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5/26/2018 ContedosMdulos01-02-03-04-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/conteudos-modulos-01-02-03-04 1/30 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO CICLO VITAL MÓDULOS 01-02-03-04 –  1º BIMESTRE Apresentação  NP1 Módulo 1: Influências pré e perinatais no desenvolvimento. Módulo 2: Primeira Infância (por volta dos zero aos dois anos) Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. Módulo 3: Segunda Infância ( por volta dos dois aos seis anos) Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial. Módulo 4: Terceira Infância ( por volta dos seis aos doze anos) Desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial.  ATENÇÃO: Se voce é aluno do curso online (10o. semestre de Psicologia ou 6o. Semestre de Pedagogia), além dos 8 Módulos iniciais, deve realizar as atividades dos Módulos 9 a 12, que complementam o estudo.  Ao terminar de estudar os Módulos 1 e 2, faça as atividades do Módulo 9; ao terminar de estudar os  Módulos 3 e 4, faça as atividades do Módulo 10; ao terminar de estudar os Módulos 5 e 6, faça as atividades do Módulo 11; ao terminar de estudar os Módulos 7 e 8, faça as atividades do Módulo 12. Módulo 1 - Influências pré e perinatais no desenvolvimento Leituras obrigatórias MOURA, M. L. S. de & RIBAS, A . F. P. Evidências sobre características de bebês recém-nascidos: um convite a reflexões teóricas in MOURA, M. L. S. de (org) - O Bebê do século XXI e a psicologia em desenvolvimento. São Paulo: Casa Do Psicólogo, 2004 –  cap 1 (Coleção Psicologia e educação). PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: ArtMed, 8ª.ed., 2006. (Cap. 3) Leituras para aprofundamento MOURA, M.L.S. (org) - Conhecimento sobre desenvolvimento infantil em mães primíparas de diferentes centros urbanos do Brasil. Estudos de Psicol. (Natal), 2004, 9(3), 421-429 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v9n3/a04v09n3.pdf THOMAZ, Ana Claire Pimenteira et al. Relações afetivas entre mães e recém-nascidos a termo e pré-termo: variáveis sociais e perinatais.Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 10, n. 1, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo

Conteúdos Módulos 01-02-03-04

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO CICLO VITAL MDULOS 01-02-03-04 1 BIMESTRE

Apresentao

NP1

Mdulo 1:Influncias pr e perinatais no desenvolvimento.Mdulo 2:Primeira Infncia (por volta dos zero aos dois anos)Desenvolvimento fsico, cognitivo e psicossocial.Mdulo 3:Segunda Infncia ( por volta dos dois aos seis anos)Desenvolvimento fsico, cognitivo e psicossocial.Mdulo 4:Terceira Infncia ( por volta dos seis aos doze anos)Desenvolvimento fsico, cognitivo e psicossocial.

ATENO:Se voce aluno do curso online (10o. semestre de Psicologia ou 6o. Semestre de Pedagogia), alm dos 8 Mdulos iniciais, deve realizar as atividades dos Mdulos 9 a 12, que complementam o estudo. Ao terminar de estudar os Mdulos 1 e 2, faa as atividades do Mdulo 9; ao terminar de estudar os Mdulos 3 e 4, faa as atividades do Mdulo 10; ao terminar de estudar os Mdulos5 e 6, faa as atividades do Mdulo 11; ao terminar de estudar os Mdulos7 e 8, faa as atividades do Mdulo 12.

Mdulo 1 - Influncias pr e perinatais no desenvolvimento

Leituras obrigatriasMOURA, M. L. S. de & RIBAS, A . F. P. Evidncias sobre caractersticas de bebs recm-nascidos: um convite a reflexes tericas in MOURA, M. L. S. de (org) -O Beb do sculo XXI e a psicologia em desenvolvimento.So Paulo: Casa Do Psiclogo, 2004 cap 1 (Coleo Psicologia e educao).PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN, R.D.Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: ArtMed, 8.ed., 2006. (Cap. 3)Leituras para aprofundamentoMOURA, M.L.S. (org) -Conhecimento sobre desenvolvimento infantil em mes primparas de diferentes centros urbanos do Brasil. Estudos de Psicol. (Natal), 2004, 9(3), 421-429 Disponvel em:http://www.scielo.br/pdf/epsic/v9n3/a04v09n3.pdfTHOMAZ, Ana Claire Pimenteira et al. Relaes afetivas entre mes e recm-nascidos a termo e pr-termo: variveis sociais e perinatais.Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 10, n. 1, 2005. Disponvel em:http://www.scielo.br/scielo.1. DESENVOLVIMENTO PR-NATALPorque importante saber como ocorre o processo de fecundao e crescimento da criana no tero materno ? Entre outros, principalmente porquetal processo pode ser indicativo de:-Problemas de Comportamento;-Deformidades Fsicas;-Distrbios de Personalidade.

