Upload
case670
View
60
Download
8
Embed Size (px)
DESCRIPTION
contabilidade teoria
Citation preview
CONTABILIDADE
Prof. Casé Castro
Carlos Castro
(Esp. Direito Tributário)
Prof. Mat. Financeira, Contabilidade, Economia.
Prof. Casé [email protected]
Ago/2011
1. Ferreira, Ricardo J. - Contabilidade Básica 8ª ed. Ed. Ferreira
2. Ribeiro, Osni Moura – Contabilidade Básica Fácil 27ª ed. Ed.Saraiva.
3. Ferrari, Ed Luiz - Contabilidade Geral - 10ª Ed. – Ed. Impetus
4. Lei 6.404/76 - 11.638/07 - 11.941/09 (MP449/08)
Pré-história: 8.000 a.C. até 1.202 d.C. (empirismo,
conhecimento superficial): experiências e práticas
vividas pelas civilizações do mundo antigo,
destacando-se os estudos sumérios, babilônios,
egípcios, chineses e romanos.
Idade Média: 1.202 d.C., com a obra “Leibe
Abaci”, de Leonardo Fibonacci: período de
sistematização dos registros.
História da Contabilidade
História da Contabilidade
Idade Moderna: 1494, com a publicação da obra “Tratatus
Particularis de Computis et Scripturis” (Tratado Particular
de Conta e Escrituração), do frei e matemático Luca
Paccioli, em Veneza, onde este fez o estudo sobre o
método das “Partidas Dobradas”, tornando-se um marco
na evolução contábil.
Idade Contemporânea: do século XVIII, é o período
científico da Contabilidade, quando esta deixa de ser
mera “arte” para tornar-se “ciência”. A partir daí surgiram
várias doutrinas contábeis, como: Contista, Controlista,
Personalista, Aziendalista e Patrimonialista.
História da ContabilidadeContista: define a Contabilidade como a ciência das contas.
Controlista: limita a Contabilidade em função do controle
das entidades.
Personalista: enfatiza a relação jurídica entre as pessoas
como objetivo da Contabilidade.
Aziendalista: define a Contabilidade como a ciência da
administração da entidade.
Patrimonialista: define a Contabilidade como a ciência que
estuda o patrimônio.
Conceito de Contabilidade
A palavra contabilidade deriva do latim
computare (contar, computar, calcular).
Conceito de ContabilidadeA contabilidade exige sua divisão em duas áreas:
Contabilidade
Teórica
Contabilidade
Prática
Conceito de Contabilidade
Contabilidade Teórica: define a contabilidade como
teoria estabelecendo princípios e regras de conduta a
serem seguidas pelos profissionais da contabilidade,
com o objetivo de aprimorar e uniformizar os
procedimentos por eles adotados.
Conceito de Contabilidade
Contabilidade Prática: envolve o uso de técnicas ou
procedimentos por meio dos quais a Contabilidade
Teórica e seus princípios são postos em prática.
Conceito de ContabilidadeCiência que estuda e pratica as funções de
orientação, de controle e de registro dos atos e fatos
de uma administração econômica. (1º Cong.
Contabilidade/1924)
Atos Administrativos: qualquer negócio realizado
pela administração que não altere o patrimônio. Ex.:
ser fiadora em um contrato de aluguel.
Fatos Administrativos: qualquer negócio realizado
pela administração que altere o patrimônio.
Conceito de Contabilidade
Contabilidade é, objetivamente, um sistema de
informações e avaliação destinado a prover seus
usuários com demonstrações e análises de natureza
econômica, financeira, física e de produtividade,
com relação à entidade objeto da contabilização
(Pronunciamento IBRACON/96)
Conceito de Contabilidade
É a ciência que estuda a formação e variação do
Patrimônio
É a ciência que estuda, registra e controla o
Patrimônio das Entidades com fins lucrativos ou
não.
Instrumento de informações para a tomada de
decisões dentro e fora da empresa.
Conceito de Contabilidade
Conceito de Contabilidade
Contabilidade
(Ciência)
Função Administrativa
Controlar o Patrimônio
Função Econômica
Apurar o Lucro ou Prejuízo
(Apurar o Rédito)
Conceito de Contabilidade
Campo de Aplicação
O campo de aplicação da Contabilidade se estende a
todas as entidades que possuem patrimônio, sejam
físicas ou jurídicas, de fins lucrativos ou não. Tais
entidades são unidades econômico-administrativas,
cujos objetivos podem ser social e/ou econômicos.
Azienda = Patrimônio + Gestão
Conceito de Contabilidade
Gestão: é o ato de administrar, de gerir osbens,direitos e obrigações, além dosrecursos humanos
Apesar de o patrimônio poder ter comotitular pessoa física ou jurídica,trataremos quase que exclusivamente dasjurídicas, especialmente das que têmfinalidade lucrativa: as sociedadesempresárias.
Usuários da Contabilidade
Contabilidade
Administradores
Bancos
Sócios
Governo
Fornecedores
Funcionários
Usuários da Contabilidade
Os administradores necessitam de informações
contábeis para melhor desempenhar as funções de
gestão do patrimônio, com isso, planejando, e
tomando melhores decisões.
A contabilidade pode informar ao administrador
qual é o produto mais rentável, quanto custa
produzir um bem ou serviço qual será o resultado
provável num determinado nível de produção.
Usuários da Contabilidade
Uma das principais preocupações da legislação que
rege as sociedades anônimas é a proteção aos
acionistas não controladores.
Os controladores têm o poder de nomear os
administradores, que irão agir de acordo com os
interesses daqueles.
Com base nesta ótica, a Lei das Sociedades por
Ações exige das sociedades anônimas a elaboração e
publicação de certos demonstrativos.
Usuários da Contabilidade
Em relação ao público externo, os bancos,
fornecedores e financiadores em geral querem
saber se a empresa apresenta situação econômico-
financeira que lhe permita assumir e saldar dívidas;
Os clientes precisam verificar se ela tem condições
de realizar adequadamente o fornecimento de bens
ou serviços;
O governo deve fiscalizar se o pagamento dos
tributos está sendo feito da maneira correta.
Tributos
Art. 3º (CTN) Tributo é toda prestação
pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente
vinculada.
Tributos
TRIBUTO
Pecuniária
Compulsória
Moeda
Sanção
Lei
Cobrada
TributosESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Para o CTN: Art 5°
Para o STF, (CF): Art. 145, 149 e 149-A
Impostos Taxas
Contribuição
de
Melhoria
Impostos Taxas
Contribuição
de
Melhoria
Empréstimos
Compulsórios
Contribuição
Art. 149 e 149-A
Impostos
Imposto Importação (União) Art. 153, I
Fato Gerador: Entrada demercadoria estrangeira emterritório nacional
Anterioridade – Não
Noventena - Não
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
Impostos
União
II ICE
IE ICE
IR IRP
IPI IPC
IOF IPC
ITR IRP
IGF IRP
Estados
ICMS IPC
IPVA IRP
ITCM IRP
Municípios
IPTU IRP
ISS IPC
ITBI IRP
Identificação dos Aspectos Patrimoniais
A identificação dos elementos que compõem o patrimônio
(bens, direitos e obrigações) diz respeito ao seu aspecto
qualitativo. Já a mensuração desses elementos, a sua
identificação em valores monetários, é relativa ao aspecto
quantitativo.
A contabilidade se ocupa dos dois aspectos: da
identificação dos elementos patrimoniais (aspecto
qualitativo) e da mensuração, da indicação do valor em
moeda desses elementos (aspecto quantitativo).
