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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Diretoria de Projetos Especiais Instituto de pesquisas Sócio-Pedagógicas CONSTRUINDO O CONHECIMENTO PELOS CAMINHOS DA AFETIVIDADE Por: Débora de Souza Moreira Orientada por: Prof. Mario Antônio Chaves Rio de Janeiro Fevereiro/2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais Instituto de pesquisas Sócio-Pedagógicas

CONSTRUINDO O CONHECIMENTO PELOS CAMINHOS DA AFETIVIDADE

Por: Débora de Souza Moreira

Orientada por: Prof. Mario Antônio Chaves

Rio de Janeiro Fevereiro/2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento

Diretoria de Projetos Especiais Instituto de pesquisas Sócio-Pedagógicas

CONSTRUINDO O CONHECIMENTO PELOS CAMINHOS DA AFETIVIDADE

Por: Débora de Souza Moreira

Orientada por: Prof. Mario Antônio Chaves

Trabalho Monográfico apresentado à Universidade Cândido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau de especialidade em

Supervisão Escolar

Rio de Janeiro Fevereiro/2002

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Agradecimentos

Agradeço a Deus, que me deu a vida, À minha mãe, que embora já não esteja entre nós,

terá sempre meu eterno amor. A meu esposo e filha, por serem tão especiais para mim.

Aos professores do curso, por dividirem e socializarem seus conhecimentos.

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“Para permanecer vivo, educando a paixão, desejos

de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem. Medo e coragem em ousar.

Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente. Medo e coragem em assumir a educação desse drama, cujos personagens são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de morte e vida) é lidar com esses dois ingredientes cotidianamente, por meio da

nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais, outros menos, em outros anestesiada)

e desejar, sonhar, imaginar e criar. Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos: na busca permanente da alegria, da esperança,

do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa, da felicidade a que todos temos direito.

Este é o drama de permanecer VIVO ... fazendo educação !

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RESUMO

Este trabalho buscou investigar como ocorre a aquisição de

conhecimento pelos caminhos da afetividade, num contexto educacional de

Ensino Fundamental. Tendo como palco uma turma de 2a. série cujos alunos

são em maioria repetentes.

Esta proposta de investigação, levantou questões como: a formação do

ser crítico-transformador, o respeito as diferenças, o estímulo a auto-estima e

as contribuições do conhecimento na prática de uma educação libertadora e

afetiva.

A aprendizagem que se apresentou, encontra aspectos positivos e

necessidade de aprofundar os questionamentos no desejo de transpor alguns

obstáculos ainda existentes.

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SUMÁRIO Introdução..........................................................................................................01 Capítulo I – Explosão de Cidadania...................................................................05

1.1 – O Projeto Político-Pedagógico........................................................05 1.2 - O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Prof. Odyla

Couto..................................................................................................06 1.2.1 – Apresentação....................................................................07 1.2.2 - Identificação.....................................................................07 1.2.2.A – Localização.....................................................................07 1.2.2.B – Estrutura e Funcionamento.............................................08 1.2.2.C – Características do Corpo Discente.................................08 1.2.3 – Marco Situacional – Explosão de Cidadania....................09 1.2.4 - Marco Doutrinal................................................................10 1.2.5 - Marco Operativo...............................................................11 1.2.6 Diagnóstico..........................................................................12 1.2.7 Programação.......................................................................13

Capítulo II – Competências e Habilidades.........................................................15 2.1 – O que é Competência no Contexto Educacional............................17 Capítulo III – A Inteligência................................................................................20 Conclusão..........................................................................................................23 Bibliografia.........................................................................................................25 Anexos...............................................................................................................26

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INTRODUÇÃO

“A questão não é gerenciar o educador. É necessário acordá-lo. E, para acordá-

lo, uma experiência de amor é necessária. Já sei a pergunta que me

aguarda: - E qual é a receita para a experiência de amor, de paixão? Como

se administram tais coisas? E aí eu tenho de ficar em silêncio, porque não

tenho resposta alguma.” Muito se tem discutido, recentemente acerca de processos educativos.

