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CONSELHO DE ARBITRAGEM
Época 2016 - 2017
NORMAS DE CLASSIFICAÇÃO
FUTEBOL
- Categorias C2 e C3 Avançado -
Aprovadas em 16 de julho de 2016
CONSELHO DE ARBITRAGEM
Normas de Classificação para a época 2016/2017 Categorias: C2 e C3 Avançado de futebol
i
Conteúdo CAPÍTULO I – O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .......................................................... 1
CAPÍTULO II – CLASSIFICAÇÃO DOS ÁRBITROS ................................................................................... 3
1. Componentes da Classificação Final....................................................................................... 3
2. Avaliação de Desempenho ..................................................................................................... 3
3. Coeficiente do Observador ..................................................................................................... 3
4. Grau de Dificuldade Competitiva ........................................................................................... 4
5. Provas Escritas ........................................................................................................................ 4
6. Provas Físicas .......................................................................................................................... 5
7. Bonificações e Penalizações ................................................................................................... 6
7.1. Bonificações .................................................................................................................... 6
7.2. Penalizações ................................................................................................................... 6
8. Regras Para as Observações ................................................................................................... 6
8.1. Jogos ............................................................................................................................... 6
8.2. Número de Observações ................................................................................................ 7
8.3. Procedimentos................................................................................................................ 7
9. Pronúncias / Reclamações ...................................................................................................... 8
9.1. Relatório do Observador ................................................................................................ 8
9.2. Testes Escritos e/ou Provas Físicas ................................................................................. 9
10. Provas Falhadas .................................................................................................................. 9
10.1. Suspensão de Atividade .................................................................................................. 9
10.2. Repetição ........................................................................................................................ 9
10.3. Resultados a Considerar ................................................................................................. 9
10.4. Impossibilidade de Repetição ......................................................................................... 9
11. Provas Não Realizadas ...................................................................................................... 10
11.1. Não Realização .............................................................................................................. 10
11.2. Impedimento ................................................................................................................ 10
12. Determinação da Pontuação Final ................................................................................... 10
12.1. Árbitros da Categoria C2............................................................................................... 10
12.2. Árbitros da Categoria C3 Avançado .............................................................................. 10
13. Elaboração da Classificação final ...................................................................................... 11
13.1. Árbitro Sem Classificação ............................................................................................. 11
13.2. Falta Injustificada.......................................................................................................... 12
13.3. Utilização de Meios Ilícitos ........................................................................................... 12
13.4. Igualdade Pontual ......................................................................................................... 12
14. Generalidades ................................................................................................................... 12
14.1. Comissão de Apoio e Validação .................................................................................... 12
14.2. Validação do Relatório ................................................................................................. 12
14.3. Denúncia de Arbitragem incorreta ............................................................................... 12
14.4. Situações Excecionais ................................................................................................... 12
14.5. Casos Omissos .............................................................................................................. 13
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CAPÍTULO I – O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO O processo de avaliação de desempenho, em qualquer tipo de organização, deve ter como objetivo
principal a promoção da melhoria do desempenho através do incentivo e de medidas tendentes ao
aperfeiçoamento, individual e coletivo, e não privilegiar o castigo e as penalizações.
Sendo naturalmente um processo com uma significativa carga subjetiva, importa torná-lo o mais
transparente e justo possível, pois só desta forma pode prosseguir o seu principal objetivo, a
melhoria do coletivo potenciado pela melhoria individual.
Princípios como a ética, justiça e transparência são a base que garante o sucesso e aceitabilidade
deste tipo de processos.
No caso específico da arbitragem, e à semelhança do que aconteceu nas mais diversas
organizações, o processo de avaliação de desempenho tem vindo progressivamente a sofrer
ajustamentos, quer ao nível do processo em si, mas também das ferramentas utilizadas pelos
avaliadores de desempenho, aqui designados por observadores, que têm tido um papel
fundamental que importa aperfeiçoar ainda mais.
