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Fisioterapia do trabalho
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Contribuies do fisioterapeuta em exame admissional: um protocolo-piloto para atividades
de carregamento de cargas
Contributions of the physiotherapist in admission exams:
a pilot-protocol for activities of charges loads
Bruno Silva Pereira Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitrio de Patos de Minas UNIPAM.
Vivianne Peixoto da Silva Professora do Departamento de Fisioterapia em Ergonomia do Centro Universitrio de
Patos de Minas UNIPAM.
Jssica Karen Alves Nogueira Colaboradora graduanda em Fisioterapia pelo UNIPAM
Joo Marcos de Lima Dias Colaborador, graduando em Fisioterapia pelo UNIPAM
______________________________________________________________________
Resumo: Introduo e Objetivos: Trabalho o esforo humano dotado de um propsi-to e de sua subsistncia, e envolve a transformao da natureza pelo dispndio de ca-pacidades fsicas e mentais. As alteraes musculoesquelticas ocasionadas no/pelo trabalho representam um expressivo problema humano e econmico. Este um dos principais problemas a que os trabalhadores que manuseiam e movimentam cargas es-to expostos. Frente a esta questo, a atuao da Fisioterapia nas empresas cresce a cada dia, principalmente pelas aes preventivas no combate a estes distrbios. O ob-jetivo do presente trabalho foi desenvolver um Protocolo de Exame Fisioteraputico Admissional para empresas com atividades voltadas para carregamento, transporte e deposio de cargas de maneira manual. Materiais e Mtodos: O estudo consistiu em verificao do acervo bibliogrfico referente ao tema, escolha de uma empresa como projeto piloto, entrevista com o departamento de RH e SESMT, anlise da documenta-o (PPRA e PCMSO) existente envolvendo estes trabalhadores, observao dos postos de trabalho, entrevistas abertas e elaborao do Protocolo. Resultados e Discusso: Diante do exposto, todas as alteraes e afeces relacionadas a este trabalho citadas na literatura foram encontradas durante anlise no campo de trabalho. Os resultados mostraram que a elaborao do protocolo de avaliao para candidatos a cargos espe-cficos se faz necessria devido a uma srie de fatores como desconforto lombar, des-gaste articular, cansao excessivo, fadiga muscular, absentesmo, entre outros que afe-tam a sade do trabalhador e as finanas da empresa. Concluso: A incluso do Fisiote-rapeuta na equipe multiprofissional do SESMT e a formulao e aplicao deste proto-colo atravs do Fisioterapeuta se faz extremamente necessrios, uma vez que essas
Perquirere, 9(1):12-28, jul. 2012 Centro Universitrio de Patos de Minas 2012
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medidas contribuem na relao sade-trabalho influenciando positivamente em todo processo admissional, exames peridicos e demissional. Palavras-chave: Protocolo de Exame Fisioteraputico; fisioterapeuta; trabalho; ergo-nomia. Abstract: Introduction and objectives: Labor is a human effort with an objective and subsistence, and it involves the transformation of nature through the expense of phys-ical and mental capacities. The musculoskeletal alterations caused in and by labor rep-resent an expressive human and economic problem. This is one of the main problems to which workers who handle and move charges are exposed. Considering this matter, the actuation of a physiotherapist in the enterprises has been increasing, especially because of the preventive actions in the combat of these disturbances. The objective of the present work was to develop a Protocol of Admission Physiotherapist Exam for enterprises with activities directed to loading, transport and deposition of charges in a manual form. Material and methods: The study consisted of the verification of the bib-liographic collection referring to the theme, the choice of an enterprise as pilot pro-ject, interview with the HR and SESMT department and, analysis of the documentation (PPRA e PCMSO) existing involving these workers, observation of the work posts, open interviews and elaboration of the Protocol. Results and discussion: Considering the points, all the alterations and affections related to this work cited in the literature were found during the analysis of the work field. The results showed that the elabora-tion of the evaluation protocol for candidates to specific posts is necessary, because of many factors, such as lumbar discomfort, articular wear, excessive tiredness, muscular fatigue, absenteeism, among others that affect the workers health and the enter-prises finances. Conclusion: The inclusion of the physiotherapist in the multi-professional group of SESMT and the formulation and application of this protocol through the physiotherapist are extremely necessary, because these measures con-tribute for the relationship between health and labor, influencing positively in all the admission process, and also in periodical and demission exams. Keywords: Protocol of Physiotherapy Exam; physiotherapist; ergonomics; labor
1. Introduo
Inicialmente, nos primrdios da humanidade no existia a relao trabalhista
como conhecida nos dias atuais, visto que havia naquele perodo uma luta constante
pela sobrevivncia. Conforme demonstra a histria, a espcie Homo sapiens comeou a
se desenvolver por volta de 45.000 anos atrs, no perodo chamado de exploso criati-
va, no qual ocorreu um acelerado desenvolvimento de ferramentas e formas de ex-
presso de linguagem, com a diviso de tarefas, restando ao homem a caa e proteo,
e mulher, a preparao da caa e outras tarefas domsticas (RAMOS, 2009).
