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MIRIAM BORGES XAVIER
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO
FITOPLANCTON NA REPRESA BILLINGS - SÃO PAULO
Dissertação apresentada a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Departamento de Saúde Ambiental, para a obtenção do título de MESTRE EM SAÚDE PÚBltCA
SAO PAULO
A C R A D E C I M E N T O S
Ao P~of. D~. Ca~los Celso do Amaral e Silva peta
orientação.
Ao Prof. D~. Aristides Almeida Rocha pelo incenti
vo e apoio constantes.
Ao Prof. Dr. Samuel Murgel Branco peta solicitude
ami g a e sugestões valiosas.
Ao Instituto de Pesca velas facilidades concedidas.
À Dra. Maria Amália Basile Martins pelas valiosas
opo~tunidades concedidas, o aue tornou posslvel a ezecuçao
desse trabalho.
Aos demais colegas e amigos do Instituto de Pesca,
Ma~ia Helena Maier, Ricardo José Trevisan, Mithine Takino
Suzana Sendacz, Marcia Navarro Cipólti, Maria Antunes, Ma~
tiniana Vieira da Silva, Flávio Lona, Luiz Pires Fujiara,
Adalberto José Monteiro JÚnior e Edson Kubo, por me ajuda
rem de diferentes formas quando se fez necessário.
À Dra. Célia Romano Leite Sant'An~~0 Dr. Carlos Edu
ardo de Mattos Bicudo, 4 Prof. Laine Sormus, pelo auz~tio
prestado na identificação de algas bem como peta leitura
crltica dos manuscritos e sugestões apresentadas.
À Prof. Dra. Helena Apparecida dos Santos Lima Pe
reira pelo apoio e est{muZo.
À Prof. Dra. Miriam Bertha Burda Kutner peta cola
boração prestada na identificação das diatomáceas.
À bibliotecária Daisy Pires Noronha, peta padroni
zaçao das ~eferências bibliográficas.
Á Sra. Yolanda Cusin Castagna~ Astrid Maria Gomes
dos Reis e Olga Maria Marcelino pela cobertura à nan
quim das ilustrações.
Á Sra. Adelaide Rosas Forte pela colaboração pre~
tada.
À CAPES~ Coordenação do Aperfeiçoamento de
soal de N{vel Superior pelos subs{dios concedidos
a elaboração do presente trabalho.
Pes
para
À Maria Augusta~ sempre companheira e amiga a
quem dedico este trabalho.
A todos aqueles que~ mesmo em pensamento ansiaram
para que esta jornada fosse cumprida.
! N D I C E
1. INTRODUÇÃO .............................. 2. MATERIAL E ~TODOS ......................
2.1 Caracterização da área estudada .....
2.2 Demarcação dos pontos de amostragem .
2 . 3 C 1 i ma •.••••••.•.•..•••.•••••••.•..•.
2.4 Atividades de Campo ................ .
2.4.1 Amostragem ................... .
2.4.2 Temperatura e Transparência ...
2.5 Atividades de 1aborat6rio ...•..•...•
2.5.1 Variáveis físicas da água .....
2.5.2 Variáveis quÍmicas da água ...•
2.5.3 Variáveis biol6gicas da água ..
3. RESULTADOS
2.5.3.1 Determinação qualitati
va do fitoplâncton ....•
2.5.3.2 Determinações quantita-
ti v as .•......••.•••..•.
.............................. 4. DISCUSSÃO .............................. .
4.1 Fi top lâncton ....................... .
4.2 Características físicas ....••..•..•.
4.2.1 Radiação solar, insolação e te~
peratura
4.2.2 Cor, Turbidez e Transparência .
4. 3 Características quÍmicas ........... .
.. pag.
1
10
10
10
12
13
13
14
14
15
15
16
16
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19
27
27
49
49
57
62
4.3.1 Condutividade elétrica . . . . . . . . . . . 4.3.2 pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4.3.3 Nutrientes (fosfato, amonia, nitri
to, nitrato e sÍlica) •••••• . . . . 4.3.4 Gases (oxigênio dissolvido e oxig~
nio consumido) ................... S. CONCLUSOES E SUGESTOES ..................... 6. REFE~NCIA BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7. PRANCHAS (1- 26) ......................... .. 14 3
Tab. 1 ........................................ Tab. 2 ........................................ Tab. 3 ........................................ Tab. 4 ........................................ Tab. 5 ........................................ Tab. 6 ........................................ Tab. 7 ........................................ Tab. 8 ........................................ Tab. 9 ........................................ Tab. 10 ....................................... Tab. 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tab. 12 ....................................... Tab. 13 ....................................... Tab. 14 .......................................
62
64
67
82
90
95
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113
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116
117
117
118
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120
121
122
123
124
125
f N D I C E D E F I G U R A S
"" pag.
Fig. 1 . ........................................ . 126
Fi g. 2 .......................................... 12 7
Fig. 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Fig. 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Fig. 5 .......................................... 130
Fig. 6 .......................................... 131
Fig. 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Fig. 8 .......................................... 133
Fig. 9 .......................................... 134
Fig. 10 ......................................... 135
Fig. 11 ......................................... 135
Fig. 12 . ....................................... . 136
Fig. 13 ......................................... 137
Fig. 14 . ....................................... . 138
Fi g. 15 . ....................................... . 139
Fig. 16 ......................................... 140
Fig. 17 . ................................... ~ ... . 141
Fig. 18 . . . . . . . . . . . ............................. . 142
R E S U M O
Coletas de amostras de água para o estudo do
fitoplâncton foram feitas, quinzenalmente, de outubro de
1977 a setembro de 1978, na Represa Billings, em São Bernar i -do do Campo, Estado de Sao Paulo. Foram amostrados dois lo
cais- estação 1, no braço do Rio Gr~nde e estação 2, no
braço do Rio Pequeno. Procurou-se efetuar um estudo sazonal
característico de clima tropical e subtropical ao abranger
períodos consecutivos de chuva e estiagem.
A distribuição do ''standing-stock" do fito
plâncton foi feita por contagem de organismos em UPA/ml e
por determinação da clorofila a. Procurou-se relacionar os
resultados obtidos referentes ao fitoplâncton com as variá
veis fÍsicas e quÍmicas estudadas, quais sejam: temperatu
ra, cor, turbidez, transparência, condutividade elétrica,
pH, oxigênio dissolvido, oxigênio consumido, amônia, nitri
to:'~~fato e sÍlica.
O máximo quantitativo da população fitoplanf
tônica foi encontrado no período de estiagem. Qualitativa
mente, foi obtido no período de chuva.
Geralmente, predominaram Mougeotia sp. (Chlo
rophyceae) na estação 1 e Microcystis aeruginosa (Cyanophr
ceae) na estação 2, ambas apresentaram variação sazonal a
centuada, o que nao aconteceu com as Euglenophyceae, as
Chrysophyceae e as Dinophyceae.
A temperatura influe~ncia a distribuição qua!!
titativa do fitoplâncton; quando foram registradas tempera
turas altas a abundância de fitoplâ.ncton foÍ menor.
Nas estações estudadas, os teores de amônia
e nitrato apresentaram variação sazonal acentuada, sendo
máximos no período de estiagem. Portanto, houve coinci
d~ncia no desenvolvimento quantitativo do fitoplâncton e
nutrientes (amônia e nitrato).
Houve uma correspondência evidente entre
os picos de oxigênio dissolvido e a porcentagem de satura
çao desse gás na água com o pico de fitoplâncton total, ~
videnciando a contribuição de oxigênio pela fotossíntese.
Os dados obtidos referentes ao "standing
stock" de fi toplâncton (clorofia ! e contagem de organis
mos), nutrientes (amônia e nitrato) e oxigênio consumido in
dicam que a Represa Billings constitui um ambiente eutrÕfi
co.
S U M M A R Y
Phytoplankton samples were collected every
two weeks at two stations for a period of one year (Oct.,
1977 - Sept., 1978). The station 1 is located at Rio Gran
de and station 2 at Rio Pequeno in the Billings Reservoir,
São Bernardo do Campo, State of São Paulo.
The standing stock of the phytoplankton was
determined by organisms counting and chlorophyll-a deter
mination. An attempt was made to correlate phytoplankton
with environmental factors, such as: tide, temperature, c~
lor, turbidity, water transparence, electric condutivity,
pH, dissolved oxygen, consumed oxygen, ammonia, nitrits,
nitrates, phosphates and sílica.
The phytoplankton consisted mainly of Mou
geotia sp. (Chlorophyceae) at station 1 and Microcytis ae
ruginosa (Cyanophyceae) at station 2. Both groups showed
a marked seasonal variation, but Euglenophyceae, Chrysophy
ceae, and Dinophyceae did not show this pattern.
The maximum of phytoplankton was recordeddu
ring the draught season. Qualitatively, however, the phy
toplankton maximum was recorded during the rainy season.
It was also noted an influence of the tempe
rature over the quantitative distribution of the phytoplan~
ton; at high temperatures the phytoplankton abundance was
less significant.
The ammonia and nitrat~ concentrations also
showed a marked seasonal variation, their peaks attained
during the drought period. Therefore, there was a coinci-
dence in the quantitative development of phytoplankton and
the amount of nutrients (ammonia and nitrates).
The peaks of the dissolv~d oxygen content of
the water, and of the oxygen saturation val~es were very
much related to the phytoplankton peak, showing the oxygen
contribution by photosinthesis.
The data obtained which refer to the standing
stock of phytoplankton (chlorophyll-a and organism counting),
nutrients (ammonia and nitrate) and the consumed oxygen in
dicate that the Billings Reservoir constitutes an eutrophic
environment.
1. I N T P O D U rà 0
Em razao da crescente expansao demográfica
mundial, vem ocorrendo un aumento progressivo na demanda de
água, nrincipalmente nara fins energéticos e de abastecimen
to pÚhlico, acarretando, assim, um incremento na construção
de grandes reservatórios. Entretanto, sendo ambientes cie~
tificamente pouco estudados, requerem pesquisas limnolÓgi
cas, que forneçam elementos necessários ã sua exploração e
controle racionais.
Estudos de ecossistemas lacustres, tais como
lagos e reservatórios de regiões tropicais e subtropicais,
são de grande importância do nonto de vista básico e aplic!
do.
UJ'Ila vez oue o objetivo da linmologia é, se-
gundo KLEEREKOPER (1944), o estudo da correlação e dependê~
cia existentes entre os organismos aquáticos, fazem-se nec~s
sárias investigações aue contribuam para os conhecimentos
básicos sobre vários aspectos da limnologia.
Assim, en lagos africanos. estudos básicos
sobre fÍsico-quÍmica da água, produção primária e "standing
-stock" do fitoplâncton vêm sendo desenvolvidos, entre ou~úr
tros ./ TALLING (1965, 1966), BHRGIS e colah. (1972), GA!\F
(1972), HICKEL (1973) e AKIYAHA e colab. (1977).
Em lagos da Nova Zelândia foram estudadas va
ri ações sazonais do fi tonlâncton ~or CASSIE (1969) , que es
tudou e comparou as esnécies de algas encontradas no lar.o
Rotorua, ambiente eutrófico, co~ as de outros lagos, como
2
por exemplo, P.otoiti e Ohakuri: BURNS & MITCHEL (19"'·n co!!!_
~l~dr~Mas características da associação algal com o grau de
trofisMo dos la~os Payes e Johnson; GREEN (197fí) estudou
as variações sazonais do fitoplâncton sob o ponto de vis-
ta oualitativo e Quantitativo.
Na India9 JANA (1973) estudou a variação sa
zonal do fitoplâncton de reservatórios, de acordo com as
estações tínicas de clima tropical, verão e chuvas, inver-
no e estia~em. Relacionou ainda, estes dados, com caract~
rfsticas fÍsicas (teNreratura e turbidez) e quÍmicas (oxi
gênio, nP. alcalinidade e nutrientes). ( L'/_-i,L)
Na Argentina, OLIVE~1realizou um trabalho
limnolÓgico sohre a distribuição horizontal do fitoplânc
ton de Laguna Salada Grande associando estes dados com as
alterações ohservadas na temperatura, vento, pH e alcalini
dade. Em outros lagos localizados em Buenos Aires, GUARRE
RA (1962, 196R) também realizou estudos limnolÕgicos so
bre as variações qualitativas e quantitativas do fitonlânc ..,c:J.~ t::aJ
ton relacionando com a transparência .-turbidez e o pP da .. agua.
~o Brasil, segundo MAIER (1977). existe ca
rência de informações científicas básicas sobre fatores de
terminantes da qualidade das águas naturais, o que dificu!
ta uma adequada proteção da flora e fauna aquáticas. Tal !
firmativa é, ainda, corroborada nelo levantamento biblio
gráfico das ~esouisas limnolÓgicas realizadas em regiões
de clima tropical e subtropical, feito nor Tt~DISI (1976),
onde fica demonstrada a e.scassez desses estudos.
Segundo KLEEREKOPER (1944) • r.rande imnulso
aos estudos limnolÓgicos foi dado pela anti~a Renartição
3
de .. ~r,uas e Esr.otos de São 'Paulo (RAE). Entretanto, a pri
Meira instituição científica no pa{s, que real1zou estudos
limnolÓgicos, foi o !'cnartamento de Botânica da llniversida
de de São Paulo, co~ o Pr. Felix Rawitscher.
Tra~alhos ~ioneiros e preliminares sohre
limnologia das águas da Grande São Paulo foram realizados
ror Potel, na primeira década do século, com apresentação
à ~epartição de ~guas e F.sgotos de São Paulo (RAE), de re
latórios sohre estudos de hidrobiologia aplicados ã Saúde
PÚblica.
WRií.HT (1<136) estudou aspectos fÍsico-quÍmi_
cos e procedeu a observacões do plâncton das áruas do Est!
do de São Paulo no Peservatório do Rio Grande (Represa Bil
lings), na Represa ~e Santo A~aro (C~arapiranga) e em a
guas próximas a Amparo e CaMpinas.
KLFEREKrPER (1939) estudou características
fÍsicas, quÍ~icas e biolÓgicas da Represa de Santo Amaro
(Guarapiranga, Estado de São Paulo). Por sinal, esta foi
a primeira represa de clima subtropical a ser estudada me
todicamente, durante dois anos.
Desde 1958, BRANCO (1958, 1959, 1960, 1961.
1963, 1~65. 1967, 1970, 1971, 1972, 1973) vem desenvolven
do estudos de hidrobiologia sanitária relacionando o fito
plâncton às características físicas e químicas da água co
mo, por exemplo, a produção de odor e sabor ea águas desti
nadas ao abastecimento, a proliferação de algas em filtros
utilizados no tratamento de água potável e a oxigenação em
lagoas de estabilização de esgotos.
BRANCO (1964) discute, estudando microrga
nismos flagelados, a poluição como um fenômeno ecolÓgico.
4
Analisou a interferência de despejos que, podem introduzidos
em grande ouantidade no curso de água, modificar suas carac
terísticas e levar a alterações ecolÓgicas. Estas determi-
nam a substituição da fauna e da flora primitivas por outras
que poderão ser tomadas como indicadoras da nova condição.
Outros trabalhos limnolÓgicos aplicados ao
saneamento foraM desenvolvidos por ROCHA (1972) na Represa
de Americana, Estado de São Paulo, a qual constitui um ambi
ente poluÍdo em conse0.Uência de despejos de resíduos indus
triais e esgotos domésticos. ROCHA (1976) estudou também a
Represa de Guarapiranga ahordando aspectos sanitários e a
variação de gnmos de macroinvertebrados-bentônicos, e disc~
tindo as influências de fatores ambientais sobre o bióto~o.
Verificadas as limitaç6es da fauna e flora aquáticas. neste
mesmo estudo é feito um levantamento bibliográfico das nes
quisas lirnnolÓ~icas já realizadas no Brasil. Maior ênfase é
dada ao Estado de São Paulo, inclusive ã Renresa Billin~s.
REAL & AGUIAR (1972) estudaram diatomáceas du.!_
ci-aqUÍcolas no Rio C.rande do Sul, sob o ponto de vista oua
litativo, ecolÓgico e de interesse sanitário, a fim de fome
cer conhecimentos básicos oue auxiliassem a pesca e a pisei-
cultura.
~~DAGLIA e colab. (1974) utilizaram bactérias
e diatomáceas corno in0ic~dores biolÓgicos de poluição da -a-
gua do Arroio DilÚvio, eM Porto Alegre, Estado do Rio Gr~nde
do Sul, e verificaram QUe é valida a utilizacão desses micror
r, anisrnos associados para a constatação cas condições ecolór-i
case de poluição num curso d'água. Aconselharam o ernpregc
dessa técnica devendo-se, porém, adequá-la às condições re-
gionais.
5
A: E \'E no e c o 1 a b . (19 6 5 , 1 9 6 7) n r c c de r am a
estudos limnolÓgicos da Represa do Rio das Pedras. com a
finalidade de determinar a nrodutividade nacuele reservató
rio.
Desde 1971, TlJ!'\DISI e colah. (1972) vêm de-
senvolvendo estudos linnolÓgicos na Represa do Broa (ou do
Lobo), Estado de São Paulo.
MARINS (1972, 1975) realizou estudos auto-~
colÓgicos da diatomácea MeZosira italiaa (Fhr.) Ktitz. na
Represa do Broa, envolvendo distribuição, "standin1;-stock"
e variação sazonal.
Tll~niSI ft HINO (1977) publicaram um atlas
do fi toplâncton, da Represa do Broa onde apresentaram inf~r
mação taxonômica, discutem a metodologia e descrevew. as téc
nicas utilizadas na pesquisa ecolÓgica do fitoplâncton.
Outros estudos de variações sazonais da pr~
dução nrimária do fi toplâncton, do ''standing-stock" e de
fatores ecolÓgicos no ecossistema lacustre (Represa do
Broa) foram realizados por TlTNDISI (1977), aue considerou
este ambiente estável e ainda não noluÍdo. Propôs auais
as nrincinais direçÕes do fluxo de energia nesse ambiente
e considerou o nanoplâncton corno o principal nrodutor pri-
- . mar1o no ecossistema.
Na Renresa de Ponte Nova, em Salesónolis,
Estado de São Paulo, BASILE 0 CIPCLI (1977) realizaram es-
tudos qualitativose auantitativossobre o fitonlânton.
PENRY (1977) citou no estudo sobre o ciclo
sazonal e as variações diurnas de fatores fÍs1cos e quÍmi-
cos da água, os nrincinais grunos de fitonlâncton e verifi
cou a aualidade sanitária da água da Renresa do Pio Pardo,
6
em Botucatu, Estado de São Paulo.
Ouanto à fiscalização e controle de oualida
de de água, pode ser mencionada, em São Paulo, a atuação
da CETESR (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento
Ambiental), oue é o orgão responsável nelo estudo dos pro
blemas de poluição e contaminação ambiental, e de água de
abastecimento. Foi, ainda, criada a Comissão Especial do
Alto Tiet~. pelo Ministério de Minas e Energia, que visa a
melhoria das condições sanitárias de sistemas hfclricos da
bacia do Alto Tiet~. Em imbito federal, a SEMA (Secretaria
Esnecial do Meio Ambiente) estabelece as diretrizes nara a
defesa do ambiente.
Conhecendo-se a comnosição do meio aouático
biÓtico e abiÓtico, é nossível apreciar a maneir a nel a qual
o meio pode interferir na vida dos organismos, através do
aumento ou limitação dos elementos que lhes são indispens~
veis e da influ~ncia que os organismos exercem sobre esse
mesmo ambiente. Das enormes dificuldades encontradas na
obtenção desses dados, resulta uma grande escassez de infor
mações sobre alras de água doce~ o aue, até ho j e, vem difi
cultando a elaboração de estudos ecolópicos mais completos.
A bibliografia refere-se nrincipalmente a aspectos narticu
lares da ecologia de algumas al r, as (B~~NCO, 1962).
Fstudos de Ruttner, citados por KLEEREKOPER
(1939), nas !ndias ~olandesas, evidenciam que os cr i térios
da limnologia moderna são ouase que inteiramente baseados
em observacões realizadas em zonas frias e temneradas, as
quais apresentam as estações do ano hem definidas. Para
que esses critérios seja~ anlicáveis às zonas tronicais,
cujas estações do ano não são perfeitamente delimitadas,
7
necessitariam sofrer uma nrofunda revisão, baseac 1 3 en obser
vacões locais nrolonradas e nrecisas.
KLEEPEKOPER (1939) demonstra aue muitos dos
imnortantes fatores ecolÓ~icos em lagos de clima tronical
são fundamentalmente diferentes daaueles cue caracterizam
lagos temnerados. As causas dessa diversidade são de cri-
gem rep,ional, climática e edáfica. O conjunto de todos os
fatores rerionais e locais determina as condições ecolÓgi
cas do amhiente, aue é comnosto de inúmeros elementos físi-
cos, ~uímicos e biolÓgicos, imnrimindo-lhe caráter nróprio.
O estudo da ecologia de águas é fundamntal,
pois o seu conhecimento nermitirá, além do uso adequado das
bacias hidrográficas, a realização de urna piscicultura in-
tensiva e necessária à obtenção de nroteína anima] acessí-
vel à ponulação.
As características básicas da água sao idên-~
ticas, tanto nara aruas correntes quanto nara lap,os e reser
vatórios; entretanto, rios e riachos são sistemas abertos,
onde os organismos utilizam nutrientes aue aí estão em trã~
sito, pois seu temno de residência é relativamente curto,
enquanto aue lagos e reservatórios são sistemas fechados,
onde os nutrientes nodem ser reciclados e utilizados várias
vezes pelos organismos aouáticos. ~
0 renresamento das aguas de uma hacia hidro-
gráfica acarreta modificacões no ambiente, nois, nrovoca al
terações na correnteza da água, no transporte de sÓlidos em
suspensão, na qualidade e quantidade de fauna e flora aauá
ticas, na capacidade diluidora do corno d'áp,ua, na temnera-
tura e potencial de evanoraçao da agua, nas condições atmo~
féricas e, em casos de grandes reservatórios, nodem chegar
8
a pro?OCar abalos sísaicos.
A c:oast1'UÇio · 4e rn~s ln-a JMt! . outro la . !!.\ \
do, progTeSSO Âl regiõe~ c:freunri&iBJtas r"op.-ci-.-clo-lhe:
eDer,ia elétTica, água ,otáwl • ãe:.~ ,· i~pçie ••rícola,
reaeraçã-o e nplari zação da vazão de rios. o tt• possibi 1~
ta o coat.YO-le das enchentes (~ & JIIDOt.A. 1977).
~ ~eral, é aos pafses •• de.nvolYi\nto
ctue se enc:eatTa resei'Yatórios arti fiei a-is cte -i•r porte t
• e• maior aü.ero tTt?NDtSI. 1977).
Atul..-at•, ltá no l•'tado de Sio Paulo vint•
e sete graftdes re-presas, além de -.~os rese~Órios de
menor ,orte (MACM~. 197~. 1977).
A Grande São Paulo COftta. ~r eU~~plo, et1
seu sisteaa de abastecimento, c011 as setaintes JT&ades re
presas: o la,o Gll&ra-oi ranga, o sis~e•a elo Alto Cotia, a
sistftle at11al ela Catareira e ·a bp~a Bill.iaes. sea&o que
esta Úl tiaa é e.bjeto do ~resente estlldo.
~ um fato bastate dif1aüclo e _.., pol' i
números autoTes que a uâl i se de lHlTDeti'OS · ~ ~ qatai -C:OS ele - det~ado lecal reflK• _,.EIS O Ui ..... co-
le-ta, etaqUaato qM ~ara..tros bi•~ .. ..,.,, ... _. st,
utória de fatiJres aabiea~is 'P~ • t . ,,.. paa.-.tos·.
S..Sa ceftsi4eTaçã. ..- a .- ct... ~._ i11p0:r-. .
tâacia. priad.p.blent.e .. ~uaaclo se ~ ele esbado que se
Mlaci..ane a CO... de á~Q& ~
caso da Repres.a li 11 iat1S •
o
Seado •~ ea.r.acterísoticas aqaittcas diYersi f! cadas. • ~ .aaiui.s e nptais qae riwna...,e Mlo
eaaat.na • cad.ições ao111ais , a*ieaa. • supra. suas
en&âci·• ~icas e r.u.tri-., . c.- espicie ..
9
As relaç6es entre os or~anisrnos e c me1o a
~ uático c as inter-relac6es entre as várias esnécies sao
r c snonsá\·eis nela f'ualidace do nlâncton nue se encontra er.1
la;os ou resen·atÓrios, i CP1 COJTlO nela nrescnca da - . \'8 r1 OS
:ines de '10nulé~ c 6c s , n ue se sucede m, ao lonp.o do te r no. E-
xi stc, no '..-:, .:1l ér (~e ur a c1 istri h uicão geográfica rc ÇJ_i onal
c ur1 a local, t:u·,hém u1:1a (•istrihuicão eJ11 diferentes epocas
~o ano ou durante as cstaç6es do ano.
