CONHECIMENTOS BANC-RIOS

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    CONHECIMENTOS BANCRIOS

    Estrutura do Sistema Financeiro Nacional Sistema de Seguros Privados e Previdncia

    Complementar Sociedade de Fomento Mercantil (Factoring) Sociedades Administradoras de Cartes de Crdito Produtos e Servios Financeiros Mercado de Capitais Mercado de Cmbio Operaes com Derivativos Garantias do Sistema Financeiro Nacional Vocabulrio e Termos Tcnicos Exerccios de Fixao

    Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

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    Conselho Monetrio Nacional Banco Central do Brasil Comisso de Valores Mobilirios Conselho de Recursos do SFN Bancos Comerciais Caixas Econmicas Cooperativas de Crdito Bancos Comerciais Cooperativos Bancos de Investimento e Desenvolv. Sociedades de Crdito, Financ. e Investim. Sociedades de Arrendamento Mercantil Sociedades Corretoras de Ttulos e Valores Sociedades Distribuidoras de Tt. e Valores Bolsa de Valores Bolsa de Mercadorias e de Futuros SELIC CETIP Sociedades de Crdito Imobilirio Associaes de Poupana e Emprstimo Outras Instituies

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    Instituiesrgos deregulao efiscalizaco 1

    Categoria Discriminao

    Bancos mltiplos c/ carteira comercial

    Bancos comerciais

    Caixas econmicas

    Instituies financeirasque captam depsitos

    vista

    Cooperativas de crdito

    Bancos mltiplos s/ carteira comercial

    Bancos de investimento

    Bancos de desenvolvimento

    Sociedades de crdito, financiamento e investimento

    Sociedades de crdito imobilirio

    Companhias hipotecrias

    Demais instituiesfinanceiras

    Associaes de poupana e emprstimo

    Bolsas de mercadorias e de futuros

    Bolsas de valores

    Sociedades corretoras de ttulos e valores mobilirios

    Sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios

    Sociedades de arrendamento mercantil

    Sociedades corretoras de cmbio

    Outros intermedirios ouauxiliaresfinanceiros

    Agentes autnomos de investimento

    Entidades fechadas de previdncia privada

    Entidades abertas de previdncia privada

    Sociedades seguradoras

    Sociedades de capitalizao

    Entidades ligadas aossistemas de previdncia e

    de seguros

    Sociedades administradoras de seguro -sade

    Fundos mtuos

    Clubes de investimentos

    Carteiras de investidores estrangeiros

    Entidadesadministradoras de recursos

    de terceiros

    Administradoras de consrcios

    CMN

    CNSP

    CGPC

    B C B

    C V M

    SUSEP

    SPC

    Entidades operadoras desistemas deliquidao

    Sistemas de compensao e de liquidao

    Conselho Monetrio Nacional

    CMN - Conselho Monetrio Nacional

    Lidera o SFN e composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), pelo Ministro-chefe daSecretaria de Planejamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil. (MedidaProvisria 542, de 30 de junho de 1994)

    Criou-se tambm, subordinado ao CMN, a Comisso Tcnica da Moeda e do Crdito, com

    a competncia bsica de regulamentar as matrias da Medida Provisria 542, deresponsabilidade do CMN. Seus componentes so o Presidente do BACEN, o Presidenteda CVM, os Secretrios do Tesouro Nacional e da Poltica Econmica do Ministrio daFazenda, os Diretores de Poltica Monetria, de Assuntos Internacionais e de Normas eOrganizao do Sistema Financeiro, todos do BACEN.

    Funcionam tambm, junto ao CMN, as seguintes comisses consultivas:

    - Normas e Organizao do Sistema Financeiro;

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    - Mercado de Valores Mobilirios e de Futuros;- Crdito Rural;- Crdito Industrial;- Endividamento Pblico;- Poltica Monetria e Cambial;- Processos Administrativos.

    O CMN rene-se ordinria e/ou extraordinariamente para discutir assuntos de interesse doSFN e suas decises so tomadas atravs de Resolues.

    Entre suas principais atribuies podemos destacar as seguintes:

    - adaptar o volume de meios de pagamento s reais necessidades da economia e de seuprocesso de desenvolvimento;

    - regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionrios oudeflacionrios de origem interna ou externa, as depresses econmicas e outrosdesequilbrios oriundos de fenmenos conjunturais;

    - regular o valor externo da moeda e o equilbrio da balana de pagamentos do pas, tendoem vista a melhor utilizao dos recursos em moeda estrangeira;

    - orientar a melhor aplicao dos recursos das instituies financeiras pblicas e privadasnas diferentes regies do pas, gerando condies

    - favorveis ao desenvolvimento da economia nacional;

    - propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos financeiros, com vistas maior eficcia do sistema de pagamentos e de mobilizao de recursos;

    - zelar pela liquidez e solvncia das instituies financeiras;

    - coordenar as polticas monetria, creditcia, oramentria, fiscal e da dvida pblica

    interna e externa, em conjunto com o Congresso Nacional;

    - autorizar as emisses de papel-moeda pelo BACEN e as normas reguladoras do meiocirculante;

    - determinar as caractersticas gerais das cdulas e das moedas;

    - aprovar os oramentos monetrios preparados pelo BACEN;

    - fixar diretrizes e normas da poltica cambial;

    - disciplinar o crdito em suas modalidades e as formas das operaes creditcias;

    - estabelecer limites para a remunerao das operaes e servios bancrios oufinanceiros;

    - determinar as taxas do recolhimento compulsrio das instituies financeiras;

    - outorgar ao BACEN o monoplio de operaes de cmbio quando o balano depagamento o exigir;

    - estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transaes com ttulos pblicos;

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    - regular a constituio, o funcionamento e a fiscalizao de todas as instituiesfinanceiras que operam no pas;

    - aplicar as penalidades previstas e limitar sempre que necessrio as taxas de juros,descontos, comisses e qualquer outra forma de remunerao de operaes, inclusive asprestadas pelo BACEN.

    Presidncia da Repblica Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964.

    Dispe sobre a Poltica e as Instituies Monetrias, Bancrias e Creditcias, Cria o ConselhoMonetrio Nacional e d outras providncias

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

    Captulo I

    Do Sistema Financeiro Nacional

    Art. 1 O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, ser constitudo:

    I - do Conselho Monetrio Nacional;

    II - do Banco Central do Brasil;(Redao dada pelo Del n 278, de 28/02/67)

    III - do Banco do Brasil S. A.;

    IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;

    V - das demais instituies financeiras pblicas e privadas.

    Captulo II

    Do Conselho Monetrio NacionalArt. 2 Fica extinto o Conselho da atual Superintendncia da Moeda e do Crdito, e criado emsubstituio, o Conselho Monetrio Nacional, com a finalidade de formular a poltica da moeda edo crdito como previsto nesta lei, objetivando o progresso econmico e social do Pas.

    Art. 3 A poltica do Conselho Monetrio Nacional objetivar:

    I - Adaptar o volume dos meios de pagamento s reais necessidades da economia nacional eseu processo de desenvolvimento;

    II - Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionriosou deflacionrios de origem interna ou externa, as depresses econmicas e outrosdesequilbrios oriundos de fenmenos conjunturais;

    III - Regular o valor externo da moeda e o equilbrio no balano de pagamento do Pas, tendo em

    vista a melhor utilizao dos recursos em moeda estrangeira;IV - Orientar a aplicao dos recursos das instituies financeiras, quer pblicas, quer privadas;tendo em vista propiciar, nas diferentes regies do Pas, condies favorveis aodesenvolvimento harmnico da economia nacional;

    V - Propiciar o aperfeioamento das instituies e dos instrumentos financeiros, com vistas maior eficincia do sistema de pagamentos e de mobilizao de recursos;

    VI - Zelar pela liquidez e solvncia das instituies financeiras;

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    VII - Coordenar as polticas monetria, creditcia, oramentria, fiscal e da dvida pblica, internae externa.

    Art. 4 Compete ao Conselho Monetrio Nacional, segundo diretrizes estabelecidas peloPresidente da Repblica:(Redao dada pela Lei n 6.045, de 15/05/74)

    I - Autorizar as emisses de papel-moeda (Vetado) as quais ficaro na prvia dependncia deautorizao legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central daRepblica do Brasil, das operaes de crdito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49desta Lei.(Vide Lei n 8.392, de 30.12.91)

    O Conselho Monetrio Nacional pode, ainda autorizar o Banco Central da Repblica do Brasil aemitir, anualmente, at o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamentos existentes a31 de dezembro do ano anterior, para atender as exigncias das atividades produtivas e dacirculao da riqueza do Pas, devendo, porm, solicitar autorizao do Poder Legislativo,mediante Mensagem do Presidente da Repblica, para as emisses que, justificadamente, setornarem necessrias alm daquele limite.

    Quando necessidades urgentes e imprevistas para o financiamento dessas atividades odeterminarem, pode o Conselho Monetrio Nacional autorizar as emisses que se fizeremindispensveis, solicitando imediatamente, atravs de Mensagem do Presidente da Repblica,homologao do Poder Legislativo para as emisses assim realizadas:

    II - Estabelecer condies para que o Banco Central da Repblica do Brasil emita moeda-papel(Vetado) de curso forado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normasreguladoras do meio circulante;

    III - Aprovar os oramentos monetrios, preparados pelo Banco Central da Repblica do Brasil,por meio dos quais se estimaro as necessidades globais de moeda e crdito;

    IV - Determinar as caractersticas gerais (Vetado) das cdulas e das moedas;

    V - Fixar as diretrizes e normas da poltica cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro equaisquer operaes em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;(Redao dadapelo Del n 581, de 14/05/69)

    VI - Disciplinar o crdito em todas as suas modalidades e as operaes creditcias em todas assuas formas, inclusive aceites, avais e prestaes de quaisquer garantias por parte das

    instituies financeiras;VII - Coordenar a poltica de que trata o art. 3 desta Lei com a de investimentos do GovernoFederal;

    VIII - Regular a constituio, funcionamento e fiscalizao dos que exercerem atividadessubordinadas a esta lei, bem como a aplicao das penalidades previstas;

    IX - Limitar, sempre que necessrio, as taxas de juros, descontos comisses e qualquer outraforma de remunerao de operaes e servios bancrios ou financeiros, inclusive os prestadospelo Banco Central da Repblica do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentosque se destinem a promover:

    - recuperao e fertilizao do solo;

    - reflorestamento;

    - combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais;- eletrificao rural;

    - mecanizao;

    - irrigao;

    - investimento indispensveis s atividades agropecurias;

