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1 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO - ASPECTOS PATRIMONIAIS OFICINA 22 Contas a Pagar, Passivos por Competência, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes AUTOR: PROF. FRANCISCO GLAUBER LIMA MOTA E-MAIL: [email protected] Objetivos da Oficina 22 Contas a Pagar, Passivos por Competência, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes: - Diferenciar contas a pagar e passivos por competência - Diferenciar provisões e passivos contingentes - Conceituar ativo contingente - Identificar os requisitos para reconhecimento de provisões - Apontar os elementos a serem considerados na mensuração de provisões - Registrar a constituição, a utilização e a reversão de provisões - Dar adequado tratamento contábil a ativos contingentes e a passivos contingentes - Arrolar as exigências de divulgação quanto a provisões, ativos contingentes e passivos contingentes.

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CONTABILIDADE APLICADA AO

SETOR PÚBLICO - ASPECTOS

PATRIMONIAIS

OFICINA 22

Contas a Pagar, Passivos por

Competência, Passivos Contingentes

e Ativos Contingentes

AUTOR: PROF. FRANCISCO GLAUBER LIMA MOTA

E-MAIL: [email protected]

Objetivos da Oficina 22 – Contas a Pagar, Passivos por

Competência, Passivos Contingentes e Ativos

Contingentes:

- Diferenciar contas a pagar e passivos por competência

- Diferenciar provisões e passivos contingentes

- Conceituar ativo contingente

- Identificar os requisitos para reconhecimento de provisões

- Apontar os elementos a serem considerados na mensuração de

provisões

- Registrar a constituição, a utilização e a reversão de provisões

- Dar adequado tratamento contábil a ativos contingentes e a

passivos contingentes

- Arrolar as exigências de divulgação quanto a provisões, ativos

contingentes e passivos contingentes.

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A Contabilidade como Ciência

GRANDES QUESTÕES CONTÁBEIS

Identificação: O QUÊ? Caracterizar objetos que satisfaçam os critérios de elemento integrante de balanço. Reconhecimento: QUANDO? Definir o momento adequado para incorporar elementos em balanço. Mensuração: QUANTO? Determinar o valor pelo qual elementos de balanço devem ser reconhecidos e divulgados nesse balanço. Evidenciação: COMO? Organizar itens de balanço de modo a atender a necessidades comuns de informação de um grande número de usuários.

GRANDES QUESTÕES CONTÁBEIS NO MUNDO ORÇAMENTÁRIO:

Identificação: O QUÊ? O que são receitas e despesas orçamentárias? Reconhecimento: QUANDO? Quando reconhecer as receitas e despesas orçamentárias? Mensuração: QUANTO? Por quanto mensurar as receitas e despesas orçamentárias? Evidenciação: COMO? Como demonstrar as receitas e as despesas orçamentárias?

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Identificação: O QUÊ? O que é receita e despesa orçamentária? Receita: tributos, taxas, serviços, operações de crédito etc. Despesa: salários, custeio, investimentos, amortização etc. Reconhecimento: QUANDO? Quando reconhecer a receita orçamentária? Na data do documento de arrecadação. Quando reconhecer a despesa orçamentária? Na data do empenho. Mensuração: QUANTO? Por quanto mensurar a receita orçamentária? Pelo valor arrecadado. Por quanto mensurar a despesa orçamentária? Pelo valor empenhado. Evidenciação: COMO? Como demonstrar a receita e a despesa orçamentárias? Por meio do balanço orçamentário.

RESPOSTAS ÀS QUESTÕES CONTÁBEIS NO MUNDO ORÇAMENTÁRIO:

Identificação: O QUÊ? O que é ativo, passivo, receita e despesa patrimoniais? Reconhecimento: QUANDO? Quando reconhecer ativos, passivos, receitas e despesas patrimoniais? Mensuração: QUANTO? Por quanto mensurar ativos, passivos, receitas e despesas patrimoniais? Evidenciação: COMO? Como demonstrar ativos, passivos, receitas e despesas patrimoniais?

GRANDES QUESTÕES CONTÁBEIS NO MUNDO PATRIMONIAL:

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ATIVO Recurso controlado pela entidade, resultante de evento passado, e do qual se espera futuros benefícios econômicos para a entidade ou potencial de serviço.

PASSIVO Obrigação presente da entidade, derivada de evento passado, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.

