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Constituição do léxico RomânicoLiliane Lemos Santana Barreiros (UEFS/PPGEL/neiHD/NEL)
Dayane de Cássia Ferreira da Cruz Silva (UEFS/PPGEL/neiHD)Iago Gusmão Santiago (UEFS/PPGEL/CAPES/neiHD/NEL)
Stephanne da Cruz Santiago (UEFS/PPGEL/CAPES/neiHD/NEL)
Repassando ....
1 Iniciando. 1.1 Irradiação e empréstimos1.2 Estudo etimológico1.3 Mudanças ocorridas no vocabulário1.4 Latim Cristão 1.5 Revolução Comercial1.6 Revolução Industrial
Roteiro
1 Iniciando. 1.1 Estudo neológico1.2 Estudo etimológico
2 Processos básicos de formação lexical2.1 Formação lexical por autogenéticos.2.2 Formação lexical por alogenéticos.
Iniciando ...
Coseriu ( 1979): sistema, norma e fala;
Lema, vocábulo e palavra-ocorrência
Estudo etimológico
Ex1: estrela corpo celeste
Ex2: estrela atriz
Iniciando ...
Neologia e Etimologia.
Ponto de vista neológico:
i. sintagmáticos
ii. semânticos
iii. fonológicos
iv. alogenéticos
Iniciando ...
Neologismo fonológico:
i. ex nihiloii. onomatopicos
Neologismo sintagmático:
i. composiçãoii. derivação
Neologismo semântico.
Neologismo alogenéticos
Iniciando ...
Ponto de vista etimológico:
i. eruditos ( cultimos)
ii. semicultos ou semieruditos
iii. vulgares ou populares (vulgarismo)
Processos básicos de formação lexical
Formação lexical: autogenéticos e alogenéticos.
Sistematizando:
1. Processos autogenéticos (autogenia):
a. herança (léxico vernáculo);
b. neologia fonológica;
c. ressemantização de palavras autogenéticas;
d. composição ou derivação a partir de palavrasautogenéticas.
Processos básicos de formação lexical
2. Processos alogenéticos (alogenia):
a. empréstimo de palavra estrangeira;
b. ressemantização de palavra autogenética comsignificado importado;
c. ressemantização de palavra alogenética comsignificado vernáculo;
d. composição ou derivação a partir de palavrasalogenéticas.
Processos básicos de formação lexical
Ex1: estrela corpo celeste
Ex1: As estrelas são lindas.
Ex2: estrela atriz
Ex2: Ela é uma estrela do cinema.
Vulgarismos
Herança:
i. vocábulos vernáculos ou hereditários
ii. línguas românicas.
iii. línguas germânicas
Ex1: frâncico wardan português guardar
Ex2: lat. discus inglês dish
Vulgarismos
Estrangeirismo
Nacionalizadas: grafia e pronúncia
Ex: futebol
Nota:Ex1 – ale. marschieren fr. marcher
Ex2 – ale. garantieren fr. garantier
Vulgarismos
Tradução de estrangeirismo.
Tradução total
Ex1: ing. skyscraper port. arranha-céu,
Ex2: ing. hot-dog port. cachorro-quente;
Ex3: fr. chou-fleur port. couve-flor
Vulgarismos
Tradução parcial
Ex1: fr. étranger port. estrangeiro
Ex2: ing. goalkeeper port. goleiro;
Ex3: esp. cañón port. canhão
Vulgarismos
Transcrição
Novo termo
Ex1: lat. exemplum, port. “exemplo”, al. beispiel.
Vulgarismos
Composição com radicais vulgares
Ex1: port. puxa-saco,
Ex2: port. pernilongo
Ex3: port. cabisbaixo.
Vulgarismos
Derivação a partir de radical vulgar
Reanálise por etimologia popular
Ex: germ. furmistaz ing. formest
foremost (fore + most).
frente + a maioria
acima de tudo
Vulgarismos
Ex1: fr. camion port. camião rean. caminhão
Ex2: lat. vulgar foresta português foresta floresta
Ex3: esp. cucaracha ing. cockroach
Vulgarismos
Retroversão ou retroviagem de vulgarismo
Língua A Língua B Língua A
Ex1: fr. med. challengier ing. challenge fr. mod. challenger.
Ex2: fr. ant. estage ing. stage fr. mod. stage.