A fecundao ocorre no momento em que um espermatozide de um homem penetra em um vulo de uma mulher para formar um nico ovo ou zigoto e ento, inicia-se o processo de reproduo celular. As mudanas que ocorrem da fertilizao ao nascimento constituem o desenvolvimento pr-natal. O desenvolvimento pr-natal leva em mdia 38 semanas e dividido em trs estgios: o perodo germinativo ou zigtico; perodo embrionrio; perodo fetal.O perodo germinativo ou zigtico ocorre da fecundao at aproximadamente a segunda semana. A fertilizao ocorre nas trompas uterinas. Aps a fecundao o zigoto cresce rapidamente por meio da diviso celular. O zigoto divide-se em duas clulas, em seguida estas se convertem em quatro, depois em oito e assim sucessivamente. s vezes o zigoto se separa em dois blocos, que originam dois gmeos idnticos. Os gmeos fraternos so criados quando dois vulos so liberados e cada um fertilizado por um espermatozide diferente. Ao mesmo tempo em que se divide e cresce, o zigoto desce pela trompa rumo ao tero.Antes de completar uma semana, o zigoto chega ao tero. Ele penetra na parede uterina e estabelece conexes com os vasos sanguneos da me, esse processo chamado de implantao.Como resultado da reproduo celular, forma-se uma esfera oca (blastocisto), cujas clulas internas logo daro origem ao embrio, enquanto as externas formaro as estruturas que sustentam, nutrem e protegem o beb.Entre a terceira e oitava semana se d o estgio embrionrio, que se inicia quando a implantao est completa, nesse momento o zigoto passa a ser chamado de embrio.No estgio embrionrio as vrias estruturas de sustentao so formadas e todos os principais sistemas de rgos so definidos pelo menos de forma rudimentar.A capa externa do blastocisto transforma-se em uma membrana protetora que, com os tecidos uterinos, formar a placenta, cuja funo permitir a passagem de substncias nutritivas, agir como rgo de excreo, produzir a oxigenao fetal e, alm disso, agir como uma glndula de secreo interna produtora de hormnios. O cordo umbilical, que se forma nesse perodo, faz a comunicao entre o embrio e a placenta. Forma-se tambm o saco amnitico que envolve e protege o embrio.O crescimento do embrio segue dois princpios que persistem ao longo do desenvolvimento fsico aps o nascimento: vai da cabea para baixo que denomina-se cfalo-caudal e do tronco para as extremidades, prximo-distal.Nesse perodo desenvolvem-se rgos e os principais sistemas corporais: respiratrio, alimentar, nervoso.Este considerado um perodo crtico, quer dizer, um perodo de alta vulnerabilidade s influncias do ambiente pr-natal. Quase todos os defeitos congnitos de desenvolvimento ocorrem durante o primeiro trimestre de gravidez, bem como, trs em cada quatro abortos espontneos ocorrem no primeiro trimestre.Por volta da oitava semana temos o estgio fetal. Nele, os rgos formados no perodo anterior agora se diferenciam e se desenvolvem em termos anatmicos e funcionais. Esse um momento de crescimento e refinamento de todos os sistemas. H o aparecimento das primeiras clulas sseas e um crescimento muito rpido de tal forma que se torna possvel perceber os movimentos fetais.O desenvolvimento pr-natal apresenta certa regularidade e previsibilidade uma vez que as mudanas aparentemente seguem uma ordem fixa com intervalos fixos de tempo. No entanto, cumpre ressaltar que esta seqncia no imune s modificaes ou influncias externas. Fatores gerais de risco podem ter efeitos sobre o desenvolvimento pr-natal, tais como: a nutrio, a idade, o estresse e a atividade fsica da me.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2)Oalcoolismo aindaum dos graves problemas em nosso pas. Faauma pesquisasobre o gentipo e o fentipo do alcoolismo.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Leia comateno as afirmativas:I.No desenvolvimento fetal,o perodo embrionrio, est situado da fertlizao at aproximadamente dua semanas.II. O desenvolvimento fetal ocorre em fases, totalizando 12 perodos, cada qual referente formao de alguns rgos em especfico.III. A fase fetal compreende o perodo da fecundao at duas semanas aproximadamente.IV. A fase embrionria engloba o ltimo perodo de gravidez, ou seja, o ltimo trimestre gestacional.V. Na fase embrionria o vulo fecundado percorre a tuba uterina, alcana o tero e se implanta na parede uterina.Assinale a alternativa CORRETA:(A) Somente a afirmativa I falsa.(B) Somente a afirmativa II falsa.(C) Somente as afirmativas I, II e III so falsas.(D) Somente as afirmativas II, IV e V so falsas.(E) Todas as afirmativas so falsas.A alternativa correta a (E) porque a todas as alternativas so falsas. A justificativa que, a alternativa I, refere-se ao perodo germinal. Quanto alternativa II, o desenvolvimento fetal se d em quatro perodos. A alternativa III, diz respeito ao perodo fetal, que na realidade ocorre aps 8-12 semanas e, finalmente, a alternativa IV, discute a fase embrionria, que se d entre 2 a 8-12 semanas e se caracteriza pelo rpido crescimento e diviso dos sistemas corporais e rgos.2. FATORES TERATOGNICOSFabrciotem hipospdia, uma anomalia congnita que evita que o pnis se desenvolva corretamente. Sua me est muitssimo preocupada, principalmente porque cabeleireira h 15 anos e ouviu falarque a exposioao laqu pode contribuir muito para esse tipo de anomalia.Fatores teratognicos so agentes ambientais que podem causar desvios no desenvolvimento e que podem conduzir a anormalidades, defeitos congnitos ou morte.Algumas doenas contradas pela me, em um determinado momentogestacional, podem afetar o desenvolvimento pr-natal principalmente atravsde trs mecanismos: algumas doenas, principalmente os vrus podem atacara placenta; outras tm molculas suficientemente pequenas que atravessamos filtros placentrios e ainda, h outras que ao sobre o beb ocorre duranteo nascimento, na passagem pelo canal vaginal.Entre as doenas de maior risco para o desenvolvimento pr-natal pode-se destacar: a rubola, a AIDS ( Sndrome da Imunodeficincia Adquirida), o CMV (Citomegalovrus), o herpes genital e a sfilis. Dependendo dotimingda interferncia, poder ou no trazer conseqncias para o desenvolvimento do embrio ou feto. Por exemplo, se uma me contrair rubola no primeiro trimestre gestacional, provavelmente (50% de probabilidade) a criana apresentar retardo mental, danos nos olhos, ouvidos ou corao.A Aids e as doenas associadas ao vrus HIV tm como consequncia potencial: infeces frequentes, problemas neurolgicos e morte.Outro fator a destacar o uso, por parte da gestante, de drogas lcitas e/ou ilcitas. Isto pode trazer prejuzos para o desenvolvimento pr-natal. Entre as lcitas destaca-se o uso de medicamentos, lcool, nicotina, cafena.Os riscos estaro associados ao perodo crtico ou sensvel, a quantidade e freqncia do uso da substncia e a interao com outros fatores.Nenhuma medicao deve ser prescrita para a mulher gestante, a menos que seja essencial e orientada pelo mdico. Os efeitos do uso desse tipo de droga, muitas vezes so sutis e visveis apenas muitos anos aps o nascimento na forma de dificuldade de aprendizagem ou problemas de comportamento.A ingesto de lcool deve ser evitada durante o perodo gestacional, o uso abusivo pode desencadear no beb a Sndrome Fetal Alcolica (SFA) cujas caractersticas so: deficincias cognitivas, danos no corao, crescimento retardados, rostos deformados.As conseqncias do uso de nicotina so um crescimento retardado, possveis danos cognitivos, baixo peso ao nascimento (inferior a dois quilos e meio), baixo rendimento escolar e do nvel de ateno, hiperatividade, bem como, existe uma correlao entre a exposio pr-natal a nicotina e a Sndrome da Morte Sbita na Infncia.Entre as drogas ilcitas pode-se citar: a maconha, a cocana e a herona.Quanto ao uso da maconha, no foi definitivamente comprovado que o uso durante a gravidez cause deficincias neonatais, mas est associado a baixo peso ao nascimento.De acordo comPapalia & Olds e Feldman (2006) a cocana e a herona podem causar danos em praticamente qualquer momento durante a gravidez. Em relao a primeira, h um maior risco de aborto, prematuridade, baixo peso ao nascimento, problemas neurolgicos, crescimento retardado, irritabilidade nos recm-nascidos, menos responsivos. J no uso da segunda, os bebs nascem dependentes da droga e podem manifestar sndrome de abstinncia. Esse bebs tm maior probabilidade de bito aps o nascimento ou nascer prematuros, com baixo peso, vulnerveis a doenas respiratrias, apresentar problemas de ajustamento social e aprendizado.Evidentemente, importante lembrar que os fatores teratognicos no agem isoladamente, mas sim em um contexto, que pode contar com outros tantos fatores de risco interagindo. Por exemplo, a gestante que usuria de cocana, tambm pode ser alcoolista, tabagista, estar em uma situao de estresse, etc. preciso destacar tambm os riscos ambientais. So fatores que esto associados exposio a substncias txicas como chumbo, mercrio, a radiao e poluio de um modo geral. Esses agentes podem ser danosos ao desenvolvimento pr-natal trazendo como conseqncias, por exemplo, mutaes genticas.Considerando o exposto, no que diz respeito aos efeitos dos fatores teratognicos, pode-se afirmar que a susceptibilidade do organismo depende do momento de desenvolvimento (perodo crtico ou sensvel); cada agente teratognico atua de maneira especfica e, por isso, causa um padro particular de desenvolvimento anormal (por exemplo, os compostos de mercrio causam paralisia cerebral e no outro tipo de anormalidade); os organismos individuais variam na sua suscetibilidade aos teratognicos (vulnerabilidade gentica); a susceptibilidade aos agentes depende da interao com outros fatores ( a idade da me, nutrio, condio uterina entre outros afetam a ao dos teratognicos sobre o embrio ou feto);quanto maior a concentrao de um agente teratognico, maior o risco ( o uso de lcool um exemplo); os teratognicos que afetam adversamente o organismo em desenvolvimento podem afetar pouco ou nada a me ( a rubola, por exemplo,tm efeitos temporrios na me e pode trazer seqelas graves para o beb).Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Pesquise nos livros de Psicologia do Desenvolvimento sobre os perodos crticos eas respectivas anomalias congnitascausadas por agentes teratognicos: tempo de exposio e efeitos nos principais rgos durante a gestao. Obs.: geralmente estes dados so encontrados em figuras e grficos.