Discutir educação significa ter em foco atores e metodologias. Compreender o modelo estrutural das unidades educacionais que primam pela exclusão que é, certamente, uma reprodução da sociedade vigente.

Através do projeto político pedagógico, onde estão embasadas as atividades realizadas na instituição, a de se compreender sua filosofia de trabalho, qual o seu enfoque principal, que tipo de cidadão pressupõe formar.

Nesta relação escola/educação é de fundamental importância priorizar o aluno como um todo: pessoal, emocional, espiritual, intelectual, buscar conhecer suas habilidades e competências, o seu potencial, sua inteligência e também as dificuldades, temores e barreiras que o aprisionam.

É relevante mencionar que esta dissertação está embasada no cotidiano da Escola Estadual Odyla do Couto. Considerada de fundamental importância para o estabelecimento de ensino em questão, que compreende o respeito entre as pessoas, a união, a solidariedade e muitas outras atitudes, que transformam o homem em um ser consciente de seus direitos e deveres, como um exercício constante de cidadania, e ao perceber que essas atitudes, tão importantes para fortalecerem as relações entre as pessoas estão se

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degradando, conta com a contribuição desta pesquisa para a melhoria da qualidade de ensino, bem como das relações interpessoais. Este trabalho busca investigar o processo de construção do conhecimento, e o resgate da cidadania de uma turma de 2a. série do Ensino Fundamental, cujo corpo discente é formado basicamente por alunos repetentes, salvo algumas exceções. Conceber educação como elemento de transformação capaz de mover com as engrenagens da sociedade, criando cidadãos conscientes, críticos, capazes de tomar decisões e atuar na busca de soluções para as questões que se apresentam, nesse contexto, significa redimensionar a prática pedagógica de modo que afete docente e discente num processo de integração no qual possam interagir pelos caminhos da afetividade, sendo essa compreendida como: respeito, carinho, amizade, admiração e sentimentos que a esses se assemelhem. Crer em um processo educativo que conduza a libertação é transgredir, romper com a tradição, deixar-se conduzir pelo desejo de acertar. A observação torna-se um instrumento importante no momento de definir o caminho a ser percorrido e a sensibilidade, de igual valor, no momento de redefinir a trajetória. É neste conjunto de atividades que poderiam transformar o mundo, chamado prática educativa, neste todo de domínio moral e intelectual, que o profissional da educação administra participativamente saberes e diversas modalidades de inteligências, interfere no processo fazendo aflorar situações que exijam raciocínio, criatividade, iniciativa, capacidade para formular e reformular situações-problema proporcionando condições que favoreçam ao educando estar em sintonia com o mundo. Acreditando que a escola, lugar onde se deve ampliar o conhecimento e as relações humanas, desenvolve, ou deveria desenvolver, um papel de destaque no despertar da consciência e na formação de cidadãos autônomos, voltaremos a nossa atenção para a práxis pedagógica visando localizar os pontos de ruptura entre a teoria e a prática educacional, neste universo de educadores e educandos que interagindo contribuem para formar uma sociedade mais justa. O primeiro capítulo foi norteado basicamente pelas informações contidas no projeto político-pedagógico da escola, a fim de proporcionar ao leitor uma visão mais ampla acerca do seu modo de pensar e agir. Em seguida o segundo capítulo tratou das competências e habilidades, seguido pelo terceiro capítulo que aborda a questão da inteligência, questões que estão intrinsicamente ligadas. Finalmente procurou-se apontar algumas conclusões possíveis e levantar questões que merecem ser examinadas em estudos futuros.

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CAPÍTULO I – Explosão de Cidadania

1.1– O Projeto Político-Pedagógico

“A prática de pensar é a melhor maneira de pensar certo.” (Paulo Freire, Revista Educação e Sociedade, n.1, p.65)

Atualmente, observa-se que, dentre os inúmeros motivos que

enfraquecia a ação pedagógica planejada, era a existência dos planejadores,

executores e avaliadores. Três grupos distintos que exerciam funções

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diferentes. Um pequeno grupo planejando, enquanto o grupo maior executava

ineficazmente as atividades propostas.