    X - Determinar a percentagem mxima dos recursos que as instituies financeiras poderoemprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;

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    XI - Estipular ndices e outras condies tcnicas sobre encaixes, mobilizaes e outras relaespatrimoniais a serem observadas pelas instituies financeiras;

    XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatstica a serem observadas pelas instituiesfinanceiras;

    XIII - Delimitar, com periodicidade no inferior a dois anos o capital mnimo das instituiesfinanceiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localizao de suas sedes eagncias ou filiais;

    XIV - Determinar recolhimento de at 60% (sessenta por cento) do total dos depsitos e/ououtros ttulos contbeis das instituies financeiras, seja na forma de subscrio de letras ouobrigaes do Tesouro Nacional ou compra de ttulos da Dvida Pblica Federal, seja atravs derecolhimento em espcie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma econdies que o Conselho Monetrio Nacional determinar, podendo este:(Redao dada peloDel n 1.959, de 14/09/82)

    a) adotar percentagens diferentes em funo;

    - das regies geo-econmicas;

    - das prioridades que atribuir s aplicaes;

    - da natureza das instituies financeiras;

    b) determinar percentuais que no sero recolhidos, desde que tenham sido reaplicados emfinanciamentos agricultura, sob juros favorecidos e outras condies fixadas pelo ConselhoMonetrio Nacional.(Vide art 10, inciso III)

    XV - Estabelecer para as instituies financeiras pblicas, a deduo dos depsitos de pessoasjurdicas de direito pblico que lhes detenham o controle acionrio, bem como dos dasrespectivas autarquias e sociedades de economia mista, no clculo a que se refere o incisoanterior;

    XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, at o ltimo dia do ms subsequente,relatrio e mapas demonstrativos da aplicao dos recolhimentos compulsrios, (Vetado).

    XVII - Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condies, as operaes de redesconto ede emprstimo, efetuadas com quaisquer instituies financeiras pblicas e privadas de natureza

    bancria;XVIII - Outorgar ao Banco Central da Repblica do Brasil o monoplio das operaes de cmbioquando ocorrer grave desequilbrio no balano de pagamentos ou houver srias razes paraprever a iminncia de tal situao;

    XIX - Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da Repblica do Brasil emsuas transaes com ttulos pblicos e de entidades de que participe o Estado;

    XX - Autoriza o Banco Central da Repblica do Brasil e as instituies financeiras pblicasfederais a efetuar a subscrio, compra e venda de aes e outros papis emitidos ou deresponsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;

    XXI - Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos pblicos;

    XXII - Estatuir normas para as operaes das instituies financeiras pblicas, para preservar

    sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;XXIII - Fixar, at quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite alm doqual os excedentes dos depsitos das instituies financeiras sero recolhidos ao Banco Centralda Repblica do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;

    XXIV - Decidir de sua prpria organizao; elaborando seu regimento interno no prazo mximode trinta (30) dias;

    XXV - Decidir da estrutura tcnica e administrativa do Banco Central da Repblica do Brasil efixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus

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    funcionrios, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivaspropostas;(Vide Lei n 9.650, 27.5.1998)

    XXVI - Conhecer dos recursos de decises do Banco Central da Repblica do Brasil;(Vide Lei n9.069, de 29.6.1995)

    XXVII - aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seuoramento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo detransferncia de seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuzo da competncia doTribunal de Contas da Unio.(Redao dada pelo Decreto Lei n 2.376, de 25.11.1987) (Videart 10, inciso III)

    XXVIII - Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no Pas as mesmas vedaes ourestries equivalentes, que vigorem nas praas de suas matrizes, em relao a bancosbrasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer - se;

    XXIX - Colaborar com o Senado Federal, na instruo dos processos de emprstimos externosdos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, para cumprimento do disposto no art. 63, n II,da Constituio Federal;

    XXX - Expedir normas e regulamentao para as designaes e demais efeitos do art. 7, destalei.(Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)(Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)

    XXXI - Baixar normas que regulem as operaes de cmbio, inclusive swaps, fixando limites,taxas, prazos e outras condies.

    XXXII - regular os depsitos a prazo de instituies financeiras e demais sociedades autorizadasa funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controleacionrio ou coligadas.(Redao dada pelo Del n 2.290, de 21/11/86)

    1 O Conselho Monetrio Nacional, no exerccio das atribuies previstas no inciso VIII desteartigo, poder determinar que o Banco Central da Repblica do Brasil recuse autorizao para ofuncionamento de novas instituies financeiras, em funo de convenincias de ordem geral.

    2 Competir ao Banco Central da Repblica do Brasil acompanhar a execuo dosoramentos monetrios e relatar a matria ao Conselho Monetrio Nacional, apresentando assugestes que considerar convenientes.

    3 As emisses de moeda metlica sero feitas sempre contra recolhimento (Vetado) de igualmontante em cdulas. 4 O Conselho Monetrio nacional poder convidar autoridades, pessoas ou entidades paraprestar esclarecimentos considerados necessrios.

    5 Nas hipteses do art. 4, inciso I, e do 6, do art. 49, desta lei, se o Congresso Nacionalnegar homologao emisso extraordinria efetuada, as autoridades responsveis seroresponsabilizadas nos termos da Lei n 1059, de 10/04/1950.

    6 O Conselho Monetrio Nacional encaminhar ao Congresso Nacional, at 31 de maro decada ano, relatrio da evoluo da situao monetria e creditcia do Pas no ano anterior, noqual descrever, minudentemente as providncias adotadas para cumprimento dos objetivosestabelecidos nesta lei, justificando destacadamente os montantes das emisses de papel-moeda que tenham sido feitas para atendimento das atividades produtivas.

    7 O Banco Nacional da Habitao o principal instrumento de execuo da polticahabitacional do Governo Federal e integra o sistema financeiro nacional, juntamente com associedades de crdito imobilirio, sob orientao, autorizao, coordenao e fiscalizao doConselho Monetrio Nacional e do Banco Central da Repblica do Brasil, quanto execuo,nos termos desta lei, revogadas as disposies especiais em contrrio.(Vide Lei n 9.069, de29.6.1995)

    Art. 5 As deliberaes do Conselho Monetrio Nacional entendem-se de responsabilidade deseu Presidente para os efeitos do art. 104, n I, letra "b", da Constituio Federal e obrigaro

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    tambm os rgos oficiais, inclusive autarquias e sociedades de economia mista, nas atividadesque afetem o mercado financeiro e o de capitais.

    Art. 6O Conselho Monetrio Nacional ser integrado pelos seguintes membros:(Redao dadapela Lei n 5.362, de 30.11.1967)(Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)

    I - Ministro da Fazenda que ser o Presidente;(Redao dada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)

    II - Presidente do Banco do Brasil S. A.;(Redao dada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)III - Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;(Redao dada pela Lei n5.362, de 30.11.1967)

    IV - Sete (7) membros nomeados pelo Presidente da Repblica, aps aprovao do SenadoFederal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputao e notria capacidade em assuntoseconmico-financeiros, com mandato de sete (7) anos, podendo ser reconduzidos. (Redaodada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)

    1 O Conselho Monetrio Nacional deliberar por maioria de votos, com a presena, nomnimo, de 6 (seis) membros, cabendo ao Presidente tambm o voto de qualidade.

    2 Podero participar das reunies do Conselho Monetrio Nacional (VETADO) o Ministro daIndstria e do Comrcio e o Ministro para Assuntos de Planejamento e Economia, cujospronunciamentos constaro obrigatoriamente da ata das reunies.

    3 Em suas faltas ou impedimentos, o Ministro da Fazenda ser substitudo, na Presidncia doConselho Monetrio Nacional, pelo Ministro da Indstria e do Comrcio, ou, na falta deste, peloMinistro para Assuntos de Planejamento e Economia.

    4 Exclusivamente motivos relevantes, expostos em representao fundamentada do ConselhoMonetrio Nacional, podero determinar a exonerao de seus membros referidos no inciso IV,deste artigo.

    5 Vagando-se cargo com mandato o substituto ser nomeado com observncia do dispostono inciso IV deste artigo, para completar o tempo do substitudo.

    6 Os membros do Conselho Monetrio Nacional, a que se refere o inciso IV deste artigo,devem ser escolhidos levando-se em ateno, o quanto possvel, as diferentes regies geo-ecnomicas do Pas.

    Art. 7Junto ao Conselho Monetrio Nacional funcionaro as seguintes Comisses Consultivas:(Vide Lei n 9.069, de 29.6.1995)

    I - Bancria, constituda de representantes:

    1 - do Conselho Nacional de Economia;

    2 - do Banco Central da Repblica do Brasil;

    3 - do Banco do Brasil S.A.;

    4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;

    5 - do Conselho Superior das Caixas Econmicas Federais;

    6 - do Banco Nacional de Crdito Cooperativo;

    7 - do Banco do Nordeste do Brasil S. A.;

    8 - do Banco de Crdito da Amaznia S. A.;

    9 - dos Bancos e Caixas Econmicas Estaduais;

    10 - dos Bancos Privados;

    11 - das Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimentos;

    12 - das Bolsas de Valores;

    13 - do Comrcio;

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    14 - da Indstria;

    15 - da Agropecuria;

    16 - das Cooperativas que operam em crdito.

    II - de Mercado de Capitais, constituda de representantes:

    1 - do Ministrio da Indstria e do Comrcio;

    2 - do Conselho Nacional da Economia.

    3 - do Banco Central da Repblica do Brasil;

    4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;

    5 - dos Bancos Privados;

    6 - das Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimentos;

    7 - das Bolsas de Valores;

    8 - das Companhias de Seguros Privados e Capitalizao;

    9 - da Caixa de Amortizao;

    III - de Crdito Rural, constituda de representantes:

    1 - do Ministrio da Agricultura;

    2 - da Superintendncia da Reforma Agrria;

    3 - da Superintendncia Nacional de Abastecimento;

    4 - do Banco Central da Repblica do Brasil;

    5 - da Carteira de Crdito Agrcola e Industrial do Banco do Brasil S. A.;

    6 - da Carteira de Colonizao de Banco do Brasil S.A.;

    7 - do Banco Nacional de Crdito Cooperativo;

    8 - do Banco do Nordeste do Brasil S.A.;

    9 - do Banco de Crdito da Amaznia S.A.;

    10 - do Instituto Brasileiro do Caf;11 - do Instituto do Acar e do lcool;

    12 - dos Banco privados;

    13 - da Confederao Rural Brasileira;

    14 - das Instituies Financeiras Pblicas Estaduais ou Municipais, que operem em crdito rural;

    15 - das Cooperativas de Crdito Agrcola.

    IV - (Vetado).

    1 - (Vetado).

