participar com qualidade, preparando-se para a CF/96, chamando a atenção para a importância do processo eleitoral de 96 e para a CF/97; • desenvolver e aprofundar uma política de acompanhamento e animação da PO nos Estados e Dioceses;

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68• desenvolver ações de solidariedade efetiva com os excluídos do mercado de trabalho. 4. Projetos: • 12ª Assembléia Nacional da PO - 1997 • Seminário Nacional, julho de 96 - Transformação no Mundo do Trabalho (reestruturação produtiva). • Publicação da cartilha Mundo do Trabalho em Dados 1996/1997. PASTORAL DOS MIGRANTES Objetivo Vendo na face dos migrantes o rosto de Jesus Peregrino: - Evangelizar o mundo dos migrantes; - animar e articular em nível nacional os trabalhos desenvolvidos junto aos migrantes, de um lado: - Combater as causas da “migração forçada”, a discriminação e rechaço aos migrantes; - denunciar as condições indignas de trabalho e moradia; por outro lado: - Resgatar o protagonismo, a cultura, a dignidade e cidadania, vivenciando ecumenismo e mística a partir da realidade itinerante dos migrantes; - incentivar a acolhida, a integração à comunidade eclesial e organização dos migrantes; - lutar por uma distribuição eqüitativa da terra e da renda. Articulações e atividades permanentes • Junto aos migrantes temporários/sazonais: ligação entre área de origem e de destino; missões populares; seminários, encontros de formação com agentes e migrantes; encontro nacional de migrantes e agentes; visitas e intercâmbio pastoral entre Dioceses; atividades conjuntas com sindicatos e entidades; atividades desenvolvidas junto ao Setor de Promoção Social das Prefeituras, no interior de São Paulo; intercomunicação (boletim de elo entre origem e destino - Cá e Lá)... • Junto aos migrantes latinos (hispano-americanos): formação de grupos de acolhida; serviço de documentação; atividades culturais e religiosas; luta em favor de uma anistia e Lei dos Estrangeiros mais digna - objetivando uma cidadania plena; contatos e trabalhos conjuntos com entidade organizadas (associações e coletividades); contatos com as Igrejas dos países de origem dos migrantes e promoção de visitas pastorais recíprocas; envolvimento de advogados e entidades dos Direitos Humanos na defesa dos migrantes latinos; formação e informação via boletim (Nosotros) entre grupos de latinos... • Junto aos migrantes dos centros urbanos: animação dos grupos específicos de migrantes (empregadas domésticas, nordestinos, construção civil); formação de equipes de acolhida; encontros de migrantes; promoção de atividades (festivais de música, poesia, teatro...); formação de lideranças, atividades conjuntas com pastorais afins, contribuindo para a pastoral urbana; missões populares... • Junto aos migrantes da fronteira agrícola (região amazônica): estimular as organizações populares na criação de cooperativas e associações como forma alternativa de resistência; encontros de migrantes em nível regional e comunitário; levantamento e pesquisas sobre a realidade migratória; divulgação das lutas e organizações dos

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69migrantes através do jornal “O Migrante”; articulação com entidades afins nas lutas e organizações do povo... Projetos • Missões Populares nas Dioceses de origem dos migrantes (MG, BA, MS, PB, PE, 95/96 e 97); • encontros de lideranças de migrantes - nas várias regiões - 96 e 97; • celebração do Dia Internacional da Mulher - atividade conjunta com outras entidades - 96 e 97; • reunião da coordenação e Seminário de Estudo - abril/ maio 96 e 97; • semana do migrante em nível nacional - 18 a 25 de junho 96 e 97; • avaliação e planejamento - Dezembro 96 e 97; • grupo de aprofundamento e assessoria com pesquisadores - duas vezes ao ano - 96/97; • comemoração do Primeiro de maio - atividades conjunta com outras pastorais - 96/97; • Romaria do Trabalhador - 7 de setembro - atividades conjuntas - 96/97; • assembléia Nacional do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) - outubro/97; • Missões Populares Intercâmbio de Igrejas - Paraguai/Brasil/Bolívia - 96/97; • seminário reunindo conferências e entidades ligadas ao MERCOSUL para tratar da mobilização nestes países/96; • encontros regionais e assessorias a Prefeituras do interior de São Paulo - permanentes; • III Encontro Nacional sobre trabalho sazonal/96; • IV Encontro Nacional de Latinos/96 - em Porto Alegre; • articulação de várias pastorais, movimentos, sindicatos, na grande São Paulo, com o objetivo de responder de forma ágil às exigências cotidianas (despejos, violências...) 96 - reuniões a cada 2 meses; • articulação com várias pastorais, entidades, órgãos governamentais para uma fiscalização permanente das condições de vida e trabalho nas usinas e carvoarias. PASTORAL DA MULHER MARGINALIZADA Objetivo • Ser a expressão de Deus nesse submundo da prostituição para acontecer a libertação (Diretrizes nº 171)43; • ser presença solidária junto às mulheres e meninas, procurando ouvi-las, ajudá-las, acolhê-las, prestando-lhes apoio em suas dificuldades (Diretrizes n º 192)44; • trabalhar ao lado da mulher e menina marginalizada e ajudá-la a resgatar a dignidade de pessoa humana (Diretrizes nnº 195 e 267)45; • colaborar com outras entidades da sociedade civil, com o objetivo de unir forças e fazer pressão junto aos órgãos governamentais para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam as mulheres e as meninas e, desta maneira, prevenir a prostituição; • ser uma presença profética na sociedade e na Igreja para denunciar as causas de prostituição e ao mesmo tempo lutar para mudar a situação das milhares de mulheres e meninas prostituídas. Atividades permanentes • Visitas, levantamentos e conhecimento da realidade prostitucional; reuniões e cursos; • animação, formação e articulação das coordenadoras regionais e locais da Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM) e de grupos de mulheres na base, através de visitas, correspondência, relatórios e reuniões; • atuação direta da entidade jurídica Serviço à Mulher Marginalizada (SMM) para promoção e libertação da mulher marginalizada; • organização e animação de atividades de caráter formador e libertador e de cunho promocional; • articulação da PMM com as demais Pastorais dos Marginalizados: do Menor, do Negro, dos Migrantes, da Saúde, Carcerária, dos Deficientes, dos Sofredores de Rua e outras;

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70• comunicação com as coordenadoras regionais e a base, através da publicação do Boletim Mulher-Libertação; • atendimento de pesquisadores, jornalistas e estudantes que precisam de material e informações sobre o problema da prostituição. Projetos • Organizar e realizar o Encontro Nacional para a formação de agentes da Pastoral da Mulher Marginalizada em 1996; • ajudar na organização dos Regionais (divisão da PMM), com assessoria de uma psicóloga social e membros da Diretoria (1996); • implementação do Centro de Documentação sobre Prostituição e Gênero, que o Serviço à Mulher Marginalizada (SMM) organiza; • participar no momento forte das Campanhas da Fraternidade que tratam da cidadania e encarceramento de pessoas (CF’ 96 e’ 97); • elaborar subsídios (cartilhas) sobre leis referentes à prostituição que podem ser usados pelos agentes na orientação das mulheres e meninas prostituídas; • implantar um projeto piloto de geração de renda alternativas e organização de cursos pré-profissionalizantes para as mulheres prostituídas; • preparar material audiovisual para divulgação da Pastoral da Mulher Marginalizada, (programas radiofônicos e um vídeo, para incentivar a formação de novas equipes e conscientizar o público sobre a situação de milhares de mulheres e meninas, mostrando a irresponsabilidade, crueldade e violência da sociedade - a sociedade é geradora de prostituição; • participar dos Fóruns e Seminários sobre prostituição infantil e exploração sexual de crianças, enfocando a prevenção e as causas destes problemas; • participar do Grito dos Excluídos e da Semana Social da CNBB (para elaboração e divulgação do material referente a estes eventos). PASTORAL DOS NÔMADES OBJETIVO Informar e sensibilizar as comunidades sedentárias, clero, seminaristas e religiosas sobre o trabalho da Pastoral dos Nômades do Brasil e do acolhimento digno aos ciganos, parques, e circos. ATIVIDADES Palestras, reuniões e encontros nas Paróquias, Setores e Grupos Pastorais, Seminários e Casas Religiosas. Prazos: • Janeiro e fevereiro/96 no Nordeste, principalmente em Sousa (PB); • Durante todo o ano, freqüentemente, na Diocese de Ponta Grossa, (PR); • Durante todo o ano, em todas as regiões e cidades do Brasil por onde passarem o padre capelão dos Nômades e agentes da PN, e por agentes da PN, sem o Padre. OBJETIVO: Esclarecer sobre a PN e orientar sobre atendimento pastoral aos ciganos e circos. ATIVIDADES: Encontros com os vigários de Sousa (PB) - Janeiro e fevereiro de 1996 OBJETIVO Ser presença da Igreja junto aos grupos ciganos, parques e circos e ministrar Sacramentos (Batismo, 1ª Eucaristia, Crisma, Casamento e Unção dos Enfermos), rezando e celebrando com eles e para eles. Incentivar e desenvolver a promoção humana nos aspectos mais básicos de direitos e necessidades (alfabetização, higiene etc.). ATIVIDADES Visita e acampamento com grupos ciganos e Circos: Prazos: • Nordeste: Em Sousa (PB), em janeiro e fevereiro/96. Em Sousa (PB) e Vargem Grande

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71(MA), no 2º semestre de 1996. • Sudeste: Região da grande Belo Horizonte e cidades de Minas Gerais, em março/96 • Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (região da grande Porto Alegre), em abril e junho, julho e dezembro de 1996 OBJETIVO: Acompanhar e assistir pastoralmente grupos ciganos, parques e circos. ATIVIDADES Celebrar, rezar e orientar: em Itabuna, Feira de Santana e cidades vizinhas; na Diocese de Ponta Grossa. Prazo: durante todo o ano de 1996 OBJETIVO Assistir pastoralmente o Circo Federico Orfei, sendo presença e administrando Sacramentos. ATIVIDADES Trabalho de Missão. Prazo: janeiro de 1996 - Visita e acampamento, em abril e princípio de maio de 1996 OBJETIVO: Defender as mulheres ciganas marginalizadas. ATIVIDADES Participação no encontro: “Recriando a imagem de Deus”. Prazo: Fevereiro de 1996, em Petrópolis-RJ. OBJETIVO Contribuir na avaliação do processo da 2ª Semana Social Brasileira e no aprofundamento das 4 linhas-forças, procurando atualizá-las ATIVIDADES Participação no Seminário Nacional de Brasília - 27 a 30/4/1996 OBJETIVO: Levar a mensagem da PNB e a vida dos nômades à CNBB. ATIVIDADES: Participação na Assembléia Nacional de Itaici. OBJETIVO: Trocar experiências, traçar objetivos e metas de trabalho ATIVIDADES Encontro com agentes da PN na Secretaria Nacional, em Cataguases, MG. Prazo: maio de 1996 OBJETIVO Representar a PNB e informar às Pastorais dos Nômades de outros países a condição de vida de ciganos e circos do nosso País. ATIVIDADES Participação no Congresso Internacional da Pastoral dos Nômades, em Roma, Itália. (Se a PNB tiver ajuda financeira). Prazo: início de junho de 1996 OBJETIVO Propagar o trabalho da PNB, para fazer conhecer a existência da mesma e suas atividades, para maior conscientização de toda a Igreja ATIVIDADES * Edições do jornalzinho “O Nômade” (se possível, mensal) - * Entrevistas para revistas, jornais e outras reportagens. (sempre que procurados e solicitados). OBJETIVO Fazer conhecer a história, a realidade de vida e os valores culturais e étnicos dos ciganos de Sousa (PB). ATIVIDADES: Edição da revista ROM-CALÃO. Prazo: 2º semestre de 1996

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72 OBJETIVO Fazer conhecer a história de vida do padre cigano, a descoberta de sua vocação para esta missão e suas vivências como tal. ATIVIDADES Edição de um livro. Prazo: Logo que possível, em 1996. OBJETIVO Planejar a 8ª Assembléia Nacional da Pastoral dos Nômades. ATIVIDADES Encontros, preparo de matéria e material, na Secretaria. - Novembro de 1996. OBJETIVO Fortalecer a PNB, seus membros-agentes; trocar experiências, refletir e planejar. ATIVIDADES Realização da 8ª Assembléia Nacional, em Caxias do Sul-RS. Prazo: janeiro de 1996. OBSERVAÇÃO: Onde se planeja “acampamento”, trata-se de um período indeterminado de tempo acampado, vivendo com os ciganos e circos. PASTORAL CARCERÁRIA - PC Objetivo A Pastoral Carcerária é a mais gratuita de todas as pastorais. Ela é a imagem de Jesus que vem salvar e morrer sem nada receber. É presença da Igreja em todos os cárceres do Brasil: penitenciárias, cadeias de Delegacias ou outros... pela humanização e pelo “amor”. Que a Igreja viva nos cárceres: “é pela união que os reconheceram como os meus”. Atividades permanentes • Fazer visitas de conscientização a todas as Igrejas regionais (quando convidados); • programar visitas de humanização, conscientização e evangelização aos presos e presídios; • formar uma rede de responsáveis e coordenadores, nas diversas províncias eclesiásticas, Dioceses e Estados; • promover, em nível de município, Estados ou até nacional, encontros entre a Pastoral Carcerária e autoridades civis encarregadas do sistema penitenciário.- Incentivar a formação em todas as cadeias de “Conselho de Comunidade”; • trabalhar a formação de agentes competentes de Pastoral Carcerária; • incentivar a visita às famílias dos presos; • envolver os municípios na solução do problema carcerário; • executar um mapeamento de todo o Brasil carcerário; • fazer com que a sociedade se envolva mais na solução do problema carcerário. Projetos 1. Mapear: saber o que existe ou não, conhecer as forças e as fraquezas através do mapeamento humano, social, antropológico e religioso. Comunicar isso a todos os Bispos para estimular os responsáveis da pastoral; 2. incentivar a Campanha da Fraternidade de 1997; 3. articular todos os elementos da Pastoral Carcerária por Dioceses, Estabelecimentos Penais, Provinciais Eclesiásticas, Estados;

