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1 ID ENTI F I CA ÇÃO
CONTRIBUIÇÃO DE MINIMUSEUS NA CONSTRUÇÃO DOCONHECIMENTO RELATIVO A FENOMENOS FÍSICOQUÍMICOS A
ESTUDANTES DE ENSINO BÁSICO E FUNDAMENTAL NOCONTEXTO AMBIENTAL.
[MEC / SESU / UFLA]
U NI VERSI DA DE FEDER AL DE LAV RASG RUP O PET AG RO NO M IA
M EC/ SES u / DEP EM
1 – T ÍTU LO
C ONTR IBU IÇ Ã O DE M IN I MU SE US NA CON STR UÇÃ O D OC ONH EC IM ENT O R ELATI VO A FENO M EN OS F ÍS IC O Q U ÍM I C OS A
E ST UDAN TES DE EN SI NO BÁSI CO E FUNDA ME NTA L N O C ONT EXT OA MBI ENT AL
2 I DE NTI F I CAÇ ÃO
P ro f . D r . V i cen t e Gua l be r t o (D CS / UFLA )Tu to r do g r upo P ET Ag r onom i a – ( M EC /S ESu / DE PEM )C amp us da Un i ve rs i dade Fede r a l de Lav r asD ep a r t a m en to de C i ênc ia do So l oLa v ra s , M i nas G er a i s – CEP: 37200 000Fo ne : 38 29 12 55e ma i l : vgua lb e r@ uf la . b r
M á r i o Je f f e r son Pe r e i r a da S i l va ( Bo l s i s t a do PE T A g ro nom ia – ME C/ SES u / DEP EM )C amp us da Un i ve rs i dade Fede r a l de Lav r asD ep a r t a m en to de C i ênc ia do So l oLa v ra s , M i nas G er a i s – CEP: 37200 000Fo ne : ( 35 ) 9 921 6 009e ma i l : m j e f f e r sonea @ya hoo . com . b r
3 RESU M O
A g r and e m a i o r i a dos r ecu r sos u t i l i zados nos m ode l osed ucac ion a i s b ras i l e i r os se em basa m , de fo r m a u m ta n to r epe t i t i va , em
as pec t os e / o u r ecu r so s m era m en te ve rb a l i zados , t o r nan do se , nam a i o r i a das veze s , m ero s d i scu rso s ve r bo r r ág ico .
U m dos m o t i vos do f a t o é , i nques t i on ave lm en t e , a ca r ênc i a d ef e r r am en t as a ux i l i a r es n o p r ocesso , as qua i s , den t r e ou t r os , podemat ua r com o e lem en t os mo t i vado r es no ass im i l a r co nhec im en t os .
N o con t ex t o de en s i nam en t os r e lac io nados a c iê nc ia , eco n te x tua l i z ando se , p r i nc i pa lm en t e , aspec t os am b ie n ta i s , o uso deco le ções de r ecu r so s na t u r a i s , no p r esen t e ca so de espé c ies m i ne r a i se de r ochas , se a p re sen t am com o exce l en t e f e r r am e n t a no p r oces so deco gn ição de ca rac te r ís t i c as e p r op r i eda des do s ob je t o .
4 I NTR OD UÇÃ O
O s p r i nc ip a i s es t ra t i f i cad o r es do s ec oss i s t em as na tu ra i s são , e md i f e r en te s n íve i s d e p ro f und idad e , c l i m a , o r gan i sm o e so lo .Co mo og r au de abs t r ação se f az p r ese n te de fo r ma m a i s m ar can te , n osas pec t os r e lac i onad os a c l i ma e o r gan i sm o , t em se que o so lo co mpo nen t e na t u ra l dos ecoss i s te m as t e r r es t re s e base pa r a um aen o rm e g ama de f enôm en os essen c ia i s p a ra ge r ação e p r o l i f e r ação dav ida t o rna m se m u i t íss i m os i mp o r t an t es n o t ocan te a a p re ensão deco nhec im en t os de fen ôme nos im po r t an te s qu e oco r r em ao nos so re do r .
