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Conservação de Vertebrados na América do SulCausas de ameaças: Os mamíferos e a caça
Diversidade, História Natural e Conservação de Vertebrados na América do Sul - BIZ 0304
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
II) Caça como ameaça para mamíferos
III) A caça nas florestas tropicais úmidas: O que as torna tão vulneráveis?
• baixa biomassa de mamíferos• biomassa difere entre áreas • variação espacial – sistema fonte - sumidouro• variação espacial – sistema fonte - sumidouro• Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça – propriedades intrínsecas de cada espécie
• Pressão de caça varia em função de características culturais e sócio -econômicas dos habitantes e da infraestrutura presente
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas(discussão de texto) e efeitos cascata
a) Caça de subsistência
b) Caça para fins comerciais
c) Caça esportiva
d) Tráfico de animais
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
e) Caça por retaliação
Carne selvagem:
•Fonte de proteína mais acessível •É um recurso de acesso aberto•Custo menor do que de criar gado•Indígenas e não-indígenas
a) Caça de Subsistência
Em florestas tropicais é uma das principais
fontes de proteína para pessoas que vivem
perto de florestas
Objetivo: alimentação
350 milhões de pessoas de baixa renda em zonas rurais dependam diretamente da exploração Produtos Florestais Não Madeireiros para suprir suas necessidades nutricionais
a) Caça de Subsistência
Estimativas mundiais afirmam que 300 milhões de pessoas vivem dentrode florestas e outros 200 milhões ao lado delas (Pretty 2002)
A caça continua sendo praticada por diversas populações, mesmo próximas a centros urbanos
Por exemplo:
90% Liberia72% Bukavu, Zaire 13% Nigeria9,2% Ghana
a) Caça de Subsistência
Consomem carne de caça regularmente
Quando o objetivo da caça é obter proteína animal a escolha da presa deve depender:
(1) da relação de rentabilidade da presa(2) dos custos de se obter a presa
a) Caça de Subsistência
Presas de grande massa corpórea devem ser sempre maisrentáveis do que as de pequeno porte
Peres CA (1990) Effects of Hunting on Western Amazonian Primate Communities. Biological Conservation 54: 47-59
Espécies alvos
Anta (Tapirus terrestris)Cateto (Tayassu tajacu)Veado mateiro (Mazama americana)
Capivara (Hydrochaeris hydrochaeris)Macaco aranha (Ateles paniscus)Bugio (Alouatta seniculus)
a) Caça de Subsistência
Bugio (Alouatta seniculus)Macaco prego (Cebus apella)
Macaco barrigudo (Lagothrix lagothricha)
Preferência por animais entre 2 a 50 Kg
Alvard MS, Robinson JG, Redford KH, Kaplan H (1997) The Sustainability of Subsistence Hunting in the Neotropics. Conservation Biology 11: 977–982
Amazônia Brasileira 1985-1986
Região isolada 03 caçadores e suas famílias
200 macacos barrigudo (Lagothrixlagotricha) – Localmente Extintos
a) Caça de Subsistência
100 macacos aranha (Ateles sp.) –perto da extinção
80 bugios (Alouatta sp.) –Drasticamente reduzidas
Peres CA (1990) Effects of Hunting on Western Amazonian Primate Communities. Biological Conservation54: 47-59
Objetivo: obter renda
A fronteira entre a subsistência e a caça comercial em muitas comunidades é muito estreita:
quando a carne não pode ser consumida pela comunidade é salgada e vendida em uma aldeia
b) Caça para fins Comerciais
Abernethy KA, Coad L, Taylor G, Lee ME, Maisels F. (2013) Extent and ecological consequences of hunting in CentralAfrican rainforests in the twenty-first century. Phil Trans R Soc B 368: 20120303. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.2012.0303
Importante transição na escala da caça comercial nos últimos anos
• Devido ao crescimento populacional acelerado• Modernização das técnicas de caça• Maior acesso as áres de floresta remotas
b) Caça para fins Comerciais
Alvard MS, Robinson JG, Redford KH, Kaplan H (1997) The Sustainability of Subsistence Hunting in the Neotropics. Conservation Biology 11: 977–982
Comercialização de Trichechus inunguis na Amazônia brasileira começou com a colonização do Brasil
O primeiro relato de comercialização de peixe-boi foi o de Padre Vieira, em 1658
b) Caça para fins Comerciais