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734. promover a formação, de forma mais articulada e mais metódica de todos os agentes da Pastoral; 5. estabelecer estratégias para um entrosamento maior com todas as Secretarias da Justiça de cada Estado; 6. redigir de um novo manual para ajudar os agentes de Pastoral Carcerária, nos seus contatos com o mundo carcerário; 7. procurar, em nível nacional, especialmente no Conselho Nacional das Políticas Carcerárias, ocupar o lugar reservado no Artigo 63 da SEP: “... bem como por representantes da comunidade...” 8. ampliar o conhecimento e a atuação em nível jurídico com a ajuda de especialistas - conselheiros na matéria; 9. fazer com que todas as cadeias do Brasil possam ter um grupo de agentes de Pastoral Carcerária; 10. acompanhar com regularidade os parentes do preso e do próprio presidiário no período pós-encarceramento. PASTORAL DA CRIANÇA Objetivo geral • Evangelizar “para que todas as crianças tenham vida, e tenham em abundância” (cf. Jo 10,10)46. Objetivos específicos • Garantir a sobrevivência e o desenvolvimento integral da criança, através de ações básicas de saúde, nutrição, educação e comunicação, sobretudo nos bolsões de miséria; • propiciar formação humana e cristã das famílias e líderes comunitários, agentes voluntários da Pastoral da Criança, e apoio especial às pessoas de terceira idade que participam de suas atividades; • promover os direitos da criança e do adolescente; • reduzir a violência familiar e comunitárias; • gerar renda, para auto-sustentação das famílias acompanhadas; • fazer com que as famílias se entreajudem; • capacitar a mulher em economia doméstica e nos cuidados com a criança, com a família e consigo mesma; • alfabetizar jovens e adultos que participam da Pastoral da Criança; • documentar e informar sobre a situação da criança e da família no Brasil; • pesquisar nas áreas de referência programática. Atividades permanentes • Dar apoio técnico e financeiro para produção de materiais educativos, capacitação e acompanhamento de agentes da Pastoral da Criança; • apoiar integralmente a gestante quanto à saúde, nutrição e educação; • incentivar o aleitamento materno exclusivo até seis meses, com complementação alimentar até dois anos ou mais; • estabelecer uma vigilância nutricional mediante controle mensal do peso, do crescimento da criança e do incentivo às alternativas alimentares; • controlar preventivamente as doenças diarréicas, pela prática da reidratação oral (soro caseiro); • controlar as doenças respiratórias e promover o atendimento precoce aos casos de pneumonia;

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74• incentivar a vacinação de crianças e gestantes, ampliando a cobertura vacinal; • divulgar práticas de medicina natural e caseira com ênfase nas técnicas de fisioterapia; • fomentar a catequese, do ventre materno aos seis anos de idade, desenvolvendo a espiritualidade com a valorização da vida; • orientar pais e comunidades sobre seu papel no desenvolvimento integral da criança; • ajudar na prevenção de acidentes domésticos com uso de técnicas educativas; • colaborar na prevenção de doenças, sexualmente transmissíveis, em parceria com outras pastorais e entidades afins; • orientar para o espaçamento entre partos, através do método de planejamento familiar natural do colar e do método da ovulação. Ações complementares • descobrir formas alternativas de geração de renda para sobrevivência de famílias carentes; • alfabetizar jovens e adultos para atuarem como líderes nas famílias e comunidades, como o acompanhamento da pastoral da criança; • participar no controle social, preparando lideranças que participam de conselhos, instâncias legais municipais e estaduais, e estimulando os formuladores das políticas públicas da saúde, educação e dos direitos da criança e adolescente; • produzir materiais educativos (impressos e em vídeo); • continuar com as edições do Jornal Informativo da Pastoral da Criança, do Boletim Informativo “DICAS”, do Programa semanal de rádio “VIVA A VIDA” e do programa radiofônico diário, de cunho informativo, com duração de 5 minutos, transmitido em cadeia nacional, por 170 emissoras de rádio; • lançar concursos de fotografia, cantos, orações e poesias em comemoração aos 15 anos da Pastoral da Criança, premiando os melhores trabalhos; • manter atualizado um banco de dados sobre a situação da criança brasileira (REBIDIA - Rede Brasileira de Informação e Documentação sobre a Infância e a Adolescência), para fornecer subsídios aos interessados; • estabelecer práticas de informação, educação, comunicação sobre temas de planejamento familiar, para grupos comunitários. Projetos • Realizar um encontro anual das coordenações estaduais para avaliação, planejamento e aprofundamento das áreas a serem estudadas (1996-1997); • fazer acontecer, nos Regionais da CNBB, encontros anuais das equipes de coordenação diocesana para troca de experiências, aprofundamento, avaliação, reciclagem e descentralização das atividades para a consolidação da Pastoral da Criança nas Dioceses (1996-1997); • promover seminários, em número de vinte e seis, para a capacitação e reciclagem de coordenações diocesanas e paroquiais (1996-1997); • dar apoio técnico e financeiro para os 2.200 encontros diocesanos de coordenadores paroquiais, para troca de experiências, aprofundamento, avaliação, reciclagem e consolidação da Pastoral da Criança nas paróquias (1996-1997); • participar dos encontros, seminários e outros eventos promovidos pelas Pastorais Sociais da CNBB; • implantar o programa nacional da Pastoral da Criança de redução de mortalidade materno-infantil em 2.300 municípios, priorizando os 500 municípios de maior risco; • apoiar, quanto houver solicitação, ao Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) especialmente na capacitação e troca de experiências da Pastoral da Criança na América Latina e Caribe e nas ações integradas dos países do CONE SUL (1996-1997); • editar os manuais “Nós que somos a Pastoral da Criança” e “Terceira Idade, na Pastoral da Criança” para melhor conhecimento e articulação de suas atividades. PASTORAL DA SAÚDE

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75É a ação evangelizadora de todo o povo de Deus, comprometido em promover, preservar, defender, cuidar e celebrar a vida, tornando presente no mundo de hoje a ação libertadora de Cristo na área da saúde, nas seguintes dimensões: 1. Comunitária - visa a promoção e educação para a saúde. Relaciona-se com saúde pública e saneamento básico, atuando na prevenção de doenças. Procura valorizar o conhecimento, sabedoria e religiosidade popular em relação à saúde. 2. Solidária - vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores no hospital, domicílio e comunidade (portadores do vírus HIV, deficientes, drogados, alcoolizados etc.). Visa atender a pessoa na globalidade. 3. Político-institucional - atua junto aos órgãos e instituições públicas e privadas que prestam serviço e formam profissionais na área da saúde. Zela para que haja formação ética e política de saúde sadia. Objetivo geral Evangelizar com renovado ardor missionário o mundo da saúde, à luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos, participando da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida. Atividades permanentes • Colaborar na prevenção e promoção da saúde apoiando programas, projetos e organizações comprometidas neste trabalho; • conscientizar a comunidade a respeito do direito à vida e do dever de lutar por condições mais humanas de vida, terra, trabalho, salário justo, moradia, alimentação, lazer, educação, saneamento e preservação da natureza; • participar ativa e criticamente nas instituições oficiais que decidem a política de saúde da Nação, Estado, região e Município; • incentivar o povo a ser sujeito na conquista de sua saúde, conscientizando-o das implicações individuais, familiares e comunitárias dessa tarefa; • capacitar o povo para desenvolver ações básicas de saúde, investindo na formação integral e permanente de agentes indicados pela própria comunidade; • apoiar a organização do povo na reivindicação de seus direitos, especificamente o direito à saúde; • articular a saúde comunitária com as instituições de saúde, movimentos e organizações que visam promover a vida; • resgatar e valorizar a sabedoria e religiosidade popular relacionadas com a utilização de dons que a mãe natureza oferece e com a conservação do meio ambiente; • defender a saúde e a ecologia e denunciar tudo o que atenta contra a vida e dignidade humana; • priorizar a educação transformadora, a partir da comunidade, sob o critério da justiça, solidariedade e mística; • refletir, à luz da fé e da pessoa de Jesus, a realidade da saúde e da doença, bem como as implicações da ciência, tecnologia e bioética; • sensibilizar a sociedade e a Igreja a respeito do sofrimento, denunciando a marginalização dos doentes e idosos, focalizando de maneira especial, formas mais graves de sofrimento e doenças (AIDS, doente mentais, terminais etc.); • preparar agentes de saúde para anunciar a Boa Nova ao homem e à mulher, diante do confronto com o sofrimento, a doença e a morte; • contribuir para a humanização e evangelização das estruturas, instituições e profissionais da saúde, atuando junto aos mesmos no seu processo de formação e exercício profissional, a fim de cultivar os valores humanos, éticos e cristãos; • promover a capacitação e formação integral e permanente dos agentes de Pastoral da Saúde, nos aspectos humanos, técnicos, éticos e cristãos. Atividades

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76 a) Encontro de Capelães Hospitalares - 11/12 de março de 1996, em São Paulo e 12/13 de março de 1997, também em São Paulo; b) Reunião de Coordenação Nacional de PS e Equipe Técnica - 24 de fevereiro de 1996, em São Paulo; c) IV Congresso Brasileiro de Bioética e Saúde - junho de 1997, em São Paulo; d) Reunião da Executiva Nacional - 05 de setembro de 1996, em São Paulo; e) XVI Congresso Nacional de Pastoral da Saúde - 06 a 08 de setembro de 1996, em São Paulo; f) XVII Congresso Nacional de Pastoral da Saúde. Outras atividades - Assessoria a Dioceses e hospitais que desejarem organizar e desenvolver o trabalho de Pastoral da Saúde. - Parceria com CRB - Setor Saúde - Elaboração de subsídios de Pastoral da Saúde e Bioética - Publicação do livro Fundamentos de Bioética e Saúde - em 1996 - Manutenção do Boletim ICAPS como órgão oficial de informação, notícias e comunicados da Pastoral da Saúde. PASTORAL DO MENOR A Pastoral do Menor, Dimensão 6 da CNBB, reúne desde 1977 em forma crescente, cristãos leigos, religiosos (as), sacerdotes e Bispos comprometidos com a causa da criança e do adolescente empobrecidos no País. É uma organização que se dedica ao atendimento direto, em nível nacional, a mais de 150.000 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, através de seus múltiplos programas. Teve papel relevante, juntamente com outras entidades, na conquista do artigo 227 da Carta Magna e da lei 8.069/90 que criou o Estatuto da Criança e do Adolescente. Sua missão quotidiana é a de que esse instrumento jurídico seja efetivamente aplicado e passe a orientar todas as instituições, com o objetivo de que crianças e adolescentes tenham uma vida digna no pleno exercício de seus direitos. Objetivo geral A Pastoral do Menor se propõe, à luz do Evangelho, a estimular um processo que visa a sensibilização, a conscientização crítica e a mobilização da sociedade como um todo, na busca de uma resposta transformadora, global, unitária e integrada à situação da criança e do adolescente, promovendo, nos projetos de atendimento direto, a participação das crianças e adolescentes como protagonistas do mesmo processo. Objetivos específicos • Sensibilizar os vários segmentos da sociedade, e esta como um todo, para posturas e ações efetivas em favor da defesa dos direitos das crianças e adolescentes empobrecidos; • estimular o trabalho de base dentro da linha comunitária participativa; • incentivar um novo tipo de relação entre crianças e adolescentes, educadores e comunidade em geral; • desenvolver ações capazes de apontar caminhos a serem assumidos pela sociedade e pelo poder público; • denunciar toda forma de negligência e violência contra a criança e o adolescente. Atividades permanentes

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77• Dar continuidade do trabalho de fortalecimento dos Regionais como retaguarda para as Dioceses (primeiro momento); • fortalecer os Sub-Regionais e as Dioceses para melhor atendimento da realidade local (segundo momento); • formar e capacitar agentes para os Conselhos de Direitos, Conselhos Tutelares e para os diversos programas de atendimento (retaguardas); • provocar a adequação da Justiça e do Ministério Público às exigências da nova lei; • participar das reuniões promovidas pela CNBB. • marcar presença nas reuniões junto ao Fórum DCA (Nacional) e incentivar aos Fóruns estaduais e locais; • participar das reuniões junto ao pacto pela Infância e seus desdobramentos regionais e locais; • aprofundar a questão das políticas públicas: orçamentos - financiamento - execução e controle; • produzir subsídios; • combater às várias formas de violência e fortalecer ações na defesa de direitos; • promover o intercâmbio com CRB, AEC e diversas Pastorais afins; • possibilitar a integração para intercâmbios internacionais, especialmente com outros países latino-americanos. Evento: II Assembléia Nacional da Pastoral do Menor Data: 16 a 19 de março de 1996 Natureza: Avaliação, planejamento, definição das prioridades para o biênio 96/97. PASTORAL DOS PESCADORES - CPP Objetivos • Ser presença de gratuidade evangélica no meio dos pescadores, cultivando assim as sementes do Reino que existem no meio deles; • Movida pela força libertadora do Evangelho, colaborar com os pescadores nos justos anseios de suas vidas, respeitando sua cultura, estimulando suas organizações, tendo em vista a libertação integral e construção de uma nova sociedade; • Animar, formar e articular fraternalmente os que trabalham a serviço dos pescadores nesta pastoral; • Lutar por todos os meios necessários para a preservação do meio ambiente. Atividades permanentes • Ser presença nas comunidades pesqueiras, fomentando a solidariedade, justiça e ecumenismo; • apoiar e incentivar as organizações dos pescadores, como colônias, federações, associações, grupos de articulação em nível estadual e nacional; • dar assessoria jurídica e técnica às organizações e às comunidades de pescadores no que se refere à Legislação pesqueira, meio ambiente, terreno de marinha, previdência social, financiamento etc.; • incentivar e promover formas alternativas de produção e comercialização e projetos de sobrevivência; • apoiar as comunidades pesqueiras nas suas lutas pela terra de moradia e de trabalho nas praias, ameaçadas pela especulação imobiliária de grandes projetos de turismo; • valorizar, incentivar e promover diversas manifestações culturais dos pescadores para resgatar a sua identidade; • apoiar e incentivar a organização e luta dos pescadores; • participar das reuniões das pastorais do mundo do trabalho nos diversos Regionais da CNBB e das reuniões do Setor Pastoral Social da CNBB; • continuar o processo de formação, tanto de pescadores como de agentes pastorais em nível nacional.