Contudo, o trabalho organizado, como hoje conhecido pela sociedade, surgiu
a partir do incio do cultivo da terra e da fabricao de ferramentas e armas. inegvel
que um dos grandes fatores que impulsionam a economia, responsvel por gerar ri-
quezas e movimentar o capital de uma sociedade, o trabalho exercido pelo homem;
por outro lado o capital e a riqueza adquiriram prioridade sobre o trabalho, passando a
ser relevante a explorao indiscriminada dos elementos da natureza, bem como da
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fora laboral com o intuito de obter o maior lucro possvel, sob o menor custo (RAMOS,
2009).
Ainda para Ramos (2009), o trabalho um instrumento do indivduo que visa a
oferecer meios sua subsistncia e de sua famlia, sendo relevante que o trabalhador
passe grande parte do seu tempo no ambiente de trabalho. Desta forma, este ambiente
dever ser um local que possua condies satisfatrias que visem a promover o bem-
estar do trabalhador, o que consequentemente acarretar em aumento da produo.
Apesar disto, no Brasil no h uma tradio em preveno de acidentes de trabalho e
doenas ocupacionais. Pode-se dizer que os trs participantes desta relao, trabalha-
dores, empregadores e Estado, possuem sua parcela de culpa. Os trabalhadores recu-
sam a utilizao de equipamentos de proteo, os empregadores no fornecem os mei-
os adequados para proteo, e o Estado no propicia educao, nem fiscalizao ade-
quada.
As alteraes musculoesquelticas advindas do trabalho representam um ex-
pressivo problema humano e econmico. No Brasil, esses distrbios osteomusculares
representam mais da metade das doenas ocupacionais, contabilizando em 2001, se-
gundo o CESAT (Centro de Estudos da Sade do Trabalhador), 65% dos casos de diag-
nsticos de doenas ocupacionais (VIEIRA; KUMAR, 2004).
Dentre as alteraes do aparelho musculoesqueltico, um dos principais pro-
blemas a que os trabalhadores que manuseiam e movimentam cargas esto expostos
a dor lombar. Estudos citam que cerca de 80% da populao mundial sofre ou sofrer
de crise de dor lombar em algum momento da vida ativa. Apesar do carter multifato-
rial das causas das lombalgias, os discos intervertebrais tm sido apontados como um
dos principais pontos relacionados s dores nas costas (VIEIRA; KUMAR, 2004).
O efeito cumulativo na reduo da altura dos discos intervertebrais que ocorre
em resposta carga causa uma reduo no comprimento da coluna vertebral e, conse-
quentemente, sobre a estatura do sujeito. Uma vez que a deformao do disco interver-
tebral est relacionada magnitude e ao tempo de aplicao das cargas, medidas de
variao da estatura tm sido empregadas como um ndice de sobrecarga imposta
coluna vertebral (VIEIRA; KUMAR, 2004).
Devido a este grande destaque das doenas adquiridas no/pelo trabalho, a atua-
o da Fisioterapia nas empresas cresce a cada dia, principalmente pela descoberta da
importncia de investimento em aes preventivas no combate aos distrbios osteo-
musculares relacionados ao trabalho. importante ressaltar que o objetivo da Fisiote-
rapia no se limita apenas a curar uma patologia, mas tambm preveni-la. A atuao
preventiva inclui campanhas educacionais e implantao de diversos programas de
preveno que podem trazer diversas vantagens para o empregado e para a empresa,
como diminuio da fadiga, do desconforto fsico, do estresse emocional e da incidn-
cia de doenas ocupacionais; aumento da eficincia no trabalho, diminuio dos gastos
da empresa e do nmero de acidentes, alm de aumento da produtividade e o lucro.
