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Contabilidade Ambiental e Social - Monografia

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Monografia sobre Contabilidade Ambiental e Social,

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  • FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA

    CURSO: CINCIAS CONTBEIS

    DISCIPLINA: MONOGRAFIA ACADMICA

    REA: CONTABILIDADE SOCIAL

    PROFESSOR: JOO AMARAL DE MEDEIROS

    BENEFCIOS DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NO

    CONTROLE, TRANSPARNCIA E COMPETITIVIDADE NO

    MEIO EMPRESARIAL.

    MNICA ALVES COSTA

    MATRCULA N 9952141

    Braslia/DF, Junho de 2005

  • MNICA ALVES COSTA

    Matrcula: 9952141

    BENEFCIOS DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NO

    CONTROLE, TRANSPARNCIA E COMPETITIVIDADE NO

    MEIO EMPRESARIAL.

    Monografia apresentada como requisito

    para concluso do curso de bacharelado

    em Cincias Contbeis do UniCEB

    Centro Universitrio de Braslia, sob

    orientao do professor: Joo Amaral de

    Medeiros

    Braslia/DF, Junho 2005.

  • MNICA ALVES COSTA

    Matrcula: 9952141

    A Banca Examinadora verificou e avaliou a presente monografia. Aps sua

    apresentao pelo acadmico, os membros opinaram pela sua aprovao.

    Braslia, 28 de Junho de 2005

    _____________________________________

    Professor Orientador: Joo Amaral de Medeiros

    ____________________________________

    Professor: Joo Carlos Gonalves

    ____________________________

    Professor: Nolberto Betim Furquim

  • Dedico este trabalho:

    A Deus,

    Pela Fidelidade e amor que

    eterno.

    Aos meus pais,

    Pelo incentivo e confiana.

  • Agradecimentos,

    A Deus que dotou-me com inteligncia e

    sabedoria. A Ele glria.

    Aos meus pais, que me presentearam com

    o milagre da vida, educando me para o

    sucesso profissional e pessoal.

    Aos meus irmos pelo apoio.

    Aos meus familiares pelo incentivo.

    Aos meus amigos por acreditarem em mim.

    Ao Professor Orientador, Joo Amaral de

    Medeiros, que me ajudou nesta difcil tarefa.

  • RESUMO

    Costa Alves, Mnica. Benefcios da Contabilidade Ambiental no Controle,

    Transparncia e Competitividade no Meio Empresarial, 2005, 44 pg. Cincias

    Contbeis.Centro Universitrio de Braslia UniCEUB, Braslia.

    O trabalho visa demonstrar o quanto o estudo e a aplicao da contabilidade pode ser

    importante para o controle, transparncia e competitividade da contabilidade

    ambiental. Os reflexos da ao do homem sobre o meio ambiente sempre foram

    negativos, porm foram drasticamente maximizados a partir do sculo XIII, quando a

    revoluo industrial e o capitalismo levaram ao aumento da produo,

    conseqentemente aumentando o volume das matrias-primas empregadas nos

    processo produtivos. A integrao da utilizao das fontes abiticas (ar, gua, terra,

    energia) e biticas (flora, flauna) ao manejo econmico determinar mais claramente

    que o meio ambiente como fonte de capital natural ao receptor de detritos do processo

    de subprodutos gerados durante a produo de capital pelo homem e por outras

    atividades humanas O papel da contabilidade em relao ao meio ambiente o de

    tentar mensurar, quantificar, os recursos disposio da empresa e os impostos

    causados por esta sobre o ambiente de maneira geral. A transparncia das informaes

    a serem divulgadas, competividades, eficncia, qualidade, produtividade, flexibilidade

    de produo, inovao tecnolgica, satisfao de clientes, cuidados como meio

    ambiente so alguns tpicos que fazem parte das preocupao cotidianos do meio

    empresarial.

    Palavras-chaves: Meio ambiente, Transparncia, Competitividade.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ......................................................................................................................9

    1.1 Tema .................................................................................................................................10

    1.2 Delimitao do Tema..........................................................................................................10

    1.3 Justificativa da Escolha do Tema.......................................................................................10

    1.4 Objetivo ...............................................................................................................................11

    1.4.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................11

    1.4.2 Objetivo Especfico..........................................................................................................11

    1.5 Problema.............................................................................................................................11

    1.6 Metodologia ........................................................................................................................12

    1.7 Organizao do Trabalho ...................................................................................................12

    2 O MEIO AMBIENTE COMO PATRIMNIO DA HUMANIDADE .............................. 14

    2.1 A preocupao Ambiental ..................................................................................................15

    2.2 Normas Brasileira para o Meio Ambiente ..........................................................................20

    3 A DIVULGAO E TRANSPARNCIA DE INFORMAO AMBIENTAIS ............. 21

    3.1 Formas de Evidenciaes Ambientais...............................................................................22

    3.2 Transparncia no Brasil......................................................................................................24

    4 A INFLUNCIA DA CONTABILIDADE AMBIENTAL COMO MEIO EFICAZ DE

    INFORMAO....................................................................................................................... 26

    4.1 Preocupao com Relao Empresa Meio Ambiente .......................................................27

    4.2 Balano Social ....................................................................................................................28

    5 A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL EM RELAO AO MEIO AMBIENTE ..... 32

    5.1 Vantagem Competitiva .......................................................................................................32

    5.2 Importncia para a Competitividade...................................................................................35

    6 O CONTROLE AMBIENTAL COMO FORMA DE ASSEGURAR A QUALIDADE DE

    VIDA ........................................................................................................................................ 38

    6.1 Licenciamento Ambiental....................................................................................................40

    7 CONCLUSO..................................................................................................................... 42

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 44

  • 91 - INTRODUO

    No princpio, a terra foi criada com um grande propsito: a habitao de

    seres humanos. A criao ocorreu de forma excelente, contendo todos os elementos

    necessrios para suprir as necessidades bsicas do ser humano, tendo como objetivo

    principal a preservao da vida.

    Devido ao crescimento das populaes, o ser humano encontrou a questo

    da escassez, que surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas. O

    crescimento populacional renova as necessidades bsicas. O contnuo desejo de

    elevao do padro de vida e a evoluo tecnolgica fazem com que surjam novas

    necessidades.

