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CONHECENDO O OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL

CONHECENDO O OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL · Giselle Keila de Cerqueira Conceição Gustavo Costa Macedo ... Geisa Lopes de Andrade Genilson dos Santos de Jesus Gutembergue

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CONHECENDO O

OBSERVATÓRIO DA

PACIFICAÇÃO SOCIAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

REITOR

João Carlos Salles Pires da Silva

VICE-REITOR

Paulo César Miguez de Oliveira

CHEFE DE GABINETE

Suani Tavares Rubim de Pinho

PRÓ-REITOR DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

Penildon Silva Filho

PRÓ-REITOR DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Olival Freire Junior

PRÓ-REITOR DE PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

Olival Freire Junior

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Fabiana Dultra Britto

PRÓ-REITOR DE AÇÕES AFIRMATIVAS E

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Cassia Virginia Bastos Maciel

FACULDADE DE DIREITO

Prof. Celso Luiz Braga de Castro

PROGRAMA OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL

Ana Paula Rocha do Bomfim

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2012.2

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga

ALUNOS

Adriane Nascimento Dias Andrade

Camila Figueiredo de Almada

Edimar Gomes Alves dos Santos

Eva Ribeiro dos Santos

Fábio Fraga Lima de Carvalho Cortes

Felipe Fontes Castro

Flavia Joana de Almeida Panta de Souza

Gabriela Oliveira e Teles

Ivana Oliveira Cordeiro

Luana Andrade Souza Viana

Maria Victoria Braz Borja Rodrigues

Marina ShibasakiSantedicola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

Naiara Ramos Souza

Tainan Maria Guimarães Silva e Silva.

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2013.1

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga

ALUNOS

Adriane Nascimento Dias Andrade

Aline Magalhães Maniçoba

Bruna MarcelleCancio Bomfim

Camila Figueiredo de Almada

Edimar Gomes Alves dos Santos

Eva Ribeiro dos Santos

Fábio Fraga Lima de Carvalho Cortes

Felipe Fontes Castro

Flavia Joana de Almeida Panta de Souza

Gabriela Oliveira e Teles

Ivana Oliveira Cordeiro

Jeane Ferreira dos Santos

Luana Andrade Souza Viana

Maria Victoria Braz Borja Rodrigues

Marina ShibasakiSantedicola

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Maristela de Almeida Pereira Garrido

Naiara Ramos Souza

Tainan Maria Guimarães Silva e Silva.

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2013.2

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga

Iran Furtado

Maria Paula Nogueira Ávila

ALUNOS

Adriane Nascimento Dias Andrade

Bruna MarcelleCancio Bomfim

Camila Figueiredo de Almada

Edimar Gomes Alves dos Santos

Eva Ribeiro dos Santos

Fábio Fraga Lima de Carvalho Cortes

Felipe Fontes Castro

Flavia Joanna de Almeida Panta de Souza

Gabriela Oliveira e Teles

Ivana Oliveira Cordeiro

Jeane Ferreira dos Santos

Luana Andrade Souza Viana

Maria Victoria Braz Borja Rodrigues

Marina ShibasakiSantedicola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

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Naiara Ramos Souza

Tainan Maria Guimarães Silva e Silva.

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2014.1

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga

Ivone Freire Costa

Iran Furtado

EXTENSIONISTAS

Amanda Mota dos Santos

Ananda de Oliveira Rocha

Andrea Nunes Cardoso

Angela Maranhão Lima de Souza

Aristeu Carvalho Lisboa Neto

Caio Vinicius dos Santos

Camila Figueiredo de Almada

Carlos Frederico D’Almeida e Mendes

Daniel Amarantes de Jesus

Eduardo Fernando Ferreira Maskell Filho

Erica Ribeiro Guimarães

Eva Ribeiro dos Santos

Fabiana Cristina Ferreira Bomfim

Felipe Fontes Castro

Fernanda Marques Sampaio

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Gabiela Martins de Cerqueira e Silva

Gabriela Oliveira e Teles

Iorrana Dantas dos Santos Miranda

Ivana Oliveira Cordeiro

José Carlos Teixeira Costa Junior

Leonardo Botelho Dorea

Leonardo Cruz de Oliveira

Luana Andrade Souza Viana

Lucas Araujo Mascarenhas

Luciana Fernandes Lopes

Ludimila Souza de Almeira de Miranda

Maria Victoria Braz Borja Rodrigues

Mariane Santos de Oliveira

Marina ShibasakiSantedicola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

Núbia Oliveira Araújo

Patricia do Sacramento Moreira Nascimento

Perlla Barbosa de Souza

Priscila Souza Oliveira

Robson José Santos Trindade

Thainara de Moura Macedo

ThérciaAraujo Vila Nova

Willian Douglas da Silva

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2014.2

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga

Ivone Freire Costa

EXTENSIONISTAS

Alex Filipe Damasceno

Andrea Cardoso Nunes

Amanda Mota dos Santos

Ananda de Oliveira Rocha

Andreza Andrade Alcântara

Andreza Santana Santos

AngelaMaranhao Lima de Souza

AnilmaRosa Costa Oliveira Ribeiro

Caio Vinicius de J. F. dos Santos

Camila Figueiredo Almada

Eduardo Fernando Ferreira Maskell Filho

Fábia Leya Silva Cabral

Filipe Cabral Pizane

Filipe Roger de Oliveira Souza

Ises Maria Ferreira Chaves

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Islan Barros Almeida

José Carlos Costa Teixeira Junior

José Paulo Lima da Cruz

Laila de Almeida Magalhães

Leilanne Guedes de Araújo Oliveira

Leonardo Cruz deOliveira

Luciana Fernandes Lopes

Maria Victoria Braz Borja Rodrigues

Mariene Santos de Oliveira

Marina ShibazakiSanticola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

Milena Pires Lessa

Núbia Oliveira Araújo

Patricia Assis da Silva

Perlla Barbosa de Souza

Priscila SouzaOliveira

Rejane Dantas Lisboa

Roberto Paz de Albuquerque Melo

Robson José Santos Trindade

Simone dos Santos Sousa

TarcioBagdeve de Oliveira

Tayline Conceição de Jesus

Tenyson Mamona Cardoso Junior

Thamylle Lopes Neves

ThayaneSantan Nascimento

Thiago Silva Santana

Vitor Silva Sousa

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2015.1

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim (UFBA)

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga (UNEB/IFBaiano)

Cinthia XXXXXXXXX (UFBA)

Ivone Freire Costa (UFBA)