Ex3: port. fetiche fr. fétiche port. feitiço)
Parada
Neologia e Etimologia
Ponto de vista neológico e etimológico
Processos básicos de formação lexical
Autogenéticos e alogenéticos
Vulgarismos
Perguntas
1 Os celtas exerceram um ativo e extenso
comércio nas mediações do Mediterrâneo?
verdadeiro falso
falso
Perguntas
2 Os empréstimos procedentes dos celtas
começaram aproximadamente a 400 a.C
verdadeiro falso
verdadeiro
Perguntas
3 Cultismos são as palavras tomadas do
grego, do latim ou resultantes de uma
combinação de elementos greco-latinos.
verdadeiro falso
verdadeiro
Perguntas
4 O processo de formação lexical
alogenéticos é a hereditariedade ou criação
intralinguística
verdadeiro falso
falso
Perguntas
5 Nas línguas românicas, pode se dizer que é vernáculo
todo o léxico que já existia nos diversos dialetos, como
(gótico, anglo, saxão, juto, franco, lombardo, nórdico
etc.) e foram herdados pelas línguas germânicas
modernas.
verdadeiro falso
falso
Perguntas
6 A Revolução Comercial foi sobre tudo muitoimportante principalmente na “criação” desubstantivos.
verdadeiro falso
falso
Cultismo
Cultismo direto
Enquadramento morfológico e ortográfico.
Ex1: lat. theatrum fr. théâtre
Ex2: lat. temperatura fr. température
Ex3: lat. status fr. status
Cultismo
Cultismo indireto
Francês e português
Idade Média e Moderna
Inglês para outros idiomas.
Cultismo
Composição com radicais cultos
Termos técnico-científicos.
Criados por : composição ou derivação.
Cultismo
Derivação a partir de radical culto com afixos cultos
Ex: initiare. lat.hipotética *initiativa fr. initiative
Latim hipotética:
privacy private lat. hip. *privatia
Cultismo
Empréstimo de cultismo cunhado em língua vulgar estrangeira
Ex1: fr. hélicoptère helicóptero
Ex2: initiative iniciativa
Importação de cultismos estrangeiros.
Cultismo
Restauração ou refecção total
Substituição
Restauração ou refecção
Parcial ou total
Ex1: lat. silentium port. ant. seenço silêncio
Ex2: lat. florem port. ant. chor flor.
Cultismo
Transcriação de cultismo
Ex1: lat. consecrare fr. *consécrer
Ex1: lat. sacrer fr. *consécrer
Cultismo
Empréstimo de cultismo estrangeiro sem adaptação grafo-fonética
Cultismos: indiretos
Ex1: fr. frénésie port. frenesi
Ex2: fr. sirène port. sirene
Ex3: fr. domino port. dominó
Ex4: ing. privacy it. privacy
Cultismo
Retroversão ou retroviagem de cultismo
Ex1: fr. med. parformer pref. herdado par- + verboculto former ing. perform ing. performer.
Semicultismo
Tradução
Tradução total
Ex1: lat. superponere port. sobrepor
Ex2: lat. accipere al. annehmen)
Tradução parcial
Ex1: lat. interrumpere port. interromper
Ex2: lat. perfectus port. perfeito
Ex3: lat. emotio port. emoção
Semicultismo
Transcriação de semicultismo
A transcriação de semicultismos é semelhante em sua lógica à de cultismos, com a diferença de que agora o resultado do processo é uma palavra semiculta.
Ex1: lat. favere ita. favorire - favorisco favorisci
Semicultismo
Tradução de semicultismo estrangeiro
Ex1: fr. aéroport inglês airport,
Ex2: fr. désordre port. desordem, em que o elemento semiculto ordre (< lat. ordinem)
Semicultismo
Metamorfismo
• Substituição, acompanhada da adaptação
Ex1: lat. includere port. med. includir incluir
Ex2: lat. secta port. med. seita (*secta)
Ex1:lat. canonicus port. cônego
Ex2: lat. clericus port. clérigo
Ex3: lat. articulus port. artigo
Semicultismo
Metamorfismo obrigatório:
Ex1: lat. statua port. estátua, do,
Metamorfismo facultativo:
Ex1: lat. doctor port. doutor
Ex2: lat. conceptus port. conceito
Semicultismo
Restauração parcial
Ex1: lat. inimicum port. ant. enemigo port. at. inimigo
Ex2: lat. felicem port. ant. fiiz port. at. feliz.