O projeto político-pedagógico tem sido então uma poderosa ferramenta

de cunho democrático, pois a sua confecção estende-se a participação de toda

comunidade escolar, onde os planejadores são os executores e

conseqüentemente os avaliadores do andamento do programa.

Sendo assim, ele reflete a maneira de pensar e agir da coletividade,

definindo prioridades e refletindo o compromisso assumido pelos sujeitos que

nele interagem, orientando-lhes a ação, podendo ser entendido como a

sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo.

O projeto político-pedagógico é composto, basicamente, de três grandes

partes, articuladas entre si: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação. O

Marco Referencial é constituído pelo Marco Situacional, Marco Doutrinal e

Marco Operativo. O Marco Situacional retrata o posicionamento do grupo em

relação ao mundo atual, é uma visão da realidade global. O Marco Doutrinal

demonstra a pretensão que tem o grupo em relação ao Marco Situacional,

expondo o que se pretende alcançar frente à situação atual. O Marco Operativo

define a direção a ser tomada para atingir os ideais políticos e pedagógicos

almejados. Já o Diagnóstico funciona como unidade de medida, pois através

dele visualiza-se a que distância está o desejado da realidade. Na

Programação serão traçados objetivos, políticas e estratégias, prioridades e

demais instrumentos de execução.

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1.2 – O Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual

Professora Odyla do Couto

Tendo em vista os aspectos observados no projeto político-pedagógico,

retrataremos aqui, de modo global, seus enfoques principais, dando margem

para a compreensão da filosofia de trabalho da instituição, que de modo

participativo tem se esmerado para formular um projeto que, ainda em

construção, reflita os desejos e anseios de docentes, discentes e demais

envolvidos.

1.2.1 – Apresentação

Em sua apresentação o projeto deixa clara a sua natureza participativa e

democrática, embora, tenha como finalidade orientar a conduta escolar e o

fazer pedagógico para que sejam alcançados os objetivos propostos.

Participam da formulação do projeto alunos, pais, mestres e funcionários.

Uma das características da escola é que a direção procura manter um

relacionamento aberto com a comunidade, que atua de forma significativa na

elaboração e execução do projeto político-pedagógico da escola, nas

culminâncias e nas demais comemorações do ano letivo.

1.2.2 - Identificação

1.2.2.A – Localização

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A Escola Estadual 181821 Professora Odyla do Couto pertencente à

Coordenadoria Metropolitana XI, situada na Rua Doutor Rubens Farrula, nº 41,

no bairro de Vila Rosali, no município de São João de Meriti, no estado do Rio

de Janeiro, funciona desde 1968.

1.2.2.B – Estrutura e Funcionamento

A escola funciona em dois turnos, atendendo a comunidade da 2a. à 7a.

série. Este é o último ano que a escola terá em seu quadro uma turma de

segunda série. O primeiro segmento do Ensino Fundamental está, aos poucos,

sendo extinto, dando lugar as turmas do segundo. Possui cinco salas de aula,

um refeitório, pequeno pátio coberto, uma quadra pequena, seis banheiros para

alunos, um banheiro para professores e funcionários, uma sala de professores,

uma cozinha, uma secretaria, um gabinete da direção e dispensa. As

dependências estão em bom estado de conservação e recebem diariamente,

em média, 400 alunos.

A organização curricular de ensino, se constitui em ciclos de formação e

regime de seriação. Conta com vinte professores regentes, uma diretora geral,

uma adjunta, quatro professores na equipe técnico-pedagógica, uma secretaria

e dez profissionais na equipe de apoio. Seu modo de avaliar é quantificável

seguido de relatório, podendo haver retenção de alunos de um ciclo para o

outro.