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Em 2008 o jornal A Folha de So Paulo publicou a seguinte reportagem:A exposio ao laqu durante a gravidez pode aumentar o risco de m-formao no sistema genital-urinrio dos bebs, afirma estudo do Imperial College, de Londres, publicado pela revista "Environmental Health Perspectives".Os autores do estudo afirmam que as mulheres que so expostas aos ftalatos, compostos qumicos presentes no laqu, correm maior risco de ter filhos com hipospdia, uma anomalia congnita que evita que o pnis se desenvolva corretamente.As crianas que sofrem desta m-formao costumam apresentar o meato urinrio (orifcio da uretra) em algum lugar da parte inferior da glande, no tronco ou na rea de unio entre o escroto e o pnis.Os pesquisadores esclarecem que o perigo no est no uso domstico do laqu, mas no caso das mulheres grvidas que esto expostas a maiores doses por razes de trabalho, como no caso das cabeleireiras e funcionrias de centros de beleza.O estudo examinou o caso de 471 mulheres que tinham tido filhos com hipospdia e de um nmero similar de mulheres com bebs sem m formaes e chegou concluso que a exposio ao produto nas mulheres do primeiro grupo tinha dobrado os casos em relao ao do segundo.Disponvel em: Acesso em: 22 de fev. 2011.Este artigo, publicado pela Folha de So Paulo, em 2008, nos sugere que o texto se refere a:I-Influncia de um fator teratogncico na gestao porque produziu uma alterao na morfologia ou fisiologia normais do feto; II.Alterao ocorrida na fase de concepo onde h maior probabilidade de ocorrncia de danos importantes; III.Uma situao especfica de uma profisso e ser prematuro explic-la atravs de uma nica circunstncia; IV.Uma situao especifica que no parece trazer danos gestao, nem ao desenvolvimento do beb.Assinale a alternativa correta:a)Esto corretas apenas as afirmaes I e II;b)Esto corretas apenas as afirmaes I e III;c)Esto corretas apenas as afirmaes I e IV;d)Esto corretas apenas as afirmaes II e III;e)Esto corretas apenas as afirmaes II e IV.A alternativa correta a letra (B). As afirmaes II e IV no so corretas, respectivamente porque no caso, o perodo crtico at o terceiro ms gestao e, pelo fato de ser uma situao profissional especfica, ou seja, em que as pessoas esto mais diretamente expostas, podendo ser um dos fatores que provoca danos ao desenvolvimento do feto e do beb. 3-INFLUNCIAS MATERNAS EPATERNASSelmacasou-se comGermanoe h 15 anos esperam pela vinda de um filho. Aps inmeras tentativas de engravidar, Selma finalmente conseguiu e,aps 7 meses de gestao, ela concebeu um menino que, alm de nascer pr-termo, apresenta a sndrome de Marfim.Aspectos como a influncia paterna e os estados psicolgicos da me, revelam-se como relevantes fatores a serem considerados no perodo pr-natal.Diferentemente do que se acreditava at ento, o pai pode transmitir defeitos ambientalmente produzidos.O homem exposto ao chumbo, maconha, fumaa de cigarro, grandes quantidades de lcool, radiao, hormnio sinttico dietilestilbestrol e certos pesticidas pode produzir espermatozides anormais. Assim como, os pais, que possuem uma dieta pobre em vitamina C, tm uma maior probabilidade de terem filhos com defeitos congnitos e vulnerveis a desenvolver certos tipos de cncer. Filhos de pais fumantes podem apresentar baixo peso ao nascimento e tm duas vezes mais chances de contrair cncer quando adultos. O uso de cocana pode predispor defeitos congnitos.Alm de haver a correlao entre a idade avanada do pai (acima de 40 anos) e a manifestao de doenas raras como a Sndrome de Marfim (deformidade da cabea e membros) nanismo e malformao ssea,entende-se que tais anomalias ocorrem porque as clulas masculinas, mais do que as femininas, sofrem mutaes e essas aumentam com a idade paterna.O perodo gestacional um perodo de transformaes bio-psicossociais; o corpo se transforma rapidamente, h uma mudana na identidade, papis e status social. Assim, um perodo de intensos sentimentos e emoes, muitas vezes contraditrios e geradores de ansiedade. Mesmo em uma gravidez desejada e esperada, a me freqentemente tem sentimentos ambivalentes de aceitao e rejeio da criana, expressos em preocupaes com a sade do beb (fantasias de anomalias no beb), medo do desenvolvimento dessa nova situao e tambm do parto e ansiedade pela responsabilidade de cuidar do beb. Nessa fase so comuns o retraimento emocional ou a regresso a um papel de maior dependncia na famlia. necessrio um ajuste na relao com o cnjuge (quando a gestao ocorre dentro de um casamento ou relao estvel), pois ser preciso incluir mais um na relao e desenvolver o papel parental sem prejuzo do conjugal. Muitos conflitos conjugais decorrem dessa dificuldade. Alis, os ndices de episdios de violncia conjugal envolvendo mulheres grvidas so alarmantes. Ajustes tambm so necessrios na famlia extensa para aceitar o novo membro, h o realinhamento na estrutura familiar e negociaes frente s novas funes, como a de tios, avs, etc. medida que a gravidez avana, a presena corporal e psicolgica do beb se faz cada vez mais presente, os primeiros movimentos fetais so um marco que denotam inclusive a existncia de um ser separado, a barriga torna-se autnoma, mexe independentemente da vontade da me. Inclusive, as pessoas comeam a se relacionar com a barriga, exemplo disto, so cenas nas quais as pessoas que no so ntimas da me, sem nenhum constrangimento, acariciam a sua barriga.Por outro lado, o pai tambm passa por um processo semelhante ao da me, s que com a desvantagem que tem menos espao para expresso dos seus sentimentos. A me grvida, no geral, tem toda a ateno e privilgios e o pai normalmente se depara com cobranas relativas a uma expectativa social e no pode falar de seus temores e ambivalncias. Ao contrrio, esperado que ele d todo apoio e suporte a grvida. Frente a essa torrente de emoes, alguns homens desenvolvem a Sndrome de Couvade, manifestando sintomas da gravidez e parto, como desejos, mal-estares gastro-intestinais, ganho de peso (e barriga) entre outros.Assim como a me, o pai revive as experincias da infncia e o desejo de ser o pai perfeito; depara-se com a sensao de ser completo e onipotente dirimindo quaisquer dvidas em relao a sua potncia/ fertilidade. Aparece a idia de continuidade da linhagem familiar. No entanto, so comuns tambm, sentimentos de excluso, no qual o beb visto como um rival e nesse caso, algumas relaes conjugais so abaladas, podendo surgir relaes extra-conjugais, o uso abusivo de lcool ou mesmo, a diminuio da libido ou a impotncia sexual.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2)Considerando o caso de Germano e Selma apresentados acima, faa uma ampla pesquisa nos meios eletrnicos, livros e revistas especializadas sobreos fatores deinfluncia paterna, ou seja, o pai transmitindo defeitos ambientalmente produzidos.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Estudos e pesquisas atuais tm considerado os aspectos emocionais maternos, como desencadeantes de doenas e alteraes fsicas. A depresso ps-parto uma das situaes que vem sendo melhor percebida uma vez que todas as mulheres passam por ela no perodo puerperal. Com relao a este tema, pode-se afirmar que:a) Ocorre quando h gravidez e parto difceis, com grandes alteraes fsicasb) Geralmente, decorrem do fato do parto ser realizado em hospital, com pouco aconchego humano e da separao que a parturiente tem da criana. Por isso, a importncia do alojamento conjunto me-beb.c) Neste momento se d uma queda acentuada de hormnios que afeta tanto a me quanto o pai, independentemente do apoio emocional e trabalhos psicolgicos feitos no pr-natald) A separao me-filho, sensao de vazio interno e medo ao possvel despreparo para cuidar da criana so os fatores que mais contribuem para este estado na me.e) Ainda no h evidncias suficientes para explicar as razes da depresso ps-parto. preciso avanar muito mais nesta rea do conhecimento.A alternativa correta a letra (D), isto porque parto e gravidez difceis, com alteraes fsicas, bem como separao da me e beb no hospital, apenas no momento do nascimento e alteraes hormonais da me no so suficientes para explicar a depresso ps-parto. Quanto a alternativae, os recentes estudos so indicativos que a depresso resulta de fatores como a separao da me-filho, com respectiva sensao de vazio e medo de no estar preparada para assumir os cuidados maternos.4 O NASCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DO RECM-NASCIDOA China vive um problema srio: meninos demais?! Se voc s pudesse ter um filho, iria preferir um menino ou uma menina? E se todos pensassem da mesma maneira, quais poderiam ser as consequncias?Onascimento ocorre no momento em que o feto expulso ou extrado do tero. O processo do parto pode ser facilitado ou dificultado por fatores anatmicos, fisiolgicos e psicolgicos. A forma de realizao do parto influencia a sade fsica e mental do neonato.A possibilidade de complicaes no parto ou leses no beb pode aumentar dependendo de diversas circunstncias, como anoxia perinatal ( falta temporria de oxignio), assepsia inadequada do local do parto, assistnciamdica inadequada.As drogas dadas me parareduzir a dor, podem ter efeitos negativos sobre o beb, afetando a responsividade e os padres alimentares do mesmo.Como problemas e complicaes no parto, cabe destacar a prematuridade (bebs nascidos antes da trigsima stima semana), o baixo peso ao nascer(bebs que pesam abaixo de 2500gramas). Todos esses problemas podem trazer seqelas desenvolvimentais, no entanto, no se pode ignorar a capacidade de resilincia dos indivduos.O nascimento representa uma grande revoluo psicolgica para os pais. preciso criar um novo vnculo com o beb e adquirir a capacidade de colocar-se no lugar dele a fim de conseguir interpretar as suas necessidades. Os pais precisam reorganizar-se internamente, rever sua auto-imagem, sua posio e ligaes familiares.Com relao ao desenvolvimento do recm-nascido, apesar de entre os mamferos o beb humano ser o mais imaturo e incapaz de sobreviver sem cuidados dos adultos, ainda assim, possvel afirmar que um beb competente quanto sua capacidade de perceber o mundo, de imitao e de comunicao. Eles so pr-programado para a sobrevivncia, bem preparado para responder a adultos e influenciar seus ambientes sociais.O recm- nascido possui uma srie de habilidades, a saber: os reflexos adaptativos e primitivos. A presena dos reflexos no nascimento e o posterior desaparecimento so sinais bsicos de desenvolvimento neurolgico normal.No que diz respeito s habilidades sensoriais, o recm-nascido dispe de todas as capacidades sensoriais bsicas no nascimento, embora haja diferena nos nveis de desenvolvimento entre cadauma das habilidades (audio, viso, paladar, olfato e tato)Quanto ao desenvolvimento fsico-motor do recm-nascido, importante salientar que recm nascido no dispe de muitas habilidades motoras, seu desenvolvimento atender ao princpio cfalo-caudal e prximo-distal. Sendo assim,quando nasce ele no consegue segurar a cabea ou coordenar o olhar. Essas habilidades surgiro muito gradualmente ao longo do desenvolvimento.O desenvolvimento cognitivo diz respeito forma como os indivduos adquirem um conhecimento. Algumas evidncias indicam que os bebs pequenos podem exibir alguns tipos de imitao, tais como a protruso da lngua, a extenso do lbio e a abertura da boca, mas parece improvvel que a imitao seja um importante mecanismo da aprendizagem nos primeiros meses de vida.Os bebs recm-nascidos so extremamente hbeis em atrair e manter a ateno dos adultos. Portanto, suas habilidades sociais os predispem a troca com seus cuidadores e fazem parte de programas abertos, geneticamente determinados, mas sensveis ao ambiente, que o preparam para adquirir informaes por intermdio de trocas sociais precoces.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos, desde a concepo at o nascimento.2)Considerando a informaoacima sobre a poltica de natalidade da China, faa uma pesquisa sobre desde quando e porqueisto ocorre equais so as possibilidadespara enfrentamento desta situao.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:O desenvolvimento humano um fenmeno complexo e as pesquisas sobre o desenvolvimento inicial tm tido um avano considervel nos ltimos quarenta anos, mas as interpretaes de suas evidncias no so consensuais. Entre as evidncias sobre as capacidades iniciais do recm-nascido esto:I. I- A coordenao mo-boca que comea a se desenvolver no tero, no s evidente ao nascimento, como parece fazer parte de um sistema complexo de aes que podem ser controladas por estimulao especfica.II. II- Bebs viram a cabea na direo de sons e esse comportamento no rgido ou automtico, mostrando que os espaos corporais e auditivos esto integrados.III. III- Os bebs discriminam sons da voz humana de outros sons, preferindo principalmente os sons de brinquedos musicais.Por esta razo,h uma diversidade deste tipo de brinquedo disposio no mercado.IV. IV- A viso a modalidade sensorial menos desenvolvida. A acuidade visual dos recm-nascidos pobre, mas eles parecem sensveis a diferentes objetos.Assinale a alternativa correta: (A) Apenas I e II so corretas. (B) Apenas II e III so corretas. (C) Apenas I, II e IV so corretas. (D) Apenas III e IV so corretas. (E) Apenas II, III e IV so corretas.A alternativa correta a (C) porque a afirmao III est incorreta. A justificativa que, apesar dos bebs apreciarem este tipo de som, os estudos indicam clara preferncia pela voz humana. Alm dereconhecer e preferir a voz humana,os bebs apresentam preferncia pela voz materna.

