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Ricardo Batista A constituição esotérica do homem

Constituição Esotérica Do Homem

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Estudo de obras acerca da constituição esotérica do homem, por ocasião de curso de instrutores de ioga

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Page 1: Constituição Esotérica Do Homem

Ricardo Batista

A constituição esotérica do homem

Brasília07 de abril de 2007

Page 2: Constituição Esotérica Do Homem

SUMÁRIO

Introdução .......................................................................................................03

Relação entre os Mundos e os veículos do homem ............................................04

Os Chakras .....................................................................................................13

Nadis ...............................................................................................................18

Diagrama 1 ......................................................................................................21

Bibliografia ...................................................................................................... 22

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Introdução

O trabalho que ora se apresenta tem por tema a constituição esotérica

humana. Mais especificamente irá tratar da formação dos veículos utilizados pelo

homem em seu processo de evolução, bem como das relações destes veículos com

os mundos aos quais se referem.

Assim, a primeira parte irá aludir às idéias e explanações utilizadas por Max

Heindel no Conceito Rosacruz do Cosmos. Em seguida, com base em pesquisas

sobre chakras em literatura referente ao assunto, daremos um breve contorno à

matéria que, mais adiante, em posterior trabalho, se buscará um maior

aprofundamento.

Importante faz salientar a dificuldade de aquisição, em língua portuguesa, de

boa literatura sobre a referida temática. Configurou-se numa verdadeira via crucis

garimpar a pouca referência aqui utilizada, a fim de dar conta do assunto das

páginas seguintes.

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Relação entre os Mundos e os veículos do homem

O homem aparece representado nas várias correntes de estudos esotéricos

como constituído de sete veículos, variando a denominação em cada um destes

estudos. Como base, utilizaremos as nomenclaturas empregadas por Max Heindel

no Conceito Rosacruz do Cosmos. Assim, do veículo mais denso ao mais sutil,

representar-se-ia por: corpo denso, corpo vital, corpo de desejos, mente, espírito

humano, espírito de vida e espírito divino.

Os corpos denso e vital pertencem a um mundo denominado Mundo Físico,

subdividido em região química e região etérica. O Mundo físico é o mundo da

matéria mais densa do homem, ou o mundo dos efeitos. Está sujeito às leis físicas e

químicas. É constituído pelos sólidos, líquidos e gazes, além dos quatro tipos de

éteres. Os três primeiros que formam o corpo denso são os estados químicos

da matéria, componentes de todas as formas dos quatro reinos da natureza

(mineral, vegetal, animal e humano). Podemos afirmar, desta feita, que o corpo

denso do homem é um composto químico, tanto como a pedra ou a planta,

guardadas as características inerentes a cada um, e considerada a questão do

ponto de vista puramente físico e material. Sem a atuação dos outros veículos

superiores a este, o corpo denso é totalmente desprovido de vida e percepção. São

aqueles que animam a matéria e a tornam capaz de sentir, pensar e movimentar-se.

O corpo vital do homem, também parte do Mundo Físico, é constituído de éter,

aqui considerado como matéria, embora seja de uma densidade menor, mais sutil,

se comparada à da matéria da Região Química. O éter apresenta-se em quatro

estados distintos, e é “o meio de acesso para o espírito vivente que instila vitalidade

às formas da Região Química” (HEINDEL, 1948, p. 24). Aqui, é denominado corpo

vital àquele composto pelos éteres Químico, de Vida, de Luz e Refletor.

O Éter Químico é o estado mais denso do corpo vital. É, simultaneamente,

positivo e negativo. Por meio deste éter é que as forças da assimilação e excreção

atuam no ser, sendo ambas de uma mesma índole seletiva. A assimilação,

trabalhando a partir do pólo positivo deste éter, constitui-se no processo em que os

elementos nutritivos são incorporados ao corpo por meio da atração, e modelados

em formas apropriadas. Sua função concerne ao crescimento e manutenção do

corpo. Já a excreção, atuando sobre o pólo positivo deste éter, expulsa os materiais

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contidos nos alimentos que, ou não tem serventia para o crescimento e a

manutenção do corpo, ou já cumpriram toda a sua utilidade para este fim.

O Éter de Vida também é um meio de atuação das forças que trabalham para a

manutenção, só que, aqui, refere-se à manutenção da espécie, à sua propagação.

Do mesmo modo, este éter possui um pólo positivo e um pólo negativo. No positivo

atuam, na fêmea, durante a gestação, as forças que tornam-na capaz de gerar um

novo ser. No macho, por meio do pólo negativo, operam as forças capazes de

produzir o sêmen. “No fenômeno de impregnação do óvulo do animal e do homem,

ou na semente da planta, as forças que atuam sobre o pólo positivo do Éter de Vida,

produzem plantas, animais e homens do sexo masculino, enquanto que as forças

que se expressam sobre o pólo negativo geram fêmeas” (HEINDEL, 1948, p. 29).

No Éter Luminoso, através de seu pólo positivo, atuam as forças geradoras de

calor no sangue dos animais superiores e no homem, convertendo-os em fontes

individuais de calor. Já nos animais de sangue frio, este pólo é utilizado pelas forças

que fazem circular o sangue e ,nas plantas, as forças capazes de circular a seiva.

Assim, quando no inverno o éter luminoso não está tão carregado de luz solar, a

seiva das plantas deixa de circular até que o sol volte a ilumina-las.

O pólo negativo do Éter luminoso é onde atuam as forças que despertam os

sentidos de visão, audição, tato, olfato e paladar nos animais superiores e no

homem. Também constroem e conservam os olhos. No caso dos animais de sangue

frio funcionam quanto aos olhos. “Quando os olhos não existem, as forças que

trabalham sobre o pólo negativo [...] constroem ou alimentam outros órgão

sensórios. [...] Nas plantas, as forças que atuam neste pólo depositam a clorofila [...]

e as cores das flores” (HEINDEL, 1948, p. 30).