Atravs da atuao preventiva, os empregados so incentivados a novos hbitos de
vida, desenvolvendo uma nova cultura saudvel de conscincia corporal e postural,
podendo proporcionar um bem-estar fsico e emocional no ambiente de trabalho (NAS-
CIMENTO; MORAIS, 2000).
Esta atuao nas empresas manifesta-se inicialmente por meio do exame admis-
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sional e da inspeo, que fazem a anlise dos fatores de risco predisponentes e de can-
didatos potencialmente propcios a desenvolver patologias relacionadas s atividades
realizadas no ambiente de trabalho, antecipando e impedindo assim a contratao de
candidatos inaptos para a realizao das tarefas referentes quele posto de trabalho; e
quanto ao quadro de funcionrios j existente nas empresas o fisioterapeuta poder, a
partir da, implantar um programa preventivo direcionado s alteraes relacionadas
ao trabalho (CARDOSO, 2010).
Diante do exposto, o presente estudo tem como foco a atuao do Fisioterapeu-
ta nas empresas como parte do quadro de profissionais em Sade e Segurana do Tra-
balho para realizao de exames Fisioteraputicos Admissionais em trabalhadores com
atividades voltadas ao carregamento, transporte e deposio de cargas de maneira ma-
nual com ou sem auxlio de recursos mecnicos. Para tal, torna-se relevante a estrutu-
rao e desenvolvimento de um protocolo especfico que auxilie na realizao de um
exame detalhado e direcionado para esse fim, com o intuito de reduzir os ndices de
adoecimentos advindos no e pelo trabalho.
2. Material e mtodo
Foi desenvolvido um protocolo de exame Admissional Fisioteraputico a ser
utilizado em empresas que faam contratao de funcionrios para executar atividades
laborais que demandam carregamento, transporte e deposio de cargas de maneira
manual com ou sem auxlio de recursos mecnicos. Para tal, o presente estudo consis-
tiu nas seguintes etapas e instrumentos:
Levantamento bibliogrfico acerca do tema;
Escolha de uma empresa de forma aleatria como projeto piloto,
Entrevista com o pessoal do departamento de Recursos Humanos - DRH e da
equipe do SESMT (Servio Especializado em Segurana e Medicina do Traba-
lho),
Anlise da documentao (PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambien-
tais, e PCMSO Programa de Controle Mdico e de Sade Ocupacional) exis-
tente no DRH e SESMT, envolvendo trabalhadores que demandam carregamen-
to, transporte e deposio de cargas de maneira manual com ou sem auxlio
de recursos mecnicos,
Observao da atividade de trabalho realizada na empresa atravs de 3 visitas
mesma, durante o perodo de ensacamento e deposio da carga em palets e
respectivamente o deslocamento das sacarias dos palets para o veculo de
transporte, tarefa essa realizada por uma equipe de 3 funcionrios, em que o
foco da observao foi analisar o mecanismo utilizado pelo funcionrio para
execuo da funo e a biomecnica envolvida.
Entrevistas abertas com os trabalhadores do setor de RH, SESMT e PCMSO, atra-
vs de perguntas como: Quem o responsvel pelo setor relacionado sade
e segurana da empresa? Na empresa existe o SESMT, PCMSO e RH? Quais os
componentes (equipe) desses programas? Com realizado a exame admissio-
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nal da empresa? Quais os exames e testes feitos durante o Exame admissional?
A empresa j contou com algum profissional de Fisioterapia para assistncia
do quadro de funcionrios? Se alguma vez a empresa realizou algum laudo
ergonmico? Qual a opinio da empresa quanto incluso de um Fisiotera-
peuta na equipe de SESMT e PCMCO? Quais as aes da empresa com relao a
prtica de medidas preventivas em busca da sade e bem estar do trabalha-
dor? Ainda em entrevistas abertas com responsveis pelo setor de carrega-
mento, as perguntas realizadas foram: Qual cargo o mesmo ocupava? Qual era
sua jornada de trabalho? Como era realizada a tarefa a ele designada? Dificul-
dades encontradas durante a realizao da tarefa? Dores e desconfortos senti-
dos devido a pratica ocupacional? E outras.
Elaborao de um Protocolo de Exame Admissional Fisioteraputico especfi-
co para o grupo de trabalhadores j descritos.
No constituiu foco deste estudo a aplicao do protocolo desenvolvido, ha-
vendo, portanto, a necessidade de estudos complementares para aplicao, validao e
avaliao deste, uma vez que sua aplicao ser destinada aos trabalhadores recm-
contratados como forma de exame admissional, portanto, depender das necessidades
da empresa.
