Contabilidade Geral - Mimosa

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CONTABILIDADE INTRODUTRIAAutores: Daniela Rodrigues Teixeira e Edmilson Machado SUMRIO Noes Bsicas de Contabilidade Atributo da Contabilidade

Patrimnio Escriturao Contas Lanamento Razonete Balancete Empresa Comercial Campos de Aplicao da Contabilidade Comercial Ramos de Atividade de Prestao de Servios Alquota do IRF Lista dos Servios Sujeitos ao IRF Plano de Contas Plano Geral de Contas Registro Rotineiro de Uma Sociedade Comercial Abertura e Encerramento de Empresas Preenchimento da Declarao de Firma Individual Integralizao de Capital e Operaes Societrias Realizao do Capital de uma Firma Individual Subscrio e Realizao do Capital de Sociedade Constituio de Sociedade Annima Constituio de Sociedade em Comandita Simples Escriturao das Sociedades em Conta Participao Abertura dos Livros de Sociedade em Andamento Alteraes nas Sociedades Comerciais Variao do Capital das Sociedades Aumento de Capital por Nova Subscrio Converso de Reservas e Lucros em Capital Correo Monetria do Capital Reavaliao de Ativos Admisso de Novos Scios sem Alterao do Nome Empresarial Admisso de Scio com Alterao do Nome Empresarial Diminuio de Capital com Reembolso aos Scios Diminuio de Capital pela Amortizao de Prejuzos Retirada de Scio sem Alterao do Nome Empresarial Retirada de Scio com Alterao do Nome Empresarial Aumento de Capital das Sociedades Annimas Transformao de Sociedades Fuso de Sociedades Incorporao de Sociedades Ciso de Sociedades1

Absoro de Sociedades Liquidao de Sociedades Concordata e Falncia Operaes Relativas a Organizao, Instalao, Atividade Operacional da Empresa Comercial Despesas de Organizao Operaes sobre Mercadorias Determinao do Lucro na Conta Mercadorias Vendas e Prestaes Consignaes Operaes a Termo Importao de Mercadorias Ativo Imobilizado Operaes Financeiras Emprstimo Mediante Emisso de Nota Promissria Emprstimo com Cauo de Ttulos Desconto de Ttulos de Crdito Emprstimos Hipotecrio e Pignoratcio Emprstimos Mediante Emisso de Debntures Impostos sobre Vendas ICMS ISS PIS e COFINS Correo Monetria do Ativo Permanente e do Patrimnio Lquido Contabilizao da Correo Monetria Extino Correo Monetria Depreciao Taxas de Depreciao Mtodos para Clculo das Quotas de Depreciao Depreciao do Bem Adquirido Usado Lanamento Contbel Apurao do Resultado do Exerccio Disciplina Legal A Demonstrao em sua Forma Dedutiva Demonstraes Financeiras Balano Patrimonial Contedo do Balano Patrimonial Oportunidade para Efetuar o Balano Patrimonial Classificao dos Componentes do Balano Patrimonial Agrupamento das Contas no Balano Patrimonial Direitos autorais REGISTRADOS. A cpia, reproduo, distribuio ou comercializao por qualquer meio somente ser permitida mediante autorizao POR ESCRITO do detentor de direitos autorais. Permitida a reproduo de apenas 1 (uma) cpia para uso exclusivo e pessoal do adquirente.

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NOES BSICAS DE CONTABILIDADE

Atributo da Contabilidade

Um dos atributos da Contabilidade permitir o controle da movimentao do Patrimnio das empresas. O Patrimnio de uma empresa movimentado em funo dos acontecimentos dirios, tais como compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc. Registrando esses acontecimentos, a Contabilidade ter condies de fornecer informaes sobre a situao do Patrimnio, sempre que solicitada.

Patrimnio

Patrimnio o conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes de uma empresa. Veja o que significa cada um destes componentes: Bens so coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetveis de avaliao econmica. Do ponto de vista contbil, Bem tudo o que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Exemplo: Supondo que uma empresa possua os seguintes Bens: prateleiras discos para venda (mercadorias) papel para embalagem Desses trs, as prateleiras so Bens de uso da empresa; os discos so Bens de troca e o papel para embalagem um Bem de consumo. Pode-se ainda dividir os Bens de uma empresa em: a. Materiais: so os Bens corpreos. Dividem-se em mveis e imveis. Mveis: so aqueles que podem ser removidos de seu lugar natural por fora prpria ou alheia. Exemplo: mesa, mquina, veculo etc. Imveis: so aqueles que podem ser removidos do seu lugar natural. Exemplo: terrenos, casas, stios etc.3

b. Imateriais: so os Bens incorpreos, ou seja, determinados gastos que a empresa faz, que por sua natureza devem ser considerados Bens. Os mais comuns so: Gastos de Organizao, Fundo de Comrcio, Marcas e Patentes etc. Direitos: so todos os valores que uma empresa tem a receber.Os Direitos geralmente aparecem registrados com o nome do elemento (quase sempre um documento) acrescido da expresso a Receber.

Exemplos: Duplicatas a Receber Promissrias a Receber

Obrigaes: so todos os valores que uma empresa tem a pagar. As Obrigaes geralmente so registradas utilizando-se o nome do elemento (quase sempre um documento) acrescido da expresso a Pagar. Exemplos: Duplicatas a Pagar Promissrias a Pagar Impostos a Pagar

1.2.1 Representao grfica do Patrimnio

O Patrimnio um conjunto de Bens, Direitos e Obrigaes de uma empresa. Para que a Contabilidade desempenhe seu papel de fornecer informaes sobre a situao do Patrimnio, ela precisa apresentar esses elementos patrimoniais de alguma forma. A maneira que a Contabilidade utiliza para representar a situao patrimonial a forma grfica. Os Bens, Direitos e Obrigaes podem ser didaticamente dispostos em um grfico em forma de T. O grfico, como podemos observar, tem dois lados: No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos. No lado direito, colocamos as Obrigaes.Veja:

BENS E DIREITOS Disponibilidades Estoques Contas a Receber

OBRIGAES Emprstimos e Financiamentos Fornecedores Salrios a Pagar4

1.2.2 Ativo e PassivoA Contabilidade atribui, com muita lgica, um nome para cada um dos lados do grfico: Patrimnio ATIVO Bens

Direitos

O lado esquerdo do grfico recebe o nome de Ativo, pois composto pelos Bens ePatrimnio PASSIVO

Obrigaes Direitos, que formam o conjunto dos elementos positivos da empresa. O lado direito do grfico recebe o nome de Passivo, pois composto pelas Obrigaes, as quais formam o grupo dos elementos negativos da empresa.

1.2.3 Patrimnio Lquido

No grfico em T, que serve para representarmos os elementos componentes do Patrimnio, a soma do lado esquerdo dever ser igual soma do lado direito. Partindo-se do princpio de que os elementos positivos (Ativo = Bens e Direitos) devam ser superiores aos elementos negativos (Passivo = Obrigaes), aparecer no grfico um quarto grupo de elementos que denominaremos Patrimnio Lquido.Esse quarto grupo corresponde exatamente diferena entre o Ativo (Bens e Direitos) e as Obrigaes, e ser colocado no lado do Passivo para assegurar a igualdade entre os dois lados.

Sendo assim, veja como fica o grfico do Patrimnio:Patrimnio ATIVO Bens PASSIVO Obrigaes

Direitos

Patrimnio Lquido

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Note que tem dois grupos de elementos patrimoniais de cada lado. Veja, agora, quais so os elementos que compem esses grupos: Bens: mesas, automveis, dinheiro, balces, mercadorias etc. Direitos: Duplicatas a Receber, Promissrias a Receber etc. Obrigaes: Duplicatas a Pagar, Promissrias a Pagar etc.Patrimnio Lquido (composto por apenas trs elementos): Capital, Reservas e Lucros ou Prejuzos Acumulados.

Os grupos dos Bens, Direitos e Obrigaes podem ser entendidos facilmente; porm, o mesmo pode no ocorrer em relao ao Patrimnio Lquido. Capital: representa a importncia em dinheiro ou Bens e Direitos que uma pessoa possui ao iniciar suas atividades. Reservas e Lucros ou Prejuzos Acumulados: so elementos que representam o resultado das atividades da empresa.

1.2.4 Movimentao do Patrimnio

A movimentao do Patrimnio ocorre atravs do relacionamento comercial entre a empresa e as pessoas que a visitam diariamente: a. H pessoas que fornecem mercadorias para a empresa (fornecedores). A empresa pode efetuar a compra vista ou a prazo. No primeiro caso, ocorre a simples troca de Bens: dinheiro por mercadoria; no segundo caso, a empresa cria uma Obrigao para pagamento futuro. b. H pessoas que compram as mercadorias da empresa (clientes). A empresa pode vender; tambm, vista ou a prazo. No primeiro caso, h simples troca de bens: dinheiro por mercadoria; no segundo caso, a empresa contrai um Direito para receber o valor da venda posteriormente. Alm dessas pessoas (fornecedores e clientes), existem outras que, em funo do prprio desenvolvimento normal da empresa, com ela se relacionam prestando-lhe servios (energia eltrica, telefone etc.), exigindo-lhe impostos etc. Portanto, podemos concluir que a movimentao do Patrimnio da empresa ocorre em funo de quatro acontecimentos principais: compras; vendas; pagamentos recebimentos

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Escriturao

Para que o controle do Patrimnio seja eficaz, a Contabilidade precisa registrar todos os fatos que ocorrem na empresa. Esse registro feito atravs da escriturao. A escriturao, uma das tcnicas utilizadas pela Contabilidade, consiste em registrar nos livros prprios (Dirio, Razo, Caixa e Contas-correntes) todos os fatos que provocam modificaes no Patrimnio da empresa. A escriturao comea pelo livro Dirio, onde os fatos so registrados de forma mercantil, atravs do lanamento, obedecendo a uma disposio tcnica em ordem cronolgica. Para registrar os fatos atravs dos lanamentos, a Contabilidade utiliza as contas.

Contas

Conta o nome tcnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, Direitos, Obrigaes e Patrimnio Lquido) e aos elementos de resultado (Despesas e Receitas). atravs das contas que a Contabilidade consegue desempenhar seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsveis pela sua gesto, tais como compras, vendas, pagamentos e recebimentos, so registrados nos livros prprios atravs das contas.

1.2.5 Classificao das contas

As contas podem ser classificadas em dois grupos: a. Contas Patrimoniais: so as que representam os elementos que compem o Patrimnio. Dividem-se em dois grandes grupos: Ativo e Passivo. Exemplo: Contas PatrimoniaisATIVO PASSIVO Obrigaes

Bens Caixa VeculosDireitos

Fornecedores

Duplicatas a receber

Patrimnio Lquido Capital7

b. Contas de Resultado: dividem-se em Contas de Despesas e Contas de Receitas. Despesas: caracterizam-se pelo consumo de Bens e pela utilizao de servios.

Exemplos: gua e Esgoto Energia Eltrica Material de Limpeza Salrios

Receitas: decorrem da venda de Bens ou da prestao de servios.

Exemplos: Vendas de Mercadorias Receitas de Servios Lanamento

Lanamento o meio pelo qual se processa a escriturao. Todos os fatos que ocorrem na empresa so registrados nos livros prprios, atravs de uma tcnica chamada lanamento. O lanamento composto dos seguintes elementos essenciais: a. b. c. d. e. Local e data da ocorrncia do fato. Conta a ser debitada. Conta a ser creditada. Histrico. Valor.

Exemplo: Tendo em vista um fato ocorrido na empresa, o contabilista o registrar no livro Dirio, atravs de um lanamento. Fato: Composto de um automvel, em dinheiro, conforme Nota Fiscal n. 801, da Casa de Veculos So Paulo, por R$ 50.000. Procedimentos: 1) Identificar o local e a data da ocorrncia do fato. No nosso exemplo, considere a sua cidade e a data de hoje.8

2) Verificar que documento foi emitido na operao. Se no houver documento idneo que comprove a ocorrncia do fato, este no poder ser contabilizado. No exemplo, o documento emitido foi a Nota Fiscal n. 801, da Casa de Veculos So Paulo. 3) Identificar os elementos envolvidos na operao. Todo fato ocorre em forma de troca. Logo, existem pelo menos dois elementos envolvidos. No exemplo, os elementos envolvidos so: Dinheiro; automvel.