1.2.2.C – Características do Corpo Discente

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A clientela recebida na escola é oriunda da própria comunidade e

adjacências, pertencentes ao próprio município. Em geral, residem nas

proximidades, assim como vários professores e funcionários; o que aproxima e

identifica com mais facilidade escola e comunidade.

A escola é procurada pelos pais porque vêem nela uma forma de

preparação para o futuro das crianças, um lugar onde seus filhos podem ficar

para que os responsáveis possam trabalhar e por ser próxima às suas

residências. Um grande número de alunos sofrem a ausência de Zeus pais

durante o dia, por se tratar de uma comunidade cujo perfil sócio-econômico

das famílias é de baixa renda.

1.2.3 – Marco Situacional – Explosão de Cidadania

Acreditando que educar não é uma tarefa simples, envolve muita

responsabilidade, escolhas e até mesmo apostas no sentido de inovar

conscientemente, perpassando pelo questionamento a respeito da sociedade

em que estamos vivendo e portanto que ajudamos a formar.

Nesta perspectiva, a finalidade da proposta é contribuir para a

conscientização do aluno, abordando princípios que despertem sua

participação no problema e sua co-responsabilidade na solução do mesmo.

A escola tem, então, a intenção de desenvolver os valores éticos,

humanitários, políticos e religiosos para a formação do aluno enquanto

indivíduo inserido na sociedade, com o objetivo de contribuir na formação de

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um cidadão crítico, consciente, capaz de ter autonomia nas suas decisões

diante de situações-problema.

Neste sentido, a construção do processo prevê a participação ativa e

responsável do alunado na construção do próprio processo, onde as instruções

do professor não serão priorizadas em relação a ação dos alunos. É a própria

ação dos alunos que consolidará o projeto.

1.2.4 - Marco Doutrinal

“Nunca acreditei em verdades únicas. Nem nas

minhas, nem nas dos outros. Acredito que todas

As escolas, todas as teorias podem ser úteis em

algum lugar, num determinado momento. Mas

descobri que é impossível viver sem uma

apaixonada e absoluta identificação com um ponto

de vista. No entanto, à medida que o tempo passa,

e nós mudamos, e o mundo se modifica, os

alvos variam e o ponto de vista se desloca. Num

retrospecto de muitos anos de ensaios publicados

e idéias proferidas em vários lugares, em tantas

ocasiões diferentes, uma coisa me impressiona

por sua consistência. Para que um ponto de

vista seja útil, temos que assumi-lo totalmente e

defendê-lo até a morte. Mas, ao mesmo tempo,

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uma voz interior nos sussurra: ’Não o leve muito

a sério. Mantenha-o firmemente, abandone-o sem

constrangimento.’ “

(Peter Block)

Aprender a aprender, eis aí o grande pilar sobre o qual foi embasado o Marco Doutrinal desta proposta de trabalho, docentes e discentes envolvidos

pelo desejo de aprender, o ensino só é efetivo onde existe aprendizagem.

“O que dá vida a uma escola? Seria o projeto educativo?

Não podemos ter esta ilusão. São as pessoas, os sujeitos

que historicamente assumem a construção de uma prática

libertadora, transformadora.“

(Vasconcellos, p.144, 1995)

A sensibilidade é uma característica imprescindível a nós, educadores. É

com ela que tentamos conhecer melhor nossos alunos para atuarmos como

educadores. É com essa mesma sensibilidade que tentamos adequar, ao

máximo, o planejamento à turma, as suas necessidades e aos seus desejos.

Essa sensibilidade, então, vai permitir maior exatidão no nosso trabalho. Vai

nos permitir perceber o que está diante de nós e que, muitas vezes, não

vemos.

Com esse posicionamento, busca-se sempre a qualidade do ensino,

pois, é proporcionado ao aluno uma aprendizagem significativa, global e

verdadeira. É proporcionado o desafio mor da educação brasileira que é o

ensinar a aprender, o aprender a aprender.