S en do o so lo u m i nd i v i duo r esu l ta n te da i n t e r ação d e d i ve rs osf a t o r es m a t e r i a l de o r i gem , c l im a , o rga n i sm os , r e levo e t em po são osp r i nc ipa i s – e co mo o ma te r i a l de o r i gem exe r ce mar ca n t e i n f l uenc ia n oco n j un t o d e c a ra c te r ís t i c as e p r op r i ed ades do me sm o nos seu sd i ve rso s g ra us de evo lução ge né t i ca , o co nhec i men to dos d i f e r en t esex emp la r es de m a t e r i a i s de o r i g em, roc has e se d i me n to s , t o r na sei mp or t an te no p r oce sso de a p re ensão de con hec im en t os e i l açõ esd i ve rsa s sob re po t enc i a l i dad es d e u sos dos m esm os nos s i s tem asna tu r a i s .
D en t r o de um a seq üênc i a lóg ica , e pa r t i ndo se do p r i n c ip io dequ e a m a i o r i a dos ma te r i a i s de o r i g em do so lo é f o r m ada pe laso ma t ó r i a de d i ve r sas e spéc ies m ine r a i s , aos qua i s podem se assoc i a rou t r os com ponen te s , o conh ec im en t o de s ta s espéc i es t o r na sef unda me n t a l no p r ocesso de ganho de co nhec i me n to s e , t am b ém , no dese es ta be l ece r cova r i ações im po r t an t es sob r e i n f l ue nc ias dos m es mo sem d i ve rsos p ro cesso qu e o co r re m nos s i s t em as na t u r a i s .
A m anu t enç ão da f rág i l es ta b i l i dade do s eco ss i s t em as passa , e mge ra l , po r um a re vo lu ção nos pa râm e t ro s m und ia i s de ex p lo r ação dana tu r eza , de fo r m a a fo rne ce r um f o r t e apo r t e i deo ló g i co que p e rm i t aao hom o sap i ens v i ve r u m po uco m a i s em ha rm on i a com o m e i o n o qua les tá i nse r i d o . O p re sen t e f a t o só pode r á se r a l ca nçado a t r avés d ai mp l an t ação de um só l i do p r ocesso de edu cação , p r i nc ipa lm en t e noqu e t ange a spec t os de p re se rv ação do me io a mb i en t e – s endo que op r oce sso em ques tão deve se r i n i c i ado j un t o a c r i anças ead o l escen tes .
A d i ssem ina ção de m i n i m useus nos d i ve r sos e ducan dá r i osed ucac ion a i s p o r ce r t o p r op i c ia rá , den t r e ou t ro s , um de spe r ta r decu r i os ida de no un i ve r so da s c r i a nças e a do l escen t es e o f a t o e mqu es t ão , se exp lo r ado d e f o r m a r ac i ona l e c r i a t i va em m u i t o con t r i bu i rápa ra a ap r eens ão de conh ec im en t os e con s t ru ção de f unda men t osp r i mor d i a i s no que t ange ao resp e i t o pe los nossos ec oss i s t em asna tu r a i s .
“ . . . educa r e educa r se , na p rá t i ca da l i be r dade , é t a r e fa da que lesqu e sabe m q ue pou co sabe m po r i s t o sabem que sabem a lgo e p odemas s i m chega r a sabe r m a i s em d i á l ogo c om aque les que , quas ese mpr e , pensam que nada sab em , pa r a que es t es t ra ns f o r m a ndo se upe nsa r que nad a sa bem em sabe r que pouco sabem , po ssamigu a l me n te sab e r m a is ’ ’ . ( F r e i re , 19 75 . )
5 DESE NVO LVI M EN TO
5. 1 M e t odo log i a de t ra ba lh o
A p r opos t a m e t odo lóg i ca do t ra ba l ho é a de a pa r t i r de um aco le tân ea de exem p la res de esp éc ies m i ne r a i s e de ro chas , ded i f e r en te s t i pos de gê nese , e r ep r esen t a t i va s dos p r i nc i pa i sec oss i s t em as na t u ra i s , p r opo r c io na r aos usuá r i o s um a m a i o rp r o f und i dad e na co gn ição de e ns inam en t os p r ese n te s nos ob je t os .
