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CRIANÇA SADIA Conceito
Ser em constante evolução biopsicosocial, tem características próprias, e reage de modo
particular as novas situações que surgem no dia a dia.
(BRUNNER 1980)
Criança Doente Conceito
Ser em constante evolução... Interceptado seu desenvolvimento e crescimento encontra-se impossibilitada de compreender a situação que esta vivenciando temporariamente ou definitivamente
(BRUNNER 1980)
Doença para a criança
Grande desafio.
Quando adoece,ocorre uma série de transformações significativas no seu estado
físico psíquico e social
Hospitalização
Consiste na entrada e na permanência da criança no hospital,durante um período mais ou menos
prolongado. (GARIJO 2002)
Hospitalização
● Para a criança é quase sempre traumática● Pode ter efeitos prejudiciais permanente,provocando uma crise familiar
● Representa uma situação nova diferente de todas as que a criança conheceu ● Diferente do seu ambiente familiar com desconhecidos que exploram e realizam exames no seu corpo
Doença/Hospitalização
Pode tornar-se uma crise tanto para a criança como para a família,dependendo tanto das
percepções da criança sobre o evento,quanto do suporte disponível e suas experiências prévias para lutar contra as dificuldades
Doença/Hospitalização
●A criança requer,para a garantia do processo de crescimento e higidez mental, a satisfação de suas necessidades afetivo-emocionais (MARCONDES 1978)
Doença/HospitalizaçãoA ansiedade traz consigo sensação de:
Temor Insegurança Inquietação continua, Perda de confiança em si em face das
pessoas e situações, Perda da autonomia e competência.
Doença/Hospitalização
A doença determina uma série de novas e desagradáveis sensações corporais, e quando há necessidade de hospitalização é somada outras sensações:
Dano corporal que se expressa em forma de dor Desconforto Separação dos pais O estranho, o desconhecido e a possibilidade de
surpresa
Hospitalização: efeitos
Duração da hospitalização
●Quanto maior a hospitalização menores as oportunidades de desenvolvimento normal para a criança.
●Sofrimento de longa duração,crônicos e com seqüelas irreversíveis impõem à criança maior carga dos mecanismos adaptativos e favorecem o aparecimento de transtornos consigo mesmo e com os outros.●Detenção ou regressão do desenvolvimento emocional:retorno a dependência materna,incapacidade de ficar só.
São exceções as crianças que choram ou se perturbam ao voltar para casa.Isto pode acontecer principalmente,se ela percebe “vantagem” do hospital em relação ao lar.
Aspectos relevante na hospitalização
Faixa etária da criança Estrutura da personalidade Desenvolvimento psicossocial Nível intelectual,sócio econômico e cultural Gravidade, implicações da doença Grau de sofrimento físico-emocional imposto pela
doença Característica do tratamento, procedimento-duração Experiências anteriores, internações, morte Momento de vida
Aspectos psicológicos apresentados por crianças durante a hospitalização
infelicidade perda do apetite choro freqüente aceleração do transito intestinal, inquietude reações de ansiedade a separação, ás experiências novas e potencialmente
traumáticas e assustadoras
Reações a hospitalização
Privação materna
Privação materna é a situação na qual uma criança não encontra relação calorosa,íntima e continua com sua mãe natural ou substituta.
Privação parcial tem como resultado necessidade exagerada de amor,fortes sentimentos de vingança,culpa e depressão.
Privação total pode enfraquecer a capacidade de estabelecer relações com outras pessoas
Reações a hospitalização
Privação materna x idade da criança pode refletir-se em diferentes reações:
Crianças de 6m a 5 a de idade três fases
protesto
desespero
negação
Reações a hospitalização Privação materna x idade da criança
●Fase de protesto A criança apresenta choro forte e contínuo,intensidade de
movimentos físicos,chama pela mãe intensamente e espera ser atendida
●Fase desespero Diminuição da movimentação física,choro monótono e
intermitente,apatia e aparente tranqüilidade
●Fase negação A criança nega a necessidade de sua mãe e aceita os cuidados de
outras pessoas, porém não estabelece vínculo
Reações a hospitalização Crianças de 6 a 10a
Também poderá apresentar ansiedade de separação, porém menos intensa
Adolescentes Preocupam-se com alterações da imagem corpórea,
restrição da independência e a separação do grupo de amigos pode resultar em maior isolamento,solidão e monotonia
Reações a hospitalização
Na separação total ou parcial do familiar e sem receber assistência psicoafetiva adequada os efeitos nocivos da hospitalização face à privação cognitiva-sensorio-emocional, poderão ser em:
Criança >3 meses efeitos severos;
Crianças >5 meses efeitos irreversíveis.