    2 - (Vetado).

    3 - (Vetado).4 - (Vetado).

    5 - (Vetado).

    6 - (Vetado).

    7 - (Vetado).

    8 - (Vetado).

    9 - (Vetado).

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    10 - (Vetado).

    11 - (Vetado).

    12 - (Vetado).

    13 - (Vetado).

    14 - (Vetado).

    15 - (Vetado).

    V - de Crdito Industrial, constituda de representantes:

    1 - do Ministrio da Indstria e do Comrcio;

    2 - do Ministrio Extraordinrio para os Assuntos de Planejamento e Economia;

    3 - do Banco Central da Repblica do Brasil;

    4 - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico;

    5 - da Carteira de Crdito Agrcola e Industrial do Banco do Brasil S.A.;

    6 - dos Banco privados;

    7 - das Sociedades de Crdito, Financiamento e Investimentos;

    8 - da Indstria.

    1 A organizao e o funcionamento das Comisses Consultivas sero regulados peloConselho Monetrio Nacional, inclusive prescrevendo normas que:

    a) lhes concedam iniciativa prpria junto ao MESMO CONSELHO;

    b) estabeleam prazos para o obrigatrio preenchimento dos cargos nas referidas Comisses;

    c) tornem obrigatria a audincia das Comisses Consultivas, pelo Conselho MonetrioNacional, no trato das matrias atinentes s finalidades especficas das referidas Comisses,ressalvado os casos em que se impuser sigilo.

    2 Os representantes a que se refere este artigo sero indicados pelas entidades nele referidase designados pelo Conselho Monetrio Nacional.

    3 O Conselho Monetrio Nacional, pelo voto de 2/3 (dois teros) de seus membros, poderampliar a competncia das Comisses Consultivas, bem como admitir a participao derepresentantes de entidades no mencionadas neste artigo, desde que tenham funesdiretamente relacionadas com suas atribuies.

    CAPTULO III

    Do Banco Central da Repblica do Brasil

    Art. 8 A atual Superintendncia da Moeda e do Crdito transformada em autarquia federal,tendo sede e foro na Capital da Repblica, sob a denominao de Banco Central da Repblicado Brasil, com personalidade jurdica e patrimnio prprios este constitudo dos bens, direitos evalores que lhe so transferidos na forma desta Lei e ainda da apropriao dos juros e rendasresultantes, na data da vigncia desta lei, do disposto no art. 9 do Decreto-Lei nmero 8495, de28/12/1945, dispositivo que ora expressamente revogado.

    Pargrafo nico. Os resultados obtidos pelo Banco Central do Brasil, consideradas as receitas edespesas de todas as suas operaes, sero, a partir de 1 de janeiro de 1988, apurados peloregime de competncia e transferidos para o Tesouro Nacional, aps compensados eventuais

    prejuzos de exerccios anteriores.(Redao dada pelo Del n 2.376, de 25/11/87)

    Art. 9 Compete ao Banco Central da Repblica do Brasil cumprir e fazer cumprir as disposiesque lhe so atribudas pela legislao em vigor e as normas expedidas pelo Conselho MonetrioNacional.

    Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da Repblica do Brasil:

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    I - Emitir moeda-papel e moeda metlica, nas condies e limites autorizados pelo ConselhoMonetrio Nacional (Vetado).

    II - Executar os servios do meio-circulante;

    III - determinar o recolhimento de at cem por cento do total dos depsitos vista e de atsessenta por cento de outros ttulos contbeis das instituies financeiras, seja na forma desubscrio de Letras ou Obrigaes do Tesouro Nacional ou compra de ttulos da Dvida PblicaFederal, seja atravs de recolhimento em espcie, em ambos os casos entregues ao BancoCentral do Brasil, a forma e condies por ele determinadas, podendo:(includo pela Lei n7.730, de 31.1.1989, renumerando-se os demais incisos)

    a) adotar percentagens diferentes em funo:

    1. das regies geoeconmicas;

    2. das prioridades que atribuir s aplicaes;

    3. da natureza das instituies financeiras;

    b) determinar percentuais que no sero recolhidos, desde que tenham sido reaplicadosem financiamentos agricultura, sob juros favorecidos e outras condies por elefixadas.

    IV - Receber os recolhimentos compulsrios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depsitosvoluntrios vista das instituies financeiras, nos termos do inciso III e 2 do art. 19.(Renumerado com redao dada pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    V - Realizar operaes de redesconto e emprstimos a instituies financeiras bancrias e asreferidas no Art. 4, inciso XIV, letra " b ", e no 4 do Art. 49 desta lei;(Renumerado pela Lei n7.730, de 31/01/89)

    VI - Exercer o controle do crdito sob todas as suas formas;(Renumerado pela Lei n 7.730, de31/01/89)

    VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei;(Renumerado pela Lei n7.730, de 31/01/89)

    VIII - Ser depositrio das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiaisde Saque e fazer com estas ltimas todas e quaisquer operaes previstas no Convnio

    Constitutivo do Fundo Monetrio Internacional;(Redao dada pelo Del n 581, de 14/05/69)(Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    IX - Exercer a fiscalizao das instituies financeiras e aplicar as penalidades previstas;(Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    X - Conceder autorizao s instituies financeiras, a fim de que possam: (Renumerado pelaLei n 7.730, de 31/01/89)

    a) funcionar no Pas;

    b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependncias, inclusive no exterior;

    c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

    d) praticar operaes de cmbio, crdito real e venda habitual de ttulos da dvida pblica federal,estadual ou municipal, aes Debntures, letras hipotecrias e outros ttulos de crdito oumobilirios;

    e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

    f) alterar seus estatutos.

    g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionrio. (Includo pelo Del n2.321, de 25/02/87)

    XI - Estabelecer condies para a posse e para o exerccio de quaisquer cargos deadministrao de instituies financeiras privadas, assim como para o exerccio de quaisquer

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    funes em rgos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidaspelo Conselho Monetrio Nacional;(Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    XII - Efetuar, como instrumento de poltica monetria, operaes de compra e venda de ttulospblicos federais;(Renumerado pela Lei n 7.730, de 31/01/89)

    XIII - Determinar que as matrizes das instituies financeiras registrem os cadastros das firmasque operam com suas agncias h mais de um ano.(Renumerado pela Lei n 7.730, de31/01/89)

    1 No exerccio das atribuies a que se refere o inciso IXdeste artigo, com base nas normasestabelecidas pelo Conselho Monetrio Nacional, o Banco Central da Repblica do Brasil,estudar os pedidos que lhe sejam formulados e resolver conceder ou recusar a autorizaopleiteada, podendo (Vetado) incluir as clusulas que reputar convenientes ao interesse pblico.

    2 Observado o disposto no pargrafo anterior, as instituies financeiras estrangeirasdependem de autorizao do Poder Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar noPas (Vetado).

    Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da Repblica do Brasil;

    I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituies financeiras estrangeiras einternacionais;

    II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocao de emprstimos internos ouexternos, podendo, tambm, encarregar-se dos respectivos servios;

    III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa dastaxas de cmbio e do equilbrio no balano de pagamentos, podendo para esse fim comprar evender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operaes de crdito no exterior, inclusiveas referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de cmbio financeiro ecomercial;(Redao dada pelo Del n 581, de 14/05/69)

    IV - Efetuar compra e venda de ttulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado;

    V - Emitir ttulos de responsabilidade prpria, de acordo com as condies estabelecidas peloConselho Monetrio Nacional;

    VI - Regular a execuo dos servios de compensao de cheques e outros papis;

    VII - Exercer permanente vigilncia nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que,direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relao s modalidades ou processosoperacionais que utilizem;

    VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetrio Nacional, os servios de sua Secretaria.

    1 No exerccio das atribuies a que se refere o inciso VIII do artigo 10 desta lei, o BancoCentral do Brasil poder examinar os livros e documentos das pessoas naturais ou jurdicas quedetenham o controle acionrio de instituio financeira, ficando essas pessoas sujeitas aodisposto no artigo 44, 8, desta lei.(Includo pelo Del n 2.321, de 25/02/87)

    2 O Banco Central da Repblica do Brasil instalar delegacias, com autorizao do ConselhoMonetrio Nacional, nas diferentes regies geo-econmicas do Pas, tendo em vista adescentralizao administrativa para distribuio e recolhimento da moeda e o cumprimento dasdecises adotadas pelo mesmo Conselho ou prescritas em lei.(Renumerado pelo Del n 2.321,

    de 25/02/87)Art. 12. O Banco Central da Repblica do Brasil operar exclusivamente com instituiesfinanceiras pblicas e privadas, vedadas operaes bancrias de qualquer natureza com outraspessoas de direito pblico ou privado, salvo as expressamente autorizadas por lei.

    Art. 13. Os encargos e servios de competncia do Banco Central, quando por ele noexecutados diretamente, sero contratados de preferncia com o Banco do Brasil S. A., excetonos casos especialmente autorizados pelo Conselho Monetrio Nacional.(Redao dada peloDel n 278, de 28/02/67)

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    Art. 14.O Banco Central do Brasil ser administrado por uma Diretoria de cinco (5) membros, umdos quais ser o Presidente, escolhidos pelo Conselho Monetrio Nacional dentre seus membrosmencionados no inciso IV do art. 6 desta Lei.(Redao dada pela Lei n 5.362, de 30.11.1967)(Vide Decreto n 91.961, de 19.11.1985)

    1 O Presidente do Banco Central da Repblica do Brasil ser substitudo pelo Diretor que oConselho Monetrio Nacional designar.

    2 O trmino do mandato, a renncia ou a perda da qualidade Membro do Conselho MonetrioNacional determinam, igualmente, a perda da funo de Diretor do Banco Central da Repblicado Brasil.

    Art. 15. O regimento interno do Banco Central da Repblica do Brasil, a que se refere o incisoXXVII, do art. 4, desta lei, prescrever as atribuies do Presidente e dos Diretores eespecificar os casos que dependero de deliberao da Diretoria, a qual ser tomada pormaioria de votos, presentes no mnimo o Presidente ou seu substituto eventual e dois outrosDiretores, cabendo ao Presidente tambm o voto de qualidade.

    Pargrafo nico. A Diretoria se reunir, ordinariamente, uma vez por semana, e,extraordinariamente, sempre que necessrio, por convocao do Presidente ou a requerimentode, pelo menos, dois de seus membros.