E m re l ação á s espéc ie s m i ne r a i s , da r se á d es t aque pa ra asca rac t e r ís t i ca s g e ra i s – co r , b r i l ho , l a i vo , peso esp ec i f i co , f ra t u r a ,c l i vag em , du r eza , háb i t o de o co r r ên c ia , e t c . – e e spec í f i cas –m agn e t i sm o , a loc r om a t i s m o , i d i oc r om a t i sm o , e t c ; enqu an t o que not ocan te a os exem p l a r es d e r ocha s ex p l o ra r se á as ca rac t e r ís t i cas
f unda me n t a i s das me sm as , qua i s se jam : com pos i ção m i ne r a lóg i ca ,t ex t u r a e es t r u t u r a .
D en t r o de um a r e la ção de cau sa e e f e i t o , en fa t i z ando se , n op r ese n te caso a re l ação ca ra c t e r ís t i ca e p rop r i edade , exp l o r a r se á aom áx i mo a r e l ação su j e i t o ob je to , ou su je i t o não cog n i t i vo e su j e i t oco gn i t i vo , t e n ta r se , a t r avés d e u ma m e to do lo g ia re f e re nc ian doqu es t i ona men t os g ra da t i vos n o co n te x to de max im izaçã o do po t enc i a lde pe r cepção de no ssos p r i nc i pa i s ó r gãos sens i t i vos .
S e rã o p rod uz id os , em u ma p r im e i ra f ase , m a t e r i a i s de apo io –r ev i sões , s l i des , m a t e r i a i s pa ra ap r esen ta ção em da ta show s , e t c . –pa ra m in i s t r açã o d e cu r sos j un t o a com un id ade docen te do ens i nobá s i co e fu ndam en ta l da com un id ade l av r ense , p r i nc ip a lm en t e , se ndoqu e co l e tâ neas des t es ma te r i a i s se rão doado s aos p ro f esso r es pa r ase rem u t i l i zad os no co t i d i a no .
E m um a segu nda f ase , e em pa r ce r i a c om o ( a ) s do cen t esen vo l v idos , se r ão co n fe cc ion adas p la n i l has de a po i o d id á t i cope dagóg i co , dev idam en t e i l us t r adas , pa r a u t i l i zação pe l os a l unos .
5 . 2 – A ções espec í f i cas :
1 E la bo r ação de p r o je tos de coop e ra ção j un t o à ó r gão s e ducac ion a i s ,p r i nc ipa lm en t e mun ic i pa i s e es t adua i s , ex i s t en t es na com un i dadelav r ens e e , t am bé m , de ou t r as c idade s p r óx im as q ue venh am a sein t e r essa r pe lo p r o j e to ;
2 E m t r aba lho ha r môn ico co m g r aduan dos da s d i sc ip l i nas cso109 –I n t r oduçã o á C iênc ia do So lo e cso11 6 – Pe t ro log i a e Pedo lo g ia ,o f e r ec i das pe lo Dep a r t a m en t o de C iê nc ia do So l o da Un ive r s ida deFe de r a l de L av ra s – UFLA pa r a os cu r sos de g r aduaçã o em A g ro nom ia ,E ng enha r ia F lo res t a l , Eng enha r ia Ag r íc o la , Zoo t ecn i a , L i cen c i a tu ra emQ u ím ica e C i ênc ias B i o ló g icas , ob t enção e se leçã o de am os t r as pa r am on t age m do s m in i m useus ;
3 E s tab e lece r u ma f i l oso f i a d e a t i t ud es pa r t i c i p a t i vas co m a luno s doscu rsos ac im a l i s t ados e com un i dade de e ns ino da co mun idad e ;
4 E s t r e i t a r , v i a re a l i zação de cu r sos pa ra docen t es da co mun ida de ev i s i t a s de a lunos da com un id ade a d i ve r sos dep a r t a me n t os e ó rgã os daU FL A;
5 Con f ecçã o de m os t r u á r i o s , m in i mu seus , u t i l i zand o se ao m áx i mo ,m a t e r i a i s ( m ade i ra p r i nc ip a lm en t e , ) r ec i c l áve i s , pa r a , den t r e o u t r os ,en fa t i za r a i mp o r tâ nc ia da p r eocu pação com o m e i o a mb ien t e ;