No Éter Refletor ficam gravados todos os acontecimentos da natureza, como

uma recordação indestrutível que, o vidente treinado pode ler sem dificuldade,

obtendo, assim, as informações utilizadas em suas explicações do universo. É assim

denominado porque o que neste éter se encontra é apenas um reflexo do que está

contido na Memória da Natureza. “Este éter é também o agente pelo qual o

pensamento impressiona o cérebro humano. Está intimamente relacionado com a

quarta subdivisão do Mundo do Pensamento que é a mais elevada das quatro

subdivisões contidas na Região do Pensamento Concreto e a pátria da mente

humana” (HEINDEL, 1948, p. 31).

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Tal como o Mundo Físico, subdividido nas três regiões químicas e nas quatro

etéricas, o Mundo dos Desejos também apresenta sete subdivisões. A sua matéria é

formada de desejos, sentimentos passionais, usados na construção do corpo de

desejos. Este é o domínio das forças que impelem o corpo denso a mover-se; é o

que lhe dá incentivo para tanto. “Este incentivo é proporcionado pelas forças

cósmicas ativas no Mundo dos Desejos, e sem esta atividade que atua em todas as

fibras não haveria experiência nem crescimento moral. As funções das diversas

classes de éteres impeliriam a forma ao crescimento, mas não haveria

desenvolvimento anímico” (HEINDEL, 1948, p.32).

A matéria do Mundo dos Desejos é, assim, composta de desejos, aspirações,

paixões e sentimentos, sendo difícil distinguir entre força e matéria. Portanto, diz-se

que se compõe de força-matéria. Embora seja menos densa um grau que a matéria

do mundo físico, não se pode dizer que se trata de matéria física sutilizada, assim

como não podemos dizer que uma flor seja um mineral sutilizado.

Como a lei que rege o Mundo Físico é a inércia, é necessária a força do Mundo

dos Desejos para vencer esta tendência, já que a matéria deste mundo “é quase

vivente, está em movimento incessante, fluídico, que pode tomar as formas

imagináveis e inimagináveis, com inconcebível facilidade e rapidez, brilhando ao

mesmo tempo com milhares de cores cambiantes, sem termo de comparação com

qualquer coisa das que conhecemos no Mundo Físico” (HEIDEL, 1948, p. 33).

O Mundo dos desejos encontra-se sob o domínio de duas forças distintas:

Atração e Repulsão. A primeira trabalha sobre a substância mais sutil das três

regiões superiores deste mundo, mas também atua nas três regiões inferiores,

refreando a força de Repulsão ali dominante. A região central, entre estas duas é de

polaridade neutra e denominada região do sentimento ou sensação. A força de

repulsão tem um papel desintegrante, sem, contudo, ser vandálica. Isto porque as

formas inferiores que habitam a sua região nascem das paixões e desejos mais

brutais dos animais e do homem e, não fosse a ação de Repulsão, tenderiam a

crescer e o mal dominaria todo Cosmos, uma vez que os semelhantes tendem a se

atrair no Mundo dos Desejos. “Assim, em vez de fundir-se o mal com o mal,

mutuamente se destroem, e por esta forma o mal se conserva no mundo dentro de

limites razoáveis” (HEINDEL, 1948, p. 35).

A região mais densa do Mundo dos Desejos é denominada “Região da Paixão

e do Desejo Sensual” e, a subseqüente, “Região da Impressionabilidade”. Nesta, as

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forças de Atração e Repulsão são, no mais das vezes, equilibradas, constituindo,

assim, uma região neutra, onde “a simples impressão ou percepção de alguma coisa

é em si mesma completamente independente e separada do sentimento a que dá

origem” (HEINDEL, 1948, p. 36). A terceira é a Região dos Desejos, local em que a

força de Atração sobrepõe-se à de Repulsão, mas de uma maneira egoísta. “Estas

três regiões proporcionam a substância para as formas necessárias à experiência,

ao crescimento anímico e à evolução, eliminando, além disso, as formas destrutivas

e retendo os materiais que podem ser utilizados para o progresso” (Id. Ibid., p. 37).

A quarta, é a Região do Sentimento. Aqui, é do Interesse, ou da Indiferença,

que engendramos sentimentos. O Interesse desperta as forças de Atração e

Repulsão, enquanto “a Indiferença, simplesmente enfraquece a nossa ligação com o

objeto ou idéia contra o qual se dirige” (HEIDEL, 1948, p. 37). Quando o sentimento de Interesse desperta a força de Atração e quando esta se orienta para objetos e desejos inferiores, estes atuam nas regiões inferiores do Mundo dos Desejos, onde se manifestam, pela forma indicada, as forças relativas da Repulsão. Da luta que se trava entre ambas as forças gêmeas Atração e Repulsão , resultam todos os incidentes de dor e sofrimento, das ações errôneas, dos esforços mal orientados, sejam ou não intencionais.Bem podemos ver, portanto, quanto é importante o sentimento que em nós produz qualquer coisa, porque dele depende a natureza do ambiente que criamos para nós próprios. Se amamos (sic) o bem, resguardaremos e alimentaremos, quais anjos da guarda, tudo o que é bom em volta de nós; e se acontecer o contrário, povoaremos o nosso caminho com criações demoníacas, a que nós próprios daremos vida (HEINDEL, 1948, p. 38).

Acima destas regiões sobrevêm a Região da Vida Anímica, a Região da Luz

Anímica e a Região do Poder Anímico. Nelas habitam as atividades superiores da

alma nas formas da arte, altruísmo e filantropia.

O Mundo do Pensamento é separado, também, em duas grandes regiões: a

Região do Pensamento Concreto, mais densa, e a região do Pensamento Abstrato.