Mdulo 2 - Primeira Infncia (por volta dos zero aos dois anos)

Leituras Obrigatrias:PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN,R. D.Desenvolvimento Motorin Desenvolvimento Humano. 8 ed Porto Alegre: ArtMed, 2006.(cap. 4.5 e 6)Leituras para aprofundamento:GERRIG, R,J. & ZIMBARDO; P.G.O Desenvolvimento Humano ao Longo da VidaIn A Psicologia e a Vida. 16 ed. Porto Alegre:Artmed, 2005, Cap 11.1. DESENVOLVIMENTO PERCEPTUAL E MOTORGeralmente, mais do que os homens, as mulheres costumam mudar os cabelos, o modo de se vestir, ganham ou perdem peso. No entanto, apesar de tais mudanas, possvel reconhec-las aps um perodo sem v-las. Por outro lado, se cuidssemos 24 horas por dia de um beb durante o primeiro ms e s voltssemos a reencontr-lo um ano depois, provavelmente no o reconheceramos. Isto porque as mudanas que ocorrem nos primeiros anos so drsticas, ou seja, as foras do crescimento e do desenvolvimento, neste perodo so muito poderosas.O desenvolvimento composto de uma srie de fatores inter-relacionados com os demais aspectos desenvolvimentais: fsicos, cognitivos e psicossoais.Considerando as habilidades de percepo, pode-se afirmar que desenvolvem-se rapidamente nos primeiros dois anos de vida e permite criana aprender e explorar o ambiente.Os bebs diferem na velocidade ou eficincia dos processos perceptuais, como por exemplo, na habituao a estmulos repetidos. Essas variaes esto correlacionadas a medidas posteriores de inteligncia e da linguagem.Quanto s habilidades motoras, pode-se afirmar que so desenvolvidas em uma seqncia, geralmente considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as complexas, de acordo com o princpio cfalo-caudal e prximo-distal. No entanto, pesquisas recentes indicam que trata-se de um processo contnuo, dinmico e multifatorial de interao entre o beb e o ambiente.Resumidamente, o desenvolvimento motor ocorre da seguinte forma:1. de reflexos (simples) para mais deliberados (complexos)2. da cabea para os artelhos e do interior para o exterior3. contnua, dinmica e multifatorial (interao beb e o meio).Os marcos iniciais do desenvolvimento motor so:1. erguer a cabea (por volta do 4 meses)2. engatinhar pelo cho (9/10 meses)3. caminhar (12 meses)Ainda no que diz respeito s novas habilidades motoras, percebe-se que elas interferem, ou seja, acabam por determinar a forma da criana conhecer e se relacionar com o mundo. Uma criana que engatinha ou anda, explora ativamente o seu ambiente, tentando conhec-lo em detalhes, tenta pegar tudo o que est em seu campo visual, as tomadas so um alvo, os objetos sob uma mesa de centro de sala tambm, inclusive aqueles que so relquias de famlia. Tudo isto trar implicaes, provocando alteraes no relacionamento dos cuidadores com as crianas, como por exemplo, as crianas passam a ouvir uma srie de nos. Esse exemplo cotidiano nos ajuda a dimensionar como os diferentes aspectos desenvolvimentais so inter-relacionados de forma imbricada.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos, relacionados ao perodo de zero a dois anos.2) Pesquise em livros de Psicologia do Desenvolvimento quais so as habilidade motoras finas e grossas previstas para este perodo e se h variaes e diferenas (por exemplo: tnicas) nestes padres.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Com relao ao desenvolvimento motor na chamada primeira infncia, Papalia (2006) nos aponta alguns marcos como o controle da cabea e das mos e a capacidade de locomoo.Os bebs que engatinham no so mais prisioneiros de um lugar istoporquepode-se considerar que o engatinhar - de forma ampla (bio-psico-social) representa o preparativo para o caminhar, evento considerado a maior realizao da infncia.Tendo por referncia o texto acima e o enunciado, considere as alternativas a seguir e assinale a correta:a) a primeira afirmao falsa, e a segunda verdadeira.b) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.c) as duas afirmaes so falsas.d) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda uma justificativa correta da primeira.e) as duas afirmaes so verdadeiras, mas a segunda no uma justificativa correta da primeira.A alternativa correta a letra (B). Justificativa: o engatinhar tambm o preparativo para o caminhar; mas no apenas isto. No se pode compreender este ato apenas pela tica biolgica, portanto, muscular e ssea, mas preciso a fazer sua articulao, isto , o engatinhar com as mudanas evidenciadas no beb com relao ao seu ambiente, s pessoas que o cercam e a ele mesmo, no que diz respeito ao seu desenvolvimento perceptivo (conscincia corporal e espacial), cognitivo, de personalidade (autoconfiana e auto-estima) e social.2. DESENVOLVIMENTO FSICO: fator determinante e determinado.A subnutrio causada por uma complexa interao de fatores, sendo os problemas polticos e familiares de principal importncia. Nos pases subdesenvolvidos como o Brasil, esta questo fica muito mais evidenciada. As polticas socioeconmicas em nosso pas, normalmente no refletem a importncia da nutrio infantil e quando refletem, no so cumpridas, porque faltam mecanismos para que sejam efetivadas.Ao nascer, meninos e meninas so diferentes?Na realidade, bebs masculinos so um pouco maiores e mais vulnerveis e parecem reagir de modo distinto ao estresse (talvez diferenas genticas, hormonais ou temperamentais), no entanto, poucas diferenas fsicas ou maturativas foram constatadas na infncia.Como o ambiente pode acelerar ou retardar o desenvolvimento?Fatores ambientais, como por exemplo, nascer em clima mais ameno e com mais sol, bem como padres culturais: amarrar os bebs ou fazer um treinamento precoce para a criana andar, podem afetar o ritmo de desenvolvimento do beb.Alm destes, h outros fatores que determinam o desenvolvimento fsico, entre eles, os polticos e scio-econmicos, conforme j anunciado acima.Por volta dos 10 meses, a maioria dos bebs j andam bem com apoio, podendo dar passos hesitantes. A habilidade de caminhar melhora medida que eles tm apoio e incentivo do meio e por volta dos 11 ou 12 meses, as eles j podem dar seus prprios passos.No segundo ano de vida, as crianas vo se tornando mais geis. Por volta dos 15 meses, muitas j sobem escadas, em cadeiras ou mveis; mas ainda no sero capazes de voltar para baixo, sozinhas.A transio de uma postura para outra, como de deitada para sentada ou de sentada para em p, vai sendo feita de forma mais suave. At os 18 meses, se movem com maior facilidade, andando para trs, em crculos e usando o corrimo para subir as escadas.Em torno dos 2 anos, as crianas podem pular no lugar, caminhar rapidamente de um lugar para o outro. No entanto, a superviso dos cuidadores deve ser uma constante, no sentido de monitorao, principalmente quanto segurana.O desenvolvimento fsico marcado por um processo maturacional que vai gradativamente propiciando que a criana adquira novas possibilidades. Quando o sistema nervoso central, os msculos e os ossos esto suficientemente maduros e o ambiente oferece oportunidades adequadas, os bebs no param de surpreender os adultos com as novas habilidades.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos, relacionados ao perodo de zero a dois anos.2) Faa uma pesquisa sobre a poltica de preveno a subnutrio no Brasil e verifique se ela tem sido cumprida de acordo com a sua concepo.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Para se compreender o processo de Desenvolvimento Humano, preciso considerar uma infinidade de elementos. E na medida em que se ampliam os estudos ampliam-se tambm uma nova diversidade de aspectos que define a complexidade do assunto. Complexidade dada desde os primrdios do nascimento. Em respeito aos neonatos,identifique a nica afirmativa incompatvel com o perodo:(A)O processo de aprendizagem de habilidades motoras precisa ser intensificado para o beb aprender a engatinhar.(B)O movimento ulnar compreende o agarramento com a mo inteira.(C)A esperana a virtude que o neonato busca desenvolver.(D)Para o beb, o apego tem valor adaptativo.(E)Os bebs possuem um papel ativo na sua relao com o mundo.A resposta incompatvel a alternativa (A) porque ashabilidades motorasse desenvolvem numa seqncia, geralmente considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as complexas, de acordo com o princpio cfalo-caudal e prximo-distal. Recentespesquisas indicam que se trata de um processo contnuo, dinmico e multifatorial de interao entre o beb e o ambiente. Cabe destacar queas novas habilidades motoras interferem na forma da criana conhecer e se relacionar com o mundo.3. DESENVOLVIMENTO COGNITIVOLaura tem 3 meses. Ao seu redor, imagens, sons, cheiros e sensaes fsicas novas e em constante mudana como que rodopiam sua volta. Ela precisa entender tudo isso, interligando cheiros com imagens visuais, sabores com sensaes, percepes de objetos, pessoas e at mesmo das partes de seu prprio corpo, percebendo quais delas permanecem as mesmas e quais de modificam, em qual sequncia e muitas outras coisas mais.Para discutir a questo do desenvolvimento cognitivo, parece interessante iniciar falando um pouco sobre o que cognio. A cognio o pensamento em sentido mais amplo. Envolve inteligncia e aprendizagem, memria e linguagem, fatos e conceitos, percepo e pressupostos. Bebs nascem com a capacidade de aprender a partir de suas experincias sensoriais, ou seja, daquilo que eles podem ver, ouvir, cheirar, degustar ou tocar, alm de terem certa capacidade de lembrar o que aprenderam. Sendo assim, eles podem aprender por condicionamento, habituao ou imitao, coordenando as informaes sensoriais. O beb costuma ficar mais atento aos estmulos novos, do que aos familiares. Tambm repetem comportamentos que lhes so agradveis. Tendem a repetir uma ao aprendida anteriormente, quando se lembram do seu contedo.O beb nasce com ferramentas bsicas para a construo do conhecimento, sendo um ser ativo no seu desenvolvimento, um pequeno cientista, naturalmente curioso, engajado na explorao do meio, buscando o entendimento, o conhecimento do mundo e buscando adaptar-se a ele.Nesta fase, segundo Piaget, comea o estgio sensrio motor. Segundo ele, o desenvolvimento cognitivo marcado por estgios, cada um desses caracterizado por uma forma distinta de pensar a respeito do mundo e de compreend-lo. As idades indicadas so sempre aproximadas, h variaes individuais de acordo com habilidades e a experincia. A criana de zero a dois anos, por se encontrar no estgio sensrio-motor, representa o mundo pelas aes, baseando seus julgamentos nas sensaes e percepes.Ainda segundo o referido autor, a partir dos 12 meses, a criana entende relaes causais (causa-efeito), se envolve em jogos construtivos e procura objetos onde os viu pela ltima vez, o que representa para Piaget, a construo do objeto permanente.Por volta dos 2 anos, a criana j lana mo de representaes mentais e smbolos.A aquisio da linguagem um aspecto importante para o desenvolvimento cognitivo. Aps a fase pr-lingustica (choro, arrulho, balbucio e imitao) e a aprendizagem dos sons bsicos da lngua, pode-se afirmar que a palavra costuma surgir por volta dos dez aos quatorze meses. Cabe destacar, que antes de pronunciar sua primeira palavra, o beb utiliza os gestos.Entre os 16 e 24 meses ocorre uma exploso de nomes, e geralmente por volta dos 18 aos 24 meses, surgem as sentenas breves.A fala inicial caracterizada pela simplificao, restrio e supergeneralizao dos significados das palavras e universalizao das regras.A capacidade para aprender a linguagem, segundo os tericos atuais, inata, podendo ser ativada ou no pelo meio.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma pesquisa em artigos cientficos: A leitura em voz alta para a criana, desde os primeiros meses, contribui para preparar o letramento?3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Prximo aos 8-12 meses, os bebs gostam de brincar de esconde-esconde, geralmente com uma fralda que colocam sobre o prprio rosto ou no rosto do adulto com quem esto se entretendo.Esta situao nos remete ao conceito de:a) Negativismob) Supergeneralizao da Presenac) Noo de Permanncia do Objetod) Desenvolvimento do Apego Seguro.e) Coordenao do Auto-Conceito.A alternativa correta a (C). Por volta dos 10 meses de vida, com variaes de acordo com a cultura e as possibilidades de interao dos bebs, a estrutura do objeto permanente est prxima de ser construda, e os comportamentos comeam a mudar. Por exemplo, a criana sabe que quando a me sai do quarto, ela no deixa de existir ou que o brinquedo que escorrega para trs de um sof, continua ali.4. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIALRafael (1 ano) no propenso a sorrir e nem a vocalizar.Selma (2 anos) parece estar sempre na defensiva, ora chora compulsivamente, ora se fecha completamente.O desenvolvimento psicossocial constitudo pelo desenvolvimento da personalidade, isto , o padro singular e relativamente duradouro de uma pessoa sentir, reagir e se comportar e pelo desenvolvimento social que se refere s mudanas nos relacionamentos com os outros.Estudar o desenvolvimento psicossocial das crianas de 0 a 2 anos implica em descrever os principais passos do desenvolvimento da noo do eu e em paralelo a formao de relacionamentos significativos e efetivos com outras pessoas.Observe a seqncia em que aparece o autoconceito ou a emergncia do senso de identidade na primeira infncia (de beb para criana):a) O autoreconhecimento fsico: comea por volta dos 18 meses, quando a criana olha no espelho ou numa foto sua, podendo reconhecer-se.b) autodescrio e autoavaliao: ocorre entre os 19-30 meses, a criana pode definir-se em termos descritivos, como por exemplo: grande, pequeno, cabelo liso; ou em termos de avaliao: bom, bonito.c) resposta emocional a m ao: por volta dos 20 meses as crianas costumam ficar aborrecidas pela desaprovao dos pais e por algo que foi desaprovado e visto como mau.Alm destes eventos, percebe-se o crescimento das interaes sociais, tanto em nmero e complexidade, como as prprias brincadeiras aumentam.No que diz respeito ao contato com outras crianas, ser que os irmos influenciam uns aos outros? A resposta sim. Os irmos influenciam uns aos outros de maneira positiva e negativa. Por outro lado, preciso destacar que as aes e atitudes dos pais afetam os relacionamentos entre irmos.Nesta idade, a criana se interessa por bebs? importante que a criana tenha contato com outras crianas?Podemos observar que o interesse dos bebs por crianas vai aumentando na 1. infncia. O contato com outras crianas, principalmente aps o 1. ano, afeta o desenvolvimento cognitivo e psicossocial.Outro aspecto a enfatizar diz respeito a assistncia diurna e seu impacto sobre o desenvolvimento da criana. Os novos estudos indicam a assistncia diurna de boa qualidade parece ter impacto positivo sobre o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Parecem indicar tambm que a assistncia diurna no prejudicial, a menos que seja de m qualidade, instvel ou extensiva, e esteja combinando com uma educao insensvel por parte da me.Outro aspecto a ser destacadoa Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erik Erikson. Elediscute que o desenvolvimento da personalidade afetado por fatores biolgicos e sociais ou por variveis pessoais e situacionais. Divide o desenvolvimento da personalidade em oito estgios psicossociais durante todo o ciclo vital e, em cada um deles, identificou uma crise determinada. Cada fase de desenvolvimento tem a sua crise ou momento decisivo particular que exige alguma mudana no comportamento ou na personalidade. Embora cada conflito nunca venha a desaparecer completamente, o indivduo pode responder crise de maneira negativa ou positiva; neste ltimo caso ele consegue enfrentar com sucesso os conflitos dos prximos estgios.O primeiro estgio desenvolvimental proposto por Erikson corresponde criana de zero a dezoito meses aproximadamente o qual denominou Confiana versus Desconfiana.A confiana um acompanhamento natural para um forte relacionamento de apego com um pai ou uma me que proporciona comida, calor e o conforto da proximidade fsica. Caso a confiana predomine, as crianas desenvolvem a virtude da esperana: a crena de que as suas necessidades sero atendidas assim que forem manifestadas.Mas se uma criana for negligenciada, ou seja, no tiver suas necessidades bsicas atendidas, poder desenvolver uma sensao de desconfiana, insegurana e ansiedade. As crianas vero o mundo como hostil e imprevisvel e tero dificuldade para formar relacionamentos ntimos.Portanto, o desenvolvimento social tem incio com o estabelecimento de um relacionamento emocional ntimo entre o beb e seu principal cuidador.Esse relacionamento intenso e duradouro chamado apego.John Bowlby, um influente terico do apego humano, partiu da teoria etolgica e sups que a raiz da personalidade humana est nos primeiros relacionamentos na infncia.Os comportamentos de apego que incluem sorrir, fazer contato visual, chamar a outra pessoa, tocar, agarrar-se, chorar, entre outros, so eliciados quando o indivduo precisa de cuidados, amparo ou conforto.Os padres de apego podem ter implicaes de longo prazo sobre o desenvolvimento; por exemplo, as crianas seguramente apegadas parecem ser socialmente mais hbeis, mais curiosas e persistentes em novas tarefas. A partir das experincias iniciais, o indivduo vai desenvolvendo modelos funcionais internos, ou seja, trata-se de um modelo mental que as crianas usam para guiar suas interaes sociais presentes e futuras.Os modelos da infncia no so imutveis, embora tendam a ser levados adiante, continuando a modelar e a definir as experincias como adulto. Tal conceito tambm ajuda na compreenso dos motivos pelos quais a mesma experincia parece ter efeitos to variados sobre diferentes adultos.No tocante ao relacionamento social das crianas dessa faixa etria com outras crianas evidencia-se que o interesse por outra criana aumenta ao longo da primeira infncia, especialmente aps os doze meses. Nesse perodo, h o brincar paralelo, quer dizer, as crianas brincam sozinhas, mas mantm um profundo interesse no que as outras crianas esto fazendo. Na brincadeira social simples (15-18 meses), as crianas se envolvem em atividades similares, falam, sorriem ou trocam brinquedos entre si.Essas trocas interacionais horizontais favorecem o desenvolvimento cognitivo e psicossocial das crianas.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma leitura cuidadosa do Quadro 6-1 (Papalia, 2009) e, em seguida, levante as principais questes sobre como a depresso da me pode afetar na regulao mtua.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Uma preocupao central hoje entre os pais encontrar um meio de, mesmo a distncia, criar um vnculo afetivo com seus filhos. Jlia esteve com seu filho no primeiro ms de vida, quando amamentou, mas logo em seguida, precisou voltar ao trabalho, o que fez diminuir muito o contato entre me e filho. Seu filho ficou ento sob os cuidados da av paterna, com quem passava a maior parte do tempo. Agora, o filho de Maria tem seis meses e ela quer saber com quem seu filho est mais apegado e por qu.Considerando a situao, qual das alternativas abaixo parece responder melhor a dvida de Jlia:A) O apego, para se formar necessita mais do que as primeiras experincias do comeo da vida, e vai se firmando quando o beb est prximo dos seis meses. Portanto, o beb est mais apegado av paterna.B) Certamente o beb est apegado me, pois desde o tero, o vnculo se estabelece e se mantm.C) O primeiro ms cria experincias significativas capazes de estabelecer um vnculo definitivo entre me e beb.D) O beb no cultiva nenhum lao afetivo com a me, devido ao abandono que sofreu.E) O beb est mais apegado av paterna, pois comum a formao de um lao afetivo logo depois que a criana sofre uma separao.A alternativa correta a (A), porque apesar das ligaes estabelecidas durante a gestao, das experincias vividas no primeiro ms, o apego se consolida, ou seja, vai ser firmado aps inmeras experincias mtuas. Cabe destacar que quando uma pessoa est apegada ela tem um sentimento especial de segurana e conforto na presena do outro e pode usar o outro como uma base segura a partir da qual explora o resto do mundo.Bowlby enfatizasete caractersticas, mas neste caso, as quatro primeiras j so suficientes para justificao da resposta.1. Especificidade O comportamento de apego dirigido para um ou algunsindivduos especficos, geralmente em ordem clara de preferncia.2. Durao O apegopersiste, geralmente, por grande parte do ciclo vital.3. Envolvimento emocional Muitas das emoes mais intensas surgemdurante aformao, manuteno, rompimento e renovao de relaes deapego.4. Ontogenia O comportamento de apego desenvolve-se durante osprimeiros nove meses de idade de vida dos bebs humanos. Quanto maisexperincias de interao social um beb tiver com uma pessoa, maior so as probabilidades de que ele se apegue a essa pessoa. Por essa razo, torna-se a principal figura de apego de um beb aquela pessoa que lhe dispensar amaior parte dos cuidados maternos. O comportamento deapego mantm-seativado at o final do terceiro ano de vida; no desenvolvimento saudvel, torna-se, da por diante, cada vez menos ativado.