A im~ortância da variação sazonal do fito
nlâncton já foi salientada nor vários autores que se dedi-
cam à r>esquisa de ecolop,ia aquática, tais como: HUTCPI~SO!\
(1944), LUND (1954, 1955, 1964) e SKULBERG (1964) en re
giões de clima temnerado e KLEEREKOPER (1939, 1944 ) , BRA\
CO (1960) e Tt!NDISI (1972, 1976, 1977) no Brasil.
Tendo em vista o relativo desconhecimento,
no Brasil,referente à variação sazonal do fitonlâncton re-
!acionada às características do meio, este estudo anresen-
ta os seguintes objetivos:
1- Verificar a exist~ncia de correlação entre noluição
orgânica e ahundância de fitoplâncton.
2- Gru~os de algas predominantes, em função de efeitos
seletivos causados n. ela noluição. ' .
3- Influ~ncias clim5ticas sobre a diversidade do fito-
plâncton (chuvas, teP1neratura, radiação solar, insol ação,
e te) .
4- Distribuição vertical do fitonlâncton.
5- Diferenças entre as estaç6es 1 e 2. Além disso, a-
través do inter-relacionamento do fitor>lâncton com as ca-
racterísticas físicas e ouÍJ11icas do ambiente aouático,
procurou-se levantar nrohler1as e apresentar sugest6es na-
ra solucioná-los.
10
"' '' f\ T F P I f'. L "' r r o n o s
:.1 raracterização da área estudada
A Renresa Billings com uma irea de 127
si tua-se na região sudeste do ~~unicínio de São Paulo, Esta
do de São Paulo, nrÓxir10 ã encosta da Serra do ~lar. Segun-
do HUELK (1956), acha-se circundada pela mata subtronical
do Planalto. Seus extremos estão comrreendidos entre 23 9
42'S e 239 45'S e 4(19 27' 11.· e 469 42' \•·, e aura altitu-
de de 746,5 m. De acordo cow Koeppen, o clima nredominan
te nesta região é o tronical Úmido, sendo esta uma das zo-
nas de maior precipitacão pluviométrica.
As temperaturas médias mais altas sao atin-
gidas nos meses de dezembro a março e o seu declÍnio, 1ni-.. . ciado em fins de abril, atinge valores m1n1mos nos meses
de junho e julho. A temneratura média do ar no Mês nais
quente está entre 21 e 229(, ao passo oue a temneratura mê
dia do mês mais frio esta entre 14 e 159( (SETZEP-, 1966).
O total ~e chuvas do mês mais chuvoso (jan~i
ro) apresenta alturas 01uviométricas de 250 mm e no mês
mais seco (julho) de 30 a 45 mm. As nrecipitações médias
anuais da região estão entre 1300 e 1500 m~ (DAEE, 1972).
Para o estudo das variações sazonais das ca
racterísticas físicas, quÍmicas e biolÓgicas da Renresa
Ril1ings, acompanhou-se o modelo de divisão climát1ca, ou
seja, uma estação chuvosa (outubro-março) e uma de estia-
gem (abril-setembro) (DAEE, 1972).
A Renresa Billings foi construída ~or volta
de 1927, com o ~ronósito de fornecer água para as usinas
11
hidrel~tricas oertencentes i Light Serviço de Eletr1cidade
S/A e localizadas em Cubatão. O Reservatório Rillings ~
e
formado nelo represamento dos rios que constituem a Bacia
do Rio Pinheiros, tamb~m chamado Rio Grande ou Jurubatuba.
As águas da Renresa Rillings não eram suficientes ~ara ali
mentar as usinas hidrel~tricas.
Por volta de 1950, a barragem de Edgard
de Souza teve sua altura aumentada para permitir a rever
são das águas dos Rio Pinheiros e Tietê.
Desse modo, o Rio Pinheiros teve o seu cur-
so invertido e as águas destes rios passaram a alimentar a
Represa Billings.
O Rio Tamanduateí percorre áreas industria
lizadas de São Caetano do Sul, Santo Andr~ e São Paulo e
desagua no Rio Tietê que, como o Rio Pinheiros, atravessa
grande parte da cidade de São Paulo, recebendo esgotos do-
m~sticos e resíduos industriais.
Como consequência do altearnento de Edgard
de Souza e reversao dos Rios Tietê e Pinheiros, a Represa
Billings passou a receber severas cargas poluidoras o que
proporciona uma elevada eutrofização de suas águas. Cd \J<l L
Atrav~s da barragem Sumrnit Control, as águas
da Represa Billings escoam nara a Represa do Rio das Pe-
" dras e, desta,ecanalizado nara as usinas hidrel~tricas,
sendo o efluente lançado no Rio Cubatão, chegando atrav~s
deste at~ o estuário de Santos.
Estando a Pepresa do Rio das Pedras situada
numa cota mais baixa da crista da Serra do ~ar, atGa corno
um reservatório regularizador para o fornecimento constan-
r' f\: ·o r, ,..~,· ... ;;\· .
''!'.' .. .
12
te de águas is usinas hidrel~tricas. Sendo assim, os anti
gos afluentes do Rio Pinheiros constituem os braços do Re
servatório Billings e, entre eles, o Rio Grande e o Rio Pe
queno, objetos do presente estudo. Ambos percorrem rochas
do embasamento cristalino (granito, filitos e gnaisses).
2.2 Demarcação dos pontos de Amostragem
Os locais de pesquisa foram relacionados a
través de estudospreliminares realizados em setembro e ou
tubro de 1977. Foram escolhidas duas estações. situadas a
uma altitude de 750 m e localizadas no Município de São Ber
nardo do Campo, Riacho Grande (Fig. 1).
Estação 1 - situada no braço do Rio Grande próxima.
mais ou menos 100 m, à captação de águas da SABESP (Compa
nhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) , para os
municÍpios de Santo Andr~. São Caetano do Sul, São Bernar
do do Campo e Diadema.
Estação 2 - sitúa-se no braço do Rio Pequeno, dis
tando aproximadamente 5 km da estação 1.
2.3 Clima
Para o estudo climatológico da região utili-
~~·~~-se medidas diárias de temperatura média, máxima e míni
ma do ar, velocidade média dos ventos, umidade relativa mé
dia e insolação m~dia. A fluviometria foi estudada atra
vés de dados do nível da Represa Billings registrados dia
riamente. Estas medidas foram fornecidas pela Light Ser
viços de Eletricidade S/A, através do Posto MetereolÓgico
P-12-042, de Pedreira, situado em São Bernardo do Campo,
13
Estado de São Paulo, cujas coordenadas geográfic~s ~ao 23'
41' 59" Se 46' 40' 11" W.
A pluviometria foi estudada através de medi
das diárias fornecidas pelo Centro TecnolÓgico de Hidráuli
ca do Departamento de Ãguas e Energia Elétrica (DAEE) , da
Secretaria de Obras PÚblicas. Esses dados provêm do Posto a...-
Pluviométrico da Estação E3-142R, localizadoV23' 46' Se 46'
32' W em São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo.
As medidas diárias de radiação solar foram
est~dadas através de dados fornecidos pelo Instituto Astro
nômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, situado em
São Paulo, Estado de São Paulo, a uma altitude de 800 m e
cujas coordenadas geográficas são 23' 39' 0,6" S 46' 37'
21" w.
2.4 Atividades de Campo
... Foram feitas amostragens quinzenais para ana
lise física, química e biolÓgica da água durante um ano (o~
tubro de 1977 a setembro de 1978). Os padrões convencionais
descritos no ~Standard Methods of Examination of Waste and
Wastewater". (APHA, 1960), no "Methods of Chemical Analisis
of Freshwater" (Go1terman, 1969), e no "Métodos de Microbio
logia" (Schwoerbel, 1975) foram obedecidos tanto nas coletas
como nos métodos analíticos empregados.
2.4.1 Amostragem
As coletas, em sua maioria realizadas entre
9:30 h e 10:00 h. foram feitas primeiramente na estação 1 e
em seguida na estação 2. Seguiu-se uma técnica de amostra-
14
gem em que na estação 1 as coletas foram realizadas de bor
do de um barco. aproximadamente a 100m da margem. consti
tuindo-se da água de superfície (0,0 m) e de profundidade
(2 m). enquanto que na estação 2 eram realizadas próximas
ã margem, constituindo-se de águas de superfície (0,0 m).
Água de superfície foi coletada em frascos
de polietileno com capacidade de 1 litro e de 5 litros.
Água de profundidade (2 m) foi coletada em
garrafas ou cilindros marca Hach. modelo OX-10, com capaci
dade de 300 ml, acondicionada em frascos de polietileno até
completar o volume de 1 litro.
A coleta de água para medidas do oxigênio
dissolvido foi feita na superfície, com frascos de oxigênio
e na profundidade de 2m com a garrafa Hach, modelo OX-10.
Em todas estas amostras, o oxigênio dissolvido foi fixado
imediatamente após a coleta.
2.4.2 Temperatura e transparência
Em cada local de coleta foram realizadas as
determinações da temperatura do ar e da águ~. em 9C, utili
zando-se um termômetro comum de mercúrio cujo bulbo era mer
gulhado na água ao abrigo do sol. A transparência foi de
terminada com o auxÍlio de disco de Secchi. sendo a profun
didade onde o mesmo desapareceu na água medida em metros.
2.5 Atividades de Laboratório
Todas as amostras eram homogenizadas. para~
vitar diferenças entre as sub-amostras a serem analisadas.
15
2.5.1 Variáveis fÍsicas da água
Para as medidas de turbidez, em FTU, empre
gou-se turbidímetro e para as de cor, em mg/1 Pt, coloríme
tro, ambos de marca "Hach".
2.5.2 Variáveis químicas da água
Para a condutividade elétrica, medida em
~S/cm, utilizou-se condutivímetro e o pH foi medido com p~
tenciômetro, ambos de marca "Hach".
A amônia foi determinada em mg/1, pelo méto
do colorimétrico de Nessler, e as leituras foram feitas em
espectrofotômetro, no comprimento de onda de 410 nm.
O nitrato foi determinado em mg/1, pelo mé
todo colorimétrico do ácido feno1 dissulfÔnico. As leitu
ras foram feitas em espectrofotômetro no comprimento de on
da de 410 nm.
O nitrito foi determinado em mg/1, pelo mé
todo colorimétrico de Griess, e as leituras foram feitas em
espectrofotômetro, no comprimento de onda de 410 nm.
O fosfato (ortofosfato) foi determinado em
mg/1, pelo método co1orimétrico de Denigés, usando-se clo
reto estanoso, e as leituras foram feitas no espectrofotô
metro, no comprimento de onda de 690 nm.
A sÍlica solúvel foi determinada em mg/1,
pelo método colorimétrico de molibdato de amônia. As lei
turas foram feitas no espectrofotômetro, no comprimento de
onda de 850 nm.
O oxigênio dissolvido foi determinado em
mg/1, pelo método titulométrico de Winkler.
16
A porcentagem de saturação de oxifenio foi
calculada pelo método nomográfico, a partir dos dados ob
tidos no item anterior, utilizando-se a tabela proposta
por Truesdale e colab. de acordo com SCHWOERBERL (1975).
O oxigênio consumido do permanganato de p~
tássio foi determinado pelo método titulométrico (ou apr~
ximação), utilizando-se meio ácido (SCHWOERBEL, 1975).
2.5.3 Variáveis biológicas da água
.5.3.1 Determinação qualitativa do fitoplâncton
As amostras do fitoplâncton foram examina
das ao vivo, para observações de características morfoló
gicas (forma e localização dos cloroplastos, tipo de lig!
çao entre as células, etc). O material foi examinado en
tre lâmina e lamínula, utilizando-se microscópio binocular
com contraste-de-fase marca Carl Zeiss Oberkochen, modelo
GFL. Foram feitos desenhos e medidas dos organismos fito
planctônicos, respectivamente, com câmara-clara binocular
e ocular micrometrada de tambor, ambas de marca Carl Zeiss
Oberkochen, acopladas ao sistema Óptico do microscópio.
Para evidenciação de estruturas celulares
foram usados corantes, tais como, lugol para pirenóides e
solução aquosa de azul de metileno à 4\ para bainha de mu
cilagem.
Amostras de fitoplâncton foram preservadas,
em frasco de vidro de 300 ml, marca "Wheaton", com sulfa
to de cobre (4\) e pelo método de Transeau citados por BI
CUDO & BICUDO (1970).
Cada amostra preservada recebeu um rótulo
17
com as seguintes informações: data, local de colet~ _nome
do coletor. Encontram-se armazenadas na Seção de ~irnnolo
gia do Instituto de Pesca, à exceção daquelas coletadas no
início da pesquisa (setembro a outubro de 1977) , devido
perda do material.
.. a
A identificação das algas a nível genero foi
baseada principalmente em SMITH (1950) e BOURRELLY (1966,
1968. 1970).
Para espécies e variedades recorremos a bi-
bliografia mais especializada, tal corno, SMITH (1920),
GEITLER (1932), DESIKACHARY {1955), PRESCOTT (1962) , COCKE
{1967), PHILIPOSE {1967); também foram consultadas obras
mais específicas, como: CHODAT (1926) e UHERKOVICH (1966)
para Scenedesmus~ KOMÃRKOVÃ-LEGNEROVX {1969) para Monora
phidium e Ankistrodesmus~ KOVÃCIK {1975) para Tetraedron
e REHÃXOVA {1969) para Oocystis.
3.5.3.2 Determinações quantitativas
O "standing-stock" do fi toplâncton foi de
terminado em função da concentração da clorofila ! e por
contagem de organismos.
Para a determinação da clorofila !• em
mg.m- 3 , as amostras de um litro de água foram filtradas
com auxílio de bomba de vácuo marca Primar e filtro de fi
bra de vidro "Guelman" (47 mm de diâmetro). Os filtros
foram armazenados em geladeira até o momento da extração
feita com acetona 90\ à frio, segundo o método de RICHARDS
& THOMPSON (1952). Utilizou-se para os cálculos teóricos
de clorofila a a equação de STRICKLAND & PARSONS (1968).
A contagem de algas foi determina~~ . ''Tl ·_rPA/
ml (Unidade Padrão de Ãrea), utilizando-se o métodv de
Sedgwick-Rafter modificado porPalmer, e contagem em campo
contínuo (BRANCO, 1971).
A contagem dos organismos foi feita :.·m mi
croscópio binocular de marca Wild com câmara de Sedrwick
-Rafter. As amostras da água foram homogenizadas antes da
contagem, a fim de evitar sedimentação de espécies de al
gas, como por exemplo, as diatomáceas.
A Tab. 14 é uma relação das espéc: · ~ e va
riedades identificado nas amostras. Sua variação quantit!
tiva está representada da seguinte maneira:
a) mais de 1500 UPA/ml z muito abundante
b) de 500 a 1500 UPA/ml = abundante
c) de 150 a 500 UPA/m1 • comum
d) de 10 a 150 UPA/m1 • pouco comum
e) menos de 10 UPA/ml • rara
19
3. R E S U L T A n 0 S
Os dados mensais climatolÓgicos registrados
no período de outuhro de 1977 a seternhro de 1978 referentes
ã temperatura do ar, umidade relativa, pluviometria, radia
ção solar, insolação, vento e fluviornetria (nível da água)
encontram-se na Tab. 1 e Fig. 3.
Todas as variáveis fÍsicas, quÍmicas e bio-
lÓgicas da água, registradas em cada coleta, foram estuda
das seguindo-se os neríodos característicos do clima tropl
cal, ou seja, um de chuvas e o outro de estiagem. Ao pri
meiro período correspondem os Meses de outubro a marco e
ao segundo os de ahril a setembro.
Os valores de temneratura do ar, da ã~ua,
cor, turbidez e transparência, suas amnli tudes e Medianas,
nor período de chuva e de estiagem, e anual estão expres-
sos na Tab. 2 e Fig. 4, 8 e 12.
n rer,istro dos valores de concentrações de
nutrientes encontrados na ~
agua, nitrito, amônia, fosfato e
sílica solúvel, suas amnlitudes e medianas, por período de
chuva e estiagem, e anual encontram.se na Tab. 3.
A Fig. 6 mostra as variações dos valores de
amônia, nitrato e sÍlica. Suas amnlit 1des e medianas re-
gistradas nos períodos anual de chuva e de estiagem encon-
tram-se nas Fig. 10 e 11, respectivamente.
Os valores de condutividade elétrica, pP,
oxigênio dissolvido, porcentagem de saturação de oxigênio
e de oxigênio consumido, suas amplitudes e medianas, por
período de chuva e estiagem, e anual estão registrados na
20
Tab. Lf. A Fig. 5 evidencia as variações da cGndut i
vidade elétrica e nP por neríodo de chuva e estiagerr: .
A Fir. 7 relaciona os valores de oxi g~nio
dissolvido, as norcentagens de saturação desse gas e oxig~
nio consumido nor neríodo de chuva e estiagem.
As Fig. 0 e 13 registram os valores t·,.,e,, s·,ús
de condutividade elétricn , nr , oxigênio dissolvido, as ~or
centagens de saturação desse gás e oxigên i o consun ido.
Os valores do "standing-stock ' ' do fi tor>lânc
ton obtidos através da determinação da clorofila ~· nor p~
ríodo de chuva e estiagem, encontram-se na Tah. S.
Os dados obtidos resultantes da contagem do
"s tanding- stock" do fi top lâncton estão repre sen ta dc· s nas
Tab. 7- 12. Nelas sao apresentadas as distribuições qua
litativa e quantitativa das classes de algas incluindo, ain
da, o grupo das não determinadas, que constitui o fitoplâgc
ton que nao pôde ser identificado (BRANCO, 1971) por ser
difícil sua identificação na falta de bibliografia especi!
Iizada adequada (diatomáceas, flagelados, etc). Encontram
-se ainda nas Tab. 7- 12, os valores totais por neríodo
de chuva e estiagem.
A Tab. 13 e Fig. 15- 17 apresentam as fre
qtiências relativas (%) das classes Chlorophyceae, Eugleno
phyceae, Chrysophyceae, Bacillariophyceae, Dinoph" ceae e
Cyanophyceae encontradas nas estações estudadas.
Os dados obtidos de fitoplâncton total está
representadosna Fig. 14.
A variação das densidades po~ulacionais das
espécies de Miaroaystis aeruginosa Ktitz. emend. Elenk.l92 4
e Anabaena spiroides Bory, 1822
está representada na Fig. 18.
Z.l
observadas na estação ~
A Tab. 14 é uma relação das esnec1es e va-
riedades de fitop1âncton identificado nas amostras.
O fitoplâncton foi representado pelos se
guintes grupos de algas:
1- Chlorophyceae
Chlamydomonas Ehrenberg, 1833.
Asteroeoeeus Scherffel, 1908.
Raphidionema Lagerheim, 1892.
Oedogonium Link, 1820.
Golenkinia radiata Chodat, 1894 (pl. 3, Fig. 12)
Miaractinium pusilum Fresenius, 1858 (pl. 3, "ig. lO
Micraetinium bornhemiensis (Conrad) Korsikov, 1953 (nl. 3,
Fig. 11)
Dietyosphaerium NMgeli, 1849.
Dimorphococcus A. Braun, 1855.
Pediastrum simpLex Meyen, 1829 (p1. 3, Fi~. 14 - 15)
Pediastrum duplex ~Teyen, 1829 (nl. 3, Fig. 13)
CoeLastrum microporum N~ge1i, 1855 (p1. 4, Fig. lA)
Coelastrum retieuLatum (Dangeard) Senn, 1899.
Botryococcus Ktitzing, 1849.
WesteLla Wi1demann, 1897.
Planktosphaeria G.M. Smith, 1918.
Treubaria Bernard, 1908 (p1. 4, Fig. 18)
Oocystis marssonii Lemmermann, 1898.
Franceia Lemmermann, 1898 (p1. 4, Fig. 17)
Ankistrodesmus bibraianus Corda, 1838.
Monoraphydium Komárkovã-Legnerovâ, 1969.
KirchnerieZZa obesa (W. West) Schmidle, 1893.
22
Tetraedron minimum (A.Braun) Hansgirg, 1888 (p1. 4, Fig. 19)
Scenedesmus opoZiensis Richter, 1896 (p1. 4, Fig. 20)
Scenedesmus acuminatus Lagerheim, 1882 (p1. 4, Fig. 21)
Crucigenia Morren, 1830.
Tetrastum Chodat, 1895.
Actinastrum hantzschii var. fZuviateZe Schroeder, 1899.
Mougeotia C. Agardh, 1824 (pl. 4, Fig. 22)
Euastrum Ehrenberg, 1832.
Cosmarium Corda, 1834 (p1. 4, Fig. 26)
Micrasterias C. Agardh, 1827.
Xanthidium Ehrenberg, 1837.
Staurastrum Meyen, 1829 (p1. 4, Fig. 23 - 25)
Arthrodesmus Ehxenberg, 1838.
CZosterium Nitzsch, 1817.
2- Euglenophyceae
EugZena Ehrenberg, 1838 (p1. 1, Fig. 3)
Phacus tortus (Lemmermann) Skvortzov, 1928 (pl. 1, Fig. 4)
TracheZomonas Ehrenberg, 1833.
3- Chysophyceae
MaZZomonas Perty, 1852.
Synura Ehrenberg, 1838.
Dinobryon bavariaum (Imhof) Lemmermann, 1903 (nl. 2, r:l· ("r ~ ) . ...., . .
Dinobryon ay~indriaum Imhof, 1883 (p1. 2, Fig. 6)
4- Bacillariophyceae
Melosira C. Agardh, 1824 (p1. 2, Fig. 1)
CyaLoteLLa Ktltzing, 1834.
Stephanodisaus Ehrenberg, 1845.
Rhiaosolenia Ehrenberg, 1843.
Synsd~a Ehrenberg, 1830.
Nitaschia Hassal, 1845.
5- Dinophyceae
Peridinium Ehrenberg, 1830.
6- Myxophyceae (Cyanophyceae)
Chroocoaaus N~geli, 1849.
23
Miarocystis aeruginosa Ktltz. emend. E1enk., 1924 (pl. 1,
Fi g. 1)
Myzosarcina Printz, 1921.
Oscillatoria Vaucher, 1803.
Anabaena Bory, 1822.
Anabaena spiroides Klebahn, 1895 (pl. 1, Fig. 2)
Raphidiopsis mediterranea Skuja, 1938.
As determinações e contagem do fitoplâncton
efetuadas na Represa Rillings nermitirarn caracterizar o
lago, de acordo com o sistema indicador de PAL~ffiR (1957,
1969) , onde os gêneros de algas são apresentados corno indi
cadores de poluição.
24
Esse sistema biolÓgico consta de uj '"' lista
gem de 60 generos de algas, em ordem decrescente de resis
t~ncia i poluiçio orginica. Após consultar 165 pesquisa
dores, Palmer atribui um número a cada um dos gêneros.
Assim, por exemplo, 97 trabalhos assinala
vam a ocorr~ncia do g~nero Euglena em ambientes de alta
concentraçio de matéria orginica, atingindo, de acordo com
Palmer, um total de 172 pontos. Seguindo essa sistemáti
ca, Palmer atribuiu um Índice a cada um dos gêneros a se
guir discriminados e que foram encontrados na Represa em
estudo.
G~NERO GRUPO*
Eug lena
Osaillatoria
Ch lamydomonas
Saenedesmus
Nitzsahia
Synedra
Ankistrodesmus
Phaaus
Me losira
Cyalotella
C los terium
* Grupos de algas
C = alga azul
D = diatornácea
F = flagelado clorofilado
V = alga verde
F
c
c
v
D
D
v
F
D
D
v
~9 DE POt\TOS
172
161
115
112
98
58
57
57
51
47
45
25
Convém esclarecer ainda o nao tratamento es
tatístico dos dados obtidos neste trabalho. No estudo das
ponulações, relacionando com os fatores ambientais ou aque
les advindo da noluição, duas abordagens deve~ ser conside
radas. Uma refere-se à estática da população e procura de
terminar, em UM dado instante, a distrihuição 0ualitativa e
quantitativa dos indivíduos. A etana seguinte, dinâmica da
população, visa conhecer a distrihuição e as variações qua~
titativas em função do tempo (SANTOS, 196R).
Para a obtencão de informações necessárias
ao estudo de uma população hiológica, deve-se efetuar uma
prévia caracterização da mesma, delimitando-a geografimente·
e conhecendo o ciclo de vida dos organismos componentes. A~
sim, é necessário caracterizar a estrutura e a distrihuição
espacial dos indivíduos num determinado instante, na região
em que vivem (SANTOS, 1970).