    Art. 16. Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas:(Redao dada pelo Del n2.376, de 25/11/87)

    I - de operaes financeiras e de outras aplicaes de seus recursos;(Redao dada pelo Del n2.376, de 25/11/87)

    II - das operaes de cmbio, de compra e venda de ouro e de quaisquer outras operaes emmoeda estrangeira; (Redao dada pelo Del n 2.376, de 25/11/87)

    III - eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora aplicados por fora dodisposto na legislao em vigor. (Redao dada pelo Del n 2.376, de 25/11/87)

    1 Do resultado das operaes de cambio de que trata o inciso II deste artigo ocorrido a partirda data de entrada em vigor desta lei, 75% (setenta e cinco por cento) da parte referente aolucro realizado, na compra e venda de moeda estrangeira destinar-se- formao de reservamonetria do Banco Central do Brasil, que registrar esses recursos em conta especfica, na

    forma que for estabelecida pelo Conselho Monetrio Nacional.(Renumerado pelo Del n 2.076,de 20/12/83)

    2 A critrio do Conselho Monetrio Nacional, podero tambm ser destinados reservamonetria de que trata o 1 os recursos provenientes de rendimentos gerados por:(Pargrafoincludo pelo Del n 2.076, de 20/12/83)

    a) suprimentos especficos do Banco Central do Brasil ao Banco do Brasil S.A. concedidos nostermos do 1 do artigo 19 desta lei;

    b) suprimentos especiais do Banco Central do Brasil aos Fundos e Programas que administra.

    3 O Conselho Monetrio Nacional estabelecer, observado o disposto no 1 do artigo 19desta lei, a cada exerccio, as bases da remunerao das operaes referidas no 2 e ascondies para incorporao desses rendimentos referida reserva monetria.(Pargrafoincludo pelo Del n 2.076, de 20/12/83)

    CAPTULO IV

    DAS INSTITUIES FINANCEIRAS

    SEO I

    Da caracterizao e subordinao

    Art. 17. Consideram-se instituies financeiras, para os efeitos da legislao em vigor, aspessoas jurdicas pblicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessria a

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    coleta, intermediao ou aplicao de recursos financeiros prprios ou de terceiros, em moedanacional ou estrangeira, e a custdia de valor de propriedade de terceiros.

    Pargrafo nico. Para os efeitos desta lei e da legislao em vigor, equiparam-se s instituiesfinanceiras as pessoas fsicas que exeram qualquer das atividades referidas neste artigo, deforma permanente ou eventual.

    Art. 18. As instituies financeiras somente podero funcionar no Pas mediante prviaautorizao do Banco Central da Repblica do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quandoforem estrangeiras.

    1 Alm dos estabelecimentos bancrios oficiais ou privados, das sociedades de crdito,financiamento e investimentos, das caixas econmicas e das cooperativas de crdito ou a seode crdito das cooperativas que a tenham, tambm se subordinam s disposies e disciplinadesta lei no que for aplicvel, as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitalizao,as sociedades que efetuam distribuio de prmios em imveis, mercadorias ou dinheiro,mediante sorteio de ttulos de sua emisso ou por qualquer forma, e as pessoas fsicas ou

    jurdicas que exeram, por conta prpria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra evenda de aes e outros quaisquer ttulos, realizando nos mercados financeiros e de capitaisoperaes ou servios de natureza dos executados pelas instituies financeiras.

    2 O Banco Central da Republica do Brasil, no exerccio da fiscalizao que lhe compete,

    regular as condies de concorrncia entre instituies financeiras, coibindo-lhes os abusoscom a aplicao da pena (Vetado) nos termos desta lei.

    3 Dependero de prvia autorizao do Banco Central da Repblica do Brasil as campanhasdestinadas coleta de recursos do pblico, praticadas por pessoas fsicas ou jurdicasabrangidas neste artigo, salvo para subscrio pblica de aes, nos termos da lei dassociedades por aes.

    SEO II

    DO BANCO DO BRASIL S. A.

    Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competir precipuamente, sob a superviso do ConselhoMonetrio Nacional e como instrumento de execuo da poltica creditcia e financeira doGoverno Federal:

    I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem prejuzo de outras funes quelhe venham a ser atribudas e ressalvado o disposto no art. 8, da Lei n 1628, de 20 de junho de1952:

    a) receber, a crdito do Tesouro Nacional, as importncias provenientes da arrecadao detributos ou rendas federais e ainda o produto das operaes de que trata o art. 49, desta lei;

    b) realizar os pagamentos e suprimentos necessrios execuo do Oramento Geral da Unioe leis complementares, de acordo com as autorizaes que lhe forem transmitidas peloMinistrio da Fazenda, as quais no podero exceder o montante global dos recursos a que serefere a letra anterior, vedada a concesso, pelo Banco, de crditos de qualquer natureza aoTesouro Nacional;

    c) conceder aval, fiana e outras garantias, consoante expressa autorizao legal;

    d) adquirir e financiar estoques de produo exportvel;

    e) executar a poltica de preos mnimos dos produtos agropastoris;

    f) ser agente pagador e recebedor fora do Pas;

    g) executar o servio da dvida pblica consolidada;

    II - como principal executor dos servios bancrios de interesse do Governo Federal, inclusivesuas autarquias, receber em depsito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquerentidades federais, compreendendo as reparties de todos os ministrios civis e militares,instituies de previdncia e outras autarquias, comisses, departamentos, entidades em regimeespecial de administrao e quaisquer pessoas fsicas ou jurdicas responsveis por

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    adiantamentos, ressalvados o disposto no 5 deste artigo, as excees previstas em lei oucasos especiais, expressamente autorizados pelo Conselho Monetrio Nacional, por proposta doBanco Central da Repblica do Brasil;

    III - arrecadar os depsitos voluntrios, vista, das instituies de que trata o inciso III, do art.10, desta lei, escriturando as respectivas contas;(Redao dada pelo Del n 2.284, de 10/03/86)

    IV - executar os servios de compensao de cheques e outros papis;

    V - receber, com exclusividade, os depsitos de que tratam os artigos 38, item 3, do Decreto-lein 2.627, de 26 de setembro de 1940, e 1 do Decreto-lei n 5.956, de 01/11/43, ressalvado odisposto no art. 27, desta lei;

    VI - realizar, por conta prpria, operaes de compra e venda de moeda estrangeira e, por contado Banco Central da Repblica do Brasil, nas condies estabelecidas pelo Conselho MonetrioNacional;

    VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros servios de interesse do Banco Central daRepblica do Brasil, mediante contratao na forma do art. 13, desta lei;

    VIII - dar execuo poltica de comrcio exterior (Vetado).

    IX - financiar a aquisio e instalao da pequena e mdia propriedade rural, nos termos dalegislao que regular a matria;

    X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favorecimento referido no art. 4,inciso IX, e art. 53, desta lei;

    XI - difundir e orientar o crdito, inclusive s atividades comerciais suplementando a ao darede bancria;

    a) no financiamento das atividades econmicas, atendendo s necessidades creditcias dasdiferentes regies do Pas;

    b) no financiamento das exportaes e importaes. (Vide Lei n 8.490 de 19.11.1992)

    1 - O Conselho Monetrio Nacional assegurar recursos especficos que possibilitem aoBanco do Brasil S. A., sob adequada remunerao, o atendimento dos encargos previstos nestalei.

    2 - Do montante global dos depsitos arrecadados, na forma do inciso III deste artigo o Bancodo Brasil S. A. Colocar disposio do Banco Central da Repblica do Brasil, observadas asnormas que forem estabelecidas pelo Conselho Monetrio Nacional, a parcela que exceder asnecessidades normais de movimentao das contas respectivas, em funo dos serviosaludidos no inciso IV deste artigo.

    3 - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, sero objeto de contratao entre o Bancodo Brasil S. A. e a Unio Federal, esta representada pelo Ministro da Fazenda.

    4 - O Banco do Brasil S. A. prestar ao Banco Central da Repblica do Brasil todas asinformaes por este julgadas necessrias para a exata execuo desta lei.

    5 - Os depsitos de que trata o inciso II deste artigo, tambm podero ser feitos nas Caixaseconmicas Federais, nos limites e condies fixadas pelo Conselho Monetrio Nacional.

    Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da Repblica do Brasil elaboraro, em

    conjunto, o programa global de aplicaes e recursos do primeiro, para fins de incluso nosoramentos monetrios de que trata o inciso III, do artigo 4 desta lei.

    Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A. devero ser pessoas de reputaoilibada e notria capacidade.

    1 A nomeao do Presidente do Banco do Brasil S. A. ser feita pelo Presidente daRepblica, aps aprovao do Senado Federal.

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    2 As substituies eventuais do Presidente do Banco do Brasil S. A. no podero exceder oprazo de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o Presidente da Repblica submeta ao SenadoFederal o nome do substituto.

    3 (Vetado).

    4 (Vetado).

    SEO IIIDAS INSTITUIES FINANCEIRAS PBLICAS

    Art. 22. As instituies financeiras pblicas so rgos auxiliares da execuo da poltica decrdito do Governo Federal.

    1 O Conselho Monetrio Nacional regular as atividades, capacidade e modalidadeoperacionais das instituies financeiras pblicas federais, que devero submeter aprovaodaquele rgo, com a prioridade por ele prescrita, seus programas de recursos e aplicaes, deforma que se ajustem poltica de crdito do Governo Federal.

    2 A escolha dos Diretores ou Administradores das instituies financeiras pblicas federais ea nomeao dos respectivos Presidentes e designao dos substitutos observaro o disposto noart. 21, pargrafos 1 e 2, desta lei.

    3 A atuao das instituies financeiras pblicas ser coordenada nos termos do art. 4 destalei.

    Art. 23. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econmico o principal instrumento deexecuo de poltica de investimentos do Governo Federal, nos termos das Leis nmeros 1628,de 20/06/1952 e 2973, de 26/11/1956.

    Art. 24. As instituies financeiras pblicas no federais ficam sujeitas s disposies relativass instituies financeiras privadas, assegurada a forma de constituio das existentes na datada publicao desta lei.

    Pargrafo nico. As Caixas Econmicas Estaduais equiparam-se, no que couber, s CaixasEconmicas Federais, para os efeitos da legislao em vigor, estando isentas do recolhimento aque se refere o art. 4, inciso XIV, e taxa de fiscalizao, mencionada no art. 16, desta lei.

