Conjuntura do Comércio - Fevereiro 2009

CENÁRIOS DOVAREJO 2009Saiba tudo que aconteceu no eventoe conheça as tendências que vãoinspirar o comércio este ano Página 8

ANO IV • NÚMERO 35 • FEVEREIRO 2009

OPINIÃO

APRENDENDONA PRÁTICA

Veja como a inovação passou a ser uma exigência mercadológica

diante da concorrência Página 5

Cláudia Buhamra fala sobre anecessidade de foco no consumidor,

tendência cada vez mais forte no varejo Página 6 FO

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02 CONJUNTURA DO COMÉRCIO • FEVEREIRO 2009

PALAVRA DAPRESIDÊNCIA

EXPEDIENTEO informativo Conjuntura do Comércio é uma publicação da CDL de Fortaleza.

Presidente: Honório Pinheiro1° vice-presidente: Francisco Freitas Cordeiro2° vice-presidente: Riamburgo XimenesConcepção gráfica: Rodrigo CunhaProdução textual: Luciana VasconcelosJornalista responsável: Dégagé AssessoriaTiragem: 5.500 exemplares

Rua 25 de Março, 882 • CentroCEP 60060-120 • Fortaleza-CEFone: (85) 3464.5572Fax: (85) 3433.3044www.cdlfor.com.br

Sugestões e comentários: [email protected]

Honório Pinheiro

ANÁLISE DOMACROAMBIENTE

O mês de fevereiro começa com al-guns acontecimentos “portadores de futuro”. O fato do Ibovespa ter

fechado o mês de janeiro com alta superior a 4%, aliado ao crescimento de 31% do volume de crédito em 2008, com movimento de dimi-nuição dos spreads, sobretudo pelos bancos oficiais, é revelador do restabelecimento da confiança nos mercados.

Para animar ainda mais o comércio, co-meça a vigorar, a partir deste mês, o novo salá-rio mínimo, com um ganho real superior a 5%, gerando um impacto positivo na economia.

Nesta edição, inserimos matéria sobre o “Cenários do Varejo 2009”, promovido pela CDL de Fortaleza, nos dias 05 e 06 deste mês. Em seu 3º ano consecutivo, o evento tem o ob-jetivo de trazer aos empresários do comércio as últimas tendências discutidas na maior con-venção mundial do varejo, que acontece todo mês de janeiro, em Nova Iorque. Os mais de 1.500 presentes no encontro tiveram a opor-tunidade de reciclar seus conhecimentos e co-nhecer, com exclusividade, importantes temas que devem inspirar o comércio em 2009.

No painel “Programas Governamentais para a Promoção do Comércio”, o secretário da Fazenda, Mauro Filho, reportou-se às pro-postas encaminhadas pela CDL de Fortaleza, objetivando manter a empregabilidade do se-tor varejista cearense. Ampliação do prazo de recolhimento do ICMS, incentivos para a ins-talação, ampliação e modernização de lojas, campanha de mega-liquidação para estimular as vendas no Estado e apoio para programas de capacitação e qualificação para o comércio foram algumas das sugestões que tiveram boa receptividade do Governo do Estado.

Fortaleza, 09 de Fevereiro de 2009

Parece evidente que a economia bra-sileira está cada vez mais integrada à economia mundial. Isso pode ser

constatado pelos diversos aspectos e indica-dores.

O primeiro que merece destaque é a balança comercial. Em janeiro, depois de mais de 90 meses seguidos de superávit, hou-ve um déficit de R$ 518 milhões. Embora as importações tenham diminuído, foi devido à desaceleração do comércio mundial que ocorreu uma redução mais rápida das ex-portações. Mesmo atingindo o patamar de US$ 9,7 bilhões em janeiro, as exportações caíram 26% em relação a janeiro de 2008.

As importações, da ordem de US$ 10,3 bilhões em janeiro, diminuíram 17% em re-lação ao mesmo mês do ano passado, resul-tado influenciado pela apreciação do Dólar e desaquecimento da economia brasileira. Para ilustrar a grandeza da desaceleração, o IBGE divulgou recentemente que a produ-ção industrial de dezembro/2008 caiu 12,4% com respeito ao mês anterior. Segundo téc-nicos do IBGE, a queda está sendo generali-zada, atingindo quase todos os setores.

Em comparação ao mesmo mês do ano passado, a queda foi ainda maior: 14,5%. Assim mesmo, a taxa de crescimen-to da produção industrial acumulada em 2008 foi positiva, da ordem de 3%.

A atual instabilidade veio de fora e de lá também virão os sinais de recuperação. A reação positiva das bolsas internacionais no mês de janeiro influenciou o crescimen-to do IBOVESPA, que chegou a 4,6%, uma das aplicações mais rentáveis, embora ainda com bastante volatilidade nos mercados.

Ressalte-se, todavia, que a “onda” re-cessiva no exterior deve perdurar ao longo deste ano. Isso porque em países como Chi-na e Japão os desdobramentos ainda estão na fase de aceleração, já que os impactos da crise agora que começam a repercutir em muitos segmentos da economia desses pa-

íses, e isso deve ter um efeito multiplicador importante.

Na China, a taxa de crescimento em 2008 deve permanecer por volta de 9,0%, a menor taxa dos últimos sete anos. Isso porque no quarto trimestre a taxa caiu para 6,8%, em comparação com o mesmo trimes-tre do ano anterior. Para se ter uma ideia da desaceleração, o crescimento daquele país em 2007 havia sido de 13%.

No Japão a situação não é diferente, uma vez que mais de 45% da demanda de exportações japonesas são provenientes da economia americana e chinesa, juntas. As ex-portações do Japão sofreram uma queda de 35% em dezembro e no acumulado de 2008 a queda foi de 3,4%. Com esse desempenho, o superávit da balança comercial apresentou queda de 80%.

Essa situação provocou a redução da taxa de juros para 0,10%. A expectativa do Banco Central do Japão é de que a desacele-ração da economia japonesa tenha a duração de cerca de dois anos. Isso se o país conse-guir evitar uma deflação acentuada em sua economia.

Com a demanda desaquecida nos EUA, na Europa e na Ásia, as empresas globais es-tarão mais agressivas na disputa por novos mercados, e isso inclui o Brasil. Logo, não será novidade um cenário de concorrência mais acirrada com os produtos asiáticos.

Com a demanda desaquecida nos EUA,

na Europa e na Ásia, as empresa globais estarão

mais agressivasna disputa por novos

mercados, e issoinclui o Brasil

Cerca de 40% do lixo domiciliar é com-posto por papel puro, que, se limpo e seco, deve ser reaproveitado. A cada 50 quilos reciclado, uma árvore a menos é cortada. Além disso, a reciclagem é uma impor-tante fonte de renda para famílias quem revendem esse material a empresas.