Voc compra o automvel e d em troca dinheiro. 4) Verificar no Plano de Contas que conta deveremos utilizar para registrar cada um dos elementos identificados no item anterior: O elemento dinheiro ser registrado na conta Caixa, e o elemento automvel, na conta Veculos. 5) Preparar o histrico do problema. O histrico consiste em relatar o fato. Este relato deve conter apenas os dados necessrios para o bom esclarecimento do evento. So indispensveis os trs elementos a seguir: identificao do documento envolvido; elemento transacionado; nome da pessoa com quem se transaciona.

Assim: Compra de um automvel, conforme Nota Fiscal n. 801, da Casa de Veculos So Paulo. 6) Identificar qual das contas ser debitada ou creditada. Para facilitar essa identificao, apresentaremos o quadro a seguir: Quadro Auxiliar da Escriturao 1. Para elementos Patrimoniais:9

a. b. c. d.

Toda vez que aumentar o Ativo, debitar a respectiva conta. Toda vez que diminuir o Ativo, creditar a respectiva conta. Toda vez que aumentar o Passivo, creditar a respectiva conta. Toda vez que diminuir o Passivo, debitar a respectiva conta.

2. Para elementos de Resultados: e. Toda vez que ocorrerem Despesas, debitar a respectiva conta. f. Toda vez que se realizarem Receitas, creditar a respectiva conta. NOTAS: As Contas de Despesas somente sero creditadas nos casos de estorno e na apurao do Resultado do Exerccio. As Contas de Receitas somente sero debitadas nos casos de estorno e na apurao do Resultado do Exerccio.

Utilizando o quadro, conclui-se que: a conta a ser debitada Veculos; a conta a ser creditada Caixa.

7) Elaborar o lanamento. Veja como o lanamento efetuado no livro Dirio: Curitiba, 20 de maio de 2002. Veculos A Caixa Compra de um automvel, conforme Nota Fiscal n 801 da Casa de Veculos So Paulo. 50.000,00 Observao: Observe que a conta credora precedida da preposio a, por simples conveno da Contabilidade.

Como se pde observar, a escriturao contbil registra os acontecimentos nos livros, atravs de tcnicas prprias, com o objetivo de controlar o Patrimnio.

RazoneteRazonete nada mais que um Razo simplificado. 10

Todos os acontecimentos que ocorrem na empresa so registrados pela Contabilidade, inicialmente no livro Dirio e depois nos demais livros de escriturao. Dentre os livros de escriturao, sem dvida o mais importante para a Contabilidade o Razo, porque registra o movimento individualizado de cada uma das contas movimentadas pela empresa. Assim, depois de efetuados os lanamentos no Dirio, o contabilista deve transcrevlos para o livro Razo. Entretanto, para atender aos fins didticos propostos, em substituio ao livro Razo, podem ser usados, com mais facilidade, os Razonetes. Utiliza-se tantos grficos em T (grfico em T o razonete) quantas forem as contas existentes na escriturao do Dirio. Veja, a seguir, como utilizar o Razonete: Supondo-se que em uma empresa tenham ocorrido os seguintes fatos: 1. Venda de um automvel, vista, por R$ 20.000. 2. Venda de mercadorias, vista, por R$ 5.000. Registros no Dirio: Caixa a Veculos Recebido pela venda de automvel 20.000,00a Caixa Mercadorias

Recebido pela venda de mercadoriasCaixa Dbito 20.000 Crdito Dbito Veculos

Mercadoria CrditoDbito Crdito

5.000

20.0005.000,00

5.000

Balancete

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Balancete uma relao das contas extradas do livro Razo, com seus saldos devedores ou credores. O principal objetivo das empresas a obteno do lucro. Mas o lucro apenas um dos resultados da gesto da empresa num determinado exerccio, pois pode ocorrer prejuzo. Para apurar os resultados, no final do ano (exerccio) as empresas adotam uma srie de procedimentos, tendo como ponto de partida a elaborao do Balancete, o qual relaciona todas as contas utilizadas pela Contabilidade no perodo. A partir do Balancete, procedem-se s demais providncias visando apurao do resultado. Assim, pode-se concluir que a base da Contabilidade se assenta em trs procedimentos: 1. Registro dos fatos no livro Dirio. 2. Registro dos fatos no livro Razo (transcritos do Dirio). 3. Elaborao do Balancete de verificao. A elaborao do Balancete no apresenta nenhuma dificuldade. No exemplo que se apresenta a seguir, nota-se que o Balancete possui quatro colunas: duas reservadas para o movimento (dbito e crdito) e duas reservadas para o saldo (devedor ou credor). O preenchimento das colunas do movimento constitui pura transcrio do total do dbito e do total do crdito de cada conta constante do livro Razo, ou do Razonete, se for o caso. O preenchimento das colunas reservadas para o saldo feito mediante a diferena entre o dbito e o crdito de cada conta constante da coluna movimento. Assim, se o dbito na coluna movimento superar o crdito, o saldo ser devedor, caso contrrio, sendo o crdito da coluna movimento superior ao dbito, o saldo ser credor.Supondo-se que uma empresa possua, no final de um determinado exerccio, o seguinte movimento no Razonete: Caixa Dbito 1.000 Crdito Dbito Mercadorias Crdito Dbito Capital

Crdito 1.000

500

500

300

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Veja como o Balancete ser preenchido: N. de ordem 1 2 3 Contas Caixa Mercadorias Capital TOTAIS Observaes: Nas colunas do movimento, conforme dissemos, ocorre a pura transcrio do que consta no Razonete. As colunas do saldo correspondem diferena entre o dbito e o crdito das colunas do movimento.EMPRESA COMERCIAL

Movimento Dbito Crdito 1.300 500 500 300 1.000 1.800 1.800

Saldo Devedor 800 200 1.000

Credor

1.000 1.000

Empresa comercial uma entidade constituda para o exerccio da atividade mercantil e se caracteriza pelo seu objetivo de lucro.

A funo da empresa comercial servir de intermediria ou mediadora entre o produtor e o consumidor de bens, para obteno de lucro. A empresa comercial poder ser constituda ou organizada por uma s pessoa fsica ou por um grupo de pessoas na forma de uma sociedade. Contabilidade comercial o ramo da contabilidade aplicado ao registro, resumo e interpretao dos fenmenos que afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicas das empresas comerciais. Campos de Aplicao da Contabilidade Comercial e de Prestao de Servios

A contabilidade geral abrange todo e qualquer patrimnio, seja ele de pessoa fsica, de entidades com fins no lucrativos ou lucrativos e de pessoas de direito pblico. Contabilidade aplicada o controle e estudo de determinados patrimnios especficos, com a utilizao dos mtodos e princpios da contabilidade geral. Quando os princpios da contabilidade geral so aplicados para os registros e demonstraes das empresas que desenvolvem a atividade de compra e venda de mercadorias, com objetivo de lucro, teremos a contabilidade comercial.

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Contabilidade comercial o ramo da contabilidade aplicado ao registro, resumo e interpretao dos fenmenos que afetam as situaes patrimoniais, financeiras e econmicas das empresas comerciais. As trs peas bsicas da contabilidade comercial, de final de exerccio so: Balano Patrimonial, Demonstrao de resultado e Demonstrao de Lucros Acumulados. Estudando os relatrios econmicos, financeiros e o estado patrimonial da empresa, os executivos podero tomar suas decises e organizar o planejamento futuro. Aos scios e acionistas, no ligados direo da empresa, os relatrios de final de exerccio devero responder a trs questes fundamentais: a taxa de lucratividade de seu investimento, as perspectivas de lucros a mdio ou a longo prazo e a segurana para as suas aplicaes. Bancos, fornecedores e outros investidores, tomaro os relatrios de final de exerccio para decidir sobre financiamentos, emprstimos, limites de crdito para a empresa comercial. As autoridades governamentais viro a utilizar-se dos relatrios finais para definir tributao e arrecadao de impostos e contribuies. A contabilidade comercial um instrumento da administrao da empresa.

RAMOS DE ATIVIDADE DE PRESTAO DE SERVIOS

Prestador de servio todo aquele comerciante ou autnomo que no produz ou comercializa qualquer tipo de produto, mas fabrica (por encomenda) ou executa qualquer tipo de servio utilizando apenas a mo de obra.Imposto de Renda na Fonte

Os pagamentos efetuados a prestadores de servios esto sujeitos reteno do Imposto de Renda na Fonte (IRF). Destaca-se que s esto sujeitos incidncia do IRF os servios prestados de pessoa jurdica para pessoa jurdica. Alquota do IRF Fato gerador ocorrido at 30.06.1994 a alquota a ser aplicada de 3%; e Fato gerador ocorrido a partir de 01.07.1994 a alquota passa a ser de 1,5% (artigo 6 da Medida Provisria n. 544, de 01.07.1994, que foi convertida na Lei n. 9.064/95).14

Lista dos Servios Sujeitos ao IRF

Os servios cuja remunerao se submete ao desconto do IRF quando prestados por uma pessoa jurdica a outra so: 1) administrao de bens ou negcios em geral (exceto consrcios ou fundos mtuos para aquisio de bens) 2) advocacia 3) anlise clnica laboratorial 4) anlise tcnica 5) arquitetura 6) assessoria e consultoria tcnica (exceto o servio de assistncia tcnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indstria ou comrcio explorado pelo prestador do servio) 7) assistncia social 8) auditoria 9) avaliao e percia 10) biologia e biomedicina 11) clculo em geral 12) consultoria 13) contabilidade 14) desenho tcnico 15) economia 16) elaborao de projetos 17) engenharia (exceto construo de estradas, pontes, prdios e obras assemelhadas) 18) ensino e treinamento 19) estatstica 20) fisioterapia 21) fonoaudiologia 22) geologia 23) leilo 24) medicina (exceto a prestada por ambulatrio, banco de sangue, casa de sade, de recuperao ou repouso sob orientao mdica, hospital e pronto-socorro) 25) nutricionista e diettica 26) odontologia 27) organizao de feiras de amostras, congressos, seminrios, simpsios e congneres 28) pesquisa em geral 29) planejamento 30) programao 31) prtese 32) psicologia e psicanlise 33) qumica 34) raio X e radioterapia 35) relaes pblicas 36) servios de despachante15

37) teraputica ocupacional 38) traduo ou interpretao comercial 39) urbanismo 40) veterinriaServios de Assessoria e Consultoria Tcnica

O Parecer Normativo n. 37/87 preocupou-se em esclarecer o que se entende, dentro do item 6 da Lista de Servios vista anteriormente, pelo termo genrico visado assessoria e consultoria tcnica. Conforme este ato legal, s incidir IRF sobre os servios de assessoria e consultoria tcnica que configurem alto grau de especializao, obtidos atravs de estabelecimentos de nvel superior e tcnico, vinculados diretamente capacidade intelectual do indivduo; assim, conclui-se que os servios de assessoria e consultoria tcnica alcanados pela tributao restringem-se queles resultantes da engenhosidade humana, por exemplo: especificao tcnica para fabricao de aparelhos e equipamentos em geral; assessoria administrativo-organizacional; consultoria jurdica.

Servios de Engenharia

O Parecer Normativo n. 8/86 esclarece a respeito da amplitude do item 17 da Lista de Servios, por ser um item genrico, passvel de vrios interpretaes. O referido Parecer estabeleceu que a incidncia do IRF sobre os servios de engenharia deve ocorrer em relao ao desempenho de servios pessoais da profisso, quando prestados atravs de sociedades civis ou explorados empresarialmente por intermdio de sociedades mercantis. Por isso mesmo, somente ser devido o imposto na fonte quando o contrato de prestao de servios restringir-se ao desempenho exclusivo das atividades expressamente listadas na Instruo Normativa n. 23/86, independentemente de a profisso ser regulamentada ou no, mesmo que os servios sejam explorados empresarialmente e no em carter pessoal. Dessa forma, ser exigida a reteno na fonte, por exemplo: a) nos contratos destinados a estudos geofsicos; b) fiscalizao de obras de engenharia em geral (construo, derrocamento, estrutura, inspeo, proteo, medies, testes etc.) c) elaborao de projetos de engenharia em geral; d) administrao de obras; e) gerenciamento de obras; f) servios de engenharia consultiva; g) servios de engenharia informtica (desenvolvimento e implantao de software e elaborao de projetos de hardware);16

h) i) j) k)

planejamento de empreendimentos rurais e urbanos; prestao de orientao tcnica; percias tcnicas; contratos de cesso ou emprstimo de mo-de-obra de profissionais de engenharia.