    SEO IV

    DAS INSTITUIES FINANCEIRAS PRIVADAS

    Art. 25. As instituies financeiras privadas, exceto as cooperativas de crdito, constituir-se-ounicamente sob a forma de sociedade annima, devendo a totalidade de seu capital com direitoa voto ser representada por aes nominativas.(Redao dada pela Lei n 5.710, de 07/10/71)

    1 Observadas as normas fixadas pelo Conselho Monetrio Nacional as instituies a que serefere este artigo podero emitir at o limite de 50% de seu capital social em aes preferenciais,nas formas nominativas, e ao portador, sem direito a voto, s quais no se aplicar o disposto nopargrafo nico do art. 81 do Decreto-lei n 2.627, de 26 de setembro de 1940.(Includo pela Lein 5.710, de 07/10/71)

    2 A emisso de aes preferenciais ao portador, que poder ser feita em virtude de aumentode capital, converso de aes ordinrias ou de aes preferenciais nominativas, ficar sujeita a

    alteraes prvias dos estatutos das sociedades, a fim de que sejam neles includas asdeclaraes sobre:(Includo pela Lei n 5.710, de 07/10/71)

    I - as vantagens, preferenciais e restries atribudas a cada classe de aes preferenciais, deacordo com o Decreto-lei n 2.627, de 26 de setembro de 1940;(Includo pela Lei n 5.710, de07/10/71)

    II - as formas e prazos em que poder ser autorizada a converso das aes, vedada aconverso das aes preferenciais em outro tipo de aes com direito a voto.(Includo pela Lein 5.710, de 07/10/71)

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    3 Os ttulos e cautelas representativas das aes preferenciais, emitidos nos termos dospargrafos anteriores, devero conter expressamente as restries ali especificadas.(Includopela Lei n 5.710, de 07/10/71)

    Art. 26. O capital inicial das instituies financeiras pblicas e privadas ser sempre realizado emmoeda corrente.

    Art. 27. Na subscrio do capital inicial e na de seus aumentos em moeda corrente, ser exigidano ato a realizao de, pelo menos 50% (cinqenta por cento) do montante subscrito.

    1 As quantias recebidas dos subscritores de aes sero recolhidas no prazo de 5 (cinco)dias, contados do recebimento, ao Banco Central da Repblica do Brasil, permanecendoindisponveis at a soluo do respectivo processo.

    2 O remanescente do capital subscrito, inicial ou aumentado, em moeda corrente, dever serintegralizado dentro de um ano da data da soluo do respectivo processo.

    Art. 28. Os aumentos de capital que no forem realizados em moeda corrente, podero decorrerda incorporao de reservas, segundo normas expedidas pelo Conselho Monetrio Nacional, eda reavaliao da parcela dos bens do ativo imobilizado, representado por imveis de uso einstalaes, aplicados no caso, como limite mximo, os ndices fixados pelo Conselho Nacionalde Economia.

    Art. 29. As instituies financeiras privadas devero aplicar, de preferncia, no menos de 50%(cinqenta por cento) dos depsitos do pblico que recolherem, na respectiva Unidade Federadaou Territrio.

    1 O Conselho Monetrio Nacional poder, em casos especiais, admitir que o percentualreferido neste artigo seja aplicado em cada Estado e Territrio isoladamente ou por grupos deEstados e Territrios componentes da mesma regio geoeconmica.

    Art. 30. As instituies financeiras de direito privado, exceto as de investimento, s poderoparticipar de capital de quaisquer sociedades com prvia autorizao do Banco Central daRepblica do Brasil, solicitada justificadamente e concedida expressamente, ressalvados oscasos de garantia de subscrio, nas condies que forem estabelecidas, em carter geral, peloConselho Monetrio Nacional.

    Pargrafo nico (Vetado).

    Art. 31. As instituies financeiras levantaro balanos gerais a 30 de junho e 31 de dezembrode cada ano, obrigatoriamente, com observncia das regras contbeis estabelecidas peloConselho Monetrio Nacional.

    Art. 32. As instituies financeiras pblicas devero comunicar ao Banco Central da Repblicado Brasil a nomeao ou a eleio de diretores e membros de rgos consultivos, fiscais esemelhantes, no prazo de 15 dias da data de sua ocorrncia.

    Art. 33. As instituies financeiras privadas devero comunicar ao Banco Central da Repblicado Brasil os atos relativos eleio de diretores e membros de rgo consultivos, fiscais esemelhantes, no prazo de 15 dias de sua ocorrncia, de acordo com o estabelecido no art. 10,inciso X, desta lei.

    1 O Banco Central da Repblica do Brasil, no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, decidiraceitar ou recusar o nome do eleito, que no atender s condies a que se refere o artigo 10,inciso X, desta lei.

    2 A posse do eleito depender da aceitao a que se refere o pargrafo anterior.

    3 Oferecida integralmente a documentao prevista nas normas referidas no art. 10, inciso X,desta lei, e decorrido, sem manifestao do Banco Central da Repblica do Brasil, o prazomencionado no 1 deste artigo, entender-se- no ter havido recusa a posse.

    Art. 34. vedado s instituies financeiras conceder emprstimos ou adiantamentos:

    I - A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais esemelhantes, bem como aos respectivos cnjuges;

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    II - Aos parentes, at o 2 grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior;

    III - As pessoas fsicas ou jurdicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez porcento), salvo autorizao especfica do Banco Central da Repblica do Brasil, em cada caso,quando se tratar de operaes lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transaes decompra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo ConselhoMonetrio Nacional, em carter geral;

    IV - As pessoas jurdicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento);

    V - s pessoas jurdicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), quaisquerdos diretores ou administradores da prpria instituio financeira, bem como seus cnjuges erespectivos parentes, at o 2 grau.

    1 A infrao ao disposto no inciso I, deste artigo, constitui crime e sujeitar os responsveispela transgresso pena de recluso de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, oCdigo Penal e o Cdigo de Processo Penal.(Vide Lei 7.492, de 16.7.1986)

    2 O disposto no inciso IV deste artigo no se aplica s instituies financeiras pblicas.

    Art. 35. vedado ainda s instituies financeiras:

    I - Emitir debntures e partes beneficirias;

    II - Adquirir bens imveis no destinados ao prprio uso, salvo os recebidos em liquidao deemprstimos de difcil ou duvidosa soluo, caso em que devero vend-los dentro do prazo deum (1) ano, a contar do recebimento, prorrogvel at duas vezes, a critrio do Banco Central daRepblica do Brasil.

    Pargrafo nico. As instituies financeiras que no recebem depsitos do pblico poderoemitir debntures, desde que previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, em cadacaso.Redao dada pelo Decreto-lei n 2.290, de 21/11/86)

    Art. 36. As instituies financeiras no podero manter aplicaes em imveis de uso prprio,que, somadas ao seu ativo em instalaes, excedam o valor de seu capital realizado e reservaslivres.

    Art. 37. As instituies financeiras, entidades e pessoas referidas nos artigos 17 e 18 desta lei,bem como os corretores de fundos pblicos, ficam, obrigados a fornecer ao Banco Central da

    Repblica do Brasil, na forma por ele determinada, os dados ou informes julgados necessriospara o fiel desempenho de suas atribuies.

    Art. 38. As instituies financeiras conservaro sigilo em suas operaes ativas e passivas eservios prestados.

    1 As informaes e esclarecimentos ordenados pelo Poder Judicirio, prestados pelo BancoCentral da Repblica do Brasil ou pelas instituies financeiras, e a exibio de livros edocumentos em Juzo, se revestiro sempre do mesmo carter sigiloso, s podendo a eles teracesso as partes legtimas na causa, que deles no podero servir-se para fins estranhos mesma.

    2 O Banco Central da Repblica do Brasil e as instituies financeiras pblicas prestaroinformaes ao Poder Legislativo, podendo, havendo relevantes motivos, solicitar sejammantidas em reserva ou sigilo.

    3 As Comisses Parlamentares de Inqurito, no exerccio da competncia constitucional elegal de ampla investigao (art. 53 da Constituio Federal e Lei n 1579, de 18 de maro de1952), obtero as informaes que necessitarem das instituies financeiras, inclusive atravsdo Banco Central da Repblica do Brasil.

    4 Os pedidos de informaes a que se referem os 2 e 3, deste artigo, devero seraprovados pelo Plenrio da Cmara dos Deputados ou do Senado Federal e, quando se tratarde Comisso Parlamentar de Inqurito, pela maioria absoluta de seus membros.

    5 Os agentes fiscais tributrios do Ministrio da Fazenda e dos Estados somente poderoproceder a exames de documentos, livros e registros de contas de depsitos, quando houver

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    processo instaurado e os mesmos forem considerados indispensveis pela autoridadecompetente.

    6 O disposto no pargrafo anterior se aplica igualmente prestao de esclarecimentos einformes pelas instituies financeiras s autoridades fiscais, devendo sempre estas e osexames serem conservados em sigilo, no podendo ser utilizados seno reservadamente.

    7 A quebra do sigilo de que trata este artigo constitui crime e sujeita os responsveis penade recluso, de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o Cdigo Penal e o Cdigo deProcesso Penal, sem prejuzo de outras sanes cabveis. (Artigo revogado pela LeiComplementar n 105, de 10.1.2001) (Vide Lei n Lei 6.385, de 1976)

    Art. 39. Aplicam-se s instituies financeiras estrangeiras, em funcionamento ou que venham ase instalar no Pas, as disposies da presente lei, sem prejuzo das que se contm nalegislao vigente.

    Art. 40. As cooperativas de crdito no podero conceder emprstimos se no a seuscooperados com mais de 30 dias de inscrio.

    Pargrafo nico. Aplica-se s sees de crdito das cooperativas de qualquer tipo o dispostoneste artigo.

    Art. 41. No se consideram como sendo operaes de sees de crdito as vendas a prazo

    realizadas pelas cooperativas agropastoris a seus associados de bens e produtos destinados ssuas atividades econmicas.

    CAPTULO V

    DAS PENALIDADES

    Art. 42. O art. 2, da Lei n 1808, de 07 de janeiro de 1953, ter a seguinte redao:

    "Art. 2 Os diretores e gerentes das instituies financeiras respondem solidariamentepelas obrigaes assumidas pelas mesmas durante sua gesto, at que elas secumpram.

    Pargrafo nico. Havendo prejuzos, a responsabilidade solidria se circunscrever aorespectivo montante."(Vide Lei n 6.024, de 1974)

    Art. 43. O responsvel ela instituio financeira que autorizar a concesso de emprstimo ou

    adiantamento vedado nesta lei, se o fato no constituir crime, ficar sujeito, sem prejuzo dassanes administrativas ou civis cabveis, multa igual ao dobro do valor do emprstimo ouadiantamento concedido, cujo processamento obedecer, no que couber, ao disposto no art. 44,desta lei.

    Art. 44. As infraes aos dispositivos desta lei sujeitam as instituies financeiras, seus diretores,membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes, s seguintespenalidades, sem prejuzo de outras estabelecidas na legislao vigente:

    I - Advertncia.