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1.2.5 – Marco Operativo

Ninguém está satisfeito com a educação que temos, sonhamos e

idealizamos uma educação diferente, onde o ideal projetado é a conquista da

liberdade e da autonomia. O rumo que a escola deve seguir para atingir a

educação que deseja deve pressupor uma interação mais visível com o mundo

real para que as pessoas possam, com mais profundidade, exercer a cidadania

que elas próprias constroem dentro de si.

As várias bases teóricas que orientam a elaboração dos

Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para a necessidade imperiosa de

que o conhecimento seja trabalhado de uma maneira conjugada, mostrando

claramente que nenhuma das disciplinas que compõe o currículo escolar dá

conta, isoladamente, do conhecimento real, que cativa independente das

partições artificiais elaboradas pelo homem. Por isso, é fundamental partirmos

do pressuposto de que a dimensão interdisciplinar do projeto objetiva, portanto,

redimensionar a abordagem metodológica do ensino,procurando articular as

várias áreas do conhecimento, que só assim pode ser efetivamente

compreendida pelas crianças. Esta abordagem facilita a compreensão e, por

isso, torna mais forte a possibilidade de tomada de consciência.

1.2.6 - Diagnóstico

A partir da análise dos dados obtidos com um questionário de

sondagem, da observação direta da realidade da Escola Estadual Professora

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Odyla do Couto e, após discussão e reflexão do grupo, pudemos constatar que

as maiores necessidades da comunidade escolar em questão, atualmente,

podem ser identificadas através dos aspectos que serão apresentados.

A impossibilidade dos alunos de realizarem suas tarefas sozinhos.

A interação do corpo docente, equipe técnico-administrativa e a equipe

de apoio são fundamentais para a conquista de um trabalho que se integre a

dinâmica social.

Valorização da eqüidade, restabelecendo a igualdade e respeito as

diferenças.

A fragmentação na construção dos conceitos por parte dos profissionais

de ensino.

Oferta a todos os profissionais de cursos de capacitação que propiciem

o crescimento profissional, intelectual e pessoal.

Explosão de cidadania é um projeto político-pedagógico elaborado em

cima destas questões que se apresentam, mas que a escola ainda não deu

conta de abranda-las e que, por isso, continuará a enfrenta-las de maneira

direta, questionando-as mais profundamente e procurando, através de

estratégias mais eficazes, sensibilizar a comunidade escolar de tal forma que

este quadro posa ser revertido.

1.2.7 - Programação

O projeto político-pedagógico explosão de cidadania da Escola Estadual

Professora Odyla do Couto, uma agência dedicada exclusivamente à

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educação, que mantém claros os seus objetivos e sua filosofia, um projeto em

andamento, em fase de reestruturação, que possui uma longa história

buscando:

X Formar os alunos de maneira global, valorizando todos os seus

talentos e possibilidades.

X Formar alunos que tenham compromisso de educação consigo, com

os outros e com o que é público.

X Garantir uma formação crítica e questionadora, utilizando a

informação como um dos instrumentos de mudança da sociedade.

X Trabalhar de forma humana para investir no futuro cidadão: fraterno,

justo e solidário.

Segundo essa linha filosófica acreditamos que perseguimos um trabalho

participativo e solidário onde a interação escola-realidade global tem seu ponto

culminante para uma escola coerente e bem sucedida.

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CAPÍTULO II – Competências e Habilidades Conhecendo o perfil da comunidade escolar onde foi realizado este

trabalho d pesquisa, nos reportaremos agora as questões que estão

diretamente ligadas a ele, manteremos a atenção voltada para os alunos da

turma de 2a. série (201), que estudam em uma instituição que acredita em

projetos participativos, comunidade escolar crítica e consciente, autonomia,

construção do conhecimento, eqüidade, respeito as diferenças e valorização

dos talentos e possibilidades.