Maria Lúcia Garcia Rosas ( UCSAL )

Laise Maria Guimarães (UFBA)

Maria das Graças Neves de Souza (Fac 2 de Julho)

BOLSISTAS

Camila Figureiredo Almada

Edivaldo José Correia de Barros

Fabia Leya Cabral

Felipe Cabral Pizane

Felipe Roger de Oliveira Souza

José Carlos Teixeira Costa Junior

José Paulo Cruz

Laila de Almeida Magalhães

Leornardo Cruz de Oliveira

Lisbela Lessa Cohen Braga

Luana Andrade Souza Viana

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Lucas Araújo Mascarenhas

Luciana Fernandes Lopes

Manuela Vanesca da Silva Cerqueira

Maria Victória Braz Borja Rodrigues

Marina Shibasaki Santedicola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

Nubia Oliveira Araújo

Perlla Barbosa da Souza

Rejane Dantas Lisboa

Robson José Santos Trindade

Tenyson Mamona Cardoso Junior

Thamylle Lopes Neves

Tiago Pinto Dias

Tuany Sande Cardoso

EXTENSIONISTAS

Allison Pastick De Meirelles Maranhão

Ana Carla Conceição Santos

Ana Julia Soares de Carvalho

Chandra de Oliveira Fernandes

Clemes de Meideros Vilas Boas

Diego Rodrigues Soares Costa

Edivaldo José Correia de Barros

Eduardo da Conceição da Purificação

Hebert Souza Santos

IndiraRicele de Araújo Costa

Isania Barboza Batista dos Santos

Jaqueline Rocha Ribeiro

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Lisbela Lessa Cohen Braga

Luiz Expedido Machado Rodrigues

Marlus Oliveira Sinfrônio

Renato Santos de Souza

Ricardo Garrido Andrade

Robson José santos Trindade

Sandra Lúcia Costa Peres

Tamiles Ferreira Lemos

Thaís Souza Silva

Thamylle Lopes Neves

Vitor Silva Sousa

VOLUNTÁRIOS

Flavia Souza de Rescala Santiago

Adjaci Marinho de Assis

COLABORADORES

Arlinda Claudia Viana

Osvaldo Santana

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2015.2

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga (UNEB/IFBaiano)

Ivone Freire Costa (UFBA)

Maria Lúcia Garcia Rosas (UCSAL)

Laise Maria Guimarães

Maria das Graças Neves de Souza (Fac 2 de Julho)

BOLSISTAS

Camila Figureiredo Almada

Fabia Leya Cabral

Felipe Cabral Pizane

Laila de Almeida Magalhães

Leornardo Cruz de Oliveira

Lucas Araújo Mascarenhas

Luciana Fernandes Lopes

Manuela Vanesca da Silva Cerqueira

Marina ShibasakiSantedicola

Maristela de Almeida Pereira Garrido

Perlla Barbosa da Souza

Edivaldo José Correia de Barros

José Carlos Teixeira Costa Junior

Rejane Dantas Lisboa

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Robson José Santos Trindade

ALUNOS

André Castello Pereira

Andressa Beatriz Cardoso Lisboa

Antonio Barbosa dos Santos Neto

Arthur Maciel Figueiredo

Caio Cesar Santos de Santana

CairaHereda Pinheiro

Ciro Mascarenhas Mato Grosso de Sousa

Cleiton Santos Lima

Daniel Péricles Santos Souza

Danilo Brandão Rubeiz Velame

Edite Maria Mendonça Fragassi

Elaine Angelica Costa de Jesus

Everton Assis Lima

Giselle Keila de Cerqueira Conceição

Gustavo Costa Macedo

Haianne de Andrade Félix

Ionara Gisele Silva Caldeira

JacineideArao dos Santos Profeta

Jamille da Mota Pereira

Jessica Lima Alencar

João Liguore Serrão

Joao Paulo Oliveira Diniz

João Victor dos Santos de Assis

Jonathan Diego Santos Passos

Juliana Santos Lopes

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Karine Pizzani Miranda

Lorena de Brito Nascimento

Luciana de Oliveira Souza

Marcos Vinicius dos Anjos Krause Germano

Maria Clara Balthazar da Silveira Ferreira

Maria Thereza Ramos de Alcantara

Mariana Marques Lima

Michel Andrade dos Santos Silva

Moises Oliveira Santos

Morgana de Sousa Boaventura

Noemille de Oliveira Mota

Priscila Valverde Pacheco dos Santos

Ricardo Braúna Vianna

Ricardo Garrido Andrade

Sandiele Cunha de Oliveira

Thiago Sacramento dos Santos

Vanessa Bastos Reis Silva

Victor Goulart Paes Filho

Victor Rodrigues Lyra de Souza

VOLUNTÁRIOS

Flavia Souza de Rescala Santiago

Adjaci Marinho de Assis

COLABORADORES

Arlinda Claudia Viana

Osvaldo Santana

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2016.1

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Ana Lívia Carvalho Figueiredo Braga (UNEB/IFBaiano)

Cinthia XXXXXXXXX

Ivone Freire Costa

Maria Lúcia Garcia Rosas (UCSAL)

Laise Maria Guimarães

Maria das Graças Neves de Souza (Fac 2 de Julho)

BOLSISTAS E VOLUNTÁRIOS

Ana Júlia Soares de Carvalho

Barbara Crispina Barbosa Moreira

CairaHeredo Pinheiro

Chandra Fernandes

Ciro Mascarenhas Mato Grosso de Sousa

Diogo Feitaso Tavares de Araújo

Geisa Lopes de Andrade

Edivaldo José Correia deBarros

Elaine Angélica Costa de Jesus

Jonatas Diego Passos

Francisco Rafael Dias Borges

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Luiz Expedito Machado Rodrigues

Lucas Fernandes

Maria Clara Balthazar da Silveira Ferreira

Marina Cunha

MirisJaira Rodrigues Silva

Nadja Sacramento

Perlla Souza

Thais Souza Silva

Thiago Sacramento

EXTENSIONISTAS

Alana Cunha Pereira

Amanda Oliveira Amorim

Anne Caroline Santos

Caroline Nilo E Silva

Dandara Lima Santana De Jesus

Daniela Praxedes Melo Dos Santos

Diogo Feitosa Tavares De Araújo

Elana Santos Barreto

Elizabete Andrade Dos Santos

Everton Luan Oliveira De Figueiredo

Fábia Léya Silva Cabral

Felipe Carlos Carvalho Martinez

Francisco Rafael Dias Borges

Geisa Lopes de Andrade

Genilson dos Santos de Jesus

Gutembergue de Oliveira Sapucaia Junior

Helena Nolasco Ribeiro Alves

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Herval Cândido De Souza Neto