É neste mundo que há o encontro entre o corpo e o espírito; onde o homem obtém

os veículos para sua evolução. É também a morada dos vários arquétipos que irão

refletir sua imagem no Mundo Físico.

A Região do Pensamento Concreto é de onde provém a matéria que envolve

toda idéia nascida na Região do Pensamento Abstrato, como pensamento-forma,

que atua regulando e equilibrando os impulsos gerados no Mundo dos Desejos

pelas ações do Mundo Físico. Está dividida em: Região Continental (onde se

encontram todos os arquétipos das formas físicas), Região do Pensamento

Oceânico (onde estão os arquétipos das forças que atuam sobre os éteres), Região

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Aérea (em que os arquétipos dos desejos, das paixões, dos sentimentos e das

emoções habitam) e a Região das Forças Arquetípicas. Esta última é a região

central e, por isso, a mais importante dentre os cinco mundos onde se realiza a

evolução humana. De um lado temos o Reino dos Espíritos e do outro, o Mundo das

Formas. “É o ponto focal, por onde o espírito se reflete na matéria” (HEINDEL, 1948,

p. 44) (ver diagrama 1).

É nestes três mundos que se processa a evolução do homem, a partir da

aquisição de seus veículos: Corpo Denso, Corpo Vital, Corpo de Desejos, Mente e

Ego.

Para funcionar em qualquer dos mundos é necessário que o ser disponha de

veículos construídos pelas substâncias destes mundos, de modo a que possa

expressar as qualidades que lhe são inerentes. É necessário, pois, possuir um corpo

denso para funcionar no Mundo Físico. Este, por sua vez, para que possa propagar

e se manter vivo, carece de um corpo vital constituído pelos quatro éteres. Também,

necessita de um corpo de desejos capaz de expressar sentimentos e emoções, bem

como de uma mente composta da matéria bruta do pensamento.

O que difere os quatro reinos (mineral, vegetal, animal e humano) é justamente

a posse de seus veículos, sendo o homem o único a ter os cinco veículos bem

desenvolvidos que o capacitam a uma consciência individual, dentre outras

vantagens. O mineral possui apenas o corpo denso; o vegetal, a esse, acresça o

corpo vital; além destes dois, o animal possui ainda um corpo de desejos; somente

no homem há uma mente desenvolvida capaz de encontrar-se com um Ego (tríplice

espírito) que trabalha no homem desde dentro. Nos outros reinos, há Espíritos-

Grupos que os guiam, exteriores a eles.

“A extensão do corpo vital do homem além do corpo físico é de uma polegada

e meia, pouco mais ou menos” (HEINDEL, 1948, p. 51). O corpo denso é gerado na

matriz do corpo vital ainda na vida ante natal, sendo a cópia exata deste. A única

exceção é de que o corpo vital masculino é feminino (negativo), enquanto o corpo

vital feminino é masculino (positivo). Assim,a mulher dá saída a suas emoções pela polaridade indicada, porque seu corpo vital positivo gera um excesso de sangue e a obriga a trabalhar sob uma pressão interna enorme, que romperia o corpo físico se não houvesse uma válvula de segurança, o fluxo periódico, e outra válvula, que são as lágrimas, e que limitam a pressão em ocasiões especiais, pois as lágrimas são realmente uma "hemorragia branca". O homem pode ter e tem emoções tão fortes quanto as das mulheres, porém, geralmente, pode suprimi-las sem lágrimas, porque seu corpo vital

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negativo não gera mais sangue do que pode dominar com facilidade (HEINDEL, 1948, p. 51-52).

A tessitura do corpo vital assemelha-se a pinturas formadas por centenas de

pequenas peças de madeira entrecortadas, apresentando-se ao observador como

composto de minúsculos pontos, aos milhares. “Estes pontos entram nos centros

vazios dos átomos densos, e ao imbui-los de força vital, vibram muito mais

intensamente que o dos minerais da terra que ainda não foram submetidos a essa

aceleração” (HEINDEL, 1948 p. 52).

Ao contrário dos veículos superiores do homem, o corpo vital jamais abandona

o corpo denso até o momento da morte do indivíduo, salvo em ocasiões específicas,

como desmaios, ou, parcialmente, como nos casos de uso de analgésicos.

Durante sua atividade, nos momentos de vigília, o corpo de desejos, por meio

dos sentimentos, destrói os tecidos formados pelo corpo vital. As forças etéreas do

corpo vital operam, então, para reparar os estragos causados. Contudo, chega um

ponto em que o fluido vital pára de circular pelos nervos em quantidade suficiente e

se torna letárgico, sobrevindo o sono. Este constitui um período de grande atividade,

pois visa eliminar “os venenos resultantes dos tecidos destruídos pelas atividades

físicas e mentais do dia. Os tecidos são restituídos e restabelece-se o ritmo do dia”

(HEINDEL, 1948, p. 80). Durante o sono, o Ego se encarrega de levar a mente e o

corpo de desejos ao Mundo dos Desejos, onde harmoniza e restabelece seus ritmos

por meio das vibrações daquele local. Assim, os veículos superiores submergem

numa essência revitalizante e, uma vez fortalecidos, trabalham sobre o corpo vital,

que foi deixado junto ao corpo denso adormecido. “Então o corpo vital começa de

novo a funcionar, especializando a energia solar, reconstruindo o corpo denso,

empregando especialmente o éter químico como meio nesse processo de

restauração” (HEINDEL, 1948, p. 81-82). O corpo vital absorve a força vital do sol

através da contraparte etérica do baço, onde altera sua cor e dali circulará por todo o

corpo denso através dos nervos. Se esta força vital falta ao corpo denso (se o corpo

vital adoece), sobrevêm as enfermidades. Daí que muitos médicos utilizam a

sugestão, através do uso de placebos, para o tratamento de muitas doenças, ainda

que inconscientes da existência deste veículo sutil do ser humano.Durante a saúde o corpo vital especializa uma superabundância de força vital, que depois de passar pelo corpo denso irradia da periferia em linhas retas, em todas as direções, como raios de um círculo que irradiam do centro; mas nos casos de doença, quando o corpo vital se enfraquece, não pode absorver a mesma quantidade de força e além disso (sic) justamente então o corpo denso mais necessita dela. Então as linhas do fluido vital que

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antes se exteriorizavam curvam-se e caem, mostrando a falta de força ou debilidade que se produziu. No estado de saúde estas irradiações carregam consigo os germes e micróbios inimigos da sanidade do corpo denso, mas, no estado de doença, quando a força vital é fraca, essas emanações não eliminam com a mesma facilidade os germes nocivos (HEINDEL, 1948, p. 54).