Sabendo-se que o processo de reconstrução do projeto encontra-se em

andamento, é compreensível constatar que uma turma de segundo ano seja

formada basicamente por alunos repetentes; visto que, quando se educa para

transformar, um dos maiores desafios é conquistar o maior número possível de

parceiros nesta luta.

E quando falamos em educar, não estamos nos referindo a controle de

disciplina, mas a algo muito mais amplo do que ter a turma sentada,

comportada, recebendo informações para tas quais não encontre nenhuma

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aplicabilidade. Estou falando, sim, do olhar amoroso do professor, que quer

ajudar valorizando as competências, habilidades e inteligências de cada

discente.

Tendo uma clientela que varia em idade de 7 à 14 anos e alunos com

convicção cristalizada que são incapazes de ler, escrever ou mesmo realizar

cálculos matemáticos. Uma turma como esta, formada por uma maioria de

excluídos por uma educação quantitativa e uma avaliação classificatória, grita

por uma educação libertadora.

Comprometer-se com uma prática pedagógica que respeite e

desenvolva competências e habilidades, pressupõe um professor que não se

limite ao papel de transmissor de conteúdos. Questionador, dado a reflexões,

consciente da defasagem escola/mudanças sociais, com uma grande dose de

sensibilidade para perceber esses alunos como produto da prática educacional,

que em grande parte está ligada a uma educação bancária.

Deslocar o foco das atenções dos conteúdos disciplinares para os

alunos, partindo das suas vivências, competências e habilidades já

construídas, torna-se o caminho mais viável para construção de conteúdos e

valores significativos para o educando, levado a refletir sobre si mesmo e as

relações sociais que norteiam suas vivências, pretendendo, assim, formar

cidadãos que saibam articular fatos e conseqüências e posicionar-se diante

deles.

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Diante desta situação a reconstrução da prática educacional é

imprescindível, onde as atividades desenvolvidas proporcionem vivências que

preparem para um mundo globalizado, e portanto, diversificado, o programa do

professor deve ter sentido na vida, ao invés de ser um acúmulo de conteúdos a

serviço da aprovação ou reprovação.

Quando assumimos as mudanças ocorridas no campo didático, na forma

de conceber educação, a avaliação da práxis ultrapassa o modelo padronizado,

onde todos são quantificados e classificados a partir de um mesmo ponto de

vista, a saber, o acúmulo quantitativo de informações retidas. A avaliação

passa a ser participativa, onde professor e aluno avaliam a que distância estão

do ponto de partida, avanços e obstáculos são avaliados na busca da

superação das dificuldades, facilitando a caminhada na construção das

competências e habilidades.

Desenvolver uma proposta que trabalhe competências e habilidades é

deixar expresso que o aluno é o centro do processo, o programa não é

importante, mas sim o desenvolvimento das competências, a análise das

dificuldades encontradas pelo discente levará o professor a traçar novos

percursos possibilitando o prosseguir.

2.1 – O que é Competência no Contexto Educacional

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No documento básico referente ao Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM):

“As competências são associadas a modalidades

estruturais da inteligência ou a ações e operações

que utilizamos para estabelecer relações com e

entre objetos, situações, fenômenos e pessoas.”

Marise Ramos (2001) afirma que:

“A competência associa-se à conjugação dos

diversos saberes mobilizados pelo indivíduo (saber,

saber-fazer e saber-ser) na realização de uma

atividade. Ela faz apelo não somente aos seus

conhecimentos formais, mas à toda gama de

aprendizagens interiorizadas nas experiências

vividas, que constituiriam sua própria subjetividade.”

Nas duas definições sobre competência observamos que o indivíduo é o

centro do desenvolvimento, de onde parte a estrutura que constrói a

competência, que segundo Marise Ramos é a conjugação dos diversos

saberes mobilizados pelo indivíduo. O saber formalizado, conhecimentos

produzidos pela sociedade no decorrer dos anos que fundamentam a ação das

pessoas, como indivíduos e como profissionais. O saber fazer, pois é na prática

d determinadas habilidades que a competência vai sendo construída. O saber

ser, pois é no meio social que os saberes articulados, formalizados e

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consolidados pelo indivíduo em forma de competências sofrem a aceitabilidade

segundo o regulamento social.