Ramos da Contabilidade
Contabilidade
Bancária
Custos
Pública
Geral
Seguros
Auditoria
Ramos da Contabilidade
Diversos ramos de atividade:
Comercial
Industrial
Pública
Bancária
Hospitalar
Agropecuária
de Seguros
Contabilidade Comercial
Contabilidade Industrial
Contabilidade Pública
Contabilidade Bancária
Contabilidade Hospitalar
Contabilidade Agropecuária
Contabilidade Securitária.
etc.
Técnicas Contábeis
Consistem em procedimentos adotados pelo contabilista na
execução de serviços relacionados a Contabilidade.
Escrituração Demonstrações AuditoriaAnálise das
Demonstrações
Técnicas Contábeis
Escrituração: técnica utilizada para registro dos
fatos contábeis, são efetuados por intermédio do
método das partidas dobradas. A todo débito
corresponde um crédito de igual valor.
A escrituração deve ser mantida em registros
permanentes, obedecendo aos preceitos da
legislação comercial (empresarial) e aos princípios
de contabilidade geralmente aceitos.
Técnicas Contábeis
Demonstração: técnica que consiste na exposição
da situação patrimonial da empresa em
determinada data e de suas variações durante certo
período. Ex. Balanço Patrimonial, DRE
Técnicas Contábeis
Técnicas Contábeis
Auditoria: é a técnica por meio da qual
verificamos se a escrituração e as demonstrações
contábeis foram elaboradas de acordo com os
princípios contábeis geralmente aceitos.
Análise: técnica utilizada nas interpretações das
informações contidas nas demonstrações
contábeis.
Patrimônio
Patrimônio
Bens
+
Direitos
Obrigações
Patrimônio
BENS:
Dinheiro, Edificações, Veículos, Móveis e Utensílios,
Marcas e Patentes, Programa de Computador...
DIREITOS:
Duplicatas a receber, Promissórias a receber, Impostos a
recuperar...
OBRIGAÇÕES:
Promissórias a pagar, contas a pagar, FGTS a recolher...
Patrimônio
Observação:
Duplicatas emitidas: representam créditos para a empresa
Duplicatas de seu Aceite: representam débitos para a empresa
Nota Promissória Emitidas: representam débitos para a empresa
Nota Promissória de seu Aceite: representam créditos para a
empresa
Patrimônio
Patrimônio
ATIVO
(Bens+ Direitos)
PASSIVO
(Obrigações)
Patrimônio
ATIVO PASSIVO
BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES
Patrimônio Líquido
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = Ativo - Passivo
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
Tipos de Situação Líquida
A diferença entre o ativo e passivo exigível recebe
o nome de situação líquida.
Situação Líquida Nula
Ativo= Passivo Exigível
Situação Líquida Positiva
Ativo > Passivo Exigível
Situação Líquida Negativa
Ativo < Passivo Exigível
Tipos de Situação Líquida
Relações entre ativo, passivo exigível e situação líquida
ATIVO
A > ZeroA = 0Ativo não pode ser negativo
A > PE = SL positivaA = PE = SL NulaA < PE = SL negativa
A > SLA = SL
Tipos de Situação Líquida
Relações entre ativo, passivo exigível e situação líquida
PASSIVO EXIGÍVEL
PE > ZeroPE = 0PE não pode ser negativo
PE > SLPE = SLPE < SL
SITUAÇÃO LÍQUIDA
SL > Zero = SL positivaSL= Zero = SL nulaSL < Zero = SL negativa
DIFERENÇA ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO
CAPITAL: é o conjunto de elementos que o proprietário da empresa
possui para iniciar suas atividades. Ex.: Lúcia vai abrir uma
papelaria. Ela possui, para esse fim, R$ 10.000 em dinheiro. Logo,
esses R$ 10.000 em dinheiro constituem o seu Capital Inicial.
O Capital Inicial pode ser composto por:
Dinheiro
Móveis
Veículos
Imóveis, etc.
PATRIMÔNIO: é o conjunto que COMPREENDE os bens da
empresa (dinheiro em caixa, contas a receber, imóveis, veículos., etc),
seus direitos (contas a receber) e suas obrigações para com terceiros
(contas a pagar)
Exemplo
Capital Social 15.000,00
Caixa 50,00
Fornecedores 2.050,00
Empréstimos Bancários 5.000,00
Bancos Conta Movimento 5.000,00
Mercadorias para revenda 15.000,00
Móveis e Utensílios 2.000,00
Para melhor compreensão, podemos ilustrar com um exemplo: A empresa Delta
L`amore Ltda apresentou os seguintes saldos:
Com base nos dados apresentados nos quadro acima, a estrutura patrimonial será
representada conforme segue:
Exemplo
Bens 22.050,00 Obrigações 7.050,00
Caixa 50,00 Fornecedores 2.050,00
Bancos c/movimento 5.000,00 Empréstimos Bancários 5.000,00
Mercadorias 15.000,00
Móveis e Utensílios 2.000,00
Direitos 0,00 Patrimônio Líquido 15.000,00
Capital Social 15.000,00
Total do Ativo 22.050,00 Total do Passivo + PL 22.050,00
ATIVO PASSIVO e PL
Origens e Aplicações dos Recursos
ATIVO PASSIVO
BENS + DIREITOS(Aplicações)
OBRIGAÇÕES(Recursos de Terceiros)
Patrimônio Líquido(Recursos Próprios)
Definições ImportantesCapital subscrito, nominal ou social: valor pelo qual sócios ou
acionistas de uma empresa comprometem-se a entregar na formação
de uma sociedade.
Capital realizado, integralizado ou contábil: representa a diferença
do capital nominal e a parcela não integralizada ou não entregue aos
sócios.
Capital a integralizar ou realizar: representa a diferença entre o
capital subscrito e o capital integralizado.
Capital autorizado: utilizado nas SA, autoriza que a diretoria da
empresa aumente o capital social até o limite autorizado, sem que seja
necessário convocar assembléia.
Capital de Bruto: ativo
Capital Próprio, Patrimônio Líquido: é a soma dos bens, direitos e
obrigações.
Capital total: é a soma do capital próprio e o capital de terceiros.
Definições ImportantesAtivo Fixo: ativo imobilizado mais intangível.
Ativo Real: são os elementos do ativo que efetivamente representam moeda
ou que nela podem ser convertidos.
Patrimônio Bruto: representa o ativo
Passivo Real: é o passivo total menos o patrimônio
Créditos de Funcionamento: representam os direitos por atividades
inerentes ao funcionamento, ou seja, de operações normais das entidades,
como por exemplo, as vendas de mercadorias a prazo, os adiantamentos a
fornecedores, etc. Geralmente são classificados no Ativo Circulante.
Débitos de Funcionamento: são as obrigações decorrentes de operações
normais de sua gestão, ou seja, de operações normais das entidades, como
por exemplo, as aquisições a prazo de mercadorias, tributos, salários, etc.
Geralmente são classificados no Passivo Circulante.
Definições ImportantesCréditos de Financiamento: constituídos de forma geral de
operações anormais e representam os direitos da empresa derivados de
operações de empréstimos, como por exemplo, os empréstimos
concedidos, etc. Classificam-se normalmente no Ativo Não
Circulante, Realizável a Longo Prazo.
Débitos de Financiamento: representam o passivo exigível advindo
da aquisição de empréstimos financeiros e surgem em situações
anormais às atividades da empresa, como por exemplo, os
empréstimos bancários, descontos de títulos, hipotecas, etc.