O atual conselho de arbitragem, baseado na sua visão da arbitragem nacional e numa avaliação do
modelo de progressão na carreira, nomeadamente os objetivos a atingir em cada uma das
categorias, identificou três níveis de avaliação, cada uma com a sua especificidade, i.e.:
O nível I, o mais elevado e que compreende as categorias que atuam no futebol profissional,
cujos integrantes, ao longo da sua evolução na carreira foram já objeto de escrutínio, o que
indicia que chegaram aqui devidamente preparados para a exigência da função (importa
também referir que se caminha para a profissionalização, o que implica uma contextualização
diferente para a sua avaliação);
O nível II, que compreende as categorias que atuam preferencialmente nos campeonatos não
profissionais organizados pela FPF, e que se caraterizam por integrarem categorias de
transição, mas, simultaneamente, têm que garantir já um elevado nível de preparação para
atuarem neste tipo de campeonatos;
O nível III, ao nível das associações distritais, cuja função é preparar e selecionar os melhores
árbitros para as representar nas competições nacionais e que, simultaneamente, garantam
elevada qualidade nas competições distritais. De realçar que, no nível III, cada uma das ADR’s
pode (e deve) adaptar os modelos ao seu contexto e objetivos estratégicos, i.e., o modelo
utilizado não tem que ser único para todas as categorias, nem sequer, ser igual aos utilizados a
nível nacional.
Atendendo ao acima mencionado, e de modo a facilitar a visualização e aplicação das normas, o
conselho de arbitragem decidiu alterar o modelo normalmente utilizado para a sua divulgação,
optando por publicar dois documentos distintos de normas de classificação de futebol, um para as
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categorias que atuam maioritariamente nas competições profissionais e outro para as não
profissionais.
O Conselho de Arbitragem
“A avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de
cada pessoa em função das atividades que ela executa, das metas e resultados
a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento”
Chiavenato (1981)
“Classificar é o ato final do processo de avaliação de desempenho. Classificar é
mensurar, avaliar o desempenho é um ato de excelência!”
Portugal (2014)
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CAPÍTULO II – CLASSIFICAÇÃO DOS ÁRBITROS
1. COMPONENTES DA CLASSIFICAÇÃO FINAL
O apuramento da classificação final dos árbitros é obtido:
a) Por aplicação do critério da mensuração resultante da avaliação de desempenho no exercício
de funções em competição (pontuação atribuída em função dos relatórios dos observadores,
depois de corrigida pelos respetivos coeficientes nos casos aplicáveis indicados nas presentes
normas, bem como pela aprovação pela secção de classificações dos pareceres da comissão de
análise e validação (adiante designado por CAV), quando esta tenha sido chamada a
pronunciar-se e haja alterado a classificação atribuída);
b) Classificações obtidas nos testes escritos e físicos, nos termos das presentes normas;
c) Bonificação resultante da(s) atividades na(s) plataforma(s) digital(ais);
d) Penalizações em resultado da aplicação de sanções disciplinares.
2. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A pontuação resultante da avaliação de desempenho no exercício de funções em competição (AD)
é obtida de acordo com a seguinte fórmula:
𝐴𝐷 = ∑ (𝑃𝑅𝑖 ∗ 𝐶𝑂𝑖)ni=1
em que:
PRi: é a pontuação atribuída pelo Observador no jogo i depois de corrigida pela Secção de
Classificações na sequência de aprovação de parecer da Comissão de Análise e
Validação (CAV) quando esta tenha sido chamada a pronunciar-se e haja alterado a
classificação atribuída
COi: é o coeficiente do Observador do jogo i
A escala utilizada para a avaliação de desempenho no jogo é de 0 (zero) a 10 (dez).
3. COEFICIENTE DO OBSERVADOR
O Coeficiente do Observador (CO) é calculado autonomamente para cada categoria pela seguinte
fórmula:
𝐶𝑂𝑖 = 𝑀𝐺 / 𝑀𝑂𝑖
em que:
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MG: é a média aritmética geral das pontuações atribuídas por todos os observadores na
categoria
MOi: a média aritmética das pontuações atribuídas pelo observador i na categoria
O cálculo de MOi só será efetuado se o observador i tiver observado um mínimo de 12 (doze) jogos
na respetiva categoria. Quando um observador não atinja o número mínimo de jogos referido, será
considerada a média aritmética geral das pontuações atribuídas por todos os observadores na
categoria, ou seja, 𝐶𝑂𝑖 = 𝑀𝐺
Em caso de alteração da notação inicialmente atribuída à avaliação de desempenho do árbitro ou
árbitro assistente, relevará para o apuramento do CO do observador a notação final atribuída ao
árbitro ou árbitro assistente.