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78Projetos Projetos para 1996: • Realizar a Assembléia Geral eletiva: início do ano; • reunir por quatro vezes a coordenação nacional; • visitar os Regionais; • reestruturar as equipes Regionais; • discutir e estudar o projeto de Lei do Código de Pesca e articular sua aprovação; • realizar o Encontro da Vale do São Francisco (sociedade civil e governo) com trabalhadores rurais e pescadores. Projetos para 1997: • realizar a Assembléia Geral no início do ano; • reunir por quatro vezes a coordenação nacional; • visitar os Regionais. ORGANISMOS COORDENADOS PELO SETOR SOCIAL IBRADES O IBRADES (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento) organismo anexo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organiza, desde 1969, vários cursos e seminários para formação de agentes de pastoral, lideranças cristãs, religiosas e leigas, engajadas na área social ou desejosos de dar uma dimensão social ao seu trabalho pastoral ou ao seu compromisso cristão, em todo o território nacional. O campo específico de ação do IBRADES é a área social (sócio-econômica, sócio-política, sócio-cultural, sócio religiosa), mediante a análise da realidade, assessoria e formação de agentes de transformação social. A Doutrina Social da Igreja ocupa um lugar importante nestes cursos, como um ponto essencial de referência, tanto para a análise quanto para a busca de modelos alternativos de sociedade que se inspirem em valores cristãos. Atividades permanentes Em 1996 e 1997, o IBRADES oferece as seguintes oportunidade para a formação de lideranças na área social: • Curso longo: No primeiro semestre de 1996, o IBRADES oferecerá, no Rio, um curso de formação social de três meses de duração, para pessoas mais qualificadas que já ocupam cargos de responsabilidades nas pastorais da Igreja ou em entidade ou movimentos de inspiração cristã. • Cursos breves (de três a cinco dias de duração): o IBRADES, por própria iniciativa ou a pedido de Dioceses, pastorais ou organismos vinculados com a CNBB, realiza anualmente, em diversas regiões do País, nove ou dez cursos. Dar-se á preferencia a cursos destinados a lideranças cristãs leigas que ocupam posições de responsabilidade, seja na pastoral da Igreja, seja nas áreas sócio-econômica, sócio-política ou sócio-cultural. • Cursos de média duração (de seis dias até um mês e meio): em 1997, o IBRADES organizará três ou quatro destes cursos, destinados a grupos mais homogêneos e qualificados de lideranças cristãs. Estes cursos se fazem por iniciativa de parcerias do IBRADES com a CPT, o MST, a CÁRITAS, APO, ACO, PJ e outras. • Seminários para peritos (5 ou 6 por ano): Seminários de 3 a 4 dias de duração, para estudar e debater, de um ponto de vista ético e com pessoas qualificadas, temas de atualidade na área social. Esses seminários realizam-se geralmente no Estado do Rio e são organizados pelo Centro João XXIII, que dirige e administra o IBRADES. • Debates e jornadas de estudo: Realizam-se mensalmente na sede do Centro João XXIII, no Rio de Janeiro, debates durante algumas horas e, às vezes, durante todo um

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79dia, sobre temas de atualidade, introduzidos por um painel de dois ou três peritos no assunto. • Publicações: além de livros e artigos divulgando os estudos e reflexões dos colaboradores, o Centro João XXIII - IBRADES publica uma coleção intitulada “Seminários Especiais” - Ela recolhe e apresenta em livros colocações e contribuições feitas nos seminários. Publica também cada ano oito cadernos de “Atualidade em Debate”, revista que divulga os temas de nossas mesas redondas. • Assessorias: Respondendo a solicitações concretas de entidades ou grupos populares o IBRADES oferece assessorias de avaliação e planejamento. CERIS O CERIS - Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais - é o Organismo ligado à Pastoral Social para estudos, pesquisas e apoio a projetos sociais. Atividades permanentes • Coleta e atualização anual dos dados básicos da presença institucional da Igreja no Brasil, para fins de análise estatística de sua evolução ao longo do tempo, e para efeito de publicação periódica do Anuário Católico do Brasil; • realização de pesquisas sócio-religiosas para subsidiar o planejamento e a avaliação do trabalho pastoral; • assessoria metodológica a grupos e entidades com iniciativas na área sócio-econômica, em vista de sua auto-capacitação crescente em termos de proposição, execução e avaliação do trabalho que desenvolvem; • apoio metodológico e financeiro a grupos de base envolvidos em iniciativas locais e intercomunitárias para o enfrentamento e superação das condições precárias de vida a que são submetidos; • apoio ao intercâmbio de iniciativas e experiências de trabalho na área social e incentivo a projetos inovadores neste campo; • consultorias pontuais para agências de cooperação internacional em relação a solicitações de apoio a elas dirigidas por instituições e organizações com iniciativas de atuação na área social no Brasil; • colaboração sistemática com agências de cooperação internacional na eleição de critérios básicos para a definição e a implementação de suas políticas em relação ao Brasil. Projetos • Dar continuidade ao processo de reflexão, no âmbito do Setor Pastoral Social, em torno das novas questões da realidade social brasileira e do contexto mundial a serem levadas em conta na atuação junto aos empobrecidos de nossa sociedade e na solidariedade internacional com a sua causa (Departamento de Estudos e Atuação Social, 1996-1997); • Executar o programa de capacitação de assessores-formadores a respeito da realidade urbana no Brasil; • Dar início às pesquisas sociológicas sobre formas de combate à exclusão social (Departamento de Estatísticas e Pesquisas Sociológicas, 1996-1997). CÁRITAS BRASILEIRA A Cáritas Brasileira em sua XI Assembléia Geral, realizada em julho de 1995, definiu para o quadriênio 1995-1999 sua missão e as seguintes linhas de ação: Missão A Cáritas Brasileira, atenta aos sinais dos tempos e fiel aos clamores dos povos, vivendo e anunciando o Evangelho da esperança de Jesus Cristo, assume a missão de: promover, animar, organizar e participar efetivamente da prática da justiça e da solidariedade

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80libertadora com os excluídos da sociedade, contribuindo na construção de alternativas para que todas as pessoas tenham igual direito a uma vida digna. Linhas e prioridades de ação Para realizar sua missão, a Cáritas Brasileira assume as seguintes linhas e prioridades de ação: 1) Formação de agentes para a ação cáritas Prioridades • Dar continuidade a um processo de formação que capacite o agente liberado e o voluntário para atuar com eficácia na conjuntura atual, por meio de um programa que contenha: formação bíblica, formação sócio-política e econômica, Ensino Social da Igreja, metodologia de trabalho social, afetividade e espiritualidade. É fundamental usar uma prática pedagógica criativa e crítica e uma metodologia que articule teoria e prática, espiritualidade e prática social; • promover iniciativas de capacitação específica em temas e campos de ação, como: políticas sociais públicas, questão de gênero, questão de etnia, metodologia de planejamento, política agrária e agrícola, questão urbana, criança e adolescente e outros. 2) Organização da cáritas Prioridades • Fortalecer a Cáritas Brasileira em todos os níveis, especialmente na base (comunidades e paróquias), implementando formas mais participativas e descentralizadas de organização, de coordenação e de auto-sustentação; • estudar e colocar em prática estratégias mais ousadas e criativas para tornar mais conhecidas a proposta e as ações da CB na Igreja e na sociedade; • incentivar novas experiências de auto-sustentação e valorizar as já existentes; • implementar e assumir a Campanha de Solidariedade com todas as instâncias da Cáritas; • promover estudo sobre as Entidades-Membro da Cáritas Brasileira como um subsídio para revisão do Estatuto e do Regimento. Projetos 1) Construção de alternativas e valorização da vida na área urbana Prioridades • Fazer um estudo mais aprofundado da realidade urbana para se compreender melhor a sua complexidade, as características históricas do processo de urbanização, as políticas de reforma urbana e a realidade específica de cada cidade, construindo uma proposta de atuação da Cáritas para a área urbana. Esse estudo pode ser realizado através de programa específico de formação para agentes que atuam nas cidades, com uma pedagogia própria, organização e/ou participação em fóruns de entidades que atuam nas áreas urbanas e utilização de bancos de dados já existentes; • buscar parcerias tanto para a construção do conhecimento da realidade urbana como para a ação propriamente dita, como, por exemplo, a intervenção nas políticas públicas e nos orçamentos; • qualificar e articular os Projetos Alternativos Comunitários (PACs) como uma das formas de construção alternativa da vida e de uma nova cultura, usando como um dos subsídios as conclusões das pesquisas sobre os PACs; • priorizar o trabalho sistemático com os excluídos (meninos e meninas de rua, sem teto, desempregados, drogados, doentes, população de rua e outros), apoiando iniciativas de geração de renda e capacitando-os para a reivindicação de seus direitos de cidadania.

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81 2) Construção de alternativas e valorização da vida na área rural Prioridades • Apoiar, subsidiar e assessorar a luta pela terra e pela reforma agrária; • fortalecer as iniciativas e propostas de desenvolvimento da pequena produção agrícola, através de PACs e de outras formas; • capacitando os beneficiários para conhecer, propor e monitorar a execução de políticas públicas; • promovendo o associativismo; • criando escolas alternativas de formação agrícola e gerencial; • incentivando projetos de agroecologia; • trabalhar com programas de desenvolvimento local integrado, priorizando áreas especificas, tendo em vista viabilizar processos de auto-sustentação e de superação do isolamento dos pequenos projetos. 3) Articulações e parcerias em favor da vida Prioridades • Favorecer o aprofundamento das relações e dos trabalhos em conjunto no Fórum de Pastorais Sociais, em todos os níveis, buscando formas de ação que provoquem a sociedade brasileira a romper com a ambiência conservadora, a partir da própria Igreja, contribuindo eficazmente na construção de uma cultura de solidariedade, justiça e igualdade; • assumir, em conjunto com as Pastorais Sociais das Igrejas e movimentos populares, o compromisso de criar oportunidades de formação política permanente da população e de promoção de iniciativas de mobilização da opinião pública, valorizando o espaço político local como fundamental para a conquista e o exercício da plena cidadania; • intensificar parcerias com grupos emergentes da sociedade civil visando fomentar a luta por políticas públicas em favor dos excluídos. • ter presente, a partir de uma compreensão clara de sua missão e especificidade, os seguintes critérios na realização de parcerias: • admissão de flexibilidade, preservando a identidade e a autonomia de cada entidade; • relação de reciprocidade; • análise das possibilidades de cada situação; • posicionamento crítico na interrelação; • objetivos comuns; • complementaridade; • fortalecimento dos canais de mediação. Programas de ação Para a execução de sua missão e linhas de ação, a Cáritas Brasileira desenvolve os seguintes programas de ação: • promoção de iniciativas e práticas de solidariedade com os excluídos na construção de alternativas de vida na cidade e campo; • articulação de práticas da cidadania na busca da democratização da sociedade e do Estado; • formação e fortalecimento da Cáritas Brasileira; • desenvolvimento do Serviço de Emergência e da Campanha de Solidariedade. Atividades permanentes A Cáritas Brasileira, através do Secretariado Nacional e dos seus Regionais, mantém, como atividades permanentes de sua atuação:

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82• assessoria de formação e capacitação de agentes de Pastoral Social; • divulgação de calendário nacional de cursos e encontros relativos à Pastoral Social; • assessoria, apoio e acompanhamento aos projetos alternativos comunitários de trabalhos que fortaleçam as organizações comunitárias; • realização de seminários sobre projetos alternativos comunitários; • assessoria permanente para o atendimento às comunidades nas situações de emergência naturais e político-sociais; • contatos e ligação com outros órgãos públicos e outras entidades afins, relacionadas com emergência; • elaboração de informes sobre situações de emergência; • preparação e distribuição de subsídios de orientações para as situações de emergência; • articulação com entidades e organismos que militam na promoção e reflexão sobre a reforma agrária, educação e política de organização dos trabalhadores; • acompanhamento e apoio aos movimentos de reivindicações, denúncia, resistência em solidariedade aos empobrecidos, oprimidos e marginalizados; • integração e articulação com os Organismos da Dimensão 6 - Setor Pastoral Social da CNBB, em todos os níveis; • assessoria e participação em cursos, encontros, seminários e simpósios sobre a Pastoral Social; • preparação de subsídios e estudos relativos à Pastoral Social; • publicação de boletins informativos, revistas, subsídios e relatórios de atividades. COMISSÃO BRASILEIRA JUSTIÇA E PAZ - CJP/Br Objetivo Interpretar dados e informações a respeito de problemas concretos da realidade brasileira; oferecer pistas para a solução dos mesmos e atuar concretamente neste sentido. Projetos A Comissão Justiça e Paz do Brasil (CJP/BR) desenvolve sua ação em duas linhas principais: • por meio de pesquisas, seminários, encontros, publicações, procura formar pessoas que possam contribuir, de imediato, na defesa de vítimas de violação de direitos e, em prazo mais longo, contribuir para a renovação cristã das estruturas sociais; • por meio de campanhas, procura esclarecer a opinião pública e, ao mesmo tempo, assume a defesa concreta de injustiçados, inclusive perante o Judiciário. Atividades permanentes • Atender as vítimas da repressão policial-militar, e às suas famílias, oferecendo-lhes assistência jurídica, apoio moral e material e assistência jurídica a pessoas enquadradas na Lei de Segurança Nacional, quando solicitada; • dar particular atenção aos Refugiados Políticos provenientes do Sul do Continente; a ação da CJP/BR, inclusive, contribuiu, decisivamente, para a presença do ACNUR - Alto Comissariado para os Refugiados, da ONU, no Brasil; • Atuar de forma concreta junto ao menor abandonado, principalmente pelas CJP/S. Paulo e CJP/Sta. Catarina; • agir de modo especial diante da violência policial, destacando-se a ação que desenvolvem as CJP de São Paulo e do Recife; • montar plantões de atendimento a interessados em relação à Lei dos Estrangeiros em várias CJPs. V. PROGRAMAS DE COORDENAÇÃO GERAL 34ª e 35ª ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB Descrição: Reuniões plenárias, grupos regionais e inter-regionais, comissões integradas

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83especiais; reuniões por grupos de estudo. Responsável: Presidência, CEP e Secretariado Geral. Prazo: Abril de 1995 e abril de 1996 CONSELHO PERMANENTE Descrição: Reuniões plenárias Responsável: Presidência, CEP e Secretariado Geral Prazo: Agosto e novembro de 1996 e de 1997 PRESIDÊNCIA E CEP Descrição: Reuniões privativas dos Bispos, por Dimensões de ação pastoral e sessões de estudo. Responsável: Secretariado Geral Prazo: Mensal COMISSÃO EPISCOPAL DE DOUTRINA Descrição: Reuniões da Comissão, publicação de cadernos de orientação doutrinal, contatos com a Congregação para a Doutrina da Fé, acompanhamento doutrinário à Presidência, reflexão sobre o Terceiro Milênio e acompanhamento da coleção “Teologia e Libertação”. Responsável: Comissão de Doutrina e Assessoria Teológica Prazo: Não determinado REUNIÃO DO CONSELHO ECONÔMICO Descrição: Acompanhamento da administração econômica e financeira da CNBB; o Conselho Econômico reúne-se por ocasião da reunião da CEP e o Conselho Fiscal em março de cada ano. ASSEMBLÉIA DOS ORGANISMOS DO POVO DE DEUS Descrição: Encontro de Representantes da CNBB, CRB, CNL, CNIS, CND, CNC. Responsável: Presidências dos Organismos Prazo: 1997 PRESIDÊNCIAS DE GRANDES ORGANISMOS NACIONAIS Descrição: 1. Reuniões mensais, durante a reunião da Presidência e CEP, dos Presidentes dos grandes Organismos nacionais do Povo de Deus. 2. Encontro anual das Presidências ou Diretorias dos grandes Organismos nacionais do Povo de Deus. Responsável: Presidências Prazo: Reuniões mensais, durante a CEP GRUPO DE ASSESSORES (GA) Descrição: Reuniões do Secretário-Geral com os Assessores. Prazo: Mensais ENCONTROS NACIONAIS DE SUBSECRETÁRIOS REGIONAIS Descrição: Reuniões dos Subsecretários dos 16 Regionais da CNBB com o Secretário-Geral e os Assessores da CNBB. Prazo: Duas vezes ao ano (junho e novembro) ASSESSORIAS ESPECIAIS E CONSULTORIA 1) CONSULTORIA JURÍDICO-CIVIL E JURÍDICO-CANÔNICA A Consultoria Jurídica é um serviço permanente, prestado à Presidência e Secretariado Geral da CNBB, mas aberta às outras instâncias da CNBB, aos Bispos e às demais

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84instituições eclesiais. Atualmente está dividida em consultoria jurídico-canônica e consultoria jurídico-civil, cada qual com seu responsável. Para o próximo biênio não são previstas atividades especiais, mas a continuidade do atendimento, seja em nível institucional seja em nível pessoal, com a discrição e reserva que em geral este serviço exige. A consultoria jurídico-canônica procurará participar dos encontros anuais de Juizes Eclesiásticos e da Sociedade Brasileira de Canonistas, que surgiram e se firmaram com o apoio da CNBB, através da Consultoria Jurídica. Além disso, continuará publicando, através do COMUNICADO MENSAL, informações e documentos jurídicos, de interesse para a Igreja no Brasil ou seus Pastores. 2) ASSESSORIA POLÍTICA À PRESIDÊNCIA DA CNBB “A evangelização é a missão fundamental da Igreja e não é possível o seu cumprimento sem que se faça o esforço permanente para reconhecer a realidade e adaptar a mensagem cristã ao homem de hoje dinâmica, atraente e convincentemente” (cf. Puebla, n. 85)47. Objetivos • Manter contato com o Congresso Nacional, acompanhando alguns Projetos de maior relevância para a vida nacional e em maior sintonia com a dinâmica eclesial; • informar a Presidência e Comissão Episcopal de Pastoral (CEP), em suas reuniões mensais, sobre os acontecimentos significativos da realidade, o que se costuma chamar “Elementos para refletir a Conjuntura Nacional”; • articular-se com os grupos que fazem trabalhos afins, para valorizá-los, somar forças e levar a eles as preocupações da Igreja; • ser porta-voz das comunidades cristãs, encaminhando suas aspirações às autoridades competentes, fazendo chegar até elas, também, notícias do processo político corrente; • oferecer aos membros do Congresso, através de contatos pessoais, subsídios para temas de maior interesse e os Documentos elaborados pela Igreja; • propiciar reuniões de parlamentares e membros das entidades civis na sede da CNBB para um convívio fraterno, num clima de diálogo e corresponsabilidade diante dos desafios do País. 3) ASSESSORIA DE IMPRENSA A Assessoria de Imprensa é um Setor do Secretariado Geral a serviço da Presidência, da Comissão Episcopal de Pastoral, das Dimensões, do Secretariado Nacional, dos Regionais e das Dioceses. Para isso procura acompanhar o que acontece na sociedade e na Igreja para servir os Bispos, os profissionais de Comunicação e os assessores, produzindo fluxo de informação jornalística para os Meios de Comunicação da Igreja e da sociedade. À luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, a Assessoria de Imprensa tem como objetivo agilizar e aperfeiçoar a comunicação da Igreja em dois níveis: 1. Comunicação interna; 2. Comunicação com a sociedade. Em nível de comunicação interna, a Assessoria: • elabora o Boletim Semanal “Notícias”; • mantém contato permanente com os Meios de Comunicação da Igreja enviando documentos e atendendo outras solicitações; • coordena o serviço de arquivo de documentação de jornais; • mantém constante comunicação com os Regionais da CNBB, enviando documentos e atendendo solicitações; • mantém um serviço de “Mala Direta”, via computador, semanal, passando para diversos destinatários as principais notícias da semana.

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85 Em nível de comunicação com a sociedade: • procura manter contato freqüente com os profissionais de comunicação, através de contatos, quer telefônicos quer pessoais; • envia com freqüência documentos solicitados pelos Meios de Comunicação; • promove o contato dos profissionais da comunicação com os Bispos, especialmente com a Presidência e Comissão Episcopal de Pastoral; • coordena e promove entrevistas coletivas, na sede da CNBB, durante as reuniões mensais da Presidência e CEP e outras ocasionais (lançamento da CF, divulgação de Documentos, Conselho Permanente, e outros); • prepara e coordena todo o serviço de Assessoria à Imprensa durante a Assembléia Geral dos Bispos e outros acontecimentos nacionais (Assembléia do Povo de Deus, Encontro Nacional de Presbíteros). Tanto em nível interno como externo, mantém muitos e freqüentes contatos com organismos, instituições e profissionais de comunicação de âmbito internacional. 4) ASSESSORIA DE INFORMÁTICA Finalidade Assessorar tecnicamente o Secretariado-Geral da CNBB no planejamento e desenvolvimento das atividades de informática, de modo a implantar e manter os sistemas e recursos técnicos necessários e adequados ao desempenho das suas atribuições institucionais. Particularmente, caberá à Assessoria de Informática definir o processo de informatização da CNBB, especificando as tecnologias, equipamentos e programas de banco de dados e de rede de comunicação de dados para permitir o acesso às informações e documentos de interesse da Igreja no Brasil e manter a compatibilidade com a Rede Informática da Igreja na América Latina proposta pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais e pelo Conselho Episcopal Latino-americano. Atividades permanentes • Efetuar o levantamento das necessidades de informatização dos diversos Setores da CNBB; • elaborar e manter atualizado o plano de Informatização do Secretariado-Geral da CNBB, especificando os equipamentos, o “software” básico, os sistemas a serem desenvolvidos, os prazos e custos de implantação; • estabelecer normas de procedimento para a manutenção dos sistemas operacionais, dos sistemas aplicativos e dos equipamentos; • elaborar e propor o plano de treinamento dos responsáveis pela operação dos sistemas, de modo a obter o maior proveito dos recursos técnicos disponíveis; • implantar o Sistema de Tratamento de Mensagens e de Caixa Postal Eletrônica de modo a permitir a transmissão de mensagens e divulgação de documentos de interesse da Igreja e da CNBB; • possibilitar o acesso às bases de dados da RENPAC - Rede Nacional de Pacotes da EMBRATEL, e do NODO ALTERNEX do IBASE; • implantar e manter o sistema de editoração eletrônica (desktop publishing) a fim de permitir a preparação dos textos das publicações a serem impressas; • estudar e realizar a integração da CNBB na INTERNET. _________________________________ Nota:1 cf. TMA 13: “Mesmo se os preceitos do ano jubilar permaneceram, em grande parte, uma meta ideal - mais uma esperança que uma realização concreta, tornando-se ainda uma prophetia futuri enquanto prenúncio da verdadeira libertação a ser operada pelo Messias que havia de vir - todavia, com base na normativa jurídica neles contida, foi-se delineando uma certa doutrina social, que se desenvolveu mais claramente depois a partir do Novo Testamento. O ano jubilar devia restabelecer a igualdade entre todos os filhos de Israel, abrindo novas possibilidades às famílias que tinham perdido as suas propriedades, ou até mesmo a liberdade pessoal. Aos ricos, pelo contrário, o ano jubilar recordava que chegaria o tempo em que os escravos israelitas, tornando-se novamente iguais a eles, haveriam de poder reivindicar os seus direitos. Devia-se proclamar, no tempo previsto