Todas as vezes oue em trabalhos científicos
ou nuramente técnicos for necessário apresentar um resulta
do obtido, por meio de uma estimação estatística, é conveni
ente fornecer, além da estimativa, uma medida de nrecisão
desta Última.
Wa fase atual-da pesquisa, en oue care
cemos de recursos materiais, como também o número de amos
tras é neoueno e anularia uMa adequada medida de nrecisão,
seria temerário qualquer tratamento estatístico dos dados.
~o presente caso, defrontou-se com nroblemas
relativos à pró-rria identificação de algas, onde :1 á vários
pontos de controvérsia entre vários pesquisadores. Final -
mente o conhecimento do ciclo de vida dos organismos ouc é
desconhecido para muitas esnécies brasileiras, exi~iria de-
' ,
26
moradas investigações de laboratório.
Não é fácil, segundo Prescott, estabelecer
correlações de dados auímicos relacionados com a produção
de algas em um dado momento (BRANCO, 1962).
Levando-se em conta os fatores decorrentes
das características morfolÓgicas e fisiológicas das algas,
deparamos com grandes dificuldades na obtenção desses da
dos resultando, daí, uma grande escassez de informações
que nao pelmitê ! a elaboração de um completo estudo ecoló ,:;. ~
gic~ 1.de a~~ de água doce (BRANCO. 1962).
· Decidiu-se, por~anto, i vista dos problemas ·'
expostos, deixar o estudo estB;tÍstico para o futuro, pro-
curando-se nesta primeira etapa, conhecer a estática da
população, relacionando empÍrica e comparativamente os or
ganismos fitoplantônicos encontrados com os parâmetros fi . .. .
SlCOS e qulmlCOS.
4. n I s cu s s à o
Os dados obtidos neste trabalho confirmam o
fato de que, considerado sob o aspecto da quantidade total,
o fitoplâncton de represas oue recebem despejos orgânicos
e industriais tende a ser abundante quantitativarnente. Há
também predominância de certos grupos e, pode, ainda, ·
dentro de cada grupo, haver uma divergência específica,
com o aparecimento de um gênero em grande quantidade e au
sência de outros.
Além disso, considerando a influência sazo
nal característica de clima tropical, período de chuva e ..
de estiagem, observou-se que na epoca de chuva houve urna
diversidade maior de espécies e uma quantidade menor de
algas em UPA/rnl. Jâ no período de estiagem encontrou-se
urna grande densidade para um número relativamente pequeno
de espécies.
4.1 Fitoplâncton
As algas encontradas nas amostras perten-~
ciarn as classes Chlorophyceae, Chrysophyceae, Bacillario-
phyceae, Dinophyceae e Cyanophyceae.
O presente estudo revelou que houve urna es
pécie do grupo Chlorophyceae, Mougeotia sp., e outra alga
do grupo Cyanophyceae, Miaroaystis aeruginosa, que predo
minaram sobre as demais na Represa Billings. Em relação a
essas, a variação quantitativa de outras espécies foi rela
tivamente menor.
Em populações fitoplânctonicas, é freotiente
28
que uma espécie predomine quantitativamente en certas éno-
cas. Tal predoMinância pode ser tomada como uma indicação
de que a espécie em questão é bem sucedida nas condições
ambientais dominantes (KUTNER, 1972).
As Cyanophyceae apresentaram-se com poucas
espécies, mas dentre elas uma predominou durante quase to
do o período de estudo. Assim, a responsável pelas gran
des florações de fitoplâncton na Represa Billings, no iní
cio do período de chuvas (estação 1) e por quase todo p~
ríodo de estiagem (estação 2) foi Microcystis aeruginosa
(pl. 1, Fig. 1).
Enquanto as Chlorophyceae foram ricas em di
versidade de espécies, dentre estas, somente Mougeot i a s p .
foi contínua, mantendo-se por todo período de estiagem (pl.
4 , Fi g. 2 2) .
houve
Quanto à distribuição vertical na estação 1,
pequenas diferenças qualitativas, sendo a diversi
dade geralmente maior na água de superfície do que a 2 m.
Observou-se que algas do gênero Microcystis concentravam-se
mais na superfície. Trata-se da flutuação dessas cianofí-
ceas, devido aos seus vacúolos gasosos nas células mais ve-
lhas.
PAU~R (1960) mostrou que pr6ximo ao local
de captação de água para abastecimento do ABC São Caetano,
Santo André, São Bernardo e Diadema, na Represa P1llings, ..
quanto mais profundo, aumentava o numero de tipos de algas
na contaRem total, enquanto que o número de col~ni as de Mi-
crocystis diminuía.
Já RAWSON (1956), comparando o grau de tro-
fismo de lagos, afirma que a maior distribuição da profundl
29
dade do plincton em lagos oligotr6ficos e a caffi ~d a trofog~
nica concentrada e restrita em lagos eutr6ficos (:o ~c € o
caso da Represa Billings) são uma diferença real, r:as nao
são facilmente medidas.
Quanto às diferenças quantitativas de distri
buição vertical do fitoplincton, foram encontrado s ~ais or
ganismos nas águas de superfície da estação 1, do oue na
profundidade de 2 m, no período de chuvas (Tab. 7 e 9).
No período de estiagem, o fitoplâncton en
contrado nas águas de superfície e -rrofundidade apresentou
dados quantitativos e qualitativos mais sirnilare~, ~aven
do-se registrado exceções na obtenção de valores ~aiores
na profundidade de 2 m (Tab. 8 e 10),
Naturalmente, a distribuição do fitonlâncton
está sempre vinculada às características físicas, ~u:rl cas
e às propriedades hidrográficas locais (KUTNER, 1~72 ) .
A estação 1 (superfície) foi a que apresen
tou maior variedade de algas quando comparadas com a outra
estação. Foram relativamente pobresos números de espécies
encontrados na estação 2.
Os picos de fitoplâncton total (Fig. 1~ ) o
correram em todos os pontos estudados no inÍcio do neríodo
de estiagem.
A Fig. 15 mostra que1 !"e 5 td cc LeC:d..J a classe
Chlorophyceae predominou na estação 1 (superfície e aos 2 m) ,
enquanto que a Cyanophyceae predominou na estação :, du
rante o período de chuva•
Clorofila a
De acordo com a quantidade e tipos de pir,-
30
.. . mentes que possuam os var1os grupos de algas, situam-se e-
las também em níveis diferentes em um lago, conforme a qu~
!idade da luz que as atinge.
Um dos métodos mais adequados para a deter
minação do "standing-stock" do fitoplâncton é a medida da
clorofila a (RAYMONT, 1967).
Observações sobre a concentração de vários
pigmentos em diferentes profundidades revelam uma concentra
ção máxima de clorofila a a 5 metros de profundidade
(BRANCO, 1962).
As determinações de clorofila ! na Represa
Billings sao reduzidas e não puderam ser estudadas sob o
ponto de vista sazonal. Contudo, pode-se comparar os dados
obtidos na Represa Billings (Tab. 5) com os apresentados
na Represa do Broa por TUNDISI (1977) e, conseqtientemente,
deduziremos que a referida represa constitui um ambiente eu
trófico.
BRANCO (1969) , quando analisou a concentra
çao de clorofila a na Represa Billings, já havia demonstr~
do tratar-se de um lago tipicamente eutrÓfico. Este mesmo
autor afirma que, segundo NIELSEN (1962). a quantidade má-
xima de algas expressa em clorofila a na camada de produ
ção é de 0,3 g/m3 . Se aceitarmos esse valor teríamos, já
em 1969, que a produção no referido reservatório corresnon
de de 30 a 50\ do valor máximo.
KAWAI (1976) estudou o perfil das concentr~
çoes de clorofila ! no corpo central da Represa ?ill i ngs
na época da chuva e obteve a concentração máxima ..ie O, 887
mr, /1 na superfície da água, causada pela extrema densidade
da cianofícea Miaroaystis. Ao contrário do que foi observa
31
do na época chuvosa, verificou que na estiare ':" v ~oncentr~
ç ões de cloro fi la ! foram quase uni formes na c a!'•;, · .: v e r! i
cal e geralmente inferiores i da estação anterior.
Na Represa de Americana, Estado de São Pau
lo, os picos de oxigênio dissolvido superficial e de fundo,
coincidiram de um modo geral, com os ricos de ci ~ ro[ila a
( Z A ~0 , 19 7 2 ) •
Na Represa do Broa, Estado de São Paulo, a
clorofila a não apresentou um ciclo sazonal com ~1cos carac
terísticos a não ser durante o verão e, segundo
(19 7 7) , este reserva tório é ol i got ró fico.
As concentrações de clorofila a nas
Tl.f~DISI
areas
marginais do Lago Vitória, África, raramente excedem a 5 -3 , mg.m , entretanto, nas margens de ba1as, ji se cnerou a
registrar de 15 a 20 mg.m- 3 (TALLING, 1965).
Para iguas doces tropicais caracterÍL.- zdct S
nela alta temperatura e iluminação intensa, TALLING (1965)
observou que houve uma variação relativamente peouena no
Índice de saturação máxima da fotossíntese por unidade da
clorofila a.
O conhecimento do teor de sais minerais em
relação à concentração de clorofila~ possibilita avaliar
a intensidade dos fenômenos de eutrofização decorrente da
mineralização da matéria orgânica (ROCHA. 1972 ) .
RAWSON (19 56) achou grande di fi C' ll da de eTr
comnarar o nlâncton de lagos oligotróficos e eu · ró f 1cos.
Segundo este autor, o nlâncton de um lago oligotrófico e
caracterizado nor desmídias, oodendo conter u~ ~ rande núme
ro delas. mas a amostra de plâncton node ser dorrtinada por
diatomáceas.
32
A eutrofização das águas pode c~usar mudan
ças qualitativas e quantitativas na vida aquática, nropicl
ando, por exemplo, o desenvolvimento excessivo de algas
(SILVA, 1972).
A poluição caracteriza-se ecologicamente
por uma açao eminentemente seletiva. Alterando a composi
ção física e auímica do meio, ela o torna impróprio ã vida
de um grande número de es~écies, ao mesmo tempo em que fa
vorece o desenvolvimento de outras. Mais do que simples
destruição de organts.mos, ela provoca a dast-vuição de um e
quilÍbrio nré•existente para criar outro ciclo biológico.
A ocorrência freqUente de "floração'' das
águas em lagos eutróficos e sua aus~ncia nos oligotróficos
não é questionada. Nos lagos eutróficos. o número de esp~
cies de Chlorococcales nrovavelmente excede o número de es
pécies de Desmidiaceae, enquanto que em lagos oligotróficos
a condição oposta é encontrada (RAWSON, 1956).
A afiraação anterior foi verificada na Re-
presa Billings.
1- Chlorophyceae
Este foi o grupoqve apresentou a maior di
versidade de espécies durante todo o oeríodo de estudo,
sendo que esta diversidadefai ainda mais pronunciada no pe
ríodo de chuva (Tab. 7 e 12).
TALLINC. (1966) também observou grande va
riedade de espécies presentes no lago Vitória, África, e
mencionou que das 24 espécies de clorofíceas, todas esti
veram presentes em baixas concentrações. corno no~ PYPm~l~
33
Coelastrum reticulatum, Tetraedron sp, Staurastrum sp, etc.
Na Represa Rillings, ao contrário de TALLING
(1966), verificou-se nue as clorofíceas não anresentaram as
mesmas concentrações entre si e que uma minoria destacou-se
qu~ntitativamente das demais. A P,randeza quantitativa da
rorulaliá.xo rlP,ácea verde ocorreu nrincinalmente no período de
estiaPem e foi fundamentalmente devida a Mougeotia ep, na
estacão 1', aue chegou a alcancar 3.114 UPA/ml.
Já no neríodo em que BRANCO (1966) estudou
as condições sanitárias da Renresa Ri11ings, desmidiáceas
do gênero Staurastrum apareceram em grande número nassando,
até mesmo, a nredominar na altura do Rio Grande.
nERfSIO f, ~~ONTEBELLO (1972) encontraram um
numero reduzido de clorofíceas na Represa Billings, repre-
sentadas nrincinalmente nor Dictyosphaerium, Pediastrum, Oo
cys tis e Ch lam1rdomonas.
ROCI!A f, NARnuzzo (1975) registraram em lagos
eutr6fizacios do 0 arnue Zool6gico do Estado de São Paulo, a
ocorrência de "floracão" de al«:Tns, princinalmente da cloro
fícea Dictyosphaerium nue, neste local em ~rande número, c~n
feriu i igua sahor c odor de neixe. Outras clorofíceas que
tamh~m anarecerarn em rrande quantidade foram Oocystis e An
kis trodesmus.
No lago do Paraue Zool6gico do Estado de São
Paulo, CJTAVES (1978) ohservou nico de clorofíceas no outo-
no (37 ,30%).
O "standinp-stock'' do fitonlâncton no lago
llayes, na Nova Zelândia, foi maior no verão do que no inver
no (BURNS f; }1JTCHEL, 1974).
CASSIE (1969) encontrou um número reduzido
34
de cloroffceas no lago Rotorua, Nova Zelindia, de~tre as
quais Mougeotia~ Diatyosphaerium e Aatinast~um hantzsahii
apresentaram-se em maior número, ao passo que, Staurastrum,
Cosmarium, CLosterium, Botryoaoaaus e Pediastrum foram es
norádicas.
Um exem~lo comparativo de zona temperada
foi o do Lago Ray, E.U.A., onde as cloroffceas exibiram um
aumento no outono, nrirnavera e no fim do verão (SCHUMACHER,
1956).
No lago eutrÓfico Vombsjon em Scania. Sué-
cia. de clima temperado, a alga ChLamydomonas, constitui
um dos gêneros que dominou o plãncton após o dePelo (GELI\,
19 71).
Na Represa Billings, durante o período de e ~1"/\VItAS ;-12\)JV\
chuva, a espécie Actinastrum hantzschii(na superfÍcie da
estação 1 e Pediastrum simplez~ na profundidade, estiveram
presentes em todas amostras examinadas.
1:Na estação 1 (profundidade), o gênero Stau
e ftlo~tOn"-' rastrumVf~encontrad~em todas amostras examinadas e cole
tadas durante o período de estiagem.
2- Euglenophyceae
Os elementos desta classe, apesar ne nao se
rem abundantes, nem constantes (Tab. 14), apresentaram uma &IJ)AI'J)J ~el-O
freqtiencia maior no ponto 2 (Tab. 13) duranteJo neríodo es
tudado.
O trabalho realizado por BRANCO ~ , .~ 64 :; re s
salta o fato de que certos cloroflagelados do gênero EugZ~
na são mais resistentes, em relação a outras al ga ~ nu anto
a fenômenos de poluição. Este autor verificou a ~ossibi-
35
lidade e conveniência de utilizar microrganismos que, pela
sua presença em água poluÍda, possam ser considerados indi
cadores dessas condições, tendo por base que, na utiliza
ção de microrganismos indicadores de poluição, somente po
derão ser representativos das alterações ambientais os mi
crorganismos que responderem ao maior número possível de
elementos do meio.
presa
O gênero Eugtena teve ocorrência rara na Re
na Represa Billings durante o período de estudo
realizado por DERfSIO & MONTEBELLO (1972), que corresponde
aproximadamente ao período de estiagem. ~
T~achetomonas ocorreu em grande numero na
Represa de Americana (ROCHA, 1971).
3- Chrysophyceae
Este grupo caracterizou-se pela sua rara o
corrência nas águas da Represa Billings.
Synura foi registrada no período das chu
vas, tanto na estação 1 (superfície) quanto na 2 (superfí
cie).
Dinob~cn ciZind~icwm e Dinobryon bavaricum
ocorreram na estação 1, no período de estiagem. Dinobryon
cyZind~icum foi o representante das Chryso~hyceae no lago
Rotorua, Nova Zelândia (CASSIE, 1969).
Synura foi também encontrada na Represa Bil
lings, por DERfSIO & MONTEBELLO (1972), sendo sua freqtiê~
cia também considerada rara.
4- Dinophyceae
Peridinium sp. foi o Único representante
36
deste grupo na Represa Billings. Sua maior freotléncia foi
registrada no período de estiagem, exceção feita ao dia
11.01.78 na estaçio 1 (Tab. 13).
O gênero Peridinium também ocorreu no lago
Rotorua, na Nova Zelândia (CASSIE, 1969).
5- Bacillariophyceae
Nas estações estudadas na Represa Rillings,
este grupo apresentou uma freqUência maior no período de
chuvas (Tab. 13 e Fig. 15).
Quanto às diatomáceas mais freqUentes na R~
presa Billings, BRANCO (1966) registrou o gênero Nitzschia.
No período de outubro de 1977 a setembro de 1978, foi re
gistrada a presença desta diatomácea, mas ela nio se apre
sentou de maneira freqUente.
No lago do Parque Zool6gico do Estado de Sio
Paulo, CHAVES (1978) registrou aumento das diatomáceas no
verao e outono.
GlEEN (1976) encontrou, estudando o lago o
ligotr6fico de Ototoa, Nova Zelândia, proporçio maior de
Bacillariophyceae e Chrysophyceae que das demais classes de
algas, no volume algáceo, por todo o ano, particularmente
no inverno.
Comparando os dados anteriores com u~
trabalho de zona temperada, WUJEK (1966) confirmou lnvesti
gações anteriores realizadas no lago de Michigan, de que
as diatomáceas alcançam seu máximo no inverno.
Quanto à distribuição vertical, durante to
do o período de estudo (chuva e estiagem), as diatomáceas
37
apresentaram-se em maior quantidade na profundid~de de 2 m
da estação 1, do que na superfície (Tab. 13).
A presença quantitativamente maior das dia
tomáceas na profundidade do que na superfície foi explica-
da por LUND (1954) e confirmada por MARINS (1972), no est~
do da espécie MeLosi~a itaLica~ em que esta alga não apre
senta um bom desenvolvimento em altas intensidades lumino-
sas e de temperatura.
O poder de afundamento das diatomáceas
grande. Com isto, sua manutenção na região fÓtica desse
ambiente depende da turbulência da água provocada oelo ven
.. e
to (MARINS, 1972).
Constatou-se ainda na Represa Billings que
diatomáceas do gênero Nitzschia não foram encontradas flu
tuando livremente na água, mas sim envolvidas na mucilagem
das colônias da cianofícea Mic~ocystis ae~uginosa. Isto o-
correu principalmente na estação 1, evidenciando uma asso
ciação possível entre essas algas.
Este mesmo fenômeno foi observado por BURGIS
e colab. (1973) no lago George ~frica.
GANF (1973) considera que a pequena densid!
de das algas do gênero Mic~ocystis~ em virtude de seus va
cúolos gasosos, aumenta a probabilidade de sua permanência
dentro da zona eufótica_, e J ao que parece, as diatomáceas,
geralmente de densidade excessiva, característica de um or
ganismo cuja tendência é afundar, aproveitam a turbulência
da água e a associação com a cianofícea do gênero Mi~~ocy~
tis para que possam manter-se na zona eufótica.
A densidade relativa das diatomáceas na a-
gua do lago George, ~frica, indica que elas podem diminuir
38
o seu número durante condições de mínima turbulência, con-
forme GANF (1973).
Na Represa Billings, as algas do genero Sy
nedra predom~naram sohre as demais diatomáceas na estação '
1 (superfície e profundidade), enquanto que o gênero MeZo
sira esteve presente em~s as amostras examinadas. Tudo
isto ocorreu no período de chuva.
Synedra também foi dominante na Represa de
Americana, Por ocasião do estudo realizado por ROCHA (1971).
No lago Rotorua as diatomáceas foram o gru
po dominante, principalmente constituído por Synedra e Me
Zosira.
A população de diatomáceas, tais como Step~a
nodiscus, Nitzschia e MeZosira, mostrou diferentes padrões
de distrihuição sazonal no lago Vitória, Ãfrica (TALLING,
1966).
~\a Represa Bi llings, DER!SIO & MONTEBELLO
(1972) verificaram que a diatomácea CycZoteZZa foi um dos
cinco gêneros responsáveis por 88% do total das algas pre
sentes naquela época. Já no período estudado, de outubro
de 1977 a setembro de 1978, esta diatomácea teve sua ocor-
rência rara.
O fitoplâncton numa camada eufótica de um
lago está geralmente em condições nutrientes deficientes,
menos durante os períodos de circulação (LUND, 1954, 1955).
No caso de um lago raso de região quente,
como é o caso da Represa Billings, a estratificação da á
gua é fácil e rapidamente anulada pelo vento. Desse modo,
a recirculação de nutrientes ocorre freqUentemente no lago.
A rara ocorrência de MeZosira granuZata na
39
água com menos de 1,0 mg/1 de sílica é explicada relo fato
de que populações de Melosi~a podem ser suspensas nela tu!
bulência na coluna de água quando não há nutrientes dispo-
níveis para o seu desenvolvimento (LUND, 1954, 1955).
Em lago de zona temperada LUND (1954, 1955)
registrou o crescimento rápido da diatomâcea Me:osira ita
lica no período de circulação da água; verificou também
que esse crescimento era exponencial.
Na Represa do Broa, Brasil, foi feito um
trabalho sobre o crescimento sincronizado da diatomâcea Me-
losira italica, em que se confirmou o crescimento exponen
cial dessa diatomácea no período de maior circulação da .. agua (NAKAMOTO e colab., 1976).
Em estudo com animais bentônicos da Renresa
do Lobo, STRIXINO (1973) observou que larvas de Chironom~-
dae alimentavam-se de Melosi~a.
6- Cyanophyceae
As algas do genero Chroococcus, ~~xosa~cina
e Oacillatoria apareceram muito raramente (Tah. ~e 12).
A_ Fi g. . 17 mostra que as Cvanophvceae
predominaram na estação 2.
Como já foi dito anteriormente, nrincioalm~n
te na estação 1, foi uma observação constante a lssociação
da cianofícea Mic~ocystis ae~u~inosa e a diatomácea Nitas-
chia.
As cianofíceas, principalmente Mi~~oc-tJstis
ae~uginoaa, e, mais raramente, Anabaena spi~oide0 formaram
massas de algas que se concentravam mais intensamente na
40
superfície da aguado oue na nrofundidade de 2m . Tah. 13 ) .
Observou-se ainda, na Represa Billings, oue
o vento atuou de maneira decisiva no deslocamento das cia
nofíceas. Na estação 1, durante o período de floração de
Miaroaystis aeruginosa, a influência do vento foi marcante
nos meses de outubro e dezembro de 1977 (Tab. 3).
O mesmo evento repetiu-se na estação 2, na
época de floração de cianofíceas, quando o vento deslocou
mais fortemente as algas no mês de setemhro de 19 7 R (Tah.
l3) •
A distribuição desigual de Miaroays ti s na
Represa Bi1lings também foi observada nor PALMER. ( 1~60),
que registrou uma maior nuantidade dessa alga nos nrimeiros
10 em da água. Este autor nresume que tal fato se relac1~
ne também ao vento e à corrente de água, fazendo com oue
determinadas espécies se concentrem em determinadas áreas.
Considerações sobre a cranofícea do gênero
Miaroaystis
Devido à grande importância ecolÓgica e sa
nitária do gênero MiaPoaystis e à controvérsia existente
entre vários pesquisadores quanto à sua sistemática. discu
tem-se. a seguir, os vários trabalhos referentes a essa al
ga do ponto de vista histórico e sistemático.
Mi crocys tis ae ruginosa KUt z. emend. E lenk ..
1924.
Esta espécie é um componente freoUente em
processos de "floração" de águas, embora seja comum a uma
41
grande variedade de ambientes aquáticos (PRESCOTT , 1962).
Um ~rupo de estudiosos é da opinião que
Microcystis aeruginosa deve ser usada para indivíduos com
colBnias perfuradas e muito lobada, enquanto o nome Micr~
cystis flos-aauae deve ser aplicado às formas coloniais
globos as não perfuradas. Por exemplo, S~HTH (1920) assim
distingue Microcystis aeruginosa de Microcystis f l os-aquae.
Outros autores de renome, como Elenkin, Os
tentefeld, Virieux, Van Goor, Crow e Denis, defendem a
união de M. aeruginosa e M. flos-aquae numa Única esnécie
( GE I T LER , 19 3 2 ) .
Depois de realizar um estudo crítico de vá
rios trabalhos, ELENKIN (1924) concluiu que se a col5nia
é ou não perfurada, esta é uma característica que acompa
nha sua idade, na qual inte1'agem vários fatores, tais co
mo, condições físicas do ambiente (águas correntes) ou
métodos de coleta. Em seguida reduziu Microcystis flos
-aquae a sinonímia de Microcystis aeruginosa~ consideran
do duas formas: major e minor (PRESCOTT, 1962).
Segundo NAUMAN, o aspecto da colônia de
Nicrocystis sp. depende do movimento das águas. Em águas
calmas aparecem colônias perfuradas e em águas agitadas
colônias pequenas e homogêneas (GEITLER, 1932).