Classificam-se normalmente no Passivo Não Circulante.
Livros Empresariais e Fiscais
Os Livros empresariais ou comerciais podem ser assim divididos:
a) Obrigatórios e Facultativos;
b) Comuns e Especiais;
c) Principais e Auxiliares;
d) Cronológicos e Sistemáticos.
Livros Empresariais e Fiscais
Obrigatórios
Exigidos por Lei
Facultativos
Não exigido por Lei
Livros Empresariais e Fiscais
Comuns
Exigidos das empresas em geral
Especiais
Exigidos de alguns tipos de sociedade
Livros Empresariais e Fiscais
Principais
Registram todos os fatos
Auxiliares
Controlam determinado componente patrimonial
Livros Empresariais e Fiscais
Cronológicos
Obedecem à rigorosa ordem de dia, mês, ano
Sistemáticos
Registram a informação de modo mais útil ao contabilista
Livros Empresariais e FiscaisLIVRO DIÁRIO LIVRO RAZÃO
Obrigatório (Código Comercial)
Principal (registra todos os fatos)
Cronológico (fatos escriturados em ordem cronológica)
Facultativo pelo Código e Obrigatório pela Legislação Fiscal,
para as entidades que devem declarar IR sobre lucro real.
Principal
Primordialmente Sistemático(fatos escriturados por espécie: tipo de
conta). Dentro de cada conta existe uma ordem cronológica de débitos e
créditos –secundariamente cronológico)
Livros Empresariais e Fiscais
Livros Especiais Obrigatórios nas S/A
Registro de Ações Nominativas
Transferência de Ações Nominativas
Registro de Partes Beneficiárias Nominativas
Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas
Ata das Assembleias Gerais
Presença de Acionistas
Ata de Reuniões do Conselho Administrativo e Atas de Reuniões da Diretoria
Atas e Pareceres do Conselho Fiscal
Livros Empresariais e Fiscais
Livros Fiscais - IR Lucro Real
Registro de Inventário
Registro de Compras
Apuração do Lucro Real (LALUR)
Livros Fiscais - IR Lucro Presumido
Caixa
Registro de Inventário
Declaração de Rendimentos
Livros Empresariais e Fiscais
Livros Fiscais - Contribuintes IPI
Registro de Entradas
Registro de Saídas
Registro de Controle de Produção e Estoques
Registro do Selo de Controle
Registro de Impressão de Documentos Fiscais
Registro de Documentações Fiscais e Termo de Ocorrência
Registro de Inventário
Registro de Apuração de IPI
Plano de ContasO plano de Contas de uma empresa consiste numa relação
padronizada de contas a serem utilizadas no registro das
operações contábeis.
A função das contas é representar os itens patrimoniais e de
resultado. Assim, a conta pode traduzir um elemento
patrimonial (bem, direito ou obrigação, além da situação
líquida) ou de resultado (receita ou despesa)
O funcionamento da conta se dá por intermédio de um
mecanismo de débito e crédito, que indica o aumento ou
diminuição do saldo.
Plano de ContasElenco das Contas conhecido como estrutura do plano de
contas, consiste na relação ordenada de todas as contas
utilizadas para o registro dos fatos contábeis de uma
entidade.
Codificação das Contas a codificação tem por objetivo
simplificar a classificação das contas nos respectivos grupos
e subgrupos.
1. Ativo
1.1.Ativo Circulante
1.1.1 Disponível
1.1.1.1 Caixa
1.2. Ativo Não Circulante
1.2.1 Realizável a Longo Prazo
Plano de Contas
Função das Contas tem como finalidade explicar a razão
da existência da conta, para que serve, onde se aplica, como
se trabalha com ela. Ex.: a conta CAIXA representa o
dinheiro, recebendo a débito os recebimentos e a crédito os
pagamentos efetuados em dinheiro;
Plano de ContasATIVO
Ativo Circulante DisponibilidadesCaixaBancosAplicações Financeiras de liquidez ImediataDireitos Realizáveis no Exercício SeguinteMercadoriasMatérias-primasDuplicatas a ReceberImpostos a RecuperarDespesas do Exercício SeguinteDespesas Antecipadas de AluguelSeguros a VencerJuros a Vencer
Ativo Não CirculanteAtivo Realizável a Longo PrazoDuplicatas a receberPromissórias a receber
Ativo InvestimentoObras de ArteImóveis de AluguelAções Coligadas/ ControladasAtivo ImobilizadoMóveis e UtensíliosMáquinasInstalações
Ativo IntangívelPatentesMarcasProgramas de Computador
PASSIVO
Passivo Circulante Duplicatas a PagarFornecedoresFinanciamentosEmpréstimos BancáriosSalários a Pagar Impostos a RecolherParticipações a pagarProvisões 13ºAlugueis a pagarMultas a pagar
Passivo Não CirculanteDuplicatas a pagarEmpréstimos a pagarDebêntures a PagarAluguéis Ativo a Vencer
Patrimônio LíquidoCapital SocialReservas de CapitalReservas de LucrosCapital a realizarAções em TesourariaPrejuízos Acumulados
Plano de ContasCONCEITO DE DÉBITO E CRÉDITO
DÉBITO: na linguagem comum, significa: dívida, situação negativa
estar em débito com alguém, estar devendo para alguém etc.
Quando falarmos na palavra débito, procure não ligar o seu
significado do ponto de vista técnico com o que ela representa na
linguagem comum.
Na terminologia contábil, essa palavra tem vários significados, os
quais raramente correspondem aos da linguagem comum. Enquanto
não se conscientizar disso, dificilmente aceitará que débito pode
representar elementos positivos, o que prejudica sensivelmente a
aprendizagem. Portanto, muito cuidado com a terminologia.
Plano de ContasCONCEITO DE DÉBITO E CRÉDITO
CRÉDITO: na linguagem comum, significa: ter crédito com alguém,
em uma loja, situação positiva, poder comprar a prazo etc.
Na terminologia contábil, a palavra crédito também possui vários
significados. As mesmas observações que fizemos para a palavra
débito aplicam-se à palavra crédito. Portanto é importante
memorizar:
a. No gráfico das Contas Patrimoniais, o lado direito é o lado do
Crédito, exceto para as Contas Retificadoras.
b. No gráfico das Contas de Resultado, o lado direito é o lado do
Crédito
Plano de ContasCONCEITO DE DÉBITO E CRÉDITO
SALDO: é a diferença entre o total dos débitos e o total dos créditos
efetuados numa conta; O saldo pode ser:
devedor - quando a soma dos débitos for maior do que a soma dos
créditos;
credor - quando a soma dos débitos for menor do que a soma dos
créditos;
nulo - quando a soma dos débitos for igual a soma dos créditos;
Plano de Contas
CONTAS P/ AUMENTAR P/ DIMINUIR SALDO
Ativo DEBITAR CREDITAR DEVEDOR
Passivo CREDITAR DEBITAR CREDOR
Patrimônio Líquido CREDITAR DEBITAR CREDOR
Despesas DEBITAR CREDITAR DEVEDOR
Receitas CREDITAR DEBITAR CREDOR
Retificadora Ativo CREDITAR DEBITAR CREDOR
Retificadora Passivo DEBITAR CREDITAR DEVEDOR
Funcionamento das Contas
1. Quanto aos elementos que registram, podem ser:
a) Patrimoniais: registram bens, direitos as obrigações e
situação líquida.
b) Resultado: registram receitas e despesas.