    II - Multa pecuniria varivel.

    III - Suspenso do exerccio de cargos.

    IV - Inabilitao temporria ou permanente para o exerccio de cargos de direo na

    administrao ou gerncia em instituies financeiras.V - Cassao da autorizao de funcionamento das instituies financeiras pblicas, exceto asfederais, ou privadas.

    VI - Deteno, nos termos do 7, deste artigo.

    VII - Recluso, nos termos dos artigos 34 e 38, desta lei.

    1A pena de advertncia ser aplicada pela inobservncia das disposies constantes dalegislao em vigor, ressalvadas as sanes nela previstas, sendo cabvel tambm nos casos de

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    fornecimento de informaes inexatas, de escriturao mantida em atraso ou processada emdesacordo com as normas expedidas de conformidade com o art. 4, inciso XII, desta lei.

    2 As multas sero aplicadas at 200 (duzentas) vezes o maior salrio-mnimo vigente no Pas,sempre que as instituies financeiras, por negligncia ou dolo:

    a) advertidas por irregularidades que tenham sido praticadas, deixarem de san-las no prazo quelhes for assinalado pelo Banco Central da Repblica do Brasil;

    b) infringirem as disposies desta lei relativas ao capital, fundos de reserva, encaixe,recolhimentos compulsrios, taxa de fiscalizao, servios e operaes, no atendimento aodisposto nos arts. 27 e 33, inclusive as vedadas nos arts. 34 (incisos II a V), 35 a 40 desta lei, eabusos de concorrncia (art. 18, 2);

    c) opuserem embarao fiscalizao do Banco Central da Repblica do Brasil.

    3 As multas cominadas neste artigo sero pagas mediante recolhimento ao Banco Central daRepblica do Brasil, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da respectivanotificao, ressalvado o disposto no 5 deste artigo e sero cobradas judicialmente, com oacrscimo da mora de 1% (um por cento) ao ms, contada da data da aplicao da multa,quando no forem liquidadas naquele prazo;

    4 As penas referidas nos incisos III e IV, deste artigo, sero aplicadas quando forem

    verificadas infraes graves na conduo dos interesses da instituio financeira ou quando dreincidncia especfica, devidamente caracterizada em transgresses anteriormente punidascom multa.

    5 As penas referidas nos incisos II, III e IV deste artigo sero aplicadas pelo Banco Central daRepblica do Brasil admitido recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Monetrio Nacional,interposto dentro de 15 dias, contados do recebimento da notificao.

    6 vedada qualquer participao em multas, as quais sero recolhidas integralmente aoBanco Central da Repblica do Brasil.

    7 Quaisquer pessoas fsicas ou jurdicas que atuem como instituio financeira, sem estardevidamente autorizadas pelo Banco Central da Republica do Brasil, ficam sujeitas multareferida neste artigo e deteno de 1 a 2 anos, ficando a esta sujeitos, quando pessoa jurdica,seus diretores e administradores.

    8 No exerccio da fiscalizao prevista no art. 10, inciso VIII, desta lei, o Banco Central daRepblica do Brasil poder exigir das instituies financeiras ou das pessoas fsicas ou jurdicas,inclusive as referidas no pargrafo anterior, a exibio a funcionrios seus, expressamentecredenciados, de documentos, papis e livros de escriturao, considerando-se a negativa deatendimento como embarao fiscalizao sujeito pena de multa, prevista no 2 deste artigo,sem prejuzo de outras medidas e sanes cabveis.

    9 A pena de cassao, referida no inciso V, deste artigo, ser aplicada pelo ConselhoMonetrio Nacional, por proposta do Banco Central da Repblica do Brasil, nos casos dereincidncia especfica de infraes anteriormente punidas com as penas previstas nos incisos IIIe IV deste artigo.

    Art. 45. As instituies financeiras pblicas no federais e as privadas esto sujeitas, nos termosda legislao vigente, interveno efetuada pelo Banco Central da Repblica do Brasil ou

    liquidao extrajudicial.Pargrafo nico. A partir da vigncia desta lei, as instituies de que trata este artigo no

    podero impetrar concordata.

    CAPTULO VI

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 46. Ficam transferidas as atribuies legais e regulamentares do Ministrio da Fazendarelativamente ao meio circulante inclusive as exercidas pela Caixa de Amortizao para oConselho Monetrio Nacional, e (VETADO) para o Banco Central da Repblica do Brasil.

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    Art. 47. Ser transferida responsabilidade do Tesouro Nacional, mediante encampao, sendodefinitivamente incorporado ao meio circulante o montante das emisses feitas por solicitao daCarteira de Redescontos do Banco do Brasil S.A. e da Caixa de Mobilizao Bancria.

    1 O valor correspondente encampao ser destinado liquidao das responsabilidadesfinanceiras do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S. A., inclusive as decorrentes de operaesde cmbio concludas at a data da vigncia desta lei, mediante aprovao especificado Poder

    Legislativo, ao qual ser submetida a lista completa dos dbitos assim amortizados. 2 Para a liquidao do saldo remanescente das responsabilidades do Tesouro Nacional, apsa encampao das emisses atuais por solicitao da Carteira de Redescontos do Banco doBrasil S.A. e da Caixa de Mobilizao Bancria, o Poder Executivo submeter ao PoderLegislativo proposta especfica, indicando os recursos e os meios necessrios a esse fim.

    Art. 48. Concludos os acertos financeiros previstos no artigo anterior, a responsabilidade damoeda em circulao passar a ser do Banco Central da Repblica do Brasil.

    Art. 49. As operaes de crdito da Unio, por antecipao de receita oramentaria ou aqualquer outro ttulo, dentro dos limites legalmente autorizados, somente sero realizadasmediante colocao de obrigaes, aplices ou letras do Tesouro Nacional.

    1 A lei de oramento, nos termos do artigo 73, 1 inciso II, da Constituio Federal,determinar quando for o caso, a parcela do dficit que poder ser coberta pela venda de ttulosdo Tesouro Nacional diretamente ao Banco Central da Repblica do Brasil.

    2 O Banco Central da Repblica do Brasil mediante autorizao do Conselho MonetrioNacional baseada na lei oramentaria do exerccio, poder adquirir diretamente letras doTesouro Nacional, com emisso de papel-moeda.

    3 O Conselho Monetrio Nacional decidir, a seu exclusivo critrio, a poltica de sustentaoem bolsa da cotao dos ttulos de emisso do Tesouro Nacional.

    4 No caso de despesas urgentes e inadiveis do Governo Federal, a serem atendidasmediante crditos suplementares ou especiais, autorizados aps a lei do oramento, oCongresso Nacional determinar, especificamente, os recursos a serem utilizados na coberturade tais despesas, estabelecendo, quando a situao do Tesouro Nacional for deficitria, adiscriminao prevista neste artigo.

    5 Na ocorrncia das hipteses citadas no pargrafo nico, do artigo 75, da ConstituioFederal, o Presidente da Repblica poder determinar que o Conselho Monetrio Nacional,atravs do Banco Central da Repblica do Brasil, faa a aquisio de letras do Tesouro Nacionalcom a emisso de papel-moeda at o montante do crdito extraordinrio que tiver sidodecretado.

    6 O Presidente da Repblica far acompanhar a determinao ao Conselho MonetrioNacional, mencionada no pargrafo anterior, de cpia da mensagem que dever dirigir aoCongresso Nacional, indicando os motivos que tornaram indispensvel a emisso e solicitando asua homologao.

    7 As letras do Tesouro Nacional, colocadas por antecipao de receita, no podero tervencimentos posteriores a 120 (cento e vinte) dias do encerramento do exerccio respectivo.

    8 At 15 de maro do ano seguinte, o Poder Executivo enviar mensagem ao Poder

    Legislativo, propondo a forma de liquidao das letras do Tesouro Nacional emitidas no exerccioanterior e no resgatadas.

    9 vedada a aquisio dos ttulos mencionados neste artigo pelo Banco do Brasil S.A. epelas instituies bancrias de que a Unio detenha a maioria das aes.

    Art. 50. O Conselho Monetrio Nacional, o Banco Central da Repblica do Brasil, o BancoNacional do Desenvolvimento Econmico, o Banco do Brasil S.A., O Banco do Nordeste doBrasil S.A. e o Banco de Crdito da Amaznia S. A. gozaro dos favores, isenes e privilgios,inclusive fiscais, que so prprios da Fazenda Nacional, ressalvado quanto aos trs, ltimos, o

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    regime especial de tributao do Imposto de Renda a que esto sujeitos, na forma da legislaoem vigor.

    Pargrafo nico. So mantidos os favores, isenes e privilgios de que atualmente gozam asinstituies financeiras.

    Art. 51.Ficam abolidas, aps 3 (trs) meses da data da vigncia desta Lei, as exigncias de"visto" em "pedidos de licena" para efeitos de exportao, excetuadas as referentes a armas,munies, entorpecentes, materiais estratgicos, objetos e obras de valor artstico, cultural ouhistrico.(Vide Lei n 5.025, de 1966)

    Pargrafo nico. Quando o interesse nacional exigir, o Conselho Monetrio Nacional, criar o"visto" ou exigncia equivalente.

    Art. 52. O quadro de pessoal do Banco Central da Repblica do Brasil ser constitudo de:(VideLei n 9.650, de 1998)

    I - Pessoal prprio, admitido mediante concurso pblico de provas ou de ttulos e provas, sujeita pena de nulidade a admisso que se processar com inobservncia destas exigncias;

    II - Pessoal requisitado ao Banco do Brasil S. A. e a outras instituies financeiras federais, decomum acordo com as respectivas administraes;

    III - Pessoal requisitado a outras instituies e que venham prestando servios

    Superintendncia da Moeda e do Crdito h mais de 1 (um) ano, contado da data da publicaodesta lei.

    1 O Banco Central da Repblica do Brasil baixar dentro de 90 (noventa) dias da vignciadesta lei, o Estatuto de seus funcionrios e servidores, no qual sero garantidos os direitoslegalmente atribudos a seus atuais servidores e mantidos deveres e obrigaes que lhes soinerentes.

    2 Aos funcionrios e servidores requisitados, na forma deste artigo as instituies de origemlhes asseguraro os direitos e vantagens que lhes cabem ou lhes venham a ser atribudos, comose em efetivo exerccio nelas estivessem.

    3 Correro por conta do Banco Central da Repblica do Brasil todas as despesas decorrentesdo cumprimento do disposto no pargrafo anterior, inclusive as de aposentadoria e penso quesejam de responsabilidade das instituies de origem ali mencionadas, estas ltimas rateadasproporcionalmente em funo dos prazos de vigncia da requisio. 4 Os funcionrios do quadro de pessoal prprio permanecero com seus direitos e garantiasregidos pela legislao de proteo ao trabalho e de previdncia social, includos na categoriaprofissional de bancrios.