Os trabalhos de Nauman e Wesenberg-Lund
sao facilmente compreensíveis, porém não demonstram que
todas as formas compactas sejam capazes de dar oripern a
estágios perfurados. Assim, a espécie M.flos-aauae tem
ainda sua existência válida, conforme GEITLER (1932). Por
outro lado, GEITLER (1932) acha que somente as colBnias
velhas são perfuradas e as jovens não. E considera ainda,
42
provável que ambas, M. aeruginosa eM. fZos-aquae, sejam a
penas estágios de uma Única es~écie.
Francis Drouet considera M. aeru pi nosa e ~ .
fZos-aquae como sinônimos da esnécie Anaaystis cianea.
No Brasil, durante as secas excencionais de
1952, 1953 e 1954, houve uma intensa "floração" das águas
ocasionada principalmente por Miarocystis, na Represa Bil-
1ings (BRANCO, 1958).
A influência que essas algas noder i drr. exer
cer, principalmente soh o ponto de vista de sua toxicidade,
na Represa Billings, fez com que se desenvolvessem estudos
pormenorizados a seu resoeito. Dentre esses destacamos os
realizados por BRANCO (1958, 1959, 1966, 1972) e PALMER
(1960).
Amostras de algas cianofíceas procedentes da
Represa Billings foram enviadas a vários especialistas para
identificação. Em 1952, Francis Drouet classificou sua a
mostra como sendo Anacystis cianea.
O Dr. J.F. TOLEDO~ Botânico-Chefe da anti2a
seção de Fitotécnica do Instituto de Bo~ãnicR classificou
como M. aeruginosa (hoje sabe-se que é a mesma M.fZos-a
quae), as algas da Represa Billings que lhe foram enviadas
a pedido do Instituto BiolÓgico (BRANCO, 1959).
"Floração"
Como já foi di to anteriormente, as "flora
ções" de cianofíceas ocorreram na Represa Billings no perio
do de chuva, na estação 1, devido a Microaystis aeruginosa
e no período de estiagem, na estação 2, devido a Miaroays-
43
tis aeruginosa e Anabaena spiroides.
Quanto à ocorrência de "florações" na Repre
sa Billings, no período de chuva, também foram registradas
por BRANCO (1959) , oue obteve a concentração máxima em mea
dos de dezembro, diminuindo depois nos meses seguintes.
PALHER (1960) também encontrou "florações"
de Microcystis na Represa Billings, nos arredores e próxi
mo do ponto de tomada da Estação de Tratamento de Água de
São Bernardo do Campo.
Em 1966, Branco encontrou Microcystis aeru
ginosa e Anabaena spiroides na Represa Billings, sendo que
a primeira espécie se apresentou em maior número. persis
tindo durante todo o ano, formando grumos visíveis à olho
nu, os quais flutuavam em tão grande quantidade ., :1 ponto
de dar à água superficial o aspecto de "sopa de ervilhas"
(BRANCO, 1966).
DER!SIO & ~10NTEBELLO (1972) observaram na
Represa Billings oue noucos generos de algas eram respons!
veis pela grande quantidade de algas presentes e, dentre
estas, registr~rama presença de Microcystis e Osci Z Zatoria.
KAWAI e colab. (1976) tamhém encontr·c1 ~·<i !Y'O gê
nero Microcystis como organismo predominante na Represa
Billings.
Nos lagos eutrofizados do Parque Zoológico
do Estado de São Paulo, ROCHA & NARDUZZO (1975) registra
ram a presença de "floração" do gênero Osci Z l ataria, que
produziram odor e indicavam intensa poluição e concentra
çao de sais. Ao lado desta cianofícea, apareceu Microcys
tis também em grande quantidade.
As cianofíceas tiveram nesses lagos aumen-
44
to no outono e verão e tiveram seu número reduzido na ~ ri
mavera , sendo que Oscillatoria e Microcyst is p redom inaram,
ao nasso que Anab aena apresentou a menor frequência do gr~
no (CHAVES, 1978).
~ o comece do verao de 1971, no la?o l! a)' es,
\ ova :elândia , o gênero Anabaena dominou o n lâncton e se
acumulou ranidamente na superfície da água (BURNS G \I ITCHEL
10'74).
O lago Johnson, na ~ova Z e1~ndia, € eutr6f i
co e nele a "floração" tem ocorrido desde 1962 (BUR;\S fr
MITCHEL. 1974).
Mi crocy s tis foi comum em j u1ho el e 1961 no
lago Vitoria, Ãfrica (TALLING, 1966).
No lago Ray, de zona temperada, uma" f lora
ção" de Microcystis aeruginosa ocorreu na !'rimavera e no
vamente no verao (SCHUMACHER, 1956).
A "floração" de uma determinada espécie de
alga inibe o aparecimento de outras, quer por simples com
Petição, quer por açao de inibidores produzidos nela alga
que está ocasionando o fenômeno. Tais inibidores podem a
penas influenciar a velocidade de crescimento ou podem ser
letais às demais espécies de algas (TASSIGNY f1 LEFRl!VE,
1971).
Prescott observou que culturas ahandonadas
de uma determinada espécie de alga dão lugar, Ct ' r to tempo
após a morte destas, à proliferação abundante de outras
que, entretanto, nao vivem em presença da prime :t ra (BRA~
CO, 1962) •
A idéia de que uma substância secretada ou
originada pela decomposiç~o de uma espécie de a l ga nossa
45
estimular o desenvolvimento de outras ..
nao e nova , e mui-
tas pesquisas têm sido realizadas neste sentido.
Clorofíceas e cianofíceas excretam parte
do material assimilado na forma de bainhas e cobertura mu
cilaginosa (MARGALEF, 1976).
Muitos autores acreditam que as substâncias
liberadas pelas algas podem ser tanto nocivas como favorá-
veis para outras algas (PEREIRA, 1978).
Produtos da decomposição de certas esnécies
de algas têm sido adicionados à água destilada, formando
um meio de cultura onde são semeadas outras espécies. Em
muitos casos, tais produtos têm demonstrado efeitos estimu
!antes ou inibidores (SegundoHartman, citado por BRANCO,
1962).
Por outro lado, sao muitas as evidências de
inibições e auto-inibições de proliferação de algas causadas
por esses organismos.
~ curioso assinalar que as "florações" sao,
em geral, causadas por uma Única espécie de alga, desapare
cendo, quase por completo, as outras pertencentes ao mesmo
grupo em "floração" (BRANCO, 1962).
Entretanto, associadas à "floração" podem
haver outras algas, geralmente de outras divisões, que pa
recem estimuladas pelas próprias substâncias oue funcionam
como inibidoras das primeiras. Além disso, uma mesma subs
tância secretada pela alga pode agir como estimulante, qu!n
do em pequenas concentrações e como inibidora ouando em
concentrações maiores.
Baseada nos trabalhos de TASSIGNY ~ LEFRmTE
(1971), ZAGO (1972) cita que os metabolitos produzi dos ne
46
la alga em "floração", podem exercer um efeito ant~_gônico
' sobre outras espécies de algas, sobre animais e sobreelas
mesmas, quando no auge do desenvolvimento. Esta mesma au-
tora, salienta ainda, o fato conhecido de que muitas algas
e entre elas, espécies de Anabaena (A. va~iabilis, A.g~l~
tinosa e A. cylind~icaJ excretam material nitrogenado ria
forma de aminoácidos e polipetídeos.
Por outro lado, há um certo nível em que a
"floração" passa a ser nociva à própria espécie que ~e~~
produzindo. A falta de luz e~ubstâncias nutritivas acaba
desencadeando a queda e finalmente a extinção do fenômeno
(CARVALHO, 1975).
Várias influências podem ser exercidas pe
las algas sobre a comunidade zooplanctônica. Dentre elas,
citamos a cadeia alimentar.
Na Renresa Billings, o zooplâncton foi nume
ricamente dominado pelos copépodos e cladóceros. ~a esta
ção 2, o número de rotÍferos foi maior que o de copépodo
(SENDACZ, 1978).
Com exceçao dos copépodos ciclopóides, que
sao carnívoros, o restante do zooplâncton é de filtradores,
alimenta-se diferencialmente do fitoplâncton e pode influe~
ciar na estrutura e sucessão de uma comunidade algácea como,
por exemplo,l\,.a ocorrência das "florações".
PORTER (1977) dividiu o fitoplâncton em três
grupos de acordo com a ação dos filtradores zooplanctônicos.
As maiores distí~c~~~ - entre os grupos foram baseadas no
tamanho e morfologia das algas.
CARVALHO (1975) verificou a inf:uênc: a da
"floração" de algas sobre o :ooplâncton e acha nossÍ':el
que, no caso dos ciclonóides, esta comunidade ooder1a ter
47
sido atingida por substâncias tóxicas eliminadas por Anabae
na spiroides.
Sucessão
No estudo das relações entre as várias espé
cies de algas em uma massa de água, é freqUente ohservar-se
associações de algas pertencentes a diferentes espécies e,
até mesmo, a diferentes divisões sistemáticas (BRANCO, 1962).
Na estação 2 da Represa Billings, Mi~ro~ys
tis aeruginosa aumentou progressivamente no período de ch~
vas e, em seguida, durante o período de estiagem, a princí
pio predominou e depois foi decrescendo quantitativamente
até desaparecer no final deste período, quando, então, foi
substituída por "florações" de Anabaena spiroides (Fig. 18).
Ao contrário do que se obteve na estação 2,
em termos de sucessão de algas, PALMER (1960) e
BRANCO (1962) observaram na mesma Represa Billings,
que as proliferações de Anabaena eram sucedidas por "flora
ções" causadas por Mi~ro~ystis.
Duas sugestões foram levantadas por BRANCO
(1962) para explicar esta Última sucessao. A primeira foi
baseada na possibilidade de que Mi~ro~ystis forneça ao
meio algum elemento indispensável à proliferação da Anabae
na. Como argumento dessa sugestão, o autor apontou o fato
de que, em uma série de lagos de uma região, podem ser ob
servadas "florações" de Mi~ro~ystis em um lago e de Anabae
na em outro localizado nas suas proximidades. A outra su
gestão está baseada no fato de Anabaena desenvolver-se me
lhor em águas contendo maiores concentrações de cálcio e
menores de nitrogênio. Quando a água é pobre em cálcio
48
rica em nitrogênio, desenvolver-se-ia Mi~ro~ystis em lugar
de Anabaena. Esta segunda sugestão pode ser a que mais
se enquadre nos casos de sucessão ocorridos na Represa Bil
lings.
Segundo McCOMBIE (1953) , o crescimento do
fitoplâncton é influenciado por fatores limitantes e con
troladores. Entre estes Últimos, podem ser ressaltados a
temperatura, o pH e outros, que determinam o modo pelo qual
o fitoplâncton é capaz de utilizar os fatores limitantes,
tais como, os sais minerais, etc. Em certos períodos, os
efeitos provocados pelos fatores controladores e limitantes
podem dar lugar a efeitos letais, que influenciam deleteria
mente na sobrevivência da alga.
No ambiente aquático, cada espécie de alga
apresenta características inferiores e superiores que con!
tituem o seu limite de tolerância. Entretanto, a composi
ção física e química da água de um reservatório apresenta
variações que dependem da estação do ano, do período do
dia, do local e da profundidade.
Para cada ecossistema, há uma população de
organismos com um certo grau de exigências em relação aos
elementos que exercem influência sobre o seu desenvolvi
mento. Já em 1840, Liebig dizia1
em sua lei do mínimo,
que o crescimento dos vegetais é limitado pelo elemento
cuja concentração ou intensidade é inferior a um valor mí
nimo, abaixo do qual as sínteses nao podem ser realizadas.
Esta lei, entretanto, está sujeita a duas
críticas. A primeira, pelos fatores responsávei s pela pr~
liferação de determinada espécie não agirem isoladamente
mas, ao contrário, interrelacionaremr~~A segunda crítica,
49
pelos seres vivos viverem sempre dentro de limites. Deste
modo, os vários fatores que intervém no desenvolvimento de
-uma esnécie apresentam valores inferiores ou superiores as
exi~ências desta espécie, mas a lei do mínimo foi estendi-
da e atualmente fala-se em fator limitante. Isto signifi-
ca que quando um fator ecolÓgico está ausente ou reduzido
a níveis inferiores ao mínimo crítico, ou superiores ao
nível máximo tolerável, impedirá o desenvolvimento da esp~
cie considerada.
Fator limitante diz respeito ã disponibili
dade e intensidade de certos elementos que permitam um de
senvolvimento Ótimo dos organismos. Depreende-se daí, a
importância deles, quando o controle dos organismos aquãti
cos se faz necessário. Fator limitante, entretanto, nao
é letal, mas sim limita por escasez ou excesso o potencial
de crescimento de uma população (BRANCO, 1964).
4.2 Características fÍsicas
1. Radiação solar, insolação e temperatura
A radiação solar direta é o fator que mais
contribui para o aquecimento da água de reservatórios e 1!
gos. Assim é que, em dias nublados o aquecimento é mais
intenso do que em dias de céu lÍmpido.
Os dados de radiação solar obtidos na Repr~
sa Billin~s apresentaram seu máximo no mês de fevereiro
de 1978, período de chuvas, ocasião em que a diversidade
de fitoplâncton foi maior, e seu valor mínimo ocorreu em
julho de 1978, período de estiagem, quando auant i tativamen
te o fitoplâncton alcançou valores maiores (Tah. 1 e Fig.3).
50
As frações das radiações solares oue conse-
guem atravessar a superfície penetrando na massa de agua - PC L0
sao constituídas nela luz e calor.
Os vegetais necessitam da luz para sua sín
tese orgânica e são eficazes os comprimentos de onda situa
dos em torno do vermelho e, em menor grau, do azul. Isto
ocorre em virtude da maior quantidade de energia destes em
relação aos outros comprimentos de onda oue podem ser absor
vidos pela clorofila.
Tendo os vários comprimentos de onda pode
res de penetração diferentes na massa de água, estes fato
res são decisivos na capacidade de desenvolvimento e na
qualidade do plâncton da água. Portanto, a intensidade lu
minosa tem papel preponderante na variação do conteúdo em
clorofila das células das algas. Muitas delas crescem me
lhor sob baixas intensidades luminosas do que soh altas in
tensidades.
De um modo geral, parece que as clorofíceas
exigem maiores intensidades de luz, enquanto que as diato
máceas e crisofíceas nâo são muito exigentes quanto à luz.
As cianofíceas revelaram-se mais exigentes com refer~ncia
ã temperatura do que com a intensidade luminosa (BRANCO,
1962).
Na Represa Billings constatou-se, na esta
çao 1, uma presença maior de clorofíceas na superfície
(Tab. 7 - 10), o que está de acordo com a afirmação aci-
ma de Branco.
A insolação total aquece ma1s ran1 J amente
o ar que a água, mas sendo o calor específico da água mais
elevado que o do ar, seu aquecimento e resfriamento serão
51
mais lentos, tornando o ambiente aquático mais estável Clll{'
o terrestre. Parte do calor recebido pela massa de
é resnonsável nela temneratura. Também, devido ao seu ca -
1 o r e sne cí fi co, em de terminadas horas do di a, a temo e r a tu ·-
ra da á p,ua é maior que a do ar.
O f i tonlâncton não mantém constante sua
temperatura interna, tendo, portanto , sua atividade metabó
lica limitada nel a t emneratura ambiente.
Na Renresa Billin?S a temnerat ur a do ~ r va
riou de 14,5 9 C a 28 ,59f na estacão 1, durante to do c ~e r Í0
do de observação. Na estação 2 a temneratura ào ar variou
de 11,59( a 28,89C (Tab. 2).
Na estação 1 a temperatura da água sunerfi-
cial variou de 17,89C a 28,59(. De um modo pera1, a temne
ratura da água de superfície acompanhou a do ar (Fi ~ . 4) .
A temperatura da água a 2 m de profundidade
variou de 17,8'C a 28,09C.
Foram exce ões as temperaturas registradas w 08 ~ :l 3 o f- g
nas coletas de 11.01.78, 03.05.78 e 26.07.78, em que a te~
peratura na profundidade de 2 m foi superior à da superfí
cie. Nas demais coletas, a temperatura da superfície da
água foi sempre superior à de profundidade, tendo a dife
rença entre elas atingido um máximo de 29C, sendo 23,8 9 C
na superfície e 21,89C na profundidade de 2m (Tab. 2 e
Fi g. 4) .
Portanto, as temperaturas da água e do ar
mostram um ciclo sazonal normal, com um máximo no oeríodo
de chuva (verão) e um mÍnimo na estiagem (inverno), como e
videncia a Fig. 8.
De um modo geral (Fig. 12), observa-se que
52
nao houve grandes variações de temperatura do ar e da á
gua no decorrer do período anual estudado, isto é, de outu
bro de 1977 a setembro de 1978.
A temperatura influencia na distribuição
quantitativa do fitonlincton. Variando-se a temneratura e - ""'\.!). mantendo-se as demais condiçoes semel hantes,\·zonas de cli-
ma ouente, em que os nrocessos metabÓlicos da alga sao mui
to intensos, ocorrerá absorção de uma maior ouantidade de
nutrientes do aue oor algas de clima temperado. Portanto,
nesta Última zona, uma maior nonulação será mantida nara
uma mesma quantidade de nutrientes.
Isto foi muitas vezes confirmado na Renresa
Billinps, onde quantitativamente o fitonlincton foi Menor
nos períodos de alta temperatura (época das chuvas ) e maior
nos períodos de menor temperatura, ou época de est1ag~m
(Tab. 14).
Já em 1959, Branco verificou uma diminuição
do número de algas na Represa Billings, coincidente com a
elevação progressiva da temperatura durante os meses de j!
neiro, fevereiro e março (BRANCO, 1959).
Em clima temoerado, a radiação solar, luz,
calor e a temperatura, geralmente sao fatores limitantes
(KUTNER, 1972), e as estações são bem definidas.
Como consequência disso, as al p. as que ocor-
rem em zona temperatura foram classificadas nor Tran-
seau em 6 grupos, tais como, algas de inverno, nrimavera-
vera, verão, outono, nerenes e efêmeras (BRANCO, 1959). ~
Outro exemplo nesse sentido, e dado por ~"OITA (19 76 ) que
em Albufeira do roxo, em Portugal, realizou um estudo sazo
nal qualitativo e quantitativo dasespécies oue constituem
53
o fitonlâncton e agrupou-as em algas de prinavera, verao,
outono e inverno.
As relaç6es entre or ~ anismos fiton lanct6ni
cos e as variaç6es sazonais nas regi6es tronical e sub t!o
nical, porém, são de difÍcil internretação (RR_A. \ CO, 1960),
~rincipalnente pelo fato das esta ç 6e s do ano nã c serem de
finidas , não se tornando nossível f azer o ar runa~ento de
alras segundo o critério escolhido para zona temnerada.
Uma outra influência da luz e da temperat~
ra está na distribuição vertical do fitoplâncton. ~ ara a
assimilação do carbono, o fitonlâncton movimenta- se na
coluna de água em busca do seu "clima de luz" ideal.
Uma elevação da temperatura, com conseatien
te diminuição da viscosidade, causará a descida dos orga-
nismos fitoplanctônicos até às camadas mais frias, mais
viscosas e de maior densidade específica, onde sua susten
tação será mais eficaz e a temperatura mais amena. Por
isto, muitos organismos planctônicos de águas quentes são
providos de estruturas destinadas a retardar sua movimen-
tação vertical (KUTNER, 1972). Algas desmidiâceas como
Staurastrum e clorococales dos generos GoZenkinia~ Miarac
tinium, Tetraedron, Scenedesmus, etc., são providas de
processos espinhosos que aumentam a superfície de contato
de alga com o meio, provocando, assim maior atrito entre ...
ambos, dependente do grau de viscosidade da agua. Ora,
sendo a viscosidade influenciada nela temperatu; ~ da água,
haverá, obviamente, variação da velocidade de queda des-
ses microrganismos. Ressalte-se, ainda, que es s es organis
mos, quando vivos, se ~recipitam muito mais lentar.ente
que quando mortos (BRANCO, 1962).
TUNDISI e colah. (1978 ) evidencio.rar
54
uma baixa taxa de afundamento do :ito~lâncton
em lagos do Vale do Rio Doce, Estado de Minas Gerais, qua~
do se registrou a presença de estratificacão térmica. Pa
ra explicar o ocorrido, afirmaram aue isso pôde ser conse
guido à custa de uma redução da razão superfÍcie/volume ou
ao aumento dasestruturas ou mecanismos oue auxiliem a manu
tenção da flutuabilidade desses organismos.
Há, realmente, influência sensível da temp~
ratura e viscosidade da água na velocidade de afundamento
das algas, devendo existir, também, influência de algum fa
tor fisiolÓgico. Isto pode estar ligado ao fenômeno de fo
tossíntese por exemplo, uma vez oue, após a exnosicão ~
luz, a alga leva um tempo maior para afundar do oue quando
permanece à sombra. Provavelmente, trate-se de formação
de oxigênio no interior da célula, dando a esta uma menor
densidade, isto é, diminuindo a diferença de peso específi
co (BRANCO, 1960).
A maioria dos vegetais planctônicos tem exi
gências quanto ãs temperaturas máxima e mínima toleradas.
Em algumas espécies, a tolerancia é bastante grande, supor
tando amplas variações (KUTNER & TORGO, 1962).
A maior parte das espécies de algas de água
continental, quando cultivadas em meio artificial, desen
volve-se melhor em temperaturas situadas entre 15 e 259C.
Entretanto, algumas espécies de cianofíceas dos gêneros A~a
baena e Microcystis têm1
ouando em meio Ótimo quanto a nu
trientes e luz, melhor desenvolvimento em temperaturas su·
periores a 309C. Muito freqUentemente, as Proliferações
intensas de cianofíceas, que formam "floração" nas águas,
estão relacionadas com a elevação da temperatura ambiente
(BRANCO, 1962).
55
Densas populações de algas cianofíceas sao
freouentemente associadas com temneratura da iQua hastante
altas.
Segundo o trabalho de GA.t-.IF (1972), o re gi -
~e de temneratura do lago Georr,e. lago equatorial africano,
varia de 25 a 359l., faixa esta que se enouadra dentro da
temperatura mé~ia Ótima nara cianofíceas, o.uc neste la ~o
se desenvolvem intensa~ente.
Visto que no nlincton de outros lapa s do
leste da Ãfrica, com temneraturas similares, s~o as diato-
máceas que dominam (fiLf-1ftJ·' , 1971), a nresença ele cianofíceas
não deve ser uma simples função da temperatura.
Em lar,os e reservatórios de re gião de clima
temperado, geralmente no verão, a temperatura da água é m~n
tida uniformemente distribuÍda enquanto no inverno ocorre
a estratificação térmica.
As estações do ano nao sao perfeitamente d~
finidas nas regiões tropical e subtropical, e a conhecida
estratificação térmica, que ocorre em lagos das regiões t~m
peradas, praticamente não se verifica nos lagos das regiões
quentes. Aliado a este fator, deve-se ressaltar aue as
pequenas profundidades dos lagos facilitam a ação dos ven
tos, provocando circulação da água, que destrói praticame~
te qualquer indÍcio de estratificação (BRANCO, l9 6n) .
Segundo BEADLE (1974), o princinal agente
determinante da circulação da água em lagos tron icais e,
conseqtientemente da desestratificaçio térmica . ( o vento,
muito mais provavelmente do que as flutuações snzonais em
radiação solar e a temperatura da atmosfera.
Um dos fatores responsáveis pela turbulência
- -da agua e a velocidade do vento (WELCH. 1952 ) .
56
Provavelmente seja a nequena viscosidade da
arua quem torne a ação do vento mais decisiva na circulação
da igua nas regi6es de clima quente do que nas regi6es de
clima frio (KLEEREKOPER, 1939).
Os meses de maior média de velocidade do
vento na Renresa Billin~s. no neríodo estudado, foram outu . '
bro e dezembro de 1977 e setembro de 1978 (Tab. le Fig. 3).
NRICHT (1936) observou oue na Represa Bil-
linp.s (Pio Grande ) a diferenca de temPeratura entre a su
nerfície e o fundo era muito ne0uena evidenciando não ha
ver urna estratificacão térmica definida. Ainda na Represa
Billings, BPANCO (1966) observou que o pradiente térmico e
a pequena nrofundidade desse reservatório não são suficien
tes para garantir qualouer estabilidade de estratificação,
nois nessas condiç6es urna estratificação não resistiria a
ventos mesmo de neoucna intensidade.
Não houve estratificação térmica na Represa
do Lobo, Estado de São Paulo(TUNDISI e colab., 1972). Is-
to foi confirmado nor nARINS (1972).
~ a Represa do Rio Pardo, Estado de São Pau
lo, HENRY (1977) também não observou estratificação térrni-
ca.