Mdulo 3 - Segunda Infncia (por volta dos dois aos seis anos)

Leitura Obrigatria:PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W.& FELDMAN,R. D.Habilidades Motorasin Desenvolvimento Humano. 8 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2006 (Cap.7 e 8)Leitura para aprofundamento:GERRIG, R. J. & ZIMBARDO, P. G.O Desenvolvimento Humano ao Longo da VidaInA Psicologia e a Vida. 16ed. Porto Alegre. Artmed, 2005 (Cap 11).1. DESENVOLVIMENTO FSICODavid aos 3 anos, conseguia andar em linha reta; aos 4 anos, podia saltar pequenas distncias;aos 5 anos, salta mais ou menos 1 metro e consegue andar com apenas um p, por 5 metros.A criana pr-escolar apresenta um contnuo crescimento fsico, mas no to rpido como o foi no perodo anterior. J no aspecto motor h o aperfeioamento das habilidades motoras globais (dos grandes movimentos) e finas. Por qu?A resposta que as reas sensrio-motoras esto mais desenvolvidas, funcionando mais ou menos assim: quero e posso fazer. Alm disso, os ossos e msculos esto mais fortes e h um aumento na capacidade respiratria. Todos estes fatores dependem de variaes como herana gentica e oportunidades do meio.Por volta dos 3 anos as crianas normalmente comeam a perder a forma rolia caracterstica dos bebse assumem a aparncia mais esguia e atltica da infncia. Entre um e trs anos, com o desenvolvimento dos msculos abdominais, a barriga grande da criana se fortalece.Alongam-se o tronco, braos e as pernas e a cabea ainda permanece relativamente grande, mas as demais partes do corpo vo se amoldando e ficando mais parecidas com as de um adulto. Quanto s habilidades motoras finas, elas tambm avanam consideravelmente e nesta fase a maioria das crianas j podem: servir leite no prato, comer com talheres ou usar o banheiro sozinha, vestir-se com ajuda, recortar sobre a linha; desenhar uma pessoa quase completa e com mais detalhes. Por volta dos 3 anos,a preferncia no uso das mos fica evidenciada.Outro aspecto importante para o desenvolvimento fsico infantil diz respeito aos padres de sono. Geralmente, as crianas no incio deste perodo, ainda dormem bem noite e fazem uma soneca ao dia. comum, por volta dos 5 anos, ocorrerem rituais para retardar o sono.A primeira dentio se completa entre os 30 - 36 meses e comea a cair e substituda por volta dos 5 6 anos.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Algumas crianas experimentam o terror noturno Faa uma leitura cuidadosa sobre os padres e distrbios do sono, e em seguida identifique quatro problemas comuns do sono e apresente estratgias ou recomendaes de como trat-los.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Com relao s habilidades motoras de crianas de 2 a 6 anos podemos afirmar que:I Nesse perodo as crianas fazem grandes avanos nas habilidades motoras geraisII As habilidades motoras refinadas (como abotoar camisas e desenhar figuras) tambm se iniciam nesse perodo, com algum grau de variao na idade entre as crianasIII A preferncia no uso da mo direita ou esquerda geralmente se evidencia aos 3 anos de idadeIV A fase pictrica tipicamente se inicia entre 4 e 5 anosAssinale a alternativa que contenha todas as assertivas corretas:a.Todas esto corretasb.Somente a III est corretac.II, IV corretasd.I e III corretase.I, II corretasA alternativa correta (A). Como todas esto corretas, as informaes podem ser buscadas no texto acima e no livro de Papalia & Olds e Feldman (Cap. 4).2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVOPaulo, aos 2 anos, percebeu sua imagem no espelho. Agora, aos 4 anos, ele diz: Meu nome Paulo, e eu moro numa apto. com minha me e meu pai. Tenho uma gata que chama Abbora, tenho TV e assisto desenhos. Eu sei todo o alfabeto. Ouam: A-B-C-D-E-F-G-J-L-M-P-Q-X-Z. Posso correr mais rpido que todo mundo! Posso subir num brinquedo mais alto e no tenho medo! S fico feliz. No se pode ficar feliz e com medo, no d! Eu tenho cabelo escuro...No aspecto cognitivo, segundo JeanPiaget, a criana de 2 a 6 anos desenvolve o pensamento pr-operatrio. Para o autor, o aparecimento da funo simblica (capacidade de empregar smbolos e signos que substituem as coisas, observada na linguagem, no jogo simblico, na imitao indireta ou representativa) traz modificaes na conduta afetiva e intelectual da criana.Com o ingresso no perodo pr-operatrio, a criana consegue formar conceitos e categorias. H tambm a emergncia de memria episdica, em seguida, aos 3 4 anos, tem incio a memria autobiogrfica.Aos 4 anos, a maioria das crianas fazem clculos pictricos, envolvendo nmeros inteiros.No final desta fase, pode-se observar que a codificao, generalizao e construo de estratgias se tornam mais eficientes.Considerando ainda o desenvolvimento cognitivo, crianas entre 4 e 5 anos desenvolvem uma teoria da mente, ou seja, uma teoria sobre como sua prpria mente e a dos outros funcionam e como as pessoas so afetadas por suas crenas e sentimentos.Outro indcio da referida teoria a capacidade de uma criana contar uma mentira; para isto, ela tem que ser capaz de imaginar o que a outra pessoa poderia pensar, ou seja, um sinal de desenvolvimento cognitivo. Ainda sobre a teoria da mente, pode-se destacar a distino entre a fantasia e realidade;apesar de as crianas de 2 a 3 anos j conseguirem distinguir entre eventos reais e imaginrios, ainda assim, crianas de 4 a 6 anos nem sempre tm certeza de que o que imaginam no o real. Por isso, muitas vezes as crianas dessa fase, agem como se os monstros de sua imaginao existissem.A linguagem da criana continua a se aperfeioar ao longo do seu desenvolvimento, suas frases vo se tornando cada vez mais complexas, os erros decorrentes da super-regularizao (aplicar regras gramaticais a palavras que so excees regra) so gradativamente eliminados. O vocabulrio da criana aumenta continuamente, a gramtica e sintaxe se tornam mais sofisticadas.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma leitura cuidadosa do processo de aquisio da linguagem e pesquise sobre a fala de beb oumotherese esuas implicaes para o processo de desenvolvimento da linguagem.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Podemosobservar vrios aspectos desenvolvimentais, na criana de 2 a 6 anos. Nesse perodo, exploram intensamente o mundo, pois j andam, tm amiguinhos alm dacompanhia de outros adultos e j se reconhecem como diferentes de outros.Identifique abaixo o nico aspecto que no compatvel com essa fase:(A) Esse o perodo em que a criana se auto-descreve, na busca de si mesmo.(B) O desenvolvimento cognitivo, em conjunto com o desenvolvimento motor, j contribuem para o desenvolvimento da linguagem e a ampliao da capacidade de representao.(C) Comea nesse momento da vida a aquisio de uma identidade de gnero.(D) Esse o momento em que ocorre alta capacidade de abstrao, sendo possvel o pensamento hipottico.(E) Comeam a reconhecer os sentimentos, apesar de conflituosos e sem controle.A alternativa incorreta a D, porque a criana possui o pensamento pr-operatrio, ou seja, apresenta uma lgica atrelada s situaes concretas (pr-lgica)o que lhe impossibilita de fazer abstraes e pensar sobre hipteses. O pensamento Intuitivo,no apresentando ainda, a conservao e a reversibilidade3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIALSe meu irmo batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa.Estou animada de ir para uma escola nova, mas tambm estou com um pouco de medo.Fico feliz quando vou ao parque.Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avsFiquei brava com Caio, por isso o belisquei e Fiquei feliz porque papai no bateu em mimAs afirmaes acima so de crianas que se encontram na segunda infncia. Neste sentido, fundamental compreendermos as emoes das crianas e no incio dessa fase podemos encontrar situaes como a de uma criana que grita para sua me: Eu te odeio! Voc uma me m! O que pode estar refletindo esse estado emocional e o que a criana no consegue imaginar neste momento? Pode-se dizer que comum a criana apresentar surtos de negativismo e acessos de raiva e, neste caso, ela no conseguir imaginar amar sua me novamente.No entanto, um ano ou dois depois, comum aparecerem as emoes simultneas, ou seja, reaes emocionais diferentes ao mesmo tempo. A seguir, os cinco nveis de desenvolvimento das emoes:1) Dois sentimentos quaisquer no podem existir, por exemplo: estar feliz e satisfeita.2) Duas emoes, s podem existir se ambas forem positivas ou negativas e dirigidas ao mesmo alvo (Exemplo: Se meu irmo batesse em mim, eu ficaria triste e furiosa)3) Duas emoes direcionadas a alvos diferentes (Exemplo.: Eu estava animada por ir ao EUA e satisfeita por ver meus avs)4) Dois sentimentos opostos, com alvos diferentes (Exemplo: Fiquei brava com Caio, por isso o belisquei e Fiquei feliz porque papai no bateu em mim)5) Sentimentos opostos em relao ao mesmo alvo (Exemplo: Estou animada de ir para uma escola nova, mas tambm estou com um pouco de medo).Quanto ao desenvolvimento do eu, aproximadamente aos 18 meses, a criana reconhece sua imagem refletida no espelho, o primeiro momento do seu auto-reconhecimento.Aidentidade de gnero tambm de grande importncia para a formao do autoconceito. Ela afeta a maneira como meninos e meninas se sentem em relao a si mesmos e como agem. O significado da identidade de gnero construdo atravs da socializao e da cultura na qual a criana est inserida.Durante os anos pr-escolares, a brincadeira cooperativa freqentemente a brincadeira de faz-de-conta. Ela promove o desenvolvimento cognitivo e permite criana a explorao de temas que a amedronta.A auto-estima nesse perodo tende a ser a ser global (bom ou ruim) e depende da aprovao de adultos. Pesquisas indicam que 1/3 ou dos pr-escolares parecem mostrar o padro impotente; ao brincar castigam a boneca por fracasso; mais que recompensam por esforo; acreditam que a ruindade no pode ser superada.Neste sentido, os pais e professores podem ajudar na construo da auto-estima, dando s crianas um retorno especfico e com foco na estratgia em vez de criticar a criana enquanto pessoa.E. Erikson contribui para uma melhor compreenso de questes como essas, e de acordo com ele, na segunda infncia a criana passar por duas crises:- Autonomia Versus Vergonha e Dvida- Iniciativa Versus CulpaA primeira ocorre no segundo e terceiro ano. Neste perodo a criana passa a ter controle de suas necessidades fisiolgicas e responder por sua higiene pessoal, o que d a ela grande autonomia, confiana e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Por outro lado, se ela for criticada ou ridicularizada nas coisas que pensa, sente e faz, desenvolver vergonha e dvida quanto a sua capacidade de ser autnoma, provocando uma volta ao estgio anterior, ou seja, a dependncia.Segundo Erikson, superar a crise leva a virtude davontade.No estgio Iniciativa X Culpa, a criana passa a perceber as diferenas sexuais, os papis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade sexual e intelectual, natural, for reprimida e ela for castigada, poder desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situaes ou de buscar novos conhecimentos. Sendo assim, nesta fase, a virtude opropsito.