CONSCIÊNCIA CIDADÃ

ANÁLISE DOMACROAMBIENTE

FEVEREIRO 2009 • CONJUNTURA DO COMÉRCIO 03ANÁLISE DOSETOR DECOMÉRCIO

Segue expansão do crédito em 2009

Por aqui, as medidas do governo bra-sileiro incluem desde uma política de estí-mulo ao crédito, como medidas de apoio a setores trabalho-intensivos, como forma de reduzir o impacto sobre o desemprego.

Do ponto de vista do volume de cré-dito, dados do BACEN do ano passado revelam um aumento de 31%, superando R$ 1,2 trilhão. Com isso, a relação Crédito/PIB atingiu 41,3%, contra uma relação de 34,2%, em dezembro de 2007.

A expectativa de crescimento do crédito do BACEN para este ano é de 16%. Se con-siderarmos um crescimento de 2,5% do PIB, em 2009 a relação crédito/PIB deverá superar o patamar de 46% (conforme tabela 1).

Os bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Eco-nômica) devem puxar o crédito este ano, com ênfase muito forte no financiamento imobiliário e financiamento à micro e pe-quena empresa. Essas ações devem estimu-lar a geração de empregos e, associadas ao aumento do salário mínimo e do seguro-desemprego, devem amortizar a queda do consumo proveniente da redução da massa salarial advinda do desemprego industrial.

Salário-mínimo de R$ 465,00

A partir do dia 1º deste mês passa a vi-gorar o novo salário mínimo de R$ 465,00, representando um aumento de 6,39%, já descontada a inflação. Com esse aumento, cerca de R$ 21 bilhões passam a circular, injetando mais dinheiro na economia e be-neficiando 43 milhões de pessoas, sendo 25 milhões de ativos e 18 milhões de aposenta-dos e pensionistas.

No Ceará, mais de 1,4 milhão de pesso-as recebem o salário mínimo, o que significa um aumento de renda no valor de R$ 70 mi-lhões. Como o salário de fevereiro é pago até o início do mês seguinte, o impacto maior ocorrerá no mês de março, embora, motiva-dos pelo evento do carnaval, muitos indiví-

TABELA 1 – RELAÇÃO CRÉDITO PIB

ANO CRÉDITO/PIB (%)

2007 34,2

2008 41,3

2009* 46,7Fonte: BACEN, Cálculos Próprios* Baseado em elasticidade-renda do Comércio

A Pesquisa Mensal do Comércio - PMC, do IBGE, para novembro de 2008 revela um crescimento no

volume de vendas do varejo da ordem de 5,1% sobre o mesmo mês do ano anterior. Quando se considera o índice ampliado, incluindo o segmento de Veículos, ocorre uma queda de 4,1%. No período de janeiro a novembro de 2008, no indicador amplia-do, o crescimento acumulado do volume de vendas do País foi de 11%, comparando-se com o mesmo período do ano passado.

Esse pode ser considerado um resul-tado bastante satisfatório no indicador de varejo, mesmo considerando as últimas quedas nas vendas dos veículos, revelando um ritmo bastante expressivo dos demais segmentos varejistas. O Ceará supera o desempenho da média nacional, apresen-tando um crescimento de 6,8% sobre no-vembro de 2007. No acumulado do ano, o varejo no Ceará cresceu 8,3%.

Do ponto de vista setorial, em compa-ração com o mesmo mês do ano passado, o melhor desempenho no Estado do Ceará foi apresentado pelos setores de Material de Construção (37,6%), Equipamentos e Ma-teriais de Escritório, Informática e de Co-municação (28,8%), seguidos do segmento de Combustíveis e Lubrificantes (17,9%).

O segmento de Livros, Jornais e Pa-pelaria apresentou a maior queda, -15,3%, seguido da atividade de Tecido, Vestuário e Calçados, com -3,6%. Acrescente-se que o varejo em 2009 deve apresentar um cená-rio de crescimento, tanto pela retomada do crédito, quanto pela manutenção do consu-mo das famílias, em que pese o aumento do desemprego.

Consultas ao SPC

No mês de janeiro de 2009 as consul-tas tiveram uma queda de 9,13% em relação ao mesmo mês do ano passado (jan/2008).

As inclusões de registro de inadim-plentes apresentaram redução de 11,79% no mesmo período. Já as exclusões/regu-larizações apresentaram um decréscimo de 2,27%.

duos já comecem a expandir suas compras.Já o seguro-desemprego terá um au-

mento de 12%, cujo valor médio é de R$ 564,40. Ambas as medidas devem trazer re-percussões importantes em todo o Estado.

Conferência Anual da National RetailFederation - NRF

A conferência da NRF, realizada em Nova Iorque, em janeiro, trouxe a per-cepção clara de que 2009 será um ano de desafios, principalmente pelo baixo nível de confiança do consumidor, abalado pela perda dos empregos.

Entrementes, a Deloitte divulgou em seu portal as principais tendências para 2009, as quais destacamos:

Relocalização dos gastos de con-sumo, minimizando os custos de transpor-te e logística;

Redução do impacto das ativida-des sobre o meio ambiente, auferindo be-nefícios fiscais;

Encolhimento das lojas, gerando maior lucro no seu formato e encorajando compras mais rápidas e mais frequentes;

Mudança demográfica, criando a necessidade de retenção de talentos;

Integração multicanal, com a ex-pansão do varejo on line e das vendas por catálogos;

Uso de website, criando identida-de da marca e favorecendo a fidelização do cliente;

Investimentos em tecnologia, seja no back office para dar suporte à estratégia de segmentação, seja no processo de preci-ficação;

Valorização da experiência do cliente, fazendo com que ele perceba o di-ferencial da sua loja, do seu produto e do seu atendimento. Utilizar multicanais de in-teração com o cliente é uma tática bastante inteligente.

O Ceará supera o desempenho da média nacional, apresentando

crescimento de 6,8%.

Com o aumento do salário-mínimo, cerca de R$ 21 bilhões passam a circular, injetando mais dinheiro na economia e beneficiando R$ 43 milhões de pessoas.


Dólar comercialCompra: R$ 2,313Venda: R$ 2,314

INCCNo ano: 0,26%No mês: 0,26%

IGP-MNo ano: -0,44%No mês: -0,44%

IbovespaNo ano: 4,66%No mês: 4,66%

PARA ONDE VAIO COMÉRCIO

INDICADORES

* Atualizado em 31 de janeiro de 2009

Varejo aposta nas TVsdentro do ponto-de-venda

O varejo está de olho nas TVs dentro do ponto-de-venda. Está crescen-do o número de empreendedores

que vê a ferramenta como potencial veículo de comunicação, não apenas com o público interno, mas também com seus consumido-res dentro do ponto-de-venda. Além disso, é também uma fonte extra de receita, com a veiculação de publicidade de fornecedores.