Já a habilidade representa o saber-fazer, é através dela que o educador

consegue analisar a construção da competência, pode ser considerada como a

parte visível deste complexo processo de conjugação e articulação dos

saberes.

Segundo esta linha de pensamento, visando valorizar, principalmente as

competências e habilidades já construídas, na tentativa de resgatar a auto-

estima e segurança dos alunos da turma 201, prosseguimos centralizando os

alunos e participativamente criando alternativas para a superação das

dificuldades, na construção das competências e desenvolvimento das

habilidades.

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CAPÍTULO III - A Inteligência Quando nos propomos a realizar um trabalho com uma turma cuja auto-

estima está fortemente abalada, não devemos desprezar seus conhecimentos

e sua criatividade, antes os usaremos como ponto de partida para o

desenvolvimento das aulas, fazendo com que o aluno se sinta capaz e seguro

o suficiente para expor suas idéias.

Necessário se faz, neste momento, compreendermos que não temos

domínio sobre o destino de nossos alunos, suas opções e oportunidades

futuras, podemos estar falando ao mesmo tempo com futuros médicos,

jogadores de futebol, músicos, advogados, jornalistas, professores, operários,

empresários, e muitas outras opções que podem circundar a vida humana,

então trabalhemos em uma perspectiva individual, onde cada inteligência seja

estimulada.

Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa do Ministério da

Educação e Desporto, inteligência é, “faculdade de compreender e aptidão

para captar as relações.” Sendo uma operação que se realiza no cérebro,

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através da qual buscamos soluções para os problemas que se apresentam e

escolhemos a que nos é mais viável.

Quando trabalhamos inteligência como uma competência individual, que

responde de acordo com as problematizações do meio e respeitamos

diferentes respostas para a mesma situação apresentada, desde que seja

satisfatória, os alunos se sentem competentes e, portanto, estimulados a

aprofundar-se mais.

Apresentaremos um quadro retirado do livro: As Inteligências Múltiplas e

Seus Estímulos, de Celso Antunes, baseado no estudo de neurobiológicos a

respeito do que chamam de sinapses “a relação de contato entre células

nervosas cerebrais”, que procura mostrar os períodos de maior abertura do que

chamaram de “janelas de oportunidades”.

Observe a seguir o quadro que destaca os períodos de maior abertura de

cada uma das janelas conhecidas:

INTELIGÊNCIAS ABERTURA DA JANELA

O QUE ACONTECE NO CÉREBRO

QUE “GINÁSTICAS” DESENVOLVER

Espacial (lado direito)

Dos 5 aos 10 anos

Regulação do sentido de lateralidade e direcionalidade. Aperfeiçoamento da coordenação motora e a percepção do corpo no espaço.

Exercícios físicos e jogos operatórios que explorem a noção de direita, esquerda, em cima, em baixo. Natação, judô e alfabetização cartográfica.

Lingüistíca ou Verbal (lado esquerdo)

Do nascimento aos 10 anos

Conexão dos circuitos que transformam os sons em palavras.

As crianças precisam ouvir muitas palavras novas, participar de conversas estimulantes, construir com palavras imagens sobre composição com objetos, aprender, quando possível, uma língua estrangeira.

INTELIGÊNCIAS ABERTURA DA JANELA

O QUE ACONTECE NO CÉREBRO

QUE “GINÁSTICAS” DESENVOLVER

Sonora ou Musical (lado direito)

Dos 3 aos 10 anos

As áreas do cérebro ligadas aos movimentos dos dedos da mão esquerda, são muito sensíveis e facilitam a

Cantar junto com a criança e brincar de “aprender a ouvir” a musicalidade dos sons naturais e das palavras são estímulos importantes, como

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execução de instrumentos de corda

também habituar-se a deixar um som de CD no aparelho de som, com música suave, quando a criança estiver comendo, brincando ou mesmo dormindo.