No-Incidncia do IRF

Com base na Lista de Servios, item 17, no incide IRF sobre a construo de estradas, pontes, prdios e obras assemelhadas. Alm disso, o Parecer Normativo n. 08/86 esclarece, como exemplos, que tambm no incide IRF sobre: a) as obras de construo em geral e as montagens, instalao, restaurao e manuteno de instalaes e equipamentos industriais; b) as obras de prospeco, explorao e completao de poos de petrleo e gs; c) as obras de conservao de estradas; d) a execuo de servios de automao industrial; e) a construo de gasodutos, oleodutos e mineradutos; f) a instalao e montagem de sistemas de telecomunicaes, energia e sinalizao ferroviria; g) as obras destinadas gerao, aproveitamento e distribuio de energia; h) a construo de rede de gua e esgoto. Alm dos casos acima, o Parecer Normativo n. 08/86 determinou que tambm no incide IRF sobre os rendimentos oriundos da execuo de contrato de prestao de servios abrangendo trabalhos de engenharia de carter mltiplo e diversificado; o caso, por exemplo, de contrato englobando servios preliminares de engenharia (tais como viabilidade e elaborao de projetos), execuo fsica de construo civil ou obras assemelhadas e fiscalizao de obras.Servios de Medicina

Conforme o Parecer Normativo n. 8/86, o campo de incidncia da reteno na fonte se restringe aos rendimentos decorrentes do desempenho de trabalhos pessoais da profisso de medicina que, normalmente, poderiam ser prestados em carter individual e de forma autnoma, mas que, por convenincia empresarial, so executados por meio de sociedades civis ou mercantis. 1) inerentes ao desempenho das atividades da medicina (inclusive os servios correlatos ao exerccio da medicina, tais como anlise clnica laboratorial, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicanlise, raio X e radioterapia), quando executados dentro do ambiente fsico dos estabelecimentos de sade e prestados sob a subordinao tcnica e administrativa da pessoa jurdica proprietria do empreendimento;17

2) contratados com pessoa jurdica, visando assistncia mdica de empregados e seus dependentes em ambulatrio, casa de sade, pronto-socorro, hospital e estabelecimentos assemelhados, incluindo aqui os servios prestados pelas sociedades cooperativas de servios profissionais de medicina.Prestao de Servios a Pessoa Jurdica Vinculada

Incidir IRF conforme a tabela progressiva cabvel s pessoas fsicas quando os servios prestados forem realizados por Sociedade Civil de Profissionais Legalmente Regulamentados, que controlada direta ou indiretamente por pessoas fsicas que sejam diretores, gerentes ou controladores da pessoa jurdica, que pagar ou creditar os servios, bem como pelo cnjuge ou parente de primeiro grau (exemplo: pai ou filho) dos referidos diretores, gerentes ou controladores. Conforme o Parecer Normativo n. 27/83, item 2, no se incluem dentro do termo diretores, gerentes ou controladores as pessoas fsicas que so to-somente administradores de sociedades annimas (membros do Conselho de Administrao).

Reduo da alquota do IRF

Destaca-se que os servios acima, que tenham fato gerador ocorrido a partir de 1.07.1994, passam a sofrer a incidncia do IRF alquota de 1,5%, conforme o artigo 6 da Medida Provisria n. 544, de 1.07.94, que foi convertida na Lei n. 9.064/95.Mediao em Negcios Tratamento Diferenciado no Recolhimento do IRF

Vale destacar que, excepcionalmente, nos casos abaixo, o recolhimento do imposto dever ser efetuado pela pessoa jurdica que receber de outras pessoas jurdicas importncias a ttulo de comisses e corretagens relativas a: a) colocao ou negociao de ttulos de renda fixa; b) operaes realizadas em Bolsas de Valores e em Bolsas de Mercadorias; c) distribuio de emisso de valores mobilirios, quando a pessoa jurdica atuar como agente da companhia emissora; d) operaes de cmbio; e) vendas de passagens, excurses ou viagens; f) administrao de cartes de crdito; g) prestao de servios de distribuio de refeies pelo sistema de refeies-convnio;18

h) prestao de servio de administrao de convnios.O recolhimento do imposto cabe fonte pagadora, no caso de pagamento de comisses e corretagens a outro ttulo.

Os rendimentos e o respectivo imposto de renda na fonte devem ser informados na Declarao de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) da pessoa jurdica que tenha pago a outras pessoas jurdicas comisses e corretagens nas hipteses mencionadas nas letras de "a" a "h".Propaganda

Incide IRF nas importncias pagas ou creditadas por pessoa jurdica a outras pessoas jurdicas pela prestao de servios de propaganda e publicidade. ALQUOTA 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento) do valor do rendimento. DEDUES DA BASE DE CLCULO Excluem-se da base de clculo as importncias diretamente pagas ou repassadas pelas agncias de propaganda a empresas de rdio, televiso, publicidade ao ar livre (out-door), cinema, jornais e revistas, bem como os descontos por antecipao de pagamento. O imposto dever ser recolhido pelas agncias de propaganda, por ordem e conta do anunciante. O anunciante e a agncia de propaganda so solidariamente responsveis pela comprovao da efetiva realizao dos servios. A agncia de propaganda efetuar o recolhimento do imposto englobando todas as importncias relativas a um mesmo perodo de apurao, devendo informar, ainda, o valor do imposto na DCTF.Comprovante anual de Imposto de Renda Recolhido

A agncia de propaganda dever fornecer ao anunciante, at 31 de janeiro de cada ano, documento comprobatrio com indicao do valor do rendimento e do imposto de renda recolhido, relativo ao ano-calendrio anterior.DIRF anual do anunciante

As informaes prestadas pela agncia de propaganda devero ser discriminadas na Declarao de Imposto de Renda na Fonte (Dirf) anual do anunciante.19

Os rendimentos e o respectivo imposto de renda na fonte devem ser informados na Declarao de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf) do anunciante que tenha pago agncia de propaganda importncias relativas a prestao de servios de propaganda e publicidade.

Compensao do IRF pela agncia de propaganda

No podemos esquecer que o valor do IRF dever ser registrado na contabilidade da agncia de propaganda no Ativo Circulante como IRF a Compensar.

Exemplo: * Valor da NF Fatura do servio * IRF a Recolher 1) Registro na NF Fatura do Servio Curitiba 08 de junho de 2001 D Caixa (A. Circulante) Servio prestado, conforme NF Fatura n. 17.118 (Recebimento a Vista) 2) Registro do IRF a Recolher Curitiba, 08 de junho de 2001 D IRF a Compensar C IRF a Recolher (A. Circulante) Contabilizao do IRF a Recolher em R$ 1.500,00 Relao a nossa NF Fatura n. 17.118 3) Registro do Recolhimento do IRF Curitiba, 08 de junho de 2001 D IRF a Recolher C Caixa (P. Circulante) Recolhimento do IRF relativo a nossa NF R$ 1.500,00 Fatura n. 17.118 C Receita c/servios (Resultado) R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 R$ 1.500,00

(P.Circulante)

(P.Circulante)

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Agncia de Emprego

O fornecimento de mo-de-obra, seja a ttulo efetivo ou temporrio, enquadra-se no conceito de mediao de negcios civis, pois por intermdio dessas agncias atende-se ao interesse das duas partes envolvidas empresa e funcionrio sujeitando-se assim ao IRF. Assim, ao pagar comisses a agncias de empregos pela contratao de pessoal por seu intermdio, a empresa pagadora est sujeito reteno do IRF, conforme Parecer Normativo n. 37/87; no entanto, alerte para o fato de que boa parte desses trabalhos, principalmente a contratao de executivos, realizada por escritrios especializados de consultoria em recursos humanos, e, claro, este servio j consta no item 6 da Lista de Servios sujeitos reteno de IRF.

Limpeza e Conservao

H reteno do IRF sobre as importncias pagas ou creditadas por pessoa jurdica a outras pessoas jurdicas, civis ou mercantis, pela prestao de servios de limpeza e conservao de bens imveis, exceto reformas e obras assemelhadas. A alquota de 1% (um por cento) sobre as importncias pagas ou creditadas.O imposto retido ser deduzido do apurado no encerramento do perodo de apurao trimestral ou anual.

A responsabilidade da reteno e do recolhimento compete fonte pagadora.

Locao de Mo-de-Obra

A locao de mo-de-obra est sujeita reteno pela alquota de IRF de 1%, mesmo aps a edio da Lei n. 9.064/95. Os servios prestados pelas agncias de empregos, pela intermediao na contratao de funcionrios, esto sujeitos a reteno alquota de 1,5%. Observem que fundamental fazer distino entre locao de mo-de-obra e intermediao de mo-de-obra. LOCAO Neste caso, o funcionrio est registrado no Livro de Empregados da Agncia de Empregos, que por valor pactuado com outra pessoa jurdica cede tal trabalhador para exercer as funes estabelecidas pela empresa contratante, cabendo a reteno e recolhimento de IRF, alquota de 1%, pela empresa contratante. Embora no tenha sido editado nenhum ato especfico, vem se firmando entendimento fiscal de que a base de clculo do IRF, na locao de mo-de-obra, o valor cobrado da contratante, sem a possibilidade de deduzir os custos operacionais do empregado (ex.: salrios21

e encargos sociais), o que discutvel, pois a Locadora, ao emitir a fatura de servio, isolando os custos operacionais do empregado, na verdade ter como remunerao auferida a diferena entre o valor cobrado e o respectivo custo operacional do empregado destacado na fatura a ttulo de mero ressarcimento. Assim, a diferena que deveria ser base de clculo do IRF, pois se trata da importncia efetivamente cobrada pela prestao do servio de locao. INTERMEDIAO Nesta circunstncia, a funo da agncia reside to somente em detectar no mercado um profissional que se molde s necessidades de seu cliente; aps a localizao, o profissional admitido, no importando se temporrio ou efetivo, pelo seu cliente. O funcionrio ser registrado no Livro de Empregados no da agncia, mas sim da empresa contratante de seu servio, e pela intermediao a agncia cobrar uma comisso, e caber ao seu cliente reter e recolher o IRF sobre tal importncia, alquota de 1,5%. Conforme o artigo 64 da Lei n. 8.981/95, que deu nova redao ao artigo 45 da Lei n. 8.541/92, esto sujeitas reteno do IRF, alquota de 1,5%, as importncias pagas ou creditadas por pessoas jurdicas a cooperativas de trabalho, associao de profissionais ou assemelhadas, relativas a servios pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados disposio.

IRF sobre Cooperativa de transporte rodovirio de carga ou de passageiro

FATO GERADOR Importncias pagas ou creditadas por pessoa jurdica a cooperativas de trabalho, associaes de profissionais ou assemelhadas, relativas a servios pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados disposio ALQUOTA 1,5% (um inteiro e cinco dcimos por cento) sobre as importncias pagas ou creditadas, relativas a servios pessoais. ASPECTOS ESPECFICOS 1) Devero ser discriminadas em faturas, as importncias relativas aos servios pessoais prestados pessoa jurdica por seus associados e as importncias que corresponderem a outros custos ou despesas. 2) No caso de cooperativas de transportes rodovirios de cargas ou passageiros, o imposto na fonte incidir sobre: a) quarenta por cento do valor correspondente ao transporte de cargas;22

b) sessenta por cento do valor correspondente aos servios pessoais relativos ao transporte de passageiros.

3) Na fatura devero ainda ser discriminadas as parcelas tributveis e parcelas no tributveis.

Compensao do IRF

O IRF ser compensado pelas cooperativas de trabalho, associaes ou assemelhadas com o IRF descontado por ocasio do pagamento dos rendimentos aos associados.

Restituio do IRF

O IRF poder ser objeto de pedido de restituio desde que a cooperativa, associao ou assemelhada comprove, relativamente a cada ano-calendrio, a impossibilidade de sua compensao.

Franquia empresarial

O artigo 60, inciso II, da Lei n. 8.981/95 estabelece que esto sujeitos ao desconto do IRF, alquota de 5%, as importncias pagas s pessoas jurdicas a ttulo de remunerao decorrente de contratos de franquia empresarial (franchising). Diante do preceito legal acima, o fato gerador do IRF s ocorrer no momento do pagamento do rendimento. Destaca-se que, a partir de 01.01.96, no se aplica mais a incidncia de IRF vista acima, pois o artigo 60, inciso II, da Lei n. 8.891/95 foi revogado pela Lei n. 9.249/95, artigo 36, inciso V.