Para isso, têm surgido no mercado di-versas produtoras prontas para atender essa demanda. São empresas especializadas na infraestrutura, produção e até mesmo na ad-ministração de conteúdo para o mercado cor-porativo. Tudo de forma integrada ao cliente, claro. Uma das finalidades da implantação de um canal de TV para uma rede de lojas é a composição de ações de endomarketing.

Vantagens da TV

Através da TV, é possível a matriz se di-recionar a todas as unidades de forma simul-tânea, até mesmo ao vivo, seja para anunciar o lançamento de um produto ou ação de marketing, treinamento de funcionários, anúncio da aquisição de alguma marca ou simplesmente para desejar um feliz Ano Novo a seus colaboradores.

Outro objetivo é a promoção de ven-das e o relacionamento com consumidores dentro do ponto-de-venda. A ferramenta é utilizada para anunciar novidades da empre-sa, produtos em oferta, promoções ou exibir conteúdos de entretenimento e informação, como clipes musicais ou notícias de jornais. Em parceria com fornecedores, é até mesmo uma fonte extra de receita.

Maior proximidade com funcionários e consumidores

“A partir do momento em que você tem um canal de televisão próprio para sua rede, os funcionários se sentem mais participativos em relação à empresa. É até mesmo um fa-tor de sustentabilidade, uma vez que elimina gastos como materiais de ponto-de-venda ou deslocamento de pessoas”, ressalta Júlio César Ferreira, Diretor Comercial da Subway Link, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Fernando Coelho, sócio da ImagineA-ge TV (IATV), aplicou a novidade no canal de relacionamento com o cliente Zapnews, que mais tarde viria a ser substituído pelo Net TV, ainda em 1998.

A experiência, bem sucedida, tornou-se o principal canal de comunicação com a base de assinantes da TV a cabo naquela época. Isso era avaliado pelo aumento do número de e-mails recebidos e na venda de pacotes de programação. Pontos positivos que são replicados nos pontos-de-venda, com clientes como Leo Madeiras, Frango Assado e Ampla Energia. “A propaganda no ponto-de-venda tem que alinhar-se com a qualidade da entrega do produto, poden-do gerar um aumento de 100% nas vendas. Mas, mesmo no pior caso, o aumento che-gou a 8%”, explica Coelho ao site.

Leo Madeiras já atua com conteúdo de TV há mais de 3 anos

Ambas as empresas defendem que a falta de dispersão na veiculação de uma campanha nas TVs do ponto-de-venda tor-na-a mais interessante e até lucrativa do que as exibidas em grandes redes de televisão, uma vez que atinge o público já interessado na marca e seus produtos. Apesar de não possuir instrumentos que possam avaliar corretamente a audiência no ponto-de-ven-da, as companhias trabalham com o núme-ro de consumidores que visitam as lojas. Na SubWay Link, são mais 40 milhões de pesso-as que percorrem pelo menos três vezes por mês os 110 pontos-de-venda atendidos pela companhia. Na ImagineAge TV, são 13 mi-lhões de clientes.

Uma das varejistas que colhe os frutos do trabalho com conteúdo de TV é a Leo Madeiras. Desde 2005, a rede de distribui-ção de produtos para marcenaria e constru-ção mantém um programa com dicas sobre marcenaria – primeiramente, exibido na Rede TV! e, posteriormente, na Rede Vida. A partir de agosto do ano passado, a atração passou a ser gerenciada pela ImagineAge TV, que depois de um reposicionamento passou a se chamar Marcenaria Moderna. A IATV também passou a ser responsável pela co-municação no ponto-de-venda da Leo Ma-deiras, que resultou na criação da LeoTV.

Entrevistas de especialistas em gestão de negócios, consultores jurídicos e financei-ros, novidades tecnológicas e rumos do mer-cado são alguns dos assuntos que norteiam as pautas do programa, voltado a empresá-rios clientes da rede. A atração já pode ser as-sistida em cinco lojas, no site da companhia e no YouTube. Em fevereiro, a LeoTV deve

chegar a todas as 40 lojas da rede, entre pró-prias e franqueadas.

Iniciativa atrai publicidade até denão-fornecedores

Hoje, a área de Marketing da Leo Ma-deiras coordena a produção do Marcenaria Moderna, do conteúdo para colaboradores, que pode ser visto antes do início e após o fim do expediente das lojas, e do conteúdo direcionado a consumidores, exibido duran-te o funcionamento da loja.

Segundo Fernanda, a iniciativa di-minui a poluição visual da loja, o custo de comunicação e permitiu a veiculação de mais anúncios no ponto-de-venda, que se alternam na programação do canal. “Ti-vemos uma boa recepção do público, com um significativo aumento de vendas”, conta a Gerente de Marketing.

O potencial dos canais de TV no pon-to-de-venda já é explorado até mesmo por empresas que não são fornecedoras. A Porto Seguro percebeu a oportunidade de anun-ciar seus seguros a potenciais consumidores frequentadores de estrada na rede de TV da Frango Assado, marca de restaurantes cliente da ImagineAge TV com unidades localiza-das em rodovias no estado de São Paulo. A Fiat Nordeste, por sua vez, já anunciou seus serviços de revisão dentro dos supermerca-dos Hiper Bompreço, do grupo Wal-Mart, através da SubWay Link.

Adaptado do texto de Guilherme Neto([email protected])

FEVEREIRO 2009 • CONJUNTURA DO COMÉRCIO 05

Inspirar e ser inspirado: o segredo do sucesso

OPINIÃO

Devemos fazer dos problemas a nossa solução, afinal, são justamen-te eles a fonte de inspiração para

superar barreiras. Eles permitem identificar oportunidades e reinventar experiências. O retrato da contemporaneidade mostra que essas necessidades estão cada vez mais ur-gentes e mutantes, por isso o olhar atento e empreendedor coloca-se como principal instrumento de sucesso. É ele o motor dos primeiros insights e rascunhos.

Ideias simples podem render grandes criações. Uma solução pode inspirar o surgi-mento de outras, em um segmento aparen-temente oposto, como mostra o benchmark, estratégia utilizada por empresas para estu-dar cases de outros ramos e extrair deles as lições e os caminhos a serem seguidos.

Inspirar é atiçar a curiosidade, o de-sejo pelo desenvolvimento de novas ideias. Os ambientes de trabalho, por exemplo, há muito deixaram de ser uma mera sede de execução dos afazeres para assumir também a função de despertar o imaginário. São hoje arquitetados para estimular a criatividade. O

SPC NEWS

Como registrar inadimplentes no SPC

Que o Serviço de Proteção ao Cré-dito – SPC – é uma ferramenta imprescindível para dar segurança

na concessão de crédito, isso todo mundo já sabe. Algumas dúvidas relativas ao seu uso, porém, ainda persistem. A pesquisa no maior banco de dados creditícios da Améri-ca Latina é um benefício exclusivo para as-sociados da CDL, que recebem um código e uma senha para ter acesso à rede nacional.