Cinestésica Corporal (lado esquerdo)

Do nascimento aos 5 / 6 anos

Desenvolver brincadeiras que estimulem o tato, o paladar e o olfato. Simular situações de mímica e brincar com a interpretação dos movimentos. Promover jogos e atividades motoras diversas.

INTELIGÊNCIAS E HABILIDADES

ABERTURA DA JANELA

O QUE ACONTECE NO CÉREBRO

QUE “GINÁSTICAS” DESENVOLVER

Pessoais (Intra e Interpessoal) (Lobo frontal)

Do nascimento a puberdade

Os circuitos do sistema límbico começam a se conectar e se mostram muito sensíveis a estímulos provocados por outras pessoas.

Abraçar a criança carinhosamente, brincar bastante. Compartilhar de sua admiração pelas descobertas. Mimos e estímulos na dosagem e na hora corretas são importantes.

Lógico-matemática (Lobos parietais esquerdos)

De 1 aos 10 anos O conhecimento matemático deriva inicialmente das ações da criança sobre os objetos do mundo (berço, chupeta, chocalho) e evolui para suas expectativas sobre como esses objetos se comportarão em outras circunstâncias.

Acompanhar com atenção a evolução das funções motoras. Exercícios com atividades sonoras que aprimorem o raciocínio lógico-matemático. Estimular desenhos e facilitar a descoberta das escalas presentes em todas as fotos e desenhos mostrados.

Baseado neste estudo, compreendemos melhor porque alguns alunos

demonstram maiores dificuldades, e não impossibilidades, para desenvolver

determinadas competências.

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CONCLUSÃO Em virtude dos fatos mencionados tratarem não só de um trabalho de

pesquisa, mas também de uma intervenção pedagógica explicitaremos os fatos

que presenciamos mediante ao resultado.

Olhar a diferença com indiferença é sem dúvida uma das diversas

formas de exclusão social, a mudança de olhar do professor em relação a

diferença foi um dos pontos principais para os sucessos que foram alcançados.

Desenvolver uma práxis que buscasse a construção do conhecimento pelos

caminhos da afetividade implicava na mudança de postura do professor, que se

deu mediante ao conhecimento acerca de planejamento, cidadania,

inteligência, competência, opressão, auto-estima e demais leituras necessárias

a compreensão da necessidade de realizar um trabalho que possibilitasse a

todos oportunidades de crescimento intelectual, pessoal, emocional e espiritual,

em busca de uma sociedade mais humana, justa e igualitária.

As conclusões que chegamos em relação aos alunos foram

surpreendentes, alunos considerados incapazes de desenvolver raciocínio

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lógico-matemático, após recuperarem a auto-estima, resolviam situações-

problema com relativa facilidade.

Alunos faltosos passaram a ser assíduos mediante a valorização de

suas competências e habilidades, o que os levou a desenvolver desafios cada

vez maiores obtendo bons resultados. Alunos, por vezes, desatentos se

propunham espontaneamente a solucionar novos desafios.

Passo a passo, o conhecimento tornava-se a realidade de um sonho que

busca a transformação social, partilhando da crença em um saber que se

constrói e reconstrói a cada momento da vida. Ganhamos a maior parte das

nossas apostas pedagógicas, mas não todas.

O ponto de maior entrave foi o desenvolvimento das competências e

habilidades referentes a leitura e a escrita, motivo pelo qual pretendemos

continuar esta pesquisa, acompanhando a mesma turma que foi aprovada em

sua totalidade, porém com outro professor, com o qual buscaremos parceria,

para o aprofundamento do conhecer e experimentar caminhos que levem ao

sucesso na construção das competências e habilidades através da inteligência.

A busca pelo conhecimento, através de um ensino de qualidade que visa

formar cidadãos autônomos e competentes, é, a melhor resposta frente as

transformações sociais e econômicas que permeiam a nossa sociedade.

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