Cdigo do DARF

Ao preencher o DARF os cdigos a serem utilizados so: DESCRIO DO SERVIO1 Servios prestados por pessoa jurdica a outra pessoa jurdica (exceto comisses e propaganda e cooperativas de trabalho) 2 Comisses e propaganda 3 Servios prestados por cooperativas de trabalho CDIGO

1708 8045 3280

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Prazo de recolhimento do IRF

Conforme o artigo 83, inciso I, alnea d, da Lei n. 8.891/95, o recolhimento do IRF s/servios prestados deve ser feito at o terceiro dia til da semana subseqente do pagamento ou crdito dos servios.

Comprovante anual de rendimentos e de reteno de IRF

A empresa responsvel pela reteno e recolhimento deve entregar empresa fornecedora o Comprovante Anual de Rendimentos Pagos ou Creditados e de Reteno de Imposto de Renda na Fonte, a ser utilizado pelas Pessoas Jurdicas que efetuarem pagamento ou crdito de rendimento relativos a Servios Prestados a outras Pessoas Jurdicas, sujeitos reteno do Imposto de Renda na Fonte. Nenhum rendimento pago ou creditado e o respectivo IRF podero deixar de ser informados neste comprovante. As informaes prestadas pela Fonte Retentora no Comprovante Anual devero ser discriminadas em sua DIRF (Declarao do Imposto de Renda na Fonte) Anual. O referido comprovante ser utilizado pelo prestador do servio como prova do IRF deduzido ou compensado do IRPJ devido. A Fonte Pagadora que optar pela emisso do Comprovante por meio de processamento automtico de dados poder adotar modelo diferente do estabelecimento, desde que contenha todas as informaes nele previstas, dispensada a assinatura ou chancela mecnica. O comprovante aqui tratado dever ser fornecido, em uma nica via, at o ltimo dia til do ms de fevereiro do ano-calendrio subseqente, sendo que a Pessoa Jurdica, ao deixar de fornecer aos beneficirios o comprovante dentro do prazo estabelecido ou forneclo com inexatido, ficar sujeita ao pagamento de multa de valor equivalente a R$ 41,43 por comprovante.

Dispensa de reteno de IRF

De acordo com o artigo 67 da Lei n. 9.430/96, fica dispensada a reteno de imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que devem integrar a base de clculo do imposto devido na declarao de ajuste anual do beneficirio dos rendimentos. Essa matria gerou controvrsia, que chegou ao seu final com a regulamentao dada pelo Ato Declaratrio Normativo COSIT n. 15/97, ao dispor que a dispensa de reteno do24

IRF de valor igual ou inferior a R$ 10,00 aplica-se tambm aos servios prestados por pessoa jurdica a outra pessoa jurdica. importante ressaltar que caso a reteno apresenta valor igual ou inferior a R$ 10,00, ela deve ser dispensada; assim, deve o tomador do servio pagar efetivamente o valor bruto do servio e, se posteriormente a empresa vier novamente a tomar servios da mesma prestadora, no h que se falar em acumular os valores dos dois servios prestados para efeito de verificar se ultrapassam a R$ 10,00, pois o artigo 68, 1, da Lei n. 9.430/96, aqui no se aplica. No se esqueam de que os valores correspondentes aos dois servios prestados no escaparo da tributao do imposto de renda, pois tais valores integraro a base de clculo do IRPJ do perodo-base da prestadora dos servios, conforme cita o item II do Ato Declaratrio Normativo COSIT n. 15/97.Reteno de Tributos Lei 9430/96

Os rgos da administrao federal direta, as autarquias e as fundaes federais retero, na fonte, o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurdica (IRPJ), bem assim a Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), a Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuio para o PIS sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas jurdicas, pelo fornecimento de bens ou prestao de servios em geral, inclusive obras. PROCEDIMENTOS At 03.04.2003, deveriam ser observados os procedimentos previstos na Instruo Normativa SRF/STN/SFC 23/2001. A partir de 03.04.2003, por fora da Instruo Normativa SRF 306/2003, os procedimentos sero os seguintes: A reteno ser efetuada aplicando-se, sobre o valor que estiver sendo pago, o percentual constante da coluna 06 da Tabela de Reteno (Anexo I), que corresponde soma das alquotas das contribuies devidas e da alquota do imposto de renda, determinada mediante a aplicao de quinze por cento sobre a base de clculo estabelecida no art. 15 da Lei n 9.249, de 26 de dezembro de 1995, conforme a natureza do bem fornecido ou do servio prestado.O percentual a ser aplicado sobre o valor a ser pago corresponder espcie do bem fornecido ou de servio prestado, conforme estabelecido em contrato. Caso o pagamento se refira a contratos distintos de uma mesma pessoa jurdica pelo fornecimento de bens ou de servios prestados com percentuais diferenciados, aplicar-se- o percentual correspondente a cada fornecimento contratado.

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RETENO DO PIS A alquota de 0,65% (sessenta e cinco centsimos por cento) prevista na Tabela de Reteno aplica-se independentemente de a pessoa jurdica enquadra-se no regime de nocumulatividade na cobrana da contribuio para o PIS/Pasep, de que trata a Lei n 10.637, de 30 de dezembro de 2002. REGRAS ESPECFICAS Para as seguintes atividades, observar o disposto na Instruo Normativa SRF 306/2003, em seus artigos: Agncias de Viagens/Turismo (art. 6) Aluguel de Imveis (art. 7) Seguros (art. 8 e 9) Telefone (art. 10 e 11) Propaganda e Publicidade (art. 12) Consrcio (art. 13) Refeio Convnio, Vale Transporte e Vale Combustvel (art. 14) Derivados de Petrleo e lcool para fins Carburantes (art. 15) Medicamentos e Produtos de Perfumaria e Higiene Pessoal (art. 16) Mquinas e Aparelhos de Terraplanagem e de Uso Agrcola, Tratores, Veculos para Transporte de Passageiros, de Mercadorias, de Usos Especiais e Chassis com Motor para Veculos Automveis (art. 17) Pneus Novos e Cmaras de Ar (art. 18) Bens Imveis (art. 19) Cooperativas e Associaes Profissionais ou Assemelhadas (art. 20 a 23) Pessoa Jurdica Sediada ou Domiciliada no Exterior (art. 24) HIPTESES QUE NO HAVER RETENO. O art. 25 da Instruo Normativa SRF 306/2003 especifica as hipteses em que no haver reteno, listando, entre outros, que no haver reteno nos pagamentos efetuados a templos de qualquer culto, partidos polticos, instituies de educao e de assistncia social sem fins lucrativos, sindicatos, federaes e confederaes, servios sociais autnomos criados ou autorizados por lei, etc. COMPROVANTE ANUAL DE RETENO

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O rgo ou a entidade que efetuar a reteno dever fornecer, pessoa jurdica beneficiria do pagamento, comprovante anual da reteno, at o dia 28 de fevereiro do ano subseqente, informando, relativamente a cada ms em que houver sido efetuado o pagamento, conforme modelo constante do Anexo VII: I - o cdigo de reteno; II - a natureza do rendimento; III - o valor pago, assim entendido o valor antes de efetuada a reteno; IV - o valor retido. COMPENSAO DOS VALORES RETIDOS

Os valores retidos podero ser compensados, pelo contribuinte, com o imposto e contribuies de mesma espcie, devidos relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do ms da reteno. O valor a ser compensado, correspondente ao IRPJ e a cada espcie de contribuio social, ser determinado pelo prprio contribuinte mediante a aplicao, sobre o valor da fatura, da alquota respectiva, constante das colunas 02, 03, 04 ou 05 da Tabela de Reteno (Anexo I).Exemplo:

Valor do PIS devido no ms: R$ 5.000,00 Menos: valor do PIS retido por rgos pblicos (Lei 9430/96): R$ 800,00 Igual a: valor do PIS a recolher: R$ 4.200,00PLANO DE CONTAS PARA EMPRESA COMERCIAL

O plano de contas ser a estrutura de toda a atividade a ser desenvolvida pela contabilidade, assegurando chegar ao controle e estudo do patrimnio da empresa comercial. Com a vigncia da Lei 6404/1976 (a chamada Lei das S/A), a estrutura do plano de contas passou a ser uniformizada para todas as formas societrias. A estrutura bsica do plano de contas incluir quatro grandes grupos: Ativo, Passivo, Despesas e Receitas. Evidencia-se a necessidade de codificao das contas do plano para estabelecer a distino de grupos para as de nomes semelhantes, para a pr-classificao das operaes e classificao por natureza de saldos. O Ativo encontra-se subdividido em: Ativo Circulante, Ativo realizvel a Longo Prazo e Ativo Permanente. O Passivo encontra-se subdividido em: Passivo Circulante, Passivo Exigvel a Longo Prazo, Resultado de Exerccios Futuros e Patrimnio Lquido.

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As despesas ou custos so subdivididas em Dedues de Vendas, Custo das Mercadorias Vendidas, Despesas com Vendas, Despesas Financeiras, Despesas Gerais e Administrativas, Despesas Operacionais, Despesas No-operacionais, Correo Monetria do Balano e Proviso para o Imposto de Renda. As receitas ou ingressos esto subdivididas em: Receita Bruta de Vendas, Receita Financeira, Receita No-operacional, Reverso de Proviso e Correo Monetria do Balano.

Plano Geral de Contas

1.0.00.000.0000 1.1.00.000.0000 1.1.01.000.0000 1.1.01.001.0000 1.1.01.001.0001 1.1.01.002.0000 1.1.01.002.0001 1.1.02.000.0000 1.1.02.001.0000 1.1.02.001.0001 1.1.03.000.0000 1.1.03.001.0000 1.1.03.001.0001 1.1.03.002.0000 1.1.03.002.0001 1.1.03.003.0000 1.1.03.003.0001 1.1.03.003.0002 1.1.03.003.0003 1.1.03.003.0004 1.1.04.000.0000 1.1.04.001.0000 1.1.04.001.0001 1.2.00.000.0000 1.2.01.000.0000 1.2.01.001.0000 1.2.01.001.0001 1.2.01.002.0000 1.2.01.002.0001 1.3.00.000.0000 1.3.01.000.0000 1.3.01.001.0000 1.3.01.001.0001 1.3.01.001.0002 1.3.02.000.0000

ATIVO CIRCULANTE DISPONVEL CAIXA CAIXA BANCO CONTA MOVIMENTO CAIXA ECONMICA FEDERAL CLIENTES DUPLICATAS A RECEBER DUPLICATAS A RECEBER OUTROS CREDITOS TITULOS A RECEBER N P A RECEBER ADIANTAMENTOS ATERCEIROS ADTOS A FORNECEDORES IMPOSTOS A RECUPERAR IRPJ EXERCICIOS ANTERIORES CSSLEXERCICIOS ANTERIORES ICMS A RECUPERAR IPI A RECUPERAR ESTOQUES MERCADORIA PARA REVENDA MERCADORIAS ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO CREDITOS E VALORES CLIENTES DUPLICATAS A RECEBER TITULOS A RECEBER TITULOS A RECEBER ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS PART. OUTRAS SOCIEDADES CONTROLADAS COLIGADAS ATIVO IMOBILIZADO28

1.3.02.001.0000 1.3.02.001.0001 1.3.02.001.0002 1.3.02.001.0003 1.3.02.001.0004 1.3.02.001.0005 1.3.02.001.0006 1.3.02.001.0007 1.3.02.002.0000 1.3.02.002.0001 1.3.02.002.0002 1.3.02.002.0003 1.3.02.002.0004 1.3.02.002.0005 1.3.02.002.0006 1.3.02.002.0007 1.3.02.003.0000 1.3.02.003.0001 1.3.02.003.0002 1.3.03.000.0000 1.3.03.001.0000 1.3.03.001.0001 1.3.03.002.0000 1.3.03.002.0001 2.0.00.000.0000 2.1.00.000.0000 2.1.01.000.0000 2.1.01.001.0000 2.1.01.001.0001 2.1.02.000.0000 2.1.02.001.0000 2.1.01.001.0001 2.1.02.002.0000 2.1.02.002.0001 2.1.03.000.0000 2.1.03.001.0000 2.1.03.001.0001 2.1.03.001.0002 2.1.03.001.0003 2.1.03.001.0004 2.1.03.001.0005 2.1.03.001.0006 2.1.03.002.0000 2.1.03.002.0001 2.1.03.002.0002 2.1.03.002.0003 2.1.03.002.0004