Além de poder realizar consultas de maneira fácil e prática, via internet ou por telefone, o usuário do SPC pode incluir de-vedores, evitando a inadimplência. Ao re-ceber cheques sem fundos ou fraudulentos, pelos motivos: sem fundos (alínea 12) após a reapresentação, conta encerrada (alínea 13), prática de espúria (alínea 14) e contra-ordem (alínea 21), ou constatar o atraso no pagamento de outros valores, o lojista deve-rá entrar imediatamente com o processo de registro do consumidor no SPC.

PASSO A PASSOO processo para registrar inadimplentes é bastante simples:

1° Acesse o sistema on line, entrando no site da CDL de Fortaleza (www.cdlfor.com.br) e clique no banner do SPC; 2° Digite o número do operador e a sua senha; 3° No menu do SPC, escolha a opção “Inclusão/Exclusão”; 4° Opte pela guia “Cheque Lojista” (no caso de cheques devolvidos) ou “SPC” (no caso da não quitação de crediários, boletos, títulos, promissórias, duplicatas, taxas condominiais ou contratos); 5° Digite o CPF ou CNPJ devedor; 6° Clique na opção “Novo”; 7° Informe os dados* do endereço do CPF ou CNPJ e do cheque devolvido (nº do banco, da agência, do cheque, o motivo da devolução, o valor do cheque e a data da emissão do cheque) ou débito vencido.

Jamais informe pelo telefone ou qualquer meio o seu login ou senha de acesso ao SPC. A CDL nunca faz esse tipo de solicitação.

Informações:(85) 3433.3030

Google, por exemplo, choca pela maneira revolucionária de instituir o trabalho. A co-brança por resultados e prazos apertados é comum a qualquer empresa, mas a inovação da marca está na simples percepção de que são pessoas que geram resultados, portanto, quanto melhor as condições do espaço labo-ral, mais favorável será a produção. Como afirma Beth Furtado, psicóloga com especia-lização em Administração, “inspirar pessoas é arrebatá-las por meio de sentidos, resgatar suas memórias...” Daí a grande função de ambientes acolhedores e estimuladores.

Da condição de inspiradas, as organi-zações necessitam passar à condição de ins-piradoras, afinal, é também preciso inspirar os clientes ao consumo. É necessário fazê-los perder o fôlego diante de uma novidade, im-pulsionar seus desejos pela posse imediata do seu produto ou serviço. Para isso, é pre-ciso ser interessante, trazer à tona o inédito, criativo, útil e/ou prático. Ser inspirado é fazer interrelações não-lineares e unir coin-cidências antes improváveis, daí vem a quali-dade de inspirar e alimentar a curiosidade do cliente. Esta é, seguramente, a chave.

As inclusões também podem ser feitas manualmente, a partir do preenchimento do formulário de negativação. Em seguida, a ficha deve ser carimbada e assinada pelo lojista e entregue no Departamento de Aten-dimento ao Associado e ao Consumidor – Deacon, da CDL de Fortaleza (Rua 25 de Março, 882 – Centro).

Após o registro, o devedor receberá uma notificação, que informa que ele tem até 5 dias, após o recebimento, para regularizar sua situação junto à empresa, caso contrário seu nome será cadastrado no banco nacional de dados do SPC. Mediante a liquidação de seu débito, o consumidor deverá ser ime-diatamente reabilitado pelo estabelecimento que o indicou.

Se você ainda tem dúvidas sobre este procedimento, agende um horário para o treinamento de novos associados, que a CDL de Fortaleza realiza todas as quintas, das 8h às 11h, ou ligue para 3433.3031.

GOOGLEAmbientes criativos são desenhados para dar mais conforto e inspirar ideias inovadoras dentro da empresa


Sua majestade, o consumidor

APRENDENDONA PRÁTICA

Vivemos a era do consumidor. Cria-mos novas formas de atendimento, encantamento e relacionamento

com o cliente, buscando gerar diferenciais de competitividade para nossas organizações. A expressão de ordem é “percepção de valor”. Precisamos criar valor para sermos preferi-dos pelos clientes e possamos fidelizá-los.

O grande desafio, entretanto, é enten-der o que é valor para os clientes e como esse conceito se altera com o tempo. O que era valorizado ontem não é mais hoje, nem será amanhã, principalmente quando todos os concorrentes passam a oferecer os mesmos benefícios, e o que era diferente, exclusivo, torna-se comum para os clientes que passam a exigir mais dos seus fornecedores.

O consumidor de hoje adora novida-des. Atendê-lo e encantá-lo requer contínua interação. É preciso não apenas pesquisá-lo formalmente, mas abordá-lo na informali-dade, e registrar tudo o que for dito para uma oferta futura mais adequada às suas necessi-dades e aos seus desejos.

Isso exige muito dos funcionários, es-pecialmente os de linha de frente, como no varejo, onde vendedores são os olhos e os ouvidos das organizações. É preciso saber ouvir e falar na medida certa, para acessar não só o bolso do cliente, mas sua mente e seu coração.

O consumidor não tem com o ato da compra apenas uma relação utilitarista, mas uma experiência vivenciada para lhe trazer prazer, elevação da autoestima e satisfação de algumas carências. Ele quer, constante-mente, experimentar o novo, o que exige das empresas enorme capacidade de reinventar-se para agradar esse consumidor que apre-senta, a cada dia, novas expectativas em rela-ção a produtos e serviços.

Há alguns anos, a consultora america-na Faith Popcorn apresentou em seu livro, O Relatório Popcorn, tendências que molda-riam o consumidor do século 21, dentre as quais se destacam:

Encasulamento – Desejo de ficar em casa, transformando-a num casulo confor-tável e seguro, o que traz para as empresas o

Cláudia BuhamraProfessora de Marketing da UFC/FEAACSócia da Buhamra & Romero Soluções Estratégicas

[email protected]

DIÁLOGO COM OEMPRESÁRIO

As Alterações no Simples Nacional

José Batista Maciel NetoContador, Auditor e

Conselheiro do CRC-CE

desafio de ir ao cliente, trazendo-lhe conve-niência e economia de tempo.