Em Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, TUNDI
SI e colah. (1978) estudaram lapos situados em vales rela-
tivamente nrofundos, o oue imnede a circulação da água por
acão do vento. Como conseoUência, foi registrada urna es-
tratificação térmica considerável, a qual permaneceu por
volta de seis meses.
Fm re~i6es da África tronical, TALLINC
(19fi5) observou uma forte estratificação térmica de janei-
57
ro a junho, devido possivelmente a grande profundidade
destes lagos.
4.2.2 Cor, Turbidez e Transparência
llm aumento acentuado da turbidez e da cor
pode reduzir a profundidade de penetração das radiações so
lares e também reter calor nas partículas em susnensão, o
que acarretará o aumento da temperatura da áp.ua das cama-
das superficiais. Portanto, cor e turbidez constituem fato
res responsáveis pela limitação de luz e podem interferir
no desenvolvimento de algas em uma massa de água. Desse
modo, águas claras permitem uma maior proliferação de or
ganismos fotossintetizantes que águas coloridas ou turvas.
A cor das águas naturais exerce forte ação
seletiva na luz que a atravessa, sendo a principal respon
sável pela qualidade da luz presente a uma determinada pr~
fundidade (BRANCO, 1964).
Em lagos, a cor pode ser modificada com a
profundidade graças ã ação das radiações ultravioletas so
bre as substâncias orgânicas, susceptÍveis de alteração
nas camadas superficiais.
A cor real da água é dada pela presença de
substâncias pigmentadas em solução ou em dispersão coloi
dal, tais como substâncias minerais (ferro, manganês, etc.
ou orgânicas (taninos, etc.) A
O ferro e o manganes constituem~na forma
solúvel de carbonatos, os principais elementos responsá
veis pela cor das águas naturais. Em presença de elevadas
concentrações de oxigênio, esses carbonatos precipitam-se
sob a forma de hidróxidos insolúveis.
58
Em lagos que apresentam altas concentrações
de oxigênio dissolvido na água, que nodem ser decorrentes
da fotossíntese de um grande número de algas que 3Í proli
feram, é comum observar-se ~recinitação de ferro sobre as
prónrias células de algas des~idiáceas (BRA~CO , 1 ~6 2).
A cor real da á Pua tem ação indicadora de
nl', pois o tamanho das nartículas coloidais varia em fun
çao do pH, tornando-se em meio ácido maiores e mais numero
sas que em solução básica (BRANCO, 1964).
A cor das águas naturais é geralmente devi-~L~
da a produtos de decom?osição da matéria ~rõnria massa
de água, ou do hÚmus do solo adjacente. Assi~ sendo, há
uma relação quantitativa entre cor e carbono orr.ânico pre
sente na água.
Os dados registrados de cor na Penresa Ril
lings, estação 1, mostraram valores máximos de 190 mg/1 Pt
na superfície e 130 mg/1 Pt na profundidade (2 m); ambos
dados foram registrados no período de estiagem. Valores
mínimos, de 30 mg/1 Pt na superfície e 20 mg/1 Pt na prof~
didade (2m), foram encontrados no período das chuvas (Tab.
&).
A Fig. 8 mostra uma nítida variação sazonal
da cor em todas as estações estudadas, sendo esta maior no
período de chuvas na estação 1 e maior no período de estia
gem na estação 2.
No período anual estudado, de outubro de
1977 a setembro de 1978, as medidas de cor anre sentaram-se
geralmente maiores na estação 2 (Fig. 12).
A cor a~arente da água da Renresa Rillings
nos pontos estudados pode ser causada pelos orr-anismos aqu~
59
ticos clorofilados aue aí proliferam em grande numero.
Um caso oatente da influência da cor sobre o
fitoplâncton, registrado por BRANCO (1962), ocorreu nos la
gos artificiais aue formam o sistema Cotia em São Paulo,
Brasil e renresentados nelas Renresas Cachoeira dn Graça e
Pedro Beicht. Embora existam as mesmas esnécies de algas
em ambos os lagos, o n~mero encontrado nopri~ei~o foi mui
to menor que o existente na Represa de Pedro Beicht. Isto
verificou-se norque a á~ua de Cachoeira da Graça anresen
tou-se com maior intensidade de cor. Portanto, os fatores
físicos como cor e turbidez, cuja açao se faz sentir atra
vés da limitação da quantidade de luz que penetra na água,
afetam quantitativamente o plâncton, não interferindo, no
caso das represas consideradas, no tipo de microrganismos
que aí se desenvolveram.
Em lagos eutrofizados, como o do Parque Zo
olÓgico de São Paulo, o grande número de algas dificulta a
penetração de luz bloqueando, assim, a fotossíntese nas
camadas inferiores da água (ROCHA E NARDUZZO, 1975).
Os dados de turbidez na Represa Billings,
na estação 1, apresentaram valores máximos na superfície
de 18,0 FTU no período de chuva,e na profundidade (2 m)
16,0 FTU no período de estiagem. Quanto aos valores míni
mos, foram encontrados 2,0 FTU na superfície e 2,2 FTU na
profundidade (2m), ambos no período de estiagem (Tab. 2).
A turbidez não apresentou variação sazonal
nítida na estação 1, mostrando uma variação maior na esta
ção 2, tanto no período de chuva como no de estiagem (Fig.
12).
Ao longo do/ano estudado, outubro de 1977 a
60
setembro de 1978, os valores de turbidez foram maiores na
estação 2, seguido~ não muito de perto,f~~ estação 1 (supe~ ficie) e os menores valores nara a turbidez fora~ registra-
dos na profundidade (2 m) da estação 1. Analisando estes
dados pode-se dizer que a turbidez e a cor não imnedem o de
senvolvimento do fitoplâncton na camada eufótica da Represa
Billings.
Estudos efetuados por BRANCO (1966) na Repr~
sa Billings revelaram que os baixos valores de turhidez e
de cor são alguns dos fatores responsáveis pelo elevado nu
mero de microrganismos aí encontrados.
BRANCO (1962) fez um estudo comparativo en
tre as represas de abastecimento de São Paulo - Represa Bil
lings (Rio Grande), lago Guarapiranga e o sistema do Alto
Cotia. Observou, na Tab. 15 a seguir apresentada, que o al
to teor de nitrogênio, bem como a cor e turbidez muito bai
xas no primeiro manancial, constituíam fatores responsáveis
pelo elevado número de algas que aí se encontrava~. Verifi-
cou, entretanto, que o Cotia, embora com um teor de nitrog~
nio menor que o de Guarapiranga, foi caracterizado geralme~
te por um número de algas mais elevado do que o que se encon
trava neste Último, e isso se devia ã diferença entre os ín
dices de cor e turbidez que se verifica nos dois mananciais.
As constantes dragagens que foram realizadas para a retira
da permanente de areia do fundo do manancial Guarapiranga
man~v~~ua água turva e contribui~~uito para que~le nãose
formasse um número elevado de algas, apesar de seu teor mi-
neral relativamente alto.
61
Tabela 15- Represa Billings, Alto Cotia e Guarapiranga
Dados de turbidez, cor, nitrogênio e algas
Billings
Guarapi ranga
Alto Cotia
(BRANCO, 1962).
Turbidez Cor (ppm) N(ppm) algas (n9/cm 3)
5
13
6. s
31
94
62
1,045 mais de 20.000
0,435 500
0,386 6.000
Em locais ricos em fitoplâncton, a transp!
rência., além de indicar a profundidade de penetração da
luz na coluna de água, mostra, também, a localização apro
ximada do fitoplâncton no período fotossintetizante.
A transparência da água exerce muita infl~
ência na movimentação vertical do fitoplâncton quando es
te busca o seu "clima de luz" ideal para a assimilação do
carbono.
Na Represa Billings, a Tab. 2 e Fig.4 mos
tram valores baixos de transparência da água na estação 1,
com um mínimo de 0,70 m no período de estiagem, e um máxi
mo de 2,0 m no período de chuva.
A transparência apresenta variação sazonal
(Fig. 8).
Ao longo do período de outubro de 1977 a
setembro de 1978 a transparência apresenta urna pequena os
cilação (Fig. 12).
Na Represa Billings, a transparência sofreu
influência das alterações na cor e na turbidez da água. Um
dos principais elementos que influencia~3ha redução da
62
transnarência, nos nontos estudados, foi a grande quantid~
de de alp:as existentes. Por exemplo, as medidas de trans
parência efetuadas no lago do Parque ZoolÓgico de São Pau
lo não ultranassaran os 20 em de profundidade, devido ã a-
hundância de materiais nresentes, tais como: silte, areia
filtrada,~~(ROCP.A 0 NARDUZZO, 1975).
\a Penresa de Americana, LI\R\:ALH0 ( 19"'5) v~
rificou uma diminuição na transnarência da iPua nas esta-
ções chuvosas.
4.3 Característjcas ouímicas
na oualidade e das prono~cões existentes
entre as várias substâncias e gases dissolvidos na água,
dependem, em larga escala, a quantidade e o tipo de orga-
nismos oue vivem nesse ambiente.
4.3.1 Condutividade elétrica
A condutividade elétrica mede a quantidade
total de material ionizado · em uma solução, que node · ser
resultante do suprimento de nutrientes ao meio aquático.
A condutividade elétrica na Represa Billings
anresentou na estação 1 valores mínimos de 55 ~S/cm para a
superfície da água e 40 ~S/cm para a nrofundidade (2 m) ,
ambos no período de estiagem. Valores máximos foram ohser
vados no período de estiapem: 205 ~S/cm para a sunerfície
e 220 ~S/cm para a profundidade de 2 m (Tab. 4 e Fip. 5).
Na estação 2 o valor máximo da condutivida
de elétrica, de 200 ~S/cm registrado no reríodo de estiagem,
63
coincidiu com o da chuvosa e o valor mínimo de sn ,s;cm o
correu no período de estiagem.
A Fig. 9 evidencia uma pequena variação sa
zonal da condutividade elétrica na estação 1, enquanto a
estação 2 praticamente não apresentou variação sazonal no
período de chuva e estiagem.
A condutividade elétrica no decorrer do pe
ríodo anual estudado, de outubro de 1977 a setembro de 1978,
apresentou valores maiores na estação 1, quando comparados
com os da estação 2 (Fig. 13).
Será visto, pela comparaçao a seguir, que
estes dados de condutividade elétrica obtidos na Represa
Billings, comparados com outros trabalhos, revelaram-se al
tos.
Por exemplo, nos lagos do Vale do Rio Doce,
Est•do.de Minas Gerais, Dom Helvécio, Carioca e Bonita, a
condutividade elétrica apresentou-se relativamente baixa,
ao redor de 30 a 48 ~S/cm, com um aumento gradual abaixo da
teTmÓclina resultante nrovavelmente do material em sus
pensao e material inorgânico no fundo (TUNDISI e colab.
1978).
Segundo GODOI (1964), os ribeirões e rios
de São Paulo apresentaram, em média, de 40 a 55 ~S/cm de
ionização, e, para a ictiofauna, o Ótimo de condutividade
elétrica sitúa-se entre 100 e 550 uS/cm, sendo 1000 uS/crn
o máximo suportado.
Estudos realizados por BONETO (1976) no Rio
Paraná mostraram que a condutividade elétrica arresentou
variações de 38 a 95 uS/cm e assinalaram ainda, a coinci
dência de que os picos de condutividade aparecem com a qu~
da dos valores de turbidez sugerindo uma correlação negativa.
4. 3. 2 pH
O pH das águas de lagos e reservat6rios tem
relação direta com a geologia, topografia e tipo de solo
da bacia de drenagem. A variação regional do conteúdo do
diÓxido de carbono é um dos principais responsáveis pelo
pH das águas naturais.
As alRas retiram, para sua síntese orgânica
o gás carbônico da água em que vivem. Este processo tem
enorme importância, pois em águas fracamentes tamnonadas,
durante todo o dia havendo maior intensidade de fotossínte
se, o pH pode elevar-se bastante. Há casos citados na li
teratura, em que o pH chegou a 10. E à noite, havendo maioi
intensidade de respiração, o pH pode tornar-se ác i do (BRAN
co' 196 2) .
Algumas algas sao exigentes com relação ao
pH, enquanto que outras são mais tolerantes. Algas que
vivem em meio pantanoso ou de vártea exigem geralmente val~
res baixos de pH (de 4 a 6). Outras vi vem em nP nróximos
do neutro (BRANCO, 1962).
O pH medido na Represa Bi llinrs foi sempre ..
superior a 6,0 durante a epoca em que o trabalho foi desen
volvido (Tab. 4 e Fig. 5).
Na âgua de superfície da estação 1 , o valor
mínimo de 6,4 registrado no período de estiage ~ coincidiu
com o da chuvosa. O valor mínimo da profundid ade (2 m)
foi de 6,40 no período de estiagem. Os valores máximos de
pH foram de 9,20 na superfÍcie durante a esta l ao chuvosa
e 8,80 a 2 m de profundidade no período de estiarem. Na
estação 2, o valor máximo 9,0 e mínimo 6,10 foram re gis-
65
trados no período de estiagem.
O pH apresentou variação sazonal em todas as
estações de estudo, no período de chuva e estiagem (Fig. 9).
Praticamente o pH não apresentou grandes va
riações ao longo do período de outuhro de 1977 a setembro
de 19 7 8 (F i g. 1 3) .
A respeito do n~ . deve ser mencionado ainda
que o jornal Diário Popular registrou, n~ dia 27.04.78
(pág. 7), um acidente ocorrido nele despejo de toneladas de
hidróxido de cálcio na Represa Billings nela empresa Elclor,
situada a 20 km do municÍpio de Ribeirão Pires. o que ocasi~
nou uma grande mortandade de neixes. No dia 03.05.78, oua~
do foi realizada a coleta quinzenal de rotina, observou-se
na estação 1, situada prÓxima ã captação de águas para o
abastecimento dos municÍpios do ABC (São Caetano, Santo An
dré, São Bernardo e niadema)~ presença de peixes mortos boi
ando à superfície e junto às margens da represa. Verifica-
do o pH, detectou-se a alcalinidade da água, que foi cres-
cente principalmente umas semanas anós o acidente.
A grande quantidade de algas na Represa Bil
lings retirando gás carhônico para dar continuidade ao seu
processo fotossintético elevou, de modo geral, o pH da . a-
gua deste reservatório durante o dia, por quase todo o pe
ríodo estudado. Ao lado disso, os despejos de hidróxido de
cálcio pela fábrica Elclor agravaram mais a situação do am
biente.
Uma con fi nnação disso foi dada pelos estu
dos já realizados por BRANCO (1958) na Represa Billings.
que evidenciaram que desde 1953 o aumento do número de al
gas. em determinadas épocas do ano, ocorre de maneira cícli
66
ca correlacionada às variações do pH.
Outra correlação feita por BRANCO (1958)
foi a sazonal, em que, observando os valores de pH das -a-~
guas da Represa Billings, no ponto de tomada de aguas para
o abastecimento do ABC (Santo André, São Caetano, São Ber-
nardo e Diadema), verificou que ele se eleva por ocasião
das secas (ou período de estiagem). Este mesmo autor afir
mou que essa diferença vem se tornando cada vez mais eviden
te indicando, possivelmente, grande proliferações de al
gas. Há, além disto, oscilações durante cada ano, compre
endendo os máximos de proliferação de algas ao período de
estiagem.
Em 1966, BRANCO registrou uma variação de
pH na Represa Billings de 7,0 a 7,4.
KLEEREKOPER (1939) registrou na Represa de
Guarapiranga, Estado de São Paulo, variação de pH de 5,9 a
6,9. KAWAI e colab. (1967) registraram na Represa do Rio
das Pedras, Estado de São Paulo, variação de pH da ordem
de 6,4 a 8. O lago Paranoá, em Brasília, Distrito Federal,
apresentou-se quase sempre alcalino na superfície de água
e, às vezes, ligeiramente ácido nas camadas inferiores (KA-
WAI e colab., 197Z).
No período de estiagem (inverno) o valor de
pH na superfície da água, na Represa do Broa, Estado de São
Paulo, foi de 6,1 (máximo) e no período de chuva (verão)
foi de 5,4 (mínimo), TUNDISI (1977) afirma que o nH medido
foi sempre menor que 7 e atribuiu estes valores baixos à
contribuição do solo circundante, o qual é extremamente âci
do.
4.3.3 Nutrientes
Entre os sais minerais, aqueles que geral-
mente se apresentam em quantidades insuficientes ao fito
plâncton no ambiente aquático são: fósforo e nitrogênio.
Por esta razao, as águas naturais, desde que não sofram d~
pejos orgânicos e industriais, contêm em geral, pequenas
densidade de algas.
Fosfato
Deficiência em fÓsforo pode acarretar inibi
çao do desenvolvimento do fitoplâncton e resultar em decré
cimo da produtividade do sistema. Nos diversos amhientes
naturais da alga, o fÓsforo está presente princinalmente
como ortofosfato.
Já se provou que, em diferentes algas, a as
similação de fosfato e a incorporação em certas frações -e
maior na luz do que na escuridão. Isso pode ser observado
principalmente, quando em algas cultivadas em meio defici-~
ente de fosfato e adicionado este componente (KUHL, 1968).
Na maioria dos lagos, a assimilação de fos
foro pelo fitoplâncton e pelas bactérias reduz o conteúdo
de fosfato inorgânico da água.
Os corpos de água que apresentam alguma po
pulação vegetal, contêm pequena quantidade de fosfato: em
alguns casos, inferior a 0,001 mg/1 (REID & woon, 1976).
As concentrações Ótimas de fósforo na água
necessárias ao desenvolvimento de algas sitúarn-se ao redor
de 0,1 a 1,8 mg/1, sendo que o consumo pelas algas é maior
quando a fonte de nitrogênio é nitrato, do que quando essa
fonte ê amônia (BRANCO, 1969).
68
Na Represa Billings, os resultados das análi
ses de fosfato revelaram valores mínimos quase sempre aquem
do limite de sensibilidade do método (Tab. 3). A explicação
para estes valores mínimos de fosfato encontrados na referi
da represa pode estar no fato de que, para manter a grande
população fitoplanctônica, todo fosfato deve ter sido tão
rapidamente consumido que tornou difícil sua detecção.
Experiências realizadas em laboratório indi
cam que mais de 95\ do fósforo radioativo adicionado em cul
tura, pode ser gasto pelo fitoplâncton e bactérias em vinte
minutos (REID & WOOD, 1976).
Segundo ROCHA (1971) , o fósforo nao é um fa
tor limitante em águas que recebem poluição por esgoto dom~s
tico. Em se tratando da Represa Billings, esta afirmativa
enquadra-se perfeitamente.
BRANCO (1958) observou que as maiores concen
trações de fosfato registradas na Represa Billings ocorre
ram no período de estiagem.
Estudos realizados por HERON (1961) , sobre a
variação sazonal de fosfato em lagos na Inglaterra, verifi-
caram que, entre outras causas, aumentos rápidos na concen-
tração de fosfato podem advir do elevado número de células
mortas depois de uma · floração" algal.
Em águas de reservatórios da fndia, JANA
(1973) encontrou valores altos de fosfato, de 0,25 ppm a
0,55 ppm, durante o inverno e começo de verão.
Amônia, nitrito e nitrato
O nitrogênio pode, na forma molecular , ser
fixado ou por atividade de certas espécies de algas cianofí
69
ceas ou de bactérias.
Considerável fixação de nitrogênio ocorreu
no lago George, Ãfrica, por algumas algas azuis, em regiões
com pouca ou nenhuma luz (BURGIS e colab., 1973).
O nitrogênio é encontrado nas águas naturais,
de um modo geral, sob a forma estável de nitratos. Entre
tanto, especialmente no caso de águas que recebem grandes
contribuições em matéria orgânica, podem ser encontradas
quantidades variáveis de compostos mais complexos, instáveis,
que ainda não sofreram total oxidação, tais como: compostos
orgânicos quaternários, amônia e nitritos. Em geral, a pr~
sença destes denuncia a existência de poluição recente, uma
vez que essas substâncias são oxidadas rapidamente na água
graças, principalmente, ã presença de bactérias nitrifican
tes (BRANCO, 1962).
Muitos autores, principalmente HUTCHINSON
(1967) • demonstraram que certas espécies de algas reduzem
nitrato a nitrito na parede celular.
O nitrato em solução pode ser removido das
águas pela desnitrificação bacteriana e pela redução a ni
trogênio amoníaca!.
Como indicadores de poluição de água, os co~
postos nitrogenados constituem um dos mais importantes fat~
res de avaliação da qualidade da água. A amônia. por exem
plo, como produto de decomposição de compostos orgânicos.
quando presente na água em concentrações maiores que 0,2 rng/1,
pode ser forte indício da pr&sença de compostos orgânicos.
Geralmente, em águas não poluídas, amônia e
seus compostos ocorrem em quantidade relativamente pequena ,
menores que 0,1 mg/1 (BRANCO, 1964).
70
Na Represa Billings, os resuJt '! ':-~" , das análi
ses de nitrito revelaram valores mínimos, quase :- empre, a-
quém do limite de sensibilidade do método (Ta b. :; ) .
YOLLENWEIDER (1963) afirma que o ritrit o se
transforma em nitrato rapidamente em ambiente sur ersat urado
de oxigênio.
Supõe-se que, na Represa Billin gs , es te f a-
to tenha se verificado e a boa oxigenação do amh i ent e atue
de modo a converter nitrito a nitrato tio rani dame nt e que
sua presença não chegue a ser detectada.
Na Represa de Americana, os valore s mais al
tos de nitrito corresnondem a Rraus de saturação de oxigênio
relativamente baixos (CARVALHO, 1975). ...
Na Represa Billings, durante a eno·: a de estia
gem. na estação 1, a concentração de nitrato apre s entou va
lor máximo de 0,865 mg/1 na superfície da água e 0, 7 80 mg/1
na profundidade (2m) e o valor mínimo de 0,0 mg/ 1 f oi en
contrado no período de chuva, tanto na superfície como na
profundidade (2m).
As concentrações de nitrato na estação 1 mos
traram variação sazonal no período de chuva e est i a gem (Tab.
3 e Fi g. 1 O) •
Os teores de nitrato na estação 2 também re
gistraram valor máximo de 0,765 mg/1, na época de estiagem
e de 0,30 mg/1 na época de chuva (Tab. 3 e Fi g . ó) .
No decorrer do período anual estudado , os va
lores de nitrato foram bem maiores na estação 2 ( Fi g. 11 ) .
Os valores mínimos das concentrações de amô-
nia na superfície da água na estação 1 foram de 0,210 mg/1
e na profundidade de 2m de 0,200 mg/1. Os valore s foram
71
de 2,20 mg/1 registrado na superfície e de 1,70 mg/1 na pr~
fundidade de 2m (Tab. 3 e Fig. 6).
Na estação 1 os teores de amônia apresenta
ram variação sazonal durante o período de chuva e estiagem.
Na estação 2 a concentração de amônia apresen
tou maior amplitude de oscilação durante o neríodo de estia
gem sendo seu valor mínimo de 0,210 mg/1 e máximo de 2,40
mg/1 (Fig. 6).
A Fig. 10 mostra a variação sazonal da amônia
na estação 2 nos períodos de chuva e estiagem .
Praticamente, não houve . , ao longo do perfo
do anual estudado, grandes variações de amônia (Tab. 3 e Fig.
11).
A presença de amônia na Represa Billings pode
indicar, como já foi dito anteriormente, poluição recente
neste reservatório. Em águas alcalinas (caso da Represa Bi!
lings), a amônia é muito mais tóxica do que em águas ácidas
(HYNES, 1971).
Deve-se lembrar, ainda, ao considerar estes
dados, a existência de variações na concentração salina na
Represa Billings devidas, entre outras coisas, às variações
no recalque da Light Serviços de Eletricidade S/A. e aos des
pejos lançados no p~?i~ Rio Grande. No neríodo de estia-
gem, a "Light'', aumenta a vazao de recalque e conse(luentemen
te o nível daquele reservatório (Tab. 1).
Além disso, na estação 1, que fica prÓxima da
estação de tratamento de água da SABESP, usa-se aplicar al
gicida, sulfato de cobre no combate às algas (PERFIRA, 1q70).
A composição física e química das águas da
Represa Billings depende, intimamente, da composição das .. a-
. "
72
guas que circulam através do canal do Rio Pinheiros (BRANCO
& KAV.rAr, 1969).
KlTTNER (1972) mostrou que a disponibi !idade
de nutrientes dissolvidos na ápua, torna-se o fator limita~
te para o desenvolvimento do fitoplâncton marinho, urna vez
que, tanto a temperatura corno a luz propiciam o desenvolv~
mento de algas durante todo o ano. Isto pode explicar a
irregularidade da periodicidade qualitativa e quantitativa
do fitoplâncton de regiões de clima auente.