    A humanidade tem passado por vrias transformaes, tendo em vista que o

    homem, a cada dia, procura formas de melhorar o meio ambiente e as condies de

    vida. Novos processos produtivos foram descobertos, objetivando maiores quantidades

    e melhor qualidade dos produtos, com o advento da industrializao, ocorrida na

    Inglaterra, no sculo XIII, sempre visando maiores lucros

    As conseqencias da ao humana sobre o meio ambiente no foram

    perbidas pelos produtores, tendo como resultado problemas ambientais de grrandes

    dimenses, como poluio, abertura na camada de oznio e a falta de didponibilidade

    de gua potvel no planeta.

  • 10

    A busca do desenvolvimento econmico assegurando a preservao

    ambiental tem conduzido as empresas, participal de minimizar os impactos negativos de

    suas atividades e a busca de melhor qualidade de vida para a humanidade.

    1.1Tema

    Contabilidade Ambiental

    1.2Delimitao do Tema

    Os benefcios da contabilidade ambiental no controle, transparncia e

    competitividade no meio empresarial.

    1.3Justificativa da Escolha do Tema

    Diante da crescente e assustadora degradao ambiental, faz-se necessrio

    que as empresas tenham a conscientizao do dever de incorporar, alm da obteno

    de lucros, a responsabilidade de preservar o meio ambiente.

    Procura entende o meio ambiente fato relevante que deve ser avaliado

    mundialmente. Todos deveriam passar por um processo de educao ambiental com o

    objetivo de conscientizar os cidados sobre o problema e promover a participao da

    populao na soluo dos problemas.

  • 11

    1.4Objetivos

    1.4.1 Geral

    Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar os benefcios da

    contabilidade ambiental no controle, transparncia e competitividade da empresa que

    se preocupa com o meio ambiente.

    1.4.2 Especficos

    - analisar a divulgao de informaes do desempenho econmico,

    financeiro, social e ambiental das empresas;

    - demonstrar a importncia da competitividade empresarial em relao ao

    meio ambiente;

    - demonstrar a importncia da contabilidade ambiental como meio eficaz de

    informao;

    - analisar o controle ambiental como forma de garantir a preservao da

    vida.

    1.5 Problema

    Qual a importncia da contabilidade ambiental no controle, transparncia e

    competitividade para as empresas que respeitam e preservam o meio ambiente?

  • 12

    1.6 Metodologia

    Para a elaborao da pesquisa foi utilizado o mtodo bibliogrfico, tendo em

    vista que o estudo baseou-se na procura em livros, revistas e web site de matrias

    relacionadas contabilidade ambiental.

    Nas cincias humanas as pesquisas geralmente no adotam a

    experimentao, pois cada rea possui suas particularidades. As pesquisas na rea da

    contabilidade possuem tendncia a ser do tipo no experimental, aquelas nas quais o

    pesquisador observa, registra, descreve, analisa e correlaciona os fatos sem manipular

    as variveis, interferindo na realidade.

    1.7 Organizao do Trabalho

    Este trabalho est estruturado em sete captulos:

    - a introduo apresenta a delimitao do tema, objetivos e outros elementos

    necessrios situao leitor sobre o desenvolvimento;

    - o captulo segundo trata do meio ambiente como patrimnio da

    humanidade, onde mostra que o homem tem o dever de cuidar da natureza

    com responsabilidade e conhecimento. A ausncia da preservao poder

    levar o planeta ao caos.

  • 13

    - o terceiro captulo trata da divulgao e transparncia de informaes

    ambientais, onde se v que a sociedade deve ter acesso s informaes

    econmicas e financeiras no mundo empresarial, para ter conhecimento, com

    transparncias, sobre o que as empresas esto fazendo em prol do meio

    ambiente.

    - o quarto captulo reflete sobre a influncia da contabilidade como meio

    eficaz de informao.Traz reflexo sobre a importncia das informaes que

    o balano social tem para divulgar a postura da empresa e para que os

    interessados tomem conhecimento da linha de conduta que est sendo

    adotada pelo meio empresarial.

    - o quinto captulo monstra a importncia da competitividade empresarial em

    relao ao meio ambiente destacando o crescimento da contabilidade do

    meio ambiente para as empresas em geral diante da escassez e acesso ao

    recursos naturais.

    - o sexto captulo apresenta o controle ambiental como forma de garantir a

    preservao da vida, onde se evidncia que a conscientizao e

    conhecimento poderiam promover atitudes corretas e o desenvolvimento de

    habilidades especficas para a soluo de problemas.

  • 14

    2 O MEIO AMBIENTE COMO PATRIMNIO DA HUMANIDADE

    A ecologia a rea das cincias biolgicas que estuda os seres vivos em

    relao com o meio ambiente. A maior unidade ecolgica conhecida, a biosfera,

    abrange todos os ambientes onde vivem os seres vivos, podendo ser dividida em

    subunidades ecolgicas menores, os ecossistemas.

    Um deserto, uma floresta tropical ou um lago so ecossistemas nos quais

    existem delicados equilbrios entre os organismos e o ambiente. Uma pequena

    modificao pode alterar esse equilbrio e modificar o ecossistema. As mudanas

    naturais nos ecossistemas so relativamente lentas, o que permite que eles evoluam

    junto com as modificaes.

    As alteraes ambientais provocadas pelo homem, no entanto, so violentas

    e suas conseqncias, muitas vezes irreversveis. A mo humana foi responsvel pela

    destruio de muitos ecossistemas e pela extino de inmeras espcies de animais e

    vegetais.

    A utilizao desregrada de inseticidas e herbicidas, por exemplo, alm de

    poluir o ambiente do homem e contaminar seus prprios alimentos, permite o

    crescimento populacional de espcies mais resistentes ou que no encontram mais

    seus inimigos naturais. Como conseqncias, baratas, pernilongos, mosquitos diversos

  • 15

    proliferam, destruindo lavouras e alimentos armazenados e transmitindo doenas ao

    homem e aos animais domsticos.

    Outro exemplo a destruio de florestas para a extrao predatria de

    madeira. A falta de vegetao, alm de alterar o clima, diminui a capacidade de

    infiltrao da gua no subsolo, provocando a escassez de fontes de gua potvel e de

    recursos hdricos.

    As violentas enxurradas que se formam devido inexistncia do obstculo

    vegetal, alm de erodir o solo, carregam sua parte mais frtil exigindo dos agricultores

    grandes investimentos em adubos e fertilizantes.