DESPESA Decréscimo nos benefícios econômicos, no período contábil, sob a forma de redução de ativos ou incremento de passivos, resultando em redução do patrimônio líquido, sem representar distribuição aos proprietários.

RECEITA Acréscimo nos benefícios econômicos, no período contábil, sob a forma de aumento de ativos ou redução de passivos, resultando em aumento do patrimônio líquido, sem representar aporte dos proprietários.

IDENTIFICAÇÃO PATRIMONIAL: O QUÊ?

- Quando reconhecer ativos e passivos?

Ativos: quando for provável que benefícios econômicos futuros dele

provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser

determinado em base confiável.

Passivos: quando for provável uma saída de recursos envolvendo

benefícios econômicos para liquidação de obrigação presente e o valor

possa ser determinado em base confiável.

- Quando reconhecer receitas e despesas patrimoniais?

Receitas: quando há acréscimo nos benefícios econômicos (fato

gerador), determinado em base monetária confiável, com consequente

aumento no PL, independentemente do seu recebimento.

Despesas: quando há decréscimo nos benefícios econômicos (fato

gerador), determinado em base monetária confiável, com consequente

redução no PL, independentemente do seu pagamento.

RECONHECIMENTO PATRIMONIAL: QUANDO?

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- Por quanto mensurar ativos e passivos?

Pelo valor original, pelo valor de aquisição, pelo custo de produção ou

construção, pelo valor justo etc

- Por quanto mensurar receitas e despesas patrimoniais?

Pelos efetivos valores das variações patrimoniais aumentativas e

diminutivas, respectivamente.

EVIDENCIAÇÃO PATRIMONIAL: COMO? - Como demonstrar ativos e passivos?

Por meio do balanço patrimonial.

- Como demonstrar receitas e despesas patrimoniais?

Por meio da demonstração do resultado.

MENSURAÇÃO PATRIMONIAL: QUANTO?

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CONTAS A PAGAR, PASSIVOS POR COMPETÊNCIA E PROVISÕES

(MCASP da STN)

Passivos são as obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos

passados, cujo pagamento se espera que resulte em saída de recursos da

entidade, os quais são capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de

serviços.

Fornecedores a pagar,

Salários a pagar,

Encargos Sociais a pagar,

Empréstimos a pagar,

13º Salário a pagar,

Férias a pagar,

Provisão para riscos trabalhistas

Provisão para riscos cíveis

etc.

Exemplos

Uma obrigação é criada por evento passado (que conduz a uma obrigação presente)

se a entidade não tem nenhuma alternativa realista senão quitar essa obrigação, por

imposição legal ou por ação própria que tenha criado expectativa válida em

terceiros de que a entidade cumprirá a obrigação.

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CONTAS A PAGAR, PASSIVOS POR COMPETÊNCIA E PROVISÕES

(MCASP da STN)

Contas a pagar são obrigações a pagar por conta de

bens ou serviços recebidos, faturados ou

formalmente acordados com o credor.

Exemplos: Fornecedores a pagar, Pessoal a pagar,

Encargos Sociais a Recolher etc.

Passivos por competência são obrigações a pagar por

bens ou serviços recebidos, não faturados ou não

acordados formalmente com o credor, incluindo quantias

devidas aos empregados, embora algumas vezes seja

necessário estimar o valor.

Exemplos: 13º salário a pagar, Férias a pagar, Licença-

prêmio a pagar, Precatórios a pagar etc.

Termo de reconhecimento de dívida (modelo)

Em conformidade com o art. 100 da Lei nº 4.320/64, reconheço a dívida no valor

de R$_______ (por extenso), junto a ________(especificar o credor), CNPJ/CPF

nº _______, situado à ___________(especificar o endereço) pelos __________

(especificar os serviços/aquisições que motivaram o surgimento da dívida).

Informo que o passivo foi reconhecido sem o correspondente recurso

orçamentário devido ______________________________ (justificar a falta de

cobertura orçamentária).

(incluir memória de cálculo da estimativa do valor contábil do passivo, se for o caso).

Local, __ de ___________ de _____

Ordenador de Despesas

Assinatura e carimbo

RECONHECIMENTO DE PASSIVOS POR COMPETÊNCIA

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Provisões são obrigações a pagar com grau de incerteza sobre a periodicidade e/ou

quantia dos futuros dispêndios exigidos para liquidação. A provisão é um passivo

e, como tal, deve ter seus efeitos reconhecidos nas demonstrações contábeis.