Reações a hospitalização●Sintomáticas
Alterações no padrão de sono, humor e linguagem Inapetência Roer unhas Masturbação
●Afetiva
Ansiedade Angustia Tristeza Depressão
Reações a hospitalização Medo
Temor da aproximação Reações desesperadas aos procedimentos
Comportamentais
Agressividade,hostilidade,apatia Agitação psicomotora, egocentrismo Necessidade de atenção
Hospitalização
Se conduzida de forma a respeitar e atender às necessidades afetivo-emocionais, a favorecer a
adaptação da criança às situações vivenciadas,prevenido ou atenuando as
conseqüências mórbidas,pode se constituir numa situação de amadurecimento psicoafetivo
e social da criança
Os pais da criança hospitalizada
Sempre que uma criança fica doente o estresse é criado e envolve a família como um todo,embora a doença seja aguda,crônica ou fatal, tratada em casa ou no hospital terá impacto não só na criança doente mas em em toda família.
Tanto os pais como os irmãos têm vínculos com a criança.
Se a doença ou hospitalização for vivida como crise o grupo passará por um período de desorganização,com redução na habilidade dos membros de desempenhar os papeis usuais.
No evento de crise a família pode fortalece-se ou enfraquecer.
Os pais da criança hospitalizadaProblemas enfrentados ●Medo realístico ou não da doença e do desconhecido.
●Sentimentos de culpa e/ou de ambivalência para com a criança.
●Insegurança e ausência de controle sobre o ambiente hospitalar, pessoas, rotinas, procedimentos e equipamentos.
●Medo de perder o afeto do filho
●Problemas financeiros,sociais e afetivos vinculados à doença e hospitalização do filho.(perturbações no relacionamento sexual)
●Padrões comportamentais solicitados aos pais diferentes dos habituais
Os pais da criança hospitalizada
Relação entre família x enfermagem
A família, ao delegar á enfermagem os cuidados com o seu filho,sentem-se:
Impotente e incapaz. Atribuindo a si a causa da enfermidade.
Esses sentimentos tornam-se conflitantes no relacionamento entre enfermeiros e família
Os pais da criança hospitalizadaRelação entre família x enfermagem
Em algumas situações, o sentimento de culpa e ou hostilidade são expressos sob a forma de:
Recusa em permanecer com a criança Pouca tolerância ás solicitações Impaciência e afastamento progressivo. (SCHIMITZ 2000)
Os pais da criança hospitalizada Participação da família na hospitalização da criança
●A Presença da família permite que a criança elabore com mais facilidade seus sentimentos e emoções. Ajuda no controle da ansiedade e nos medos da criança, podendo esta organizar melhor seu mundo interior
● Minimiza os estressores decorrentes da hospitalização
●Favorece a enfermagem quando a família passa a ser colaboradora somando esforços para um cuidar humanizado...
● ( DIAS 2001)
Os pais da criança hospitalizada
Participação da família nos cuidados permite:
● Melhor interação com a equipe
● Facilita aos profissionais a observação da interação da família com sua criança
● Cria o elo entre a criança e a enfermagem,pois é na família que a criança confia e se apega para fortalecer seus vínculos e formar novos laços de afeto e amizade
Desconforto dos acompanhantes em relação a hospitalização da criança
Falta / inexistência de comodidade no hospital
Estrutura e funcionamento do hospital em condições precárias
Vivência de tensão durante o tratamento da criança
Direitos do acompanhante não atendidos
Sentir-se incomodado com os acontecimentos vivenciados no hospital.
(KOERICH 1998)
Assistência Centrada na Criança e sua Família
Objetivos
Manter ou fortalecer as funções e laços da família com a criança hospitalizada,visando promover a normalidade da unidade familiar
Benefícios
Minimiza a ansiedade da separaçãoAs reações de protesto,negação e desespero diminuem.Aumenta a sensação de segurança da criança
Assistência Centrada na Criança e sua FamíliaBenefícios As necessidades que as famílias possuem de cuidar
física e emocionalmente das suas crianças são atendidas
Os pais sentem- se úteis e importantes em vez de dependentes e isolados
O sentimento de culpa por parte dos pais diminui
Aumentam a competência e a confiança dos pais no cuidado da criança
Bibliografia Utilizada
● ALMEIDA, Fabiane de Amorim - Enfermagem Pediátrica- A Criança o Adolescente e sua Família no Hospital –Barueri,SP- ed Manole, 2008
● FIGUEIREDO, Nébia Maria de Almeida;Ensinando a Cuidar da Criança –Editora Difusão Enfermagem, 2003
● SCHMITZ, Edilza – A Enfermagem em pediatria e puericultura. São Paulo: Atheneu, 2000.
● WONG, Fundamentos de Enfermagem Pediátrica;Tradução da 7ª ed :ELSEVIER, 2006