BENS EM OPERAO TERRENOS INSTALAES MAQUINAS E EQUIPAMENTOS COMPUTADORES E PERIFERICOS MOVEIS E UTENSILIOS VEICULOS OUTROS BENS (-) DEPRECIAO ACUMULADA CONSTRUOES E BENFEITORIAS INSTALAOES MAQUINAS E EQUIPAMENTOS COMPUTADORES E PERIFERICOS MOVEIS E UTENSILIOS VEICULOS OUTROS BENS IMOBILIZADO EM ANDAMENTO CONSTRUOES EM ANDAMENTO BENS EM USO - IMPLANTAAO ATIVO DIFERIDO GASTOS PRE OPERACIONAIS GASTOS DE ORGANIZAAO (-) AMORTIZAAO GASTOS DE ORGANIZAAO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE FORNECEDORES FORNECEDORES NACIONAIS FORNECEDORES EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS EMPRESTIMOS CAPITAL DE GIRO FIANCIAMENTOS CAIXA ECONOMICA FEDERAL OBRIGAOES SOCIAIS/FISCAIS OBRIGAOES SOCIAIS INSS A RECOLHER FGTS A RECOLHER CONT. SINDICAL A RECOLHER IRRF FOLHA PAGAMENTO INSS AUTONOMO A RECOLHER C SIND. PATRONAL RECOLHER OBRIGAOES FISCAIS PIS A RECOLHER COFINS A RECOLHER ISS A RECOLHER ICMS A RECOLHER29

2.1.03.002.0005 2.1.03.002.0006 2.1.03.002.0007 2.1.03.002.0008 2.1.03.002.0009 2.1.03.002.0010 2.1.04.000.0000 2.1.04.001.0000 2.1.04.001.0001 2.1.04.001.0002 2.1.04.002.0003 2.1.04.002.0004 2.1.04.002.0005 2.1.04.002.0000 2.1.04.002.0001 2.1.04.003.0000 2.1.04.003.0001 2.1.04.003.0002 2.1.04.003.0003 2.1.05.000.0000 2.1.05.001.0000 2.1.05.001.0001 2.1.05.001.0002 2.2.00.000.0000 2.2.01.000.0000 2.2.01.001.0000 2.2.01.001.0001 2.2.02.000.0000 2.3.00.000.0000 2.3.01.000.0000 2.3.02.000.0000 2.4.00.000.0000 2.4.01.000.0000 2.4.01.001.0000 2.4.01.001.0001 2.4.02.000.0000 2.4.03.000.0000 2.4.04.000.0000 2.4.05.000.0000 2.4.05.001.0000 2.4.05.001.0001 2.4.05.001.0002 2.4.05.001.0003 3.0.00.000.0000 3.1.00.000.0000 3.1.01.000.0000 3.1.01.001.0000

IPI A RECOLHER IRPJ A RECOLHER CSSL A RECOLHER IOF A RECOLHER IRRF (PJ) A RECOLHER REFIS OUTRAS OBRIGAOES OBRIGAOES TRABALHISTAS SALARIOS A PAGAR PR-LABORE A PAGAR FERIAS A PAGAR RESCISOES A PAGAR OUTRAS OBRIGAOES ADIANTAMENTO DE CLIENTES ADIANTAMENTO DE CLIENTES OUTRAS CONTAS A PAGAR FATURA AGUA/LUZ/TELEFONE COMISSOES A PAGAR OUTRAS CONTAS A PAGAR OUTRAS PROVISOES TRABALHISTAS FERIAS 13 SALARIO PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS EMPREST/FINANC BANCARIOS CAIXA ECONOMICA FEDERAL OBRIGAOES FISCAIS/TRIBUTARIAS RESULTADO EXERCICIOS FUTUROS RECEITAS EXERCICIOS FUTUROS CUSTOS/DESPESAS EXERCICIOS FUTUROS PATRIMONIO LIQUIDO CAPITAL SOCIAL CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE REAVALIAAO RESERVAS DE LUCROS LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS LUCROS/PREJUIZOS ACUMULADOS LUCRO EXERCICIO ANTERIOR LUCRO DO EXERCICIO (-) DISTRIBUIAO DE LUCRO RECEITAS RECEITA BRUTA VENDA PRODUTOS E SERVIOS VENDA PRODUTOS/MERCADORIAS VENDA DE MERCADORIAS30

3.1.01.001.0001 3.1.02.000.0000 3.1.02.001.0000 3.1.02.001.0001 3.2.00.000.0000 3.2.01.000.0000 3.2.01.001.0000 3.2.01.001.0001 3.2.01.001.0002 3.2.02.000.0000 3.2.02.001.0000 3.2.02.001.0001 3.2.02.001.0002 3.2.02.001.0003 3.2.02.001.0004 3.2.02.001.0005 4.0.00.000.0000 4.1.00.000.0000 4.1.01.000.0000 4.1.01.001.0000 4.1.01.001.0001 4.1.02.000.0000 4.1.02.001.0000 4.1.02.001.0001 4.2.00.000.0000 4.2.01.000.0000 4.2.01.001.0000 4.2.01.001.0001 4.2.01.001.0002 4.2.01.001.0003 4.2.01.001.0004 4.2.01.001.0005 4.2.01.001.0006 4.2.01.001.0007 4.2.01.001.0008 4.2.01.001.0009 4.2.01.001.0010 4.2.01.002.0000 4.2.01.002.0001 4.2.01.003.0000 4.2.01.003.0001 4.2.01.003.0002 4.2.01.003.0003 4.2.01.003.0004 4.2.01.003.0005 4.2.01.003.0006 4.2.01.003.0007

MERCADORIAS VENDA DE SERVIOS SERVIOS SERVIOS DEDUAO DA RECEITA VENDA CANCELADA/DEVOLUAO VENDAS CANCELADAS VENDAS CANCELADAS DEVOLUAO IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS IMPOSTOS SOBRE VENDAS ICMS ISS IPI PIS SOBRE FATURAMENTO COFINS SOBRE FATURAMENTO DESPESAS CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS CUSTO DOS SERVIOS PRESTADOS CUSTOS DOS SERVIOS PRESTADOS CUSTOS DOS SERVIOS PRESTADOS CUSTOS DE PRODUAO CUSTOS OPERACIONAIS MAO DE OBRA DIRETA SAL DPTOS PRODUTIVOS PREMIOS PRODUAO FERIAS 13 SALARIO INSS FGTS AVISO PREVIO/INDENIZAOES ASSISTENCIA MEDICA/SOCIAL AUXILIO ALIMENTAAO OUTROS ENCARGOS OUTROS CUSTOS DIRETOS SERVIOS DE TERCEIROS CUSTOS INDIRETOS ALUGUEIS/CONDOMINIOS DEPRECIAAO/AMORTIZAAO MANUTENAO/REPAROS ENERGIA ELETRICA AGUA TRANSPORTE DO PESSOAL COMUNICAOES31

4.2.01.003.0008 4.2.01.003.0009 4.2.01.003.0010 4.3.00.000.0000 4.3.01.000.0000 4.3.01.001.0000 4.3.01.001.0001 4.3.01.001.0002 4.3.01.001.0003 4.3.01.001.0004 4.3.01.001.0005 4.3.01.002.0000 4.3.01.002.0001 4.3.01.002.0002 4.3.01.002.0003 4.3.01.002.0004 4.3.01.002.0005 4.3.01.002.0006 4.3.01.002.0006 4.3.01.002.0007 4.3.01.002.0008 4.3.01.002.0009 4.3.01.002.0010 4.3.01.002.0011 4.3.01.002.0012 4.3.01.002.0013 4.3.01.002.0014 4.3.02.000.0000 4.3.02.001.0000 4.3.02.001.0001 4.3.02.001.0002 4.3.02.001.0003 4.3.02.001.0004 4.3.02.001.0005 4.3.02.001.0006 4.3.02.001.0007 4.3.02.001.0008 4.3.02.001.0009 4.3.02.001.0010 4.3.02.001.0011 4.3.02.001.0012 4.3.02.002.0000 4.3.02.002.0001 4.3.02.002.0002 4.3.02.002.0003 4.3.02.003.0000 4.3.02.003.0001

IMPOSTOS E TAXAS REFEITORIOS RECRUTAMENTO E SELEAO DESPESAS OPERACIONAIS DESPESAS DE VENDAS DESPESAS COM PESSOAL SALARIOS/ORDENADOS FERIAS 13 SALARIO INDENIZAOES OUTROS ENCARGOS DESPESAS GERAIS ALUGUEIS/CONDOMINIOS DEPRECIAAO/AMORTIZAAO MANUTENAO E REPAROS PROPAGANDA PUBLICIDADE ENERGIA ELETRICA AGUA E ESGOTO TELEFONE CORREIOS E MALOTES REPRODUAO SEGUROS TRANSPORTE DO PESSOAL DESPESAVIAGEM DESPESAS COM VEICULOS COMBUSTIVEIS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DESPESAS COM PESSOAL SALARIO/ORDENADOS FERIAS 13 SALARIO INSS FGTS INDENIZAOES VALE REFEIAO VALE TRANSPORTE SEGURO DE VIDA EM GRUPO SEG ACIDENTE TRABALHO GRATIFICAOES OUTROS ENCARGOS DESPESAS DE OCUPAAO ALUGUEL/CONDOMINIO DEPRECIAAO/AMORTIZAAO MANUTENAO E REPAROS UTILIDADES E SERVIOS ENERGIA ELETRICA32

4.3.02.003.0002 4.3.02.003.0003 4.3.02.003.0004 4.3.02.003.0005 4.3.02.003.0006 4.3.02.003.0007 4.3.02.003.0008 4.3.02.004.0000 4.3.02.004.0001 4.3.02.004.0002 4.3.02.004.0003 4.3.02.005.0000 4.3.02.005.0001 4.3.02.005.0002 4.3.02.005.0003 4.3.02.005.0004 4.3.02.005.0005 4.3.02.005.0006 4.3.02.005.0007 4.3.02.005.0008 4.3.02.005.0009 4.3.02.005.0010 4.3.02.005.0011 4.3.02.006.0000 4.3.02.006.0001 4.3.02.006.0002 4.3.02.006.0003 4.3.02.006.0004 4.3.02.006.0005 4.3.02.006.0006 4.3.02.007.0000 4.3.02.007.0001 4.3.02.007.0002 4.3.02.007.0003 4.3.02.007.0004 4.3.03.000.0000 4.3.03.001.0000 4.3.03.001.0001 4.3.03.001.0002 4.3.03.001.0003 4.3.03.001.0004 4.3.03.001.0005 4.3.03.002.0000 4.3.03.002.0001 4.3.03.002.0002 4.3.03.002.0003 4.3.03.002.0004

AGUA TELEFONE CORREIO REPRODUAO SEGUROS TRANSPORTE DO PESSOAL DESPESAS COM INTERNET HONORARIOS DIRETORIA CONSELHO ADMINISTRAAO CONSELHO FISCAL DESPESAS GERAIS VIAGENS/REPRESENTAOES MATERIAL DE ESCRITORIO MAT. AUXILIAR E CONSUMO HIGIENE E LIMPEZA COPA, COZINH, REFEITORIO CONDUOES E LANCHES REVISTAS/PUBLICAOES DONATIVOS/CONTRIBUIOES LEGAIS E JUDICIAIS SERV PROF E CONTRATADOS VIGILANCIA E SEGURANA IMPOSTOS E TAXAS IMP PROP PREDIAL URBANA IMP PROP VEICULOS TAXAS MUNICIPAIS CONTRIBUIAO SINDICAL CONTRIBUIAO PIS CONTRIBUIAO PASEP DESPESAS COM PROVISOES CONST PROV PERDAS DIVERSAS CONST PROV DESPESA RISCO REVERSAO PERDAS DIVERSAS REVERSAO DESPESAS RISCOS RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO DESPESAS FINANCEIRAS JUROS PAGOS OU INCORRIDOS DESCONTOS CONCEDIDOS COMISSOES/DESP BANCARIAS DESPESAS BANCARIAS CPMF RECEITAS FINANCEIRAS DESCONTOS OBTIDOS JUROS RECEBIDOS/AUFERIDOS RECEITA INVEST TEMPORARIOS RECEITA FINANC COMERCIAL33