�Comercialização de Carnes
1776 a 1778 - Pesqueiro na Amazônia:1500 animais
1935 a 1954 – Auge indústria do couro comercialpico de registro de 6.500 animais mortos em 1959
Aguilar CVC (2007) Etnoconhecimento do Peixe-Boi Aazônico (Trichechus inunguis) Redford KH (1992) The empty forest. BioScience, Vol. 42, No. 6
Mercados em Iquitos, Peru
Abril 1973
106 kg/dia carne de cateto81 kg/dia carne de paca
Comercialização de Carnes
b) Caça para fins Comerciais
81 kg/dia carne de paca17 kg/dia carne de veado catingueiro15 kg/dia carne de queixada
entre 1975 e 1976: 11.000 macacos/ano
Bodmer RE and Fang TG (1988) Ungulate management and conservation in the Peruvian Amazonia. Biological Conservation 45: 303-310
b) Caça para fins Comerciais
�Comercialização de Carnes
Gabão - U$ 25 milhões / ano
Entre África Central e Oeste da ÁfricaU$ 42-205 milhões / ano
Amazônia
Aguilar CVC (2007) Etnoconhecimento do Peixe-Boi Aazônico (Trichechus inunguis) Redford KH (1992) The empty forest. BioScience, Vol. 42, No. 6
Amazônia U$ 191 milhões/ano (Peres 2000)
Esse valor só perde para o mercado da madeira
Exportação de peles:
década de 60:
15 mil peles da Amazônia brasileira/ano
casaco de pele de onça em Nova Iorque por US$ 20.000 (Fitzgerald, 1989)
b) Caça para fins Comerciais
(Fitzgerald, 1989)
Redford KH (1992) The empty forest. BioScience, Vol. 42, No. 6
Estados Unidos:4.000.000 de animais silvestres / ano /160 mil caçadoresfornecem peles para a indústria da moda
Uma década atrás: 17 milhões de animais silvestres foram mortos por causa de suas peles por 300 mil caçadores.
b) Caça para fins Comerciais
banha do peixe-boi amazônico:
tratamento de reumatismo (e artrite)inflamações e/ou inchaço dores de ouvidocicatrizante
�Medicina Tradicional
cicatrizante para crise de asma
b) Caça para fins Comerciais
China:
7000 ursos negros asiáticos –Fazendas de extração de Bilis
FígadoFebreVisãoVisãoShampoos
Demanda de 7000 kg de bilisdesidratada/ano
c) Caça Esportiva
Troféu, peles e chifres EUA- fim do século XX – U$13 bilhões/ano
c) Caça Esportiva
Brasil
1 ano – 28 onças pintadasUS$ 5 a 7 mil50 turistas/ano
Acredita-se que aconteciam há pelo menos 15 anos....pelo menos 15 anos....
d) Tráfico de animais
1) Animais para colecionadores particulares e zoológicos: prioriza as espécies mais ameaçadas
Fonte: Renctas
d) Tráfico de animais
2) Animais para pet shops
É a modalidade que mais incentiva o tráfico de animais silvestres no Brasil
Fonte: Renctas
d) Tráfico de animais
O comércio ilegal de vida silvestre o qual inclui a fauna e seus produtos (peles, carne, adornos)
movimenta de 10 a 20 bilhões de dólares por ano (Webb 2001)
3ª atividade ilícita do mundo, depois das armas e das drogas
d) Tráfico de animais
O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial (Rocha 1995; Lopes 2000)
movimenta em torno de R$ 2.500.000.000,00 (dois bilhões e quinhentos milhões de reais)
Estimativas com base no comércio registrado dos EUA
25.000 - 40.000 primatas vivos por ano para pesquisa biomédica
30 mil macacos /ano só da região amazônica
d) Tráfico de animais
e) Caça por retaliação
Conflito humanos x animais silvestres
Grandes carnívoros – onças, tigres
Ataques à produção agrícolaAtaques à humanosAtaques à criações de animais domésticos
↑ retaliação
↑ população humana e expansão sobre ambientes naturais
↑ conflitoPerda annual < 1% rebanho
Perda:U$ 1125/ anoU$3000 Iguaçu
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
II) Caça como ameaça para mamíferos
III) A caça nas florestas tropicais úmidas: O que as torna tão vulneráveis?
• baixa biomassa de mamíferos• biomassa difere entre áreas • variação espacial – sistema fonte - sumidouro• variação espacial – sistema fonte - sumidouro• Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça – propriedades intrínsecas de cada espécie
• Pressão de caça varia em função de características culturais e sócio -econômicas dos habitantes e da infraestrutura presente
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas(discussão de texto) e efeitos cascata
Após a perda do habitat, a caça, para subsistência e comércio, é a segunda maior ameaça à fauna silvestre brasileira (Redford 1992; Rocha 1995).