Da mesma forma, o projeto no foi apresentado ao Comit de tica em Pesquisa
visto que no houve contato com pacientes / trabalhadores no mbito assistencial nem
preventivo.
3. Resultados
Diante do propsito dessa pesquisa e aps vasto estudo bibliogrfico, observa-
o de postos de trabalhos e entrevistas com envolvidos, a elaborao de um protocolo
de avaliao para candidatos ocupao de cargos especficos se mostrou necessria
devido aos fatores j citados anteriormente. Dessa forma vrios requisitos foram inclu-
dos neste protocolo, a fim de se alcanar o mximo de eficincia e praticidade, otimi-
zando assim o exame fsico realizado no exame admissional. Esse protocolo consiste
em uma Avaliao Cintico-Funcional com abordagem Ergonmica realizada pelo Fi-
sioterapeuta capacitado, em que o mesmo realizar uma avaliao coletando dados
importantes como nome, idade, peso, sexo, altura, antigas profisses, atual cargo, fun-
o que ir exercer no novo emprego, conhecimento da funo, jornada de trabalho,
acidentes ocupacionais sofridos, tempo de afastamento, dores ou incmodos sentidos,
medicamentos e patologias associadas. Assim, busca algo que possa levar a encontrar
possveis distrbios ou patologias existentes ou adquiridas em antigas profisses, que
possam vir a afetar o desempenho do profissional na execuo da futura tarefa, alm
de proteger o prprio funcionrio, prevenindo o mesmo do aparecimento de doenas
ocupacionais devido prpria biomecnica do candidato ao exercer sua funo.
A avaliao ainda consiste de uma coleta dos dados clnicos como sinais vitais e
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exames realizados (Raios-X, Ressonncia Magntica, entre outros), anamnese completa
e minuciosa, que engloba avaliao postural na vista anterior, lateral e posterior; inspe-
o em busca de edemas, hiperemia, deformidades sseas, entres outras; palpao na
procura de aumento de temperatura, pontos dolorosos, cicatrizes, crepitaes, sensibi-
lidade e espasmos; goniometria para verificao de limitaes na amplitude de movi-
mento; anlise da marcha para detectar presena de claudicaes, diminuio do passo;
teste de flexibilidade (teste da distncia do 3 dedo ao solo) buscando limitaes articu-
lares, teste de fora muscular e testes ortopdicos especiais como o teste de Adams,
utilizado para deteco de escoliose torcica, e o teste de Lasegue, que confirma a com-
presso de raiz nervosa na regio lombar, sugerindo uma hrnia de disco ou presena
de osteofitos, dentre outros testes que servem para deteco de possveis patologias
especificas.
Por fim com todos os dados coletados o Fisioterapeuta far as observaes ne-
cessrias e encaminhar o resultado do exame para o departamento de RH, dizendo se
o candidato tem condies ou no de exercer a funo a qual est concorrendo. Se a
contratao for efetivada caber ainda ao Fisioterapeuta a tarefa de passar orientaes e
treinamentos quanto maneira mais correta de executar o mecanismo realizado na
realizao do trabalho feito por aquele funcionrio, alm da fiscalizao peridica dos
mesmos.
Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que
no as leves, deve receber treinamento ou instrues satisfatrias quanto aos mtodos
de trabalho que dever utilizar, com vistas a salvaguardar sua sade e prevenir aciden-
tes (MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO, Portaria n 3.751, de 23 de novembro de
1990). A Avaliao Cintico-Funcional com abordagem Ergonmica segue em Anexo 1.