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma leitura cuidadosa de como se forma o autoconceito ou senso de identidade, na segunda infncia e analise a situao abaixo, respondendo as questes a seguir.De acordo com Papalia & Olds e Feldman (2006) uma equipe de pesquisadores entrevistou mes de 123 crianas de 14 a 40 meses de idade. Os pesquisadores chegaram a uma sequncia do desenvolvimento do autoconceito ou senso de identidade, que se inicia aos 18 meses (na final da primeira infncia) e prossegue na segunda infncia.Algumas das situaes encontradas na pesquisa so:Caso I- Mariana, 32 meses, fica aborrecida quando sua me fica brava com ela, ao descobrir que ela no est escovando os dentes, conforme sua me havia lhe pedido.Caso II- Joo, 30 meses, diz para sua prima: eu sou magro, meu cabelo crespo e sou muito bonito.Caso III- Paula, 20 meses, estava brincando com sua irm mais velha. Elas usavam a maquiagem da me e, quando sua irm pintou seu rosto com o batom vermelho, ela viu sua imagem no espelho e, rapidamente, passou a mo sobre o rosto para tirar as manchas do batom.Procure a pesquisa mencionada e verifique quais so as trs etapas de formao do autoconceito ou senso de identidade. Faa um aprofundamento no tema, pesquisando sobre a formao e construo de gnero nesta fase.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Quem sou eu no mundo? Esse o grande enigma de Alice no pas das Maravilhas, depois que seu tamanho tinha mudado abruptamente, outra vez.De repente, o Coelho Branco passou por ali a correr, to apressado que deixou cair o leque. Alice apanhou-o, abanou-se para se refrescar, mas como era um leque muito especial, a menina comeou a ficar pequenina, muito pequenina...Resolver o enigma de Alice o processo vitalcio de conhecer oeuem desenvolvimento.Considerando o texto acima e o desenvolvimento do EU, nasegunda infncia, de acordo com Papalia (2006), INCORRETO afirmar:(A)O senso de identidade algo muito pessoal. As crianas incorporam em seu autoconceito uma compreenso crescente de como ela mesma se v.(B)O autoconceito nossa imagem de ns mesmos. o que acreditamos em relao a quem somos e em relao ao como os outros nos vem.(C) o quadro geral que temos de nossos traos e habilidades; ele se desenvolve gradualmente por toda a vida.(D)Segundo os neopiagetianos, a autodefinio varia de representaes simples para mapeamentos representacionais, ambos expressos em termos de pensamento tudo ou nada.(E)O desenvolvimento de emoes dirigidas ao eu depende da socializao e do desenvolvimento cognitivo.A alternativa a ser assinalada (A). Est incorreta porque o senso de identidade construdo atravs do que pensamos sobre ns,juntamentecom a forma que pensamos que as demais pessoas nos vem. A maneira como somos vistos e tratados pelas pessoas a nossa volta, so alicerces de nosso autoconceito, portanto, dependentes do processo de socializao e do desenvolvimento de nossas emoes e cognies. uma construo cognitiva, um sistema de representaes descritivas e avaliativas sobre a prpria pessoa, determinante de como nos sentimos sobre ns mesmos e que orienta nossas aes.4. BRINCADERIA: O NEGCIO DA SEGUNDA INFNCIA"A palavra brincar se origina do equivalente latino, vinculum que significa vincular, estabelecer laos. Como ento, ainda no percebemos a importncia dessa ao na promoo da criana na sociedade?"(autor desconhecido)_______________________________________________________________Brasileiro no v o brincar como prioridade para crianaPesquisa realizada desde 2001 pela Ipsos Public Affairs mostra que mais da metade dos pais brasileiros aponta como prioridade na vida de seus filhos o ensino escolar, maior segurana e melhor acesso sade. 30% acreditam que a criana deve ter prioritariamente acesso ao estudo de idiomas e informtica.Porm, apenas 19% vem o brincar como fundamental.Apresentado no III Frum de Desenvolvimento da Criana, o estudo dividiu-se na anlise do ato de brincar e na importncia dele para especialistas de 16 diferentes reas que vo da educao, psicologia arquitetura e a construo de espaos pblicos, ordenando a metodologia para a pesquisa quantitativa.Foram entrevistados ento, 1.014 pais com filhos de idade entre seis e 12 anos, acumulando 834 horas de informao em 22 diferentescidadespor todas as regies do pas.Assistir televiso, vdeos e DVD a principal atividade entre as crianas brasileiras (97%), seguidas por cantar e ouvirmsica(81%).57% dos pais indicaram a leitura de histrias delivrose gibis como atividade realizada pelos filhos.Apenas 14% dos pais responderam espontaneamente que brincar est associado ao bom desenvolvimento infantil, mas, ao serem estimulados, esse resultado cresceu exponencialmente, indicando que este um assunto a ser pautado na sociedade e discutido, pois, certamente, os pais se mostraram interessados._______________________________________________________________Disponvel emAcesso em: 22/02/2011Brincar o trabalho das crianas. Pelo brincar, as crianas crescem, estimulam os sentidos, aprendem a usar os msculos, coordenam o que vem com o que fazem, e adquirem domnio sobre os seus corpos. Exploram o mundo e a si mesmas, adquirem novas habilidades, tornam-se mais proficientes na lngua, experimentam diferentes papis e, ao reencenarem situaes da vida real, manejam emoes complexas.Quando brincam, as crianas crescem, aprendem a usar msculos; coordenam viso e dominam seus corpos; adquirem habilidades em lnguas, papis e emoes.Pode-se afirmar que o brincar social melhor que o brincar solitrio?Segundo Papalia & Olds e Feldman, os estudos indicam que brincadeiras solitrias podem refletir independncia e maturidade. Crianas que brincam sozinhas podem ser boas na resoluo de problemas, populares e socialmente habilidosas. Logo, preciso prestar ateno no que as crianas fazem quando brincam, no apenas se brincam sozinha.Quanto ao brincar cognitivo, observe a situao a seguir:No dia do brinquedo, Fbio, 4 anos, pode levar escola sua maleta de doutor. Junto aos demais amiguinhos, ele brinca que mdico. Examina os pacientes d injees e remdios para os que esto doentes.Como Piaget denomina este brincar de Fbio? Que tipo de desenvolvimento este brincar promove? Geralmente, como so os pais de crianas que brincam desta forma?Piaget chama de Jogo imaginativo. Tais brincadeiras permitem que a criana perceba mais o ponto de vista do outro, resolva problemas sociais, amplie sua criatividade, se torne mais cooperativa, popular e alegre. Segundo pesquisas, os pais de crianas assim se do bem, expem a criana a experincias interessantes, ao dilogo e no espancam a criana. Definem a hora e o local para brincar e estimulam seus filhos com brinquedos do tipo: blocos, trajes, etc. importante destacar que a cultura influencia no modo de brincar, havendo diferenas entre as culturas.Sobre os companheiros imaginrios, estudos revelam que de 15 a 30% de crianas entre 3-10 anos tm tais companheiros. Geralmente so os filhos primognitos ou filhos nicos, ocorrendo mais com as meninas do que com os meninos. Os companheiros das meninas geralmente so humanos e os dos meninos, animais. Pode-se considerar que representam uma boa companhia, ajudando a criana a se relacionar com o mundo real.Tambm, consistem em mecanismos de realizao de desejos (exemplo: diz que tem um monstro no quarto para trazer a me perto); como bodes expiatrios (exemplo: foi ele que comeu as bolachas); para enfrentar os medos (exemplo: o amigo imaginrio est com medo) e situaes difceis (exemplo: levar o companheiro imaginrio para ver um filme de medo).A criana de 2 a 6 anos incrivelmente ativa e surpreendente. Capta os adultos com suas novas habilidades e perguntas inusitadas. Vive em um mundo onde fantasia e realidade se confunde.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma pesquisa sobre as brincadeiras e jogos mais comuns na segunda infncia e elabore um programa com atividades para crianas de 3-4 anos, de uma escola infantil.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Os pesquisadores categorizam o brincar das crianas tanto em termos cognitivos quanto sociais. O brincar social reflete o grau no qual as crianas interagem umas com as outras. O brincar cognitivo revela o nvel de desenvolvimento mental da criana.Leia com ateno as situaes a seguir:(1) Quando Carmem, com quatro anos vem tomar caf de manh, ela finge que os pedaos de cereal em sua tigela so peixinhos nadando no leite, e , de colherada em colherada, elavai pescando.(2) Joo, seis anos, passa suas tardes jogando futebol com seus vizinhos e alguns amigos de sua escola, num terreno que fica bem ao lado de sua casa.(3) Aps fazer suas tarefas escolares, Laura, cinco anos, costuma montar quebra-cabeas e, em seguida, desenha e pinta em folhas de papel colorido.Considerando os estudos de Piaget e Smilansky (Papalia, 2006) sobre o desenvolvimento do brincar, correto o que se afirma em:(A) (1) brincar construtivo; (2) jogo imaginativo; (3) jogos formais(B) (1) jogos formais; (2) jogo imaginativo; (3) brincar paralelo(C) (1) jogo imaginativo; (2) jogos formais; (3) jogo construtivo(D) (1) brincar paralelo; (2) jogo sociocognitivo; (3) jogos formais(E) (1) jogo sociocognitivo; (2) jogos formais; (3) brincar paraleloA alternativa correta a (C). Considerando as situaes acima, o jogoimaginativoou faz-de-contade Carmem contribui para seu desenvolvimento cognitivo, porque desenvolve a capacidade de usar smbolos para representar pessoas ou coisas do mundo real. Os jogosformais ou funcionaisenvolvem movimentos musculares repetitivos, a forma mais simples e comea na primeira infncia.Obrincar ou jogo construtivo, diz respeito a brincadeiras envolvendo o uso de objetos ou materiais para fazer algo e representa o segundo nvel, vindo aps o jogo funcional. No terceiro nvel, encontramos o jogo imaginativo, j descrito anteriormente.