6 Ap r esen t açã o d e v ídeo s ed uca t i vos r e lac iona dos a d i ve r sos te masam b i en t a i s em que o so l o t enha um pap e l i mp o r t an t e ;
7 P rom ove r pa les t r as d i ve rsa s sob re te ma s d i ve r sos , e m d i ve r sasins t i t u i ções de ens ino s bás i cos e f undam en ta i s e , t am bé m , e mas soc iaç ões de ba i r r os ;
8 P r omo ve r v i s i t as de camp o pa r a docen tes e a l unos da s co mun idad esen vo l v idas ;
9 P rom ove r , nos d i ve rso s am b i en t es comu n i t á r i os , d i scu ssões sob r eos t em as a bo rda dos com a f i n a l i dade de de spe r ta r a nece ss i dadep r em en te de mu dança de pa r ad i gm a em r e laçã o a com pr een são e dai mp or t ân c ia do s f enôm eno s q ue oco r r em ao nosso r edo r e ,
10 F ina lm en t e , e xe rc i t a r f undam en t os que p ro p i c i em ao s en vo l v id osum a a be r t u r a de v i são de m und o em basad os em f undam en to sc ien t í f i co s q ue r e fe r enc i em , p r i nc ipa lm en t e , os aspe c tos f ís i cos equ ím ico s .
__ _____ ____
O bs . : os i t e ns de 01 a 04 já f o ra m i m p lem en t ado s .
6 PRI NC IP AI S RES ULTAD OS ES PERA DOS
01 Pr om ove r um a m a io r i n t e r a t i v i dade en t r e d i ve r sos seg u im en t os noen s i no de g r adu ação da UFLA;
02 P ro p i c ia r aos bo l s i s t as do Gr upo PET Ag r ono mi a um a abe r tu r a dev i sã o d o mu ndo n o que tan ge , p r i n c i pa lm en te , a f a t os r e la c iona dos aos i s t em a educac i ona l bás i c o e f unda m en t a l ;
03 Cap ac i t ação de docen tes dos ens i nos f undam en t a l e bás i co dasco mun idad es envo l v i das ;
04 P ro dução de m a t e r i a l d i dá t i co p edagó g i co , t r ansve r sa l e i no vado r ,pa ra os doce n te s das co mun idad es envo l v i das e ;
05 Jus t i f i ca r a ex i s tê nc ia , p r opo s ta s e f i l oso f i a s do PET P r og r am a deE du cação Tu t o r i a l / ME C / S ES u / DEPEM , n o con t ex t o da U FLA e ,p r i nc ipa lm en t e , no con t ex t o d a va lo r ação do m esm o jun t o asco mun idad es envo l v i das .
7 UM A S I MP LES CON TEX TUA L IZ ACA O C ONC EI TUA L B I BL I O G RÁ F I CA
01 S OLO : O t e rm o so l o é usado na des c r i ção da cam ada , q ue nasu pe r f íc i e da te r r a , f o i su f i c i en t eme n t e i n te mp er i zada po r p ro cessosf ís i cos , qu ím icos e b io lóg i cos , de m odo a sup o r t a r o c r esc i men t o dep la n ta s com ra ízes . E s ta é um a de f i n ição ag r íco la que dá ê n fa se aof a t o d o so lo se r u m m a t e r i a l t a n to geo l óg ico com o b io lóg i co . O sen genhe i ros são m enos espe c í f i cos na sua d e f i n ição d e s o l o . Pa r ae le s , q ua l que r ma te r i a l r ochoso so l t o , i n conso l i da do ou queb r ado nasu pe r f íc i e da te r r a , i ndep en den t e da o r i gem , é so lo . Pa ra o “ so lo ” d osen genhe i ros , o t e r m o r ego l i t o é m a is ap r op r i ado . O s g eó l ogos ,i gu a l me n te com o o s en genhe i ros , são i nc l i nado s a cons i de r a r o so loap enas co mo ma t e r i a l roch oso i n t em pe r i zado . Es t e é um pon t o de v i s t am u i to l im i t ado , po i s o s so l os são e n t i dade s b io l óg ica s com f ases dem a t u r i dad e n a h i s t ó r i a de sua fo r ma ção .