4.3.03.003.0000 4.3.03.003.0001 4.3.03.003.0002 4.3.03.003.0003 4.3.03.003.0004 4.3.03.003.0005 4.3.03.003.0006 4.3.04.000.0000 4.3.04.001.0000 4.3.04.001.0001 4.3.04.001.0002 4.3.04.001.0003 4.3.04.002.0000 4.3.04.02.01

VARIAOES MONETARIAS VARIAO OBRIGAAO VARIAO CAMBIAL CORRE MONETARIA PASSIVA VARIAAO DE CREDITO CORREAO MONETARIA ATIVA PIS RECEITAS FINANCEIRAS OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS LUCROS/PREJUIZOS PART SOCIEDADE PART RESULT CONTROLADAS DIVIDENDOS/RENDIMENTOS AMORTIZAAO AGIO/DESAGIO VENDAS DIVERSAS VENDA DE SUCATAS

REGISTROS ROTINEIROS DE UMA SOCIEDADE COMERCIAL

A base para o registro de uma empresa comercial ser o contrato, estatuto ou a declarao de empresrio, os primeiros para as sociedades e o ltimo para as chamadas firmas individuais, constitudas por apenas uma pessoa fsica. A constituio do capital realiza-se com a transferncia que scios, acionistas ou titular da firma individual fazem de seus recursos particulares de bens e valores que constituiro o patrimnio inicial da empresa. Qualquer que seja a forma societria da empresa, admite-se que seu capital seja constitudo e realizado: totalmente em dinheiro e realizado integralmente no ato de sua constituio; totalmente em dinheiro, mas realizado parcialmente no ato e complementado em pocas futuras; em dinheiro e outros bens ativos; em dinheiro e outros bens ativos e valores passivos, quando ento o capital corresponder ao excesso dos valores ativos sobre os passivos.

Abertura e Encerramento de Empresas

Registro de Firma Individual O modelo para registro de firma individual, chamado Requerimento de Empresrio, pode ser obtido na pgina do Departamento Nacional de Registro de Comrcio (DNRC), no link: http://www.dnrc.gov.br/Legislacao/normativa/anexo1_in92.htm34

Preenchimento da Declarao de Firma Individual Requerimento de Empresrio1 - Preencher o formulrio em quatro vias legveis, mquina ou mo, com letra de forma, sem rasura. 2 - No preencher os campos destinados a uso da Junta Comercial. 3 - ESTADO CIVIL Declarar se solteiro, casado, vivo, separado judicialmente ou divorciado. 4 - REGIME DE BENS DO EMPRESRIO Se o empresrio for casado, declarar o regime de bens (comunho parcial, comunho universal, participao final nos aqestos, separao de bens). A alterao do regime de bens depende de autorizao judicial em pedido motivado de ambos os cnjuges, a qual dever instruir o processo. 5 - IDENTIDADE Indicar o nmero, a sigla do rgo expedidor e a sigla da respectiva unidade da federao mencionados no documento de identidade. So aceitos como documento de identidade: cdula de identidade, certificado de reservista, carteira de identidade profissional, Carteira de Trabalho e Previdncia Social ou Carteira Nacional de Habilitao (modelo com base na Lei n 9.503, de 23/9/97). Se o titular for estrangeiro, exigida carteira de identidade de estrangeiro, com visto permanente. 6 - EMANCIPADO POR - Caso o titular seja menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado, dever indicar a forma de emancipao e arquiv-la em separado. So hipteses de emancipao: casamento; ato judicial; concesso dos pais; colao de grau em curso de ensino superior; exerccio de emprego pblico efetivo; estabelecimento civil ou comercial, ou pela existncia de relao de emprego, desde que em funo deles, o menor com 16 anos completos tenha economia prpria. 7 - DECLARAO (de desimpedimento para exercer atividade empresria e de que no possui outra inscrio de empresrio) e REQUERIMENTO - Complementar o nome da Junta Comercial. 8 - CDIGO DO ATO E DESCRIO DO ATO - Preencher com o cdigo e com a descrio do ato que est sendo praticado, conforme tabela abaixo. 9 - CDIGO DO EVENTO E DESCRIO DO EVENTO - Preencher com o cdigo e com a descrio do evento que est contido no ATO, conforme tabela abaixo.

CDIGO DO ATO / EVENTO 080 002 020 021 022 023 024 025

DESCRIO DO ATO DESCRIO DO EVENTO INSCRIO ALTERAO ALTERAO ALTERAO EMPRESARIAL) ALTERAO DE NOME EMPRESARIAL DE DADOS (EXCETO NOME

DE DADOS E DE NOME EMPRESARIAL

ABERTURA DE FILIAL NA UF DA SEDE ALTERAO DE FILIAL NA UF DA SEDE

EXTINO DE FILIAL NA UF DA SEDE 35

026 027 028 029 030 031 032 033 034 036 037 038 039 048 052 208 961 003 150 151 152

ABERTURA DE FILIAL EM OUTRA UF ALTERAO DE FILIAL EM OUTRA UF

EXTINO DE FILIAL EM OUTRA UF ABERTURA DE FILIAL COM SEDE EM OUTRA UF ALTERAO DE FILIAL COM SEDE EM OUTRA UF

EXTINO DE FILIAL COM SEDE EM OUTRA UF ABERTURA DE FILIAL EM OUTRO PAS ALTERAO DE FILIAL EM OUTRO PAS

EXTINO DE FILIAL EM OUTRO PAS TRANSFERNCIA DE FILIAL PARA OUTRA UF INSCRIO DE TRANSFERNCIA DE FILIAL DE OUTRA UF TRANSFERNCIA DE SEDE PARA OUTRA UF INSCRIO DE TRANSFERNCIA DE SEDE DE OUTRA UF RERRATIFICAO REATIVAO EMANCIPAO AUTORIZAO DE TRANSFERNCIA DE TITULARIDADE POR SUCESSO EXTINO PROTEO DE NOME EMPRESARIAL ALTERAO DE PROTEO DE NOME EMPRESARIAL CANCELAMENTO DA PROTEO DE NOME EMPRESARIAL

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EXEMPLO: CDIGO DO ATO 002 DESCRIO DO ATO ALTERAO

CDIGO DO EVENTO 020

DESCRIO DO EVENTO ALTERAO DE NOME EMPRESARIAL

10 - NOME EMPRESARIAL Indicar o nome completo ou abreviado do empresrio, aditando, se quiser, designao mais precisa de sua pessoa (apelido ou nome como mais conhecido) ou gnero de negcio, que deve constar do objeto. No pode ser abreviado o ltimo sobrenome, nem ser excludo qualquer dos componentes do nome. No constituem sobrenome e no podem ser abreviados: FILHO, JNIOR, NETO, SOBRINHO etc., que indicam uma ordem ou relao de parentesco. 11 - CDIGO DE ATIVIDADE ECONMICA - Preencher com o cdigo correspondente a cada atividade descrita no OBJETO, conforme a tabela de Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE-Fiscal. Ordenar os cdigos das atividades indicando a principal e as secundrias. A atividade principal corresponde quela que proporciona maior receita esperada (quando da inscrio) ou realizada (quando da alterao). 12 - DESCRIO DO OBJETO - Descrever o objeto (atividades a serem exercidas), de forma precisa e detalhada, indicando o gnero e a espcie do negcio. No podem ser inseridos termos estrangeiros na descrio das atividades, exceto quando no houver termo correspondente em portugus. O objeto no poder ser ilcito, contrrio aos bons costumes ou ordem pblica. No caso de filial, vide orientao no Manual de Atos de Registro Mercantil - Empresrio. 13 - DATA DE INCIO DAS ATIVIDADES - Preencher com a data prevista para o incio das atividades a qual no poder ser anterior data da assinatura do Requerimento de Empresrio. Se o Requerimento de Empresrio for protocolado na Junta Comercial aps 30 dias da data da sua assinatura pelo empresrio, a data da Inscrio ser considerada a data do deferimento do Requerimento pela Junta Comercial e, nesse caso, a data de incio de atividades no poder ser anterior a essa. No caso dos eventos 029, 037 e 039, vide orientao no Manual de Atos de Registro Mercantil Empresrio. 14 - ASSINATURA DA FIRMA PELO EMPRESRIO Dever ser aposta a assinatura da firma de acordo com o nome da empresa indicado no campo nome empresarial. 15 - DATA DA ASSINATURA Indicar o dia, ms e ano em que o Requerimento foi assinado. 16 - ASSINATURA DO EMPRESRIO A assinatura deve ser a que o empresrio, seu representante legal ou procurador usa normalmente para o nome civil.

Arquivamento de Atos de Sociedades Empresrias

A constituio de sociedades empresrias depende de arquivamento no Registro do Comrcio, salvo as sociedades simples (art 997 do Novo Cdigo Civil Brasileiro), que devero averbar seu contrato no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede.Para detalhamentos sobre as exigncias de registros, pode-se consultar o site do DNRC:

www.dnrc.gov.br .

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INTEGRALIZAO DE CAPITAL E OUTRAS OPERAES SOCIETRIAS Firma IndividualAs firmas individuais no possuem contrato de constituio que determine o capital subscrito e o compromisso de sua realizao, pois ele deve ser integralizado por apenas um indivduo.

Geralmente o capital registrado na Junta Comercial e declarado nas Reparties Fiscais aquele j integralizado pelo titular da firma. Da fazer-se o registro direto da integralizao do capital, sem lanamento intermedirio de subscrio, que corresponderia ao compromisso assumido para com a prpria firma de que o indivduo o titular. Esse lanamento de subscrio indispensvel nas sociedades onde a subscrio representa um compromisso assumido para com terceiros. O lanamento de constituio do capital de uma firma individual, na qual a realizao do capital feita totalmente em dinheiro:Realizao do Capital de Firma Individual:

D Caixa C Capital Subscrito

100.000,00 100.000,00

Subscrio e Realizao do Capital de Sociedade

Para abertura dos livros da sociedade, devemos considerar a existncia das seguintes hipteses: a) em dinheiro; b) em bens; c) com a transferncia, para a sociedade, de valores ativos e passivos.Realizao do capital em dinheiro

Quando a sociedade nova e seu capital realizado em dinheiro, no ato da subscrio. Lanamento de constituio do capital: Constituio do Capital: D Scio X com capital a realizar D Scio Y com capital a realizar C Capital Subscrito Realizao Integral do Capital38

250.000,00 250.000,00 500.000,00

D Caixa C Scio X capital a realizar C Scio Y capital a realizar

500.000,00 250.000,00 250.000,00

Com esses lanamentos iniciais a situao patrimonial da empresa fica sendo a seguinte:ATIVO PASSIVO

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000,00

Capital . . . . . . . . . . . . . . . . .500.000,00

Se os scios realizassem apenas parte de seu capital, a situao seria outra. O lanamento de subscrio seria igual ao anterior e o da realizao seria o seguinte: Realizao de Parte do Capital D Caixa C Scio X capital a realizar C Scio Y capital a realizar A situao patrimonial seria a seguinte:ATIVO PASSIVO

250.000,00 125.000,00 125.000,00

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00 Scio X . . . . . . . . . . . . . . 125.000,00 Scio Y . . . . . . . . . . . . . . 125.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000,00

Capital Realizado . . . . . . . . 250.000,00 A Realizar . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000,00

Realizao do capital em bens

O capital pode ainda ser realizado parte em bens e parte em dinheiro. Supondo-se que o scio X tenha concorrido para a sociedade com o seguinte: Dinheiro R$ 120.000,00; Mveis e Utenslios (mquinas de escritrio, mesas, etc.) R$ 120.000,00; Ttulos a Receber R$ 10.000,00. O scio Y realizou sua parte em dinheiro. O lanamento da subscrio igual ao primeiro e o da realizao o seguinte: Realizao do Capital, parte em bens, parte em dinheiro D Caixa D Mveis e utenslios D Ttulos a receber C Scio X capital a realizar D Caixa C Scio Y capital a realizar 120.000,00 120.000,00 10.000,00 250.000,00 250.000,00 250.000,0039