Biomassa de mamíferos retirada de florestas tropicais anualmente:
Amazônia~ 23.5 milhões de mamíferos/ano
~ 89.224 toneladas/ano 31 comunidades amostradas
Redford & Robinson (1987) e Peres na AmazôniaN° pessoas vivendo com <1 SM = 2.224.756 pessoas
AmeaçaII) Caça como ameaça para mamíferos
Sarawak (Ásia – 124.450 km²) (Bennett, 2002) ~23.500 toneladas/ano
Amazônia (3.581.180 km2) (Peres, 2000) ~89.224 toneladas /ano
Bacia do Congo - África Central (1.856.207km2) (Fa & Peres, 2001) ~3.400.000 toneladas/ano Brooks et al. (2006) Science
Peres (2000) Conservation Biology
http://www.iucnredlist.org/
Criado em 1963 – inventário mais detalhado do mundo sobre o estadode conservação mundial de várias espécies
Vertebrados ameaçados de extinção na América do Sul (IUCN, 2010)
500
600
Outras ameaças
Ameaçadas por caça
Núm
ero
de e
spéc
ies
Primatas
Ungulados
Carnívoros
Edentata
4%
Mamíferos ameaçados por caça
0
100
200
300
400
Anfíbios Aves Mamíferos Répteis
Ameaçadas por caça
Núm
ero
de e
spéc
ies
Roedores
outros22%
40%
4%
Lei Federal nº. 5.197, a Lei de Proteção à Fauna 03/01/1967
Artigo 1º. Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, caça ou apanha.
§ 1º. Se peculiaridades regionais comportarem o exercício da caça, a permissão será estabelecida em ato regulamentador do Poder Público Federal.
Artigo 2º . É proibido o exercício da caça profissional.
Artigo 3º . É proibido o comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos e objetos que impliquem na sua caça, perseguição, destruição ou apanha.
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
II) Caça como ameaça para mamíferos
III) A caça nas florestas tropicais úmidas: O que as torna tão vulneráveis?
• baixa biomassa de mamíferos• biomassa difere entre áreas • variação espacial – sistema fonte - sumidouro• variação espacial – sistema fonte - sumidouro• Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça – propriedades intrínsecas de cada espécie
•Pressão de caça varia em função de características culturais e sócio -econômicas dos habitantes e da infraestrutura presente
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas(discussão de texto) e efeitos cascata
Caça nas florestas tropicais úmidas
Biomassa de mamíferos em florestas tropicais úmidas é pequena quando compara a outros ecossistemas...
Inserir figura 2.1 pag 18
sava
nas
flore
stas
dec
ídua
s
Robinson & Bennet (2000) Carrying capacity limits Em:Hunting for sustainability in tropical forests
flore
stas
dec
ídua
sflo
rest
as
não-
decí
duas
Biomassa de mamíferos (kg / km2)
sava
nas
flore
stas
de
cídu
as
ungulados roedores / primatas
↑roedores e primatas ↓ungulados
III) A caça nas florestas tropicais úmidasflo
rest
as
decí
duas
flore
stas
nã
o-de
cídu
as
Biomassa (kg / km2)
Robinson & Bennet (2000) Carrying capacity limits Em:Hunting for sustainability in tropical forests
Entretanto 1) A biomassa não está homogeneamente distribuída
Terra firme – 699 kg-km2Floresta de várzea – 1140 kg-km2c
Peres (2001) Evaluating subsistence hunting. Em: Hunting for sustainability in tropical forests
Terra firma - Proteína de caça maisimportante –
recursos aquáticos escassos
fonte
sumidouro
2) Caça não está homogeneamente distribuída
Peres & Nascimento (2006) Biodiversity and Conservation
sugerindo que o processo de caça de subsistência cria um ‘dreno’ para populações de grandes mamíferos nas regiões de acesso mais fácil
relação inversa entre a distância do ponto de acesso e a densidade de espécies preferidas
e= todas as game espécies; f = biomassa de presas capturadas
Distance (km) from A’UkreKi
lls/ h
unte
r-day
Tapirus terrestris
A caça de anta tem sido 14 vezes maior do que os níveissustentáveis prevêm. Apesar de se tornarem raros nas
proximidades da aldeia, continuam a serem caçados em níveismuito elevados. Dinâmica de fonte-sumidouro clara, o que
torna o sistema viável a longo prazo
(10
km)
Espécies de vertebrados mostrando a relação entre as abundâncias das populações locais e a distância da matriz de acesso
Taxa
méd
iade
enc
ontro
(10
km)
Distância (km) do ponto de acesso mais próximo
Sinergismo entre caça e fragmentação
A fragmentação da floresta tem tornado a caça mais fácil
Veado mateiro
Fragmentos com o mesmo tamanho 2000 ha
Remanescentes florestais com alta pressãode caça – efeito maior do que da
fragmentação
Cullen et al. (2000) Biological Conservation
Anta Veado mateiro
Vulnerabilidade:• Maior massa corpórea• Grupos biológicos
Vulnerabilidade:�tx intrínseca de crescimento�longevidade�tempo de geração
e - anta
Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça
Vuln
erab
ilidad
e
Robinson & Redford (1986) OecologiaBodmer et al. (1997) Conservation Biology
a – queixada f – cutia
Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça
A caça é mais severa:
�espécies de grande massa corpórea
�baixa reprodução
O tempo médio de vida de cada espécie determina a porcentagem da produção que pode ser extraída sem que se caracterize sobrecaça. ser extraída sem que se caracterize sobrecaça.