4. GRAU DE DIFICULDADE COMPETITIVA
Aos jogos é atribuído um grau de dificuldade competitiva (GDC), de acordo com a tabela seguinte:
C2 e C3 Avançado Grau Critério(s) de atribuição (por observação)
Campeonato Nacional de Seniores
0,40 Restantes observações
0,30 5ª à 9ª observação
0,20 1ª à 4ª observação
Outras competições (âmbito nacional) 0,20 Todas
5. PROVAS ESCRITAS
As provas escritas têm as características constantes da tabela seguinte:
Quantidade (por época)
Tipo de Teste
Matéria Escala de
mensuração (pontos)
Divulgação da Classificação
obtida Fórmula de apuramento
3 (três) Escrito
(Presencial) Leis de jogo e regulamentos
0-10 0 a 10 Classificação obtida no
teste*
* Releva para apuramento da classificação final
No que respeita aos árbitros C3 Avançado, serão consideradas para efeitos classificativos as provas
escritas realizadas na fase teórica prática do respetivo estágio, substituindo as primeiras provas
escritas regulamentares.
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Na época 2016/2017, e aplicável apenas aos testes realizados na fase teórico-prática do curso de
formação avançada nível 2 (2015/2016), a classificação obtida será multiplicada por 0,1 (zero
vírgula um).
Nota: Resposta a cada pergunta pontuada de acordo com a seguinte escala:
Resposta correta: 5 pontos (equivale a 0,5 pontos na escala 0-10)
Resposta incorreta: -2 pontos (equivale a - 0,2 pontos na escala 0-10)
Sem resposta: 0 pontos
6. PROVAS FÍSICAS
As provas físicas têm as características constantes da tabela seguinte:
Quantidade (por época)
Escala
Divulgação Classificaç
ão
Velocidade
Resistência
Classificação
Componente
Distância / Voltas / Percursos
Tempo(s) de
referência
3 (três) 0-10 0 / 10
Se cair, tropeçar ou não cumprir o tempo definido num único sprint poderá repetir (após o último sprint);
Se não atingir a zona de caminhar dentro do tempo regulamentar:
a) Uma vez - advertência;
b) Mais do que uma vez - cartão vermelho (teste falhado).
Realizadas com sucesso
nas duas componentes - 10 (dez)
pontos
Não realizadas
com sucesso as duas
componentes - 0 (zero)
pontos
1º Velocidade
6 x 40 m Sprints, com utilização das Células Fotoelétricas
< 6,00’’
Se não cumprir 10 (dez) voltas à pista - teste físico falhado.
Se ocorrer lesão, devidamente comprovada por relatório de médico a indicar pela Secção de Classificações (hospital ou médico da FPF), considera-se justificada a repetição, sendo considerada como primeira chamada;
2º Resistência
10 voltas - [1 volta = Percursos: 4x (75m + 25m)]
15’’ / 20’'
No que respeita aos árbitros C3 Avançado, serão consideradas para efeitos classificativos as provas
físicas realizadas durante a fase teórico-prática do curso avançado de nível 2, substituindo as
primeiras provas físicas regulamentares.
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Na época 2016/2017, e aplicável apenas aos testes realizados na fase teórico-prática do curso de
formação avançada nível 2 (2015/2016), a classificação obtida será multiplicada por 0,1 (zero
vírgula um).
7. BONIFICAÇÕES E PENALIZAÇÕES
7.1. BONIFICAÇÕES
Serão atribuídas bonificações (𝐵𝑁) através da determinação (a efetuar no momento de
apuramento da classificação final) do número de trabalhos (com ou sem classificação) realizados
através das plataformas digitais FPF, nos seguintes termos:
Inferior a 15 (quinze) – 0,05 (zero vírgula zero cinco) pontos;
Igual a superior a 15 (quinze) e inferior a 20 (vinte) - 0,08 (zero vírgula zero oito) pontos;
Igual ou superior a 25 (vinte e cinco) – 0,1 (zero vírgula um) pontos.
7.2. PENALIZAÇÕES
Na eventualidade de vir a ser aplicada uma sanção disciplinar a um árbitro, pelos órgãos
disciplinares da FPF, este será punido com uma penalização (PN) atribuída nos seguintes termos:
a) A sanção disciplinar que vier a ser aplicada a cada árbitro ou árbitro assistente acarretará uma
penalização de 0,01 (zero vírgula zero um) pontos por cada jogo de suspensão com que tiver
sido punido pelo órgão disciplinar da FPF;
b) Os jogos a considerar são aqueles para os quais poderia ser nomeado;
c) Caso a suspensão seja aplicada sob a forma de dias consecutivos, a sua conversão, para efeitos
de enquadramento neste regulamento, faz-se considerando as jornadas da competição mais
elevada e ainda eliminatórias da Taça de Portugal que aconteçam durante o período em que
vigorar essa punição e para as quais o árbitro ou árbitro assistente possa regulamentarmente
ser nomeado. Para esse efeito considera-se que uma jornada decorre ao sábado e domingo.