Realizao do capital com a transferncia do patrimnio

Supondo que o scio X transfira para a sociedade o seu patrimnio, formado por valores ativos e passivos, a firma em constituio faz os lanamentos de incorporao desses valores ao seu patrimnio, enquanto nos livros do scio X so feitos os lanamentos de encerramento de sua firma por transferncia para a nova. Na firma X e Cia. (em constituio), o lanamento de subscrio idntico aos anteriores e o de realizao do capital do scio Y igual aos j feitos. Vejamos o lanamento de realizao do capital do scio X, pela transferncia de seu patrimnio, que assim constitudo: ATIVO Ttulos a receber . . . . . . . . . . . 120.000,00 Contas a receber . . . . . . . . . . . 15.000,00 Mveis e utenslios . . . . . . . . 130.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00 PASSIVO Ttulos a pagar . . . . . . . . . . . . . . 10.000,00 Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . 5.000,00 Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000,00 Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265.000,00

Transferncia do Patrimnio para a Sociedade D Mveis e utenslios D Contas a receber D Ttulos a receber C Scio X transferncia 130.000,00 15.000,00 120.000,00 265.000,00

Transferncia de Valores Passivos D Scio X transferncia C Contas a pagar C Ttulos a pagar 15.000,00 5.000,00 10.000,00

Como se v, a conta do scio X - transferncia foi creditada por R$265.000,00 e debitada por R$15.000,00. A diferena de R$250.000,00 o seu capital e deve ser creditada a conta de Capital a Realizar. O lanamento o seguinte: Realizao de Quota Subscrita D Scio X transferncia C Scio X capital a realizar 250.000,00 250.000,00

40

O patrimnio da sociedade seria o seguinte: ATIVO Caixa Contas a receber Ttulos a receber Mveis e utenslios Total 250.000,00 15.000,00 120.000,00 130.000,00 515.000,00 PASSIVO Ttulos a pagar Contas a pagar Capital Total

10.000,00 5.000,00 500.000,00 515.000,00

Nos livros do scio X so feitos os seguintes lanamentos de extino de sua firma individual: Transferncia de Valores Ativos D Scio X transferncia C Mveis e utenslios C Contas a receber C Ttulos a receber Transferncia de Passivo D Contas a pagar D Ttulos a pagar C Scio X transferncia 5.000,00 10.000,00 15.000,00 265.000,00 130.000,00 15.000,00 120.000,00

Como se v, a conta capital no foi encerrada. Seu encerramento feito transferindose o saldo para a conta scio X patrimnio: Encerramento da Conta Capital D Capital C Scio X patrimnio 250.000,00 250.000,00

A conta scio X transferncia foi debitada por R$250.000,00 a mais que seu crdito, diferena esta que corresponde ao capital. Aquela conta encerrada creditando-a pelo dbito da conta scio X patrimnio. Esta foi criada para por em evidncia o valor do patrimnio liquido transferido para a nova firma. O lanamento de encerramento das contas o seguinte: Transferncia do Patrimnio Lquido D Scio X patrimnio C Scio X e cia transferncia 250.000,00 250.000,00

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Constituio de Sociedade Annima

Emisso das Aes:

D Aes emitidas C Capital Subscrio das Aes: D Joo subscrio D Antnio subscrio D Pedro subscrio C Aes emitidas Realizao do Capital: D Caixa C Acionistas subscrio C Joo subscrio C Antnio subscrio C Pedro subscrio Efetivao do Depsito Exigido por Lei: D Depsito legal C Caixa D Banco conta especial Cauo de Diretoria: D Aes em cauo C Cauo da diretoria D Joo cauo D Antnio cauo

500.000,00 500.000,00

200.000,00 150.000,00 150.000,00 500.000,00

500.000,00 200.000,00 150.000,00 150.000,00

500.000,00 500.000,00

20.000,00 10.000,00 10.000,00

Aps estar a sociedade annima perfeitamente legalizada, poder ser retirada do banco a importncia referente ao depsito legal. Teremos ento o seguinte lanamento: Retirada do Depsito Legal: D Bancos C Depsito legal D Banco X conta movimento C Banco X conta especial

500.000,00 500.000,00

42

Com este lanamento o banco fica debitado em conta movimento, podendo a importncia ser sacada a qualquer momento.

Constituio de Sociedade em Comandita Simples

Na sociedade em comandita simples, tomam parte scios de duas categorias: 1. Os comanditados, pessoas fsicas, responsveis solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais. 2. Os comanditrios, obrigados somente pelo valor de sua quota.Supondo-se que quatro scios, Pedro, Paulo, Joo e Antnio contratem entre si uma sociedade em comandita simples com capital de R$300.000,00. Os dois primeiros so scios solidrios e concorrem para a sociedade com R$50.000,00 cada um; os dois ltimos so scios comanditrios, capitalistas, concorrendo para a sociedade com R$100.000,00 cada um.

Os lanamentos referentes constituio, subscrio e realizao do capital desta sociedade so os seguintes: Constituio do Capital:C Capital 300.000,00

D Capital solidrio D Capital em comandita Subscrio do Capital: C Capital solidrio D Pedro capital a realizar D Paulo capital a realizar C Capital em comandita D Joo capital a realizar D Antnio capital a realizar Realizao do Capital: D Caixa C Pedro capital a realizar C Paulo capital a realizar C Joo capital a realizar C Antnio capital a realizar Constituio de Sociedade em Comandita por Aes: D Aes emitidas C Capital

100.000,00 200.000,00

100.000,00 50.000,00 50.000,00 200.000,00 100.000,00 100.000,00

300.000,00 50.000,00 50.000,00 100.000,00 100.000,00

300.000,00 300.000,0043

Distribuio do Capital: C Aes emitidas D Capital solidrio D Capital em comandita Subscrio do Capital: D Acionistas subscrio C Capital solidrio C Capital em comandita Integralizao do Capital: C Acionistas subscrio D Caixa C Jos subscrio C Joo subscrio C Francisco subscrio C Augusto subscrio 300.000,00 120.000,00 180.000,00 300.000,00 120.000,00 180.000,00

300.000,00 60.000,00 60.000,00 90.000,00 90.000,00

Escriturao das Sociedades em Conta de Participao

Na Sociedade em conta de participao, a atividade constitutiva do objeto social exercida unicamente pelo scio ostensivo, em seu nome individual e sob sua prpria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. H vrios processos para escriturao das operaes em participao, dos quais exemplificaremos trs: partilha final, partilha imediata e mtodo simplificado.Processo de partilha final

Por este processo, cada scio participante faz nos seus livros o registro das mercadorias compradas e vendidas por ele e pelo outro scio, fazendo a partilha dos lucros e dos prejuzos no fim da participao. Supondo-se que Jos Santos e Antnio Castro formem uma sociedade em conta de participao para compra e venda de algodo. O primeiro criar em sua escriturao duas contas: a primeira que poder denominarse Algodo em Participao, registrar as compras e vendas feitas, inclusive as despesas; a segunda que poder denominar-se A.Castro participao, registrar todos os dbitos e crditos de A.Castro, resultantes de suas compras e vendas de mercadorias em participao.44

O segundo scio far os registros em sua escriturao pelo mesmo critrio. Compra de Algodo em Participao: D Algodo em participao C Caixa Venda de Algodo em Participao:D Caixa 42.000,00

35.250,00 35.250,00

C Algodo em Participao Compra Feita pelo Scio: D Algodo em participao C A.Castro participao Venda Feita pelo Scio: D A.Castro participao C Algodo em participao

42.000,00

20.150,00 20.150,00

24.000,00 24.000,00

Depois de concludas todas as transaes em participao, verificamos o resultado, para se realizar a partilha dos lucros ou prejuzos. A situao das contas no Razo:ALGODO EM PARTICIPAO A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00

A A.Castro Total

20.150,00 55.400,00

De A.Castro Total

24.000,00 66.000,00

Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$10.600,00, que deve ser dividido em partes iguais entre os scios, o que faremos pelo seguinte lanamento: Partilha Final do Lucro: D Algodo em participao C Lucros e perdas C A.Castro participao 10.600,00 5.300,00 5.300,00

A situao na conta dos scios em participao fica assim:A.CASTRO PARTICIPAO A Algodo em participao 24.000,00 De Algodo em participao 20.150,00

Total

24.000,00

De algodo em participao 5.300,00 Total 25.450,0045

Por a se verifica que o scio credor da importncia de R$1.450,00, cujo pagamento ser registrado pelo seguinte lanamento: Pagamento do Saldo ao Scio em Participao: D A.Castro participao C Caixa 1.450,00 1.450,00Processo da partilha imediata

Pelo processo da partilha imediata, em cada operao realizada faremos a partilha entre o scio participante e a conta representativa da mercadoria em participao. Vejamos como lanaramos as quatro operaes anteriores por este processo:

Compra de Algodo em Participao: C Caixa D Algodo em participao D A.Castro participao Venda de Algodo em Participao: D Caixa C Algodo em participao C A.Castro participao Compra Feita pelo Scio: D Algodo em participao C A.Castro participao Venda Feita pelo Scio: D A.Castro participao C Algodo em participao Vejamos a situao das contas no Razo:ALGODO EM PARTICIPAO A Caixa 17.625,00 De Caixa 21.000,00

35.250,00 17.625,00 17.625,00

42.000,00 21.000,00 21.000,00

10.075,00 10.075,00

12.000,00 12.000,00

A A.Castro Total

10.075,00 27.700,00

De A.Castro participao 12.000,00 Total 33.000,00

Por esta conta verifica-se que houve um lucro de R$5.300,00, que transferimos para lucros e perdas, pelo seguinte lanamento:46

Registro do Lucro em Participao: D Algodo em participao D Lucros e perdas 5.300,00 5.300,00

A situao da conta do scio em participao a seguinte:A.CASTRO PARTICIPAO A Caixa 17.625,00 De Caixa 10.075,00

A Algodo em participao 12.000,00 Total 29.625,00

De Algodo Total

21.000,00 31.075,00

Por esta conta verifica-se que o scio em participao tem um crdito de R$1.450,00, valor que lhe ser pago e registrado atravs do seguinte lanamento: Pagamento do Crdito do Scio em Participao: D A.Castro participao C Caixa 1.450,00 1.450,00

Mtodo simplificado

Pelo mtodo simplificado, cada um dos participantes registra apenas suas transaes, recebendo do outro a comunicao do resultado por ele obtido nas transaes que realiza. Para se registrar os exemplos anteriores por este mtodo faz-se da seguinte forma: Compra de Algodo em Participao: D Algodo em participao C Caixa Venda de Algodo em Participao: D Caixa C Algodo em participao 42.000,00 42.000,00 35.250,00 35.250,00

A situao da conta no razo ser a seguinte:ALGODO EM PARTICIPAO A Caixa 35.250,00 De Caixa 42.000,00

Lucro Total

6.750,00 42.000,00

Total

42.000,00

O lucro de R$46.750,00 ser partilhado entre os scios, pelo seguinte lanamento:47

Partilha do Lucro em Participao: D Algodo em participao C Lucros e perdas C A.Castro participao 6.750,00 3.375,00 3.375,00

No fim da participao, o outro scio, A.Castro, comunica o resultado obtido em suas transaes, que se registra atravs do seguinte lanamento: Lucro na Operaes do Scio: D A.Castro participao C Lucros e perdas A situao do scio passa a ser a seguinte:A.CASTRO PARTICIPAO A Lucros e perdas 1.925,00 De Algodo em participao 3.375,00

1.925,00 1.925,00

Por esta conta verifica-se que o saldo do scio o mesmo obtido pelos processos anteriores. Verifica-se que esse processo somente pode ser posto em prtica quando h extrema confiana entre os scios em participao, pois cada uma das partes ter de confiar nos resultados oferecidos pela outra, de vez que no possui controle contbil das operaes e do resultado.