Jeferson Menezes De Araujo Dos Santos

Jose Raimundo Dos Reis Junior

Larissa Brito Da Silva

Lázaro Lacerda Santos

Leilane de Oliveira Souza

Leno Falcão Costa

Lucas Nascimento Dos Santos

Luciano Do Nascimento Costa

Luiz Alberto Amorim Lima

Marina Santos Da Cunha

Matheus Souza De Miranda

Michelle Bocacio Vieira Da Silva

MirisJaira Rodrigues Silva

Murilo da Silva Vilas Boas

NatalySantana Itaparica

Priscila Oliveira Santos

RogileneBispo Batista Dos Santos

Rosângela de Jesus Barbosa

SadaakiYamashita

SamiaSouza Lago

Sandro Rodney Reis Da Cruz

Selma Ferreira Silva

Veronica de Santana Bispo

VOLUNTÁRIOS

Flavia Souza de Rescala Santiago

Adjaci Marinho de Assis

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COLABORADORES

Arlinda Claudia Viana

Osvaldo Santana

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EQUIPE DE EXECUÇÃO 2016.2

PROFESSORES

Ana Paula Rocha do Bomfim

Rejane Ramos Dantas Lisboa

Graziela Nascimento

BOLSISTAS

Ana Júlia Soares de Carvalho

Barbara Crispina Barbosa Moreira

CairaHeredo Pinheiro

Chandra Fernandes

Ciro Mascarenhas Mato Grosso de Sousa

Diogo Feitaso Tavares de Araújo

Geisa Lopes de Andrade

Edivaldo José Correia deBarros

Elaine Angélica Costa de Jesus

Jonatas Diego Passos

Francisco Rafael Dias Borges

Luiz Expedito Machado Rodrigues

Lucas Fernandes

Maria Clara Balthazar da Silveira Ferreira

Marina Cunha

MirisJaira Rodrigues Silva

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Nadja Sacramento

Perlla Souza

Rosângela de Jesus Barbosa

Thais Souza Silva

Thiago Sacramento

EXTENSIONISTAS

Adailton Cerqueira da Silva

Amanda Carneiro Conceição

Anne Karolline Barbosa de Assis

ArielaSilva Barros

Bruna dos Santos Almeida

Elizabete Andrade dos Santos

GendleyRamos Nascimento

GirlaciCruz Andrade

Jessica Lima Oliveira

João Igor Batista Silva

Laercio Silva De Sena

LidiaFernandes Barbosa Sergio

Lucas de Oliveira Cerqueira

Lucas Fernandes De Souza Silva

Luiz Henrique Santos Lima

Maria Hortência Pinheiro Do Nascimento

Mateus Santana Macedo Dos Santos

MoanaBarreto De Carvalho

Rafael Cardoso Pitangueira

RannaBrito Figuereido

Rosangela Araujo Da Silva

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Samantha de Santana Nascimento

TarcicioSouza Lima Neto

ThayaneSouza Dos Santos

Valdivino Alves Moreira Neto

Wendy Santos Rocha

Yasmim Santos Da Conceição

VOLUNTÁRIOS

Flavia Souza de Rescala Santiago

Adjaci Marinho de Assis

COLABORADORES

Arlinda Claudia Viana

Osvaldo Santana

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EQUIPE 2012.2 DO OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO EM RIO

DE CONTAS

EQUIPE 2013.1 DO OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO E

COLABORADORES EM CAIRÚ/BA

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EQUIPE 2014.1 DO OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO NA

MEDIAÇÃO ESCOLAR NO COLÉGIO HILDECIO MEIRELES –

CAIRÚ/BA.

EQUIPE 2014.1 DO OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO NA

MEDIAÇÃO ESCOLAR – VALENÇA /BA.

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EQUIPE 2016.1 NA FEIRA DE SAÚDE DA CECOM

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O PROGRAMA

1. PROGRAMA OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL

O OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL, é um programa de

extensão coordenado pela Prof. Ms. Ana Paula Rocha do Bomfim, lotada no

Departamento de Direito Privado, na Faculdade de Direito da Universidade Federal da

Bahia, congrega os projetos ACCS “Observatório da Pacificação Social via MESCs”,

“Mediação Escolar em Pauta”, “Câmara Modelo de Mediação, Conciliação e

Arbitragem”, “Um olhar sobre a conflituosidade nas comunidades quilombolas” e o

Projeto Mediação Comunitária em Pauta”.

As ações tiveram início com o ACCS “Observatório da Pacificação Social

via MESCs” em 13 de agosto de 2012. Pautam-se na metodologia da pesquisa-ação

decorrente da intervenção, que objetiva sobretudo a geração de tecnologia social em

prol das comunidades atendidas e de outras que possam ser assim beneficiadas mediante

os resultados obtidos em decorrência da interação ensino, pesquisa e extensão.

Participam do programa professores e alunos de graduação de diversos

cursos da UFBA, dentre estes Direito, Administração, Ciencias Contábeis, Serviço

Social e Psicologia, do Programa de Mestrado e, Segurança Pública Justiça e Cidadania,

além de voluntários, na sua maioria ex-alunos, e professores do curso de Direito do

Campus XIX da Universidade Estadual da Bahia

O programa encontra-se atualmente na fase de implantação da Câmara

Modelo de Mediação, Conciliação e Arbitragem do Observatório da Pacificação, com

previsão de funcionamento para o início do mês de novembro do ano em curso e do

Projeto Mediação Comunitária em Pauta, para o qual atualmente estamos

confeccionando material didático e paradidático necessário à capacitação dos Agente

Comunitários de Pacificação Social.

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O programa encontra a sua justificativa na necessidade de efetivação do

direito de acesso à justiça no nosso país. O acesso à justiça é um direito garantido a todo

cidadão pela nossa Carta Magna, contudo na prática isto não é realidade para a

população de baixa renda, bem como para os micro e pequenos empresários formais e

informais do nosso país.

A população de baixa renda ainda conta com a opção do atendimento

tradicional da Assistência Judiciária por parte do Estado e dos Núcleos de Prática

Jurídica de muitas instituições de ensino, se bem que, este atendimento além de não

conseguir atender à demanda reprimida existente ainda sofre com outro problema: a

lentidão do judiciário brasileiro.