8. REGRAS PARA AS OBSERVAÇÕES
8.1. JOGOS
Os árbitros poderão ser observados em jogos das competições nacionais de acordo com o
Regulamento de Arbitragem da FPF.
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8.2. NÚMERO DE OBSERVAÇÕES
8.2.1. ÁRBITROS DA CATEGORIA C2
Para efeitos de apuramento da classificação final, os árbitros C2 são observados com caráter
classificativo, no mínimo, em 8 (oito) jogos, sendo que 1 (uma) observação pode ser efetuada
recorrendo a vídeo disponibilizado pela organização.
8.2.2. ÁRBITROS DA CATEGORIA C3 AVANÇADO
Para efeitos de apuramento da classificação final, os árbitros da Categoria C3 AVANÇADO são
observados com caráter classificativo nos seguintes termos:
Fase I – Até ao final da 1ª fase do campeonato nacional de seniores:
Uma observação em jogo de seniores e três observações em jogos de juniores de
2ª divisão.
Fase II – Do início da 2ª fase do campeonato nacional de seniores e até ao seu final:
Grupo 1 – 20 (vinte) primeiros classificados da Fase I:
Três observações em jogos de seniores e uma em jogo de juniores de 2ª
divisão.
Grupo 2 – A partir 21º (vigésimo primeiro) classificado da Fase I:
1 observação em jogo de juniores de 2ª divisão.
8.3. PROCEDIMENTOS
Na sequência da realização de uma observação, serão observados os seguintes procedimentos:
a) O observador, após o final do jogo, dispõe de 60 (sessenta) minutos para enviar duas
informações distintas via (SMS, e-mail ou aplicação específica):
i. Classificação proposta para mensurar a avaliação do desempenho do árbitro (numa
escala de zero a dez), utilizando o formato “IdJogoA-x,x;R-0-0;Obs”;
ii. Informação (minuto/tipo) em que ocorreu lance suscetível de alterar a nota do relatório1,
utilizando o formato “IdJogo-m/xxxx,Obs”, e de acordo com a tabela seguinte (se não
existirem, o sms terá o seguinte texto “SemLSANR”):
PP Pontapé de grande penalidade FJ Fora de jogo
CV Cartão vermelho GA Golo anulado
CA2 2º Cartão amarelo OUTR Outras situações
1 Lance suscetível de alterar a nota do relatório (Adiante designado por LSANR)
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b) Para além do disposto na alínea anterior, e no prazo de 36 (trinta e seis) horas, terá que ser
remetido à seção de classificações, pelo observador, o relatório de observação.
c) Após análise, a seção de classificações remete, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis:
i. o relatório do observador ao árbitro
ou
ii. o relatório do observador para parecer da CAV, quando se verifique qualquer facto que
configure LSANR, notificando os interessados.
9. PRONÚNCIAS / RECLAMAÇÕES
9.1. RELATÓRIO DO OBSERVADOR
1. Ao abrigo do artigo 89º do Regulamento de Arbitragem, o árbitro pode, no prazo de 3 (três)
dias úteis, pronunciar-se sobre o relatório do observador, para a seção de classificações,
obrigatoriamente para o endereço eletrónico [email protected].
2. A pronúncia/reclamação referida no número anterior será admitida apenas nos casos de notas
condicionadas (lances cruciais e/ou relevantes), tais como (exemplos):
Erros graves (Grande penalidade mal assinalada ou não assinalada) / Cartão vermelho
indevido ou omitido / Erro Técnico (de direito) / Golo obtido precedido de falta ou
decorrente de recomeço incorreto (direta ou indiretamente) / Lances mal ajuizados que
influenciem o resultado final / Outro enquadrável que influencie substancialmente a
nota de observação.
3. Só serão aceites pronúncias/reclamações desde que acompanhadas de imagens digitais
integrais do jogo respetivo, cuja qualidade seja considerada suficiente para análise, e do
comprovativo de pagamento da taxa aplicável, sob pena de serem liminarmente rejeitados.
4. A seção de classificações pode solicitar parecer à CAV para análise das
pronúncias/reclamações, dispondo esta de 15 (quinze) dias úteis para se pronunciar.
5. De posse da informação necessária, a seção de classificações toma decisão final e notifica o
árbitro na sexta-feira útil imediata ou, por motivo insuprível, na seguinte.