Aventura da fantasia – Fuga das ten-sões cotidianas por meio de viagens, comida e programas de realidade virtual;

Pequenas indulgências – Para aliviar o stress, os consumidores procuram múltiplas maneiras de se recompensar, satisfazendo pequenos caprichos que expressam o “eu mereço”;

Egonomia – Tipo de narcisismo. As pessoas querem o reconhecimento de que “ninguém é como eu”, dando ênfase à perso-nalização de produtos e serviços;

Sair fora – As pessoas trabalham mui-to e começam a valorizar a simplicidade das coisas e da vida para serem felizes;

Volta ao passado – A nostalgia da li-berdade da infância leva a certos tipos de comportamentos de consumo mais des-contraídos e de produtos que outrora foram grandes sucessos;

Sobreviver – Conscientização cres-cente do conceito de bem-estar que ajuda a reforçar o ideal de melhor qualidade de vida, inclusive na adoção de alimentos e de hábi-tos saudáveis;

Consumidor vigilante – Os consumi-dores, cada vez mais conscientes, exercem pressão sobre as ações antiéticas das organi-zações;

99 vidas – O ritmo acelerado dos tem-pos modernos obriga-nos a desempenhar vários papeis, dando espaço a aparelhos mul-tifuncionais, como celulares que fotografam ou postos de gasolina e farmácias com gran-de diversificação de produtos e serviços.

Para aprimorar o Sistema Tributário Nacional, o presidente Lula san-cionou, em dezembro de 2008, a

Lei Complementar nº 128, que traz ajus-tes significativos na Lei Complementar nº 123/2006 (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas). Tais modificações vêm suprir os anseios dos micro e pequenos empre-sários no que tange à possibilidade de concorrência no mercado, pois trata da transferência de crédito de ICMS, concede um novo tipo de parcelamento, possibilita a adesão ao sistema de novas atividades, incentiva o associativismo, com a criação da Sociedade de Propósito Específico, e estimula a criação de uma nova persona-lidade jurídica, que é o Microempreende-dor Individual – MEI.

Com a Lei, torna-se possível a ade-são ao Simples Nacional para atividades econômicas como: fabricação e comércio atacadista de bebidas não alcoólicas que não sejam refrigerantes (sucos, águas, chás e cafés), educação (ensino médio), comu-nicação, serviços de instalação, reparação e manutenção, decoração e paisagismo, análises clínicas e/ou patológicas e diag-nósticos médicos por imagem. Houve também uma melhoria significativa na tributação de segmentos como vigilância e limpeza, escritórios de serviços contábeis e empresas montadoras de stands para fei-ras e eventos.

É também viável requerer um par-celamento especial (com prazo de até 100 meses e com direito à inclusão de débitos contraídos até 30 de junho de 2008), que deve ser requerido junto ao fisco onde houver o débito (RFB, Estado e/ou Muni-cípio). Esse benefício, porém, não poderá ser utilizado por empresas que tenham sido excluídas do Simples Nacional para reingressarem no regime.

Com os ajustes, espera-se que, a par-tir de 01 de julho deste ano, sejam inseridos no mercado formal cerca de 10 milhões de novos microempreendedores individuais Tais modificações devem ser avaliadas pelo empresariado, para o planejamento tributário do ano que se inicia.


Panificadora Nogueira:transformando sabor e tradição em arte.

CASE DESUCESSO

Sob o argumento de desestímulo às rescisões contratuais de trabalho, o Governo Federal editou o Decreto Nº

6.727/2009, passando o aviso prévio inde-nizado a ter incidência de INSS.

O aviso prévio indenizado é pago quando a empresa dispensa de imediato o empregado, não havendo a prestação de serviço no intervalo do aviso prévio.

Faz algum tempo que a verba traba-lhista em discussão não sofre a incidência de contribuições previdenciárias, pois o Regulamento da Previdência Social deter-mina que as contribuições previdenciárias incidam somente sobre os valores de natu-reza remuneratória pagas ao trabalhador, não estando inclusas as verbas de natureza indenizatória, como é o caso do aviso pré-vio indenizado.

O novo Decreto ampliou a arrecada-ção federal e onerou o processo rescisório para as empresas, já que, dependendo da quantidade de rescisões contratuais de tra-balho, a incidência de INSS sobre o aviso prévio indenizado pode causar grandes impactos.

Por seu turno, o empregado também passou a pagar o INSS sobre o aviso prévio sob alíquota que varia de 8% a 11%, de-pendendo do seu salário. Portanto, todos saíram perdendo com mais esse desconto exorbitante.

Por fim, é importante destacar que o Decreto em tela fere frontalmente a Juris-prudência do Tribunal Superior do Traba-lho – TST, que tem pacificado que o aviso prévio indenizado não pode ser considera-do para fins de tributação.

Incidência de INSS sobre aviso prévio indenizado

OLHARJURÍDICO

Dra. Elizabeth MesquitaAssessora jurídica da CDL de Fortaleza

O novo Decreto ampliou a arrecadação

federal e onerou o processo rescisório

para as empresas

A Panificadora Nogueira, que leva o so-brenome de seu atual administrador, José Antônio, tem raízes na cultura

portuguesa e é referência na fabricação dos pães e doces típicos. Dentre as receitas mais pedidas estão: o pastel de belém, o bolo rei, que leva dois brindes entre os ingredientes, o folar da páscoa, decorado com ovos inteiros cozidos com cascas de cebola, o pão rústico de canela, a arrufada de coimbra e o carro-chefe da padaria, o pão por-tuguês com centeio, produtos de dar água na boca e encher os olhos.

A padaria vem de uma herança familiar, iniciada há mais de sete décadas. Sua história teve início com a união de dois nomes tradi-cionais de Portugal: José e Manuel. Juntos, eles investiram em fórmulas que ainda hoje fazem sucesso no paladar dos consumidores. Filho de José, Antônio Nogueira mostra com orgu-lho um documento que comprova o início das primeiras atividades do estabelecimento, ain-da em 1930. Oficialmente, todavia, considera-se o dia 14 de julho de 1938 como a data de abertura da firma.

Com 70 anos de existência, o empreendi-mento, situado à Rua Padre Pedro de Alencar nº 244, no bairro Messejana, impressiona pela moderna infraestrutura, variedade dos pro-dutos oferecidos e excelência no atendimen-to. Acompanhando as tendências do ramo, dispõe de serviço de cathering, fornecendo produtos sob encomenda para hoteis, restau-rantes, pousadas, buffets e eventos na Região Metropolitana de Fortaleza.

A Panificadora Nogueira oferece ainda, diariamente, um serviço completo de café da manhã, com menus diversificados, e espaços aconchegantes, com mesas e cadeiras, para

lanches rápidos e happy hours. Outro serviço para dar mais comodidade aos clientes é o sis-tema delivery, que entrega pedidos em toda a cidade.