    2.1A Preocupao Ambiental

    A degradao excessiva do meio ambiente e a escassez exagerada de

    recursos naturais tm chamado a ateno em todo o mundo, e com isso o meio

    ambiente vem atraindo cada vez mais ateno e interesse.

    O impacto dos danos ambientais nas geraes e seus reflexos fizeram com

    que a questo ambiental atravessasse fronteiras e, se tornasse globalizada.

    No sculo XX, na dcada 40, no EUA em 1947, foi criado no estado Campos,

    o Federal Insecticide, fungicide, and Rodenticide Act, com a responsabilidade de

  • 16

    regulamentar e investigar as aes e os impactos dos fungicidas, inseticidas, raticidas

    entre outros produtos no meio ambiente, bem como seus efeitos na humanidade.

    Foi realizada em Lake Sucess, nos EUA em 1949, a conferncia da ONU

    sobre a Conservao e Utilizao de Recursos (UNSCCUR).

    Na dcada de 50, a deteriorao ambiental e sua ralao com o estilo de

    crescimento econmico j eram objetos de estudo e preocupao internacional. Cita-se,

    por exemplo, Albert Shcweitzer, filsofo, telogo luterano, organista intrprete de Bach,

    mdico missionrio que em 1952 ganhou o Prmio Nobel da Paz ao popularizar a tica

    ambiental e por seus esforos pela Irmandade das Naes.

    Nos anos 60, nos Estados Unidos, houve profunda mudana na atitude do

    povo americano com relao necessidade de normas ambientais federais, suscitada

    em parte por Silent spring (Primavera silenciosa), de Rachel Carson, biloga marinha

    norte-americana, que resultou em presso para que os polticos agissem. O livro foi

    publicado em 1962 e presidiu o rito de passagem para um momento novo na histria

    humana, o da preocupao com os rumos do desenvolvimento prprio da sociedade

    industrial.

    Em 1967 foi criado o Environmental Defense Fund (EDF) para pressionar por

    solues legais para os danos ambientais.

  • 17

    O National Environmental Policy Act (NEPA), primeira agncia nacional de

    proteo ao meio ambiente, promoveu em 1969, nos EUA, a utilizao de processos

    sistmicos de avaliao de impactos ambientais, que resultaram no surgimento de

    muitos modelos de sistemas e que serviram de base para a Avaliao de Desempenho

    Ambiental (ADA).

    No ano seguinte, nasce o Greenpeace no Canad, com um programa

    agressivo para acabar com a destruio ambiental atravs de protestos civis e

    interferncia pacfica.

    No ano 1972, em Estocolmo, Sucia um acontecimento marcante para a

    questo ambiental foi a Conferncia sobre Meio Ambiente Humano, liderada por

    Maurice Strong. Permaneceu a oposio entre meio ambiente e crescimento econmico

    mencionando no relatrio Os limites para o crescimento. Essa conferncia contou com

    representantes de 113 pases, 250 organizaes no governamentais e vrios

    organismos da ONU.

    A ecologia profunda foi em 1973 como resposta viso dominante sobre o

    uso dos recursos naturais. No Brasil, nessa mesma poca, o Prof. Jos Lutzenberger j

    propunha idias semelhantes e desencadeava o movimento ecolgico brasileiro com a

    criao da Associao Gacha de Proteo ao Ambiente Natural (Agapan).

    No ano de 1973, foi criada no Brasil a Secretaria Especial do Meio Ambiente

    (SEMA) ligada ao Governo Federal, Ministrio do Meio Ambiente, Recursos Hdricos e

  • 18

    Amaznia (MMA). Nessa poca, o Conselho Federal de Educao tornou obrigatria a

    disciplina Cincias Ambientais em cursos universitrios de Engenharia.

    Na dcada 80, surgiu o que se pode chamar de base conceitual para a

    abordagem cientfica da AIA. Publicaes cientificas procuraram demonstrar e destacar

    sua importncia. Os principais instrumento que viabilizam a execuo das AIAs so os

    Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e os Relatrios de Impactos ao Meio Ambiente

    (RIMA).

    No Brasil, os EIA-Rimas foram implementados pela Lei Federal n 6.938/81 e

    pela Resoluo n 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

    Em 1988, a Constituio da Repblica Federativa do Brasil dedicou o

    Captulo VI ao Meio Ambiente e no Art. 225, inciso VI, determina ao Poder Pblico

    promover a Educao Ambiental e o Primeiro Frum de Educao Ambiental.

    No incio da dcada de 90 muitos pases, sobretudo os desenvolvidos,

    comearam a ser cobrados para criarem ferramentas que identificassem e avaliassem

    sues impactos ambientais. Acredita-se que muitos impactos ambientais vm sendo

    reduzidos devido aos avanos de tcnicas, mtodos e processos de avaliao de

    impactos e riscos ambientais.

    Nessa dcada, precisamente no dia 03/06/1992, houve um evento

    importante no Rio de Janeiro, que foi a Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio

  • 19

    Ambiente e o Desenvolvimento, conhecida tambm como Cpula da Terra, Rio 92, ou

    Eco 92. Os documentos principais produzidos foram a Agenda 21, a Declarao do Rio

    sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e Convenes sobre o Clima e sobre

    Biodiversidade, como frum de organizaes no governamentais assinando um

    conjunto de tratados paralelos.

    O Rio de Janeiro serviu como centro de encontro de 114 chefes de Estado,

    10.000 jornalistas e uma populao visitante avaliada em 500 mil pessoas. Pela

    primeira vez, estadistas e representantes de organizaes no governamentais, a voz

    da sociedade civil, reuniram-se para discutir o futuro do planeta.

    A implementao da ECO-92 e como um elemento de ligao entre os vrios

    conselhos nacionais ligados ao desenvolvimento sustentvel, para atuar como ponto

    focal, foi criado o Conselho da Terra.

    No ano 2002 a Cpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentvel, ou

    Cpula da Terra 2, reuniu-se em Johannesburgo, frica do Sul. Donde resultaram o

    Plano de Implementao da Agenda 21 tem como objetivos Supremos a serem

    alcanados: erradicao da pobreza, mudana dos padres insustentveis de produo

    e consumo, produo de recursos naturais.

  • 20

    2.2 Normas Brasileiras para o Meio Ambiente

    As normas ambientais brasileiras so consideradas as melhores do mundo.

    Visando a defesa do meio ambiente, existem instrumentos legais em grande quantidade

    e boa qualidade. O Brasil possui um conjunto diversificado de dispositivos e

    instrumentos legais que prev a regulamentao de proteo, controle e gesto

    ambiental. Existem dezessete leis ambientais com o objetivo de garantir a preservao

    do grande patrimnio ambiental do pas, apesar de no serem cumpridas

    adequadamente.

    O Artigo 225 da Constituio Federal de 1988 discorre que "todos tm direito

    ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

    sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de

    defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes".

    Assim, o no cumprimento das medidas preservao ou correo dos

    inconvenientes e danos causados pela degradao da qualidade ambiental sujeitar

    aos infratores: o pagamento de multa simples ou diria; perda ou restrio de

    incentivos e benefcios fiscais concedidos pelo Poder Pblico; perda ou suspenso da

    participao em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crdito; e

    suspenso de sua atividade empresarial.

  • 21

    3 A DIVULGAO E TRANSPARNCIA DE INFORMAES

    AMBIENTAIS.

    O objetivo central da contabilidade o de prover informao a seus usurios,

    no intuito de que estes possam tomar decises adequadas, que sejam teis e que, por

    conseguinte, acrescentem, maximizem para seus interesses pessoais o uso dessas

    informaes econmicas e financeiras.

    O usurio toda pessoa fsica ou jurdica que tenha interesse na avaliao

    da situao presente de uma entidade. Essas demandas podem ser dos empregados,

    acionistas, administradores pblicos, clientes, bancos, investidores, organizaes

    ecolgicas, seguradoras e comunidade local.

    No Brasil, existem vrias tipos de sociedades que operam com finalidades

    lucrativas. Constituem-se em empresas de responsabilidade limitada e em sociedades

    por aes. Tambm existem outros tipos de entidades que no tm essa finalidade

    especfica, como as Organizaes No Governamentais (ONGs), que defendem

    interesses da comunidade, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentvel.

    A lei estabelece que, ao fim de cada exerccio social, a administrao das

    empresas devem elaborar, com base na escriturao contbil, as seguintes

    demonstraes contbeis para as sociedades por aes, que por praticidade so

    adotadas pela maioria dos outros tipos de empresas: Balano Patrimonial,

    Demonstrao do Resultado do Exerccio, Demonstrao de Lucros ou Prejuzos

  • 22

    Acumulados ou Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido e Demonstraes

    das Origens e Aplicaes de Recursos.

    A sociedade no tem conhecimento do desempenho econmico e financeiro

    dessas entidades, nem de seu desempenho social e ambiental.

    3.1 Formas de Evidenciaes Ambientais

    As sociedades por aes de capital aberto, divulgam ainda alm das

    demonstraes contbeis mencionadas, para atendimento dos usurios de informao,

    as seguintes evidenciaes: Relatrios da administrao e Notas Explicativas.

    Os relatrios da administrao no apresentam muitas informaes

    relacionadas ao meio ambiente. Existem recomendaes includas nas descries dos

    negcios da empresa. Por exemplo, informaes sobre os efeitos materiais de acordo

    com a legislao em vigor, regulando as descargas de materiais ou de outras maneiras

    relacionadas com a proteo do ambiente, ou ainda sobre gastos de capital, ganhos, ou

    a posio competitiva da empresa.

    A Comisso de Valores Mobilirios publicou o Parecer de Orientao n

    15/87, em que sugere uma nota de Relatrio da Administrao quanto aos

    investimentos efetuados a favor do meio ambiente. Esse parecer composto por dados

    qualitativos e subjetivos ou ainda quantitativos fsicos. Os valores so informados, no

  • 23

    so identificados como despesas ou investimentos, e no guardam qualquer relao

    com outro elemento das demonstraes contbeis.

    O relatrio da administrao, como componente das demonstraes

    financeiras, pode e deve expressar a posio da direo da entidade no que diz

    respeito s polticas postas em prtica ou que porventura venham a ser adotadas,

    ressaltando os pontos positivos, mas no omitindo os pontos negativos decorrentes de

    polticas ambientais.

    As notas explicativas conforme a poltica contbil devem descrever as

    normas adotadas para contabilizar as medidas de proteo do meio ambiente. Podem

    ser destacadas seis medidas de proteo: 1 - ao reflexo nas operaes do montante

    relacionado com as medidas ambientais; 2 - origem de financiamento e poltica de

    amortizao; 3 consignao dos passivos; 4 criao de provises e de reservas

    para atender a casos de acidente ecolgicos; 5 divulgao da informao sobre

    passivos eventuais; 6 ao critrio aplicado s subvenes oficiais.

    Surgem algumas informaes adequadas s notas explicativas com os

    respectivos comentrios. De acordo com o Parecer de Orientao N 21/90, tratando da

    continuidade normal dos negcios, quando for identificada situao de risco iminente de

    paralisao total ou parcial das empresas da companhia, a nota explicativa dever

    fornecer maiores detalhes sobre os planos e possibilidade de sua recuperao ou no.

  • 24

    Com relao a nus, garantias e responsabilidades eventuais e contingentes,

    de acordo com a Lei N 6.404/76, art. 176, e Nota Explicativa da Instruo CVM N

    59/86, devem ser divulgados os nus reais sobre elementos do ativo; as garantias

    prestadas a terceiros e outras responsabilidades, cuja probabilidade for difcil de

    calcular ou cujo valor no for mensurvel, devero ser evidenciados em nota

    explicativa. As notas explicativas, portanto, que deveriam exercer um papel de

    complementao de informaes ou ainda para maiores detalhamentos de fatos

    existentes no corpo das demonstraes financeiras, restringem-se ao mnimo

    necessrio exigido por lei.

    3.2 Transparncia no Brasil

    A administrao do impacto das atividades empresariais no meio ambiente

    exige que os empresrios tenham uma postura tica com conscincia ecolgica e

    adotem uma postura proativa na proteo do meio ambiente, pois a administrao

    responsvel dos impactos ecolgicos est mais vinculada ao compromisso efetivo de

    preservar um legado para as prximas geraes do que aos problemas existentes no

    processo de mensurao e registro dos impactos atuais.

    Na prtica, o contexto de atuao de grande parte das entidades brasileiras

    no corresponde e esta viso idealizada, sendo caracterizado por diversos fatores que

    contribuem para a manuteno de uma cultura pouco desenvolvida de prestao de

    contas e que desestimulam a difuso da Contabilidade Financeira Ambiental (CFA),

    como, por exemplo, o baixo grau de internacionalizao da economia e o de educao

  • 25

    ambiental, o controle de grande parte das empresas por grupos familiares, a gesto no

    profissionalizada, atuao no muito ativa de grupos de interesses, a existncia de

    penalidades reduzidas para a falta de transparncia, a falta de incentivos para a adoo

    de aes corretivas ou que evitem o desperdcio e a falta de confiana na estabilidade

    das regras.

    As contas ambientais devem ser permanentemente acompanhadas pela

    sociedade atravs da transparncia nos procedimentos de aplicao dos recursos

    naturais e com a divulgao dos resultados de forma clara e confivel.

    A busca da transparncia na gesto ambiental um dos elementos

    fundamentais para a manuteno do equilbrio.

    A contabilidade tem um papel importante diante da administrao moderna,

    pois se afigura como um processo gerador das informaes sobre o que a

    administrao realizou em termos financeiros, servindo de instrumento que possibilite

    informaes para tomada de decises, controle e avaliao de desempenho, por

    possibilitar informaes para comparaes e avaliaes de carter gerencial, nas reas

    econmicas, verificando sua eficincia, eficcia e efetivao.

    A transparncia na gesto ambiental o principal instrumento para o controle

    social.

  • 26

    4 A INFLUNCIA DA CONTABILIDADE COMO MEIO EFICAZ DE

    .INFORMAO

    A contabilidade existe desde os tempos mais remotos da humanidade. Tem-

    se conhecimentos atravs da histria de que os homens primitivos faziam desenhos

    nas paredes das cavernas como se estivessem controlando algo que lhes pertencia.

    Com o passar do tempo, o homem comeou realmente a controlar seus bens, contando

    as ovelhas. Mais tarde os escravos e suas terras. A contabilidade to antiga quanto a

    humanidade, pois a existncia do controle do patrimnio indica a existncia da

    contabilidade. A escrita, os algarismos e a moeda foram algumas condies

    indispensveis para o surgimento e desenvolvimento da contabilidade. A escrita foi fator

    preponderante ao registro, pois antes dela os homens pr-histricos recorriam aos

    smbolos e desenhos.

    A contabilidade tem-se mostrado como cincia dinmica que surgiu,

    desenvolveu-se e alterou-se em funo das modificaes sofridas por seu objeto de

    estudo, modificaes influenciadas pelo contexto histrico mais amplo. A contabilidade

    encontra-se constantemente desafiada a ajustar-se s novas realidades para que

    mantenha sua legitimidade enquanto cincia social aplicada.

    A complexidade da vida comercial e financeira somada ao agigantamento

    das companhias, das fazendas rurais, dos bancos e das manufaturas, colocou a

    necessidade de demonstraes contbeis que serviram tanto para os gerentes

    orientarem-se no aproveitamento lucrativo das oportunidades de trocas quanto para o

  • 27

    controle da performance da empresa e sobre os possveis atos de negligncia,

    sabotagem ou corrupo.

    A Contabilidade, sendo uma cincia social, como conseqncia lgica, est

    assumindo a responsabilidade de tratar de assuntos ligados aos fenmenos ambientais.

    Considera objetivos de estudos e evidncias ambientais por meio da

    Contabilidade: proteo da biosfera; uso racional de recursos naturais; reduo e

    eliminao de desperdcios; uso eficiente da energia; reduo de riscos para os

    trabalhadores e comunidade circundante; venda de produtos e servios seguros;

    compensao de danos causados; informao sobre a empresa e o meio ambiente;

    designao de diretores e responsveis pelas questes ambientais.

    4.1 Preocupao com Relao Empresa-Meio Ambiente

    Diversas ocorrncias desafiam a contabilidade a adaptar-se s novas

    necessidades que a sociedade apresenta, entre as quais est a necessidade de

    obteno de informaes relativas ao meio ambiente.

    As empresas possuem uma funo social e, quando essa atividade, por fora

    de sua organizao, comea a merecer o nome de empresa, ela se torna

    inevitavelmente um elo essencial na cadeia de equilbrio do meio ambiente como um

    todo. Porm, o que aconteceu foi um desequilbrio entre o sistema empresarial e a

    natureza.

  • 28

    A histria registra que o homem sempre utilizou os recursos naturais e gerou

    resduos com baixo nvel de preocupao. Tudo era abundante e gratuito, a natureza

    no reclamava, a populao mundial no se preocupava. O enfoque sempre foi diluir e

    dispersar, sem qualquer preocupao com uma possvel extino dos recursos

    naturais.

    Com a pesquisa bibliogrfica, possvel constatar que o comportamento

    comeou a mudar com o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentvel

    somado a uma srie de fatores que surgiram nas ltimas dcadas do sculo XX, sejam

    imposies legais em nvel federal, estadual e municipal, ou contraposies da

    sociedade organizada.

    A populao comea a perceber a escassez de recursos, visualizando o seu

    possvel esgotamento (petrleo, gua potvel, madeira ).

    4.2 Balano Social

    O Balano Social busca demonstrar o grau de responsabilidade social

    assumido pela empresa e assim prestar contas sociedade pelo uso do patrimnio

    pblico, constitudo dos recursos naturais, humanos e o direito de conviver e usufruir

    dos benefcios da sociedade em que atua.

    O Balano Social o relatrio de divulgao alternativa. O Projeto de Lei n

    3.116/97, em trmite nas esferas federais, prev a obrigatoriedade da divulgao do

  • 29

    balano social por empresas com 100 empregados ou mais, e para as pblicas,

    independentemente do nmero de funcionrios.

    O objetivo do Balano Social demonstrar o resultado da interao da

    empresa com o meio em que est inserida. Possui quatro vertentes: Balano Ambiental,

    Balano de Recursos Humanos, Demonstrao do Valor Adicionado e Benefcios e

    Contribuies Sociedade em Geral.

    O Balano Ambiental reflete a postura da empresa em reao aos recursos

    naturais, compreendendo os gastos com preservao, proteo e recuperao destes;

    os investimentos em equipamentos e tecnologias voltados rea ambiental e os

    passivos ambientais. Poder ainda ter caractersticas fsicas como, descrio das

    quantidades comparativas de poluentes produzidos de um perodo a outro,

    acompanhadas dos parmetros legais.

    No Balano Social, os gastos ambientais so colocados de forma resumida,

    podendo ser melhor explorados ou ainda complementados.