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86pela Lei, um ano jubilar, vindo em socorro de cada necessitado. Isto exigia um governo justo. A justiça, segundo a Lei de Israel, consistia sobretudo na proteção dos fracos, e nisto se devia distinguir um rei, como afirma o Salmista: “Ele liberta o pobre que o invoca, e o indigente sem ajuda. Tem compaixão do humilde e do pobre, e salva a vida dos necessitados” (Sl 71/72,12-13). As premissas de semelhante tradição eram estritamente teológicas, ligadas, antes de mais, à teologia da criação e da divina Providência. Na verdade, era convicção comum que só a Deus como Criador competia o “dominium altum”, isto é, a soberania sobre todo o criado, e de modo particular sobre a terra (cf. Lv 25,23). Se Deus, em sua providência, tinha entregue a terra aos homens, isso queria significar que a tinha dado a todos. Por isso, as riquezas da criação haviam de ser consideradas como um bem comum da humanidade inteira. Quem possuía estes bens como sua propriedade, era na verdade apenas seu administrador, isto é, um ministro obrigado a operar em nome de Deus, o único proprietário em sentido pleno, sendo vontade de Deus que os bens criados servissem eqüitativamente a todos. O ano jubilar devia servir precisamente também para o restabelecimento desta justiça social. Deste modo, na tradição do ano jubilar, encontra uma das suas raízes a doutrina social da Igreja, que sempre teve seu lugar no ensinamento eclesial e se desenvolveu particularmente no último século, sobretudo a partir da Encíclica Rerum Novarum”. Nota:2 cf. TMA 9: “Falando do nascimento do Filho de Deus, São Paulo situa-o na “plenitude do tempo” (cf. Gl 4,4). Na verdade, o tempo cumpriu-se pelo próprio fato de Deus se ter entranhado na história do homem, com a Encarnação. A eternidade entrou no tempo: poderia haver “cumprimento” maior que este? Que outro “cumprimento” seria possível? Alguém pensou em determinados ciclos cósmicos arcanos, nos quais a história do universo, e particularmente a do homem, se repetiria constantemente. O homem levanta-se da terra e à terra retorna (cf. Gn 3,19): eis o dado de evidência imediata. Mas no homem há uma irreprimível aspiração de viver para sempre. Como pensar numa sua sobrevivência para além da morte? Alguns imaginaram várias formas de reencarnação: conforme o modo como tivesse vivido durante a existência anterior, assim se acharia experimentando uma nova existência mais nobre ou mais humilde, até atingir a plena purificação. Muito radicada em algumas religiões orientais, esta crença indica, entre outras coisas, que o homem não entende resignar-se à irrevogabilidade da morte. Está convencido da própria natureza essencialmente espiritual e imortal. A revelação cristã exclui a reencarnação e fala de um cumprimento que o homem é chamado a realizar no curso de uma única existência sobre a terra. Este cumprimento do seu próprio destino, o homem alcança-o no dom sincero de si, um dom que só se torna possível no encontro com Deus. É em Deus, pois, que o homem encontra a plena realização de si: esta é a verdade revelada por Cristo. O homem cumpre-se a si mesmo em Deus, que veio ao seu encontro mediante o eterno Filho. Graças à vinda de Deus à terra, o tempo humano, iniciado na criação, atingiu a sua plenitude. A plenitude do tempo, de fato, é simplesmente a eternidade - ou melhor, aquele que é eterno, isto é, Deus. Entrar na “plenitude do tempo” significa, pois, atingir o termo do tempo e sair dos seus confins para encontrar o seu cumprimento na eternidade de Deus”. Nota:3 cf. CD, 11: “Diocese é a porção do povo de Deus confiada aos pastoreio do bispo com a cooperação dos sacerdotes. Congregada no Espírito Santo pelo seu pastor, através do Evangelho e da eucaristia, une-se a ele, constituindo uma igreja particular, na qual está verdadeiramente presente e operante a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica. O bispo a que foi confiada uma igreja particular é seu pastor próprio, ordinário e imediato. Apascenta suas ovelhas em nome de Cristo, sob a autoridade do sumo pontífice, no exercício de suas funções de ensinar, santificar e governar. Deve entretanto reconhecer os direitos legítimos dos patriarcas ou outras autoridades. Que os bispos saibam que dar o testemunho de Cristo diante de todos os homens faz parte de sua função apostólica. Cuidem não somente dos que já seguem o príncipe dos pastores, mas se dediquem também de coração àqueles que se afastaram de algum modo da verdade ou do Evangelho de Cristo e ignoram a salvação misericordiosa, a fim de que todos caminhem na bondade, na justiça e na verdade (Ef 5, 9)”. Nota:4 cf. LG 26: “26. O bispo possui a plenitude do sacramento da ordem. É chamado “administrador da graça do sacerdócio supremo” especialmente quando oferece ou cuida que seja oferecida a eucaristia, que alimenta e faz crescer continuamente a Igreja. São Igreja de Cristo todas as comunidades legítimas de fiéis, espalhadas por toda a parte, em torno de seus respectivos pastores. No Novo Testamento, merecem o nome de Igrejas. Lá onde estão, são, em plenitude, o novo povo chamado por Deus, no Espírito Santo (cf. 1Ts 1,5). Os fiéis se reúnem em igrejas pela pregação do Evangelho de Cristo e celebram o mistério da ceia do Senhor “de maneira que a fraternidade de todos se concretize pela comida e pela bebida do corpo do Senhor”. No altar de cada comunidade, reunida pelo santo ministério do bispo, oferece-se o símbolo da caridade e “da unidade do corpo místico, sem as quais não pode haver salvação”. Tendo consigo a Igreja una, santa, católica e apostólica, Cristo está presente em todas essas comunidades, por pequenas e pobres que sejam, mesmo quando vivem no isolamento, pois “a participação no corpo e no sangue de Cristo nos transforma naquilo que tomamos”. Toda celebração legítima da eucaristia é dirigida pelo bispo, a quem foi confiado o culto da religião cristã, que deve ser prestado a Deus, administrado conforme os preceitos do Senhor e as leis da Igreja, segundo as determinações do bispo, em sua diocese. Os bispos difundem a plenitude da santidade de Cristo de maneira variada e abundante, quando oram e trabalham para o povo. Comunicam aos fiéis a força de Deus, que salva, pelo ministério da palavra (cf. Rm 1,16). Santificam os fiéis pelos sacramentos, cuja distribuição regular e frutuosa devem dispor segundo sua autoridade. Devem estabelecer as normas para o batismo, que dá participação no sacerdócio régio de Cristo. São os ministros ordinários da confirmação, os dispensadores das ordens sagradas e os moderadores da disciplina penitencial. Devem exortar e instruir o povo para que participe com fé e respeito da liturgia, especialmente do sagrado sacrifício da missa. Devem finalmente dar exemplo de vida aos que são por ele presididos, afastando-se de todo mal, convertendo-se ao bem, graças ao auxílio do Senhor, para que alcancem a vida eterna, juntamente com seu rebanho”. Nota:5

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87cf. RMi 33-34: “As diferenças de atividade, no âmbito da única missão da Igreja, nascem não de motivações intrínsecas à própria missão, mas das diversas circunstâncias onde ela se exerce. Olhando o mundo de hoje, do ponto de vista da evangelização, podemos distinguir três situações distintas. Antes de mais nada, temos aquela à qual se dirige a atividade missionária da Igreja: povos, grupos humanos, contextos socioculturais onde Cristo e o seu Evangelho não é conhecido, onde faltam comunidades cristãs suficientemente amadurecidas para poderem encarnar a fé no próprio ambiente e anunciá-la a outros grupos. Esta é propriamente a missão ad gentes. Aparecem, depois, as comunidades cristãs que possuem sólidas e adequadas estruturas eclesiais, são fermento de fé e de vida, irradiando o testemunho do Evangelho no seu ambiente, e sentindo o compromisso da missão universal. Nelas se desenvolve a atividade ou cuidado pastoral da Igreja. Finalmente, existe a situação intermédia, especialmente nos países de antiga tradição cristã, mas, por vezes, também nas Igrejas mais jovens, onde grupos inteiros de batizados perderam o sentido vivo da fé, não se reconhecendo já como membros da Igreja e conduzindo uma vida distante de Cristo e de seu Evangelho. Neste caso, torna-se necessária uma “nova evangelização”, ou “re-evangelização”. 34. A atividade missionária específica, ou missão ad gentes, tem como destinatários “os povos ou grupos que ainda não crêem em Cristo”, “aqueles que estão longe de Cristo”, entre os quais a Igreja “não está ainda radicada”, e cuja cultura ainda não foi influenciada pelo Evangelho. Distingue-se das outras atividades eclesiais por se dirigir a grupos e ambientes não-cristãos, caracterizados pela ausência ou insuficiência do anúncio evangélico e da presença eclesial. Vem a ser, portanto, a obra do anúncio de Cristo e de seu Evangelho, da edificação da Igreja local, da promoção dos valores do Reino. A peculiariedade da missão ad gentes deriva do fato de se orientar para os “não-cristãos”. É preciso evitar, por isso, que esta “tarefa especificamente missionária, que Jesus confiou e continua, quotidianamente, a confiar à sua Igreja”, se torne numa realidade diluída na missão global de todo o Povo de Deus, ficando, desse modo, descurada ou esquecida. De resto, os confins entre o cuidado pastoral dos fiéis, a nova evangelização e a atividade missionária específica não são facilmente identificáveis, e não se deve pensar em criar entre esses âmbitos barreiras ou compartimentos estanques. Não se pode, no entanto, perder a tensão para o anúncio e para a fundação de novas Igrejas entre povos ou grupos humanos, onde elas ainda não existem, porque esta é a tarefa primeira da Igreja, que é enviada a todos os povos, até aos confins da Terra. Sem a missão ad gentes, a própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada de seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação. Registre-se, também, uma real e crescente interdependência entre as diversas atividades salvíficas da Igreja: cada uma influi sobre a outra, estimula-a e a ajuda. O dinamismo missionário permite uma troca de valores entre as Igrejas, e projeta, para o mundo exterior, influência positiva, em todos os sentidos. As Igrejas de antiga tradição cristã, por exemplo, preocupadas com a dramática tarefa da nova evangelização, estão mais conscientes de que não podem ser missionárias dos não-cristãos de outros países e continentes, se não se preocuparem seriamente com os não-cristãos da própria casa: a atividade missionária ad intra é sinal de autenticidade e de estímulo para realizar a outra, ad extra, e vice-versa”. Nota:6 cf. Igreja: Comunhão e Missão, Doc. 40, 114: “Finalmente chegou para a América Latina a hora de intensificar a ajuda mútua entre as Igrejas particulares e de se abrir para além de suas próprias fronteiras: 'Ad gentes'. É verdade que também nós precisamos de missionários. Porém, devemos dar de nossa pobreza”. Nota:7 DSD, n.125: “Nascida do amor salvífico do Pai, a missão do Filho com a força do Espírito Santo (cf. Lc 4,18), essência da Igreja (cf. AG 2) e objeto fundamental desta IV Conferência, é para nós nosso principal objetivo. João Paulo II, em sua encíclica missionária, levou-nos a discernir três modos de realizar essa missão: a atenção pastoral em situações de fé viva, a Nova Evangelização e a ação missionária “ad gentes” (cf. RMi 33). Renovamos este último sentido da missão, sabendo que não pode haver Nova Evangelização sem projeção para o mundo não-cristão, pois como nota o Papa: “A Nova Evangelização dos povos cristãos encontrará inspiração e apoio no compromisso pela missão universal” (RMi 2). Podemos dizer com satisfação que o desafio da missão “ad gentes” proposto por Puebla, foi assumido a partir de nossa pobreza, compartilhando a riqueza da fé com que o Senhor nos tem abençoado. Reconhecemos, porém, que a consciência missionária “ad gentes” ainda é insuficiente ou frágil. Os Congressos Missionários Latino-americanos (COMLAS), os Congressos missionários nacionais, os grupos e movimentos missionários e a ajuda de Igrejas-irmãs têm sido um incentivo para tomar consciência desta exigência evangélica”. Nota:8 cf. At 1,21-26: “Há outros homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor vivia no meio de nós, desde o batismo de João até o dia em que foi levado ao céu. Agora, é preciso que um deles se junte a nós para testemunhar a ressurreição. Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Bársabas e apelidado o Justo, e também Matias. Em seguida fizeram esta oração: Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tu escolheste para ocupar, no serviço do apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir o seu destino. Então tiraram a sorte entre os dois. E a sorte caiu em Matias, que foi juntado ao número dos onze apóstolos”. Nota:9 cf. RMi 83: “A formação missionária é obra da Igreja local, com a ajuda dos missionários e de seus Institutos, bem como dos cristãos das jovens Igrejas. Este trabalho não deve ser visto como marginal, mas central na vida cristã. Mesmo para a “nova evangelização” dos povos cristãos, o tema missionário pode ser de grande proveito: o testemunho dos missionários mantém, efetivamente, seu fascínio sobre os que se afastaram e os descrentes, e transmite valores cristãos. As Igrejas locais, pois, insiram a animação missionária, como elemento fulcral, na pastoral ordinária das dioceses e paróquias, das associações e grupos, especialmente juvenis. Para este fim serve, antes de mais nada, a informação, através da imprensa missionária e dos vários subsídios audiovisuais. Seu papel é extremamente importante, enquanto dão a conhecer a vida da Igreja, a palavra e as experiências dos missionários e das Igrejas locais, junto daqueles para quem trabalham. É necessário, pois, que nas Igrejas mais novas, as quais ainda não podem possuir um serviço de imprensa e outros subsídios, a iniciativa seja assumida pelos Institutos missionários que, para tal, dedicarão o pessoal e meios necessários.