Vice-presidente da Associação Cearen-se da Indústria de Panificação (ACIP), José Antônio está sempre por dentro dos últimos avanços do setor e faz questão de aplicar as novidades pesquisadas e fazer experimen-tações no seu negócio. A receita do sucesso, segundo ele, é justamente a qualidade dos produtos e o atendimento, que são requisitos básicos de qualquer empreendimento, mas que são diferenciais importantes da Panifica-dora. Essas marcas de qualidade são atestadas por Jaime Assunção Cavalcante, de 74 anos, frequentador há mais de 40 anos.

A dona-de-casa Irene Alencar, 81 anos de idade, também é freguesa antiga, há cerca de 50 anos. A fama do lugar alcançou, inclu-sive, rede nacional, com a aparição da padaria no programa Domingo Legal, apresentado por Gugu Liberato, como modelo a ser se-guido, no que diz respeito ao cumprimento de todos os itens prescritos pela Vigilância Sanitária.

Mais do que uma empresa preocupada com a sua imagem e com a mera geração de lucro, a Panificadora Nogueira procura dar à comunidade a contrapartida por sua pre-ferência. Com uma consciência socialmente responsável, já promoveu inúmeras ações sociais, como o projeto “Pão, educação e arte”, que atende, gratuitamente, crianças carentes, com atividades de lazer, reforço escolar e me-renda. Iniciativas como essa, destacam a Pani-ficadora Nogueira no mercado, fazendo dela um verdadeiro case de sucesso.

TRADIÇÃO FAMILIAR

RECORDAÇÃO

José Antônio Nogueira dá continuidadeao legado deixado pelo pai.

Foto antiga dos primeiros anos de funcionamento da padaria.


CAPACDL realiza Cenários do Varejo 2009

Nos dias 05 e 06 de fevereiro, a CDL de Fortaleza realizou o 3º Cenários do Varejo, uma série de conferên-

cias para debater temas de interesse direto do comércio. O evento foi inspirado nas questões apresentadas no Retail’s Big Show, a maior convenção mundial do varejo, realiza-da pela National Retail Federation (NRF), de 11 a 14 de janeiro, em Nova Iorque.

Considerada o principal foro de dis-cussão sobre o setor de comércio e serviços, a Convenção abordou questões indispensá-veis para vencer o desaquecimento econô-mico. A CDL de Fortaleza esteve presente mais uma vez, liderando a maior comitiva de empresários locais, e trouxe com exclusi-vidade para o Ceará as tendências apresen-tadas pelos executivos das maiores corpora-ções internacionais.

Com a temática “Retail´s Big Show: a inspiração começa aqui”, o Cenários do Va-rejo 2009 replicou para o contexto local al-guns pontos importantes para o diferencial competitivo nas empresas.

Programação do Cenários do Varejo

Para debater essas e outras questões, a CDL de Fortaleza recebeu renomados pro-fissionais para compartilhar experiências e debater cases. Uma excelente oportunidade para a reciclagem de conhecimentos e a cria-ção de novas oportunidades de negócios.

A abertura do evento ficou por conta do Doutor em Administração, professor da Faculdade de Administração e Economia da USP e consultor na área de varejo, Nelson Barrizzelli, que palestrou sobre a “Atual Con-juntura e Perspectivas do Comércio: USA versus Brasil”.

Segundo o economista, os velhos mo-delos de negócio não funcionam mais e o varejo, para adaptar-se e enfrentar uma crise que não tem prazo para terminar, precisa fa-zer uso da inovação, reduzir os custos e utili-zar a tecnologia como forma de aumentar a produtividade, conhecer melhor seus clien-tes e otimizar sua comunicação.

O conferencista explicou a razão da crise e deu algumas sugestões para driblar o momento, abordando vantagens que colo-cam o Brasil em situação privilegiada, com reduzidos impactos do desaquecimento. Para Barrizzelli, o dinheiro não sumiu do mercado, mas as pessoas estão mais receosas

em gastar, por isso é preciso criatividade para impulsioná-las à compra.

Ele defende que esse é o momento ide-al para o Brasil, já que, comparado aos EUA, o País tem um ótimo atendimento e esto-ques bem reduzidos. Já em relação ao nível de automação integrada, o Brasil ainda fica bem na retaguarda, por isso precisa implan-tar modernos sistemas, conhecer a fundo o perfil da clientela, fazer investimentos no pós-atendimento, ter ideias criativas, conhe-cer bem a área de atuação da loja e fidelizar clientes.

Regiane Romano, professora univer-sitária e consultora de informática aplicada ao varejo, abriu as palestras do dia 06 com o tema “TI: o Futuro do seu Negócio Passa por Aqui”. A pesquisadora discutiu os últimos lançamentos tecnológicos e fez um passeio pelas novidades apresentadas na NRF 2009. Já no dia anterior à abertura do evento, ela conheceu os bastidores e ficou impressiona-da com a logística empregada na convenção mundial, que teve grande participação bra-sileira, a 2º entre as delegações estrangeiras com o maior número de participantes.

Entre os assuntos destacados: a interati-vidade, como forma de transformar a experi-ência de consumo em situações inesquecíveis, o design, a preocupação com o meio ambien-te e a exploração múltipla dos sentidos.

Regiane mostrou que essas tecnolo-gias parecem uma realidade ainda distante do Brasil, mas já estão disponíveis e a custos bem mais baixos. Para ela, a TI é uma ferra-menta imprescindível de gestão, que agiliza a comunicação e melhora o atendimento, mas deve ser vista como um meio, e não um fim.

Convenção importa novidades do 98º Retail’s Big Show para Fortaleza

GUIA DO COMÉRCIODez pontos estratégicos discutidosna NRF 2009 para o diferencial competitivo:

Realizar um controle eficaz do fluxo de caixa;

Reduzir os níveis de estoques;

Melhorar, continuamente, o ambiente da loja, a partir de uma visão holística e criativa, objetivando a satisfação e a fidelização dos clientes;

Ouvir, interagir e concretizar alianças estratégicas com clientes e fornecedores;

Buscar, continuamente, a simplificação das ações e dos processos internos;

Ofertar crédito de forma seletiva e criar novos conceitos de venda;

Investir em tecnologia para reduzir custos e agilizar processos internos;

Dar alta prioridade na contratação, no desenvolvimento e na retenção de bons funcionários;

Desenvolver marcas próprias como forma de melhorar margens e gerar independência comercial;

Buscar a ampliação de vendas, a partir de novos canais, adequados ao perfil e aos hábitos dos novos consumidores.

Galeria: NRF 2009

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Legendas: 1) Lee Scott, diretor-geral da Wal-Mart, fala sobre os novos modelos de negócio; 2) Vendedor demonstra uma das novidades para o mercado varejista; 3) No pavilhão, expositores oferecem novas oportunidades de negócios.