4. Discusso
Diante do exposto, aps entrevistas com responsveis, encarregados e funcion-
rios, seguida da observao dos postos de trabalho relacionados ao levantamento,
transporte e deposio de carga de maneira manual com ou sem auxilio de recursos
mecnicos, todas as alteraes e afeces relacionadas a este trabalho citadas na litera-
tura foram encontradas durante anlise no campo de trabalho. Durante entrevista rea-
lizada com um funcionrio da empresa, responsvel pelo ensacamento, levantamento,
transporte e deposio de sacas de 30 kg de um dos produtos comercializados pela
empresa, o mesmo relatou que a tarefa realizada de forma repetitiva, cada funcion-
rio responsvel por realizar o mecanismo no mnimo 250 vezes por dia, e essa mar-
gem pode aumentar, pois a quantidade de repeties e transporte de sacas varia e de-
pende da demanda do produto e da chegada de matria-prima, uma vez que essa no
pode ser estocada, logo que chega a empresa a mesma deve ser imediatamente prepa-
rada. Dessa forma a realizao da tarefa corresponde a aproximadamente 7500 kg por
dia, suportados sobre a coluna vertebral desse nico funcionrio, culminando em des-
conforto lombar, desgaste articular, cansao excessivo, fadiga muscular e sobrecarga
em estruturas importantes como a coluna vertebral, concordando assim com Nasci-
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mento e Morais (2000), que afirmam que um dos principais problemas que os traba-
lhadores que manuseiam e movimentam cargas pesadas enfrentam a dor lombar, e
isso se d devido ao efeito cumulativo a que exposto o trabalhador que realiza essa
tarefa.
Por sua vez, ocorre uma reduo da altura dos discos intervertebrais em respos-
ta carga, o que causa uma reduo no comprimento da coluna vertebral, que constitui
o pilar principal do tronco, uma vez que a deformao do disco intervertebral est rela-
cionada magnitude e ao tempo de aplicao das cargas (VIEIRA; KUMAR, 2004).
Ainda durante a observao do posto de trabalho foi analisado o mecanismo
utilizado pelo colaborador para a realizao da tarefa, que consiste na flexo de tronco
associada rotao, seguida de rpida extenso de tronco com peso, alm de fora ex-
cessiva dos membros superiores para elevar a sacaria at a altura da cabea, um esforo
extremo repetido por no mnimo 250 vezes, mecanismo que a literatura e estudos reali-
zados confirmam ser o principal causador de hrnias de discos advindas do trabalho
(VIEIRA; KUMAR, 2004).
De acordo com Vieira e Kumar (2004), o levantamento de cargas bem como a
flexo e rotao do tronco e movimentos forados feitos durante a realizao do traba-
lho seja no carregamento, descarregamento ou transporte, constituem-se em risco para
lombalgias. O efeito cumulativo na reduo da altura dos discos intervertebrais que
ocorre em resposta carga causa uma reduo no comprimento da coluna vertebral,
uma vez que a deformao do disco intervertebral est relacionada magnitude e ao
tempo de aplicao das cargas, medidas de variao da estatura.
Uma das causas mais comuns da lombalgia a hrnia de disco, que consiste da
evaso de parte do ncleo pulposo por meio do nulo fibroso rompido. Esta leso pode
ser o resultado tanto de traumas, quanto do estresse constante sobre a regio, como o
caso da quem trabalha com o transporte manual de cargas. Sua ocorrncia verificada,
com maior prevalncia, entre as vrtebras C6 C7 (6 e 7 vrtebra cervical), L4 L5 (4
e 5 vrtebra lombar) e a vrtebra S1 (1 sacral) (PANJABI et al., 2003). No entanto, os
discos L4-L5 e L3-L4 apresentam maior grau de degenerao do que outros discos da
regio lombar (Mc GILL, 2004).
A presso intradiscal, durante o levantamento manual de carga, foi estuda por
Nachemson & Elfstron (1970), que relatam elevar-se fisiologicamente no nvel das vr-
tebras lombares, durante a flexo do tronco para frente de 120 kg para 300 kg. No nvel
de L3, registraram os efeitos do levantamento de 20 kg sobre a presso intra-discal na
coluna vertebral estendida e curvada.
O manuseio e transporte de cargas esto entre as causas mais comuns de aci-
dentes ocupacionais, levando o trabalhador a afastamentos e at a incapacidades fun-
cionais. Os fatores causais so a diferena antropomtrica e as capacidades fsicas. O
que refora a temtica dessa pesquisa que se torna de extrema importncia o desen-
volvimento de um protocolo especfico utilizado no exame admissional, uma vez que o
Ministrio do trabalho e Emprego cita as medidas preventivas de Medicina do Traba-
lho, dizendo que sero obrigatrios os exames durante a admisso, periodicamente e
ainda na demisso desse trabalhador, por conta do empregador, para apurao da ca-
pacidade ou aptido fsica e mental do empregado para a funo que deva exercer,
tornando-se dessa forma imprescindvel para evitar transtornos com funcionrios que
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tenham problemas de sade, seja adquirido em empresas anteriores ou pr-existentes
(CONSOLIDAO DAS LEIS DO TRABALHO, Lei N 7.855, de 24 de outubro de 1989).
