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Construção de canteiros em comunidade muda vida de 23 famílias em Oeiras Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº1186 Novembro/2013 Oeiras Inaugurada há 13 anos a Associação Agrovila Boa Esperança, localizada na comunidade Fomento do município de Oeiras, possui 15 hectares de área cultivada, onde 23 mulheres trabalham diariamente no plantio de hortaliças, e conta com a ajuda de alguns homens na área irrigada. Segundo o presidente da Associação e agricultor, Francisco de Paula Sousa, atualmente o canteiro comunitário beneficia em média 60 pessoas. Ele lembra como começou as plantações e desabafa. “É bom poder ver o quanto a nossa horta cresceu. Antes aqui era apenas um pequeno canteiro sem irrigação e sem nada, tínhamos apenas uma pequena bomba d'água, uma vontade de plantar e só. Foi quando ganhamos o quite de irrigação e tudo mudou. Com ele, começamos a ter água mais a vontade para produzir e assim aumentar a nossa produção. Com isso podemos aumentar o número de pessoas que trabalhavam aqui” comemora o agricultor. Francisco, também explica sobre o processo de divisão de tarefa entre os agricultores e agricultoras que trabalham dentro do canteiro comunitário. Segundo o agricultor a horta, que não se trata de um trabalho muito pesado, fica exclusivamente para as mulheres cuidarem. Mas, quando se trata da parte irrigada, ele afirma que os homens tomam de conta pelo fato de ser um trabalho mais pesado e puxado. “A gente sabe que dividindo as tarefas fica mais fácil produzir, e é isso que temos feito aqui na nossa Associação” completa.

Construção de canteiros em comunidade muda vida de 23 famílias em Oeiras

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Page 1: Construção de canteiros em comunidade muda vida de 23 famílias em Oeiras

Construção de canteiros em comunidade

muda vida de 23 famílias em Oeiras

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº1186

Novembro/2013

Oeiras

Inaugurada há 13 anos a Associação Agrovila Boa Esperança, localizada na comunidade Fomento do município de Oeiras, possui 15 hectares de área cultivada, onde 23 mulheres trabalham diariamente no plantio de hortaliças, e conta com a ajuda de alguns homens na área irrigada.

Segundo o presidente da Associação e agricultor, Francisco de Paula Sousa, atualmente o canteiro comunitário beneficia em média 60 pessoas. Ele lembra como começou as plantações e desabafa. “É bom poder ver o quanto a nossa horta cresceu. Antes aqui era apenas um pequeno canteiro sem irrigação e sem nada, tínhamos apenas uma pequena bomba d'água, uma vontade de plantar e só. Foi quando ganhamos o quite de irrigação e tudo mudou. Com ele, começamos a ter água mais a vontade para produzir e assim aumentar a nossa produção. Com isso podemos aumentar o número de pessoas que trabalhavam aqui” comemora o agricultor.

Francisco, também explica sobre o processo de divisão de tarefa entre os agricultores e agricultoras que trabalham dentro do canteiro comunitário. Segundo o agricultor a horta, que não se trata de um trabalho muito pesado, fica exclusivamente para as mulheres cuidarem. Mas, quando se trata da parte irrigada, ele afirma que os homens tomam de conta pelo fato de ser um trabalho mais pesado e puxado. “A gente sabe que dividindo as tarefas fica mais fácil produzir, e é isso que temos feito aqui na nossa Associação” completa.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Piauí

Realização Apoio

Nos canteiros é plantado: alface, cheiro verde, cebola, cebolinha, coentro, pimenta, pimentão, couve, além de cultivar as plantas medicinais: capim santo, mastruz, erva cidreira, arruda e hortelã. E na parte irrigada os homens plantam a macaxeira, mandioca, milho, feijão, tomate, abóbora, melancia, uva e ainda criam porco, galinha, gado e peixe.

Para a mãe de família e agricultora, Maria da Conceição, trabalhar na horta tem sido muito gratificante. “Trabalho há muito tempo aqui e tem sido de grande ajuda na renda familiar. Além disso, trabalhar com a terra é uma boa terapia física e mental. É muito importante investir nessa área, eu garanto que você só terá bons resultados” e ainda acrescenta: “Cada mulher que trabalha aqui consegue uma renda base de R$ 500 reais, isso dentro de uma família com duas ou até mesmo três pessoas já ajuda bastante” conclui a agricultora.

Os agricultores e agricultoras, que trabalham na Associação Agrovila Boa Esperança, possuem horários flexíveis e alguns deles até contam com outras atividades fora da horta. Todos que fazem parte do projeto estão muito satisfeito com as mudanças que tem visto dentro da comunidade e afirmam que o trabalho feito por eles é de extrema importância para o desenvolvimento local.