    5 Durante o prazo de 10 (dez) anos, cotados da data da vigncia desta lei, facultado aosfuncionrios de que tratam os inciso II e III deste artigo, manifestarem opo para transfernciapara o Quadro do pessoal prprio do Banco Central da Repblica do Brasil, desde que:

    a) tenham sido admitidos nas respectivas instituies de origem, consoante determina o inciso I,deste artigo;

    b) estejam em exerccio (Vetado) h mais de dois anos;

    c) seja a opo aceita pela Diretoria do Banco Central da Repblica do Brasil, que sobre ela

    dever pronunciar-se conclusivamente no prazo mximo de trs meses, contados da entrega dorespectivo requerimento.

    Art. 53. As operaes de financiamento rural o pecurio, de valor at 50 (cinqenta) vezes emaior salrio-mnimo vigente no Pas, ficam isentas de taxas, despesas de avaliao, imposto doselo e independem de registro cartorrio.(Revogado pela Lei n 4.829, de 05/11/65)

    CAPTULO VII

    Disposies Transitrias

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    Art. 54. O Poder Executivo, com base em proposta do Conselho Monetrio Nacional, que deverser apresentada dentro de 90 (noventa) dias de sua instalao, submeter ao Poder Legislativoprojeto de lei que institucionalize o crdito rural, regule seu campo especfico e caracterize asmodalidades de aplicao, indicando as respectivas fontes de recurso.

    Pargrafo nico. A Comisso Consultiva do Crdito Rural dar assessoramento ao ConselhoMonetrio Nacional, na elaborao da proposta que estabelecer a coordenao das instituies

    existentes ou que venham a ser cridas, com o objetivo de garantir sua melhor utilizao e darede bancria privada na difuso do crdito rural, inclusive com reduo de seu custo.

    Art. 55. Ficam transferidas ao Banco Central da Repblica do Brasil as atribuies cometidas porlei ao Ministrio da Agricultura, no que concerne autorizao de funcionamento e fiscalizaode cooperativas de crdito de qualquer tipo, bem assim da seo de crdito das cooperativasque a tenham.

    Art. 56. Ficam extintas a Carteira de Redescontos do Banco do Brasil S. A. e a Caixa deMobilizao Bancria, incorporando-se seus bens direitos e obrigaes ao Banco Central daRepblica do Brasil.

    Pargrafo nico. As atribuies e prerrogativas legais da Caixa de Mobilizao Bancria passama ser exercidas pelo Banco Central da Repblica do Brasil, sem soluo de continuidade.

    Art. 57. Passam competncia do Conselho Monetrio Nacional as atribuies de carternormativo da legislao cambial vigente e as executivas ao Banco Central da Repblica do Brasile ao Banco do Brasil S. A., nos termos desta lei.

    Pargrafo nico. Fica extinta a Fiscalizao Bancria do Banco do Brasil S. A., passando suasatribuies e prerrogativas legais ao Banco Central da Repblica do Brasil.

    Art. 58. Os prejuzos decorrentes das operaes de cmbio concludas e eventualmente noregularizadas nos termos desta lei bem como os das operaes de cmbio contratadas e noconcludas at a data de vigncia desta lei, pelo Banco do Brasil S.A., como mandatrio doGoverno Federal, sero na medida em que se efetivarem, transferidos ao Banco Central daRepblica do Brasil, sendo neste registrados como responsabilidade do Tesouro Nacional.

    1 Os dbitos do Tesouro Nacional perante o Banco Central da Repblica do Brasil,provenientes das transferncias de que trata este artigo sero regularizados com recursosoramentrios da Unio.

    2 O disposto neste artigo se aplica tambm aos prejuzos decorrentes de operaes decmbio que outras instituies financeiras federais, de natureza bancria, tenham realizadocomo mandatrias do Governo Federal.

    Art. 59. mantida, no Banco do Brasil S.A., a Carteira de Comrcio Exterior, criada nos termosda Lei n 2.145, de 29 de dezembro de 1953, e regulamentada pelo Decreto n 42.820, de 16 dedezembro de 1957, como rgo executor da poltica de comrcio exterior, (VETADO).

    Art. 60. O valor equivalente aos recursos financeiros que, nos termos desta lei, passarem aresponsabilidade do Banco Central da Repblica do Brasil, e estejam, na data de sua vignciaem poder do Baco do Brasil S. A., ser neste escriturado em conta em nome do primeiro,considerando-se como suprimento de recursos, nos termos do 1, do artigo 19, desta lei.

    Art. 61. Para cumprir as disposies desta lei o Banco do Brasil S.A. tomar providncias no

    sentido de que seja remodelada sua estrutura administrativa, a fim de que possa eficazmenteexercer os encargos e executar os servios que lhe esto reservados, como principalinstrumento de execuo da poltica de crdito do Governo Federal.

    Art. 62. O Conselho Monetrio Nacional determinar providncias no sentido de que atransferncia de atribuies dos rgos existentes para o Banco Central da Repblica do Brasilse processe sem soluo de continuidade dos servios atingidos por esta lei.

    Art. 63. Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Monetrio Nacional, a que alude oinciso IV, do artigo 6 desta lei sero respectivamente de 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (trs), 2(dois) e 1 (um) anos.

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    Art. 64. O Conselho Monetrio Nacional fixar prazo de at 1 (um) ano da vigncia desta lei paraa adaptao das instituies financeiras s disposies desta lei.

    1 Em casos excepcionais, o Conselho Monetrio Nacional poder prorrogar at mais 1 (um)ano o prazo para que seja complementada a adaptao a que se refere este artigo.

    2 Ser de um ano, prorrogvel, nos termos do pargrafo anterior, o prazo para cumprimentodo estabelecido por fora do art. 30 desta lei.

    Art. 65. Esta lei entrar em vigor 90 (noventa) dias aps data de sua publicao, revogadas asdisposies em contrrio.

    Braslia, 31 de dezembro de 1964; 143 da Independncia e 76 da Repblica.

    H. CASTELO BRANCO

    Otvio Gouveia de Bulhes

    Daniel Farraco

    Roberto de Oliveira Campos

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 31.1.1965

    Banco Central do Brasil

    O Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional,foi criado em 31.12.64, com a promulgao da Lei n 4.595.

    Antes da criao do Banco Central, o papel de autoridade monetria era desempenhadopela Superintendncia da Moeda e do Crdito - SUMOC, pelo Banco do Brasil - BB e peloTesouro Nacional.

    A SUMOC, criada em 1945 com a finalidade de exercer o controle monetrio e preparar aorganizao de um banco central, tinha a responsabilidade de fixar os percentuais dereservas obrigatrias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e da assistnciafinanceira de liquidez, bem como os juros sobre depsitos bancrios. Alm disso,

    supervisionava a atuao dos bancos comerciais, orientava a poltica cambial erepresentava o Pas junto a organismos internacionais.

    O Banco do Brasil desempenhava as funes de banco do governo, mediante o controledas operaes de comrcio exterior, o recebimento dos depsitos compulsrios evoluntrios dos bancos comerciais e a execuo de operaes de cmbio em nome deempresas pblicas e do Tesouro Nacional, de acordo com as normas estabelecidas pelaSUMOC e pelo Banco de Crdito Agrcola, Comercial e Industrial.

    O Tesouro Nacional era o rgo emissor de papel-moeda.

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    Aps a criao do Banco Central buscou-se dotar a instituio de mecanismos voltadospara o desempenho do papel de "bancos dos bancos". Em 1985 foi promovido oreordenamento financeiro governamental com a separao das contas e das funes doBanco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986 foi extinta a contamovimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao Banco do Brasil passou aser claramente identificado nos oramentos das duas instituies, eliminando-se ossuprimentos automticos que prejudicavam a atuao do Banco Central.

    O processo de reordenamento financeiro governamental se estendeu at 1988, quando asfunes de autoridade monetria foram transferidas progressivamente do Banco do Brasilpara o Banco Central, enquanto as atividades atpicas exercidas por esse ltimo, como asrelacionadas ao fomento e administrao da dvida pblica federal, foram transferidaspara o Tesouro Nacional.

    A Constituio Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuao doBanco Central, dentre os quais destacam-se o exerccio exclusivo da competncia daUnio para emitir moeda e a exigncia de aprovao prvia pelo Senado Federal, emvotao secreta, aps argio pblica, dos nomes indicados pelo Presidente daRepblica para os cargos de presidente e diretores da instituio. Alm disso, vedou ao

    Banco Central a concesso direta ou indireta de emprstimos ao Tesouro Nacional.

    A Constituio de 1988 prev ainda, em seu artigo 192, a elaborao de Lei Complementardo Sistema Financeiro Nacional, que dever substituir a Lei 4.595/64 e redefinir asatribuies e estrutura do Banco Central do Brasil.

    Misso Institucional

    Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeironacional.

    Macroprocessos

    Formulao e gesto das polticas monetria e cambial, compatveis com as diretrizesdo Governo Federal. Regulao e superviso do sistema financeiro nacional. Administrao do sistema de pagamentos e do meio circulante.Macroobjetivos (para o binio 2002-2003) Consolidar as polticas monetria e cambial no sentido de assegurar a estabilidade dopoder de compra da moeda. Assegurar que a regulao e a fiscalizao do Sistema Financeiro observem padres eprticas internacionais. Consolidar a implantao do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro. Concluir o processo de saneamento e reestruturao dos bancos oficiais. Implantar modelo de administrao gerencial para atuao do Banco Central.

    Como banco do governo, o BC administra a dvida pblica mobiliria federal interna, aofinanciar o Tesouro Nacional, adquirindo ttulos por ele emitidos, quando seus gastossuperam suas receitas (da mesma forma que ns recorremos aos bancos quando o nossosalrio acaba antes do final do ms).

    Administra, tambm, tanto as reservas como a dvida pblica externas, alm de fiscalizar esupervisionar a dvida pblica de estados e municpios, para evitar que seu eventualdescontrole prejudique a poltica fiscal do governo.

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    Como banco das instituies financeiras monetrias (bancos comerciais), administra suasreservas bancrias, que nada mais so do que os depsitos que essas instituiesmantm junto ao BC (da mesma forma que cada um de ns tem uma conta corrente emum banco comercial).

    Uma parte desses depsitos fica compulsriamente retida no BC com o objetivo, nestecaso, de controlar o estoque de recursos que os bancos podem disponibilizar comocrdito aos seus clientes e, dessa forma, tentar estabelecer o nvel ideal de aumento deconsumo sem aumento de inflao para cada momento da economia.