No caso de amputações, podemos notar que, muitas vezes, a pessoa que tem

um de seus membros amputados continua sentindo-o como se não o houvesse

alijado de seu corpo. Noutros casos, há aqueles que sentem alguma dor na região

relativa ao membro amputado, dor que depois de algum tempo cessa. Isto se deve

ao fato de a contraparte etérica conservar-se em sua localidade original, às

expensas da parte alienada, ou mesmo permanecer enferma no indivíduo até que se

a cure.

O éter, substância formadora do corpo vital, é o elemento mais sutil das

substâncias conhecidas e o que se liga mais estreitamente ao sangue. Assim,

através dele, até o ar que respiramos nos imprime a imagem do mundo que nos

cerca, bem como as condições de nossa aura. O trabalho do corpo vital é abrandar

e construir. Exprime-se, principalmente, através do sangue e das glândulas, bem

como do sistema nervoso simpático, e obteve ingresso no corpo de desejos

(sistemas muscular e nervoso voluntários) a partir do instante em que principiou a

converter o coração em músculo voluntário.

Na formação do corpo de desejos do homem entra um pouco da matéria mais

sutil do Mundo dos Desejos. Já nos animais, é constituído completamente pelas

substâncias das regiões mais baixas deste referido mundo, servindo completamente

à satisfação dos desejos e paixões inferiores. Enquanto o homem progride, através

de suas experiências no Mundo Físico, seus desejos se purificam e melhoram e,

assim, no corpo de desejos, a matéria luminosa das regiões mais superiores

substitui o material sombrio das regiões inferiores do Mundo de Desejos.

No homem, na constituição de seu corpo de desejos, há uma parcela de

matéria das regiões superiores, como também das inferiores, o que demonstra que

nenhum homem é tão mau quanto parece, tampouco bom o suficiente para não usar

de seus desejos e paixões inferiores.

A forma do corpo de desejos do homem, enquanto em vida, é:de um ovóide luminoso que nas horas de vigília envolve completamente o corpo denso, como em um ovo a clara envolve a gema. Alcança de doze a dezesseis polegadas para fora do corpo denso. Neste corpo de desejos existe certo número de centros sensórios, que na maioria dos homens se encontram em estado latente. O despertar destes centros de

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percepção corresponderia ao descerrar dos olhos do cego [...]. A matéria do corpo de desejos humano está em movimento contínuo e incrivelmente rápido. Nem um átomo dela permanece em repouso um só instante. [...] Não existe no corpo de desejos órgão algum, como nos corpos vital ou físico, mas há centros de percepção que, quando estão em atividade, parecem vórtices, permanecendo sempre na mesma posição em relação ao corpo denso, encontrando-se a maioria deles em volta da cabeça. Na generalidade da raça humana esses centros são simples remoinhos e não têm qualquer utilidade como meios de percepção (HEINDEL, 1948, p.57).

De acordo com o método empregado, é possível despertá-los mais ou menos.

No clarividente involuntário, estes vórtices giram em sentido anti-horário. Já no

clarividente voluntário, giram em sentido horário, apresentando luminosidade

superior e mais fulgurante a de um corpo de desejos normal. Daí se dá a diferença

básica entre o médium e o clarividente desenvolvido. O clarividente desenvolvido,

único entre eles capaz de obter conhecimentos reais, jamais cobrará dinheiro algum

para utilizar sua faculdade perceptiva.

Somente há corpo de desejos nos animais de sangue quente, e suas correntes:fluem para o exterior pelo fígado. A matéria de desejos está continuamente fluindo em correntes que viajam ao longo de linhas curvas para todos os pontos da periferia ovóide, e então voltam ao fígado através de certo número de vórtices [...]. O sangue vermelho e quente do fígado suficientemente desenvolvido por forma a poder conter um espírito é o que fortifica as correntes que se lançam para fora, sendo essa a causa do homem e do animal manifestarem desejos e paixões (HEINDEL, 1948, p. 58-59).

Pela existência de um espírito individual, interno, em cada homem é que se dá

a diferença entre as pessoas; então podemos falar de indivíduos, diferente do que

ocorre em outros reinos, guiados por espíritos-grupo externos a eles. É o espírito

que move o corpo denso e, quanto mais estreito é o contato entre eles como no

caso humano mais o espírito pode dominar o corpo denso. Advém daí o estado de

consciência do ser.

O Ego separado (tríplice espírito) é apartado do Espírito Universal a partir da

Região do Pensamento Abstrato. Somente o homem possui a cadeia completa de

veículos que o correlaciona com os três mundos. A mente é o elo entre estes

veículos. Por seu intermédio, o Ego desce ao Mundo Físico, onde:Começou a dirigir seus veículos, conseguindo assim o estado de consciência de vigília. Está aprendendo a domina-los. Nem os órgão do corpo de desejos, nem os da mente se desenvolveram ainda. O último nem mesmo é ainda um corpo. Atualmente não é mais que um elo, um material para o uso do Ego como ponto focal. É, por outro lado, o último dos veículos que se tem formado. O espírito trabalha gradualmente desde a substância mais sutil à mais densa, construindo-se também os veículos, primeiro em substância sutil e depois em substância cada vez mais densa. O corpo denso foi construído primeiramente, e chegou agora a seu quarto grau de densidade; o corpo vital se encontra em seu terceiro estado e o corpo de

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Page 12: Constituição Esotérica Do Homem

desejos no segundo, e portanto é parecido com uma nuvem, enquanto a mente se encontra ainda em seu primeiro grau. Como esses veículos não têm desenvolvido ainda órgãos, é evidente que somente eles seriam inúteis como veículos de consciência. Entretanto, o Ego penetra dentro do corpo denso e liga esses veícuos sem órgãos com os centros físicos dos sentidos, e assim obtém o estado de consciência de vigília no Mundo Físico (HEINDEL, 1948 p. 63).