Mdulo 4 - Terceira Infncia (por volta dos seis aos doze anos)

Leituras Obrigatrias:PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN, R. D.Habilidades Motorasin Desenvolvimento Humano. 8 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2006 (cap. 9 e 10)Leituras para aprofundamento:CASTRO, L. R. deIntroduo: Infncia e Adolescncia hojein Infncia e Adolescncia na Cultura de Consumo. Rio de Janeiro: Editora Nau,1998,p.11 a 20.1. DESENVOLVIMENTO FSICOQuando passamos perto de uma escola de ensino fundamental e os alunos esto no intervalo, podemos observar uma grande quantidade de crianas, de todas as formas e de diferentes tamanhos. Crianas altas, baixas, fortes e magras. possvel constatar que as crianas nesta fase escolar so muito diferentes.Em relao ao desenvolvimento fsico, o corpo cresce continuamente durante os anos escolares e as habilidades motoras melhoram notavelmente. No entanto, esse desenvolvimento acontece de forma menos rpida que nos perodos anteriores. No tocante habilidade motora, na maioria dos casos, os meninos so mais fortes, em parte devido expectativa e experincias culturais.Considerando a questo da habilidade fsica, ela vai se tornando cada mais desenvolvida: as crianas ficam mais fortes, rpidas e bem coordenadas. uma fase em que a criana se torna mais autnoma nas tarefas dirias e se envolve em vrias atividades motoras em funo das melhorias na manuteno do equilbrio, no controle postural, na coordenao e na preciso dos movimentos.O conhecimento dos limites do prprio corpo, ou seja, do esquema corporal vai sendo possvel medida que as crianas experimentam os movimentos e desafiam suas prprias capacidades fsicas.Por volta dos 10 anos, atravs de um treinamento mais especfico, por exemplo, tocar um instrumento musical, a criana pode atingir a um nvel de execuo elevado. A taxa de mortalidade neste perodo a mais baixa de todo ciclo vital, porque a durao de infeces respiratrias e outros problemas tende a diminuir bastante. Por outro lado, a obesidade cada vez mais comum, principalmente nas crianas norte-americanas.A viso aperfeioada e menos de 16% das crianas nessa fase apresentam problemas de viso ou audio.O destaque neste perodo quanto aos acidentes, que acabam sendo a principal causa da morte (casa, automveis, etc.),Geralmente, os meninos so levemente maiores, no incio dessa fase, enquanto que as meninas passam pelo surto do crescimento adolescente, mais cedo e tendem a ser maiores que os meninos, ao final deste perodoNesta direo, os processos biolgicos ligados puberdade (sobretudo, o desenvolvimento das caractersticas sexuais secundrias) podem aparecer nas meninas a partir dos nove anos e para os meninos a partir dos 11 anos.Considerando o exposto, a preocupao ou o cuidado com a nutrio e prtica de esportes adequada relevante nessa faixa etria.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma pesquisa sobre a Sndrome do Fofo, fenmeno presente na terceira infncia e que atualmente uma tendncia mundial, e o Brasil a est acompanhando.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Durante a terceira infncia, o desenvolvimento motor continua o seu processo de aperfeioamento, as capacidades fsicas so testadas e adquirem novas e mltiplas habilidades. Indique a nica afirmaoincorreta:(a) As habilidades que exigem menor destreza e so menos complexas se mostram mais evidentes nas meninas. Isso demonstra que as mulheres so mais propensas a atividades delicadas, pois sua constituio fsica naturalmente mais frgil.(b) As brincadeiras so muito importantes, pois estimulam o desenvolvimento motor.(c) O brincar impetuoso, que envolvem movimentos vigorosos de lutas, chutes e perseguies so tpicos da 3 Infncia, dado as necessidades de experimentaes do corpo em desenvolvimento.(d) As expectativas culturais possuem forte influncia sobre as escolhas das atividades que meninos e meninas fazem, principalmente quando se aproximam da puberdade.(e) O ato de brincar contribui para o desenvolvimento das habilidades motoras, mas essencial tambm para a ampliao das relaes sociais da criana.A alternativa (A) incorreta porque as pesquisas indicam que as meninas so superiores na preciso de movimentos, isto , aqueles que exigem destreza. O fato da concepo de que as mulheres so mais propensas a atividades delicadas, pois sua constituio fsica naturalmente mais frgil, scio-cultural e as pesquisas atuais no corroboram tais vises.2. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO_______________________________________________________________________________Minha filha de 09 anos estuda em um colgio privado, relatou recentemente os incmodos que um coleguinha de classe e do transporte, provoca diariamente. Estou consciente de que este tipo de comportamento muito comum dentro dos colgios. Mas o relato me incomodou muito, pois acredito que esta pratica deve ser coibida de toda forma. Em uma outra situao, dois anos atrs, a coordenadora pedaggica, numa tentativa de minimizar a situao e seus efeitos, tentou me fazer entender que a minha postura que era super- protetora, pois minha criana filha nica. No aceitei claro, pois apesar desta condio, ensino tica e respeito ao prximo, dentro e fora de casa. Estou pensando em orientar a minha filha a gravar estas situaes, e com provas, exigir que o colgio se posicione e no admita esta prtica. Gostaria de saber o seguinte, alm de recorrer ao colgio, por quem mais eu poderia ser assistida neste tipo de situao? Secretaria da Educao? Afinal, pretendo me preparar quanto possibilidade do colgio manter a posio anterior, menosprezando a situao e ainda me dizer, sem rodeios que meu problema era excesso de ansiedade... (depoimento de uma me)

Como nesta fase a vida escolar ocupa o papel central, a criana denominada, muitas vezes, como criana escolar.A criana de sete anos comea a se liberar de seu egocentrismo social e intelectual, o incio da construo lgica, isto , a capacidade da criana de estabelecer relaes que permitam a coordenao de pontos de vista diferentes. No plano cognitivo, isto significa o surgimento de uma nova capacidade intelectual da criana, as operaes, ou seja, ela consegue realizar uma ao fsica ou mental dirigida para um objetivo e revert-la para seu incio. No entanto, esse domnio sobre as operaes s ocorre quando se referem s coisas do seu cotidiano, a partir de objetos reais, concretos.A criana por volta dos 6 7 anos, comea a entender causa e efeito, seriao, incluso de classe, entre outros. Fica mais fcil neste momento, processar mais de uma tarefa por vez.Por volta dos 9 aos 11 anos, sua capacidade de considerar perspectivas mltiplas aumenta, bem como os seus recursos mnemnicos.A interao com amigos estimula o desenvolvimento das habilidades de escrita.Pode-se afirmar que algumas das atuais caractersticas cognitivas das crianas nesta fase so: no confunde seu ponto de vista com o do outro (conexo entre as idias e justificativas); compreende o jogo no sentido coletivo: ser bem sucedido; apresenta o incio de uma reflexo ou discusso interiorizada e uma moral de cooperao e autonomia.No plano afetivo, nesse perodo h a apario de novos sentimentos morais tais como, uma moral autnoma baseada no respeito mtuo, a honestidade, o companheirismo, a justia (fundada na igualdade estrita e que leva mais em conta as intenes e circunstncias de cada um do que a objetividade das aes) e, sobretudo, h uma organizao da vontade, que leva a uma melhor integrao do eu e uma regulao da vida afetiva, levando a criana a balizar, por exemplo, o dever de estudar e a vontade de jogar bola.Com relao linguagem, pode-se observar que a compreenso da sintaxe e da estrutura da sentena torna-se mais sofisticada. A fala privada (egocntrica) tende a diminuir gradativamente.Considerando, portanto, todo esse processo desenvolvimental descrito acima, a criana nesta fase, torna-se capaz de jogar os jogos de regra, consegue compreender e respeitar as regras, como as de um jogo de futebol. A cooperao levou-a a abandonar o seu egocentrismo e, assim, as regras e as normas so concebidas como vlidas e verdadeiras, desde que sejam aceitas e respeitadas por todos.Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Pesquise sobre o Bullying no ensino fundamental, da 6. at a 9. srie. Procure identificar quais so os alunos que mais propensos a praticar e a sofrer Bullying, que aes as escolas tm praticado para enfrent-lo e se essas aes tm sido efetivas.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Quanto forma que a criana pensa, reflita:O desenvolvimento cognitivo neste perodo caracterizado pelo o domnio sobre proposies ou reflexes que se referem s coisas inatuais, antecipaes ingnuas do futuro do mundoPorqueA capacidade de reflexo que se inicia ou a capacidade de considerar os vrios pontos de vista simultaneamente ou, ainda, recuperar o passado e antecipar o futuro so possveis somente a partir das situaes vivenciadas pelas crianas. correto o que se afirma em:a) a primeira afirmao falsa, e a segunda verdadeira.b) a primeira afirmao verdadeira, e a segunda falsa.c) as duas afirmaes so falsas.d) as duas afirmaes so verdadeiras, e a segunda uma justificativa correta da primeira.e) as duas afirmaes so verdadeiras, mas a segunda no uma justificativa correta da primeira.A alternativa correta a letra (A). Justificativa: o domnio sobre proposies e reflexes de questes inatuais e as antecipaes ingnuas so caractersticas da prxima fase, adolescncia. Nesta fase, o pensamento operatrio concreto porque est atrelado prpria realidade, objetos tangveis, representao de uma ao possvel e observao do real.3. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL

Os estudos de CASTRO (1998)em Infncia e Adolescncia na Cultura de Consumo indicam que:- Osmass mediapedagogizam, diferentemente do apelo autoridade e tradio, atravs do apelo ao consumo e do apelo ao arrebatamento pelo olhar.- A nova pedagogia dos meios de comunicao em massa concorrem com a autoridade e experincia de mes e pais.- A maioria das crianas e adolescentes de hoje encontram oportunidades para assistir televiso ou fazer uso da internet, o que indica uma insero em redes simblicas de subordinao cultural.Tais resultados nos levam a pensar sobre o uso das ferramentas tecnolgicas no mundo contemporneo.