O t i p o de so lo que se f o r m ou em um lo ca l é r esu l tad o dein t e r ações en t r e m u i t os p r ocessos e m a t e r i a i s . O s c inco f a to r esp r i nc ipa i s na f o r m aç ão do so lo são : ma te r i a l o r i g i na l , (m a t e r i a l roch osodo l oca l ou f r ag me n t os ro chosos t ran spo r tad os ) , c l i ma , veg e ta ção ,de c l i v i dade e t em po . É f ác i l v i sua l i za r com o o m esm o p r ocessoin t em pé r i co po de r á r e ag i r sob re d i f e r en te s m a t e r i a i s o r i g i n a i s p a ra da ro r i gem a d i ve r sos t i pos de s o l o . Da me sm a f o r m a que na de sc r i çãop r ece den t e sob r e as va r i açõe s c l im á t i cas nos p ro cessos i n t em pé r i cos ,é pos s íve l v i s ua l i za r co mo o me sm o m a t e r i a l o r i g in a l pode r á da ro r i gem a d i f e r en t es so los sob d i f e r en t es cond iç ões c l i má t i cas eco be r tu ra vege t a l . O qua r t o fa t o r , i nc l i naçã o das enco s ta s , de t e r m ina ar ap i dez com que a água da chu va d r ena r á um a á rea ou a que
p r o f und i dad e i ra pe ne t ra r no so lo e ass im es te f a to r exe r ce pode r osoco n t r o l e na i n ten s idad e d o i n tem per i s m o e t i po de so l o . O qu in to f a t o r ,t em po , é usa do em sen t i do m a is r e la t i v o que abso l u to . F a l am os d eso lo com o s endo m a i s ve l ho ou m a is m a tu r o que ou t r o , não no s en t i dode an os , m as no de g ra u d e d esenvo lv im en t o de ca r ac t e r ís t i casd ia gnos t i ca das .
02 – E SPÉC IE MI NE RAL : é um só l i d o que pos su i com pos i ção qu ími caca rac t e r ís t i ca ou com pos i ções va r i áve i s den t ro de ce r tos l im i t es e um as is t em á t i ca o r dem a t ômi ca t r i d im ens i ona l . E le é hom ogên eo quan t o assu as p r op r i ed ades f ís i c as e qu ím ica s ou ex ibe va r i ações s i s t emá t i casr es t r i t as . Ao espe c i f i ca r qu e os m i ne r a i s “oco r re m na tu r a l me n t e ” e são“ p r odu to s i no rgâ n icos ” , os m ine ra l og i s ta s conven c ion a l me n te l i m i tam ade f i n ição de m odo a exc lu i r t odas as subs t anc i as e la bo r adas p e l oho me m ou po r o u t r os o r gan i smo s . Po r t an t o o ca r bon a to de cá l c i o ,C aC O3 , p r ec i p i t ado nos f undos oce ân icos é um m i ne r a l( espe c i f i cam en te um m in e ra l ca l c i t a ) , m as a s concha s ca l ca r i as dem o l uscos de vem se r qua l i f i cad as co mo ca l c i t a b i ogên i ca . O CaC O3pr odu z ido em labo r a t ó r i o po r p r ec ip i t a ção de um a so luçã o sa t u ra dar eceb e o nom e de ca l c i t a s i n té t i ca . Es t as d i s t i nções não de vem cau sa rf u t u r as p reo cupaçõe s , po i s são r e l a t i vam en t e i nco ns i s t en t es . Ape rm anê nc ia da de f i n ição esba r r a e m po n to s c r í t i co s .