Em águas que recebem poluição nor esgotos d~
m~sticos, corno~ o caso da Represa Rillings, apesar do enr! ...
quecirnento da agua e~sais minerais ser• favorável . ao de
senvolvirnento do fitoplâncton, ao avaliar-se o grau de in
fluência de nutrientes sohre as algas, depreende-se que o
nitrogênio passa a ser o fator limitante, embora existindo
em maior quantidade que o fósforo. O fósforo ~exigido pe-
las algas em quantidades cerca de vinte ou trinta vezes me
nores que o nitrogênio e existe nos esgotos apena-s em quan
tidades oito vezes menores aue o nitrogênio (esta diferença
tende a decrescer pelo uso crescente de detergentes sintét~
cos ricos em fÓsforo). Assim sendo, no corpo principal da
Represa Billings e nas áreas do Rio Grande, o nitrogênio P!S
sa a ser o mais importante fator limitante. ... ...
Mas e, nas a-
reas menos sujeitas a essa influência, o fÓsforo que possi-
velmente assuma esse panel (BRANCO, 1966).
Portanto, no global, o nitrogênio constitui
-se no fator de maior limitação, visto que o f5sforo entra
em muito menor porcentagem no metabolismo das algas. Entre
tanto, com relação ao controle de poluição, o fósforo apre-
senta-se corno fator primordial uma vez que, ainda que o /
I
suprimento de nitrogênio deficiente,
73
este pode ser obtido do ar atmosférico, sendo
impossível exercer um controle sobre o seu teor nas águas.
T~ o f5sforo, sendo fornecido principalmente por despejos,
é de mais fácil controle.
No presente caso, observa-se que os nutrie~
es estudados nao constituem fatores limitantes ao desen
:olvimento do fitoplincton na Renresa Billings, visto que
sua abundância neste local foi um fato constatado.
A comparação entre os dados obtidos no pri
meiro levantamento em 1963, e os atuais mostram que no br~
ço do Rio Grande, na Renresa ~illinp,s não houve varia-
ções sensíveis de concentração de sais minerais, com exce
ção de nitratos (~RANCO, 1966).
KAWAI (1976) afirmou que o aparecimento de
nitrogênio, na forma nitrosa e nítrica, no corpo central
da Represa Rillings, é muito limitado na época da seca (ou
de estiagem), devido à escassez de oxigênio dissolvido. E~
te mesmo autor verificou em alguns meses, na época de chu
va, quantidades significativas de nitrogênio nitroso e ní
trico em local próxi~o ã nonte da rodovia dos Imigrantes.
De um modo geral KAWAI (1976) encontrou nitrorênio total
na Represa Billings variando de 5,0 a 13,5 mp,/1, dos quais
55 a 70% sao constituídos de nitrogênio amoniacal, e que
a presença de nitrogênio nitroso e nítrico era praticamente
nula.
Portanto, um lago oligotr5fico tem pequeno
suprimento de nutrientes, ao contrário do que ocorre na eu
trofização artificial, em que o aumento de sais minerais
é decorrente da atividade humana (BEETON & EDMONDSON~ 1972).
Segundo MARGALEF (1974) a eutrofização pode
74
ser definida como o enriquecimento das águas com nt ::-rientes
a um ritmo tal que não pode ser compensado pela taxa dos
processos de remineralização total.
A poluição da água decorrente de sais mine
rais pode trazer prejuÍzo considerável ao reservatório por
criar nele condições propícias ao aparecimento de algas, mui
tas vezes indesejáveis, e que nem sempre causam males dire
tos, mas condicionam o encarecimento do tratamento desta á-
gua para fins de abastecimento pÚblico, pela necessidade de
aplicação de corretivos, tais como algicidas. carvão ativa
do ou supercloração a fim de eliminar o gosto ou cheiro pr~
duzido por tais organismos. ..
Portanto, uma agua que se enriquece em sais
de fÓsforo ou nitrogênio torna-se imprópria ao consumo púb!i
co, requerendo processos especiais de tratamento (BRANCO,
1959).
Sob o ponto de vista sanitário, BERGAMIN &
CORREA (1951), GREELEY & HANSEN (1953), BERGAMIN (1954), CAS
TRO (1966) e RODRIGUES (1964) já haviam publicado trabalhos
chamando a atenção para problemas advindos da poluição das
águas da Represa Billings.
KAWAI e colab. (1976) concordam com o fato de
que há uma melhora das condições sanitárias da Represa Bi1-
1ings no período de chuva (Fig. 3).
-BRANCO & KAWAI (1969) prevem para o ano 2000
concentrações de nitrogênio e fósforo na Represa ~illings da
ordem de 40 mg/1 e 2,0 mg/1, respectivamente.
Observou-se, ainda, na Represa Billings varia
çoes qualitativas das algas correspondentesao aumento de con
centração de sais minerais.
15
Para uma diversidade pequena de algas compa-
rada a um teor quantitativo alto, encontramos um aumento de
amônia e nitrato na época de estiagem.
Nas estações estudadas na Represa Billings,
há uma nítida correspondência entre os picos de fitoplânc
ton total (Fig. 14) e nitrato no período de estiagem (Fig.
10).
BRANCO (1958) também comparou na Represa Bil
lings os sais minerais com o fitoplâncton e verificou que os
compostos nitrogenados, apesar de aumentarem com a seca (e~
tiagem). diminuem logo em seguida, assim que se intensifica
a proliferação de algas que os consome~rapidamente . ...
Pode-se verificar, por exemplo, nas aguas da
Represa Billings, que nas ocasiões em aue as algas atingem
valores muito elevados, quase todo nitrogênio das águas en
contra -se sob as formas albuminÓide e amoniacal, enquanto
que em outras épocas encontram-se elevadas concentrações de
nitratos e baixas das duas primeiras formas, principalmente
um pouco antes de se intensificar .a "floração" (BRANCO,
1966).
De um modo semelhante aos resultados obtidos
na Represa Billings, ROCHA (1971) verificou que na Represa
de Americana, devido à estiagem intensa e conseqüente abai-
xamento do nível da água, a concentração de sais minerais,
principalmente nitrato, aumentou consideravelmente. Esta
situação foi aindaagravada pelas altas temperaturas regis
tradas na ocasião em que ocorreu o desenvolvimento da ciano
fícea Anabaena spiroides, que passou a produzir o fenômeno
conhecido por "floração" das águas.
Outra associação desse tipo foi feita por
CHU (1943) que encontrou, por exemplo, para clorofíceas,
76
que 0,4 ppm de nitrato suporta o crescimento de Botryo-
coccus~ mas não o de Pediastrum~ o qual requer urr· mÍnimo
de 7 ,O ppm.
VERDUIN (1954) também associou a mudança do
fitoplâncton com o aumento da fertilidade das águas do la
go Erie, Canadá.
Ao contrário do que se observou na Represa
Billings, nos lagos do Vale do Rio Doce, Estado de Minas
Gerais, TUNDISI e colab. (1978) evidenciaram que a presen
ça de uma estratificação térmica durante um período grande
do ano ocasiona bloqueio do material inorgânico que entra
no sistema e vai imediatamente para o fundo e tem, como c~n
seqüência, a ausência de reciclagem permanente de nutrien
tes para a zona eufótica, além da limitação do desenvolvi
mento da população fitoplanctônica desses lagos .
. As cianofíceas são particularmente exigentes
com relação ao teor de nitrogênio do meio. Vários autores
acreditam que a ocorrência de fenômenos de "floração" das ·
águas, causadas por essas algas, esteja diretamente relacio
nada com a quantidade de nitrogênio na água.
Nas águas da Represa Billings, o paralelismo
entre as duas ocorrências parece indiscutível, segundo obser
vações que foram realizadas com respeito à "floração" que
se verifica anualmente, durante o verão (BRANCO, 1959).
Teores de nitrogênio e fósforo, respectiva-
mente, de 0,30 mg/1 e 0,01 mg/1, são suficientes para de
sencadear a "floração". Logo que esta se inicia, poderá
cair o teor de nitrogênio, se este for quase~nsurnido. Por isso, dados isolados sobre o teor de ni
tratos, forma assimilável para a maioria das algas, nada
nos dizem sobre a proliferação de alras naquele instante
77
(BRANCO. 1964).
Estudos realizados com Microcystis aerugino
sa em meio de cultura evidenciaram que, com a adição de ni
tratos, era aumentada a quantidade de algasj mais do aue
quando se colocava fósforo. Isso decorre, provavelmente,
por serem as exigências de nitrogênio muito maiores que as
de fÓsforo (BRANCO, 1964).
GERLOFF & SKOOG (1957) realizaram experimen
tos ~~ laboratório para verificarem as exigências requer!_
das de nitrogênio e fÓsforo no crescimento de Microcystis ~e
~ginoaa nos lagos de Wisconsin. Obtiveram resultados que
indicaram o consumo relativamente maior de nitrogênio pelas
algas do que de fósforo.
Na Represa de Americana, ZAGO (1972 ) verifi
cou que o nitrato ocorreu em quantidades relativamente altas
durante todo o período estudado, sendo a quantidade mínima
registrada de 0,005 mg/1. A mesma autora afirma oue, prov!
velmente, o intenso consumo pelo fitoplâncton ocasionou uma
grande diminuição de nitrato na época em que ocorreu a "flo
ração".
Após a "floração" de Anabaena spiroides, na
Represa de Americana houve uma redução muito acentuada de
fosfato (CARVALHO, 1975).
A probabilidade de cianofíceas passarem per!o
dos relativamente mais longos na fase anabÕlica do metab~
lismo (reduzindo a luz disponível para outras alras), asso
ciada com sua habilidade para sobreviver em condições de
baixo oxigênio e disponibilidade nutritiva, pode ser uma me
lhor razão para sua presença dominante no lago George, ~fri
ca (BURGIS e colab. 1973).
78
Muitos autores admitem que vários fatores in
fluem na "floração", entre os quais, a diminuição de nutr i -
entes essenciais para a espécie e a predação pelo zooplânc
ton, possam também causar decréscimo da "floração " .
Em regiões tropicais, nos ecossistemas aquã-
ticos rasos e turbulentos, os ciclos sazonais que os nutri
entes orgânicos apresentam, parecem ser dependentes da en-
trada de materiais relacionados com a chuva e o vento (TUN-
DISI, 1977).
A chuva parece ser uma das princip ais fontes
naturais de amônia e nitrato. Na maioria dos ambientes de
regiões temperadas, o teor de amônia na água das chuvas ~
e
maior do que o de nitrato; mas, em regiões tropicais, onde
a atividade fotoquímica na camada superior da atmosfera .. e
grande9 há um aumento de formação de nitrato sobre a amônia
(VISSER, 1974).
Na Represa de Guarapiranga, os nitratos aumen
taram quando houve uma elevação do nível e a água inundou
grande extensões rasas da margem (KLEEREKOPER, 1939).
Deficiência de nutrientes orgânicos ou inor
gânicos sao fatores básicos que podem funcionar como limita~
tes em reservatórios tropicais (TALLING & TALLING, 1965).
Pelos dados obtidos nas estações estudadas e
pela literatura citada, certifica-se que~ Represa Billings,
-geralmente, nao apresenta os sais minerais como fatores limi
tantes.
Já a Represa do Lobo ou Broa em São Carlos,
Estado de São Paulo, apresentou baixa concentração de amônia,
nitrito e nitrato, sendo que este Último esteve presente so-
mente sob a forma de traços (TUNDISI, 1977).
TALLING (1966) demonstrou que variações sazo
79
nais representa das pelo "standing- s tock" do fi top 1 imcton
eram influenciadas pelo influxo de nutrientes, pe i a rrec!
pitação e pelos ventos nos lagos de Tanganica e VitÓria.
As concentrações do nitrogênio inorgânico
no solo africano, sao geralmente, baixas e freqUentemente
indetectáveis (VINER, 1969). Então, a habilidade do hete
rocisto das cianofíceas, nessa região, confere uma vanta
gem biolÓgica para estes organismos.
SÍlica
A sílica ocorre na água em forma de sílica
tos inorgânicos, de compostos inorgânicos e em forma coloi
dal. A importância da sÍlica para o desenvolvimento normal
de di versos flagelados e de outros organismos, é fun damen
tal especialmente no caso das diatomáceas, em que as pare
des silicosas constituem 30\ ou mais do peso seco desses
organismos. Em cultura, diatomáceas desenvolvem-se na au
sência de sÍlica, mas não formam suas frústulas caracterís
ticas.
A precipitação total está relacionada com a
entrada de nutrientes das regiões circundantes, trazido pe
las águas pluviais. Isto faz com que haja alteração no ba
lanceamento de nutrientes da água, concentrando ou diluin
do as substâncias nutritivas, dependendo sempre do estado
nutritivo do solo ao redor da represa (MARINS, 1972).
Raramente, a sÍlica constituir-se-á em um
fator mínimo, pois são ricas as fontes de abastecimento
- rochas e solos circunvizinhos - e sua erosão e l ixivia
mento levam sílica dissolvida para o lago (KLEEREKOPER,
194 4) •
80
A concentração mínima de sÍlica na Represa
Billings foi registrada no dia 04.04.78 em todas as esta
ções de coleta, e esteve por volta de 0,25 mg/1, enauanto
a máxima ocorreu em 10.08.78 e foi de 4,40 mg/1 aos 2 m de
profundidade da estação 1. Todos estes dados foram regis
trados durante o período de estiagem (Tab. 3 e Fip. . 6).
As concentrações de sÍlica não foraM estuda
das do ponto de vista de variação sazonal, por terem sido
as determinações dos seus valores iniciadas apenas a
22.02.78.
Os dados de sílica obtidos na Represa Bil
lings durante o período de estudo foram relativamente bai
xos, enquanto que os de diatomáceas do gênero Synedra e Ni
tasehia apresentaram-se com maior intensidade na época de
chuva.
LUND (1955) mostrou que a causa ~ais impor
tante da redução da sílica na água foi a alta precipitação.
que reduziu a concentração de sílica por diluição e pelo
aumento da saída de água do ambiente.
A Represa do Broa, Estado de São Paulo, es
tá situada em solo rico em sÍlica, apesar disso, no mês de
dezembro, MARINS (1975) registrou a queda hrusca do número
de células de MeLosira em conseqtiência da alta precipitação
e baixa turbulência da água.
TUNDISI (1977) também encontrou correspon
dência no ciclo sazonal de sÍlica com o índice ~ luviomé
trico na Represa do Broa. Os valores de sílica variaram
de 0,1 a 10,0 mg/1. Este mesmo autor afirmou oue o fato de
MeZosira itaZiaa ser encontrada neste local, durante a
maior parte do ano, em concentrações de sílica relativamen
81
te baixas, como mínimo necessário à manutenção de ,~ sa espé-~ ·
cie. deve ter sido principalmente\{ã turbulência n ue ocorre
naquele ecossistema aauático.
Portanto, a concentração da sílica sendo bai
xa, é suplantada pelas peculiaridades da diatomácea MeLosi
l'a_, de se manter em repouso no fundo, e coM a tu r '' t;lênc i a
é trazida para a superfície juntamente com a síl i c3 do se
dimento, aumentando assim sua concentração na árua (TALLINC
& EVANS, 1962).
Em águas naturais, as concentrações de s í li
ca mais baixas encontradas por LUND (1950) durante a rrima
vera fo~~e 0,1 a 0,5 mg/1 de Si0 2 (dióxido de sj1Íc1n 1 .
As águas naturais são, em geral. ricas em
ortossi1icatos (BRANCO, 1962).
Experiências em laboratório dernon s t r a' r:: r, oue
a concentração de sílica no meio de cultura decresce ra~ida
mente durante o crescimento de diatomiceas, até at i n r i r a -
proximadamente 30 a 40 mg/1, após o que a absorção tornar
-se-á lenta. Assim, o crescimento de diatomáceas pode ser
limitado pela disponibilidade de sílica. O desenvolvimento
de populaç5es de MeZosil'a i limitado, pelo menos parc i ~ l -
mente. por concentraç5es de 0,5 a 0,8 mg/1 de Si0 2 (JORr,FNSEN ,
19 s 3) .
KILHA.M (1971) considera que a ecolo~i a das
diatomáceas é consideravelmente influenciada nela co nce ntra
ção de sílica.
Na fndia, JANA (1973) observou que as flutu~
çoes de sÍlica eram sempre irregulares e. gera h ente. \ aria
vam de 6,0 a 16,0 ppm.
No lago Geoge .. .(frica, a concentração de si-
82
i atos de 20 mg/1 de Sin 2 , segundo VI~EP rl969
ce1; o cresctmento de diatomáceas que, emhora est ·psseT1'1
!1resPntes. nao dominaram hO olâncton.
A demanç1a cc sÍlica em UI" amhiente acuât3ct
é êe ~al maneira que aumenta com o nropresso da eutrn'i:a-
çao. Assir', um aumento da demanda de sílica node ser usa-
do. ')ortanto. C~"'rno um Índice de enriouecimento amhienta1
r T' • LF .\ ' I I : C) ., 1 ' •
TALLI~r (1966) mostrou que no lago Vit6ria,
África, a demanda de sÍlica é baixa e sua concentração na
superfície rera1mente nerrnanece entre 3,0 e 4,5 mg/1. .. . ._ '
4.3.4 Gases
0xigênio nissolvido
Além do oxigênio dissolvido em águas naturais
ter origem na reaeração atmosférica, também node ser deri~a
do de atividade fotossintética de algas. Considera-se uma
água saturada de oxigênio, ouando a concentração de oxigê
nio dissolvido equivale a 100\ da concentração prevista a
uma dada temperatura. Entretanto, em tardes ensolaradas,
águas que contenham uma grande ouantidade de fitoplâncton
podem chegar a atingir 150% de saturação de oxirênio.
São os seguintes fatores que contribuem na-
ra perda ou ganho de oxigênio na água:
1) pressao atmosférica - A solubilidade do o~i 1 ênio te~
relação direta com a nressao atmosférica, de modr 0ue o a-
baixamento da pressão node levar a uma diminuiç; da quan
tidade de oxigênio na água.
2) turbulência - aumenta a superfície de di fusão do ox1
g~nio do ar nara a igua em conseqti~ncia de uma maior aera-
çao.
3) tenperatura - A soluhilidade do oxig~nio varia in-
versamente com a tern'fleratura, de modo que um aumento na tem
peratura pode resultar da dirninuição do teor desse gás na
igua. En virtude dessa denend~ncia, o teor de oxig~nio dis
solvido pode ttr'('e.St~htdr- variações diurnas e sazonais acompa-
nhando a temperatura da ~
a_<:':ua.
4) fotossíntese - Plutuacões na atividade fotossinté-
tica refletem-se n::J ~'-'dhtÍ.J,1d~ de oxi~~nio dissolvido orin
cipalmente nas iguas calmas, onde vegetais subrnersos dão
grande contribuição para o aunento do teor de oxip~nio dis ~
solvido na agua.
5) respiração dos organisnos e oxidação de natéria
orginica - são nrocessos que utilizam o oxig~nio dissolvi
do na água contrihuindo para seu decréscirno. Pode chegar
um momento em que a distrjhuição de oxig~nio ohtida nela
fotossíntese é anulads. ou consumida pela atividade respir!
tória dos organismos que aí se desenvolvem. t o que se
denomina ponto de connensacão.
A aus~ncia de luz à noite pode levar a uma
situação de total aus~ncia de oxig~nio durante algumas ho
ras, como conseqti~ncia da resniração não compensada pela
fotos síntese (BRANC'O, 196 7) •
Os dados ahsolutos sobre a quantidade de o-
xig~nio obtidos em climas térmioos diversos
não podem c não devern ser comnarados entre si para apreci!
ções biolÓgicas. Isto porque, enquanto num clima frio um
determinado teor de oxig~nio ainda nerrnite a manifestação
84
de determinados nrocessos biolÓ~icos, num clima quente a
mesma quantidade de oxi~ênio pode ser deficiente.
As Tah. 4 e Fip.. 7 Mostram as variações de
oxigênio dissolvido na estação 1.
No ncríodo de estiagem o oxigênio dissolvi-
do, na estação 1, variou entre 4,70 c 8,29 mg/1, e o grau
de saturação de oxi~ênio entre 57,89 e 110,28\ na água de
superfície. ~:a profundidade (2 m) a variação foi de 3,93
a 9,72 m~/1 e o prau de saturação de oxigênio de 57,89 a
124,26\.
No nerfodo de chuvas o oxigênio dissolvido,
na estação 1, vario11 entre 2 ,rn e 7,63 mg/1, e o grau de
saturação de oxigênio entre 26,37 e 163,13% na água de su
perfície. Na nrofundidade (2m) a variação foi de 4,63 a
9,13 mg/1 e o grau de saturação de oxigênio de 58,52 a
123,49%.
Na estacão 2, no nerfodo de estiagem, o oxi-
gênio dissolvido variou de 2 ,0A a 7,42 mg/1 e o grau de sa
turacão de oxi ,!' ênio variou entre 3A ,n6 a R9 ,23%-,
No per1~
do de chuvas o oxirênio dissolvido variou entre 4,81 e
7,52 mp,/1 e o .rrrau de saturação de oxigênio variou entre
A3,13 a 108,25% (Tah. 4).
A fip. 9 mostra as variações do oxigênio dis
solvido e a ~orcentar.em de saturacão desse gás, evidencia~
do uma tendência sazonal em todas as estações estudadas
nos períodos de chuva e estia~em.
As variações encontradas por JANA (1973) nao
mostraram oualouer tendência estacionai, sendo que o conteú
do de oxigênio dissolvido na água de reservatórios na fndia
variou de 4,0 npm e 12,0 nnrn durante todo o tempo de estu
oo. Os valores mais baixos de oxigênio dissolvido observa-
85
dos foram de 4,0 a 6,4.
No decorrer do período anual estudado na
Represa Billings, de outubro de 1977 a setembro de 1978,
as medidas de oxigênio dissolvido foram relativamente maio
res na estação 1 (superfície) seguido da profundidade
(2 m), e os menores valores foram registrados na estação 2
(Fig. 13), mas, a porcentagem de saturação de oxigênio a
presentou valores mais homogêneos entre as estações estuda
das (Fig. 13).
Na Represa Billings os picos de oxigênio dis
solvido e porcentagem de saturação desse gás (Fig. 17) CO!
respondem aproximadamente ao pico do fitoplâncton total
(Fig. 14) ocorridos no período de estiagem, isto confirma
a hipótese de que, ao lado de outros fatores, um número e
levado de algas proporciona uma boa oxigenação do meio aq~á
ti co.
CARVALHO (1975) afirma que o fenômeno da s~
per-saturação em lagos e represas bem iluminados é bastan
te comum em todas as regiões do mundo, sendo citado por di
versos autores, tais como: GREN (197~), KLEEREKOPER (1939),
RUTNER (1963) e HUTCHINSON (1957). Todos estes autores res
ponsabilizaram a intensa atividade fotossintética pela ocor
rência do fenômeno.
Na Represa de Americana, os valores de oxi
gênio dissolvido superficial variaram entre 2,20 e 13,80
mg/1, correspondendo a 27,46 e 195,46\ de saturação e ind!
cando, muitas vezes, a influência do fitoplâncton na oxig~
nação da água (ZAGO, 1972).
BISWAS (1966) observou em um lago em Gana,
~frica, que as mudanças no oxigênio dissolvido estão inti-
86
mamente associadas com o conteúdo do fitoplâncton. Isto o
corre na superfÍcie, nas profundidades de meio e fundo do
lago. O aumento quantitativo de algas é acompanhado por
uma super saturação de oxigênio dissolvido.
Na região do Estado de São Paulo os períodos
de maiores temperaturas coincidem com os de maior pluviosi
dade. A solubilidade do oxigênio é menor e sua concentra
ção pode ser diminuída ainda mais devido ã maior demanda
de oxigênio causada pelo aumento do metabolismo dos organis
mos vivos (animais e vegetais) e da velocidade das reações
qu!miea.s. Na Represa Billings constatamos esse fato, pois
no período de chuva os teores de oxigênio foram menores e
quantitativamente os valores de fitoplâncton também foram
reduzidos.
Neste sentido, BRANCO (1964) afirma que a
principal conseqüência da elevação da temperatura da água
de um lago ou reservatório relaciona-se com a perda de oxi
gênio, o que concorda com os estudos das condições sanitá
rias da Represa de Americana realizados por ROCHA (1971),
que verificou que a elevação da temperatura, tendo como con
seqüência a redução de oxigênio dissolvido na água, foi de
vida à maior atividade biológica por parte dos organismos.
A matéria orgânica também exerce grande in
fluência nos teores de oxigênio da água, pois retira desta
grandes quantidades de oxigênio necessárias ã sua decompo~i
ção; então, neste caso, devemos considerar como causa pri~
cipal de consumo de oxigênio, nas regiões profundas dos 1!
gos, a mineralização do plâncton depois de sua morte. Por
tanto, um deficit de oxigênio na profundidade pode indicar
que há processos de oxidação.