Estimativas indicam que:
Espécies de vida muito curta (Dasyprocta, Dasypus) podem ter até 60% de sua produção extraída
Espécies intermediárias (Tayassu, Mazama) até 40%
Espécies de vida longa (Tapirus, Lagothrix) podem ter no máximo 20% de sua produção extraída
Quanto uma espécie pode ser explorada depende do quão “produtiva” ela é...
A
A avaliação é realizada com base na comparação entre o número de indivíduos extraídos e a produtividade potencial da população – extração de 50%
60%
tempo
B40%
60%20%
Correlação de Spearman entre a intensidade da caça e a densidade populacional de mamíferos Neotropicais. Dados compilados de Endo et al. (2010), Peres (1990, 2000a), Peres & Nascimento (2005) e Zapata-Ríos et al. (2009)
Travassos L (2011) Oecol. Aust. 15(2): 380-411
Índi
ce d
e se
letiv
idad
eSeleção por espécies de maior massa corpórea
Preferências pordeterminadas
espécies
Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça
Log da massa corpórea (kg)
Índi
ce d
e se
letiv
idad
e
Jerozolimski & Peres (2003) Biological Conservation
As mais vulneráveis
Alteração da comunidade de mamíferos
Den
sida
deto
tal
Sem caça Pouca caça Média caça Alta caça
Peres CA (2000) Game extinction in Amazonian Forests. Conservation Biology 14
Den
sida
deBi
omas
sato
tal
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
II) Caça como ameaça para mamíferos
III) A caça nas florestas tropicais úmidas: O que as faz tão vulneráveis?
• baixa biomassa natural de mamíferos• biomassa difere entre áreas • variação espacial – sistema fonte - sumidouro• variação espacial – sistema fonte - sumidouro• Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça – propriedades intrínsecas de cada espécie
• Pressão de caça varia em função de características culturais e sócio -econômicas dos habitantes e da infraestrutura presente
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas(discussão de texto) e efeitos cascata
Origem ou grupo cultural
Índios:1) Mamíferos2) Aves3) Répteis
Colonos:1) Mamíferos2) Répteis3) Aves
Diferenças de origem ou grupo cultural podem determinar diferentes
preferências alimentares ou alterar as espécies
mais visadas
3) Aves
Redford & Robinson (1987) American Anthropologist
GRANDESPRIMATAS
GRANDESROEDORES
UNGULADOS
EDENTATAS
Proporção de indivíduos abatidos por indígenas e colonos na AmazôniaRedford & Robinson (1987) American Anthropologist
EDENTATASGRANDESROEDORES
UNGULADOS
GRANDESPRIMATAS
Índios (+) caça
Taboos – afeta a quantidade e os tipos de animaiscaçados tanto por colonos quanto por índios
Cullen et al. (2000) Biological ConservationBugio
• Residências com renda baixa-média: 60% obtinham renda pela venda de caça
• Residências com renda alta: possuem outras fontes de renda
Renda per capita (fatores econômicos) Pobreza e falta de alternativa de renda
Mudanças de infraestrutura
2000 - 2006
↑ 69% na população
Congo
Desenvolvimento da industria
de logging
Poulsen et al. 2009
↑ 64% na caça
↑ número spp caçadas e consumidas
Mudança na % caçada por etnia – 72% de toda a caça era feita por “imigrantes”
I) Contextualização dos tipos de caça e sua importância para as populações humanas
II) Caça como ameaça para mamíferos
III) A caça nas florestas tropicais úmidas: O que as faz tão vulneráveis?
• baixa biomassa natural de mamíferos• biomassa difere entre áreas • variação espacial – sistema fonte - sumidouro• variação espacial – sistema fonte - sumidouro• Espécies diferem em sua capacidade de suportar a caça – propriedades intrínsecas de cada espécie
•Pressão de caça varia em função de características culturais e sócio -econômicas dos habitantes e da infraestrutura presente
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas (discussão de texto) e efeitos cascata
Quais os objetivos dos autores ao escrever o artigo? Na sua opinião eles foram alcançados?