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88Para tal formação estão chamados os sacerdotes e seus colaboradores pastorais, os educadores e professores, os teólogos, especialmente aqueles que ensinam nos seminários e nos centros para leigos. O ensino teológico não pode nem deve prescindir da missão universal da Igreja, do ecumenismo, do estudo das grandes religiões e da missionologia. Recomendo que, sobretudo nos seminários e nas casas de formação para religiosos e religiosas, se faça tal estudo, procurando, também, que alguns sacerdotes, ou alunos e alunas, se especializem nos diversos campos das ciências missiológicas. As atividades de formação sejam sempre orientadas para seus fins específicos: informar e formar o Povo de Deus para a missão universal da Igreja, fazer nascer vocações ad gentes, suscitar cooperação para a evangelização. Não podemos, de fato, dar uma imagem que reduz a atividade missionária, como se esta fosse principalmente auxílio aos pobres, contributo para a libertação dos oprimidos, promoção do desenvolvimento, defesa dos direitos humanos. A Igreja missionária está empenhada também nestas frentes. Porém, sua tarefa primeira é outra: os pobres têm fome de Deus, e não apenas de pão e de liberdade, devendo a atividade missionária testemunhar e anunciar, antes de mais nada, a salvação em Cristo, fundando as Igrejas locais que serão, depois, instrumento de libertação integral”. Nota:10 cf. 2 Cor 8,9: “Não digo isso para lhes impor uma ordem. Cito para vocês o exemplo de outros, para lhes dar ocasião de provar a sinceridade do amor que vocês têm”. Nota:11 cf. AG 38: “Como membros do corpo episcopal, que sucede ao colégio dos apóstolos, os bispos foram consagrados para a salvação do mundo e não apenas de uma determinada diocese. O mandamento de Cristo de pregar o Evangelho a toda criatura lhes foi dado diretamente, em união com Pedro e sob Pedro. Nasce daí a comunhão e a cooperação de cada uma das Igrejas com todas as demais, pela qual são chamadas a colocar em comum suas necessidades e a estabelecer entre si a intercomunicação decorrente da unidade da função episcopal de dilatar o corpo de Cristo. Unido à sua diocese, o bispo, que suscita, promove e dirige o espírito e o ardor missionário do povo de Deus, torna missionária a diocese, de maneira atual e visível. Compete a ele despertar seus diocesanos para a oração e para a penitência missionárias, especialmente os que sofrem, para que se ofereçam generosamente pela evangelização do mundo. Compete-lhe igualmente favorecer as vocações dos jovens e dos clérigos para os institutos missionários, alegrando-se com aqueles que Deus escolhe para se dedicar à atividade missionária da Igreja. Devem também exortar e ajudar as congregações missionárias diocesanas a participar das missões. Cuidem, enfim, de promover junto aos fiéis o trabalho missionário dos institutos, especialmente as obras missionárias pontifícias. Deve-se lhes dar prioridade, pois, são meios de imbuir os católicos, desde a infância, do espírito universal missionário, e de angariar fundos para o bem das missões e satisfação de suas necessidades. Como a necessidade de operários cresce todos os dias na vinha do Senhor e os sacerdotes diocesanos desejam cada vez mais tomar parte no trabalho de evangelização do mundo, tendo em vista a enorme carência de sacerdotes que constitui sério obstáculo à evangelização em muitas regiões, o concílio deseja que os bispos ofereçam às missões alguns dentre os seus melhores padres, que, depois da indispensável preparação especializada, sejam enviados a dioceses que necessitam de sacerdotes, em que, pelo menos durante algum tempo, exerçam o ministério missionário, em espírito de serviço. Para que os bispos possam exercer de maneira eficaz sua atividade missionária em benefício de toda a Igreja, as conferências episcopais devem intervir para coordenar as diversas iniciativas tomadas em benefício de sua região. Em suas conferências, os bispos discutam a questão dos sacerdotes a serem destinados à evangelização dos povos, estabeleçam a contribuição anual que cada diocese, proporcionalmente a seus rendimentos, deve dar às obras missionárias, estudem a melhor maneira e os meios de sustentar diretamente, orientar e controlar o trabalho missionário, o auxílio que devem esperar dos institutos missionários e dos seminários diocesanos dispostos a apoiar as missões, finalmente, do relacionamento mais ou menos estreito que deve ser mantido entre as dioceses e os institutos missionários. Compete igualmente às conferências episcopais instituir e promover obras destinadas a acolher fraternalmente e inserir no auxílio ao trabalho pastoral aqueles que emigraram por razões missionárias de trabalho ou de estudo. Por seu intermédio, os povos distantes se tornam vizinhos e se oferece uma excelente ocasião às comunidades cristãs mais antigas de dialogar com as nações que ainda não receberam o Evangelho, mostrando-lhes a imagem de Cristo por intermédio do amor e do serviço prestado”. Nota:12 cf. DGAE 93: “Como comunidade sacerdotal, organicamente estruturada pelos sacramentos, celebra os mistérios da fé. Colocando no seu centro a memória do Mistério pascal de Cristo e dos cristãos, que revela o amor do Pai para conosco e nos comunica o seu Espírito, a liturgia é fonte de comunhão com a Trindade e nos envia para a missão para proclamar o mistério de Cristo até que ele volte”. Nota:13 cf. DSD 35: “O serviço litúrgico, assim realizado na Igreja, tem, por si mesmo, um valor evangelizador que a Nova Evangelização deve situar em lugar de grande destaque. Na liturgia Cristo Salvador se faz presente hoje. A liturgia é o anúncio e realização dos feitos salvíficos (cf. SC 6) que nos chegam a tocar sacramentalmente; por isso, convoca, celebra e envia. É exercício da fé, útil tanto para quem tem uma fé robusta como para quem a tem débil, e inclusive para o não-crente (cf. 1Cor 14,24-25). Sustenta o compromisso com a promoção humana, enquanto orienta os fiéis a assumir sua responsabilidade na construção do Reino, para que se ponha de manifesto que os fiéis cristãos, sem ser deste mundo, são a luz do mundo (SC 9). A celebração não pode ser algo separado ou paralelo à vida (cf. 1Po 1,15). Por último, é especialmente pela liturgia que o Evangelho penetra no coração das culturas. Toda a cerimônia litúrgica de cada sacramento tem também um valor pedagógico; a linguagem dos signos é o melhor veículo para que a mensagem de Cristo penetre nas consciências das pessoas e (daí) se projete no ethos de um povo, em suas atitudes vitais, em suas instituições e em todas as suas estruturas (João Paulo II, Discurso Inaugural, 20 e; cf. João Paulo II, Discurso aos intelectuais, Medellín, 5 de julho de 1986, 2). Por isso, as formas da celebração litúrgica devem ser aptas para

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89expressar o mistério que se celebra e, por sua vez, ser claras e inteligíveis para os homens e mulheres ( João Paulo II, Discurso a UNESCO, 2 de junho de 1980, 6)”. Nota:14 cf. DGAE 256: “O testemunho da comunhão eclesial tem também uma dimensão missionária e evangelizadora, como recorda a oração de Jesus: Para que todos sejam um ... a fim de que o mundo creia. Ainda antes, a evangelização inicia quando um cristão ou um grupo de cristãos manifesta através de sua compreensão e acolhimento, em sua comunhão de vida com os irmãos e em sua solidariedade com todos a sua fé e a sua esperança em algo que não se vê. Este testemunho é manifestado pela comunidade cristã reunida para partilhar a sua fé, celebrar o louvor do Senhor e viver a caridade; assim aparecerá como lugar da adoração do verdadeiro Deus. Até o incrédulo deve reconhecer: Deus está realmente no meio de vós!”. Nota:15 cf. DGAE 258: “Na mesma perspectiva, é urgente vivificar e atualizar as diversas formas de celebração litúrgica e de comunicação da Palavra aos adultos, buscando formulações adequadas à rápida evolução das mentalidades e da cultura. É preciso cuidar da autenticidade e qualidade pastoral das celebrações dos sacramentos, evitando que a preocupação com a quantidade leve à pressa e ao ritualismo minimalista. Critérios da qualidade são a fidelidade objetiva à Palavra de Deus e à tradição eclesial, a atenção à participação subjetiva dos fiéis, visando ao enriquecimento da experiência religiosa de cada um, e a consciência do compromisso missionário”. Nota:16 cf. DGAE 273: “Nas celebrações litúrgicas, articulem-se melhor a tradição da Igreja e a experiência atual dos fiéis, valorizando as pessoas e sua vivência. É preciso redescobrir o aspecto simbólico da liturgia, enfatizar o sentido do mistério e recuperar as dimensões de festa, alegria e esperança e a riqueza da espiritualidade do Ano Litúrgico. As celebrações sejam menos apressadas e menos intelectualizadas, proporcionando maiores momentos de silêncio, interiorização e contemplação. Valorizem-se os gestos, as posturas, as caminhadas e a dança. Promova-se maior aproximação entre as celebrações litúrgicas e o universo simbólico das comunidades, através de uma legítima criatividade, adaptação e inculturação. A busca de uma simbologia mais adequada ao meio urbano deve ser hoje uma preocupação prioritária da pastoral litúrgica. Promova-se a constituição de Equipes de Liturgia e a formação para o desempenho da presidência e demais ministérios e serviços da celebração”. Nota:17 cf. DGAE 273: “Nas celebrações litúrgicas, articulem-se melhor a tradição da Igreja e a experiência atual dos fiéis, valorizando as pessoas e sua vivência. É preciso redescobrir o aspecto simbólico da liturgia, enfatizar o sentido do mistério e recuperar as dimensões de festa, alegria e esperança e a riqueza da espiritualidade do Ano Litúrgico. As celebrações sejam menos apressadas e menos intelectualizadas, proporcionando maiores momentos de silêncio, interiorização e contemplação. Valorizem-se os gestos, as posturas, as caminhadas e a dança. Promova-se maior aproximação entre as celebrações litúrgicas e o universo simbólico das comunidades, através de uma legítima criatividade, adaptação e inculturação. A busca de uma simbologia mais adequada ao meio urbano deve ser hoje uma preocupação prioritária da pastoral litúrgica. Promova-se a constituição de Equipes de Liturgia e a formação para o desempenho da presidência e demais ministérios e serviços da celebração”. Nota:18 cf. DSD 149: “São muitas e variadas as causas que explicam o interesse que despertam em alguns. Entre elas se devem assinalar: - A permanente e progressiva crise social que suscita certa angústia coletiva, a perda de identidade e o desenraizamento das pessoas. -A capacidade destes movimentos para adaptar-se às circunstâncias sociais e para satisfazer, momentaneamente algumas necessidades da população. Em tudo isto não deixa de ter certa presença a curiosidade pelo inédito. - O distanciamento da Igreja de setores - populares ou abastados - que buscam novos canais de expressão religiosa, nos quais não se deve descartar uma evasão dos compromissos da fé. Sua habilidade para oferecer aparente solução aos desejos de “cura” por parte dos atribulados”. Nota:19 cf. SD 13: “O anúncio cristão, por seu próprio vigor, tende a curar, firmar e promover o homem, para constituir uma comunidade fraterna, renovando a própria humanidade e dando-lhe sua plena dignidade humana, com a novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho (cf. EN 18). A Evangelização promove o desenvolvimento integral, exigindo de todos e de cada um o pleno respeito a seus direitos e a plena observância de seus deveres, a fim de criar uma sociedade justa e solidária, a caminho de sua plenitude no Reino definitivo. O homem é chamado a colaborar e ser instrumento com Jesus Cristo na Evangelização. Na América Latina, continente religioso e sofrido, urge uma Nova Evangelização que proclame inequivocamente o Evangelho da Justiça, do amor e da misericórdia. Sabemos que, em virtude da encarnação, Cristo se uniu de certo modo a todo homem (cf. GS 22). Ele é a perfeita revelação do homem ao próprio homem e revela a sublimidade de sua vocação (GS 22). Jesus Cristo se insere no coração da humanidade e convida todas as culturas a se deixar levar por seu espírito à plenitude, elevando nelas o que é bom e purificando o que se encontra marcado pelo pecado. Toda evangelização há de ser, portanto, inculturação do Evangelho. Assim toda cultura pode chegar a ser cristã, ou seja, a fazer referência a Cristo e inspirar-se nele e em sua mensagem (cf. João Paulo II, Discurso à II Assembléia da Pontifícia Comissão para a América Latina, 14 de junho de 1991, 4). Jesus Cristo é, com efeito, a medida de toda cultura e de toda obra humana. A inculturação do Evangelho é um imperativo do seguimento de Jesus e é necessária para restaurar o rosto desfigurado do mundo (cf. LG 8). Trabalho que se realiza no projeto de cada povo, fortalecendo sua identidade e libertando-o dos poderes da morte. Por isso podemos anunciar com confiança: homens e mulheres da América Latina, abri os corações a Jesus Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida, quem o segue não anda nas trevas (cf. Jo 14,6; 8,12)” Nota:20