Para Heindel (1948), o sangue humano é o veículo de manifestação do Ego,

que dirige e trabalha seus veículos desde dentro. O objetivo da evolução do homem

é capacita-lo para encontrar seu foco no Mundo Físico, tornando-se consciente de

seu Ego. Para a manifestação de um Ego é necessário possuir a marcha em

posição vertical, a fim de que se ponha em contato com as correntes espirituais que

penetram o corpo através da coluna espinhal; laringe vertical que o capacite a falar;

e, por influência das correntes solares, ter sangue quente.

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Os Chakras

Chakra é uma palavra sânscrita cujo significado literal é roda. No oriente é

comum também o seu uso em sentido figurado como o aqui tratado, referindo-se aos

vórtices, ou centros sensórios do corpo humano, que se assemelham a rodas. A

maior parte da literatura sobre o assunto considera que estão localizados no duplo

etérico do corpo humano, como no caso das obras aqui pesquisadas. Entretanto,

aqui, consideraremos, tal como Max Heindel, que fazem parte do corpo emocional

(corpo de desejos), sendo os únicos órgãos ali existentes.Los escritos que nos ha legado la tradición mencionan un número elevado de chakras: 88.000. Esto significa que en el cuerpo humano apenas existe ningún punto que no sea un órgano sensible para la recepción, transformación y retransmisión de energías. Sin embargo, la mayoría de estos chakras son muy pequeños y desempeñan un papel subordinado en el sistema energético. Existen aproximadamente 40 chakras secundarios a los que se asigna una mayor importancia. Los más importantes de ellos se encuentran en la zona del bazo, en la nuca, en las palmas de las manos y en las plantas de los pies (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 10-11).

Considera-se que os chakras, como centros de força, “são pontos de conexão

ou enlace pelos quais flui a energia de um a outro veículo ou corpo do homem”

(LEADBEATER, 1981, p. 19). Cada um dos chakras corresponde a uma área do

corpo, a determinadas características comportamentais e a um estágio de

desenvolvimento espiritual. São sete os chakras aqui considerados, dada a sua

importância, e subdividem-se em três grupos (inferior, médio e superior),

denominados de fisiológico, pessoal e espiritual.Os chakras primeiro e segundo têm poucos raios ou pétalas, e sua função é transferir para o corpo duas forças procedentes do plano físico. Uma delas é o fogo serpentino da terra [kundalini], e a outra a vitalidade do sol. Os centros terceiro, quarto e quinto, que constituem o grupo médio, estão relacionados com forças que o ego recebe por meio da personalidade. O terceiro centro as transfere através da parte inferior do corpo astral; o quarto por meio da parte superior do mesmo corpo, e o quinto, pelo corpo mental. Todos estes centros, alimentam determinados gânglios nervosos do corpo denso. Os centros sexto e sétimo, independentes dos demais, estão, respectivamente, relacionados com o corpo pituitário e a glândula pineal, e somente se põem em ação quando o homem alcança certo grau de desenvolvimento espiritual (LEADBEATER, 1981, p. 25).

O primeiro chakra localiza-se na base da coluna dorsal, junto ao cóccix e

denomina-se Muladhara (chakra raiz, ou fundamental). Regula a energia pélvica e

as glândulas supra-renais; governa a coluna vertebral, ossos e unhas, como também

o ânus, reto, intestino grosso, próstata, sangue e estrutura celular. É o chakra que

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nos une ao Mundo Físico, nos conectando às energias da Terra. As necessidades

fundamentais da vida, bem como da sobrevivência, estão no âmbito deste chakra e

o elemento Terra está associado a ele. Sua cor é o vermelho. A segurança material,

a conservação da espécie, bem como a sexualidade também relacionam-se ao

trabalho deste chakra. Quando funcionando harmonicamente, o ser experimenta

uma profunda e pessoal união com a Terra e suas criaturas, além de estabilidade e

força interior. Entretanto, se opera desfuncionalmente, gera problemas como

necessidade de satisfação dos desejos sensoriais e insegurança material.El chakra radical forma el fundamento más importante de la vida y la fuente de la energía vital para los chakras superiores. Aquí estamos unidos con la reserva de energía inagotable de la energía Kundalini. En él arrancan también los tres canales principales, Sushumna, Ida y Pingala. A semejanza de nuestro corazón en el cuerpo físico, el chakra basal es el punto central de nuestro sistema de circulación de la energía no material. Además, es donde se asienta el subconsciente colectivo, a cuyo conocimiento memorizado tenemos acceso aquí. Debería estar compensado con el séptimo chakra, para mantener el equilibrio interior del hombre (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 35).