Funcionamento das Contas
Receitas: são os ingressos de elementos para o ativo, sejam
disponibilidades, de bens ou direitos, geralmente
correspondentes a um esforço produtivo da empresa, ou
ainda a redução de obrigações com terceiros. Provocam
aumento da situação líquida.
Ex.: Vendas de Mercadorias, perdão de uma dívida com um
fornecedor, etc.
Funcionamento das Contas
Despesas: para gerir suas atividades, a empresa incorre em
gastos, normais ou extraordinários, sempre com o objetivo
de obter receitas. A esses gastos dá-se o nome de
DESPESAS, que resultam em redução do patrimônio
líquido (aumento do passivo ou redução do ativo).
Ex.: Salário a funcionários, juros passivos, etc.
Funcionamento das Contas
As receitas e despesas alteram o patrimônio líquido, mas
não figuram no balanço patrimonial. São incorporadas ao
patrimônio no grupo patrimônio líquido, após seu
confronto.
RECEITAS Geram aumento no PL
DESPESAS Geram reduções no PL
Funcionamento das Contas
2. Quanto à natureza do saldo, podem ser:
a) Devedoras: ativo, despesas, retificadoras do passivo
exigível e retificadoras do patrimônio líquido.
b) Credoras: passivo exigível, patrimônio líquido, receita e
retificadora do ativo.
3) Quanto a necessidade de desdobramento: sintética ou
analítica
Funcionamento das Contas
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
No livro Razão há o controle do movimento a débito, do
movimento a crédito e do saldo de cada conta:
Título da conta:
Funcionamento das Contas
Para efeito didático, a conta é representada em forma de
um “T”, denominado razonete por seu uma forma
resumida de uma página do livro Razão.
Título da Conta
Débito Crédito
Saldo Devedor Saldo Credor
Escrituração de ContasMétodo das Partidas Dobradas: é o método pelo qual
cada débito efetuado em uma ou mais contas, deve
corresponder um crédito em uma ou mais contas, de tal
forma que o total debitado seja sempre igual ao total
creditado.
Consequência:
a) O valor total dos débitos é sempre igual ao valor total
dos créditos;
b) O total dos saldos devedores é sempre igual ao total dos
saldos credores;
c) O ativo total (devedor) é sempre igual ao passivo total
(PE + PL), que é de natureza credora
Lançamento Contábil
Na escrituração contábil, cada operação é objeto de um
lançamento. Os lançamentos, que consistem no registro de
fatos contábeis, são processados no método das partidas
dobradas. Seus elementos essenciais são:
Diário
a) Local e data;
b) Conta(s) debitada(s)
c) Conta(s) creditada(s)
d) Histórico;
e) Valor(es).
Lançamento Contábil
João Pessoa, 18 de março de x1
D- Bancos Conta Movimento
C – Caixa
Conforme recibo de depósito nº123 do Banco ABC S.A R$ 1.000
Fórmulas de Lançamento
1ª Fórmula 2ª Fórmula 3ª Fórmula 4ª Fórmula
DC
DCC
DDC
DDCC
Escrituração das Contas
Exemplo:
a) Constituição da sociedade com capital inicial integralizado em dinheiro de R$
5.000,00
b) Compra à vista de móveis e utensílios R$ 500,00
c) Depósito bancário R$ 2.000,00
d) Compra a prazo de mercadorias, com duplicatas R$ 3.000,00
e) Compra a vista de mercadoria em dinheiro R$ 1.000,00
f) Compra à vista de veículo para uso R$ 600,00
g) Pagamento em moeda de duplicata a fornecedor de mercadoria R$ 700,00
h) Saque bancário R$ 1.200,00
i) Obtenção de um empréstimo bancário R$ 2.500,00
j) Pagamento em cheque do restante da dívida com fornecedor (duplicatas) R$
2.300,00
Balancete de Verificação
O Balancete de verificação relaciona todas as contas de acordo com a
natureza do saldo. Independentemente de serem patrimoniais ou de
resultado, retificadora ou não, as contas são apresentadas em duas
colunas, uma devedora e outra credora.
O Balancete é feito a partir do livro Razão.
Contas Natureza do Saldo
Devedora Credora
Caixa 1.400
Capital Social 5.000
Móveis e Utensílios 500
Banco Conta Movimento 1.000
Mercadorias 4.000
Veículos 600
Empréstimos Bancários 2.500
Totais 7.500 7.500
Balancete de Verificação
A soma dos saldos devedores deve ser igual a soma dos saldos credores
As Despesas e Receitas são contas de Resultados e não figuram no
Balanço Patrimonial.
Despesa: é o sacrifício patrimonial feito intencionalmente por
determinada pessoa com o objetivo de gerar receita. O sacrifício
patrimonial correspondente às despesas deve-se ao fato de elas não
gerarem um contrapartida, na forma de bens ou direitos, que se
incorpore ao patrimônio. Ex.: Despesa de Aluguel, Despesa de juros,
Despesa de seguros, salários, provisão de férias, etc.
Receita: na atividade econômica, o empresário tem como objetivo
principal o lucro, alcançado quando as receitas superam as despesas.
Ex.: Receita de vendas, receita de aluguel, etc.
Despesas e Receitas
Despesas e Receitas
Despesas
SaláriosHonoráriosPró-laboreFérias13º SalárioJuros PassivosFrete sobre VendasComissões a vendedoresTaxas BancáriasDescontos Financeiros ConcedidosOutras DespesasVariações Cambiais Passivas
Receitas
Receita de Vendas à vistaReceita de Vendas à prazoReceita de AlugueisJuros AtivosDescontos Financeiros ObtidosReceita de ServiçosVariações Cambiais Ativas
Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante
Disponibilidades
DRCESS1
ARDES 2
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reserva de Capital
Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
(+/-) Lucros / Prejuízos
Acumulados
1. Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente
2. Aplicações dos Recursos em Despesas do Exercício Seguinte
Balanço PatrimonialAtivo Circulante
Conforme incisa I do art. 179 da Lei 6.404/76, o Ativo Circulante é
composto por três partes:
•Disponibilidades
•Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente
•Aplicações dos Recursos em Despesas do Exercício Seguinte
Balanço PatrimonialAtivo Circulante
Disponibilidades: são as contas que representam bens numerários
(dinheiro).
Ex: Caixa , Banco Conta Movimento, Aplicações Financeiras de
Liquidez Imediata.
Balanço PatrimonialAtivo Circulante
Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subsequente:
são compostos pelos Direitos Reais ou Pessoais a curto prazo que
serão realizáveis até o exercício social subsequente.
Direitos Reais: Mercadorias, Matérias-primas, Produtos em
elaboração, Material de Expediente, etc.
Direitos Pessoais: Duplicatas a receber, Impostos a Recuperar,
Adiantamento a Fornecedores, etc.
Balanço PatrimonialAtivo Circulante
Aplicações dos Recursos em Despesas do Exercício Seguinte: são
despesas cujos fatos geradores ocorrerão no exercício seguinte. Desta
forma, em vista do regime de Competência, só serão despesas no
exercício seguinte. No exercício atual, são classificadas como ativo
circulante.
Ex: Aluguel de 2008 pago no final de 2007, Seguros a Vencer, etc.
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante
• Ativo Realizável a Longo Prazo
• Ativo Investimento
• Ativo Imobilizado
• Ativo Intangível
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo: tendo por base o inciso II do art
179 da Lei 6.404/76, podemos inferir que o ARLP é formado por duas
partes:
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte.
Ex.: Duplicatas a Receber (LP), Estoques (LP), Despesas Antecipadas
(LP), etc.