Abertura dos Livros de Sociedade em Andamento

Quando a sociedade j se encontra em funcionamento e no h possibilidade de se fazer o registro de suas operaes desde a constituio, faz-se um levantamento de todo seu ativo e passivo, que registraremos na conta Balano de Abertura. A importncia pela qual o ativo supera o passivo ser o capital da empresa. Supondo-se que os inventrios acusem os seguintes valores ativos e passivos: ATIVO Caixa Contas a receber Ttulos a receber Mercadorias Mquinas Mveis e utenslios 8.000,00 10.000,00 15.000,00 55.000,00 25.000,00 20.000,0048

Total PASSIVO Ttulos a pagar Crditos de acionistas Contas a pagar Patrimnio liquido Total

133.000,00

27.000,00 9.000,00 7.000,00 90.000,00 133.000,00

A diferena de R$90.000,00 o patrimnio liquido. As contas ativas so debitadas, creditando-se o Balano de Abertura; esta conta debitada pelo crdito das contas passivas. Conjuntamente com as contas passivas creditam-se tambm as de capital dos scios, por R$90.000,00, ficando assim encerrada a conta Balano de Abertura, que representou apenas o papel de conta intermediria. Antes de se fazer os lanamentos de registro de ativo e passivo, deve-se registrar os capitais de cada scio, a saber: Constituio do Capital Social D Capital C Jos de Souza capital C Joo Santos capital Constituio do Ativo C Balano de abertura D Mercadorias D Caixa D Mquinas D Mveis e utenslios D Ttulos a receber D Contas a receber Constituio do Passivo D Balano de abertura C Ttulos a pagar C Crditos de acionistas C Contas a pagar C Jos de Souza capital C Joo Santos capital

90.000,00 45.000,00 45.000,00

133.000,00 55.000,00 8.000,00 25.000,00 20.000,00 10.000,00 15.000,00

133.000,00 27.000,00 9.000,00 7.000,00 45.000,00 45.000,00

No obstante, o patrimnio liquido da empresa de R$90.000,00, o capital registrado poder ser superior ou inferior a essa importncia. Se os scios resolvessem registrar o capital de R$80.000,000, haveria um saldo de R$10.000,00, que poderia ser mantido com reserva ou como crdito dos scios, em contas correntes ou conta especial.49

Se desejassem registrar o capital de R$ 100.000,00, a diferena de R$ 10.000,00 permaneceria com dbito dos scios em conta de Capital a Realizar.

Alteraes nas Sociedades Comerciais

As sociedades comerciais esto sujeitas a vrias alteraes, por : aumento ou diminuio de seu capital; transformao em outro tipo de sociedade; fuso, incorporao ou ciso; absoro por outra empresa; liquidao para encerramento de suas atividades.

Em alguns casos de alterao, a sociedade desaparece, surgindo uma nova, com denominao e capital diferentes. O aumento do capital nas sociedades pode dar-se por nova subscrio, feita pelos scios, por converso de reservas e lucros em capital, por correo monetria do capital ou por admisso de novos scios. A diminuio do capital pode dar-se com: reembolso de capital aos scios; amortizao de prejuzos; retirada dos scios; ciso da sociedade.

Variao do Capital das Sociedades

Exemplos de aumento e diminuio de capital nas sociedades em nome coletivo e nas sociedades annimas, porquanto nas demais o processo de registro pouco difere destas duas sociedades.

AUMENTO: Nova subscrio; Converso de reservas e lucros acumulados; Correo monetria do capital ou reavaliao de ativos; Admisso de novos scios.

DIMINUIO: Reduo do capital, com reembolso aos scios;50

Amortizao de prejuzos; Retirada de scios; Ciso da sociedade.

Aumento de Capital por Nova Subscrio

Supondo-se que os scios da firma Castro e Soares, com o capital de R$100.000,00, fazem nova subscrio de capital, aumentando-o para R$150.000,00. Cada scio subscreve mais R$25.000,00.

Aumento de Capital: D Primeiro aumento do capital C Capital Subscrio do Aumento de Capital: C Primeiro aumento do capital D Castro capital a realizar D Soares capital a realizar Integralizao do Aumento: D Caixa C Castro capital a realizar C Soares capital a realizar 50.000,00 25.000,00 25.000,00 50.000,00 25.000,00 25.000,00 50.000,00 50.000,00

Converso de Reservas e Lucros em Capital

Supondo-se que o capital da Castro e Soares seja o seguinte: PATRIMNIO DE CASTRO E SOARES ATIVO PASSIVO

Caixa Mercadorias Ttulos a receber Mveis e utenslios Total

70.000,00 200.000,00 30.000,00 50.000,00 350.000,00

Ttulos a pagar Capital Reservas Lucros e perdas Total

150.000,00 100.000,00 60.000,00 40.000,00 350.000,00

Supondo-se que a reserva e o lucro sejam convertidos em capital, havendo um aumento de R$100.000,00, divididos em partes iguais entre os scios.

51

Aumento de Capital: D Aumento de capital C Capital Subscrio do Aumento de Capital: C Aumento de capital D Castro capital D Soares capital Realizao do Aumento: D Reservas C Castro capital C Soares capital D Lucros e perdas C Castro capital C Soares capital 60.000,00 30.000,00 30.000,00 40.000,00 20.000,00 20.000,00 100.000,00 50.000,00 50.000,00 100.000,00 100.000,00

A situao patrimonial da firma passa a ser a seguinte:PATRIMNIO DE CASTRO E SOARES ATIVO PASSIVO

Caixa Mercadorias Ttulos a receber Mveis e utenslios Total

70.000,00 200.000,00 30.000,00 50.000,00 350.000,00

Ttulos a pagar Capital

150.000,00 200.000,00

Total

350.000,00

Correo Monetria do Capital

Apesar de extinta, a figura da Correo Monetria do Capital vigorou at 31.12.1995, e portanto, para fins de conhecimento contbil, importante relatarmos o histrico e exemplificar os lanamentos vigentes na poca em que vigorou.

A Lei n. 6.404, art. 185, diz que nas demonstraes contbeis devero ser considerados os efeitos da modificao no poder de compra da moeda nacional sobre o valor dos elementos do patrimnio e dos resultados do exerccio, a saber: 1. Sero corrigidos, com base nos ndices de desvalorizao da moeda nacional reconhecidos pelas autoridades federais: a) o custo de aquisio dos elementos do ativo permanente, inclusive os recursos aplicados no ativo diferido, os saldos das contas de depreciao, amortizao e exausto, e as provises para perdas; b) os saldos nas contas do patrimnio lquido.52

2. A variao nas contas do patrimnio lquido, decorrente de correo monetria, ser acrescida aos respectivos saldos, com exceo da correo do capital realizado, que constituir a reserva de capital de que trata o 2. do art. 182. 3. As contrapartidas dos ajustes de correo monetria sero registradas em conta cujo saldo ser computado no resultado do exerccio. O Decreto-lei n. 1.598, de 26/12/1977, arts. 139 e seguintes, estendeu a obrigatoriedade da correo monetria a todas as pessoas jurdicas, qualquer que seja o tipo de sociedade. Eis um exemplo prtico dessa contabilizao, em empresa com a seguinte situao patrimonial:PATRIMNIO DE CASTRO E SOARES ATIVO PASSIVO

Caixa Mercadorias Duplicatas a receber Mveis e utenslios Mquinas Total

10.000,00 150.000,00 80.000,00 50.000,00 200.000,00 490.000,00

Fornecedores Capital Reservas

90.000,00 300.000,00 100.000,00

Total

490.000,00

Supondo-se que o ndice de desvalorizao da moeda foi, no exerccio, de 30%, teremos os seguintes lanamentos para registrar a correo monetria: Correo Monetria do Ativo Permanente: C Correo monetria do patrimnio D Mquinas e equipamentos D Mveis, utenslios e instalaes 75.000,00 60.000,00 15.000,00

O saldo da conta Correo Monetria do Patrimnio, debitada por R$120.000,00 e creditada por R$75.000,00, ser transferido para Lucros e Perdas e aparecer na Demonstrao do Resultado do Exerccio como custo ou despesa do exerccio. A conta Correo Monetria do Capital Realizado ser obrigatoriamente incorporada ao Capital, por autorizao da primeira assemblia geral ordinria que se realiza aps o balano. O lanamento de aumento do capital ser o seguinte: Aumento de Capital por Correo Monetria: D Correo monetria do capital realizado C Capital 90.000,00 90.000,00

53

PATRIMNIO DE CASTRO E SOARES

ATIVO Caixa Mercadorias Duplicatas a receber Mveis e utenslios Mquinas Total

10.000,00 150.000,00 80.000,00 65.000,00 260.000,00 565.000,00

PASSIVO Fornecedores Capital Reservas Lucros e perdas Total

90.000,00 390.000,00 130.000,00 (45.000,00) 565.000,00

Reavaliao de Ativos

A Lei n. 6.404, em seus artigos 182, 3. e 187, 2., admite nova avaliao de valores ativos, mediante constituio de reserva de Reavaliao, que poder ser, posteriormente, incorporada ao capital.

A contabilizao da operao feita mediante dbito das contas dos ativos reavaliados e crdito da conta Reserva de Reavaliao, que poder ser transformada em capital: D Imobilizado (Permanente) C Reserva de Reavaliao (Patrimnio Lquido)Admisso de Novo Scio sem Alterao do Nome Empresarial

Quando, com a admisso de novo scio, no h alterao do nome empresarial, os lanamentos que se fazem so apenas os de subscrio e de realizao do novo capital.

Supondo-se que na firma Castro e Cia., com o capital de R$100.000,00, dividido em partes iguais entre os scios Castro e Soares, ingresse novo scio, Silva, com capital de R$50.000,00. Subscrio de Capital: D Silva capital a realizar C Capital Integralizao do Capital: D Caixa C Silva capital a realizar 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00

54

Admisso de Scio com Alterao do Nome Empresarial

Quando a admisso de novo scio implica alterao do nome empresarial, necessrio que se encerre a atual, pela transferncia de todos os valores ativos e passivos para a nova firma. Fazem-se depois, nos livros desta, os lanamentos de constituio de seu capital e os de transferncia dos valores da antiga para a nova sociedade.

Supondo-se que ingresse na firma Castro e Soares o scio Silva, passando a sociedade a denominar-se Castro e Cia. O Capital da sociedade, que de R$100.000,00, dividido em partes iguais entre os scios Castro e Soares, passa a ser de R$150.000,00, com a subscrio, pelo scio Silva, da importncia de R$50.000,00. Supondo-se que o patrimnio de Castro e Soares fosse o seguinte:CASTRO E SOARES ATIVO PASSIVO

Caixa Ttulos a receber Mercadorias Mveis e utenslios Total

70.000,00 30.000,00 200.000,00 50.000,00 350.000,00

Contas a pagar Ttulos a pagar Capital Total

100.000,00 150.000,00 100.000,00 350.000,00

Encerramento dos livros de Castro e Soares: Reverso do Capital aos Scios: D Capital C Castro capital C Soares capital Transferncia do Ativo: D Castro e Cia transferncia C Mveis e utenslios C Mercadorias C Caixa C Ttulos a receber Transferncia do Passivo: C Castro e Cia transferncia D Castro capital D Soares capital D Contas a pagar 350.000,00 50.000,00 50.000,00 100.000,0055

100.000,00 50.000,00 50.000,00

350.000,00 50.000,00 200.000,00 70.000,00 30.000,00

D Ttulos a pagar

150.000,00

Ficam assim encerrados os livros de Castro e Soares. Vejamos agora a constituio da nova firma, Castro e Cia: Constituio do Capital: C Capital D Castro capital D Soares capital D Silva capital a realizar Transferncia do Ativo: C Castro e Soares transferncia D Mveis e utenslios D Mercadorias D Caixa D Ttulos a receber Transferncia de Valores Passivos: D Castro e Soares transferncia C Castro capital C Soares capital C Contas a pagar C Ttulos a pagar Realizao da Quota de Silva: D Caixa C Silva capital a realizar 50.000,00 50.000,00CASTRO E CIA ATIVO PASSIVO

150.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00

350.000,00 50.000,00 200.000,00 70.000,00 30.000,00

350.000,00 50.000,00 50.000,00 100.000,00 150.000,00

Caixa Ttulos a receber Mercadorias Mveis e utenslios Total

120.000,00 30.000,00 200.000,00 50.000,00 400.000,00

Ttulos a pagar Contas a pagar Capital Total

100.000,00 150.000,00 150.000,00 400.000,00

Diminuio de Capital, com Reembolso aos Scios

Quando o capital diminudo por reembolso aos scios, os lanamentos a serem feitos so inversos aos de constituio e realizao de capital. 56

Supondo-se que os scios Castro e Soares desejam diminuir o capital de sua firma, ficando cada um apenas com R$25.000,00 na sociedade. Diminuio de Capital: D Capital C Castro capital C Soares capital Reembolso aos Scios: C Caixa D Castro capital D Soares capital 50.000,00 25.000,00 25.000,00 50.000,00 25.000,00 25.000,00

Diminuio de Capital pela Amortizao