Tambm claro que a incluso de um Fisioterapeuta, considerando sua forma-
o graduada, bem como a carga de conhecimentos em anatomia, biomecnica e em
patologias musculoesquelticas, dentre outras, o torna apto como profissional para a
realizao de exames admissionais, peridicos e demissionais minuciosos, e mais: sua
incluso no PCMSO e SESMT, de suma importncia por possibilitar um contato peridi-
co com os trabalhadores, gerando assim uma poltica de preveno dentro das empre-
sas, uma vez que tal profissional capaz de identificar pessoas com potencial para de-
senvolver possveis patologias relacionadas ao tipo de trabalho a ser executado. Acres-
cido a este, tambm de suma importncia que o profissional possua ps-graduao
em Ergonomia para, a partir de uma avaliao fsica e pontual do trabalhador, fazer
uma ligao com as condies de trabalho a que o trabalhador est submetido, o que
implica conhecimento profundo da Ergonomia.
Em entrevista com o Tcnico de Segurana do Trabalho da empresa projeto-
piloto, o mesmo disse que a empresa j possua o SESMT e PCMSO, responsvel pela Sa-
de e Segurana do trabalho na empresa, que composto apenas por um funcionrio,
o prprio Tcnico em Segurana do Trabalho.
Segundo informaes colhidas na entrevista, o exame admissional, peridico e
demissional, alm de exames complementares como consultas psicolgicas, so reali-
zados pela empresa, porm todos de forma terceirizada, ou seja, em Clnicas particula-
res. No exame admissional especificamente o tcnico relatou que so realizados os se-
guintes exames: eletrocardiograma, eletroencefalograma, acuidade visual, audiometria,
todos de suma importncia para a sade e bem estar do trabalhador, e por ltimo o
exame fsico, em que observado o Raio-X. No entanto, como citado pela literatura e
confirmado pelo tcnico durante a entrevista, somente esse exame fsico superficial
realizado pela maioria de Clnicas de Medicina do Trabalho no o suficiente para
deteco de problemas de sade que o candidato vaga possua, ou possa vir a adqui-
rir com a tarefa exercida (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
O Exame Admissional necessrio para comprovar o bom estado de sade fsi-
co e mental do novo funcionrio para exercer a funo a que ser destinado. realiza-
do por um mdico com especializao em medicina do trabalho, pois ele quem iden-
tifica doenas ocupacionais. O Exame Admissional simples e se inicia com uma en-
trevista sobre doenas ou licenas de empregos anteriores. O mdico questiona se o
trabalhador sofre alguma doena ou mal-estar, mede presso arterial, batimentos car-
dacos, dentre outros. Apesar de necessrio, nem sempre todos esses procedimentos
so realizados, pois dependendo da lotao na clnica, o mdico somente faz a entrevis-
ta e emite o Atestado Mdico de Capacidade Funcional (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
Dentre as possibilidades de atuao do Fisioterapeuta nas empresas encontra-se
ainda de forma limitada e tmida, a introduo e atuao do mesmo na equipe de ins-
peo e exames admissionais. Hoje j uma realidade a presena do Fisioterapeuta na
equipe multiprofissional de Sade ocupacional, mesmo no sendo obrigada por lei a
atuao desse profissional. Isso se d pelo fato de o fisioterapeuta ter amplo conheci-
mento tanto de tcnicas curativas quanto de procedimento e aes preventivas de do-
enas ocupacionais, como a conscientizao para novos hbitos de vida, cultura saud-
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vel de conscincia corporal e postural, bem como insero na rea de Ergonomia, pos-
sibilitando a implantao de programas de Ergonomia, com objetivo de adequar o tra-
balho ao trabalhador (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
Dessa forma, o Fisioterapeuta com qualificao em Ergonomia tem aptido para
analisar o trabalhador como um todo, utilizando-se de tcnicas e procedimentos que
facilitam essa anlise (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
Ainda por meio da entrevista com o Tcnico de Segurana do Trabalho dessa
empresa, quanto importncia e relevncia da incluso de um Fisioterapeuta na equi-
pe do SESMT e PCMSO e suas contribuies para melhoria do ambiente de trabalho e
bem estar dos funcionrios, de modo integrado ao quadro de funcionrios, o mesmo
alegou que seria de extrema relevncia para qualidade de vida dos colaboradores, uma
vez que este atuaria principalmente na preveno do aparecimento de possveis pato-
logias advindas do cargo por ele ocupado, devido aos conhecimentos atribudos a esse
profissional o que concorda, dessa forma, com as citaes a seguir.