6. A notificação incluiu a pontuação final atribuída ao árbitro e eventuais elementos de suporte à
decisão da seção de classificações.
7. Para todos os efeitos a seção de classificações é considerada como última instância de recurso.
8. Os prazos previstos nas presentes normas, podem ser adaptados de acordo com a data de
realização de jogo.
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9.2. TESTES ESCRITOS E/OU PROVAS FÍSICAS
Qualquer reclamação sobre classificação dos testes escritos e/ou dos resultados das provas físicas
deverá efetuar-se no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis após a receção da notificação, para a
secção de classificações, obrigatoriamente para o endereço eletrónico [email protected].
10. PROVAS FALHADAS
10.1. SUSPENSÃO DE ATIVIDADE
1. O árbitro que, na prova escrita obtenha pontuação inferior a 5 (cinco) pontos ou na prova
física não as conclua nos tempos/distâncias exigidas, é suspenso da atividade por um
período mínimo de 30 (trinta) dias consecutivos e até à prestação de novas provas.
2. O árbitro que, em primeira chamada, apresente justificação médica, devidamente comprovada,
e aceite por deliberação da secção de classificações, é suspenso da atividade até à prestação de
novas provas que serão marcadas no prazo de 30 (trinta) dias consecutivos após receção da
alta médica.
3. Sem prejuízo do exposto no número anterior, pode a seção de classificações exigir
comprovação, a realizar pelo departamento médico da FPF, nos casos de lesão ocorrida
durante a prestação de prova(s) ou no caso de apresentação de justificação médica para as não
realizar.
10.2. REPETIÇÃO
Se nas provas de repetição se voltar a verificar o não cumprimento da pontuação mínima / tempos
e distância exigidos / não conclusão, o árbitro ficará impedido de atuar até à próxima ação de
avaliação ou até ao final da época quando tal ocorra na última ação de avaliação da respetiva
categoria, exceto no caso previsto no n.º 3 do ponto 10.1.
10.3. RESULTADOS A CONSIDERAR
Para efeitos classificativos, serão considerados os resultados dos testes escritos / provas físicas
inicialmente realizadas, sendo que o(s) resultado(s) da(s) repetição(ões) apenas será(ão)
considerado(s) para efeitos de habilitação para retomar a atividade, exceto no caso previsto no n.º
3 do ponto 10.1.
10.4. IMPOSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO
Nos casos em que não se torne possível a realização das provas de repetição, considera-se que a
prova não foi realizada, aplicando-se o previsto no ponto11.
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11. PROVAS NÃO REALIZADAS
11.1. NÃO REALIZAÇÃO
Quando, por motivo de saúde ou lesão, o árbitro não realizar as provas escritas e/ou físicas
regulamentares, é considerado inapto, e atribuída a classificação de zero pontos.
11.2. IMPEDIMENTO
Em caso de impedimento, considera-se que não realizou as provas escritas e/ou físicas
regulamentares se esse impedimento se mantiver até ao dia anterior ao da realização do teste
regulamentar seguinte ou, no caso de respeitar às últimas provas da época, até ao dia 15 de maio da
referida época.
12. DETERMINAÇÃO DA PONTUAÇÃO FINAL
12.1. ÁRBITROS DA CATEGORIA C2
A pontuação final (PF) é obtida de acordo com a seguinte fórmula:
𝑃𝐹 = 0,85 × (∑ 𝐴𝐷 + ∑ 𝐺𝐷𝐶) 𝑛⁄ + 0,10 × ∑ 𝑇𝐸𝐹 𝑛𝑡⁄ + BP − ∑ 𝑃
em que:
PF: é a pontuação final, apurada utilizando 3 (três) casas decimais
∑AD: é o somatório das pontuações obtidas em cada jogo observado (após aplicação do
coeficiente do observador e eventual correção (se aplicável))
∑GDC: somatório dos graus de dificuldade competitiva
n: número de jogos observados
∑TEF: somatório das classificações obtidas nos testes físicos e escritos
nt: número de testes escritos e provas físicas realizados
BP: bonificação resultante da(s) atividades na(s) plataforma(s) digital(ais)
∑P: somatório das penalizações atribuídas
12.2. ÁRBITROS DA CATEGORIA C3 AVANÇADO
Os árbitros C3 AVANÇADO terão uma classificação que releva exclusivamente para efeitos de
promoção à categoria C2 (sem prejuízo do disposto no RA).