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo
Direitos Derivados de:
1.haverá coligação entre duas sociedades quando uma participe de mais de 10% (dez por cento) docapital da outra, sem exercer seu controle2. a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dosquotistas ou da assembléia geral
Para serem classificados no ARLP, os direitos supracitados serão
independentes do prazo, desde que não constituam negócios usuais na
exploração do objeto da companhia.
VendasAdiantamentos / Empréstimos Sociedades
Coligadas/ControladasDiretoresAcionistas
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante
Ativo Investimentos: tendo por base o inciso III do art 179 da Lei
6.404/76, podemos inferir que o AI é formado por duas partes:
Bens não destinados à manutenção da empresa: obras de arte,
imóveis para aluguel, terrenos (não utilizados)
Participação permanentes no capital de outras sociedades: ações
de coligadas, ações em controladas
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante
Ativo Imobilizado: tendo por base o inciso IV do art 179 da Lei
6.404/76, podemos inferir que o AIm é composto pelos direitos que
tenham por objeto bens corpóreos destinados a manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
Ex.: Imóveis, veículos, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos,
etc.
Balanço PatrimonialAtivo Não Circulante
Ativo Intangível: tendo por base o inciso VI do art 179 da Lei
6.404/76, podemos inferir que o AIt é composto pelos direitos que
tenham por objeto bens incorpóreos destinados a manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Ex.: Patentes, Royalties, Marcas, Fundo de Comércio(goodwill), etc.
Balanço Patrimonial
Ativo: as contas do ativo são classificadas em Ordem Decrescente
do Grau de Liquidez
Liquidez é a facilidade de movimentar uma conta do ativo. É a
capacidade de converter um bem ou direito em dinheiro.
Balanço Patrimonial
Passivo Circulante: de acordo com o art.180 da Lei nº 6.404/76, o
Passivo Circulante é composto pelas obrigações exigíveis no exercício
seguinte.
Balanço Patrimonial
Obrigações Trabalhistas
Salários a Pagar Encargos Sociais a Recolher
Financeiras
Financiamentos Empréstimos Bancários
Fornecedores
Duplicatas a Pagar Fornecedores
Balanço Patrimonial
Outras Obrigações
Adiantamento de Clientes Alugueis a Pagar
Provisões
Provisão p/ 13º salário Provisão p/ férias
Obrigações Fiscais
ICMS a recolher IR a pagar
Balanço Patrimonial
Passivo Não Circulante: subgrupo composto pelas contas que
representam obrigações exigíveis após o término do exercício
seguinte.
Ex.: Duplicatas a pagar, empréstimos a pagar, financiamentos a pagar,
etc.
Balanço PatrimonialPassivo Não Circulante:
RECEITAS DIFERIDAS (Receitas Antecipadas): são aquelas que
foram recebidas em dinheiro no exercício atual, mas seus fatos
geradores competem a exercícios futuros.
Ex.: Aluguel de janeiro de 2009 no valor de R$5.000,00, recebido em
dezembro de 2008.
Balanço PatrimonialPatrimônio Líquido: segundo o art. 182 da Lei 6.404/76, o PL está
assim dividido:
Partes Positivas Partes Negativas(Retificadoras)
Capital SocialReservas de CapitalReservas de LucrosAjuste de Avaliação Patrimonial
Capital a RealizarPrejuízos AcumuladosAções em TesourariaAjuste de Avaliação Patrimonial
Balanço PatrimonialPatrimônio Líquido
Capital Social: corresponde à parte do patrimônio líquido formada
pelas ações subscritas na constituição ou no aumento do capital de
uma sociedade anônima. Divide-se em:
Capital a Realizar: corresponde às ações subscritas e não realizadas
pelos acionistas. É a dívida dos acionistas diante da própria sociedade.
Capital Realizado: Corresponde às ações subscritas e realizadas
pelos acionistas em dinheiro (mínimo 10%) ou quaisquer outros bens
suscetíveis de avaliação em dinheiro.
Balanço PatrimonialEx.: Constituição da Cia Estratego, com subscrição de 10.000 ações
de valor nominal R$ 30,00 cada, sendo integralizado no ato, 15% em
dinheiro, 30% com mercadorias para revenda e 10% em móveis e
utensílios. Assim:
Contabilização da Subscrição das Ações:
D - Capital a Realizar
C - Capital Social 300.000
Contabilização da integralização das ações:
D – Caixa 45.000
D – Mercadorias 90.000
D - Móveis e Utensílios 30.000
C - Capital a Realizar 165.000
Balanço PatrimonialCom base nos arts. 80 e 81 da Lei 6.404/76 a realização do capital em
dinheiro pelo fundador deverá ser feita no prazo de 5 dias, mediante
depósito em conta bancária. Logo:
D – Banco conta vinculada
C – Caixa 45.000
D – Banco conta movimento
C – Banco conta vinculada 45.000
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Banco 45.000Mercadorias 90.000Móveis e Utensílios 30.000
PLCapital Social Subscrito 300.000A Realizar (135.000)
165.000 165.000
Balanço PatrimonialReservas: são valores acumulados no patrimônio líquido para uso
posterior. Está dividida em dois tipos: Reserva de Capital e Reserva
de Lucros.
Reserva de Capital: são gerados por valores recebidos dos
proprietários ou de terceiros. Em sua essência, são receitas, não sendo
tratados, porém, como tais, pois não transitam por contas de resultado.
São as seguintes:
Balanço PatrimonialAções: são títulos representativos do Capital Social de uma sociedade
anônima. Estas ações poderão ter ou não valores nominais (devem ser
indicados em moeda no certificado de propriedade).
Ações Ordinárias: são aquelas que além dos dividendos, possibilitam
o direito a voto nas assembleias de acionistas.
Ações Preferenciais: não dão direito a voto, porém oferecem
vantagem em relação aos dividendos.
Balanço PatrimonialReserva de Ágio na Emissão de Ações
Ex.: Emissão de 1.000 ações ao valor nominal de R$21,00 sendo
vendida a 23,00 teremos um ágio de R$ 2.000
Reserva de Alienação das Partes Beneficiárias: são títulos de
créditos emitidos por companhias fechadas, por um prazo máximo de
10 anos que dão aos titulares participação no lucro de no máximo
10%.
Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição: são títulos de
crédito emitidos por companhias no limite do capital autorizado no
estatuto.
Reserva da Correção Monetária do Capital Realizado
Balanço PatrimonialReservas de Lucros: têm origem no lucro líquido da empresa, ou
seja, representam um dos pedaços do lucro líquido no processo de
suas destinações. Estão assim divididas:
1. Reserva Legal
2. Reserva Estatutárias
3. Reservas para Contingências
4. Reserva de Incentivos Fiscais
5. Reserva de Retenção de Lucros
6. Reserva de Lucros a Realizar
7. Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios não
Distribuídos
Balanço Patrimonial1. Reserva Legal: A reserva legal tem por finalidade assegurar a
integridade do capital social ou aumentar o capital. A proteção ao
capital é feita por meio da utilização da reserva legal para a
compensação de eventuais prejuízos, evitando assim, que ele seja
atingido. É definida em Lei.
Lançamento de Constituição
D – Lucros Acumulados
C- Reserva Legal
O valor da Reserva legal é de 5% do Lucro Líquido e não podem
exceder 20% do Capital Social Realizado.
Balanço PatrimonialEx(1): Antes da apuração do resultado do exercício, o PL de uma
determinada sociedade tinha a seguinte composição.