Galeria: Cenários do Varejo 2009

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Legendas: 1) Mais de 1.500 pessoas participaram das palestras; 2) Nelson Barrizzelli abriu o circuito de conferências do Cenários do Varejo 2009; 3) Deoclécio Frota, presidente da CDL de Sobral, aguarda autógrafo de Regiane Romano; 4) Salas de transmissão simultânea foram disponibilizadas ao público; 5) O secretário da Fazenda Mauro Filho interage com a plateia.

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Outro ponto reforçado foi que os lojis-tas devem abusar das soluções inovadoras da TI, mas sem perder de vista o foco nas pesso-as: “As lojas têm que deixar de ser pontos de venda para se tornarem pontos de relaciona-mento.” Após a palestra, Regiane fez o lança-mento oficial do livro “Tecnologia: o Futuro do seu Negócio passa por Aqui” no Nordeste e deu início a uma sessão de autógrafos.

Em seguida, Beth Furtado, abordou “As Novas Tendências de Comportamento do Consumidor e Formatos de Loja”. Ela afirma que é preciso olhar com atenção para outros setores, de onde podem surgir ideias inspira-doras.

Psicóloga com especialidade em varejo, Beth apresentou uma análise sobre o com-portamento do consumidor na contempora-neidade. Para ela, as mudanças acontecem de forma cada vez mais rápida, embora alguns desejos sejam atemporais, aos quais devemos estar atentos. Com a análise de dados, por exemplo, tem-se excelentes indicativos sobre que negócios o lojista pode fazer, que novos nichos podem ser explorados e de que forma o consumidor poderá ser abordado.

A modernidade, segunda Beth, está marcada por inúmeros paradoxos e os dese-jos desse “novo” consumidor são complexos e ambivalentes, mas uma regra geral é a vonta-de de ser surpreendido, encontrar produtos e serviços diferenciados e sentir-se importante. A psicóloga apresentou vários cases que estão lançando tendências originais. Dentre algu-mas: lojas temporárias, produtos-surpresa e redes despadronizadas. Para a pesquisadora, atrair clientes na atualidade requer essa que-bra de padrões.

O encerramento do Cenários do Va-rejo 2009 ficou por conta do secretário da Fazenda Mauro Benevides Filho, que abor-dou programas de incentivo para o setor de comércio e serviços na palestra “Programas Governamentais para a Promoção do Cresci-mento do Comércio”. Na ocasião, o secretário

deu resposta aos pleitos encaminhados ao Governo do Estado pela CDL de Fortaleza e submetidos ao Conselho Estadual de Desen-volvimento Econômico, pelo presidente da CDL, Honório Pinheiro, que solicitou apoio do governo para garantir a oferta de empre-gos e injetar ânimo na economia do Estado, estimulando as vendas e viabilizando a im-plementação de novas lojas.

Na pauta de solicitações estavam a am-pliação do prazo de recolhimento do ICMS, a elaboração de um programa de incentivo ao comércio varejista no Estado do Ceará (Proince), incentivos para os projetos Liqui-da Ceará e Cenários do Varejo, e o apoio para

programas de capacitação para o comércio.Ao longo da programação foram sorte-

ados prêmios e realizado um coquetel de en-cerramento. Os participantes demonstraram-se bastante entusiasmados com o evento. Deoclésio Frota (foto 4), presidente da CDL de Sobral, por exemplo, afirmou que agora pretende dar continuidade às lições que rece-beu com os cursos da Faculdade CDL. “Que-remos parabenizar a CDL pela iniciativa, pois esta é uma oportunidade de situar o interior sobre essas questões, já que temos maior difi-culdade de acesso a essas informações e de ter contanto com profissionais como esses, com conhecimentos tão avançados.”

PALESTRANTES

Beth FurtadoEspecialista em marketing, varejo, distribuição, PDV e comportamento de compra.

Nelson BarrizzelliDoutor em Administração, professor

da Faculdade de Administração e

Economia da USP e consultor na

área de varejo.

Mauro FilhoSecretário de Fazendado Estado do Ceará

Regiane RomanoProfessora Universitária e consultora de informáticaaplicada ao varejo.

CDL de Fortaleza participa de NRF 2009: Mais uma vez a CDL de Fortaleza foi a Nova Iorque conferir as últimas novidades relacionadas ao desenvolvimento do comércio. Dessa vez, a CDL marcou presença com a maior comiti-va da sua história, para participar de paineis, conferências e exposições, e trocar ideias com os executivos das organizações mais competi-tivas da economia global. A visita à Convenção, que é hoje o maior encontro mundial do co-mércio, proporcionou aos participantes a opor-tunidade de atualizar o empresariado cearense com as novas tendências em voga no setor, bem como os subsídios para preparar o Cenários do Varejo 2009, em fevereiro.

Faculdade CDL inicia cursos do Planteq: Em par-ceria com o Governo Estadual, a Faculdade CDL deu início aos cursos do Plano Territorial de Qualificação – Planteq, oferecendo a jovens de baixa renda a oportunidade ímpar de se pre-parar para o mercado de trabalho. Três turmas recebem, gratuitamente, treinamentos direcio-nados à atividade de operador de telemarketing com informática. As aulas continuam até 11 de março. Após a conclusão do curso, os partici-pantes aprovados receberão certificado.

São parceiros neste projeto: Conselho Estadual do Trabalho – CET/CE, Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – Governo do Estado, Sine/CE, Ministério do Trabalho e Emprego - Governo Federal, Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT e Plano Nacional de Qua-lificação - PNQ.

Faculdade CDL inicia período letivo: Faculdade CDL inicia período letivo: Após breve recesso durante os festejos de fim-de-ano, a Faculdade CDL retomou normalmente as suas ativida-des, dando início aos novos módulos do curso de Gestão Comercial. Além disso, a Faculdade iniciou também os preparativos para novos cursos semanais, em diferentes áreas do vare-jo. Para consultar os cursos disponíveis, visite o site da CDL de Fortaleza (www.cdlfor.com.br) ou ligue para 3433.3047.

Os alunos veteranos da Faculdade CDL deram as boas-vindas aos calouros da nova turma de Gestão Comercial, com uma pales-tra cujo tema foi: “A importância da Faculdade CDL em Nossas Vidas”. Cada veterano falou

NRF 2009

PLANTEQ PLANEJAMENTO CDL 2009

Em Nova Iorque, comitiva da CDL pesquisa tendências.

Jovens recebem capacitação profissional gratuita. Diretoria se encontra para decidir os rumos da entidade.


ACONTECEUNA CDL

DIAS 11 A 14

DIA 12

DIA 26

PREMIAÇÃO RENIC

Planejamento CDL 2009: A diretoria da CDL de Fortaleza participou da 1ª reunião-almo-ço do ano, no auditório da Loja Conceito, para discutir os projetos e as ações previstas no Planejamento CDL 2009. Na oportunida-de, foram apresentadas as diretrizes que a CDL de Fortaleza deverá seguir, sempre com vistas ao desenvolvimento e à integração do comércio cearense.