A pontuação final (PFE), apurada utilizando 3 (três) casas decimais, é obtida de acordo com a
seguinte fórmula:
𝑃𝐹𝐸 = 𝐴𝐷𝐶 * 0,70 + EC * 0,30
em que:
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ADC: nota de avaliação de desempenho convertida (em percentagem) apurada
utilizando 3 (três) casas decimais
EC: pontuação obtida no Estágio Curricular (em percentagem)
O cálculo de ADC é efetuado de acordo com a seguinte fórmula:
𝐴𝐷𝐶 =𝐴𝐷
(1 +max(𝐴𝐷𝑖) − 𝐴𝐷
2,5) ∗ max (𝐴𝐷𝑖)
AD: nota de avaliação de desempenho = pontuação final (PF) tal como calculada
em 12.1
max(ADi): nota de avaliação de desempenho do 1º classificado
Serão elaboradas duas listas de classificação final, uma por cada um dos grupos previstos no ponto
8.2.2.
13. ELABORAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO FINAL
13.1. ÁRBITRO SEM CLASSIFICAÇÃO
1. O árbitro ou árbitro assistente fica sem classificação, se:
a) Não realizar o número de provas escritas e/ou físicas regulamentares previstas nas presentes
normas;
b) Possuir insuficiência de elementos classificativos, recolhidos durante a época, para apuramento
da classificação final.
2. Podem ser excluídos da aplicação da norma referida na alínea a) do n.º 1, os casos resultantes
de incapacidade para atuar/efetuar prova(s) por motivo de saúde ou lesão, devidamente
comprovada, ao serviço da arbitragem. Neste caso, pode a seção de classificações exigir
comprovação a realizar pelo departamento médico da FPF ou outro em que entenda delegar.
Se se confirmar o motivo de saúde ou lesão, releva a classificação obtida na repetição da prova.
3. O árbitro de categoria C3 Avançado, que se encontre na situação descrita na alínea a) do n.º 1,
independentemente do motivo, no final da época, será despromovido à categoria C3, não se
aplicando o previsto no n.º 2.
4. O árbitro ou árbitro assistente não pode constar com a menção “sem classificação” em duas
épocas consecutivas ou intercaladas, desde que ocorridas nas quatro imediatamente
anteriores, cabendo ao Conselho de Arbitragem a decisão de aplicabilidade da presente norma.
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13.2. FALTA INJUSTIFICADA
A falta injustificada a qualquer curso ou ação de formação bem como a qualquer prova de
avaliação para o qual tenham sido convocados, dará origem a comunicação ao Conselho de
Disciplina para eventual instauração de procedimento disciplinar.
13.3. UTILIZAÇÃO DE MEIOS ILÍCITOS
Qualquer tentativa, concretizada ou não, de utilização de meios ilícitos em qualquer das provas
classificativas mencionadas nas presentes normas, acarretará a anulação da prova em causa,
considerando-se para todos os efeitos que à mesma foi atribuída o valor 0 (zero).
13.4. IGUALDADE PONTUAL
Nos casos de igualdade pontual na classificação final, utilizar-se-ão os seguintes fatores de
desempate:
1º - Critério da idade mais baixa;
2º - Critério de maior antiguidade na categoria.
14. GENERALIDADES
14.1. COMISSÃO DE APOIO E VALIDAÇÃO
A Comissão de Apoio e Validação (CAV) assessora a seção de classificações no processo de
avaliação de desempenho.
14.2. VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
Para efeitos de validação, com repercussão classificativa, da nota resultante do relatório técnico do
observador, considera-se como mínimo a observação da totalidade da primeira parte do respetivo
jogo.
14.3. DENÚNCIA DE ARBITRAGEM INCORRETA
As denúncias de arbitragem incorreta referidas no artigo 90º do Regulamento de Arbitragem serão
alvo de parecer da CAV, que após aprovação pela seção de classificações será enviado para a
respetiva seção para ser remetido ao denunciante, restantes agentes da arbitragem envolvidos no
jogo denunciado, não tendo o seu resultado qualquer impacto no processo classificativo.
14.4. SITUAÇÕES EXCECIONAIS
Em situações excecionais a Secção de Classificações pode, após fundamentação explícita e
detalhada, alterar a pontuação atribuída pelo Observador no jogo (independentemente e para
além dos procedimentos previstos nos pontos 8.3 e 9.1 das presentes normas) ou proceder à
anulação da observação para efeitos classificativos.
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14.5. CASOS OMISSOS
Os casos omissos serão resolvidos pela seção de classificações ou pelo conselho de arbitragem, em
reunião plenária, de acordo com o âmbito das suas competências.