Durante o período foi apurado Lucro Líquido de 1.000
Ex(2): Capital Social Realizado de 2.000 e Reserva Legal constituída
de 340. O lucro líquido apurado foi de 1.000. De quanto será a nova
reserva de capital?
Capital SocialCapital a RealizarCapital RealizadoReserva Legal
3.000(1.000)
2.000360
Balanço Patrimonial2. Reservas Estatutárias: são constituídas conforme previsão no
estatuto da companhia, com base no lucro.
3. Reservas para Contingências: pode ser criada com a finalidade de
compensar, em exercícios futuros, a diminuição do lucro decorrente
de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. Ex: geadas,
secas, obsolescência de estoques, redução da alíquota de II pelo
governo, etc.
4. Reservas de Incentivos Fiscais: é a parcela do lucro líquido
decorrente de doações ou subvenções (auxílio pecuniário)
governamentais para investimentos.
Balanço Patrimonial5. Reserva de Retenção de Lucros: tem a função de reter parcela do
lucro líquido do exercício para plano de investimentos e expansão.
6. Reservas de Lucros a Realizar: finalidade de evitar que a empresa
pague por dividendos sobre os lucros que ainda não foram realizados
em termos financeiros. Ex.: Duplicatas a receber para o exercício
seguinte.
7. Reserva para dividendos obrigatórios não distribuídos: no
exercício em que, mesmo havendo lucro, a distribuição de dividendo é
incompatível com a situação financeira da companhia, ele deixa de ser
obrigatório e o valor não distribuído deve ser registrado como reserva.
Balanço PatrimonialAções em Tesouraria: são ações de emissão da companhia que ela
própria adquiriu. Isso torna a sociedade acionista de si mesma, com a
finalidade de venda destas ações.
Lucros ou Prejuízos Acumulados: como forma de coibir a retenção
injustificada de lucros, que devem ser destinados à reservas e a
distribuição de dividendos, a nova legislação eliminou do balanço a
conta Lucros Acumulados. Todavia, isso não significa que ela deixa
de existir.
Demonstração do Resultado do Exercício
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Vendas Canceladas, Abatimentos, Tributos sobre vendas (ICMS, PIS/COFINS)
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-)CMV (Estoque Inicial + Compras - Estoque Final)
(=)LUCRO BRUTO
(-) Despesas Operacionais (Despesas Vendas, Administrativas, Gerais,)
(+)Outras Receitas Operacionais
(=)LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
(+-) Outras Receitas / Despesas
(-) Despesa com provisão para CSLL
(=)RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa com Provisão IR
(-) Participações Estatutárias
(=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO
D.R.ERealização da Receita: a receita de vendas de mercadorias é
realizada, em regra, quando da efetiva entrega das mercadorias ao
cliente, momento em que ocorre a transmissão da propriedade dos
bens para o comprador.
CIF: frete e seguro por conta do vendedor
FOB: frete por conta do comprador
CMV: simultaneamente à receita de vendas, incide o custo das
mercadorias vendidas como despesa incorrida, representando o
sacrifício patrimonial relativo à transferência dos bens. (Estoque
inicial + Compras – Estoque Final)
D.R.ELançamentos da Receita
D – Caixa ou Cliente
C – Receita de Vendas
D – CMV
C – Estoque de Mercadorias
D – ICMS s/ Vendas
C – ICMS a recolher
D.R.EDedução da Receita Bruta de Vendas:
1. Devolução de Vendas (devolução, cancelamento, retorno)
D – Devolução de Vendas
C – Clientes ou Caixa
D – Estoque de Mercadorias
C – CMV
D – ICMS a Recuperar
C – ICMS s/ Vendas
D.R.EOBS: Devolução de Vendas de Exercícios Anteriores: são lançadas
como despesas operacionais de vendas e não devem ser computadas
como dedução da receita bruta.
D – Devolução de Vendas
D – ICMS a Recuperar
D – Estoque de Mercadoria
C – Caixa ou Clientes
D.R.E2. Abatimento sobre vendas: é uma redução de preço concedida pelo
vendedor para evitar a devolução da venda. Ex.: produtos em
desacordo com pedido, defeitos, etc.
D –Abatimento s/ vendas
C – Clientes ou Caixa
O abatimento não provoca ajustes no estoque, nem no CMV, uma vez
que as mercadorias não retornam ao estabelecimento. Tão pouco o
ICMS é afetado, pois o valor do imposto é calculado sobre o valor
original da operação de venda.
D.R.E3. Descontos Concedidos Incondicionalmente: também chamado de
desconto comercial, é o desconto concedido no ato da venda.
Da venda Do Recebimento com desconto condicional
D – ClientesD – Desconto IncondicionalC – Receita de Vendas
D – CMVC – Estoque de Mercadorias
D – ICMS s/ VendasC – ICMS a Recolher
D – CaixaD – Despesas FinanceirasC – Clientes
D.R.ETributos Incidentes sobre Vendas: são os seguintes: ICMS, ISS,
PIS, COFINS.
1. ICMS
D – ICMS s/ Vendas
C – ICMS a Recolher
Segundo a legislação do ICMS descontos concedidos
incondicionalmente são dedutíveis no cálculo do imposto. O ICMS
não é afetado pelos descontos sob condição nem pelos abatimentos.
D.R.ECaso a venda esteja sujeita a incidência do IPI e do ICMS seguirá
da seguinte forma:
Comercialização ou Industrialização
Ativo Fixo ou Consumo Prórpio
IPI não integra a Base de Cálculo do ICMS
IPI fará parte da Base de Cálculo do ICMS
D.R.EEx(1).: Venda de 10 unidades de um produto a 100 cada, com
incidência de IPI de 10% e ICMS de 20%, sendo os bens destinados a
comercialização pelo comprador, o estabelecimento vendedor emitiu
nota fiscal com os seguintes dados:
Produtos: 10 um x 100,00IPI – 10%ICMS já incluído no valor da operação à alíquota de 20% /200/
1.000100
Total da Nota Fiscal 1.100Lançamento no Vendedor
D – Caixa ou ClienteC- Receita de VendasC – IPI a Recolher
D – ICMS s/ VendasC- ICMS a Recolher
1.1001.000
100
200
D.R.EEx(2).: Venda de 10 unidades de um produto a 100 cada, com
incidência de IPI de 10% e ICMS de 20%, sendo os bens destinados a
ativo imobilizado, o estabelecimento vendedor emitiu nota fiscal com
os seguintes dados:
Produtos: 10 um x 100,00IPI – 10%ICMS já incluído no valor da operação à alíquota de 20% /220/
1.000100
Total da Nota Fiscal 1.100Lançamento no Vendedor
D – Caixa ou ClienteC- Receita de VendasC – IPI a Recolher
D – ICMS s/ VendasC- ICMS a Recolher
1.1001.000
100
220
D.R.EO IPI não deve ser apresentado como dedução de vendas brutas, uma
vez que o seu valor não está incluído nas receitas de vendas. Ao
contrário do ICMS, o IPI é calculado por fora, vale dizer, não integra
sua própria base de cálculo.
D.R.E
Faturamento Bruto(-) IPI s/ faturamentoVendas Brutas(-) ICMS s/ VendasVendas Líquidas
1.100(100)1.000(200)
800
D.R.EDespesas Operacionais estão divididas em:
1. Despesas com Vendas (comissões, salários, transportes, entre
outras)
2. Despesas Financeiras (juros de empréstimos e financiamentos,
juros de mora, desconto concedidos no recebimento de duplicatas)
3. Despesas Gerais e Administrativas ( salários, energia, manutenção
de veículos, remuneração dos administradores)
4. Outras Despesas Operacionais (variações monetárias passivas
(perdas de câmbio, correção monetária))
Outras Receitas Operacionais: variação monetárias positivas,
ganhos de câmbio, receitas de alugueis, juros ativos, dividendos
provenientes de investimentos.