Exemplos: Provisão para riscos trabalhistas, Provisão para riscos cíveis, Provisão para

repartição de créditos tributários etc.

São obrigações presentes provenientes de eventos

passados que se espera que resulte em saída de

recursos relacionados a benefício econômico ou

potencial de serviço, que apresentam algum grau

de incerteza quanto a valor e data prevista de

pagamento.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN)

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Só deve ser reconhecida uma provisão se atender, cumulativamente, aos seguintes

requisitos:

a) existir obrigação presente (legal ou não formalizada) como consequência de um

evento passado;

b) ser provável a saída de recursos para liquidar a obrigação; e

c) ser possível uma estimativa confiável do montante da obrigação.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

Caso Prático: Contabilização de Provisão: Constituição da provisão para riscos trabalhistas (antes da sentença judicial): D: VPD – Pessoal e Encargos C: PC - Provisão para Riscos Trabalhistas

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A obrigação presente caracteriza-se por evidência disponível de que é mais provável

que vai existir a obrigação que não.

A obrigação não formalizada decorre de práticas passadas, de políticas

estabelecidas ou de declaração específica atual, indicando a outras partes a

aceitação de certas responsabilidades, a ponto de criar expectativas válidas acerca

do cumprimento dessas responsabilidades por parte da entidade

Evento passado é aquele que obriga a entidade a liquidar um passivo decorrente

desse evento em função de não haver outra saída.

É provável a saída de recursos para liquidar a obrigação se a probabilidade de

ocorrer é maior que a de não ocorrer.

A estimativa é confiável quando a entidade tem capacidade de determinar um

conjunto de desfechos possíveis que podem apontar o valor do desembolso

necessário para liquidar a obrigação na data do balanço.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 16

A constituição da provisão deve considerar, inclusive, qualquer evidência adicional

advinda de eventos ocorridos após a data do balanço.

A norma referente a eventos subsequentes (IPSAS 14) prevê, por exemplo, que a

entidade ajuste qualquer provisão relacionada a processo em que decisão judicial,

publicada após o final do período a que se referem às demonstrações contábeis,

confirme que a entidade já tinha a obrigação presente naquela data.

Caso inexista provisão anterior, deve a entidade constituir nova provisão.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Uma provisão deve ser utilizada somente para os gastos para os quais a provisão foi

reconhecida originalmente.

As provisões devem ser avaliadas periodicamente (na data do balanço) e ajustadas

para refletir a melhor estimativa corrente.

Reversão da Provisão

Se já não for mais provável a saída de recursos que incorporam benefícios

econômicos para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

Caso Prático: Contabilização da Reversão da Provisão Reversão da provisão para riscos trabalhistas: D: PC - Provisão para Riscos Trabalhistas C: VPA – Reversão de Provisões

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Mensuração de Provisões

A mensuração de provisões deve se basear na melhor estimativa do valor que uma

entidade pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço.

A melhor estimativa pode ser obtida com base em transações semelhantes, relatórios

de peritos independentes e qualquer evidência adicional fornecida por eventos

subsequentes à data das demonstrações contábeis (MCASP).

A entidade deve levar em consideração os riscos e as incertezas inerentes aos

eventos em análise para obter a melhor estimativa para a provisão.

Os riscos descrevem a variabilidade de resultados possíveis e a sua avaliação

periódica pode indicar a necessidade de se ajustar o valor.

As incertezas, inerentes às provisões, devem ser analisadas com cuidado para se

evitar sub ou superavaliação.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Mensuração de Provisões

Quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é material, a provisão deve ser

mensurada pelo valor presente dos desembolsos que se espera sejam exigidos para

liquidar a obrigação.

Ao mensurar uma provisão, a entidade deve também considerar os efeitos de eventos

futuros, quando houver evidência suficiente de que eles ocorrerão.

Eventos futuros podem ser decorrentes de obrigações contratuais que estabeleçam

compensação a credores, em função de variação monetária ou de alterações

específicas de preços de mercado previamente acertados.

Na existência de evidência suficiente de que esses fenômenos sejam prováveis, isto

deve ser refletido no montante da provisão (NICSP).