87
Já foi constatado que na Represa Rillings,
quando algas dos gêneros Mia~oaystis ou Anabaena entram em
decomposição na superfície da água, consomem hioquimicame!l
te parte do oxigênio do reservatório (BRANCO, 1959).
As substâncias quÍmicas, esnecialmente os
gases, apesar de dissolvidas, nao se encontram homogeneam~n
te em toda massa de água. Graças principalmente às diferen
ças de densidade e de temperatura que existem nas várias
profundidades, as quais estão relacionadas co~ o ~rau de
solubilidade de substâncias, há uma verdadeira estratifica
ção química que, por sua vez, leva a uma distribuição não
homogênea dos organismos de acordo com suas necessidades
em nutrição e oxigênio originando, pois, uma estratifica
ção biolÓgica da água.
A análise dos c!a.dc'S quÍmicos da água da
Represa Billings (Rio Grande) evidenciou uma taxa de oxig~
nio ligeiramente mais baixa junto ao fundo (WRIGHT, 1936).
BRANCO' (1966) observou fato semelhante na Represa Billings,
interpretando-o como indício de circulação total, no qual
ocorre temporariamente uma inversão das camadas superficial
e profunda.
Ao contrário do que foi encontrado na Repr~
sa Billings, TUNDISI e colab. (1978) observaram anoxia
parcial próximo ao fundo dos lagos Bonita, Carioca e Dom
Helvécio, em Minas Gerais, o que, provavelmente, se deve à
ausência de uma mistura acentuada no sistema.
~certo que, na Represa Billings, dada sua
grande extensão, ocorre ao longo do trajeto uma auto dep~
ração considerável, principalmente do ponto de vista de e~
tabilização do material orgânico. Essa autodepuração so
fre ainda, a influência positiva da fotossíntese das algas.
88
Neste sentido, foi realizado um estudo sobre
o potencial de au~odepuração da Represa Billings por BRAN
CO & lAWAI (1969).
Os teores de oxi~ênio dissolvido na água co~s
titue~um dos parâmetros mais empregados no estudo da auto
depuração. Entretanto, não se deve esquecer que se pode en
contrar águas saturadas de oxigênio com taxa elevada de ma
téria orgânica, como por exemplo, o caso dos lagos de esta
bilização. Deste modo a saturação de oxigênio é um fator
mais ecolÓgico que sanitário, valioso para a piscicultura,
mas que não indica as condições sanitárias da água para fins
de abastecimento ou recreação (BRANCO, 1970).
querido.
oxigênio.
Oxigênio Consumido
Oxigênio consumido é sinônimo de oxigênio re
oxigênio absorvido, capacidade de consumo de
Na determinação do oxigênio consumido, o ner
-.nganato de potássio pode indicar parte da quantidade de
matéria orgânica presente na água, pois oxida o carbono pr~
sente, nessa matéria. Nas matérias azotadas, o carbono nao
é oxidado, tão rapidamente como nas carbonadas.
Na Represa Billings, o valor mínimo de oxig~
nio censuaido registrado na estação 1, foi de 0,7 mg/1 de
o2 , na superfície e O,fi mg/1 de o2 na profundidade (2m).
Os valores máximos foram de 19,0 mg/1 de o2 na superfície e
20,4 mg/1 de o2 na profundidade (2m). Todos estes dados
foram registrados no período de chuvas. (Tab. 4).
Na estação 2, os valores mínimos de 0,8 mg/1
de o2 e máximos de 14,5 mg/1 de o2 de oxigênio consumido,
89
foran registrados tanto no neríodo de chuva quanto no perí~
do de estiageM (Tah. 4 ) .
n oxigênio consumido na Represa Bil l in r s. a
presentou variaç~o sazonal na i~ua de sunerffcie na cstaçio
1 e 2, no período de chuvn e estia gen (Fi g . 9).
0s JTI3iores valores anuais de oxigênio consu
mi do , e n t r e ou tu b r o c1 e 1 ~ 7 - n s c t e rn t-· r o de 1 Sl 7 8 na n. e n r e s a B i 1
lings, foram registrados na estacão "' (Fip,. 13 ) .
Os dados de oxigênio consumiC.o,de ur a for~a
mais ou menos indireta, possibilitam a suposicão cc q'-'~- s io
altos os dados de matéria orgânica.
Para se ter uma idéia, de como sao altos
estes valores, comnarados com os de HESS (1961) oue avaliou
o grau de agravamento de poluição do Rio Tietê superior, a
pós sofrer a influência de uma forte chuva, observou a ue o
oxigênio consumido passou de 12 para 19 ml/1, além das gra~
des alterações registradas na cor, turhidez, odor, etc.
Embora não tenham sido feitas as análises de
DBO e DQO, a maioria dos trabalhos efetuados anteriormente
na Represa Billings por outros pesquisadores tem evidencia
do a grande quantidade de material autóctone e alóctone na
que la represa (BRANCO, 1966; BRANCO & KAWAI, 1969; KAV\1AI
e colab. 1976).
90
S. C O N C LU S 0 E S E S U G E S T O E S
1. A Represa Billings está, de maneira geral, sujeita ao
fenômeno de "floração" nas estações amestradas.
2. A seletividade do meio para o fitoplâncton intensifica
-se no período de estiagem quando, conseqtlentemente, o
número de espécie é menor.
3. Quanto ao fitoplâncton, as Chlorophyceae (Chlorococca
les) na estação 1 e as Cyanophyceae (Chroococcaceae) na
estação 2 constituem, quantitativamente, os grupos mais
importantes representados na Represa Billings.
4. As Chlorophyceae e as Cyanophyceae apresentaram varia
ção sazonal acentuada, não acontecendo o mesmo com as
Euglenophyceae, as Chrysophyceae e as Dinophyceae.
S. Geralmente, predominaram Mougeotia sp. (Chlorophyceae)
na estação 1 e Mi~ro~ystis aeruginosa (Cyanophyceae) na
estação 2, no período estudado.
6. Foram regularmente encontradas pequenas diferenças qua~
titativas e qualitativas do fitoplincton entre as amos
tras de superfície (valores maiores) e de profundidade
na estação 1.
7. Os dados obtidos referentes ao "standing-stock" de fit~
plâncton, à clorofila! e â contagem de organismos in-
91
dicam que a Represa Billings constitui um ambiente eu
trófico.
8. A temperatura influencia na distribuição quantitativa
do fitoplâncton. Variando-se a temperatura, as regiões
tropicais e subtropicais serão mais pobres em fitoplân~
ton do que aszonastemperad~ devido à absorção de nutri
entes mais intensa na região quente.
9. O vento constitui fator importante no deslocamento da
cianofícea Miaroayatia aeruginoaa na Represa Billings.
10. No período de chuva, houve coincidência nos valores má
ximos de radiação solar, insolação e grande diversidade
de espécies fitoplanctônicas.
11. Nas estações estudadas, observou-se a influência decisi
va do fitoplâncton na cor das águas da Represa B~!
lings; a par disso tanto a cor (verde aparente) como \
o fitoplâ~cton apresentaram valores máximos no período !
de estiagem.
12. Nas estações estuda~ps, uma das causas do grande -desen-#
yolvimento de algas na Represa Billings e o enriq~eci-
mento desta por sais minerais (amônia e nitrato).
13. Os teores de amônia e nitrato apresentaram variação sa
zonal acentuada, sendo os seus valores máximos alcança
dos no período de estiagem, nas estações estudadas.
9Z
14. Houve uaa correspondência entre os valores máximos de
nutrientes (amônia e nitrato) e o de fitoplâncton ocor
ridos no período de estiagem.
15. A Represa Billings apresenta-se como um ambiente eutró
fico, isto é, rico em nutrientes, e principalmente em
nitrogênio (nitrato e amônia). Como decorrência disto,
nas estações aaostradas é alta a densidade de algas.
16. As concentrações de nitrato vem aumentando progressiv~
aente na Represa Billings. Isto deve-se, certamente,
ao constante incremento do esgoto e resíduos industriais
da Grande São Paulo.
17. Diversaaente ao que ocorre nas zonas temperadas, onde
os fatores limitantes do fitoplâncton são geralmente a
radiação solar e a temperatura, em climas tropical e
subtropical o desenvolvimento do fitoplâncton é condi
cionado principalmente pela concentração de nutrientes.
18. Confiraa-se a idéia de que nas zonas de clima quente
(tropical e subtropical) , os nutrientes - principalme~
te nitrogênio e fósforo - são usualmente os fatores li
mitantes ao desenvolvimento de algas.
19. A estação 2 está em piores condições sanitárias do que
a estação 1.
20. A estação 2 apresentou eutrofização mais acelerada do
que a estação 1, o que já se esperava, uma vez que a
93
estação 2 está no caminho natural das águas poluídas e
a estação 1 encontra-se em um local mais protegido.
21. Houve uma correspondência evidente entre os picos de
oxigênio dissolvido e porcentagem de saturação desse ..
gas com o pico de fitoplãncton, evidenciando-se a con
tribuição de oxigênio na água pela fotossíntest.
22. O oxigênio consumido apresentou valores maiores em to
das as estações estudadas, tanto no período de chuva,
quanto no de estiagem.
23. Nas estações estudadas, os valores altos de amônia, ni
trato e fitoplâncton quantitativo registrados no perí2
do de estiagem, demonstraram as condições críticas nes ..
ta epoca.
24. Os resultados alcançados durante o desenvolver desta
pesquisa evidenciaram a necessidade de estudos pormen~
rizados das relações existentes entre:
24.1 temperatura e afundamento do fitoplâncton;
24.2 distribuição vertical do fitoplâncton e a influ
ência de intensidades luminosas diferentes;
24.3 estudos sazonais e determinações do "standing
-stock" do fitoplâncton em lagos eutróficos e oU
gotróficos;
24.4 fitoplâncton e cadeia alimentar do ecossistema;
94
24.5 necessidades nutricionais e fatores limitantes
ao fitoplâncton; e
24.6 contribuição das algas na depuração e remoçao da
matéria orgânica em reservatórios.
25. Tendo-se em vista o grande potencial estabilizador a
presentado por represas como a Billings, recomenda-se
a intensificação de estudos de limnologia aplicada
que permitam o estabelecimento de coeficientes numéri
cos capazes de definir os principais parâmetros de
autodepuração, para uso prático na hidrobiologia sa
nitária.
95
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íii
~
I~ Nõ
dP -~~ - - (/)
o::
I i ~ ~~ ~ ~ ~ ~ @ 6
- 8 i':i DATA
Média Máxinn Minirro r.€dia r.€dia r.€dia M§à.ia M§dia
out./77 20,5 33,5 14,0 79,4 116,1 3,0 349,2 5,5
nov./77 20,8 31,0 14,0 80,5 189,1 2,9 329,2 4,0
dez ./77 20,5 30,0 12,5 79,7 203,3 3,4 373,1 5,5
jan./78 23,5 34,0 14,0 78,0 171,6 2,7 353,3 5,9
fev./78 23,1 33,5 16,0 77,0 192,1 2,8 401,6 7,3
mar./78 22,8 32,0 17,0 77,5 233,9 2,4 330,8 5,6
abr./78 19,1 29,0 10,0 79,6 56,0 2,7 311,6 6,3
maio/78 1617 29,0 7,5 79,8 123,4 2,2 257,5 5,5
jun./78 16,0 26,0 2,0 75,1 103,7 2,0 241,6 6,2
jul./78 17,3 26,0 9,5 78,3 73,7 2,2 231,8 5,8
ago./78 16,3 29,5 3,0 75,6 135,9 2,5 232,2 5,8
set./78 17,6 27,0 10,5 79,1 52,0 3,1 258,1 6,3
perí9_
:§
~ .M§dia
741,46
741,16
742,07
742,45
742,46
742,87
743,48
743,38
743,79
743,51
742,60
742,63
----------------~- ·----- -
........
........ ~
Tab. 2 - Repreaa Billinga - Valores da temperatura do ar e da água (°C), turbidez (FTU), côr (~/1 Pt)
e tranaparência ao diaco de Secchi (em) regiatradoa em cada coleta, auaa .-p11tudea e .. dia -
naa calculada• por período de chuva, estiagem e anual.
VARIÂVEIS
.-plitude
e •ediana
M!nimo MáxiJDO
Mediana
Mini mo
Máximo
Mediana
( ano.al) M!niiiO
Máx1110
Mediana
Pontoa de
25/10/77 08/11/77 22/11177 08/12/77 21/12/77
11/01/78
27/01/78
10/02/78 22/02/78
08/03/78
21/03/78
25/10/77 a
21/03/78
04/04/78
H/04/78
03/05/78 18/05/78
01/06/78 15/06/78
29/06/78 12/07/78
26/07/78
10/01/78
23/01/78
06/09/78
21/09/78
04/04/78
a 21/09/78
25/10/77
11
21/09/78
1 2
sup. • sup.
28,5 2015
2615 2210 2410
2110
2510
2610 24,7
2211 26,2
2015
2815 2417
22,0
2412
1715 15,5
1415 1512
2117
1718
2410
2415
2012
2112
2410
14,5
24,5
21,2
1415
28,5
2210
2812
1915 2715 2112
2319
1910 28,8
2610 2315
2115 22,5
191 o 2818 2315
2119
2610
1715
1610 11,5
1810
1918
1710
2410
20,0
2210
21,5
24,2
11,5
26,0 20,0
11,5
2818 21,7
1
sup.
25,0 2310 25,5
23,0 23,9
23,0
2815 2519 2610 24,2
26,8
23,0 28,5
2510
2412
2318
2110 21,0
19,5 17,8
18,5
18,5
19,7
21,0
18,2
18,2
23,1
17,8
24,2
1917
17,8
24,2
2210
l 2
prof. ** sup.
2419 2218 2510 2219 23,9
2311
2810 25,5 26,0
2411 2515
2218 2810
2419
2412
2318
2112
1918
1810 17,8
1810
18,2
2010
2115
1815 18,8
2118
1718
2412 19,8
1718 21,0
2210
24,9
2214 2512 2310 23,2
2310 29,0
2615 2518
24,0
2618
2214 2910
2419
2_4 ,8
2412
2110 20,5
1710
1718
1910
1812
1915
2110
1818
1818
2115
1710
2418
1915
1710
2418
2217
• aup. • auperf!cie •• prof. • profundicSade 12 •1
TURBIDEZ (P'l'U)
l
sup.
115
3,5
1810 310
213
213 1810
315
214
211
218 4,5
218
210
2,4
212
310
214
1510
810
510
2,0
15,0
2,1
210
1810
219
1
prof.
612 7,9
215 215
214
214 7,9
215
2,2
218
215
5,3
215
213
212
215 2,2
512
410
16,0
4,4
2,2
u,o 2,5
2,2
16,0
2,0
2
sup.
1715
83,0
211
212
412
2,1
8310
4,2
2,8
219
715 6,4
1310
510
510 10,0
6,5
a,5 1,0
4,5
6,7
2,5
13,0
6,4
2,1 83,0
517
cOR (mq/1 Pt )
1
•up.
50 80
80 100
30
30 100
80
90
90
110
110 100
75
95
ao llO 100
190
110
115
75
uo 100
30
l90
90
pro f.
50
100
120
20 40
20 120
50
80
90
110
110 90
90
95
80
lOS 130
lOS 120
118
lO 130
lOS
20
l30
100
•up.
115
150
150 150
150
115 15 0
l5ú
180
100
llO 100
150
110
120
95
lSO go
140
130
120
gs 180 120
95
18 C
125
114
TRMS i'
Rl:NCIA
\ffi)
sup.
1,5()
2, 00 1,6 D 0 ,88
1 ,2 0
1,20 ;.,2 C.
1, 70
L 30 l,2 C
1,30
0,so 2, 00
1,10
1,10
1140 1,00
1,20
1,80
1,40
1,15
1,10
0,90
1,00
0,70
0,90
0,70
1180 1,10
0,70
2,00
1,30
115
Tab. 3- Represa Billings- Valores de nitrito (mg/1), nitrato (~/1), a.ônia (mg/ll, fosfato lmg/1) e s!l!
ca solúvel (mg/1) registrados em cada coleta suas a.plitudes e medianas calculadas por período de
amplitude e -diana
M!niJDO MáxiJDO Mediana
M!nimo
MáxiJDO Mediana
(anual) M!niao
Mix1.o Mediana
chuva, estiagem e anual.
25/10/77 08/11/77
22/11/78
08/12/77
21/12/77
11/01/78
27/01/78
10/02/78
22/02/78
08/03/78
21/03/78
25/10/77
a
21/03/78
04/04/78
19/04/78
03/05/78
18/05/78
01/06/78
15/06/78
29/06/78
12/07/78
26/07/78
10/07/78
23/08/78 06/09/78
21/09/78
04/04/78
4
21/09/78
25/10/77
a 21/09/78
NITRITO (mg/1)
1 1 2
sup~ prof~* sup.
o o 0,160 0,350 0,160
o o o Tr o Tr
o Tr
o
o
o
o Tr
Tr
o o o
o
o
Tr o o Tr
Tr
Tr
o
o 0,160 0,350 0,160
o o o
o o o o Tr Tr Tr Tr
o Tr
o o Tr Tr Tr Tr
Tr o Tr
Tr 0,010
0,009
Tr Tr
Tr Tr Tr 0,013 0,017 0,007
Tr
Tr
Tr
o
Tr
Tr
Tr
o
Tr
Tr
Tr
o 0,013 0,017 0,010
Tr Tr Tr
o o o 0,160 0,350 0,160
'1'r Tr Tr
NITRATO (JD<J/1)
1 1 2
sup. prof. sup.
0,390 0,300 0,320 o o 0,200
0,080 0,140 0,100
0,110 0,100 0,083
0,060 0,091 0,350
0,185 0,140 0,101
0,040 0,060 0,030
0,100 0,100 0,130
0,050 0,130 0,280
0,200 0,120 0,225
0,300 0,470 0,400
Tr o 0,030
0,390 0,470 0,400
0,100 0,120 0,200
0,570 0,300 0,300
0,120 0,120 0,310
0,200 0,330 0,360
0,320 0,250 0,400
0,200 0,270 0,510
0,865 0,780 0,765
0,370 0,405 0,490
0,470 0,330 0,580
0,050 0,098 0,242
0,110 0,090 0,130
0,120 0,190 0,460
o 0,110 0,230
0,050 0,150 0,110
o 0,090 0,110
0,865 0,780 0,765
0,200 0,250 0,360
o o 0,030
0,865 0,780 0,765
0,120 0,140 0,290
• sup. • superfície •• prcf. • profundidAde (2 a)
AMONIA (mg/1)
1 1 2
sup. prof. sup.
0,380 0,415 0,490 0,600 0,400 0,520
0,320 0,300 0,350
0,300 0,250 0,450
0,407 0,462 0,370
0,438 0,420 0,420
0,410 0,410 0,380
0,420 0,350 0,400
0,350 0,380 0,390
0,412 0,3MO 0,36S
0,375 0,420 0,300
0,300 0,250 0,300
0,600 0,420 0,520
0,407 0,400 0,390
0,230 0,250 0,300
0,370 0,400 0,380
0,220 0,240 0,210
0,210 0,210 0,300
0,240 0,200 0,240
2,200 0,680 2,300
0,550 0,610 1,200
0,680 0,650 1,280
1,350 1,300 2,000
0,750 0,700 0,950
1,500 1,700 2,400
1,300 1,500 2,000
1,280 1,200 1,700
0,210 0,200 0,210
2,200 1,700 2,400
0,680 0,650 0,950
0,210 0,200 0,210
2,200 1,700 2,400
0,424 0,412 0,410
FOSFATO (mg/1)
1 2
sup. prof, aup.
o Tr
o Tr
Tr Tr Tr Tr Tr O
o Tr 0,010 0,005 0,005
0,005 0,005 0,009
Tr
Tr
o o Tr
o
Tr
Tr
Tr
Tr
Tr Tr
Tr
Tr
o 0,010 0,005 0,009
0,005 Tr Tr
Tr Tr o o o Tr o Tr Tr
Tr Tr
Tr Tr
o Tr
Tr
o
Tr Tr o o o o o Tr Tr Tr Tr
Tr
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Tr Tr o Tr o Tr Tr Tr
Tr
Tr
o
o Tr Tr
o 0,010 0,005 0,009
Tr Tr Tr
••• 'fr • t.r aço
SfX.ICA SOX.OVEX. (mg/1)
1 1 2
sup. prof. sup.
:..,60 l,oo 2,2c
2,.,.5 2,j~ l,bO é-,2; -. 1,80
c,2J o,.:') o,3o ,I,. 1 Jl; Ü 1 (; 2 ;) 1 ':JÜ
2,45 0,20 1,80
2,0C l,6v 0,30
2,0::, 2,ó5 2,05
3,20 2,90
2,80 2,30
3,00 3,35
3,80 3,80
4,20 4,40
3,80 3,90
3,32 3,68
3,45 3,40
1,60
1,00
1,00
1,40
1,90
2,00
1,70
1,40
0,23 0,25 0,30
4,20 4,40 2,05
3,00 2,90 1,60
0,23
4,20
3,20
116
Tab. 4 - Represa 81ll1nqs - Valores de condutividede elitr1ca (us/ca), pH, ox1qin1o dissolvido (aq/1), saturação
de oxigênio (,),oxigênio cons~do (~/1 0 21 reqistredos .. ceda coleta, auas .. plitu4ea e mediana• ca!
culadas por per!odos de chuva, estiaq .. e anual.
aaplitude e -.diana
MlniiiO
Náxiao
....Si &Da
Mini IDO
MÁxiiiO
Mediana
(&Dual) MlniiiO
Máxiao
Medi &Da
DATA
25/10/77
08/11/77
22/ll/77
08/12/77
21/12/77
11/0l/78
27/0l/78
10/02/78
22/02/78
08/03/78
21/03/78
25/10/77
4
21/03/78
04/04/78
19/04/78
03/05/78
18/05/78
01/06/78
15/06/78
29/06/78
12/07/78
26/07/78
10/08/78
23/08/78
06/09/78
21/09/78
04/04/78
a
21/09/78
25/10/77
a
21/09/78
condut1v1dade el! trica (ua/ea)
1 2
pH
1 1 2
oxigênio diuo! Yido (mq/1 o2)
1 2
sup.• prot.••sup. aup. pro!. aup. aup, prof. sup.
200 200
190
180
180
180
200
190
140
200
180
175
55
150
180
180
199
160
205
150
197
55
205 180
55
205 110
200
200
115
180
200
115
200
200
140
200
175
160
40
100
190
220
199
170
160
120
U7
40
220
160
40
220 116
92 115
190
200
140
92
200
140
120
160
110
120
50
150
138
200
194
170
103
110
141
50
200
131
50
200 134
6,40
6,80
6,45
6,60
6,60
6,90
9,20 6,80
6,80
6,70
8,25
6,85
6,75
6' 50
6,70
6,65
6,80
8,15 7 ,20
6,70
6,65
8,40
6,40 6,50
9,20 8,40
6,90
6,80
6,50
6,40
6,40
6,70
7,40
6,80
7,15
6,90
7,10 8,10
8,90
6,85
6,90
6,40
6,75
6,50
6,70
6,90
6,75
6,80
7,20
7,20
8,30
1,80
6,40 6,40
8,90 8,80
6,40
9,20
6,40
8,80
6,30
6,60
6,50
6,70
6,60
6,50
8,15
7,15
6,65
6,70
7,95
7,21
5,47
4,66
6,07
6,64
2,01
5,54 6,51
7,63
5,30
7,63
6,30 2,01
8,15 7,63
6,07
7,20
6,75
6,10
6,50
6,80
6,80
7,00
7,10
7,00
7,10
9,00
7,28
8,20
6,80
8,29
5,33
6,42
4,70
5,35
7,21
7,21
8,11
7,98
7,36
7,17
7,80
9,13
4,79
7,54
5,33
7,63
6, 13
5,88
5 , 86
6,32
4,36
7,05
4 '36 9,13
6,13
6,45
8,05
5,33
5,38
3,93
6,81
7,46
6,43
7,21
9,72
6,81
5,88
8,57
6,10 4,70 3,93
9,00 8,29 9,72
7,17 6,81
6,10 2,01 3,93
9,00 8,29 9,72
6,90 6,36
6,04
5,16
6,53
5, 77
5,68
4,81
7,52 5,50
5,54
5,35 fi,70
4,81
7 ,52
5,68
6,22
6,41
3,97
5,27
3,93
4,38
7 ,31
7,42
5,88
6,24
5,98
2,96
5,14
2,96
7,42
5,98
2,96
7,52
s, 7Z
• .ap. • •uperflaie •• prof. • profand14ede (2 •>
saturação de oxtg! oxigênio consWII!
cio (119/1 o 2 l nio (')
2 1 2
aup. pro!. aup, sup. pro!. sup.