O problema do acesso a Justiça no Brasil hoje ultrapassa fronteiras. De

acordo com a pesquisa do Banco Mundial, denominada Doing Business, realizada num

universo de 52 países, o Brasil se encontra em terceiro lugar em lentidão da justiça, uma

vez que um processo demora em média 566 dias.

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ACCS

2. ACCS “OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL VIA MESCS”

O ACCS “Observatório da Pacificação Social via MESCs”, é coordenado

pela Profa. Ms. Ana Paula Bomfim e conta com a colaboração da Prof. Ana Lívia

Carvalho Figueiredo Braga, do curso de Direito da Universidade do Estado da Bahia

campux XIX.

O referido ACCS traduz as necessidades acadêmicas e sociais da região

metropolitana de Salvador, Baixo Sul, Reconcavo e da Chapada Diamantina, locais em

que vem sendo desenvolvidas as ações do Programa, tendo em vista as dificuldades de

garantia e efetivação do direito ao acesso à justiça, sobretudo nas classes sociais em

situação de vulnerabilidade sócio-econômica e nos micro e pequenos negócios,

realidade esta que aflige não somente as comunidade beneficiadas pelo projeto, mas é

inerente à realidade nacional.

A implantação do projeto deu-se com o objetivo de desenvolver entre os

discentes atividade regular de leitura, reflexão analítica e produção acadêmica sobre

MESCs (meios extrajudiciais de solução de controvérsias), com ênfase na Negociação,

Mediação, conciliação e Arbitragem, como algumas dos institutos essenciais no

processo de Pacificação Social que culmina na atividade intervencionista em

comunidades em prol da garantia do acesso à justiça.

Tendo em vista a natureza curricular da ACCS – encontros semanais,

leitura e discussão de textos, observação da realidade, discussões, apresentação dos

resultados à comunidade, mediante propostas intervencionistas que podem ser

articuladas com os atores locais e a comunidade acadêmica dos cursos envolvidos - esta

possibilita aos alunos a oportunidade de participação em ações de intervenção social,

vinculadas aos demais projetos do programa Observatório da Pacificação Social.

As considerações abaixo alinhadas pretendem constituir uma formulação

prática do inventário de “intenções político-pedagógicas” do Projeto, a partir de uma

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perspectiva de investigação científica apta a “propor interpretações que levem os

sujeitos, imersos na falsa consciência1, a reconhecer-se em tais construções, por

processos autônomos de auto-reflexão”2; pretende-se, pois, estabelecer uma linha de

estudos capazes de realizar-se como ensino e como extensão no curso de um amplo

processo de participação — que inclui estudantes, professores e população interessada

— na efetivação da justiça.

À luz desta perspectiva, credita-se o desenvolvimento diversos estudos

interdisciplinares capazes de, por um lado, compreender e descrever ações (produzidas

pela sociedade civil) que tenham força suficiente para trazer problemas da periferia para

o centro do sistema político e, por outro, promover processos de coordenação coletiva

de ações individuais pelos quais os impasses identificados possam ser resolvidos

extrajudicialmente e (portanto) com a participação das pessoas implicadas3. Assim, vê-

se que o presente trabalho pretende desenvolver-se como extensão e também como

pesquisa.

Os alunos do ACCS e sues monitores participam ativamente das ações

implementadas pelos demais projetos do programa, dentre elasas ações do Projeto

Mediação Escolar em Pauta, nas cidades de Valença, Cairú, Rio de Contas, Camaçari e

Barra do Mendes com o apoio da Prefeitura Municipal e DIREC – Diretoria Regional

de Educação e Cultura, em escolas municipais, após sensibilização de professores e

diretores de unidades escolares para implantação de unidade de pacificação social na

seara da mediação escolar e familiar, bem como, do Projeto “Um olhar sobre a

Conflituosidade nas Comunidades Tradicionais” nas, nas localidade de Rio de Contas,

Salinas das Margaridas e Paty, onde vem se fazendo um trabalho de observação

etnográfica da conflituosidade em comunidades tradicionais e na cidade de Salvador,

junto a comunidades participantes do Projeto de Mediação Comunitária.

1A presença da expressão “falsa consciência” na obra de HABERMAS, que oferece lastro teórico-metodológico ao presente projeto,

é explicada por Terry NARDIN (1985: 532) da seguinte forma: “A tarefa da teoria crítica é livrar-nos da dominação, possibilitando

a autoconsciência coletiva que destruiria a ilusão de ideologia. A analogia preferida por Habermas é a psicanálise; da mesma maneira que o analista ajuda a curar os pacientes de neurose por meio da autocrítica, levando-os a uma percepção mais objetiva de si

mesmos, o teórico crítico também pode alimentar a autocrítica coletiva, por meio da qual a sociedade pode livrar-se dessa falsa

consciência”. 2 Este trecho, retirado de Miracy GUSTIN (2000: 168), se refere à explicação elaborada por FREITAG e ROUANET acerca do

papel da Teoria Crítica na perspectiva de HABERMAS: “Habermas concebe o papel da teoria crítica como instrumento de

elucidação pedagógica; ou seja ‘...ela deve propor interpretações que levem os sujeitos, imersos na falsa consciência, a reconhecer-

se em taisconstruções, por processos autônomos de auto-reflexão (...) A crítica a ideologia é uma espécie de discurso terapêutico’”. 3Seguindo MOSCOVICI e DOISE, na Teoria Geral das decisões coletivas (1991: 81), considera-se aqui o termo implicação como

equivalente de envolvimento coletivo que por sua vez significa “um comportamento público em nome de uma posição que se torna

assim irrevogável, dado que alterá-la significaria um custo elevado, seria socialmente desconfortável, perturbador da auto-estima ou pessoalmente perigoso”. Mais adiante, quando método de investigação for abordado neste projeto, tanto implicação quanto outros

conceitos e definições elaborados pelos referidos autores (e apropriados por esta pesquisa) serão tratados a contento.