Segundo a especialista em Medicina do Trabalho e vice-presidente da Regio
Sudeste da Associao Nacional de Medicina do trabalho (ANAMT) Aizenaque Grimal-
di, a estrutura profissional apresentada hoje no SESMT insuficiente para atender as
demandas dos trabalhadores. de suma importncia para que se chegue a um nvel de
excelncia no servio de Segurana a incorporao de Fisioterapeuta, fonoaudilogo,
psiclogo e at mesmo odontlogo do Trabalho equipe de Engenharia de Segurana e
Medicina do Trabalho. Para o presidente da Associao Brasileira de Fisioterapia do
Trabalho, Eduardo Ferro, a organizao de um modelo de SESMT mais especializado,
com profissionais com ttulos de especialistas como os Fisioterapeutas e Fonoaudilo-
gos do trabalho chama a ateno, uma vez que estes so os que possuem tcnicas de
tratamento especficas de rudos e de biomecnica que incluem tanto as questes de
LER/DORT quanto incluso de deficientes fsicos que por sinal atualmente vem sendo
bastante requisitadas, pois estes esto voltados antecipao de problemas especficos
de suas reas, que integrados, podem contribuir com as empresas (CARDOSO, 2010).
Com relao ao exame admissional, o Tcnico de Segurana do Trabalho rela-
tou durante a entrevista que o Fisioterapeuta tem todo respaldo das NRs, atuando as-
sim na antecipao e preveno de problemas ocupacionais futuros, pois o mesmo tem
o conhecimento terico e prtico para dizer se o candidato est apto ou no para exe-
cuo da funo a que est concorrendo.
Igualmente, o profissional de Fisioterapia se faz necessrio para a empresa, uma
vez que os gastos com afastamentos, novas contrataes para reposio de trabalhado-
res, bem como aes trabalhistas devido a adoecimentos, podem ser otimizados. A atu-
ao do Fisioterapeuta no ambiente de trabalho ocorre com aes preventivas, como
aplicaes de questionrios, para que o mesmo fique informado quanto a assuntos re-
lacionados sade do trabalhador e at mesmo como primeiro contato com o traba-
lhador; interveno nos postos de trabalho para a deteco de riscos ergonmicos; Ava-
liao Postural, que consiste na anlise da postura, verificando possveis alteraes
musculoesquelticas no trabalhador; conscientizao postural; elaborao de sries
com exerccios laborativos, que so exerccios preventivos e especficos para a diminui-
o da ocorrncia de patologias relacionadas atividade profissional exercida; pales-
tras com assuntos preventivos diversos; elaborao de folhetos, jornais ou informativos
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abordando assuntos preventivos e formao de grupos para atividades prticas visan-
do preveno de doenas ocupacionais (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
Devido a esses conhecimentos, o Fisioterapeuta capaz de identificar pessoas
com potencial para desenvolver possveis patologias relacionadas ao tipo de trabalho a
ser executado, o que de suma importncia para a empresa, considerando os gastos
com afastamentos, novas contrataes para reposio de trabalhadores, bem como
aes trabalhistas devido a adoecimento (NASCIMENTO; MORAIS, 2000).
Por fim, todos os assuntos pesquisados na literatura, observados na prtica e
confirmados quando comparados com os estudos j existentes, levam o empregador a
refletir sobre a questo custo/benefcio com a qual se depara: O que mais vantajo-
so? Arcar com gastos para resoluo de problemas de sade ocupacionais sequenciais
e que geram custos maiores como os citados acima ou investir em preveno e quali-
dade de vida para seus funcionrios, melhorando assim o ambiente de trabalho, bem
estar e consequentemente a produtividade, com a manuteno de um Fisioterapeuta no
quadro de funcionrios da empresa, seja contratado, na prestao de assistncia ou
consultoria peridica?
5. Concluso
Com base no estudo bibliogrfico e aps a realizao das etapas de coleta de
dados, observao dos postos de trabalho, entrevista com responsveis pelo PCMSO e
SESMT, a incluso de um Fisioterapeuta na equipe multiprofissional desses programas,
bem como a formulao e aplicao de um protocolo de exame cintico-funcional por
um Fisioterapeuta se faz extremamente necessria, uma vez que o protocolo aplicado
por esse profissional capacitado para tal fim aperfeioar e influenciar positivamente
em todo o processo de admisso, exames peridicos e demisso, diminuindo significa-
tivamente o nmero de casos de afastamentos e acidentes de trabalho, advindos da
realizao incorreta das tarefas designadas aos funcionrios.