97, 78
71,84
63,73
79' 7l
88 ,38
26 ' 37
7~' 19 89 , 50
1 0 5 , 0 1
7 0 , 9<
106,34
26,37
106,34
79.71
91, 00
110,28
67' 51 81,34
57,89
63.77
87,14
87,14
100,34
101,15
88,52
86,23
103,75
57,89
110,28
87,14
26,37
110,28
87,14
123,49
62,66
102,22
81,67 2,3
67, 06 o, 7
88,75 o,a 69,93 75,78 2,0
101,57 74,76 5,1
80,5) 16 3 ,13 6,6
83,48 10&, / 5 18 ,9 80,12 76, 39 :9 , 0
8 6 , 98 76 , 0 3 5 ,3
58,32 71, 5 ~ 3 ,2
96 ,40 9 3,4~ 2 ,4
58 ,32 67, (1 6 1 ,7
123,49 16 3 , 1 3 l ~ .o
83,48 76,3 9 3,2
86,06
10 7,13
67 ,7 5
66,55
47,0 5
81 , 2 4
8'1 ,32
77,27
89,71
124, l6
82,31
71,57
110,16
84,n3
9:..,7?
50 , 35
66,1C
46 , :0
52 ,l7
8~.23
89,18
72,45
79,03
72,79
36,06
65,62
3, 2
2, 6
3,0
2. 5
4,8
4. 2
4 '7
5,8
5,7
5,3
4,5
9,7
8,4
47,05 36,06
124,26 19,23
82,31 72,45
2,6
8,4
4,7
47,05
124,26
82,U
36,06 Q 17
6!1,62 19,0
'15,39 4,6
2, 0
0,6
0,8
2,2
5,5
7,2
1'7, i
20,4
4,4
4,2
2,2
0,6
20,4
4,2
3,5
2,9
3,1
2,4
2,8
4,5
s. 3
5,4
6,8
5,1
4,3
4,2
9,5
2,4
9,5 4,2
0,6
20,4
4,2
1,2
0,8
2,6
2,7
4,5
7,1
l4,S 5,3 4,5
0,9
2,6
0,8
14,5
2,7
~.1
2, 2 5. l
2' 4
4 1)
6,2
4,9
5,6
6,4
5,3
5,8
5,7
8,6
2,2 8,6
5,3
0,1
14,5 5,3
117
Tab. 5 - Represa Billings - Concentração de clorofila a (mg.m- 3)
DATA
22/02/78
26/07/78
Ponto 1
superfície
17,2
21,7
Ponto 2
superfície
12,8
26,7
Tab. 6 - •standing-stock" e composição do fitoplâncton, para la
gos em vários estágios de eutroficação. (TUNDISI, 1977).
Ultraoligotróficos
Oligotróficos
Mesotróficos
Eutróficos
Distróficos
•standing-stock" do Fitoplâncton _3 Clorofila a mgxm
0,01 - 0,5
0,3 - ~
2,0 - 15
10 - 500
0,1 - 10
Fitoplâncton Dominante
Chrisophyceae Cryptophyceae
Dinophyceae
Bacittariophyceae
Bacittariophyceae Cyanophyceae Chorophyceae
EugZenophyceae
118
Tab. 7 - Repr.aa B1ll1n9• - Reault&doa qualitat1voa e variação numérica (UPA/al) de aaoatraa de f1t~
plincton referente• à eat.ação 1 (auparttcie) detera1nadoa - cada coleta por perlodo de chuva.
OUTUBRO NOIIEHBRO DEZDIBRO JAHElRO P'EVEREIRC' MARÇO
DATA
CLASSES 25 8 22 12 21 ll 27 10 22 21
Chlorophyceae
ChlaMJido"'o"a• •P 32 18 12 16
Alt1roaoc,,.,, •P 75
Rap.Jr,;dt.oPIIMa •PP O•doqo"i. "'" •P Gc l111ki,.ia radiata 70 79 187 69 17
Nioractt:iNiw"' pwait&~~~~ 28 16 56 48 24 16 12
Ni.oraotiPiiw• borllk.MiiPIIÍ.I 8 4
Dictyoep~aeriu• •P 70 112 !54 105 42
Di.moJ'"pkoaooow• •P l
Pedialtl'w"' •i~~tpLec 19J 58 20 78 97 20 l"• 39 20
Pediaetrv"' dwp!oz 68 23 90 68 23 19
Co• ta a trw"' llt,:OI"OpOPMift 1 32
Bo c: rJiooooow• •P
lr'11t•LLa •P Plcusktolp.ltael'ia 'P 260 88 40
Trewba ria •P
OOCNSiÍ.I lltGl"IIOPIÍ.i 22 lO )) 27
Fl'anclia 'P A11ki1 trodeamua bi.bJOc:a:i.a""'
No1toraphidiw.m
Xirch"•ri1lla ObtUCl
'l'ltPatldl'OPI .W1:JIÍ.II ... L
S01111dlllltWI DpOlÍ.IPIIÍ.I J4 42 164 19 2• 28
S01111diiiiiU• QOIIM''Íit4C:III
1'•traetu"' •P
Aotirta• t,...., ha:l'lt•acrhii 217 94 19 lO 14 )3 28 J.;
lilowg•otio 'P 1200 44 as; Ewa•trwm 1p 15 1S
Coa,ariw"' •P 20 69 )5
laJtthidiwM •p
St12wra•trum •P 63 49 l4 42 39 ]9 42 224 li l 0': 105
Arthrod•••w• lp 3
Cto•t•ria"" •P 8
EU<J1enophyceae
Ewg l1K12 ep 32 13
Pltoowt topotw• 1J 2C
f'ra.clt• Lo•o~tal ap 2 10
Chry~~ophyce ..
s., ... Pt'l •P
Bacillariphyce ..
"' loaira •P 48 29 lO 68 48 76 95 143 95
St•plta,.odiatn•• ap 1 1
lit•aalria 'P 18
sr"•d"" tp 914 293 110 135 125 122 78 2]1 110 112 141
Rlri•o•ol•"'• ap 12 9 12 20 3 9 3 5 2
Cr<>lot•!ta ap
Dinophyce ..
PoridiNh• '" 13 ll 32 365 13
Cyanopllyce ..
AJtabae1112 1piroide1 2l
ANabaeNa app
lili.ttroo~atil aer-wfi~toed 780 500 686 546 647 660 644 301 3!8 26t 84
ltiJ#OI<IPOiJta lp
Oaot l tc:ttor\a •P 88 28 lJ J: llepHdiopai• •edit.:IPNJI•a: 11: 29
•io detand....Soe . 40 16 60 15 80 68 87 92 20 ~·..175 ,, .,
!'OTAL 2582 1217 1240 1243 1684 151J 1033 1387 2201 1!4) 1526
119
Tab. 8 - Represa Oillinqs - Resultados qualitativos e variação numérica. (UPA/mll obtido• da análiee
de amostras de f1toplãncton referentes à estação 1 lsuperf{ciel determinadoa em ceda eoleta
r>or per Iodo de estiagem.
ABRIL HAlO JUNHO Jur"o AGOSTO SETEMBRO DATA
CLASSES lq 18 15 29 12 26 lO 2) 6 21
C h loro; 1hyceae
C h: •lmy iomonae •P Rarlndtone"'a srp
;olcnk.inia roadiatfl
Mi()r>act i11iu"' pusitum 20 12 28
M~()r~cti~iu"' bornhQ111ienai1 4
:.:tct}I08phaerium •r 14 119 11 21 ll lS 83
P4iZJir.u~ trt,jm B'Lmple:r 39 135 19 71 39 19 19 19 77
Pe.iiar t rum duple:r 90 22 90
·:ntJlastruM "'it:"ropo,.um J2 24 48 24
(OfJlaBtrum l"Btia~Latum 5 25
Welftel !a •P
t' l a11k tosphaf'l T"ia •p 12
Treubari12 •P
'lnrysti" "'tr.l 1'880rti i 13 15
FrrzMt~eia "P AnkistrodP8MU.! b i b 'I" a ·i a,11,.a
Mo~toraphidium
Xirch11eriella obfl8a
Te t l"aedrom minimum
Scenede61'ft.ctt opo Lie"sie 30 109 69 17 19 38 4
,'";cÇ~."sdeel'fu8 aaun:ina twe ll
Crw~igo>nia ap
A.cti'laBtrum harttaeohii 1 Q 366 484 24 14 1 q 42 28 89 19 305 52
Mougeotia np 1443 3114 36~ 192 453 108 792 1305 900 954 468 1482 870
Coemarium sp 3 2 2 1 2 2
$taurae t 1'W"' sp 88 108 119 53 126 126 130 217 35 14 45 lO 11
C!o~ter1.um •P 8 18
F:uqlenor'hyceae
Fu.!Jlena •i' 16
r;.a,_·..,a r.ortu&
:"raehelomonas 8p
Crysophyceae
Dinobryon l'avari a um
Dinof,ryon C'itvJtdricum
Dac1llar1ophyceae
#e~osira np 126 63 52 61 4 7 19 36 95 132 28
Stcpha"udieow, •p l 1 1 1 1
Nitascfr~a •P 2
Synedra sp 75 31 15 10 )) 20 17 25 48
Rlti$OBols'lip: sp 3 11 l
Cyc~tella '•P
Dinophycea.e
Pftridi.nium ep 13 19 83 153 96 38 256 19 H 83
Cyanophyceae
Anabaena spiroid•• 45 32 18
Nicrocyetie a•rwgi,.oea 120 241 350 J4 193 84 60 138 47 62 54 30 14
Os oi~ lat.ol'ia •P Raphidiopsie nr•di t•zora"•a 110 66 187 ll2 198 123 130 69 61 72 129 12 70
Nio determinado• . lO 16 14 23 40 35 14 18 lO i 8
TOTAL 2223 4297 2080 678 1277 875 1318 19~ 1591 1184 1321 m~ 1058
120
T&b. 9 - Represa B!llinga - Reault.:loa q\Wllitativoa • variação nu.ériea (UPA/all obtido• da análiae
de a.oetraa de fitoplincton referente• àeatação l (profundidade de 2 a} detera1nadoa .. C!,
da coleta por pedodo ele chuYa,
CLASSES
Chlorophyceae
CJtlam!fdO"'o"a' 1p
A•t•roc:toccw• 1p
DATA
Raplu .. dio"'"'a •PP
GoL•"ki,.ia radiata
Nioractú1iw~r pw•i Lw..,
.11\.el'aCtl "'tWIIt bar,..;•"'"'"',:'
DiDt!fo•p,it;au•iw"' 1p
P1d1.a& t rum 1\.tnp l•z
P1dicutr~"' dw.pl•z
Co• La I trwM •i.cropora&M
W11t1l~a ep
Pla,.ktosp~a•ria 1p
Tr•wba,.ia •P
OoCNiti~ ~rare1onii
fpaftcl-ia •P
A,.ki•trod•••w• bibrcia•n••
Kirc~"•ri1lla ob11a
'tl,rtudro,. "'ini.ww•
Sc•"•d•••w• opo~i•~•i• Cr111cig111ia IP
Aa*i"a•trUM ~aNtaea~i\ lloll.glotia •P
l'wa• trw• 1p
Co••ariwn 1p
StauPaltrw• •P
AJ"throdllllfUI lp
Clo•t•riw,. •P
Euq1enopnyceae
Kt~gl.4Jt4 •P
Pllaf:lw• t:ort:at•
tr4eha•to.o~•• •P
ll•lo•ira •p
St4pllaJtodi1ow• •P •ita1chia IP
sr,..dN •P
ltlt<t•o•o z.,,..,;a Cr~t~UltG •P
Dinophyce ..
ANaba•Na •piroid•• ALIICibCI•Il4 •PP llicrocr•ti• c•rufiLIIo•a
Oo•i UGtoria •P •ap~idiop•<• ••4<t•rrâ.•a
25
49
78
45
17
108
35
29
703
9
168
37
20
1389
51
32
12
116
135
36
49
33
232
7
lO
140
961
22
77
92
24
11
65 5
124
no
12
84
164
42
58
46
41
39
l3
66
27
3
u
42
13
52
726
2l
38
147
48
6
58
90
13
1
29
90
52
5
23
704
JAIIEIJID
ll
H
39
20
1
18
29
4l 5
l
582
70
5
924
27
21
16
19
60
98
7l
45
27
63
46
64
564
lO
15
182
1"
12
lO
70
309
5
19
73
842
22
12
52
196
58
15
109
1S
185
1
4
155
18
57
24
15
2380
ll
28
58
2)
84
57
83
68
75
900
21
28
36
40
89
1113
29
112
18
46
17
85
2022
121
T&b. 10 - Represa. Blllinqa - Resultados qual1tat1.voa e var1açâo numér1ca UPA/nai ot>tLdos .:!,:, anál.:_
se de AJDOitral de fitopláncton referente• i estação l (profundidade de 2 • detenunados
ea cada coleta por per!odo de eatiaq-.
DATA l\BRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO Sf:TEJ<BRO
CLASSES 19 18 15 29 12 26 lO 2l 21
Chlorophyceae
C h ~a ... vdo"'o"a• •r 15 20 l4 ll 15
GoL•ftkt,.ia ~ad1.ata
Mtera~tt"tW~ pMittw~ 20 20
Dtt'ltJiolplta•rt-.~ 'P 63 32 56 lO " 01.MOrpJtocoacw• •r P•dt(U t rwm '""'P~•z 39 58 58 58 l• 20 38 39 19
Pedt a• t '"""' ::Jwí'! BZ 23 22 45 ,, l<
Co• ~a• t '"""' "!'iOI"Op01"k"' 40 32 16 40
Co1 ~c21t1"M"' r• c i,wLaCa..lll
"''' t•l La '" Ptartktoepltat:tti.a lp 16 12 \[
Tr••wbaroia •r Oooyeti• "'a'"''""it 29
F roa ~te• ia •r An:'(i8ti"'Odifemwl Dto.raia"w' NO'IOl"apJudium 1p
Tttra•drom •in:i~~twm 9 2 l
Sc•rt•d•'"'"'' opoti•,.•i• 52 40 38 ll 21 ll 21 ~ n
sc .... d ....... aaW~~i,.atu• 22
CPucig•,.ia •P
f•tra•trWIII 1p
A~tiNaltrw~ haNt••ohtí 33 367 235 l4 14 10 24 15 145 42 ~ Q: i9
llowg•ot'ia •P uso 2304 210 135 315 60 606 348 816 930 3 7 ~ lH7 ':>Üt·
Co••ori Nll •P 2 1 2 l l
Sta•H•tr._ ., 18 95 42 49 60 74 lOS 112 21 li .. .. e CZ.o•t•ri..,. •P 10 u
Euq1enophyeeu
t .. gz,,.a '" lO 13
Pltoow• cortu• 13
fl"CIOitl tO•ON41 '" 8ae1llar1ophyeaae
N•lolira op 370 19 85 98 133 67 19 2e . ~- 0'
Stlplun&odi,ow• op 1 1 1
61. t••c.ltia •P 63 4
s,,.,drc •P 302 21 2 7 6 27 9 l3 2: " Rlti•QIOLINi<l op 27
Cro loeoll• op 5
Dinophyee-
P•ritli11í.,. •P ll 83 109 45 108 38 339 51 19 s:
Cyanophyce ..
A"GbAIPIG •piro~d•• 45; 27
lliarocrr•tt• a•PMf"i"o•cz 7S 83 62 92 68 57 49 72 14 )
Rcp~idiopoio aediterPa"ea 6l 26 301 394 220 u 6 9 93 87 l8
aio 4etenúna4otl • 12 13 21 ll 2t 25 15 10 11
~AL 3260 3103 lll1 1020 1104 453 1031 713 1535 1104 913 1719 833
!'ab. ll - -.s>NH ~ - llu1alta6ee qu&l1tat.1- • •ar1~~qio n ..... 1ca (UN,/1111 obU4oe 4a
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122
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W•eteLlo ep
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Aaott,.aet...,. ••u•••JI,;, 15 52 419
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CloeteP'iUM ep 2
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nt•o•ol••'• ., s C,olot•lt. •P 14
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CyenopbfoeM
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t•PODd!.-.U ep ' - 3
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O.oi I t.t•ri• ., 2 1 ..,.,~ .. , ..... ~, .......... )2 19 lS 41
Jllo 4ete.rlú....,. • ' 15 1J " 93 10 160 ., 40 15 50
!OIIIL 211 )6) 211 ül Slt 252 471 ... 956 100, 1411
123
Tal>. 12 - R.apr .. a B1ll1ngo - R.aoultado. qualitativo• e veriaçio nwoérica (tJPAI•lJ obtidos da aná
u .. de UIOotrao de fitoplineton referente• lut.açio 2 (-r!!ciel deter.inadoo - ca
da coleta por per{odo de eatiagea.
ABRIL KAIO Jtiii1IO Jt1LHO AGOSTO St:TEMBIIO DATA
CLASSES 19 18 15 29 u 26 lO 23 21
Chlorophyceae
C Ir ta•~do~~to'lal •P 15 lO ,:;ozenk\'lia l"adiata
,'fie,.a-ctÍPfUI.M pw1i twm 28
Nicraotiniw"' ."'or,J,•,.,i•"•,:• Dt.<.• t-.votpJaaert wllt •r 49 77 14 21 182
P•dia•tttul'lf ai.lfltplez 19 l9 19 20
Pedia•tl"um dwp lez 23 22
Coe ta a: ti"WIII Micropol"u"' 24 u 16 24 48
Coe La• trw:m t-#ticwtatw• 10
Bot royoeoccw• •P w., teZ :o1 •P P1.anktoepha•ria •r Oocveti• ~J~tareeo"iL lO
Anktetrod•emue t-ibraia""''
T• t ra•dro" Mirt i~ttW~~"
Sc•"•d••"'"' opolien•i• 65 84 19 13 23
Sc•"•d•'"'"' ac..-i:Jtcltwe 39
C1'1lCige'lia ap
T•tJ"a•twnr •P
AatiNa•trwM ha"t••chii 287 35 103 lO :J2
Jfowg•otia ep )0 318 123 48 15 759 225
Co1•ariu"' 1p l 1 l 1
Stawra•u•w• •P 35 18 1!
C toe t•rilPI •P a
Euc;lenophyce ..
tw.gL•"a 1p
Phatt~t~• toJ-'t:wa Z5 ' 1'Pao.ls•Lo•o"o:• ., Chryaophyce ..
llaZ to"'o"cz• op
Bacillariopbyceaa
II•Z.o•irc •P 285 104 98 57 67 19 19 123 )54 19
St•plla .. odi•ov• ., l 1 l l l 1 l l 1
WHooHG op ' 1 l
s, ... d..., •P 2 70 l
Cvototo l!G ., Dinophyce ..
PePidi.,.i.ldt ep 518 128 345 947 224 64 51 422
Cyanophyc• ..
A"~'~ opiroid•• 19 39 54 18 32 90 270 540 2Z5 387 270 175 108
CJiroooood!OG"v• •P l
lli.t~rDor•~"' o•rMfi~toaa lU I 1113 1141 1015 171 175 196 91 14 21 14
lfcpllitH.opai.• w•fi'í t•PN,..C u .. 148 203 6
Rio deterainacloo • 23 ll 25 lO 10 22 18 12 15
'l'O'rAl. 2&21 217~ ,,., 24"1 551 392 552 669 1727 461 '15 1007 187
Tab. ll - Repraea 81ll1nqa - Abundlnc1a relativa (') doa 91'Up08 ca.ponentea d.o fltopllncton encontrado• naa eataçõea
da coleta por perlodo da chvva • aatla9aa.
CHLOAOPHYCI:AE EUGLENOPHYCEA& CHRYSOPHYCI:AE BACILLAJIIOPHYCEAE DINOPHYCIIM
,25/10/17
08/ll/77
H/11/77
12/12/77
H/12/77
11/01/71
27/01/78
10/02/78
22/02/78
08/0l/78
21/03/78
25/10/77
• 21/0l/78
04/04/78
19/04/18
03/0S/78
18/0S/18
Ol/06(78
1S(Ot/78
29/06/18
12/07/78
26/07/78
10/08/78
2 J/08(78
06/09/78
21/09/78
OC/04/78
• 21/0~!78
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GoleRkiftia ra4iGta Niaraoti,.iw. p-.!l~
NicraotiNi~ bo~~·~•"•i•
DictwoaphaariMa ap
Di•orpho"oottv.e ap
Padiaatr ... ei.pZ..a
Pediaatrw. dKpt.z Coel4a tr.,. .-icroporu. ·
Coelaatr~ r•tiewZat .. Botryeooov.a ap
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PlaRktoaphaeria ap
rraatbari4 .,
OocN•tia •ar••o•ii 'rGrtcaia ap
A"liatrodaa•w• bibraianMa Nonoraphidi~ .,
Xirchnerielta oh•aa
ratraedron •i"'--Scaftad•••... opoli.eftaia
Sca,.adaa•ll.a ac~nat••
Crau:igania ap
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Actiftaatrw. P«Wtaachii
llollgaoti« ap
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Co••cari.,. •P lli.craat•rio •P l'o.,.Uaidi.a. •P
St;avra•t~ •P Artllrod••m.• •P
Cto•t•ri .. •P
Euglenophyce&e
~vgl•ruz •P
Pllae11.a tortw•
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s,. .... .r.a •P Di.,.obryo~ baoaric ..
Di.,.obryon. crli,.drio.,.
Bac11Lar1opby~
ll•lo•ira •P
C*elot• Z 1.4 •P St•plta .. odi•oke •P Rlai•o•ol•Jiio •P srn.•d.rc .,
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Nioroorati• .a•Pafi•o•• 111/ZO.tlrCÍ.JIG •p
Oac:rillatoria •P A•abc••o apiroi4.a
A.....ab•••• •PP ClrooooooM•
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gênio consumido (mg/1 o2) calculadas nor neríodo de chuva e estiagem.
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Fig. 11 - Represa Rillin?S - Amplitudes e medianas de amônia
(mg/1) e nitrato (mg /1 ) calculadas no neríodo de setemhro de 1977 a outubro de 19~ 8 .
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n ar~ncia (m) da i gua e temperatura do a r ( 9 C) cal~ .
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solvido (mg/1) e saturação de oxigênio (\) e oxi gênio consumido (mg/1 02) calculadas no nerín do de setembro de 19 77 a outubro de 19! 8.
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CHUVA UTIAilM TIMN ( 1.71/11)
Fig. 14- Represa Billings- Vanacão do r:itoT"'lârcton total
UPA/ml) durante o neríodo de chuva e estiagem.
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Fig. 15 - Represa Billirigs - Abundância relativa (%) dos grupos Chlorophyceae, Bacillariophyceae e Cyanophyace encontrados no período de chuva.
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Fig. 16 - Represa Billings - Abundância relativa dos grupos Dinophyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae encontrados no período de estiagem.
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Fig. 17 - Represa Billings - Abundância relativa dos gr~
pos Chlorophyceae, Cyanophyceae e Bacillariophr c~ae no perlodo de estiagem.
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Fig. 18 - Represa Bi11ings - Variação das densidad~s popu1! ciof ais das espécies de Mic~ocystis ae~uginosa e J nabaena spi~oides no iponto 2 (superfície),
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P R A N C H A 1
3- Eugtsna Ehrenberg
4- Phaaue to~tus (Lemm.) Skvortzow
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2
-10)1
-1011
--10}1
143
4
Prancha 2
5 - Melo~i~d c. Ag,rdh, 1824.
6 e 8 - Vinob~yon cylind~cum Imhof, 1883.
7 - Vinob~yon bdv~~icum (1mhof) Lemmermann, 1903·
9 - Pe~idinium Eh~enberg, 1830· I
144
6
5 10).1
7
IOp
10}1
8
-I O }I IOp
P R A N C H A 3
10- Micractinium pusitum Fresenius
11- Micractinium bornhemiensis (Conrad) ~or5hikov
12- GoZenkinia radiata
13- Pediastrum dup'l.e%
14- P~diastrum simpZe%
15- Pediastrum simp'l.e%
Chodat
Meyen
Meyen
Mey~n I
145
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12
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IO)J
P R A N C H A 4
16- Coetaet~um ~etioutatum (Dangeard) Senn.
17- F~anoéia Lemmermann
18- T~euba~ia Bernard
19- Tet~aed~om minimum (Braun) Hansgirg
20- Soenedeemus opotiensis Richter
21- Scenedesmus aouminatus Lagerheim
22- Mougeotia Agardh
23- Stau~astrum Meyen
24- Staurastrum Meyen
25- Stau~astrum Heyen
26- Cosmarium Corda
146
-10}1 -
10}1
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25 -- 10}1
IOp