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1 CONTRATAÇÃO COLECTIVA TABELAS PRÁTICAS de ENQUADRAMENTO LEGAL Sofia Mendes Pereira Março de 2013

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CONTRATAÇÃO COLECTIVA TABELAS PRÁTICAS de ENQUADRAMENTO LEGAL

Sofia Mendes Pereira Março de 2013

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Autoria: Sofia Mendes Pereira

Edição e Comercialização: Justic – Unipessoal Lda.

Versão para Ebook: Justic – Unipessoal Lda.

Este ebook foi licenciado para uso pessoal e exclusivo de membros registados no Portalforense (registo activo)

Autoriza-se a cópia e impressão deste ficheiro apenas para uso pessoal.

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prévia autorização do Autor. Este texto tem carácter meramente informativo. Não nos responsabilizamos por

qualquer erro, lapso de escrita ou decorrente da passagem de scanner, digitalização e compilação dos diversos

diplomas, não dispensando a consulta dos diplomas originais, conforme publicados no Diário da República.

© 2013 – Sofia Mendes Pereira

© 2013 Justic - Unipessoal Lda.

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CONTRATAÇÃO COLECTIVA - TABELAS PRÁTICAS

Para a análise de situações concretas das relações de trabalho, para a própria

redacção dos contratos de trabalho, é imprescindível sabermos qual o instrumento

de regulamentação colectiva aplicável aos diversos sectores de actividade (cfr.

artigo 106.º n.º 3 alínea l) do Código do Trabalho), o que o site do BTE ainda não

facilita.

Estando prevista para 20141 a melhoria e alteração das bases de dados do Boletim

de Trabalho e Emprego (cfr. site http://bte.gep.mtss.gov.pt/), que possibilitará,

como se espera, a construção de uma base de dados única sobre contratação

colectiva, é oportuna a partilha de informação sobre esta área do Direito Laboral.

Pretendemos desta forma partilhar com juristas e profissionais do Direito tabelas

práticas de uma parcela do Direito Laboral Colectivo, porquanto facilita a

compreensão do contexto daquelas bases de dados.

Fonte da imagem: http://saudeeprevidencia.blogspot.pt

Ainda que a alteração ao Código do Trabalho operada pela Lei 23/2012 tenha

suspendido, até 31 Julho 2014 (cfr. artigo 7.º n.º 3 da L23/2012), as disposições da

regulamentação colectiva sobre férias, feriados, pagamento de trabalho

suplementar ou indemnizações por despedimento, outras matérias prevalecem.

Fazemos votos que este conteúdo seja útil.

1

no âmbito da Agenda Portugal Digital (Resolução C.M. n.º 112/2012 de 31 Dezembro, ponto 3.5.19., pág. 7316 DR n.º 252).

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CONTRATAÇÃO COLECTIVA versus NEGOCIAÇÃO COLECTIVA

INTERVENIENTES

TIPO DE NEGOCIAÇÃO

Objectivo

contratação colectiva entidades empregadoras + associações sindicais celebração de um acordo colectivo de trabalho onde são regulados diversos aspectos da relação laboral

(em representação dos trabalhadores nelas filiados) Características:

- as partes encontram-se num plano de igualdade

- não pode qualquer das partes impor a sua pretensão à outra

- ao Estado compete promover a contratação colectiva, de modo que os regimes previstos em acordos

colectivos de trabalho sejam aplicáveis ao maior número de trabalhadores e entidades empregadoras públicas

negociação colectiva governo + sindicatos Objectivo

regulação do meio laboral

Características:

- actividade normativa do Governo

- negociação de diplomas ou de matérias que deles devam constar

- sindicatos pronunciam-se sobre o conteúdo das medidas, fazendo as reivindicações que consideram justas

- a decisão final compete sempre ao Governo

- na ausência de concordância, o Gov. pode impor unilateralmente a posição que considerar mais adequada

Fonte: http://www.dgaep.gov.pt

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INSTRUMENTOS DE REGULAMENTAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO BASE LEGAL

Base Legal: Código do Trabalho regime geral

Negociais CONVENÇÃO COLECTIVA

e/ou

2.º, 485.º a 503.º

C.T.

Voluntários

celebrada entre associação sindical + empregador para uma empresa ou estabelecimento = ACORDO DE EMPRESA

Base Legal: artigo 2.º n.º 3 + pluralidade de empregadores para diferentes empresas = ACORDO COLECTIVO

do Código do Trabalho

+ associação de empregadores = CONTRATO COLECTIVO

DECISÃO ARBITRAL em processo

submeter a resolução de questões laborais resultantes de

506.º, 507.º C.T.

de ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA

interpretação,

integração,

celebração ou

revisão

de convenções colectivas à apreciação dos árbitros designados pelas partes.

ACORDO DE ADESÃO

iniciativa de sujeito colectivo não participante no processo negocial

504.º C.T.

(associação sindical,

empregador ou

associação de empregadores)

de aderir

à convenção colectiva

ou à decisão arbitral

já em vigor para outras entidades.

cfr. também

PORTARIA DE EXTENSÃO

acto Governo de aplicação de CONVENÇÃO COLECTIVA ou DECISÃO ARBITRAL a

Resolução CM 90/2012 514.º C.T.

NÃO

empregadores e trabalhadores integrados no âmbito do sector de actividade e profissional de 31 Outubro

Negociais

acto Governo de aplicação de CONVENÇÃO COLECTIVA ou DECISÃO ARBITRAL a

PORTARIA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

empregadores e trabalhadores integrados no âmbito do sector de actividade e profissional qd:

517.º C.T.

-não exista associação sindical ou de empregadores

- surjam circunstâncias sociais e económicas que justifiquem extensão

- não exista IRCT negocial

DECISÃO ARBITRAL em processo

de ARBITRAGEM OBRIGATÓRIA situações de conflito resultante de celebração de convenção colectiva 508.º C.T.

OU NECESSÁRIA situações de caducidade convenções colectivas e ausência novas convenções 510.º C.T.

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INSTRUMENTOS DE REGULAMENTAÇÃO COLECTIVA DE TRABALHO no regime de contrato de trabalho de FUNÇÕES PÚBLICAS

Base legal: Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro

Negociais ACORDO COLECTIVO DE TRABALHO Acordo colectivo de carreira artigo 2.º n.º 3 a)

artigo 2.º 346.º ss da Lei 59/2008 Acordo colectivo de entidade empregadora pública artigo 2.º n.º 3 b)

n.º 2

da Lei 59/2008 (RCTFP) Decisão Arbitragem Voluntária artigo 2.º n.º 2

DECISÃO ARBITRAL em processo

submeter a resolução de questões laborais resultantes de

de ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA

interpretação,

integração,

371.º

celebração ou

revisão

de um acordo colectivo de trabalho à apreciação dos árbitros

designados pelas partes.

ACORDO DE ADESÃO

iniciativa de sujeito colectivo não participante no processo negocial

(associação sindical,

370.º

e/ou

entidade empregadora pública)

de aderir

a acordos colectivos de trabalho já em vigor

ou a decisões arbitrais em vigor

REGULAMENTO DE EXTENSÃO

acto Governo (área Finanças e Administração Pública) de estender o âmbito de aplicação

dos ACORDOS COLECTIVOS DE TRABALHO ou DECISÕES ARBITRAIS em vigor

NÃO 378.º

(...)estando em causa circunstâncias sociais e económicas que fundamentadamente a justifiquem

Negociais

e após esgotadas todas as diligências legalmente previstas para a celebração de instrumentos

de regulamentação colectiva negociais" artigo 380.º

artigo 2.º

n.º 4 DECISÃO ARBITRAL em processo

quando não há acordo na negociação de acordo colectivo de trabalho da Lei 59/2008

(RCTFP) de ARBITRAGEM NECESSÁRIA

374.º

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