    As informaes do Balano Social tm importncia para divulgar a postura

    da empresa e para que os interessados em sua continuidade tomem conhecimento da

    linha de conduta que est sendo adotada pela companhia.

    A maioria dos pases no possuem legislao obrigando a divulgao de

    dados relativos ao meio ambiente. A ateno ao meio ambiente por parte das empresas

  • 30

    um fator estratgico de competitividade, a aplicao de prtica da contabilidade

    ambiental pode e deve ocorrer independentemente da existncia de uma legislao

    prvia tornando-a obrigatria. Nenhuma vantagem competitiva foi imposta como algo

    obrigatrio para as empresas. A seguir, so apresentados modelos de balano

    ambiental e balano ambiental fsico.

    Quadro 1: Modelo de Balano Ambiental

    BALANO AMBIENTAL

    1 INVESTIMENTOS

    Aquisio de estoques (parcela ainda no consumida) 1.300,00

    Aquisio de imobilizado9.700 9.700,00

    TOTAL DOS ATIVOS 11.000,00

    2 CUSTOS OPERACIONAIS

    Salrios e treinamento 460,00

    Insumos utilizados para reduo dos impactos ambientais 280,00

    Adaptao legislao 190,00

    Gastos com divulgao 320,00

    TOTAL DOS RECURSOS OPERACIONAIS 1.250,00

    3 REDUO DOS REFUGOS 4.570,00

    4 ECONOMIAS DE CUSTOS

    Economia de energia eltrica 4.300,00

    Economia em transporte 2.900,00

    Economia de matria-prima 7.500,00

    Economia de gastos com pessoal 6.200,00

    (sade, improdutividade, absentesmo, e outros)

    ECONOMIA TOTAL 20.900,00

    Fonte: SILVA, Benedito Albuquerque da. Contabilidade e meio ambiente. So Paulo:

    Annablume, 2003, p. 107.

    Balano Ambiental no precisa focar apenas em dados financeiros, ele pode tambm

    ser de natureza fsica, como adotado por algumas empresas.

  • 31

    Quadro 2: Modelo de Balano Ambiental Fisco

    BALANO AMBIENTAL FSICO

    Quantidade produzida do resduo X por toneladas 100

    Quantidade mxima permitida pela legislao ambiental 120

    Proporo entre o realizado e o permitido 0,83

    Quantidade produzida do resduo Y por toneladas 250

    Quantidade mxima permitida pela legislao ambiental 200

    Proporo entre o realizado e o permitido 1,25

    E assim para os demais produtos ou linhas de produtos

    Fonte: SILVA, Benedito Albuquerque da. Contabilidade e meio ambiente. So Paulo:

    Annablume, 2003, p. 108.

  • 32

    COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL EM RELAO AO MEIO5

    AMBEINTE.

    Segundo NAKAGAWA, Masayuki, Custos para a competitividade o termo,

    competitividade de uma empresa pode ser definido, em sentido amplo, como sua

    capacidade de desenvolver e sustentar vantagens competitivas que lhes permitam

    enfrentar a concorrncia. Esta capacidade competitiva empresarial condicionada por

    um amplo conjunto de fatores internos e externos empresa. Em nvel interno, a

    competitividade empresarial resulta, em ltima instncia, de decises estratgicas,

    atravs das quais so definidas suas polticas de investimento, de marketing,

    tecnologia, de gesto da produo, financeira, de recursos humanos.

    O objetivo das decises deve ser atingir padres de preo, qualidade e prazo

    de entrega competitivos com os padres vigentes nos mercados atendidos pela

    empresa.

    6.1 Vantagem competitiva

    A vantagem competitiva nica e objetiva ser sustentada por competidores

    ou concorrentes. Sendo mais que uma idia de estratgias competitivas, pode ou no

    ser comprovada. Ela tem dois pontos bsicos:

    - Liderana de custo, quando a empresa consegue preos ao redor da mdia

    do mercado e lucros superiores, porque seus custos so menores do que aqueles dos

    seus rivais.

  • 33

    A gesto ambiental correlacionada aos aspectos econmico-contbies

    permite a identificao dos custos ambientais gerados pelas atividades e processos

    organizacionais. Dessa forma, a empresa pode estabelecer planos de aes e

    mecanismos de controle com o objetivo de mitigar ou eliminar custos, determinante a

    eficincia da utilizao de recursos da companhia, fator chave para acumulao de

    riquezas.

    Esta questo alavanca a estratgia competitiva da empresa a assegurar o

    cumprimento de seu papel social, por meio da atuao responsvel. Junto s

    exigncias e atribuies de responsabilidade que a sociedade estabelece para as

    empresas, em conformidade com a legislao em vigor, so oferecidas oportunidades.

    A gesto eficiente detecta oportunidade para investimentos rentveis onde parece

    haver apenas exigncias e despesas. Mostram caminhos alternativos para um

    crescimento econmico sem destruio dos recursos naturias.

    - Diferenciao, quando o valor adicionado s reas de significncia real

    para os clientes que estaro desejando pagar preo prmio pela distino ou

    diferenciao. Isto possvel por uma faixa de produtos ou servios diferenciados, cada

    qual desenhado para dar apelo a um segmento diferente, assim como focar apenas

    num nico segmento.

    Para a conscientizao da importncia de atuao ecologicamente correta

    seria necessrio criar presso para motivar as empresas a inovar, e aumentar a

    probalidade de que as inovaes nos produtos e no processo em geral sejam

  • 34

    amistosas ao meio ambiente. Isto assegura que uma empresa no possa galgar

    posies competitivas em relao s outras, fugindo dos investimentos de natureza

    ambiental.

    A comunidade envolvida nas organizaes com as questes scio

    ambientais pode transforma-se numa oportunidade de negcio. um dos fatores

    determinantes do sucesso ou fracasso da empresa.

    Os acionistas mais informados tendem a preferir injetar recursos em empresa

    com preocupao ambiental, por serem mais seguras e conceituadas, o que garante o

    recebimento dos seus dividendos. Podem assegurar o aporte de recursos para

    alavancar os negcios.

    Os funcionrios exigem treinamento, conscientizao e competncia, o que

    ajuda na eficincia e na melhoria do processo de produo, reaproveitando o mximo

    da potencialidade da entidade. Tendo uma imagem segura e confivel, promove a

    satisfao dos empregados, e pode at mesmo resultar em aumento da produtividade.

    No processo produtivo, o primeiro passo para conquistar a vantagem

    competitiva, eliminar o desperdcio. As empresas no conhecem o custo da poluio

    em ternos de desperdcios de recursos, de esforos e diminuio de valor para o

    consumidor.

  • 35

    5.2 Importncia da competitividade.

    A gesto ambiental encarada como ponto estratgico dentro das

    organizaes. Isso um ponto de fundamental importncia para a competitividade.

    A contabilidade do Meio Ambiente vem crescendo e isso importante para

    as empresas em geral, pois a escassez ou acessibilidade dos recursos naturais e a

    poluio do meio ambiente tornou-se objeto de estudo nas reas econmica, poltica e

    social no mundo inteiro, com isso os progressos em proteger o meio ambiente tem

    aumentado, conseqentemente as empresas abrem para a comunidade muitos dados

    sobre poltica ambiental, bem como os programas de gerenciamento e impactos

    referentes ao meio ambiente, e seu desempenho econmico e financeiro.

    A gesto ambiental d empresa a oportunidade de direcionar valores.

    Provavelmente ocorre a vantagem competitiva atravs do reconhecimento pblico.

    O futuro ambiental da empresa pode ser utilizado para gerar operaes que

    tragam resultados sobre a reduo de resduos, com a melhoria das prticas de

    fabricao, embarque e disposio, podendo orientar estrategicamente em termos da

    variedade do produto, investimento em pesquisa, tecnologias e leis de polticas

    pblicas.

    A gesto ambiental exige como primeiro passo o fim do desperdcio na

    empresa, para que a vantagem seja alcanada, pois as empresas no tm

  • 36

    conhecimento do custo da poluio em relao aos desperdcios de recursos, de

    esforos, diminuio de valor para o consumidor. Assim, a empresa deve avaliar o

    processo com a auditoria ambiental, destacando custos desnecessrios (gastos em

    excesso com gua e energia), o controle de custos poder ser utilizado como

    preveno de impactos ambientais.

    Os gestores precisam identificar e alocar custos ambientais, tendo como

    base custos e benefcos, muitas empresas j tem um profissional nesta rea

    trabalhando com Contabilidade Ambiental, as fbricas de cimento, usinas de asfalto e

    muitas outras so um bom exemplo de empresa que tem em seu quadro esses

    profissionais. Quanto se tem um responsvel que contabilize os gastos da empresa,

    estes tendem a diminuir.

    O desafio da contabilidade mudar as tradies, para o balano contbil

    ambiental, contabilidade que seja integrada e que seja competitiva, envolvendo a

    economia e os movimentos ambientais.

    A organizao que opta pela implantao da norma ISO 14001 abre novos

    caminhos no mercado internacional, proporciona vantagem competitiva e introduz

    sensvel reduo de custos na operao, alm de incrementar a receita com

    subprodutos do processo.

    Na Inglaterra, nos anos 90, a ISO 14001 Organizao Internacional para a

    Padronizao constituiu o Grupo Estratgico Consultivo sobre o Meio Ambiente, a

  • 37

    finalidade deste grupo era elaborar normas para a proteo do Meio Ambiente, as

    principais normas so:

    - Avaliao do processo;

    - ISO14.001 Sistema de Gesto Ambiental;

    - ISO14.010 - Auditoria Ambiental;

    - ISO14.030 Avaliao de Performance Ambiental e Avaliao do

    produto;

    - ISO14.020 Rotulagem Ambiental ;

    - ISO14.040 Anlise do Ciclo de Vida.

    O certificado de qualidade se d atravs da crescente concorrncia global,

    uma vez que os clientes no esto interessados no nvel de qualidade ao menor custo.

    Esto sim dispostos a comprar e usar produtos que respeitem o meio ambiente.

    Outro aspecto que deve ser observado quanto a ISO, que as organizaes

    tm compromissos para com o ambiente que as rodeia, no limitando ao respeito pela

    legislao aplicvel, contudo, passam tambm por responsabilidades ticas visando a

    diminuio do impacto ambiental da suas atividades.

    A aquisio do Certificao de Sistemas de Gesto Ambiental um processo

    voluntrio, no exigido por lei, gerando com isso maior reconhecimento do mercado

    consumidor, sua implantao requer modificaes e adaptaes estabelecidas como

    requisitos de normas de referncia acompanhadas periodicamente.

  • 38

    6 O CONTROLE AMBIENTAL COMO FORMA DE ASSEGURAR A

    QUALIDADE DE VIDA.

    Com o progresso, vm o conforto, as facilidades, a modernidade, e com isso

    vem aos poucos revelando agresses ao meio ambiente.

    Da mesma forma que o avanar da tecnologia que se d nos pases

    desenvolvidos e lentamente vai chegando aos menos evoludos, as agresses

    ambientais, traduzidas pela poluio, nos pases adiantados, vo sendo cuidadas todas

    ao mesmo tempo, desde as formas mais evidentes at as mais complexas e nem to

    visveis como a poluio por xidos de nitrognio que tm uma ateno especial e so

    cuidadas, todas, com igual rigor.

    Nos pases menos evoludos, uma das formas de poluio mais freqente

    a poeira na atmosfera, as que saem das chamins, dos telhados das fbricas, as

    queimas diversas ao ar livre e que ainda nem so cuidadas.

    O controle da poluio do ar comea pelo combate poluio por poeiras.

    Todavia, enquanto as naes em desenvolvimento ainda batalham para eliminar esse

    tipo "primitivo" de poluio, as naes mais evoludas j o tm como pgina virada e

    partem para resolver outras etapas, como a poluio pelo CO (dixido de carbono ou2

    gs carbnico), causador principal do efeito estufa, pelos xidos de enxofre e

    nitrognio, causadores da chuva cida e pelos clorofluorcarbonos (CFCs), causadores

    da destruio da camada de oznio e fortes contribuintes para o efeito estufa. No se

  • 39

    usa h muito tempo o amianto como isolante trmico que controla com eficincia toda a

    forma de emisso de hidrocarbonetos cancergenos.

    Se a situao for analisada pelo lado hdrico, v-se que a histria se repete.

    Enquanto os pases em desenvolvimento ainda se encontram no primitivismo do

    tratamento dos esgotos sanitrios e ainda tm muito a caminhar no que diz respeito aos

    esgotos industriais, nos pases adiantados j se cuida da gua para o consumo humano

    sem trihalometanos e sem benzo-a-pireno e ainda com teores rigorosamente

    controlados de outras impurezas, como metais pesados. Coliformes fecais, vibries

    colricos e outros menos votados, foram esquecidos pelos pases desenvolvidos.

    Pelo lado dos resduos, os menos evoludos, ainda esto com os lixes anti-

    higinicos e outros tipos de lixo que maltratam a qualidade das guas doces dos

    mananciais subterrneos e de superfcie, levando doenas aos usurios dessas guas.

    Aterro controlado ou outras formas de destinao de resduos j so assuntos

    resolvidos nos pases adiantados. A preocupao com o lixo nuclear.

    A prpria evoluo tecnolgica vai mostrando os malefcios de produtos que

    eram ou so de uso freqente e que eram tidos como inofensivos ao ecossistema e, em

    particular, sade humana.

    Embora se saiba que tudo isso prejudicial, as providncias chegam tarde e

    no tem como amenizar em curto prazo a situao, principalmente por falta de recursos

    financeiros. O que tem mesmo que combater inicialmente aquilo que for mais primitivo

  • 40

    e gritante, direcionando, com inteligncia os poucos recursos. De que adianta realizar

    esforos para combater emisses de gases que destroem a camada de oznio, que

    provocam o efeito estufa ou que geram as chuvas cidas se ainda nem chegam ao

    combate s agresses do meio ambiente por poeiras atmosfricas.

    6.1 Licenciamento Ambiental

    O Licenciamento Ambiental o procedimento pelo qual o rgo ambiental

    competente permite a localizao, instalao, ampliao e operao de

    empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, e que possam ser

    consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que possam causar

    degradao ambiental.

    Com este instrumento busca-se garantir que as medidas preventivas e de

    controle adotadas nos empreendimentos sejam compatveis com o desenvolvimento

    sustentvel.

    O Licenciamento garantia para a preservao da qualidade ambiental, e

    que abrange aspectos que vo desde questes de sade pblica at a preservao da

    biodiversidade, com o desenvolvimento econmico. So cada vez mais o debate e a

    busca por um desenvolvimento que coexista harmoniosamente com o meio ambiente -

    um desenvolvimento sustentvel, que baseia-se em trs princpios bsicos: eficincia

    econmica, eqidade social e qualidade ambiental. O Licenciamento atua na

    contribuio para uma melhor qualidade de vida das geraes futuras.

  • 41

    Existe preocupao em conciliar um desenvolvimento adequado com

    questes relacionadas sade pblica, de tal forma a promover condies ambientais

    bsicas que no agridam a comunidade e o local onde os empreendimentos sero

    instalados. Os esforos feitos para promover a melhoria dos nveis de poluio, seja,

    em termos do ar, gua, solo, rudo tornam-se fundamentais. Os empreendedores, cada

    vez mais, devem ter conscincia das necessidades locais e responder s suas

    prioridades e preocupaes.

    A preocupao com a sade pblica deve ser de todos, e tem de evoluir no

    sentido de lidar com novos desafios e com circunstncias que mudam rapidamente.

    necessrio que os empreendedores estejam ciente das novidades tecnolgicas

    envolvidas em seus empreendimentos, que visam a preveno da poluio, e que no

    necessariamente envolvem custos elevados.

    O Licenciamento Ambiental a ferramenta que permite ao empreendedor

    identificar os efeitos ambientais do seu negcio, e de que forma esses efeitos podem

    ser gerenciados. A Poltica Nacional de Meio Ambiente, que foi instituda por meio da

    Lei Federal n 6.938/81 estabeleceu mecanismos de preservao, melhoria e

    recuperao da qualidade do meio ambiente visando assegurar em nosso pas o

    desenvolvimento socio-econmico e o respeito dignidade humana. O Licenciamento

    um desses mecanismos; ele promove a interface entre o empreendedor, cuja atividade

    pode vir a interferir na estrutura do meio ambiente, e o Estado, que garante a

    conformidade com os objetivos dispostos na poltica estabelecida.

  • 42

    7 CONCLUSO

    A necessidade de proteo ao meio ambiente, a preocupao com a

    melhoria da qualidade de vida das pessoas e sobretudo a garantia da sustentabilidade

    dos recursos, demanda envolvimento de todos os segmentos da sociedade e a

    contribuio de todas as reas do conhecimento humano disponveis.

    O Brasil est enfrentado srios problemas ambientais pra resolv-los ou pelo

    menos ameniz-los. H necessidade de unio entre o poder pblico, o setor

    empresarial e a sociedade civil a fim de que juntos possam discutir a atual situao do

    meio ambiente, e o mais importante, atribuir as resposabilidade de cada um neste

    processo.

    A contribuio da contabilidade se faz na medida em que esta pode

    estabelecer comunicao entre a empresa e a sociedade, por meio das demonstraes

    contbeis, que possibilitam aos usurios visualizar as atividades ambientais

    desenvolvidas pelas entidades no processo de transparncia. Permitem as informaes

    quantitativas e qualitativas relativas ao empresarial no ambiente.

    A competitividade da empresa aumenta aps a adequao de medidas

    visando melhores taxas de converso de matrias-primas, menores gastos com energia

    e com uma fora de trabalho conciente, capaz e motivada.

  • 43

    A contabilidade no se prope a resolver os problemas ambientais, mas face

    sua capacidade de fornecer informaes, pode alertar os vrios usurios sociais para

    a gravidade do problema vivenciado, ajudando, desta forma, na procura de soluo.

    A questo inicialmente formulada foi respondida afirmativamente.

  • 44

    REFERNCIAS

    BONEZZI, Cristiane Belize. Abordagem sociolgica da preservao ambiental

    disponvel em < http: // www.abordo.com.br. Acesso em: 20 maro. 2005.

    BRASIL. Constituio Federal do Brasil de 1988.

    FERREIRA, Aracli Cristina de Sousa. Contabilidade Ambiental: uma informao para o

    desenvolvimento sustentvel. So Paulo: Atlas, 2003.

    Licenciamento Ambiental disponvel em < http: // www. cetesb.sp.gov.br/

    licenciamentoo/index.asp> Acesso em: 03 maio. 2005

    NAKAGAWA, masayuki. Custos para a competitividade. So Paulo: FEA/USP, 1993,

    Ppp.5-6.

    SILVA, Benedito Albuquerque da. Contabilidade e meio ambiente: consideraes

    tericas e prticas sobre o controle dos gastos ambientais. So Paulo: Annblume/

    Fapesp, 2003.

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