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Caso Prático: Contabilização da Provisão para Repartição de Tributos

Roteiro de contabilização da constituição, utilização e reversão da provisão para repartição de

créditos tributários:

I – Reconhecimento do crédito tributário, com consequente registro de perdas de créditos e

constituição da provisão:

I.a – Reconhecimento do crédito:

D: Ativo – Créditos Tributários a Receber ....................................R$1.100,00

C: VPA – Tributos..........................................................................R$1.100,00

I.b Considerando o histórico de perda de créditos tributários, a entidade faz o registro disso

mediante uso de conta retificadora de ativo:

D: VPD – Ajuste de Perda de Créditos.........................................R$100,00

C: Ativo – (-) Ajuste de Perda de Créditos....................................R$100,00

I.c – Constituição da provisão para repartição de créditos tributários, conforme previsão legal

(valor calculado com base no líquido que a entidade vai arrecadar):

D: VPD – Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas...........R$250,00

C: Passivo – Provisão para Repartição de Créditos Tributários......R$250,00

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Caso Prático: Contabilização da Provisão para Repartição de Tributos

II – Baixa da provisão para repartição de créditos tributários em função da arrecadação de

tributos:

II.a – Baixa da provisão mediante reconhecimento de obrigação de transferência de tributos

arrecadados:

D: Passivo – Provisão para Repartição de Créditos Tributários....R$250,00

C: Passivo – Obrigação de Repartição a Outros Entes..................R$250,00

II.b – Arrecadação de tributos

D: Ativo – Caixa e Equivalentes de Caixa.....................................R$1.000,00

C: Ativo – Créditos Tributários a Receber.....................................R$1.000,00

III – Transferência de parcela do valor arrecadado (após a execução orçamentária da despesa de

transferências):

D: Passivo - Obrigações de Repartição a Outros Entes.................R$ 250,00

C: Ativo - Caixa e equivalentes de caixa.......................................R$ 250,00

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 22

Contratos Onerosos x Contratos a Executar – Provisionar?

Contratos onerosos são contratos de troca de bens ou serviços em que os custos

inevitáveis de satisfazer as obrigações do contrato excedem os benefícios

econômicos ou potencial de serviços esperados do contrato.

Exemplo: Hospital que realoca a lavanderia de um prédio arrendado para outro

prédio.

Se uma entidade tiver um contrato oneroso, a obrigação atual (líquida de

recuperações) deste contrato deve ser reconhecida e mensurada como provisão.

A mensuração da provisão é determinada com base no custo de cumprir o contrato

ou no custo de qualquer compensação ou penalidade do não cumprimento, dos

dois o menor.

(*) Contratos a executar são contratos em que nenhuma das partes cumpriu as

obrigações ou ambas as partes cumpriram parcialmente na mesma proporção. Se

não onerosos, é desnecessária a provisão.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Reserva de Contingência

Prevista no Decreto-Lei nº 200/67, em seu artigo 91:

“Art. 91 - Sob a denominação de Reserva de Contingência, o Orçamento anual

poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado

órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos

serão utilizados para abertura de créditos adicionais.”

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece, em seu artigo 5º a seguir transcrito, a

inclusão da reserva de contingência na lei de orçamento:

“Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o

plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta

Lei Complementar:

III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido

com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias, destinada ao:

b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais

imprevistos.”

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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Reserva de Contingência x Passivo Contingente

A LRF, em seu art. 4º, faz referência ao passivo contingente:

“Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da

Constituição e:

§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão

avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas

públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.”

A reserva para contingências também está prevista no art. 195 da Lei nº 6.404/76:

“Art. 195. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,

destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de

compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada

provável, cujo valor possa ser estimado.

§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista

e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da

reserva.

§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que

justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.”

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN e NICSP)

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b) presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida no BP

porque:

1) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios

econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação; ou

2) o seu valor não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

Caso uma obrigação não atenda aos critérios para reconhecimento como um

passivo, ela pode ser tratada como passivo contingente.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN)

Passivo contingente é uma obrigação:

a) possível que resulta de eventos passados e cuja

existência será confirmada apenas pela

ocorrência ou não de um ou mais eventos

futuros incertos não totalmente sob controle da

entidade; ou

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 26

De modo geral, todas as provisões são contingentes porque são incertas

quanto ao seu prazo ou valor.