O desenvolvimento do eu, nesse perodo, marcado por um auto-conceito cada vez mais abstrato focalizado em qualidades internas do que ligado aparncia externa. A descrio que as crianas fazem das outras pessoas tambm obedecem a essa tendncia. Portanto, os conceitos de si mesmas agora so mias amplos e abrangentes supera a definies prprias de tudo ou nada. As descries mais equilibradas, por exemplo: na escola me sinto inteligente em artes e estudos sociais; mas me sinto burra em cincias.Aparece um juzo global de autovalia, a opinio da criana sobre sua prpria competncia que depender de fatores como:a) de quo competentes se achamb) do apoio social que recebemNeste perodo, as crianas costumam passar menos tempo com os pais; no entanto, esta permanece a relao mais importante. preciso destacar que a cultura influncia nos relacionamentos, nos papis e na importncia da famlia.A criana descobre que a aceitao ou rejeio social depende de suas realizaes. Essas experincias, por sua vez, influenciam a formao do autoconceito.Pais e crianas dividem o poder os pais supervisionam, mas as crianas tomam decises a todo momento, o que se chama de co-regulao. Essa uma etapa transicional. A instalao de um processo cooperativo s tem xito se pais e crianas se comunicarem com clareza.Quanto a fatores como famlia e finanas, pode-se afirmar que a estrutura familiar, a atmosfera econmica, o relacionamento dos pais e seus respectivos trabalhos tm efeitos diretos sobre a criana, podendo gerar um ambiente favorvel ou no.No que diz respeito estrutura familiar, hoje encontramos vrias tipos, entre elas: monoparentais; pais divorciados, pais homossexuais.De acordo com Papalia & Olds e Feldman, as crianas se saem melhor quando so de famlias tradicionais ou intactas, com atmosfera familiar positiva.Quanto aos aspectos scio-econmicos, pode-se salientar que os papis e responsabilidades em sociedades no-industrializadas so mais significativos e mais estruturados durante toda a vida do que nas sociedades industrializadas.As relaes com companheiros e amizades nesta fase, so mais profundas e estveis, refletindo o desenvolvimento emocional e cognitivo. Meninas tm menos amigos, porm mais ntimosO grupo tem diversas funes:a) Funes positivas: desenvolvimento de habilidades sociais - pertencer; fortalecimento do auto-conceito.b) Funes negativas: segregao racial ou tnica que refora o preconceito.c) A popularidade que influencia a auto-estima.d) A segregao por gnero vai se tornando completa.Com relao s brincadeiras, Papalia & Olds e Feldman (2006) afirmam que elas parecem ser universais e, geralmente ocorre uma mudana, dos 7 aos 11 anos, as brincadeiras passam de impetuosas (lutas, golpes, perseguies) para brincadeiras com regras (amarelinha, esconde-esconde e pega-pega)Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos discutidos.2) Faa uma pesquisa sobre a influncia dos jogos e uso da internet no desenvolvimento da terceira infncia. Levante os aspectos positivos e negativos e pense nas provveis maneiras de enfrentamento de algumas das questes negativas encontradas.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:As crianas na terceira infncia ainda necessitam de brincar, pois isto ajuda em seu desenvolvimento fsico, cognitivo e emocional, que, segundo PAPALIA; OLDS & FELDMAN (2006) nesta fase:I- Ocorre a emergncia do senso de identidade e de auto-reconhecimento fsico, bem como se inicia o processo de auto-regulao e as crianas comeam a controlar seu comportamento para conformarem-se com as expectativas externas.II- Se encontra numa etapa transicional de co-regulao; pais e crianas dividem o poder os pais supervisionam, mas as crianas tomam decises a todo momento.III- A criana descobre que a aceitao ou rejeio social depende de suas realizaes. Essas experincias, por sua vez, influenciam a formao do autoconceito.Responda:a) I, II e III esto corretasb) II e III esto corretasc) I e II esto corretasd) Apenas II est corretae) Apenas III est corretaA alternativa correta (B), apenas II e III esto corretas. A alternativa I incorreta porque dia respeito ao processo de auto-regulao que se inicia por volta dos 3 anos, portanto na segunda infncia4. ENFRENTANDO A CRISE: A CONTRIBUIO DE ERIKSON

O que eu vou ser quando crescer?Um programa de uma TV educativa explora a curiosidade das crianas a respeito das profisses.A seguir, alguns dos recados de crianas que assistem ao programa:"eu quero ser veterinria"Bianca, 10 anos(Guarulhos, SP)"eu quero ser mdico "Lucas, 11 anos(Sorocaba, SP)"quando eu crescer quero me formar em medicina..............."Loyane Ohana, 11 anos(Sobradinho, BA)"quando eu crescer eu quero ser professor porque legal "Paulo, 9 anos(Dores do Indai, MG)Nesta fase, a criana nesta fase vive o que Erikson denomina de Competncia (Diligncia) versus Inferioridade. Este o quarto estgio psicossocial e no ambiente escolar que a criana fica mais exposta s novas influncias sociais.Como Freud, Erikson afirma que este perodo emocionalmente silencioso, uma fase em que a criana parece ficar pronta para se dedicar a determinadas tarefas e habilidades e se esfora para dominar os valores de sua cultura. Baseando-se no seu grau de sucesso, as crianas se julgam ativas ou inferiores, ou seja, competentes ou incompetentes, produtivas ou fracassadas, vencedoras ou perdedoras.Portanto,a escola e os esportes so cenrios para a aprendizagem de habilidades intelectuais e motoras, e a interao com os pares proporciona um espao para o desenvolvimento de habilidades sociais. O sucesso nessas iniciativas leva sentimentos de competncia, e segundo Erikson, a virtude desta fase a habilidade. No entanto, algumas crianas so repreendidas, ridicularizadas ou rejeitadas em suas iniciativas e assim, desenvolvem um sentimento de inferioridade, o que as torna incapazes de cumprir as demandas dos prximos estgios de vida.Na escola, a criana comea a se comparar com seus colegas e percebe suas competncias em relao aos outros, esta percepo pode produzir uma queda na sua auto-estima. No decorrer desse estgio, a auto-estima se torna mais diferenciada, quer dizer, as crianas se avaliam em mais aspectos, inclusive em diversos tipos de habilidades acadmicas. nesta perspectiva que surge a curiosidade pelo mundo do trabalho e consequentemente das profisses.As crianas sonham com a profisso que vo seguir no futuro, isso faz parte do imaginrio e dodesenvolvimento infantil.As fantasias, os modelos aprendidos na mdia, a profisso dos pais e de outras pessoas que elas admiram, inspiram seus imaginrios.

Atividades recomendadas:1) Faa uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando osprincipais aspectos referentes terceira infncia.2) Levante informaes por meios tradicionais ou eletrnicos sobre programas de televiso e revistas de grande circulao que discutam a questo da criana e sua curiosidade pelas profisses.3)Reflita no exemplo de exerccio a seguir:Refletindo sobre a terceira crise da infncia, segundo Erik Erikson:I-Por volta dos seis anos, tem incio a construo da identidade, sendo comum uma confuso de papis. Questes como:O que sou?O que serei? Sou igual aos meus pais?so levantadas e, somente quando forem respondidas, ter sido superada esta crise do ego.II-Neste perodo, a criana aprende mais sobre as normas sociais e o que os adultos valorizam. Logo, as tarefas realizadas de maneira satisfatria remetem idia de perseverana, recompensa longo prazo e competncia no trabalho.III-Surge o interesse pelas profisses e a criana comea a imitar papis numa perspectiva imatura, mas em evoluo, de futuro. Por isso, pais e professores devem estimular a representao social da criana a fim de valorizar e enriquecer sua personalidade, alm de facilitar suas relaes sociais.Responda:a)I e III esto corretasb)II e III esto corretasc)I e III esto corretasd)Apenas I est corretae)Apenas II est corretaA alternativa correta a letra (B). A alternativa I incorreta porque a construo da identidade, e os seus respectivos questionamentos (quem sou? o que sou?) so pertinentes adolescncia, que segundo Erikson pressupe a crise Identidade x Confuso de Papis, o que leva a construo da identidade adolescente.Leituras Obrigatrias:PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN, R. D.Habilidades Motorasin Desenvolvimento Humano. 8 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2006 (cap. 9 e 10)Leituras para aprofundamento:CASTRO, L. R. deIntroduo: Infncia e Adolescncia hojein Infncia e Adolescncia na Cultura de Consumo. Rio de Janeiro: Editora Nau,1998,p.11 a 20.1. DESENVOLVIMENTO FSICOQuando passamos perto de uma escola de ensino fundamental e os alunos esto no intervalo, podemos observar uma grande quantidade de crianas, de todas as formas e de diferentes tamanhos. Crianas altas, baixas, fortes e magras. possvel constatar que as crianas nesta fase escolar so muito diferentes.Em relao ao desenvolvimento fsico, o corpo cresce continuamente durante os anos escolares e as habilidades motoras melhoram notavelmente. No entanto, esse desenvolvimento acontece de forma menos rpida que nos perodos anteriores. No tocante habilidade motora, na maioria dos casos, os meninos so mais fortes, em parte devido expectativa e experincias culturais.Considerando a questo da habilidade fsica, ela vai se tornando cada mais desenvolvida: as crianas ficam mais fortes, rpidas e bem coordenadas. uma fase em que a criana se torna mais autnoma nas tarefas dirias e se envolve em vrias atividades motoras em funo das melhorias na manuteno do equilbrio, no controle postural, na coordenao e na preciso dos movimentos.O conhecimento dos limites do prprio corpo, ou seja, do esquema corporal vai sendo possvel medida que as crianas experimentam os movimentos e desafiam suas prprias capacidades fsicas.Por volta dos 10 anos, atravs de um treinamento mais especfico, por exemplo, tocar um instrumento musical, a criana pode atingir a um nvel de execuo elevado. A taxa de mortalidade neste perodo a mais baixa de todo ciclo vital, porque a durao de infeces respiratrias e outros problemas tende a diminuir bastante. Por outro lado, a obesidade cada vez mais comum, principalmente nas crianas norte-americanas.A viso aperfeioada e menos de 16% das crianas nessa fase apresentam problemas de viso ou audio.O destaque neste perodo quanto aos acidentes, que acabam sendo a principal causa da morte (casa, automveis, etc.),Geralmente, os meninos so levemente maiores, no incio dessa fase, enquanto que as meninas passam pelo surto do crescimento adolescente, mais cedo e tendem a ser maiores que os meninos, ao final deste perodoNesta direo, os processos biolgicos ligados puberdade (sobretudo, o desenvolvimento das caractersticas sexuais secundrias) podem aparecer nas meninas a partir dos nove anos e para os meninos a partir dos 11 anos.Considerando o exposto, a preocupao ou o cuidado com a nutrio e prti