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PROJETO MEDIAÇÃO ESCOLAR

3. PROJETO MEDIAÇÃO ESCOLAR EM PAUTA

O ambiente escolar é palco das mais diversas situações de conflito. Nesse

contexto, a mediação surge como um meio que pode se tornar bastante eficaz na

resolução de tais questões. Chrispino (2007) afirma que existem dois tipos de escolas:

as que assumem a existência do conflito e o encaram como uma oportunidade - sendo

este o ponto essencial para que a mediação se insira no ambiente escolar -, e as que

preferem negá-lo - e que certamente terão que lidar com manifestações mais violentas

do conflito num futuro próximo. Segundo o referido autor, as instituições escolares que

aprendem a lidar com as situações de conflito apresentam relações interpessoais

pautadas no diálogo permanente e no exercício da explicitação do pensamento,

“objetivando o aprendizado da exposição madura das idéias por meio da assertividade e

da comunicação eficaz” (p.23). Portanto, torna-se evidente o fato de que a escola é

responsável por reconhecer os conflitos existentes para que seja possível trabalhar com

eles da melhor forma, ou seja, com base no diálogo e na atuação conjunta das partes

conflitantes a fim de que uma solução seja encontrada. Caso não ocorra dessa forma, o

prejuízo futuro pode ser grande.

A mediação pode ser a ferramenta adequada para lidar com as variadas

expressões da violência no ambiente escolar. Ao pautar-se no modelo transformativo,

traz consigo uma visão positiva do conflito, no qual as questões conflitantes são

entendidas como próprias das relações humanas e importantes para que ocorram

mudanças e crescimento pessoal. Assim, o único fator que pode ser considerado

negativo é uma eventual má administração do conflito, jamais o conflito em si

(POLETTO; POLETTO, 2013). Contudo, é importante salientar que essa é uma forma

não hegemônica e relativamente nova de encarar o conflito, já que este, em geral, ainda

é visto como algo desfavorável, prejudicial ou contraproducente.

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Assim, a mediação é um método construtivo, que prioriza o respeito mútuo, a

comunicação assertiva, a cooperação e a compreensão da visão do outro (MORGADO;

OLIVEIRA, 2009). Além disso, cabe salientar que, na mediação de conflitos, as partes

devem estar envolvidas de forma voluntária, mostrando-se dispostas a atingir um

consenso. Nesse sentido, a comunicação e a interação entre elas devem ser facilitadas

pelo mediador, que assume uma posição neutra nesse processo e configura-se como

uma figura chave para que emerjam as possibilidades de conciliação. Deve haver

também a garantia da confidencialidade e a manutenção de posturas éticas. Quanto aos

objetivos do processo de mediação, Sales e Alencar (2004), pontuam que seriam quatro:

solução dos problemas (a partir do diálogo entre as partes), prevenção de futuros

conflitos, inclusão social e paz social.

A mediação enquanto inserida do contexto escolar se torna bastante interessante

por estar também dirigida aos alunos, que se encontram em fase de crescimento e de

constituição da própria identidade. De acordo com Sales e Alencar (2004, p.92)

A mediação, por suas características de diálogo pacífico, escuta ativa, respeito ao

próximo e solidariedade, possibilita que as partes envolvidas no conflito, em

especial as crianças e os adolescentes que ainda estão em fase de formação, sejam

educadas nesses valores e cresçam praticando-os.

A fim de implantar a mediação como instrumento de resolução de conflitos em

um ambiente escolar, é necessário pensar na mudança de toda uma conjuntura, que

envolve alterações de comportamentos e de formas de pensar diante de um conflito que

se instaura no ambiente. Assim, essa é uma grande mudança, que envolve não apenas os

alunos, como também os pais, mães, professores, e demais profissionais da escola.

Afinal, os próprios conflitos do ambiente escolar devem ser considerados com base na

tríade escola-família-comunidade, já que essas três esferas encontram-se entrelaçadas.

Nesse sentido, Morgado e Oliveira (2009) pontuam que a efetividade de um projeto de

mediação nas escolas está atrelada à participação de todos os atores do contexto escolar,

ou seja, se apenas os alunos estiverem voltados para a cultura do diálogo e da

pacificação das relações interpessoais, isso não será suficiente. É necessário que os

profissionais das escolas desenvolvam essa mesma postura - tanto entre si quanto na

relação com os alunos, com os pais e com os membros da comunidade - para que essa

cultura da conversa e da busca pelo entendimento entre as partes se mantenha.

O Projeto Mediação Escolar em Pauta que vem sendo desenvolvido no âmbito

do ACCS Observatório da Pacificação Social no Município de Valença sob a

coordenação da Prof. Ana Paula Rocha do Bomfim tem por objetivo desenvolver

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atividade de extensão em escolas da rede pública, mediante a sensibilização de alunos,

professores, servidores, pais e colaboradores acerca da cultura de paz, visando a

inicialmente a alteração da proposta didático-pedagógica da unidade escolar mediante a

inserção da mediação escolar e da cultura de paz , visando a implantação da mediação

escolar, de sorte que a equipe UFBA efetua a sensibilização, capacitação,

acompanhamento e avaliação da implantação da práxis pacificadora no contexto

escolar. A implantação do projeto ocorre mediante a execução de ações de

sensibilização de professores, servidores, pais, lideres estudantis e colaboradores,

capacitação dos multiplicadores, sensibilização de alunos, capacitação dos

sensibilizados, ciclo de palestras e oficinas sobre prevenção da violência, cultura de paz,

sexualidade, direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, família na

sociedade contemporânea, etc.

Diante da realidade social em que estamos inseridos, faz-se necessário frisar que

a Pacificação Escolar passou a ser uma necessidade social, uma vez que, vem se

observando um crescente aumento na violência que envolvem direta ou indiretamente o

universo da escola, tendo sido verificado, a necessidade de se trabalhar a criança e o

adolescente a partir de uma visão bio-psico-social.

Considerando-se, esta realidade, após identificada a escola, a equipe do

Observatório da Pacificação Social irá partir para a sensibilização da comunidade

estudantil, em uma primeira etapa professores, colaboradores e lideranças estudantis da

escola, além de gestores da DIREC, em uma segunda etapa alunos das escolas.

Neste sentido, estão sendo desenvolvidas propostas de intervenção no ambiente

escolar, com o objetivo de favorecer a resolução dos conflitos envolvendo alunos, da

seguinte forma:

a) Traça-se o perfil dos alunos do ambiente escolar situado na cidade escolhida.

b) com a identificação as razões dos possíveis conflitos existentes entre os

alunos daquela instituição.

c) com a organização e acompanhamento as seguintes atividades: gincana da

paz, oficina de prevenção da violência domestica, além daquelas que abordam os temas

da sexualidade, dentre outras.

d) com a avaliação da forma como as divergências culturais existentes entre os

alunos e relacionados às questões comunitárias, de raça, e de identidade dos grupos

sociais, facilitam o surgimento de conflitos.