    Se o objetivo for aumentar ou mesmo diminuir o volume de reservas bancriasdisponveis para o crdito e, conseqentemente, tentar diminuir ou aumentar o preodeste crdito, o BC diminui ou aumenta o depsito compulsrio sobra as reservas dosbancos, originadas pelos nossos depsitos vista.

    Resultado: aumento ou diminuio da taxa de juros.

    Como fiscal do sistema financeiro, o BC procura garantir o correto funcionamento detodas as suas instituies, antecipando-se aosproblemas de liquidez que algumas delaspossam vir a ter e, assim, preservandoa integridade do sistema financeiro como um todo

    e das economias de cada um de ns em particular.

    Como gestor da poltica cambial, estabelece as regras de gesto e operao dos bancosem relao moeda estrangeira, mais especificamente ao dlar, de forma a permitir que,dependendo das condies internas de nossa economia e de sua relaes com o exterior,o preo do nosso real em relao ao dlar (a taxa de cmbio) garanta um fluxo de moedapositivo do Pas com o exterior (recebemos mais dlares do exterior do que somosobrigados a enviar) sem aumento de inflao.

    Como gestor da poltica monetria, sua principal e mais crtica funo, o BC procuradeterminar o estoque e o fluxo de moeda na economia que permitam, para cada momentoeconmico, seu crescimento sustentado, ou seja, sem inflao.

    Para atingir esse objetivo, o BC age diretamente sobre o sistema financeiro, utilizandomecanismos diretos de controle das reservas bancrias, quais sejam:

    O depsito compulsrio sobre os depsitos vista, o qual, pelo seu poder demultiplicao de crdito, tem um tratamento todo especial;

    O emprstimo de liquidez, mais conhecido como redesconto, como uma ajuda temporriaaos bancos para recompor sua capacidade futura de crdito;

    O contingenciamento de crdito, atravs do estabelecimento de regras restritivas paraconcesso de crdito, a partir das reservas disponveis para isso nos bancos;

    O mercado aberto de ttulos pblicos - open market, ou seja, a compra e a venda

    consistentes e programadas de ttulos pblicos pelo BC, de forma a retirar recursos domercado pela venda dos ttulos, ou colocar pela compra (resgate) desses mesmos ttulos.

    Podemos concluir que no fcil a vida do BC e, tambm, como so fundamentais a suaao e a participao do sistema financeiro em todo o processo econmico.

    bom lembrar que, sem desenvolvimento econmico e social, a estabilidade monetriano se justifica, mas sem estabilidade monetria o desenvolvimento econmico no sesustenta e muito menos o social. Esse o grande dilema. Sua soluo responsabilidadedo governo, do BC, do sistema financeiro, das empresas e, tambm, de todos ns.

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    PresidenteHenrique de Campos Meirelles

    Rede do Sistema Financeiro Nacional - RSFN

    A RSFN a estrutura de comunicao de dados, implementada por meio de tecnologia derede, criada com a finalidade de suportar o trfego de mensagens entre as instituiesfinanceiras titulares de conta Reservas Bancrias, as cmaras e os prestadores deservios de compensao e de liquidao, a Secretaria do Tesouro Nacional - STN e oBanco Central do Brasil, no mbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB. Essaplataforma tecnolgica utilizada principalmente para acesso ao Sistema deTransferncia de Reservas - STR e ao Sistema de Transferncia de Fundos - Sitraf, oprimeiro operado pelo Banco Central do Brasil e o segundo pela Cmara Interbancria dePagamentos - CIP.

    Sob o ponto de vista operacional, a RSFN formada por duas redes de telecomunicaoindependentes. Cada participante, obrigatoriamente, usurio das duas redes, podendosempre utilizar uma delas no caso de falha da outra. A rede utiliza XML (Extensible MarkupLanguage) no formato padro de mensagem, sendo que seu funcionamento reguladopor manuais prprios, nomeadamente o Manual Tcnico da Rede do Sistema FinanceiroNacional, que estabelece as condies de acesso, o Manual de Segurana de Mensagensdo Sistema de Pagamentos Brasileiro e o Catlogo de Mensagens do Sistema dePagamentos Brasileiro.

    Para acompanhar o funcionamento da rede e promover seu contnuo desenvolvimento,foram constitudos trs grupos tcnicos (rede, mensagens e segurana), sendo que acoordenao de cada um deles privativa do Banco Central do Brasil.

    COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS

    A CVM rgo oficial, governamental, ou seja, uma autarquia administrativa jungidaao Ministrio da Fazenda, nos termos do art. 5 da Lei n 6.385/76. Sua funo primordialconcentra-se na fiscalizao das atividades do mercado de valores mobilirios.

    Nenhuma emisso pblica de valores mobilirios poder ser distribuda, nomercado, sem prvio registro na CVM, entendendo-se por atos de distribuio a venda,promessa de venda, oferta venda ou subscrio, aceitao de pedido de venda ousubscrio de valores mobilirios.

    OBJETIVOS:

    De acordo com a lei que a criou, a Comisso de Valores Mobilirios exercer suasfunes, a fim de:

    assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balco;

    proteger os titulares de valores mobilirios contra emisses irregulares e atos ilegaisde administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores decarteira de valores mobilirios;

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    evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulao destinadas a criar condiesartificiais de demanda, oferta ou preo de valores mobilirios negociados no mercado;

    assegurar o acesso do pblico a informaes sobre valores mobilirios negociados eas companhias que os tenham emitido;

    assegurar a observncia de prticas comerciais eqitativas no mercado de valoresmobilirios;

    estimular a formao de poupana e sua aplicao em valores mobilirios;

    promover a expanso e o funcionamento eficiente e regular do mercado de aes eestimular as aplicaes permanentes em aes do capital social das companhias abertas.

    LOCALIZAO:

    A SEDE DA CVM est localizada no Rio de Janeiro possuindo duassuperintendncias regionais: So Paulo e Braslia.

    ORGANIZAO:

    A Comisso de Valores Mobilirios, com sede na cidade do Rio de Janeiro, administrada por um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presidente daRepblica. O Presidente e a Diretoria constituem o Colegiado, que define polticas eestabelece prticas a serem implantadas e desenvolvidas pelo corpo deSuperintendentes, a instncia executiva da CVM.

    O Superintendente Geral acompanha e coordena as atividades executivas dacomisso auxiliado pelos demais Superintendentes, pelos Gerentes a eles subordinados epelo Corpo Funcional. Esses trabalhos so orientados, especificamente, para atividadesrelacionadas empresas, aos intermedirios financeiros, aos investidores, fiscalizaoexterna, normatizao contbil e de auditoria, aos assuntos jurdicos, aodesenvolvimento de mercado, internacionalizao, informtica e administrao.

    O colegiado conta ainda com o suporte direto da Chefia de Gabinete, daAssessoria de comunicao social, da Assessoria Econmica e da Auditoria Interna.

    A estrutura executiva da CVM completada pelas Superintendncias Regionais deSo Paulo e Braslia.

    ATRIBUIES:

    A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Aes (6404/76)disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobilirios e a atuao de seusprotagonistas, assim classificados, as companhias abertas, os intermedirios financeirose os investidores, alm de outros cuja atividade gira em torno desse universo principal.

    A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuao dos diversosintegrantes do mercado.

    Seu poder normatizador abrange todas as matrias referentes ao mercado devalores mobilirios.

    Cabe CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matrias:

    registro de companhias abertas;

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    registro de distribuies de valores mobilirios;credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de

    valores mobilirios;organizao, funcionamento e operaes das bolsas de valores;negociao e intermediao no mercado de valores mobilirios;administrao de carteiras e a custdia de valores mobilirios;suspenso ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizaes;suspenso de emisso, distribuio ou negociao de determinado valor mobilirio

    ou decretar recesso de bolsa de valores.

    O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo permanente de informaes aoinvestidor. Essas informaes, fornecidas periodicamente por todas as companhiasabertas, podem ser financeiras e, portanto, condicionadas a normas de natureza contbil,ou apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empresas. Entende-se como fatorelevante, aquele evento que possa influir na deciso do investidor, quanto a negociarcom valores emitidos pela companhia.

    A CVM no exerce julgamento de valor em relao qualquer informaodivulgada pelas companhias. Zela, entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e,para tanto, normatiza e persegue a sua padronizao.

    A atividade de credenciamento da CVM realizada com base em padres pr-estabelecidos pela Autarquia que permitem avaliar a capacidade de projetos a seremimplantados.

    A Lei atribui CVM competncia para apurar, julgar e punir irregularidadeseventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar uminqurito administrativo, atravs do qual, recolhe informaes, toma depoimentos e reneprovas com vistas a identificar claramente o responsvel por prticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusao, amplo direito de defesa.

    O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVMpode atribuir vo desde a simples advertncia at a inabilitao para o exerccio de

    atividades no mercado, passando pelas multas pecunirias.

    A CVM mantm, ainda, uma estrutura especificamente destinada a prestarorientao aos investidores ou acolher denncias e sugestes por eles formuladas.

    Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva omercado de valores mobilirios, oferecendo provas ou juntando pareceres. Nesses casos,a CVM atua como "amicus curiae" assessorando a deciso da Justia.

    Em termos de poltica de atuao, a Comisso persegue seus objetivos atravs dainduo de comportamento, da auto-regulao e da auto-disciplina, intervindoefetivamente, nas atividades de mercado, quando este tipo de procedimento no semostrar eficaz.

    No que diz respeito definio de polticas ou normas voltadas para odesenvolvimento dos negcios com valores mobilirios, a CVM procura junto ainstituies de mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a discusso deproblemas, promover o estudo de alternativas e adotar iniciativas, de forma que qualqueralterao das prticas vigentes seja feita com suficiente embasamento tcnico e,institucionalmente, possa ser assimilada com facilidade, como expresso de um desejocomum.

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    A atividade de fiscalizao da CVM realiza-se pelo acompanhamento da veiculaode informaes relativas ao mercado, s pessoas que dele participam e aos valoresmobilirios negociados. Dessa forma, podem ser efetuadas inspees destinadas apurao de fatos especficos sobre o desempenho das empresas e dos negcios comvalores mobilirios.

    ANLISE DA SUA FUNO:

    A CVM rgo regulador e controlador mximo do mercado de valores mobilirios.Ela tem amplos poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuao dos diversosintegrantes do mercado.

    O que so valores mobilirios?

    Valor mobilirio ttulo de investimento que a sociedade annima emite para aobteno de