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90cf. DSD 33: “A Igreja, comunidade santa convocada pela Palavra, tem como uma de suas principais tarefas a de pregar o Evangelho (cf. LG 25). Os Bispos das Igrejas particulares que peregrinam na América Latina e no Caribe e todos os participantes reunidos em Santo Domingo, queremos assumir, com o renovado ardor que os tempos exigem, o chamado que o Papa, sucessor de Pedro, nos tem feito para empreender uma Nova Evangelização, muito conscientes de que evangelizar é necessariamente anunciar com alegria o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino e o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus (cf. EN 22). Querigma e catequese. A partir da situação generalizada de muitos batizados na América Latina, que não deram sua adesão pessoal a Jesus Cristo pela conversão primeira, impõe-se, no ministério profético da Igreja, de modo prioritário e fundamental, a proclamação vigorosa do anúncio de Jesus morto e ressuscitado (Querigma, cf. RMi, 44), raiz de toda Evangelização, fundamento de toda promoção humana e princípio de toda autêntica cultura cristã (cf. João Paulo II, Discurso Inaugural, 25 ). Este ministério profético da Igreja compreende também a catequese que, atualizando incessantemente a revelação amorosa de Deus manifestada em Jesus Cristo, leva a fé inicial à sua maturidade e educa o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo (cf. CT 19). Ela deve nutrir-se da Palavra de Deus, lida e interpretada na Igreja e celebrada na comunidade, para que, ao esquadrinhar o mistério de Cristo, ajude a apresentá-lo como Boa-Nova nas situações históricas de nossos povos. Pertence igualmente ao ministério profético da Igreja o serviço que os teólogos prestam ao povo de Deus (cf. João Paulo II, Discurso Inaugural, 7). Sua tarefa, enraizada na Palavra de Deus e realizada em aberto diálogo com os pastores, em plena fidelidade ao magistério, é nobre e necessária. Seu trabalho, assim realizado, pode contribuir para a inculturação da fé e a evangelização das culturas, como também para nutrir uma teologia que impulsione a pastoral, que promova a vida cristã integral, até a busca da santidade. Um trabalho teológico assim compreendido impulsiona a ação em favor da justiça social, dos direitos humanos e da solidariedade com os mais pobres. Não esquecemos, contudo, que a função profética de Cristo é participada por todo o “povo santo de Deus” e que este a exerce, em primeiro lugar, “difundindo seu testemunho vivo sobretudo com a vida de fé e caridade” (LG 12). O testemunho de vida cristã é a primeira e insubstituível forma de evangelização, como o fez presente vigorosamente Jesus em várias ocasiões (cf. Mt 7, 21-23; 25, 31-46; Lc, 10, 37; 19, 1-10) e o ensinaram também os apóstolos (cf. Tg 2, 14-18)”. Nota:21 cf. UR 1: “Promover a reintegração de todos os cristãos na unidade é um dos principais objetivos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Embora a Igreja tenha sido fundada por Cristo como única, diversas comunhões cristãs se propõem hoje como a verdadeira herança de Jesus Cristo. Todos se dizem discípulos do Senhor, mas têm sentimentos diversos e seguem caminhos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido. Essas divisões, evidentemente, contrariam a vontade de Cristo, são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda a criatura. Sábia e pacientemente, o Senhor dos séculos persegue os objetivos de sua graça. Ultimamente começou a provocar com maior intensidade, entre os cristãos separados, a dor espiritual pelas separações e o ardente desejo de se unirem. Um número cada vez maior de pessoas foi tocado por essa graça. Surgiu assim, entre os irmãos separados, por inspiração do Espírito Santo, um movimento em favor da restauração da unidade entre todos os cristãos. Desse movimento em prol da unidade, denominado ecumênico, participam todos os que invocam o Deus Trino, confessam que Jesus é Senhor e Salvador, não de cada um de nós em separado, mas das comunidades em que estamos reunidos, em que se ouve o Evangelho, nossa Igreja e de Deus. Embora de maneiras diversas, quase todos aspiram a uma Igreja una, visível, universal de fato, enviada a todo o mundo para que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo, para a glória de Deus. Alegrando-se com tudo isso, o concílio, depois de declarar a doutrina da Igreja, movido pelo desejo de restaurar a unidade entre todos os discípulos de Cristo, decidiu propor a todos os católicos subsídios, caminhos e maneiras de agir para que também eles, por vocação divina, possam corresponder a essa graça”. Nota:22 cf. UR 10: “O ensino da sagrada teologia e das outras disciplinas, especialmente da história, deve ser ministrado numa perspectiva ecumênica, de maneira a corresponder melhor à verdade dos fatos. É de especial importância que os futuros pastores e sacerdotes conheçam a teologia assim elaborada, sem polêmica, especialmente no que diz respeito às relações entre os irmãos separados e a Igreja católica. Da formação dos sacerdotes depende enormemente a formação doutrinária e espiritual dos fiéis e dos religiosos. Até os missionários, trabalhando na mesma região que outros cristãos, precisam hoje conhecer as questões relativas ao ecumenismo que surgem de seu próprio apostolado e os frutos que delas podem tirar”. Nota:23 cf. NAe n. 4: “Meditando sobre o mistério da Igreja, o concílio colocou em evidência o laço de comunhão espiritual que liga o povo do Novo Testamento à raça de Abraão. A Igreja de Cristo reconhece que sua fé e sua vocação começam com os patriarcas, com Moisés e com os profetas, segundo o mistério da salvação divina. Professa que todos os fiéis, na fé, são filhos de Abraão, participam de seu chamado, e que a saída do povo eleito da terra da servidão prefigura misticamente a salvação da Igreja. Por isso a Igreja não pode esquecer que recebeu a revelação do Antigo Testamento por intermédio desse Povo, com o qual Deus, num gesto inefável de misericórdia, se dignou fazer a antiga aliança, raiz da boa oliveira, em que as nações foram enxertadas, como ramo adventício. A Igreja acredita que Cristo, nossa paz, reconciliou, pela cruz, judeus e não-judeus tornando-os um, em si mesmo. A Igreja tem sempre presente a palavra do apóstolo Paulo a respeito de sua gente, que "possui a adoção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas que pertencem aos patriarcas e de quem nasceu Cristo, segundo a condição humana" (Rm 9,4-5), sendo filho da virgem Maria. Tem também presente que do mesmo povo judeu nasceram os apóstolos, fundamento e colunas da Igreja, e muitos dos primeiros discípulos, que anunciaram ao mundo o Evangelho. Como diz a Escritura, Jerusalém não percebeu o alcance do momento em que era visitada. Grande parte dos judeus não acolheu o Evangelho, sendo que alguns deles até se opuseram à sua difusão. No entanto, segundo o apóstolo, os judeus, por causa de seus antepassados, são ainda muito queridos de Deus, cujos dons nunca

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91voltam atrás. Com os profetas e com o mesmo apóstolo, a Igreja espera o dia conhecido somente de Deus, em que todos os povos invocarão ao Senhor numa só língua e o servirão unidos, "ombro a ombro" (Sf 3,9). O Concílio recomenda e estimula o conhecimento e a estima mútuos entre cristãos e judeus, cujo imenso patrimônio espiritual comum deve ser cultivado nos estudos bíblicos e teológicos e pelo diálogo fraterno. Apesar de as autoridades judaicas e de seus sequazes terem tramado a morte de Cristo, sua paixão não pode ser indistintamente imputada a todos os judeus daquela época, nem, muito menos, aos judeus de hoje. Embora a Igreja seja o novo povo de Deus, nem por isso os judeus, segundo as Escrituras, tornaram-se objeto de reprovação ou maldição de Deus. Sob esse aspecto é preciso cuidadosamente evitar tudo o que na catequese ou na pregação induza a pensar dessa forma, contrariando o Espírito de Cristo. A Igreja condena todo tipo de perseguição. Movida, pois, pelo amor evangélico e religioso, muito mais do que por razões políticas, e levando em conta o patrimônio comum com os judeus, lamenta profundamente os ódios, perseguições e toda espécie de manifestações anti-semitas de que foram objeto os judeus, em qualquer época ou circunstância. Aliás, como a Igreja sempre acreditou, Cristo se sujeitou livremente à paixão e morreu por causa do pecado de todos os seres humanos e para que todos se salvassem. Compete à Igreja anunciar a cruz de Cristo como sinal de seu amor universal e fonte de todas as graças”. Nota:24 cf. Diretrizes da Ação Pastoral 1991/1884, n.101.104: “101. A Igreja, embora não seja do mundo, está presente no mundo, no meio das sociedades humanas. Por esta presença, ela deve agir como fermento na massa, contribuindo para que essas sociedades humanas se organizem em conformidade com os valores e exigências do Reino de Deus. Solidarizando-se com as aspirações e esperanças da humanidade, é levada pela fome e sede de justiça a colocar-se a serviço da causa dos direitos e da promoção da pessoa humana, especialmente dos mais pobres, denunciando as injustiças e violências, para que possa surgir uma sociedade verdadeiramente justa e solidária. 104. Essa dimensão na Igreja do Brasil desenvolve-se, sobretudo, em três áreas de capital importância para a presença do Evangelho na sociedade: nas áreas da educação, da comunicação social e da pastoral social. Na atuação dessa dimensão, a comunidade cristã situa-se e age profeticamente em áreas de fronteira do mundo das comunicações sociais, da educação formal e informal e, sobretudo, no amplo espectro da realidade social do país”. Nota:25 cf. DGAE, n.239: “Os meios de comunicação de massa são dominados, na grande maioria dos casos, por interesses econômicos e por uma mentalidade que podemos definir como secularista. É urgente traçar orientações mais eficazes para a ação da Igreja na cidade. A Igreja tem os meios para manter, com seus fiéis, uma boa comunicação em nível interpessoal. Goza também de grande estima na opinião pública. Mas a presença da Igreja nos meios de comunicação é escassa e o tratamento que deles recebe é ambíguo. É necessário verificar as causas do fenômeno para buscar soluções realistas e eficazes. Devemos nos interrogar sobre nossa própria linguagem, que conserva traços de uma cultura em grande parte desconhecida pela modernidade e que está sobrecarregada de elementos secundários, relevantes em outras épocas, mas cujo acúmulo arrisca hoje fazer perder de vista o essencial e dificultar a comunicação”. Nota:26 cf. DGAE, n.240: “Outro questionamento inevitável é a reivindicação moderna da liberdade de informação, da democratização do acesso aos meios de comunicação, da formação da consciência crítica, da exigência de veracidade e transparência. É desejável que haja uma presença católica mais coordenada e eficaz nos grandes meios de comunicação. A presença de instituições religiosas é forte, no Brasil, no campo das editoras e do rádio. Em áreas onde a presença é mais fraca, é preciso usar de criatividade para desenvolver atividades compatíveis com a escassez de recursos financeiros (programas televisivos específicos, agência de notícias, etc.). Além disso, o desenvolvimento tecnológico facilita a cooperação (criação de redes) e a multiplicação de pequenas iniciativas locais, onde Dioceses, paróquias, congregações ou movimentos podem produzir informativos, subsídios didáticos e catequéticos, especialmente vídeos, atividades alternativas de formação da consciência crítica, visando aperfeiçoar gradativamente a tecnologia, a pedagogia e o conteúdo evangelizador. As Igrejas locais devem investir na formação de comunicadores de inspiração cristã, com boa preparação profissional e pastoral, e na própria ação pastoral junto aos comunicadores em geral”. Nota:27 cf. CNBB. Documento no.54 Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, São Paulo: Paulinas, 1995 (no. 210, 211, 213, 214 e 215). Diretório para a Aplicação dos Princípios e Normas Sobre O Ecumenismo. Paulinas, S. Paulo, 1994 (no. 211 a 214, 172, 177, 190 e 210). Nota:28 cf. DSD 211: “O matrimônio e a família, no projeto original de Deus, são instituições de origem divina e não produtos da vontade humana. Quando o Senhor disse “no começo não foi assim” (Mt 19,8), refere-se à verdade sobre o matrimônio, que, segundo o plano de Deus, exclui o divórcio”. Nota:29 cf. DSD, n.20: “Embora o Evangelho não se identifique com nenhuma cultura em particular, deve sim inspirá-las para, desta maneira, as transformar a partir de dentro, enriquecendo-as com aqueles valores cristãos que derivam da fé. Na verdade, a evangelização das culturas representa a forma mais profunda e global de evangelizar uma sociedade, porque, através dela, a mensagem de Cristo penetra nas consciências das pessoas e se projeta no ethos de um povo, nas atitudes vitais, nas suas instituições e em todas as estruturas (cf. Discurso aos intelectuais e ao mundo universitário, Medellín, 5 de julho de 1986, 2). O tema cultura foi objeto de particular estudo e reflexão por parte do CELAM, nos últimos anos. Também a Igreja inteira concentra a sua atenção sobre esta importante matéria, já que a nova evangelização deverá projetar-se sobre a cultura emergente , sobre todas as culturas, inclusive as culturas indígenas (cf. Angelus, 28 de junho de 1992). Anunciar Jesus Cristo a todas as culturas é a preocupação central da Igreja e objeto da sua missão. Nos nossos dias, isto exige, em primeiro lugar, o discernimento das culturas como realidade humana a evangelizar e, conseqüentemente, a urgência de um novo tipo e alto nível de colaboração entre todos os responsáveis pela obra evangelizadora”.