Isto posto, tal medida pode contribuir tambm para guiar a contratao de mo
de obra, gerando economia para os cofres das empresas e proporcionando qualidade
de vida para os funcionrios, uma vez que o Fisioterapeuta estar sempre atento s
mais diversas situaes que possam afetar a qualidade no ambiente de trabalho e a
sade, bem estar e segurana do trabalhador.
Referncias
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Bruno Silva Pereira et al. __________________
24
ANEXO 1
AVALIAO CINTICO-FUNCIONAL COM ABORDAGEM ERGONMICA
Data da Avaliao: ____/____/____
1) Dados Pessoais
Nome: ___________________________________________________________________
Data de Nascimento: _____________ Idade: _______________ Profisso:
____________________
Peso: __________ Altura: _______________
Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
2) Dados Clnicos
Sinais vitais: Presso Arterial:_________________
Frequncia Cardaca:______________
Frequncia Respiratria:______________
Temperatura:_____________
Exames:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Medicamentos:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Patologias Associadas: ________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3) Anamnese
Cargo atual:__________________________________________________________________
Antigas profisses:____________________________________________________________
Posturas adotadas nas profisses anteriores:______________________________________
Qual o maior peso que carregou manualmente?___________________________________
Contribuies do fisioterapeuta em exame admissional ________________________________________
25
Futuro cargo:________________________________________________________________
Experincia:_________________________________________________________________
Jornada:____________________________________________________________________
J sofreu algum acidente ocupacional: ( ) sim ( ) no
Que tipo de acidente:_________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Tempo de afastamento: ________________________________________________________
Seqelas:_____________________________________________________________________
4) Histrico de dor
Local:_______________________________________________________________________
Incio dos sintomas:___________________________________________________________
Sintomas constantes ( ) Sintomas intermitentes ( )
Posies ou movimentos que pioram a dor: ______________________________________
Posies ou movimentos que melhoram a dor:____________________________________
Bruno Silva Pereira et al.
26
5) Exame Fsico
Inspeo (local): _____________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Palpao:
Temperatura ( ) normal ( ) aumento ( ) diminuio
Edema ( ) presente ( ) ausente Local:_____________________
Contribuies do fisioterapeuta em exame admissional ________________________________________
27
Pontos dolorosos ( ) presente ( ) ausente Local: _____________________
Cicatriz ( ) ausente ( ) boas condies ( ) deiscncia Local: ______________
Sensibilidade ( ) diminuda ( ) pouco alterada ( ) normal Local: _______________
Crepitaes ( ) presente ( ) ausente Local: _____________________
Espasmo ( ) presente ( ) ausente Local: _____________________
Outros:______________________________________________________________________
Exame Postural:
Cabea: ( ) alinhada ( ) inclinada D ( ) inclinada E ( ) rodada D ( ) rodada E
Escpulas: ( ) simtricas ( ) D mais elevada ( ) E mais elevada ( ) aladas
Ombros: ( ) E mais alto ( ) D mais alto ( ) Simtricos ( ) protuso de ombros
Coluna: Cervical ( ) fisiolgica ( ) hiperlordose ( ) retificao
Torcica ( ) fisiolgica ( ) hipercifose ( ) retificao
Lombar ( ) fisiolgica ( ) hiperlordose ( ) retificao
Escoliose ( ) cervical ( ) torcica ( ) lombar ( ) traco-lombar
( ) convexidade esquerda ( ) convexidade direita
Pelve: ( ) anteverso ( ) retroverso
( ) simtrica ( ) D mais elevada ( ) E mais elevada
Joelhos: ( ) alinhado ( ) genovaro ( ) geno valgo
( ) alinhado ( ) genoflexum ( ) genorecurvatum
Ps: Direito ( ) Valgo ( ) Varo ( ) neutro
Esquerdo: ( ) Valgo ( ) Varo ( ) neutro
Teste de Flexibilidade: ___________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Bruno Silva Pereira et al. __________________
28
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________Marcha:_________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
__________________Goniometria:________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________________________________________________
Testes de Fora Muscular Manual: _____________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Testes especiais: _______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________________________
Fisioterapeuta
Contribuies do fisioterapeuta em exame admissional