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O projeto atualmente encontra-se sendo implementado em 02 (duas) escola na

cidade de Valença e 01 (uma) no município de Cairú, com o apoio da 5a. Diretoria

Regional de Educação e Cultura e da Prefeitura Municipal de Cairú. Sendo que estamos

dando início a implantação em escolas de Barra do Mendes e Camaçari.

COLÉGIO GENTIL PARAÍSO MARTINS – VALENÇA

Em síntese, o presente plano de trabalho tem por objetivo realizar prática

extensionista de natureza intervencionista por meio da pesquisa-ação que visa

sensibilizar, capacitar e observar a mediação escolar, tendo como objeto os conflitos

envolvendo alunos das escolas situadas nas escolas beneficiadas..

Diante deste contexto, faz-se necessário frisar que a Pacificação Escolar passou

a ser uma necessidade social, uma vez que, vem se observando um crescente aumento

na violência que envolvem direta ou indiretamente o universo da escola, tendo sido

verificado, a necessidade de se trabalhar a criança e o adolescente a partir de uma visão

bio-psico-social. Considerando-se, esta realidade, após identificada a escola, a equipe

UFBA/UNEB irá partir para a sensibilização da comunidade estudantil, em uma

primeira etapa professores, colaboradores e lideranças estudantis da escola, além de

gestores da DIREC, em uma segunda etapa alunos das escolas.

A implantação da Mediação Escolar nas escolas municipais passam inicialmente

ações bem delineadas:

1º. Sensibilização da comunidade escolar;

2º. Capacitação preliminar dos sensibilizados;

3º. Atividades de integração escolar- Gincana da Paz

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4º. Implantação do Núcleo de Pacificação social

5º Oficinas voltadas para alunos e professores (direitos humanos, acesso à

justiça, enfrentamento ao trafico de pessoas, prevenção da violência intra-familiar,

direitos das crianças e adolescentes, etc);

6º. Capacitações periódicas de grupos de alunos e professores em Mediação de

Conflitos

Atualmente várias foram as atividades nas escolas atendidas pelo projeto: a)

sensibilização das escolas Gentil Paraíso Martins e na CEEPES, no município de

Valença, no período de 15 a 16 de agosto. b) sensibilização da direção da Escola do

Zimbo, Morro de São Paulo, no município de Cairú.

SENSIBILIZAÇÃO DO CEPES E COLEGIO GENTIL PARAÍSO MARTINS

Sensibilização doColégio Gentil

efetuada no Projeto de Mediação

Escolar – Participação da aluna de

serviço social Naiara Ramos (UFBA)

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Sensibilização do Colégio Gentil efetuada Projeto de Mediação Escolar – Participação

da Professora Ana Paula Bomfim (UFBA) e Maria Paula Ávila (UNEB)

CAPACITAÇÃO CONJUNTA CEPES E COLEGIO GENTIL PARAÍSO MARTINS

Capacitação conjunta do Colégio Gentil e do CEPES efetuada pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar –

Alunos e professores doColégio Gentil

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Capacitação conjunta do Colégio Gentil e do CEPES efetuada pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar - Prof.

Marcelo (CEPES) e alunos do colégio CEPES

CAPACITAÇÃO CONJUNTA DO COLÉGIO

GENTIL E DO CEPES EFETUADA PROJETO DE

MEDIAÇÃO ESCOLAR – PARTICIPAÇÃO DA

PROFESSORA ANA LÍVIA BRAGA (UNEB)

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Capcitação conjunta do Colégio Gentil e do CEPES efetuada Projeto de Mediação

Escolar – Professores e alunos do Colégio Gentil Paraiso Martins na participação da

aluna Gabriela Teles na capacitação.

Capacitação conjunta do Colégio Gentil e do CEPES efetuada Projeto de Mediação

Escolar – Professores e alunos do Colégio Gentil Paraiso Martins e a Prof. Rosangela,

representante da 5ª. DIREC.

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OBSERVAÇÃO ETNOGRAFICA E APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO

– MORRO DE SÃO PAULO, CAIRÚ

Viagem a Morro de São Paulo - Prof. Ana Paula Bomfim e as alunas Ivana, Marina.

Camila e Bonie aplicação de questionários.

Viagem a Morro de São Paulo – os alunos do ACC Edimar, Felipe Augusto e Luana

Viana naaplicação de questionários.

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I GINCANA DA PAZ

I Gincana da Paz do Colégio Gentil (Valença)- atividade promovida pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar – alunos da

UFBA e do Gentil

I Gincana da Paz do Colégio Gentil (Valença)- atividade promovida pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar –

aluna Maria Victoria Borja (UFBA) – coordenando a apresentação das tarefas.

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I Gincana da Paz do Colégio Gentil (Valença)- atividade promovida pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar –

Cumprimento da tarefa Mural da Paz.

I Gincana da Paz do Colégio Gentil (Valença)- atividade promovida pelo Programa

Observatório da Pacificação Social, no âmbito do Projeto de Mediação Escolar –

Jurados da gincana – Professor Osmando (Gentil),Prof. Oscarina (Gentil) e Prof. Ana

Paula (UFBA).

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MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA

4. PROJETO MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA EM PAUTA

O Projeto Mediação Comunitária em Pauta, mais um dos protetos de intervenção do

Programa Observatório da Pacificação Social apresenta a Mediação como elemento de

empoderamento, pertencimento e efetivação de direitos humanos.

Cada comunidade tem contornos próprios, mesmo que as vezes possam trazer

semelhanças com outras comunidades. As experiencias do viver em comunidade, do

conviver, constroi realidades distintas mesmo que em contextos sociais semelhantes e

estas caracteristicas podem ser percebidas claramente quando adentramos estes diversos

mundos, onde a violência e os conflitos são experiencias distintas, com vivências e

experiencias únicas.

A vulnerabilidade sócio-economica assola milhares de comunidades no nosso país, no

sosso estado e na nossa cidade. Esta vulnerabilidade constantemente esta relacionada à

violência e a conflituosidade, pois a segurança e a pacificação social estão diretamente

relacionadas ao desenvolvimento, ao passo que a vulnerabilidade sócio-economica estão

relacionadas a violencias e a conflituosidade.

Mesmo que esta seja a regra geral, o presente projeto tem por objetivo a disseminação

da mediação comunitária como um instrumento de pacificação social e redução da

violencia, efetivação dos direitos humanos, promoção da cidadania e empoderamento da

comunidade, despertanto nela a capacidade e a consciencia que ela pode ser a

responsável pelos rumos da resolução dos conflitos emergentes.

Pensar Mediação Comunitária vai além do treinamento de lideranças comunitárias.