D.R.E
Outras Receitas e Outras Despesas: A MP 449/08, posteriormente
transformada na Lei 11.941/09 excluiu da DRE as receitas e despesas
não operacionais.
Receitas: Outras Receitas são aquelas provenientes de transações não
incluídas nas atividades principais ou acessórios que constituem
objeto da empresa, relacionados com a venda de bens do ativo não
circulante investimentos, imobilizado ou intangível.
Despesas: são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas
atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo,
relacionados com perdas de bens do ativo não circulante
investimentos, imobilizado ou intangível.
D.R.EDespesas com Provisão para CSLL
Despesa com Provisão para Imposto de Renda
Demonstração do Resultado do Exercício
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
(-) Vendas Canceladas, Abatimentos, Impostos sobre vendas
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-)CMV
(=)LUCRO BRUTO
(-)Despesas Vendas, Administrativas, Gerais,
(+-)Outras Receitas Operacionais/ Despesas Operacionais
(=)LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL
(+-) Outras Receitas / Despesas
(-) Despesa com provisão para CSLL
(=)RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
(-) Despesa com Provisão IR
(-) Participações Estatutárias
(=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO
Art. 187. A demonstração do resultado doexercício discriminará:
...
V - o resultado do exercício antes do Impostosobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debênturistas, deempregados, administradores e das partesbeneficiárias, desde que não configuremdespesas;
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos,
antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados
e a provisão para o Imposto de Renda.
Art. 190. As participações estatutárias de empregados,
administradores e partes beneficiárias serão
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com
base nos lucros que remanescerem depois de deduzida
a participação anteriormente calculada.
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do
exercício que remanescer depois de deduzidas as
participações de que trata o artigo 190.
Partes Beneficiárias
Administradores
Empregados
Debenturistas
Debenturistas
Os debenturistas são credores da companhia emitente, sendo remunerados pelo
investimento de acordo com as condições e os prazos definidos na escritura de emissão da
debênture.
A remuneração pelo investimento em debênture pode ocorrer através do pagamento de taxas de juros fixas ou
variáveis ou por participação no lucro da companhia.
Cia Aberta ou Fechada
Partes Beneficiárias
São valores que asseguram ao seu titular direito de crédito eventual contra a sociedade
anônima emissora, consistente numa participação nos lucros desta.
Trata-se de crédito eventual, na medida em que nada poderá ser reclamado da sociedade se ela não registrar lucro num determinado
exercício.
Cia Fechada
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. 200,00
Participações:
- Debenturistas 10%
- Empregados 10%
- Administradores 10%
- Partes beneficiárias 10%
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após Imposto de Renda 1.000,00(A)
Percentual de Participação dos Debenturistas x10%(B)
Participação dos Debenturistas 100,00(AxB)
Cálculo da Participação dos Debenturistas
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após o Imposto de Renda 1.000,00
Participação dos Debenturistas (100,00)
Base de cálculo da Participação dos Empregados
900,00
Percentual de Participação dos Empregados
x10%
Participação dos Empregados 90,00
Cálculo da Participação dos Empregados
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após o Imposto de Renda 1.000,00
Participação dos Debenturistas (100,00)
Participação dos Empregados (90,00)
Base de Cálculo da Participação dos Administradores 810,00
Percentual de Participação dos Administradores X10%
Participação dos Administradores 81,00
Cálculo da Participação dos Administradores
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após o Imposto de Renda 1.000,00
Participação dos Debenturistas (100,00)
Participação dos Empregados (90,00)
Participação dos Administradores (81,00)
Base de Cálculo da Participação das Partes Beneficiárias
729,00
Percentual de Participação das Partes Beneficiárias
X10%
Participação das Partes Beneficiárias 72,90
Cálculo da Participação das Partes Beneficiárias
Lucro antes do Imposto de Renda 1.200,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após o Imposto de Renda 1.000,00
Participação dos Debenturistas(10%) (100,00)
Base de Cálculo da Participação dos Empregados
900,00
Participação dos Empregados (10%) (90,00)
Base de Cálculo da Participação dos Administradores
810,00
Participação dos Administradores (10%) (81,00)
Base de Cálculo das Partes Beneficiárias 729,00
Participação das Partes Beneficiárias (72,90)
Cálculo Simplificado
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto deRenda.
Lucro antes do Imposto de Renda 1.500,00
Despesa com provisão para o I.R. 200,00
Prejuízos Acumulados 300,00
Participações:
- Empregados 10%
- Administradores 10%
Lucro antes do Imposto de Renda 1.500,00
Despesa com provisão para o I.R. (200,00)
Lucro após o Imposto de Renda 1.300,00
***Prejuízos Acumulados*** (300,00)
Base de Cálculo da Participação dos Empregados
1.000,00
Participação dos Empregados (10%) (100,00)
Base de Cálculo da Participação dos Administradores
900,00
Participação dos Administradores (10%) (90,00)
Cálculo das Participações Simplificadas
D – Participação de Debenturistas (despesa)D – Participação de Empregados (despesa)D – Participação de Administradores (despesa)D – Participação de Partes Beneficiárias (despesa)C – Participação de Debenturistas (passivo)C – Participação de Empregados (passivo)C – Participação de Administradores (passivo)C – Participação de Partes Beneficiárias (passivo)
Índices Financeiros
Os índices financeiros são relações entre contas ou grupos decontas das demonstrações contábeis, que têm por objetivofornecer-nos informações que não são fáceis de serem visualizadasde forma direta nas demonstrações contábeis.
Análise de Lucratividade e Desempenho
Índices de Retorno sobre o Investimento
Giro do Ativo (GA) Retorno sobre as Vendas (RSV) Retorno sobre o Ativo (RSA)
Giro do Ativo (GA)
𝑮𝑨 =𝑽𝑳
𝑨𝑻𝒎
VL = Vendas Líquidas ou Receitas LíquidasAtm = Ativo total médio
Para a Cia Pneus Fortes, em 20x8, as vendas foram de R$ 649.191 que, aoser dividida pelo ativo total médio de R$ 578.382,50, obtemos um giro de1,12. Isso significa que para cada R$ 100,00 de ativo médio a empresavende R$ 112,00 durante o ano. O ativo total médio é obtido pela soma doativo total do ano anterior com o ativo total do ano corrente, dividido por2.
A interpretação deste índice é: quanto maior, melhor, indicando onível de eficiência com que são utilizados os recursos aplicados naempresa, isto é, o ativo total.
Análise de Lucratividade e Desempenho
Retorno sobre as Vendas (RSV)
RSV=𝑳𝑳
𝑽𝑳
LL = Lucro líquidoVL = Vendas Líquidas ou Receitas Líquidas
Para a Cia Pneus Fortes, em 20x8, o lucro líquido foi de R$ 65.935 eas vendas foram de R$ 649.191, representando um ganho de 10,16%ou seja, para cada R$ 100,00 de vendas líquidas sobraram R$ 10,16.
A interpretação do Índice de Retorno sobre as Vendas é nosentido de que “quanto maior, melhor”.