U m m in e ra l é uma fas e hom ogên ea , i s t o é p e l o m enos empr i nc ip io e l e nã o é sep a ra do em m e io s m ecân i cos e m duas ou ma i ssu bs ta nc ias qu e p ossuam p rop i edade s f ís i cas ou q u ím ic asco n t r as t an t es (po r exem p l o , p eso espec i f i co , d u re za , co r ,su sce t i b i l i d ade ma gné t i ca , condu t i b i l i da de e lé t r i ca ou t é r m ica ) .
M in e ra i s são com pos t os de com pos i ção de f i n id a ( t a l com oqu a r t zo , S iO 2 ) e de com pos i ções va r iáve i s de n t r o de ce r t os va lo r es( t a l co mo as o l i v i n as , que a p re sen t am va r i a ções de sde um s i l i ca t o dem agn és io pu r o , M g2S iO 4 , a t e s i l i ca t o d e fe r ro pu r o , Fe2 S iO 4) .
O s m ine r a i s são co ns t i t u ídos de á t om os , l o ca l i zadoss i s t em a t i cam e n t e e o r gan i zado s t r i d im en s iona lm e t e . O a r r an j o a tô mi code um m i ne r a l e denom in ado de “ es t r u t u r a do c r i s t a l o ” . Na ma io r i a dosm in e ra i s , es t e a r r an j o d e á t om os , bem com o , a pe r i od i c i dade sãod i f e r en te s em d i f e r en t es d i r eções . Todas as subs t anc ias que possuemum a es t ru t u r a a t ôm ica o r den ada e reg u la r são cham adas sub s tan c ias
c r i s t a l i na s . D e aco r do c om e s ta de f i n ição , es t a c la r o que to dos osm in e ra i s , exc l u i ndo se os amo r fo s , são subs t anc i as c r i s ta l i nas .
03 M I NER ALÓ I DE : é qu a lque r só l i do ou l i qu ido que oco r rena tu r a l me n t e na na tu r ez a , e que nã o p ossu i a r ra n jo s i s t em á t i co dosá t om os que o cons t i t u i . Os m ine r a l o ides são , po r tan t o , subs t anc i asnã o c r i s t a l i nas , ou se ja , am or f as . V id r o vu l câ n ico , âm bar , ca rvão , ebe tum e sã o exem p l os de m ine ra l o id es . Num se n t i do m a i s am p lo , es t esco mpo s t os pe r ten ce m ao re i nom in e ra l e , como t a i s , es t ão i n c l u íd osen t r e o que se conh ece com o r ecu r sos m in e ra i s d a c r os t e t e r r es t r e . 04 C RI ST AL : é qua lq ue r pa r t ícu l a m in e ra l l i m i tad a p o r f ace s p la nas( fa ces de c r i s t a l ) que p ossuem um a r e la ção geom é t r i ca de f i n i da qu an t oao a r r an j o a tôm ico . São conhe c idas as b e l as te r m i naçõe s p lana r es dosc r i s t a i s d e r ocha , qu a r t zo S i O2 ou de ca l c i t a den t e de cão . Es t as face sde c r i s t a l r e f l e t e m o m ecan i sm o d e c r esc i me n t o do s c r i s t a i s , e ex is te mso men te com r e laçõ es angu la r es e spec i f i cas , depen den t es da es t ru tu r aa t ôm ica . Se r i a poss íve l po l i r m ine ra i s , p r odu z indo f aces p l anas oum esm o supe r f íc ies cu r vas , sem qua lque r r e la ção com o a r r an j oa t ôm ico o r denad o e r e t angu l a r dos c r i s ta i s m as , n es te caso , t a i ssu pe r f íc i es não se r i am face s de c r i s t a l , po i s não m os t r a r i a mv iab i l i dade d e c r esc i me n t o . Os m i ne r a i s l im i t ado s po r f aces de c r i s t a lsã o denom ina dos i d io mo r f os , e os de con fo r m ação i r r egu la r s ãoch ama dos de xenom or f os .