DIA 9/2

DIA 30CDL recebe premiação da RENIC: O presidente da CDL de Fortaleza, Honório Pinheiro, foi a São Paulo para receber a premiação conce-dida pela da Rede Nacional de Informações Comerciais – RENIC – às entidades partici-pantes da campanha “Registrando com a RENIC: O arremesso da vitória”, lançada em maio de 2008. O objetivo da ação era motivar as entidades integradas à rede a reforçar en-tre seus associados as vantagens da consul-ta como prevenção contra a inadimplência, além da importância de incluir os devedores no banco de dados, que também funciona como um auxiliar na cobrança.

No encontro nacional, estiveram presen-tes as bases centralizadoras da rede, das quais mais de 30 entidades foram premiadas, entre associações comerciais e Câmaras de Dirigen-tes Lojistas de 12 diferentes estados.

Os troféus foram distribuídos entre duas categorias, ambas nas quais a CDL de Fortaleza foi premiada, estando entre as 10 entidades detentoras dos maiores bancos de dados de informações credi-tícias do País e as 7 entidades, dentre as inscritas, que mais incluíram registros du-rante o período da campanha.

INÍCIO DO PERÍODO LETIVOAlunos veteranos dão as boas-vindas aos novatos.

Legendas: 1) Lema da campanha Renic. 2) Agraciados com a premiação; 3) CDL de Fortaleza é reconhecida como um dos dez maiores bancos de dados creditícios; 4) Avani Rodrigues, presidente da ACP, entrega o prêmio ao presidente Honório Pinheiro.

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sobre as novas experiências vivenciadas após o ingresso na Faculdade CDL, bem como apre-sentou os benefícios que a Instituição oferece.

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BALANÇO DE ATIVIDADES DO MÊS

MAIS INFORMAÇÕES

* referente ao mês de janeiro de 2009.

Espaço CDL de NegóciosAssociados atendidos 37

Balcão de EmpregosCurrículos cadastrados 894

Currículos encaminhados 339

Faculdade CDLCursos realizados 17

Alunos capacitados 993

CDL – Quadro GeralNovos associados 102

Deacon – Atendimentos 8682

O QUE VEMPOR AÍ EM FEVEREIRO

CDL assina convênio com Ministério: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e o secre-tário executivo do Ministério, André Figueire-do, serão recebidos para um café-da-manhã na CDL de Fortaleza, para assinatura de um convênio de parceria que firma a realização de cursos do Plano Setorial de Qualificação – Plan-seq –, programa que objetiva a capacitação de 1.456 profissionais para o comércio. As aulas, previstas para iniciar em 02 de março e termi-nar em 27 de novembro, atenderão a 56 tur-mas, formadas por jovens, a partir de 16 anos, à procura do primeiro emprego e trabalhadores desempregados. Os cursos visam capacitar, gratuitamente, trabalhadores em diferentes áreas do setor de comércio e serviços, com cur-sos de qualificação profissional nas atividades de: operador de caixa, auxiliar de escritório, almoxarife, assistente administrativo, reposi-tor de mercadorias, vendedor atacadista, pro-motor de vendas e vendedor varejista. Ao final dos cursos, os currículos dos alunos aprovados serão encaminhados ao Balcão de Empregos SINE/IDT/CDL e enviados para seleções de va-gas de empresas clientes. Além disso, os parti-cipantes recebem material didático, lanche e passcard. Para participar do Planseq, é preciso ser maior de 16 anos, ter o ensino fundamental completo e residir em Fortaleza. O interessado deverá procurar as unidades do SINE/IDT para fazer sua pré-inscrição. As vagas são limitadas, por isso há pré-seleção dos candidatos. Mais Informações: (85) 3433.3048 ou pelo e-mail: [email protected].

DIA 12

SELEÇÃOPara se inscrever para as próximas sele-ções, é necessário apresentar uma foto 3x4, carteira de identidade, CPF, carteira de trabalho, comprovante de endereço, comprovante de residência (cópia da conta de água, luz ou telefone) e car-ta de encaminhamento da unidade do SINE/IDT.

RESULTADOA Faculdade CDL divulga os resultados no site da CDL de Fortaleza (www.cdlfor.com.br) e em cartazes afixados em sua rede.

CARGA HORÁRIACada curso será ministrado em 200 ho-ras/aula, divididas em dois módulos:Geral (40h/a): abordagem de questões pertinentes a relacionamento humano, trabalho em equipe, autoconhecimen-to, ética no trabalho, cidadania, cenário atual do mercado de trabalho, elabora-ção de currículo profissional e compor-tamento em entrevistas para seleção de emprego.Específico (160h/a): abordagem de con-teúdos técnicos referentes ao curso escolhido pelo participante, com aulas práticas de informática (Windows, Word e Internet).


10/02 – Case de Sucesso: A CDL Jovem recebe-rá o diretor do Monte Klinikum, Hipólito Monte, que vai falar sobre os modelos de negócio do hospital, referência em atendimento médico.

14/02 – CDL Jovem visita Parque do Cocó: Associados e convidados terão um sábado de descontração e contato direto com a na-tureza. A visita é mais uma oportunidade de promover a integração dos participantes e a educação ambiental na nossa cidade.

17/02 – BIG TRIP apresenta: Associados, con-vidados e apoiadores da CDL Jovem terão a oportunidade de compartilhar as vivências e os cases pesquisados em São Paulo, na 1ª Mis-são Empresarial, a partir da visita a empre-sas como BM&F Bovespa, TAM, Rede Record, Young & Rubicam, Chilli Beans e Terra.

A CDL Jovem deseja um excelente Carnaval a todos. Se for dirigir não beba.

CDLJOVEM

Informações:(85) 3464.5520

23/01 – CDL Jovem recebe Ministro do TCU: Ubiratan Aguiar, ministro do Tribunal de Con-tas da União, contou sua trajetória, as virtudes e as dificuldades em desenvolver um trabalho ético e responsável, e fez uma análise ampla sobre processos públicos e privados, funda-mentada nas leis e no objetivo de estabelecer uma sociedade mais humana e justa.

03/02 – ECOELCE é apresentado à diretoria da CDL Jovem: O diretor de Projetos Institucionais da Coelce, José Nunes Neto, e o chefe de Gestão da Inovação e Projetos de Pesquisa da entida-de, Odailton Arruda, apresentaram os bene-fícios do ECOELCE, projeto premiado na sede da ONU, em Nova Iorque, pela World Business and Development Awards – WBDA.

O que passou

Programe-se

VISITAMinistro do TCU palestra para diretoria da CDL Jovem.

Documents

Conjuntura do Comércio - Fevereiro 2009