O segundo chakra, ou Svadisthana (chakra sacral), localiza-se na lateral da

quinta vértebra lombar, ligado ao osso sacro. É o centro das emoções não filtradas,

das energias sexuais e das forças criativas. Está associado ao elemento água,

donde provém a vida biológica (criação), a purificação e a depuração. De modo que,

através deste chakra, participamos das energias procriadoras da Natureza, incluindo

em seu campo de ação, além dos órgãos sexuais, também os rins e a bexiga. Sua

cor é o laranja. Harmonicamente em funcionamento, gera um contentamento coma a

vida e os sentimentos. No entanto, se em disfunção, gera problemas de ordem

sexual.En el plano anímico lo vivimos mediante la liberación y el dejar fluir los sentimientos, por lo cual quedamos dispuestos para experimentar la vida siempre de forma original y nueva.Nuestras relaciones interpersonales, en particular las relativas al sexo contrario, están marcadas decisivamente por el funcionamiento del segundo chakra. Las múltiples variedades de juego erótico también pertenecen a su campo de acción al igual que el abandono del ego limitado y la vivencia de una mayor unidad mediante la unión sexual (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 39).

Localizado à cerca de dois dedos acima do umbigo, à altura da primeira

vértebra lombar, o terceiro chakra é conhecido pelo nome de Manipura (chakra do

plexo solar ou centro umbilical). Está associado à cor amarela e diz-se que se trata

de um chakra principal e uma infinidade de outros chakras secundários, tão

estreitamente ligados em seu funcionamento que podem ser considerados como um

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Page 15: Constituição Esotérica Do Homem

só. Como está ligado ao elemento fogo, o terceiro chakra representa o Sol, donde

flui a energia vital que alimenta o corpo etérico, vitalizando o corpo físico. O fogo

simboliza a luz, o calor, energia e atividade; no plano espiritual remete-nos à

purificação.Umas das importantes funções deste chakra é purificar os instintos e

desejos dos chakras inferiores, dirigindo conscientemente sua energia criativa, além

de manifestar no mundo material a plenitude espiritual dos chakras superiores

(SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 42-43).

Seu correspondente no corpo físico é o fígado. Junto com o sistema digestivo,

este tem o papel de separar o útil do nocivo ao corpo, e transportar o aproveitável

aos seus locais adequados. “Para el hombre ordinario el chakra tercero es el asiento

de la personalidad. Es el lugar en el que encuentra su identificación social y trata de

confirmarse a sí mismo mediante la fuerza personal, la voluntad de rendimiento y la

aspiración de poder, o mediante la adaptación a las normas sociales” (SHAR&DOM;

BAGINSKI, s/d.). Encontra-se, também, em direta união com o corpo de desejos.

Assim, a integração consciente dos sentimentos e desejos e de nossas experiências

vitais faz com que leve à sua abertura, emanando uma crescente luz com a qual

nossa vida se ilumina. Em disfunção pode gerar raiva e ansiedade, desejo de

exercer poder e controlar, segundo seu gosto, o mundo a sua volta.

O quarto chakra, conhecido como Anahata (chakra cardíaco), encontra-se à

altura da quarta vértebra torácica, próximo ao coração, ao centro do peito. É o

chakra central donde se encontram os três chakras inferiores físico-emocionais e os

três superiores psico-espirituais. Regula a glândula Timo (relacionada ao

crescimento e sistema imunológico) e governa o coração, o sangue, a parte inferior

do pulmão, a pele e o sistema circulatório. Está associado ao elemento ar e às cores

verde, rosa e, às vezes, ao dourado. Através deste chakra, percebemos a beleza da

natureza e a harmonia da arte. Aqui são transmutados em sentimentos as palavras,

as imagens e os sons. Sua função essencial é a compaixão e a união através do

amor. Todo anseio por contato íntimo, união, harmonia e amor se manifesta através

deste centro que, quando purificado e completamente aberto, sobrevém um amor

verdadeiro e incondicional que basta-se a si mesmo. Combinado aos chakras

superiores, este amor converte-se em Bhakti, amor divino, conduzindo ao

conhecimento divino e à união com a essência de todas as coisas do universo.

Por intermédio deste chakra, dispomos de um grande poder de transformação

e cura, já que é um centro donde emana uma força de grande intensidade. Se

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funciona sem harmonia, causa dependência nos relacionamentos e bloqueio na

individualidade.Con frecuencia, el chakra del corazón se denomina la puerta al alma, puesto que no sólo se asientan en él nuestros más profundos y vivos sentimientos de amor, sino que a través de este centro energético también podemos entrar en contacto con la parte universal de nuestra alma, con las chispas divinas que hay en nosotros. También desempeña un papel decisivo en el refinamiento de la percepción, que va emparejado con la apertura del chakra frontal, el denominado tercer ojo, puesto que es la entrega la que nos hace sensibles a los ámbitos más sutiles de la creación. Esto significa que, paralelamente al desarrollo del chakra cordial, se desarrollan las facultades superiores del chakra frontal (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 48).

O chakra Vishuda, (chakra Laríngeo) está localizado à altura da sétima

vértebra cervical, mais especificamente, na proeminência laríngea (pomo de adão).

Está associado ao elemento éter (transmissor das informações de todos os planos),

e sua cor é o azul claro ou turquesa. Regula a tireóide e governa as zonas do colo e

cervical, o queixo, as orelhas, aparelho fonador, condutos respiratórios, brônquios,

parte superior dos pulmões, esôfago e braços. Nele reside a capacidade de

expressão humana, a comunicação e a inspiração. Junto com um chakra secundário

localizado na nuca, são considerados como apenas um, dado a estreita ligação e

funcionamento integrado entre eles. Serve como ponte entre o pensamento (ligado

aos chakras superiores) e os sentimentos (ligados aos chakras inferiores) e,

também, transmite ao exterior o conteúdo de todos os chakras.

Uma vez que só podemos comunicar ao exterior aquilo que se encontra em

nosso interior, através deste chakra, recebemos, inicialmente, a faculdade da

autoreflexão. À medida que se desenvolvem as suas qualidades, tornamo-nos mais

conscientes de nosso corpo mental, podendo separar seu funcionamento dos

funcionamentos dos corpos emocional, etérico e físico. Assim, está também

associado à função auditiva, interna e externamente, desenvolvendo uma

inquebrantável confiança em nosso guia interno, o atma, como também, através

dele, nos conscientizamos de nossas funções na vida, de nosso dharma. Aqui,

encontramos nossa expressão individual da perfeição nos planos material e

espiritual. Em disfunção, gera desentendimento entre a mente e o corpo.