Precisamos ter consciencia que a Mediação Comunitária precisa ter bases solidas de

reconstrução do espaço de cidadania, de sorte que o procedimento de implantação da

Mediação Comunitária passa por fases distintas, senão vejamos:

1. Identificação dos atores locais;

2. Sensibilização dos atores locais;

3. Formação de Agentes de Pacificação Social;

4. Oficinas de cidadania.

5. Implantação do Núcleo de Mediação Comunitária;

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A sensibilização é uma fase essencial para a implantação do ´projeto, pois é o momento

em que se acende na comunidade a esperança da (re)construção de uma comunidade

melhor, da comunidade dos sonhos de cada um dos presentes.

Da sensibilização saem aqueles que deverão ser capacitados como agentes de

pacificação social. Estes agentes, pessoas da comunidade, passam a ser agora agentes de

transformação social, que levam aos vizinhos e demais membros da comunidade a

semente da efetividade dos direitos humanos, da cidadania e do acesso à justiça por

meio da mediação. A atuação deste agentes ultrapassa a possibilidade de atuação

enquanto mediadores comunitários.

Na capacitação se constroe o conjunto das oficinas a serem trabalhadas com a

comunidade. Esta construção há de ser um processo coletivo, a partir da sondagem dos

atores locais e sobretudo de desenvolvimento e realização conjunta com os parceiros.As

oficinas tem que representar as necessidades da comunidade para a promoção da

cidadania, redução da violência e dos conflitos.

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COMUNIDADES TRADICIONAIS

5. PROJETO UM OLHAR SOBRE A CONFLITUOSIDADE DAS

COMUNIDADES TRADICIONAIS

O Observatório da Pacificação Social desenvolve o estudo relacionado ao olhar

obre a conflituosidade nas comunidades tradicionais, buscando analisar os impasses e

suas soluções nas comunidades de pescadores e marisqueiras do Baixo Sul da Bahia.

O trabalho objetiva compreender a relação de conflituosidade interna e externa

nas comunidades tradicionais de pescadores e marisqueiras do Baixo Sul da Bahia

(Camamu, Maraú, Igrapiúna, Taperoá, Ituberá, Nilo Peçanha, Valença, Cairú e

Jaguaripe) e fomentar a discussão da manutenção e/ou resgate da cultura da paz nestas

comunidade.

Neste sentido, há o levantamento e análise dos conflitos nos âmbitos social,

econômico, político, ambiental, religioso e cultural, suas principais características e

consequências, assim como as transformações pelas quais passam estas comunidades

tradicionais; Investigação da experiência da conflituosidade em comunidades

tradicionais, sob o prisma da cultura da Pacificação; Apresentação do diagnóstico das

práticas tradicionais (costumeiras) adotas pelas comunidades de pescadores e

marisqueiras na resolução de conflitos.

Em abril de 2013, houve pesquisa em campo, cujo foco foi observar a realidade

das comunidades quilombolas de Barra do Brumado, Rio de Contas-BA e Enseada do

Paraguaçu em Salinas da Margarida – BA, analisando a questão do conflito em tais

comunidades, no sentido de se ele existe ou não e como se constitui no cotidiano dos

seus membros. A reflexão acerca das comunidades e seus conflitos traz em seu cerne,

nas saídas de campo em questão, o diálogo entre saberes.

Nesse sentido, para além dos estudos e discussões de texto em sala de aula, o

projeto traz como sua essência a pesquisa em campo, de modo que seus membros

vivenciam as realidades ora analisadas para que com isso a experiência da troca de

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saberes se efetive tanto para o grupo de pesquisadores quanto para os membros das

comunidades, foco da atual pesquisa que vem sendo desenvolvida.

A comunidade quilombola de Barra do Brumado em Rio de Contas, na Chapada

Diamantina, foi observada a partir de diálogos e entrevistas com os membros da

comunidade, bem como com os policiais que atuam na cidade de Rio de Contas. No

total, trata-se de quatro comunidades quilombolas, em uma delas, a de Barra do

Brumado, houve o diálogo entre saberes do grupo de pesquisadores com os membros da

comunidade.

A realidade vivida na comunidade quilombola traz em sua essência a atmosfera

favorável para o diálogo, de modo que o grupo de pesquisadores logo foi acolhido por

seus membros. O contexto abarca acolhimento, solidariedade, mutualidade, sendo a

comunidade um grupo homogêneo com afinidades cognitivas, a qual tem em si visões

semelhantes formadas de modo natural, através da educação e cultura locais.

As comunidades tradicionais são capazes de gerar e transmitir conhecimentos

além de criar, inovar e experimentar a obtenção de bens e serviços da natureza,

contribuindo para o uso e manejo sustentado dos recursos naturais. No entanto, no

processo de industrialização e modernização promovido pelo capitalismo as

comunidades tradicionais passam por uma série de desdobramentos conflitivos que

acabam por comprometer sua existência e reprodução sociocultural.

Nesse contexto, insere-se a comunidade quilombola de Enseada do Paraguaçu

situada em Salinas da Margarida e no entorno de Maragogipe, com aproximadamente

1.000 habitantes, cuja subsistência principal advém da mariscagem e pesca dependendo

assim diretamente do meio ambiente equilibrado e preservado. Na questão da

demarcação de território, a comunidade somente é reconhecida pela Fundação Palmares,

não sendo ainda titulada.

A construção do Estaleiro de Enseada do Paraguaçu, projeto financiado pela

Odebrecht, OAS, UTC e a Kawasaki Heavy contando também com o apoio do Governo

da Bahia, comprometem as populações que dependem diretamente dos recursos naturais

para sua sobrevivência, caracterizando assim um conflito socioambiental.

Esse estaleiro é um projeto de grande repercussão na indústria naval brasileira,

elevando assim o potencial do país no que tange as questões que viram em torno do

território marítimo brasileiro, uma vez que com essa construção a Petrobrás se

beneficiará com produção de material para desenvolver técnicas de perfuração em águas

profundas, como a camada do pré-sal. Durante a conversa com os moradores foi

possível ter noção de que esse objetivo social não vem sendo cumprido, pelo contrário,

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a obra do estaleiro trouxe enormes impactos para as comunidades do entorno,

interferindo diretamente em seu território, nas suas práticas e nos meios de sua

subsistência.