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92Nota:30 cf. DSD, n. 20 e 22: “Embora o Evangelho não se identifique com nenhuma cultura em particular, deve sim inspirá-las para, desta maneira, as transformar a partir de dentro, enriquecendo-as com aqueles valores cristãos que derivam da fé. Na verdade, a evangelização das culturas representa a forma mais profunda e global de evangelizar uma sociedade, porque, através dela, a mensagem de Cristo penetra nas consciências das pessoas e se projeta no “ethos” de um povo, nas atitudes vitais, nas suas instituições e em todas as estruturas (cf. Discurso aos intelectuais e ao mundo universitário, Medellín, 5 de julho de 1986, 2). O tema “cultura” foi objeto de particular estudo e reflexão por parte do CELAM, nos últimos anos. Também a Igreja inteira concentra a sua atenção sobre esta importante matéria, “já que a nova evangelização deverá projetar-se sobre a cultura “emergente “, sobre todas as culturas, inclusive as culturas indígenas” (cf. Angelus, 28 de junho de 1992). Anunciar Jesus Cristo a todas as culturas é a preocupação central da Igreja e objeto da sua missão. Nos nossos dias, isto exige, em primeiro lugar, o discernimento das culturas como realidade humana a evangelizar e, conseqüentemente, a urgência de um novo tipo e alto nível de colaboração entre todos os responsáveis pela obra evangelizadora. 22. A Igreja vê com preocupação a ruptura existente entre os valores evangélicos e as culturas modernas, pois estas correm o risco de fechar-se dentro de si mesmas, numa espécie de involução agnóstica e sem referência à dimensão moral (cf. Discurso ao Pontifício Conselho para a Cultura, 18 de janeiro de 1983). A este respeito, conservam pleno vigor as palavras do Papa Paulo VI: “A ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem dúvida o drama da nossa época, como o foi também de outras épocas. Assim, importa envidar todos os esforços no sentido de uma generosa evangelização da cultura, ou mais exatamente das culturas. Estas devem ser regeneradas mediante o impacto da Boa-Nova” (Evangelii Nuntiandi, 20). A Igreja, que considera o homem como seu “caminho” (cf. Redemptor Hominis, 14), há de dar uma resposta adequada à atual crise da cultura. Frente ao complexo fenômeno da modernidade, é necessário dar vida a uma alternativa cultural plenamente cristã. Se a verdadeira cultura é a que exprime os valores universais da pessoa, quem pode projetar mais luz sobre a realidade do homem, sobre a sua dignidade e razão de ser, sobre a sua liberdade e destino do que o Evangelho de Cristo? Neste marco histórico do meio milênio da evangelização dos vossos povos, convido-vos, pois, queridos Irmãos, a que, com o ardor da nova evangelização, animados pelo Espírito do Senhor Jesus, torneis a Igreja presente na encruzilhada cultural do nosso tempo, para impregnar com os valores cristãos as próprias raízes da cultura emergente e de todas as culturas já existentes. Particular atenção haveis de prestar às culturas indígenas e afro-americanas, assimilando e pondo em relevo tudo o que nelas há de profundamente humano e humanizador. A sua visão da vida, que reconhece a sacralidade do ser humano e do mundo, o seu respeito profundo pela natureza, a humildade, a simplicidade, a solidariedade são valores que hão de estimular o esforço, por levar a cabo uma autêntica evangelização inculturada, que seja também promotora de progresso e conduza sempre à adoração de Deus “em espírito e verdade” (Jo 4,23). Mas, o reconhecimento dos ditos valores não vos exime de proclamar em todo o momento que “Cristo é o único salvador de todos, o único capaz de revelar e de conduzir a Deus” (Redemptoris Missio, 5). “A evangelização da cultura é um esforço por compreender as mentalidades e as atitudes do mundo atual e iluminá-las a partir do Evangelho. É a vontade de chegar a todos os níveis da vida humana, para torná-la mais digna” (Discurso ao mundo da cultura, Lima, 15 de maio de 1988, 5). Porém este esforço de compreensão e iluminação deve ser sempre acompanhado pelo anúncio da Boa-Nova (cf. Redemptoris Missio, 46), de tal maneira que a penetração do Evangelho nas culturas não seja uma simples adaptação externa, mas um processo profundo e abrangente que englobe tanto a mensagem cristã, como a reflexão e a práxis da Igreja, respeitando sempre as características e a integridade da fé (cf. Ibid., 52)”. Nota:31 cf. DSD, n.22: “A Igreja vê com preocupação a ruptura existente entre os valores evangélicos e as culturas modernas, pois estas correm o risco de fechar-se dentro de si mesmas, numa espécie de involução agnóstica e sem referência à dimensão moral (cf. Discurso ao Pontifício Conselho para a Cultura, 18 de janeiro de 1983). A este respeito, conservam pleno vigor as palavras do Papa Paulo VI: “A ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem dúvida o drama da nossa época, como o foi também de outras épocas. Assim, importa envidar todos os esforços no sentido de uma generosa evangelização da cultura, ou mais exatamente das culturas. Estas devem ser regeneradas mediante o impacto da Boa-Nova” (Evangelii Nuntiandi, 20). A Igreja, que considera o homem como seu “caminho” (cf. Redemptor Hominis, 14), há de dar uma resposta adequada à atual crise da cultura. Frente ao complexo fenômeno da modernidade, é necessário dar vida a uma alternativa cultural plenamente cristã. Se a verdadeira cultura é a que exprime os valores universais da pessoa, quem pode projetar mais luz sobre a realidade do homem, sobre a sua dignidade e razão de ser, sobre a sua liberdade e destino do que o Evangelho de Cristo? Neste marco histórico do meio milênio da evangelização dos vossos povos, convido-vos, pois, queridos Irmãos, a que, com o ardor da nova evangelização, animados pelo Espírito do Senhor Jesus, torneis a Igreja presente na encruzilhada cultural do nosso tempo, para impregnar com os valores cristãos as próprias raízes da cultura emergente e de todas as culturas já existentes. Particular atenção haveis de prestar às culturas indígenas e afro-americanas, assimilando e pondo em relevo tudo o que nelas há de profundamente humano e humanizador. A sua visão da vida, que reconhece a sacralidade do ser humano e do mundo, o seu respeito profundo pela natureza, a humildade, a simplicidade, a solidariedade são valores que hão de estimular o esforço, por levar a cabo uma autêntica evangelização inculturada, que seja também promotora de progresso e conduza sempre à adoração de Deus “em espírito e verdade” (Jo 4,23). Mas, o reconhecimento dos ditos valores não vos exime de proclamar em todo o momento que “Cristo é o único salvador de todos, o único capaz de revelar e de conduzir a Deus” (Redemptoris Missio, 5). “A evangelização da cultura é um esforço por compreender as mentalidades e as atitudes do mundo atual e iluminá-las a partir do Evangelho. É a vontade de chegar a todos os níveis da vida humana, para torná-la mais digna” (Discurso ao mundo da cultura, Lima, 15 de maio de 1988, 5). Porém este esforço de compreensão e iluminação deve ser sempre acompanhado pelo anúncio da Boa-Nova (cf. Redemptoris Missio, 46), de tal maneira que a penetração do Evangelho nas culturas não seja uma simples adaptação externa, mas um

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93processo profundo e abrangente que englobe tanto a mensagem cristã, como a reflexão e a práxis da Igreja, respeitando sempre as características e a integridade da fé (cf. Ibid., 52)”. Nota:32 cf. DSD, n.179: “Atualmente, na América Latina e no Brasil, a evangelização é desafiada a tornar-se inculturada, principalmente por dois processos que estão em ato, distinta mas simultaneamente: 1) o encontro do Evangelho com as culturas indígenas, afro-americanas e mestiças; 2) o encontro com a cultura moderna particularmente no meio urbano”. Nota:33 DSD, n.228: “A vinda do Espírito Santo em Pentecostes (cf. At 2,1-11) põe de manifesto a universalidade do mandato evangelizador: pretende chegar a toda cultura. Manifesta também a diversidade cultural dos fiéis, quando ouviam cada um dos apóstolos falar na sua própria língua. Nasce a cultura com o mandato inicial de Deus aos seres humanos: crescer e multiplicar-se, encher a terra e submetê-la (Gn 1,28-30). Dessa maneira, a cultura é cultivo e expressão de todo o humano em relação amorosa com a natureza e na dimensão comunitária dos povos. Quando Jesus Cristo, na encarnação, assume e exprime todo o humano, exceto o pecado, então o Verbo de Deus entra na cultura. Assim, Jesus Cristo é a medida de todo o humano e portanto também da cultura. Ele, que se encarnou na cultura de seu povo, traz para cada cultura histórica o dom da purificação e da plenitude. Todos os valores e expressões culturais que possam dirigir-se a Cristo promovem o autêntico humano. O que não passa pelo Cristo não poderá ficar redimido”. Nota:34 cf. At 2, 1-11: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem. Espantados e surpresos, diziam: Esses homens que estão falando, não são todos galileus? Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna? Entre nós há partos, medos e elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós vieram de Roma, outros são judeus ou pagãos convertidos; também há cretenses e árabes. E cada um de nós em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!”. Nota:35 cf. At 1, 8: “Mas o Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os extremos da terra”. Nota:36 cf. DGAE 233: “Uma atenção especial deve ser dada aos jovens, seja em consideração da sua situação social e religiosa, seja em consideração da opção preferencial assumida pela Igreja latino-americana em Puebla e retomada com ênfase em Santo Domingo. Os jovens “são um grande desafio para o futuro da Igreja”. Eles não são apenas destinatários da evangelização, mas dela devem tornar-se sempre mais sujeitos ativos, ‘protagonistas da evangelização e artífices da renovação social’ ”. Nota:37 Sl 85, 11: “Amor e Fidelidade se encontram, Justiça e Paz se abraçam”. Nota:38 DGAE, n.192: “A solidariedade com todos os seres humanos é, para os cristãos de hoje, cidadãos de uma sociedade muito mais complexa que a do tempo de Jesus, uma exigência igualmente irrenunciável, intrínseca à própria fé no Deus, Pai de todos. É o que afirma o Concílio Vaticano II na abertura da Gaudium et Spes: As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Por outro lado, o Concílio afirma juntamente com a exigência da solidariedade o respeito da justa autonomia das realidades terrestres ou temporais”. Nota:39 Lc 2, 52: “E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos homens”. Nota:40 DGAE, n.234: “Sendo muito diversificada, a situação dos jovens exige respostas adaptadas às necessidades concretas e aos meios específicos. A título de exemplo, indicamos algumas ações que a Igreja deve privilegiar ou reforçar: - atuação junto aos menores abandonados e às situações de miséria, visando oferecer a crianças e adolescentes - junto com os serviços públicos, muitas vezes precários - oportunidades de educação e cuidados com a saúde, especialmente através da prevenção de doenças; - atuação pastoral, propiciando oportunidades de conscientização e de ação aos grupos de jovens mais abertos aos valores cristãos e mais dispostos a um empenho coletivo para a transformação da sociedade; esta atuação visará a ajudar, também, no crescimento humano-afetivo e, sobretudo, tornar estes jovens evangelizadores, protagonistas da evangelização; - atuação evangelizadora e missionária voltada para a juventude urbana, especialmente para os jovens mais influenciados pela cultura do individualismo e mais isolados, menos apoiados pela família ou a escola, mais afastados dos padrões morais e religiosos tradicionais”. Nota:41 Mt 6, 33: “Pelo contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas”. Nota:42 CNBB, DGAE, doc. 54, n.204: “Finalmente, todos procurem fortalecer e estender a ativa participação na cidadania, em todos os níveis da vida social, de modo que o exercício da democracia se torne efetivo através do exercício de direitos e deveres para com a sociedade por parte de todos”.

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94Nota:43 CNBB, Diretrizes, doc. 54, n.171: “Terminamos esboçando, com base na sugestão de um estudioso, um quadro de conjunto, procurando cruzar os dados sócio-culturais com as atitudes propriamente religiosas. Podemos distinguir cinco situações ou faixas de população: - pessoas ou grupos de inspiração católica e cristã de tipo tradicionalista, com uma visão fixista da fé, desvinculada da vida, que não percebem as exigências éticas do Evangelho e geram ou conservam as estruturas injustas da sociedade, a pobreza e a violência; - pessoas ou grupos com profunda religiosidade católica popular que têm uma vivência profunda da fé, mas em termos pré-modernos, com pouca articulação entre a fé e a ética; são, porém, as vítimas e não os responsáveis pela situação de injustiça, que os faz sofrer; são a grande maioria dos pobres, talvez um terço da nossa população; - pessoas ou grupos que pertencem ao Brasil moderno e que geralmente não têm uma inspiração religiosa (ou evangélica) em sua vida; são secularizados, mas ocupam um lugar privilegiado nos modernos meios de comunicação social e como formadores de opinião, propondo novos sentidos, valores, padrões de comportamento e relações; - pessoas e grupos, talvez pouco numerosos ainda, que representam a emergência de uma nova cultura e de um empenho de inspiração cristã na transformação da sociedade, na busca de uma convivência mais humana e de relações sociais mais justas; - pessoas e grupos marginalizados, que a Igreja atinge apenas em parte e com grande dificuldade; pessoas marcadas por um contexto opressor e desumano, como é o mundo do crime, da prostituição, das drogas, dos menores abandonados...”. Nota:44 CNBB, Diretrizes, doc. 54, n.192: “A solidariedade com todos os seres humanos é, para os cristãos de hoje, cidadãos de uma sociedade muito mais complexa que a do tempo de Jesus, uma exigência igualmente irrenunciável, intrínseca à própria fé no Deus, Pai de todos. É o que afirma o Concílio Vaticano II na abertura da Gaudium et Spes: As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Por outro lado, o Concílio afirma juntamente com a exigência da solidariedade o respeito da justa autonomia das realidades terrestres ou temporais”. Nota:45 CNBB, Diretrizes, doc. 54, n.195 e 267: “As urgências do desenvolvimento e da promoção humana no plano mundial têm sido objeto de análises pertinentes e apelos dramáticos por parte dos últimos Papas. As urgências da promoção humana em nosso País têm sido objeto de cuidados do Episcopado brasileiro e das pastorais sociais, desde os primeiros movimentos de renovação pastoral. 267. A atitude de amizade e de acolhimento acentua a valorização da pessoa. Assim, imita-se o gesto de Cristo acolhendo Zaqueu que, por sua vez, o recebe alegremente em sua casa. Ou a atitude de Jesus ao acolher as crianças ou, ainda, o gesto de Filipe e André que acolhem alguns gentios desejosos de ver o Cristo e os apresentam ao Mestre”. Nota:46 cf. Jo 10,10: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. Nota:47 cf. Puebla, n.85: “Desde a I Conferência Geral do Episcopado, realizada no Rio de Janeiro, em 1955, e que deu origem ao Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), e, ainda com mais vigor, depois do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellín, a Igreja tem conquistado paulatinamente a consciência cada vez mais clara e profunda de que a evangelização é sua missão fundamental e de que não é possível o seu cumprimento sem que se faça o esforço permanente para reconhecer a realidade e adaptar a mensagem cristã ao homem de hoje, dinâmica, atraente e convincentemente”.