O sexto chakra recebe o nome de Ajna (chakra frontal; também conhecido

como terceiro olho) e localiza-se entre as sobrancelhas, na base do nariz. Está

associado à cor azul anil, ou índigo, e à percepção extra-sensorial, intelectualidade e

intuição. Possui correspondência corporal com o rosto, olhos, nariz, seios

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paranasais, cerebelo e sistema nervoso central. Regula a glândula pituitária,

considerada a glândula mestra, uma vez que controla o funcionamento de todas as

outras glândulas do corpo humano. Por meio deste chakra realiza-se a percepção

consciente do ser. Aqui se encontra a força psíquica superior, a capacidade

intelectual de diferenciação, a memória e a vontade. Em disfunção gera a obsessão

e perda de percepção imaginativa.Como el tercer ojo sirve de asiento a todos los procesos de concienciación, aquí obtenemos la facultad de la manifestación hasta la materialización y desmaterialización de la materia. Podemos crear nuevas realidades en el plano psíquico y disolver viejas realidades.Sin embargo, en general, este proceso no se produce de forma automática y sin una actuación consciente. La mayoría de los pensamientos que determinan nuestra vida son controlados por nuestros patrones emocionales no liberados, y programados por juicios y prejuicios tanto propios como ajenos. De esta forma, con frecuencia nuestro espíritu no es quien domina, sino el servidor de nuestros pensamientos cargados de emociones, que pueden dominarnos parcialmente.Pero también estos pensamientos se realizan en nuestra vida, puesto que lo que percibimos y vivimos fuera es siempre y en último término una manifestación de nuestra realidad subjetiva.Con el desarrollo de nuestra conciencia y la creciente apertura del tercer ojo siempre podemos dirigir conscientemente este proceso. Nuestra fuerza de imaginación genera entonces la energía para cumplir una idea o un deseo. Junto con un chakra cordial abierto, ahora también podemos emitir energías curativas y efectuar curaciones a distancia.Al mismo tiempo recibimos acceso a todos los planos de la creación que se encuentran detrás de la realidad física. El conocimiento de los mismos nos llega en forma de intuición, mediante la visión clarividente o mediante la clarividencia auditiva o táctil. Lo que anteriormente tal vez sólo barruntáramos vagamente se convierte ahora en una nítida percepción (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 56).

O sétimo chakra localiza-se no alto da cabeça e é denominado Sahasrara

(chakra coronário). Associado às cores violeta, branco e ouro, governa o cérebro e

regula a glândula pineal, influindo na totalidade do organismo. É onde se manifesta a

perfeição suprema do homem. É denominado, também, de a flor de mil pétalas, uma

vez que “são novecentas e sessenta as radiações da energia primária que recebe”

(LEADBEATER, 1981, p. 30). Do mesmo modo em que a luz carrega em si todas as

cores do espectro, o chakra coronário reúne todas as energias dos outros chakras,

realizando assim, a união com o ser divino, pois nosso campo energético se

encontra fundido com o campo energético universal.Todo cuanto captamos, primero intelectualmente y después intuitivamente, adquiere ahora una comprensión completa. El conocimiento que obtenemos a través del chakra coronal va más allá aún del que nos proporciona el tercer ojo, puesto que ya no estamos separados del objeto de la percepción. Vivimos las diferentes manifestaciones de la creación, entre las que también se encuentra nuestro cuerpo, como un juego de la consciencia divina con la que nos hemos unificado.

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La vía para el desarrollo del chakra supremo está indicada someramente por la radiación violeta. El violeta es el color de la meditación y de la entrega. Mientras que en la activación de los seis centros energéticos inferiores podíamos influir de forma concreta, aquí sólo podemos abrirnos y convertirnos en receptáculo (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 60).

Através do desdobramento do último chakra, dissipam-se os bloqueios

limitadores relacionados aos outros centros sensórios, fazendo com que as energias

vibrem com as freqüências mais altas possíveis a eles, se convertendo, cada um,

em espelho do ser divino.

Uma vez que se encontre completamente desperto, sua função de receber as

energias cósmicas se vê concluída. Então é ele quem as emite, expandindo-se até

formar uma coroa sobre a cabeça.

Nadis

Os nadis constituem espécies de artérias intangíveis. Provém do sânscrito e

significa: tubo, vaso ou artéria. Formam uma extensa rede de condutos energéticos,

paralelamente aos nervos corpóreos, considerados como uma materialização dos

nadis. Sua função é a de conduzir o prana (energia psíquica e vital) por meio deste

sistema energético imaterial. Através dos chakras, os veículos humanos se ligam a

seus veículos vizinhos (corpo físico ao vital; este ao corpo de desejos que, por sua

vez, se liga ao mental). Alguns textos hindus mencionam 72.000 nadis; outros ainda,

falam em cerca de 350.000 nadis. Consideraremos apenas quatorze deles, nos

atendo mais detalhadamente a apenas três principais: Sushumna, Ida e Pingala.