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas
Quais interações diretas e indiretas entre plantas e animais caçados são destacadas no texto? Para cada uma delas, qual é o efeito observado na comunidade de plantas (nos bancos de plântulas e sementes) em áreas com sobre caça?
Diante do conhecimento atual, que conclusões são possíveis a respeito do impacto da caça sobre a comunidade de plantas em florestas tropicais?
Quais são as sugestões dos autores para futuros estudos sobre os efeitos da caça nas florestas tropicais?
Florestas caça (últimos 30 anos)
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas
Estabelecimento espécies pioneiras de rápido crescimento
Lianas
Abernethy KA, Coad L, Taylor G, Lee ME, Maisels F. (2013) Extent and ecological consequences of hunting in CentralAfrican rainforests in the twenty-first century. Phil Trans R Soc B 368: 20120303. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.2012.0303
Árvores de madeira de lei
Estoque de carbono
Disponibilidade de frutos
Alteração das interações entre espécies
Ex- Rola bostas - dependem de esterco para alimento e nidificação
áreas mais caçadas possuem menor abundância (Andresen and Laurance 2007)
contribuem para funções ecossistêmicas – fertilização, areação do solo, ciclagem de nutrientes, controle de pestes e dispersão secundária de sementes
IV) Impactos que se estendem além das espécies caçadas
nutrientes, controle de pestes e dispersão secundária de sementes
Culot et al. (2013) Selective defaunation affects dung beetle communities in continuos Atlantic rainforest. BiologicalConservation 163: 79-89
Referências
• Alvard MS, Robinson JG, Redford KH, Kaplan H (1997) The Sustainability of Subsistence Hunting in the Neotropics. Conservation Biology 11: 977–982
• Bodmer RE (1994) Managing wildlife to conserve Amazonian Forests: population biology and economic considerations of game hunting. Biological Conservation 67 :29-35
• Bodmer RE, Eisenberg JF, Redford KH (1997) Hunting and the Likelihood of Extinction of Amazonian Mammals Conservation Biology. 11:460-466
• Bodmer RE & Fang TG (1988) Ungulate management and conservation in the Peruvian Amazonia. Biological Conservation 45: 303-310
• Cullen L, Bodmer LE, Padua CV (2000) Effects of hunting in habitat fragments of the Atlantic • Cullen L, Bodmer LE, Padua CV (2000) Effects of hunting in habitat fragments of the Atlantic forests, Brazil. Biological Conservation 95: 49-56
• Culot L, Bovy E, Vaz-de-Mello FZ, Guevara R, Galetti M (2013) Selective defaunation affectsdung beetle communities in continuos Atlantic rainforest. Biological Conservation 163: 79-89
• Fa JE, Peres CA, Meeuwig J (2002) Bushmeat exploitation in tropical forests: anintercontinental comparison. Conservation Biology 16: 232-237
• Jerozolimski A & Peres CA (2003) Bringing home the biggest bacon: a cross-site analysis of the structure of hunter-kill profiles in Neotropical forests Biological Conservation 111: 415–425
Referências
• Peres CA (1990) Effects of Hunting on Western Amazonian Primate Communities. Biological Conservation 54: 47-59
• Peres CA (2000) Effects of Subsistence Hunting on Vertebrate Community Structure in Amazonian Forests. Conservation Biology, 14: 240–253
• Peres CA & Nascimento HS (2006) Impact of game hunting by the Kayapo´ of south-eastern Amazonia: implications for wildlife conservation in tropical forest indigenoureserves. Biodiversity and Conservation 15:2627–2653
• Peres CA & Lake IR (2003) Extent of Nontimber Resource Extraction in Tropical Forests: Accessibility to Game Vertebrates by Hunters in the Amazon Basin. Conservation BiologyAccessibility to Game Vertebrates by Hunters in the Amazon Basin. Conservation Biology17: 521–535
• Redford KH (1992) The empty forest. BioScience, Vol. 42, No. 6
• Redford KH & Robinson JG (1991) Subsistence and commercial uses of wildlife in LatinAmerica. In: Neotropical wildlife use and conservation
• Redford KH & Robinson JG (1987) The game of choice: patterns of indian and colonisthunting in the neotropics. American Anthropologist. 89:650-667
• Robinson JG & Redford KH (1986) Intrinsic Rate of Natural Increase in Neotropical Forest Mammals: Relationship to Phylogenyand Diet. Oecologia 68:516-520.