05 R OCH A : é um ag r egad o na t u r a l e m u l t i g ra nu la r f o r m ado de um oum a i s m in e ra i s e /o u m ine r a l o ides . A s r ochas g e ra lm en t e f o r m a mun i dades que , pe la ex te nsão q ue ocup am , con s t i t u em pa r t e i m po r tan t eda te r ra só l i da . N es t e ca so , o ad je t i vo “ im po r t an t e ’ ’ s i gn i f i ca q ue aun i dade em a p re ço é g eo l og i cam en te m ape áve l , ou se r i a m apeáve l sees t i vesse exp os t a à sup e r f íc i e . E s te as pec t o das r ochas envo l vequ es t ões de esca la , po i s obv ia men te ex i s t e g r ada ção , po r exem p l o , deum a ca de ia m on t anh osa g ra n í t i ca pa r a co rp os g r an i tos men o re s eve io s d e pequ ena e spessu r a en ca i xa dos em ou t r as r ochas . Nar ea l i dade , o q ue se deve l eva r em con t a é o f a to de q ue osco ns t i t u i n t es m i ne r a ló g ico das ro chas , qu e se jam ou não das m es ma ssu bs ta nc ias , t e m com o causa da p r esen t e asso c iaçã o q ue seen con t ra m , o p r ocess o gené t i co com u m , a o r i gem da roc ha .
E m t e r m os am p los , os geó l og os r econ hece r a m t r ês p roce ssosp r i nc ipa i s de f o r m aç ão de r ochas . (1 ) s i l i ca t os em fusã o , ou mag m aqu e ao so l i d i f i ca r se p ro duz v id r o ou um ag r egad o d e u m ou m a i sm in e ra i s , ou a i nda um m is t o de m ine ra i s e m in e ra l v í t r eo . As roch as
qu e se fo r ma m d es te mo do são denom in adas ígnea s e m agm á t i cas .I gn i sem la t im s ign i f i ca “ f ogo ” , e r ocha s íg neas sã o po r ta n t o “ f o r ma das pe lof ogo ” . De r r am es de l ava s e c i nzas vu l câ n i cas são exe mp los e v i den t esde ro chas ígnea s . (2 ) ro chas sed i men ta r es cons i s t e t an t o def ra gm en t o , que o r i g inad os d e r ochas e m i ne r a i s p r é ex i s t en t es f o r amde pos i t ados p o r ação m ecân ica ou b io lóg ica , q ua n to de p r ec i p i t açõe squ ím ica s ou b i oqu ím icas qu e se de r am num m e i o f l u i do . Ta l com o n ola t im , q ue a pa lav r a se d i me n tu m é usa da pa r a i nd i ca r ma t é r i ade pos i t ada po r p rec ip i t ação , as r ocha s sed i me n ta r es t i ve r am a spa r t ícu l as que as con s t i t ue m “d epos i ta das ” ge r a lm en t e subaé rea ousu bagua t i came n t e . Com o exem p l os de a l gum as r ochas se d im en t a r es ,po dem se r c i t a dos a re n i t os , f o l he lh os , con g lom er ado s , coq u ina eca sca lho s de a luv ião . ( 3 ) Roch as m e t a mó r f i cas são tod as aque l as e mqu e os m i ne r a i s e / ou t ex t u r as o r i g i na i s f o r a m n i t i dam en te a l t e r ada s po rr ec r i s t a l i zação ou de fo r m ação . O me t a r m or f i sm o ca usado r des t asa l t e r ações po de se r da r em g ra ndes p ro f und idad es da c r os ta t e r r es t r e ,ou com o e m a lgun s casos , p r óx i mo a su pe r f íc ie da t e r r a e p ro vocadope l a i n t r usão de um a m assa aquec i da de ro cha ígnea . A pa lav r a g r egam et a é t r aduz ida com o “co nsecu t i vo ” , “d epo i s ” , ou “ a l t e r ção ” , u ma vezqu e a r ocha me t a mó r f i ca , r ep r ese n t a o “ e s tag io f i na l de co n f i gu r ação ”de um a r ocha , na qua l os m in e ra i s e / ou tex t u ra s se ap r esen t amd i f e r en te s da roc ha o r i ga l . G na i sses , x i s to s , f i l i t o s e m á r m or e s sãoex emp los de ro chas m e t am ó r f i cas .