Semicultismo
Composição híbrida
Ex1: port. auriverde
Ex2: rubro-negro
Ex3: bafômetro
Derivação híbrida
Semicultismo
Composição ou derivação “anômala” de elementos cultos
Ex1: lat. diminuere esp. disminuir
Ex2: lat. immotalis esp. inmortal
Ex3: commotio esp. conmoción
Semicultismo
Reanálise por etimologia popular
Ex1: lat. corporalis it. caporale
Ex2: lat. impedio port. impeço
Ex3: lat. impressa port. imprensa
Semicultismo
Empréstimo de semicultismo estrangeiro
Ex1: lat. societas fr. société ing. society.
Retroversão ou retroviagem de semicultismo
Ex1: fr. entrevue, “entrevista” ing. interviewfr. interview.
Semicultismo
Empréstimo de cultismo estrangeiro com reprodução gráfica dapronúncia original
Ex1: suecco staty “estátua” fr. statue
Semicultismo
Empréstimo de cultismo estrangeiro acompanhado de desinências
Ex1: fra. privé port. Prive
Ex2: fra. habitué port. habitue
Parada
Cultismo direto e indireto
Tradução de cultismo
Semicultismo
Metamorfismo
Empréstimo de cultismo estrangeiro acompanhado de desinências
Perguntas
1 Os estrangeirismos são como o
empréstimo de palavra de qualquer língua?
verdadeiro falso
falso
Perguntas
2 Os estrangeirismos são aqueles importados
juntamente com suas desinências originais, que se
incorporam ao radical na língua de chegada?
verdadeiro falso
verdadeiro
Perguntas
3 Os arabismos da Península Ibérica em sua maior
parte são adjetivos iniciados com o artigo árabe al.
verdadeiro falso
verdadeiro
Perguntas
3 Os arabismos da Península Ibérica em sua maior
parte são adjetivos iniciados com o artigo árabe al.
verdadeiro falso
verdadeiro
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Epônimos e compostos ou derivados de nomes próprios
Nomes dos criadores
Ex1: ampère Ampère
Ex2: macadame MacAdam
Ex3: gilete Gillette
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Siglas, seus compostos e derivados
“Muitas siglas são passíveis de lexicalização e chegam a teruma pronúncia silábica, enquanto outras permanecempronunciadas de modo soletrado” (BARBOSA, 1993).
Ex1: USP uspiano
Ex2: AIDS aidético
Ex3: PT petista
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Vocábulos formados de fractomorfemas
Ex1: port. prejuízo preju
Ex2: microcomputador micro
Ex3: vice-presidente vice
Ex4: ex-marido ex
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Neologismos fonológicos (ex nihilo ou onomatopaicos)
Ex1: miau miar
Ex2: zunzum zunzunar
Ex3: ziguezague ziguezaguear
Ex4: tilim tilintar
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Corruptelas
A corruptela pode ser a deformação acidental de umsignificante, estando assim em grande parte relacionada àetimologia popular:
Ex1: bicho no corpo inteiro bicho carpinteiro
Ex2: carro carango
Ex3: neurose neura
Ex4: ônibus busão
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Empréstimo não classificável
Palavras truncadas e dos compostos e derivados
Ex1: port. foto fr. photo
Ex2: port. cinema fr. cinéma
Ex3: port. informática fr. informatique
Ex4: port. metrô fr. métro.
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Inglês
Ex1: ing. motel (motor + hotel)
Ex2: ing. minissaia (tradução do fractocompostominiskirt
Neologismos fonológicos
Ex1: ing. zoom
Ex2: holandês - gás
Vocábulos inclassificáveis nas categorias anteriores
Composto ou derivado de não classificável importado
Formar um composto ou derivado nacional.
Ex1: ing. zap port. zapear
Referências
BASSETTO, Bruno Fregni. O léxico românico herança das línguas latinas ocidentais. CiFEFiL –Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos. Rio de Janeiro: CIFEFIL, ano 2008.
BIZZOCCHI, Aldo. Processos de formação lexical das línguas românicas e germânicas: uma novaperspectiva teórica. Revista Domínios de Lingu@gem. v. 7, n. 1 (jan./jun. 2013). p. 9-39. – ISSN 1980-5799.
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