Com o surgimento das novas relações sociais causadas pela vinda dos novos

trabalhadores, começaram a surgir novos conflitos e problemas que até então não

existiam, dentre eles encontram-se aumento da violência, inclusive caso de prostituição

e aliciação de menores, segundo relato dos moradores também há registro de menores

que engravidaram dos “estaleiros”. No lado ambiental, os resíduos da construção do

estaleiro causam a contaminação das águas dos rios, como consequência a comunidade

perde o seu principal meio de subsistência ocasionandoassim medo e incerteza como se

observa no relato de uma das moradoras: “A maré anda suja e o marisco não tem mais o

mesmo sabor. Está faltando peixe e marisco no mar, o que faz os moradores entrar em

desespero com o medo de acabar”.

Além deste,há relatos de conflitos entre a comunidade e os seguranças do

estaleiro devido a falta de permissão para ultrapassar determinadas áreas anteriormente

frequentadas pelos moradores, atitude que gera um entrave entre as partes caracteriza

pela falta de diálogo uma vez que uma das partes se utiliza do uso da força como forma

de coibir a conduta do outro. Como agravante essas áreas eram utilizadas pela

comunidade para saciar suas necessidades básicas de alimentação, higiene e práticas

culturas, refletindo diretamente na fragmentação da identidade dos membros.

Na tentativa de solucionar os conflitos trazidos pelo estaleiro, a comunidade

identificou os impactos dessa obra em seu cotidiano,cujo objetivo primordial visa

demonstrar aos responsáveis pela obra que os danos gerados na comunidade são

irreversíveis, principalmente, no que tange a sobrevivência, identidade e preservação

cultural. Além de interferir e causar a poluição do meio ambiente local, salientando a

existência de área de proteção ambiental nas proximidades.

Quando questionados sobre o papel da liderança local na interlocução entre os

moradores e os responsáveis pelo estaleiro os moradores afirmaram que as lideranças

foram “cooptadas” para favorecer aqueles que detêm o poder, segundo os mesmos

“quem tem mais dinheiro e poder é quem manda”. Por fim, na visita à comunidade

podemos constatar a existência de conflitos na localidade e de que sentido se tornaram

frequentes após a vinda dos novos moradores para trabalhar no estaleiro, como também

questões ambientais que interferem diretamente nos meios tradicionais de subsistência e

também na preservação da sua cultura, identidade e territoriedade.

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O presente trabalho trouxe, sob a ótica da cultura da pacificação, a experiência da

conflituosidade em comunidades tradicionais, especificamente a de Barra do Brumado

(Rio de Contas- BA) e a de Salinas. A pesquisa vem sendo desenvolvida com o intuito

também de o grupo conhecer ainda mais comunidades e seus conflitos, no sentido de

que ela não se esgota.

Através do diálogo com os membros da comunidade, observa-se a importância

da troca de saberes, tendo em vista que o grupo de pesquisas tem um longo caminho de

aprendizagem a ser percorrido diante da forma de interação nas relações interpessoais

pautada na coletividade. Por isso, voltará à comunidade, em Rio de Contas, no mês de

agosto. O diálogo entre saberes desenvolvido pela comunidade e pelo grupo de pesquisa

mostra-se fundamental para que possa ser observado, na prática, outros meios de

soluções extrajudiciais de conflitos, os quais são realizados muitas vezes ,como no caso

da comunidade de Barra do Brumado em Rio de Contas/Ba, por uma líder quem mesmo

desconhecendo as regras da mediação, da conciliação, da arbitragem e na negociação,

resolve o conflito a partir da prática, e experiência, portanto. Desse modo, permite que

as partes cheguem a um acordo e sintam-se satisfeitas com resultado alcançado; sendo

assim, pode e deve considerar as ações realizadas por essa líder como um meio

extrajudicial de solução de conflito.

Entretanto, após a visitação da comunidade da Enseada do Paraguaçu e o

posterior pedido dos seus moradores, solicitando que os alunos retornassem à

comunidade para levar os resultados das pesquisas realizadas, e o fato desses mesmos

moradores alegarem que iriam procurar o judiciário para receber a indenização dos

problemas causados pelo Estaleiro; evidencia a caracterização de um conflito instalado

em Salinas das Margaridas. Através da aplicação dos MESC’s, concretizando a ideia

inicial do ACC, o conflito ali latente pode vir a ser solucionado, caso as partes mostrem-

se interessadas na solução do conflito e caso alguns dos modelos de solução de

conflitos, se encaixem na disputa. O ACC terá, por conseguinte, o papel de esclarecer

àquela comunidade quais são direitos e deveres para que, dessa forma, elas sintam-se

contempladas com o seu direito de “acesso a justiça”, característica de suma

importância.

A convivência em grupo gera as relações inter-humanas, desenvolvidas de maneira

pacífica, mas também permeadas pela conflituosidade. Já não mais soa estranho,

portanto, o fato do conflito fazer parte de nós mesmos, no sentido de que este é

consequência das diferenças entre os sujeitos, assim como da insatisfação de suas

necessidades. O entendimento do conflito como algo positivo, a partir das visitas em

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campo, trouxe para a pesquisa a percepção de que o conflito, quando bem administrado

pelas partes ou por um terceiro, é propulsor de crescimento e bem-estar interior.

ACCS OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL EM RIO DE CONTAS –

CHAPADA DIAMANTINA

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Participação em Audiencia Pública na

cidade de Rio de Contas

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha

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ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Equipe do ACCS, Prof. Ana Paula

Bomfim, Prof. Julio Rocha e alunos da rede pública de Rio de Contas

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

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Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Participação em Audiencia Pública na

cidade de Rio de Contas

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Participação em Audiencia Pública na

cidade de Rio de Contas

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Prof. Ana Paula Bomfim e os alunos

Maristela Garrido, MarinaSantedicola, Felipe Castro, Camila Almada, Fabio, Tainã,

Maria Victoria Borja e Flavia Joanna

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ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Visita ao Quilombo

ACCS Observatório da Pacificação Social em Rio de Contas – Chapada Diamantina

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. Julio Rocha – Visita ao Quilombo

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ACCS OBSERVATÓRIO DA PACIFICAÇÃO SOCIAL EM RIO DE CONTAS –ILHA DO PATY

ACCS Observatório da Pacificação Social em Ilha do Pati

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. JulioRocha –Visita comunidade de marisqueiras da Ilha do Paty

ACCS Observatório da Pacificação Social em Ilha do Pati

Atividade conjunta do Observatório da Pacificação Social com o ACCS- Comunidades

Tradicionais coordenado pelo Prof. JulioRocha –Visita comunidade de marisqueiras da Ilha do Paty

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Comentado [o1]:

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