Porém, utiliza-se o termo “contingente” para passivos (ou ativos) que não

sejam reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela

ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que não

estão completamente sob o controle da entidade. O termo “passivo

contingente” é usado para obrigações que não satisfaçam os critérios de

reconhecimento como passivo.

Passivos contingentes devem ser periodicamente avaliados para determinar

se uma saída de recursos se tornou provável. Sendo provável a saída de

recursos, uma provisão deve ser reconhecida no BP, no período em

ocorrer a mudança na estimativa da probabilidade.

Exemplo: dano ambiental.

PROVISÕES X PASSIVOS CONTINGENTES

(MCASP da STN)

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Divulgação - Provisões

Para cada tipo de provisão, a entidade deve divulgar:

a) valor contábil no início e no final do período;

b) provisões complementares do período, incluindo aumentos nas existentes;

c) valores utilizados (isto é, incorridos e imputados contra a provisão); e

d) valores não utilizados revertidos durante o período.

Recomenda-se divulgar para cada tipo de provisão:

a) breve descrição da natureza da obrigação e cronograma previsto de

qualquer saída de recursos;

b) indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas; e

c) montante de reembolso esperado, indicando a quantia de ativo já

reconhecido por conta desse reembolso.

PROVISÕES (MCASP da STN)

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 28

Divulgação – Passivos Contingentes

A menos que a possibilidade de qualquer saída para a liquidação seja remota,

a entidade deve divulgar, para cada classe de passivo contingente na data

do balanço:

a) breve descrição da natureza do passivo contingente; e

b) onde praticável,:

- estimativa de seu efeito financeiro;

- indicação das incertezas em relação à quantia ou periodicidade da

saída; e

- possibilidade de algum reembolso.

PASSIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN)

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PROBABILIDADE DE OCORRER

UM DESEMBOLSO TRATAMENTO CONTÁBIL

Provável

Mensuração confiável Provisão

Reconhecer no BP e

evidenciar em notas

explicativas

Mensuração não

confiável

Passivo

contingente

Registrar em contas de

controle e evidenciar em

notas explicativas

Possível

(mais provável que não, do que sim)

Passivo

contingente

Registrar em contas de

controle e evidenciar em

notas explicativas

Remota - Nada a reconhecer ou

evidenciar

PROVISÕES x PASSIVOS CONTINGENTES

(Manual da FIPECAFI e NICSP)

(*) Com adaptações para fins didáticos.

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13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 31

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN)

Ativos são recursos controlados pela entidade em

consequência de eventos passados e dos quais se espera que

resultem fluxos de benefícios econômicos futuros ou

potenciais de serviços para a entidade.

Disponibilidades

Clientes,

Contas a receber em geral,

Estoques,

Bens móveis,

Bens imóveis,

Bens intangíveis

etc.

Exemplos

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 32

Exemplos:

- reivindicação que uma entidade busca através de processos legais, onde o

resultado é incerto.

- geração interna de ativo intangível sem comprovação de que os

prováveis benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade.

A entidade não deve reconhecer no BP um ativo contingente em função de

não ser praticamente certa a ocorrência de entrada de recursos para a

entidade. O resultado pode nunca vir a ser realizado.

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN e NICSP)

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de

eventos passados e cuja existência será

confirmada apenas pela ocorrência ou não de um

ou mais eventos futuros incertos não totalmente

sob controle da entidade.

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Divulgação

Quando um ingresso de recursos sob a forma de benefícios econômicos ou

potencial de serviços for provável, um ativo contingente é evidenciado em

notas explicativas, as quais devem reportar:

- breve descrição da sua natureza; e

- estimativa de seu efeito financeiro, quando for viável.

Evidenciações são desnecessárias, quando a entrada de benefícios econômicos não é

provável (possível ou remota).

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN e NICSP)

Ativos contingentes geralmente surgem de eventos não

planejados ou não esperados, que não estejam

totalmente sob controle da entidade, envolvendo

provável ingresso de recursos sob a forma de

benefícios econômicos ou potencial prestação de

serviços à entidade.

13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 34

Ativo Contingente x Ativo

Um ativo contingente não deve ser reconhecido no balanço patrimonial, a

menos que um evento futuro ofereça as condições para confirmação das

características essenciais de um ativo e dos critérios para seu

reconhecimento.