Assim, além dos três já citados, Sri Swami Sivananda, considera como os

outros, dentre os quatorze principais nadis: Gandhari, Hastajihva, Kuhu, Saraswati,

Pusha, Sankhini, Payasvini, Varuni, Alambusha, Vishvodhara, Yasasvini. Cada um

destes condutos energéticos possui sua terminação nalgum dos órgãos dos

sentidos, como olhos, ouvidos, boca (canal alimentar), órgãos excretores, variando a

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sua terminação de acordo com o texto estudado1. De um modo geral, considera-se a

sua importância devido ao fato de que equilibram os órgãos vitais do corpo humano.En el sistema energético del hombre los chakras sirven de estaciones receptoras, transformadoras y distribuidoras de las diferentes frecuencias del «prana». Absorben, directamente o a través de los nadis, las energías vitales de los cuerpos energéticos no materiales del hombre, de su entorno, del cosmos y de las fuentes que son el fundamento de cualquier manifestación, la transforman en las frecuencias que necesitan las diferentes áreas del cuerpo físico o de los cuerpos inmateriales para su conservación y desarrollo, y la retransmiten a través de los canales energéticos. Además, irradian energías al entorno. Mediante este sistema energético, el hombre efectúa un intercambio con las fuerzas que actúan en los diferentes planos del ser en su entorno, en el universo y en la base de la creación (SHAR&DOM; BAGINSKI, s/d., p. 5).

O canal energético principal é denominado Sushumna. Inicia no chakra

Muladhara, subindo pela coluna vertebral e chegando até o chakra coronário. É o

responsável pelo despertar da consciência espiritual. É através deste nadi que

ascende a energia denominada de Kundalini, também conhecida como energia

serpentina, já que é representada como uma serpente enrolada no extremo inferior

da coluna vertebral. A Kundalini representa a energia cósmica da criação, sendo

uma manifestação feminina de Deus. Esta energia flui através dos nadis

atravessando os chakras, encontrando sua máxima expressão no centro coronário,

transformando suas vibrações em cada chakra em que passa. Estas vibrações são

1 O Yoga Darshana Upanishad, por exemplo, afirma, em seu capítulo IV, intitulado Fisiologia sutil, que:IV.6.En el nudo del ombligo esta situado sushumna y setenta y dos mil nadis resplandecen a su alrededor, ¡oh Samkriti!; solamente catorce son importantes.IV.7-8. Sushumna, ida, pingala, sarasvati, pusha, varuna, hastijihva, yashasvini, alambusa, kuhu, vishvadara, payasvini, shankhini y gamdhara. IV.9. Pero tres destacan sobre todo: sushumna, ida y pingala.IV.10. La mas importante de todas, con mucho, es sushumna, que los adeptos del yoga llaman brahma-nadi. IV.11-12. Dos dedos mas abajo que el ombligo está alojada kundalini. IV.12. Está formada por tierra, agua, aire, fuego, eter, pensamiento (manas), personalidad (ahamkara) e inteligencia (buddhi). IV.13. Ella es quien gobierna la acción de los diez alientos vitales (prana) y la asimilación de los alimentos en torno al nudo del ombligo; enroscada sobre si misma, tiene la boca colocada sobre el agujero de brahman.IV.14. A su izquierda esta ida; pingala se encuentra a su derecha. IV.15-17. Al lado de sushumna se encuentran kuhu y sarasvati; gamdhara y hastijihva corren paralelas a ida por delante y por detrás, envueltas, a su vez, por varuna, pusha y yahasvini; shankini envuelve a gamdhara. Tendida desde el ano hasta el ombligo se ve, por último, a alambusa. IV.18-19. Paralela a sushumna, del color de la luna llena, esta kuhu; ida y pingala llegan hasta la nariz, a la altura de las dos fosas nasales; yahasvini llega al pulgar del pie izquierdo; pusha va hasta el ojo izquierdo, paralela a pingala. IV.20-22. Payasvini alcanza la oreja derecha y sarasvati la lengua; hastijihva va hasta el pulgar del pie derecho; finalmente, gamdhara llega al ojo derecho, mientras que vishvadara se queda en el nudo del ombligo.

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transmitidas aos veículos humanos, sendo percebidas sob a forma de sentimentos,

idéias e sensações físicas.

Na maioria das pessoas, a Kundalini flui escassamente, devido ao grau de

consciência desperta ser pequeno na média humana. À medida que se vai

desenvolvendo a consciência é que esta energia ascende, ativando os diversos

chakras, acelerando suas freqüências. Assim, permite aos homens, no curso de sua

evolução, despertar as faculdades e energias atuantes nos variados planos

energéticos e materiais da criação, integrando estas energias em sua vida.

Além da Kundalini, há uma outra força conduzida através do canal Sushumna

que irá fluir ao interior dos chakras. É a energia do ser divino puro, do Deus

intangível. Penetra pelo chakra coronário, e é particularmente benéfica para

desbloquear os chakras que, porventura estejam obstruídos. É denominada, na

Índia, de Shiva, e destrói a ignorância despertando uma transformação para o divino.

Junto ao Sushumna, há outros dois canais energéticos, aos quais chamamos

Ida e Pingala. Enquanto Pingala é o portador da energia solar, plena de vitalidade e

força motora, o outro diz respeito à energia lunar, mais branda e serena. Pingala

(relacionado à manutenção dos processos vitais) inicia à direita do chakra

Muladhara e termina na parte superior da narina direita. Ida (responsável pelos

processos mentais) inicia à esquerda do chakra Muladhara, terminando na narina

esquerda. Desde o chakra raiz, até sua terminação no nariz, estes dois nadis se

retorcem ao redor de Sushumna. Ambos possuem a faculdade de absorção do

prana diretamente do ar, mediante o processo de inspiração, expulsando

substâncias nocivas através da expiração. Pelo fato de alternarem-se a cada chakra

alcançado, faz-se latente um equilíbrio entre o físico e o psicológico, assegurando a

harmonia entre as atividades do corpo e da mente.

Quando há predominância de Pingala ocorre uma excitação do sistema

nervoso simpático, sobrevindo problemas físicos tais como o estresse, hipertensão,

como também ocorre um ressalto nas qualidades masculinas da razão lógica e da

agressividade, dentre outras. Já no caso de uma exacerbação de Ida, há a excitação

do sistema nervoso parassimpático, ocorrendo baixa vitalidade física, como também,

ansiedade.

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Bibliografia

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