Análise de Lucratividade e Desempenho
Retorno sobre Ativo (RSA)
RSA=𝑳𝑳
𝑨𝑻𝒎
LL = Lucro líquidoAtm = Ativo total médio
Para a Cia Pneus Fortes, em 20x8, o lucro líquido foi de R$ 65.935 eao ativo total médio foi de R$ 578.382,50, representando um ganhode 11,40% ou seja, para cada R$ 100,00 de ativo total, a empresagerou um lucro líquido de R$ 11,40.
A interpretação do Índice de Retorno sobre Ativo é no sentidode que “quanto maior, melhor”.
Análise de Lucratividade e Desempenho
Análise dos Ciclos Financeiros e Operacionais
Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE) Prazo Médio do Recebimento de Vendas (PMRV) Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC)
Análise dos Ciclos Financeiros e OperacionaisPrazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
PMRE=𝑬𝑺𝑻𝒎
𝑪𝑷𝑽x DP
ESTm = estoque médioCPV = custo do produto ou mercadoria vendidaDP = dias do período considerado (360 dias p/ ano; 30 dias p/ mês)
O prazo médio de rotação dos estoques (Inventory Turnover)indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados naempresa antes de serem vendidos.
O volume de estoques mantido por uma empresa decorrefundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política deestocagem.
Há duas formas principais de interpretarmos os estoques:
Análise dos Ciclos Financeiros e Operacionais
Primeiro, vendo o montante de estoques da empresa como algoque representa certa potencialidade de os mesmos seremtransformados em dinheiro, que é a imagem que as empresastentam passar aos gerentes de bancos quando querem obterempréstimos.
Segundo, entendendo os estoques como investimentos no ativocirculante. Quanto maiores sejam os estoques, mais recursos aempresa está comprometendo com os mesmos.
Além dos custos de aquisição ou fabricação dos estoques, há umasérie de outros gastos como o custo do respectivo capital aplicado,armazenagem e seguros.
Análise dos Ciclos Financeiros e Operacionais
Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)
PMRV=𝑫𝑹𝒎
𝑽𝑳+𝑰𝑴𝑷x DP
DRm = duplicatas a receberVL = Vendas líquidasIMP = impostosDP = dias do período considerado (360 dias p/ ano; 30 dias p/ mês)
O prazo médio de recebimento de vendas (Days SalesOutstanding) indica quantos dias, em média, a empresa leva parareceber suas vendas. O volume de duplicatas a receber é decorrenteprincipalmente do montante de vendas a prazo.
Análise dos Ciclos Financeiros e Operacionais
Prazo Médio de Pagamentos na Compra (PMPC)
PMPC=𝑭𝑶𝑹𝑵𝒎
𝑪x DP
FORNm = fornecedores (média do período)C = comprasDP = dias do período considerado (360 dias p/ ano; 30 dias p/ mês)
O prazo médio de pagamento das compras (Day’s Purchases inAccounts Payable) indica quantos dias, em média, a empresademora para pagar seus fornecedores.
CMV = EI + C – EF C = CMV + EF - EI
Análise da Estrutura de Capitais e Solvência
A estrutura de capitais da empresa envolve a composição de suasfontes de financiamento. Os fundos aplicados em ativos sãoprovenientes dos proprietários da empresa ou de terceiros. Tantoos sócios quanto os credores esperam justa remuneração pelofornecimento de fundos.
O retorno dos sócios ocorre pelo recebimento de dividendos nassociedades anônimas (ou distribuição dos lucros, nas limitadas,por exemplo), mais os ganhos de capital, que decorrem davalorização da empresa.
Análise da Estrutura de Capitais e Solvência
Indicadores de Estruturas
Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) Participação de Capitais de Terceiros (PCT) Composição do Endividamento (CE)
Análise da Estrutura de Capitais e SolvênciaImobilização do Patrimônio Líquido (IPL)
IPL=𝑨𝑰
𝑷𝑳x 100
AI = ativo imobilizadoPL = patrimônio líquido
O índice de imobilização do patrimônio líquido (fixed asset,investment and intangible to net worth) indica quanto dopatrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo imobilizado.
Por exemplo, dividindo o ativo imobilizado de R$ 210.622 pelo PLde R$ 327.743, obtém-se 64,26%, que significa que para cada R$ 100de capital próprio a empresa tem aplicado no ativo imobilizado R$64,26.
Do ponto de vista de risco, a interpretação do índice deimobilização do patrimônio líquido, é de quanto maior pior.
Análise da Estrutura de Capitais e SolvênciaParticipação de Capital de Terceiros (PCT)
PCT=𝑷𝑪+𝑷𝑵𝑪
𝑷𝑳x 100
PC = passivo circulantePNC = passivo não circulantePL = patrimônio líquido
O índice de participação de capitais de terceiros (debt to equityratio) indica o percentual de capital de terceiros em relação aopatrimônio líquido da empresa, retratando a dependência daempresa em relação aos recursos externos.
Do ponto de vista de risco, a interpretação deste índice, é dequanto maior pior.
Análise da Estrutura de Capitais e SolvênciaComposição do Endividamento (CE)
CE=𝑷𝑪
𝑷𝑪+𝑷𝑵𝑪x 100
PC = passivo circulantePNC = passivo não circulante
O índice de composição do endividamento indica quanto da dívidatotal da empresa deverá ser pago a curto prazo, isto é, as obrigaçõesde curto prazo comparadas com as obrigações totais.
Do ponto de vista de risco, a interpretação deste índice, é dequanto maior pior. A razão é que, quanto mais dívidas para pagara curto prazo, maior será a pressão para que a empresa gererecursos para honrar seus compromissos.
Análise da Liquidez e Capacidade de Pagamentos
Os índices de liquidez visam fornecer um indicador da capacidadeda empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre osdireitos realizáveis e as exigibilidades. No geral, a liquidez decorreda capacidade de a empresa ser lucrativa.
Liquidez Geral (LG) Liquidez Corrente (LC) Liquidez Seca (LS)
Análise da Liquidez e Capacidade de Pagamentos
Liquidez Geral (LG)
LG=𝑨𝑪+𝑹𝑳𝑷
𝑷𝑪+𝑷𝑵𝑪
AC = ativo circulanteRLP = realizável a longo prazoPC = passivo circulantePNC = passivo não circulante
O índice de liquidez geral (Current and long term assets toliabilities) indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens edireitos realizáveis a curto e longo prazo, para fazer face às suasdívidas totais.
A interpretação deste índice é, de quanto maior, melhor.
Análise da Liquidez e Capacidade de Pagamentos
Liquidez Corrente (LC)
LC=𝑨𝑪
𝑷𝑪
AC = ativo circulantePC = passivo circulante
O índice de liquidez corrente (Current ratio) indica quanto aempresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curtoprazo, comparando com suas dívidas a serem pagas no mesmoperíodo
A interpretação deste índice é, de quanto maior, melhor.
Análise da Liquidez e Capacidade de Pagamentos
Liquidez Seca (LS)
LS=𝑫𝑰𝑺𝑷+𝑨𝑭+𝑫𝑹𝑳
𝑷𝑪
DISP = disponibilidadesAF = aplicações financeirasDRL = duplicatas a receber (líquidas de PDD)
O índice de liquidez seca (acid test) indica quanto a empresapossui em disponibilidades (depósitos bancários a vista eaplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeirasde curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face ao seu passivocirculante.
A interpretação deste índice é, de quanto maior, melhor.
Índice de Capital de Giro
Capital Circulante Liquido: quanto maior for o CCL melhor seráa condição de liquidez da empresa.
CCL = AC – PC