Um ativo contingente somente dever ser reconhecido como ativo no balanço

patrimonial, quando:

- uma entrada de recursos sob a forma de benefícios econômicos ou

potencial de serviços é praticamente certa; e

- o valor puder ser mensurado de maneira confiável.

Além do ativo, deve-se reconhecer também uma VPA na demonstração do

resultado.

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN e NICSP)

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13/7/2015 Prof. Glauber Mota (DISTRIBUIÇÃO GRATUITA) 35

Contabilização

Os ativos contingentes não são objeto de registro contábil em contas de

natureza patrimonial ou orçamentária.

Para os ativos contingentes cuja entrada de recursos seja provável, são

necessárias apenas evidenciações em notas explicativas às demonstrações

contábeis e/ou registro contábil em contas de controle do plano de contas

aplicado ao setor público.

Em que pese não existir contas específicas no PCASP, o registro de um ativo

contingente pode ser assim ilustrado:

D: Controles Devedores – Atos Potenciais Ativos

C: Controles Credores – Execução de Atos Potenciais Ativos

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES (MCASP da STN e NICSP)

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PROBABILIDADE DE OCORRER

UM EMBOLSO TRATAMENTO CONTÁBIL

Praticamente certo Ativo Reconhecer no BP

Provável, mas não praticamente certo Ativo

contingente

Registrar em contas de

controle e evidenciar em

notas explicativas

Não é provável (possível ou remota) Ativo

contingente

Nada a reconhecer ou

evidenciar

ATIVOS E ATIVOS CONTINGENTES

(Manual da FIPECAFI e NICSP)

(*) Com adaptações para fins didáticos.

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Resumo:

Obrigação presente que provavelmente exigirá saída de recursos: trata-se de

provisão (reconhecer no BP e evidenciar em NE).

Obrigação possível (ou presente que não provavelmente exigirá saída de

recursos; ou não puder ter estimativa confiável): trata-se de passivo

contingente (evidenciar em NE).

Obrigação com remota probabilidade de saída de recursos: nada deve ser

reconhecido ou evidenciado.

A entrada de benefício econômico ou potencial de serviço é praticamente

certa: trata-se de ativo (reconhecer no BP).

A entrada de benefício econômico ou potencial de serviço é provável, mas não

é praticamente certa: trata-se de ativo contingente (evidenciar em NE).

PROVISÕES x PASSIVOS CONTINGENTES x ATIVOS CONTINGENTES

1. Assinale as opções incorretas a respeito dos conceitos envolvidos no estudo de provisões e de passivos

contingentes:

A) Contas a pagar são obrigações a pagar por bens ou serviços recebidos, não faturados ou não acordados formalmente

com o credor, incluindo quantias devidas aos empregados, embora algumas vezes seja necessário estimar o valor.

B) Passivos por competência são obrigações a pagar por conta de bens ou serviços recebidos, faturados ou formalmente

acordados com o credor.

C) As provisões são obrigações a pagar reconhecidas no passivo do balanço patrimonial, as quais envolvem algum grau

de incerteza no tocante à periodicidade ou à quantia de dispêndios a serem exigidos para sua liquidação.

D) O passivo contingente resulta de evento passado e pode ser uma obrigação possível, cuja existência é confirmada

apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade

ou uma obrigação presente não reconhecida no balanço patrimonial, porque não é provável que uma saída de

recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a obrigação ou

porque o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

Letras A e B: Contas a pagar são obrigações a pagar por conta de bens ou serviços recebidos, faturados ou

formalmente acordados com o credor. Passivos por competência são obrigações a pagar por bens ou

serviços recebidos, mas não faturados ou não acordados formalmente com o credor.

2. Com relação à utilização e à reversão de uma provisão analise as opções a seguir e aponte a falsa:

A) Uma provisão só deve ser usada para atendimento de gastos para os quais a provisão foi reconhecida originalmente.

B) As provisões devem ser avaliadas e ajustadas, periodicamente, para refletir a melhor estimativa corrente.

C) Uma provisão será revertida quando se reconhecer a obrigação específica que motivou constituição da provisão.

D) A reversão de provisões já constituídas deve ser efetuada quando não for mais provável a saída de recursos que

incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação.