06 R ECUR SOS NA TURAI S : O t e r m o re cu rs os n a tu ra i s e co nhec ido det odos , re fe r i ndo se aos sup r im en to s d e a l im en t os , ma té r i as deco ns t r uç ão e ves t i m en t a , m ine r a i s , águ a e en e rg ia ob t i das da Te r r a ,ne cessá r i os a m anun t ença o d e v ida e da c i v i l i zaçã o . Já m eno s fa m i l i a re o conce i t o d e a l guns re cu rs os co mo os a l i men tos , po dem se rsu bs t i t u ídos an ua l men t e , pe lo c r esc i men t o sazo na l das p l an t as ,co ns t i t u i ndo os r ecu r sos r enová ve i s ; enq uan t o i s so ou t ros bens com om in e ra i s , ca rvão e p e t r ó l eo , são re cu r so não ren ovave i s , que sees go t am po r que a Te r r a con t em quan t i da des f i xas , que es t ão sendoco n t i nuam en t e consu mi das .
A exp ansão da po pu la ção ge r a d ua s ques t ões p r i nc i pa i s , cu j asr espo s ta s são a chave pa r a o f u t u r o , a l ongo p ra zo , d o hom em . Ap r i me i ra qu es tã o , re l a t i va a p r óp r ia v i da , é : qua l a m áx i ma r azão naqu a l os re cu rso re nováve i s de a l i me n to s podem se r p ro duz i dos , semer od i r e a r ru ina r i r r em ed i ave l me n t e a sup e r f íc i e d a Te r ra ? Q uan do v ie ra se r conh ec id a , a re spos t a p od e rá f o r nece r i n d i cação de quan t aspe ssoas a Te r r a pode su s te n ta r , e m um a base con t i nua . Segun da
pe rgu n ta d i z resp e i t o a c i v i l i zação : Have rá na Te r r a quan t i da dessu f i c i en t es de com bus t ív e i s , m e t a i s , m a t é r i as de cons t r ução ,f e r t i l i zan tes e ou t ro s r ecu r sos não ren ováve i s pa r a man t e r e expa nd i res ta c i v i l i zação , cad a vez m a is com p le xa?
É mu i t o duv id oso que se que i r a v i ve r em um m undo t ão popu lo so ,qu e t odos o s r ecu r so s es t e jam sendo u t i l i zados em sua cap ac ida dem áx i ma ; t a l t en ta t i va , de q ua l que r mo do , se r i a ex t r em a me n tea r r i s cad a , po i s não de i xa r i a m ar ge m pa ra e r ro s . En t r e t an to e essenc i a lt en t a r conhe ce r os l i m i t es d e re cu r sos na t u r a i s , po rqu e já es t aa t i ng indo o p on t o exau s tão do s sup r im en t os con hec i dos de a lgu nsr ecu r sos escasso s , com o He l i o e M er cú r i o .
“ N ão é p oss íve l , en t end e r as r e l ações d os home ns com ana tu r eza , sem es t uda r os con d i c io nan t es h i s t ó r i co cu l t u r a i s a quees tão sub me t id os às f o r m as de a t ua r . ” ( F r e i r e , 1975 . )
8 C I TAC AO B I BL I O G RÁ F I CA
S KI NNER, B . J . R ec urs os Mi nera is da Te r ra . 2e d . B r as i l , S ão Pau lo ,E d . Edga r d B l uche r LTDA , 1976 .
B LOO M , A . L . S uper f íc i e da Te r ra . 2e d . B r as i l , S ão Pau lo , E d . Edga rdB l uche r LTDA, 1976 .
E RN ST, W. G . M ine ra i s e roch as . 3ed . B r as i l , São Pau l o , Ed . Edga rdB l uche r LTDA, 1977 .
FREIRE, P. Extensão ou comunicação. Paz e Terra, 1971. 10ª Edição, São Paulo, 1992.