Letra C: Quando a entidade reconhecer a obrigação específica que deu motivo à constituição da provisão,

haverá transferência de saldo da conta de provisão para uma conta a pagar própria, sem necessidade de

reversão.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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3. Uma provisão só deve ser reconhecida no balanço patrimonial se atender, cumulativamente, aos

seguintes requisitos, exceto:

A) haver obrigação legal (ou não formalizada) presente, como consequência de um evento passado.

B) ser provável a saída de recursos para liquidar a obrigação.

C) ser possível uma estimativa confiável do valor da obrigação.

D) resultar de obrigações a pagar por conta de bens ou serviços recebidos e formalmente acordados com

o credor.

Letra D: Obrigações a pagar por conta de bens ou serviços recebidos, faturados ou

formalmente acordados com o credor classificam-se como contas a pagar.

4. No que tange à mensuração de provisões, julgue as alternativas a seguir e assinale as falsas:

A) Deve levar em consideração os riscos e as oportunidades inerentes aos eventos em análise para obter

a melhor estimativa para a provisão.

B) Deve tomar como parâmetro a melhor estimativa dos dispêndios necessários para liquidar a

obrigação presente na data do balanço patrimonial.

C) Deve corresponder ao valor que uma entidade pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço

ou para transferi-la a um terceiro nesse momento.

D) Deve considerar os efeitos de eventos passados decorrentes de obrigações contratuais que tenham

estabelecido compensação a credores.

Letras A e D: Riscos e as incertezas. Eventos futuros.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

5. Com relação aos requisitos para se reconhecer uma provisão, examine as alternativas a seguir e

aponte as falsas e as verdadeiras:

A) A obrigação presente caracteriza-se por evidência disponível de que é mais provável que vai existir a

obrigação que não.

B) O evento passado é aquele que obriga a entidade a liquidar um passivo decorrente desse evento em

função de não haver outra saída.

C) A saída de recursos é provável se a probabilidade de ocorrer é maior que a de não ocorrer.

D) Uma estimativa é confiável quando a entidade tem capacidade de determinar um conjunto de

desfechos possíveis que podem apontar o valor do desembolso necessário para liquidar a obrigação

na data do balanço.

Todas as alternativas são verdadeiras.

6. São exemplos de contas utilizadas no processo de contabilização de provisões:

A) Provisão para Riscos Fiscais

B) Provisão para 13º Salário

C) Provisão para Adicional de Férias

D) Provisão para Riscos Cíveis

Letras A e D: As obrigações com o 13º Salário e com o adicional de férias são tratadas como

apropriações de passivos por competência.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

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7. Os registros contábeis envolvidos na constituição, utilização, reversão e ajustes de provisões podem ser

representados da seguinte maneira, exceto em:

A) Constituição de provisões: D: VPD – Constituição de Provisões e C: Passivo – Provisões

B) Utilização de provisões: D: Passivo – Provisões e C: Passivo – Obrigações a pagar

C) Reversão de provisões: D: Passivo – Provisões e C: VPA - Reversão de Provisões

D) Ajuste por acréscimo no valor de provisões: D: Passivo – Provisões e C: VPD - Ajuste de Provisões

Letra D: D: VPD – Constituição de Provisões

C: Passivo – Provisões

8. Com relação ao ativo contingente, avalie as opções a seguir e indique a falsa:

A) Ativos contingentes dão origem à possibilidade de um ingresso de recursos sob a forma de benefícios econômicos

ou potencial de prestação de serviços à entidade.

B) Por razões de prudência, ativos contingentes não são reconhecidos no balanço patrimonial, pois pode se tratar de

resultado que nunca se concretize. Todavia, com a finalidade de maior transparência eles devem ser evidenciados

entre as contas de compensação do balanço patrimonial.

C) Embora o ativo contingente leve o nome de ativo, ele não deve ser reconhecido no balanço patrimonial, a menos

que um evento futuro ofereça as condições para confirmação das características essenciais de um ativo e dos

critérios para seu reconhecimento.

D) Quando uma entrada de benefícios econômicos ou potencial de serviços for provável, a entidade deve evidenciar

uma breve descrição da natureza do ativo contingente na data de apresentação das demonstrações contábeis e uma

estimativa de seu efeito financeiro, quando for viável.

Letra B: Não há norma que estabeleça a evidenciação em contas de compensação dos ativos contingentes.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO